Apostila Wanderson Historia Da Arte

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Histria da ArteEnsino Mdio

Professor Wanderson Lima Amaral

Histria da Arte / Wanderson Lima

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O que arte? A arte uma criao humana com valores estticos (beleza, equilbrio, harmonia, revolta) que sintetizam as suas emoes, sua histria, seus sentimentos e a sua cultura. um conjunto de procedimentos utilizados para realizar obras, e no qual aplicamos nossos conhecimentos. Apresenta-se sob variadas formas como: a plstica, a msica, a escultura, o cinema, o teatro, a dana, a arquitetura etc. Pode ser vista ou percebida pelo homem de trs maneiras: visualizadas, ouvidas ou mistas (audiovisuais). Atualmente alguns tipos de arte permitem que o apreciador participe da obra. O artista precisa da arte e da tcnica para se comunicar. Quem faz arte? O homem criou objetos para satisfazer as suas necessidades prticas, como as ferramentas para cavar a terra e os utenslios de cozinha. Outros objetos so criados por serem interessantes ou possurem um carter instrutivo. O homem cria a arte como meio de vida, para que o mundo saiba o que pensa, para divulgar as suas crenas (ou as de outros), para estimular e distrair a si mesmo e aos outros, para explorar novas formas de olhar e interpretar objetos e cenas. Por que o mundo necessita de arte? Porque fazemos arte e para que a usamos aquilo que chamamos de funo da arte que pode ser feita para decorar o mundo, para espelhar o nosso mundo (naturalista), para ajudar no dia-a-dia (utilitria), para explicar e descrever a histria, para ser usada na cura doenas e para ajuda a explorar o mundo. Para descrever a funo da arte e daquele que responsvel por repassar tais conhecimentos Eduardo Galeano 1consegue de forma potica descrever esta necessidade funo da arteDiego no conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar. Viajaram para o Sul. Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando. Quando o menino e o pai enfim alcanaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensido do mar, e tanto fulgor, que o menino ficou mudo de beleza. E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai: Me ajuda a olhar!.1

Eduardo Hughes Galeano (Montevidu, 3 de setembro de 1940) jornalista e escritor uruguaio.

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O professor tem o papel de ajudar o aluno a olhar e entender a imensido do arte em seus aspectos tcnicos , filosficos, estticos e sociais. Como entendemos a arte? O que vemos quando admiramos uma arte depende da nossa experincia e conhecimentos, da nossa disposio no momento, imaginao e daquilo que o artista pretendeu mostrar.

O que estilo? Por que rotulamos os estilos de arte? Estilo como o trabalho se mostra, depois do artista ter tomado suas decises. Cada artista possui um estilo nico. Imagine se todas as peas de arte feitas at hoje fossem expostas numa sala gigantesca. Nunca conseguiramos ver quem fez o qu, quando e como. Os artistas e as pessoas que registram as mudanas na forma de se fazer arte, no caso os crticos e historiadores, costumam classific-las por categorias e rotullas. um procedimento comum na arte ocidental. Neste contexto decidimos para um entendimento mais concreto relacionado aos diversos segmentos a serem apresentados, um cronograma com algumas das principais manifestaes artsticas a contar da arte pr histrica findando na contempornea relacionando os fatos sociais que levaram a tais objetos e ou pensamentos artsticos. Esta linha a ser demarcada puramente imaginria se percebermos que fatos histricos se complementam, aglutinam e se transformam da mesma forma a arte no criada e sim transformada e complementada tornando-a mais complexa a cada momento, pois a arte evolui de acordo com as necessidades do homem. Como conseguimos ver as transformaes do mundo atravs da arte? Podemos verificar que tipo de arte foi feita, quando, onde o como, desta maneira estaremos dialogando com a obra de arte, e assim podemos entender as mudanas que o mundo teve, para podermos entender estas transformaes estaremos nesta apostila apresentando diversos perodos da historia onde os objetos de arte foram resultantes destas mudanas.

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Wanderson Lima AmaralNasceu em belo horizonte. MG, Brasil 1980 Vive e trabalha em Belo Horizonte Formao 2005 Exposipes Coletivas Educao Artistica licenciatura/ Artes Plasticas Guignard UEMG

2006

Made in China 6 edio UniversidArte, Faculdade Estacio de S, Belo Horizonte MG setse sordauq ona mascicerp ret emon 5 edio UniversidArte, Faculdade Estacio de S, Belo Horizonte MG nos bastidores de Mona Lisa 4 edio UniversidArte, Faculdade Estacio de S, Belo Horizonte MG Exposio de desenhos intercolgios/ Enciclopedia Britanica do Brasil, terminal JK, Belo horizonte MG

2005

2004

1994

Trabalhos publicados 2006 2005 jornal varal justia do trabalho de MG edies 49,52,53,54 jornal varal justia do trabalho de MG edies 36,37,38,40,41 NI noticias internas informativo do Sindicato dos Empregados no Comrcio BH e RM edies 33,34,35. BIC - Boletin informativo dos Comerciarios edies - julho 2005 jornal varal justia do trabalho de MG edies 36,37,38,40,41 NI noticias internas informativo do Sindicato dos Empregados no Comrcio BH e RM edies 33,34,35. BIC - Boletin informativo dos Comerciarios edies - julho 2004 jornal varal justia do trabalho de MG edies 27,31,32,33,34 NI noticias internas informativo do Sindicato dos Empregados no Comrcio BH e RM edies 24,25,26,27 Jornal dos motociclistas adio LI/2004 2003 jornal varal justia do trabalho de MG edies 25 NI noticias internas informativo do Sindicato dos Empregados no Comrcio BH e RM edies 06,077,08,09,10,11,12,13. BIC - Boletin informativo dos Comerciarios edies fevereiro /abril 2002 jornal NI noticias internas informativo do Sindicato dos Empregados no Comrcio BH e RM edies 04.

PROFISSIONAL Professor de arte, lecionando atualmente no ensino fundamental e mdio na rede publica particular e projetos sociais e estaduais.

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Na histria, h arte Quando olhamos a nossa volta, percebemos que estamos rodeados por uma enorme Quantidade de objetos seja em casa, no trabalho, na sala de aula ou nos mais diversos lugares. Se examinarmos esses objetos ns iremos perceber que todos foram feitos para uma determinada finalidade, isto , para uma funo especfica Como no caso dos utenslios domsticos, computador, celular etc. Ao longo da historia, o homem produziu inmeros artefatos para facilitar seu trabalho ou para superar as limitaes fsicas. Essa atitude de criar instrumentos e aperfeio-los torna possvel a compreenso do processo civilizatrio pelo qual o homem vem passando desde que surgiu sobre a terra. Muitos dos objetos expostos em museus fazem ou fizeram parte da nossa vida diria e tem sua utilidade evidente: basta observar para sabermos para que servem, outros por serem mais complexos, exigem que algum informado nos explique seu funcionamento e sua finalidade. Contudo, o ser humano tambm produz coisas que apesar de no terem uma utilidade imediata, sempre estiveram presentes na vida O homem cria objetos no apenas para se servir utilitariamente deles, mas tambm para expressar seus sentimentos diante da vida, mais ainda expressar sua viso do momento histrico em que vive. A arte, como reflexo do social A arte, portanto esta integrada na cultura de um povo, retratando elementos do meio natural, sentimentos religiosos, fatos polticos e sociais.

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Arte Rupestre 40.000 a 3.500 a.C

A arte surgiu a 40 mil anos, no Paleoltico Superior, na maior revoluo que o homem j experimentou - a que criou a humanidade. A arte surgiu no meio, comportamentos do homem pr-histrico, que inclui tcnicas de produo de artefatos, o uso de novas matrias-primas, nascimento de famlias, tipos de moradias e sepultamentos rituais. A produo do homem, pelo menos a que foi encontrada e conservada, representada por objetos domsticos e religiosos: ferramentas, armas, figuras com simbologias especficas. Em 1879, num dia quente de vero, o marques Marcelino de Sautuola, arquelogo, levou sua filha Maria de apenas 5 anos, a regio de Altamira, situada ao norte da Espanha. Era uma rea de grande interesse, pois j se sabia, na poca, da existncia de grutas pr histricas ainda no exploradas. Enquanto o marques observava as paredes da rocha, sua ateno foi despertada pelos gritos entusiasmados da menina: papai, venha pintados ver os touros

Penetrando na caverna por uma abertura que s permitia a passagem de uma criana, Maria encontrara um verdadeiro tesouroi: uma sala cujas paredes apareciam figuras de touros e bises. Porque, por quem, como foram feitas aquelas pinturas? Para podermos responder tais perguntas, profissionais de diversas reas do conhecimentos, como antroplogos, bilogos, fsicos, arquelogos, artistas e outros trabalham em hipteses destas veremos as mais aceitas. As pinturas eram executadas em parede de galeria quase inacessveis, portanto estaria atribuda a rituais mgico religiosos no intuito de obter uma caada bem sucedida

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Como as culturas que produziram esse tipo de pintura viviam predominantemente da caa e da coleta, deduz-se que o caador, ao pintar um biso , acreditava estar facilitando a sua captura, condio necessria para sua prpria sobrevivncia O tema mais tratado nas pinturas das cavernas so animais: cavalos, vacas,bises , muitos em tamanho natural. As representaes humanas e plantas so raras As tintas utilizadas nas pinturas tinham vrias origens. Normalmente, xidos minerais: rochas de diversos tipos eram trituradas, resultando num p colorido, que era misturado com cera de abelha, resina vegetal ou gordura. Os minerais mais utilizados eram o minrio de ferro, que fornecia as coloraes vermelha e marrom, o mangans, que fornecia o preto, e a cal, que fornecia o branco. Tambm se utilizava pigmento vegetal como o urucum, que fornecia a cor vermelha, e at mesmo sangue. A escultura pr histrica A escultura tambm ocupou o tempo dos homens das cavernas: figuras femininas de pedra ou marfim foram encontradas s centenas entre os trabalhos do homem do paleoltico superior. As estatuetas mostram no geram mulheres de grandes seios, vente saltado e ndegas enormes, esse tema constante animais pintados e mulheres esculpidas perfeitamente lgico. Os animais garantiriam a subsistncia; as mulheres representavam a continuidade da descendncia Os arquelogos denominaram as estatuas femininas como Vnus, acreditando que elas correspondem a um ideal de beleza do homem pr histrico. Talvez quisessem ressaltar as caractersticas da fertilidade feminina: por isso acentuava-lhes os volumes.

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Arte egpcia 3.200 a 378 a.C

Arte e arquitetura do Egito, edifcios, pinturas, esculturas e artes aplicadas do antigo Egito, da pr-histria conquista romana no ano 30 a.C. A histria do Egito foi a mais longa de todas as civilizaes antigas que floresceram em torno do Mediterrneo, estendendo-se, quase sem interrupo, desde aproximadamente o ano 3000 a.C. at o sculo IV d.C. A arte egpcia assombrou gregos, romanos e civilizaes que se sucederam ao longo da historia tanto pela sua magnitude e complexibilidade de engenharia, escrita, cincias etc. Quanto por seus mistrios. Surgimento do povo egpcio Durante o neoltico, quando o clima se alterou e se foi intensificando a desertificao das regies planlticas do norte da frica e da Arbia, as populaes nmades que ai habitavam comearam a procurar terras prximas do vale do Nilo Estes povos eram atrados pela abundncia de caa e pesca, e principalmente , pela existncia de boas condies para a pratica da agricultura . Uma arte sagrada a partir da compreenso que a religio assumia no Egito antigo que se pode entender a arte deste povo Toda a produo artstica estava subordinada a pessoa do fara e tudo que lhe dizia respeita era portanto sagrado. Como expresso religiosa a arte egpcia no se dedicavas aos vivos, mas aos mortos, sendo por essa razo uma arte funerria, para os egpcios a morte no significava uma ruptura da vida, mas uma transio.

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Os deuses As pessoas no Antigo Egito acreditavam na existncia de seres superiores e eram politestas, ou seja, acreditavam em vrios deuses. Esses normalmente possuam caractersticas de animais e tambm uma juno entre caractersticas animais e humanas. Os faras egpcios criam na idia de que tambm eram deuses e que possuam poderes mgicos havia inmeros deuses cultuados no Egito, segue abaixo os mais importantes:

Osris: Foi o primeiro fara e o deus que representa a vida aps a morte. sis: Esposa de Osris representa o amor e a mgica, j que utilizou tais sentimentos para ressuscitar Osris quando ele foi morto por seu irmo. seth: Representa a morte conduzindo as almas at Osris para que fossem julgadas. Hathor: Deusa das mulheres, do amor, da alegria e da dana.

Ptah: Considerado o deus guardio da capital do Egito Antigo e das artes em pedra. Maat: Deusa da justia, equilbrio e verdade, considerada a guardi dos tribunais. Simbologia egpcia Anbis o deus Chacal Para podermos entender um pouco da simbologia egcia temos que compreender as lendas envoltas a esse povo A lenda de Anbis Sua me Nftis, que durante uma briga com o marido Seth teve relaes com com Osris. Desta relao naceu anubis . Seth incornformado com a traio mandou fazer uma grande festa, nesta presentearia um convidado com um grande sarcofago a quem cabece nele, como Seth premeditadamente havia feito o sarcofago nas medidas de Osris este adentrouHistria da Arte / Wanderson Lima Pgina 9

no sarcofago que fora lacrado por Seth e jogado nas aguas do Nilo, Nftis inconformada mandou que trouxessem o corpo de Osiris e novamente o trouxe a vida, Seth novamente mandou que matasse Osiris e ordenando que seu corppo fosse esquartejado e jogado novamente ao Nilo, Nftis com ajuda de Anubis resgataram as partes dos corpo de Osiris e novamente o trouxe a vida. A reao de Anubis ao vagar pelo nilo a procura das partes do corpo de seu pai associada ao chacal que na procura de alimento vaga procurando carne morta. O escaravelho O escaravelho, inseto sagrado para os egpcios, que nos remete a essa imagem de imortalidade. Associado ao verbo kheter, a significar "vir existncia", corresponde imagem do sol que renasce de si mesmo. O escaravelho tem esse carter, pois passa o dia inteiro empurrando entre as patas uma bolinha feita de suas fezes enquanto o sol est cruzando os cus em direo ao ocaso. Com a chegada da noite ele a enterra, e a fmea vem colocar a seus ovos. Ao amanhecer, um jovem escaravelho nasce do excremento para de novo acompanhar o astro rei em seu caminho. Tal qual o sol que ressurge das sombras da noite, o escaravelho renasce da prpria decomposio. O velho escaravelho morre, mas do ovo que fecundou sai outro escaravelho, como a alma se escapa da mmia e sobe para o cu. Assim, o insetos era, para os egpcios, o smbolo da vida que se renova eternamente a partir de si mesma. O deus sol o maior de todos os deuses, juiz supremo, criador do universo e fonte de toda a vida, era o Sol tambm conhecida como Hrus , R , Amon e outros. Quase sempre associado a imagem de um falco, pois o falco e um ave que consegue chegar a uma grande altitude e poderia ver todo seu territrio, e assim teria que ser o fara, um homem que tivesse total viso de seu territrio, proclamado filho do deus sol o fara era o Deus vivo dos egpcios e portanto o povo deveria obedecer a sua autoridade.

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Pirmides As pirmides so construes destinadas aos mortos, e esto espalhadas por todo mundo, no Egito as primeiras pirmides eram conhecidas como mastabas e tinham um formato em degraus, as pirmides mais famosas do mundo so as de Giz, Keps e Miquerinos ambas localizadas na regigao conhecida hoje como Cairo. Giz a maior das trs sua altura original era de 146,6 metros, mas atualmente de 137,16 m pois falta parte do seu topo e o revestimento O nome pirmides vem grego pyra = fogo Midas medida, simbolizando que pirmide deveria ter a forma um raio solar. Os sarcfagos A mmia era colocada em um sarcfago, que podia ser em pedra, de madeira com materiais preciosos, ou simplesmente de madeira. Inicialmente, os sarcfagos, eram retangulares, porm, mais tarde foram construdos com o formato de ser humano Muitos decorados com grandes pedras preciosas e as vezes forrados com ouro, como no caso da tumba de Tutancmon O processo de mumificao Mumificao o nome do processo aprimorado pelos egpcios em que se retiram os principais rgos, alm do crebro do cadver, dificultando assim a sua decomposio. Geralmente, os corpos so colocados em sarcfagos e envoltos por faixas de algodo ou linho. Aps o processo ser concludo so chamadas de mmias. do = a de

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Embalsamando o corpo Parte 1

Primeiro, o corpo era levado para um local conhecido como 'ibu' ou o 'lugar da purificao'. L os embalsamadores lavavam o corpo com essncias aromticas, e com gua do Nilo.

Parte 2

Um dos embalsamadores fazia um corte no lado esquerdo do corpo do embalsamado e removia os rgos internos. Isso era importante porque essas partes do corpo so as primeiras a entrar em decomposio.

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O corao reconhecido como o centro da inteligncia e fora da vida era mantido no lugar mas o crebro era retirado atravs do nariz e jogado fora. No passado, os rgos internos eram armazenados em jarras canpicas. Em seguida, o corpo era empacotado e coberto com natro, um tipo de sal, e largado para desidratar durante 40 dias. Aps esse perodo era empacotado com linho ensopado de resina, natro e essncias aromticas e as cavidades do corpo eram tampadas. Finalmente, ele era coberto de resina e enfaixado, com os sacerdotes colocando amuletos entre as camadas. Todo o processo acompanhado de oraes e encantamentos levava cerca de 70 dias mas preservava os corpos durante milhares de anos. Uma haste comprida em forma de anzol era usada para fisgar o crebro e pux-lo atravs do nariz. DADO CURIOSO ~ Egpcios comuns no eram mumificados, mas enterrados em sepulturas, onde as condies do deserto quente e seco mumificavam os corpos naturalmente. Parte 3

O corpo era empacotado e coberto com natro, um tipo de sal, e largado para desidratar durante 40 dias. Os rgos remanescentes eram armazenados em jarras canpicas, para serem sepultados junto com a mmia.

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Parte 4

Aps 40 dias o corpo era lavado com gua do Nilo. Depois era coberto com leos aromticos para manter a pele elstica.

Parte 5

Os rgos internos desidratados eram enrolados em linho e recolocados na mmia. O corpo tambm era recoberto com serragem e folhas secas.

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Parte 6

No passado, os rgos internos retirados das mmias eram armazenados em jarras canpicas.

A escita Hierglifo um termo que junta duas palavras gregas: (hiers) "sagrado", e (glphein) "escrita". Apenas os sacerdotes, membros da realeza, altos cargos, e escribas conheciam a arte de ler e escrever esses sinais "sagrados".

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Desvendando os Hierglifos egpcios A expedio militar e cientfica que o imperador Napoleo realizou ao Egito trouxe consigo, entre outras inmeras antiguidades, uma pedra encontrada em agosto de 1799 por soldados franceses que trabalhavam sob as ordens de um oficial chamado Bouchard. Na luta contra ingleses e turcos, eles estavam restaurando e preparando os alicerces para ampliao de um antigo forte medieval, posteriormente chamado de Forte de So Juliano, nas proximidades da cidade egpcia de Rachid (que significa Roseta, em rabe), localizada beira do brao oeste do Nilo, perto de Alexandria, junto ao mar. Dois anos depois, pelo Tratado de Alexandria, o achado foi cedido aos ingleses e hoje se encontra no Museu Britnico de Londres. Tendo ficado conhecida como Pedra de Roseta, uma estela de basalto negro, de forma retangular, medindo 112,3 cm de altura, 75,7 cm de largura e 28,4 cm de espessura e que numa das faces, bem polida, mostra trs inscries em trs caracteres diferentes, em parte gastas e apagadas em virtude do contato com a areia por milnios. Na parte superior, destruda ou fraturada em grande parte, v-se uma escrita hieroglfica com 14 linhas; o texto intermedirio contm 22 linhas de uma escrita egpcia cursiva, conhecida como demtico, e a terceira e ltima diviso da pedra ocupada por uma inscrio de 54 linhas em lngua e caracteres gregos. Os trs textos reproduzem o mesmo teor de um decreto do corpo sacerdotal do Egito, reunido em Mnfis, em 196 a.C., para conferir grandes honras ao rei Ptolomeu V Epifnio (205 a 180 a.C.), por benefcios recebidos. Apesar da aparncia insignificante da pedra, os estudiosos logo perceberam o seu valor pelo fato de apresentar textos egpcios acompanhados por sua traduo em uma lngua conhecida, o que vinha, enfim, estabelecer pontos de partida e de comparao to numerosos quanto incontestveis. Por ordem de Napoleo Bonaparte a estela foi reproduzida e litografada e vrias cpias enviadas a diversos especialistas em lnguas mortas. Entretanto, passaram-se 23 anos desde a data de sua descoberta at que um homem, Jean-Franois Champollion, pudesse decifrar integralmente o seu contedo. A Pedra de Roseta estar eternamente ligada ao nome de Champollion, pois foi ela que serviu de base aos estudos que o levaram finalmente decifrao dos hierglifos. A verdade que, ajudado pelo fato de que aquela estela continha o mesmo texto grafado em hierglifos, demtico e grego, ele reconheceu nela o nome de Ptolomeu em grego e demtico e, assim, pode identificar o cartucho com o mesmo nome em hierglifos, dando, assim, um passo importantssimo na soluo do enigma. Mas afinal, o que estava escrito nessa famosa Pedra de Roseta? Pelo que diz o texto, o fara Ptolomeu V Epifnio havia concedido ao povo a iseno de uma srie de impostos e o fato, evidentemente, agradara a todos. Em sinal deHistria da Arte / Wanderson Lima Pgina 16

agradecimento os sacerdotes resolveram erguer uma esttua de Ptolomeu V em cada templo e organizar festividades anuais em sua honra. Para deixar registrada para sempre tal deciso, gravaram-na em vrias estelas comemorativas e colocaram uma delas em cada templo importante da poca. Os soldados de Napoleo toparam com uma dessas pedras. Apesar de estar mutilada, foi possvel reconstituir a totalidade do texto original da estela graas a outras cpias do decreto que foram encontradas

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Arte na Grcia antiga 500 a 400 a.C

O homem a medida de todas as coisas Embora no se refira especificamente a arte, essa frase atribuda ao filsofo Pitgoras, pode ser muito bem aplicada a essncia de toda a produo artstica da Grcia antiga os gregos desenvolveram uma arte feita pelo homem e para o homem Enquanto a arte egpcia uma arte ligada ao esprito, a arte grega liga-se inteligncia, pois os seus reis no eram deuses, mas seres inteligentes e justos que se dedicavam ao bem-estar do povo. A arte grega volta-se para o gozo da vida presente. Contemplando a natureza, o artista se empolga pela vida e tenta, atravs da arte, exprimir suas manifestaes. Na sua constante busca da perfeio, o artista grego cria uma arte de elaborao intelectual em que predominam o ritmo, o equilbrio, a harmonia ideal.

ARQUITETURA As edificaes que despertaram maior interesse so os templos. A caracterstica mais evidente dos templos gregos a simetria. Nos templos encontramos trs estilos de grande importncia, estes estilos arquitetnicos so chamadas de ordem arquitectnica, dentro do contexto da arquitetura clssica, um sistema arquitectnico que afecta o projeto de um edifcio dotando-o de caractersticas prprias e associando-o a uma determinada linguagem e a um determinado estilo histrico - Ordem Drica ou toscana - era simples e macia. O fuste da coluna era monoltico e grosso. O capitel era uma almofada de pedra. Nascida do sentir do povo grego, nela se expressa o pensamento. Sendo a mais antiga das ordens arquitetnicas gregas, a ordem drica, por sua simplicidade e severidade, empresta uma idia de solidez e imponncia

- Ordem Jnica - representava a graa e o feminino. A coluna apresentava fuste mais delgado e no se firmava diretamente sobre o estilbata, mas sobre uma base decorada. O capitel era formado por duas espirais unidas por duas curvas. A ordem drica traduz a forma do homem e a ordem jnica traduz a forma da mulher.

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- Ordem Corntia - o capitel era formados com folhas de acanto e quatro espirais simtricos, muito usados no lugar do capitel jnico, de um modo a variar e enriquecer aquela ordem. Sugere luxo e ostentao.

Os principais monumentos da arquitetura grega: a) Templos, dos quais o mais importante o Parthenon de Atenas. Na Acrpole, tambm, se encontram as Caritides homenageavam as mulheres de Cria. Parthenon b) Teatros, que eram construdos em lugares abertos (encosta) e que compunham de trs partes: a skene ou cena, para os atores; a konistra ou orquestra, para o coro; o koilon ou arquibancada, para os espectadores. Um exemplo tpico o Teatro de Epidauro, construdo, no sc. IV a.C., ao ar livre, composto por 55 degraus divididos em duas ordens e calculados de acordo com uma inclinao perfeita. Chegava a acomodar cerca de 14.000 espectadores e tornou-se famoso por sua acstica perfeita. c) Ginsios, edifcios destinados cultura fsica. d) Praa - gora onde os gregos se reuniam para discutir os mais variados assuntos, entre eles; filosofia. PINTURA

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A pintura grega encontra-se na arte cermica. Os vasos gregos so tambm conhecidos no s pelo equilbrio de sua forma, mas tambm pela harmonia entre o desenho, as cores e o espao utilizado para a ornamentao. Alm de servir para rituais religiosos, esses vasos eram usados para armazenar, entre outras coisas, gua, vinho, azeite e mantimentos. Por isso, a sua forma correspondia funo para que eram destinados: - nfora - vasilha em forma de corao, com o gargalo largo ornado com duas asas; - Hidra - (derivado de ydor, gua) tinha trs asas, uma vertical para segurar enquanto corria a gua e duas para levantar; - Cratera - tinha a boca muito larga, com o corpo em forma de um sino invertido, servia para misturar gua com o vinho (os gregos nunca bebiam vinho puro), etc. As pinturas dos vasos representavam pessoas em suas atividades dirias e cenas da mitologia grega. O maior pintor de figuras negras foi Exquias.

Escultura As esculturas gregas transmitem uma forte noo de realismo, pois os escultores gregos buscavam aproximar suas obras ao mximo do real, utilizando recursos e detalhes. Nervos, msculos, veias, expresses e sentimentos so observados nas esculturas. A temtica mais usada foi a religiosa, principalmente, representaes de deuses e deusas. Cenas do cotidiano, mitos e atividades esportivas (principalmente relacionadas s Olimpadas) tambm foram abordadas pelos escultores gregos. A Vitria de Samotrcia tambm conhecida como Nik de Samotracia uma escultura que representa a deusa Atena Nik (Atena que traz a vitria), cujos pedaos foram descobertos em 1863 nas ruinas do Santurio dos grandes deuses de Samotrcia, na ilha do mesmo nome, no Mar Egeu. Fazia parte de uma fonte, com a forma de proa de embarcao, em pedra calcrea, doada ao santurioHistria da Arte / Wanderson Lima Pgina 20

provavelmente pela cidade de Rodes. Actualmente est em lugar de destaque numa escadaria do Museu do Louvre, em Paris (Frana).

Arte o crist 100 a 400 Chama-se ARTE PRIMITIVA CRIST a arte dos cinco primeiros sculos do aparecimento do cristianismo. Diviso A Arte Primitiva Crist divide-se em dois perodos: antes e depois do reconhecimento do Cristianismo como religio oficial do Imprio Romano. O reconhecimento do Cristianismo como religio oficial do Imprio Romano foi feito pelo imperador Constantino, no dito de Milo no ano 330 da nossa era. - A Fase Catacumbria

A fase anterior ao reconhecimento chama-se Catacumbria, porque as suas principais manifestaes ocorreram nas catacumbas, cemitrios subterrneos, verdadeiros hipogeus, nos quais os primeiros cristos sepultavam seus mortos e mrtires. A fase catacumbria estende-se do I sculo ao incio do IV sculo, precisamente ao dito de Milo. - A Fase Crist PrimitivaHistria da Arte / Wanderson Lima Pgina 21

A fase posterior ao reconhecimento, quando o Cristianismo deixou de ser perseguido e substituiu, oficialmente, entre os romanos, as crenas do paganismo, tem sido determinada Arte Latina por alguns historiadores. Deve ser chamada, porm, de modo mais adequado, Arte Crist Primitiva propriamente dita. Essa fase, Arte primitiva Crist, desenvolve-se dos anos de 330 ao de 500, quando as artes do Cristianismo comeam a dividir-se em dois grandes ramos um oriental e outro ocidental. As Artes Bizncia e Romana Ao contrrio do ocidental, o ramo oriental da Arte Crist Primitiva aparece mais cedo, naquele mesmo ano de 500. a arte Bizantina, que denomina-se assim, porque o seu principal centro de irradiao foi a antiga cidade grega de Bizncio, transformada em Constantinopla, no ano de 330, pelo imperador Constantino, para servir de nova capital ao Imprio Romano. A arte bizantina rene vrias influncias - gregas clssicas, asiticas e europias. Dura praticamente mil anos, desde o reinado do Imperador Justiniano, notvel por suas leis e iniciativas administrativas, meados do sculo VI, conquista de Constantinopla pelos turcos, em 1453, data convencionalmente escolhida para marcar o fim da Idade Mdia e o incio dos Tempos Modernos. O ramo ocidental da Arte Crist Primitiva vai definir-se mais tarde, no sculo X, atravs de lentas e diversificadas elaboraes. Nessas elaboraes estilsticas, intervm numerosos fatores histricos e sociais, como as invases dos povos chamados brbaros, e sensveis s influncias orientais, particularmente bizantinas, pela importncia econmica e poltica de Bizncio no mundo medieval. Esse ramo ocidental recebe a denominao de Arte Romnica, porque as suas formas derivam fundamentalmente de Roma antiga, apesar das influncias diversas que vo recebendo do decorrer dos tempos. Antes dessas formas romnicas, ente os sculos VI e X havia na Europa ocidental as artes dos povos brbaros, os quais, uma vez instalados nas regies conquistadas, vo dar origem s modernas naes europias. Essas artes dos povos em migrao no possuem, porm, caractersticas definidas. A Fase Catacumbria Estende-se do sculo I ao incio do sculo IV. Corresponde, portanto, poca das perseguies movidas aos cristos, com maior ou menor intolerncia eHistria da Arte / Wanderson Lima Pgina 22

crueldade, por imperadores romanos. A perseguio desenvolvia-se praticamente em todo o Imprio, em algumas partes com mais brandura, especialmente em certas regies da sia Menor, nas quais houve mesmo tolerncia com a nova religio, que se misturava com velhos cultos pagos locais, vindos dos egpcios e caldeus. Por isso mesmo, ali so mais precoces as transformaes da primitiva arte crist. Arquitetura - Sendo uma religio perseguida, alvo da vigilncia e represso das autoridades, as prticas crists se faziam ocultamente. Desse modo, na fase catacumbria, no existe praticamente arquitetura. Pensou-se, durante muito tempo, que os fiis se reunissem no interior das catacumbas para celebrao do culto. Est provado hoje, por investigaes arqueolgicas, que faziam dentro de residncias, em Roma e outras cidades, geralmente noite, sob o temor da priso, tortura e morte. As catacumbas serviam apenas para o sepultamento. Nos primeiros tempos, os cristos eram sepultados nos cemitrios pagos. Deixaram de faz-lo por dois motivos: primeiro porque adotaram a prtica da inumao, contrria incinerao, usada pelos pagos; segundo, porque os pagos consagravam os cemitrios s suas divindades. Nas residncias, utilizavam salas, com altares improvisados, para os ofcios divinos, os gapes ou banquetas de amor, como se chamavam, depois transformados na cerimnia da missa. Algumas casas mais ricas chegaram a possuir uma espcie de templo, com disposio e instalao adequadas. No podem ser considerados obras de arquitetura os trabalhos, muitas vezes toscos, de sustentao de paredes e tetos ou ampliao de espao, executados nas catacumbas. Estas, como sabemos, se constituam de galerias subterrneas que se cruzam e entrecruzam, em diferentes nveis, superpondese, constantemente, em extenses considerveis de centenas de quilmetros A simbologia crista Os artistas usam smbolos variados, h smbolos abstratos, como um crculo, que representaria Cristo, por associao com o disco solar. O disco aposto numa cruz poderia ser simbolicamente a Crucificao, cena cuja representao foi evitada nos primeiros sculos. A simbologia crist primitiva muito rica, sendo melhor, neste momento, resumir dizendo que, ao lado dos abstratos, multiplicam-se os smbolos figurativos. Os mais comuns so o peixe, a pombinha com o ramo deHistria da Arte / Wanderson Lima Pgina 23

oliveira no bico, o pavo, a ncora, o lrio, o cacho de uva, a espiga de trigo, dentre outros. O peixe era Cristo, pois as inicias das palavras gregas Jesus Cristo de Deus Filho Salvador formam ichtus, peixe em grego. A pombinha com o ramo de oliveira no bico, aluso ao episdio de No. O pavo, smbolo da eternidade. A ncora, salvao pela firmeza da f e, muitas vezes, a cruz do Calvrio. O lrio, pureza, O cacho de uva, o sangue de Cristo, como a espiga de trigo, o po da Eucaristia. A serpente, entre os pagos, smbolo das energias da terra, passa, entre os cristos, a smbolo do Mal.

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Renascimento 1400 a 1600

Na medida em que o Renascimento resgata a cultura clssica, greco-romana, as construes foram influenciadas por caractersticas antigas, adaptadas nova realidade moderna ESCULTURA Pode-se dizer que a escultura a forma de expresso artstica que melhor representa o renascimento, no sentido humanista. Utilizando-se da perspectiva e da proporo geomtrica, destacam-se as figuras humanas, que at ento estavam relegadas a segundo plano, acopladas s paredes ou capitis. No renascimento a escultura ganha independncia e a obra, colocada acima de uma base, pode ser apreciada de todos os ngulos. PINTURA Duas grandes novidades marcam a pintura renascentista: a utilizao da perspectiva, atravs da qual os artistas conseguem reproduzir em suas obras,Histria da Arte / Wanderson Lima Pgina 25

espaos reais sobre uma superfcie plana, dando a noo de profundidade e de volume, ajudados pelo jogo de cores que permitem destacar na obra os elementos mais importantes e obscurecer os elementos secundrios, a variao de cores frias e quentes e o manejo da luz permitem criar distncias e volumes que parecem ser copiados da realidade; e a utilizao da tinta leo, que possibilitar a pintura sobre tela com uma qualidade maior, dando maior nfase realidade e maior durabilidade s obras. Mona Lisa (tambm conhecida como La Gioconda ou, em francs, La Joconde, ou ainda Mona Lisa del Giocondo), a mais notvel e conhecida obra do pintor italiano Leonardo da Vinci. nesta obra que o artista melhor concebeu a tcnica do sfumato. O quadro apresenta uma mulher com uma expresso introspectiva e um pouco tmida. O seu sorriso restrito muito sedutor, mesmo que um pouco conservador. Seu corpo representa o padro de beleza da mulher na poca de Leonardo. Este quadro provavelmente o retrato mais famoso na histria da arte, seno, o quadro mais famoso de todo o mundo. Poucos outros trabalhos de arte so to controversos, questionados, valiosos, elogiados, comemorados ou reproduzidos. Leonardo comeou o retrato em 1503 e terminou-o trs ou quatro anos mais tarde. A pintura a leo sobre madeira de lamo encontra-se exposta agora no Museu do Louvre, em Paris, e a maior atraco do museu.

Mona LisaLeonardo da Vinci, 1503-1507 leo sobre madeira de lamo 77 53 cm Museu do Louvre

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Barroco 1600 a 1800 A arte barroca originou-se na Itlia (sc. XVII) mas no tardou a irradiar-se por outros pases da Europa e a chegar tambm ao continente americano, trazida pelos colonizadores portugueses e espanhis. As obras barrocas romperam o equilbrio entre o sentimento e a razo ou entre a arte e a cincia, que os artistas renascentistas procuram realizar de forma muito consciente; na arte barroca predominam as emoes e no o racionalismo da arte renascentista. uma poca de conflitos espirituais e religiosos. O estilo barroco traduz a tentativa angustiante de conciliar foras antagnicas: bem e mal; Deus e Diabo; cu e terra; pureza e pecado; alegria e tristeza; paganismo e cristianismo; esprito e matria. Podemos observar essa dualidade se compararmos a escultura de Bernini com a poesia de Gregorio de Mattos

.Ao Dia do Juzode Gregrio de Matos O alegre do dia entristecido, O silncio da noite perturbado O resplandor do sol todo eclipsado, E o luzente da lua desmentido! Rompa todo o criado em um gemido, Que de ti mundo? onde tens parado? Se tudo neste instante est acabado, Tanto importa o no ser, como haver sido. Soa a trombeta da maior altura, A que a vivos, e mortos traz o aviso Da desventura de uns, doutros ventura.

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Acabe o mundo, porque j preciso, Erga-se o morto, deixe a sepultura, Porque chegado o dia do juzo

Suas caractersticas gerais so: * emocional sobre o racional; seu propsito impressionar os sentidos do observador, baseando-se no princpio segundo o qual a f deveria ser atingida atravs dos sentidos e da emoo e no apenas pelo raciocnio. * busca de efeitos decorativos e visuais, atravs de curvas, contracurvas, colunas retorcidas; * entrelaamento entre a arquitetura e escultura; * violentos contrastes de luz e sombra; * pintura com efeitos ilusionistas, dando-nos s vezes a impresso de ver o cu, tal a aparncia de profundidade conseguida. PINTURA Caractersticas da pintura barroca: * Composio assimtrica, em diagonal - que se revela num estilo grandioso, monumental, retorcido, substituindo a unidade geomtrica e o equilbrio da arte renascentista. * Acentuado contraste de claro-escuro (expresso dos sentimentos) - era um recurso que visava a intensificar a sensao de profundidade. * Realista, abrangendo todas as camadas sociais. * Escolha de cenas no seu momento de maior intensidade dramtica. Dentre os pintores barrocos italianos:

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Caravagg io - o que melhor caracteriza a sua pintura o modo revolucionrio como ele usa a luz. Ela no aparece como reflexo da luz solar, mas criada intencionalmente pelo artista, para dirigir a ateno do observador.

Rubens (espanhol) - alm de um colorista vibrante, se notabilizou por criar cenas que sugerem, a partir das linhas contorcidas dos corpos e das pregas das roupas, um intenso movimento. Em seus quadros, geralmente, no vesturio que se localizam as cores quentes - o vermelho, o verde e o amarelo - que contrabalanam a luminosidade da pele clara das figuras humanas. Obra destacada: O Jardim do Amor. Rembrandt (holands) - o que dirige nossa ateno nos quadros deste pintor no propriamente o contraste entre luz e sombra, mas a gradao daHistria da Arte / Wanderson Lima Pgina 29

claridade, os meios-tons, as penumbras que envolvem reas de luminosidade mais intensa. Obra destacada: Aula de Anatomia. ESCULTURA Suas caractersticas so: o predomo das linhas curvas, dos drapeados das vestes e do uso do dourado; e os gestos e os rostos das personagens revelam emoes violentas e atingem uma dramaticidade desconhecida no Renascimento. Bernini - arquiteto, urbanista, decorador e escultor, algumas de suas obras serviram de elementos decorativos das igrejas, como, por exemplo, o baldaquino e a cadeira de So Pedro, ambos na Baslica de So Pedro, no Vaticano. Obra destacada: A Praa de So Pedro, Vaticano e o xtase de Santa Teresa. Para seu conhecimento Barroco: termo de origem espanhola Barrueco, aplicado para designar prolas de forma irregular. O barroco no Brasil foi formado por uma complexa teia de influncias europias e locais, embora em geral coloridas pela interpretao portuguesa do estilo. preciso lembrar que o contexto econmico em que o barroco se desenvolveu na colnia era completamente diverso daquele que lhe dava origem na Europa

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Trabalho do mestre Antonio Francisco Lisboa

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Romantismo 1830 a 1850

O Romantismo foi um movimento artstico, poltico e filosfico surgido nas ltimas dcadas do sculo XVIII na Europa que perdurou por grande parte do sculo XIX. Caracterizou-se como uma viso de mundo contrria ao racionalismo que marcou o perodo neoclssico e buscou um nacionalismo que viria a consolidar os estados nacionais na Europa. As primeiras manifestaes romnticas na pintura ocorreram quando Francisco Goya passou a pintar depois de comear a perder a audio. Um quadro de temtica neoclssica como Saturno devorando seus filhos, por exemplo, apresenta uma srie de emoes para o espectador que o fazem se sentir inseguro e angustiado. Goya cria um jogo de luz-e-sombra, linhas de composio diagonais e pinceladas "grosseiras" de forma a acentuar a situao dramtica representada. Apesar de Goya ter sido um acadmico, o Romantismo somente chegaria Academia mais tarde. O francs Eugne Delacroix considerado um pintor romntico por excelncia. Sua tela A Liberdade guiando o povo rene o vigor e o ideal romnticos em uma obra que estrutura-se em um turbilho de formas. O tema so os revolucionrios de 1830 guiados pelo esprito da Liberdade (retratados aqui por uma mulher carregando a bandeira da Frana). O artista coloca-se metaforicamente como um revolucionrio ao se retratar em um personagem da turba, apesar de olhar com uma certa reserva para os acontecimentos (refletindo a influncia burguesa no romantismo). Esta provavelmente a obra romntica mais conhecida.

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impressionismo 1874 a 1830

O Impressionismo foi um movimento artstico que revolucionou profundamente a pintura e deu incio s grandes tendncias da arte do sculo XX. Havia algumas consideraes gerais, muito mais prticas do que tericas, que os artistas seguiam em seus procedimentos tcnicos para obter os resultados que caracterizaram a pintura impressionista. Principais caractersticas da pintura: * A pintura deve registrar as tonalidades que os objetos adquirem ao refletir a luz solar num determinado momento, pois as cores da natureza se modificam constantemente, dependendo da incidncia da luz do sol. * As figuras no devem ter contornos ntidos, pois a linha uma abstrao do ser humano para representar imagens. * As sombras devem ser luminosas e coloridas, tal como a impresso visual que nos causam, e no escuras ou pretas, como os pintores costumavam represent-las no passado. * Os contrastes de luz e sombra devem ser obtidos de acordo com a lei das cores complementares. Assim, um amarelo prximo a um violeta produz uma impresso de luz e de sombra muito mais real do que o claro-escuro to valorizado pelos pintores barrocos. * As cores e tonalidades no devem ser obtidas pela mistura das tintas na paleta do pintor. Pelo contrrio, devem ser puras e dissociadas nos quadros em pequenas pinceladas. o observador que, ao admirar a pintura, combina as vrias cores, obtendo o resultado final. A mistura deixa, portanto, de ser tcnicaHistria da Arte / Wanderson Lima Pgina 33

para se ptica. A primeira vez que o pblico teve contato com a obra dos impressionistas foi numa exposio coletiva realizada em Paris, em abril de 1874. Mas o pblico e a crtica reagiram muito mal ao novo movimento, pois ainda se mantinham fiis aos princpios acadmicos da pintura.Figura Almoo na Relva , 1863, Manet.

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Expressionismo 1905 e 1930.

O Expressionismo a arte do instinto, trata-se de uma pintura dramtica, subjetiva, expressando sentimentos humanos. Utilizando cores irreais, d forma plstica ao amor, ao cime, ao medo, solido, misria humana, prostituio. Deforma-se a figura, para ressaltar o sentimento. Predominncia dos valores emocionais sobre os intelectuais. Corrente artstica concentrada especialmente na Alemanhaentre 1905 e 1930. Principais caractersticas: * pesquisa no domnio psicolgico; * cores resplandecentes, vibrantes, fundidas ou separadas; * dinamismo improvisado, abrupto, inesperado; * pasta grossa, martelada, spera; * tcnica violenta: o pincel ou esptula vai e vem, fazendo e refazendo, empastando ou provocando exploses; * preferncia pelo pattico, trgico e sombrio OBSERVAO: Alguns historiadores determinam para esses pintores o movimento Ps Impressionista. Os pintores no queriam destruir os efeitos impressionistas, mas queriam lev-los mais longe. Os trs primeiros pintores abaixo esto includos nessa designao. Vicent Van Gogh (1853-1890) - empenhou profundamente em recriar a beleza dos seres humanos e da natureza atravs da cor, que para ele era o elemento fundamental da pintura. Foi uma pessoa solitria. Interessou-se pelo trabalho de Gauguim, principalmente pela sua deciso de simplificar as formas dos seres, reduzir os efeitos de luz e usar zonas de cores bem definidas. Em 1888, deixou Paris e foi para Arles, cidade do sul da Frana, onde passou a pintar ao ar livre. O sol intenso da regio mediterrnea interferiu em sua pintura, e ele libertou-se completamente de qualquer naturalismo no emprego das cores, declarando-se um colorista arbitrrio. Apaixonou-se ento pelas cores intensas e puras, sem nenhuma matizao, pois elas tinham para ele a funo de representar emoes. Entretanto ele passou por vrias crises nervosas e, depois deHistria da Arte / Wanderson Lima Pgina 35

internaes e tratamentos mdicos, dirigiu-se, em maio de 1890, para Anvers, uma cidade tranqila ao norte da Frana. Nessa poca, em trs meses apenas, pintou cerca de oitenta telas com cores fortes e retorcidas. Em julho do mesmo ano, ele suicidou-se, deixando uma obra plstica composta por 879 pinturas, 1756 desenhos e dez gravuras. Enquanto viveu no foi reconhecido pelo pblico nem pelo crticos, que no souberam ver em sua obra os primeiros passos em direo arte moderna, nem compreender o esforo para libertar a beleza dos seres por meio de uma exploso de cores. Obras Destacadas: Trigal com Corvos e Caf Noite

Noite estrelada. Vincent van Gogh, 1889

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Cubismo 1907 a 1914

O Cubismo um movimento artstico que ocorreu entre 1907 e 1914, tendo como principais fundadores Pablo Picasso e Georges Braque. O Cubismo tratava as formas da natureza por meio de figuras geomtricas, representando todas as partes de um objeto no mesmo plano. A representao do mundo passava a no ter nenhum compromisso com a aparncia real das coisas. Pablo Picasso Pablo Ruiz Picasso (Mlaga, 25 de outubro de 1881 Mougins, 8 de abril de 1973) foi reconhecidamente um dos mestres da Arte do sculo XX. considerado um dos artistas mais famosos e versteis de todo o mundo, tendo criado milhares de trabalhos, no somente pinturas, mas tambm esculturas e cermica, usando, enfim, todos os tipos de materiais. Ele tambm conhecido como sendo o co-fundador do Cubismo Guernica um painel pintado por Pablo Picasso em 1937 por ocasio da Exposio Internacional de Paris. Foi exposto no pavilho da Repblica Espanhola. Medindo 350 por 782 cm, esta tela pintada a leo normalmente tratada como representativa do bombardeio sofrido pela cidade espanhola de Guernica em 26 de abril de 1937 por avies alemes, apoiando o ditador Francisco Franco. Actualmente est no Centro Nacional de Arte Rainha Sofia, em Madrid.Histria da Arte / Wanderson Lima Pgina 37

Surrealismo 1918

Nas duas primeiras dcadas do sculo XX, os estudos psicanalticos de Freud e as incertezas polticas criaram um clima favorvel para o desenvolvimento de uma arte que criticava a cultura europia e a frgil condio humana diante de um mundo cada vez mais complexo. Surgem movimentos estticos que interferem de maneira fantasiosa na realidade. O surrealismo foi por excelncia a corrente artstica moderna da representao do irracional e do subconsciente. Suas origens devem ser buscadas no dadasmo e na pintura metafsica de Giorgio De Chirico. Este movimento artstico surge todas s vezes que a imaginao se manifesta livremente, sem o freio do esprito crtico, o que vale o impulso psquico. Os surrealistas deixam o mundo real para penetrarem no irreal, pois a emoo mais profunda do ser tem todas as possibilidades de se expressar apenas com a aproximao do fantstico, no ponto onde a razo humana perde o controle. A livre associao e a anlise dos sonhos, ambos mtodos da psicanlise freudiana, transformaram-se nos procedimentos bsicos do surrealismo, embora aplicados a seu modo. Por meio do automatismo, ou seja, qualquer forma de expresso em que a mente no exercesse nenhum tipo de controle, os surrealistas tentavam plasmar, seja por meio de formas abstratas ou figurativas simblicas, as imagens da realidade mais profunda do ser humano: o subconsciente. Salvador Dali - , sem dvida, o mais conhecido dos artistas surrealistas. Estudou em Barcelona e depois em Madri, na Academia de San Fernando. Nessa poca teve oportunidade de conhecer Lorca e Buuel. Suas primeiras obras so influenciadas pelo cubismo de Gris e pela pintura metafsica de Giorgio De Chirico. Finalmente aderiu ao surrealismo, junto com seu amigo Luis Buuel, cineasta. Em 1924 o pintor foi expulso da Academia e comeou a se interessar pela psicanlise de Freud, de grande importncia ao longo de toda a sua obra.Criana geopoltica observando o nascimento do homem novo

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Semana da arte moderna 1922

1922A Semana de Arte Moderna, tambm chamada de Semana de 22, ocorreu em So Paulo no ano de 1922, de 11 a 18 de fevereiro, no Teatro Municipal. Durante os sete dias de exposio, foram expostos quadros e apresentadas poesias, msicas e palestras sobre a modernidade,o que deixou indignados alguns escritores e artistas de renome. A Semana de Arte Moderna representou uma verdadeira renovao de linguagem, na busca de experimentao, na liberdade criadora da ruptura com o passado e at corporal, pois a arte passou ento da vanguarda, para o modernismo. O evento marcou poca ao apresentar novas idias e conceitos artsticos, como a poesia atravs da declamao, que antes era s escrita; a msica por meio de concertos, que antes s havia cantores sem acompanhamento de orquestras sinfnicas; e a arte plstica exibida em telas, esculturas e maquetes de arquitetura, com desenhos arrojados e modernos. O adjetivo "novo" passou a ser marcado em todas estas manifestaes que propunha algo no mnimo curioso e de interesse. Participaram da Semana nomes consagrados do modernismo brasileiro, como Mrio de Andrade, Oswald de Andrade, Vctor Brecheret, Anita Malfatti, Menotti Del Pichia, Srgio Milliet, Heitor Villa-Lobos entre outros.

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Arte pr colombiana

A Arte pr-colombiana uma designao que compreende todas as manifestaes artsticas levadas a cabo pelos povos nativos mesoamericanos, anteriores conquista da Amrica Latina pelos espanhis e portugueses. De autoria annima, a arte pr-colombiana compreende diversas tipologias, como a arquitectura, a escultura (incluindo relevo e estaturia), a pintura, a joalharia e ourivesaria, a cermica e objectos de uso domstico e ornamentos. Os materiais mais frequentes so a pedra, o tecido, o barro e o metal. Estes povos tinham profundo domnio sobre o metal. Todas as obras foram feitas por artesos, cuja funo transpor para estes objectos representaes pr-determinadas pelas crenas ou cincias populares. A simbologia sexual tambm era regular nas diversas formas de arte

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Arte oriental At bem pouco tempo os orientais achavam que os povos do ocidente no eram civilizados, no tinham cultura e os chamavam de brbaros. De certa forma tinham razo pois, at o fim da Idade Mdia - portanto antes do Renascimento - a barbrie campeava na Europa. Com exceo das civilizaes grega e romana (depois extintas), todas as outras civilizaes e conseqentes manifestaes artsticas, vinham da sia - do Oriente Mdio e do Extremo Oriente. Por outro lado, alguns acreditam que a histria Cntaro, Dinastia Ming, das artes europias e at as da bacia do perodo chia-Ching, 1522- Mediterrneo pode ser contada desprezando as 1566. Porcelana decorada artes do Extremo Oriente, cuja influncia no com figura de drago que ocidente s foi exercida espordica e indica procedncia de superficialmente. Tambm no se pode aceitar a oficina do governo afirmao de que a China possui civilizao e imperial. Museu Staatliche - artes plsticas mais antigas do mundo, pois nas pocas brilhantes da arte egpcia, a China s Berlim. produzia uma cermica primitiva. E mesmo quando os mrmores do Partenon eram trabalhados por Fdias, a China ainda no passara dos vasos de bronze, ainda que esses tivessem grande valor artstico. O que se pode afirmar que a China possui a mais antiga civilizao continuada do mundo. Todas as obras de arte realizadas no Japo desde o assentamento dos primeiros habitantes, por volta do X milnio a.C., at a atualidade. Otani Oniji como Eitoku uma das numerosas gravaes feitas em madeira por Toshusai Sharaku entre 1794 e 1795, durante o perodo Edo. Representa um ator de kabuki pintado no estilo Ukiyo-e (mundo flutuante). As gravaes em madeira alcanaram seu ponto mximo na arte japonesa nos sculos XVIII e XIX. Historicamente, o Japo esteve sujeito a sbitas invases de idias novas procedentes do estrangeiro, seguidas por longos perodos de contato mnimo com o mundo exterior. Ao longo do tempo, o japons tem desenvolvido a habilidade de absorver, imitar e acabar por assumir os elementos da cultura estrangeira que serviam para complementar suas preferncias estticas. As

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manifestaes artsticas mais antigas que se desenvolveram no Japo datam dos sculos VII e VIII e esto relacionadas com o budismo.

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Bibliografia Enciclopdia ilustrada de pesquisa Conhecer/ Artes nova cultura volume 11SP PROENA, Graa. Histria da Arte. So Paulo: Editora tica, 1994 MORAIS, Frederico.Panorama das Artes Plsticas Sculos XIX e XX. So Paulo: Instituto Ita Cultural, 1991. PAREYSON, Luigi. Os Problemas da Esttica. So Paulo: Martins Fontes, 1997. REVISTA NOVA ESCOLA, n 121, Abril/1999, Editora Abril. REVISTA PROBLEMAS BRASILEIROS. Edio maio/junho 2000. SCATARMACCHIA, Maria C.M. Encontro entre Culturas. So Paulo: Atual Editoral. TARELLA, Alda. Como Reconhecer a Arte Romana. So Paulo: Martins Fontes, 1985 Sites http://www.professordehistoria.com/artesplasticas/ www.historiadaarte.com.br http://www.historiaearte.ne

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