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ADMINISTRAO FUNEC

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DISCIPLINA: TEORIA GERAL DA ADMINISTRAO - TGA

SUMRIO

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PROGRAMA DE DISCIPLINA----------------------------------------------------------------------4 Objetivos---------------------------------------------------------------------------------------------------4 Ementa-----------------------------------------------------------------------------------------------------4 Programa--------------------------------------------------------------------------------------------------5 Metodologia de Ensino----------------------------------------------------------------------------------6 Sistema de avaliao-------------------------------------------------------------------------------------6 Bibliografias-----------------------------------------------------------------------------------------------6 Sites para consulta---------------------------------------------------------------------------------------7 TEORIA GERAL DA ADMINISTRAO TGA----------------------------------------------8 PROCESSO ADMINISTRATIVO-------------------------------------------------------------------9 ORGANIZAES-------------------------------------------------------------------------------------10 SOBRE OS ADMINISTRADORES----------------------------------------------------------------12 AS RAIZES HISTRICA DA EVOLUO DA ADMINISTRAO---------------------14 ADMINISTRAO CIENTFICA E FREDERICK W. TAYLOR-------------------------18 HENRI FAYOL E A TEORIA CLSSICA DA ADMINISTRAO----------------------23 ESCOLA DAS RELAES HUMANAS---------------------------------------------------------26 ESCOLA DO COMPORTAMENTO HUMANO------------------------------------------------29 NECESSIDADES HUMANAS-----------------------------------------------------------------------31 A ESCOLA BUROCRATICA DE MAX WEBER----------------------------------------------33 ESCOLA ESTRUTURALISTA-------------------------------------------------------------------36 ESCOLA SISTEMICA------------------------------------------------------------------------------41 ABORDAGEM NEOCLASSICA DA ADMINISTRAO-----------------------------------46 ESCOLA DA ADMINISTRAO POR OBJETIVOS----------------------------------------52 Bibliografias--------------------------------------------------------------------------------------------58 CASES----------------------------------------------------------------------------------------------60 Exerccios-------------------------------------------------------------------------------------------68

PROGRAMA DE DISCIPLINA

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Curso: Administrao Disciplina: Teoria Geral da Administrao Srie: 1 Semestre Ano Letivo: 2012 Carga Horria Semanal: 04 Horas

OBJETIVOS_____________________________________________________ Levar os acadmicos a desenvolver as habilidades administrativas e compreendendo as noes fundamentais da administrao. Proporcionar ao aluno conhecimento das funes administrativas e leva-lo a compreender a importncia das mesmas no contexto organizacional. Oferecer ao aluno condies de usar eficazmente os conhecimentos adquiridos /experincias vivenciadas e o aprendizado para que ocorra gradativamente a compreenso da viso gerencial empreendedora, inovadora e criativa. Valorizar e deixar claro para o acadmico a importncia das ideias precursoras da administrao como cincia/arte, correlacionando-as com os conceitos/princpios na busca de um melhor entendimento das situaes da atualidade.

EMENTA________________________________________________________ Teoria Geral da Administrao.

Administrao e Administradores. Abordagem Comportamental da administrao. Abordagem Burocrtica da Administrao. Abordagem Estruturalista da Administrao. Abordagem Contingncia da Administrao (Departamentalizao e APO).

Abordagem Clssica da administrao.

Abordagem Sistmica da Administrao.

PROGRAMA__________________________________________________AULAS 1 SEM/2012 01 CONTEDO - Apresentao Cultural.

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- Apresentao do contedo programtico do semestre. - Definio dos direitos e deveres do aluno e do professor na sala de 02 03 04 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 aula e nos recursos utilizados no semestre. - Debate em sala com o tema administrao. - Apresentao dos conceitos sobre teoria geral da administrao. - Sobre os administradores. - Entendendo as organizaes. - Atividade em sala: Case - Razes histricas do desenvolvimento da administrao. - Administrao e suas influencias. - Apresentao filme: Tempos moderno. - Administrao cientifica. - Abordagem Taylorista. - Abordagem Fordista. - Apresentao filme: Administrao cientifica de Taylor. - Teoria Clssica da administrao. - Abordagem Fayolista. - Atividade em sala - Teoria das relaes humanas - Dinmica em sala. - Teoria do comportamento humano. - Escola burocrtica da administrao. - Escola estruturalista da administrao. - Questes para discusso. - Abordagem sistmica da administrao. - Abordagem contingencial da administrao. - Departamentalizao. - APO Administrao por Objetivos.

METODOLOGIA DE ENSINO_____________________________________ Aulas expositivas de contedo terico com auxilio de material didtico (livros, apostilas, artigo e peridicos). Aulas explicativas com utilizao de recursos/materiais como quadro negro, TV e Vdeo, buscando estimular a participao do aluno em sala de aula. Estudos de cases empresariais. Tcnicas de trabalhos grupais e seminrios para fortalecer e orientar o aluno quanto a elaborao e execuo de trabalhos finais.

SISTEMA DE AVALIAO_______________________________________

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Trabalhos em sala de aula elaborados em grupo com valorao de 20% do total da nota do bimestral. Provas Individuais bimestrais com valorao de 70% do total da nota do bimestre. Participao do aluno em sala de aula com valorao de 10% do total da nota do bimestre. (O aluno ser avaliado atravs de presena nas aulas, disciplina, horrios e envolvimento com os contedos aplicados)

BIBLIOGRAFIA _________________________________________________BERNARDES, C.; MARCONDES, R. C. Teoria geral da administrao: gerenciando organizaes. So Paulo: Saraiva, 2003. DAVIS, S. M. Management 2000: Administrando a sua empresa hoje para vencer amanha. Rio de Janeiro, Campus, 1992. DRUCKER, P.F. Introduo administrao. So Paulo: Pioneira, 1998. ETZIONI, A. Organizaes modernas. So Paulo: Pioneira, 1989. FAYOL, H. Administrao industrial e geral. 10.ed. So Paulo: Atlas, 1994. FERREIRA, A. A.; REIS, A. C. F.; PEREIRA, M. I. Gesto empresarial: de Taylor aos nossos dias: evoluo e tendncia da moderna administrao. So Paulo: Pioneira, 1997. KWASNICKA, E.L. Teoria geral da administrao: uma sntese. So Paulo: Atlas, 1999. LODI, J. B. Histria da administrao. So Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. MAXIMIANO, A. C. A. Introduo administrao. 4 ed. So Paulo: Atlas, 1995. ___________, A. C. A. Introduo administrao. 5. Ed. So Paulo: Atlas, 2000. MOORE, J. F. O fim da Concorrncia: Como dominar o ecossistema em que sua empresa est inserida. So Paulo, Futura 1996. MONTANA, P. J. & BRUCE H. C. Administrao. 2. ed. So Paulo: Saraiva, 2003. Universitria, Rio de Janeiro, 1988. _________, P. J. & CHARNOV, B. H. Administrao. So Paulo: Saraiva, 1999. MORGAN, G. Imagens da organizao. So Paulo: Atlas, 1996. MOTTA, F. C. P. Teoria geral da administrao: uma introduo. 21. ed. So Paulo: Pioneira, 1997. RIBEIRO, A. L. Teorias da administrao. So Paulo: Saraiva, 2003. WAHRLICH, B. M. S. Uma anlise das teorias de organizao 5. ed. Rio de Janeiro: Editora da Fundao Getlio Vargas, 1986. WOMACK, J. P. et al. A mquina que mudou o mundo. Rio de Janeiro: Campus, 1992.

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SITES

PARA

CONSULTAS______________ __________________________http://www.artigos.com/ http://www.administradores.com/ http://www.institutochiavenato.com/

http://www.artigonal.com/administrao-artigo/ http://www.angrad.org.br/area_cientifica/artigos/ http://www.sebrae.com.br/ http://www.crasp.gov.br/ http://www.bsp.com.br/ http://www.fgvsp.br/ http://www.fea.usp.br/ http://www.historiadaadministrao.com.br

TEORIA GERAL DA ADMINISTRAO TGA Conforme ADO (2000) a teoria geral da administrao no visa formar profissionais prticos que egressem das escolas prontos e acabados e que estejam altamente preparados para executar tarefas que envolvam situaes ou circunstncias relacionadas somente tomada de decises. A teoria geral da administrao procura na verdade ensinar os futuros profissionais da administrao a pensar e a raciocinar a partir de uma bagagem de conhecimentos e ideias que traz consigo e usar esta bagagem como uma ferramenta de trabalho que possa sem utilizadas em diferentes reas de trabalho.

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SOBRE ADMINISTRAO Para MAXIMIANO (1995) a palavra administrao vem do latim (administratione) significa ao, gerenciamento ou gesto. Administrao pode ser definida como: O ato de gerir recursos materiais e humanos utilizando planejamento, organizao, controle e direo na busca de atingir objetivos. Administrar uma atividade inerente em qualquer situao que se utiliza recursos para se atingir algum objetivo proposto.

PROCESSO ADMINISTRATIVO Para MAXIMIANO (1995) administrao significa, em primeiro lugar, ao, uma palavra que tem sua origem no latim (administratione) consiste em um processo que trabalha utilizando diferentes recursos para atingir objetivos. Administrar consiste basicamente no processo de planejar, organizar, dirigir e controlar a aplicao destes recursos. A atividade de administrar consiste em interpretar os objetivos propostos pela organizao e seus diferentes nveis funcionais, transform-los em ao empresarial que atravs de planejamento, organizao, direo e controle de todos os esforos se atinjam resultados positivos e favorveis a organizao. A figura abaixo mostra claramente o processo administrativo.

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FIGURA 1: Processo de administrar Fonte: MAXIMIANO, 1995. p. 60

PLANEJAR (Eficcia) --> ORGANIZAR (Eficincia) --> LIDERAR (Eficcia) --> CONTROLAR (Eficincia) So ideias amplas que se complementam, mas para entend-las necessrio compreender o significado dos conceitos usados em ambos: Eficincia, Eficcia, Planejar, Organizar, Liderar e Controlar. De fato um bom processo de administrar ocorre como descrito acima.

ORGANIZAES Ainda MAXIMIANO (2000) ao abordar o termo organizao, faz uma analise muito simples. Olhemos ao nosso redor quantas organizaes fazem parte de nossas vidas. As organizaes fazem parte da vida cotidiana das pessoas, assim como as pessoas fazem parte da vida cotidiana das organizaes. So inmeras as organizaes que fazem parte da vida das pessoas, as pessoas vivem em uma sociedade formada por organizaes. Ao longo do tempo o crescimento e o desenvolvimento das organizaes na sociedade foram altamente expressivos, no passado as organizaes no tinham uma presena to importante na vida das pessoas, como tem nos dias atuais. Na sociedade moderna a presena das organizaes to forte que j no da mais para sobreviver sem os produtos e servios oferecidos por elas. A qualidade de vida das pessoas na sociedade moderna depende do empenho que as organizaes fazem para oferecer servios e produtos que atenda as mais variadas expectativas da sociedade. Servios e produtos bsicos como sade, segurana, moradia, energia eltrica, telefone, alimentos e muitos outros so oferecidos diariamente pelas organizaes.

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COMO SE DEFINE UMA ORGANIZAO De acordo com MAXIMIANO (1995) combinar esforos individuais tendo como finalidade a realizao de propsitos coletivos usando algum tipo de tecnologia a definio clara de uma organizao. Para entender uma organizao necessrio uma viso ampla dentro de um contexto sistmico, conhecer os seus reais componentes e traduzir toda a sua interao com os diferentes ambiente que a cercam. Os principais componentes de uma organizao podem ser entendidos da seguinte forma.

FIGURA 2: Principais componentes das organizaes. Fonte: MAXIMIANO, 2004. p. 26.

RECURSO

TAREF ESTRUT AMBIE PESS TECNOL OAS AS NTE URA OGIA

Segundo SALES (2009) o estudo da administrao das organizaes deve ser feito sob o ponto de vista da interao e interdependncia entre as cinco variveis principais: tarefa, estrutura, pessoa, tecnologia e ambiente. Elas

constituem os principais componentes no estudo da Administrao das organizaes e empresas. O comportamento desses componentes sistmico e complexo: cada um influencia e influenciado pelos outros. Na realidade, a adequao e integrao entre essas cinco variveis constituem o desafio da Administrao.

- HUMANOS

- MATERIAIS

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FIGURA 3: As cinco variveis bsicas da teoria geral de administrao Fonte: MAXIMIANO, 2004, p. 32

SOBRE OS ADMINISTRADORES Conforme KWASNICKA (1999) os administradores so indivduos que exercem atividades em qualquer tipo de organizao, estas atividades so exercidas em todos os nveis e reas funcionais destas organizaes. O profissional administrador importante em qualquer escala de utilizao de recursos que envolva tarefas empresariais, cabe a estes profissionais identificar e estabelecer os objetivos gerais, setoriais ou de unidades dentro da organizao. Todas as atividades nas mais variadas profisses apresentam certo contedo administrativo, as pessoas no seu dia-a-dia exercem atividades de administrador gerenciam, tomam decises, utilizam algum tipo de recurso e tem em sua vida pessoal algum objetivo estabelecido. Portanto, as habilidades administrativas so importantes para qualquer pessoa. Dentro das organizaes as habilidades administrativas so apresentadas em trs tipos de habilidades as habilidades conceituais, as habilidades humanas e as habilidades tcnica. Administrao Superior Habilidades Conceituais

Gerencia Intermediria

Habilidades Humanas

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Superviso de Primeira linha Habilidades Tcnica

FIGURA 3: Habilidades do administrador Fonte: MAXIMIANO, 2004. p. 43.

Ainda segundo MAXIMIANO (2004) observando que as habilidades do administrador so exercidas dentro dos trs nveis da instituio, na administrao superior que esta no topo da hierarquia exigida mais as habilidades conceituais do profissional j no nvel intermedirio as habilidades mais exigidas dos profissionais de gesto so as humanas e na superviso de primeira linha exige-se mais as habilidades conhecidas como tcnicas. ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________

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___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ AS RAIZES HISTRICA DA EVOLUO DA ADMINISTRAO Para CHIAVENATO (2000) administrao como atividade relacionada a cooperao humana existiu sempre, o estudo cientfico da administrao, porm bem mais recente, historicamente, contudo, a administrao foi estudada em todos os tempos, embora com percepes, intensidade e mtodos variados. A histria do desenvolvimento da administrao esta embasada em fases que demonstra o crescente desenvolvimento da sociedade organizacional. Primeira fase da evoluo: At meados do sculo XVIII, as empresas se desenvolveram com uma impressionante. lentido mas apesar de sempre ter existido o trabalho organizado e dirigido na histria da humanidade, porm na historia das empresas e sobretudo, na historia da administrao destas empresas um captulos recente, que teve incio a partir de 1776, com a inveno da mquina a vapor por James Watt e a sua consequente aplicao produo, surgindo uma nova concepo de trabalho, vindo assim modificar completamente a estrutura social e comercial da poca. Perodo este ento chamado de revoluo industrial, que teve seu incio na Inglaterra. Segunda fase da evoluo: A artesanal a fase que vai at aproximadamente 1780, quando se iniciou a revoluo. Industrial. O regime de produo fundamentado no artesanato rudimentar, nas pequenas oficinas e na mo de obra intensiva e no qualificada na agricultura. H um predomnio de pequenas oficinas, granjas e agricultura, com base no trabalho escravo, com ferramenta

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toscas. Existiam resqucios do feudalismo e o sistema comercial baseado na antiga tradio de troca (escambo, barganha). Terceira fase da evoluo: A fase da transio do artesanato at a industrializao corresponde 1 revoluo industrial, entre os anos de 1780 a 1860, a nascente fase da industrializao, da mecanizao das oficinas e da agricultura. Os dois grandes expoentes desta fase so carvo (na poca a nova fonte bsica de energia) e o ferro (o material bsico), que passam a ter enorme importncia no desenvolvimento dos pases. Surge ento a mquina de fiar em 1767, logo depois o tear eltrico em 1769 e na sequencia o tear mecnico em 1785. Para CHIAVENATO (2000) a partir da mquina a vapor e da aplicao da fora motriz, do vapor produo e em consequncia disto o aparecimento do sistema fabril, as oficinas mecanizadas transformaram-se lentamente em fbricas e usinas dotadas de enormes e pesadas mquinas, que passaram a substituir o esforo humano. Os transportes sofreram vigoroso desenvolvimento com a navegao a vapor, com a inveno da locomotiva a vapor e o aparecimento das primeiras estradas de ferro de grande porte. As comunicaes so incrementadas com o aparecimento do telegrafo eltrico e do selo postal. Quarta fase da evoluo: A fase do desenvolvimento da industrializao corresponde a 2 revoluo industrial, entre os anos de 1860 e 1914. Os grandes expoentes desta poca so o ao (novo material bsico, cujo processo de fabricao foi desenvolvido a partir de 1856) e a eletricidade. Ocorre ento a substituio do ferro pelo ao, como material industrial e do vapor pela eletricidade e pelos derivados de petrleo, como principais fontes de energia. Temos aqui ento o desenvolvimento da maquinaria, com o aparecimento do motor a exploso e do motor eltrico. Conforme CHIAVENATO (2000) nota-se um crescente domnio da nascente indstria pela cincia e pelo avano tecnolgico. H transformaes radicais nos transportes em 1880 surge o automvel, em 1906 o avio e nas comunicaes o telegrafo sem fio e logo depois em 1876 o telefone e o cinema. O capitalismo industrial cede lugar ao capitalismo financeiro, surgindo os grandes bancos e instituies financeiras. As empresas bem sucedidas crescem assustadoramente e passam por um processo de burocratizao em face do seu tamanho e por um enfoque mecanicista em suas funes.

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Quinta fase da evoluo: A fase do gigantismo industrial a fase situada entre as duas grandes guerras mundiais no perodo entre 1914 e 1945, pocas nas quais se utiliza organizao e tecnologia avanada para fins blicos. a fase que compreende a grande depresso econmica de 1929 e a crise mundial por ela provocada. Os transportes se intensificam surgindo a navegao de grande porte, estradas de ferro, rodovias e o aprimoramento do automvel e do avio. E nas comunicaes se tornam amplas e rpidas com o rdio e a televiso. Sexta fase da evoluo: A fase moderna a fase mais recente, que vai de 1945 (ps-guerra) a 1980, marcando. uma ntida separao entre os pases desenvolvidos (ou industrializados), os subdesenvolvidos (ou no industrializados) e os pases em desenvolvimento. Segundo ADO (2000) o desenvolvimento tecnolgico e surpreendente e se torna rpida a sua utilizao para fins comerciais. Novos materiais bsicos surgem (como o plstico, alumnio, novas fibras txteis sintticas, o concreto). Novas fontes de energia: nuclear, solar, contudo a energia eltrica e o petrleo mantm seu predomnio com outras inovaes. nesta fase em que surge ao lado das multinacionais empresas nacionais de grande porte como Petrobrs, Rede Ferroviria Federal, CSN - Companhia Siderrgica Nacional, Grupo Votorantim, Construtora Mendes Jnior, Camargo Corra, VARIG, Cervejaria Brahma e etc. Surge ainda ao lado destas multinacionais uma grande variedade de pequenas e mdias empresas. A automao e a computao se fazem tambm presentes. Por outro lado surgiram os juros, a inflao, escassez de recursos, alta dos custos, trazendo incertezas e imprevisibilidade. Stima fase da evoluo: A fase da incerteza a fase aps 1980, carregada de desafios, ameaas, dificuldades, coaes, restries e toda forma de adversidade para as empresas. a fase em que o ambiente externo se caracteriza por uma complexidade e mutabilidade que as empresas no conseguem decifrar e interpretar adequadamente. Nesta fase as empresas lutam contra a escassez de recursos, dificuldades de colocao dos seus produtos e servios, a acirrada concorrncia, dificulta a entender o mercado e as aes dos concorrentes. Em outros termos, a maneira de administrar no passado e de fazer as coisas como elas sempre foram no proporciona mais resultados, pois, tudo mudou e a administrao tambm mudou.

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Uma 3 revoluo industrial marca esta fase: a fase da revoluo tecnolgica, onde o computador substitui no s msculo humano pela mquina, mas tambm o crebro humano pela mquina eletrnica. RESUMO DAS FASES DA ADMINISTRAO 1 Fase artesanal 2 Fase de transio para a industrializao 3 Fase do desenvolvimento Industrial 4 Fase do gigantismo Industrial 5 Fase moderna 6 Fase da IncertezaFonte: ADO, 2000. p. 24.

Antiguidade at revoluo Industrial 1 Revoluo Industrial 2 Revoluo Industrial Entre as 2 Guerras Mundiais Ps guerra at atualidade Momento Atual

at 1780 1780 a 1860 1860 a 1914 1914 a 1945 1945 a 1980 aps 1980

ADMINISTRAO E SUAS INFLUNCIAS Conforme CHIAVENATO (2000) ao logo de todos os tempos a administrao sofreu varias influencias de todas as reas que ajudaram no desenvolvimento das organizaes, as maiores influencias so:

Influncia da organizao da igreja catlica - a administrao seguiu os princpios

de organizao da igreja catlica, seguindo seu modelo hierrquico e seus princpios de autoridade e responsabilidade.

Influncia da organizao militar - a administrao baseou-se na unidade de

comando existente dentro das organizaes militares, onde o poder de deciso estava centralizado em seu estado maior.

Influncia dos economistas liberais - segundo o liberalismo, a vida econmica deve.

afastar-se da influncia estatal, uma vez que o trabalho segue os princpios econmicos e a mo de obra esta sujeita s mesmas leis que regem o mercado de matrias-primas ou o comrcio internacional.

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ADMINISTRAO CIENTFICA E FREDERICK W. TAYLOR Para RIBEIRO (2003) o maior acontecimento dentro da historia da administrao foi o surgimento da administrao cientifica elaborada e desenvolvida por grandes estudiosos e que teve como principal nome o grande engenheiro Frederick W. Taylor, os estudos desenvolvidos principalmente por Taylor considerado um divisor de aguas na histria da evoluo das organizaes ao por fim nos mtodos inovadores radicalmente organizaes. precrios e o e improvisados que de trabalho e apresentou ao mundo os mtodos cientficos trabalho mudaria das dentro

A administrao de uma

forma geral deixou de ser estuda como arte e passou a ser estuda como cincia, deixando de lado a improvisao e o empirismo e passou a abrir espao para mtodos profissionais embasados em resultados concretos. Taylor iniciou trabalho e suas experincias de baixo para cima dentro da organizao junto com os operrios e posteriormente generalizou as seus estudos e concluses para a administrao superior, sua teoria seguiu um caminho de baixo para cima na hierarquia organizacional e sistematicamente das partes para o todo.

Alguns Momentos da Administrao Cientifica O engenheiro Frederick Winslow Taylor (1856 1915) o fundador da Administrao Cientifica, nasceu na Filadelfia nos Estados Unidos. Enfase: Cho de fabrica Tarefas Enfoque: Produo O movimento da administrao cientifica passou por alguns periodos ao longo de seu desenvolvimento que representaram uma sucesso de estudos que se completaram formando a era Taylor na histria da administrao.

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O primeiro perodo: Taylor corresponde poca da publicao do seu livro Shop Management (Administrao de Oficinas) (1903) onde se preocupa exclusivamente com as tcnicas de racionalizao do trabalho do operrio, atravs do Estudo de Tempos e Movimentos (MotionTime Study) determinando tempo padro e atacou os problemas relacionados ao salrio dos operrios. Segundo perodo: O segundo perodo de Taylor corresponde poca da publicao de seu livro Princpios da Administrao Cientfica (1911), quando concluiu que a racionalizao do trabalho operrio deveria ser logicamente acompanhada de uma estruturao geral da empresa e que tornasse coerente a aplicao dos seus princpios. Nesse segundo perodo, desenvolveu os seus estudos sobre a Administrao geral, a qual denominou Administrao Cientfica, sem deixar, contudo sua preocupao com relao tarefa do operrio. Terceiro perodo: Corresponde a uma fase de consolidao de seus princpios, ainda neste perodo apresentou a proposta de diviso de autoridade e responsabilidade dentro da organizao e a distino das tcnicas e princpios administrativos. ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________

PRINCPIOS DA ADMINISTRAO CIENTIFICA

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SALRIOS ALTOS E CUSTOS BAIXOS DE PRODUO

IDENTIFICAO DA MELHOR MANEIRA DE EXECUTAR TAREFAS

SELEOE TREINAMENTO DE PESSOALFigura 4 Princpios da administrao cientifica MAXIMIANO (2004) p. 56

COOPERAO ENTRE ADMINISTRAO E TRABALHADORES.

Caractersticas da Administrao Cientifica Segundo RIBEIRO (2003) Taylor no desenvolvimento de seu trabalho caracterizou os elementos da Administrao Cientfica da seguinte forma: 1. Estudo de tempo e padres de produo; 2. Superviso funcional; 3. Padronizao de ferramentas e instrumentos; 4. Planejamento das tarefas; 5. O princpio da exceo; 6. A utilizao da rgua de clculo e instrumentos para economizar tempo; 7. Fichas de instrues de servio; 8. A ideia de tarefa, associada a prmios de produo pela sua execuo eficiente; 9. Sistemas para classificao dos produtos e do material utilizado na manufatura; 10. Sistema de delineamento da rotina de trabalho.

Princpios da Administrao Cientifica de Taylor

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Segundo MAXIMIANO (2004) a administrao cientifica segue alguns princpios que podem ser destacados como:

Princpios de planejamento: Substituir no trabalho o critrio individual do Princpios de preparo: Selecionar cientificamente os trabalhadores de acordo

operrio, substituir na administrao a improvisao pela cincia e pelo mtodo.

com suas aptides e prepar-los e trein-los para produzirem melhor, de acordo com os mtodos planejados.

Princpios de controle: Controlar o trabalho para assegurar que o mesmo est Princpios de execuo: Distribuir distintamente as atribuies e as

sendo executado de acordo com as normas estabelecidas e segundo os planos previstos.

responsabilidades, para que a execuo do trabalho seja bem mais disciplinada.

Administrao Cientifica e Henry Ford

Henry Ford (1863-1947) iniciou sua vida como mecnico, chegando posteriormente a engenheiro-chefe de uma fbrica. Idealizou e projetou o modelo de carro auto propelido e, em 1899, fundou com alguns colaboradores a sua primeira fbrica de automveis, que logo depois foi fechada. Persistente Henry Ford continuou seus projetos sem desanimar e conseguiu financiamento com o qual fundou em 1903 a Ford Motor Co.

Para MAXIMIANO (2000) o nome de Henry Ford esta diretamente ligado aos conceitos que so considerados importantssimos dentro da administrao cientifica, seus estudos e descobertas cientificas foram utilizados por toda sociedade industrial no mundo todo. Henry Frord foi dentre os percursores da moderna administrao o mais conhecido. Ford foi responsvel por obras fundamentais dentro da administrao moderna dentre suas obras podemos destacar algumas de grande relevncia como:

Elaborou o projeto do carro auto propelido; Fundador junto com outros investidores da Ford motor Co.; Foi responsvel pela fabricao de um carro a preos populares; A Ford fabricava em (1913) 800 carros por dia; Foi responsvel pela introduo da jornada de trabalho diria de 8 horas;

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Dentro da produo em srie utilizou um sistema concentrado vertical e Implantou a assistncia tcnica de concessionria; Criou tambm o manual do proprietrio do Ford modelo T;

horizontal, produzindo desde a matria prima at o produto final acabado;

Uma inovao revolucionaria dentro da histria da administrao a linha de montagem mvel de Henry Ford um grande feito que mudou totalmente o comportamento das linhas de produo no mundo a linha de montagem mvel veio coroar a marca Ford conhecida pelos seus automveis e seus princpios inovadores de administrao. ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ HENRI FAYOL E A TEORIA CLSSICA DA ADMINISTRAO Engenheiro de minas e administrador francs, Henri Fayol (1841 1925) foi um dos primeiros estudiosos a analisar a natureza da actividade empresarial e a formular uma teoria

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completa de gesto considaro o pai do estruturalismo por seus trabalhos dentro da abordagem clssica da administrao. Abordagem Clssica da Administrao nfase: Na estrutura organizacional Enfoque: Princpios gerais da administrao Para RIBEIRO (2003) a teoria clssica representa uma viso contraria a teoria cientfica, mas que se completam, enquanto a administrao cientifica enfocava as tarefas e a melhor maneira de executa-la a administrao clssica enfoca a estrutura organizacional, ou seja, a diviso departamental e a melhor forma de se dividir o trabalho dentro do departamento. Fayol ao lado de Taylor e Ford um dos contribuintes mais importantes para o desenvolvimento do conhecimento administrativo. Para Fayol qualquer tipo de organizao apresenta seis funes bsicas: 1. Funes Tcnicas, relacionadas com a produo de bens ou de servios da empresa; 2. Funes Comerciais, relacionadas com a compra, venda e permutao. 3. Funes Financeiras, relacionadas com a procura e gerncia de capitais. 4. Funes de Segurana, relacionadas com a proteo e preservao de bens. 5. Funes Contbeis, relacionadas com os inventrios, registros, balanos, custos e estatsticas.6.

Funes Administrativas, relacionadas com a integrao da cpula com as outras.

cinco funes. Estas funes organizacionais desenvolvidas por Fayol foi um dos primeiros relatos da estrutura organizacional, que posteriormente viria a ser chamado de estrutura departamental, atribuies e funes dentro de uma organizao.

Funes universais da administrao segundo Fayol Para Fayol as funes administrativas no competem somente aos administradores superiores, mas a todos os tomadores de deciso em nveis departamentais ou setoriais e cabe a cada uma destes profissionais as funes de:

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Prever visualizar o futuro e traar programa de ao. Organizar constituir o duplo organismo material e social da empresa. Comandar dirigir e orientar o pessoal. Coordenar ligar, unir, harmonizar todos os atos e todos os esforos coletivos. Controlar verificar que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas e as

ordens dadas.

Diviso das funes administrativas

De acordo com CHIAVENATO (2000) as funes administrativas apresentadas por Fayol se distribui por todos os nveis da Hierarquia da empresa e no exclusividade da alta cpula ela distribuda proporcionalmente entre todos os nveis hierrquicos da organizao.

Proporcionalidade da funo administrativa nos diferentes nveis hierrquicos Nveis HierrquicosFUNES ADMINISTRATIVAS Prever Organizar Comandar Coordenar Controlar OUTRAS FUNES ADMINISTRATIVAS

Mais altos

Mais baixosFonte: Maximiano, 2000.

Princpios de administrao segundo Fayol Segundo MAXIMIANO (2000) Os principios da administrao so apresentados por Fayol da seguinte forma:

Diviso do trabalho; Autoridade e responsabilidade e responsabilidade;

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Disciplina; Unidade de comando; Unidade de direo; Subordinao; Remunerao de pessoal; Centralizao; Hierarquia; Ordem; Material; Social; Equidade; Estabilidade pessoal; Iniciativa; Esprito de equipe (esprit de corps).

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organizao do que seu sistema tcnico formado pelas mquinas, mtodos de trabalho, tecnologia etc. O enfoque da escola clssica da administrao totalmente voltado para as tcnicas e mtodos de trabalho, organizao da empresa e atribuies e funes dos seus dirigentes, o foco da administrao cientifica esta na eficincia do sistema organizacional na busca continua por melhorias que interfere diretamente ou indiretamente na gerao de lucros. Escola de Relaes Humanas nfase: Os efeitos do comportamento sobre o desempenho Enfoque: Comportamento Humano Para Maximiano (2004) a escola de relaes humanas na administrao marca a mais forte nfase da cincia do comportamento na teoria administrativa e a busca de decises democrticas e flexveis para os problemas organizacionais, os estudos realizados pela escola de relaes humanas mostram que as pessoas fazem parte do sistema organizacional e o desempenho delas tambm interfere na gerao de lucros para empresa. Portanto foram os estudos das relaes humanas que mudou o foco das pesquisas dentro das organizaes a nfase dada pela escola cientifica e clssica na estrutura organizacional dentro da escola das relaes humanas passou para o comportamento das pessoas dentro das organizaes. Mas, no entanto a aparente despreocupao das escolas clssicas com os fatores humanos apenas aparente, grandes nomes das pesquisas sobre as pessoas na organizao surgiram na abordagem cientifica e posteriormente se destacaram dentro do enfoque comportamental. O pensamento humanista teve seus primeiros manifestos desenvolvidos por Mary Parker Follett, cujo enfoque esta nos fatores psicolgicos das pessoas dentro da organizao, o casal Gilbreth, que desenvolveu estudos sobre a psicologia organizacional, Henry Gantt com trabalhos sobre os lideres, Hugo Munsterberg que fez os primeiros trabalhos envolvendo a seleo de pessoal, Kurt Lewin e seus estudos sobre dinmica de grupo e Chester Barnard realizando estudos sobre os gerentes. Os estudos desenvolvidos por diferentes autores sobre o comportamento das pessoas no trabalho foram complementares e juntos formaram a nova teoria sobre as pessoas e os resultados do seu desempenho nas organizaes.

Os estudos das relaes humanas e a experincia de Hawthorne

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Para KWASNICKA (1999) a causa imediata do aparecimento da Escola de Relaes Humanas est nos estudos e experincias realizadas por professores da Universidade de Harvard na Western Eletric a partir de 1927 com a experincia de Hawthorne. No perodo de 1927 a 1933 o professor Elton Mayo realizou a experincia na fabrica Western Eletric que produzia componentes telefnicos a experincia foi realizada no departamento de montagem de rels, departamento este formado por moas que executavam tarefas simples e repetitivas que exigia rapidez e preciso na execuo. O objetivo do estudo era analisar comportamento do grupo em relao s mudanas na intensidade da iluminao e verificar o quanto estas mudanas poderiam afetar na eficincia dos operrios. Os estudos realizados em Hawthorne dividiram-se em doze perodos e aps estes perodos e a conclui-se que os fatores mais importantes para o desempenho humano nas organizaes esto entre as relaes com os colegas de trabalho e seus administradores. Os resultados obtidos nos estudos das relaes humanas apresentou a sociedade organizacional uma nova abordagem da organizao o enfoque antes dado nos resultados e nos mtodos de trabalho to explorado na administrao cientifica agora abre espao para uma abordagem humanista envolvendo as pessoas no processo de desenvolvimento do trabalho e o peso que elas exercem nos resultados organizacionais.

Razes do enfoque comportamental Conforme Maximiano (2000) as razes que formam o pensamento humanista no mundo esto embasadas e instituies, organizaes e indivduos que separadamente trabalhavam mudar uma realidade trazida pela era industrial no mundo e que afligia a sociedade de uma forma geral que era o valor humano dentro das organizaes. Os trabalhos desenvolvidos nos movimentos a favor da valorizao das pessoas serviram de embasamento para os estudos do comportamento humano e forneceu

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instrumentos para a administrao das organizaes. O enfoque comportamental tem longa histria que podemos entender analisando a figura abaixo.

SINDICALISTAS UTOPISTAS MARXISMO DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA MOVIMENTO PELO BEM-ESTAR DOS TRABALHADORES

PENSAMENTO HUMANISTA NA ESCOLA CLSSICA PSICOLOGIA INDUSTRIAL ENFOQUE ESTUDO DO FATOR HUMANO NO PAPEL DOS GERENTS ESTUDO DA DINMICA DE GRUPO E DA LIDERANA EXPERIMENTO DE HAWTHORNE COMPORTAMENTAL

FIGURA 5: Enfoque comportamental Fonte: Maximiano, 2000. p. 64

Um conjunto de relatos, estudos, discusso pesquisas e outros fatores formam a base do estudo do comportamento humano nas organizaes. O entendimento dos estudos sobre o comportamento humano esta em entender primeiramente o desenvolvimento da sociedade. ESCOLA DO COMPORTAMENTO HUMANO Segundo RIBEIRO (2003), muitos estudiosos, por dificuldade em estabelecer parmetros que distinguissem a Escola de Relaes Humanas e a do Comportamento Humano, acabaram por generaliz-las como behavioristas (do comportamento). Mas alguns conceitos diferenciam as duas escolas:

Relaes Humanas - Entende que o individuo dotado de sentimentos e percepes. Comportamento Humano - Alm de reconhecer esses aspectos, situa o individuo.

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como agente de seu prprio progresso na medida em que o entende como participativo e no como mero espectador da realidade que o cerca. Ainda segundo RIBEIRO (2003) na ERH os indivduos possuem atitudes; valores e objetivos que precisam ser estimulados para que se obtenha deles a eficincia, enquanto na do Comportamento Humano os indivduos participam e defendem essa participao como pessoas capazes de tomar decises e solucionar problemas.

Modelo do Comportamento Para MAXIMIANO (2000) o modelo do comportamento um dos principais estudos que explicam como os motivos determinam o comportamento das pessoas. Ao mesmo tempo pode ser entendido como um modelo mais simples, que fornece uma explicao fcil para o entendimento das aes individuais. O modelo assume trs hipteses principais: I Todo comportamento motivado. II O comportamento orientado para a realizao de algum objetivo. III O comportamento que procura realizar algum objetivo pode ser perturbado por conflito, frustrao ou ansiedade. A figura abaixo ilustra as hipteses principais do comportamento das pessoas

ESTMULO

PESSOA

OBJETIV O

FIGURA 6: As trs hipteses do modelo do comportamento humano Fonte: MAXIMIANO, 2000. p. 67

Os termos que compreende o comportamento das pessoas so apresentados e definidos como comportamento, motivao e objetivo.

Comportamento: Qualquer ao ou manifestao observvel das competncias e

diferenas individuais, como falar, pensar, escrever, decidir ou no fazer nada, exemplo de comportamento.

Motivao: O comportamento sempre motivado por alguma causa interna ao

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prprio individuo (motivo interno) ou alguma causa externa, do ambiente (motivo externo). Motivao, neste modelo, sinnimo de causao, termo usado para indicar a relao de causa e efeito no comportamento das pessoas. Motivao no significa entusiasmo ou disposio elevada; significa apenas que todo comportamento sempre tem uma causa.

Objetivo: Objetivo o resultado que o comportamento procura alcanar. Pode ser um

corro novo, a felicidade, entrar na universidade, ganhar uma promoo, descansar. A realizao do objetivo pode ser obstaculizada por uma frustrao, um conflito ou uma ansiedade. Hipteses Sobre a Motivao As teorias procuram explicar quais fatores agem sobre as pessoas para mover seu comportamento e responder pergunta: Quais recompensas so eficazes? As primeiras hipteses sobre o contedo da motivao foram propostas pelos filsofos gregos, nas discusses sobre o conceito de felicidade. As mais sofisticadas teorias continuam a se inspirar nessas antigas ideias, que reconhecem trs tipos principais de motivos: a motivao de ganho material, a motivao do reconhecimento social e a motivao interior da realizao pessoal. Cada uma destas hipteses sobre a motivao corresponde a uma hiptese sobre a natureza humana e uma quarta hiptese se reconhece que as trs primeiras so simplificadas e estabelece que a natureza humana complexa demais para ser explicada por apenas um motivo.

TEORIA DAS NECESSIDADES

Conforme RIBEIRO (2003) a mais importante das explicaes modernas sobre o contedo da motivao estabelece que as pessoas sejam motivadas essencialmente pelas necessidades humanas. Quanto mais forte a necessidade, mais intensa a motivao. Uma vez satisfeita necessidade, extingue-se o motivo que movimenta o comportamento e a motivao cessa.

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Hierarquia das necessidades de Maslow Ainda segundo RIBEIRO (2003) o grande nome da teoria das necessidades humanas Abram Maslow (1908 1970) psiclogo americano nascido na Califrnia ficou conhecido no mundo organizacional por seus estudos sobre as necessidades humanas. Maslow afirma que as necessidades humanas seguem uma ordem de importncia e podem ser apresentada em uma pirmide, chamada por ele de pirmide das necessidades humanas, na base da pirmide encontra-se as necessidades bsicas do individuo e no topo as necessidades mais importantes chamadas de auto - realizao. A pirmide que representa a hierarquia das necessidades de Abram Maslow esta apresentada da seguinte forma, ilustrada na figura abaixo:

Hierarquia de necessidades de MaslowNECESSIDADE DE AUTOREALIZAO NECESSIDADES DE ESTIMA NECESSIDADES SOCIAIS NECESSIDADES DE SEGURANA NECESSIDAES FISIOLGICAS FIGURA 7: Hierarquia das necessidades de Maslow Fonte: RIBEIRO, 2003.p.78.

Maslow, afirma que o ser humano possui necessidades que motivam o seu comportamento, num processo contnuo e cclico de surgimento e satisfao de necessidades, medida que o homem satisfaz uma necessidade, surge outra, e assim por diante. A escola do comportamento humano esta embasada nas teorias de vrios estudiosos que juntos formam os estudos sobre as pessoas podemos citar alm de Abram Maslow e sua teoria das necessidades nomes como Hebert Simon, que estudou comportamento humano de uma maneira geral, Frederick Herzberg e a teoria dos dois fatores os Higinicos e os Motivacionais, Douglas McGregor e as teorias X e Y, Vroom com a teoria da expectativa entre outros.

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isto , pensar na adequao dos meios para se atingir os objetivos (fins) desejados, afim, de garantir ao mximo de eficincia possvel ao alcance desses objetivos. Escola Burocratica da administrao Enfase: Estrutura oraginzacional Enfoque: Nas tarefas Max Weber (1864-1920), socilogo alemo, desenvolveu estudos sobre autoridade e burocracia, foi o criador da sociologia da burocracia. Seu principal livro, para o propsito deste estudo, A tica Protestante e o Espirito de Capitalismo. Weber notou que o capitalismo, organizao burocrtica e a cincia moderna constituem trs formas de racionalidade que surgiram a partir das mudanas religiosas ocorridas inicialmente em pases protestantes. Segundo RIBEIRO (2003) a abordagem clssica do pensamento administrativo de Taylor e Fayol, com suas vises comportamentais do ambiente organizacional, no atentou ao aspecto burocrtico das empresas como extenso da sociedade. A escola da burocracia vem assim preencher essa lacuna. O conceito de burocracia apresentado por Weber traz um enfoque diferente onde afirma que a burocracia um sistema ou modelo em que a estrutura organizada por normas escritas visando racionalidade e igualdade de tratamento de todos os casos e situaes, para Weber a burocracia a organizao eficiente por excelncia, que busca detalhar nos mnimos detalhes como as coisas devero ser feitas. Weber no tentou definir as organizaes, nem estabelecer padres de administrao que elas devem seguir e descreveu as organizaes burocrticas como mquinas totalmente impessoais, que funcionam de acordo com regras que ele chamou de racionais ou regras que dependem da lgica e no de interesses pessoais.

A Teoria burocrtica e o pensamento administrativo Segundo MAXIMIANO (2004) por volta dos anos 40 as organizaes passavam por um processo de reavaliao, o tamanho e a complexidade das organizaes exigia um modelo de organizao que superasse a parcialidade das abordagens clssica e de relaes humana era necessrio um modelo racional que fosse aplicvel a toda organizao e no somente a sua produo eis ento que ressurgi a sociologia da burocracia.

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Bases da Teoria da Burocracia Para RIBEIRO (2003) a burocracia esta embasada na autoridade legal, racional e burocrtica. Os subordinados recebem ordens dos superiores, porque concordam com um conjunto de normas que consideram legtimos vindos dos rgos de comando. A obedincia no vem de uma pessoa determinada, mas de um conjunto legal previamente estabelecido. O aparato administrativo que corresponde dominao legal a burocracia. A posio dos funcionrios (burocratas) definida por regras impessoais que delineiam de forma racional a hierarquia os direitos e deveres a cada posio. Um modelo de organizao tpico da sociedade moderna e democrtica e principalmente das grandes organizaes a burocracia mostra que atravs dos contratos ou instrumentos representativo da relao de autoridade dentro da empresa capitalista que as relaes de nela passam a constituir esquemas de autoridade legal.

A Burocracia e Autoridade Conforme RIBEIRO (2003) Weber tinha sua ateno dirigida para o processo de autoridade - obedincia que, no caso das organizaes modernas, depende das leis estabelecidas por cada organizao, j no modelo Weberiano as organizao formais e as organizao burocrticas so sinnimos e afirmava que a burocracia no um sistema social, mas um tipo de poder e para atend-la preciso estudar os tipos de sociedade e os tipos de autoridade existentes nela. Os trs tipos de sociedade apresentados por Weber so:

AUTORIDADE TRADICIONAL Baseia-se nos usos e costumes. Passa de gerao a gerao. Depende da crena na santidade dos hbitos.

AUTORIDADE CARISMTICA Baseia-se nas qualidades pessoais de um lder. Depende de os seguidores administrarem as qualidades do lder.

AUTORIDADE LEGAL-RACIONAL Baseia-se em normas impessoais e racionais. Cria figuras de autoridades. Cria direitos e obrigaes.

Fonte: MAXIMIANO (2004) p. 66.

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Autoridade Carismtica: Este tipo de autoridade se caracteriza pelo herosmo ou exemplaridade de uma pessoa e nas ordenaes por elas criadas, ou reveladas, ou seja, a autoridade esta na prpria pessoa que comanda ou lidera, em fim a autoridade ajusta-se a imagem do grande lder. Autoridade Tradicional: o tipo de autoridade que passa de gerao a gerao, acreditando nas tradies que existem muitos anos e na legitimao que esta diretamente ligada confiana na maneira tradicional de agir, segundo os usos e costumes. Autoridade Legal - racional: Esta autoridade a contrapartida da responsabilidade, ou seja, esta baseada em leis que estabelecem direitos e deveres para todos os integrantes de uma sociedade ou organizao. A autoridade esta centrada nas pessoas que so denominadas para exercer os direitos de mando, este tipo de autoridade estruturada no tipo legal racional ou burocrtica. uma burocracia. O modelo Weberiano sobre a burocracia foi profundamente estudado e apresentava excelentes resultados para as organizaes, mas em alguns aspectos ficava evidente o quanto o modelo exagerava na racionalidade o que evidenciava algumas fragilidades do sistema.

ESCOLA ESTRUTURALISTA Segundo CHIAVENATO (2000) a palavra estrutura de emprego muito antigo, tanto nas cincias fsicas quanto nas sociais e em termos amplos significa tudo o que a anlise interna de uma totalidade revela, ou seja, elementos, suas inter-relaes e disposio. Escola Estruturalista nfase: Ambiente Enfoque: Estrutura O conceito de estrutura especialmente importante para a cincia porque pode ser aplicado a coisas diferentes, permitindo a comparao. Nesse sentido, podemos afirmar que o Estruturalismo

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considera os fenmenos ou elementos com referncia a uma totalidade, considerando, pois, o seu valor de posio. Estrutura organizacional a maneira como as atividades da organizao so divididas. a espinha dorsal da organizao, constitui a arquitetura, ou formato organizacional.

Origens da Teoria Estruturalista Segundo CARAVANTES (1998) a abordagem estruturalista pode ser definida como uma tentativa de reunir aspectos relevantes da Abordagem Clssica (formal) e da Abordagem Humanstica (informal);

A necessidade de se visualizar a organizao de forma ampla, complexa, em que. A influncia do estruturalismo nas cincias sociais e a repercusso destas no estudo Estrutura: arranjo dos elementos constitutivos da organizao, designando ao mesmo. O estruturalismo se preocupa com o todo e com o relacionamento das partes na

participam diferentes grupos sociais.

das organizaes;

tempo um conjunto e as suas inter-relaes.

constituio do todo. um mtodo analtico e comparativo que estuda os elementos ou fenmenos em relao a uma totalidade, salientando o seu valor de posio. (CHIAVENATO, 1983, p.321).

A totalidade, a interdependncia das partes e o fato de que o todo maior do que a

simples soma das partes so caractersticas bsicas do estruturalismo (sinergia). As grandes figuras do estruturalismo na administrao

Para RIBEIRO (2003) em certo sentido, a nfase recente na aplicao de mtodos estruturalistas no estudo das organizaes pode ser entendida como uma volta s suas origens mais autnticas. De fato, o primeiro terico significativo das organizaes foi Max Weber, que as analisou de uma perspectiva estruturalista fenomenolgica, mas um dos grandes nomes da escola estruturalista foi Amitai Etzioni (1929 - 1961) socilogo alemo desenvolveu vrios estudos empresariais e analisou as organizaes sob a tica da ERH, ou seja, ele acreditava que as

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organizaes so unidades sociais que se forma a fim de atingir objetivos e estas organizaes se caracterizam pelas relaes sociais que se forma para a obteno destes objetivos. Ainda conforme RIBEIRO (2003) outros grandes estudiosos do estruturalismo foram Peter Blau e William Richard Scott, ambos estudaram as tipologias organizacionais.

Peter Michael Blau (1918 2002) socilogo americano estudou as organizaes e suas estruturas sociais em particular a burocracia, foi o primeiro estudioso a mapear a grande variedade das foras sociais e seus efeitos nas organizaes.

William Richar Scott, socilogo americano estudou profundamente as organizaes o que lhe tornou especialista em teoria institucional e na cincia organizacional Scott afirmava que a melhor maneira de depende da natureza do ambiente em que a organizao deve relacionar-se. Os estudos de Blau e Scott apresentam uma tipologia das organizaes baseada no beneficirio, ou seja, de quem se beneficia com a organizao.

Tipologia das organizaes Conforme CHIAVENATO (2000) os autores Estruturalistas desenvolveram a tipologia de organizaes tentando classific-las de acordo com caractersticas distintivas. Para Etzioni As organizaes so unidades sociais com finalidade especfica que revem constante e auto-conscientemente as suas aes, reestruturando-se mediante seus resultados e atribuem recompensas e sanes que garantem a obedincia s suas normas, regras e regulamentos. Etzioni classifica as organizaes levando em conta o uso e significado da obedincia que pode ser entendido da seguinte forma: Organizaes coercivas Organizaes utilitrias Organizaes normativas

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Resumidamente a tipologia das organizaes apresentada por Etzioni muito simples e unidimensional baseada unicamente no tipo de controle. Para Blau e Scott a tipologia das organizaes assim como a de Etzioni simples, mas unidirecional e est embasada nos conceitos de que as organizaes devem ser classificadas levando em conta os grupos que se beneficia delas e que representam a razo da existncia de uma organizao e para melhor entende-los apresentou quatro categoria de participante que se beneficiam de uma organizao formal, so eles: Os membros da organizao Os proprietrios, dirigentes ou acionistas da organizao Os clientes da organizao O publico em geral Em funo destes grupos de beneficiarios que a organizao visa atender existem 4 tipos de organizao, so eles: As associaes de benefcios mtuos Organizaes de interesses comerciais Organizaes de servios Organizaes de estado A tipologia de Blau e Scott enfatiza a fora e poder de influencia dos beneficirios sobre as organizaes a ponto de condicionar a sua estrutura e objetivos.

O Homem Organizacional Segundo ETZIONI (1989) uma sociedade moderna industrializada caracterizada pela existncia de um nmero muito grande de organizaes, a ponto de se poder afirmar que o homem passa a delas depender para nascer, viver e morrer. Enquanto a teoria clssica caracteriza o homem como homo economicus e a teoria das relaes humanas "o homem social", a teoria estruturalista focaliza o "homem organizacional", esta caracterstica dada ao homem pelos os estruturalistas deixa claro que o homem desempenha diferentes papis em vrias organizaes e na sociedade de organizaes, moderna e industrializada a figura do homem organizacional aquela em que ele participa de vrias organizaes. O homem moderno, ou seja, o homem organizacional, para ser bemsucedido em todas as organizaes e para isso necessrio apresentar caractersticas de personalidade que podem ser definidas como:

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Flexibilidade: Em face das constantes mudanas que ocorrem na vida moderna e da Tolerncia s frustraes: Para evitar o desgaste emocional decorrente do conflito

diversidade de papis desempenhados nas organizaes.

entre necessidades organizacionais e necessidades individuais, cuja mediao feita atravs de normas racionais, escritas e exaustivas.

Capacidade de adiar as recompensas: E poder de compensar o trabalho rotineiro na Permanente desejo de realizao: Para garantir cooperao e conformidade com as

organizao em detrimento de preferncias pessoais.

normas organizacionais para obter recompensas sociais e materiais. As organizaes sociais so consequncias da necessidade que as pessoas tm de relacionar-se e juntar-se com outras a fim de poder realizar seus objetivos.

O Estruturalismo e a Organizao Para ETZIONI (1989) os estruturalistas veem a organizao como um sistema deliberadamente construdo e em constante relao de intercmbio com seu ambiente. De acordo com essa concepo, as relaes entre as partes da organizao so de grande importncia, o que os leva a dar um destaque todo especial s relaes entre organizao formal e organizao informal, sejam na anlise de empresa, escolas, hospitais ou quaisquer outros tipos de organizao, dando sempre preferncia abordagem comparativa.

Estrutura Formal e Estrutura Informal A estrutura organizacional de um contexto geral se subdivide em duas, so elas:

Estrutura formal: caracterizada pela organizao que se encontra no papel, esta Estrutura informal: caracterizada pela organizao que no esta no papel,

dentro dos parmetros legais estabelecidos, deliberadamente planejada e formalizada.

estruturas que se formam atravs dos grupos sociais existente na organizao, se desenvolvem espontaneamente quando as pessoas se renem.

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Apesar de bastante distintas, e apresentar caractersticas totalmente oposta uma da outras ambas as estruturas tm muita importncia na organizao. ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ TEORIA DE SISTEMAS Para CHIAVENATO (1993) no sculo XVII, houve uma evoluo considervel nos campos de estudos das cincias relacionadas com a fsica, mecnica e da matemtica, sendo que os pressupostos (mtodos, conceitos e suposies) utilizados por estas cincias passaram a ser utilizado pela humanidade para analisar os fatos sociais, rejeitando a partir da a teologia, o misticismo e outras formas de interpretaes. O uso deste Modelo Mecnico de interpretao social visualiza a sociedade como uma espcie de mquina complexa, cujas aes e processos podem ser analisados na ao recproca das causas naturais, na identificao dos elementos componentes e suas interrelaes, bem como, a relao de causas e efeitos entre os inputs (entradas) e os outputs (sadas). Da mesma forma, no progresso da Biologia, sculos aps, inspirou-se o Modelo Orgnico da sociedade, tratando-se do princpio das mtuas dependncias entre as partes, assemelhando-se a sociedade a um organismo vivo. CHIAVENATO (1993) afirma que abreviando as evolues ocorridas, em 1950, o bilogo alemo Ludwig Von Bertalanffy (1901 1972) procura atravs da proposio da denominada Teoria Geral dos Sistemas (T.G.S.), uma conceituao geral que

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unisse e fundamentasse os diversos campos da cincia. Em seu livro Teoria Geral dos Sistemas, lana os pressupostos bsicos da teoria. Escola Sistmica nfase: Na Organizao Enfoque: Totalidade Os pressupostos bsicos da teoria geral dos sistemas apresentados por Bertalanffy foram os seguintes: H uma tendncia para a integrao das vrias cincias naturais e sociais;

Tal integrao parece orientar-se para uma teoria dos sistemas; Essa teoria pode ser um meio importante de objetivar o campo no fsico do

conhecimento cientfico, especialmente nas cincias sociais; Desenvolvendo princpios unificadores que atravessam verticalmente os universos particulares das diversas cincias, essa teoria se aproxima do objetivo da unidade da cincia; Isso pode levar a uma integrao muito necessria na educao cientfica. A abordagem sistmica no lana novos elementos formadores de uma ou de diversas cincias, mas sim uma nova forma de encar-las. Analis-las sob o enfoque sistmico no as modifica; resume-se a observ-las sob um mesmo prisma. Como aponta MAXIMIANO (2000), o pensamento sistmico complementa e integram as teorias especializadas atravs de sua nova tica, interpretao e solues para enfrentar os problemas complexos. Vale lembrar que o enfoque da administrao cientfica se preocupava mais com a eficincia fabril do que com o desempenho da organizao. Todavia, a administrao que focar em enfrentar aspectos de eficincia sem considerar as implicaes da poluio, do comportamento humano, dentre outras, ir estabelecer mais problemas ao invs de resolv-los. Ainda conforme MAXIMIANO (2002) na sociedade moderna aparecem problemas de natureza intrinsecamente complexa, causados pela interao de diferentes fatores, que nas

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dcadas anteriores eram inexistentes, tais como: grandes concentraes urbanas, esgotamento de recursos naturais, transportes, ecologia, educao, evoluo tecnolgica avanada, catstrofes naturais ou causadas pelo homem, dentre outros. Tais aspectos constituem a complexidade da situao contempornea para os administradores das organizaes pblicas e privadas, influenciando em suas decises. Vale dizer que a ferramenta para enfrentar a complexidade consiste no enfoque sistmico, tambm chamado de pensamento sistmico. Esse novo pensamento possibilita: Entender a multiplicidade e interdependncia das causas e variveis dos problemas Organizar solues para problemas complexos. complexos;

Podemos definir que: Sistema um conjunto de partes interagentes e interdependentes que, conjuntamente, formam um todo unitrio com determinado objetivo e efetuam determinada funo.

Estrutura de um Sistema Os sistemas esto estruturados da seguinte forma:

OBJETIVOS

ENTRADAS

PROCESSO DE TRANSFORMAO

SADAS

SADA

CONTROLE

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& AVALIAORETROALIMENTAO

Objetivos: a razo da existncia do sistema, isto , a finalidade para a qual o Entradas: As entradas do sistema, cuja funo caracteriza as foras que fornecem

sistema foi criado.

ao sistema o material, a energia e a informao para a operao ou processo, o qual gerar determinadas sadas do sistema que devem estar em sintonia com os objetivos anteriormente estabelecidos;

Processo: O processo de transformao do sistema, que definido como funo

que possibilita a transformao de um insumo (entrada) em um produto, servio ou resultado (sada). Este processador a maneira pela qual os elementos componentes interagem no sentido de produzir as sadas desejadas;

Controles e avaliaes: Os controles e avaliaes do sistema, principalmente

para verificar se as sadas esto coerentes com os objetivos estabelecidos. Para realizar o controle e a avaliao de maneira adequada, necessria uma medida do desempenho do sistema, chamada padro;

Retroalimentao: A retroalimentao, ou realimentao, ou feedback do

sistema, que pode ser considerado como a reintroduo de uma sada sob a forma de informao. A realimentao um processo de comunicao que reage a cada entrada de informao incorporando o resultado da ao resposta desencadeada por meio de nova informao, a qual afetar seu comportamento subsequente, e assim sucessivamente. Essa realimentao um instrumento de regulao retroativa ou de controle, em que as informaes realimentadas so resultados das divergncias verificadas entre as respostas de um sistema e os parmetros previamente estabelecidos. Portanto, o objetivo do controle reduzir as discrepncias ao mnimo, bem como, propiciar uma situao em que esse sistema se torna autorregulador.

O Pensamento Sistmico

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Para CHIAVENATO (1993) a T.G.S. afirma que devemos estudar os sistemas globalmente, envolvendo todas as interdependncias de suas partes. O pensamento sistmico fundamenta-se em trs premissas bsicas que podem ser apresentadas da seguinte forma:

Os sistemas existem dentro de sistemas: Todo sistema

constitudo de subsistemas e, ao mesmo tempo, faz parte de um todo maior, cada subsistema pode ser detalhado em seus subsistemas e seus componentes.

Os sistemas so abertos: Cada sistema existe dentro

de um meio ambiente constitudo por outros sistemas. Os sistemas abertos so caracterizados por um processo infinitos de intercambio com o seu ambiente para trocar energia e informao.

As funes de um sistema dependem de sua estrutura:

Cada sistema tem um objetivo e que constitui seu papel no intercambio com outros sistemas dentro do meio ambiente.

Os tipos de sistemas organizacionais Para RIBEIRO (2003) quanto a sua constituio, os sistemas podem ser: Concretos: O corpo fsico da empresa, suas dependncias, maquinrios, ferramentas, etc., podendo ser medidos em termos quantitativos de desempenho. Abstratos: O plano onde tem lugar os conceitos, planos, hipteses e ideias. Quanto natureza, os sistemas podem ser: Abertos: Empresas e governos, caracterizados pela grande amplitude de suas relaes com o meio.

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Fechados: So aqueles nos quais o processo esta limitado a uma entrada constante ou invarivel e uma sada estatisticamente previsvel. ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ABORDAGEM NEOCLASSICA DA ADMINISTRAO Para CHIAVENATO (1983) a teoria neoclssica representa a teoria clssica colocada em um novo figurino e dentro de um ecletismo que aproveita a contribuio de todas as demais teorias administrativas. "Os autores aqui abordados, () muito embora no apresentem pontos de vista divergentes, tambm no se preocupam em se alinhar dentro de uma organizao comum. Em resumo, os no autores forma neoclssicos

propriamente uma escola bem definida, mas um movimento relativamente heterogneo." CHIAVENATO (1983) p. 156. Abordagem Neoclssica nfase: Nas praticas administrativas Enfoque: Ambiente Organizacional

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Podemos destacar como uns dos principais autores deste movimento Peter F. Drucker embora outros pesquisadores como Ernest Willian Newman, Ernest Dale, Ralph Davis, Louis Allen e George Terry tambm fazem parte deste movimento.

Caractersticas da teoria neoclssica Ainda segundo CHIAVENATO (1983) as principais caractersticas da teoria neoclssica so:

nfase na pratica da administrao: Os autores neoclssicos procuram

desenvolver seus conceitos de forma prtica, utilizvel, visando principalmente ao administrativa, tambm objetivando resultados concretos e mensurveis.

Reafirmao dos postulados clssicos: Como uma reao influncia das

cincias do comportamento no campo da Administrao, os Neoclssicos retomam os aspectos da Teoria Clssica adaptando-os a uma nova realidade de acordo com a conjuntura da poca.

nfase nos princpios gerais da administrao: Os princpios utilizados

pelos clssicos como "leis" cientficas so reanalisados como critrios mais ou menos elsticos para a busca de solues administrativas prticas. Os princpios gerais como: Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar so apresentados e discutidos como comuns a todo e qualquer tipo de empreendimento humano, e enfatizado como as funes do administrador.

nfase nos objetivos e resultados: em funo dos objetivos e resultados

que a organizao deve ser estruturada, dimensionada e orientada. Contrapondo a Teoria Clssica que preconizava a mxima eficincia, a Teoria Neoclssica busca a eficincia tima atravs da eficcia. Um dos melhores produtos desta Teoria o modelo de Administrao por Objetivos (APO).

Ecletismo: Apesar de fortemente calcada na Teoria Clssica, a Teoria Neoclssica

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agregou contribuies das diversas Teorias preexistentes: - Teoria das Relaes Humanas - organizao informal, dinmica de grupos, liderana; - Teoria da Burocracia - Organizao hierrquica, autoridade/ responsabilidade, princpios e normas formais de organizao; - Teoria Estruturalista - conflito entre objetivos pessoais e organizacionais, relacionamento entre organizao e meio ambiente; - Teoria Behaviorista - Comportamento humano e conflitos nas organizaes; - Teoria Matemtica - Abordagem de mensurao de resultados; - Teoria dos Sistemas - Organizao como um sistema composto de mltiplos subsistemas.

Centralizao versus Descentralizao Para CHIAVENATO (1983) a centralizao e descentralizao referem-se ao nvel hierrquico no qual as decises devem ser tomadas.

Centralizao: Enfatiza as relaes da cadeia de comando, significa que a

autoridade para tomar decises esta alocada prxima do topo da organizao.

Descentralizao: A autoridade de tomar deciso deslocada para os nveis

mais baixos da organizao. Tipos de Organizaes Existem trs tipos tradicionais bsicos de estrutura organizacional: a organizao linear, a organizao funcional e a organizao linha-staff. Organizao Linear Para CHIAVENATO (1983) a organizao do tipo linear constitui a formula mais simples e antiga, as formas mais antiga de organizao possuem em comum o principio linear ou principio escalar que estabelece a hierarquia da autoridade. A organizao do tipo linear possui linhas diretas e nicas de autoridade e responsabilidade entre superiores e subordinados, dai o formato piramidal. As caractersticas da organizao linear so:

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Autoridade linear ou nica; Linhas formais de comunicao; Centralizao das decises; Aspecto piramidal.

Organizao Funcional Segundo CHIAVENATO (1983) a organizao funcional o tipo de estrutura organizacional que aplica o principio funcional da especializao das funes para cada tarefa, o principio funcional separa, distingue e especializa: o germe do staff. As Caractersticas da Organizao funcional so: Autoridade funcional ou dividida; Linhas diretas de comunicao; Descentralizao das decises; nfase na especializao.

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Organizao Linha Staff Para CHIAVENATO (1983) a organizao linha staff o resultado da combinao dos dois tipos de organizao linear e funcional, alguns autores denominam organizao do tipo hierrquico-consultivo. Na organizao linha staff coexistem rgos de linha (execuo) e de assessoria (apoio e consultoria) mantendo relao entre si.

Critrios de Distino entre Linha e Staff

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Existem dois critrios para distinguir os rgos de linha e de staff:

Relacionamento com os objetivos da organizao: as atividades de linha

esto direta e indiretamente ligadas aos objetivos bsicos da organizao, enquanto as atividades de staff esto ligadas a eles indiretamente.

Tipos de autoridade: os rgos de linha tem autoridade para decidir e

executar as atividades principais ou vinculadas diretamente aos objetivos da organizao (autoridade linear), os rgo de staff tem autoridade de assessoria, de planejamento e controle, de consultoria e recomendao (autoridade funcional)

Departamentalizao Segundo CHIAVENATO (1983) para os autores clssicos, a especializao na organizao pode dar-se em dois sentidos: vertical e horizontal.

Vertical: ocorre quando se verifica a necessidade de aumentar a qualidade da

superviso acrescentando mais nveis hierrquicos na estrutura o crescimento vertical do organograma.

Horizontal: ocorre quando se verifica a necessidade de aumentar a pericia, a

eficincia e a melhor qualidade do trabalho em si. A especializao horizontal se faz a custa de um maior numero de rgos especializados, no mesmo nvel hierrquico, cada qual em sua tarefa. A departamentalizao ocorre em qualquer nvel hierrquico da organizao, o meio pelo qual se atribuem e se agrupam atividades diferentes por meio da especializao dos rgos, a fim de se obter melhores resultados no conjunto do que se tivesse de dispersar todas as atividades e tarefas de uma organizao indistintamente entre todos os rgos. A departamentalizao uma caracterstica tpica das grandes organizaes, esta diretamente relacionada com o tamanho da organizao e com a complexidade das operaes. Tipos de Departamentalizao

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Departamentalizao por funes Departamentalizao por produtos ou servios Departamentalizao por localizao geogrfica Departamentalizao por cliente Departamentalizao por fases de um processo (ou processamento) Departamentalizao por projetos

ESCOLA DA ADMINISTRAO POR OBJETIVOS APO Para RIBEIRO (2003) por volta de 1950 realidade organizacional passou por grandes transformaes o pensamento administrativo j no acompanhava o crescimento das empresas e suas complexidades, era necessrio investir em conhecimento, ou seja, investir no conhecimento da essncia. Tomou fora uma corrente de pensamento voltado para os objetivos.

Administrao por objetivos qual sua origem Ainda segundo RIBEIRO (2003) a administrao por objetivos idealizada e desenvolvida por Peter F. Drucker (1909 2005) um advogado Austraco que se especializou na rea administrativa por sua notvel capacidade de anlise e diagnostico das organizaes, foi considera o criador da APO com a publicao de seu livro Prtica da Administrao de Empresa, em 1954. Escola da Administrao Por Objetivos Enfoque: Mtodos de Trabalho

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nfase: Nos Resultados O surgimento da APO deu-se por motivos conjunturais, inicialmente, os modelos de administrao at ento, j no era conveniente com o momento, devido a enorme presso econmica, gerada substancialmente pela crise de 29, o que exigia das organizaes um modelo de administrao.

Conceito de APO Para CHIAVENATO (1983) a APO d ateno aos objetivos dos participantes da organizao e como estes objetivos se relacionam com os objetivos da organizao, como um todo.

A APO um processo pelo qual os gerentes, superior e subordinado, de uma organizao identificam os objetivos comuns, definem reas de responsabilidade de cada um em termos de resultados esperados e usam esses objetivos como guias para a operao dos negcios.

As Caractersticas Principais da APO As caractersticas da apo podem ser apresentadas da seguinte forma:

Estabelecimento conjunto de objetivos entre o gerente e seus subordinados;

Estabelecimento de objetivos para cada departamento ou setor; Interligao dos objetivos departamentais; Elaborao dos planos operacionais, com nfase no controle;

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Continua avaliao, reviso e reciclagem dos planos; Participao atuante da chefia na estimulao de envolvimento dos subordinados; Apoio intensivo do staff.

O Processo Participativo e Democrtico da APOEstabelecimento de metas e objetivos organizacionais Desenvolvimento do plano de ao, de maneira colaborativa

Reviso dos objetivos / planos

Avaliao de desempenho

Reunies Recursos Alterao dos planos

Feedback

Fases do Processo Participativo da APO

Estabelecimento de metas e objetivos organizacionais objetivos

desafiadores, justos e consistentes o ponto de partida para o ciclo da APO. Os objetivos devem ser postos por escrito, para posterior acompanhamento.

Desenvolvimento do plano de ao: Alternativas de ao para os objetivos

estabelecida participativa mente, que conclui a fase do planejamento da APO.

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Reviso peridica: Monitoramento do desempenho, por meio de reunies

entre o gerente e seu pessoal, em intervalos de trs, seis e nove meses, para a confirmao ou reavaliao e mesmo alterao dos objetivos.

Avaliao de desempenho: Verificao, aps cada perodo de um ano de

estabelecimento das metas/objetivos, do ponto de vista previsto x realizado.

Feedback: Retorno das informaes.

Princpios bsicos da APO

Objetivos especficos: Identificar as reas principais de resultados e

estabelecer objetivos especficos e mensurveis.

Tempo definido: define-se um prazo especfico para a realizao de cada

objetivo, com prazos intermedirios para verificao de desempenho da equipe.

Feedback sobre desempenho: No decorrer do prazo de realizao dos

objetivos, a equipe avaliada. No final do prazo, um novo plano de ao definido, para o prximo perodo. Caso o desempenho da equipe tenha ficado abaixo do esperado, deve-se complementar o plano de ao com aes corretivas.

Classificao dos Objetivos Segundo RIBEIRO (2003) os objetivos das organizaes podem ser entendidos como internos, externos, reais e declarados. Os internos so: Lucratividade; Crescimento; Liderana; Produtividade;

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Harmonia da equipe. Os externos so: Satisfao do cliente; Prestigio na comunidade. Os reais so: So aqueles objetivos que motivam as empresas na gerao de bens de consumo e servios, visando lucro. Os declarados so:

So os objetivos que esto pautados na ideologia da empresa dentro de sua

legalidade.

Critrios de escolha dos objetivos CHIAVENATO (1983) apresenta os critrios de escolha dos objetivos da seguinte forma: Procura atividades que tm maior impacto sobre os resultados; O objetivo deve ser especfico, mensurvel, claro e ser concreto; Focalizar objetivos na atividade e no na pessoa; Detalhar cada objetivo em metas subsidirias; Usar linguagem objetiva para os gerentes; Concentrar se nos alvos vitais do negcio; O objetivo deve indicar o resultado a atingir sem limitar a liberdade de escolha dos mtodos; Deve ser difcil de ser atingido, mas no impossvel; Deve estar ligado ao plano de lucros da empresa.

Hierarquia dos objetivos

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Para CHIAVENATO (1983) existem trs nveis de objetivos que podem ser apresentados como:

Objetivos Estratgicos: So os objetivos amplos que atingem toda a

organizao numa totalidade e so de longo prazo.

Objetivos Tticos: So os objetivos departamentais, possui ligao com cada

departamento e de mdio prazo.

Objetivos Operacionais: So os objetivos referentes de cada atividade ou

tarefas so detalhadas e de curto prazo. ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________

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___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ Bibliogrficas BERNARDES, C.; MARCONDES, R. C. Teoria geral da administrao: gerenciando organizaes. So Paulo: Saraiva, 2003. DAVIS, S. M. Management 2000: Administrando a sua empresa hoje para vencer amanha. Rio de Janeiro, Campus, 1992. DRUCKER, P.F. Introduo administrao. So Paulo: Pioneira, 1998. ETZIONI, A. Organizaes modernas. So Paulo: Pioneira, 1989. FAYOL, H. Administrao industrial e geral. 10.ed. So Paulo: Atlas, 1994. FERREIRA, A. A.; REIS, A. C. F.; PEREIRA, M. I. Gesto impresarial: de Taylor aos nossos dias: evoluo e tendncia da moderna administrao. So Paulo: Pioneira, 1997. KWASNICKA, E.L. Teoria geral da administrao: uma sntese. So Paulo: Atlas, 1999. LODI, J. B. Histria da administrao. So Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. MAXIMIANO, A. C. A. Introduo administrao. 4 ed. So Paulo: Atlas, 1995. ___________, A. C. A. Introduo administrao. 5. Ed. So Paulo: Atlas, 2000. MOORE, J. F. O fim da Concorrncia: Como dominar o ecossistema em que sua empresa est inserida. So Paulo, Futura 1996. MONTANA, P. J. & BRUCE H. C. Administrao. 2. ed. So Paulo: Saraiva, 2003. Universitria, Rio de Janeiro, 1988. _________, P. J. & CHARNOV, B. H. Administrao. So Paulo: Saraiva, 1999. MORGAN, G. Imagens da organizao. So Paulo: Atlas, 1996. MOTTA, F. C. P. Teoria geral da administrao: uma introduo. 21. ed. So Paulo: Pioneira, 1997.

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CASES

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CASE 1 ADMINISTRAO COMO PROFISSO E COMPROMISSO Nas organizaes modernas h um nmero considervel de servios para pessoas de preparo. Todas estas organizaes - empresas privadas, entidades pblicas, hospitais, laboratrios de pesquisa ou institutos educacionais - dependem da administrao e dos administradores para manter-se coesas, para apresentar bom desempenho e at para existir e sobreviver. Entre dez estudantes de faculdades e universidades nove passaro por toda a sua vida til como funcionrios de algum tipo de organizao. Por conseqncia, estaro trabalhando em ambientes administrados. A eficcia com que trabalharo ficar muito relacionada,

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portanto, com a compreenso que vierem a adquirir da Administrao e da maneira como ela opera. Igualmente,