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FEDERAÇÃO ESPÍRITA CATARINENSE 14ª União Regional Espírita Departamento de Divulgação Doutrinária Seminário para aspirantes a expositores da Doutrina Espírita 1 Seminário: A PALESTRA ESPÍRITA E O EXPOSITOR ESPÍRITA Destinado a: aspirantes a expositores da Doutrina Espírita Outubro - 2011 Facilitadores: Edison V. Faccin, Solange C. Brasil Santos e Vitório P. Faccin

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Seminário:

A PALESTRA ESPÍRITA

E

O EXPOSITOR ESPÍRITA

Destinado a:

aspirantes a expositores da Doutrina Espírita

Outubro - 2011

Facilitadores: Edison V. Faccin, Solange C. Brasil Santos e Vitório P. Faccin

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Ide e pregai a palavra divina.

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XX, item 4, Missão dos Espíritas)

Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para

promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem.

(Paulo, Efésios, 4:29)

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APRESENTAÇÃO

Com o intuito de colaborar na capacitação de novos expositores da Doutrina

Espírita, foi elaborado este material.

Ele traz os assuntos em linguagem acessível, visando facilitar o entendimento

daqueles que ainda não iniciaram a atividade de falar em público ou que nela são

novatos.

Preliminarmente, são propostas algumas reflexões em torno dos objetivos e

benefícios da palestra espírita e das características desejáveis do expositor, para em

seguida se tratar da estrutura e elaboração da palestra espírita, de recomendações

sobre a apresentação em público, de fontes de pesquisa e da avaliação de

desempenho.

Este material, embora de nível básico, é também um roteiro para elaborar e

apresentar uma palestra espírita com êxito, especialmente pelos iniciantes na arte de

falar em público e ao público.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 5

OBJETIVOS DA PALESTRA ESPÍRITA 6

BENEFÍCIOS DA PALESTRA ESPÍRITA 6

CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS DO EXPOSITOR ESPÍRITA 7

ESTRUTURA DA PALESTRA 9

ELABORAÇÃO DA PALESTRA 11

RECOMENDAÇÕES 12

FONTES DE PESQUISA 17

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO 18

MENSAGEM FINAL 18

CONCLUSÃO 20

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 21

REFERÊNCIAS ELETRÔNICAS 21

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INTRODUÇÃO

Falar na Tribuna Espírita é algo de responsabilidade, que também merece de nós o devido respeito e consideração.

Aquele que ocupa a Tribuna Espírita, fala em nome da Doutrina dos Espíritos, e tudo o

que for dito gerará crédito ou descrédito em favor dela.

As pessoas deixam seus lares e compromissos e comparecem à instituição espírita, ou sintonizam algum programa de rádio ou televisão, escutam ou assistem alguma gravação de mensagem, com o intuito de se instruírem ou de tomarem contato com o que o Espiritismo ensina e tem a oferecer.

Muitas delas estão curiosas, porque viram um filme de temática espiritualista ou espírita, leram um livro, revista ou mensagem avulsa, ou alguém lhes falou da fenomenologia mediúnica. Outras estão sofridas, necessitando ouvir alguma coisa que as oriente e ajude a amenizar seus dissabores. Há também aquelas em desequilíbrio, procurando auxílio urgente para uma possível recuperação. Por diversos motivos, outras procuram o Espiritismo.

Em razão disso, é comum, na palestra pública na Casa Espírita, o público heterogêneo, formado por aqueles tipos de pessoas, somados aos frequentadores habituais.

Por meio da palavra falada, tem o expositor espírita a oportunidade de ofertar o esclarecimento e a consolação ao público diversificado que o ouvirá, de promover a verdade que ilumina e liberta, participando, dessa forma, da grande obra de difusão do Espiritismo.

Preparar-se adequadamente para a tal mister, é condição indispensável para uma atuação exitosa.

Que possamos fazer jus ao encargo de Expositores Espíritas, com dignidade, comprometimento, alegria e amor!

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OBJETIVOS DA PALESTRA ESPÍRITA

O objetivo geral da palestra pública, alinhado à finalidade essencial da instituição

espírita, é o de divulgar a Doutrina Espírita. A Casa espírita engloba diversas áreas de atuação.

Todas elas direcionadas para o cumprimento daquela finalidade fundamental, utilizando para

isso diversos meios.

O expositor espírita, então, tem o encargo de realizar a pregação e está investido da

responsabilidade de ser fiel aos princípios doutrinários espíritas, de passar os ensinos que os

Espíritos ministraram a partir das obras da Codificação Kardequiana.

Como objetivos específicos, inclusive elucidados pela Federação Espírita Brasileira – FEB

no Opúsculo Orientação ao Centro Espírita e na apostila por ela publicada denominada

Subsídios para a Organização de um Curso de Expositores da Doutrina Espírita, vamos

encontrar a promoção do esclarecimento e do consolo, requisitos que toda palestra espírita

deve contemplar.

Desse modo, quando da elaboração de cada palestra, ao estabelecer os objetivos que

pretende alcançar com a veiculação de determinado assunto, o expositor terá em mente

aqueles objetivos específicos citados no parágrafo anterior.

BENEFÍCIOS DA PALESTRA ESPÍRITA

1. Para o expositor

Tem o expositor espírita, por meio da palestra, a oportunidade de participar ativamente da

Seara do Cristo como instrumento de difusão da Boa-Nova, cultivando a esperança e o amor

nos corações que o escutam e compartilhando a mensagem que esclarece e orienta, edifica e

liberta.

Como estudioso, terá também a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos acerca

da Doutrina dos Espíritos e de outras áreas do saber, o que lhe propiciará maiores subsídios

para efetuar seu processo evolutivo.

Realizando a exposição oral, também se exercita na técnica de verbalização do

conhecimento, desenvolvendo suas habilidades.

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2. Para o público assistente

Se o expositor preparou adequadamente sua palestra, atento aos objetivos vistos no

capítulo anterior, seu trabalho tem todas as chances de atender às necessidades gerais do

público que lhe assiste, incluídos neste as pessoas que adentram a seara espírita por

curiosidade acerca do Espiritismo e outras milhares que chegam sofridas e carentes de amparo

espiritual, de esclarecimento e consolação.

3. Para a Casa Espírita

Ao lado das outras atividades existentes na instituição espírita, a palestra pública contribui

para que aquela cumpra sua função básica de difusão do Espiritismo.

Especificamente, também devemos lembrar da atuação da Espiritualidade Superior no

momento da palestra, realizando muitos procedimentos para nós ainda desconhecidos, mas

que auxiliam os assistentes em suas necessidades, muitas das quais não conhecidas pelos

trabalhadores encarnados.

4. Para o Espiritismo

É um meio, a palestra pública, de a mensagem consoladora da Doutrina dos Espíritos

chegar a um número maior de pessoas, sobretudo àquelas que não tem condições psíquicas ou

interesse no momento de participarem de outras atividades de esclarecimento, como é o caso

dos grupos de estudo do Espiritismo.

Não é só nas instituições espíritas que o expositor poderá atuar. Poderá também ser

convidado a palestrar em locais diversos, prestar entrevistas etc. Tudo isso contribui para a

difusão da Doutrina Espírita.

CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS DO EXPOSITOR ESPÍRITA

1. Conhecimento e vivência do Espiritismo

O conhecimento doutrinário consiste na base de sustentação do expositor espírita para

elaborar suas palestras e ter segurança e tranquilidade na hora da exposição.

Entretanto, conhecimento sem a respectiva aplicação prática é teoria seca e inócua. Por

isso, o convite renovado permanentemente a todo espírita, de transformar sua vida

para melhor, engloba também o expositor. Se tem conhecimento aliado à vivência do

que diz, sua mensagem terá mais autenticidade e o poder de tocar não só as mentes,

mas também os corações das pessoas, uma vez que estará aureolada de vibrações de

“vida”.

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Daí podemos entender um pouco sobre as características da palavra perfeitamente

esclarecedora e libertadora de Jesus, que conduzia o raciocínio e falava também ao

coração: “Vim para que tenham vida, e vida em abundância”.

2. Estudo contínuo

Ter acumulado uma gama de conhecimentos não dispensa o expositor de continuar

estudando, não só pelo caráter progressiva da Doutrina Espírita, mas porque aos poucos

é que vamos internalizando as verdades que ela ensina e tornando-as uma realidade

viva em nosso Ser, não apenas um saber.

3. Comprometimento

O comprometimento engloba a responsabilidade do expositor em:

- Planejar e preparar a sua palestra: nada mais frustrante para um público ávido de

esclarecimento e consolo do que uma palestra morna, sem encadeamento lógico

das idéias, sem tema definido, em que se fala de uma série de assuntos sem se

desenvolver nenhum, em que se contam várias estórias para preencher o tempo e

cumprir o horário.

- Conhecer o lugar onde realizará a exposição: tamanho do auditório, endereço da

instituição e como chegar lá se não a conhece.

- Conhecer características gerais do público que o assistirá: sua faixa etária, nível

cultural etc.

- Ser pontual: chegar ao local da palestra com antecedência mínima de 10 minutos. Se

for usar equipamentos audiovisuais, esse tempo será maior, para que possa verificar

a instalação e testá-los com tranquilidade.

- Respeitar o tema estabelecido pela instituição: elaborar a palestra com base no tema solicitado por quem o convidou, pois ele integra um tema central, promove a divulgação de campanhas ou ressalta datas significativas para o Movimento Espírita ou para a sociedade. Além disso, é comum as Searas Espíritas divulgarem antecipadamente suas escalas de palestras, contendo os nomes dos expositores, os temas e datas em que acontecerão.

- Respeitar o tempo estabelecido para a doutrinária.

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4. Humildade

Cuidar para que o orgulho e a empáfia não tomem conta do seu Ser.

Independentemente do nível de conhecimento que possua do Espiritismo, sabe que não

atua sozinho, pois a assistência espiritual é algo natural e consciente no trabalho

espírita.

Cultivando a humildade, o expositor espírita irá falar do que sabe e não se arvorar a

discorrer sobre assuntos dos quais não tem conhecimento, e não se enganará

imaginando que o mérito do trabalho é só dele, instrumento material de manifestação

da palavra divina.

5. Ser dotado de alguma técnica

Que o interessado em falar em público e ao público conheça técnicas básicas para

realizar bem essa tarefa. Alguns exemplos são: inflexão e volume da voz, boa pronúncia,

como se postar diante do público, como interagir com a platéia e como se estrutura e

elabora uma palestra. Trataremos de alguns deles a seguir.

ESTRUTURA DA PALESTRA

1. INTRODUÇÃO OU EXÓRDIO

(INÍCIO)

Esta primeira etapa serve para quebrar o gelo entre o expositor e a platéia, informá-la

sobre o assunto que será tratado e captar-lhe a simpatia e o interesse para acompanhar

a exposição.

Duração: aproximadamente 10% do tempo total da palestra, não ultrapassando 10

minutos.

Informações a serem abordadas nesta etapa:

a) Saudação.

b) Apresentação: caso alguém da instituição espírita não o tenha feito, realize a

apresentação de si mesmo: seu nome, a Casa Espírita de procedência, bairro e

cidade onde ela se localiza.

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As informações atinentes à instituição espírita de procedência servem também para

que o público tenha notícia de outras Casas Espíritas da região, sobretudo para

indicar a outras pessoas. Essa medida também corrobora para a divulgação do

Movimento Espírita regional.

c) Informar sobre o que vai tratar na palestra.

2. DESENVOLVIMENTO OU EXPLANAÇÃO DO CONTEÚDO

(MEIO)

A etapa do desenvolvimento é a principal da palestra, visto que nela o expositor

discorrerá sobre o assunto que preparou, apresentando argumentos lógicos, na

linguagem mais clara e objetiva possível.

Poderá conter também ilustração ou narrativa (conto, estória, história) relacionada ao

assunto abordado. As narrativas auxiliam no entendimento do conteúdo ministrado.

Jesus fez uso de muitas narrativas para facilitar o entendimento dos expectadores,

sobretudo as parábolas.

Duração: de 80 a 85% do tempo total da palestra.

3. CONCLUSÃO OU PERORAÇÃO

(FIM)

É a etapa de fechamento da palestra, na qual se faz uma recapitulação da essência do

conteúdo trabalhado antes, enfatizando-se pontos que o expositor julgar relevantes, de

modo a estimular o público a seguir o que foi proposto.

Lembrar de mencionar as bibliografias usadas na pesquisa. Essa prática auxilia na

divulgação da literatura espírita, dá fundamentação ao que foi dito e serve também

como estímulo aos interlocutores para lerem e instruírem-se mais. Pode também ser

feita na introdução, mas se adequa melhor à conclusão pelo fato de o público já ter

ouvido determinado assunto e estar mais interessado e receptivo a indicações literárias.

Duração: aproximadamente 5% do tempo total da palestra, ou em torno de 5 minutos.

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ELABORAÇÃO DA PALESTRA

ETAPAS:

1. Conhecer as características gerais do público que lhe assistirá: para preparar o assunto

segundo as necessidades gerais dele.

2. Sintonizar com a Espiritualidade Superior: por meio da prece, solicitamos auxílio e

inspiração para a tarefa a realizar, de modo que possamos cumprir dignamente o papel de

divulgadores do Espiritismo.

3. Pesquisar sobre o tema: para conhecê-lo ou relembrá-lo.

Pesquisar em livros e periódicos reconhecidamente espíritas e, de preferência, também de

autores renomados.

Bibliografias não espíritas também devem ser lidas pelo expositor. Na palestra espírita, no

entanto, devem ser abordadas com cuidado, como exemplos de dissonância ou

concordância com da Doutrina Espírita. Servem também para ilustrar e enriquecer o

conteúdo apresentado. Exemplo: se a palestra versar sobre a Pedagogia Espírita, pode-se

fazer comparações com outros ramos da Pedagogia, apresentando semelhanças e

diferenças.

Atualmente há muito material disponível em mídia eletrônica, como CDs e DVDs, além do

que é veiculado pela internet.

Detalhes sobre este tópico serão vistos no final deste material em Fontes de Pesquisa.

4. Delimitar o tema: selecionar, no universo do tema, a parte ou as partes que tratará na

doutrinária.

Exercício

Pesquisar nas três primeiras obras da Codificação Kardequiana (O Livro dos Espíritos, O

Livro dos Médiuns e O Evangelho Segundo o Espiritismo) algum dos temas abaixo, delimitá-lo e

definir o título da palestra.

Reencarnação, Deus, Vida após a morte, Bem-aventurados os aflitos, Bem-aventurados os

misericordiosos, Pais e Filhos, Mediunidade, Obsessão, Fé, Sede perfeitos, Amai os inimigos.

5. Esboçar a palestra: definir os tópicos que serão desenvolvidos - dois ou três já são

suficientes – pois, o que importa, é discorrer bem sobre cada um, e, não, ter uma série

deles.

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6. Desenvolver os tópicos escolhidos: discorrer sobre cada tópico, elaborando os argumentos

que esclareçam e fundamentem as idéias que apresentará.

Para auxiliar, faça perguntas a si mesmo sobre o assunto; coloque-se no lugar das pessoas

que lhe assistirão e imagine o que elas gostariam de saber. Anote todas as idéias que

surgirem. Pesquise mais profundamente sobre os tópicos escolhidos.

Ordene as idéias de forma lógica, numa sequência que seja fácil de o ouvinte entender.

Mas não redija toda a palestra, como a falaria. Se no início fizer isso, não a leia para o

público, pois isso torna a apresentação monótona e desinteressante.

Elabore um roteiro de apresentação (tópicos na sequência que pretende falar).

Poderá levar consigo como material de apoio, caso necessite no momento da palestra,

tanto o roteiro como o esboço ou citações e anotações que queira comentar ou ler.

7. Elaborar a Introdução e a Conclusão: a Introdução, embora seja a primeira a ser

apresentada no momento da palestra, é melhor que seja elaborada somente após a etapa

do Desenvolvimento, visto que o expositor já terá clareza do que irá falar.

A Conclusão, por sequência lógica, é criada após o desenvolvimento do conteúdo, e

recapitulará a essência desse, destacando-se os pontos principais que o expositor deseja

que o público grave. Pode ser usada uma frase de efeito para atender a esse objetivo, com

vista a marcar as idéias essenciais da palestra.

8. Definir os recursos audiovisuais que utilizará: quadro de giz, quadro branco, cartaz,

flipchart, retroprojetor, projetor multimídia etc.

RECOMENDAÇÕES

Enfrente o medo de falar em público.

Este é um desafio que perdura para diversos veteranos em falar em público.

Até Reinaldo Polito, especialista em ministrar cursos de exposição verbal há vários anos,

informa que até hoje sente aquele frio na barriga quando vai iniciar uma apresentação.

Comece por temas evangélicos.

Para o expositor iniciante, é mais fácil abordar temas evangélicos, que falam

diretamente ao coração das pessoas e tratam do dia-a-dia no que concerne à reforma íntima.

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Participe de grupos de estudo da Doutrina Espírita.

Estar integrado num grupo de estudo regular do Espiritismo, especialmente na condição

de monitor, possibilita ao expositor desenvolver suas habilidades de falar em público, uma vez

que estará num círculo reduzido de pessoas, companheiras das lides de aprendizado da

Doutrina Espírita, o que lhe favorecerá a desinibição.

Olhe para os ouvintes.

A comunicação visual tem a finalidade de valorizar a platéia e verificar como está a

atenção e o interesse dos assistentes. Percebendo algum desinteresse, discordância ou

dificuldade de entendimento, modifique sua atitude e procure adequar a mensagem visando

reconquistar o público.

Seja você mesmo.

Não tente imitar ninguém. Somos únicos e com potencial enorme a ser desenvolvido.

Cada um tem seu brilho. Uns tem mais carisma do que outros, mas isso não é o mais

importante. Faça o melhor que puder, do seu jeito, com o seu modo de ser e de se expressar.

Podemos ter alguns oradores de renome que nos inspirem a realizar um trabalho de qualidade,

mas devemos firmar e manter nossa personalidade.

Fale corretamente, pronuncie bem as palavras e seja natural.

Procure falar da maneira mais correta que puder. Expressar-se corretamente no idioma

que estiver utilizando, favorecerá a compreensão dos ouvintes e também despertará maior

confiança diante do que está sendo apresentado. Entretanto, seja natural. Procure conhecer

regras gramaticais, de concordância e regência, e outros aspectos da Língua Portuguesa

principalmente. Mas lembre que isso é forma. Se o conteúdo for fraco, uma bela forma não

será suficiente para preencher a lacuna. Portanto, respire e seja natural. Um escorregão ou

outro na Língua, não tira o mérito da mensagem que foi bem preparada e cujo teor o expositor

procura vivenciar.

Alguns exercícios para melhorar a pronúncia são: ler em voz alta e falar com um

obstáculo na boca, como o dedo indicador por exemplo, dobrado de modo que a mão fique

voltada para fora.

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Esteja atento ao volume ideal da voz.

Faça uma avaliação do ambiente, quando chegar no local da sua palestra. O tamanho do

auditório, a acústica, a disponibilidade de microfone, a distância em que se encontram os

últimos ouvintes, e outros fatores que possam influenciar na sua fala.

Adapte o volume da sua voz, de maneira que seja ouvida claramente. Para isso, procure

falar um pouco mais alto do que seria suficiente para todos escutarem você.

Cuidado com o vocabulário rebuscado.

Considerando que o público da palestra pública espírita é geralmente heterogêneo,

cuide para que sua expressão envolva a todos.

Se usar palavras “difíceis”, use também sinônimos, para se fazer entender por aqueles

que não conheçam tais vocábulos.

Use “nós” em vez de “vocês”.

Fazendo uso do “nós”, o expositor estará se incluindo nas orientações e sugestões que

esteja trazendo na palestra. Ao contrário, se usar “vocês”, estará se excluindo, dando a

impressão de que ele é sabedor e cumpridor de tudo o que falou e os demais não.

Quando utilizamos o “nós” angariamos a simpatia dos ouvintes, colocando-nos também

na condição de aprendizes.

Elimine expressões e gestos impróprios.

Pois isso pode causar desatenção e desinteresse do público, tornando a palestra

maçante e desagradável.

Quando expressamos nosso pensamento, pelo uso inadequado do idioma ou descuido

nosso, às vezes ele sai truncado, contaminado de expressões de dificultam a compreensão

pelos outros.

O uso de palavras vulgares prejudica nossa imagem e compromete nossa credibilidade,

bem como da Doutrina que abraçamos. Desse rol fazem parte também as gírias.

Outros exemplos de expressões que contaminam a comunicação oral são: né, ãããããã,

éééééé, tá, ok, entende, percebe, tá entendendo?, não é verdade?

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Trejeitos dizem respeito à nossa expressão corporal. São exemplos: ficar com as mãos

nos bolsos, arrumar o cabelo reiteradas vezes, ficar puxando as calças cima, fungar

excessivamente.

O primeiro passo para erradicá-los ou pelo menos reduzi-los, é tomar consciência do

uso deles. Para nos ajudar nesse sentido, podemos gravar algumas conversas informais e

também as palestras, para verificar como anda nossa expressão nesse quesito. Lembramos,

todavia, que o uso de gestos adequados e na medida certa também favorece a comunicação na

tribuna espírita.

Planeje bem suas apresentações.

A dedicação do expositor para apresentar ao público um assunto devidamente

preparado, denota consideração para com ele. Uma palestra agendada antecipadamente não

deve ser feita como que de improviso.

Teste antes e no local os equipamentos que utilizará na palestra.

Isso evita contratempos na hora da palestra e demonstra organização e consideração

para com a instituição e o público.

Use todo o espaço da plataforma...

Se estiver seguro e à vontade para tanto. Caso não esteja, permaneça à frente da

Tribuna e desenvolva sua palestra com tranquilidade. Divaldo Pereira Franco, renomado orador

espírita, frequentemente realiza suas palestras postado atrás da Tribuna, sem que isso diminua

a qualidade da sua exposição.

Se der branco na hora da palestra?

Você está falando e de repente esquece completamente do que pretendia transmitir,

perde a linha de raciocínio. Não se desespere! O desespero é um veneno que irá lhe bloquear e

pressionar e será mais difícil encontrar uma saída.

Se não conseguir se lembrar da informação, repita a última frase dita, como se estivesse

enfatizando aquela parte da mensagem. É provável que ao chegar no ponto em que houve o

branco, consiga seguir naturalmente na abordagem do conteúdo.

Se essa estratégia não der certo, use a expressão de socorro: “na verdade o que eu

queria dizer é...”. Usando essa expressão, você estará obrigado a expor o assunto sob outro

ângulo, e o pensamento se reorganiza.

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Caso nem esta opção funcione, diga ao público que mais adiante retomará aquele

ponto, e passe imediatamente a outro tópico.

Não peça desculpas desnecessárias.

Não peça desculpas por não estar se sentindo bem fisicamente, mas ainda assim ter

vindo cumprir seu compromisso de palestra, pela sua voz estar meio rouca etc. Você chamará a

atenção desnecessariamente para esses aspectos, que passarão a ser observados pelos

ouvintes, desviando a atenção do conteúdo explanado.

Também não peça desculpas por não conhecer ou dominar um assunto. Se não

conhece, não fale dele, e, principalmente, não responda perguntas a respeito. Lembre-se que

está falando em nome da Causa Espírita.

Se acontecer de chegar atrasado à palestra, é natural pedir desculpas por isso, ao

público, se ainda for convidado a falar, e também aos dirigentes da instituição/atividade.

Não decore nem leia a palestra para o público.

Confie em si mesmo e na assistência espiritual benévola. Se estudou o assunto e

preparou devidamente a exposição, isso lhe propiciará segurança, não necessitando que você

escreva a palestra, imaginando tudo e como falaria, nem que a decore. Utilize, na hora da

palestra, o material de apoio para consulta e leia somente citações ou trechos que você redigiu,

se for necessário.

Não seja chorão.

Fale naturalmente, sem carregar sua expressão de lamentação, no estilo choroso. Isso

cansa a platéia e pode até irritá-la, principalmente se usada voz estridente.

Quando tiver que improvisar...

Isso é exceção mesmo! Improviso é a última alternativa para o expositor responsável.

Um exemplo: o expositor escalado não veio, o substituto também não está, nem

tampouco algum dirigente da Casa em condições de fazer a palestra. Você é a única ou última

opção disponível. O que fará?

Faça inicialmente a sintonia silenciosa com os amigos espirituais, pedindo auxílio.

Abra aleatoriamente O Livro dos Espíritos, ou escolha nele um assunto que você tenha

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mais conhecimento. Leia antecipadamente as questões e reflita a respeito. Se não der tempo,

iniciada a palestra, leia para o público cada questão e sua respectiva resposta, comentando-as

em seguida, se puder, se não, passe à questão seguinte.

A obra O Evangelho Segundo o Espiritismo também pode ser usada, lendo-se um ou

alguns parágrafos, seguidos de explanação.

Além desses, livros com mensagens edificantes também podem ser utilizados, a

exemplo de obras de Emmanuel, psicografadas por Chico Xavier, como Pão Nosso, Vinha de Luz

e Fonte Viva, dentre outros.

Sempre que possível, apresente o assunto sob o tríplice aspecto do Espiritismo.

O tripé no qual se estabelece a Doutrina Espírita é formado por Ciência, Filosofia e

Religião ou Moral.

Às vezes, abordar um assunto no seu tríplice aspecto não é muito fácil, mas procure se

exercitar nesse sentido, para que a mensagem seja percebida pelos ouvintes da forma mais

completa possível, nos três âmbitos citados.

FONTES DE PESQUISA

A primeira e essencial fonte de pesquisa bibliográfica para o expositor espírita consiste

nas obras da Codificação Kardequiana. O denominado Pentateuco Espírita, constituído pelas

obras: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o

Inferno e A Gênese, é a base fundamental da Doutrina elaborada pelos Espíritos Superiores

responsáveis pelo advento da Terceira Revelação.

Alem dessas, integram a obra de Allan Kardec os livros O que é o Espiritismo e Obras

Póstumas, a Revista Espírita e outras publicações como: O Principiante Espírita, O Espiritismo na

sua mais Simples Expressão, Obsessão e Viagem Espírita de 1862.

Depois das fontes kardequianas, citamos autores clássicos como: Léon Denis, Gabriel

Delanne, Camille Flammarion e Ernesto Bozzano. E a obra mediúnica de Chico Xavier, Ivone do

Amaral Pereira, Divaldo Pereira Franco e José Raul Teixeira.

Também servem de excelente material de pesquisa as apostilas de estudo publicadas

pela Federação Espírita Brasileira – FEB, referentes ao estudo sistematizado da Doutrina

Espírita – ESDE, estudo aprofundado da Doutrina Espírita – EADE, estudo da mediunidade, e

evangelização da infância e da juventude.

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AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

A autoavaliação é uma prática que auxilia o expositor no aperfeiçoamento do seu

trabalho. Reflexionar após cada palestra acerca de como foi sua atuação.

Perguntas como as abaixo podem ser respondidas:

Falei com entusiasmo?

Citei que autores?

Utilizei quais recursos para que os ouvintes apreendessem o conteúdo da palestra?

Consegui provocar reflexões nos ouvintes?

Apresentei o assunto sob o tríplice aspecto do Espiritismo?

Os ouvintes estavam atentos e interessados durante a exposição ou sonolentos e dispersos?

Incentivei os assistentes ao estudo e à pesquisa?

Indiquei livros? Revistas? Filmes?

Outro auxílio nesse sentido é solicitar a avaliação de outras pessoas sobre nosso

desempenho, pedindo que indiquem pontos que constataram possam ser melhorados.

MENSAGEM FINAL

Do Livro CONDUTA ESPÍRITA, Cap. 14 - Na Tribuna.

Palestrar com naturalidade, governando as próprias emoções, sem azedume, sem nervosismo e

sem momices, fugindo de prelecionar mais que o tempo indicado no horário previsto.

A palavra revela o equilíbrio.

*

Calar qualquer propósito de destaque, silenciando exibições de conhecimentos, e ajustar-se à

Inspiração Superior, comentando as lições sem fugir ao assunto em pauta, usando simplicidade

e precatando-se contra a formação da dúvida nos ouvintes.

Cada pregação deve harmonizar-se com o entendimento do auditório.

*

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Respeitando pessoas e instituições nos comentários e nas referências, nunca estabelecer

paralelos ou confrontos suscetíveis de humilhar ou ferir.

Verbo sem disciplina gera males sem conta.

*

Sustentar a dignidade espírita diante das assembléias, abstendo-se de historietas impróprias ou

anedotas reprováveis.

O orador é responsável pelas imagens mentais que plasme nas mentes que o ouvem.

*

Nas conversações, não se reportar abusiva e intempestivamente a fatos e estudos doutrinários

de entendimento difícil, devendo selecionar oportunidades, quanto a pessoas e ambientes, para

tratar de temas delicados.

A irreflexão é também falta de caridade.

*

Manter-se inalterável durante a alocução, à face de qualquer situação imprevista.

Os momentos delicados desenvolvem a nossa capacidade de auxiliar.

*

Procurar abolir, em suas palestras, os vocábulos impróprios, as expressões pejorativas e os

termos da gíria das ruas.

O culto da caridade inclui a palavra em todas as suas aplicações.

*

Sempre que possível, preferir o uso de verbos e pronomes na primeira pessoa do plural, ao invés

da primeira pessoa do singular, a fim de que não se isole da condição dos companheiros

naturais do aprendizado, com quem distribui avisos e exortações.

Somos todos necessitados de regeneração e de luz.

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CONCLUSÃO

Prezado confrade, interessado em ser expositor espírita ou que já atua nessa tarefa:

A partir do que vimos neste seminário, podemos afirmar que o processo de formação

do expositor espírita é realizado por ele mesmo, ao longo de sua caminhada, por meio de

muitas leituras, estudos individuais ou em grupos, reflexão, comprometimento e vivência dos

postulados espíritas. Ele pode contar com o auxílio de outras pessoas, buscar recursos para

aperfeiçoar sua forma de se expressar, suas técnicas de apresentação etc. Entretanto, o

aspecto moral, preponderante ao bom desempenho no trabalho de divulgação do Espiritismo,

é conquista inalienável do espírito imortal, assim como o conhecimento adquirido.

A seara é grande e os trabalhadores são poucos.

Se tem vontade de ser um divulgador da Doutrina dos Espíritos, inicie com confiança e

faça o melhor que puder. Também com a prática é que a fluência e o domínio dos conteúdos

nas exposições doutrinárias serão desenvolvidos. Então, não espere uma qualidade excelente

nas palestras iniciais. Acostumando-se à tribuna, irá se sentindo cada vez mais tranqüilo, seguro

e desenvolto.

A Doutrina Espírita é vasta, porque trata de diversas áreas do conhecimento humano,

como nos lembra o Codificador, Allan Kardec, e não conseguiremos em uma existência física

amealhar tudo o que ela tem a nos oferecer. Por isso, não desanime, ao deparar-se com tanta

coisa para aprender.

Por meio da profícua e gratificante tarefa de expor a Doutrina Espírita a outras pessoas,

podemos crescer muito. Portanto, esse trabalho pode contribuir com nosso processo evolutivo,

além de nos oportunizar a participação na difusão de uma mensagem que esclarece, consola e

liberta.

Desejamos-lhe uma feliz vivência na seara espírita como expositor, lembrando a palavra

orientadora e oportuna de Emmanuel:

O Espiritismo nos solicita uma espécie permanente de caridade - a caridade da sua

própria divulgação.

Psicografia de Chico Xavier, do livro Estude e Viva, cap. Socorro Oportuno.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA. Conselho Federativo Nacional. Orientação ao Centro

Espírita. Rio de Janeiro: FEB, 2007.

FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA. Apostila: subsídios para a organização de um curso de

expositores da Doutrina Espírita. Rio de Janeiro: FEB.

FEDERAÇÃO ESPÍRITA CATARINENSE. 14ª União Regional Espírita. Apostila: orientações ao

expositor. Florianópolis: FEC/14ª URE, 2011.

KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Rio de Janeiro: FEB.

____________. O Livro dos Médiuns. Rio de Janeiro: FEB.

____________. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Rio de Janeiro: FEB.

MORAES, Anízio Fernandes de. Apostila do curso de expositor. São Paulo: Centro Espírita

Ismael, 2003.

POLITO, Reinaldo. Superdicas para falar bem: em conversas e apresentações. São Paulo:

Saraiva, 2005.

SCHUBERT, Suely Caldas. Dimensões Espirituais do Centro Espírita. Rio de Janeiro: FEB, 2008.

VEIGA, Altaídes. Apostila: a exposição espírita. Balneário Camboriú: 2009.

VIEIRA, Waldo (pelo Espírito André Luiz). Conduta Espírita. 16ª edição. Rio de Janeiro: FEB.

XAVIER, Francisco Cândido (pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz). Estude e Viva. Rio de

Janeiro: FEB.

REFERÊNCIAS ELETRÔNICAS

www.febnet.org.br

www.polito.com.br

www.vademecumespirita.com.br

www.oconsolador.com.br

www.ure14sc.org.br

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