Apostila MetodologiaFinal

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CENTRO TECNOLÓGICO ZONA LESTE FACULDADE DE TECNOLOGIA DA ZONA LESTE METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA APOSTILA DE ACOMPANHAMENTO Prof. Dawson Izola AGOSTO de 2003

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CENTRO TECNOLÓGICO ZONA LESTE FACULDADE DE TECNOLOGIA DA ZONA LESTE

METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

APOSTILA DE ACOMPANHAMENTO Prof. Dawson Izola

AGOSTO de 2003

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INTRODUÇÃO A abordagem científica é um instrumento de divulgação e debate científico utilizado pela comunidade acadêmica, onde os objetos de estudos são inclusive discutidos com outros pesquisadores que trabalham com o mesmo tema. O veículo de comunicação são os Congressos científicos divididos por área de atuação. Os trabalhos são apresentados em forma de Artigos Científicos, Patentes, Projetos de Pesquisa, Manuais, Livros, Dissertações e Teses. Estes documentos são elaborados segundo normas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Esta apostila, não tem como objetivo substituir publicações voltadas para a Metodologia Científica, e sim auxiliar na elaboração de documentos. Alguns artigos são de publicação livre, e estão disponíveis na Internet.

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ÍNDICE METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA ................................................... 4 Ementa: .............................................................................................................................................. 4 PROGRAMA (18 Semanas) ............................................................................................................... 5 A NECESSIDADE DO CONHECIMENTO ......................................................................................... 7 Conceito de Pesquisa Científica ........................................................................................................ 7 Correlação entre Conhecimento Popular e Conhecimento Científico ............................................... 7 Característica do Conhecimento Popular .......................................................................................... 7 Conhecimento Científico .................................................................................................................... 8 Quatro Tipos de Conhecimento ......................................................................................................... 8 Ciência ................................................................................................................................................ 8 A Pesquisa Científica ......................................................................................................................... 8 Pesquisa Pura, Básica ou Teórica ..................................................................................................... 8 Pesquisa Aplicada ou Prática ............................................................................................................. 8 Pesquisa Bibliográfica ........................................................................................................................ 9 Pesquisa de Campo ........................................................................................................................... 9 Espécie de pesquisa científica ........................................................................................................... 9 Tendências e Preferências Pessoais ................................................................................................. 9 APTIDÃO ............................................................................................................................................ 9 TEMPO ............................................................................................................................................... 9 CIÊNCIAS AUXILIARES DA PESQUISA CIENTÍFICA.................................................................... 10 PROJETO DE PESQUISA ............................................................................................................... 12 Elaboração de um projeto de pesquisa ............................................................................................ 15 Estrutura do Projeto de Pesquisa..................................................................................................... 16 SÍNTESE DE ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE UM PROJETO DE PESQUISA ..................... 16 Elaboração de Resumo: Dissertação, Artigo e Tese. ...................................................................... 19 CITAÇÕES ....................................................................................................................................... 19 CONSTRUÇÃO DE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 21 BIBLIOGRAFIA - Métodos e Técnicas de Pesquisa ........................................................................ 25 GRUPOS DE ESTUDOS E PROJETOS COMO INSTRUMENTO AO ENSINO E À PESQUISA COM ALUNOS DE GRADUAÇÃO ................................................................................................... 31 PATENTE DE INVENÇÃO ............................................................................................................... 36 Vocábulos sobre métodos e técnicas de pesquisa .......................................................................... 39 Bibliografia complementar sugerida pelo professor ......................................................................... 46 BIBLIOGRAFIA SUGERIDA (comentada) ....................................................................................... 48 APÊNDICE A – Exemplos de artigos científicos .............................................................................. 50 EQUIPO PARA EL ANÁLISIS DE LA OSCILACIÓN LATERAL DE AERONAVES ........................ 50 APENDICE B – Exemplo de Projeto de Pesquisa (Comentado) ..................................................... 68 PROPOSTA DE PROJETO ............................................................................................................. 68 APENDICE C – Exemplo de Patente ............................................................................................... 70 Apêndice D – Textos ........................................................................................................................ 74 Bertold Brecht ................................................................................................................................... 75 PALAVRÃO - UMA TERAPIA .......................................................................................................... 77 PRODUÇÃO ACADÊMICA DO PROFESSOR ................................................................................ 79

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METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

Ementa:

O papel da Ciência e da Tecnologia; Tipos de Conhecimento; Método e Técnica; O Processo de Leitura de e de Análise Textual; Citações e Bibliografias; Trabalhos Acadêmicos, Tipos, Características e Composição Estrutural; O Projeto de Pesquisa Experimental Qualitativa e Quantitativa; Apresentação Gráfica; Normas da ABNT. Objetivos. Desenvolver um conteúdo de conhecimentos abrangendo os elementos de Metodologia da Pesquisa de Maneira a permitir ao aluno elaborar projeto de pesquisa, bem como trabalhos científicos e tecnológicos. Bibliografia

- SEVERINO, A. J., Metodologia do Trabalho Científico, 20a. Ed. São Paulo, Cortez, 1996.

- VARGAS, M., Metodologia da Pesquisa Tecnológica, Globo, Rio de Janeiro, 1995. - RAMPAZZO, L, Metodologia Científica, Siciliano, São Paulo. 1998.

Metas (EXTRACURRICULARES)

Implementar atividades extracurriculares: - Iniciação Científica; - Consultorias; - Produção acadêmica; - Prestação de serviço; - Laboratório de Prototipagem.

Metodologia da Pesquisa Científica e Tecnológica

CARGA HORÁRIA DISTRIBUIÇÃO DAS AULAS

SEMANAS X AULAS/SM = TOTAL = TEÓRICAS + PRÁTICAS + AVALIAÇÃO

18 2 36 8 8 2

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PROGRAMA (18 Semanas)

1. INTRODUÇÃO AO CURSO. (Sala de Aula). Apresentação do professor, plano de ensino, metas curriculares e extracurriculares. Objetivo. Introdução científica e acadêmica.

2. GRUPOS DE PESQUISA. (Sala de Aula). PROJETOR DE SLIDES. Apresentação em slides de atividades de Iniciação Científica e história tecnológica da conquista do espaço no mundo e no Brasil. Conhecimento vulgar e conhecimento científico.

3. VÍDEO. AUDITÓRIO. Série Cosmos, Episódio I e II, Origem do Universo e a Origem da Vida. Visão científica e popular.

4. EXPERIÊNCIA PRÁTICA. AULA TRABALHO. (Sala de Aula). Ensaio de dispersão da informação com objetivo de se gerar dados para o 1

o artigo científico do grupo de trabalho.

Trabalho em Grupo com artigo de formatação simplificada. Entrega em uma semana. 5. ARTIGO CIENTÍFICO. AULA PRÁTICA. (Sala de Aula). Normas e Técnicas. Citações

bibliográficas. Formatação. Busca nos sistemas de dados públicos. Divisão dos temas para o desenvolvimento de um artigo científico escrito para apresentação em seminários. (Entrega em duas semanas).

6. ARTIGO FORMA FINAL. (Sala de Aula). Revisão do Artigo Proposto (Dispersão da Informação). Orientação para elaboração do artigo final.

7. NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DE SEMINÁRIOS. (Sala de Aula). RETROPROJETOR. Apresentação de transparências.

8. DÚVIDAS DOS SEMINÁRIOS E ARTIGO FORMA FINAL. (Sala de Aula). Revisão do artigo científico na forma final. Dúvidas dos Grupos para a apresentação dos seminários.

9. SEMINÁRIOS. AUDITÓRIO. Apresentação dos trabalhos na forma de Congressos Científicos.

10. SEMINÁRIOS. AUDITÓRIO. Apresentação dos trabalhos na forma de Congressos Científicos.

11. PATENTE DE INVENÇÃO. (Sala de Aula). Normas e técnicas do INPI para elaboração de pedidos de privilégios e registro intelectual. Elaboração de uma patente simplificada (Entrega em uma semana).

12. APRESENTAÇÃO DE PATENTE. AULA TRABALHO. (Sala de Aula). Apresentação da Patente pelo grupo de trabalho com objetivo de aplicação da idéia ou nova tecnologia.

13. REVISÃO DA PATENTE. AULA PRÁTICA. (Sala de Aula). Revisão da Patente pelos grupos de trabalho.

14. DEBATE EM GRUPOS. (Sala de Aula). A ciência e suas descobertas. 15. PROJETO DE PESQUISA. (Sala de aula). Normas e técnicas para elaboração de projetos

de pesquisa segundo as principais agências de fomento do Brasil. Elaboração de projeto de pesquisa (Entrega em uma semana).

16. DIVISÃO DOS GRUPOS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA. (Sala de Aula). NPDT, normas para ingresso no Núcleo de Pesquisas e Desenvolvimento Tecnológico, sugestão de temas dos grupos de trabalho.

17. PROVA SEMESTRAL. (Sala de Aula). Prova dissertativa. 1 hora de duração, nota no mesmo dia.

18. EXAME. AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA E DO PROFESSOR. (Sala de Aula). Nota final. O exame consta de prova dissertativa e argüição oral (1 hora). A avaliação da disciplina é realizada sem a presença do professor em sala de aula.

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METODOLOGIA Aulas expositivas, aulas práticas, e aulas trabalho. - Palestras; - Vídeos; - Seminários; - Trabalhos práticos; - Debates em grupo.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

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o Artigo – 1,0

2o Artigo – 1,0

Seminários – 2,0 Patente – 1,0 Projeto de Pesquisa – 1,0 Prova – 2,0 Presença – 2,0 (100%) N >= 7,0 – Aprovado. N < 5,0 – Reprovado. N >= 5,0 < 7,0 - Exame (N > = 5,0 ) Aprovado no exame.

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A NECESSIDADE DO CONHECIMENTO

Conceito de Pesquisa Científica

A elaboração de um trabalho científico, definido monografia ou outro tipo de trabalho (Tese, TCC, Dissertação de Mestrado, etc.) exige do pesquisador iniciante um trabalho intenso. Tendo em vista a busca de uma ou mais resposta ao problema proposto. Essa busca, que mais se assemelha a uma garimpagem intelectual denomina-se pesquisa. É bem evidente que conhecimento, em geral, pode ser obtido de várias maneiras. O camponês tem um conhecimento apropriado das plantas que cultiva, sabe a época de plantar, de colher, etc. estas ações podem estar baseadas em conhecimentos aprendidos por imitação, através da experiência pessoal ou de conhecimento internalizado pela educação formal, transmitida por antecessores; pela tradição. Este homem pode, ainda, possuir um conhecimento obtido por modo racional por transmissão e treinamento apropriado conduzido pela ciência. Este agricultor sabe que o cultivo do mesmo tipo, todos os anos viria a exaurir o solo, passando-se a cultivar diferentes tipos de plantações para se evitar tal procedimento. Ainda no período feudal começou-se a cultivar duas faixas de terra e deixar uma terceira para alternar a produção e conseqüentemente não ocorrer a exaustão do solo. No início da Revolução Agrícola não se prende ao aparecimento, no século XVIII, de melhores arados, enxadas e outros tipos de maquinaria, mas à introdução, na segunda metade do século XVII, da cultura do nabo e do trevo, pois seu plantio evitava o desperdício de se deixar a terra em repouso: seu cultivo “revitalizava” o solo, permitindo o uso constante. O conhecimento científico tende a aperfeiçoar e mudar, diante de novas descobertas, conceitos anteriores tidos como verdadeiros. Neste momento nós dispomos de duas categorias de informações na formação deste conhecimento: O Conhecimento Popular (vulgar e empírico) e o Conhecimento Científico. A pesquisa é classificada como científica quando satisfaz a determinadas condições. Seu objeto deve ser perfeitamente definido de forma que possa ser reconhecível e identificável por todos. O estudo deve acrescentar algo ao que já se sabe sobre o assunto e ser útil como fonte de pesquisa, fornecendo elementos que permitam a verificação e a contestação das hipóteses apresentadas, tendo em vista a sua continuidade.

Correlação entre Conhecimento Popular e Conhecimento Científico

O conhecimento vulgar ou popular, às vezes denominado senso comum, não se distingue do conhecimento científico nem pela veracidade nem pela natureza do objeto conhecido: o que os diferencia é a forma, o modo ou o método e os instrumentos do “conhecer”. Saber que determinada planta necessita de uma grande quantidade “X” de água e que, se não a receber de forma “natural”, deve ser irrigada, pode ser um conhecimento verdadeiro e comprovável mas, nem por isso, científico. Para que isso corra, é necessário ir mais além: conhecer a natureza dos vegetais, sua composição, seu ciclo de desenvolvimento e as particularidades que distinguem uma espécie de outra. Dessa forma, patenteia-se dois aspectos: a) a ciência não é o único caminho de acesso ao conhecimento e à verdade. b) Um mesmo objeto ou fenômeno – uma planta, um mineral, uma comunidade ou as relações entre chefes e subordinados – pode ser matéria de observação tanto para o cientista e outro ao vulgar ou popular é a forma de observação.

Característica do Conhecimento Popular

“Se o „bom senso‟, apesar de sua aspiração à racionalidade e objetividade, só consegue atingir essa condição de forma muito limitada, pode-se dizer que o conhecimento vulgar ou popular, latu sensu, é o modo comum, corrente e espontâneo de conhecer, que se adquire no trato direto com as coisas e os seres humanos: é o saber que preenche nossa vida diária e que se possui sem o haver procurado ou estudado, sem a aplicação de um método e sem se haver refletido sobre algo” (Babini, 1957:21). Para Ander-Egg (1978:13-4), o conhecimento popular caracteriza-se por ser predominantemente:

Superficial, isto é, conforma-se com a aparência, com aquilo que se pode comprovar simplesmente estando junto das coisas: expressa-se por frases como “porque o vi”, “porque o senti”, “porque o disseram”, “porque todo mundo o diz”;

Sensitivo, ou seja, referente a vivências, estados de ânimo e emoções da vida diária;

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Subjetivo, pois é o próprio sujeito que organiza suas experiências e conhecimentos, tanto os que adquire por vivência própria quanto os “por ouvir dizer”;

Assistemático, pois esta “organização” das experiências não visa a uma sistematização das idéias, nem na forma de adquiri-las nem na tentativa de validá-las;

Acrítivo, pois, verdadeiros ou não, a pretensão de que esses conhecimentos o sejam não se manifesta sempre de uma forma crítica.

Conhecimento Científico

Goode e Hatt indicam: “é a acumulação de conhecimentos sistemáticos”. Mário Bunge vai mais adiante e diz que “o conhecimento é racional, sistemático, exato, verificável e, por conseguinte, falível”. A verdade científica de hoje pode ser superada diante de novas descobertas. Conclui-se que a ciência é todo um conjunto de atitudes e de atividades racionais, dirigido ao sistemático conhecimento com objetivo limitado, capaz de ser submetido à verificação. Em termos globais, a ciência visa aumentar o conhecimento ou melhorar a compreensão acerca dos fenômenos já conhecidos. Exemplo: Ao pisar na lua em 2 de julho de 1969, aumentou-se o nosso conhecimento sobre o nosso satélite.

Quatro Tipos de Conhecimento

Conhecimento Popular

Conhecimento Científico

Conhecimento Filosófico

Valorativo Reflexivo Assistemático Verificável Falível Inexato

Real (factual) Contingente Sistemático Verificável Falível Aproximadamente Exato

Valorativo Racional Sistemático Não Verificável Infalível Exato

Ciência

A ciência é uma forma de proceder que se renova para: a) responder questionamentos; b) solucionar problemas; c) desenvolver de modo mais efetivo os procedimentos de responder as questões e de solucionar problemas. É certamente um modelo que se alcança pela pesquisa. Qualidade Formal A ciência caracteriza-se por ser instrumentação técnica, de teor formal, com visitas e dominar a realidade. O papel do cientista é estudar, pesquisar, sistematizar, teorizar sem, contudo, intervir, influenciar, tomar posição no sentido de comprovar seu ponto de vista, sua maneira de conceber a realidade. A qualidade do cientista está em ser competente formalmente.

Metodologia É o estudo científico dos meios de obter o conhecimento humano. O Método. Diferencia-se da Filosofia da Ciência, que trata descritivamente e especulativamente do conhecimento.

A Pesquisa Científica

Pesquisa científica é a realização concreta de uma investigação planejada, desenvolvida e redigida de acordo com as normas da metodologia consagradas pela ciência.

Pesquisa Pura, Básica ou Teórica

Conforme o seu objetivo, a pesquisa é pura, básica ou teórica quando não tem por finalidade a utilização prática, mas contribui para o avanço do conhecimento da teoria estudada. Exemplo: A Origem do Universo

Pesquisa Aplicada ou Prática

A pesquisa classifica-se como aplicada ou prática quando é desenvolvida tendo-se em vista sua utilização.

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Exemplo: A busca de uma vacina contra a AIDS.

Pesquisa Bibliográfica

A pesquisa é bibliográfica quando o pesquisador utiliza-se de livros, revistas, documentos, periódicos, enfim, registros impressos. Todo e qualquer trabalho científico inicia-se numa pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto. Considerando o exemplo da pesquisa pura e o da aplicada, o ponto de partida para ambas é o levantamento bibliográfico de tudo que já foi pesquisado a respeito do assunto.

Pesquisa de Campo

Se o pesquisador executa seu trabalho valendo-se de questionários aplicados ao objeto de seu estudo, com a finalidade de coletar dados que lhe permitam responder ao problema, a pesquisa é denominada de campo. Fases da Pesquisa de Campo Inicialmente devemos realizar uma pesquisa bibliográfica sobre o assunto em questão. Tal estudo nos informará sobre a situação atual do problema, sobre os trabalhos já realizados a respeito e sobre as opiniões reinantes; permitirá o estabelecimento de um modelo teórico inicial de preferência, auxiliará no estabelecimento das variáveis e na própria elaboração do plano geral de pesquisa. Após a pesquisa bibliográfica prévia, de acordo com a natureza da pesquisa cumpre determinar as técnicas de registro desses dados e as técnicas de sua análise posterior.

Espécie de pesquisa científica

Pesquisa teórica: tem por finalidade estruturar sistemas e modelos teóricos; ampliar generalização, etc; Pesquisa laboratorial: efetuada em laboratórios nas suas mais diversas e complexas formas; Pesquisa bibliográfica; QUALIFICAÇÃO DO PESQUISADOR E CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DO ASSUNTO

Tendências e Preferências Pessoais

O pesquisador deve escolher um assunto correspondente ao seu gosto pessoal, que sejam, preferencialmente, na sua área de atuação. Deve ter entusiasmo e dedicação, empenho e perseverança no sentido de vencer os obstáculos. APTIDÃO Não basta gostar do assunto, é preciso aptidão, ser capaz de desenvolver o objeto de estudo. Neste caso, aptidão significa formação cultural adequada ou específica, experiências ou vivência na área em que se situa o assunto. Ex: assuntos de caráter agronômicos exigentes aptidão ou capacidade agronômica; os de caráter filosóficos exigem capacidade ou aptidão para a abstração, etc. TEMPO Antes do problema da escolha do assunto é importante considerar o tempo disponível e o tempo necessário para levar a bom termo esta ou aquela pesquisa. É bem verdade que o entusiasmo e a aptidão multiplicam a eficácia do trabalho, mas, não se pode optar por uma assunto que exige muito mais tempo de pesquisa do que dispõe o pesquisador. RELEVÂNCIA DA PESQUISA O estudante imbuído do espírito científico não cede à tentação, ao comodismo, a mediocridade de escolher assuntos pela sua aparente facilidade; ao contrário, procura assuntos cujo estudo e o aprofundamento possa trazer à contribuição efetiva para o próprio amadurecimento cultural, e alguma contribuição objetivo ao esclarecer melhor o problema, ao corrigir uma falsa interpretação, ou aprimorar a definição de um conceito ambíguo, ao promover o aprofundamento sobre o tema relevante pelo seu conteúdo e pela sua atualidade.

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A maneira como se deu a canonização, em especial a evidência científica quanto ao procedimento cuidadoso e analítico: comparando, aprovando, excluindo, usando uma metodologia apropriada.

CIÊNCIAS AUXILIARES DA PESQUISA CIENTÍFICA

HERMENÊUTICA A Hermenêutica é algo tradicional em metodologia da pesquisa, portanto se refere à arte de interpretar textos e, sobretudo a comunicação humana. Parte da constatação de que a realidade social, e nela, sobretudo o fenômeno da comunicação humana, possui dimensões tão variadas, com várias nuanças misteriosas, que é mister atentar não só para o que se diz, mas igualmente para o que não se diz. Há na comunicação sentidos ocultos, cuja regra somente a Hermenêutica pode restabelecer. Exemplo: o desenho de um peixe para informar que ali há um cristão. A leitura apocalíptica é um exemplo bem marcante, em que ciladas interpretativas emergem a todo momento. Podemos afirmar que a Hermenêutica é a metodologia da interpretação. FENOMENOLOGIA É o estudo descritivo de um ou de um conjunto de fenômenos. A fenomenologia, entre outras pretensões, é uma postura que prima pela modéstia do respeito à realidade social, sempre mais abundante que os esquemas de captação. Em vez de partir de métodos prédios, ela faz o caminho contrário. Parte da ponta para o começo. Isto é, de como um fenômeno se apresenta para chegar a sua raiz. A partir daí segue a consciência crítica ou análise crítica. SOCIOLOGIA A sociologia é a ciência da sociedade. Estudos valores e as normas que existem de fato na sociedade e tentar identificar e classificar as relações entre componentes da sociedade e outras manifestações da vida social. Sem, no entanto, julgar a sociedade nem os homens de seus atos. Não cabe a sociologia dizer como a sociedade deve ser, mas explicar como é. OUTRAS Antropologia e demais ciências humanas são suportes valiosos a pesquisa. A Leitura Paulo Freire, grande educador da atualidade, aponta a necessidade de se fazer uma prévia reflexão sobre o sentido do estudo. Segundo ele, não só é possível analisar a própria atitude face aos estudos, como também se pode estudar a relação com a leitura. Ele nos diz que o ato de ler só se realiza mediante um espaço de relação lógica com o autor. Esta postura nos remete à questão do pensar. Todavia, na época atual, época dos meios de comunicação de massa, dos sistemas educacionais funcionalistas, de imediato não se consegue apreender claramente as dificuldades inerentes ao trabalho teórico. Mas o ato de ler, que é um ato de concentração, exige distanciamento e reflexão. É um fato que só se realiza mediante os procedimentos lógicos de análise, síntese, interpretação, juízo crítico. Deste modo, só seguindo uma série de atividades preparatórias é que se consegue alcançar um nível de interpretação aprofundados de texto, onde afinal o sentidos se manifesta. COMO LER Dizia um professor de filosofia: "a inteligência humana é lenta". Isto pode significar que passamos por um processo intelectual até vencermos os obstáculos pessoais e culturais e alcançarmos a exata compreensão de uma mensagem esta nem sempre se mostra de imediato no momento da comunicação. É necessário da nossa parte um espaço de tempo para que possamos decodificar, assimilar, o que foi revelado no texto. Deste modo, se quisermos descobrir a mensagem de um texto de modo abrangente, temos de nos submeter a uma séria disciplina de trabalho: 1

o - Delimitar a unidade de leitura que pode ser um capítulo, uma sessão ou até mesmo um

grande parágrafo. O que caracteriza a unidade de leitura é a apresentação no sentido de modo global. Só após o entendimento dessa unidade é possível prosseguir na investigação de novas unidades de leitura;

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- Ler repetidas vezes o mesmo texto e certificar-se do alcance da compreensão verdadeira do assunto em pauta, de quando as idéias principais de cada parágrafo; ao lado, na margem, escrevendo uma ficha resumo. PASSOS a) Leitura Exploratória - É a fase em que se deve prestar atenção à diretriz do pensamento do autor. Neste primeiro contato, dependendo das motivações da leitura, o leitor poderá levantar outros elementos que possam esclarecer mais a leitura. Nessa primeira leitura corrida não convém resumir bem sublinhar as idéias-chave. Todavia, é possível elaborar um modo sucinto no esquema das grandes partes do texto, de preferências dos três modelos da redação: introdução, desenvolvimento e conclusão, que expressa bem a estrutura lógica do pensamento do autor. O esquema para visualizar um texto de modo global. Poderá procurar dados sobre a vida e obra do autor, sobre o momento histórico que ele viveu, sobre as influências históricas que recebeu e até mesmo se elucidar sobre o vocabulário que ele usa. b) Leitura Analítica - é a fase do exame do texto ou, como diz Paulo freire: fase “da relação de a lógica com o autor do texto, cujo mediador não é o texto considerado formalmente, mas, o tema, ou os temas nele tratados". Nesta etapa é necessário deixar o autor falar para tentar perceber o que e como ele apresenta o assunto. Quando estamos atentos ao texto geralmente surge na mente um conjunto de perguntas cujo, as respostas revelam o sentido e o conteúdo da mensagem. EXEMPLO DE PERGUNTAS: 1- de que fala o texto? 2- como está problematizado? 3- qual o fio condutor da explanação? 4- que tipo de raciocínio ele segue na argumentação? Todavia, é necessário lembrar que a idéia central defendida pelo autor só pode tomar corpo associada a outras que são chamadas de secundárias em relação à primeira. Mas como trabalha esta fase de leitura? A partir de unidades bem determinadas (parágrafos), tendo sempre à frente o tema problema que é o fio condutor de todo texto. Neste trabalho de análise o texto é subdividido refazendo toda a linha de raciocínio do autor. Para deixar as claras a idéia central no texto, é fundamental a técnica de sublinhar. DICAS 1. nunca sublinhar na primeira leitura. 2. só sublinhar as idéias principais e os pormenores significativos 3. elaborar um código a fim de restabelecer os sinais que identifiquem o seu modo pessoal de empreender a leitura. Exemplo: um sinal de interrogação face aos pontos obscuros do parágrafo; outro exemplo: um retângulo para colocar em destaque as palavras chave. 4. reconstruir o texto a partir das palavras sublinhadas em cada parágrafo além da leitura analítica serve de base para a elaboração do resumo ou síntese do livro. Convém lembrar, que o resumo não é uma redução de idéias apreendidas nos parágrafos mas é fundamentalmente a síntese das idéias do pensamento do autor.

c) Leitura Interpretativa – O ato de compreender a si afirma no processo da interpretação, que afinal expressa nossa capacidade de assimilação e crítica do texto. Nessa nova etapa de interpretação já não mais estamos aprendendo apenas um fio condutor do raciocínio do autor como na leitura analítica. Estamos nos posicionando facilmente ao que ele diz, para isso precisamos muitas vezes de outras fontes de consulta. Elas deverão servir para ampliar a nossa visão sobre o assunto e o autor e deste modo servir de instrumento de avaliação do texto. Este momento de crítica é um momento de muita ponderação, exige uma consciência dos nossos pressupostos de análises diante dos pressupostos do autor. Se não houver distinção provavelmente haverá interferência na compreensão dos fundamentos base da mensagem. Também é possível se estabelecer critérios de julgamento, como originalidade, nova contribuição a exploração do assunto com a coerência interna, etc. Todavia, esta postura considerada o objetivo é por estar tão presa à diretriz de uma escola que pode até mesmo impedir a autocrítica e nos induzir a uma postura crítica inadequada em relação ao assunto e ao autor.

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O esforço de alto crítica nos permitir perceber os limites da certeza da nossa interpretação como também possibilita prestar maior atenção aos argumentos apresentados pelo autor. Deste modo, ficamos sensíveis a demonstração da verdade e o exercício da sua busca se torna o sentido do nosso estudo e trabalho acadêmico. d) Problematização - para termos certeza da compreensão do que foi lido, nada mais indicativo do que o levantamento dos problemas do texto. Esse esforço nos faz rever todo texto, dando nos elementos para reflexão pessoal e debate em grupo. TÉCNICAS DE LEITURA 1. SKIMMING - Rápido correr de olhos sobre uma obra com a intenção de se obter um conhecimento geral da mesma pode ser usado na leitura de o informativo (jornais, revistas); em revisão de um tema a ser estudado; no levantamento bibliográfico sobre esse tema; na escolha de livros de estudo ou lazer; na localização de datas e nomes, etc. Na consulta a dicionários e enciclopédias. 2. Leitura Analítica - Método de estudo proposto por Severino que, tem como objetivos “fornecer uma compreensão global do significado do texto; treinar a compreensão e interpretação crítica dos textos; treinar o desenvolvimento do raciocínio lógico; e fornecer instrumentos para o trabalho intelectual desenvolvido nos seminários, estudo dirigido no estudo pessoal ou em grupos, confecção de resumos esquema, relatórios, etc”. O autor relaciona cinco processos básicos da leitura analítica: ANÁLISE TEXTUAL: preparação do texto: através de uma primeira leitura da unidade para se adquirir uma visão geral da mesma. Nesta etapa levantam-se, as dificuldades relativas ao vocabulário, fatos conceitos, obras e autor citados e buscam se os devidos esclarecimentos. 2.2- ANÁLISE TEMÁTICA: compreensão da unidade: identificação do tema do problema gerador do texto, as idéias principais e secundárias. É a etapa que permite a reconstrução da linha de raciocínio do autor e serve de base para a elaboração do resumo do texto. 2.3- ANÁLISE INTERPRETATIVA: interpretação crítica do texto: situação do texto no contexto da vida e da obra do autor, bem como no contexto da cultura de sua especialidade como são temáticas sugeridas pelos vários enfoques e colocações da tomada de posição própria a respeito das idéias enunciadas; é exercício de uma atitude crítica frente às posições do autor em termos de coerência da argumentação lógica na seqüênciação das idéias desenvolvidas, validade, originalidade e profundidade dos argumentos empregados. 2.4- PROBLEMATIZAÇÃO - discussão do texto: “retomada geral de todo o texto, tendo em vista o levantamento dos problemas mais relevantes para uma reflexão pessoal e ou discussão em grupo”. 2.5 - SÍNTESE PESSOAL: reelaboração pessoal da mensagem: produção de um novo texto com discussão e reflexões pessoais.

PROJETO DE PESQUISA

GÊNESE EXEMPLO DO PRIMEIRO PROJETO DE PESQUISA Ninguém pode pretender retirar do vácuo um projeto de pesquisa. Ele tem seu processo normal de nascimento. Evidentemente, a opção por um determinado tema o antecede. Seguem a esta opção, as primeiras pesquisas em bibliografia genérica, os primeiros questionamentos, as progressivas delimitações do assunto e a definição da compreensão e da extensão dos termos da proposição iniciativa do tema. A rigor, não foi traçado o primeiro projeto de pesquisa, mas ele já estava em processo de gestação. O próximo passo consistirá na conversão do tema em problema porque a pesquisa só tem sentido quando se desenvolvem na procura da solução para um problema. A clara enunciação da hipótese é que determinará em última instância, os critérios para a leitura da bibliografia e para a tomada de apontamentos de passagens relevantes para a confirmação ou não da hipótese. ELEMENTOS DO PRIMEIRO PROJETO DE PESQUISA Não basta que tenhamos em mente o projeto daquilo que se vai fazer. Cumpre que se passe para o papel, que se escrevam, com cuidado aquilo que representa o fruto de um primeiro esforço. Passar o projeto da cabeça para o papel é reconfortante, alivia a mente, põe um ponto final na primeira fase do trabalho e réanima para a ação ordenada e eficiente da pesquisa. Os elementos que deverão ser destacados neste primeiro projeto de pesquisa são os seguintes:

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a) enunciação do tema; b) definição dos conceitos; c) indicação clara e precisa da extensão dos conceitos, como finalidade de determinar o assunto da pesquisa, distinguindo-a de tudo o mais que não versará; d) indicação de circunstâncias, se houvera, para completar a delimitação da pesquisa, como seria a circunstância de tempo, de espaço, de instrumento, etc. e) de explicação e aumento da idéia principal retirada do tema bem como os pormenores que a esta altura pareçam importantes; f) ponderação sobre objetivos e sobre o alcance da pesquisa prevista, estabelecimento de condições e viabilidade; g) definir as fases posteriores e cronogramas para o seu cumprimento dentro das reais possibilidades do pesquisador, para que evite as famosas "sinfonias inacabadas".

O primeiro projeto de pesquisa terminará com o restabelecimento da ordem a seguir no levantamento bibliográfico (quando for o caso). A Título de Exemplo Recapitulemos tudo o que foi dito com exemplo concreto. A Lei Complementar n

o 554/92, Conselho Federal de Educação, introduziu nos programas

dos Cursos Teológicos uma disciplina inteiramente nova nas áreas de Educação Moral e Cívica, sob o título: "Fundamentos Filosóficos da Educação Moral". Suponhamos que a cadeira exija uma pesquisa bibliográfica de término de curso; é provável que o professor não apresente uma relação de temas (deixe a critério do aluno), embora se coloque a área de exposição orientações, aberturas de esclarecimentos. Geralmente, segue a esta exigência uma fase de desconforto, de preocupação, de indecisão, de dificuldades, de angústias mesmo por parte dos alunos mais versáteis. É a fase onde mais se ouve: " mas, o que é que eu vou fazer?" O irmão Antônio recorreu a alguns manuais didáticos, percorreu os índices e se interessou pelo título "Moral e Religião", e na aula seguinte apresentou esse tema. O professor ouviu as explicações de Antônio e perguntou: - Você não acha que este assunto anunciado é amplo demais? Antônio concordou e, voltou a ler ou reler a bibliografia e genérica sobre o assunto, e chegou a uma definição: "A moral religiosa esta necessariamente vinculada à religião, mas a moral filosófica é autônoma relativamente à religião". Houve um processo notável na delimitação do assunto, mas ainda parece amplo demais. Seria necessário delimitar ainda mais o tema, apelando, por exemplo, para a circunstância de tempo e espaço. Antônio se empenha no trabalho de delimitar, de restringir, de especificar seu tema, e acaba por enunciá-lo nos seguintes termos de: "Conceito de fundamentação da moral científica em Anísio Teixeira". Esse enunciado ganhou novas limitações da moral científica e não há outros aspectos do problema e, ou se limitará a obra de um autor em lugar e tempo determinados e não as produções de inúmeros autores que vieram e escreveram ao longo de 25 séculos. Para um trabalho de pesquisa de nível superior estamos, diante de um bom tema, isto é, de um assunto suficientemente delimitado. O tema é expresso em proposição significativa, relevante e verificável, mediante pesquisa adequada às condições de um estudante. Mesmo sendo ele do curso de teologia. Antônio vai agora elaborar o seu primeiro projeto de pesquisa, que resultará no seguinte: Centro de Formação Teológica Batista Nacional Curso de Teologia Disciplina: Metodologia da Pesquisa Científica Aluno: Antônio Roberto de Sá Nunes Matsumoto Projeto de pesquisa para atender a requisitos práticos da disciplina. TÍTULO: Conceito de Fundamentação da Moral Científica em Anísio Teixeira 1. A esclarecer: a) moral; b) moral científica; c) moral filosófica;

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d) moral religiosa. Definir cada um destes conceitos, coletando material para introdução do trabalho, bem como para a súmula-história e enfoque da relevância atual do problema. Dessas definições decorrerá clara e precisa delimitação do assunto. 2. Estudar a vida de Anísio Teixeira com o objetivo de elaborar sua biografia, acentuando os períodos de sua vida e as circunstâncias nas quais abordou o problema em epígrafe. 3. Refraseamento para a explicação da idéia principal: a) Estará à moral, por sua natureza necessariamente vinculada à religião? O preceito que deve pautar a conduta só tem validade quando relacionados à religião? Os fundamentos da moral são de caráter religioso? b) Historicamente, a moral nasceu junto com a religião, antecedeu a religião? Há quem afirme que a moral nasceu com a religião, nasceu da religião e se constituiu em território religioso; outros aventam a possibilidade e defendem a validade da moral científica. Isto é, da moral estabelecida por indução a partir da realidade e do meio onde o homem vive, e não deriva por dedução a partir de dogmas religiosos ou de teses filosóficas que, entre esses últimos, figura Anísio Teixeira discípulo e defensor de Jonh Dewey. 4. objetivo da pesquisa: a) Comprovar o fato da fusão entre moral e religião. Consultar nesta primeira fase, tratados gerais de história e filosofia; b) Comprovar a relevância e a atualidade do problema quer para esclarecimento teórico, quer pelos aspectos práticos. c) Definir o pensamento de Anísio Teixeira a respeito da moral científica, comprovando, através de textos, como ele entendeu e como procurou fundamentá-la. A presente coleta de material será utilizada no corpo do presente trabalho. 5. O projeto definido o será elaborado ao final desta fase de pesquisa após a coleta e análise de todo material previsto neste projeto provisório. Projeto Definitivo Monta-se o projeto definitivo quando nada mais houver a pesquisar e a esclarecer como um rascunho mais desenvolvido, com uma indicação a cada passo, das fichas que devem ser inseridas. Atenção: a ordem do projeto não obedecerá necessariamente a ordem da pesquisa, mas a linha das idéias em perfeita ordem para a redação final. Redação Final a) Depois do trabalho de documentação, denominado heurística, depois do trabalho de crítica, denominado Hermenêutica e depois da seleção do material dentro de um plano concreto e definido, esboçado no resumo final, o pesquisador passa a professor que ensina, a redator que escreve para defender a própria pesquisa. b) Há normas técnicas para a redação de um trabalho de pesquisa assim como para a redação de qualquer outro trabalho: estrutura lógica do texto, isto é, começo, meio e fim. Introdução, Desenvolvimento e Conclusão. Introdução: a introdução tem por finalidade apresentar o problema que vai estudar, acenar para o seu estágio de desenvolvimento e para a relevância da pesquisa realizada. Deve conter os seguintes itens: a) Apresentação sumária do conteúdo (status questionis), isto é, estágio de desenvolvimento do assunto mediante referência a tudo o que já se escreveu sobre ele;

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b) Referencia às possibilidades de contribuição da pesquisa ao fim que se propõe; c) Enfoque da idéia central que presidiu a pesquisa e do roteiro obedecido para atingir este propósito; d) Delimitação clara do campo da pesquisa. Cumpre observar que a introdução deve ser bem cuidada. Embora apareça no início do trabalho e, é a última parte a ser definitivamente redigida. Tem como característica principal a brevidade a segurança e a modéstia, isto é, deve acenar para o histórico da questão, as partes do corpo do trabalho. "O bom artista se conhece logo pela sua entrada em cena". Desenvolvimento: Constituem a parte mais extensa. Tem por objetivo desenvolver a idéia principal, analisando-a, ressaltando os pormenores mais importantes, discutindo hipóteses divergentes e demonstrando através de documentação (citando-as). Os títulos das partes, dos capítulos e de cada item devem exprimir clara, direta e precisamente a idéia principal nele contida. E todas as partes devem estar articuladas logicamente, a partir das idéias principal que gera a visão harmoniosa e equilibrada do todo. Conclusão: A conclusão é a foz da pesquisa; é o ponto para o qual convergem os passos da análise, da discussão, da demonstração, a busca de incorporação de um todo maior. A conclusão deve ser breve, deve ser preparada tomando como base o corpo do trabalho. Tem como finalidade reafirmar sinteticamente a idéia principal e os pormenores mais importantes em plena luz do corpo do texto. Aspectos Gráfico e Material de Redação O objetivo da presente abordagem é contribuir para a maior uniformidade e correção técnica na apresentação técnica e na apresentação de trabalhos escolares. a) Ao redigir um trabalho o autor deve proceder como se estivesse preparando os originais de um livro a serem encaminhados para edição tipográfica. A boa impressão é de fundamental importância. b) O papel deve ser de boa qualidade e de tamanho A4. O texto deve ser digitado em espaço 1,5, com margens: - Superior – 3,5 cm. - Inferior – 2,5 cm. - Direita – 2,5 cm. - Esquerda – 4,0 cm.

Elaboração de um projeto de pesquisa

O projeto de pesquisa visa à ordenação de uma pesquisa científica de tal maneira que viabilizem sua execução. O alcance do assunto pesquisado será determinado por alguns parâmetros científicos, que servirão de guia para o pesquisador expor suas reflexões de forma racional e compreensível. A pesquisa científica precisa ser planejada antes da sua execução. Lakatos defende que o projeto a partir de uma das etapas componentes do processo de elaboração, é a execução e a apresentação da pesquisa, sendo esse planejamento realizado com extremo rigor; pois poderá levar o pesquisador para caminhos em que encontrará dificuldades para solucionar ou apresentar uma solução condizente com seu raciocínio. Portanto é imprescindível a elaboração de um projeto de pesquisa como ponto de partida para o trabalho científico. Não se podem abandonar os preceitos teóricos que cercam uma investigação científica. Todo o processo exige uma comprovação dos dados apresentados e detalhamento do raciocínio do pesquisador para evidenciar sua proposta de deixar claro, desde o projeto, quais são os objetivos, a determinação do problema da pesquisa, a hipótese de que a elaboração do relatório final resultará. Antes da redação de um projeto de pesquisa, é importante que se faça uma pesquisa inicial para colher informações sobre o assunto a ser pesquisado. E isso beneficia o pesquisador, uma vez que aprimora seu conhecimento acerca do assunto e apresenta em qual estágio de

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desenvolvimento com que se encontra o tema, bem como uma melhora no ordenamento de sua proposta. Antes da execução de qualquer atividade, é necessária a realização de um planejamento. No entanto, muitos pesquisadores acham que isso pode ser dispensado e que as dificuldades para a elaboração de um projeto de pesquisa pode causar desmotivação. Somente a experiência lhes mostra que uma pesquisa iniciada sem projeto implica ações do tipo tentativas e erro, que não deixa opções para eles vencerem os obstáculos que surgem e, nem tão pouco, permite demonstrar a clareza de seu objetivo e as razões para sua pesquisa. Isso os torna inseguros e reduplica seu esforço inicial, uma vez que cada barreira representa uma retomada do passo anterior, sem definição do que está sendo realizado. Em suma, o projeto de pesquisa dá ao pesquisador a oportunidade de conciliar os mais diferentes elementos que cercam uma pesquisa científica e, ao mesmo tempo, torna possível a identificação de prováveis obstáculos no transcorrer dessa investigação. Além disso, oferece soluções possíveis por intermédio da determinação de preceitos metodológicos e da especificação dos parâmetros intrínsecos ao assunto, isto é, da definição aos termos da pesquisa que evidencia o significado destes para aquela. Verificando a literatura que trata da elaboração de um projeto de pesquisa, é possível verificar que as diversas propostas para tal realização apresentam alguns pontos coincidentes. Na proposta aqui apresentada, procura se evidenciar alguns dos mais significativos itens de um projeto de pesquisa, de maneira a tornar as elaborações, objetivas, claras e de fácil compreensão tanto para o pesquisador quanto para o orientador da pesquisa.

Estrutura do Projeto de Pesquisa

Apesar de haver uma série de formulações de projeto de pesquisa é, preciso que o pesquisador saiba que a estrutura apresentada tem sido utilizada nos últimos anos com grande aproveitamento por grande parte dos pesquisadores orientados e pelos professores. A critério do orientador, o projeto de pesquisa pode incluir ou suprimir alguns elementos, para que ocorra uma aproximação do projeto com um assunto da pesquisa. Durante a elaboração da redação do projeto ou de qualquer pesquisa científica, a linguagem empregada deve ser impessoal, e evitando o uso de termos como: „eu acho‟; „meu/minha‟; „e mostro com isso que...‟ e 'a pesquisa mostra que...‟ A estrutura de um projeto de pesquisa é composta dos elementos a seguir e, são discutidos como exemplo:

1. Tema 2. Justificativa do Tema 3. Objetivo Geral 4.Objetivo Específico 5. Formulação do Problema da Pesquisa 6. Formulação da Hipótese da Pesquisa 7. Metodologia da Pesquisa 8. Definição dos Termos da Pesquisa 9. Bibliografia

10. Cronograma 11. Custos

Ver exemplo no Apêndice

SÍNTESE DE ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE UM PROJETO DE PESQUISA

Prof. Gilberto de Andrade Martins

Projeto de pesquisa é um texto que define e mostra, com detalhes, o planejamento do caminho a ser seguido na construção de um trabalho científico de pesquisa. É um planejamento que impõe ao autor ordem e disciplina para execução do trabalho de acordo com os prazos estabelecidos. O projeto de pesquisa é necessário para seu autor:

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· Discutir suas idéias com colegas e professores em reuniões apropriadas. Iniciar contatos com possíveis orientadores. Participar de seminários e encontros científicos. Apresentar trabalho acadêmico à disciplina Metodologia da Pesquisa, ou assemelhadas. Solicitar bolsa de estudos ou financiamento para o desenvolvimento da pesquisa. Participar de concurso para ingresso em Programas de Pós-Graduação. Ser argüido por membros de bancas de qualificação ao mestrado ou doutorado.

Como enfatizado em aulas e textos sobre metodologia: leia, leia, leia,... , capítulos, livros, artigos etc. que tratam do assunto que você tem interesse e deseja estudar. Escolha, dentro do assunto, o tema-problema que será investigado. Seja criativo no recorte que dará ao seu tema, isto é: sob que ângulo, ou perspectiva você irá tratá-lo (esta é uma fase decisiva, portanto “queime energias”, não se contente com “qualquer tema”). Expresse o título de seu projeto de pesquisa. Lembre-se: um título bem colocado equivale a um projeto.

Não há um único figurino para se elaborar um projeto de pesquisa. Uma proposta e apresentada a seguir:

INTRODUÇÃO ou, se preferir, OBJETO DO ESTUDO

De forma discursiva (portanto, não itimizada), inicie colocando alguns antecedentes do assunto/tema/problema escolhido. Nesta seção você deverá contextualizar o tema que pretende investigar. Aponte tendências de ordem prática e teórica, pontos críticos e preocupações. Exponha suas justificativas e razões para a escolha do tema, e a perspectiva que pretende abordá-lo. Coloque as possíveis contribuições esperadas do estudo. Em síntese, caracterize o objeto de sua futura pesquisa. Enuncie os objetivos da pesquisa. Para tanto exponha respostas à pergunta: para que fazer a pesquisa? Inicie a redação dos objetivos colocando o verbo no infinitivo, por exemplo: caracterizar, buscar, aplicar, avaliar, determinar, enumerar, explicar, ... Se pertinente, enuncie as hipóteses que pretende testar. (Veja pg. 31 do GUIA)

REVISÃO DA BIBLIOGRAFIA - QUADRO TEÓRICO

Alguns autores denominam esta seção de revisão da literatura, outros como referencial teórico. Apresente o levantamento bibliográfico preliminar que dará suporte e fundamentação teórica ao estudo. Não se trata de uma relação de referências bibliográficas (nomes de livros, artigos e autores). Tente dar início à construção da moldura conceitual sobre o tema que será pesquisado, mostrando ligações entre a bibliografia a ser pesquisada e a situação problema que se pretende solucionar. Mencione - faça citações: transcrições ipsis litteris - apresente, e discuta pelo menos um estudo que tenha relação com o tema que você pretende desenvolver. Não confunda esta seção com uma carta de intenção dos textos que você pretende ler. (Veja pg. 29 e 30 do GUIA. Para citações pg. 68)

METODOLOGIA - Abordagem metodológica a ser empreendida

Justifique e descreva a abordagem metodológica que você pretende adotar – método científico e técnicas de pesquisa. Nesta seção você deverá explicar como irá fazer, conduzir, a sua pesquisa. Conforme a natureza da investigação, caracterize a população objeto do estudo, bem como o plano amostral que será desenvolvido. Também, conforme o caso, descreva o instrumento de coleta de dados. Se a pesquisa que se pretende desenvolver é experimental, nesta seção é detalhada a relação de equipamentos necessários.

ORÇAMENTO

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CRONOGRAMA

Coloque as principais atividades que serão realizadas, e as datas em que tais eventos acontecerão. Por exemplo:

Semana ou meses 1 2 3 4 5 ...

Atividades

Revisão da bibliografia X X X X X ...

Redação, etc. X X ...

...

BIBLIOGRAFIA

Referências bibliográficas utilizadas no trabalho, segundo as normas da ABNT.

Bibliografia:

MARTINS, Gilberto de Andrade. Manual para elaboração de monografias e dissertações. São Paulo: Atlas, 2000.

COMO REDIGIR TRABALHOS CIENTÍFICOS

Há quem afirme que estudantes de graduação, pós-graduação, jovens pesquisadores e

atividades e a ocupar os diferentes cargos, sejam administrativos ou de decisão. Isso é verdade, todavia eles precisam saber escrever corretamente, se pretendem alcançar êxito como pesquisadores e professores.

Os requisitos para a redação de trabalhos científicos e técnicos são os mesmos : clareza, inteireza, acuidade, simplicidade. Neste contexto, por conseguinte, a palavra cientista significa cientista e tecnólogo; e a expressão escrito científico abrange escritos científicos e escritos técnicos.

Escrever faz parte da Ciência. Não obstante, muitos cientistas e pesquisadores ( e pós-graduandos) deixem de receber treinamento na arte de escrever. Há uma certa ironia no fato de ensinarmos nossos alunos de pós-graduação e jovens pesquisadores a utilizarem instrumentos e técnicas, muitas das quais jamais farão uso em sua vida profissional e, paradoxalmente, não os ensinarmos a escrever, a transmitir os conhecimentos gerados. Escrever é o que eles precisam

tecnológos ou professores.

(Texto compilado e adaptado do Prefácio da obra "Os Cientistas Precisam Escrever - Guia de Redação para Cientistas, Engenheiros e Estudantes", de autoria de Robert Barrass, por Oswaldo Luiz Alves).

Bibliografia, em português, selecionada sobre o tema:

Robert Barrass, "Os Cientistas Precisam Escrever - Guia de Redação para Cientistas, Engenheiros e Estudantes", Ed. T.A. Queiroz e Editora USP, São Paulo, 1979 , 218 p.

A. da Gama Kury, "Elaboração e Editoração de Trabalhos de Nível Universitário" Fundação Casa de Rui Barbosa, Rio de Janeiro, 1980, 92 p.

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A. Magalhães, A. Houaiss, B. Silva et all., "Editoração Hoje", Ed. Fundação Getúlio Vargas, 2

ª Ed., Rio de Janeiro, 1981, 236 p.

Bibliografia, em inglês, selecionada sobre o tema :

D. L. Carrol, "How to Prepare your Manuscript for a Publisher", Marlowe & Company, New York, 1988, 102 p.

K. L. Turabion, "A Manual for Writers of Term papers, Thesis and Dissertations" Phoenix Books, University of Chicago Press, Chicago, 1960, 110 p.

M. S. Samuels, "The Technical Writing Process", Oxford Press, New York, 1989, 311 p.

H. E. Meyer and J. M. Meyer, "How to Write: Communicating Ideas and Information", Barnes & Noble Books, New York, 1993, 110 p.

Elaboração de Resumo: Dissertação, Artigo e Tese.

Prof. Gilberto de Andrade Martins

Trata-se da apresentação concisa de todos os pontos relevantes do trabalho. Visa fornecer elementos capazes para permitir ao leitor decidir sobre a necessidade de consulta integral do texto. O resumo deve ressaltar a problemática que se pretendeu solucionar e explicar; os objetivos; a abordagem metodológica empreendida; os resultados e as conclusões. Os resultados devem evidenciar, conforme os achados da pesquisa: o surgimento de fatos novos, descobertas significativas, contradições com teorias anteriores, bem como relações e efeitos novos verificados. O resumo deve ser composto de uma seqüência corrente de frases concisas, e não de uma enumeração de tópicos. Dar preferência ao uso da terceira pessoa do singular e do verbo na voz ativa. Deve-se evitar o uso de parágrafos, o uso de frases negativas, símbolos, fórmulas, equações e diagramas. O resumo é digitado com espaços simples entre linhas e deve abranger, no máximo, uma página.

Recomenda-se que os resumos tenham as seguintes extensões:

a) para notas e comunicações breves, até 100 palavras;

b) para monografias e artigos, até 250 palavras;

c) para dissertações e teses, até 500 palavras.

A versão do resumo para a língua inglesa é o abstract.

Bibliografia:

MARTINS, Gilberto de Andrade. Manual para elaboração de monografias e dissertações. São Paulo: Atlas, 2000.

CITAÇÕES

Em um trabalho científico devemos ter sempre a preocupação de fazer referências precisas às idéias, frases ou conclusões de outros autores, isto é, citar a fonte (livro, revista e todo tipo de material produzido gráfica ou eletronicamente) de onde são extraídos esses dados.

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As citações podem ser:

diretas, quando se referem à transcrição literal de uma parte do texto de um autor, conservado-se a grafia, pontuação, idioma etc. (também são chamadas de citações diretas), devem ser registradas no texto entre aspas;

indiretas, quando são redigidas pelo(s) autor(es) do trabalho a partir das idéias e contribuições de outro autor (podem ser chamadas também de citações indiretas), portanto, consistem na reprodução do conteúdo e/ou idéia do documento original; devem ser indicadas no texto com a expressão: conforme ... (sobrenome do autor).

As citações fundamentam e melhoram a qualidade científica do trabalho, portanto, elas têm a função de oferecer ao leitor condições de comprovar a fonte das quais foram extraídas as idéias, frases ou conclusões, possibilitando-lhe ainda aprofundar o tema/assunto em discussão. Têm ainda como função, acrescentar indicações bibliográficas de reforço ao texto. As fontes podem ser:

primárias: quando é a obra do próprio autor que é objeto de estudo ou pesquisa;

secundária: quando trata-se da obra de alguém que estuda o pensamento de outro autor ou faz referência a ele.

Conforme a ABNT (NBR 6023), as citações podem ser registradas tanto em notas de rodapé chamadas de Sistema Numérico, como no corpo do texto, chamado de Sistema Alfabético.

Na Universidade Anhembi Morumbi, faremos o registro de citações pelo Sistema Alfabético, que coloca, imediatamente após as aspas finais do trecho citado, os elementos entre parênteses no corpo do texto. Os elementos são:

sobrenome do autor em letras maiúsculas;

data da publicação do texto citado;

página(s) referenciada(s)

Exemplo: (SEVERINO, 2000, p. 190) A primeira vez que uma obra é citada, deve-se fazer a citação seguindo-se o modelo acima; nas subseqüentes, se não houver obra de outro autor entre uma e outra, elas podem aparecer antecedidas das expressões latinas:

ibidem (ou ibid.): quando a citação for do mesmo autor e mesma obra;

idem (ou id.): quando a citação for do mesmo autor e obra diferente.

Exemplo: (Ibidem, p. 201) ou (Ibid., p. 201) (Idem, 1998, p. 42) ou (Id., 1998, p. 42) Quando se utiliza uma fonte secundária, emprega-se a expressão apud (junto a, em), da seguinte forma: Exemplo: (DEMO apud BEHRENS, 1998, p. 32)

CITAÇÕES DIRETAS

CITAÇÕES INDIRETAS

CITAÇÕES MISTAS

CITAÇÕES DIRETAS Curtas As citações curtas, com até 3 linhas, deverão ser apresentadas no texto entre aspas ou em itálico e ao final da transcrição, faz-se a citação. Exemplo 1:É neste cenário, que (...) a AIDS nos mostra a extensão que uma doença pode tomar no espaço público. Ela coloca em evidência de maneira brilhante a articulação do biológico, do político, e do social (HERZLICH e PIERRET, 1992, p. 7).

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Exemplo 2: Segundo Paulo Freire, "transformar ciência em conhecimento usado apresenta implicações epistemológicas porque permite meios mais ricos de pensar sobre o conhecimento..." (1994, p. 161). Longas As citações longas, com mais de 3 linhas, deverão ser apresentadas entre aspas ou em itálico, separadas do texto por um espaço. O trecho transcrito é feito em espaço simples de entrelinhas, fonte tamanho 10, com recuo de 4 cm da margem esquerda. Ao final da transcrição, faz-se a citação. Exemplo: O objetivo da pesquisa era esclarecer os caminhos e as etapas por meio dos quais essa realidade se construiu. Dentre os diversos aspectos sublinhados pelas autoras, vale ressaltar que:

(...) para compreender o desencadeamento da abundante retórica que fez com que a AIDS se construísse como 'fenômeno social', tem-se freqüentemente atribuído o principal papel à própria natureza dos grupos mais atingidos e aos mecanismos de transmissão. Foi construído então o discurso doravante estereotipado, sobre o sexo, o sangue e a morte (...) (HERZLICH e PIERRET, 1992, p.30).

CITAÇÕES INDIRETAS Reproduz-se a idéia do autor consultado sem, contudo transcrevê-la literalmente. Nesse caso, as aspas ou o itálico não são necessários, todavia, citar a fonte é indispensável. Exemplo 1:De acordo com Freitas (1989, p. 37), a cultura organizacional pode ser identificada e aprendida através de seus elementos básicos tais como: valores, crenças, rituais, estórias e mitos, tabus e normas. Exemplo 2: A cultura organizacional pode ser identificada e aprendida através de seus elementos básicos tais como: valores, crenças, rituais, estórias e mitos, tabus e normas. Existem diferentes visões e compreensões com relação à cultura organizacional. O mesmo se dá em função das diferentes construções teóricas serem resultantes de opções de diferentes pesquisadores, opções estas que recortam a realidade, detendo-se em aspectos específicos (FREITAS, 1989, p. 37). Exemplo 3:É na indústria têxtil de São Paulo que temos o melhor exemplo da participação da família na divisão do trabalho. A mulher, neste setor, tem uma participação mais ativa na gestão dos negócios e os filhos um envolvimento precoce com a operação da empresa da família. (DURAND apud BERHOEFTB, 1996, p. 35). Exemplo 4:Pescuma e Castilho (2001, p. 36) apresentam detalhadamente a utilização da Internet como fonte de pesquisa. CITAÇÕES MISTAS Diz respeito à utilização de expressões ou termos utilizados por outros autores inseridos no trabalho. Neste caso, apenas a expressão ou termo é colocado entre aspas ou em itálico. A citação da fonte continua sendo indispensável. Exemplo : O papel do pesquisador é o de servir como veículo inteligente e ativo (LÜDKE e ANDRÉ, 1986, 11) entre esse conhecimento acumulado na área e as novas evidências que serão estabelecidas a partir da pesquisa.

CONSTRUÇÃO DE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Prof. Gilberto de Andrade Martins

Para que serve a normalização?

A utilização de normas técnicas na elaboração de TRABALHOS ACADÊMICOS é fundamental para facilitar a comunicação e o intercâmbio da informação.

No Brasil existe a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, que é o fórum nacional de normalização. Esse órgão é responsável pela emissão de todas as normas técnicas

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brasileiras. A norma brasileira que padroniza as referências bibliográficas é a norma NBR-6023 (revisada em ago/2000), cujo resumo apresentaremos a seguir:

O que é uma referência bibliográfica?

“Referência Bibliográfica é o conjunto de elementos que permite a identificação, no todo ou em parte, de documentos impressos ou registrados em diversos tipos de material”.(NBR-6023)

Quando se utiliza uma referência bibliográfica?

Após a elaboração de qualquer trabalho de pesquisa, devem-se indicar todas as fontes efetivamente utilizadas. Relacionam-se as referências bibliográficas em lista própria, numerada seqüencialmente, em ordem alfabética de sobrenome de autor e título. Esta lista vai ao final do trabalho, com o nome de bibliografia. Quando o autor entender necessário são relacionadas duas listas de referências bibliográficas: bibliografia consultada e bibliografia recomendada.

Como se constrói uma referência bibliográfica?

Geralmente, inicia-se a entrada pelo último sobrenome do autor seguidos dos prenomes (exceto sobrenomes compostos), da mesma forma como consta do documento. Quando não houver autoria (pessoal ou entidade), inicia-se pelo título. Nas explicações para composição das referências atentar para:

(1) As setas referem-se ao número de espaços que devem ser dados. (2) Pode-se utilizar negrito, itálico ou sublinhado para o título. (3) Quando se tratar de obras consultadas on-line, são essenciais as informações sobre o endereço eletrônico, apresentado entre os sinais < >, precedido da expressão: “Acesso em:”.

a) Referência para livro

SOBRENOME DO AUTOR, Nome.¯Título do livro:¯subtítulo.¯Local de publicação (cidade):¯Editora,¯data.¯Número de páginas ou volumes.¯(Nome e número da série)

Ex.: SCHAFF, Adam. História e verdade. São Paulo: Martins Fontes, 1992. 93 p.

b) Capítulo (ou parte) de livro

AUTOR DO CAPÍTULO.¯Título do capítulo.¯In: AUTOR DO LIVRO.¯Título: ¯Subtítulo do livro.¯no edição.¯Local de publicação (cidade): ¯Editora, ¯ano.¯Volume, ¯capítulo. ¯Páginas inicial-final da parte.

Ex: WOOD, E. Planejamento estratégico e o processo de marketing In: SILVEIRA, Antonio. Marketing em bibliotecas e serviços de informação. Brasília: IBICT, 1987. P.65-82.

b.1) Em meio eletrônico

Ex.: WOOD, E. Planejamento estratégico e o processo de marketing In: SILVEIRA, Antonio. Marketing em bibliotecas e serviços de informação. Brasília: IBICT, 1987. Disponível em <http//www.bdt.org.br/sma/entendendo/ atual.htm>. Acesso em: 8 mar. 1999.

c) Periódicos (revistas) consideradas no todo

TÍTULO DO PERIÓDICO.¯Local de publicação (cidade): ¯Editor, ¯volume, ¯número, ¯mês ¯ano.

Ex.: CIÊNCIA HOJE. São Paulo: Sociedade brasileira para o progresso da ciência, v.27, no160, jun.2001.

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d) Artigos de periódicos (revistas)

AUTOR¯Título do artigo.¯Título do periódico,¯local de publicação (cidade),¯no fascículo, ¯páginas inicial-final,¯mês¯ano.

Ex.: DAL PINO, Elizabete Gouveia. As fornalhas do universo. Ciência Hoje. São Paulo, v.27, no160, p.30-37, maio 2001.

d.1) Em meio eletrônico

Ex.: SILVA, M. M. L. Crimes da era digital. Net, Rio de Janeiro, nov. 1998. Seção Ponto de Vista. Disponível em: <http://www.brazilnet.com.br/contexts/brasilrevista.htm>. Acesso em 10 nov. 2001.

e) Artigos de jornal

AUTOR.¯Título do artigo.¯Título do jornal,¯Local,¯dia,¯mês¯ano.¯No ou título do caderno, ¯seção ou suplemento,¯páginas inicial-final.

Ex.: AZEVEDO, D. O presidente convida igrejas cristãs para um diálogo sobre o pacto. Folha de São Paulo, São Paulo, 22 out. 1999. Caderno economia, p.13.

e.1) Em meio eletrônico

Ex.: AZEVEDO, D. O presidente convida igrejas cristãs para um diálogo sobre o pacto. Folha de São Paulo, São Paulo, 22 out. 1999. Disponível em: <http://www.providafamilia.org/pena_morte_nascituro.htm>.Acesso em: 22 out. 1999.

f) Documentos de eventos (congressos, seminários e encontros)

AUTOR DO TRABALHO APRESENTADO.¯Título do trabalho.¯In:¯NOME DO EVENTO,¯n.,¯data,¯local.¯Anais... ou Resumos... ou Proceedings...¯Local:¯Editora,¯data. ¯Páginas inicial-final do trabalho.

Ex.: BRAYNER, A R.; MEDEIROS, C.B. Incorporação do tempo em SEBD orientado a objetos. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE BANCO DE DADOS, 9., 1994, São Paulo. Anais... São Paulo: USP, 1994, p.16-24.

f.1) Em meio eletrônico

Ex.: SILVA. R. N.; OLIVEIA, R. Os limites pedagógicos do paradigma da qualidade total na educação. In: CONGRESSO DE IENTIFICAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPE, 4., 1996, Recife. Anais eletrônicos... Recife: UFPE, 1996. Disponível em: <http://www.propesq.ufpe.br/anais/anais/educ/ce02.htm>. Acesso em: 21 jan. 1997.

g) Teses de doutorado / Dissertações de mestrado

SOBRENOME,¯Nome.¯Título:¯subtítulo.¯Data.¯Volume ou páginas.¯Tese ou dissertação ¯(grau e área de concentração)¯–¯Unidade de Ensino ou nome da escola,¯instituição,¯local.

Ex.: BARCELOS, M.F.P. Ensaio tecnológico, bioquímico e sensorial de soja e guandu enlatados no estágio verde de maturação de colheita. 1998. 160 f. Tese (Doutorado em Nutrição) – Faculdade de Engenharia de Alimentos, Universidade Estadual de Campinas, Campinas.

h) Legislação

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NOME DO PAÍS, ESTADO OU MUNICÍPIO.¯Nome do Ministério ou Secretaria.¯Título (especificando o tipo e o n. da legislação, dia, mês e ano da assinatura ou promulgação). ¯Título do jornal ou da coletânea,¯local,¯n. do volume,¯n. do fascículo,¯página,¯dia,¯mês ¯ano da publicação.¯Seção ou parte.

Ex.: BRASIL. Medida provisória n. 1.569-9, de 11 de dezembro de 1997. Estabelece multa em operações de importação, e dá outras providências. Diário Oficial (da) República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 14 dez. 1997. Seção 1, p. 29514.

i) CD-Rom’s (no todo)

SOBRENOME,¯NOME (ou INSTITUIÇÃO ou entrada pelo TÍTULO se não houver autoria).¯Título:¯subtítulo.¯Local:¯Editora ou produtor,¯data.¯Descrição física.

Ex.: EMBRAPA. Pantanal: um passeio pelo paraíso ecológico. Rio de Janeiro: Sony Music, 1990. 1 CD-ROM.

j) Videocassete (fita de vídeo)

TÍTULO Principal ¯Diretor ou Produtor ou Coordenador.¯Local:¯Produtora,¯data. ¯Descrição física com detalhes de no de unidades,¯duração em minutos,¯sonoro ou mudo, ¯legendas ou dublagem,¯colorido ou preto e branco,¯dimensão em milímetros ou polegadas,¯sistema de gravação.¯Série, se houver.¯Notas especiais.

Ex.: ENERGIA nuclear. São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil, s.d. 1 fita de vídeo (24 min), VHS, son., color.

l) Mapas

ENTIDADE. ou SOBRENOME,¯Nome do autor ou responsável.¯Título.¯Local:¯Editora, ¯data.¯Identificação do material,¯detalhes físicos como cor,¯dimensões,¯escala.

Ex.: SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Economia e Planejamento. Instituto Geográfico e Cartográfico. Regiões de governo do Estado de São Paulo: IEC, 1990. 1 mapa, color., 70cm X98cm. Escala 1:500.000

m) Enciclopédia e dicionários

(1) NOME da enciclopédia.¯Local de publicação:¯Editora,¯data.¯Volume ou páginas.

Ex.: ENCICLOPÉDIA Delta. Rio de Janeiro: Delta, 1975. v.5

(2) AUTOR DO CAPÍTULO.¯Título do capítulo.¯In:¯Título.¯Local de publicação:¯editora, ¯data.¯Páginas inicial-final do capítulo.

Ex.: FREIRE, J.G. Pater famílias. In: ENCICLOPÉDIA Luso-Brasileira Cultura Verbo. Lisboa: Editorial Verbo, 1971. p.237.

(3) SOBRENOME,¯Nome.¯Título de dicionário.¯Edição.¯Local de publicação:¯Editora, ¯data.¯Volume ou páginas Ex.: AZEVEDO, Domingos. Grande dicionário português/francês. 9. ed. Lisboa: Bertrand, 1989. v.2.

(4) SOBRENOME,¯Nome.¯Título:¯subtítulo.¯Local:¯Editora,¯data.¯Total de páginas, ¯ilustrado, quando for.¯Série, se existir.¯Notas especiais.

Page 25: Apostila MetodologiaFinal

25

Ex.: GUIA Abril do Estudante. São Paulo: Abril, 2000. 262p. il.

(5) SOBRENOME,¯Nome.¯Título:¯subtítulo.¯Local:¯Editora,¯data.¯Série, quando existir. ¯Notas especiais.

Ex.: ALMANAQUE Abril. São Paulo: Abril, 1998.

m.1) Em meio eletrônico

Ex.: ENCICLOPÉDIA Delta. Rio de Janeiro: Delta, 1975. v.5. Disponível em: <http:www.prodal-sc.com.br/ciberjur/html>. Acesso em: 29 nov. 1999.

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Page 31: Apostila MetodologiaFinal

31

GRUPOS DE ESTUDOS E PROJETOS COMO INSTRUMENTO AO ENSINO E À PESQUISA COM ALUNOS DE GRADUAÇÃO

Dawson Tadeu Izola. M.Sc1

1 Mestre em Engenharia Mecânica pela EESC-USP, Tecnólogo em Mecânica de Precisão pela FATEC-SP. Doutorando em

Engenharia Mecânica na EESC-USP. Coordenador de Equipe do Grupo de Estudos e Projetos “Lenda Pesquisa Educativa” da Fatec-SP

Faculdade de Tecnologia de São Paulo. Caixa Postal 2191 – CEP 01060-970 – São Paulo – SP E-mail [email protected] RESUMO

O mercado de trabalho, hoje globalizado, tem exigido cada vez mais do profissional. Desta forma, o aluno que conclui um curso superior e vai para o mercado de trabalho, enfrenta um grande desafio, que é mostrar, antes da sua contratação, a sua competência e capacidade. As empresas, não mais procuram um profissional para comandar determinadas atividades. A necessidade é de um profissional que identifique os problemas e sobretudo seja capaz de buscar, dentro da sua formação, a solução. Várias Instituições de Ensino tem adotado sistemas de empresa-escola que visam familiarizar o aluno com as atividades que ele irá desempenhar quando deixar a Universidade. Experiências como as Empresas Juniores e Grupos de Pesquisas tem se mostrado como uma grande diferenciação na formação de novos profissionais. Atividades de formação profissional, são hoje, em muitas universidades, parte integrante da formação dos alunos, alguns vêm na forma de projetos de fim de curso e participação de consultorias com a orientação de professores. Não resta a menor dúvida que somente aqueles alunos que se envolvem com projetos práticos é que conseguem passar da visão bidimensional da lousa onde tudo funciona, para a visão tridimensional da prática, onde a experiência é fator determinante. Palavras Chave: Grupos de Pesquisa, Ensino, Aperfeiçoamento.

STUDY GROUPS AND PROJECT GROUPS

AS AN INSTRUMENT IN THE TEACHING OF RESEARCH TO UNDERGRADUATE STUDENTS

ABSTRACT

The labour market, today globalized, has been demanding more and more from the

professional. In this way, the student that concludes a course at university level and is about to enter the labour market faces a great challenge, that is to show at his recruiting, his competence and capacity. The companies, not longer seek a professional to command certain activities. The need is for a professional that identifies the problems and above all is capable of looking for, within his undergraduate studies, the solution that he needs. Several teaching institutions been adopting company internal education systems that seek to familiarise the student with the activities that he will carry out when he/she leaves the University. Experiences such as Junior Enterprises and research groups have been shown as a beneficial differentiation in the formation of new professionals. Activities including professional formation, are today, included by a large number of universities and are an integral part of the students' formation. Some come in the form of end of course projects and participation in consultations with the teachers' orientation. There does not remain the least doubt that only those students that finish having had practical projects are those that get to pass beyond the bidimensional vision of the blackboard where everything works, to the three-dimensional vision of practice, where experience is the decisive factor. Keywords: Groups of Research; Teaching; Improvement.

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1. HISTÓRICO

A Fatec-SP – Faculdade de Tecnologia de São Paulo, inovou, quando introduziu no seu regimento os GEP‟s – Grupos de Estudos e Projetos. A idéia inicial era manter uma atividade acadêmica, introduzindo alunos e professores no caminhar científico. Os GEP‟s, são responsáveis por agregar alunos e professores em projetos de Iniciação Científica.

A criação dos GEP‟s previa um orçamento mínimo para o fomento dos projetos. Cerca de 48 Grupos foram criados, com propostas desde a melhoria na construção civil até projetos sofisticados envolvendo automação utilizando equipamentos de última geração.

As agências de fomento, que normalmente financiam projetos acadêmicos restringiram a ajuda que seria oferecida aos GEP‟s da Fatec-SP, principalmente pelo fato da Fatec, naquela ocasião, ser uma Instituição voltada mais para o domínio tecnológico e mercado de trabalho. O Grupo Lenda Pesquisa Educativa, fundado oficialmente na Fatec em 1992, por se tratar de um Grupo, naquela época, composto apenas por alunos, não podia contar com o financiamento das agências de fomento, onde se exige determinada titulação dos participantes.

O Grupo Lenda passou então a buscar alternativas para financiar os projetos de iniciação na área aeronáutica. A primeira meta foi produzir em forma de manuais os estudos que estavam sendo desenvolvidos, assim conseguiu-se publicar um manual didático, que comercializado se transformou na primeira fonte de renda do Grupo. Esta iniciativa fez com que todos os esforços do Grupo fossem direcionados para a produção de material didático e produtos educativos. Com a alternativa de comercialização de produtos didáticos a responsabilidade da Instituição se limitou a fornecer o espaço físico e o acesso aos laboratórios da Instituição, assim o Grupo Lenda não interferia no orçamento da Instituição, pois passou a prover os seus próprios recursos. A cada projeto concluído, passou-se a ter um orçamento para um projeto futuro, como apresenta IZOLA(1993).

Outra forma utilizada para capitar recursos, foram as parcerias com empresas, que além de proporcionar ao aluno experiência prática, pode também determinar uma situação real de projeto. Alguns projetos desenvolvidos para empresas podem também ser utilizados em laboratórios da Instituição, como é discutido por DEMING(1995)O objetivo principal do Grupo é treinar e preparar o aluno para a vida acadêmica, desta forma a cada ano são publicados trabalhos em Congressos Científicos. Nestes seis anos de atividade na Fatec-SP o Grupo Lenda desenvolveu diversos projetos, além de participar de mostras de ciência, onde o nome da Fatec-SP foi divulgado perante um público extremamente qualificado. Além dos Congressos, o Grupo Lenda da Fatec-SP, também mantém um sistema de divulgação em revistas de banca, em troca de publicidade, assim a cada matéria técnico escrita tem-se um espaço para divulgar os manuais didáticos, fonte de receita para a realização de projetos.

2. INTRODUÇÃO

A atividade do aluno em Grupos de pesquisa tem-se mostrado como uma eficiente ferramenta de aprendizado. Por intermédio das pesquisas o aluno coloca em prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula.

Uma pesquisa recente com empresas da área de exatas demonstrou que o setor de RH tem preferido alunos para estágios que já possuam no seu Curriculum uma experiência junto às atividades extracurriculares, como Iniciação Científica, Empresa Juniores e Grupos de Estudos. Este resultado é facilmente compreendido, pois é muito mais rápido para um profissional se adaptar a uma função quando ele já exerceu algo parecido, principalmente no período da graduação, onde o cotidiano das aulas acaba tolhendo a sua criatividade e vocações.

Os Grupos de Pesquisas, são uma alternativa simples e de baixo custo para introduzir o aluno no pensar organizado do mercado de trabalho ou da vida acadêmica como demonstra CHALMERS(1994).

Os Grupos de Pesquisas, além de terem suas próprias atividades podem também exercer papel importante na montagem de laboratórios, projetando e construindo equipamentos para serem utilizados em aula. Vale ressaltar que estes equipamentos acabam por ter um custo muito baixo, pois serão utilizados a infra-estrutura da escola e uma mão-de-obra, que apesar de ser qualificada, é de baixo custo. Assim um Grupo de Pesquisa que estuda automação, pode facilmente construir um laboratório de robótica, um Grupo na área aeronáutica pode equipar um laboratório de mecânica dos fluidos e aerodinâmica.

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33

3. DESCRIÇÃO DO MÉTODO

Os Grupos de Estudos e Projetos são estruturas simples, onde a Instituição de Ensino que hospeda estas atividades despendem do mínimo possível. A única necessidade que pode interferir na Instituição é o local físico, cerca de dez metros quadrados, com duas mesas e pelo menos um computador, para edição de manuais e artigos.

O tema de trabalho ficará a cargo do Grupo e do professor orientador. As atividades normalmente são determinadas pelo próprio curriculum da Universidade, pois são nas disciplinas que o aluno encontrará motivação para aprofundar em determinados assuntos, como apresentado em MARQUES(1998).

A equipe é composta por um professor orientador, por um aluno que é coordenador discente e por pelo menos mais quatro estagiários. A remuneração do professor é através de horas/atividades e dos alunos com bolsas de Iniciação Científica fornecidas pelas agências de fomento ou pela própria Universidade.

No início das atividades tem-se a necessidade de um pequeno comprometimento financeiro por parte da Instituição, para que se possa realizar o primeiro estudo e com ele prover recursos para os trabalhos futuros.

A organização das atividades dos Grupos de Pesquisa deve obedecer a uma diretoria para assuntos administrativos e técnicos. Esta diretoria comporia uma comissão formada pelos professores orientadores e alunos coordenadores discentes de cada Grupo. Nesta estância serão apresentados as propostas de realização de trabalhos e relatórios de atividades. As propostas serão encaminhadas no início de cada ano letivo e julgadas pela comissão. O critério para aprovação deve se restringir às necessidades e materiais para a realização do projeto e não pelo mérito do projeto, tendo a Instituição condições materiais necessárias o projeto deve ser aprovado.

No final do ano letivo cada Grupo deve apresentar o relatório de atividades comparativo com a proposta apresentada no início. A comissão julgará o trabalho e concederá ou não autorização para o Grupo continuar as suas atividades.

4. RESULTADOS

Nas figura 1 e 2 tem-se a evolução das atividades desempenhadas pelo grupo de pesquisa. Com a motivação de novos alunos, consegue-se aumentar o número de projetos e consequentemente amealhar maiores recursos financeiros.

Produção acadêmica

0

2

4

6

8

10

12

14

1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998

Ano

(n)

Publicações em

Congressos

Manuais publicados

Livros publicados

Projetos

desenvolvidos

Figura 1 – Produção acadêmica

A cada Congresso Científico em que o grupo se inscreve, consegue-se motivar e treinar novos componentes do grupo, assim em futuras oportunidades eles estarão apresentando os seus próprios trabalhos em Congressos Científicos.

Quando a atividade do grupo alcança uma determinada repercussão, consegue-se uma divulgação junto às empresas que têm atividades afins com o grupo, o que resulta em convites

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para trabalhos em conjunto. Estas consultorias, além de treinar aluno e professor reverte para o grupo recursos financeiros para novos projetos, como é discutido em PETEROSSI(1997).

A realização de palestras em escolas do segundo grau tem se mostrado como uma importante ferramenta de divulgação científica e da Instituição sede, o que muitas vezes, acaba por incentivar pessoas a escolherem determinada carreira ou curso.

Produção Tecnológica

0

2

4

6

8

10

12

14

1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998

Ano

(n)

Matérias em revista

de banca

Consultorias

Palestras

Pedidos de Patentes

Figura 2 – Produção tecnológica

A iniciativa de se criar uma atividade com alunos é algo que acaba por motivar os que observam neste tipo de evento uma possibilidade para melhorar as suas aptidões, além de melhorar as suas chances depois de formado. Na figura 3 tem-se a evolução do número de componentes do grupo da Fatec-SP.

Componentes

0

5

10

15

20

1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998

Ano

(n)

Componentes

Figura 3 – Evolução do número de componentes do grupo da Fatec-SP

Com objetivo de divulgar as atividades em que o grupo de pesquisa está envolvido em cada ano junto ao público interessado e às Universidades e Institutos de Pesquisas é publicado a cada dois meses uma revistinha onde é apresentado os trabalhos que estão sendo objeto de estudo. Além de ser um canal de comunicação onde o grupo recebe sugestões e críticas sobre o trabalho, esta revistinha é oportunidade para que outros pesquisadores possam divulgar em forma de conhecimento geral, os seus trabalhos. Na figura 4 tem-se a evolução do recebimento de correspondência desde o início das atividades.

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35

Correspondências

0

500

1000

1500

2000

1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998

Ano

(n)

Correspondências

Figura 4 – Evolução do número de correspondências recebidas anualmente

5. CONCLUSÃO

As atividades desempenhadas nos Grupos de Pesquisa tem-se mostrado como um bom instrumento para o aperfeiçoamento do aluno e como agente motivador, visto que o aluno pode dedicar um tempo para realizar projetos do seu interesse e vocação.

Para as Instituições as atividades como os Grupos de Pesquisa são fundamentais para o aperfeiçoamento do seu corpo docente, pois a cada projeto desenvolvido o orientador adquire novos conhecimentos.

Os Grupos de Pesquisas são também importante instrumento de divulgação para a Instituição, o público externo fica impressionado quando lê matérias a respeito de atividades acadêmicas desenvolvidas em Universidades, isto acaba por motivar o seu interesse por determinada carreira ou curso.

As grandes Instituições utilizam a produção científica como agente quantificador da qualidade de ensino, e não é para menos, pois não há como publicar um artigo sem que a pesquisa tenha sido realizada, além do que Congressos Científicos congregam especialistas e formadores de opinião.

Os assuntos estudados são temas de palestras e mostras de ciência em escolas e outras Instituições, onde o nome da Instituição sede é divulgado.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHALMERS, Alan. 1994, A fabricação da ciência. Editora da Unesp. 185p.

DEMING, W. E. 1995, The new economics, for industry, government, education. Cambridge, Ma., Massachusets Institute of Technology, Center for Advanced Engineerings Study.

IZOLA, D. T., 1993, Projeto para implantação do Núcleo de Tecnologia da Fatec-SP. Fatec-SP. 30 pág.

MARQUES, Juracy C. 1998, Uma concepção de Currículo para moldar o futuro. Educação Brasileira v.20, n.40 jan/jul.

PETEROSSI, Helena G. 1997, Por uma Fatec melhor. Fatec-SP. 165p.

Page 36: Apostila MetodologiaFinal

36

PATENTE DE INVENÇÃO

Todo invento original, no nível internacional, que seja útil e apresente potencial para comercialização pode ser patenteado, em um ou mais países, assegurando aos titulares da patente o direito de produção e exploração comercial do produto originado nos países em que foi patenteado.

Quando Patentear um Invento

O invento deve ser original no nível internacional, apresentar potencial comercial e não ser óbvio. Custo e dedicação significativos são requeridos dos escritórios de propriedade intelectual e do inventor para depositar uma patente. Muitas invenções nunca são patenteadas, algumas são retidas até que se completem ou o mercado esteja pronto para recebê-las, e só algumas são processadas rapidamente. Portanto, várias questões devem receber resposta antes que uma tecnologia seja patenteada.

Originalidade e viabilidade técnica

Foi efetuada busca de patentes?

O invento é original no nível internacional?

Há um protótipo para demonstração?

Maturidade do invento

A tecnologia não é prematura, dado o mercado atual?

Os possíveis interessados perceberão a sua utilidade?

O invento está pronto para produção em escala ou terá que ser desenvolvido pelo licenciado?

Quem deverá investir mais para torna-lo fabricável?

Mercado potencial

Alguém precisa de tal invento?

Há produtos similares no mercado?

Em caso positivo, esta invenção é mais barata, melhor que os similares ou apresenta outras vantagens sobre eles?

Quem são os possíveis clientes para o invento?

Quais são os diferentes mercados para o invento?

Há estimativa de mercado atual e futuro?

Licenciamento

O protótipo pode ser usado para facilitar o licenciamento?

O inventor está interessado em demonstrar o invento aos potenciais licenciadores?

Custos

Será necessária patente internacional?

O faturamento previsto cobrirá os custos de patenteamento?

Dificultadores

Será possível impor e controlar o uso da patente?

Necessita de aprovação ou certificação governamental?

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Onde procurar Patentes

A base de dados Derwent World Patents ( http://dii.derwent.com ), oferece acesso on-line a mais de 10 milhões de resumos de patentes de 40 países, incluindo as brasileiras, catalogadas desde 1966. Os resumos são claros e concisos e contêm indexação por palavras-chaves , que asseguram busca rápida e acurada. Esta base é conectada ao Web-of-Science (WoS), podendo inclusive ser acessada através de qualquer patente citada em artigo do WoS. As informações sobre as patentes podem ser procuradas de várias maneiras: pelos nomes dos inventores ou titulares, por suas instituições, pelo número da patente ou código de classificação, ou por palavras-chave que constem de seus títulos e resumos. Também podem ser encontradas as citações de cada patente. Além de ser um poderoso instrumento de pesquisa de patentes, o Derwent World Patents permite o acompanhamento do processo mundial de geração de tecnologia. Derwent Innovations

Index. Patentes na UNICAMP

Qualquer inovação tecnológica pode ser preservada através de registro junto ao INPI - Instituto Nacional de Propriedade Industrial. A falta de registro poderá resultar na usurpação dos direitos do inventor quanto à Propriedade Industria. Procedimento para o registro de relatórios técnicos, marcas e softwares no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) O relatório técnico sobre o invento será protocolado no INPI, após algumas semanas o mesmo retornará com um número de registro. De posse do número e data de protocolo, será iniciado o Processo que poderá culminar com a obtenção da Carta-Patente. A vigência do relatório técnico será de 20 anos para patentes de invenção e de 15 anos para patentes de modelo de utilidade. Todo o processo deve ser acompanhado através das publicações semanais do INPI - Revista da Propriedade Industrial - Seção I e II, para sanar eventuais ocorrências durante o trâmite para obtenção da Carta-Patente. Para maiores informações entre em contato com o EDISTEC - Escritório de Difusão e Serviços Tecnológicos da UNICAMP. Links Relacionados

Derwent Innovations Index

INPI - Instituto Nacional de Propriedade Industrial

USPTO - US Patent and Trademark Office

European Patent Office

Veja mais links em: http://www.unicamp.br/prp/edistec/links.htm Artigos Relacionados Febre de patentes na universidade Gazeta Mercantil Dia: 10/05/00 Página: Primeira Página - Laura Knapp de São Paulo Luiz Eugênio Araujo de Mello, Fernando Galembeck, Liliane Ventura Schiabel, Fazal Chaudhry, Luiz Vicente Rizzo e Elibio Rech são todos professores ou pesquisadores. Além do amor pela ciência, têm agora outro ponto em comum: a busca por um número de registro que garanta o direito de propriedade para o resultado de suas pesquisas. A febre para assegurar uma patente parece ter contagiado praticamente todas as áreas científicas. A física Liliane Ventura Schiabel, coordenadora do Laboratório de Física Oftalmológica do campus de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo(USP), pediu o registro de um equipamento que mede, automática e velozmente, o raio de curvatura da córnea, com alcance maior do que os similares importados. Chaudhry, professor do Departamento de Hidráulica e Saneamento da Escola de Engenharia da USP de São Carlos, pretende negociar um sistema de impermeabilização de edifícios que utiliza como matéria-prima subprodutos de outras indústrias. Professor da Escola Paulista de Medicina, da Universidade Federal de São Paulo, Mello quer registrar um medicamento contra epilepsia. Rizzo, do Departamento de Imunologia da Faculdade de Medicina da USP, vai entrar com pedido para patentear um teste de diagnóstico de toxoplásmose.

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E Rech, coordenador de projeto da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, está procurando garantir a propriedade intelectual de um método Multiplicação de plantas transgênicas em alta freqüência. "Se quisermos fazer parte do primeiro time, temos de ter algo a oferecer", diz Rech. Até pouco tempo desprezada pela comunidade acadêmica, que via a publicação, de artigos em revistas especializadas como o ápice do reconhecimento por seu trabalho, a patente está virando um objetivo importante nas universidades brasileiras. "Nós produzimos muito conhecimento novo, no Brasil de hoje, e deveríamos ser capazes, de fazer o que os países ricos fazem: transformar conhecimentos adquiridos em inovação e em riqueza", afirma Galembeck, coordenado geral e vice-reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). "A obtenção de patentes está se tornando prioridade para nós", afirma Antônio Sérgio Pizarro Fragomeni, secretário de Desenvolvimento Tecnológico do Ministério da Ciência e Tecnologia. Mas, lembra ele, o importante é não apenas registrar produtos ou tecnologias, mas ir um passo além e procurar licenciá-los. "É preciso transformar a patente em um negócio", afirma.

Instruções para o preenchimento do Formulário modelo 1.01 - Depósito de Pedido de Patente ou de Certificado de Adição de Invenção.

I - PREENCHIMENTO DO FORMULÁRIO E OUTRAS INSTRUÇÕES

I.1. Este formulário, composto de 2 (duas) folhas, se destina a depósito de pedido de patente (invenção ou modelo de utilidade) ou de certificado de adição de invenção.

I.2. O depositante deve ter conhecimento da Lei nº 9279/96 (LPI), dos Atos Normativos 127 e 130, de 05/03/97 e do Guia do Usuário. Todos os documentos apresentados devem estar de acordo com os mesmos.

I.3. Deve ser preenchido à máquina ou em letra de fôrma legível, sem emendas ou rasuras, com tinta preta e indelével. I.3.1. Pode ser impresso utilizando computador, mantendo o padrão de duas folhas, p. ex., por programa gráfico ou um processador de texto, desde que sejam mantidas todas as suas características, tais como papel tamanho A4 branco, tinta preta, margens e tipos de letras, folha por folha. I.3.2. Deve ser entregue à Recepção em 3 (três) vias, duas das quais serão retidas pelo INPI, sendo a outra devolvida ao depositante, após protocolização, quando devidamente instruído o pedido.

I.4. O Relatório Descritivo, Reivindicações, Desenhos (se houver) e Resumo devem ser entregues em 3 (três) vias, para uso do INPI, sendo facultada a apresentação de mais duas vias, no máximo, para restituição ao depositante após autenticação.

I.5. Para preenchimento da guia de recolhimento e pagamento da retribuição do depósito do pedido, veja instruções no Guia do Usuário.

I.6. Os campos devem ser preenchidos da forma abaixo especificada:

Campo 1. Depositante. Forneça o nome completo do depositante assim como todos os demais dados solicitados. Confira atentamente. Atente para que o CEP fique indicado no endereço, pois sua indicação incompleta ou incorreta poderá inviabilizar uma eventual comunicação do INPI com o depositante. Caso haja mais de um depositante, assinale "continua em folha anexa" e forneça todos os dados para cada um dos demais em uma mesma folha suplementar.

Campo 2. Natureza. Assinale a natureza do pedido que está sendo depositado. Escreva a mesma também por extenso.

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Campo 3. Título. Escreva aqui o título completo, que deverá ser igual ao do Relatório Descritivo.

Campo 4. Pedido de Divisão. Quando se tratar de divisão de um pedido, forneça o número e a data de depósito do pedido original.

Campo 5. Prioridade Interna. Escreva o número e a data de depósito do pedido brasileiro anterior que serve de base à reivindicação da prioridade interna.

Campo 6. Prioridade Externa. Caso esteja sendo reivindicada prioridade de depósito estrangeiro anterior, informe o nome ou sigla do país ou organização, o número e a data da prioridade. No caso de estar sendo reivindicada prioridade de depósito estrangeiro anterior com base em outro acordo que não a Convenção da União de Paris, indique o acordo em folha anexa.

Campo 7. Inventor. Forneça o nome completo do inventor assim como todos os demais dados solicitados. Confira atentamente. Caso haja mais de um inventor, assinale "continua em folha anexa" e forneça todos os dados para cada um dos demais em uma mesma folha suplementar. Caso o inventor tenha optado pela não divulgação de seu nome, assinale o local apropriado e forneça todos os dados em envelope, que deverá ser entregue no ato do depósito.

Campo 8. Declaração na forma do item 3.2 do Ato Normativo nº 127/97. Tendo sido reivindicada prioridade externa para o pedido, o depositante pode apresentar declaração de serem os dados, fornecidos no presente formulário, idênticos ao da certidão de depósito ou documento equivalente do pedido cuja prioridade está sendo reivindicada, ao invés de apresentar a tradução simples prevista no § 2o do Artigo 16 da LPI.

Campo 9. Declaração de Divulgação anterior. Forneça todos os dados relativos à divulgação ocorrida dentro do prazo de 12 (doze) meses anteriores à data de depósito do pedido.

Campo 10. Procurador. Quando tiver sido nomeado um procurador, forneça aqui os seus dados. Os não residentes precisam constituir e manter um procurador residente no Brasil.

Campo 11. Documentos Anexados. Assinale quais os documentos que estão sendo apresentados junto com este formulário. Caso apresente anexos ou outros documentos que não os especificados nos campos 11.1 a 11.8, assinale o item 11.9 "Outros". Indique o número de folhas de cada um dos documentos. O número de folhas deverá incluir somente o de uma das vias de cada documento, indicando, também, o número total de folhas apresentadas (somente uma das vias de cada documento ).

Campo 12. Date e assine, carimbando ou escrevendo seu nome.

Vocábulos sobre métodos e técnicas de pesquisa

Prof. Gilberto de Andrade Martins

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o órgão responsável pela normatização técnica no país; foi fundada em 1940, para fornecer a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro.

abstract ou summary - palavras de língua inglesa que significam resumo. É a tradução do termo resumo para língua inglesa que deve integrar dissertação ou tese com a finalidade de facilitar a divulgação do trabalho a nível internacional.

acervo - conjunto de documentos de um arquivo.

alcunha - nome acrescentado ao nome propriamente dito de uma pessoa, ou usado para substituí-lo, denotativo seja de particularidades referentes a seu ofício, seja de um traço característico de sua pessoa ou vida.

algoritmo - procedimento de cálculo em linguagem simbólica.

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alínea - subdivisão de um parágrafo indicada por letra minúscula seguida de sinal de fechamento de parênteses.

anexo, apêndice - matéria suplementar que se junta ao texto de uma publicação como esclarecimento ou documentação, embora não constitua parte essencial da obra. Considera-se apêndice quando o material for elaborado pelo próprio autor do trabalho e anexo, quando o material se origina de outras fontes.

apud - citado por, conforme, segundo.

artigos de periódicos - são trabalhos técnicos, científicos ou culturais , escritos por um ou mais autores, que seguem as normas editoriais do periódico a que se destinam.

autor - pessoa fundamentalmente responsável pela criação do conteúdo intelectual ou artístico de uma obra.

bibliografia - lista bibliográfica com as referências bibliográficas de todas as obras utilizadas, citadas ou não no texto, arranjadas por ordem alfabética. Alguns autores denominam tal lista por bibliografia consultada.

bookmark - também chamado entrada de hotlist ou local favorito, um link salvo para um endereço Web.

browser - programa usado para fazer a conexão com sites Web.

c. - capítulo; pode-se usar também cap.

CAb – grafado em caixa alta e baixa.

cabeçalho - nome, frase, expressão ou iniciais, colocados no alto de um registro bibliográfico, para dar um ponto de acesso em catálogos, listas e outros suportes.

catálogos - instrumental de pesquisa elaborado segundo um critério temático, cronológico, onomástico ou geográfico, incluindo todos os documentos pertencentes a um ou mais fundos, descritos de forma sumária ou pormenorizada.

cf. - conforme

circa ou ca. - por volta de

citação - é a menção no texto, de informação colhida de outra fonte, para esclarecimento do assunto em discussão ou para ilustrar ou sustentar o que se afirma.

coleção - conjunto de documentos, sem relação orgânica, aleatoriamente acumulados.

content list - sumário.

copyright - palavra inglesa, de uso internacional, indicativa de propriedades literária ou direito autoral, e que, no verso da folha de rosto de uma obra, acompanha o nome do beneficiário e o ano da primeira publicação para efeitos legais.

datas - o ano, os meses e os dias são indicados por extenso ou em algarismos arábicos. Os meses podem ser abreviados por meio das três primeiras letras, seguidas de ponto quando minúsculas e sem ponto quando maiúsculas, excetuando-se o mês de maio, que é escrito por extenso. Os dias da semana podem ser abreviados: p. ex.: 3ª feira, sáb., dom. As horas são indicadas de 0 h às 23 h, seguida, quando necessário, dos minutos e segundos. p. ex.: 13 h 23

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min. 30,2 s. Não se coloca ponto para se separar o algarismo da milhar quando se indica um ano: p. ex.: 1992 e não 1.992.

descritores (ou palavras-chave de artigos de periódicos) - são termos ou frases que expressam os assunto do artigo e vêm obrigatoriamente depois do resumo.

diretório, cadastro, guia - obra de referência, periódica ou não, que informa nome, endereço, tamanho das coleções, assuntos cobertos, recursos humanos e outros dados relativos a biblioteca ou centros de informação e documentação.

draft - rascunho.

ed. - edição: Por exemplo: 6. ed. (a edição deve ser indicada em algarismos arábicos)

editor - nas referências bibliográficas, o nome do editor deve ser grafado como figura na publicação referenciada, abreviando-se os prenomes, e suprimindo-se outros elementos que designam a natureza jurídica ou comercial deste, desde que dispensáveis a sua identificação. p. ex.: Kosmos (e não Kosmos Editora), Atlas (e não Editora Atlas)

editorial - artigo de fundo que exprime a opinião do órgão, em geral escrito pelo redator-chefe e publicado com destaque.

elucidário - documento que se propõe esclarecer assuntos, termos obscuros ou duvidosos.

empírico - desprovido de teoria; relativo à observação de uma realidade externa ao indivíduo.

entrada - elemento levado em consideração para determinar a ordenação, tal como um nome, um cabeçalho, um título em obras técnico-científicas.

epígrafe - citação colocada no início de uma obra, após a folha de rosto.

errata - lista de erros tipográficos ou de outra natureza, com as devidas correções e indicação das páginas e linhas em que aparecem. É impressa geralmente em papel avulso ou encartado, que se anexa à obra depois de impressa.

exempli gratia (e.g.) - por exemplo.

exórdio, preâmbulo, proêmio, prólogo ou introdução - parte inicial do trabalho onde se expõe o argumento, os objetivos da obra e o modo de tratar o assunto.

falsa folha de rosto, ante-rosto, falso frontispício, olho - num livro, é a folha que precede a folha de rosto e contém o título da obra.

fascículo - caderno ou grupo de cadernos de uma obra que se publica à medida que vai sendo impressa; cada um dos números de uma publicação periódica que constitui volume bibliográfico.

ficha catalográfica - informações bibliográficas (catalogação na fonte) que deve aparecer na falsa folha de rosto, ou, na falta desta, no verso da folha de rosto.

Figuras - como figuras são considerados: desenhos, gráficos, mapas, esquemas, fórmulas, modelos, fotografias. As legendas devem ser inseridas abaixo de cada figura, com numeração seqüente, algarismos arábicos, e iniciadas pela palavra FIGURA.

file - arquivo.

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filiação científica - indicação da Instituição a que pertence(m) o(s) autor(es) de trabalhos científicos: Departamento – Instituto ou Faculdade – Universidade (sigla) – Cidade – Estado –País.

folha de rosto, página de rosto, frontispício, portada - página que contém os elementos essenciais à identificação da obra (autor, título, edição, imprenta local, editor e ano de publicação, no caso de livro).

folheto - publicação não periódica, com um mínimo de 5 e um máximo de 48 páginas, revestida de capa de papel ou cartolina.

fonte - qualquer documento que pode fornecer informações autorizadas.

glossário - vocabulário em que se explicam palavras obscuras ou referentes a determinada especialidade técnica, científica, etc., geralmente apenso a um livro.

home page - documento principal em um site Web.

ibid. (ibidem) - na mesma obra.

id est (i.e.) - isto é.

id. (idem) - do mesmo autor.

Il. - abreviatura para indicação de ilustrações de qualquer natureza em referências bibliográficas.

ilustrações - aparecem no trabalho par explicar ou complementar o texto. Dividem-se em três categorias: Tabelas, Quadros e Figuras.

imprenta - também denominada notas tipográficas, é parte da referência bibliográfica composta dos seguintes elementos: local, editora e data de publicação.

In - inserido, contido em.

índice - trata-se de lista de entradas ordenadas segundo determinado critério, que localiza e remete o leitor para as informações contidas num texto. Não deve ser confundido com sumário (enumeração das principais divisões: capítulos, partes de um documento na mesma ordem em que a matéria nele se sucede). O índice deve ser impresso no final da publicação. Sua ordenação poderá ser alfabética ou sistemática por autor, assunto, pessoa e entidade, abreviatura, citação etc.

índice cronológico - agrupa nomes e fatos importantes em relação cronológica de anos, períodos ou épocas.

índice geral - relaciona em ordem alfabética, seguida do respectivo número da página, diversos assuntos, nomes, lugares etc., contidos no relatório.

índice onomástico - agrupa assuntos, nomes, espécies etc. em relação preparada de acordo com um sistema de classificação.

índice sistemático - agrupa assuntos, nomes, espécies etc. em relação preparada de acordo com um sistema de classificação. Lista ou catálogos de nomes próprios.

inf. ou infra - abaixo.

inquérito - documento que relata a evolução e os resultados de uma sindicância ou interrogatório. Pesquisa, sindicância.

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ISBN - Numeração Internacional para Livro (International Standard Book Numbering), referência um título.

ISSN - Numeração Internacional para Publicações Seriadas (International Standard Serial Numbering) – sigla adotada internacionalmente para indicar o número padronizado de uma publicação seriada (periódicos, jornais, anuários, revistas técnicas etc.). O ISSN deve ser impresso em cada fascículo de uma publicação seriada, em posição destacada, no canto superior direito da capa, na ficha catalográfica e logo acima da legenda bibliográfica da folha de rosto.

legenda bibliográfica - conjunto de informações essenciais destinados à identificação de um periódico e os artigos nele contidos. Deve figurar no rodapé da folha de rosto e em cada uma das páginas do texto, salvo no caso de jornais que a colocam no cabeçalho da página. P.EX. Revista Telebrás, Brasília, volume 15, número 53, páginas 1 a 92, novembro de 1991. Na folha de rosto a legenda deveria ser: R.Telebrás Brasília v.15 n.53 p.1-92 Nov./1991. Nas páginas do texto: Rev. Telebrás, Brasília, 15(53): 1-35, nov.1991.

léxico - dicionário de formas raras ou difíceis, próprias de determinado autor ou de uma época literária.

lista - enumeração de elementos de apresentação de dados e informações (gráficos, mapas, tabelas, ilustrações, abreviaturas, siglas etc.) utilizadas na obra.

listas de figuras, ilustrações, tabelas, quadros, siglas, abreviaturas, símbolos, anexos etc. – enumeração de elementos de um texto técnico – científico em ordem alfabética. As listas têm apresentação similar à do sumário. Quando pouco extensas, podem figurar seqüencialmente na mesma página. Não devem ser feitas listas com número inferior a cinco itens. Aparecem, em páginas próprias, antes do sumário.

livro - publicação não-periódica, de conteúdo científico, literário ou artístico, formada por um conjunto de folhas impressas, grampeadas, costuradas ou coladas em capa.

loc. cit. (loco citado) - no lugar citado.

n. - número

n/ref. - nossa referência.

NB - norma brasileira, emitida pela ABNT.

NBR - Norma Brasileira Registrada emitida pela ABNT.

notas - observações ou adiantamentos de detalhes do texto de uma obra, colocado no rodapé e/ou no final do texto (final do capítulo, seção ou da própria obra).

notas e referências bibliográficas - lista bibliográfica com as referências bibliográficas e demais notas, arranjadas numericamente, obedecendo a uma única seqüência, conforme ordem de ocorrência no texto.

numeração de documento - empregam-se algarismos arábicos na identificação dos capítulos, partes etc. (p. ex.: 1 1.1 1.1.3).

obra de referência - obra de uso auxiliar que permite obter informações sobre o assunto de interesse, tais como: dicionários, enciclopédias, índices etc.

opus citatum (op. cit.) - obra já citada anteriormente.

p. - página

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p. ex. - por exemplo

palavras-chave/keywords - relação de até sete palavras representativas do tema tratado no trabalho, separadas entre si por ponto e vírgula.

papers - pequenos artigos científicos ou textos elaborados para comunicações em congressos. Possuem a mesma estrutura formal de um artigo.

paráfrase - é o desenvolvimento, com palavras próprias, do texto de um livro ou de um documento conservando-se as idéias originais.

parafrasear - é desenvolver ou reduzir o texto de um documento, mantendo-se a idéia original, utilizando-se, porém, de termos pessoais.

passim - aqui e ali.

periódico - é a publicação editada em fascículos ou partes, a intervalos regulares ou não, por tempo indeterminado, na qual colaboram diversas pessoas, sob uma direção constituída. Pode tratar de vários assuntos em uma ou mais áreas do conhecimento.

posfácio - texto informativo ou explicativo que, redigido após a elaboração do texto, pode figurar como complemento.

prefácio - parte opcional de livro. É constituído de palavras de esclarecimento, justificativa ou apresentação, redigidas pelo autor, editor ou outra pessoa de reconhecida competência ou autoridade.

prenome - elemento que vem em primeiro lugar na enunciação do nome completo de uma pessoa, também chamado nome individual.

printer - cópia impressa do disquete.

pseudônimo - nome adotado por uma pessoa como substitutivo da designação oficial, usado para identificá-la em certo ramo especial de suas atividades.

q. v. - queira ver

Quadro - representação tipo tabular que não emprega dados estatísticos. Devem ser numerados consecutivamente, em algarismos arábicos, e encabeçados pelo título.

referee - avaliador de artigos submetidos a um periódico, congresso etc.

referência bibliográfica - é o conjunto de elementos que permite a identificação de documentos impressos ou registrados em qualquer suporte físico, tais como: livros, periódicos e material audiovisual.

referências bibliográficas - lista bibliográfica que inclui apenas referências das citações utilizadas no texto e não indicadas em nota de rodapé. Lista bibliográfica de artigo periódico.

relatório - é a exposição escrita na qual se descrevem fatos verificados mediante pesquisas ou se historia a execução de serviços ou de experiências. É geralmente acompanhado de documentos demonstrativos, tais como tabelas, gráficos, estatísticas e outros.

repertório - instrumento de pesquisa no qual são descritos, pormenorizadamente, documentos previamente selecionados, pertencentes a uma ou mais fontes, podendo ser elaborado segundo um critério temático, cronológico, onomástico ou geográfico.

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resumo (artigos de periódicos) - é a apresentação concisa do texto, destacando os aspectos de maior interesse e importância. Na elaboração do resumo, deve-se observar o seguinte: não ultrapassar 250 palavras; precede o texto quando na mesma língua; é transcrito ao final do artigo, antes das referências bibliográficas, quando em outra língua.

resumo (dissertações e teses) - denominado Résumé em francês, Abstract em inglês, Resumen em espanhol, Zusammenfassung em alemão, é a apresentação concisa do texto, destacando os aspectos de maior interesse e importância. Não deve ser confundido com sumário.

resumo (livros) - é a apresentação concisa do texto, destacando os aspectos de maior interesse e importância. É recomendado apenas para obras técnicas e científicas e está localizado imediatamente antes do texto, devendo conter até 300 palavras.

roteiro (script) - documento que descreve a seqüência dos acontecimentos que forma o enredo de um filme, peça teatral, programa de TV etc.

s/com. - sua comunicação.

s/ref. - sua referência.

senha (PIN: Personal Identification Number) - conjunto de caracteres numéricos ou pseudo-alfabéticos, utilizado como chave secreta para identificação do usuário em transações em automação bancária e comercial.

seq. (sequentia) - seguinte ou que se segue.

sinalética (lista bibliográfica) - sistema de fichário que reúne as referências das obras consultadas e/ou citadas num trabalho.

sine loco (s.l.) - indica-se quando da falta do local da publicação da obra que se pretende referenciar.

sine nomine (s.n.) - indica-se quando da falta de impressor e editora na obra que se pretende referenciar.

site - uma localização na Internet.

sumário - é a enumeração das principais divisões, partes, capítulos, seções, na mesma ordem em que se sucedem no texto. Não deve ser confundido com índice ou mesmo com resumo.

sumário (livros) - denominado Contents em inglês, Table des Matières em francês, Contenido em espanhol, Inhalt em alemão, é a relação dos capítulos e seções do trabalho, na ordem em que aparecem. Não deve ser confundido com índice, resumo ou lista.

sumário (publicações periódicas) - é a relação dos artigos que constituem o fascículo de um periódico. O sumário deve indicar, para cada artigo: título do artigo; nome do autor; número da primeira página, ligado ao título/autor por linha pontilhada.

suplemento - é a parte do periódico que apresenta material extraordinário, de complementação.

supra - acima.

t. - tomo, tomos

“thesaurus” - repositório de palavras-chave, com seus sinônimos, antônimos e palavras relacionadas.

Page 46: Apostila MetodologiaFinal

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tamanhos de artigos – geralmente, laudas com 30 linhas de 70 toques e espaço 2, com o máximo de 15 páginas (algumas Revistas permitem até 30 páginas).

título corrente - é a indicação do(s) autor(es) e do título breve do artigo, que aparece ao alto de todas as páginas do artigo, exceto a primeira.

título corrente, cabeça ou cabeço - título, integral ou abreviado, da obra ou capítulo colocado no alto de cada página. Em geral, o título do livro vem na página par e o do capítulo na página ímpar.

tomo - divisão física de uma obra, que pode coincidir ou não com o volume.

transliteração - é a ação de representar os sinais de um alfabeto por sinais de outro alfabeto.

v. - volume

vide (vid.) - ver a citação já referenciada. É melhor traduzir por ver.

videlicet (viz) - a saber

Web - World Wide Web - www.

Bibliografia complementar sugerida pelo professor

(Fora da norma ABNT) 1. A VIAGEM DE THEO, CATHERINE CLÉMENT – CIA DAS LETRAS – Romance das

religiões. 2. OS HERDEIROS DE DARWIN, MARCEL BLANC – SCRITTA – Estudo de Marcel Blanc

sobre o trabalho de Darwin. 3. SERÁ QUE DEUS JOGA DADOS? IAN STEWART – JORGE ZAHAR EDITOR. A nova

matemática do caos. Análise matemática de alguns números da natureza, utilizando matemática elementar.

4. O CÉREBRO HUMANO, ISAAC ASIMOV – HEMUS. Romance de ficção científica. 5. NÓS ESTAMOS SÓS. ALFREDO NUNES BANDEIRA JR. – EDITORA INTERCIÊNCIA.

Uma humanidade solitária. Análise da possibilidade de vida inteligente extraterrestre. 6. O PENSAMENTO VIVO DE DARWIN, MARTIN CLARET. MARTIM CLARET EDITORES.

História de Darwin e o seu trabalho. 7. COMO VEJO O MUNDO ALBERT EINSTEIN. EDITORA NOVA FRONTEIRA.

Comentários sociais, políticos e científicos feitos pelo próprio Einstein. 8. EINSTEIN O ENIGMA DO UNIVERSO. RODEN. MARTIM CLARET. Abordagem filosófica

de Einstein. 9. TESTEMUNHO. DARCY REIBEIRO. SICILIANO. Fundamentos da origem da civilização

brasileira. 10. ISAAC NEWTON. PAULO SILVEIRA. EDIOURO. Bibliografia. 11. EINSTEIN POR ELE MESMO. ALBERT EINSTEIN. MARTIN CLARET. Fragmentos da

vida de Einstein. 12. EINSTEN E OUTROS ENSAIOS. J. LEITE LOPES. OS CADERNOS DA CULTURA. Obra

de Einstein. 13. NICOLAU COPÉRNICO COMMENTARIOULUS. NOVA STELLA. Obra de Copérnico. 14. VOAR TAMBÉM É COM OS HOMENS. O PENSAMENTO DE MÁRIO SHENBERG. JOSÉ

LUIZ GOLDFARB. EDUSP. História de um dos dez maiores físicos da história e ainda brasileiro.

15. A INTELIGÊNCIA COLETIVA. PIERRE LÉVY. EDIÇÕES LOYOLA. Antropologia do ciberespaço.

16. INFINITO EM TODAS AS DIREÇÕES. FREEMAN DYSON. EDITORA BEST SELLER. Do Gene à conquista do universo.

Page 47: Apostila MetodologiaFinal

47

17. INTRODUÇÃO À GEOFÍSICA ESPACIAL. VOLKER W. J. KIRCHHOFF. EDUSP. Geofísica elementar.

18. MEMÓRIAS DAS TREVAS. JOÃO CARLOS TEIXEIRA GOMES. GERAÇÃO EDITORIAL. Uma devassa na vida de Antônio Carlos Magalhães.

19. CRÔNICAS ITALIANAS. STENDHAL. EDUSP. Crônicas. 20. TRINTA ANOS ESTA NOITE. PAULO FRANCIS. CIA DAS LETRAS. Relato sobre o golpe

militar de 1964. 21. DIARIO DE VIAGEM. ALBERT CAMUS. RECORD. Relato de viagens e encontros com

personagens da história brasileira. 22. O CAPITAL DE MARX E O CAPITALISMO DE HOJE. ANTONY CUTLER. ZAHAR

EDITORES. 8 volumes sobre o projeto Marxista. 23. DOSSIÊ BRASIL. GENETON MORAES NETO. OBJETIVA. A história por trás da história

do país. 24. TELECOSMO A ERA PÓS-COMPUTADOR. GEORGE GILDER. EDITORA CAMPUS.

Projeção futurista. 25. O RELOJOEIRO CEGO. A TEORIA DA EVOLUÇÃO CONTRA O DESÍGNIO DIVINO. CIA

DAS LETRAS. Visão Darwinista. 26. ASTROBIOLOGIA. FLAVIO PEREIRA. TRAÇO DITORA. Estudo sobre a possibilidade de

vida fora da Terra. 27. RETALHOS CÓSMICOS. MARCELO GLEISER. CIA DAS LETRAS. Crônicas sobre

ciência publicadas no jornal Folha de São Paulo. 28. MUNDOS IMAGINADOS. FREEMAN DYSON. CIA DAS LETRAS. Programação genética. 29. NOTÍCIAS DO PLANALTO. MÁRIO SÉRGIO CONTI. CIA DAS LETRAS. A imprensa e

Fernando Collor. 30. EM BUSCA DE OUTROS MUNDOS. RONALDO ROGÉRIO DE FREITAS MOURÃO.

FRANCISCO ALVES. Observações e estudos do maior astrônomo brasileiro. 31. A MENSAGEM DAS ESTRELAS. GALILEU GALILEI. MUSEU DE ASTRONOMIA.

Observações e estudos de Galileu. 32. FILOSOFIA PARA PRINCIPIANTE. RICHARD OSBORNE. OBJETIVA. Pensamento dos

principais filósofos. 33. DISCURSO DO MÉTODO. RENÈ DESCARTES. EDITORA ÁTICA. Comentários sobre o

trabalho de Descartes. 34. DISCURSO SOBRE A ORIGEM E OS FUNDAMENTOS DA DESIGUALDADE ENTRE OS

HOMENS. ROUSSEAU. EDITORA UNB. 35. LEONARDO DA VINCI. EDIOURO. Bibliografia. 36. O LIVRO DAS RELIGIÕES. VICTOR HELLERN. CIA DAS LETRAS. Complexo estudo

sobre a origem das religiões. 37. HOMENS DE CIÊNCIA. ALESSANDRO GRECO. CONRAD LIVROS. Entrevistas com os

mais destacados cientistas da atualidade. 38. ETERNIDADE INVENTADA. DAWSON IZOLA. Romance de ficção científica. 39. HISTÓRIA DA MATEMÁTICA. RUBENS G. LINTZ. EDITORA DA FURB. Dois volumes.

Matemática ao longo da nossa história sob o ponto de vista cultural. 40. ATLAS CELESTE. RONALDO ROGÉRIO DE FREITAS MOURÃO. VOZES. Atlas. 41. EXPLICANDO A ASTRONÁUTICA. RONALDO ROGÉRIO DE FREITAS MOURÃO.

EDIOURO. 42. O CÉU. RODOLPHO CANIATO. EDITORA ÁTICA. Abordagem física da astronomia. 43. COSMONÁUTICA ENCICOLPÉDIA SOVIÉTICA. EDITORAL MIR. Programa espacial

soviético. 44. HISTÓRIA DOS FOGUETES NO BRASIL. DAWSON IZOLA. EDITORA ABAETÉ. História

dos primeiros foguetes brasileiros. 45. DE FOGUETEIRO E LOUCO TODO MUNDO TEM UM POUCO. DAWSON IZOLA.

História do Grupo Lenda da Fatec-SP. 46. SOMOS DIFERENTES. JAMES TREFIL. ROCCO. Estudo sobre a inteligência humana. 47. UMA BREVE HISTÓRIA DO TEMPO. STEPHEN W. HAWKING. ROCCO. Do Big Bang

aos buracos negros. 48. A DANÇA DO UNIVERSO. MARCELO GLEISER. CIA DAS LETRAS. Dos mitos da

criação ao Big Bang. 49. METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO. ANTONIO JOAQUIM SEVERINO.

CORTEZ. 50. EVOLUÇÃO DA VIDA. PRISMA. Visão antiga (30 anos atrás) da evolução.

Page 48: Apostila MetodologiaFinal

48

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA (comentada)

Fora da norma da ABNT. 1- O Universo numa Casca de Noz – Stephen Hawking Na lista dos mais vendidos, por várias semanas na categoria não-ficção. O autor é matemático, astrofísico e doutor em cosmologia pela Universidade de Cambridge. Considerado o mais brilhante físico desde Einstein. Neste livro explica os princípios que controlam o Universo. 2- Filosofia para não-filósofos – Jacquard e Planes O autor é um cientista que consegue com clareza discutir temas relevantes. O livro é um abecedário com perguntas e respostas sobre temas como biologia, ética, genética, matemática e religião. 3- Assim falou Einstein – Alice Calprice Esse livro é uma coletânia de mais de 550 citações do físico, organizadas de forma temática, feito pela editora encarregada dos Clleted papers os Albert Einstein na Universidade de Princeton. Além disso, têm o prefácio do físico Freeman Dayson. 4- Os irmãos Karamazov – Dostoievski É um clássico da literatura universal. Na forma de romance o autor russo retrata diferentes formas de personalidade em cada um dos irmãos e nos personagens do livro e com isso, expõe preocupações sociais, religiosas e filosóficas, nos levando a compreender melhor o vasto painel de dramas universais. 5- O Mundo de Sofia – Jostein Gaarder Quem somos? De onde viemos? Sofia começa a receber postais anônimos que tratam destas questões filosóficas e a partir daí o leitor é convidado a trilhar toda a história da filosofia ocidental de forma bastante compreensível. O autor, professor de filosofia, é especializado em literatura infanto-juvenil. 6- Em que crêem os que não crêem? – Umberto Eco e Carlo Maria Martini Na forma de cartas, um dos maiores pensadores da atualidade e um cardeal da igreja católica debatem neste livro sobre a existência de Deus, os fundamentos da ética e o respeito ao outro, discutem o aborto, o papel das mulheres e muito mais. 7- Coleção Folha Explica – Nietzche Um livrete com resumo da vida e obras de um dos pensadores mais provocativos da filosofia moderna. 8- Coleção Folha explica – Macacos È uma viagem pelo universo dos grandes primatas, fundamental para entender melhor o comportamento humano. 9- Descartes em 90 minutos – Paul Strathern Aristóteles em 90 minutos – Paul Strathern Esses livretes fazem parte de uma coleção que usa textos irreverentes e curiosos sobre os principais filósofos que empolgam o jovem leitor. 10- Gênios Ingênuos – Aguinaldo Prandini Ricieri Neste livro o autor, professor do ITA, conta a trajetória da vida de Galois e Abel, dois jovens matemáticos que revolucionaram a história da matemática. 11- O Livro de Ouro da Mitologia – Thomas Bulfinch Essa é uma coletânea de histórias de deuses e heróis gregos e romanos. Da mesma editora também é possível o Livro de Ouro da História do Brasil, do Universo e outros. 12- Os cem melhores poemas brasileiros do século – Ítalo Mariconi (seleção) É uma coletânea dos principais poetas brasileiros. Também existe o livro dos cem melhores contos.

Page 49: Apostila MetodologiaFinal

49

13- Coiote – Roberto Freire Esse é um romance onde o autor descreve novas possibilidades de relações humanas. O jovem coiote põe em xeque convenções e acomodações. 14- Estação Carandiru – Dráuzio Varella Ganhador do Prêmio jabuti em 1999. o brilhante médico retrata sua experiência de 10 anos de trabalho voluntário na maior casa penitenciária do país de uma forma apaixonante. 15- Caçadas de Vida e de Morte – João Gilberto Rodrigues da Cunha Ganhador do Prêmio Jabuti de 2000. o autor,um médico mineiro, surpreende e empolga o leitor falando da colonização do triângulo Mineiro, desde o final do Império até os primeiros anos da consolidação da república. 16- A casa das sete mulheres – Letícia Wierzchowski A autora retrata a vida das mulheres da família de Bento Gonçalves que ficam recolhidas numa estância durante a Revolução Farroupilha, a mais longa guerra civil no nosso país. 17- Princesa – A história real da vida das mulheres árabes – Jean P. Sasson Esse livro é a denúncia de uma princesa saudita sobre a condição feminina no mundo árabe. 18- Filha da Fortuna – Isabel Allende Esse e os demais livros da autora chilena são recheados de testemunhos históricos sobre a Revolução Chilena e as relações latino-americanas. 19- As cinzas de Ângela – Frank McCourt Ganhador do prêmio Pulitzer 1996. São as memórias de uma infância irlandesa, católica e miserável. É um livro em que a memória é sinônimo de grande literatura. 20- Baudolino – Umberto Eco O autor é uma referência no que diz respeito a conhecimento sobre a Idade Média. Esse é o seu quarto romance que se passa entre 1152 e 1204.

Page 50: Apostila MetodologiaFinal

50

APÊNDICE A – Exemplos de artigos científicos

EQUIPO PARA EL ANÁLISIS DE LA OSCILACIÓN LATERAL DE AERONAVES

IZOLA, Dawson Tadeu

(1), CROCE, José A. Garcia

(2) y CATALANO, Fernando Martini

(3)

Universidad de São Paulo Sección de Ingeniería Mecánica – Universidade de São Paulo – Laboratorio de Aeronaves Av. Dr. Carlos Botelho, 1456, São Carlos – SP – Brasil Telf.:(+5516) 273-9333 Ext.3059 – Fax: (+5516) 274-9280 – e-mail: [email protected] (1) Maestro en Ing. Mecánica – USP – São Carlos (concediendo un doctorado del Laboratorio de Aronaves en al USP). (2) Maestro en Ing. Mecánica – USP – São Carlos (concediendo un doctorado del Laboratorio de Aronaves en al USP). (3) Ph.D. en Aerodinámica, Jefe del Laboratorio de Aeronaves de la Universidad de São Paulo, MRAeS, CEng.

RESUMEN

El equipo consiste en un eje montado en un juego de rodamientos conjugados axial y radialmente. En la parte superior del eje se sujeta la aeronave que se va a ensayar en el túnel de viento y en la parte inferior, un grupo de poleas es responsable del movimiento de un potenciómetro. En la parte inferior del mismo eje, se sujeta un hasta en la que están un par de resortes helicoidales. Después de haber sufrido la perturbación, la aeronave oscila y este movimiento se identifica a través del potenciómetro que varía de 0 a 5 Voltios. La variación del voltaje es transmitida a través de un equipo electrónico y pasada a une computadore personal. Con los datos se construye un gráfico de ángulo de deslizamiento debido a la amortiguación. Con estos parámetros se determinan las condiciones de estabilidad lateral de la aeronave y la razón de declive de las oscilaciones.

Palabras-claves: oscilación lateral, recopilación de datos, ensayo aerodinámico.

EQUIPMENT FOR ANALYSIS OF THE LATERAL OSCILLATION OF AIRCRAFT

SUMMARY

The equipment consists of an axis set up on a group of axial and radially conjugated bearings. The aircraft is fastened to be tested in the wind tunnel to the superior part of the axis and on the lower part a group of pulleys is responsible for the movement of a potentiometer. On the same axis, on the lower part, a stem is fastened to a pair of helical springs. On suffering a disturbance, the aircraft oscillates and this movement is identified through the potentiometer that varies from 0 to 5 Volts. The variation in the voltage is transmitted through electronic equipment and passed to a personal computer. A graph is plotted using the data with reference to the skidding angle due to the decay ratio. With these parameters the conditions of lateral stability of the aircraft are determined and the reason for the decline in the oscillations. Key words: lateral oscillation, acquisition of data, aerodynamic test.

INTRODUCION

Una aeronave en vuelo, cuando sufre algún tipo de perturbación lateral, se inclina con relación a su trayectoria inicial. Esta inclinación crea una sustentación en el estabilizador, que produce una fuerza contraria a su inclinación. El movimiento oscilatorio puede durar fracciones de segundos. Dicha oscilación puede causar un movimiento caótico que descontrola la aeronave, como lo demuestra Glauert y Cowley (1921).

El ángulo de ataque vertical se mide entre la velocidad de la corriente de aire (con relación a un observador fijo en la aeronave) y la dirección del eje de la misma. Se observa que, con un ángulo de ataque vertical igual a cero, la sustentación en el estabilizador es nula, como puede observarse en la Figura 1.

Page 51: Apostila MetodologiaFinal

51

Fig. 1: Vuelo con ángulo de ataque cero.

Para determinar la estabilidad estática, se analiza la tendencia de la aeronave a volver a

su posición original después de la perturbación. La estabilidad estática está relacionada con la posición relativa entre el CA y CG. Por otro lado, la estabilidad dinámica depende de la frecuencia de la oscilación. Cuando una aeronave sufre una alteración lateral, comienza a volar en ángulo de ataque (figura 2) y puede oscilar alrededor de su posición inicial de equilibrio.

Fig. 2: Inclinación de la aeronave en vuelo. (V=velocidad del aire con relación al observador)

Método de oscilación libre

Simmons y Bateman (1920), desarrollaron un método para el análisis de la estabilidad direccional en dirigibles. El proceso consistía en suspender el modelo a ser estudiado en un conjunto de hilos dentro de un túnel de viento. Después de una perturbación inicial, el modelo oscila hasta que hay una amortiguación. Repitiendo el experimento con flujo y sin flujo de aire, se determinan las fuerzas resistivas del equipo, quedando hacer la curvas de declive de las oscilaciones. Este método se llama de Método de Oscilación Libre (Free Oscillation Method).

Durante la oscilación, tres términos pueden contribuir con el momento de guinada:

momento de inercia;

sumatoria de la amortiguación en la guinada y la fricción en la prueba rígida (o prueba estática);

sumatoria del momento aerodinámico y de la restricción del resorte. La ecuación del sistema masa-resorte es dada por: (1)

0. 02

2

kNVdt

dfN

dt

dc vr (1)

La solución para esta ecuación es del tipo: (2)

tetBtA sencos (2)

La ecuación (2) puede escribirse así: (3)

te t sen..0 (3)

Sustituyendo los términos específicamente para el problema de oscilación estudiado, se tiene una ecuación de la cual se extraen los puntos de desplazamiento máximo para cada ciclo. Para el caso de que no haya viento, pueden hacerse simplificaciones, llegándose a las siguientes ecuaciones:

n

n

T

1ln

1 (4)

12 cNr (5)

Page 52: Apostila MetodologiaFinal

52

25,0 VSb

Nn r

r

(6)

2

1

2

2

1

2

2 114

TTV

cNv (7)

25,0 VSb

Nn v

v

(8)

Donde: m = razón del declive wind-on; m1 = razón del declive wind-off; c = momento de inercia del área de las aletas; T = período wind on; T1 = período wind off; V = velocidad del flujo de aire; S = área del estabilizador; b = envergadura del estabilizador.

DESCRIPCION DEL EQUIPO

El equipo usado consiste de un eje montado sobre un grupo de rolamientos conjugados

axial y radialmente. En la parte superior del eje se sujeta la aeronave y en la parte inferior, un grupo de poleas, responsables por el movimento de un potenciómentro, registra las oscilaciones. En el mismo eje, en la parte inferior, se fija un hasta en el que están un par de resortes.

Fig. 3: Equipo de Oscilación.

Leyenda de la figura 3 es:

1 - Modelo a ser ensayado; 2 - Abrazadera; 3 - Eje; 4 - Pared del túnel de viento; 5 - Fijación del grupo; 6 - Montaje de rolamientos; 7 - Lámina de fijación; 8 - Potenciómetro; 9 - Hasta para fijar el resorte; 10 - Polea; 11 - Resorte.

Después de sufrir la perturbación, la aeronave oscila y este movimento se identifica a

través del potenciómetros, que varía de 0 a 5 Voltios. La variación en el voltaje es codificada a través de un equipo electrónico (PIC de estructura RISC con capacidad de 64Kbytes) y enviada para una computadora personal a través de un programa en Qbasic. Este programa es responsable por la recopilación de los datos enviados por el circuito eletrónico a través de una puerta de serie de una computadora personal (PC). Dicho programa recibe las señales enviadas a través del procesador PIC y graba los datos en 3 matrices en un archivo Data.log. Este archivo

Page 53: Apostila MetodologiaFinal

53

puede leerse en softwares como EXCEL o Matlab. Con los datos de la planilla se construye el gráfico de la oscilación y se calcula el declive (Figura 4).

Wind-off

0

1000

2000

3000

4000

0 2 4 6 8 10 12

Tempo (s)

Am

pli

tud

e

Figura 4 – Ejemplo de la oscilación (wind-off).

Datos recuperados en el PIC

El microcontrolador de estrutura RISC incorpora un conversor externo de 12 Bits con comunicación serial. Los datos se tranfieren para la computadora a través de la puerta serial. Los datos se montan en una estructura hexadecimal en dos columnas: la 1

a es el valor más

significante y la 2a es el menos significante.

Hay una variación de 0 a 5 Voltios del potenciómetro dividido por 4084, que es el paso (step). Entonces:

0012,04084

5Re (9)

El tiempo de recopilación de cada dato, se establece a través de la velocidade de recopilación del equipo, que es de 9600 BPS–bytes por segundo.

st 0024,09600

20 (10)

Se tratan los datos recuperados a través de un PC en una planilla y se transforman de hexadecimal para decimal.

Para hacer la transformación, se multiplica la Primera columna por 256 y se suma con la Segunda.

Amplitudex ª2256ª1 (11)

El tiempo es el propio tiempo de recopilación de los datos. Cada valor se recupera a cada 0,0024s. De esta forma, el primer dato tiene un tiempo de 0,0024s y el segundo de 0,0048, hasta que el ciclo de oscilaciones se concluya. El tiempo promedio de recopilación de datos fue, alrededor, de 12 segundos en la condición wind-off, hasta que hubo la amortiguación total y el final del ciclo de las oscilaciones. La situación sin viento (wind-off) fue el que presenta período más grande, porque la amortiguación sólo se debió al efecto de los dos resortes.

En la situación wind-off, de una manera general , se recuperaron, aproximadamente, 5.000 líneas. En la tercera columna está el tiempo de cada dato y en la cuarta columna, la amplitud de las oscilaciones. El gráfico de las oscilaciones fue hecho con la tercera y cuarta columna.

PROCEDIMIENTO EXPERIMENTAL

Considerando la razón de declive, se tiene:

1ln

1 0

nT

(4)

Donde el declive es la amplitud del primer pico dividida por el pico siguiente, y así sucesivamente, aplicando después el logaritmo neperiano del promedio y multiplicándose por el inverso del período promedio de las oscilaciones.

Este procedimiento se hace en las condiciones de winid-off y wind-on, substrayendo el declive wind-on del de wind-off. El resultado es la razón de amortiguación referida al estabilizador, porque las restricciones mecánicas (resorte y fricción), salen del resultado, ya que el modelo osciló con el túnel desconectado. Se tiene así:

offonTotal (12)

Con estos resultados se hace el gráfico relativo al declive de las oscilaciones. Variándose el área del estabilizador, se modifican los valores del declive. A seguir se presenta un ejemplo

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práctico en el que se utilizó un modelo de cohete para el ensayo, donde se probaron dos estabilizadores diferentes: Estabilizador 1 - área = 0.0078 m

2. Estabilizador 2 – área = 0.0067 m

2.

Condiciones del ensayo: Presión Atmosférica = 760 mm Hg = 0,76 m Hg Temperatura =20

oC = 273 K

Betz = 25,6,=> 0,0256 m H2O

= 1,202052 Kg/cm3

Velocidad del Flujo V = 19,78 m/s Masa del Estabilizador = 0,0353 kg Área del Estabilizador S = 0,0078 m

2

Momento de Inercia c = 0,001101 kg/m2

Envergadura del estabilizador b = 0,067 m

Tabla 1 – Resultados del estabilizador 1

Período (s) ln

Wind-off 0,520 -0,123 -0,237

Wind-on 0,439 -0,129 -0,293

Tabla 1A – Resultados del estabilizador 1

Nr kgm

2/s

nr Nv kgm

2/s

nv

Wind-off - - - -

Wind-on -0,0001 -0,149 0,003 3,828

Datos experimentales del estabilizador 2: Masa de las aletas = 0,03567 Kg Área de las aletas S = 0,03567 Kg Momento de Inercia c = 0,000956 Kg/m

2

Envergadura de la aleta b = 0,067 m

Tabla 2 – Resultados del estabilizador 2.

Período (s) ln

Wind-off 0,5752 -0,132 -0,2297

Wind-on 0,4826 -0,139 -0,2888

Tabla 2A – Resultados del estabilizador 2.

Nr kgm

2/s

nr Nv kgm

2/s

nv

Wind-off - - - -

Wind-on -0,0001 -0,158 0,0023 3,321

Con estos datos se construye el gráfico correspondiente al declive.

Decaimento das Oscilações

-0,2

-0,15

-0,1

-0,05

0

0 2 4 6

Número de Ciclos

Ln

(F

i0/F

i (n

-1)

Wind-off

Estabilizador 1

Estabilizador 2

Figura 5 – Declive de las oscilaciones.

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55

-0,4

-0,35

-0,3

-0,25

-0,2

-0,15

-0,1

-0,05

0

Ad

imen

sio

nal

1 2

Estabilizador

Razão de Decaimento

Wind-off

Wind-on

Figura 6 – Razón del declive.

CONCLUSIONES

El Método de Oscilación libre, desarrollado originalmente por SIMMONS (1920), para el análisis de la estabilidad lateral en dirigibles, se mostró eficaz para el estudio con cohetes.

El equipo de oscilación desarrollado para este trabajo, además de usarse para los cohetes, como lo demuestra IZOLA (1997), también puede usarse para otras aeronaves, como aviones y dirigibles. Con el uso de un controlador de PIC, fue posible establecer el período exacto de las oscilaciones. Siendo estos datos recuperados automáticamente a través de un software de recopilación de datos, se pudo hacer un análisis preciso de los resultados, ya que la capacidad del equipo es de 4084 puntos por segundo. Así se tiene una cantidad de datos en un intervalo de tiempo fijo, no habiendo necesidad de establecer un promedio de los períodos, como fue hecho en el experimento realizado por SIMMONS (1920).

Se puede concluir, que mientras más grande el estabilizador, más grande será la razón del declive. Sin embargo, vale la pena destacar que, siendo más grande el área del estabilizador, el rastro (la marca) debido al ángulo de ataque vertical también es más grande. Por lo tanto, el estabilizador ideal debe ser aquel capaz de estabilizar lateralmente el modelo y que tenga la menor área posible, como lo demuestra IZOLA y CATALANO (1997).

En el ejemplo dado, los dos estabilizadores satisfacen la condición de estabilidad, porque el cono de las oscilaciones es convergente. De esta forma, puede escogerse el de área más pequeña.

Para un mejor resultado, se debe combinar este experimento con otro, para la medida de rastro (huella o deslizamiento).

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1]GLAUERT, H and Cowley, W. L. The Efect of the Lag of the Downwash on the Longitudinal Stability of an Aeroplane on the Rotary Derivative Mq. R&M. 1921. [2]IZOLA, DAWSON TADEU – Análise da Oscilação Lateral de Foguetes Balísticos através do Método de Oscilação Livre, Dissertação de Mestrado, EESC-USP, 1997. [3]IZOLA, DAWSON TADEU and CATALANO, FERNANDO MARTINI.: Método de oscilação livre para análise da perturbação lateral de um foguete em vôo balístico. III CIDIM – Congresso Ibero-americano de Engenharia Mecânica. Cidade de Havana – Cuba. Anais. 1997.

[4]MORAES, Ricardo Ferreira, Santos, João Paulo Cursino. Uma Abordagem sobre Guiagem e Controle de Mísseis. Revista Militar de Ciência e Tecnologia. Vol. XIII – Nº 4 – 1996. [5]SIMMONS, L. F. G. and A. R. C. Sc. E H. Bateman, B. Sc. – A Method for Determining the Rotary Derivatives Mq and Nr of Models. - R&M nº 665 – 1920. [6]SIMMONS L. F. G. and A. R. C. Sc. E H. Bateman, B. Sc. – Note Relating to two Methods in use for Determining Rotary Derivatives of Models. - R&M nº 711 – 1921.

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Paper Number

CONTROLADOR DE ALTITUDE PARA AERONAVES RADIOCONTROLADAS

Dawson Tadeu Izola José Antônio G. Croce

Fernando Martini Catalano Universidade de São Paulo

Luiz H. Corrêa Bernardes

NOXXON Tecnologia

Departamento de Engenharia Mecânica - EESC-USP – Laboratório de Aeronaves Avenida Dr. Carlos Botelho, 1456 - CEP 13560-250 São Carlos - SP - Brasil

TEL. + 55 16 274-3444 - Ramal 3059 FAX: +55 16 274-9280 E-mail: [email protected]

RESUMO

Aeronaves destinadas a obtenção de fotografias aéreas devem realizar o vôo paralelo ao solo com variação de altitude inferior a 5 metros, para que não haja comprometimento da escala das fotos. Mudando a altitude de vôo a aeronave pode também alterar o equilíbrio lateral e longitudinal. Utilizando dois sensores para coleta de dados da aeronave, faz-se o controle de altitude. Com um sensor de pressão estabelece-se o cálculo de altitude, e um acelerômetro é o sensor de posição responsável pela estabilidade longitudinal da aeronave. Com um computador de bordo fixa-se a altitude de vôo desejada ainda no solo, após a decolagem da aeronave o sistema é acionado fazendo com que o avião atinja a altitude desejada. Utilizando as equações dinâmicas responsáveis pelo equilíbrio da aeronave, residentes no computador de bordo, interagindo com os observadores, estabelece-se a resposta do profundor capaz de garantir a altitude desejada e a estabilidade longitudinal do avião. A ação do profundor é responsável pelo movimento de subida e descida da aeronave. Ensaios em túnel de vento demonstraram a eficiência do sistema, principalmente relativo à estabilidade longitudinal de período curto.

INTRODUÇÃO

Para alterar a altitude de vôo em uma aeronave, altera-se o ângulo do profundor, este movimento modifica o ângulo de ataque da aeronave fazendo com que aconteça a mudança na altitude.

O sistema fixador de altitude desenvolvido consiste em um sensor de pressão que estabelece uma relação entre a pressão atmosférica e a altitude.

Com o valor da pressão atmosférica , um software residente no computador de bordo movimenta o profundor em ângulos de +5

o , -5

o e zero graus de acordo com o equilíbrio

longitudinal até que a altitude fixada seja alcançada. Paralelo ao fixador de altitude, interage um giroscópio com sistema de controle que

funciona como aumento de estabilidade longitudinal, fazendo com que aconteça o amortecimento das oscilações de período curto, no instante em que a aeronave estiver voando em ângulo de ataque para atingir a altitude fixada.

Para se determinar a estabilidade estática, realizou-se uma análise sobre a tendência da aeronave em retornar à sua posição original após a perturbação. A estabilidade estática está relacionada com a posição relativa entre o CA e CG, por outro lado a estabilidade dinâmica depende da freqüência de oscilação. Uma aeronave ao sofrer uma perturbação longitudinal passa a voar em ângulo de ataque, e pode oscilar em torno de sua posição inicial de equilíbrio. Com objetivo de identificar o período e a razão de decaimento das oscilações realizou-se um experimento utilizando o Método de Oscilação Livre, descrito por SIMONNS (1920).

Para o desenvolvimento do sistema de controle de altitude, analisou-se o modelo com o profundor com ângulo 0, 10, 20, -10 e -20 graus. O objetivo deste experimento foi para analisar a estabilidade longitudinal da aeronave com a ação do profundor e estabelecer o ângulo do profundor em que independente da velocidade aconteça uma razão de subida da aeronave sem comprometimento da estabilidade longitudinal.

Quando a aeronave atingir a altitude fixada, o computador de bordo inicia o processo para realizar as fotos aéreas. Por intermédio de um Pitot estabelece-se a velocidade do avião, com este dado, o computador de bordo, controla o intervalo entre uma foto e a seguinte, fazendo com que seja possível a montagem de mosaicos com a seqüência de 4 fotos.

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57

DESCRIÇÃO DO EQUIPAMENTO O equipamento utilizado para análise da estabilidade longitudinal consiste em uma haste principal onde é fixado o modelo a ser ensaiado.

O modelo é fixado por intermédio de um rolamento. O eixo do rolamento é unido a um potenciômetro que transmite a oscilação de forma análoga a um sistema codificador A/D (analógico digital). Na parte inferior do modelo é fixado uma par de molas fixadas na haste principal por uma haste transversal. O par de molas é responsável pelo incremento das oscilações como descreveu SIMONNS (1920).

Figura 3 Detalhe do mancal

Depois de sofrer a perturbação, a aeronave oscila e este movimento é identificado através do potenciômetro que varia de 0 a 5 Volts. O sinal é codificado para digital e gravado em uma planilha através de um computador pessoal.

Figura 4 Equipamento de Oscilação

Figura 5 Detalhe da montagem com molas

A variação na voltagem é codificada através de um equipamento eletrônico (PIC de

estrutura RISC) e passada para um computador pessoal através de um programa em Qbasic.

Page 58: Apostila MetodologiaFinal

58

O programa em Qbasic é responsável pela aquisição de dados enviados pelo circuito eletrônico através da porta serial de um computador pessoal. Este programa, recebe sinais enviados através do controlador PIC, e grava os dados em 3 matrizes em um arquivo Data.log, este arquivo pode ser lido em softwares como o Excel ou Matlab. Com os dados da planilha plota-se o gráfico da oscilação e calcula-se o decaimento (figura 6).

Wind-off

0

1000

2000

3000

4000

0 2 4 6 8 10 12

Tempo (s)

Am

pli

tud

e

Figura 6 Exemplo de oscilação (wind-off)

Wind-on

0

1000

2000

3000

0 2 4 6 8

Tempo (s)

Am

pli

tud

e

Figura 7 Exemplo de oscilação (wind-on)

A situação sem vento (wind-off) é a que apresenta período maior, pois o amortecimento é

somente devido ao efeito das duas molas.

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Utilizando o Método de Oscilação Livre descrito por SIMMONS(1920), foi construído o modelo da aeronave com as mesmas características do aeromodelo responsável pelo sistema de fotos aéreas. O modelo é analisado nas condições com vento e sem vento (wind-on e wind-off). As oscilações são simuladas em um equipamento que permite ao modelo oscilar preso ao CG. Características do Aeromodelo para foto aérea: Envergadura: 1,8m; Corda: 0,25 m; Asa: Polidiedral; Comandos: Leme e profundor; Motor; 0,35 HP; Hélice: 11 pol; Massa: 1,2 kg; O modelo foi construído em madeira balsa e entelado com plástico monokote. O modelo está em escala 1:30. Características do modelo para ensaio aerodinâmico: Envergadura: 0,06m; Corda: 0,008 m; Asa: Polidiedral; Comando: profundor; Massa: 0,6 kg.

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Através da comparação dos resultados (wind-off e wind-on) se estabelece as forças resistivas do equipamento e o decaimento das oscilações. O objetivo do experimento é estabelecer as derivadas de amortecimento longitudinal do modelo. Para cálculo do momento de inércia, considerou-se a área e a massa do estabilizador, como SIMMONS(1920), descreveu no experimento de oscilação livre que realizou utilizando dirigíveis. Utilizou-se o túnel de vento LAE-1, do Laboratório de Aeronaves da USP.

Figura 8 Túnel LAE1

Este túnel é de circuito aberto, tipo N.P.L., com câmara de ensaio hexagonal, fechada, com área de seção transversal de 0,526 m

2 e comprimento de 1,63 m. Pode atingir velocidades

de até 60 m/s mas, durante os ensaios preferiu-se não ultrapassar a velocidade de 15 m/s, pelo fato da fase mais crítica das oscilações acontecerem quando o avião voa em baixas velocidades.

Análise dos valores de Nv e Nr do modelo foram realizados utilizando as equações do Método de Oscilação Livre descrito por SIMMONS(1920).

Determina-se os valores das derivadas nv e nr para serem analisados os momento de arfagem devido ao deslizamento Nv e o momento de arfagem devido a relação de Nr do modelo.

dados:

Ln off = -0,10746 Período off = 0,2578 s Ln on = -0,09519 Período on = 0,2558 s Área do estabilizador: 0,004879 m

2

condições do ensaio:

Betz = 0,0103 mH2O

Temperatura = 25o C

Pressão = 0,75 Nm2

Massa estabilizador = 0,077 kg Envergadura = 0,119 m

Resultados:

Momento de inércia c = 0.001503 m.kg

Densidade do ar () = 1.166332 kg/m3

Velocidade do fluxo V = 12.715343 m/s

Decaimento wind-off = -0.416835

Decaimento wind-on = -0.372127

Valor de Nr wind-on Nr = 0.000134 kgm2/s

Valor de nr wind-on nr = 0.131136

Valor de Nv wind-on Nv = 0.001267 kgm2/s

Page 60: Apostila MetodologiaFinal

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Valor de nv wind-on nv = 1.236154 O movimento do profundor é feito por intermédio de um atuador eletromecânico fabricado pela FUTABA.

Utilizando um radiotransmissor movimentou-se o profundor para a coleta de dados na oscilação. O modelo foi construído com o profundor capaz de se movimentar em ângulos entre 30 graus positivos e 30 graus negativos.

Figura 9 Atuador eletromecânico

Para analisar a resposta do modelo com a ação do profundor, repetiu-se o experimento de oscilação com o profundor em 10 e 20 graus positivos e 10 e 20 graus negativos.

Figura 10 Profundor em ângulo

RESUMO DOS RESULTADOS

Tabela 1 Resultados Período (s) Ln Nr

kgm2/s

nr Nv kgm

2/s

nv

Wind off

0,2578 -0,1074

-0.4168 - - - -

Wind on

0,2558 -0,0951 -0.3721

0.0001 0.1311 0.0012 1.2361

Wind on

(10o)

0.1836

- 0.0883 -0.4812 -0.0001

-0.1474 0.0543 41.3900

Wind on (20

o)

0,2103 -0.0515

-0.2453 0.00001 0.0410 0.0029 2.3848

Wind on

(-10o)

0,1930 -0,1411 -0.7311

-0.0009 -0.7817 0.0463 38.3209

Wind on

(-20o)

0,2004 - 0.1535 -0.7660

-0.0010 -0.8683 0.0382

31.6269

Page 61: Apostila MetodologiaFinal

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Razão de decaimento com profundor em ângulo

-0,3

-0,2

-0,1

0

0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4

Número de ciclos (n)

Ln

(F

i0/F

in)

Prof. 10

Prof. 20

Prof. -10

Prof. - 20

Figura 11 Razão de decaimento com profundor em ângulo

CALIBRAÇÃO DO SENSOR DE PRESSÃO O sensor de pressão utilizado para a tomada do dado de altitude do modelo é um sensor de pressão da Motorola, tipo MPX 5100. Para a calibração deste sensor, com a intenção de relacionar o valor de sua saída com a altitude, montou-se um experimento que relacionou o dado de saída do sensor com o valor correspondente em um micromanômetro do tipo de Betz. A Figura 12 apresenta a descrição do experimento.

Figura 12 Esquema geral do Experimento

Conforme pode ser visto na Figura 12, o sensor de pressão está ligado ao micromanômetro de Betz e à seringa, formando assim um linha de pressão fechada. Assim, quando é variada a posição do êmbolo da seringa, tanto o sensor de pressão quanto o Betz são solicitados com a mesma pressão.

Com este procedimento é possível a calibração do sensor a partir da leitura obtida no Betz.

y = 0,6462x - 3632,5

3024

3025

3026

3027

3028

3029

3030

3031

10304 10305 10306 10307 10308 10309

Pressão Atmosférica (mmH2O)

Leit

ura

do

sen

so

r (m

V)

Figura 13 Relação entre pressão e a leitura do sensor

Com a relação gerada pela reta ajustada aos pontos lidos, chega-se a uma relação entre a pressão em milímetros de coluna de água e a leitura correspondente no sensor de pressão. Isto

Page 62: Apostila MetodologiaFinal

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consiste no primeiro passo para a determinação da relação geral da leitura do sensor com a altitude correspondente. Para determinar esta relação necessita-se primeiro de uma relação que gere correspondência entre a pressão atmosférica e a altitude.

Como é de conhecimento geral, dentro da troposfera a altitude está linearmente relacionada com a pressão atmosférica local. Desta forma, fazendo a correlação com os dados disponíveis sobre a relação da pressão atmosférica com altitude e usando a equação gerada pela reta ajustada no gráfico para calcular a leitura correspondente a cada pressão atmosférica adotada, pode-se relacionar todas as variáveis.

y = -0,6661x + 2991,4

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

0 1000 2000 3000 4000

Altitude (metros)

Leit

ura

Sen

so

r (m

V)

Figura 14 Relação entre altitude e a leitura do sensor

Assim a equação da reta ajustada aos pontos da Figura 14 é a relação da altitude com a leitura medida no sensor de altitude. CALIBRAÇÃO DO PITOT Para a calibração do Pitot relacionou-se a pressão lida no Betz com o valor gerado pelo sensor, estabelecendo assim a equação da velocidade. O Pitot construído foi ligado às entradas do sensor. Esta configuração foi de tal forma ajustada para que o sensor medisse diretamente a pressão dinâmica do escoamento. As Figuras a seguir mostram os equipamentos construídos.

Figura 15 Tubo de Pitot

Figura 16 Montagem do tubo de Pitot

Page 63: Apostila MetodologiaFinal

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Figura 17 Tubo de Pitot no túnel

O procedimento experimental adotado consistiu em se variar a velocidade do túnel de vento LAE-2 e fazer a leitura no sensor via aquisição de dados no computador. Como dado de comparação, a variação de velocidades do túnel era lida em pressão dinâmica em um micromanômetro de Betz. A seguir é mostrado os dados obtidos.

y = -3,0138x + 1217,3

0

5

10

15

20

25

30

396 397 398 399 400 401 402 403

Pd Sensor

Pd

Betz

Figura 18 Relação entre pressão a dinâmica e o sensor

A Figura 18 mostra o gráfico gerado pelos dados coletados. Foi ajustado um reta aos dados gerados e desta forma tem-se a relação algébrica entre a leitura do sensor e a pressão dinâmica. Fazendo ainda uso da equação de velocidade e pressão dinâmica, obtém-se diretamente a velocidade como função da leitura do sensor. Estas relações serão programadas no computador de bordo da aeronave para uso do sistema de fotos aéreas. SISTEMA DE CONTROLE Como elemento de controle dinâmico da aeronave usou-se um simples sistema de malha aberta para controlar a altitude.

O sistema consiste em um seguidor de um sinal de altitude desejada colocado como uma das entradas. Ainda tem-se outra entrada que consiste no sinal da leitura do sensor de altitude.

Os dois sinais são comparados e a diferença entre eles é enviada para o computador de bordo da aeronave que enviará um sinal para o sistema que gera movimento no profundor.

Enquanto o computador de bordo não parar de acusar diferença entre as duas entradas o sinal para o profundor não é desativado.

Como este sistema fixador de altitude não controla a estabilidade longitudinal da aeronave, ainda faz parte do projeto o uso de um giroscópio com sistema de controle, que interage em paralelo com o fixador de altitude. A seguir é apresentado o diagrama de blocos do sistema de controle.

Page 64: Apostila MetodologiaFinal

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Figura 19 Diagrama de blocos do sistema de controle

O sinal de referência na entrada do sistema é um valor de altitude desejado que é gravado no programa de controle. Nesta fase do experimento a altitude desejada foi fixada em 300 metros. Pode-se ver pela Figura 19 que o giroscópio está colocado em paralelo com a entrada do servo, o que torna possível o controle da estabilidade da aeronave mesmo quando em processo de subida ou descida para atingir a altitude controlada.

O dado que é enviado ao computador de bordo sobre a velocidade é usado para o controle da formação do mosaico de fotos que a aeronave tem como objetivo.

Figura 20 Equipamentos utilizados no controle

Com a análise experimental da aeronave com o profundor variando de (-20 a + 20) graus, estabeleceu-se as condições de amortecimento. A velocidade da aeronave foi fixada em 10m/s e o ângulo do profundor em 5 graus positivos ou 5 graus negativos. Com estes dados a aeronave atinge a altitude fixada em 300 metros.

Ao atingir a altitude de 300 metros o computador de bordo posiciona o profundor com zero grau e faz a leitura da velocidade por intermédio do Pitot..

Com o valor da velocidade estabelece-se o intervalo entre as fotos. Com estes dados realiza-se uma seqüência de 4 fotos.

Page 65: Apostila MetodologiaFinal

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LÓGICA DO CONTROLE Utilizando a equação gerada por intermédio da relação entre a altitude e o sensor de pressão tem-se:

4,29916661,0 xy (1)

Onde: y = Leitura do sensor x = Altitude em metros Assim: Para 0 metros tem-se:

y = 2991,4

Para 300 metros tem-se:

y = 2791,570

Relação entre altitude zero e 300 metros:

y = 199,830 A diferença entre a leitura do sensor com altitude de zero metros e o valor com altitude de 300 metros é a variação na leitura do sensor independente da altitude de referência em que se realizará o vôo. Com a equação gerada por intermédio da relação do sensor com a velocidade tem-se:

3,12170138,3 xy (2)

Onde: y = Pressão dinâmica no Betz (Pd) x = valor da leitura no sensor

Utilizando = 1,293 (atmosfera padrão), estabelece-se a velocidade.

Pdv

2 (3)

Assim:

293,1

2yv (3)

O programa de controle estabelece uma relação entre a velocidade da aeronave e o tempo entre uma foto e outra, este controle possibilita a montagem de mosaicos com a seqüência de fotos.

Page 66: Apostila MetodologiaFinal

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Figura 21 Fluxograma do programa de controle

O computador de bordo utilizado é o Basic Stamp, com capacidade de 64 Kbytes. Além do fixador de altitude o computador de bordo controla a operação da câmara fotográfica, estabelecendo o intervalo ótimo entre uma foto e outra.

O computador de bordo faz também a leitura de luminosidade por intermédio de um sensor na própria câmara fotográfica, controlando assim a velocidade do obturador em função da luz natural.

No final da seqüência de 40 fotos o computador de bordo desliga o fixador de altitude e rebobina o filme.

O comando da aeronave via rádio é incrementado de forma que sempre que o operador assumir o comando, o fixador de altitude seja desligado, evitando assim conflito de informações.

Figura 22 Exemplo de fotos aéreas

Page 67: Apostila MetodologiaFinal

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CONCLUSÕES

Os ensaios de estabilidade longitudinal demonstraram que a aeronave é estável longitudinalmente, apresentando oscilações convergentes, com variação do profundor de –10, -20, 0, 10 e 20 graus de ângulo no profundor.

Observou-se a resposta da aeronave, com profundor em ângulo de 5 graus, até que se atinja a altitude fixada de 300 metros, neste ensaio identificou-se a ineficiência do sistema para amortecer as oscilações de período longo, fazendo com que a aeronave oscilasse até que fosse atingida a altitude fixada. A aeronave destinada à obtenção de fotos aéreas de pequeno formato pode servir de alternativa de baixo custo para usuários, que não necessitem de alta definição nas imagens. Neste trabalho desconsiderou-se a velocidade do avião para composição do sistema de controle, visto que o computador de bordo utilizado não tem espaço na memória para trabalhar com mais esta variável. Para continuidade deste trabalho é importante aumentar a capacidade do computador de bordo para que a resposta do profundor seja em função da velocidade, mantendo assim uma inclinação ótima independendo da velocidade da aeronave. Como foi utilizado um giroscópio com sistema de controle pronto, observou-se nos ensaios que as oscilações de período longo não foram amortecidas a contento. Para trabalhos futuros, o ideal é que o giroscópio faça parte do sistema de controle interagindo com o fixador de altitude. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BENDAT, J. S. The Hilbert Transform and Applications to Correlation Measurements. Brüel & Kjaer. 1985. BONNIN, J..: “Mécanique Expérimentale des Fluides”. Paris-França. A LA Même Librairie - 1964. CATALANO, F. M. – Projeto, Construção e calibração de um Túnel Aerodinâmico de circuito aberto Tipo N.P.L de Secção Transversal Hexagonal, Dissertação de Mestrado, EESC-USP, 1988. COOK, G. E. – Ministry of Aviation ARC Current CP 523, London: 4.M.S), 1960.

CORRÊA, LUIZ HENRIQUE BERNARDES.: "Basic Stamp Manual do Usuário". São Paulo - SP.

General Soft, 1995. FOX, J. (1992). The Problem of Scale in Comunity resource Mangement. In: Environmental Managment, Vol. 16, n

o 3.

GLAUERT, H and Cowley, W. L. The Efect of the Lag of the Downwash on the Longitudinal Stability of an Aeroplane on the Rotary Derivative Mq. R&M.1921. HEBBAR, S. K. at al. Hight-Angle-of-Atack Wind-Tunnel Investigation of a Multimission Vehicle. AIAA. June 28. 1994. HOERNER, F. SIGHARD.: “Fluid - Dynamic Drag”. Great Britain, 1965. IZOLA , D. T. (1994). Foto Aérea com Foguetes de Pequeno Porte. Núcleo Discente de Tecnologia. FATEC, São Paulo. IZOLA, Dawson Tadeu.: “Lançamento de Micro-sonda com Câmara Fotográfica para Análise de Solos”. In: Brazilian Symposium on Aerospace Technology, n.II – São José dos Campos - SP. Anais . INPE 1994. ROSKAM, Jan – Preliminary Calculation of Aerodynamic Thrust and Power Characteristics – University of Kansas – Lawrence, Kansas, 1987. SIMMONS, L. F. G. and A. R. C. Sc. E H. BATEMAN, B. Sc. A Method for Determining the Rotary Derivatives Mq and Nr of Models. - R&M nº 665 – 1920. SIMMONS L. F. G. and A. R. C. Sc. E H. BATEMAN, B. Sc. Note Relating to two Methods in use for Determining Rotary Derivatives of Models. - R&M nº 711 - 1921 THRANE, N at al. Pratical use of the Hilbert Transform. Brüel & Kjaer. Application Note. 1984. W, L, COWLEY and H. GLAUERT – The Effect of the Lag of the Downwash on the Longitudinal Stability of an Aeroplane and on the Rotary Derivative Mq. - R&M nº 718 – 1921

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APENDICE B – Exemplo de Projeto de Pesquisa (Comentado)

PROPOSTA DE PROJETO

Exemplo de proposta de projeto. 01- TÍTULO DO PROJETO Pequeno resumo da proposta de projeto. 02- ÁREA DE ATUAÇÃO Informática, Logística, Plásticos, Ciência aplicada, Ciência pura. 03- CLASSIFICAÇÃO Iniciação Científica. Projeto tecnológico Projeto de pesquisa 04- ORIENTADOR RESPONSÁVEL Prof. Orientador do projeto. 05- EQUIPE ENVOLVIDA Professores e alunos. 06- AUTOR(S) Conforme a proposta de regimento 07- DATA DA SOLICITAÇÃO 07- DATA DE APROVAÇÃO PELO CONSELHO 08 – PARECER Parecer do Conselho Diretor. 09 - JUSTIFICATIVA

Aplicação da pesquisa ou projeto proposto. 10- OBJETIVOS Qual o principal objetivo a ser alcançado 11 - PARCERIAS COM EMPRESAS OU INSTITUIÇÕES Empresa ou Instituição em parceria para desenvolvimento

do projeto. 12- METODOLOGIA Estudo teórico, experimentação, estatística, etc. 13 - CRONOGRAMA ANUAL Detalhado com metas a cada 4 meses. 14- PRODUTO FINAL (DETALHAMENTO) Produto, artigo, monografia, patente, livro, manual, etc. 15 - HORÁRIOS DISPONÍVEIS PARA TRABALHO Mínimo de 10 horas semanais. 16- FINALIDADE - UTILIZAÇÃO DOS RESULTADOS Benefícios – beneficiados 17- RECURSOS MATERIAIS (LABORATÓRIOS E EQUIPAMENTOS) Máquinas e equipamentos necessários ao projeto.

Page 69: Apostila MetodologiaFinal

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18 - RECURSOS FINANCEIROS Valor estimado do projeto com detalhamento dos gastos. 19 – Referências Bibliográficas Trabalhos acadêmicos utilizados no objeto de estudo segundo normas da ABNT.

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APENDICE C – Exemplo de Patente

“DIRIGÍVEL GEOESTACIONÁRIO”

Refere-se a presente invenção a uma aeronave geoestacionária com missão de

base fixa para retransmissão e coleta de dados atmosféricos por intermédio de uma antena e

sensores coletores. O equipamento consiste em uma aeronave mais leve que o ar atmosférico que

consegue a sustentação por intermédio de hidrogênio conseguido com a quebra das moléculas de

lítio líquido levado à bordo e que consiste no combustível da aeronave, obtendo assim oxigênio e

hidrogênio, que poderão ser utilizados também como comburente e oxidantes para funcionamento

dos motores a reação de posicionamento, a energia utilizada para a quebra das moléculas é

conseguida por intermédio de células solares dispostas ao longo do envelope. No desenho que

forma este relatório a Figura 1 constitui o sistema de retransmissão de dados com a aeronave

geoestacionada realizando a ponte (C) entre os pontos (A) e (B). Pela numeração, (1) corresponde

ao envelope do dirigível semi-rígido, (2) corresponde à carga útil da aeronave, compreendendo:

sistemas de navegação; sistemas de controle da aeronave; controle de empuxo; sistema de

aquisição de dados, sistema de retransmissão de dados. (3) corresponde à antena de

comunicação com bases em terra.

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71

REIVINDICAÇÕES

1) “DIRIGÍVEL GEOESTACIONÁRIO”, caracterizado por uma aeronave mais

leve que o ar, utilizando hidrogênio conseguido por intermédio da quebra das moléculas de lítio

líquido.

2) “DIRIGÍVEL GEOESTACIONÁRIO”, de acordo com a reivindicação 1,

caracterizado por um sistema que permite à aeronave realizar missões de longa duração, pois

pode prover o gás necessário à sustentação.

3o ) “DIRIGÍVEL GEOESTACIONÁRIO”, de acordo com as reivindicações 1 e 2 ,

caracterizado por um dirigível geoestacionário com missão de retransmissão de dados e

sensoriamento remoto.

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RESUMO DA INVENÇÃO

“DIRIGÍVEL GEOESTACIONÁRIO”

A presente invenção refere-se a um dirigível geoestacionário, capaz de realizar

missões de longa duração com vôo na alta atmosfera e com missão de retransmissão de dados e

sensoriamento remoto.

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Figura 1

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Apêndice D – Textos

JEAN PIAGET

Jean Piaget é o mais conhecido dos teóricos que defendem a visão interacionista do desenvolvimento. Ele considerou que se estudasse cuidadosa e profundamente a maneira pela qual as crianças constroem as noções fundamentais de conhecimento lógico, tais como: tempo,espaço,objeto,causalidade e outros poderia compreender a gênese (ou seja, o nascimento) e a evolução do conhecimento humano.

Daí o nome dado a sua ciência de Epistemologia Genética, que é entendida como o estudo dos mecanismos do aumento dos conhecimentos.

Convém esclarecer que as teorias de Piaget têm comprovação em bases científicas. Ou seja, ele não somente descreveu o processo de desenvolvimento da inteligência mas, experimentalmente, comprovou suas teses.

IDÉIAS CENTRAIS DE SUA TEORIA

1 - A inteligência para Piaget é o mecanismo de adaptação do organismo a uma situação nova e, como tal, implica a construção contínua de novas estruturas. Esta adaptação refere-se ao mundo exterior, como toda adaptação biológica. Desta forma, os indivíduos se desenvolvem intelectualmente a partir de exercícios e estímulos oferecidos pelo meio que os cercam.

2 - Para Piaget o comportamento é construído numa interação entre o meio e o indivíduo. Esta teoria epistemológica (epistemo = conhecimento; e logia = estudo) é caracterizada como interacionista.

3 - Sua teoria nos mostra que o indivíduo só recebe um determinado conhecimento se estiver preparado para recebê-lo. Não existe um novo conhecimento sem que o organismo tenha já um conhecimento anterior para poder assimilá-lo e transformá-lo. O que implica os dois pólos da atividade inteligente: assimilação e acomodação. É assimilação a medida em que incorpora a seus quadros todo o dado da experiência; é acomodação a medida em que a estrutura se modifica em função do meio, de suas variações.

4 - O desenvolvimento do indivíduo inicia-se no período intra-uterino e vai até aos 15 ou 16 anos. A construção da inteligência dá-se portanto em etapas sucessivas, com complexidades crescentes, encadeadas umas às outras. A isto Piaget chamou de "construtivismo seqüencial".

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Bertold Brecht

Escritor e dramaturgo alemão. Adere desde muito cedo ao expressionismo e vê-se obrigado a fugir da Alemanha em 1933, após escrever a Lenda do Soldado Morto, obra pacifista que provoca a sua perseguição pelos nazis. Ao iniciar-se a Segunda Guerra Mundial começa uma longa peregrinação por diversos países. Em 1947, perseguido pelo seu comunismo militante, vai para os Estados Unidos. A partir de 1949, e até à sua morte, dirige na Alemanha Oriental uma companhia teatral chamada do Berliner Ensemble.

A produção teatral de Brecht é abundante. No conjunto das suas obras tenta lançar um olhar lúcido sobre o mundo moderno. Na Ópera de Três Vinténs dirige o seu olhar crítico para a organização social. Na intenção de actualizar o teatro épico, escreve uma série de obras em que recorre às canções e aos cartazes explicativos: Ascensão e Queda da Cidade de Mahagonny, Santa Joana dos Matadores, O Terror e a Miséria no Terceiro Reich, Der Aufhaltsame Aufstieg des Arturo Ui. Em O Senhor Puntila e o Seu Criado Matti e em A Boa Alma de Sé-Chuão recorre às parábolas do teatro oriental. Em Vida de Galileu, obra que não deixa de aperfeiçoar desde a sua primeira redacção, Brecht centra-se no papel e na responsabilidade do intelectual.

Bertolt Brecht é, além de dramaturgo, um importante teórico teatral. Nos seus Estudos sobre Teatro expõe a sua concepção cénica, baseada na necessidade de estabelecer uma distância entre o espectador e os personagens, a fim de que o ponto de vista crítico do autor desperte no espectador uma tomada de consciência. Destaca-se também na poesia, de forte conteúdo social.

Se os tubarões fossem homens

“ Se os tubarões fossem homens, perguntou ao senhor K. a filha de sua senhoria, eles seriam mais amáveis com os peixinhos? Certamente, disse ele. Se os tubarões fossem homens, construiriam no mar grandes gaiolas para os peixes pequenos, com todo tipo de alimento, tanto animal quanto vegetal. Cuidariam para que as gaiolas tivessem sempre água fresca e tomariam toda espécie de medidas sanitárias. Se, por exemplo, um peixinho ferisse a barbatana, lhe fariam imediatamente um curativo, para que não morresse antes do tempo. Para que os peixinhos não ficassem melancólicos, haveria grandes festas aquáticas de vez em quando, pois os peixinhos alegres tem melhor sabor do que os tristes. Naturalmente haveria também escolas nas gaiolas. Nessas escolas os peixinhos aprenderiam como nadar para a goela dos tubarões. Precisariam saber geografia, por exemplo, para localizar os grandes tubarões que vagueiam descansadamente pelo mar. O mais importante seria, naturalmente, a formação moral dos peixinhos. Eles seriam informados de que nada existe de mais belo e mais sublime do que um peixinho que se sacrifica contente, e que todos deveriam crer nos tubarões, sobretudo quando dissessem que cuidam de sua felicidade futura. Os peixinhos saberiam que este futuro só estaria assegurado se estudassem docilmente. Acima de tudo, os peixinhos deveriam voltar toda inclinação baixa, materialista, egoísta e marxista, e avisar imediatamente os tubarões, se um deles mostrasse tais tendências. Se os tubarões fossem homens, naturalmente fariam guerras entre si, para conquistar gaiolas e peixinhos estrangeiros. Nessas guerras eles fariam lutar os seus peixinhos, e lhes ensinariam que há uma enorme diferença entre eles e os peixinhos dos outros tubarões. Os peixinhos, iriam proclamar, são notoriamente mudos, mas silenciam em linguas diferentes, e por isso não podem se entender. Cada peixinho que na guerra matasse alguns outros, inimigos, que silenciam em outra língua, seria condecorado com uma pequena medalha de argaço e receberia um título de herói. Se os tubarões fossem homens, naturalmente haveria também arte entre eles. Haveria belos quadros, representando os dentes dos tubarões em cores soberbas, e suas goelas como jardim que se brinca deliciosamente. Os teatros do fundo do mar mostrariam valorosos peixinhos nadando com entusiasmo para as gargantas dos tubarões, e a música seria tão bela, que seus acordes todos os peixinhos,

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como orquestra na frente, sonhando, embalados, nos pensamentos mais doces, se precipitariam nas gargantas dos tubarões. Também não faltaria uma religião, se os tubarões fossem homens. Ela ensinaria que a verdadeira vida dos peixinhos começa apenas na barriga dos tubarões. Além disso se os tubarões fossem homens também acabaria a idéia de que os peixinhos são iguais entre si. Alguns deles se tornariam funcionários e seriam colocados acima dos outros. Aqueles ligeiramente maiores poderiam inclusive comer os maiores. Isso seria agradável para os tubarões, pois eles teriam com maior freqüência, bocados maiores para comer. E os peixinhos maiores detentores de cargos, cuidariam da ordem entre os peixinhos, tornando-se professores, oficiais, construtores de gaiolas, etc. Em suma, haveria uma civilização no mar, se os tubarões fossem homens.”

BRECHT, Bertold. Histórias do Sr. Keuner. São Paulo, Brasiliense, 1982. p. 54-6.

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PALAVRÃO - UMA TERAPIA

(POR MILLÔR FERNANDES) Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo fazendo sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia. Sem que isso signifique a "vulgarização" do idioma, mas apenas sua maior aproximação com a gente simples das ruas e dos escritórios, seus sentimentos, suas emoções, seu jeito, sua índole.

"Pra caralho", por exemplo. Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que "Pra caralho?” "Pra caralho" tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. A Via-Láctea tem estrelas pra caralho, o Sol é quente pra caralho, o universo é antigo pra caralho, eu gosto de cerveja pra caralho, entende? No gênero do "Pra caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "Nem fodendo!". O "Não, não e não!" e tampouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade "Não, absolutamente não!" substituem. O "Nem fodendo" é irretorquível, e liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida. Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro pra ir surfar no litoral? Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo "Marquinhos, presta atenção, filho querido”, NEM FODENDO!”. O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se encontrar com a turma numa boa e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Lupicínio”.

Por sua vez, o "porra nenhuma!" atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional. Como comentar a bravata daquele chefe idiota senão com um "é PhD porra nenhuma!", ou "ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma!". O "porra nenhuma", como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior. É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha. São dessa mesma gênese os clássicos "aspone", "chepone", “repone" e, mais recentemente, o "prepone" - presidente de porra nenhuma.

Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um "Puta-que-pariu!", ou seu correlato "Puta-que-o-pariu!", falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba... Diante de uma notícia irritante qualquer um "puta-que-o-pariu!" dito assim te coloca outra vez em seu eixo. Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.

E o que dizer de nosso famoso "vai tomar no cu!"? E sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai tomar no olho do seu cu!". Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: "Chega! Vai tomar no olho do seu cu!". Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima. Desabotoa a camisa e saia à rua, vento batendo na face,olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.

E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu!". E sua derivação mais avassaladora ainda: "Fodeu de vez!". Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e autodefesa.

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Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar: O que você fala? "Fodeu de vez!".

Sem contar que o nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "foda-se!" que ela fala. Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"? O "foda-se!" aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas. Me liberta. “Não quer sair comigo? Então foda-se!". “Vai querer decidir essa merda sozinho(a) mesmo? Então foda-se!". O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição Federal. Liberdade, Igualdade, Fraternidade e Foda-se.

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PRODUÇÃO ACADÊMICA DO PROFESSOR

(Área de atuação e orientação de trabalhos acadêmicos)

TESES E DISSERTAÇÕES

IZOLA, D. T. (1997). Análise da oscilação lateral de foguetes balísticos através do método de oscilação livre. São Carlos. 185p. Dissertação (Mestrado) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo.

IZOLA, D. T. (2003). Investigação de desempenho em aeróstatos de alta performance com propulsão de cauda. Escola de Engenharia de São Carlos – EESC-USP. Tese (Doutorado)/ no prelo/

TRABALHOS PUBLICADOS EM REVISTA INTERNACIONAL

IZOLA, D. T.; TAVARES, L. N.; CROCE, J. A. G.; CHAHADE, W. H. (2001). Sound measurement for the qualification and quantification of crepitus in knee osteorthritis (oa), compared with other conventional methods. In: CONGRESS OF THE INTERNATIONAL LEAGUE OF ASSOCIATIONS FOR RHEUMATOLOGY, 20., Edmonton, Alberta, Canada, 2001. Abstracts. Edmonton, Alberta, Canada. Journal of Rheumatology. suplement 63, v.28, p.33.

IZOLA, D. T.; CROCE, J. A.; CATALANO, F. M. (1999). Infomación Tecnológica: Equipo para el análisis de la oscilación lateral de aeronaves, Revista Internacional CIT, La Serena – Chile. 1999.

IZOLA, D. T.; PICOLLO, P.; CATALANO, F. M. (1998). Automação e Instrumentação:

Aerofotografias de baixo custo como instrumento de monitoramento ambiental. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.2, n2, p. 119-246, maio-ago.

CONGRESSOS INTERNACIONAIS

IZOLA, D.T. ; CATALANO, F. M. (1999). Study groups and project groups as an intrument in the

teaching of research and udergraduate students. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA MECANICA,15., Águas de Lindóia, 1999. Abstracts. Águas de Lindóia, EVENTUS.v.1, p.50.

IZOLA, D.T. ; CATALANO, F. M. (1999). Ocillation analysis of ballistics rockets by using free

ocillation. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA MECANICA,15., Águas de Lindóia, 1999. Abstracts. Águas de Lindóia, EVENTUS.v.1, p.73.

IZOLA, D.T; CATALANO, F. M. (1998). Equipamento para Analise da oscilação lateral de

aeronaves. In: CONGRESSO CHILENO DE INGENIERÍA MECÁNICA, 8., Universid de Concepción, 1998. Anais. Concepción, ACTAS. v.1 p. 985-989.

IZOLA, D.T. ; CATALANO, F. M. (1998). Medida de coeficiente de arrasto de foguetes balísticos

com balança aerodinâmica. In: CONGRESSO CHILENO DE INGENIERÍA MECÁNICA, 8., Universid de Concepción, 1998. Anais. Concepción, ACTAS. v.1 p. 1039-1043.

IZOLA, D. T.; PICCOLO, P. R.; CATALANO, F. M. (1998). Fotografias aéreas de baixo custo

como instrumento necessário ao ensino e a pesquisa. In: JORNADA DE EDUCAÇÃO EM SENSORIAMENTO REMOTO NO AMBITO DO MERCOSUL, 01., . Balneário Camburiú, Anais. Balneário Camburiú, INPE-CRI. v.1 p.109-112.

IZOLA, D. T.; CATALANO, F. M. (1998) Fotos aéreas de múltiplas escalas em único eixo. In:

CONGRESSO E EXPOSIÇÕES INTERNACIONAIS DE TECNOLOGIA DA MOBILIDADE - SAE BRASIL, 7., São Paulo. 1998. Anais. São Paulo, SAE International, v. P 982918 .

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IZOLA, D. T.; CROCE, J. A.; CATALANO, F. M. (1997). Determinação da margem estatística de foguetes balísticos através da comparação entre CG e CA. In: CONGRESSO IBEROAMERICANO DE INGENIERÍA MECÁNICA, 3., Facultad de Ingeniería Mecánica Instituto Superior Politécnico José Antonio Echeverría. Anais. La Habana, Cuba. 1998. CIDIM, v. 1.

IZOLA, D. T.; CATALANO, F. M. (1997). Método de oscilação livre para análise de perturbação

lateral de um foguete em vôo balístico. In: CONGRESSO IBEROAMERICANO DE INGENIERÍA MECÁNICA, 3., Facultad de Ingeniería Mecánica Instituto Superior Politécnico José Antonio Echeverría. Anais. La Habana, Cuba. 1997. CIDIM, v. 1.

IZOLA, D. T.; CATALANO, F. M. (1997). Levantamento aérofotogramétrico com foguete

monoestágio e monopropelente de combustível sólido. In: CONGRESSO IBEROAMERICANO DE INGENIERÍA MECÁNICA, 3., Facultad de Ingeniería Mecánica Instituto Superior Politécnico José Antonio Echeverría. Anais. La Habana, Cuba. 1997. CIDIM, v. 1.

IZOLA, D. T. (1994). Lançamento de micro-sonda com câmera fotográfica para análise do solo. In:

SIMPÓSIO BRASILEIRO DE TECNOLOGIA AEROESPACIAL - BSAT, 2., São Jose dos Campos. Resumo dos Trabalhos. São Jose dos Campos, 1994. ITA. v. 1 p. 181-183.

CONGRESSOS NACIONAIS

IZOLA, D. T.; BOSSO, T. F.; SANDRONI, N. C.; MONTEFUSCO, P. F.; PEREZ, F.; PREVIS, J.; MARIA, V. P. (2002). Monitoramento de veículos automotores pôr intermédio de sistema de aquisição de dados. In: SIMPÓSIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA, 4., São Paulo. FATEC-SP. Anais. São Paulo, 2002. FATEC-SP. v.1 p.16.

IZOLA, D. T.; BERNARDES, L. H. C.; OIKAWA, R. A. (2002). Biometria aplicada ao controle de acesso física. In: : SIMPÓSIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA, 4., São Paulo. FATEC-SP. Anais. São Paulo, 2002. FATEC-SP. v.1 p.17.

IZOLA, D. T.; LIMA, J. R.; GREGUI, R. G.; BERTELLI, P.; COMIN, U. (1999). Sistema de

recuperação de água utilizada em lava rápidos. In: ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – ENIC 99, 3., Universidade Cruzeira do Sul. Caderno de Resumos. São Paulo, 1999. UNICSUL.v.1 p.71.

IZOLA, D. T.; SANTOS, D. S.; FIGUEIREDO, F. M.; BUENO, M.; LEMES, R.C.; RODRIGUES,

S.R. (1999). Desenvolvimento de uma rampa de lançamento posicionadora para foguetes balísticos em função da direção e velocidade do vento. In: ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – ENIC 99, 3., Universidade Cruzeira do Sul. Caderno de Resumos. São Paulo, 1999. UNICSUL.v.1 p..96-97.

IZOLA, D. T.; BUSCARIOLO, P. D.; RODRIGUES, R. S.; GONSALVES, S. A.; LIMA, J.R. (1999).

Projeto e construção de um medidor de empuxo para motor foguete utilizando o método da extensometria (strain gage) . In: ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – ENIC 99, 3., Universidade Cruzeira do Sul. Caderno de Resumos. São Paulo, 1999. UNICSUL.v.1 p.98.

IZOLA, D. T. (1999). Medidor de empuxo para motor foguete de combustível sólido utilizando

célula de carga e sistema de aquisição de dados. In: REUNIÃO ANUAL SBPC PUCRC, 51., Porto Alegre, Anais. (Comunicações). Porto Alegre, 1999. EPECE. v.1 p.73.

IZOLA, D. T.; BUENO, M.; RODRIGUES, R. S.; SANTOS, D. S.; FIGUEIREDO, F. M.; LEME, R.

C. (1999). Desenvolvimento de uma rampa de lançamento posicionadora para foguetes balísticos em função da direção e velocidade do vento. In: REUNIÃO ANUAL SBPC PUCRC, 51., Porto Alegre, Anais. (Comunicações). Porto Alegre, 1999. EPECE. v.1 p.96.

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IZOLA, D. T.; GONÇALVES, S. A.; NETO, J.M.; BUENO, M. (1999). Desenvolvimento de um equipamento para reutilização de óleo lubrificante. In: ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – ENIC 99, 3., Universidade Cruzeira do Sul. Caderno de Resumos. São Paulo, 1999. UNICSUL.v.1 p.99.

IZOLA, D. T.; RAYMUNDO, A. A. C.; HOUSSAMI, S.; LEME, R. C.; RAW, M.; SANTOS, M. C.;

GOLIN, E. C. (1998). Ensaio de empuxo e contra-rotativo de um motor ducted fan para aeronave de decolagem vertical. In: SICUSP – SIMPÓSIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - ENGENHARIAS E EXATAS, 6., Universidade de São Paulo. Cadernos de Resumos. São Carlos, 1998. TAMMARO EDITORIAL LTDA. v.2 p.387.

IZOLA, D. T.; PEREIRA, N. C.; GONÇALVES, S. A.; GREQUI, R. G.; FIGUEIREDO, F. M. (1998)

Estudo da velocidade de ejeção e pressão de combustão de um motor foguete monopropelente utilizando medidor de empuxo. In: SICUSP – SIMPÓSIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - ENGENHARIAS E EXATAS, 6., Universidade de São Paulo. Cadernos de Resumos. São Carlos, 1998. TAMMARO EDITORIAL LTDA. v.2 p.387.

IZOLA, D. T.; BUENO, M.; SILVA, U. C.; SITTON, E.; GOGONI, A. O. (1998). Experimento de

visualização com fumaça em uma aleta de foguete do tipo delta. In: SICUSP – SIMPÓSIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - ENGENHARIAS E EXATAS, 6., Universidade de São Paulo. Cadernos de Resumos. São Carlos, 1998. TAMMARO EDITORIAL LTDA. v.2 p.388.

IZOLA, D. T.; MENDES, F. F.; FIGUEIREDO, F. M.; SANTOS, D. S.; RODRIGUES, R. S. (1998).

Ensaio hidrodinâmico de ogivas para foguetes balísticos. In: SICUSP – SIMPÓSIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - ENGENHARIAS E EXATAS, 6., Universidade de São Paulo. Cadernos de Resumos. São Carlos, 1998. TAMMARO EDITORIAL LTDA. v.2 p.388.

IZOLA, D. T.; BERTELLI, P.; GOGONI, A. O. (1998). Sistema para recuperação de água utilizada

em lava-rápidos. . In: SICUSP – SIMPÓSIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - ENGENHARIAS E EXATAS, 6., Universidade de São Paulo. Cadernos de Resumos. São Carlos, 1998. TAMMARO EDITORIAL LTDA. v.2 p.509.

IZOLA, D. T.; BUENO, M.; GONSALVES, S. A.; MACCARI, J. (1998). Sistema para recuperação

de Óleo queimado . In: SICUSP – SIMPÓSIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - ENGENHARIAS E EXATAS, 6., Universidade de São Paulo. Cadernos de Resumos. São Carlos, 1998. TAMMARO EDITORIAL LTDA. v.2 p.509.

IZOLA, D. T.; ANDRADE, G.F.; DIAS, P. R. (1997). Determinação teórica do alcance do foguete X-

40. In: SICUSP – SIMPÓSIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - ENGENHARIAS E EXATAS, 5., Universidade de São Paulo. Cadernos de Resumos. São Paulo, 1997. IBRAPHEL GRAFICA E EDITORA.v. 2 p.274 .

IZOLA, D. T.; FERREIRA, G. A. (1997). Determinação teórica da pressão de combustão, empuxo

e velocidade de ejeção do combustível sólido, caso tipo arkas. In: SICUSP – SIMPÓSIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - ENGENHARIAS E EXATAS, 5., Universidade de São Paulo. Cadernos de Resumos. São Paulo, 1997. IBRAPHEL GRAFICA E EDITORA.v. 2 p.274 .

IZOLA, D. T.; BRAZ, A. J.; SOUZA, D. D.; DIAS, P. R. (1997). Experimentos de visualização

aerodinâmica com ogivas de foguetes utilizando túnel de fumaça. In: SICUSP – SIMPÓSIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - ENGENHARIAS E EXATAS, 5., Universidade de São Paulo. Cadernos de Resumos. São Paulo, 1997. IBRAPHEL GRAFICA E EDITORA.v. 2 p.275 .

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IZOLA, D. T.; VOEROES, J. E. I.; BERTELLI, P. S. S. (1997). Projeto e construção do equipamento medidor pôr pêndulo para determinação de empuxo de motores foguetes. In: SICUSP – SIMPÓSIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - ENGENHARIAS E EXATAS, 5., Universidade de São Paulo. Cadernos de Resumos. São Paulo, 1997. IBRAPHEL GRAFICA E EDITORA.v. 2 p.295 .

IZOLA, D. T.; SILVA, M. R.; BERTELLI, P. S. S. (1997). Determinação da pressão limite de tubo

para motor foguete através de teste hidrostático. In: SICUSP – SIMPÓSIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - ENGENHARIAS E EXATAS, 5., Universidade de São Paulo. Cadernos de Resumos. São Paulo, 1997. IBRAPHEL GRAFICA E EDITORA.v. 2 p.295.

IZOLA, D. T.; PASSARINI, G. R.. (1997). Teste de tração para determinação da pressão limite do

tubo do motor foguete. In: SICUSP – SIMPÓSIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - ENGENHARIAS E EXATAS, 5., Universidade de São Paulo. Cadernos de Resumos. São Paulo, 1997. IBRAPHEL GRAFICA E EDITORA.v. 2 p.296.

IZOLA, D. T.; PASSARINI, G. R.; MENDES, F. F.; BUENO, M.; ROGÉRIO, P. (1997). Projeto e

construção de um túnel para ensaios com fluídos. In: SICUSP – SIMPÓSIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - ENGENHARIAS E EXATAS, 5., Universidade de São Paulo. Cadernos de Resumos. São Paulo, 1997. IBRAPHEL GRAFICA E EDITORA.v. 2 p.296.

IZOLA, D. T.; BUENO, M. (1997). Projeto, construção e cálculo da combustão do pulso jato. In:

SICUSP – SIMPÓSIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - ENGENHARIAS E EXATAS, 5., Universidade de São Paulo. Cadernos de Resumos. São Paulo, 1997. IBRAPHEL GRAFICA E EDITORA.v. 2 p.297.

IZOLA, D. T. (1994). Lançamento de micro-sonda com câmera fotográfica para análise do solo. In:

REUNIÃO ANUAL SBPC UNIVERSIDADE FEDERALL DO ESPIRITO SANTO, 46., Vitória. Anais (Comunicações). Vitória, 1994. SPIGE. v.1 p.108.

IZOLA, D. T. (1994). Combate às chuvas de granizo com foguetes anti-granizante. In: REUNIÃO

ANUAL SBPC UNIVERSIDADE FEDERALL DO ESPIRITO SANTO, 46., Vitória. Anais (Comunicações). Vitória, 1994. SPIGE. v.1 p.109.

IZOLA, D. T.; BULBA, E. A. (1993). Lançamento de micro-sonda com câmera fotográfica para

análise do solo. In: V CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - UNESP, 4., Bauru. Caderno de Resumos. Bauru, 1993. UNESP. v.1 p.66.

PUBLICAÇÕES (Livros e Manuais)

LIVROS

IZOLA, D. T. (1997). Ninho das Águias – Academia da Força Aérea. São Paulo, Abaeté.

IZOLA, D. T. (1997). Para quem vive com a cabeça no mundo da lua. São Paulo, Abaeté

IZOLA, D. T. (1994). História dos Foguetes no Brasil – Instituto Militar de Engenharia .São Paulo, FATEC-SP / FAT.

MANUAIS

IZOLA, D. T. (1994). Pulso-Jato Projeto e Construção. São Paulo, FATEC-SP.

IZOLA, D. T. (1996). Foguete para 2000 metros. São Paulo, FATEC-SP

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IZOLA, D. T. (1996). Estato-Jato Projeto e Construção. São Paulo, FATEC-SP.

IZOLA, D. T. (1995). Micro Sonda para Baixa Atmosfera. São Paulo, FATEC-SP.

IZOLA, D. T. (1994). Foto Aérea com Foguetes de Pequeno Porte. São Paulo, FATEC-SP.

IZOLA, D. T. (1993). Métodos de Cálculos para Mini-Foguetes. São Paulo, FATEC-SP.

IZOLA, D. T. (1989). Técnicas de Construção de Mini-Foguetes. São Paulo, ITO-SP.

IZOLA, D. T. (1986). Software para Previsão do Tempo. Belo Horizonte, INETEC-MG.

ORIENTAÇÃO DE TRABALHOS

Monitoramento de veículos automotores pôr intermédio de sistema de aquisição de dados – FATEC-ZL – 2002.

Biometria aplicada ao controle de acesso físico – FATEC-ZL – 2002.

Desenvolvimento de uma Aeronave VTOL – FATEC-SP –1998.

Sistema para reutilização de óleo queimado – FATEC-SP – 1998.

Sistema para recuperação de água – FATEC-SP – 1998.

Motor Ducted Fan – FATEC-SP – 1998.

Pulso-Jato Modelamento de pressão de combustão – FATEC-SP – 1997.

Projeto e Construção de um túnel de fumaça – FATEC-SP – 1997.

Projeto e Construção de um túnel de água - FATEC-SP – 1997.

Determinação de Velocidade de Ejeção de um Combustível Sólido através de calculo Estequiométrico – FATEC-SP – 1997.

Medidor de Empuxo para foguetes de combustível sólido – FATEC-SP – 1997.

Teste Hidrostático para determinação da pressão limite em tubos FATEC-SP – 1996.

Motor Estato-Jato - FATEC-SP – 1996.

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PATENTE DE INVENÇÃO

NÚCLEO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO - FATEC-ZL, IZOLA, D. T.; APARÍCIO, L. F. J.; GAVINO, F.; PERREJIL, N.; MATAR, F. C. (2003). Cápsula aérea lançada por canhão de ar comprimido para filmagem e sensoriamento remoto. INPI-SP PI0300405-8.

IZOLA, D. T. (1993). Foto Aérea com Foguetes. INPI-SP PI9400896-5.

IZOLA, D. T. (1994). Sistema para reutilização de água. INPI-SP Provisório 002614.

IZOLA, D. T. (1994). Obtenção de aerofoto com foguete balístico. INPI-SP Provisório 002891.