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Professor: James Aguiar
Aluno:
Carga Horária: horas Período:
Última revisão 30.08.2010 Próxima revisão 30.08.2011
PÓS-MÉDIO
MATERIAIS E
EQUIPAMENTOS
INDUSTRIAIS
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Sumário
Modulo I – Materiais, propriedades e aplicações ................................................................. 3
1. Introdução aos materiais de construção .......................................................................... 3
2. Materiais metálicos ferrosos ............................................................................................ 6
Obtenção de materiais metálicos .................................................................................................... 7
3. Materiais metálicos não-ferrosos ................................................................................... 10
Propriedades do cobre e algumas aplicações ................................................................................ 12
Metais de propriedades especiais ................................................................................................. 13
Metais não-ferrosos para proteção de superfície ......................................................................... 15
4. Materiais não metálicos naturais ................................................................................... 16
5. Materiais não metálicos sintético ................................................................................... 17
Modulo II – Elementos de Máquinas .................................................................................. 20
1. Elementos de fixação .................................................................................................... 20
2. Elementos de apoio ....................................................................................................... 22
3. Elementos elásticos ....................................................................................................... 23
4. Elementos de transmissão ............................................................................................ 24
5. Elementos de vedação .................................................................................................. 25
Modulo III – Componentes para Automação ...................................................................... 26
Modulo IV– Lubrificação .................................................................................................... 33
Bibliografia ......................................................................................................................... 36
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Modulo I – Materiais, propriedades e aplicações
1. Introdução aos materiais de construção
Na indústria moderna é utilizada uma variedade de materiais. Para serem bonitos,
baratos, práticos, leves, resistentes, duráveis, os produtos são feitos de materiais que
conseguem atender, não só às exigências de mercado, mas também às exigências
técnicas de adequação ao uso e ao processo de fabricação.
Não basta apenas conhecer a tecnologia de como fabricar um determinado
produto, é necessário saber bem como cada material se comporta em relação ao
processo de fabricação e em relação ao modo como a peça é usada, para não correr orisco de usar um material inadequado.
Classificação dos metais
A escolha do material necessário para fabricação depende do tipo de produto que
se quer e do uso que se vai fazer dele.
Os materiais estão agrupados em duas famílias. Como são apresentados a seguir:MATERIAIS METÁLICOS MATERIAIS N O-METÁLICOS
FERROSOS NÃO-FERROSOS NATURAIS SINTÉTICOS
Aço Alumínio Madeira Vidro
Ferro fundido Cobre Asbesto Cerâmica
Zinco Couro Plástico
Magnésio Borracha
Chumbo
Estanho
Titânio
Materiais metálicosOs materiais metálicos apresentam plasticidade, isto é, podem ser deformados sem
se quebrarem e conduzem bem o calor e a eletricidade. Aliás, a condutividade tanto
térmica quanto elétrica dos metais está estreitamente ligada à mobilidade dos elétrons e
dos átomos de sua estrutura.
Materiais não- metálicos
Os não-metálicos podem apresentar diferentes tipos de ligação atômica. A união
atômica existente nessas moléculas é feita por covalência. Pelo fato de esses compostos
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possuírem moléculas muito grandes, são chamados de materiais macromoleculares. Na
maioria dos casos, são maus condutores de calor e eletricidade.
Propriedades dos materiais
Cada material possui características próprias: Dureza, fragilidade, resistência,
impermeabilidade, elasticidade, condução de calor, condução térmica, opacidade, etc.
Todas essas capacidades próprias de cada material e mais algumas são o que chamamos
de propriedades. As propriedades dos materiais classificam-se em grupos, de acordo com
o efeito que elas produzem. Assim, temos: Propriedades físicas e Propriedades
químicas.
Propriedades Físicas
Esse grupo de propriedades determina o comportamento do material em todas as
circunstâncias do processo de fabricação e de utilização. Nele, você tem as propriedades
mecânicas, as propriedades térmica, as propriedades elétricas, as propriedades
ópticas e as propriedades magnéticas.
Propriedades Mecânicas - Aparecem quando o material está sujeito a esforços de
natureza mecânica. Isso quer dizer que essas propriedades determinam a maior ou a
menor capacidade que o material tem para transmitir ou resistir aos esforços que lhe são
aplicados. Essa capacidade é necessária não só durante o processo de fabricação, mas
também durante sua utilização. Dentre as propriedades desse grupo, a mais importante é
a resistência mecânica, que permite a capacidade de resistir à ação de determinados
tipos de esforços como: tração, compressão, flexão, torção e cizalhamento. Ela está
ligada às forças internas de atração existentes entre as partículas que compõem o
material.
A elasticidade é a capacidade que o material deve ter de se deformar quando
submetido a um esforço e de voltar à forma original quando o esforço termina.
Um material pode também ter plasticidade. Isso quer dizer que, quando submetido
a um esforço, ele é capaz de se deformar e manter essa forma quando o esforço
desaparece. A plasticidade pode se apresentar no material como maleabilidade e como
ductilidade.
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A dureza é a resistência do material à penetração, à deformação plástica
permanente e ao desgaste. Em geral os materiais duros são também frágeis. Por falar
nisso, a fragilidade é também uma propriedade mecânica, na qual o material apresentabaixa resistência aos choques.
Se você colocar dois cubos maciços do mesmo tamanho, sendo um de chumbo e o
outro de plástico, em uma balança de dois pratos, certamente o prato com o cubo de
chumbo descerá muito mais do que o prato com o cubo de plástico. Isso acontece porque
o chumbo é mais denso que o plástico. Em outras palavras, cabe mais matéria dentro do
mesmo espaço. Essa propriedade se chama densidade.
Propriedades Térmicas - determinam o comportamento dos materiais quando são
submetidos a variações de temperatura. Isso acontece tanto no processamento do
material quanto na sua utilização.
Ponto de fusão se refere à temperatura em que o material passa do estado sólido
para o estado líquido. Dentre os materiais metálicos, o ponto de fusão é uma propriedade
muito importante para determinar sua utilização.
Ponto de ebulição se refere à temperatura em que o material passa do estado
líquido para o estado gasoso.
Capacidade térmica é a quantidade de energia necessária para aumentar em um
grau a temperatura de um mol de um material. Esta propriedade representa a capacidade
do material de absorver calor do meio circundante.
Dilatação térmica é a propriedade que faz com que os materiais em geral
aumentem de tamanho quando a temperatura sobe. A maioria dos materiais sólidos se
expande com o aumento da temperatura e se contrai com a sua diminuição.
Condutividade térmica é a capacidade determinados materiais têm de conduzir
calor.
Propriedades Elétricas – está propriedade relacionada á capacidade de um material
conduzir ou não energia.
Condutividade elétrica é a propriedade relacionada ao movimento de cargas
elétricas (elétrons ou íons) de uma posição para outra.
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A resistividade, por sua vez, é a resistência que o material oferece à passagem da
corrente elétrica.
Propriedades Ópticas - está relacionada à capacidade de um material refletir ou
absorver feixes de luz.
Quanto mais denso for o material, tanto mais efetiva é a absorção; quanto mais
polida for à superfície, tanto maior a refletividade.
Propriedades Magnéticas - A maioria dos elementos e materiais não exibe propriedades
magnéticas.
A radiação eletromagnética pode ser considerada como um fenômeno ondulatório
c onstituída por pacotes de energia (mecânica quântica) chamados fótons .
Propriedades químicas
As propriedades químicas são as que se manifestam quando o material entra em
contato com outros materiais ou com o ambiente. Elas se apresentam sob a forma de
presença ou ausência de resistência à corrosão, aos ácidos e às soluções salinas.
2. Materiais metálicos ferrosos
Introdução
De todos os materiais à disposição da indústria, certamente o ferro fundido e o aço
são os mais utilizados.
O metal, quando em estado sólido, é um material com estrutura na forma de cristais,
compostos por elementos químicos eletropositivos e que tem como propriedades a dureza, aresistência mecânica, a plasticidade e a condutividade térmica e elétrica. Para que ele seja
considerado ferroso, é preciso que ele se constitua de uma liga de ferro com carbono e
outros elementos como o silício, o manganês, o fósforo e o enxofre. Quando a quantidade
de carbono presente no metal ferroso fica entre 2,0 e 4,5%, temos o ferro fundido. Se a
quantidade de carbono for menor do que 2%, temos o aço.
Quando o mineral contém uma quantidade de metal e de impurezas que compensam
a exploração econômica, ele recebe o nome de minério. O lugar onde esses minériosaparecem em maior quantidade é chamado de jazida.
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O minério de ferro, além dos elementos citados, contém ainda cal, sílica, alumina,
enxofre, manganês e magnésio, em quantidades bem pequenas. Para o processo de
transformação, alguns deles são considerados impurezas.As ligas metálicas são materiais metálicos compostos de dois ou mais elementos
sendo pelo menos um desses elementos um metal.
Obtenção de materiais metálicos
Os metais são normalmente encontrados na natureza na forma de compostos, sendo
rara a ocorrência dos mesmos na forma metálica. A obtenção de metais a partir de minérios
encontrados na natureza envolve vários processos e tecnologias.
Os principais minérios do ferro são a hematita, a magnetita, a limonita e a siderita.
Nesses minérios, aparece como ganga o quartzito e menos freqüentemente o calcáreo,
dolomita e as argilas. Impurezas tais como o fósforo, arsênio, etc. também são encontrados.
A fabricação do aço através da gusa líquida
O aço, anteriormente chamado de “aço de cementação”, era uma liga de ferro e
carbono obtida aquecendo-se o ferro em contato com um material carbonáceo durante um
longo tempo.
O produto que sai do alto-forno é o ferro-gusa, uma matéria-prima com grandes
quantidades de carbono e impurezas normais, como o silício, o manganês, o fósforo e o
enxofre. Por causa disso, o gusa é duro e quebradiço. Para transformar o gusa em aço, é
necessário que ele passe por um processo de oxidação - combinação do ferro e das
impurezas com o oxigênio - até que a concentração de carbono e das impurezas se reduza
a valores desejados- Injetar ar sob pressão, a fim de que ele atravessasse o gusa. Esse
processo permite a produção de aço em grandes quantidades.
Os fornos que usam esse princípio, ou seja, a injeção de ar ou oxigênio diretamente
no gusa líquido, são chamados “conversores” e são de vários tipos.
Dos conversores, saem aços usados na fabricação de chapas, tubos soldados, perfis
laminados e arames.
A fabricação do aço a partir da sucata de aço
É nos fornos elétricos que se transforma sucata em aço. Para esse processo,transforma-se energia elétrica em energia térmica, por meio da qual ocorre a fusão do
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gusa e da sucata sob condições controladas de temperatura e de oxidação do metal
líquido. É um processo que permite também a adição de elementos de liga que melhoram
as propriedades do aço e lhe dão características excepcionais. Por causa disso, esse é omelhor processo para a produção de aços de qualidade.
Os fornos elétricos são basicamente de dois tipos: a arco elétrico e de indução.
Melhorando as propriedades do aço
O aço mais comum que existe é o aço-carbono, uma liga de ferro com pequenas
quantidades de carbono (máximo 2%) e elementos residuais, ou seja, elementos que
ficam no material metálico após o processo de fabricação.
Dentro do aço, o carbono, juntando-se com o ferro, formam um composto chamado
carboneto de ferro, uma substância muito dura. Isso dá dureza ao aço, aumentando sua
resistência mecânica. Por outro lado, diminui sua ductilidade, sua resistência ao choque e
à soldabilidade, torna-o difícil de trabalhar por conformação mecânica.
As impurezas como o manganês, o silício, o fósforo, o enxofre e o alumínio fazem
parte das matérias-primas usadas no processo de produção do aço. Elas podem estar
presentes no minério ou podem ser adicionadas para provocar alguma reação química
desejável, como a desoxidação.
É impossível produzir o aço sem essas impurezas. E elas, de certa forma, têm
influência sobre as propriedades desse material. Quando adicionadas ao aço, são
consideradas elementos de liga, conferindo propriedades especiais a ele.
O manganês é a impureza encontrada em maior quantidade no aço. Ele é
adicionado para auxiliar na desoxidação do metal líquido e para neutralizar o efeito nocivo
do enxofre. Em combinação com o enxofre, forma o sulfeto de manganês. Isso aumenta a
forjabilidade do aço, a temperabilidade, a resistência ao choque e o limite elástico.
Em quantidades maiores, ele se combina com parte do carbono e forma o carboneto de
manganês, que é muito duro. Isso diminui a ductilidade do aço.
O alumínio é adicionado ao metal líquido para auxiliar na desoxidação. Ele é
usado para diminuir ou eliminar o desprendimento de gases que agitam o aço quando ele
está se solidificando.
O fósforo é um elemento cuja quantidade presente no aço deve ser controlada,
principalmente, nos aços duros, com alto teor de carbono. Quando ultrapassa certoslimites, ele faz o aço ficar mais duro ainda e, por isso, mais frágil, podendo quebrar
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facilmente quando usado em temperatura ambiente. Um teor de fósforo em torno de
0,04% faz o aço se romper, caso seja deformado a quente. Em aços de baixo teor de
carbono, seu efeito nocivo é menor, pois o fósforo auxilia no aumento da dureza, etambém aumenta a resistência à tração, à corrosão e à usinabilidade.
O enxofre é uma impureza muito difícil de ser eliminada. No aço, ele pode se
combinar com o ferro e formar o sulfeto ferroso, que faz o aço se romper com facilidade
ao ser laminado, forjado ou vergado em temperaturas acima de 1.000ºC. Assim, o teor
máximo de enxofre permitido é de 0,05%.
O silício é acrescentado ao metal líquido, para auxiliar na desoxidação e impedir a
formação de bolhas nos lingotes. Ele está presente no aço em teores de até 0,6% e não
tem grande influência sobre suas propriedades.
Melhorando a resistência mecânica
São três as possibilidades para melhorar a resistência mecânica de qualquer metal:
primeira, aplicar processos de fabricação por conformação mecânica, como prensagem e
laminação; segunda, tratar o metal termicamente, submetendo-o ao aquecimento e ao
resfriamento sob condições controladas; por último, acrescentar elementos de liga. Tudo
isso vai mexer com a estrutura do metal-base, de acordo com suas propriedades
específicas.
Os elementos de liga, em geral, alteram a velocidade das transformações que
ocorrem dentro da estrutura do aço. Quando ele está esfriando e passando do estado
líquido para o estado sólido, alterações das microestruturas modificam a capacidade do
material de passar por um tratamento térmico chamado Têmpera. Esse tratamento, por
sua vez, define a maior resistência e tenacidade do aço.
O ferro fundido
É uma liga ternária, composta de três elementos: ferro, carbono e silício. Existe
ainda o ferro fundido ligado, no qual outros elementos de liga são acrescentados para dar
alguma propriedade especial à liga básica.
Esse material é fundido à temperatura bem mais baixa que o aço e apresenta
características que o tornam um material único, indicado para aplicações bem específicas.
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Tipos de Ferro fundido
Dependendo da quantidade de cada elemento e da maneira como o material é
resfriado ou tratado termicamente, o ferro fundido será cinzento, branco, maleável oumodular.
Ferro fundido Cinzento - Apresenta-se sob a forma de grafita, em flocos ou lâminas, que
dá a cor acinzentada ao material. Como o silício favorece a decomposição da cementita
em ferro e grafita, esse tipo de liga ferrosa apresenta um teor maior de silício (até 2,8%).
Ferro Fundido Branco - É formado no processo de solidificação, quando não ocorre a
formação da grafita e todo o carbono fica na forma de carboneto de ferro (ou cementita).
Ferro Fundido Maleável - É um material que reúne as vantagens do aço e as do ferro
fundido cinzento. Apresenta, ao mesmo tempo, alta resistência mecânica e alta fluidez no
estado líquido, o que permite a produção de peças complexas e finas. É produzido a partir
de um ferro fundido branco submetido a um tratamento térmico por várias horas, o que
torna as peças fabricadas com esse material mais resistentes ao choque e às
deformações.
Ferro Fundido Modular - A estrutura apresenta partículas arredondadas de grafita. Isso é
obtido com a adição de elementos, como o magnésio, na massa metálica ainda líquida.
Com o auxílio de tratamentos térmicos adequados, esse material pode apresentar
propriedades mecânicas como a ductilidade, a tenacidade, a usinabilidade e as resistências
mecânicas à corrosão, melhores do que as de alguns aços-carbono.
Obtendo o ferro fundido
Os ferros fundidos são ligas de ferro e carbono com teores elevados de silício e
também são fabricados a partir do ferro-gusa. O elemento carbono está presente com
teores entre 2,0 e 4,5%. Se o ferro fundido tiver muito carbono, ele fica mais duro do que
o aço. Além disso, por causa do silício, forma-se grafite em sua estrutura, tornando-o mais
frágil, impossível forjá-lo, estirá-lo, laminá-lo ou vergá-lo em qualquer temperatura.
3. Materiais metálicos não-ferrosos
Materiais muito usados devido a suas características e suas propriedades de
grande aplicação na indústria atual.
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O alumínio
O alumínio é um metal retirado de um minério chamado bauxita, que existe em
grande quantidade na natureza (cerca de 8% da crosta terrestre). Para retirar o metal dominério é necessário um processo para separar o alumínio da alumina, um composto de
alumínio e oxigênio, que é um produto da bauxita.
É um metal com características excepcionais: é leve, resistente à corrosão, bom
condutor de calor e eletricidade. Reflete a luz, possui coloração agradável e tem um baixo
ponto de fusão: 658ºC.
Processo de obtenção do alumínio
O alumínio é encontrado na natureza na forma de óxidos, sulfatos, fluoretos e
silicatos. Seu minério foi formado pela decomposição de rochas alcalinas, causada pela
chuva que se infiltrou nessas rochas durante milhões de anos. Como resultado disso, as
rochas se transformaram em uma argila composta principalmente de óxido de alumínio
hidratado (alumina) misturado com óxido de ferro, sílica, titânio e outras impurezas.
O processo de obtenção do alumínio tem duas etapas:
• Obtenção do minério;
• Obtenção da alumina;
Vantagens da utilização do alumínio
• É moldável, permite todo tipo de processo de fabricação;
• Permite produção de peças através de processos de fundição;
• Pode ser unido por todos os processos usuais: soldagem, rebitagem, colagem e
brasagem;
• Sua superfície aceita os mais variados tipos de tratamento, assim, pode ser
anodizado, envernizado e esmaltado.
Melhorando as propriedades do alumínio
Existem várias maneiras para se melhorar as propriedades de um metal. Podem-
se acrescentar elementos químicos e se obter uma liga. Por meio de processos
mecânicos, como laminação ou prensagem, pode-se, por exemplo, torná-lo mais
resistente. Também é possível obter esse tipo de resultado com um processo de
tratamento térmico.
As ligas de alumínio
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Para melhorar ou modificar as propriedades do alumínio, adicionam-se a ele um ou
mais de um elemento químico. Esse processo tem como resultado a formação de uma
liga. As ligas são formadas principalmente com a adição de cobre (Cu), magnésio (Mg),manganês (Mn), silício (Si), zinco (Zn) ao alumínio (Al).
Se fabricarmos uma liga de alumínio (Al) com cobre (Cu) e submetermos essa liga
a processos especiais de tratamento térmico, esse material terá uma resistência à tração
equivalente e até maior que a de alguns aços de baixo teor de carbono. Além disso, ela
apresenta uma ótima usinabilidade.
O manganês aumenta em até 20% a resistência mecânica do alumínio puro. Essa
liga aceita acabamentos de superfície, é resistente à corrosão e possui elevada
condutividade elétrica, embora sua resistência mecânica seja limitada.
A liga de alumínio/silício (Si) apresenta baixo ponto de fusão e boa resistência à
corrosão. Quando o teor de silício é elevado (em torno de 12%), a liga se torna adequada
para produzir peças fundidas. Ela também é indicada como material de enchimento em
processos de soldagem e brasagem.
O cobre
O cobre é encontrado na natureza nas formas de sulfetos, óxidos, hidrocarbonatos,
cobre nativo (raro atualmente). O minério do ferro é a calcopirita que normalmente
apresenta impurezas como cal, sílica, alumina e outros.
Propriedades do cobre e algumas aplicações
O cobre é um metal não-ferroso e não magnético que se funde a 1.080ºC e, depois
da prata, é o melhor condutor de eletricidade e calor. É um metal dúctil e maleável que
pode ser laminado a frio ou a quente. Ao ser laminado a frio, estirado ou estampado, ele
adquire um endurecimento superficial que aumenta sua resistência, porém diminui sua
maleabilidade. Isso o torna mais frágil, o que é corrigido com o tratamento térmico.
Em contato com o ar seco e em temperatura ambiente, o cobre não se oxida. Em
contato com o ar úmido, no entanto, ele se recobre de uma camada esverdeada
popularmente conhecida por azinhavre, ou “zinabre” (carbonato básico de cobre).
Obtenção do cobre
O cobre, na forma livre, é encontrado somente em pequenas quantidades na
natureza. A maior parte está escondida sob a forma de combinação com outros minerais.Os minérios do cobre são a calcopirita e a calcopirita.
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Ligas de cobre
As ligas de cobre são classificadas em dois grandes grupos: ligas dúcteis ou para
conformação, e ligas para fundição.Bronze é uma liga de cobre e estanho que apresenta elevada dureza e boa
resistência mecânica à corrosão, além de ser um bom condutor de eletricidade. Pode ser
conformado por dobramento, recalcamento, prensagem e forjamento em matrizes, sendo
facilmente unido por meio de solda forte, de solda de prata e de solda por fusão.
Latão é a liga de cobre (Cu) e zinco (Zn). Sua temperatura de fusão varia de 800ºC
a 1.070ºC, dependendo do teor de zinco que ele apresenta. Em geral, quanto mais zinco
o latão contiver, mais baixa será sua temperatura de fusão. O latão varia de cor conforme
a porcentagem do cobre presente na liga. O latão ao chumbo contém 1 a 3% de chumbo,
apresenta ótima usinabilidade e é usado para fabricar peças por estampagem a quente
que necessitam de posterior usinagem. O latão ao estanho tem até 2% de estanho e é
altamente resistente à corrosão em atmosferas marinhas. O latão ao níquel é usado no
lugar do bronze para fabricar molas e casquilhos de mancais.
Ligas de cobre e níquel têm boa ductibilidade, boas resistências mecânicas à
oxidação e boas condutividades térmicas. São facilmente conformáveis, podendo ser
transformadas em chapas, tiras, fios, tubos e barras. Elas podem ser unidas pela maioria
dos métodos de solda forte e por solda de estanho.
As ligas com teores de níquel na faixa de 35 a 57% recebem o nome de
constantan e são usadas para a fabricação de resistores e termopares.
Metais de propriedades especiais
Do ponto de vista estrutural e econômico, nenhum metal se compara ao aço, ao
aço-liga ou ao ferro fundido. Porém, muitas vezes, o tipo de trabalho a ser realizado ou o
produto a ser fabricado exigem propriedades que os metais ferrosos não possuem, ou
precisam ser melhoradas. São propriedades como: resistência à corrosão, a baixa
densidade, a condutibilidade elétrica ou térmica, a resistência mecânica, a ductilidade e a
facilidade de ser fundido.
Níquel e suas ligas
O níquel é um metal bastante versátil, capaz de formar ligas com inúmeros metais,
inclusive o aço.
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Para a composição de ligas, o níquel pode receber adição de cobre, silício ou
molibdênio. Pode também formar ligas com cromo e ferro e cromo e molibdênio, ou ainda,
com cromo, com ferro e com molibdênio e cobre. Apresenta resistência à corrosão e aocalor. (Verificar a idéia desse parágrafo. Está clara?)
O níquel puro e suas ligas podem ser endurecidos por meio de trabalho a frio
(encruamento). Elas, as ligas, também podem ser endurecidas pela formação de solução
sólida ou por tratamento térmico de solubilização e precipitação.
Magnésio e suas ligas
É metal leve, pois tem 1/5 da densidade do ferro. Funde-se a 651ºC e oxida-se com
facilidade. Suas formas mais comuns são a Magnesita e adolomita.
As ligas de magnésio podem ser fundidas ou conformadas por laminação,
forjamento ou extrusão. Estas ligas têm como característica baixa densidade, alta
resistência e dureza em baixas e altas temperaturas e, elevada resistência à corrosão em
temperatura ambiente. As propriedades mecânicas de algumas delas podem ser
melhoradas por tratamento térmico.
O chumbo
O chumbo é um metal de cor acinzentada, pouco tenaz, porém dúctil e maleável. É
bom condutor de eletricidade, embora não seja magnético, e mau condutor de calor. É
facilmente laminado, pois é o mais mole dos metais pesados. Pode ser endurecido em
liga com enxofre (S) ou antimônio (Sb). É resistente à água do mar e aos ácidos, mas é
fortemente atacado por substâncias básicas. Oxida-se com facilidade em contato com o
ar. Outras propriedades que permitem grande variedade de aplicações são: alta
densidade, flexibilidade, alto coeficiente de expansão térmica, boa resistência à corrosão,
condutibilidade elétrica, facilidade em se fundir e formar ligas com outros elementos.
O principal minério do qual o chumbo é extraído é a galena (PbS). Em geral, esse
minério possui também prata. O processo de obtenção do chumbo tem várias etapas, mas
as principais são: concentração por flotação, formação do aglomerado, redução dos
óxidos, desargentação, ou seja, retirada da prata, destilação a vácuo e refino.
Ao chumbo pode se acrescentar os seguintes elementos de liga: cobre (Cu), prata
(Ag) e antimônio (Sb).
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Titânio e suas ligas
O Titânio é encontrado na forma de óxido, principalmente. Seus minérios mais
importantes são o rutilo e ilmetita que são encontrados na areia de praia e nos fundos devales de determinados rios, porém seu custo de obtenção é muito alto. Metal com alta
resistência mecânica, alta resistência à corrosão e tem por volta de 55% da densidade do
aço. Em contato com o ar, forma-se em sua superfície um óxido impermeável e protetor
muito importante se ele estiver em um meio corrosivo. Disso decorre sua propriedade
mais importante: a resistência à corrosão da água do mar e outras soluções de cloretos,
aos hipocloritos e ao cloro úmido e a resistência ao ácido nítrico. Os elementos que são
adicionados às ligas resistentes à corrosão são: paládio (Pd), molibdênio (Mo), alumínio
(Al), níquel (Ni), manganês (Mn), vanádio (V) e estanho (Sn).
Ligas de titânio com alumínio e estanho e alumínio e vanádio são usadas em
aplicações muito especiais, pois apresentam resistência específica, ou seja, relação de
resistência mecânica/peso muito elevada em temperaturas abaixo de zero (entre -196 e -
269ºC).
Metais não-ferrosos para proteção de superfície
Sempre que falamos em metais, uma das propriedades que mais nos interessa é a
resistência à corrosão. A única maneira de evitar a corrosão é tratar a superfície dos
metais que não são resistentes a ela. Pode-se fazer isso de diversos modos: pintando,
fosfatizando, esmaltando, anodizando, dando banhos de cobre, zinco e estanho. Mas, há
dois metais não-ferrosos que são usados para a proteção de superfícies metálicas contra
a corrosão, são eles: o zinco e o estanho.
O zinco é produzido principalmente a partir do minério chamado blenda (ZnS). Ele
é condutor de eletricidade, mas é um metal não-magnético. O ar seco não o ataca. O ar
úmido, porém, causa a formação de uma película de óxido que protege o material. É
empregado como pigmento em tintas, como elemento de liga com o cobre, na produção
do latão e, sobretudo, para proteger outros metais, principalmente o aço, por meio da
galvanização.
Os elementos de liga que são adicionados ao zinco são o alumínio, o cobre e o
magnésio. Essas ligas são conhecidas, comercialmente, como “zamac”. Podem ser
revestidas por eletrodeposição (cobreação, niquelação e cromação), por pintura, ou porverniz. Permitem também a fundição por gravidade em moldes permanentes e são de fácil
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usinagem. Elas possuem elevada resistência à corrosão por agentes atmosféricos, desde
que a umidade não seja muito elevada; resistem também a hidrocarbonetos (gasolina e
óleos) e ao álcool.O estanho é extraído da cassiterita. É resistente à corrosão, bom condutor de
eletricidade, porém não-magnético.
As ligas estanho-zinco e estanho-níquel, usadas na estanhagem de peças para
motocicletas e automóveis, ferramentas, partes de instrumentos científicos de precisão,
protegem as peças contra a corrosão.
O estanho puro e ligado com antimônio e cobre é matéria-prima para a produção
de material de solda. A liga estanho-antimônio-cobre também é usada na produção de
mancais e ligas de fusíveis.
4. Materiais não metálicos naturais
Borracha bruta
A borracha é um material de origem vegetal, obtida do látex que é uma emulsão
natural retirada por meio de um corte oblíquo feito na casca de uma árvore (como a
Hevea brasiliensis). O látex é recolhido em um recipiente preso no tronco logo abaixo do
corte.
A borracha, na verdade um hidrocarboneto, é um produto da polimerização do
isopreno. Ela é elástica, resistente à abrasão, à eletricidade e à água, porém altera-se em
presença de luz e calor, além de não ter resistência a muitos óleos e solventes. A
vulcanização, que é um tratamento por enxofre (2 a 4%) a quente (110ºC), realizado sob
pressão ou em estufas, torna-a mais elástica e praticamente insolúvel. Não existem artigos
feitos de borracha pura, ela é misturada com a borracha sintética para a fabricação dos
mais diversos produtos.
Borracha sintética
Também chamada de elastômero sintético, tem as mesmas propriedades das
borrachas naturais, ou seja, elasticidade, possibilidade de vulcanização, solubilidade em
solventes, resistência à água, à eletricidade e à abrasão. Por outro lado, apresentam
melhor desempenho quanto à durabilidade e à resistência a óleos, ao calor e à luz.
Madeira
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A adaptabilidade da madeira em ser conformada, sua disponibildade e suas
propriedades em geral, tornam-na um excelente material para aplicações extruturais. Sua
polpa é largamente utilizada na fabricação de papel e de nylon. Existem numerosos tiposde madeira, as quais são classificados em dois grupos principais: madeira dura(carvalho,
cicômero, nogueira, freixo, alâmo, choupo, etc.) e madeira mole (pinho, cedro, abeto,
espruce, etc.). O primeiro passo na manufatura de tábuas é o torramento. As arvores são
cortadas usualmente no inverno, quando existe um mínimo de seiva vital circulante .
5. Materiais não metálicos sintético
PlásticoPlásticos são materiais que contêm substâncias orgânicas e que, apesar
de serem utilizados no estado sólido e rígido, podem ser moldados em algum
estágio de sua fabricação, enquanto estejam no estado de fusão. O material
plástico pode ser moldado nas mais diversas formas, devido a sua excelente
fluidez no estado pastoso ou líquido. A conformação de peças de plástico pode
ser levada a efeito pela aplicação de calor (fundição) ou de pressão
(moldagem), ou ainda, por calor e pressão simultaneamente.Quando nos referimos ao plástico, estamos falando de um grupo de materiais
sintéticos que, no processamento, é aquecido e que, na temperatura em que está
“plástico”, amolece sem se tornar líquido, podendo ser moldado. O nome mais adequado
para esse material seria “plastômero”, ou seja, polímero plástico.
Quimicamente, os plásticos são polímeros formados por várias cadeias de
macromoléculas de alto peso molecular. Os polímeros são fabricados a partir de
compostos químicos simples, chamados monômeros.Os principais elementos químicos que entram na composição do monômero e do
polímero são o carbono e o hidrogênio. Outros elementos como o oxigênio, o nitrogênio
ou o cloro também podem fazer parte dessa molécula em alguns tipos de plásticos.
Como exemplos de monômeros, podemos citar o fenol, o cloreto de vinila, o
propeno, o etileno etc. Por meio de aquecimento de compostos como esses, com ou sem
a presença de um catalisador, ocorre à polimerização e obtém-se o plástico.
Catalisar é aumentar a velocidade de uma reação química pela presença eatuação de uma substância que não se altera no processo.
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Para a fabricação das peças, o material plástico é fornecido na forma de grãos
grossos, lisos e sem rebarbas, medindo entre 2 e 3 mm, para facilitar o deslizamento nas
máquinas injetoras. Pode também ser apresentado semi-transformado, em forma debarras, placas ou chapas finas. A matéria prima dos plásticos inclui carvão, calcáreo, sal,
derivados de petróleo, ar, água, enxofre e celulose (obtida do algodão ou da madeira)
Os plásticos podem se dividir basicamente em: Termo-plástico ou Termo-fixo
Termoplástico
Os termoplásticos tornam-se plásticos pela ação do calor e se solidificam com o
resfriamento, retendo a forma na qual foram moldados. Se forem aquecidos novamente,
voltam a se tornar plásticos e podem ser moldado em novas formas quantas vezes se
desejar. Em outras palavras, sua moldabilidade é de caráter reversível. São exemplos de
termoplásticos o polietileno, o poliestireno, o policloreto de vinila (PVC) e o náilon.
Termofixo
Os termos-fixos são aqueles que se tornam plásticos, ou seja, amolecem, por meio
de calor, sofrem transformação química em sua estrutura e, ao endurecerem, adquirem a
forma do molde na qual foram moldados, não podendo mais ser amolecidos. Se forem
reaquecidos nas temperaturas de processamento, eles não readquirirão a plasticidade.
São exemplos de plásticos termos-fixos o fenol formaldeído (baquelite), o epóxi e o
silicone.
Propriedade dos materiais plásticos
O material plástico permite substituir materiais tradicionais com eficiência e
economia. Ele apresenta, entre outras características, baixo peso, alta resistência à
corrosão, baixa condutividade térmica e elétrica, facilidade de conformação, boa
resistência às soluções salinas e ácidas, boa aparência, baixo coeficiente de atrito.
Como a qualquer outro material, também é possível acrescentar ao plástico
aditivos capazes de melhorar suas características físico-químicas e sua aparência, de
facilitar seu processamento ou de conferir-lhe qualidades especiais.
Aditivos são substâncias acrescentadas a um plástico para conferir, eliminar,
diminuir ou aumentar determinada propriedade, ou conjunto de propriedades. Nesse
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grupo, encontram-se os lubrificantes, os estabilizantes, os plastificantes, os retardadores
de chama, os agentes anti-estáticos, as cargas e os pigmentos.
Vidro
Existem diversos tipos de vidros. O tipo mais simples de vidro é a sílica, que se
obtém em terrenos arenosos. Na fabricação do vidro comercial, entram como ingredientes
básicos da sílica a soda (sob forma de carbonato, sulfato ou nitrato de sódio), para
abaixamento do ponto de fusão; e o calcáreo, que mantém baixo o ponto de fusão da
sílica obtida pela adição da soda e aumenta a resistência do vidro final.
A mistura constituída de areia, soda, calcáreo - muitas vezes também sucata de
vidro - é colocada num forno (tipo alto-forno) e aquecida; funde-se a uma temperatura de
1500º C, produzindo o vidro que poderá ser posteriormente conformado por laminação,
sopragem, prensagem ou moldagem.
Propriedades dos vidros
Segundo a sua composição, os vidros têm propriedades mecânicas, elétricas,
ópticas e químicas diferentes.
Os vidros se destacam por suas propriedades óticas. Devido seu índice de
refração, são utilizados na confecção de lentes para telescópios, micróscopios, lupas,
etc. Outra propriedade marcante é a excelente resistência à ação corrosiva de ácidos, o
que permite a sua utilização em equipamentos químicos de laboratórios.
Cerâmica
Materiais cerâmicos são materiais não-metálicos, inorgânicos, cuja estrutura, após
queima em altas temperaturas, apresenta-se inteira ou parcialmente cristalizada. Isso
quer dizer que, depois que o material é queimado no forno, os átomos da sua estrutura
ficam arrumados de forma simétrica e repetida, de tal modo que parecem pequenos
cristais, uns juntos dos outros.
Materiais cerâmicos são fabricados por procedimentos especiais (pré-formados e
curados em fornos) à base de produtos inorgânicos (caulim, feldspato, quartzo, esteatita,
etc.). os materiais são amassados de forma a dar-lhes plasticidade. As peças são
formadas à pressão e adquirem a forma final por torneamento. Em seguida são curadas
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em fornos que podem chegar a 1800ºC. depois de curadas, as peças são pintadas com
um verniz vitrante.
Propriedades dos materiais cerâmicos
As propriedades dos materiais cerâmicos dependem da quantidade e do arranjo de
três fases: cristalina, vítrea e porosa.
A fase cristalina, que pode ser uma ou mais de uma, é o modo como os átomos,
moléculas e íons se organizam dentro de um material de maneira fixa, regular e repetitiva.
Ela é responsável pela estabilidade e pela densidade do material e está presente nos
minerais naturais.
A fase vítrea dá certas características e propriedades ao corpo cerâmico. Ela
funciona mais ou menos como o cimento na construção civil: age como ligante das fases
cristalinas sólidas, da mesma forma como o cimento une as pedras no concreto.
A fase porosa é o espaço vazio entre os grãos sólidos, ou dentro dos grãos
sólidos, que forma o material cerâmico. Essa fase pode ser aberta ou fechada.
Modulo II – Elementos de Máquinas
1. Elementos de fixação
A união de peças feita pelos elementos de fixação pode ser de dois tipos: móvel ou
permanente.
No tipo de união móvel, os elementos de fixação podem ser colocados ou retirados do
conjunto sem causar qualquer dano às peças que foram unidas.
No tipo de união permanente, os elementos de fixação, uma vez instalados, não
podem ser retirados sem que fiquem inutilizados.
Rebite
São importantes elementos de fixação permanentes de duas ou mais peças. São
compostos de um corpo em forma de eixo cilíndrico e de uma cabeça. A cabeça pode ter
vários formatos. São peças fabricadas em aço, alumínio, cobre ou latão.
Tipos de rebite e especificações - A fabricação de rebites é padronizada, ou seja, segue
normas técnicas que indicam medidas da cabeça, do corpo e do comprimento útil dosrebites. Para solicitar ou comprar rebites é necessário conhecer: de que material é feito, o
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tipo de sua cabeça, o diâ
necessária.
Processo de rebitagem - Epancadas de martelo; o mecâ
Pinos e cavilhas
Os pinos e cavilhas tê
permitindo união mecânica e
conexão entre elas.
Pino
O pino une peças ar
movimentar por rotação. Os
Cavilha
A cavilha une peças
diretamente no furo aberto po
alargado.
Contra-pinos ou cupilhas
É usado em um furo n
para impedir a saída do pino
Pino cupilhado
Neste caso, a cupilha
utilizado como eixo curto par
etc.
Parafuso
Parafusos são elemen
pela forma da rosca, da cabe
Rosca
Rosca é um conjunto d
peças. As roscas podem serem relação ao eixo do parafu
Materiais e Equipame
etro do seu corpo, o seu comprim
xistem dois tipos de processo: o manunico, feito por meio de equipamento.
a finalidade de alinhar ou fixar os ele
que se juntam duas ou mais peças, es
iculadas. Nesse tipo de união, uma
inos são usados em junções resistentes
que não são articuladas entre si.
r broca, dispensando-se o acabamento
extremidade de um pino, eixo ou para
u da porca durante vibrações das peça
não entra no eixo, mas no próprio pino.
a uniões articuladas ou para suportar r
tos de fixação não permanente de peç
a, da haste e do tipo de acionamento.
e filetes que permitem movimento, uniã
internas ou externas. Dependendo da io, as roscas ainda podem ser direitas e
tos Industriais
21
nto útil e a sobra
al, feito à mão com
entos de máquinas,
tabelecendo, assim,
as peças pode se
a vibrações.
ua fixação é feita
e a precisão do furo
fuso com porca castelo,
fixadas.
O pino cupilhado é
odas, polias, cabos,
as e diferenciam-se
e desmontagem de
clinação dos filetesesquerdas.
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Materiais e Equipamentos Industriais
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Porca
Porca é uma peça de forma prismática ou cilíndrica com um furo roscado, no qual se
atarraxa um parafuso ou uma barra roscada.Arruela
A arruela é um disco metálico com um furo central. Tem a função de distribuir
igualmente a força de aperto entre porca, parafuso e as partes montadas. Também funciona
como elemento de trava.
Tipo de arruelasTIPO DE ARRUELA APLICAÇÃO
lisaPor não ter elemento de trava, é utilizada em órgãos de máquinas que sofrem
pequenas vibrações
de pressãoÉ utilizada na montagem de conjuntos mecânicos submetidos a grandes
esforços e grandes vibrações e/ou variações de temperatura.
Dentada Muito empregada em equipamentos sujeitos a grandes vibrações, mas com
pequenos esforços.
serrilhadaTem as mesmas funções da arruela dentada. Apenas suportam esforços um
pouco maiores. ondulada
A arruela ondulada não tem cantos vivos. É indicada, especialmente, para
superfícies pintadas, evitando danificação do acabamento.
de travamento com orelha Utiliza-se esta arruela dobrando-se a orelha sobre um canto vivo da peça. Em
seguida, dobra-se uma aba da orelha envolvendo um dos lados chanfrado do
conjunto porca/parafuso.
para perfilados
É muito utilizada em montagens que envolvem cantoneiras ou perfis em
ângulo.
Anel elástico
O anel elástico conhecido também como anel de retenção, de trava ou de
segurança é um elemento usado em eixos ou furos para evitar deslocamento axial de
peças ou componentes e para posicionar ou limitar o curso de uma peça ou conjunto
deslizante sobre o eixo.
Chaveta
É um elemento mecânico com forma prismática, cilíndrica ou semicircular que pode
ter faces paralelas ou inclinadas. A chaveta se interpõe numa cavidade de um eixo e de
uma peça e tem por finalidade ligar dois elementos mecânicos.
2. Elementos de apoio
Há vários tipos de elementos de apoio que estudaremos a seguir:
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Buchas
As buchas são elemeneixos e guiar brocas e alarg
materiais plásticos.
Guias
A guia tem a função de
usa-se mais de uma guia e
denomina-se barramento. As
de rolamento.
Mancal
O mancal pode ser
Dependendo da solicitação d
rolamento.
Rolamento
São elementos de má
entre os quais são colocado
rolamentos de esfera se com
interno é fixado diretamen
escorregamento e limitam, ao
3. Elementos elásticos
MolasAs molas são muito u
deformação quando recebem
molas são usadas para amor
possível o retorno de um com
Tipos de mola
Materiais e Equipame
tos de máquinas cilíndricos ou cônicos.adores. Podem ser fabricadas de met
manter a direção de uma peça em movi
m máquinas. Um conjunto de guias
guias podem ser abertas ou fechadas,
efinido como suporte ou guia em qu
e esforços, os mancais podem ser de
uinas geralmente constituídos de dois
s elementos rolantes como esferas, rol
õem de anel externo fixado no mancal,
te ao eixo. São utilizados para r
máximo, as perdas de energia em cons
adas como componentes de fixação e
a ação de alguma força, mas voltam a
tecer choques, reduzir ou absorver vibr
ponente mecânico à sua posição primitiv
tos Industriais
23
Servem para apoiaral antifricção ou de
imento. Geralmente,
om perfis variados
de deslizamento ou
e se apóia o eixo.
deslizamento ou de
anéis concêntricos,
etes e agulhas. Os
nquanto que o anel
duzir o atrito de
quência do atrito.
lástica. Elas sofrem
estado normal. As
ações e para tornar
a.
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Materiais e Equipamentos Industriais
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As molas podem ser classificadas quanto à sua forma geométrica (heleicoidais ou
planas) ou segundo o modo como resistem aos esforços (de tração, de compressão ou
de torção).As molas podem ser feitas de: aço, latão, cobre, bronze, borracha, plastiprene, etc.
4. Elementos de transmissão
Com esses elementos, são montados sistemas de transmissão que transferem
potência e movimento a outro sistema.
Correia
São elementos de máquina que transmitem movimento de rotação entre eixos por
intermédio das polias. As correias podem ser contínuas ou com emendas.
Correntes
São elementos de transmissão, geralmente metálicos, constituídos de uma série de
anéis ou elos. Existem vários tipos de corrente e cada tipo tem uma aplicação específica.
EngrenagemTambém conhecidas como rodas dentadas, as engrenagens são elementos de
máquina usados na transmissão entre eixos. Existem vários tipos de engrenagem.
Rodas de atritos
São elementos de máquinas que transmitem movimento por atrito entre dois eixos
paralelos ou que se cruzam.
RoscaSão saliências (filetes) de perfil constante, em formas de hélices
(helicoidal), movimentam-se de modo uniforme, externa ou internamente,
ao redor de uma superfície cilíndrica ou cônica.
Cabo de aço
Elementos de máquinas feitos de arame trefilado a frio. O arame é
enrolado de modo a formar pernas que são enroladas em espirais em torno
de um elemento central, chamado núcleo ou alma.
Acoplamento
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É um conjunto mecânic
elementos de máquina. É e
duas árvores ou eixos-árvore.Eixos e arvores
Elementos de máquina
que são montadas as engren
etc.
Os eixos e as árvores
máquina.
Polias
As polias são peças
rotação do eixo do motor
constituída de uma coroa ou
de roda mediante disco ou br
Os tipos de polia são
assenta. Elas podem ser plan
Came
Came é um elemento
especial. Normalmente, há u
uma excentricidade que prod
Cames geralmente se classifi
quadro.
5. Elementos de vedação
Elementos de vedação
fechado (tubulação, depósito
externos.
Os elementos de ved
junções móveis.
Junções fixas
As vedações nas jun
elementos intermediários. N
Materiais e Equipame
o que transmite movimento entre duas p
pregado na transmissão de movimen
Os acoplamentos podem ser fixos, elás
s que podem ter perfis lisos ou compos
agens, polias, rolamentos, volantes, m
podem ser fixos ou giratórios e sustent
cilíndricas, movimentadas pela
e pelas correias. Uma polia é
ace, na qual se enrola a correia. A face
ços.
eterminados pela forma da superfície
as ou trapezoidais.
de máquina cuja superfície tem um fo
m excêntrico, isto é, essa superfície
z movimento num segundo elemento d
icam nos seguintes tipos: de disco, de
são peças que impedem a saída de flu
etc.) e evitam que esse ambiente seja
ção classificam-se em dois grupos: de
ções fixas podem ser feitas de ma
esse tipo de vedação, são usadas
tos Industriais
25
eças, constituído de
to de rotação entre
icos e móveis.
tos, em
nípulos
m os elementos de
é ligada a um cubo
a qual a correia se
rmato
ossui
nominado seguidor.
tambor, frontal e de
ido de um ambiente
poluído por agentes
junções fixas e de
eira direta ou por
guarnições, peças
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Materiais e Equipamentos Industriais
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flexíveis colocadas entre duas superfícies rígidas, geralmente planas. As guarnições
impedem passagem ou vazamento de fluidos.
Junções móveisAs junções móveis podem ser vedadas de forma direta ou com elementos
intermediários.
As diretas são de alto custo, sensíveis às mudanças de temperatura e não
funcionam com fluidos de alta viscosidade devido à interferência no deslocamento das
peças; em compensação, apresentam pequenas perdas de energia por atrito.
A vedação com elementos intermediários ou guarnições pode ser dos seguintes
tipos: em câmara de estopa, de contato circular, de contato plano frontal, sem contato, ou
com movimentos alternados.
A vedação em câmara de estopa recebe essa denominação porque a vedação é
feita com estopas trançadas, conhecidas como gaxetas.
A vedação de contato circular é feita em junções móveis, usando-se guarnições
conhecidas como anéis de vedação.
Modulo III – Componentes para Automação1. Componentes dos Circuitos Elétricos
Os componentes elétricos utilizados nos circuitos são distribuídos em três categorias:
elementos de entrada de sinais elétricos - elementos de processamento de sinais -
elementos de saída de sinais elétricos.
Elementos de Entrada de Sinais
Os componentes de entrada de sinais elétricos são aqueles que emiteminformações ao circuito por meio de uma ação muscular, mecânica, elétrica, eletrônica ou
combinação entre elas. Entre os elementos de entrada de sinais podemos citar as
botoeiras, as chaves fim de curso, os sensores de proximidade, termostatos e os
pressóstatos, entre outros, todos destinados à emitir sinais para energização ou
desenergização do circuito ou parte dele.
Botoeiras
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As botoeiras são chaves elétricas acionadas manualmente que apresentam,
geralmente, um contato aberto e outro fechado. De acordo com o tipo de sinal a ser
enviado ao comando elétrico, as botoeiras são caracterizadas como pulsadoras ou comtrava.
Chaves Fim de Curso
As chaves fim de curso, assim como as botoeiras, são
comutadores elétricos de entrada de sinais, só que acionados
mecanicamente. As chaves fim de curso são, geralmente,
posicionadas no decorrer do percurso de cabeçotes móveis de
máquinas e equipamentos industriais, bem como das hastes de
cilindros hidráulicos e ou pneumáticos.
O acionamento de uma chave fim de curso pode ser efetuado por meio de um
rolete mecânico ou de um rolete escamoteável, também conhecido como gatilho.
Sensores de Proximidade
Os sensores de proximidade, assim como as chaves fim de curso, são elementos
emissores de sinais elétricos, os quais são posicionados no decorrer do percurso de
cabeçotes móveis de máquinas e equipamentos industriais, bem como das hastes de
cilindros hidráulicos e/ou pneumáticos. O acionamento dos sensores, entretanto, não
depende de contato físico com as partes móveis dos equipamentos, basta apenas que
estas partes aproximem-se dos sensores a uma distância que varia de acordo com o tipo
de sensor utilizado.
Existem no mercado diversos tipos de sensores de proximidade. Os mais
empregados na automação de máquinas e equipamentos industriais são os sensores
capacitivos, indutivos, ópticos, magnéticos e ultra-sônicos, além dos sensores de pressão,
volume e temperatura, muito utilizados na indústria de processos.
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Pressostatos
Os pressostatos, também conhecidos como sensores de
pressão, são chaves elétricas acionadas por um piloto hidráulico
ou pneumático
Elementos de Processamento de Sinais
Os componentes de processamento de sinais elétricos são aqueles que analisam
as informações emitidas ao circuito pelos elementos de entrada, combinando-as entre si
para que o comando elétrico apresente o comportamento final desejado diante dessas
informações.
Entre os elementos de processamento de sinais podemos citar os relés auxiliares,
os contatores de potência, os relés temporizadores e os contadores, entre outros, todos
destinados a combinar os sinais para energização ou desenergização dos elementos de
saída.Relés Auxiliares
Os relés auxiliares são chaves elétricas de quatro ou mais
contatos, acionadas por bobinas eletromagnéticas. Há no mercado
uma grande diversidade de tipos de relés auxiliares que,
basicamente, embora construtivamente sejam diferentes,
apresentam as mesmas características de funcionamento.
Contatores de Potência
Os contatores de potência apresentam as mesmas características construtivas e de
funcionamento dos relés auxiliares, sendo dimensionados para suportar correntes
elétricas mais elevadas, empregadas na energização de dispositivos elétricos que exigem
maiores potências de trabalho.
Relés Temporizadores
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Os relés temporizadores, também conhecidos como relés de tempo, geralmente
possuem um contato comutador acionado por uma bobina eletromagnética com retardo
na energização ou na desenergização.
Contadores Predeterminadores
Os relés contadores registram a quantidade de pulsos elétricos a eles enviados
pelo circuito e emitem sinais ao comando quando a contagem desses pulsos for igual ao
valor neles programados. Sua aplicação em circuitos elétricos de comando é de grande
utilidade, não somente para contar e registrar o número de ciclos de movimentos
efetuados por uma máquina mas, principalmente, para controlar o número de peças a
serem produzidas, interrompendo ou encerrando a produção quando sua contagem atingir
o valor neles determinado.
Elementos de Saída de Sinais Luminosos e Sonoro
Os componentes de saída de sinais elétricos são aqueles que recebem as ordens
processadas e enviadas pelo comando elétrico e, a partir delas, realizam o trabalho final
esperado do circuito. Entre os muitos elementos de saída de sinais disponíveis nomercado, os que nos interessam mais diretamente são os indicadores luminosos e
sonoros, bem como os solenóides aplicados no acionamento eletromagnético de válvulas
hidráulicas e pneumáticas.
Os indicadores luminosos são lâmpadas incandescentes ou
LEDs, utilizadas na sinalização visual de eventos ocorridos ou
prestes a ocorrer. São empregados, geralmente, em locais de boa
visibilidade, que facilitem a visualização do sinalizador.
Os indicadores sonoros são campainhas, sirenes, cigarras ou
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buzinas, empregados na sinalização acústica de eventos ocorridos ou prestes a ocorrer.
Ao contrário dos indicadores luminosos, os sonoros são utilizados, principalmente, em
locais de pouca visibilidade, onde um sinalizador luminoso seria pouco eficaz.
Solenóides
Os solenóides são bobinas eletromagnéticas que, quando
energizadas, geram um campo magnético capaz de atrair
elementos com características ferrosas, comportando-se como um
imã permanente.
2. Componentes dos Circuitos Hidráulico e Pneumático
Atuadores
Mecanismos cuja função é transformar energia de pressão de fluidos em energia
mecânica. A função desse mecanismo é aplicar ou fazer atuar energia mecânica sobre
uma máquina, levando-a a realizar um determinado trabalho. Aliás, o motor elétrico
também é um tipo de atuador.
A única diferença, como já observamos, é que ele emprega energia elétrica e não
energia de pressão de fluidos.
Os atuadores que utilizam fluido sob pressão podem ser classificados segundo dois
critérios diferentes:
1) Quanto ao tipo de fluido empregado, podem ser:
• Pneumáticos: quando utilizam ar comprimido;
• Hidráulicos: quando utilizam óleo sob pressão.
2) Quanto ao movimento que realizam, podem ser:
• Lineares: quando o movimento realizado é linear (ou de translação);
• Rotativos: quando o movimento realizado é giratório (ou de rotação).
Atuadores lineares
São constituídos de componentes que convertem aenergia fluídica em movimento linear
Os atuadores lineares são conhecidos como cilindros ou
pistões. Cilindros hidráulicos e pneumáticos têm construção bastante complexa, pois aspressões dos fluidos e os esforços mecânicos são grandes. Como esses cilindros
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realizam operações repetitivas, deslocando-se ora num sentido ora em outro, devem ser
projetados e construídos de forma cuidadosa, para minimizar o desgaste de componentes
e evitar vazamento de fluidos, aumentando, assim, sua vida útil.Os cilindros compõem-se normalmente de um tubo cuja
superfície interna é polida, um pistão (ou êmbolo) fixado a uma
haste e duas tampas montadas nas extremidades do tubo. Em
cada uma das tampas há um orifício por onde o fluido sob
pressão entra no cilindro e faz com que o pistão seja
empurrado para um lado ou para outro dentro do tubo. Entre as várias peças (fixas ou
móveis) que compõem o conjunto, existem vedações de borracha ou outro material
sintético para evitar vazamentos de fluido e entrada de impurezas e sujeira no cilindro.
Essas vedações recebem nomes diferentes de acordo com seu formato, localização e
função no conjunto.
Os cilindros pneumáticos e hidráulicos encontram grande campo de aplicação em
máquinas industriais, automáticas ou não, e outros tipos de equipamentos, como os
utilizados em construção civil e transportes (guindastes, escavadeiras, caminhões
basculantes).
Atuadores rotativos
Os atuadores rotativos podem ser classificados em:
• Angulares: quando giram apenas num ângulo limitado, que pode em alguns
casos ser maior que 360°.
• Contínuos: quando têm possibilidade de realizar um número indeterminado
de rotações. Nesse caso, seriam semelhantes à roda d’água e ao cataventomencionados anteriormente. São os motores pneumáticos ou hidráulicos.
Os atuadores rotativos angulares são mais conhecidos como cilindros rotativos.
Os atuadores rotativos contínuos são mais conhecidos como motores pneumáticos
ou hidráulicos, conforme o fluido que os acione seja ar comprimido ou óleo. Um motor
hidráulico ou pneumático consta de um rotor ao qual é fixado um eixo. Ao longo da
periferia do rotor existem ranhuras radiais, onde deslizam
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Componentes de Pneumática
Compressores
Para a produção de ar comprimido são necessários compressores. Essescomprimem o ar até a pressão de trabalho desejada. A maioria dos acionamentos e
comando pneumáticos funciona através de uma estação central de distribuição de ar
comprimido.
Tipos de Compressores
Os vários tipos de compressores estão relacionados diretamente com a pressão de
trabalho e a capacidade de volume de cada compressor exigidas para atender asnecessidades da industria. Três tipos de compressores serão abordados:
· Compressor de êmbolo com movimento linear
· Compressor de êmbolo rotativo
· Turbocompressor
Desses, estudaremos em maior profundidade o compressor de êmbolo com
movimento linear e o turbo-compressor.
A construção do compressor de êmbolo com movimento linear está baseada no
princípio da redução de volume. Isso significa que o ar da atmosfera é sugado
para um ambiente fechado (câmara de compressão) onde um pistão (êmbolo)
comprime o ar sob pressão.
A construção do turbocompressor baseia-se no princípio de fluxo. Isso significa
que o ar é sugado da atmosfera, através de um dos lados do turbocompressor, e
comprimido de outro, por aceleração de massa (turbina).
Cilindros Pneumáticos
O cilindro pneumático é um elemento de trabalho de máquina útil, já que permite a
aplicação do movimento linear exatamente onde é necessário, sem qualquer complicação
mecânica, por exemplo, em transmissões, eixos, ressaltos, etc. Através de cilindros
pneumáticos pode-se transformar a energia pneumática em movimentos retilíneos e,
através de motores pneumáticos, movimentos rotativos.
Motores Pneumáticos
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O motor pneumático com campo angular ilimitado é um dos elementos
pneumáticos mais usados na indústria moderna. Seu campo de aplicação é dos mais
diversos. Com o motor pneumático, podem-se executar operações tais como: parafusar;roscar; lixar; polir; rebitar, etc.
Os motores pneumáticos estão classificados, segundo a construção, como:
• Motor de pistão
• Motor de palhetas
Válvulas
São elementos de comando para partida, parada e direção ou regulagem. Elascomandam também a pressão ou a vazão do fluido armazenado em um reservatório ou
movimentado por uma hidro-bomba. A denominação “válvula” é valida considerando-se
a linguagem internacional usadas para estes tipos de construção com: registros, válvulas
de esfera, válvulas de assento, válvulas de corrediça, etc.
Segundo suas funções as válvulas se subdividem em cinco grupos:
Válvulas direcionais - Válvulas de bloqueio - Válvulas de pressão - Válvulas de fluxo -
Válvulas de fechamento
Modulo IV– Lubrificação
Introdução a lubrificação
É impossível eliminar o atrito. O que se pode fazer é reduzi-lo ao máximo. E isso é
feito com o auxílio dos lubrificantes. Lubrificantes são substâncias colocadas
uniformemente entre duas superfícies, a fim de diminuir a resistência ao movimento.
Para ser um lubrificante, a substância tem que ser capaz de manter separadas as
duas superfícies durante o movimento, ser estável diante de mudanças de temperatura,
não atacar as superfícies metálicas e manter limpas as superfícies lubrificadas.
As substâncias apresentam essas qualidades: os óleos (líquidos), as graxas
(pastosos), a cera de abelha, a grafita e a parafina (sólidos). As qualidades estão
estreitamente ligadas às características físicas dessas substâncias.
De todas as características físicas dos lubrificantes, a viscosidade é a que
apresenta o maior interesse, pois representa o grau de atrito produzido quando o óleo
escorre. Em outras palavras, viscosidade é a resistência de um fluido ao escoamento.
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A consistência de graxa é a característica que corresponde à viscosidade do óleo
lubrificante. Ela traduz a resistência de uma graxa à deformação plástica.
O ponto de fulgor é a temperatura na qual o vapor desprendido pelo óleo aquecidose inflama momentaneamente em contato com uma chama.
O ponto de combustão é a temperatura na qual o vapor do óleo, uma vez
inflamado, continua a queimar por mais cinco segundos, no mínimo.
O ponto de fluidez é a temperatura mínima na qual o óleo ainda flui. É uma
característica muito importante para se determinar o lubrificante adequado para ser usado
em locais muito frios.
O ponto de gota de graxa é a temperatura na qual uma graxa passa do estado
sólido ou semi-sólido para o estado líquido.
Todos os fluidos são de certa forma, lubrificantes, principalmente os que possuem
a capacidade de manter separadas as superfícies durante o movimento, estabilidade nas
mudanças de temperatura e não atacar as superfícies metálicas e, capacidade de manter
limpas as superfícies lubrificadas.
Tipos de lubrificantes
Os lubrificantes podem ser líquidos (óleos), pastosos (graxas) ou sólidos (grafita,
parafina etc.). Podem ser de origem orgânica e de origem mineral.
Vantagens da graxa Vantagens do óleo Consistência: forma uma camada protetora sobre a peçalubrificada.
Maior dissipação de calor
Adesividade em peças deslizantes ou oscilantes. Maior resistência à oxidaçãoOperação de rolamentos em várias posições.Lubrificação instantânea na partida
Menor atrito fluido em altas rotações
Uma razão mais comum para a utilização da lubrificação a óleo é a alta
temperatura de trabalho, que pode ser causada pela elevada temperatura ambiente, pela
alta velocidade de trabalho ou pela carga elevada. Para um bom desempenho, ele deve
estar livre de impurezas e ter boa resistência à oxidação e à deterioração por evaporação.
Características principais dos lubrificantes
Óleos minerais são baratos e oxidam pouco. São obtidos principalmente do
petróleo e, em menor escala, do carvão, de pedra lignita e do xisto betuminoso. Os óleos
minerais podem ser classificados segundo a fabricação, segundo a viscosidade e
segundo a aplicação.
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As graxas minerais, quando comparadas aos óleos minerais, distinguem-se pela
maior consistência plástica. Normalmente, as graxas são compostas à base de sódio ou
de potássio. No entanto, conhecem-se também graxas minerais puras que podem serclassificadas segundo a aplicação e segundo a fabricação.
Óleos orgânicos são óleos como de oliva, de rícino, de sebo. Possuem elevada
capacidade de lubrificação; no entanto, são caros e envelhecem rapidamente (tornam-se
resinosos e espessos). Por isso, são usados somente em casos especiais.
As misturas de óleos minerais e orgânicos são utilizadas devido à sua
capacidade emulsora na água. Além disso, são usadas nos casos em que se necessita de
uma elevada capacidade de lubrificação.
Os lubrificantes sintéticos suportam as mais diversas condições de serviço. São
chamados sintéticos porque resultam de síntese química.
Nos lubrificantes grafíticos se utiliza grafita nas superfícies de deslizamento,
tornando-as mais absorventes, lisas e resistentes ao engripamento. Dessa forma,
encurta-se o tempo de amaciamento. A grafita é também usada como aditivo de óleo ou
graxa.
Escolha do lubrificante
A graxa é o lubrificante mais adequado para lubrificação de elementos de máquina
expostos aos agentes atmosféricos, à poeira e ao aquecimento. Já o óleo é o lubrificante
mais indicado para lubrificar máquinas com mecanismos rápidos ou delicados.
Propriedades dos lubrificantes
A escolha correta de lubrificantes deve levar em consideração suas principais
propriedades: poder adesivo (aderência), viscosidade (coesão), ausência de ácidos,
pureza química, resistência ao envelhecimento, pontos de inflamação e de congelamento
aparente e pureza mecânica.
Aderência: Para que possa ser arrastado e comprimido no espaço intermediário
entre as peças, o lubrificante deve aderir às superfícies deslizantes. Sem aderência, o
lubrificante se solta e ocorre atrito entre as peças.
A viscosidade é necessária para evitar o rompimento da camada aderida às
superfícies deslizantes; senão, seria impossível a formação de uma película contínua eresistente de lubrificante.
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Bibliografia
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Mecânica vol III 2ª, ed. – São Paulo - editora Mc Graw-Hill - 1986CHIAVERINI, Vicente- TECNOLOGIA MECÂNICA Processo de Fabricação e
Tratamento vol. II 2ª, ed. – São Paulo - editora Mc Graw-Hill - 1986
CHIAVERINI, Vicente - AÇOS AO CARBONO E AÇOS LIGA , volume
IV 2ª, ed. – São Paulo - editora Mc Graw-Hill - 1986
TELECURSO 2000 PROFISSIONALIZANTE – MECÂNICA – Materiais – editora
Globo S.A – São Paulo -2000
TELECURSO 2000 PROFISSIONALIZANTE – MECÂNICA - Ensaios de Materiais -Editora Globo S.A – São Paulo -2000
TELECURSO 2000 PROFISSIONALIZANTE – MECÂNICA - Elementos de
Máquinas - Editora Globo S.A – São Paulo -2000