Apostila - Língua Portuguesa

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    SENAI - BAHIA

    Lngua Portuguesa

    SENAI CIMATEC

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    SENAI - BAHIA

    Lngua Portuguesa

    Salvador,2011

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    Lngua portuguesa

    Copyright 2011 por SENAI DR BA. Todos os direitos reservados

    Departamento Regional da Bahia - DR/SENAI

    Elaborador: Regiani Coser Cravo

    Reviso Gramatical:Carla Roberta Cruz Prado

    Reviso Pedaggica: Ana Cristina Luz Santos

    Normalizao: Rita de Cssia Machado da Silva

    Catalogao na fonte (NDI Ncleo de Documentao e Informao)______________________________________________________________

    SENAI-DR BA. Lngua Portuguesa.Salvador, 2011.48 p. il. (Rev.01).

    1. Lngua Portuguesa l. ttulo

    CDD 510______________________________________________________________

    SENAI CIMATEC

    Av. Orlando Gomes, 1845 - PiatSalvador Bahia Brasil

    CEP 41650-010http://www.senai.fieb.org.br

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    APRESENTAO

    Com o objetivo de apoiar e proporcionar a melhoria contnua do padro de qualidade

    e produtividade da indstria, o SENAI BA desenvolve programas de educao profissional esuperior, alm de prestar servios tcnicos e tecnolgicos. Essas atividades, com contedostecnolgicos, so direcionadas para indstrias nos diversos segmentos, atravs deprogramas de educao profissional, consultorias e informao tecnolgica, paraprofissionais da rea industrial ou para pessoas que desejam profissionalizar-se visandoinserir-se no mercado de trabalho.

    Este material didtico foi preparado para funcionar como instrumento de consulta.Possui informaes que so aplicveis de forma prtica no dia-a-dia do profissional, eapresenta uma linguagem simples e de fcil assimilao. um meio que possibilita, deforma eficiente, o aperfeioamento do aluno atravs do estudo do contedo apresentado nomdulo.

    Por ser um material dinmico, que merece constante atualizao e melhorias, caso oleitor encontre erros, inconsistncias, falhas e omisso de algum contedo, favor entrar emcontato com a rea de Desenvolvimento de Produtos Industriais do SENAI CIMATEC.Estamos sempre abertos para melhorar o nosso material didtico.

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    SUMRIO

    1 LNGUA PORTUGUESA ................................62 TEXTO E TEXTUALIDADE .......................... 9

    2.1INTERPRETAODETEXTOS...............92.2OSTIPOSDETEXTO............................10

    2.2.1 Descrio....................................... 102.2.2 Narrao......................................... 112.2.3 Dissertao........................................ 12

    2.3ALEITURAESEUAPRIMORAMENTO.........................................................................13

    3 ASPECTOS GRAMATICAIS........................23

    3.1ACENTUAOGRFICA.....................233.2ORTOGRAFIA:NOVOACORDOORTOGRFICO ...........................................26 3.3PONTUAO:OEMPREGODAVRGULA........................................................28

    3.3.1 Emprego da vrgula no perodosimples.................................................. ... 283.3.2 Emprego da vrgula no perodocomposto................................................. 29

    3.4CONCORDNCIANOMINALEVERBAL.........................................................................29

    3.4.1 A Sntese de Concordncia.......303.4.2 Concordncia Nominal............... 303.4.3 Concordncia Verbal...................333.4.4 Crase............................................... 36

    4 ELABORAO DE CURRCULO ..............39

    4.1INFORMAESDEUMCURRCULO394.1.1 Identificao ou Dados Pessoais....................................................... ............. 394.1.2 Objetivo Profissional...................394.1.3 Escolaridade ou FormaoAcadmica............................................... 394.1.4 Cursos de Aperfeioamento.....394.1.5 Experincia Profissional............404.1.6 Idiomas........................................... 40

    4.1.7 Informtica..................................... 404.1.8 Viagens........................................... 404.2DICASPARAELABORAODECURRCULO .................................................40

    REFERNCIAS ................................................. 49

    ANEXOS A - MODELO DE CURRCULO.....50

    ANEXO B - GABARITO LISTA DEQUESTES........................................................51

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    LNGUA PORTUGUESA 1

    1 LNGUA PORTUGUESA

    Para voc refletir!

    O domnio da lngua portuguesa

    passou a ser fator essencial nas relaesde trabalho e, consequentemente, naascenso profissional de um indivduo.Atualmente, as necessidades decomunicao parecem ser mais urgentesdevido, talvez, ao constanteaperfeioamento dos meios decomunicao. No meio industrial, odomnio das questes referentes linguagem essencial para as relaesindividuais e coletivas que se fazempresentes.

    Dominar, nos dias de hoje, significasaber adequar a lngua a todos oscontextos de uso a que se faz necessria.Ento, perceba que com as palavras sefaz a linguagem ou as linguagens e, comestas, qualquer ser falante passa a secomunicar. Mas, para que isso acontea,o comunicador precisa conhecer osdiversos conceitos de lngua, delinguagem e de comunicao. Podemossintetizar assim: lngua + linguagem =comunicao.

    Observe que a comunicaoencontra-se presente em todos osmomentos de sua vida, ainda que muitasvezes voc no se d conta disso.Portanto, NO A DESPREZE!

    Vena os desafios da LnguaPortuguesa! Acredite em voc!

    Lutar com palavras a luta mais v.Entanto lutamos

    mal rompe a manh.[...]

    Palavra, palavra(digo exasperado),se me desafias,

    aceito o combate.[...]Carlos Drummond de Andrade

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    [...] A lngua minha ptriaSamba-rap, chic-let com banana

    E eu no tenho ptria, tenho mtria Ser que ele est no Po de Acar?E quero frtria T craude brPoesia concreta, prosa catica Voc e tutica futura Lhe amo

    [...]Caetano Veloso

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    O ESTUDO DO TEXTO

    Competncias e Habilidades: Valorizar os conhecimentos anteriores de mundo, lingustico e textual para a

    construo do sentido.

    Reconhecer a variao de registro: formal e informal das especificidades do gnerotextual (elementos constitutivos e sua organizao, caractersticas lingusticas e funestextuais).

    Compreender e usar a lngua portuguesa como herana e veculo de participaosocial, interao dialgica, geradora de significao e integradora do mundo e daprpria identidade.

    (Re) Conhecer diferentes gneros textuais, visando s diferentes situaes deinterlocuo: literrio, jornalstico, tcnico, cientfico, humorstico...

    Compreender a interao existente entre a anlise lingustica, o texto, a leitura e aproduo textual, respeitando o contexto sociocultural do interlocutor.

    Gostar de ler, descobrindo na leitura fonte de prazer, lazer e conhecimento.

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    TEXTO E TEXTUALIDADE 2

    2 TEXTO E TEXTUALIDADE

    O texto (do latim textum: tecido) uma unidade bsica de organizao etransmisso de ideias, conceitos einformaes de modo geral. Em sentido

    amplo, uma escultura, um quadro, umsmbolo, um sinal de trnsito, uma foto,um filme, uma novela de televisotambm so formas textuais. Tal como otexto escrito, todos esses objetos geramum todo de sentido.

    O texto, como um todo, geradorde sentido. Um fragmento, uma parte(frase, palavra) no possui autonomia,no pode ser tomado isoladamente, namedida em que cada parte liga-se aotodo. Fora do contexto (o texto como um

    todo), uma determinada parte poder terseu sentido original alterado, impedindo adepreenso do que de fato se desejoutransmitir - o real significado do textocomo expresso do autor. H ainda umapropriedade bsica na organizao dostextos, que a coeso; alm dessa, houtra, identificada com os mecanismos deconstituio de sentidos, que acoerncia.

    Por mais neutro que pretenda ser -como as instrues para uso de

    determinado equipamento ou uma notciade jornal -, um texto sempre revela aperspectiva (a viso de mundo) que oautor constri da realidade. Vale dizer queos textos so dotados de certo grau deintencionalidade, fenmeno mais notvelem textos argumentativos.

    A viso de mundo que est nabase do discurso de um autor pode serchamada de ideologia, o processo deproduo de significados, signos e valores

    da vida social. O texto traz consigo, demodo mais ou menos evidente, valores

    identificados com certa cultura e formaohistrica e social na medida em que oautor um ator social que comunga comesses valores.

    Pelo fato de ser um produto deuma poca e de um lugar especficos, h

    no texto as marcas desse tempo eespao. Por isso, nenhum texto umobjeto inteiramente autnomo, h sempreum dilogo estabelecido com outros textose com o contexto.

    O texto, ainda que implicitamente,incorpora diferentes perspectivas arespeito de uma mesma questo. O quese tem uma inter-relao entre textosque tratam do mesmo assunto, ou deassuntos semelhantes, com,eventualmente, abordagens diferentes

    (intertextualidade).Adaptado do livro de Luiz Roberto Dias deMelo & Celso Leopoldo Pagnan. Prtica detexto: leitura e redao. W3 Editora, 2003.

    2.1 INTERPRETAO DE TEXTOS

    Para ler e entender um texto, preciso atingir dois nveis de leitura:

    Nvel 1

    Leitura informativa e dereconhecimento deve ser feitacuidadosamente por ser o primeirocontato do leitor com o texto. Nestemomento, o leitor deve extrairinformaes e se preparar para a leiturainterpretativa.

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    Nvel 2

    Um texto, para ser compreendido,deve apresentar ideias seletas eorganizadas atravs de pargrafos queso compostos pela ideia central,argumentao e/ou desenvolvimento e a

    concluso do texto.Podemos desenvolver um

    pargrafo de vrias formas:a) com uma declarao inicial;b) com uma definio;c) com uma diviso;d) fazendo uma aluso

    histrica.

    O pargrafo serve para dividir otexto em pontos menores, tendo em vistaos diversos enfoques.Convencionalmente, o pargrafo indicado atravs da mudana de linha eum espaamento da margem esquerda.

    Uma das partes bem distintas dopargrafo o tpico frasal, ou seja, aideia central extrada de maneira clara eresumida.

    Atentando-se para a ideia principalde cada pargrafo, asseguramos umcaminho que nos levar compreensodo texto.

    2.2 OS TIPOS DE TEXTO

    Basicamente existem trs tipos detexto: descrio, narrao e dissertao,conforme veremos a seguir.

    2.2.1 Descrio

    Descrever explicar com palavras

    o que se viu e se observou. A descrio esttica, sem movimento, desprovida de

    ao. Na descrio, o ser, o objeto ouambiente so importantes, ocupando lugarde destaque na frase o substantivo e o

    adjetivo.O emissor capta e transmite arealidade atravs de seus sentidos,fazendo uso de recursos lingusticos, talque o receptor a identifique. Acaracterizao indispensvel, por issoexiste uma grande quantidade deadjetivos no texto para representarverbalmente um objeto, uma pessoa, umlugar, mediante a indicao de aspectoscaractersticos, de pormenoresindividualizantes. Requer observao

    cuidadosa, para tornar aquilo que vai serdescrito um modelo inconfundvel. No setrata de enumerar uma srie deelementos, mas de captar os traoscapazes de transmitir uma impressoautntica. Descrever mais que apontar, muito mais que fotografar. pintar, criar. Por isso, impe-se o uso de palavrasespecficas, exatas.

    H dois tipos de descries:descrio denotativa e descrioconotativa.

    Descrio denotativa

    Quando a linguagemrepresentativa do objeto objetiva, direta,sem metforas ou outras figuras literrias,chamamos de descrio denotativa. Nadescrio denotativa as palavras soutilizadas no seu sentido real, nico, deacordo com a definio do dicionrio.

    Leitura interpretativa nesse nvel deleitura, o leitor busca interpretar ecompreender melhor o texto, grifandopalavras-chave, passagens importantes etentando ligar palavras ideia central decada pargrafo.

    Exemplo:

    Samos do campus universitrio s14 horas com destino ao agrestepernambucano. esquerda fica a reitoria ealguns pontos comerciais. direita otrmino da construo de um novo centrotecnolgico. Seguiremos pela BR-232 ondeencontraremos vrias formas de relevo evegetao.

    No incio da viagem observamosuma tpica agricultura de subsistncia bem margem da BR-232. Isso provavelmentefacilitar o transporte desse cultivo a umgrande centro de distribuio de alimentos,

    a CEAGEPE.

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    Descrio conotativa

    Em tal descrio as palavras so

    tomadas em sentido figurado, ricas empolivalncia.

    Exemplos:- Joo estava to gordo que as pernas

    da cadeira estavam bambas do peso quecarregava. Era notrio o sofrimento daquelepobre objeto.

    - Hoje o sol amanheceu sorridente;brilhava incansvel, no cu alegre, leve erepleto de nuvens brancas. Os pssaros,felizes, cantarolavam pelo ar.

    2.2.2 Narrao

    um relato organizado deacontecimentos reais ou imaginrios. Soseus elementos constitutivos:personagens, circunstncias, ao; o seuncleo o incidente, o episdio, e o que adistingue da descrio a presena depersonagens atuantes, que esto quasesempre em conflito.

    Narrar falar sobre os fatos. contar. Consiste na elaborao de umtexto inserindo episdios, acontecimentos.

    A narrao difere da descrio. Aprimeira totalmente dinmica, enquantoa segunda esttica e sem movimento.Os verbos so predominantes num textonarrativo.

    Um texto narrativo tem como basealguns elementos, como:

    O qu? - Fato narrado Quem? personagem principal e oanti-heriComo? o modo que o fato aconteceuQuando? o tempo dosacontecimentos Onde? local onde se desenrolou oacontecimentoPor qu? a razo, motivo do fatoPor isso: - a consequncia do fato

    No texto narrativo, o fato o ponto

    central da ao, sendo o verbo o elemento

    principal. importante s uma aocentralizadora para envolver aspersonagens. Deve haver um centro de

    conflito, um ncleo do enredo.A seguir, um exemplo de textonarrativo:

    Toda a gente tinha achadoestranha a maneira como o Capito RodrigoCambor entrara na vida de Santa F. Umdia chegou a cavalo, vindo ningum sabia deonde, com o chapu de barbicacho puxadopara a nuca, a bela cabea de machoaltivamente erguida e aquele seu olhar degavio que irritava e ao mesmo tempo

    fascinava as pessoas. Devia andar l pelomeio da casa dos trinta, montava numalazo, trazia bombachas claras, botas comchilenas de prata e o busto musculosoapertado num dlm militar azul, com golavermelha e botes de metal.

    (Um certo capito Rodrigo rico Verssimo)

    O foco narrativo

    A relao verbal locutor interlocutor efetiva-se por intermdio doque chamamos discurso. A narrativa sevale de tal recurso, efetivando o ponto devista ou foco narrativo.

    Quando o narrador participa dosacontecimentos diz-se que narrador-personagem. Isto constitui o foconarrativo da 1 pessoa.

    Exemplo de foco narrativo da 1pessoa:

    Parei para conversar com o meucompadre que h muito no falava. Eu noteiuma tristeza no seu olhar e perguntei:

    - Compadre por que tanta tristeza?Ele me respondeu:- Compadre, minha senhora morreu h

    pouco tempo. Por isso, estou to triste.H tanto tempo sem nos falarmos e

    justamente num momento to triste nosencontramos. Ter sido o destino?

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    Narrador-observador aqueleque serve de intermedirio entre o fato e oleitor. o foco narrativo de 3 pessoa.

    Exemplo de foco narrativo de 3pessoa:

    O jogo estava empatado e ostorcedores pulavam e torciam sem parar. Osminutos finais eram decisivos, ambosprecisavam da vitria, quando de repente ojuiz apitou uma penalidade mxima.

    O tcnico chamou Neco para bater opnalti, j que ele era considerado o melhorbatedor do time.

    Neco dirigiu-se at a marca do pnalti ebateu com grande perfeio. O goleiro no

    teve chance. O estdio quase veio abaixo detanta alegria da torcida.Aos quarenta e sete minutos do

    segundo tempo o juiz finalmente apontou parao centro do campo e encerrou a partida.

    As formas de discurso

    Discurso direto - aquele quereproduz exatamente o queescutou ou leu de outra pessoa.

    Podemos enumerar algumascaractersticas do discurso direto:

    a) Emprego de verbos do tipo:afirmar, negar, perguntar, responder, entreoutros;

    b) Usam-se os seguintes sinais depontuao: dois-pontos, travesso evrgula.

    Exemplo de discurso direto:

    O juiz disse:- O ru inocente.

    Discurso indireto aquelereproduzido pelo narrador comsuas prprias palavras, aquilo queescutou ou leu de outra pessoa.No discurso indireto eliminamos ossinais de pontuao e usamosconjunes: que, se, como, etc.

    Exemplo de discurso indireto:

    O juiz disse que o ru era inocente.

    Discurso indireto livre aquele

    em que o narrador reconstitui oque ouviu ou leu por conta prpria,servindo-se de oraes absolutasou coordenadas sindticas eassindticas.

    Exemplo de discurso indireto livre:

    Sinh Vitria falou assim, masFabiano franziu a testa, achando afrase extravagante. Aves matarembois e cavalos, que lembrana!Olhou

    a mulher, desconfiado, julgou que elaestivesse tresvariando.

    (Graciliano Ramos)

    2.2.3 Dissertao

    Dissertar , atravs daorganizao de palavras, frases e textos,apresentar ideias, desenvolver raciocnio,analisar contextos, dados e fatos. Nestemomento temos a oportunidade dediscutir, argumentar e defender o que

    pensamos atravs da fundamentao,justificao, explicao, persuaso e deprovas.

    A elaborao de textosdissertativos requer domnio damodalidade escrita da lngua, desde aquesto ortogrfica ao uso de umvocabulrio preciso e de construessintticas organizadas, alm deconhecimento do assunto que se vaiabordar e posio crtica (pessoal) diante

    desse assunto.A atividade dissertadoradesenvolve o gosto de pensar e escrevero que pensa, de questionar o mundo, deprocurar entender e transformar arealidade.

    Passos para escrever o textodissertativo

    O texto deve ser produzido deforma a satisfazer os objetivos que o

    escritor se props a alcanar. H uma

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    estrutura consagrada para a organizaodesse tipo de texto.Consiste em organizar o material obtido

    em trs partes: a introduo, odesenvolvimento e a concluso.

    Introduo - deve apresentar demaneira clara o assunto que ser tratadoe delimitar as questes, referentes aoassunto, que sero abordadas. Nestemomento pode-se formular uma tese, quedever ser discutida e provada no texto,propor uma pergunta, cuja respostadever constar no desenvolvimento eexplicitada na concluso.

    Desenvolvimento a parte dotexto em que as ideias, pontos de vista,conceitos, informaes de que dispesero desenvolvidas, desenroladas eavaliadas progressivamente.

    Concluso o momento finaldo texto, este dever apresentar umresumo forte de tudo o que j foi dito. Aconcluso deve expor uma avaliao final

    do assunto discutido.Cada uma dessas partes se

    relaciona umas com as outras, sejapreparando-as ou retomando-as,portanto, no so isoladas.

    A produo de textos dissertativosest ligada capacidade argumentativadaquele que se dispe a essaconstruo.

    Exemplo:

    A vida de uma mulher no fcil emparte alguma deste mundo. A sociedademachista impe-lhe regras e destinos que elajamais pode escolher. A mulher ser sempreuma escrava totalmente submissa ao marido,s tradies, aos costumes e hipocrisiachauvinista dos...

    2.3 A LEITURA E SEU APRIMORAMENTO

    A leitura to significativa que nosmotiva ao aprendizado logo nos primeirosanos de nossas vidas. Sem a leitura, oavano no conhecimento cientfico torna-se impossvel, pois nos detemos aodiscurso dos outros.

    Podemos afirmar que a leituraconstitui um fator decisivo porque,atravs dela, temos a oportunidade deampliar e aprofundar os estudos, vistoque os textos formam uma fontepraticamente inesgotvel de

    conhecimentos.Normalmente existem duas

    espcies de leitura: uma praticada porcultura geral ou entretenimentodesinteressado, que ocorre quando vocl uma revista ou um jornal; e outra querequer ateno especial e profundaconcentrao mental, realizada pornecessidade de saber, como porexemplo, quando voc l um livro, umtexto de estudo ou uma revistaespecializada.

    Outro fator preponderante naleitura de um texto o domnio dovocabulrio. Se o leitor tem o hbito deler frequentemente e sua leitura amplae abrange vrios assuntos distintos,ento deve realmente dominar umvocabulrio significativo. Existemvocbulos de uso comum, popular egeral, e vocbulos especializados, de usorestrito a determinadas reas. Quando ovocabulrio do leitor for reduzido,

    constitui-se um obstculo leituraproveitosa.Quando se desconhece o

    significado de certas palavras, a melhormaneira consultar um dicionrio, a fimde que seu sentido seja imediatamenteesclarecido. Outra possibilidade consisteem prorrogar este esclarecimento, dando-lhe a possibilidade de ocorrer noprosseguimento da leitura, isto , tentardescobrir o sentido do vocbulodesconhecido, atravs do contexto em

    que est inserido. Uma palavra mal

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    compreendida ou mal interpretada podedefinir ou mudar todo o sentido do texto.Quando esta palavra acontece de ser a

    palavra-chave, ento a situao serainda mais desastrosa.A seguir, atente para as dicas e

    orientaes para realizar a anliseinterpretativa de um texto.

    Dicas para realizar a

    anlise interpretativa de um texto1. No se deixe tomar pela subjetividade.2. Relacione as ideias do autor com ocontexto filosfico e cientfico de suapoca e de nossos dias.3. Faa a leitura das entrelinhas a fimde inferir o que no est explcito notexto.4. Adote uma posio crtica, a maisobjetiva possvel, com relao ao texto.Essa posio tem de estar fundamentada

    em argumentos vlidos, lgicos econvincentes.5. Faa o resumo do que estudou.6. Discuta o resultado obtido no estudo.

    Ao finalizar a anliseinterpretativa, com certeza, o leitor teradquirido conhecimento qualitativo equantitativo sobre o tema estudado. Aanlise interpretativa conduz o leitor aatuar como crtico do que o autor

    escreveu. (Adaptado.http://www.centrodeestudosse.com.br/2006/d

    ownload/apostila_monografia.doc)

    Fique de olho: charges, piadas,propagandas e tirinhas so cada vezmais frequentes em provas de concursos

    a fim de se saber se o leitor consegue

    identificar e analisar os fatores quemobilizaram um determinado sentido.

    EXERCCIOS DE INTERPRETAO DETEXTOS

    Agora voc vai ler e interpretartextos de diferentes tipologias. Faa aleitura e depois responda s questespropostas.

    Texto 1:INTRODUO

    Sempre gostei de escrever, desde

    os tempos de escola. Adorava fazerredao, principalmente quando aprofessora j dizia o tema, porque vriasvezes sofria pra conseguir comear umade "tema livre". Mas depois quecomeava, a eu embalava e escrevia comgosto. Viajava. Viajava com gosto tambmnas histrias em quadrinhos, ainda maisnovo, quando no escrevia nada (euacho), mas j gostava de desenhar e deparar na banca pra comprar "revistinha".Da Turma da Mnica, do Walt Disney,

    Recruta Zero, Turma do Bolinha,Fantasma, Asterix... Muitas vezespassava tardes inteiras de domingo lendogibis na movimentada mesa do barDauphine, em Copacabana, enquantomeu pai conversava com os amigosparceiros de chope. Todo mundo rindo efalando alto e eu ali, na minha,concentrado na leitura. Acho at que seeu tivesse continuado naquele pique euteria me tornado um rapaz muito culto.

    Minha av me contou que eu aprendia ler sozinho, aos quatro anos, com umlivro ilustrado chamado Os mamferos,que ela estava lendo pra mim. Um dia,mostrei a ela uma foto e li o nome dobicho em voz alta: "Or-ni-tor-rin-co". Elaainda no tinha chegado nessa pgina eeu nunca tinha ouvido falar naquele bichoestranho de nome idem. Nem sei por que que eu t falando disso, mas que eusoube h pouco tempo e acheiinteressante. Bem, este livro tambm

    nasceu mais ou menos assim. Tivemos

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    que esvaziar e arrumar uma montanha depapis no escritrio l de casa porque deumofo. Mofo deu geral! Atchim!! Sade!

    Obrigado... Ih! Olha s isso aqui! Deixa euver.Comecei a encontrar vrios textos,

    poemas e at redaes de colgio que eunem me lembrava que tinha guardado, amaioria eu nem me lembrava de terescrito! Que surpresa boa! Algumascoisas me fizeram voltar no tempo quandoeu parei de espirrar para ler. Outraspareciam totalmente novas. A memria jtinha apagado, mas as folhas escritas mo resistiram ao mofo e a vrias viagens

    e mudanas. P, eu tambm no sou tovelho assim!!Eu sei que no sou to velho assim,

    mas a ideia de tornar pblica a minhaloucura foi imediata. Eu j vinhaescrevendo uns poemas intimamente,para publicar "algum dia", alm de umtexto novo aqui, uma outra coisinha ali...Ento, por que no juntar logo tudo efazer um livro livre e diferente? Pra queficar guardando o ontem e o hoje nagaveta? Rabiscos de uma alma insone,

    antigos ou recentes, aflitos, carentes -coitados, no mereciam um pouquinho deateno?

    Abri os disquetes, as pastas e oscadernos e comecei a pescar nesse marde ideias e palavras tudo o que eu achavainteressante por algum motivo. Deixeimuito lixo de fora, claro, que o seu olhono penico, mas tentei ser o menosrigoroso possvel, principalmente emrelao forma, considerando que algunsdos textos tinham sido escritos haviaquase dez anos e o autor era um molequemeio maluco que nem imaginava que umdia um maluco meio moleque iria meter amo nas suas intimidades e mostrar pratodo mundo.

    No pensem que algum tipo deexibicionismo barato lanar meu adubo noventilador. No fundo eu sou mesmo tmido, seno no gostaria tanto deescrever. Aproveitei o embalo para voltara essa velha mania de contar pro papel

    registros da minha vida e da minha

    fantasia, no apenas em forma de msica.Foi como reencontrar e recomear umavelha amizade. E dessa "recada" que

    acabou nascendo grande parte daspginas que se abraaram no livro quevoc est lendo agora, produto final deuma experincia que no transgnica,mas mistura diversos elementos,momentos e lamentos, e quem sabe podeat gerar bons frutos... Alimentos?!

    Espero que pelo menos voc possase entreter e se divertir como quem l umornitorrinco pela primeira vez. Mas meleva pra mesa movimentada do bar ou praqualquer lugar, s no quero ficar

    enfurnado num velho escritrio, pois soualrgico a mofo.Minha mente um livro aberto. um

    ba de plantao. somente umasemente. s mente e corao.

    (Introduo do livro biogrfico de Gabriel OPensador)

    Agora responda:

    1. Apresente outro sentido paraos termos destacados nos fragmentosabaixo:

    a) ... a eu embalava e escrevia comgosto... (l. 07/08).____________________________________________________________________

    b) Muitas vezes passava tardes inteirasde domingo lendo gibis... (l. 15 - 17).____________________________________________________________________

    __________________________________c) Aproveitei o embalo para voltar a essavelha mania... (l. 86/87).____________________________________________________________________

    d) Espero que pelo menos voc possa seentreter... (l. 99/100).______________________________________________________________________________________________________

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    e) ... s no quero ficar enfurnado numvelho escritrio... (l. 103/104).__________________________________

    ____________________________________________________________________

    2. Analisando o discurso e a linguagem doautor no fragmento: Mofo deu geral!Atchim! Sade! Obrigado... Ih! Olha sisso aqui! Deixa eu ver... (l. 40 - 42),identifique o discurso, o nvel delinguagem e explique qual aintencionalidade do autor.____________________________________________________________________

    __________________________________

    3. Qual o sentido do verbo destacado naexpresso: Viajava com gosto tambmnas histrias em quadrinhos,...? (l.08/09).________________________________________________________________________________________________________________________________________

    4. Explique a diferena semntica que

    ocorre nas palavras maluco e molequeno fragmento: ... um moleque meiomaluco que nem imaginava que um diaum maluco meio moleque... (l. 77 - 79).____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    5. Explique o fragmento final do texto:Minha mente um livro aberto. um bade plantao. somente uma semente. s mente e corao. (l.106 - 108).________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    Texto 2:

    AS PALAVRAS

    So como um cristal,as palavras.Algumas, um punhal,um incndio.Outras,orvalho apenas.

    Secretas vm, cheias de memria.Inseguras navegam:barcos ou beijos,as guas estremecem.

    Desamparadas, inocentes,

    leves.Tecidas so de luze so a noite.E mesmo plidasverdes parasos lembram ainda.

    Quem as escuta? Quemas recolhe, assim,cruis, desfeitas,nas suas conchas puras?

    (Eugnio de Andrade)

    Disponvel em:http://fumacas.weblog.com.pt/arquivo/082797.

    html. Acesso em 19/06/2009.

    Agora responda s questesapresentadas:

    1. Explique qual o tema do poema,considerando as definies apresentadassobre as palavras.__________________________________

    ________________________________________________________________________________________________________________________________________

    2. Qual o significado que o autor pretendeatribuir s palavras com as comparaesdestacadas nos versos?

    So como um cristal, as palavras,Algumas, um punhal, um incndio.

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    ______________________________________________________________________________________________________

    ____________________________________________________________________

    Texto 3:

    O ARTISTA E A LMPADA

    Lembro-me de que certa noite euteria uns quatorze anos, quando muito encarregaram-me de segurar umalmpada eltrica cabeceira da mesa deoperaes, enquanto um mdico fazia osprimeiros curativos num pobre-diabo quesoldados da Polcia Municipal haviamcarneado [...] Apesar do horror e danusea, continuei firme onde estava,talvez pensando assim: se esse caboclopode aguentar tudo isso sem gemer, porque no hei de poder ficar segurando estalmpada para ajudar o doutor a costuraresses talhos e salvar essa vida? [...]

    Desde que, adulto, comecei aescrever romances; tem-me animado at

    hoje a ideia de que o menos que o escritorpode fazer numa poca de atrocidades einjustias como a nossa, acender a sualmpada, fazer luz sobre a realidade deseu mundo, evitando que sobre ele caia aescurido, propcia aos ladres, aosassassinos e aos tiranos. Sim, segurar almpada, a despeito da nusea e dohorror. Se no tivermos uma lmpadaeltrica, acendamos o nosso toco de velaou, em ltimo caso, risquemos fsforosrepetidamente, como um sinal de que no

    desertamos nosso posto.(VERSSIMO, rico. Solo de clarineta. Porto

    Alegre: Globo, 1978, v. 1. Fragmento).

    Com base no texto, responda:

    1. A lmpada, no texto, tem um significadosimblico. Que significado pode seratribudo a ela?__________________________________

    ____________________________________________________________________

    ____________________________________________________________________

    2. A que funo literria rico Verssimose refere em seu depoimento?____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    Texto 4:

    Roy Lichtenstein. BLAM. Srie: Comics, War &

    Adventure.

    A imagem usa recursos dalinguagem dos quadrinhos para tratar dotema da guerra.

    Com base na imagemapresentada, responda:

    1. Que elementos compem a tela de RoyLichtenstein?________________________________________________________________________________________________________________________________________

    2. Alguns elementos da linguagem da telaa aproximam da linguagem dosquadrinhos. Identifique esses elementos.______________________________________________________________________________________________________

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    3. Que imagem da guerra o quadrosugere? Justifique sua resposta.__________________________________

    ____________________________________________________________________

    Histria em quadrinhos

    As histrias emquadrinhos so enredosnarrados quadro a quadropor meio de desenhose textos que utilizam o discurso direto,caracterstico da lngua falada. Assim,justifica-se a pesquisa pelo interesse dedemonstrar como as estratgias deorganizao de um texto falado soutilizadas na construo da histria emquadrinhos, que possui em seu textoescrito caractersticas prximas a umaconversao face a face, alm deapresentar elementos visuaiscomplementadores compreenso,tornando este estudo bastante prazeroso,pois a leitura de uma HQ causa no leitorum determinado fascnio devido

    combinao de todos esses elementos.Aparente brincadeira de criana, aleitura de histrias em quadrinhos podemuito bem nos levar a srias eimportantes reflexes sobre o mundo emque vivemos.

    PRATICANDO!

    1. Leia as tirinhas, observando asideias, a linguagem e os questionamentospresentes.

    (Fala Menino! Lus Augusto Gouveia.Disponvel em: http://www.falamenino.

    com.br). Acesso em 18/06/2009

    ______________________________________________________________________________________________________

    (Disponvel em:http://www.meninomaluquinho.com.br/PaginaT

    irinha. Acesso em 15/06/2008).

    ______________________________________________________________________________________________________

    Charge

    A Charge um estilo deilustrao que tem por finalidade satirizar,por meio de uma caricatura, algumacontecimento atual com uma ou maispersonagens envolvidas. A palavra deorigem francesa e significa carga, ou seja,exagera traos do carter de algum ou dealgo para torn-lo burlesco. Muito utilizadasem crticas polticas no Brasil. Apesar deser confundido com cartoon (ou cartum),que uma palavra de origem inglesa, considerado como algo totalmente

    diferente.

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    Mais do que um simples desenho, a

    charge uma crtica poltico social na qualo artista expressa graficamente sua visosobre determinadas situaes cotidianasatravs do humor e da stira. Paraentender uma charge no precisa sernecessariamente uma pessoa culta, bastaestar por dentro do que acontece ao seuredor. [...]

    (Disponvel em:http://pt.wikipedia.org/wiki/Charge. Visitado em

    19/06/2009).

    Agora responda:

    1. Analise a charge abaixo e diga oque voc entende.

    (Fonte: Jornal Folha de So Paulo-12/02/2007)

    ______________________________________________________________________________________________________

    Como foi possvel compreender a charge?

    Os textos tm a propriedade intrnseca

    de se constituir a partir de outros textos. Porisso, todos eles so atravessados, ocupados,habitados pelo discurso do outro. Essa charge,por exemplo, s pode ser compreendida sevoc conhece o discurso de que a reduo damaioridade penal garantiria maior paz esegurana aos brasileiros (conhecimento demundo).

    (Disponvel em:http://aescritanasentrelinhas.d3estudio.com.br/?p=49

    Acesso em: 18/06/2009.)

    PRATICANDO!

    1. Analise a charge abaixo,apresentando as ideias contidas nela.

    (Disponvel em:ttp://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/inde03

    122007.htm. Acesso em: 19/06/2009)

    ________________________________________________________________________________________________________________________________________

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    Cartoon, cartuneou cartum

    Um cartoon, cartune ou cartum um desenho humorstico acompanhadoou no de legenda, de carterextremamente crtico, retratando de umaforma bastante sintetizada algo queenvolve o dia a dia de uma sociedade.

    O termo de origem britnica, efoi pela primeira vez utilizado nestecontexto na dcada de 1840. Osignificado original da palavra cartoon mesmo "estudo", ou "esboo", e h

    muito tempo utilizada nas artes plsticas.

    Este tipo de desenho aindaconsiderado uma forma de comdia emantm o seu espao na imprensaescrita atual.

    Veja o exemplo a seguir:

    Um cartoonde um cientista louco

    estereotipado

    (In: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cartoon.Visitado em 19/06/2009.)

    PRATICANDO!

    1. Analise o cartoon apresentadoa seguir e explique-o.

    Disponvel em:(http://images.google.com.br/imgres?imgurl

    =http://www.cartoonvirtualmuseum.org/toonists/)

    ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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    CORREO GRAMATICAL

    Competncias e Habilidades:

    Constituir um conjunto deconhecimento sobre o funcionamento dalinguagem e sobre o sistema lingusticorelevantes para as prticas de escrita,leitura e produo de textos.

    Compreender as unidadeslingusticas e as relaes estabelecidasentre elas e as funes discursivasassociadas a elas no contexto.

    Compreender relaesmorfolgicas, sintticas e semnticas dalngua portuguesa.

    Aprimorar a capacidade dearticulao do pensamento, atravs daobservao e da discusso das relaesgramaticais, oferecendo novaspossibilidades de expresso.

    Elaborar e ampliar estruturas

    gramaticais, a partir de construes jexploradas no texto, tendo em vista asdiversas possibilidades comunicativasque a lngua oferece.

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    3 ASPECTOS GRAMATICAIS

    3.1 ACENTUAO GRFICA

    Acentuam-se:

    Os monosslabos tnicosterminadosem:

    a(s) l, c, je(s) p, ms, fo(s) p, s, ns

    As palavrasOxtonasterminadas em:

    a(s) Par, sofse(s) voc, cafs

    o(s) av, paletsem, ens ningum, armazns

    As Paroxtonas terminadas em:

    o(s), (s) rfos, rfs

    ei(s) jquei, fceisi(s) jri, lpisus vrusum, uns lbum, lbunsr revlverx traxn / ons hfen, prtonsl fcilps bcepsditongoscrescentesseguidos ou node S

    ginsio, mgoa,reas

    Todasas palavras Proparoxtonasso

    acentuadas.

    Ditongos: so acentuados osditongos abertos U, I e I apenasquando estiverem na ltima slaba dasoxtonas:Exemplos: heri, trofu, destri, papis.

    Observao: esses mesmos ditongos emparoxtonas NO so acentuados:heroico, ideia, assembleia, joia, paranoia,geleia.

    Hiatos: acentua-se a vogal Iou Utnica dos hiatos, desde que ela estejasozinha na slaba ou seguida de S:Exemplos: razes, Las, sade, bas.

    Texto

    A REVOLUO DA DECNCIA

    Na faxina iminente e urgentssimaem nossa poltica, burocracia e vriasinstituies, em nosso modo de escolher,eleger, governar, atuar e administrar, aimprensa est tendo um papel magnfico.

    Ningum mais pode dizer Eu nosabia nem se fingir de inocente. Osproblemas, a gente adivinhava queexistiam, embora poucos imaginassemquantos e de que gravidade. Hoje elessaltam na nossa cara em jornal, revista,rdio e televiso, feito monstrinhos defilme de fico cientfica, grudando nanossa perplexidade. salutar, ainda quedoa. Pois a ignorncia e a desinformaoso humilhantes.

    No podemos querer ficar em paz

    enquanto tudo no for clareado e limpo.

    ASPECTOS GRAMATICAIS 3

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    No h nada de divertido em sermos,como disse algum, um pas de rabospresos: muitos polticos que danam feito

    macacos, segurando um o rabo do outro...A ideia seria de rir se no fosse de chorar.Somos passageiros de uma nau

    cujos mandantes, se nada sabiam dasrachaduras no casco, estavam seriamentealienados daquilo que deviam governar;se sabiam e no tomaram providncias,no mandaram investigar a fundo nemprestaram contas ao povo que os elegeu,foram gravemente omissos einegavelmente cmplices.

    De qualquer maneira o barco em

    que estamos metidos aderna fortemente,e no sabemos para que lado cai ou paraque margem poderia se dirigir. Para nonos atolarmos num esquerdismo radical eultrapassado, nem girarmos noredemoinho da anarquia e do desgoverno, preciso urgentemente abrir os olhos,agir e reagir, implantar em nossa vidapessoal e neste nosso pas o governo datica. tica, do grego ethos, costume, um conjunto de bons costumes isto ,decncia.

    O Brasil no uma abstrao ou ummapa: so quase 200 milhes de vidas,gente que batalha no seu duro cotidiano eno merece ficar merc dessa perabufa, tendo nos bastidores dramas moraise cinismos espetaculares, facilitados pelacumplicidade e pela omisso.

    A ignorncia a me de boa partede nossos males. Precisamos sereducados, informados, para compreendere escolher. Ideias so fruto de educao.Apesar da imoralidade de muitos,poderemos ter esperana se nostornarmos um povo mais tico habituado honradez, implacvel quando se trata deescolher seus representantes e atmesmo as condies da prpria vidapessoal.

    No quero fome zero, masdesinformao zero. Trabalho (que trazdignidade) e educao (que nos esclarecee nos torna capazes de optar) deviam sernosso objetivo premente agora. No mais

    palavrrio vazio sobre democracia, mas

    seu exerccio verdadeiro, com lucidez edeterminao. Uma bela reforma, tambmem cada um de ns. Microrrevoluo, em

    que cada um tenta ser decente, manter-sedecente e pensar sobre o que decncia,a comear na famlia que, mesmo comtodas as mudanas sociais, continuaexistindo como o quartel-general denossas ideias e atitudes bsicas peloresto da vida.

    Simultaneamente, urge transformar agora, hoje, no amanh a escolaelementar e a secundria, onde secapacitam crianas e jovens a sercidados dessa democracia tica. Com

    professores valorizados e preparados,capazes de preparar seus alunos paraquestionar, escolher bem e viver segundoregras ticas. Uma escola que no finjaser uma espcie de pseudofamlia ou umlugar insosso, como se estudar fosse abeirada fria e desinteressante do mingauda formao de cidados prestantes.

    Por todo lado, estruturas abaladas edolos de barro rachados, confuso ecovarde busca do interesse prprio:qualquer recurso vale para salvar a pele.

    Mas tambm estamos despertando dotorpor e da iluso que infantilizam. Aindaacredito que a gente pode usar essatremenda crise para mudar: nossas doresde agora podem ser dores decrescimento, no de naufrgio, parapodermos participar, escolher, fiscalizar eassumir de uma vez o nosso papel emrelao ao nosso pas.

    Esta a hora.

    (LUFT, Lya. Revista Veja, 13 de julho de 2005,

    p. 26)

    PRATICANDO!

    1. Considere os fragmentosabaixo:

    I Por todo lado, estruturas abaladase dolos de barro rachados...

    II tica, do grego ethos, costume, um conjunto de bons costumes isto ,

    decncia.

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    III ... um povo mais tico habituado honradez, implacvel quando se trata...

    IV Ningum mais pode dizer Eu no

    sabia nem se fingir de inocente.Os termos grifados so acentuados pelamesma razo em:a) I e II. b) I e IV. c) II e III.d) II e IV. e) III e IV.

    2. Assinale a opo que, no texto,apresenta a palavra ou expresso emdestaque em sentido figurado.

    a) No mais palavrrio vazio sobredemocracia.

    b) Hoje eles saltam na nossa cara emjornal, revista e televiso...c) O Brasil no uma abstrao ou ummapa.d) ... implantar em nossa vida pessoal eneste pas o governo da tica.e) ..., como se estudar fosse a beiradafria e desinteressante do mingau...

    3. Assinale o item em que todas aspalavras so acentuadas pela mesmaregra de: tambm, incrvel e carter.

    a) algum, inverossmil, traxb) hfen, ningum, possvelc) tm, anis, terd) h, impossvel, crticoe) plen, magnlias, ns

    4. Assinale a alternativa em que pelomenos um vocbulo no seja acentuado:

    a) lapis, orfo, taxi, balaustreb) itens, parabens, alguem, tambemc) tactil, amago, cortex, roid) papeis, onix, bau, ambare) hifen, cipos, medico, pe

    5.Assinale a opo em que as palavras,quanto acentuao grfica, estejamagrupadas pelo mesmo motivo gramatical.

    a) problemticos, fcil, lcoolb) j, at, sc) tambm, ltimo, anlises

    d) porm, detm, experincia

    e) pas, atriburam, cocana

    6. A forma verbal h leva acento

    ortogrfico porque:a) um monosslabo tono;b) forma verbal;c) palavra sem valor semntico;d) monosslabo tnico terminado em a;e) a vogal a tem timbre aberto.

    7. A palavra pasesleva acento porque:

    a) proparoxtona;b) paroxtona com hiato;c) o i tnico como a segunda vogal do

    hiato;d) apresenta ditongo aberto;e) paroxtona terminada em s.

    8. Em todas as alternativas as palavrasforam acentuadas corretamente, excetoem:

    a) Eles tm muita coisa a dizer.b) Estude os dois primeiros tens doprograma.c) Afinal, o que contm este barulho?

    d) Foi agradvel ouvir aquele orador.e) Todas as palavras proparoxtonas soacentuadas.

    9. Assinale a opo cuja palavra no deveser acentuada:

    a) Todo ensino deveria ser gratuito.b) difcil lidar com pessoas sem carater.c) Saberias dizer o conteudo da carta?d) Veranopolis uma cidade que no parade crescer.

    10. Num dos itens abaixo, a acentuaogrfica no est devidamente justificada.Assinale este item:

    a) crculo: vocbulo paroxtonob) alm: vocbulo oxtono terminado em -emc) carter: vocbulo paroxtono terminadoem -rd) dcil: vocbulo paroxtono terminado

    em -l

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    3.2 ORTOGRAFIA: NOVO ACORDOORTOGRFICO

    Foram oficialmente introduzidas noalfabeto as letras K, W, Y. O nossoalfabeto agora tem 26 letras:ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ.

    O trema ( ) foi abolido. Exemplos:

    Como era: agentar, argir, bilnge,seqestro, tranqilo.

    Como fica: aguentar, arguir, bilngue,sequestro, tranquilo.

    * O trema continua em palavrasestrangeiras e suas derivadas. Exemplos:Mller, mlleriano.

    Palavras que terminam em ia, ias,ia, ias, io, io NO so maisacentuadas. Por exemplo:

    Como era: jia, jias, idia, idias, jibia,platia, apia, apio, estria.

    Como fica:joia, joias, ideia, ideias, jiboia,plateia, apoia, apoio, estreia.

    Palavras que tm o grupo i ou i nomeio no so mais acentuadas. Porexemplo:

    Como era: herico, paranico, debilide,asteride, protico.

    Como fica: heroico, paranoico, debiloide,

    asteroide, proteico.* Palavras que terminam em is oui(s)continuam com acento: papis, heri.* Como se v, caiu o acento dasparoxtonas nas quais a base da slabatnica so os ditongos abertos i, i. Maso acento continua quando se trata depalavras oxtonas ou monosslabostnicos: heri, di, sisetc.

    As palavras feira, baica e bocaivaperderam o acento. Agora se escrevem:feiura, baiuca, bocaiuva.

    *Portanto, caiu o acento da vogal tnicau somente quando ela precedida deditongo. Por isso, palavras como sade,aladeetc continuam com acento.

    Palavras que terminam em em ouo(s) no so mais acentuadas. Porexemplo:

    Como era: abeno, dem (verbo dar),crem (verbo crer), lem (verbo ler), vem(verbo ver), vo, vos, zo.

    Como fica:abenoo, deem, creem, leem,veem, voo, voos, zoo.

    Caiu o acento das seguintes palavras:plo, plos, plo, plos, pra, pra.Agora devemos escrever: pelo, pelos,polo, polos, pera, para.

    O acento circunflexo na palavra frma opcional, isto , pode ou no ser usado.s vezes, bom usar para evitar

    confuso. Veja como ele til nesta frase:No sei qual a forma da frma do bolo.

    Caiu o acento agudo () no u de trsformas dos verbos arguire redarguir.

    Como era: (tu) argis, (ele) argi, (eles)argem, (tu) redargis, (ele) redargi,(eles) redargem.

    Como fica:(tu) arguis, (ele) argui, (eles)

    arguem, (tu) redarguis, (ele) redargui,(eles) redarguem.

    * Ateno: a pronncia continua a mesma.Uso do hfen nas palavras com prefixos(anti, super, inter, semi, ultraetc.).

    Sempre se usa o hfen diante depalavra comeada por H. Ex.: anti-higinico, super-homem, sobre-humano.

    Usa-se o hfen se o prefixo terminar

    com a mesma letra com que se

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    inicia a outra palavra. Ex: micro-ondas, anti-inflacionrio, sub-bibliotecrio.

    No se usa o hfen se o prefixoterminar com letra diferente daquelacom que se inicia a outra palavra.Ex.: autoescola, antiareo,infraestrutura.

    Outras observaes para o uso dohfen:

    Se o prefixo terminar por vogal e aoutra palavra comear por R ou S,dobram-se essas letras. Ex.:

    minissaia, antirracismo, ultrassom,semirreta. O prefixo co junta-se em geral

    com o segundo elemento, mesmoquando este se inicia por O. Ex.:coobrigao, coordenar, cooperar,cooptar.

    Sempre se usa o hfen com osprefixos ex, sem, alm, aqum,recm, ps, pr, pr, vice. Ex.: ex-aluno, sem-terra, alm-mar, aqum-mar, recm-casado, ps-graduao,pr-vestibular, pr-europeu, vice-rei.

    Com o prefixo sub, usa-se ohfen tambm diante de palavracomeada por R. Ex.: sub-regio,sub-reitor, sub-regionaletc.

    Com os prefixos pre e re nose usa o hfen, mesmo diante depalavras comeadas por E. Exemplo:preexistente, preelaborar,reescrever, reedioetc.

    No se usa o hfen em certas

    palavras que perderam a noo decomposio, como girassol,madressilva, mandachuva, pontap,paraquedas, paraquedistaetc.

    PRATICANDO!

    1. Em cada sequncia abaixo, apenasuma palavra no deve receber acentogrfico. Sublinhe-a e explique por que elano deve ser acentuada:

    a) Runa Egosmo Sava Genuno Feira.

    b) Baica Sade Fasca Piau

    Juzes.________________________________________________________________________________________________________________________________________

    2. De acordo com a nova ortografia,assinale a alternativa correta:

    a) ( ) Todos os acentos diferenciaisforam abolidos, sem exceo.

    b) ( ) Os acentos diferenciais forameliminados somente nos verbos.c) ( )O acento diferencial permaneceusomente nos verbos pr (infinitivo) e pde(pretrito perfeito do indicativo).d) ( ) O acento diferencial foi eliminadoexclusivamente nos substantivos.

    3. Acentue quando necessrio:

    a) Ele cre em tudo quanto le.b) Eles creem em tudo quanto leem.

    c) Essa proposta convem para ns, masas outras no convem.d) H males que vem para o bem.

    4. Assinale a alternativa corretamenteacentuada.

    a) Ela mantm no sto um gatinho depelo cinzento.b) Ela mantm no sto um gatinho depelo cinzento.c) Ela mantm no soto um gatinho deplo cinzento.d) Ela mantem no soto um gatinho depelo cinzento.

    5. Assinale a forma incorreta quanto acentuao:

    a) Eles leem o jornal todos os dias.b) As meninas tm muitos brinquedos.c) Os jovens crem no futuro.d) Sempre que ando de nibus, eu enjoo.

    e) n.d.a.

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    6. Assinale a alternativa que completacorretamente as frases.

    I Ele sempre___________a calma.II Os turistas_________ informaespela lnternet.III As polcias civil e militar_________nos motins do presdio.

    a) mantm, obtm, intervmb) mantm, obtm, intervmc) mantm, obtm, intervmd) mantm, obtm, intervme) mantm, obtm, intervm

    7. A regra atual para acentuao noportugus do Brasil manda acentuar todosos ditongos abertos u, i, i (comoassemblia, cu ou di). Pelo novoacordo, palavras desse tipo passam a serescritas:

    a) Assemblia, di, cub) Assemblia, doi, cuc) Assemblia, di, cud) Assembleia, di, cue) Assembleia, doi, cu

    8. Pela nova regra, apenas uma dessaspalavras pode ser assinalada com acentocircunflexo. Qual delas?

    a) Vob) Cremc) Enjod) Pdee) Lem

    3.3 PONTUAO: O EMPREGO DAVRGULA

    Para incio de conversa, lembre-se:os critrios quanto ao emprego da vrgulaso gramaticais. Voc peca muito maispelo excesso do que pela falta. Vamos sregras?

    3.3.1 Emprego da vrgula no perodosimples

    Quando se trata de separar termosde uma mesma orao, deve-se usar avrgula nos seguintes casos:

    Para isolar adjuntos adverbiaisdeslocados.Ex.: A maioria dos alunos, durante asfrias, viajam.

    Para isolar os objetos pleonsticos.Ex.: Os meus amigos, sempre os respeito.

    Para isolar o aposto explicativo.Ex.: Londrina, a terceira cidade do Sul doBrasil, aprazibilssima.

    Para isolar o vocativo.Ex.: Alberto, traga minhas calas at aqui!

    Para separar elementoscoordenados.Ex. As crianas, os pais, os professoreseos diretores iro ao Campeonato Juvenil.

    Para indicar a elipse do verbo.Ex.: Ela prefere filmes romnticos; onamorado, de aventura. (o namoradoprefere filmes de aventura)

    Para separar, nas datas, o lugar.Ex.: Londrina, 20 de novembro de 2009.

    Para isolar conjuno coordenativaintercalada.Ex.: Os candidatos, porm, norespeitaram a lei.

    Para isolar as expressesexplicativas: isto , a saber, melhordizendo, quer dizer, ou seja, ou melhor...Ex.: Irei para guas de Santa Brbara,melhor dizendo, Brbara.

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    Lngua portuguesa 29

    3.3.2 Emprego da vrgula no perodocomposto

    Perodo composto por coordenao:as oraes coordenadas devem sempreser separadas por vrgula.Ex.:Todos gostamos de seus projetos, noentanto no h verbas para viabiliz-los.

    Nota: as oraes coordenadas aditivasiniciadas pela conjuno e s terovrgula, quando os sujeitos foremdiferentes e quando o e aparecerrepetido.Ex.: Ela ir no primeiro avio, e seus filhos

    no prximo.Ele gritava, e pulava, e gesticulavacomo um louco.

    Perodo composto por subordinao: Oraes subordinadas substantivas:

    no se separam por vrgula.Ex.: evidente que o culpado o

    mordomo.

    Oraes subordinadas adjetivas: sa explicativa separada por vrgula.

    Ex.: Londrina, que a terceira cidade doSul do Brasil, aprazibilssima.

    Oraes subordinadas adverbiais:sempre se separam por vrgula.

    Ex.: Assim que chegarem asencomendas, comearemos atrabalhar.

    PRATICANDO!

    Coloque vrgula quando se fizernecessria:

    1. Neguei-o eu e nego. (Rui Barbosa)

    2. O amor por exemplo um sacerdcio.

    (Machado de Assis)

    3. Por onde fordes ela ir convosco.

    (Carlos Drummond de Andrade)

    4. Amem-se uns aos outros como eu os

    amo. (Jesus Cristo)

    5. A poltica no uma cincia mas umaarte. (Otto von Bismarck)

    6. No tenha pressa mas no perca

    tempo. (Jos Saramago)

    7. Se a montanha no vem a Maom

    Maom vai montanha. (Maom)

    8. Assim se lhe parece. (Luigi Pirandello)

    9. Para morrer com estilo viver em

    Barroco. (Umberto Eco)10. Eras muito eras todos e nunca eras

    ningum. (Fernando Pessoa)

    11. O experimento nunca erra somente

    erram vossos juzos. (Leonardo da Vinci)

    12. Penso logo existo. (Ren Descartes)

    13. So Paulo d caf Minas d leite e a

    Vila Isabel d samba. (Noel Rosa)

    14. Em se plantando tudo d. (Pero Vaz deCaminha)

    15. Ou afundar ou nadar. (W. Shakespeare)

    16. Vim vi e venci! (Jlio Csar)

    17. Eu no sou ministro eu estou ministro.

    (Eduardo Matos Portela)

    18. Livre nasci livre vivo livre morrerei.

    (Pietro Aretino)

    19. No lamento morrer mas deixar deviver (Franois Mitterrand)

    20. Enquanto se ameaa descansa o

    ameaado. (Miguel de Cervantes)

    3.4 CONCORDNCIA NOMINAL EVERBAL

    Uma lngua no constituda

    apenas de palavras que podemos

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    Lngua portuguesa 30

    combinar de forma aleatria. Agoraestudaremos a sintaxe, o estudo dasrelaes que as palavras estabelecem

    entre si nas oraes e das relaes quese estabelecem entre as oraes nosperodos. Estudando um pouco de sintaxevoc ter mais facilidade de construircorretamente as frases.

    3.4.1 A Sntese de Concordncia

    o mecanismo pelo qual aspalavras alteram sua terminao para seadequarem harmonicamente na frase. Aconcordncia pode ser feita de trs

    formas:

    Lgica ou gramatical a maiscomum no portugus e consiste emadequar o determinante (acompanhante) forma gramatical do determinado(acompanhado) a que se refere.

    Atrativa a adequao dodeterminante:

    a apenas um dos vrios elementos

    determinados, escolhendo-se aqueleque est mais prximo.

    Ex.: Escolheram a hora e o localadequado.

    O adjetivo (adequado) estconcordando com o substantivo maisprximo (local).

    a uma parte do termo determinadoque no constitui gramaticalmente

    seu ncleo.

    Ex.:A maioria dos professores faltaram.

    O verbo (faltaram) concordou como substantivo (professores) que no oncleo do sujeito.

    a outro termo da orao que no odeterminado.

    Ex.:Tudo so flores.

    O verbo (so) concorda com opredicativo do sujeito (flores).

    3.4.2 Concordncia Nominal

    Regra geral: o artigo, o numeral, oadjetivo e o pronome adjetivo concordamcom o substantivo a que se referem emgnero e nmero.

    Ex.:Dois pequenos golesde vinho e umcalado certo deixam qualquer mulherirresistivelmente alta.

    Concordncias especiais

    Ocorrem quando algumas palavrasvariam sua classe gramatical, ora secomportando como um adjetivo (varivel)ora como um advrbio (invarivel).

    Mais de um vocbulo determinado:pode ser feita a concordnciagramatical ou a atrativa.

    Exemplo 1: Comprei um sapato e umvestidopretos.(concordncia gramatical, o adjetivoconcorda com os dois substantivos)

    Exemplo 2: Comprei um sapato e umvestidopreto.(concordncia atrativa, apesar doadjetivo se referir aos dois substantivosele concordar apenas com o ncleomais prximo)

    Um s vocbulo determinado: umsubstantivo acompanhado

    Exemplo 1:A maioriados professoresfaltou. - O verbo (faltou) concordoucom o ncleo do sujeito (maioria).

    Exemplo 2: Escolheram a horaadequada. - O adjetivo (adequada) e oartigo (a) concordaram com osubstantivo (hora).

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    Lngua portuguesa 31

    (determinado) por mais de um adjetivo:os adjetivos concordam com osubstantivo.

    Exemplo:Seus lbios eram doces emacios.

    Bastante - bastantes: quandoadjetivo, ser varivel e, quandoadvrbio, ser invarivel.

    Exemplo 1: H bastantes motivospara sua ausncia.(bastantes ser adjetivo de motivos)Exemplo 2: Os alunos falam

    bastante.(bastante ser advrbio deintensidade referindo-se ao verbo).

    Anexo, incluso, obrigado, mesmo,prprio: so adjetivos que devemconcordar com o substantivo a que sereferem.

    Exemplos:A fotografiavai anexa ao curriculumOs documentos iro anexos aorelatrio.

    *Quando precedido da preposioemfica invarivel.Ex.: Afotografiavai em anexo.

    Outros exemplos:

    Ele prprio far o pedido ao diretor./Elaprpria far o pedido ao diretor.Envio-lhes, inclusas, as certides./

    Incluso segue o documento.A professoradisse: muito obrigada./ Oprofessor disse: muito obrigado.Elemesmo far o trabalho./ Elamesmafar o trabalho.

    *Mesmo pode ser advrbio quandosignifica realmente, de fato.Ser, portanto, invarivel.Exemplo: Maria viajar mesmo para osEUA.

    Muito, pouco, caro, barato, longe,meio, srio, alto: so palavras quevariam seu comportamento

    funcionando ora como advrbios(sendo assim invariveis) ora comoadjetivos (variveis).

    Exemplos:Poucas pessoas acreditavam nele./ Euganhopouco pelo meu trabalho.Os sapatos custam caro./ Os sapatosesto caros.A gua barata./ A gua custabarato.Eles so homens srios./ Eles falavamsrio.

    Muitos homens morreram na guerra./Joo falamuito.Ele no usa meias palavras./ Estou meiogorda.

    bom, necessrio, proibido: svariam se o sujeito vier precedido deartigo ou outro determinante.

    Exemplos: proibido entrada de estranhos./ proibida a entrada de estranhos. necessrio chegar cedo./ necessria suachegada.

    Menos, alerta, pseudo: so sempreinvariveis.

    Exemplos:Havia menos professores na reunio./Havia menos professoras na reunio.O aluno ficou alerta. / Os alunosficaram alerta.

    Era um pseudomdico./ Era umapseudomdica.

    S, ss: quando adjetivos serovariveis, quando advrbios seroinvariveis.

    Exemplos:A criana ficou s./ As crianasficaram ss. (adjetivo)Depois da briga, s restaramcopos e garrafas quebrados.(advrbio)

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    Lngua portuguesa 32

    A locuo adverbial a ss invarivel.

    Exemplo:

    Preciso falar a ss com ele. Concordncia dos particpios: os

    particpios concordaro com osubstantivo a que se referem.

    Exemplos:Oslivrosforam comprados a prazo.As mercadorias foram compradas aprazo.

    Se o particpio pertencer a um tempo

    composto ser invarivel.

    Exemplos:O juiz tinha iniciado o jogo de vlei.A juza tinha iniciado o jogo de vlei.

    (http://www.portugues.com.br/sintaxe/concordancia.asp)

    PRATICANDO!

    Faa a concordncia correta, rasurando otermo incorreto.

    Exemplo: Estamos [quite/ quites] com oservio militar.

    01 - Ns temos [bastante / bastantes]

    razes para impugnar sua candidatura.

    02 Estavam [bastante / bastantes]

    informados sobre toda a situao.

    03 - Aquela deciso me custou muito [caro

    /cara].

    04 - Acolheu-me com palavras [meio /

    meias] tortas.

    05 - Os processos esto [incluso / inclusos

    / inclusas] na pasta.

    06 - As folhas trinta e [duas / dois] do

    processo, fez o juiz uma observao.

    07 - Seguem [anexo /anexos / anexa

    /anexas] as faturas.

    08 [proibido / proibida] conversa norecinto.

    09 - Vocs esto [quite / quites] com a

    mensalidade?

    10 - Hoje temos [menos / menos] lies.

    11 - gua [boa / bom] para

    rejuvenescer.

    12 - Vossa Excelncia est [enganada /

    enganado], Doutor Juiz.13 - Elas esto [alerta / alertas].

    14 - As duplicatas [anexo / anexa / anexas

    / anexos] j foram resgatadas.

    15 - Quando cheguei escola era meio

    dia e [meia / meio].

    16 - A lealdade [necessria /

    necessrio].

    17 Estavam [bastante / bastantes]preocupados com a situao.

    18 - As meninas me disseram [obrigado /

    obrigada / obrigados / obrigadas].

    19 - A porta ficou [meia / meio] aberta.

    20 [Anexo / Anexos] estamos enviando

    os documentos.

    21 [permitido / permitida] entrada

    franca a estudantes.

    22 [Salvo / Salvos] os doentes, os

    demais partiram.

    23 - As camisas esto custando [caro /

    cara].

    24 - [proibido / proibida] a caa nesta

    reserva.

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    25 - Escolhemos as cores mais vivas

    [possvel / possveis].

    3.4.3 Concordncia Verbal

    Ocorre quando o verbo se flexionapara concordar com o seu sujeito.

    Sujeito simples- o verbo concorda emnmero e pessoa com o sujeitosimples.

    Exemplos:O menino trabalha na fbrica/ Ns gostamos de crianas.

    Sujeito composto antes do verboadmite o verbo no plural.

    Exemplo: O pai e o filho levantavamcedo.

    Sujeito composto depois do verbo -admite o verbo no plural ou emconcordncia com o sujeito maisprximo.

    Exemplo: Levantavam ou levantavacedo o pai e o filho.

    Sujeito composto de pessoasgramaticais diferentes - o verboconcordar no plural e na pessoagramatical que prevalecer sobre asoutras. A 1 pessoa prevalece sobre a2 e a 3; a 2 pessoa prevalece sobrea 3.

    Exemplos:Eu, tu e ela fizemos a lio./ Tu e ela fizestes a lio.

    Casos especiais de concordnciaverbal:

    Sujeitos ligados por "ou" = overbo concorda com o sujeito maisprximo se houver ideia de retificao.Neste caso, comumente os ncleosvm isolados por uma vrgula e so denmeros diferentes.

    Exemplos: O menino, ou os meninosmataram as galinhas.Os meninos, ou o menino matou as

    galinhas.a) O verbo concorda no plural se

    houver participao de todos ossujeitos no processo verbal.

    Exemplo: Saia da que uma fasca ouum estilhao podero atingi-lo emcheio.

    b) O verbo concordar no singular sehouver ideia de excluso de um dos

    sujeitos do processo verbal.

    Exemplo: O Brasil ou a Holandaganhar o prximo campeonatomundial de futebol.

    Sujeitos resumidos por "tudo","nada", "ningum" = o verboconcordar no singular quando, numarelao de sujeitos, aps o ltimo vierescrita uma das formas pronominaisacima citadas.

    Exemplo: Pobres, ricos, sbios,ignorantes, ningum est satisfeito.

    Sujeito coletivo = o verboconcordar no singular com o sujeitocoletivo escrito no singular tambm.

    Exemplo: O rebanho comeu toda arao.

    a) Se o coletivo vier especificado, o verbopode ficar no singular ou ir para o plural.

    Exemplos:A multidode fs gritou. /A multido de fsgritaram.

    b) Coletivos partitivos (metade, a maiorparte, maioria etc.) o verbo fica nosingular ou vai para o plural.

    Exemplos:A maioriados alunos foi excurso. / A maioria dos alunosforam excurso.

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    Lngua portuguesa 34

    Sujeito representado porpronome de tratamento = o verboconcordar na 3 pessoa.

    Exemplo: Vossa Senhoria desejainformao?

    Sujeito representado por nomeprprio com forma de plural

    a) Verbo no plural, se o nome prprioadmitir artigo no plural.

    Exemplo: Os Estados Unidosefendem os direitos humanos.

    b) Verbo no singular, se o nomeprprio admitir artigo no singular.

    Exemplo:O Amazonas muitogrande.

    c) Verbo no singular se o nome prpriono admitir anteposio de artigo.

    Exemplo:Campinas fica perto de

    Jundia. Sujeito representado por

    pronome relativo:

    a) que o verbo concorda com oantecedente do pronome.

    Exemplos:Fui euque derramei o caf.Fomos nsque derramamos o caf.

    b) quem o verbo pode ficar na 3

    pessoa do singular ou concordar como antecedente do pronome.

    Exemplos: Fui eu quem derramou ocaf./ Fui euquem derramei o caf.

    O sujeito formado pelasexpresses: alguns de ns, poucosde vs, quais de ..., quantos de... etc.- o verbo poder concordar com opronome interrogativo ou indefinido oucom o pronome pessoal (ns ou vs).

    Exemplos:Quaisde vs me puniro? /Quais de vsme punireis?

    Concordncia do verbo ser =apresentando uma sintaxe irregular deconcordncia, o verbo pode deixar deconcordar com o sujeito para concordarcom o predicativo nos seguintes casos:

    I. Sendo o sujeito um dos pronomes:tudo, nada, o, isto, isso, aquilo overbo ser ou parecer concordarocom o predicativo.

    Exemplos: Tudo eram recordaes. /

    Isto so alegrias. / Aquilo parecemiluses

    Nota: Poder ser feita a concordnciacom o sujeito quando se quer enfatiz-lo.Exemplo:Aquilo sonhos vos.

    II. Sendo o sujeito um substantivoinanimado no singular e o predicativouma palavra no plural.

    Exemplos:O mundo so iluses. /A roupa eram uns trapos.

    Nota: Sendo o sujeito um nome depessoa ou um pronome pessoal, aconcordncia ser normal. Ex.: O filho(ele) era as alegrias do casal.

    III. Sendo o sujeito uma palavra de sentidocoletivo.

    Exemplo: A maioria eram crianas

    rfs.

    IV. Sendo o predicativo uma forma depronome pessoal. Ex.: O herdeiro soisvs.

    V. Na indicao de horas, datas, distncia,sendo o verbo ser impessoal.Exemplo: So duas horas. Eram oito demaio.

    Nota: Nestes casos, o verbo ser

    concorda com a expresso numrica.

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    Lngua portuguesa 35

    Concordncia dos verbos dar,bater e soar = os trs verbos

    concordam normalmente com o sujeitoem relao s horas. Neste caso, osujeito representado pela palavrahoras, badaladas ou relgio.

    Exemplos: Deu quatro horas o relgioda igreja.Soaram seis horas no relgio da praa.

    Concordncia do verbo parecer= na sequncia em que h o verboparecer + infinitivo de outro verbo,apenas um deles que ficar no plural,no os dois.

    Exemplos: Os astros parecem caminharno firmamento.

    Os astros parece caminharem noirmamento.

    (http://www.micropic.com.br/noronha/grama_con.htm)

    Outros casos de concordncia:

    a) Partcula SE

    Partcula apassivadora: o verbo(transitivo direto) concordar com o sujeitopassivo. Ex.:Vende-se carro. / Vendem-se carros.

    ndice de indeterminao dosujeito:o verbo (transitivo indireto) ficarobrigatoriamente no singular. Ex.:

    Precisa-se de secretrias.Confia-se em pessoas honestas.

    b) Verbos impessoais

    So aqueles que no possuem sujeito,ficaro sempre na 3 pessoa do singular.Exemplos: Havia srios problemas nacidade.

    Fazia quinze anos que ele haviaparado de estudar.

    Deve haver srios problemas nacidade.

    Vai fazer quinze anos que ele paroude estudar

    c) Nas locues pouco, muito, mais de, menos de junto aespecificaes de preo, peso,quantidade, distncia etc., o verbo ficasempre no singular.Exemplos:Cento e cinquenta pouco. /Cem metros muito.

    PRATICANDO!

    1. Observe a concordncia verbal de cada

    frase a seguir e responda:

    I) Algum de vs conseguireis a bolsa deestudo?II) Sei que pelo menos um tero dosjogadores estavam dentro do camponaquela hora.III) Os Estados Unidos so um pas muitorico.IV) No relgio do Largo da Matriz bateucinco horas: era o sinal esperado.

    a) Somente a frase I est errada.b) Somente a frase II est errada.c) As frases II e III esto erradas.d) As frases I e IV esto erradas.e) As frases II e IV esto erradas.

    2. Assinale a alternativa incorreta,segundo a norma gramatical:

    a) Os Estados Unidos, em 1941,declararam guerra Alemanha.b) Aqueles casais parecia viverem felizes.c) Cancelamos o passeio, haja visto omau tempo.d) Mais de um dos candidatos secumprimentaram.e) No tnhamos visto as crianas quefaziam oito anos.

    3. Como a frase fui eu quem fez ocasamento, tambm esto corretos osperodos abaixo:I. Fui eu que fiz o casamento.

    II. Foi eu quem fez o casamento.

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    Lngua portuguesa 36III. Fui eu que fez o casamento.IV. Foste tu que fizeste o casamento.V. Foste tu quem fez o casamento.VI. Fostes vs que fez o casamento.

    VII. Fostes vs quem fez o casamento.4. Marque a frase absolutamenteinaceitvel, do ponto de vista daconcordncia nominal:

    a) necessria pacincia.b) No bonito ofendermos aos outros.c) bom bebermos cerveja.d) No permitido presena de estranhos.e) gua de Melissa timo para osnervos.

    5. Qual a alternativa em que as formasdos verbos bater, consertar e haver nasfrases abaixo, so usadas naconcordncia correta?

    - As aulas comeam quando____________oito horas.- Nessa loja____________ relgios deparede.- Ontem _____________timosprogramas na televiso.

    a) batem consertam-se houveb) bate consertam-se haviac) bateram conserta-se houveramd) batiam consertar-se-o havere) batem consertarei haviam

    6. Assinale a frase em que h erro deconcordncia verbal:

    a) Um ou outro escravo conseguiu aliberdade.b) No poderia haver dvidas sobre anecessidade da imigrao.c) Faz mais de cem anos que a Lei ureafoi assinada.d) Deve existir problemas nos seusdocumentos.e) Choveram papis picados noscomcios.

    7. Assinale a opo em que hconcordncia inadequada:

    a) A maioria dos estudiosos acha difciluma soluo para o problema.b) Deve haver bons motivos para a sua

    recusa.c) De casa escola trs quilmetros.d) Nem uma nem outra questo difcil.

    8. Assinale a alternativa correta quanto concordncia verbal:

    a) Soava seis horas no relgio da matrizquando eles chegaram.b) Apesar da greve, diretores,professores, funcionrios, ningum foramdemitidos.

    c) Jos chegou ileso a seu destino,embora houvessem muitas ciladas em seucaminho.d) Fomos ns quem resolvemos aquelaquesto.

    9. Indique a alternativa correta:

    a) Tratavam-se de questesfundamentais.b) Comprou-se terrenos no subrbio.c) Precisam-se de datilgrafas.

    d) Reformam-se ternos.

    10. Dada as sentenas:

    I. Eram duas horas da tarde.II. Fui eu que resolvi o problema.III. Hoje so sete de maro.

    Deduzimos que:a) Apenas a sentena nmero I estcorretab) Apenas a sentena nmero II estcorretac) Apenas a sentena nmero III estcorretad) Todas esto corretas

    3.4.4 Crase

    - Crase significa mistura, fuso. Crase afuso de duas vogais idnticas:

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    Lngua portuguesa 37

    - Ela ocorre quando a preposio Aexigida pela regncia de um verbo ou umnome se funde com o artigo feminino A oupronomes de tratamento aquele, aquela,aquilo.

    1. Casos em que ocorre crase:

    a) Em locues adverbiais eprepositivas formadas por substantivosfemininos, tais como: s vezes, s

    pressas, s claras, toa, custa de, esquerda, direita, tarde, s duashoras.

    b) Nas expresses medida que, proporo que.

    c) Quando esto subentendidas(ou claras) as expresses moda de, maneira de, mesmo diante de palavrasmasculinas.Exemplos:Cortei o cabelo Ronaldinho.Feijoada moda da casa.

    d) Antes de nomes de lugaresdeterminados pelo artigo A:Exemplos:Vou Inglaterra.Vou Paraba.Vou a Minas Gerais. (no determinadopelo artigo A)Vou a So Paulo. (no determinado peloartigo A)

    e) Antes de palavras femininas queadmitem artigo (desde que o termoregente exija preposio a):Exemplos:Devemos obedecer lei.No ofereceram nada s visitas.

    f) Com os pronomes aquele,aquela, aquilo (desde que o termo regenteexija preposio a):Exemplos:Fui a aquele cinema.Fui quele cinema.Refiro-me a aquilo.Refiro-me quilo.

    g) Com os pronomes A, AS:

    Exemplos:Esta cena igual que vi ontem.Esta a moa qual me referi.

    2. Casos em que no ocorre crase:

    a) Antes de palavras masculinas:Exemplos:Eu gosto de andar a cavalo.Eles vo a p para a escola.

    b) Antes de verbos:Exemplos:Nesse momento ela comeou a chorar.Estamos dispostos a colaborar.

    c) Antes de palavras no plural

    (desde que haja apenas a preposio A):Exemplos:A reunio aconteceu a portas fechadas.No podemos ir a festas.

    d) Antes de pronomes pessoais,demonstrativos e indefinidos, artigosindefinidos e tambm numerais (excetoem expresses de horas):Exemplos:J entregamos a cesta a essa moa.No chegamos a nenhuma localidadeatingida pela enchente.

    D o dinheiro a ela.Sou favorvel a duas das suas opinies.

    3. Na dvida...

    Se houver dvida no emprego ou no dacrase, h duas dicas interessantes:

    1. Verifique se a palavra admite oartigo A, colocando-a depois de um verboque exige uma preposio diferente de A:Exemplos:Vou feira. (Voltei dafeira).Vou aSo Paulo. (Voltei deSo Paulo).

    2. Substitua a palavra feminina poruma masculina e observe se ocorre acombinao AO antes do nomemasculino:Exemplos:O governo dar incentivo aocomrcio.O governo dar incentivo agricultura.

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    Lngua portuguesa 38

    PRATICANDO!

    1. (IBGE) Assinale a opo incorreta comrelao ao emprego do acento indicativodecrase:a) O pesquisador deu maior ateno cidade menos privilegiada.b) Este resultado estatstico poderiapertencer qualquer populao carente.c) Mesmo atrasado, o recenseadorcompareceu entrevista.d) A verba aprovada destina-se somentequela cidade sertaneja.

    e) Veranpolis soube unir a atividade prosperidade.

    2. (IBGE) Assinale a opo em que o Asublinhado nas duas frases deve receberacento grave indicativo de crase:a. Fui a Lisboa receber o prmio. / Paulocomeou a falar em voz alta.b. Pedimos silncio a todos. Pouco apouco, a praa central se esvaziava.c. Esta msica foi dedicada a ele. / Osromeiros chegaram a Bahia.

    d. Bateram a porta fui atender. / O carroentrou a direita da rua.e. Todos a aplaudiram. / Escreve aredao a tinta.

    3. (UF-RS) Disse ..... ela que noinsistisse em amar ..... quem no .....queria.a) a - a ab) a - a c) - a ad) - - e) a -

    4. (UF-RS) Quanto ..... suas exigncias,recuso-me ..... lev-las ..... srio.a) s - ab) a - a a

    c) as - d) - a e) as - a a

    5. (UC-BA) J estavam ..... poucos metrosda clareira, ..... qual foram ter por umatalho aberto ..... foice.a) - ab) a - ac) a - a d) - a e) -

    6. (UC-BA) Afeito ..... solido, esquivava-se ..... comparecer ..... comemoraessociais.

    a) - a ab) - ac) - a d) a - ae) a - a

    7. (UF-RS) Entregue a carta ..... homem..... que voc se referiu ..... tempos.a) aquele - b) quele - hc) aquele - a ad) quele -

    e) quele - a - h

    REDAO TCNICA

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    4 ELABORAO DE CURRCULO

    O currculo o registro da suahistria profissional. o seu marketingpessoal e no pode ser visto como ummero pedao de papel ou um rascunho.

    um documento que deve ser

    elaborado com cautela, de maneira quedemonstre seu objetivo profissional ehabilidades, de tal forma que consigaatrair o interesse do selecionador emconhec-lo (a).

    O currculo deve ser umamensagem breve e objetiva. No contehistria das experincias profissionais esim um resumo.

    Normalmente o currculo chega aoseu potencial empregador antes de voc.Por isso, quanto melhor for a impresso

    que causar a seu respeito, maisoportunidades poder te proporcionar.Cuide bem do seu currculo para

    que ele o ajude a alcanar muitasentrevistas, pois o mesmo o principalcaminho para o emprego.

    4.1 INFORMAES DE UM CURRCULO

    4.1.1 Identificao ou Dados Pessoais

    Nome completo do profissional -

    preferencialmente no alto dapgina.

    Endereo residencial completo. Data de Nascimento (opcional). Estado Civil (opcional). Telefone com DDD. Caso no

    tenha telefone coloque um nmeropara recados e o nome da pessoa.

    Celular. E-mail. Hora do dia em que pode ser

    contatado (opcional).

    4.1.2 Objetivo Profissional

    Escreva o cargo que pretendeocupar ou a rea de atuao.

    Defina clara e resumidamente seuobjetivo profissional (no ultrapasse umalinha). Lembre-se que todas as

    informaes do seu currculo devem estaralinhadas com o objetivo profissional.Coloque o objetivo profissional e noobjetivos pessoais. Os itens de seucurrculo que no esto alinhados com oobjetivo devem ser menos enfatizados ouno includos.

    Exemplos: Auxiliar de escritrio,representante de vendas, secretriaexecutiva, etc.

    Cuidado: No mencione que trabalhou em

    vendas durante um perodo se seuobjetivo ser supervisor de departamentode pessoal.

    4.1.3 Escolaridade ou FormaoAcadmica

    Nvel de escolaridade que possui;nome do curso, ano em que o terminou;escola ou universidade que frequentou.

    4.1.4 Cursos de Aperfeioamento

    Os cursos de aperfeioamento,seminrios, palestras, especiais e tcnicosdevem ser relacionados colocando o maisrecente primeiramente.

    No relacione cursos em excessoou fora do objetivo profissional.

    No relacione cursos cujatecnologia caiu em desuso.

    Relacione palestras e seminriosrelevantes.

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    No relate todo seu histricoescolar. Coloque o ltimo curso queconcluiu.

    Ex.: se possui curso superior no necessrio relatar em que escola cursou oEnsino Mdio, etc.

    4.1.5 Experincia Profissional

    Inicie pelos cargos mais recentes. Coloque somente os trs ltimos

    empregos ou os mais importantes para avaga em aberto ou em relao ao seuobjetivo profissional.

    Indique ano de entrada e sada,

    nome da empresa, o cargo ocupado. Para cada cargo faa uma breve

    descrio das atividades e realizaes,grau de responsabilidade e resultadosobtidos.

    Aqueles que nunca tiveram empregodevem indicar: experincias de trabalho,remuneradas ou no, que tenhamdesenvolvido em tempo parcial ou semvnculo empregatcio. Indique estgiosrealizados (quando, onde e a funo

    desempenhada). No explique porque saiu dosempregos anteriores ou porque desejasair do atual.

    No informe pretenso salarial oultimo salrio. Exceto se for solicitado pelaempresa.

    No coloque atividades que noestejam coerentes com seu objetivo.Exemplo: Voc candidato a uma vagade Analista de Planejamento deManufatura, porm trabalhou em vendas

    durante um perodo.

    4.1.6 Idiomas

    Ao mencionar conhecimentos delnguas, indique o nvel que domina:fluente, regular, bsico, falar e/ouescrever.

    Exemplo: Ingls - fluente - falar eescrever / Ingls - bsico - ler.

    Somente use outro idioma em seucurrculo quando enviar o currculo a uma

    multinacional ou quando o prprio anncioexija.

    4.1.7 InformticaInforme nvel de conhecimento -

    noes ou domnio em programao,ambientes, etc.

    Se souber usar a Internet, coloque.

    4.1.8 Viagens

    Cite viagens ao exterior (mesmo queseja por turismo, comprovando queadquiriu vivncia fora do pas, assimilou

    novas culturas e aprimorou determinadoidioma).

    Outras Atividades

    Indique eventuais atividadesdesenvolvidas (atividades culturais,desportivas, sindicais e associativas).

    4.2 DICAS PARA ELABORAO DECURRCULO

    Quais os principais erroscometidos ao elaborar um currculo?

    Enviar fotografia quando no solicitada.

    Apresentar um Currculo com errosortogrficos, rasurado ou pouco legvel.

    Apresentar um currculodesorganizado, pois ele pode serdesclassificado.

    Chamar ateno dos recrutadores

    para pontos negativos (Ex: conhecimentosrazoveisde ...).Colocar informaes como o nome

    e idade dos filhos, nmeros dedocumentos (nmero do RG, CPF, Ttulode Eleitor, Carteira Profissional etc),cursos em excesso ou cursos fora doperfil profissional.

    Usar linguagem confusa ourebuscada.

    Descries muito detalhadas.Colocar assinatura.

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    Colocar pretenso salarial ousalrio anterior.

    Colocar razes por ter deixado o

    emprego anterior. (somente explicar naentrevista).Colocar raa, religio e filiao

    partidria.Colocar referncias (s apresentar

    se a empresa demonstrar interesse nacontratao).

    Usar abreviaes. Se utilizarsiglas, escrever logo em seguida o seusignificado. Se utilizar nmeros, noescrever por extenso.

    Como fazer um currculo comexcelente aparncia?

    Use papel A4 ou carta.Usar tinta preta para imprimir.Usar impressora inkjet ou laser.

    Use copiadoras somente se de excelentequalidade.

    Imprimir somente em uma dasfaces.

    No mximo 2 ou 3 pginas

    variando de acordo com a experincia docandidato ou da necessidade de inclusode itens tcnicos. Em nenhuma hipteseelabore um currculo com mais que 3pginas.

    Use frases curtas. Mximo de 5linhas.

    Use espaos e margens idnticosdo incio ao fim do documento.

    Se estiver usando um currculocronolgico, use negrito ou tiposdiferentes de letras para evidenciar o que

    for mais importante. No exagere nosrecursos grficos. Escreva o suficientepara informar e despertar o interesse.

    Use envelope grande para noamassar seu currculo.

    No encaderne ou coloque capaou plastifique.

    No escreva mo qualquer tipode informao.

    No escreva a palavra"CURRCULO" no cabealho.

    No envie mais de uma cpia parauma mesma empresa.

    No anexe documentos (a no ser

    quando solicitado). Use fontes Arial ou Times New

    Roman reconhecidas como as maisagradveis para leitura. Corpo 12 orecomendvel.

    Como fazer um currculo quandono tenho muita experincia?

    As sees de escolaridade eexperincia profissionais so as partesessenciais do "currculo". Para compensar

    a falta de experincia profissional forneainformaes sobre atividadesextraprofissionais (ex.: atividades devoluntariado que revelem o carter eoutras capacidades do candidato).

    A informao apresentada deveser honesta e verdica e sem exageros.

    A realizao de muitos estgiospode indicar instabilidade.

    Use palavras positivas e querevelem dinamismo.

    Informe nomes de pessoas quepossam fornecer informaes sobre suaidentidade / capacidade / honestidadepessoal.

    PRATICANDO!

    Agora que voc dispe de bastantesinformaes de como elaborar umcurrculo, chegou a hora de colocar issoem prtica, elaborando o seu currculo.

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    LISTA DE QUESTES

    ACENTUAO GRFICA

    1. As palavras '', 'mtodo','s','contedos' podem ter sua acentuaoanalisadas pelas seguintes regras:a) proparoxtona, monosslabo tono,paroxtona.b) monosslabo tnico, proparoxtona,paroxtona terminada em "os".c) oxtona terminada em "e", "u" tnico emhiato, oxtona terminada em "o",

    proparoxtona.d) proparoxtona, oxtona terminada em"o", oxtona terminada em "a", paroxtonaterminada em "os".e) monosslabo tnico, proparoxtona,monosslabo tnico, "u" tnico em hiato.

    2. Assinalar a alternativa corretaquanto acentuao:a) Para pr o soto em ordem foramnecessrias duas pessoas.b) Aqueles ndios se alimentam de raizes

    e andam ns pela floresta.c) J faz trs mses que sa dapresidncia da emprsa.d) O elevador s para se o boto foracionado.e) O remdio que combate esse virus jfoi descoberto?

    3. Coloque certo (C) ou errado (E),considerando a acentuao da palavraem maisculo:a) Este plano de pagamento no nosCONVM.b) Esta aluna TM feito grande progresso.c) Poucas pessoas, nesta cidade, DETMo poder.d) Esta caixa CONTM alguns doces.e) Os professores REVEEM as provas deontem.

    4. Assinale, a letra correspondente alternativa que preenche corretamenteas lacunas da frase apresentada.

    O uso do .... foi um dos .... apresentados.... turma.a) hfen - itens - quela

    b) hifen - itens - quelac) hfen - tens - aquelad) hifen - tens - aquelae) hfen - itens - aquela

    CONCORDNCIA VERBALE NOMINAL

    1. "A Polcia Federal investiga ossuspeitos de terem ajudado na fugapara o Paraguai e a Argentina. A polciadesses pases no puderam prend-los

    porque o governo brasileiro no fez opedido formal de captura."(Adaptado de "O Estado de So

    Paulo", 22/08/93)

    a) No segundo perodo, h uma infraos normas de concordncia. Reescreva-ode maneira correta.________________________________________________________________________________________________________________________________________

    b) Indique a causa provvel dessainfrao.________________________________________________________________________________________________________________________________________

    2. "Torna-se_________, para o povobrasileiro, a percepo de que umestudo profundo se faz preciso,haja________os ndices altos dacriminalidade no pas."A opo que completa corretamente aslacunas :a) necessrio / vistosb) necessria / vistoc) necessria / vistod) necessrio / vistae) necessria / vista

    3. Assinale a alternativa correta quanto concordncia verbal.

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    a) Devem haver outras razes para ele terdesistido.b) Foi ento que comeou a chegar um

    pessoal estranho.c) Queria voltar a estudar, mas faltava-lherecursos.d) No se admitir excees.e) Basta-lhe dois ou trs dias pararesolver isso.

    4. Assinale a alternativa que preenchecorretamente as lacunas da frase, nasequncia.Regina estava _____ indecisa quanto_____ mandar _____ faturas _____