Apostila Internet

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Apostila – Internet Histórico Tudo surgiu no período em que a guerra fria pairava no ar entre as duas maiores potências da época, os Estados Unidos e a ex-União Soviética. O governo norte-americano queria desenvolver um sistema para que seus computadores militares pudessem trocar informações entre si, de uma base militar para outra e que mesmo em caso de ataque nuclear os dados fossem preservados. Seria uma tecnologia de resistência. Foi assim que surgiu então a ARPANET, o antecessor da Internet, um projeto iniciado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos que realizou então a interconexão de computadores, através de um sistema conhecido como chaveamento de pacotes, que é um esquema de transmissão de dados em rede de computadores no qual as informações são divididas em pequenos “pacotes”, que por sua vez contém trecho dos dados, o endereço do destinatário e informações que permitiam a remontagem da mensagem original. Este sistema garantia a integridade da informação caso uma das conexões da rede sofresse um ataque inimigo, pois o tráfego nela poderia ser automaticamente encaminhado para outras conexões. O curioso é que raramente a rede sofreu algum ataque inimigo. Em 1991, durante a Guerra do Golfo, certificou-se que esse sistema realmente funcionava, devido à dificuldade dos Estados Unidos para derrubar a rede de comando do Iraque, que usava o mesmo sistema. O sucesso do sistema criado pela ARPANET foi tanto que as redes agora também eram voltadas para a área de pesquisas científicas das universidades. Com isso, a ARPANET começou a ter dificuldades em administrar todo este sistema, devido ao grande e crescente número de localidades universitárias contidas nela. Dividiu-se então este sistema em dois grupos [2] , a MILNET, que possuía as localidades militares e a nova ARPANET, que possuía as localidades não militares. O desenvolvimento da rede, nesse ambiente mais livre, pôde então acontecer. Não só os pesquisadores como também seus alunos e os alunos de seus amigos, tiveram acesso aos estudos já empreendidos e somaram esforços para aperfeiçoá-los. Houve uma época nos Estados Unidos em que sequer se cogitava a possibilidade de comprar computadores prontos, já que a diversão estava em montá-los. A mesma lógica se deu com a Internet. Jovens da contracultura, ideologicamente engajados ou não em uma utopia de difusão da informação, contribuíram decisivamente para a formação da Internet como hoje é conhecida. A tal ponto que o sociólogo espanhol e estudioso da rede, Manuel Castells, afirmou em seu livro "A Galáxia da Internet" (2003) que "A Internet é, acima de tudo, uma criação cultural". Um esquema técnico denominado Protocolo de Internet (Internet Protocol) permitia que o tráfego de informações fosse caminhado de uma rede para outra.

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introdução à internet.

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Apostila – Internet

Histórico

Tudo surgiu no período em que a guerra fria pairava no ar entre as duas maiores potências da época, os Estados Unidos e a ex-União Soviética.

O governo norte-americano queria desenvolver um sistema para que seus computadores militares pudessem trocar informações entre si, de uma base militar para outra e que mesmo em caso de ataque nuclear os dados fossem preservados. Seria uma tecnologia de resistência. Foi assim que surgiu então a ARPANET, o antecessor da Internet, um projeto iniciado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos que realizou então a interconexão de computadores, através de um sistema conhecido como chaveamento de pacotes, que é um esquema de transmissão de dados em rede de computadores no qual as informações são divididas em pequenos “pacotes”, que por sua vez contém trecho dos dados, o endereço do destinatário e informações que permitiam a remontagem da mensagem original.

Este sistema garantia a integridade da informação caso uma das conexões da rede sofresse um ataque inimigo, pois o tráfego nela poderia ser automaticamente encaminhado para outras conexões. O curioso é que raramente a rede sofreu algum ataque inimigo. Em 1991, durante a Guerra do Golfo, certificou-se que esse sistema realmente funcionava, devido à dificuldade dos Estados Unidos para derrubar a rede de comando do Iraque, que usava o mesmo sistema.

O sucesso do sistema criado pela ARPANET foi tanto que as redes agora também eram voltadas para a área de pesquisas científicas das universidades. Com isso, a ARPANET começou a ter dificuldades em administrar todo este sistema, devido ao grande e crescente número de localidades universitárias contidas nela. Dividiu-se então este sistema em dois grupos[2], a MILNET, que possuía as localidades militares e a nova ARPANET, que possuía as localidades não militares. O desenvolvimento da rede, nesse ambiente mais livre, pôde então acontecer. Não só os pesquisadores como também seus alunos e os alunos de seus amigos, tiveram acesso aos estudos já empreendidos e somaram esforços para aperfeiçoá-los. Houve uma época nos Estados Unidos em que sequer se cogitava a possibilidade de comprar computadores prontos, já que a diversão estava em montá-los.

A mesma lógica se deu com a Internet. Jovens da contracultura, ideologicamente engajados ou não em uma utopia de difusão da informação, contribuíram decisivamente para a formação da Internet como hoje é conhecida. A tal ponto que o sociólogo espanhol e estudioso da rede, Manuel Castells, afirmou em seu livro "A Galáxia da Internet" (2003) que "A Internet é, acima de tudo, uma criação cultural". Um esquema técnico denominado Protocolo de Internet (Internet Protocol) permitia que o tráfego de informações fosse caminhado de uma rede para outra.

Todas as redes conectadas pelo endereço IP na Internet comunicam-se para que todas possam trocar mensagens. Através da National Science Foundation, o governo norte-americano investiu na criação de backbones (que significa espinha dorsal, em português), que são poderosos computadores conectados por linhas que tem a capacidade de dar vazão a grandes fluxos de dados, como canais de fibra óptica, elos de satélite e elos de transmissão por rádio. Além desses backbones, existem os criados por empresas particulares. A elas são conectadas redes menores, de forma mais ou menos anárquica. É basicamente isto que consiste a Internet, que não tem um dono específico.

A Internet no Brasil A Internet chegou ao Brasil, oficialmente, em 1988 por iniciativa da comunidade acadêmica de São Paulo (FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e Rio de Janeiro (UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro e LNCC – Laboratório Nacional de Computação Científica). Em 1989 foi criada, pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, a RNP ( Rede Nacional de esquisas http://www.rnp.br), uma instituição com os objetivos de iniciar e coordenar a disponibilização de serviços de acesso à Internet Brasil. A exploração comercial da Internet foi iniciada em dezembro 1994, a partir de um projeto piloto da EMBRATEL, onde foram permitidos

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acesso à Internet inicialmente através de linhas discadas, e posteriormente ( Abril/1995 ) através de acessos dedicados via RENPAC ou linhas E1.No Brasil a instância máxima consultiva é o Comitê Gestor da Internet (http://www.cg.org.br) criado em junho de 1995 por iniciativa dos Ministérios das Comunicações e da Ciência e Tecnologia, é composto por membros desses Ministérios e representantes de instituições comerciais e acadêmicas, e tem como objetivo a coordenação da implantação do acesso a Internet no Brasil.

Endereços Da Internet A maioria dos computadores da Internet, possuem dois endereços: um numérico (quatro números separados por pontos) e um nominal, facilitando assim o seu reconhecimento e memorização. sol.eps.ufsc.br (endereço nominal) 150.162.1.50 (endereço numérico) Onde: sol: determina o nome do computador; eps.ufsc.br: o nome do domínio Basicamente, os endereços nominais seguem a hierarquia:

Como padrão para os EUA, tem-se alguns exemplos das terminações de endereço: • com organizações comercial; • org organizações especiais (ex. fundações, institutos); • edu organizações educacionais; • gov instituições governamentais; • mil grupo militar; • net principais centros de suporte a redes; • país br, ca, ua, etc.

Correio Eletrônico É o serviço básico de comunicação em redes de computadores. O processo de troca de mensagens eletrônicas é bastante rápido e fácil, necessitando apenas de um programa de correio eletrônico e do endereço eletrônico dos envolvidos.

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O endereço eletrônico de um usuário na Internet contém todas as informações necessárias para que a mensagem chegue ao seu destino. Ele é composto de uma parte relacionada ao destinatário da mensagem (username) e uma parte relacionada a localização do destinatário, no formato: username@subdomínios.domínio Ex: joã[email protected]

Conceitos de Internet – “Resumão”

1) Página da Web (ou simplesmente página): é um documento legível que está armazenado nos computadores da Web. Usa-se o termo “Hipermídia” para definir tais documentos (Hipermídia = Hipertexto + Multimídia). Muita gente confunde Página com Site. Aqui vai: Isto que você está lendo neste momento não é o site do Ponto dos Concursos, é apenas uma das páginas do Ponto dos Concursos...

1.1) Hipertexto: Ambiente que propicia a existência de Hyperlinks. Ou seja, diz-se que um hipertexto não é apenas um texto legível, passivo, mas é um texto“esperto”, que faz alguma coisa. Ou seja, se um documento qualquer pode apresentar isso: Clique aqui (Isso é um Hyperlink), então esse texto é um Hipertexto.

1.2) Multimídia: Muitos meios; muitas maneiras da informação chegar até o usuário. Texto, imagem, som, vídeo são componentes comuns em multimídia. Como as páginas da Web podem apresentar tais componentes, dizemos que elas são documentos multimídia.

2) Site (ou Website ou Sítio): é um “local” onde colocamos páginas. Site é o nome dado ao espaço (em algum computador) para armazenar os arquivos das páginas. O conceito de site está intimamente ligado ao conceito do servidor (computador) que mantém as páginas. Exemplo: o endereço www.pontodosconcursos.com.br é o endereço deste site que você está visitando neste momento. Só como última comparação: se uma página da web pode ser comparada com a página de uma revista, então o site é a própria revista.

2.1) Home Page: é o nome dado à primeira página do site. Todo site tem uma home page, que é aquela que aparece quando se digita o endereço do site. Home Page é como se fosse a capa da revista.

3) A Web (WWW – World Wide Web): é o conjunto de todos os sites da Internet. A Web é, na mais fácil comparação, a biblioteca da Internet. Um conceito que muito se usa na ESAF é: a Web é o repositório de informações armazenadas na forma de páginas. Neste exato momento, você está lendo uma página (esta), pertencente a um site (o Ponto dos Concursos), que, por sua vez, faz parte da Web (algo que, com certeza, você ainda não viu toda!)

4) Servidor Web (Servidor de Páginas): é um programa (devidamente instalado em um computador) que mantém as páginas disponíveis para serem acessadas. Um servidor armazena páginas e as gerencia para que, quando alguém solicitá-las, ele esteja pronto para enviá-las ao solicitante.

O servidor é o computador (+ programas específicos, lógico) onde o site existe... Muitos confundem até mesmo site com servidor. Quando você digitou www.pontodosconcursos.com.br, esperou que essa página viria até você como? Ela estava armazenada num servidor e foi entregue a você por ele. Portanto, TODO O SITE www.pontodosconcursos.com.br está armazenado neste mesmo computador (o servidor).

Lembre-se: se há servidores servindo, é porque há clientes requisitando!

4.1) Cliente é um programa que solicita recursos aos servidores. Há clientes para correio, clientes para Web, clientes para bate-papo... Cliente é o nome dado aos programas que nós usamos na Internet. Quando passamos um e-mail, por exemplo, se usamos o programa Outlook Express, ele é um cliente de e-mail.

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Resumo do resumo: Servidores são programas que fornecem algo. Clientes são programas que solicitam esse algo! Nós usamos programas clientes!

5) Browser (Navegador): é o programa que usamos para ver as páginas na Web (é um browser que você está usando neste momento, para ler esse texto). O Internet Explorer é o programa navegador mais usado na Internet. Em outras palavras, o Browser é um Cliente Web.

6) URL (Localizador Uniforme de Recursos): É simplesmente um endereço que localiza qualquer recurso (páginas, sites, computadores, arquivos em geral, etc) na Internet. Um URL tem o seguinte formato:

protocolo://nome_do_host/diretórios/arquivo_desejado

como em

http://www.qualquercoisa.com.br/catalogo/produtos/folder3.pdf

Onde:

http é o protocolo usado para realizar a transferência.

www.qualquercoisa.com.br é o nome do Host (computador, servidor, site, como queira chamar), que é, na verdade, o local onde se vai encontrar o arquivo desejado.

Catálogo é uma pasta (diretório) dentro do computador em questão.

Produtos é uma pasta (diretório) dentro do diretório Catálogo.

Folder3.pdf é o nome do arquivo que se deseja obter. Como se pode ver, ele está dentro da pasta Produtos.

Logo, todas as vezes que você acessa um site, teve que digitar o endereço (URL) para localizá-lo!

7) HTML: é a linguagem usada para criar páginas da Web. Essa página que você está lendo não é tão bonita quanto você vê... (acione o menu Exibir neste momento e clique em Código Fonte). Você vai ver esta página como seu verdadeiro “eu”, ou seja, em HTML.