Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

download Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

of 118

Transcript of Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    1/118

     

    UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁINSTITUTO DE TECNOLOGIA

    FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA

    MATERIAL DIDÁTICO PARA

    A DISCIPLINA

    DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA

    PROF: PAULO S. DE J. GAMA

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    2/118

    2

    BIBLIOGRAFIA BÁSICA;

    1-Electric Power Distribution System Engineering,2nd Ed, Turan Gönen, (CRCPress)

    CRCPressTandF·140 vídeos 

    Inscrever-seInscritoCancelar inscrição 

    2:

    3: 

    http://www.youtube.com/user/CRCPressTandF?feature=watchhttp://www.youtube.com/user/CRCPressTandF/videoshttp://www.youtube.com/user/CRCPressTandF/videoshttp://www.youtube.com/user/CRCPressTandF/videoshttp://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=graficos+de+sistemas+de+distribui%C3%A7%C3%A3o+de+energia&source=images&cd=&cad=rja&docid=llrxiTe2J-d2gM&tbnid=yoRMJp4Zq92yZM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.blucher.com.br/produto/03551/introducao-aos-sistemas-de-distribuicao-de-energia-eletrica&ei=cdKgUdG0NYbs8gSxq4HoBQ&bvm=bv.47008514,d.dmQ&psig=AFQjCNFuAj85XFghd9Amz7rMK-rcbPoS_g&ust=1369578798099463http://www.youtube.com/user/CRCPressTandF/videoshttp://www.youtube.com/user/CRCPressTandF?feature=watchhttp://www.youtube.com/user/CRCPressTandF?feature=watch

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    3/118

    3

    UNIDADE 1 : CARGA E DEMANDA

    O abastecimento energético recebido pelos consumidoresa dasconcessionárias é a última etapa de um processo que se inicia com a

    produção de energia pelas usinas geradoras, passa pelos sistemas detransmissão e de distribuição e chega ao seu destino final que são osconsumidores . Nas figuras de 1.1 a a 1.1 d mostramos aspectostécnicos e estruturais destes sistemas.

    Figura 1.1 a1 - Estrutura básica de um sistema elétrico.

    http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=graficos+de+sistemas+de+distribui%C3%A7%C3%A3o+de+energia&source=images&cd=&cad=rja&docid=AkQzeQrJcLxKSM&tbnid=9FIPlmCPx5ld0M:&ved=0CAUQjRw&url=http://dentofacialdownloads.blogspot.com/2009_08_01_archive.html&ei=KNGgUZ-PO4X48wSxxYGgBQ&bvm=bv.47008514,d.dmQ&psig=AFQjCNFuAj85XFghd9Amz7rMK-rcbPoS_g&ust=1369578798099463

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    4/118

    4

    Figura 1.1 a2 - Estrutura básica de um sistema elétrico 

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    5/118

    5

    Figura 1.1 b - Estrutura tradicional de uma rede de energiaelétrica. [Fonte: Aneel].

    Classificação:

     Acima de 765 kV (UAT)230kV

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    6/118

    6

    V ≤ 1000 V (BT)

    Figura 1.1.c Faixas de tensão de sistemas elétricos

    Geração Transmissão Distribuição

    Fig. 1.1- d- Diagrama unifilar de um sistema elétrico 

    De uma forma geral podemos representar o sistema por DIAGRAMA DE BLOCOS .

    como mostramos abaixo:

    ENERGIA PRIMÁRIA

    ► Hidráulica► Térmica► Nuclear

    ► Etc.

    ENERGIA ELÉTRICA

    ► Tensão de Geração

    ►  Transformação. paraTensão de Transmissão

    Geração

    Transmissão

    ENERGIA ELÉTRICA

    Transformação da tensão detransmissão para a tensão de

    sub-transmissão.

    Distribuição

    Consumidores em tensão de

    transmissão

    Consumidores em tensão de subtransmissão

    Consumidores em tensão primária

    Consumidores em tensão baixa tensão

    G

    Distribuição

    (13,8 kV)

    (132 ou 230 kV) (13,8 kV)

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    7/118

    7

    CONSIDERAÇÕES GERAIS :

    Os consumidores solicitam o sistema de potencia através de sua carga, que

    pode ser associada à potencia ativa, reativa ou aparente, ou mesmo à corrente de

    cada usuário de sistema.

    Constituindo o objetivo final de todo sistema de potencia, a carga exige uma

    caracterização suficientemente detalhada para fornecer subsídios a todo

    dimensionamento do sistema quer no aspecto operacional de uma rede existente,

    quer no planejamento de um sistema futuro.

     As cargas são classificadas conforme vários critérios (localização geográfica,

    finalidade, continuidade de atendimento exigido, etc.) além de serem caracterizadas

    por fatores que quantificam propriedades que influem na concepção e geração de

    sistema elétrico que as suprem.

    O conhecimento da grandeza e característica da carga está sempre voltada

    para o futuro, pois tanto a geração, como o planejamento do sistema pressupõe o

    quanto a rede será solicitada, definindo apenas no período de antecipação:

      Na operação: semanas, dias, horas ou minutos

      No planejamento: meses ou anos

    Em ambos os casos são aplicados técnicas estatísticas de previsão que

    conjugados com resultados de medições fazem com que se atinja o objetivo

    almejado.

    Como em qualquer tratamento estatístico a previsão de carga em termos de

    cidades apresenta um índice de certeza muito maior que a nível de ruas ou mesmo

    de bairros. Este fator influi nas tolerâncias presentes no sistema elétrico resultandouma reserva diferente nos diversos estágios da rede. É interessante notar que este

    fator corresponde de maneira inversa à confiabilidade exigida, por exemplo; uma

    linha de transmissão exige uma alta confiabilidade, mas por outro lado a previsão de

    seu carregamento é preciso quando comparado com uma rede secundaria de

    distribuição cuja previsão de carga é bem menos rigorosa.

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    8/118

    8

    Tipos de carga:

    Usualmente as cargas são classificadas segundo quatro critérios:

    a) Localização geográfica

    b) Finalidade para o qual se destina

    c) Sensibilidade

    d) Efeito sobre o sistema

    A) LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA

    De acordo com a zona de atendimento, tensão

    Central – Urbana – Suburbana – Rural – Etc.

    B) FINALIDADE PARA A QUAL SE DESTINA

    Residencial  – comercial  –  industrial  – poderes públicos -serviços públicos  – 

    iluminação pública – próprio de concessionária – rural.

    C) SENSIBILIDADE

     A interrupção no fornecimento de energia causa:

    a) Para a concessionária

      Perda de receita

      Imagem da empresa é afetada de modo negativo

    b) Para o consumidor

      Prejuízo direto devido à suspensão temporária das atividades que necessitamde luz e força para sua realização.

      Danos indiretos advinhos da interrupção de um processo que se encontrava

    em um adiantado estágio de evolução no momento de falta de energia,

    ocasionando-se com isso perda de produção, matéria prima, etc. ex: fábrica

    de cimento, processamento de dados, etc.

     As conseqüências para as concessionárias e os prejuízos diretos são comuns

    a todas interrupções enquanto os danos indiretos podem existir em vários graus,

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    9/118

    9

    quando a classificação das cargas por critérios de sensibilidade que define três

    grupos de cargas:

      Normais  – quando ocorrem apenas os prejuízos na imagem e na receita da

    empresa e danos diretos.

      Semi-sensíveis  – quando existem danos indiretos além daqueles relativos a

    cargas normais.

      Sensível – quando os prejuízos indiretos são bastante elevados.

    c) Efeitos sobre o sistema:

     As cargas podem causar perturbações ao sistema, conforme sejam sua

    conexão e seu comportamento no ciclo de trabalho.

     Assim, quanto à conexão elas podem ser:

      Monofásicas

      Trifásicas

      Bifásicas

      Monofásicas a três fios

    E quanto ao ciclo de trabalho elas agrupam-se em:

      Transitórios cíclicas

      Transitórios acíclicas

     Alguns autores designam por cargas especiais aquelas que causam

    perturbações no sistema. Um exemplo típico é constituído por um forno monofásico

    de grande porte conectado a um sistema trifásico.

    Curvas de carga diária típica para as diferentes categorias.

    Carga Residencial Típica

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    10/118

    10

    10 

    T (h)

    Carga

    3 6 9 12 15 18 21 24

    Carga Comercial :

    Carga de iluminação pública

    http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=graficos+de+sistemas+de+distribui%C3%A7%C3%A3o+de+energia+eletrica&source=images&cd=&cad=rja&docid=j6P00l6XzH3omM&tbnid=OFfhFuoyzUD_MM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.celesc.com.br/portal/grandesclientes/index.php?option=com_content&task=view&id=128&Itemid=220&ei=BBWgUYLsH4no8wSh5oHABA&bvm=bv.47008514,d.dmQ&psig=AFQjCNH1_XDnLU81e_PZfkofqYSrPF32Ig&ust=1369530453351904http://meusite.mackenzie.com.br/mellojr/A%20turbina%20de%20fluxo/A%20turbina%20de%20fluxo%20.htm

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    11/118

    11

    11 

    Um sistema de distribuição é composto pela associação dos diversos tipos de

    categorias ,consequentemente a curva de carga para o sistema distribuidor será a

    composição ponto a ponto das curvas de cargas constituintes do sistema.

    Carga ou Potência Instalada;

    Carga ou potência instalada é a soma das potencias nominais de todos os

    aparelhos elétricos ligados em uma instalação ou sistema.

    Entende-se por potencia nominal aquela escrita na placa do aparelho ou

    máquina.

    Demanda:

     As máquinas e aparelhos nem sempre absorvem a sua potencia nominal, por

    exemplo uma lâmpada incandescente absorve menor potencia se o valor da tensão

    for menor, que a tensão nominal que alimenta e , inversamente, se a tensão for

    maior que a nominal,com isso o valor da carga solicitado poderá ser diferente que o

    valor nominal .

    Performances diferentes são apresentados para os diversos tipos de

    equipamentos elétricos, logo um sistema que alimenta um conjunto de cargas

    “enxerga” uma potencia alimentada que não é a potencia instalada dos sistema, e

    esta potencia chamamos de demanda ou “potencia demandada”. 

     A demanda representa a carga realmente absorvida por um aparelho ousistema de uma dada potencia nominal em um determinado tempo. A demanda é,

    portanto, uma carga média, apresentando a solicitação exigida em um dado

    aparelho ou máquina elétrica durante certo tempo, a este intervalo de tempo

    denominamos intervalo de demanda.

    Demanda de um consumidor, sistema ou instalação: é a carga média

    absorvida durante um intervalo de tempo especificado.

    O intervalo de tempo padronizado no Brasil é de 15 minutos.

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    12/118

    12

    12 

    15 min

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 t(h)

    DemandaInst.

    demanda inst.

    Unidade de demanda; W, VA, Amp. . tempo

    Curva de demanda (D=D (t)): é a curva que associa as demandas com os

    tempos correspondentes, num período especificado. Quando o período é um dia,

    obtêm-se a curva diária de carga.

    carga

     A energia é calculada pela soma de todos os degraus de demanda pela expressão :

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    13/118

    13

    13 

    Demanda máxima: é a maior demanda ocorrida num período especificado.

    Nota-se que a demanda máxima além de ser função do período especificado,

    também o é do “intervalo de demanda” adotado. 

    Demanda instantânea: é o valor da demanda quando o intervalo de

    demanda tende a zero.

    Demanda média: é a média aritmética das demandas em um intervalo de

    tempo especificado. Como em qualquer ocasião que se considera “demanda” deve-

    se sempre ter estabelecido o intervalo de demanda para se definir uma “demanda

    média”. 

     A demanda media Dm é calculada em um dado período dividindo-se a

    energia total consumida pelo período considerado.

    Portanto para um intervalo Tn,temos:

    Dm= E / TN,onde:

    Demanda diversificada e demanda máxima não coincidente de um conjunto

    de cargas – considerando um conjunto de cargas com diferentes “curvas de cargas”

    nota-se que as demandas máximas das curvas não ocorrem, em geral no mesmo

    instante.A figura a seguir caracteriza esta situação onde temos três cargas A, B e C

    respectivamente.

    http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=graficos+de+sistemas+de+distribui%C3%A7%C3%A3o+de+energia+eletrica&source=images&cd=&cad=rja&docid=j6P00l6XzH3omM&tbnid=OFfhFuoyzUD_MM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.celesc.com.br/portal/grandesclientes/index.php?option=com_content&task=view&id=128&Itemid=220&ei=BBWgUYLsH4no8wSh5oHABA&bvm=bv.47008514,d.dmQ&psig=AFQjCNH1_XDnLU81e_PZfkofqYSrPF32Ig&ust=1369530453351904

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    14/118

    14

    14 

    Portanto a demanda máxima do conjunto normalmente não é a soma das

    demandas máximas individuais. Isto leva a de definir:

    Demanda máxima diversificada - do conjunto como sendo a relação entre asoma das demandas de cada carga, no instante que ocorre a demanda máxima do

    conjunto, e o número de cargas. Quando se consideram outros instantes, que não

    do momento da máxima do conjunto essa relação denomina- se simplesmente de

    demanda diversificada. (vide figura abaixo:).

    FATORES QUE CARACTERIZAM A CARGA:

    Fator de carga (fc)  –  é a relação entre a demanda média Dm e a

    demanda máxima DM, logo fc ≤ 1.

    fc = Dm / DM

    http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=graficos+de+sistemas+de+distribui%C3%A7%C3%A3o+de+energia+eletrica&source=images&cd=&cad=rja&docid=hXlxNv8TjmeEOM&tbnid=Zz_bTOmBi3LfgM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAl60AG/sistemas-distribuicao&ei=Rw-gUc7TD4fc9ASfkIDIDQ&bvm=bv.47008514,d.dmQ&psig=AFQjCNH1_XDnLU81e_PZfkofqYSrPF32Ig&ust=1369530453351904

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    15/118

    15

    15 

    D1 (t)

    TM 1TM

       D   1    (   t   m    )

     

    Fator de diversidade (fdiv) de um conjunto de cargas é a relação entre

    a soma das demandas máximas individuais e a demanda máxima do conjunto. Comisso:

     fdiv = ∑Dmaxind  ∕ Dmax conj 

     temos portanto que:

    iv ≥ 1

    TM1  – instante em que ocorre a demanda máxima da carga 1

    http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=graficos+de+sistemas+de+distribui%C3%A7%C3%A3o+de+energia+eletrica&source=images&cd=&cad=rja&docid=hXlxNv8TjmeEOM&tbnid=QL_oo-sVYbAjuM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAl60AG/sistemas-distribuicao&ei=YA-gUZ6RD4n68gScj4CYCg&bvm=bv.47008514,d.dmQ&psig=AFQjCNH1_XDnLU81e_PZfkofqYSrPF32Ig&ust=1369530453351904

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    16/118

    16

    16 

    TM

    DZ (t)

    TMTMZ 

    TM3 TM

    DM

    TM2  – Instante em que ocorre a demanda máxima de carga 2

    Tm3  – instante em que ocorre a demanda máxima da carga 3

    TM  –  instante em que ocorre a demanda máxima do conjunto (DM  = D (TM)) do

    sistema.

    D3 (t)

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    17/118

    17

    17 

    Demanda Diversificada: 

    Demanda máxima diversificada ( D Max div);

    DMax div = D ( TM ) / 3

    Onde D ( TM ) = D1 ( TM ) + D2 ( TM ) + D3 ( TM )

    Demanda máxima não coincidente;

    Dnc) = { D1 ( TM1 ) + D2 ( TM2 ) + D3 ( TM 3) }  ∕

    Diversidade de carga ( LD) = ∑ Dmax ind. – Dmax conj.

    LD = (Dmax nc – Dmax div.) x N onde N é o numero de cargas

    Fator de coincidência (f coi) de um conjunto de cargas: É o inverso do fator de

    diversidade.

    Fator de contribuição (f con) de uma carga integrante de um conjunto: É a

    relação entre a sua demanda no instante de ocorrência de demanda máxima do

    conjunto e, a demanda máxima do conjunto. Este fator expressa a contribuição de

    cada carga na composição da demanda máxima.

    Fator de demanda de um sistema: é a relação entre a demanda máxima (Dm) e a

    capacidade instalada (Ci) ou potencia instalada, ambas nas mesmas unidades.

    Curva de perdas e fator de perdas: Definido um sistema e um intervalo de

    demanda a ele está associada uma curva de demanda. De modo análogo nesteintervalo temos a curva de perdas para o sistema.A energia perdida será

    determinada pela área sob a referida curva.O fator de perdas fp é definido por:

    fp = perda media / perda máxima.

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    18/118

    18

    18 

    Horas equivalente para perdas:

    Define-se como “número de horas equivalentes” (Heq) o tempo (em horas) que o

    sistema deveria operar com perda máxima para produzir o mesmo valor de perda

    despendido durante o período (em horas), ou seja:

    Ep = Pm x TN

    Ep = PM x Heq

    Pm x TN = PM x Heq

    Como Pm = fp x PM

    fp x PM x TN = PM x Heq

    então:

    Heq = fp x TN

    UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

    INSTITUTO DE TECNOLOGIA

    FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA

    PROFESSOR: PAULO SÉRGIO DE JESUS GAMA

    Exercícios de Distribuição de Energia

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    19/118

    19

    19 

    1)Conceitue: fator de carga, fator de demanda e fator de diversidade. Explique a

    importância desses fatores para o planejamento, projeto e operação de um sistema

    elétrico.

    2) Três consumidores residenciais, tem instalados os seguintes aparelhos:

     APARELHO  CONS. N° 1  CONS. N° 2  CONS. N° 3 

    Lâmpada 100w 9 7 6

    Lâmpada 60w 5 4 2*

    Ferro elétrico 1.000w 1* 1 1* 

    Radio 30w 2 1*  1* 

    Geladeira 450w 1* 1*  1* 

    Lavadora de roupa 700w 1*  1*  -

    Condicionador de ar 2.300w 1*  1 -

    Outros aparelhos 1.500w 1  1* ½

     A demanda máxima do conjunto ocorre às 16 horas , e estão ligados os

    aparelhos marcados com *. (supondo que as máximas individuais ocorram às 16

    horas).

    Pedem-se:

    a) Potencia instalada de cada consumidor

    b) Demanda de cada consumidor as 16 horas

    c) Fator de demanda de cada consumidor

    d) Demanda diversificada as 16 horas

    3) Para o problema abaixo são dados:

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    20/118

    20

    20 

    Dem. média  Dem. Max.  Dem. (20h)  Fator de carga 

    Cons. N° 1 1kw 5kw 5kw

    Cons. N° 2  2kw (21h) 1,6kw 0,15

    Cons. N° 3  0,5kw 2kw (12h) 1kw

    Cons. N° 4  10kw (17h) 5kw 0,25

    Considerando –se que a demanda máxima do conjunto ocorre às 20 horas pedem-

    se:

    a) O fator de diversidade

    b) O fator de carga individual e do conjuntoc) A diversidade de carga

    d) A demanda máxima diversificada

    e) A demanda máxima não coincidente

    f) Os fatores de contribuição

    UNIDADE 2 :CONSTITUIÇÃO DOS SISTEMAS . DEDISTRIBUIÇÂO

    2-1- Introdução

     Apresentamos na figura abaixo o sistema elétrico interligado que abastece o Brasilem quase a sua totalidade.

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    21/118

    21

    21 

    Fig 2-11 

    O sistema de distribuição está localizado nas proximidades dos centros de

    consumo,temos a sua configuração básica mostrada nos esboços a seguir :

    http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=sistema%20eletrico%20brasileiro%202012&source=images&cd=&cad=rja&docid=Ht_W1Mk9_zH_BM&tbnid=jGRatvLMSrlvpM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fwww.brasil.gov.br%2Fimagens%2Fenergia%2Fsistema-integrado-nacional%2Fsistema-de-transmissao%2Fview&ei=QGfPUZW-FpO69gTEpIGwBw&psig=AFQjCNFXc9bHrzoAJ0dq5ZQOBUPqm8LQTA&ust=1372633177540479

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    22/118

    22

    22 

    Fig. 2.1.2

    Fig. 2.1.3

    http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=graficos+de+sistemas+de+distribui%C3%A7%C3%A3o+de+energia+eletrica&source=images&cd=&cad=rja&docid=LTVaz0lmDDczqM&tbnid=vZY-nq5Fz_PjvM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65132003000200009&ei=fg-gUYXkFoOE9gSggoGgCg&bvm=bv.47008514,d.dmQ&psig=AFQjCNH1_XDnLU81e_PZfkofqYSrPF32Ig&ust=1369530453351904http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=redes+subterraneas+de+distribui+%C3%A7%C3%A3o+de+energia+eletrica&source=images&cd=&cad=rja&docid=HwUAyDhPMi8UrM&tbnid=W1BLMiex-FbOhM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialbpl1/pagina_2.asp&ei=ofqgUZOgNInM9QS1rYGoAg&bvm=bv.47008514,d.dmg&psig=AFQjCNGHRuNF9RWslgOdbdALmB26miYmHQ&ust=1369590781583261http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=graficos+de+sistemas+de+distribui%C3%A7%C3%A3o+de+energia+eletrica&source=images&cd=&cad=rja&docid=LTVaz0lmDDczqM&tbnid=vZY-nq5Fz_PjvM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65132003000200009&ei=fg-gUYXkFoOE9gSggoGgCg&bvm=bv.47008514,d.dmQ&psig=AFQjCNH1_XDnLU81e_PZfkofqYSrPF32Ig&ust=1369530453351904

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    23/118

    23

    23 

    2-2-Partes componentes do Sistema de Distribuição;

    Como se observa o Sistema de Disteribuição é constituídoestruturalmente por:

    2.2.1-Subestações.

    2.2.2-Redes de subtransmissão.

    2.2.3-Redes de distribuiçao primária.

    2.2.4-Redes de distribuiçao secundária.

    2.2.1-Subestações( SE):

    Considerações Gerais:

     A finalidade principal de uma subestação, (SE), é interligar e/ou chavear

    linhas que operam sob tensões iguais ou diferentes, contando no segundo caso,

    com equipamentos que se ocupam em transformar a tensão a níveis convenientes.

    Em ultimo analise, a subestação promove a irradiação do fluxo de potência,

    de maneira conveniente para operação do sistema.

    Do ponto de pista de análise de sistema elétrico de potência uma SE pode ser

    representada por um diagrama que contém:

      As linhas que convergem para a SE

      As linhas que emergem da SE

      Os transformadores  Os barramentos

      Os disjuntores

      As seccionadoras

      Os equipamentos de medição, e controle

    Este diagrama é denominado unifilar e a disposição dos diversos

    equipamentos nele apresentados, define o arranjo da SE.

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    24/118

    24

    24 

    O estabelecimento do diagrama do diagrama unifilar mais conveniente

    prende-se a uma otimização de fatores:

      Confiabilidade: capacidade de manter a continuidade de serviço

    durante operações onde haja componentes com defeito.

      Flexibilidade operativa: definida como sendo a possiblidade de

    adaptação à topologia exigida pelo sistema mediante operações simples e

    rápidas.

      Facilidade de manutenção: contar com reserva e instalações

    suficientes para que possa haver manutenções preventivas e corretivas comsegurança, mantendo a continuidade de serviço através da operação das

    áreas não afetadas.

      Possiblidade de ampliação: em alguns casos a demanda

    crescente exige que haja ampliações nas SE’S, de modo que a fase final da

    obra deve ser realizada em plena operação da primeira. Em outros casos

    uma SE a plena carga deve ter sua capacidade aumentada em vista de

    expansões não previstas da carga. Em ambas ocasiões a SE deve contar

    com uma reserva para expansão tanto em termos de espaço como

    modulação ao esquema adotado. Isto define este fator.

      Custo – constituído de parcelas relativas ao custo de:

      Equipamentos Eletricos de alta tensão

      Estruturas

      Fundações e obras civis

      Movimento de terra

      Mão de obra para construção e montagem

      Equipamentos de medição, controle e proteção

      Rede aérea e malha de terra

      Cabalagem de força e controle

      E outros de menor relevância

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    25/118

    25

    25 

    Vale notar que todos os aspectos apresentados podem de maneira objetiva

    ou subjetiva serem expressos em termos de custo. Assim, por exemplo, a

    confiabilidade pode ser quantizada através do prejuízo cansado por interrupção e

    mediante índices de falhas pode-se associar período de interrupção a um arranjo de

    SE e consequentemente o seu custo.

    Mostramos em sequencia abaixo diversas imagens de transformadores e de

    subestações de distribuição:

    Fig 2.2.1.1

    http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=graficos+de+sistemas+de+distribui%C3%A7%C3%A3o+de+energia+eletrica&source=images&cd=&cad=rja&docid=0ynR3gFOB2YF3M&tbnid=88uT4eSuxa9AKM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.amplimag.com.br/transformadores.html&ei=PhegUemtJ4eY9QTvg4DYCA&bvm=bv.47008514,d.dmQ&psig=AFQjCNH1_XDnLU81e_PZfkofqYSrPF32Ig&ust=1369530453351904

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    26/118

    26

    26 

    Fig 2.2.1.2

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    27/118

    27

    27 

    Fig 2.2.1.3

    Fig 2.2.1.4

    http://images.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=perdas+em+sistemas+de+distribui%c3%a7%c3%a3o+de+energia+eletyrica&source=images&cd=&cad=rja&docid=VEQkQWY1Ot4t7M&tbnid=JWSYcCArDqaSmM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.pchparacambi.com.br/midias-2/galeria-de-fotos/attachment/vista-subestacao-6&ei=8t6gUb-bNYK-8ATv44CgBQ&bvm=bv.47008514,d.dmg&psig=AFQjCNGhvMH7IobvE8w2J97n9UegS8fxzA&ust=1369583489920663http://jornaldaenergia.com.br/ler_noticia.php?id_noticia=2418&id_tipo=2&id_secao=15&id_pai=0&titulo_info=Transformadores%20de%20energia%20mais%20eficientes

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    28/118

    28

    28 

    Fig 2.2.1.5

    Fig 2.2.1.6

    http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=graficos+de+sistemas+de+distribui%C3%A7%C3%A3o+de+energia+eletrica&source=images&cd=&cad=rja&docid=G-R-JPc4ft_tJM&tbnid=tCUOYTIAjxcGUM:&ved=0CAUQjRw&url=http://graficamouraramos.blogspot.com.br/2013_01_01_archive.html&ei=BRagUarECYjO9ASh1YDgDA&bvm=bv.47008514,d.dmQ&psig=AFQjCNH1_XDnLU81e_PZfkofqYSrPF32Ig&ust=1369530453351904

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    29/118

    29

    29 

    Fig 2.2.1.7

    Fig 2.2.1.8

    http://www.bimetal.eng.br/solucoes-e-servicos/detalhe.asp?id=15http://images.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=perdas+em+sistemas+de+distribui%c3%a7%c3%a3o+de+energia+eletyrica&source=images&cd=&cad=rja&docid=JxGL4amoiGSMPM&tbnid=8mzYDyZtwEPNTM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.osetoreletrico.com.br/web/a-revista/edicoes/93-religadores-x-disjuntores-quando-utilizar-um-ou-outro-em-subestacoes.html&ei=Y9-gUbK8AojO9ASh1YDgDA&bvm=bv.47008514,d.dmg&psig=AFQjCNGhvMH7IobvE8w2J97n9UegS8fxzA&ust=1369583489920663

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    30/118

    30

    30 

     Arranjos de subestação:

    Normalmente os arranjos dos SE’S são classificados conforme a forma que

    os barramentos da SE se apresentam. Assinam os principais tipos são:

      Barramento simples

      Barramentos simples seccionado

      Barramento duplo

      Barramento principal e transferência

      Barramento principal e transferência e reserva

      Barramento em anel  Barramento duplo com disjuntor e meio.

    Os quais passam a ser apresentados a seguir:

     A ordem em que foram expostos, traduzem de certa forma, uma crescente

    eficiência, ora com aumento da confiabilidade, ora da flexibilidade, sendo

    acompanhado naturalmente por acréscimos de custos. Essa tonricidade não deve

    ser tomada com muito rigor, pois a quantização dos aspectos envolvidos pode situara adequabilidade de um arranjo em limites de conveniência dependendo da

    ponderação dos fatores em cada caso.

    Fig 2.2.1.9; SE com barramento simples

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    31/118

    31

    31 

    .

     A figura acima representa o primeiro tipo de arranjo que a par da sua

    simplicidade e economia apresenta o grande inconveniente de colocar toda a SE

    fora de serviço, em caso de defeito em barramento. A manutenção de qualquer

    dispositivo também surge como uma limitação, pois impõe que o elemento a ele

    associado (LT ou transformador) saia de serviço durante a manutenção.

    Esse esquema pode ser melhorado com o seccionamento do barramento com

    um seccionador ou um disjuntor, possibilitando a operação de metade de SE, nos

    casos que no primeiro esquema se perdia toda SE. Figura abaixo.

    Fig 2.2.1.10; SE com barramento simples seccionado

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    32/118

    32

    32 

     A duplicação do arranjo anterior constitui o tipo barramento duplo que

    aumenta substancialmente e flexibilidade de manobras, confiabilidade e facilidade

    de manutenção, conforme se pode observar na figura abaixo.

    Fig 2.2.1.11; SE com barramento duplo

    Nesse arranjo (que pode ser seccionado ou não) pode-se operar com

    quaisquer conjuntos de LT’s ou transformadores no barramento auxiliar, permitindo

    manutenção em disjuntores ou mesmo no barramento. Evidentemente o custo émuito maior que o anterior, porém consegue-se uma grande redução nesse índice

    em se abrindo mão de algumas facilidades desse esquema, para adotar o arranjo

    “barramento principal e transferência” mostrado na figura a seguir.

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    33/118

    33

    33 

    Fig 2.2.1.12 ; SE com barramento principal e transferencia

    Também nesse caso é possível a manutenção de todos disjuntores, pois o

    disjuntor entre os barramentos pode substituir qualquer um dos demais. O defeito

    em barramento implica na perda de SE, podendo ser minimizado com

    seccionamento (por chaves ou disjuntores) no barramento principal. ver figura a

    seguir;

    Fig 2.2.1.13 ; SE com barramento principal seccionado e transferencia

     A introdução no esquema anterior de um barramento de reserva, que se pode

    conectar através de uma seccionadora a todos os disjuntores dos bays, constitui

    uma facilidade de grande valia, fazendo com que o defeito em barramento seja

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    34/118

    34

    34 

    contornado e o seccionamento dispensado. Esse arranjo assim constituído chama-

    se barramento principal, transferência e reserva e está apresentado na figura:

    Fig 2.2.1.14 ; SE com barramento principal ,reserva e transferencia

    O barramento de reserva pode ser incorporada no de transferência, através

    de sua supressão e conecção das secionadoras a ele associados, com o

    barramento principal, como na figura. Abaixo:

    Fig 2.2.1.15 ; SE com barramento duplo a cinco seccionadoras

    Reserva

    Transf.

    Principal

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    35/118

    35

    35 

    O arranjo seguinte “em anel”, reúne várias vantagens pois além de permitir

    manutenção em disjuntores ou até em seções de barramento com facilidade, exige

    apenas um disjuntor por LT ou transformador e ele conectado, traduzindo-se em um

    custo relativamente baixo diante de outros com mesmas facilidades. Também são

    permitidas várias configurações de operação, possibilitando a interconecção de LT’s

    ou transformadores adjacentes. O defeito em barramento é facilmente isolado neste

    caso, prejudicando, no entanto a linha ou transformador que estava conectado no

    trecho atingido. A figura a seguir apresenta esse arranjo.

    Fig 2.2.1.16 ; SE com barramento em anel

    Finalizando esta descrição dos tipos fundamentais de arranjos de SE’s vem o“barramento duplo com disjuntor e meio” que reúne quase todas as vantagens de

    barramento duplo a um custo inferior. Essa esquema é conseguido através de

    conexão dos dois barramentos com 3 disjuntores em série, de modo tal que das

    duas conexões centrais emergem 2 LT’s ou 1 LT e um transformador a seguir;. 

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    36/118

    36

    36 

    Fig 2.2.1.17 ; SE com barramento duplo disjuntor e meio

    Observa-se que qualquer disjuntor ou barramento pode ser colocado em

    manutenção preventiva ou corretiva sem que haja para isso qualquer interrupção

    mesmo transitória, pois os elementos restantes se ocupam em constituir um caminho

    paralelo que substitui o elemento em falta.

    Subestação de subtransmissão, de distribuição e

    estações transformadoras

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    37/118

    37

    37 

    Embora a função essencial seja transferir energia através da conexão de

    redes elétricas de tensões diferentes, as subestações de subtransmissão,

    distribuição e estações transformadoras, diferem substancialmente pelo porte e

    complexidades presentes em cada uma.

     As SE’s de subtransmissão são responsáveis pela transmissão de blocos de

    carga da ordem de 100 MVA, operando na tensão superior com tensões de 138 kV,

    230 kV ou 500 kV e na tensão inferior com tensões de 34.5 kV,69 kV ou 138 kV .

    Delas emergem várias linhas de subtransmissão, que geralmente operando em anel

    aberto, atendem as SE’s de distribuição. 

    Pelo grau de confiabilidade que tais unidades devem oferecer, é freqüente

    adotar-se critérios de projeto que permitam a continuidade de serviço durantesituações onde alguns tipos de equipamentos (inclusive transformadores) se

    encontram defeituosos, e arranjos elaborados que permitam facilidades na

    operação. Assim a capacidade transformadora de tais SE’s é usualmente

    dimensionada de tal forma que a saída de operação de um dos transformadores, por

    razoes de manutenção preventiva ou mesmo falha, não implique em perda de carga,

    exigindo apenas um redespacho da carga através das unidades restantes que

    poderão operar inclusive com níveis de sobre carga toleráveis.

    Por outro lado as subestações de distribuição apresentam arranjos mais

    simples e capacidades de transformação de menor vulto que as de subtransmissão.

    Também os níveis de tensão envolvidos são menores, sendo freqüentes 138 kV, 69

    kV e 34,5 kV na tensão superior AT e 13,8 kV na tensão inferior. Estas SE’s são

    responsáveis pelo suprimento da rede primaria que se espalha por todos centros

    consumidores. Embora uma SE de distribuição típica tenha duas ou três unidades

    transformadoras de 15 a 30 MVA, existem SE’s que atendem a pequenas

    localidades com um transformador de 2,5 a 7,5 MVA. Devido à pequena área de

    influência dessas SE’s e aos freqüentes recursos de transferência de blocos de

    carga, em tensão primaria, entre SE’s de distribuição adjancentes, os critérios de

    continuidade de serviço são mais brandos, tolerando-se SE’s com barramento

    simples, seccionado e classificando-se como de grande mérito um arranjo de barra

    simples e transferência. Não obstante sempre que possível, persegue-se o mesmo

    critério de operação, em condição de contingência mencionado acima, onde não sedeve perder carga quando um transformador se encontra fora de serviço. Neste

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    38/118

    38

    38 

    caso isto pode ser conseguido com a redistribuição de cargas nos transformadores

    restantes e remanejamento na rede primária.

    Finalmente, as estações transformadoras (ET) constituem o ultimo estágio de

    transformação de tensão da energia elétrica, antes de entregá-lo ao consumidor de

    BT, que é a classe mais numerosa, representando, geralmente, a maior parcela do

    consumo. Tais estações são montadas em postes, ou câmara subterrâneas

    conforme a rede seja aérea ou subterrânea. Existem caso onde as ET’s são

    abrigadas em compartimentos especiais de edifícios ou mesmo em construções

    especialmente destinadas a esse fim, constituídas de cabinas de alvenaria

    localizadas em jardins ou demais logradouros públicos.

     As ET’s transformam a tensão primár ia, em geral 13,8 kV, em baixa tensão220V/127V ou 380/220V conforme a região ,suprindo a rede secundária no

    atendimento aos consumidores. Em geral seu arranjo é bastante simples:

    Na rede aérea é composta por chve seccionadora com fusíveis que conecta o

    transformador à rede primária, e este por sua vez se liga a rede secundária.

    Na rede subterrânea, seccionadores (com ou sem fusíveis) conectam o

    transformador à rede primária; o qual se liga

    à secundária diretamente ou por chaves protetoras em redes em malha, a

    simplicidade é compatível com o nível de carga que distribuem: 10 a 100 kVA na

    rede aérea e algumas centenas de kVAs na network subterrânea, porém neste

    ultimo uso admite-se contingência de transformador.

    De modo geral uma ET de rede aérea é composta por um único

    transformador monofásico ou trifásico conforme seja a conveniência do sistema e da

    carga..

     A Norma NTD-02 da CELPA apresenta os detalhes construtivos das estações

    consumidoras ( Estações transformadoras) ,que os profissionais devem seguir

    quando na elaboração dos seus projetos ou trabalhos relativos ao assunto.

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    39/118

    39

    39 

    2.2.2-Redes de SubtransmissãoO transporte de energia entre SE’s de substransmissão/distribuição é

    realizado por redes de subtransmissão, constituídas geralmente por circuitos aéreos,

    operando sob tensão de 34,5 kV, 69 kV ou 138kV, percorrendo distancias de

    dezenas de quilômetros.

    Restrições presentes em grandes centros urbanos exigem, por vezes, a

    adoção de circuitos subterrâneos de subtransmissão.

     A topologia dos circuitos é radial ou em anel, porém a operação se faz

    predominantemente em esquema radial, justificado pela facilidade do despacho , da

    proteção .

     Assim, as áreas que apresentam redes em anel, geralmente integradas por

    cargas de maior importância, operam em anel aberto, contando, portanto com outras

    opções de atendimento em situações de contingência.

    Os cabos são dispostos em torres metálicas ou de concreto, quase sempre do

    tipo ACSR formando circuito duplo. A escolha da bitola a ser utilizada obedece a

    critérios econômicos e deve respeitar a critérios pré-estabelecidos de corrente e

    tensão.

    O projeto mecânico da linha define o espaçamento entre as torres de acordo

    com as condições climáticas vigentes, cabo escolhido, etc. a altura do condutor ao

    solo é especificada por norma e, é geralmente o elemento limitante do fluxo de

    potencia que a linha pode transmitir. Com efeito, o compromisso que o projeto

    estabelece, tem de um lado o número de torres que determina os tamanhos dos

    vãos e consequentemente o aumento de flexa com o aumento da carga e, de outro a

    capacidade transmissível das linhas que respeitados os critérios de tensão e

    corrente máxima admissível pelo cabo, fica dependendo apenas da folga que a flexa

    apresenta, diminuindo a distancia condutor solo.

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    40/118

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    41/118

    41

    41 

    8 10

    Redes aéreas e subterrâneas

      Radial

      Radial com socorro

    É o tipo mais simples de rede radial. Que evolui em forma de arvore, cujo

    tronco é chamado alimentador principal ou tronco e aos demais “ramos”, de ramais

    ou laterais.

    Evidentemente a confiabilidade desse arranjo é baixa, pois apesar de haver

    seccionadores com fusíveis nas derivações dos ramais, um defeito na rede por tirar

    todo o alimentador de serviço, e se tal falha for de caráter permanente o suprimento

    de toda rede a jusante à primeira seccionadora imediatamente a montante do

    defeito, será interrompido.

    Radial com Socorro ou Recurso

    Para minimizar os inconvenientes dos alimentadores radiai, usa-se o

    esquema acima, pois ao terem áreas de suprimento interrompidas, que dependendodo defeito serão bem pequenas.

    NF1

    NF

    NF2 NF3

    NF

    NF

    NF

    NA

    NA

    NANA

    AL1 

    AL2 

    7

    5

    9

    6

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    42/118

    42

    42 

     Alimentadores de uso exclusivo em sistemas

    subterrâneos.

    1) primário em anel.

    O sistema primário em anel é apresentado na figura acima, este tipo de

    sistema encerra o compromisso entre o elevado custo (disjuntores e proteção) e a

    alta confiabilidade ele só é praticamente utilizado em áreas de cidades que

    apresentam elevada densidade de carga.

    2-Primário seletivo

    NFNANANF

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    43/118

    43

    43 

    12

    O primário seletivo caracteriza-se por oferecer uma opção de atendimento à carga ,

    quando falha um dos alimentadores, pois o alimentador sã, assume a carga.

    3-Spot – network 

    É o tipo de sistema que apresenta o maior grande confiabilidade e de custo mais

    elevado, contam ainda com dois alimentadores que são fechados em paralelo pelo

    secundário dos transformadores.

     A rede de distribuição urbana é constituída pelas linhas de distribuiçãoprimária e secundária e se inicia nas subestações abaixadoras, onde a

    tensão da linha de subtransmissão é abaixada para valorespadronizados da rede primária (13,8kV; 34,5kV) 

    A

    B

    5 6

    K

    Network protector (protetor de redes

    Quando ocorre uma falha no ponto K,

    teremos um desligamento de A, 6, 1 e 3.

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    44/118

    44

    44 

     As linhas de distribuição primária alimentam diretamente as indústrias eos prédios de grande porte (comerciais, institucionais e residenciais),que possuem subestação abaixadora própria e as subestações queabastecem a rede secundaria publica.. As figuras abaixo representam

    o sistema básico de distribuição aérea.

    http://pessoal.portoweb.com.br/projetoseletricos/servicos.htmlhttp://www.google.com.br/imgres?q=redes+de+distribui%C3%A7%C3%A3o&start=498&sa=X&hl=pt-BR&rlz=2R2PRFD_ptBR0537______&biw=1366&bih=533&tbm=isch&tbnid=4w5ytgXjCquf8M:&imgrefurl=http://www.agenciaamapa.com.br/fotos/4737/&docid=K_V82jYaFON01M&imgurl=http://www.agenciaamapa.com.br/midias/2013/600px/4737_img_0216.jpg&w=600&h=900&ei=F_igUcGZMq6t4APSxoCQBg&zoom=1&ved=1t:3588,r:3,s:500,i:13&iact=rc&dur=545&page=32&tbnh=196&tbnw=121&ndsp=16&tx=62&ty=66

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    45/118

    45

    45 

    http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=redes+de+distribui%C3%A7%C3%A3o&source=images&cd=&cad=rja&docid=qhj81ODN7b1avM&tbnid=s9UVeDs6Bn6a6M:&ved=0CAUQjRw&url=http://eletrocenterengenharia.com.br/projetos_detalhes.php?id=31&ei=1fWgUcCzKYWM9ASbjIH4BA&bvm=bv.47008514,d.dmg&psig=AFQjCNHQPHwA1tNSeTX3hkV2JHBGaxXUiQ&ust=1369589473812556

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    46/118

    46

    46 

    Estrutura urbana com circuito primário,secundário e iluminação pública.

    2.2.4-Redes de distribuiçao secundária.

    Os consumidores em baixa tensão são atendidos por redes que podemser aéreas ou subterrâneas. No sistema CELPA o limite de atendimentoé de 75 KW de carga instalada ..As alimentações destes consumidores

    é feita por circuitos que passaremos a descrever a seguir: 

    CIRCUITOS MONOFÁSICOS, BIFÁSICOS E TRIFÁSICOS

      Circuitos monofásicos são aqueles que são alimentados porfase e neutro , por exemplo: circuitos para iluminação etomadas comuns.

      Circuitos bifásicos: são aqueles em que a alimentação é feita

    utilizando-se duas fases e neutro   Circuitos trifásicos: são aqueles que recebem como

    alimentação três fasese neutro. Apresentamos na figura abaixo varias

    EXPRESSÕES PARA CALCULO DE CORRENTE EM CIRCUITOS MONOFÁSICOS,BIFÁSICOS E TRIFÁSICOS

     As expressões gerais da potência aparente para os circuitosmonofásicos, bifásicos e trifásicos são dadas por:

      Circuitos monofásicos: S = Vf . I

      Circuitos bifásicos: S = V . I

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    47/118

    47

    47 

      Circuitos trifásicos: S = 3  V . I

      Onde;

    Vf Tensão entre fase e neutro( tensão de fase).

    V Tensão entrer fase e fase ( tensão de linha)

    S Potencia aparente do equipamento em VA ,sempre lembrandoque esta é a potencia aparente que o equipamento retira da rede.

    I Corrente de carga do equipamento.

    Lembrando que ; S = P / cós θ

    Onde ;P e a potencia ativa em Watt e cós θ é o fator de potencia da carga 

    Para o cálculo da corrente deve ser feito o estudo do fator de potencia para cadacarga.

    Uma boa aproximação é usar os seguintes:

    Circuito de iluminação usando apenas lâmpadas incandescente; cós θ =1

    Circuito de iluminação em geral; cós θ =0,92

    Circuito de ar condicionado; cós θ =0,85

    Circuito de chuveiro elétrico; cós θ =1

    -LIMITES PARA ALIMENTAÇÃO MONOFÁSICA, BIFÁSICA E TRIFÁSICADE CONSUMIDORES

     A alimentação de um consumidor é determinada de acordo com o tipode carga que o mesmo possui e pela sua carga total instalada , que é asoma de todas as potências nominais dos equipamentos (lâmpadas,motores), incluindo as tomadas e para ligações trifásicas pelo calculo da

    demanda. Os consumidores podem, então, ser classificados segundo oseguinte critério:

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    48/118

    48

    48 

      Consumidores monofásicos (F-N): carga total instalada de até10 kW.

      Consumidores bifásicos (F-F-N): carga total instalada de até15kW.

      Consumidores trifásicos (F-F-F-N): carga total instalada de até75kW.

    Consumidores com carga total instalada superior a 75kW

    devem ser alimentados pela rede de média tensão e possuir subestaçãoabaixadora própria.

    Quanto a configurações as redes podem ser:

    Radial aérea

    Radial subterrânea

    Rede secundaria reticulada

    Radial aérea;

    São as redes publicas que estamos acostumados a ver em nossas cidades.Odiagrama abaixo mostra uma rede secundaria aérea;

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    49/118

    49

    49 

    Radial subterrânea;

    São redes projetadas com cabos isolados protegidos por dutos e normalmente os

    transformadores estão em camaras subterrâneas.

     A figura abaixo mostra um sistema muito usado nos EUA, designado por undergroudresidential distribuition ( URD).

    URD.

    Trafo 1 Ø montados na superfície da terra

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    50/118

    50

    50 

    A figura abaixo mostra uma parte de rede sendo construída.

    Secundário Reticulado 

    1.

    http://www.google.com.br/imgres?q=redes+de+distribui%C3%A7%C3%A3o&start=128&sa=X&hl=pt-BR&rlz=2R2PRFD_ptBR0537______&biw=1366&bih=533&tbm=isch&tbnid=C-YDRWt2Gw552M:&imgrefurl=http://www.copel.com/hpcopel/redesub/padroes_construtivos.html&docid=Rj_eMrB---rSmM&imgurl=http://www.copel.com/hpcopel/redesub/imagens/secoes/padroes02.jpg&w=370&h=246&ei=1fWgUZbGM4TB4AOvyIDICQ&zoom=1&ved=1t:3588,r:42,s:100,i:130&iact=rc&dur=570&page=9&tbnh=171&tbnw=251&ndsp=15&tx=139&ty=104

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    51/118

    51

    51 

     As redes secundarias subterrâneas em malhas (network) são constituída por

    um reticulado de cabos atendidos por varias câmaras transformadoras cujos

    secundários se conectam através de chaves protetoras.

    UNIDADE 3 : PLANEJAMENTO DE SISTEMAS DE

    DISTRIBUIÇÃO-FLUXO DE POTÊNCIA

    Para estudarmos as características operacionais de um sistema ,tais comocorrente ,tensões e potencia em cada parte temos que fazer a representação

    adequada do sistema.Com isso lembraremos alguns modelos que representam

    partes importantes do sistema:

    CIRCUITOS EQUIVALENTES PARA LINHAS

    Representação das linhas

    Considerações:

      As cargas que elas alimentam são equilibradas.

      Mesmo não apresentando espaçamento eqüilateral ou que não estejam

    transpostas, a assimetria é pequena e as fases são consideradas em

    equilíbrio.

    a)Linha de transmissão curta.

    1. Características:1.1 Susceptância capacitiva total é tão pequena que pode ser omitida.

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    52/118

    52

    52 

    1.2 São linhas aéreas de 60hz com menos de 80km de extensão (valor

    apenas para se ter uma idéia do comprimento, pois o que realmente

    caracteriza a linha curta é a característica n° 1)

    2. Circuito equivalente

     As linhas e redes de distribuição são consideradas bem representadas por estemodelo.

    a) Linhas de comprimento médio  O comprimento l está em geral no intervalo ; 80 ≤ ℓ ≤ 240 km   Admitancia em paralelo, geralmente capacitiva pura é incluída.

    Temos duas representações:

    1. Representação T nominal.: quando toda a admitancia Y da linha é

    considerada concentrada no meio da linha.

    ZL=(r + jx). ℓ  IcIs

    Fonte Vs CargaVc

    Vs

    Vc

    ZIs

    ZL/z Is IcZL/z 

    Vs Vc

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    53/118

    53

    53 

    2. Representação nominal: é o circuito de uso mais frequente para se

    representar linhas médias, e consiste em concentrarmos metade da

    admitancia paralela, na extremidade da carga e a outra metade na

    extremidade do ponto gerador.

    Circuito equivalente nominal:

     As equações de tensão e corrente para o circuito são:

    Os circuitos T e não representam, rigorosamente a linha real, razão porque

    em caso de dúvida sobre o comprimento da linha, deve-se usar o circuito

    equivalente de linhas longas que é o exato. Os circuitos T e não são equivalentes

    entre si, como pode ser verificado pela aplicação em ambos das equações de

    transformação Y- Δ. Eles se aproximam mais entre si e ao circuito equivalente da

    linha, quando esta é dividida em duas partes ou mais, cada qual, representada por

    seu circuito nominal T ou , porém, nesse caso, o trabalho torna-se maior, devidoaos cálculos numéricos envolvidos.

    ZL IS  IR

    VRVSs  Y/2Y/2

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    54/118

    54

    54 

    Y’/2 

    b) Linhas longas

      O comprimento l geral é maior ou igual a 240 km

      Os parâmetros da linha não estão concentrados e sim uniformemente

    distribuído ao longo da linha.Circuito π equivalente:

    Para uma posição x da rede, com origem na carga as equações para V e I

    são:

    .

    Z’ IS  IR  

    x

    VS  VR  Y’/2 

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    55/118

    55

    55 

    Circuito Equivalente para Transformadores.

    Em estudos de sistemas em regime permanente, despreza-se a corrente a

    vazio dos transformadores uma vez que quando o mesmo já está energizado Io

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    56/118

    56

    56 

    ℓ S

    Vsf  I

    C

    S

    Vcf  

      Tensão nominal  –  é o valor atribuido à tensão de um circuito ou sistema,

    dentro de uma determinada classe de tensão com o propósito de designá-lo

    convenientemente.

      Queda de tensão – é a diferença entre os valores eficazes máximo e mínimo

    ao longo da linha.  Queda de tensão percentual – é o valor da queda de tensão da linha expressa

    como uma porcentagem da tensão nominal.

     ΔV% =( (VM – Vm) / VN ) x 100

    Onde:

    VN= Tensão Nominal 

    VM = Tensão Máxima

    Vm = Tensão Mínima

     Alimentador radial com carga concentrada naextremidade.

    .L é o comprimento do alimentador

    S = P+j Q é a carga na extremidade

    Z = r + j x Ω  /km → impedancia especifica da linha

    Vsf  = Tensão na fonte entre fase e neutro

    Vcf  = tensa na carga entre fase e neutro

    CÁLCULO DA QUEDA DE TENSÃO:

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    57/118

    57

    57 

    I

    ϴ 

    Vcf  

    r LI

    x LI

    Vsf  

    Vsf = Vcf + I . L. ( r + j x )l

    Lembrar que dentro da raiz o termo é (Pr + Qx) / 3 Vnf e não é (Pr + Qa) / 3 Vnf

    Como no limite temos que a queda máxima de tensão é 5% temos:

    Vsf   – Vcf  = 0,05 Vnf  pode-se conclui que o termo .((Px – Qr ) . l/ 3 Vnf) ² édesprezível,

    Com isso:

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    58/118

    58

    58 

    Como:

    P = S cos Ø e Q = S sen Ø

    Designando-se K como queda de tensão especifica temos

     ΔV % = K S L onde K = 100 . ( r cos Ø + x sen Ø ) / Vnom²

    Com r e x em ohms / km S em MVA , Vnom em kV eL em km. 

     A constante K é tabelada para diversos fatores de potencia e condutores e

    tensão nominal.

     A queda de tesão recomendada para os alimentadores é 5%.

    Ou seja ΔV % = 5%.

    CÁLCULO DA CORRENTE;

     A corrente no alimentador é calculada pela expressão dos circuitos trifásicos; 

    Expressão geral da queda de

    tensão de alimentadores

    radiais com carga

    concentrada. 

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    59/118

    59

    59 

    I= S / 3  Vnom

    Com o valor da corrente calculada se escolhe a bitola do cabo que

    tenha capacidade de corrente igual ou maior que a corrente de carga.

    Perdas no alimentador:

     A perda de demanda P e de energia E no alimentador são

    dadas por:

    P = 3R I (t)2

    Como o faturamento é pela demanda máxima teremos:

    P = 3R Imax 2

    E = pm x T

    E = f p x Perda máxima x T

    E = fp x 3R Imax2 x T

    Onde ;

    T é o período de tempo de estudo.Se T for um ano serão consideradas8760 horas.

    No calculo do custo das perdas é usual em estudos de distribuição desprezar-se a ´perda reativa com isso:

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    60/118

    60

    60 

    P’4 + jQ’4  P’3 + jQ’3  P’2 + jQ’2  P’1 + jQ’1 

    (2)(3)(4)(5)

    Cper = Custo da perda de energia + Custo da perda de demanda

    Para o perfeito dimensionamento do alimentador deve ser atendido os trêscritérios ;

    Queda de tensão dentro do recomendado

    Corrente de carga em compatibilidade com a capacidade do cabo

    Menor custo das perdas do cabo dentro do horizonte de planejamento.

     ALIMENTADOR RADIAL COM CARGAS CONCENTRADAS AO LONGO DOTRECHO;

    Cargas trifásicas equilibradas e constantes no tempo.

     A queda de tensão nº ramo i+1, i que liga os nos i+1 a i será:

     ΔVi+1,i = 100 . ( P’i ri + Q’i xi ) . li / V²nom

     A queda de tensão total ΔV1% do nó n ao nó 1 será:

    No caso particular que a bitola do condutor seja constante, tem-se:

    P’6 + jQ’6 

    P6 + jQ 6  P5 + jQ 5  P4 + jQ 4  P3 + jQ 3  P2 + jQ 2  P1 + jQ 1 

    P’5 + jQ’5 

    ℓ6 ℓ5  ℓ4  ℓ3  ℓ2  ℓ1  (1)(6)

    iP’i + jQi’ I +1

    ℓi 

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    61/118

    61

    61 

    r 1 = r 2 = ...r i = .... rn = r

    x1 = x2 = ....xi = ... xn = x

    e com isso:

    Cálculo da Corrente:

    Ic= S’n-1 / 3  Vnom

    Ic= ( P’²n-1 + Q’²n-1 ) ½ / 3  Vnom

    Pois a maior corrente que circula no alimentador é a do trecho n, n – 1.

    IC < I admissível do caso.

    Calculo de perda no alimentador

    Em um trecho genérico i + 1 , i temos;

    ii+1

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    62/118

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    63/118

    63

    63 

    ℓ 

    ℓ 

    2- È substituido por um alimentador com carga concentrada na sua extremidade com

    a valor da carga reduzido 1/   3  do para efeito de calculo das perdas .

    Logo o modelo equivalente p/ efeito de perdas será

    Tabela para cálculo de queda de tensão em rede primária trifásica.

     A planilha abaixo é muito utilizada o para cálculo de queda de tensão.

    TRECHO  CARGA  CONDUTORES  CONSTANTEK  

    QUEDA DETENSÃO 

    Designação Comprimento Distribuída Acumuladano fim do

    trecho

    TotalC/2+D

     Notrecho

    Total

    A  B C D E F G (BxExK)

    H

    z h

    I

    KM MVA MVA MVA AWG,M CM % %

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    64/118

    64

    64 

    Cálculo de queda de tensão em redes secundarias.

     ΔV % = k S L 

    COM k em % V / kVA. hm

    È usada a mesma planilha acima porém as distancias são medidas em hm e ascargas medidas em kVA.

    EXEMPLO:’ 

     Aplicação: faça o calculo da queda de tensão para a rede secundaria mostrada na

    figura abaixo:

    TRECHO

    CONDUTORES

    QUEDA DE TENSÃO

    Designação Comprimento Dist.

     AC.

    Fim do

    trecho

    Total

    (c/2+D)*B

    Cont.

    k

    No

    trecho

    eng

    Total

    0,8

    1,4

    1,2

    1,8

    1,4

    Ta

    2,4

    2,41,80,2

    d c b

    g

    f

    e

    .... - 1# 4 CA (4)

    ---- 2 # 4 CA (4)

     ___ 3# 4 (4)

    Cargas em KVA FATOR DE POT. = 0,80

    TENSÃO 220 v

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    65/118

    65

    65 

     A B C D E F G H I

    100 m KVA KVA KVAX100 N° AW (TON M % % %

    T-a 0,30 - 13,4 4,02 3 # 4 (4) 0,31 1,25 1,25

    a-b 0,80 2,4 4,4 4,49 3 # 4 (4) 0,31 1,39 2,64

    b-c 0,30 - 2 0,6 2 # 4 (4) 0,95 0,57 3,21

    c-d 0,30 - 0,2 0,06 2 # 4 (4) 0,95 0,057 3,27

    a-e 0,90 1,8 3,4 3,87 3 # 4 (4) 0,31 1,19 2,44

    e-f 0,30 - 2,2 0,66 1 # 4 (4) 1,9 1,25 3,69

    - 0,40 - 0,8 0,32 1 # 4 (4) 1,9 0,61 4,30

    TABELAS E DADOS DE CABOS USADOS EM REDESELETRICAS;

    1- CABOS USADOS EM REDES AÉREAS NUAS

    TABELA 1

    CONDUTORES DE COBRE

    SEÇÃO DO

    CONDUTOR

    RESISTÊNCIA

    (50°C)

    OHMS/KM

    r

    REATÂNCIA (ohms/km)

    x

    BAIXA-

    TENSÃO

    ALTA-TENSÃO

    Até 7,5 KV Até 15 KVAWG mm2 50

    ciclos

    60

    ciclos

    50

    ciclos

    60ciclos 

    50ciclos 

    60ciclos 

    6 (F) 13,30 1,50 0,33 0,40 0,38 0,46 0,42 0,50

    4 (7) 21,15 0,96 0,31 0,37 0,37 0,44 0,40 0,48

    2 (7) 33,63 0,60 0,30 0,36 0,36 0,43 0,38 0,46

    1/0 (7) 53,46 0,38 0,28 0,34 0,34 0,41 0,37 0,44

    2/0 (7) 67,43 0,30 0,27 0,33 0,33 0,40 0,36 0,433/0 (7) 85,03 0,24 0,26 0,32 0,32 0,39 0,35 0,42

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    66/118

    66

    66 

    4/0

    (19)

    107,20 0,19 0,26 0,31 0,32 0,38 0,34 0,41

    250

    (19)

    126,67 0,16 0,25 0,30 0,31 0,37 0,33 0,40

    500

    (19)

    253,35 0,08 0,23 0,28 0,29 0,35 0,32 0,38

    FONTE: Catálogo n° 5 –  Pirelli –  “fios e cabos de cobre nu”

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    67/118

    67

    67 

    TABELA 2

    CONDUTORES DE ALUMÍNIO COM ALMA DE AÇO (ACSR) –  USADO NAS

    LINHAS PRIMÁRIAS

    SEÇÃO DO

    CONDUTOR

    CORRENTES

    MÁXIMAS

    ADMISSÍVEIS

    (EMERGÊNCIA)

    (A) (X)

    RESISTÊNCIA

    (50° C)

    Ohms/Km

    r

    REATÂNCIA (ohms/km)

    x

    CORRENTES

    MÁXIMAS

    ADMISSÍVEIS

    (NORMAIS)

    (A) (XX)

    AWG

    ou

    MCM

    Equi

    Formação

    (AL X

    AÇO)

    ATÉ 7,5 KV ATÉ 15 KV

    50

    ciclos

    60

    ciclos

    50

    ciclos

    60

    ciclos

    Z

    em60

    ciclos

    4 6 X 1 140 1,39 0,38 0,46 0,41 0,49 1,

    4738

    110

    2 6 X 1  180 0,88 0,36 0,43 0,39 0,47 0,

    998

    145

    1/0 6 X 1  235 0,55 0,35 0,42 0,38 0,46 0,

    767

    195

    2/0 6 X 1  270 0,44 0,34 0,41 0,37 0,44 0,

    6222

    220

    3/0 6 X 1  310 0,35 0,34 0,41 0,36 0,43 0,5544

    255

    4/0 6 X 1  350 0,27 0,33 0,40 0,36 0,43 0,

    5077

    285

    266,8 26 X 1 450 0,22 0,30 0,36 0,33 0,40 0,

    4565

    360

    366,4 26 X 1 525 0,17 0,29 0,35 0,32 0,38 0,

    4163

    420

    Fonte: Eletrical Characteristics of ACSR –  Alcoa

    (X) –  ambiente: 40° C –  Elevação: 50/ C sobre o ambiente –  emergência(Xx) –  jornal + ambiente 40° C –  elevação: 30/ C sobre o ambiente 

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    68/118

    68

    68 

    TABELA 3

    CONDUTORES DE ALUMÍNIO PURO (A.A)

    USADO NAS LINHAS SECUNDARIAS (B.T)SEÇÃO DO

    CONDUTOR CORRENTES

    MÁXIMAS

    ADMISSÍVEIS

    (A) (X)

    RESISTÊNCIA

    (70° C)

    (OHMS/KM)

    r

    REATÂNCIA (ohms/km)

    x

    AWG

    ou

    MCM

    Equip.

    Formação

    (n° de fios)

    50

    ciclos

    60

    ciclos

    Z (60)

    4 7 105 1,64 0,32 0,38 1,682 7  140 1,02 0,30 0,36 1,08

    1/0 7  190 0,65 0,28 0,34 0,73

    2/0 7  220 0,53 0,27 0,33 0,62

    3/0 7 255 0,39 0,27 0,32 0,50

    4/0 19 300 0,33 0,26 0,31 0,45

    266,8 19 345 0,26 0,25 0,30

    336,4 19 405 0,20 0,24 0,29Fonte: Kayser Aluminum Bus Conductor Technical Manual.(X) ambiente: 40/ C –  elevação: 30/ C sobre o ambiente

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    69/118

    69

    69 

    CONDUTORES DE COBRE

    EXTRAÍDA DA TABELA 6 (CAT. N° 5 DA PIRELLI, PAG. 17)

    CORRENTES ADMISSÍVEIS PARA DIFERENTES ELEVAÇÕES DE

    TEMPERATURA NO CONDUTOR

    CONDUTOR

    CORRENTE EM ÁMPERES

    AUMENTO DE TEMPERATURA NO

    CONDUTOR

    Número Seção

    mm2 

    Número de

    fios

    10° C 20° C 30° C 40° C 50° C

    6 13,30 1 57 80 97 110 121

    4 21,15 7 78 109 133 152 167

    2 33,63 7  106 147 179 205 226

    1/0 53,46 7  143 199 242 275 305

    2/0 67,43 7  166 230 281 320 354

    3/0 85,03 7  192 267 326 370 412

    4/0 107,20 19 223 310 378 430 479

    250 126,67 19 245 347 423 482 534

    500 253,35 19 388 540 659 750 834

     NOTAS: 1) Os valores acima foram calculados para condutores com a superfície externa oxidada, estendidos aoar livre e expostos a um vento transversal com a velocidade de cerca de 2 km/hora.2) O aumento de temperatura refere-se à elevação da temperatura do condutor acima do ambiente.3) Temperatura máxima admissível no condutor: 80° C

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    70/118

    70

    70 

    2-  CABOS USADOS EM REDES AÉREAS

    ISOLADAS

    REDES PRIMARIAS ISOLADAS( SPACER)

    CABO (mm2) CAPACIDADE DE CORRENTE( A) K ( ΔV%/ MVA.KM)

    35 172 0,54

    50 217 0,39

    95 310 0,25

    150 415 0,19

    CABO (mm2) r   Ω/km  x Ω/km

    35 1,0561 0,322050 0,7394 0,3048

    95 0,3894 0,2786

    150 0,2469 0,2610

    REDES SECUNDARIAS ISOLADAS( multiplex)

    CABO (mm2) CAPACIDADE DE CORRENTE( A) K ( ΔV%/ KVA.hm)

    3x 35+35 100 0,223

    3x 70+70 157 0,119

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    71/118

    71

    71 

    ℓ 

    Vsf  I

    C

    S

    Vcf  

    3x120 +70 229 0,073

    CABO (mm2) r Ω/km  x Ω/km 

    3x 35+35 1,113 0,117

    3x 70+70 0,568 0,109

    3x120 +70 0,324 0,103

    EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO:

    1 - Dimensione o alimentador trifásico de uma localidade situada a 8 km dasubestação de distribuição ,sabendo que a demanda máxima a ser atendida

     já com reserva técnica é de 2MVA ,com fator de potencia de 85% e a tensãonominal na localidade é de 13.8kV.É admitida uma queda máxima detensão de 5%.Faça o calculo para rede com cabo de alumínio ACSR e

    também para rede isolada tipo SPACER.procure fazer uma pesquisa depreços para as quantidades de cabos usadas. 

    RESOLUÇÃO:

    S = 2 MVA

    cosØ = 0,85

    Vn = 13.8 kV

     ΔVmax%= 5%

    Cálculo da corrente:

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    72/118

    72

    72 

    Ic = 2000 / 3  . 13.8

    Ic = 83,67A

    Cálculos para rede com cabo ACSR:

    Pela tabela 2de cabos Acsr teremos que a menor bitola compatível

    é 4 AWG com Iad = 110 A

    Cálculo da queda cde Tensão;

     ΔV % = K S L onde K = 100 . ( r cos Ø + x sen Ø ) / Vnom²

    Com r e x em ohms / km S em MVA , Vnom em kV eL em km. 

    cosØ = 0,85 senØ = 0,53K = 100 . ( r cos Ø + x sen Ø ) / Vnom²

    K = 100 . ( r . 0,85 + x . 0,53 ) / 13.8 ²

    K = 0,5251 . ( r . 0,85 + x . 0,53 )

    Para o cabo 4 AWG : r = 1,39 ohms / km e x = 0,49 ohms / km

    Com isso K = 0,5251 . ( 1.39 . 0,85 + 0,49 . 0,53 )

    K = 0,7568 %V / MVA.kM

    Logo . ΔV % = 0,7569 . 2 . 8

     ΔV % = 12,12%

    Portanto o # 4 tem queda de tensão muita acima do permitido.

     A perda será:

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    73/118

    73

    73 

    De demanda; com Pp em kW

    Pp = 3R Imax2 /1000 

    Pp = 3 r L Imax2 /1000 

    De energia:

    Ep = pm . T

    Ep = f p x Perda máxima . T

    E p= fp . 3R Imax2 . T

    Onde ;

    T é o período de tempo de estudo.Se T for um ano serão consideradas8760 horas.

    Ep = 3 r L Imax

    2 . x fp . 8760 kWh

    Considerando-se Cen o custo da energia em R$ / kWh e Cdem o custo da demanda

    em R$ /kW/ano temos que o custo das perdas será;

    Cper= Cen . Ep + Cdem .Pp.

    Portanto verificamos que devemos obter o fator de perdas para o sistema ou uma

    estatística de sistema semelhante.

    De posse do fator de perdas e os valores dos custos de demanda e de energia e osdados de cada cabo é fácil se obter o custo anual das perdas.

    Repetindo-se os cálculos das quedas de tensão encontramos:

    Cabo #2;

     ΔV % = 8,38% 

    Cabo # 1/ 0;

     ΔV % = 5,98% 

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    74/118

    74

    74 

    Cabo # 2/0

     ΔV % = 5,1% 

    Cabo # 3/0;

     ΔV % = 4,41% 

    Portanto sem considerar o custo das perdas e utilizando só os critérios da correntee queda de tensão chega-se que a bitola pode ser 2/0 AWG ou 3/0 AWG.

    Cálculos para rede com cabo SPACER:

    S = 2 MVA

    cosØ = 0,85

    Vn = 13.8 kV

     ΔVmax%= 5%

    Cálculo da corrente:

    Ic = 2000 / 3  . 13.8

    Ic = 83,67A

    L =8km

    Começando-se pelo cabo 35mm2;

    Iad = 172 A K = 0,54

     ΔV= 0,54 x 2 x 8 = 8,64 %

    Portanto este cabo não serve

    Cabo 50mm2

    Iad = 217 A K = 0,39

     ΔV= 0,39 x 2 x 8 = 6,24 %

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    75/118

    75

    75 

    Portanto este cabo não serve

    Cabo 95 mm2

    Iad = 310 A K = 0,25

     ΔV= 0,25 x 2 x 8 = 4 %

    Portanto este cabo serve

    Logo a bitola da rede primaria com cabo isolado será 95 mm2.

    Com a resistência por fase deste cabo 0,3894 (OHMS/KM determinamos as perdas de demanda e de energia.

     A perda será:

    De demanda; com Pp em kW

    Pp = 3R Imax2 /1000 

    Pp = 3 r L Imax2 /1000 

    De energia:

    Ep = pm . T

    Ep = f p x Perda máxima . T

    E p= fp . 3R Imax2 . T

    Onde ;

    T é o período de tempo de estudo.Se T for um ano serão consideradas8760 horas.

    Ep = 3 r L Imax2 . x fp . 8760 kWh

    Considerando-se Cen o custo da energia em R$ / kWh e Cdem o custo da demandaem R$ /kW/ano temos que o custo das perdas será;

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    76/118

    76

    76 

    Cper= Cen . Ep + Cdem .Pp.

    Portanto verificamos que devemos obter o fator de perdas para o sistema ou uma

    estatística de sistema semelhante.

    De posse do fator de perdas e os valores dos custos de demanda e de energia e osdados de cada cabo é fácil se obter o custo anual das perdas.

    2-Dado o sistema abaixo: 

    1 L

    L =0,5 km

    Definição de :em MVA

    2

    Vn = 13.8 kV# 1/0 AWG3 Ø r = 0,3 Ω/km x = 0,4 Ω/km

    Custo de energia = Cr$9085,00/MWh

    Custo da demanda = Cr$2525,00/kW/mes

    0,5

    1

    1,2

    1,6

    2

    6 12 14 18 22 24

    Horas

    24186 12

    0,9

    0,95

    1,0

    fat. de pot.

    Horas

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    77/118

    77

    77 

    Calcular:

    a) Fator de carga da potência ativa 

    b) Fator de perdas c) Energia perdida em um ano

    d) Queda de tensão máxima. 

    e) Custo anual das perdas

    f) Considerando que a medição está situada no ponto 1, qual o valor a ser pago

    mensalmente pelo consumidor. 

    Dmed= E / 24

    E= 0,5 6 1 + 1,2 6 0,9 +1 2 0,95 +4 0,95 +2 1,6 1 + 0,5 2 1

    E= 23,18 MWh

    Dmed= 23,18 / 24

    Dmed= 0,9658 MW

    Dmax= 2 x 0,95

    Dmax= 1,90 MW

    Fc = 0,9658 / 1,90

    Fc=0,51

    Calculo da perda máxima:

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    78/118

    78

    78 

    Calculo da perda média:

    Energia perdida em um período

    Calculo da corrente em cada período

    I =S / Vnx   3Vn  I x I² I ²

    0-6 500/13,8x1,732 21A  2646

    6-12 50A  15000

    12-14 42A  3528

    14-18 84A  28224

    18-22 67A 17956

    22-24 21A 882

    Energia perdida total será = 3 . 0,3 . 0,5 . 68236

    Cálculo da perda média:

    Cálculo do fator de perdas:

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    79/118

    79

    79 

    Cálculo da energia perdida em um ano:

    Ou

    Cálculo da queda de tensão máxima:

    e) cálculo do custo anual das perdas:

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    80/118

    80

    80 

    Energia a ser faturada = energia de carga + energia de perda no mês.

    E

    Fazendo-se fc = 0,51 e Dmax = 2000 x 0,95

    E = 697680 +921,18

    E = 698,601 kWh

    Fat = 1903,175 x 2025 + 698,601 x 9085 

    Fat = Cr$ 10.200.719,46

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    81/118

    81

    81 

    ℓ S

    Vsf  I

    C

    S

    Vcf  

    UNIDADE 4 : CAPACITORES EM SISTEMAS DE

    DISTRIBUIÇÃO

    Considerações gerais:

    Os capacitores são aplicados nos sistemas elétricos de duas formas; ligados

    em série, que denominamos compensação série e ligado em paralelo, denominada

    compensação Shunt. Em ambas as aplicações os objetivos são; melhora do nível de

    tensão, redução das perdas e folga da capacidade do sistema( Corrente e pote

    ncia).

    Compensação série:

    Neste caso a sua principal importância é reduzir a impedância total do

    circuito, com isso é reduzida a queda de tensão e consequentemente melhorado o

    nível de tensão na carga. O grande inconveniente da utilização dos capacitores em

    série é a elevada corrente de curto circuito em conseqüência da redução da

    impedância do trafego fonte- carga. Esta elevada corrente provoca também o

    aparecimento de sobretensões indesejáveis no sistema. Portanto os sistemas

    devem ser dotados de equipamentos de elevada capacidade de ruptura e NBI

    compatível com as sobretensões. Com isso sobem os custos da instalação.

    Sabemos que um alimentador possui uma impedância dada por:

    Z =( r + j x) L

    r e x em Ω  /km

    L é o comprimento do alimentador em km

    S = P+j Q é a carga na extremidade

    Vsf  = Tensão na fonte entre fase e neutro

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    82/118

    82

    82 

    Vcf  = tensa na carga entre fase e neutro

    TENSÃO NA CARGA ANTES DA INSTALAÇÃO DO CAPACITORSERIE NO ALIMENTADOR:

    Vcf = Vsf - I . L. ( r + j x )

    Muitas vezes a tensão na carga se apresenta com um valor bastantebaixo devido a elevada queda de tensão ,caso que ocorre comfrequência nas cargas rurais devido a grande distancia das mesmaspara a subestação. Uma das soluções é reduzir a queda de tensãoreduzindo impedancia do trajeto fonte carga, uma das formas é colocarcapacitores em serie no alimentador,ação que chamamos decompensação serie.

    TENSÃO NA CARGA COM A INSTALAÇÃO DO CAPACITOR SERIENO ALIMENTADOR:

    Vcf = Vsf - I { . L. ( r + j x )  – Zc}

    Onde Zc é a impedancia do capacitor desprezando-se a resistênciainterna dos mesmos:

    Zc = j Xc e Xc = 1 / 2 π f C 

    Onde C é o valor da capacitância em Farad.

    Com isso :

    Vcf = Vsf - I { L. r + j( Lx  –Xc)}

     A tensão na carga será aumentada até o limite máximo quando aparcela reativa seja nula, ou seja , quando L .x = Xc.Isto noschamamos de compensação plena.

     A compensação série não é muito utilizada nos sistemas distribuição por

    causa dos problemas de sobretensões que surgem quando ocorren

    faltas nos mesmos, como exemplo vamos analisar o seguinte problema:

     Alimentador: 3 km

     ACSR 4/0 AWG

    r = 0,27 Ω/km e x = 0,43 Ω/km

    Zℓ = 3 (0,27 + j 0,43) = 0,81 + j 1,29 Ω 

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    83/118

    83

    83 

    Se fizermos a compensação total( reatância do capacitor igual areatancia da linha), teremos que instalar um capacitor que tenha:

    Zc = - j 1,29Ω 

    E a impedância equivalente do alimentador agora será:

    Zt = Zl + Zc = 0,81 Ω 

    No momento de um curto circuito trifásico no fim da linha teremos:

    Icc = (13.8 /   3) /0,81

    Icc = 9,84 kA 00 

    Neste momento a tensão sobre o capacitor será :

    Vc= Icc x Zc

    Vc = 9,84 x 1,29

    Vc = 12,69 kV.

    Observamos que a tensão nominal do capacitor é 7968 V ,e o capacitor

    está suportando uma tensão de 12690 V na fase .Isto leva a

    necessidade que todos os componentes da rede embora sejam classe

    15 kV ,devam ser especificados para suportar tensões de classes mais

    elevadas com isso o custo da rede será mais elevado.

    Compensação em derivação( Shunt ou Paralela):

    Este tipo de conexão de capacitores contribui para a diminuição seja da

    queda de tensão, seja das perdas, pela redução da corrente que circula

    pelo alimentador, sem que se tenha problemas de sobretensões quando

    ocorrem curto-circuitos no sisterma. Define-se para a compensação

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    84/118

    84

    84 

    derivada, “flutuação de tensão pelo chaveamento de um banco” como

    sendo a variação da tensão, no ponto de conexão do banco, quando do

    chaveamento do mesmo, expressa em porcentagem, ou em por

    unidade, da tensão nominal do sistema.

    Flutuação da tensão:

    Sejam os circuitos abaixo:

    e = tensão de alimentação do sistema em pu.

    v' = tensão na carga com o banco de capacitores desligado

    v = tensão na carga com o banco de capacitores ligado.

    Zs =rs + j xs → impedância entre gerador e carga em pu.

    Z = r + jx → impedância da carga em pu.

    Z = -jxc = - → impedância do banco de capacitores em pu.

    y = g + jbjx → – admitancia da carga (pu)

    yc =  jx → admitancia do banco de capacitores em pu

    Teremos com o banco de capacitores ligado;

    RS xs

    R

    x

    +E

    -

    v

    Xc

     

    +E

    -

    RS RS

    R

    x

    Banco de capacitores ligados Banco de capacitores desligados

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    85/118

    85

    85 

    I = V . (y + yc)

    E com isso:

    e = v + I Zs = v [1 + Zs (y + yc)]

    Ou seja:

    v = e / [1 + Zs (y + yc)]

    Com o banco de capacitores desligado tem-se:

    v’ = e / (1 + Zs y )

    Temos que a flutuação de tensão, f é dado por

    f = v  –  v’

    f = e / [1 + Zs (y + yc)] 

     – 

    e / (1 + Zs y )O cálculo da flutuação com a equação acima é por demais laborioso,sendo oportuno desenvolver-se algumas considerações parasimplifircar-se os cálculos :

      O sistema operando sem carga (y = 0)  A tensão do gerador é a nominal (e = 1,0)  A resistência da linha é nula (Zs = jx )

    Logo a flutuação será:

    Como . Wc = qc  e também vnon = 1 pu

    wC = qc que é a potencia reativa do banco de capacitore.

     A potência de curto-circuito Sct do sistema é :

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    86/118

    86

    86 

    V1 

    +

    Se Sb é a potencia base do sistema em MVA ,teremos:

    E

    Sct = sct . Sb a potencia de curto circuito do sistema em MVA

    Qc = qc . Sb será a potencia reativa do banco em MVAR

    E a flutuação será:

    Normalmente é aceitável uma flutuação máxima é 5%.

    Com isso calcula-se a capacidade máxima em MVAR que podem

    ser injetadas no sistema.

    Diagramas Fasoriais

    Zload

    e

    IxsR

    e

    Ixs 

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    87/118

    87

    87 

    - θ 

    θ 

    Com R do sistema desprezível, sem o capacitor

    Iv1 

    IR

    Ixs 

    v1’ 

    e

    I

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    88/118

    88

    88 

    θ  Θ

     

    I’ 

    Diagrama completo com capacitor inserido

    Observe-se se houver compensação plena o ângulo Θ  se anula.

    Redução das perdas com a inclusão de capacitores :

    Caso antes do capacitor

    xsR I’  1

    Zload

    Ic

    CV1c

    I+

    -

    e

    IR xsI'

    IIL

    Ic

    e

    V1’ 

    RI’ 

    (IL –  IC)

    1

    SE

    Z = R + jX

    S

    1SE

    Z = R + jX

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    89/118

    89

    89 

    Onde;

    Se: subestação

    Z= impedância do alimentador que interliga o barramento da subestação

    ao barramento 1, da carga

    S.... carga ligada ao barramento 1

    S = P + j Q

    I= S / 3  V

    Como S = ( P² + Q ²) ½

    Temos:

    Com a instalação do capacitor, temos:

    S’ = S - Qc

    S’ = P + j Q – j Qc

    S’ = P +j (Q – Qc)

    S’ =

     A perda agora será;

    Perda = 3 r I’² 

    1

    SE

    Z = R + j X

    S

    QcS’ 

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    90/118

    90

    90 

     A redução da demanda perdida será:

    Que simplificando-se chega a ;

    Quando há compensação plena, temos:

     A energia perdida será calculada pelos mesmos procedimentos jádesenvolvidos nos itens anteriores.

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    91/118

    91

    91 

    ℓ 

    Vsf  I

    C

    S

    Vcf  

    EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO:

    1 - Um alimentador trifásico de uma localidade situada a 8 km dasubestação de distribuição ,atende uma demanda de 2MVA ,com fator depotencia de 85% indutivo e a tensão nominal na localidade é de 13.8kV.Oalimentador foi construído com cabos nus ACSR bitola 1/0 AWG .Foimedida a tensão no instante da demanda máxima e encontrada uma quedade tensão de 6%. Faça o cálculo do banco de capacitores ( três monofásicos)para ser conectado em serie na rede de modo que se tenha compensação

    plena e determine nessa situação o valor da queda de tensão noalimentador.

    RESOLUÇÃO:

    L =8 km

    S = 2 MVA

    cosØ = 0,85

    Vn = 13.8 kV

    r = 0,55 Ω/km e x = 0,46 Ω/kmCálculo da corrente:

    Ic = 2000 / 3  . 13.8

    Ic = 83,67A

    A impedância da linha é;

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    92/118

    92

    92 

    Z = ( 0,55 + j 0,46 ) x 8

    Z = 4,4 + j 3,68 Ω 

    Se fizermos a compensação plena( reatância do capacitor igual areatancia da linha), teremos que instalar um capacitor por fase quetenha:

    Zc = - j 3,68Ω 

    Xc = 3,68 Ω 

    Q = Xc . I ²Q= 3,68 x 83,67²

    Q = 25762 VAR

    Q = 26kVAR

    Logo teremos um banco com três capacitores de 26 kVAR.

    Calculo da nova queda de tensão:

    a impedância equivalente do alimentador agora será:

    Zt = Zl + Zc = 4,4 Ω 

     ΔV= Zt . I

     ΔV= 4,4 x 83,67

     ΔV= 368,15V

     ΔV % = 100 x 368,15 / 7968

     ΔV % = 4,62 %

    Portanto resolvemos o problema de queda de tensão da localidade comesta solução. Porém deve ser notado que as perdas de demanda e deenergia no alimentador permanecem as mesmas.

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    93/118

    93

    93 

    ℓ 

    Vsf  I

    C

    S

    Vcf  

    MESMO PROBLEMA ANTERIOR MUDANDO O TIPODE CONEXÃO DOS CAPACITORES.

    1 - Um alimentador trifásico de uma localidade situada a 8 km da

    subestação de distribuição ,atende uma demanda de 2MVA ,com fator depotencia de 85% indutivo ,e a tensão nominal na localidade é de 13.8kV.Oalimentador foi construído com cabos nus ACSR bitola 1/0 AWG .Foimedida a tensão no instante da demanda máxima e encontrada uma quedade tensão de 6%. Faça o cálculo do banco de capacitores ( três monofásicos)para ser conectado em paralelo( shunt) na rede de modo que se tenhacompensação plena e determine nessa situação o valor da queda de tensãono alimentador e determine as perdas de demanda antes e após a instalação

    dos capacitores.Se a capacidade de curto circuito do sistema é de 30 MVAverifique se a flutuação de tensão está dentro da faixa recomendável.

    RESOLUÇÃO:

    L =8 km

    S = 2 MVA

    cosØ = 0,85

    Vn = 13.8 kV

    r = 0,55 Ω/km e x = 0,46 Ω/km

    Cálculo da corrente antes de instalar os capacitores:

    Ic = 2000 /3

     . 13.8

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    94/118

    94

    94 

    Ic = 83,67A

    A impedância da linha é;

    Z = ( 0,55 + j 0,46 ) x 8

    Z = 4,4 + j 3,68 Ω 

    De demanda

    Perda de demanda antes do capacitor;

    Ppd=3x4,4 x 83,67 ²

    Ppd=92409 W

    Ppd=92,409 kW

    Com a instalação do capacitor Shunt temos;

    Com a instalação do capacitor, temos:

    S’ = S - Qc

    S’ = P + j Q – j Qc

    S’ = P +j (Q – Qc)

    S’ =

     A perda agora será;

    Perda = 3 r l I’² 

    1

    SE

    Z = R + j X

    S

    QcS’ 

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    95/118

    95

    95 

    Cálculo se S;

    S = S . cosØ + j S .sen Ø

    cosØ = 0,85 sen Ø=0,53

    S = 2000 x 0,85 + j2000 x0,53

    S = 1700 + j1060 kVA

    P = 1700kW

    Q = 1060 Var ( indutivo)

    Para compensação plena temos;

    Qc do banco = 1060 Var

    Qfase = 1060 / 3 = 353,3 Var

    Calculo da corrente I’; 

    S’ =

    S’ = 1700

    I’ = 1700 / 3  . 13.8

    I’ = 71A 

    Cálculo da nova queda de tensão;

    Lembrando que no intervalo de tempo que há a compensação plena

    não temos carga reativa indutiva trafegando na rede,com isso cos Ø’ =1

    e senØ’= 0

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    96/118

    96

    96 

     ΔV%=100 x ( r /Vn²) x S’ x L 

     ΔV%=100 x ( 0,55 /13.8²) x 1,7’ x 8 

     ΔV % =3,93 %

     A perda agora será;

    Perda = 3 r L I’² 

    Ppd’ = 3 x 0,55 x 8 x71²

    Ppd’ = 66541W 

    Ppd’ = 66,541 kW

    Cálculo da flutuação f;

    f = Qc / ( Sct + Qc )

    f = 1,06 / 30 + 1,06)

    f = 0,034

    f %= 0,034 x 100

    f% = 3,4%

    Portanto notamos que resolvemos o problema de queda de tensão,reduzimos a perda na rede e a flutuação de tensão está dentro dorecomendado.

  • 8/18/2019 Apostila Distribuicao de Energia UFPA.pdf

    97/118

    97

    97 

    UNIDADE 5 : REGULADORES DE TENSÃO EM SISTEMAS

    DE DISTRIBUIÇÃO

    5-1 – Considerações Gerais

    Os reguladores de tensão são autotransformadores elevadores/abaix