Apostila Combate a Incêndio Petrobras

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    NDICE

    1. Introduo ............................................................................................... .pg.03

    2. Aspectos Legais ....................................................................................... pg 04

    3. Definies e Termos Tcnicos ................................................................. pg 04

    4. Teorias do Fogo ........................................................................................ pg 04

    5. Propagao do Fogo ................................................................................ pg 06

    6. Classes de Incndio ................................................................................. pg 10

    7. Mtodos de Extino ................................................................................ pg 11

    8. Agentes Extintores ................................................................................... pg 13

    9. Condies Propcias para a Combusto .................................................. pg 14

    10. Equipamento de Deteco, Alarme e Proteo Automtica .................... pg 16

    11. Equipamentos de Proteo Individual (EPI) ............................................. pg 17

    12. Equipamentos de Combate a Incndio ..................................................... pg 20

    13. Plano Operacional de Resposta (POR) Incndio em Poa.................... pg 22

    NBR.14276 - BRIGADA DE INCNDIO

    1. INTRODUO:

    De acordo com a Lei 6514 Portaria 3214 NR-23 (Norma Regulamentadora) toda empresa deve possuir um sistema de combate a incndios compatvel com o grau de risco da sua atividade principal. Baseado na NBR 14.276 da ABNT, esse curso de Formao de Brigadistas nos proporcionar conhecer conceitos, tcnicas e procedimentos de Preveno e Combate s Incndios, que nos capacitar a atender uma possvel situao de sinistro, com maior eficincia e eficcia.

    1.1 CONCEITOS

    Riscos: a probabilidade de ocorrncia de um evento provocador de perdas.

    Principais riscos na indstria:

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    Qumicos: vapores e gases inflamveis;

    Fsicos: rudo;

    Acidentes: incndio e exploso;

    Ergonmicos: postura.

    Perigo: o risco sem controle, ou seja, o grau de probabilidade de perda no sistema. Salvaguarda: so

    fatores de proteo oferecidos a um indivduo ou a uma coletividade.

    1.2 CAUSAS DE ACIDENTES:

    As causas de acidentes podem se dividir em dois grupos:

    Causas imediatas: so aquelas que diretamente provocaram o acidentes ou contriburam para sua ocorrncia, so os atos inseguros e as condies de ambientes de insegurana.

    Ato Inseguro: a ao ou omisso de pessoa que causou ou permitiu a ocorrncia do acidente.

    Exemplos:

    Usar equipamento de maneira imprpria;

    Assumir posio ou postura insegura;

    Trabalhar a velocidade insegura;

    Dirigir incorretamente;

    Fazer brincadeira ou exibio;

    Usar a mo em vez de ferramenta;

    Descuidar-se na observao do ambiente;

    Deixar de usar EPI disponvel (Equipamento de Proteo Individual).

    Condio Insegura ou Condio de Ambiente de Insegurana: a condio do meio que causou ou

    contribuiu para sua ocorrncia. Exemplos:

    Insuficincia de espao para o trabalho;

    Iluminao inadequada;

    Equipamento com defeito;

    Escada defeituosa;

    M arrumao ou falta de limpeza;

    Falta de proteo em maquinas e equipamentos;

    Passagens perigosas.

    2. ASPECTOS LEGAIS

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    2.1 NORMAS REGULADORAS DE SEGURANA E MEDICINA NO TRABALHO:

    As NRs (Normas Regulamentadoras) relativas segurana e medicina do trabalho so de observncia obrigatria pelas empresas pblicas e privadas e pelos rgos pblicos da administrao direta e indireta bem como pelos rgos dos poderes legislativo e judicirio, que possuam empregados regidos pela Consolidao das Leis de Trabalho (CLT).

    As NRs do Ministrio do Trabalho tratam de diversos assuntos referentes Segurana e Medicina do trabalho. O no cumprimento das referidas normas, expe as empresas infratoras ao pagamento de multa, embargo ou interdio de instalaes, pela DRT atravs do Ministrio do Trabalho.

    As brigadas contra incndio devero ser compostas por pessoal especializado ou treinado para a operao dos equipamentos de proteo e combate a incndio, nos termos das determinaes contidas nas NBR 14.276:2006 Programas de brigada de incndio e NBR 14.608/00 Bombeiro profissional civil, da ABNT.

    3. DEFINIES E TERMOS TCNICOS

    Fogo: Reao qumica exotrmica, denominada combusto que normalmente ocorre na presena de

    oxignio, produzindo calor ou calor e luz. Incndio: Ao incontrolada do fogo. Combustvel: o material que alimenta o fogo e serve de campo de propagao. Comburente (oxignio): o elemento que d vida ao fogo. Calor: Elemento que d incio combusto.

    4. TEORIAS DO FOGO

    Durante a combusto ocorre uma cadeia de reaes. Existem substncias que so capazes de interferir nessa cadeia e interromper a combusto. Portanto, a representao grfica atual dos elementos essenciais do fogo deve ser feita por um tetraedro e no mais por um tringulo, sendo a outra face representada pela reao em cadeia.

    4.1 PRINCPIOS BSICOS DO FOGO:

    Para que ocorra esta reao qumica necessria a existncia de pelo menos trs reagentes e uma substncia que favorea a reao, para que estes reagentes possam combinar-se. Cada material, dependendo da temperatura a que estiver exposto, vai liberar maior ou menor quantidade de vapores, o que caracteriza maior ou menor combustibilidade do material. Para melhor entender este fenmeno, definiremos algumas variveis denominadas de ponto de fulgor, ponte de combusto e ponto de ignio.

    Ponto de fulgor: a menor temperatura em que os combustveis, em contato com uma fonte externa de

    calor, comeam a liberar vapores capazes de provocar a combusto, mas, ao afastarmos a fonte de calor a mesma [combusto] no se manter.

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    Ponto de combusto: a temperatura mnima em que um combustvel, em contato com uma fonte

    externa de calor, desprende vapores em quantidade suficiente para sustentar a sua queima, permanecendo assim enquanto houver combustvel e oxignio.

    Ponto de ignio: a menor temperatura na qual os gases desprendidos de um combustvel se

    inflamam, iniciando a combusto e mantendo sua queima pelo simples contato com o oxignio do ar, ou seja, no necessita de uma fonte externa de calor.

    4.2 Caractersticas dos elementos essenciais do fogo:

    Reao em cadeia: So radicais livres do processo de combusto que proporcionam a propagao da

    reao no seio da massa da mistura: calor + combustvel + comburente.

    Combustvel: todo o material ou substncia que tenha propriedade de queimar, ou entrar em combusto. Os combustveis podem apresentar-se em trs estados:

    Slido: Madeira e papel; Lquido: gasolina e lcool; Gasoso: GLP e propano.

    Somente quando o combustvel est sob forma de gs ou vapor possvel a sua queima.

    Comburente: definido genericamente como a mistura gasosa que contm o oxidante em concentrao suficiente para que em seu meio se desenvolva a reao de combusto. Considerando a combusto como uma reao de oxidao, a composio qumica das substancias determina a combustibilidade do material. Em condies normais, a maior fonte de comburente o prprio ar atmosfrico que possui em sua composio algo em torno de 21 % de oxignio. A partir de 16% de oxignio no ambiente j pode haver labaredas e quanto maior for presena de oxignio, mais viva ser a combusto.

    Calor ou Temperatura de ignio: o elemento desencadeador da reao entre o combustvel e o comburente mantendo e propagando a combusto. Os combustveis slidos e lquidos necessitam de aquecimento para que emitam vapores ou gases e assim possam iniciar o fogo.

    5. PROPAGAES DO FOGO

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    O calor um dos principais causadores do alastramento de um fogo, ele pode, caso no seja impedido, ser transmitido at mesmo a grandes distncias, das seguintes formas: IRRADIAO, CONDUO, CONVECO.

    IRRADIAO

    a transmisso de calor atravs de raios e ondas que ocorrem em espaos vazios. Um exemplo dirio deste fenmeno o calor do sol (fonte) irradiado atravs do espao at a terra (corpo); e como o caso do sol existe inmero outras formas de irradiao que podero contribuir para a propagao do fogo.

    CONDUO

    transmisso do calor que ocorre de uma fonte para um corpo, atravs de um material que seja um bom

    condutor de calor. Se pegarmos um pedao de ferro e segurarmos numa das pontas com a mo e

    colocarmos a outra ponta em contato com uma fonte de calor, vamos perceber aps alguns segundo que

    todo o ferro est quente, indo aquecer conseqentemente a nossa mo, e se ao invs de nossa mo,

    tivesse tendo contato com outro combustvel qualquer, este iria queimar.

    CONVECO

    a transmisso do calor atravs do ar e dos lquidos, ocorre devido ao fato de o ar como os lquidos

    podem ser aquecidos quando em contato com o fogo. O ar quente sempre sobre e leva consigo o calor

    que poder entrar em contato com o combustvel e propagar o fogo.

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    FASES DO FOGO Se o fogo ocorrer em rea ocupada por pessoas, h grandes chances de que o fogo seja descoberto no incio e a situao resolvida. Mas se ocorrer quando a edificao estiver deserta e fechada, o fogo continuar crescendo at ganhar grandes propores. Essa situao pode ser controlada com a aplicao dos procedimentos bsicos de ventilao (vide captulo 12). O incndio pode ser mais bem entendido se estudarmos seus trs estgios de desenvolvimento.

    Fase Inicial

    Nesta primeira fase, o oxignio contido no ar no est significativamente reduzido e o fogo est produzindo vapor dgua (H20), dixido de carbono (CO2), monxido de carbono (CO) e outros gases. Grande parte do calor est sendo consumido no aquecimento dos combustveis, e a temperatura do ambiente, neste estgio, est ainda pouco acima do normal. O calor est sendo gerado e evoluir com o aumento do fogo.

    Queima Livre

    Durante esta fase, o ar, rico em oxignio, arrastado para dentro do ambiente pelo efeito da conveco,

    isto , o ar quente sobe e sai do ambiente. Isto fora a entrada de ar fresco pelas aberturas nos pontos

    mais baixos do ambiente.

    Os gases aquecidos espalham-se preenchendo o ambiente e, de cima para baixo, foram o ar frio a

    permanecer junto ao solo; eventualmente, causam a ignio dos combustveis nos nveis mais altos do

    ambiente. Este ar aquecido uma das razes pelas quais os bombeiros devem se manter abaixados e

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    usar o equipamento de proteo respiratria. Uma inspirao desse ar superaquecido pode queimar os

    pulmes. Neste momento, a temperatura nas regies superiores (nvel do teto) pode exceder 700 C.

    Flashover Na fase da queima livre, o fogo aquece gradualmente todos os combustveis do ambiente. Quando determinados combustveis atingem seu ponto de ignio, simultaneamente, haver uma queima instantnea e concomitante desses produtos, o que poder provocar uma exploso ambiental, ficando toda a rea envolvida pelas chamas. Esse fenmeno conhecido como Flashover.

    Queima Lenta

    Como nas fases anteriores, o fogo continua a consumir oxignio, at atingir um ponto onde o comburente

    insuficiente para sustentar a combusto. Nesta fase, as chamas podem deixar de existir se no houver

    ar suficiente para mant-las (na faixa de 8% a 0% de oxignio). O fogo normalmente reduzido a brasas,

    o ambiente torna-se completamente ocupado por fumaa densa e os gases se expandem. Devido a

    presso interna ser maior que a externa, os gases saem por todas as fendas em forma de lufadas, que

    podem ser observadas em todos os pontos do ambiente. E esse calor intenso reduz os combustveis a

    seus componentes bsicos, liberando, assim, vapores combustveis.

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    Backdraft

    A combusto definida como oxidao, que uma reao qumica na qual o oxignio combina-se com

    outros elementos.

    O carbono um elemento naturalmente abundante, presente, entre outros materiais, na madeira. Quando

    a madeira queima, o carbono combina com o oxignio para formar dixido de carbono (CO2), ou monxido

    de carbono (CO). Quando o oxignio encontrado em quantidades menores, o carbono livre (C)

    liberado, o que pode ser notado na cor preta da fumaa.

    Na fase de queima lenta em um incndio, a combusto incompleta porque no h oxignio suficiente

    para sustentar o fogo. Contudo, o calor da queima livre permanece, e as partculas de carbono no

    queimadas (bem como outros gases inflamveis, produtos da combusto) esto prontas para incendiar-se

    rapidamente assim que o oxignio for suficiente. Na presena de oxignio, esse ambiente explodir. A

    essa exploso chamamos Backdraft.

    A ventilao adequada permite que a fumaa e os gases combustveis superaquecidos sejam retirados do

    ambiente. Ventilao inadequada suprir abundante e perigosamente o local com o elemento que faltava

    (oxignio), provocando uma exploso ambiental.

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    As condies a seguir podem indicar uma situao de Backdraft: Fumaa sob presso, num ambiente fechado;

    Fumaa escura, tornando-se densa, mudando de cor (cinza e amarelada) e saindo do ambiente em forma de lufadas;

    Calor excessivo (nota-se pela temperatura na porta);

    Pequenas chamas ou inexistncia destas;

    Resduos da fumaa impregnando o vidro das janelas;

    Pouco rudo;

    Movimento de ar para o interior do ambiente quando alguma abertura feita (em alguns casos ouve-se o ar assoviando ao passar pelas frestas).

    FORMAS DE COMBUSTO

    As combustes podem ser classificadas conforme a sua velocidade em: completa, incompleta, espontnea e exploso. Dois elementos so preponderantes na velocidade da combusto: o comburente e o combustvel; o calor entra no processo para decompor o combustvel. A velocidade da combusto variar de acordo com a porcentagem do oxignio no ambiente e as caractersticas fsicas e qumicas do combustvel.

    Combusto Completa

    aquela em que a queima produz calor e chamas e se processa em ambiente rico em oxignio.

    Combusto Incompleta

    aquela em que a queima produz calor e pouca ou nenhuma chama, e se processa em ambiente pobre em oxignio.

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    Combusto Espontnea

    o que ocorre, por exemplo, quando do armazenamento de certos vegetais que, pela ao de bactrias,

    fermentam. A fermentao produz calor e libera gases que podem incendiar. Alguns materiais entram em

    combusto sem fonte externa de calor (materiais com baixo ponto de ignio); outros entram em

    combusto temperatura ambiente (20 C), como o fsforo branco. Ocorre tambm na mistura de

    determinadas substncias qumicas, quando a combinao gera calor e libera gases em quantidade

    suficiente para iniciar combusto. Por exemplo, gua + sdio.

    6. CLASSES DE INCNDIO

    Classe A: Fogo e materiais slidos de fcil combusto, que tm a propriedade de queimar em sua

    superfcie e profundidade e que deixam resduos. Exemplos: Tecidos, madeiras, papel, fibras, etc.

    Classe B: Fogo em lquidos combustveis e inflamveis, queima na sua superfcie, no deixando resduos. Exemplos: gasolina, lcool, leos, tintas, vernizes, etc.

    Classe C: Fogo em equipamentos eltricos energizados. Exemplos: computador, TV, motor eltrico,

    transformadores, quadro de distribuio de energia, etc.

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    Classe D: Fogo em metais pirofricos. Exemplos: magnsio, zircnio, titnio, sdio, potssio, etc.

    7. MTODOS DE EXTINO

    Abafamento: Consiste em retirar o comburente (oxignio) quebrando a reao em cadeia. o mtodo

    que atua na diminuio do oxignio na reao at uma concentrao que no permita mais combusto. Esse processo tambm inclui aes

    que isolam o combustvel do comburente, evitando que o oxignio presente no ar reaja com os gases produzidos pelo material combustvel. Em regra geral, quanto menor o tamanho do foco do incndio, mais fcil ser utilizar o abafamento. Exemplos de aes de abafamento:

    Tampar uma panela em chamas;

    Lanar cobertor sobre um material incendiado;

    Cobrir com espuma determinado lquido em chamas, formando uma espcie de manta;

    bater nas chamas com um abafador.

    Retirada do combustvel: um mtodo mais eficiente para extinguir um incndio, porm a remoo do combustvel de difcil de execuo. A retirada ou controle de material o processo conhecido como isolamento das chamas ou como proteo dos bens (tambm conhecido como salvatagem). O mtodo consiste em promover aes de retirada ou de controle do material combustvel ainda no atingido pela combusto.

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    Esse mtodo pode envolver desde aes simples e rpidas, como a retirada de botijo de gs de dentro de um ambiente sinistrado, at medidas mais complexas, como a drenagem do lquido combustvel de um reservatrio em chamas, que necessita de equipamentos e cuidados especiais.

    Em todos os casos, a retirada de material um mtodo que exige bastante cuidado, pois implica na atuao prxima ao combustvel ainda preservado pelo incndio, que pode vir a ignir se houver uma fonte de calor apropriada. Se isso ocorrer enquanto o brigadista estiver prximo ou em contato direto com o material combustvel, ficar exposto a um risco considervel. Por isso, toda ao de retirada de material, por mais simples que parea ser, de ser feita com equipamento de proteo completo. Exemplos de retirada de material:

    Remover a moblia ainda no atingida do ambiente em chamas;

    Afastar a moblia da parede aquecida para que no venha a ignir os materiais prximos isso valido, principalmente, em edificaes geminadas (que compartilham uma mesma parede);

    Retirar o botijo de gs de dentro de um ambiente sinistrado;

    Exemplos de controle de material:

    Fechar as portas de cmodos ainda no atingidos pelas chamas;

    Deixar fechadas as janelas do pavimento superior ao incndio isso impedir ou dificultar o contato entre o material combustvel destes pavimentos com a fonte de calor proveniente da fumaa;

    Fechar o registro da central de GLP da edificao.

    Ao de resfriamento: Consiste no combate ao incndio por meio da retirada do calor envolvido no

    processo de combusto. o mtodo mais utilizado pelos bombeiros, que usam agentes extintores para reduzir a temperatura do incndio a limites abaixo do ponto de ignio dos materiais combustveis existentes. Apesar de feita, na maioria das vezes, com uso de gua, uma ao de ventilao ttica tambm constitui em ao de resfriamento. Isso porque, ao escoar a fumaa do local sinistrado, se remove tambm calor do ambiente, diminui-se a temperatura do material incendiado a nveis inferiores ao do ponto de fulgor ou combusto dessa substancia, e a partir da no haver a emisso de vapores necessrios ao prosseguimento do fogo.

    Interrupo da reao em cadeia: o processo que se vale da introduo de substncias inibidoras da

    capacidade reativa do comburente com o combustvel, impedindo a formao de novos ons (radicais

    livres produzidos pela combusto). Nesse mtodo, substncias qumicas (como o Halon), especialmente

    projetadas para tal, iro reagir com os ons liberados pela reao em cadeia, impedindo-os de continuar a

    quebra das molculas do combustvel, lanando-se as substncias especiais sobre o fogo, os radicais

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    livres de reao de combusto reagiro com os radicais livres da substncia, no deixando a continuidade

    do processo e, com isso, o fogo se extinguir.

    8. AGENTES EXTINTORES

    gua: o agente extintor de uso, mas comum e sua caracterstica principal diminuir a temperatura dos

    materiais em combusto, agindo por resfriamento quando utilizada sob forma de jato. Pode tambm

    combinar uma ao de abafamento se for aspergida sob a forma de neblina. Apesar de a capacidade da

    gua tornar insustentvel a combusto pela retirada do calor da reao, importante lembrar que, ao

    sofrer esse processo, ela se transforma em vapor, no qual cada litro de gua se transforma em 1.700 litros

    de vapor.

    Espuma Mecnica: formada pela mistura entre o Lquido Gerador de Espuma (LGE), gua e ar. Sua

    funo basicamente de abafamento, criando uma barreira entre o material combustvel e o oxignio. Sua

    composio obtida a partir de produtos sintticos. Exemplos: AFFF de alta expanso e AFFF anti-lcool.

    As espumas mecnicas utilizadas em combate a incndio so formadas a partir da dosagem do agente

    surfactante (tensoativo), ou lquido gerador de espuma na gua, no qual, por um processo mecnico, o ar

    introduzido na mistura. A espuma mais eficiente para a extino de incndio em lquidos inflamveis a

    base de um concentrado conhecido como AFFF (Aqueous Film-forming Foam: Espuma Formadora de

    Filme Aquoso), que forma pelcula sobre a superfcie em chamas. O processo de extino da espuma a

    partir de concentrados de AFFF consiste em isolar o combustvel lquido em chamas do oxignio do ar,

    evitando, assim, a liberao de vapores inflamveis. Cabe ressaltar, por fim, que o concentrado AFFF

    eficiente no combate a incndios de hidrocarbonetos derivados de petrleo, tais como gasolina e diesel.

    Porm, em combustveis polares, como o lcool, o concentrado AFFF deve ter, em sua composio, a

    presena de uma substncia denominada de polissacardeo, a qual evitar o ataque do lcool espuma.

    As espumas so geradas a partir de solues aquosas de um a seis por cento do concentrado (volume do

    concentrado em relao ao volume da soluo desejada). O brigadista dever seguir as orientaes

    fornecidas pelo fabricante do lquido gerador de espuma. Esse agente extintor no indicado para

    incndios em equipamentos energizados e em materiais combustveis.

    Para exemplificar, ao preparar uma soluo a partir de um concentrado 6% de AFFF, o operador dever

    introduzir 60 ml do concentrado em um recipiente e acrescentar gua at completar o volume de 1000 ml

    (1 litro).

    P Qumico: Material definido como um p composto de partculas muito pequenas, normalmente de

    bicarbonato de sdio ou potssio, para aparelhos extintores destinados a combater incndios em

    combustveis slidos e lquidos (ou gases) inflamveis. constitudo basicamente de bicarbonato de sdio

    ou de potssio (97%) finamente pulverizado, ao qual so acrescentados alguns produtos, com o objetivo

    de torn-lo higroscpico (que no absorve umidade). Atua quimicamente, extinguido a reao em cadeia.

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    O fosfatomonoamnico utilizado em extintores ditos polivalentes, ou seja, para incndios em slidos,

    lquidos, gases e equipamentos eltricos energizados. O p, quando aplicado diretamente sobre as

    chamas, promove a extino quase de uma s vez pelas seguintes propriedades extintoras:

    Abafamento: a decomposio trmica do p no fogo promove a liberao de dixido de carbono e

    de vapor dgua, que isolam o comburente da reao;

    Resfriamento: O p absorve calor liberado durante a combusto;

    Proteo contra a radiao das chamas: o p produz uma nuvem sobre as chamas, protegendo o

    combustvel do calor irradiado;

    Quebra da reao em cadeia: estudos sugerem que a quebra da reao em cadeia na chama a

    principal propriedade extintora do p, o qual interfere, por meio de partculas, na concentrao de

    radicais livres (ons provenientes da reao em cadeia) presentes na combusto, diminuindo seu

    poder de reao com o comburente e, conseqentemente, extinguindo as chamas.

    Gs Carbnico: um gs mais pesado que o ar uma vez e meio. Um quilo de gs carbnico liquefeito

    produz 500 litros de gs. No corrosivo e no reage com a maioria das substncias existentes nos locais

    onde aplicados. Possui baixa toxidade e sua atuao na extino do fogo baseia-se na reduo do

    oxignio existente no local a ser protegido, em funo do aumento de sua concentrao. Por outro lado, a

    partir de uma concentrao de 9% por volume, o gs carbnico causa inconscincia e at a morte por

    asfixia, o que restringe o seu uso em ambientes fechados ou com presena humana.

    um gs no condutor de eletricidade e eficaz onde se deseja esta prioridade, e um agente extintor que

    no deixa resduo. No eficaz em ambientes abertos ou ventilados.

    Incndios envolvendo agentes oxidantes, como nitrato de celulose ou o permanganato de potssio, que

    contm oxignio em sua estrutura, no podem ser extintos por gs carbnico, tendo em vista possurem

    seu prprio suprimento de comburente.

    9. CONDIES PROPCIAS PARA A COMBUSTO

    A combusto somente ocorre quando h mistura ideal dos componentes. Diz-se que a mistura RICA

    quando combustvel se apresenta numa dosagem acima da proporo necessria para a ocorrncia da

    combusto, ou seja, acima da faixa de explosividade. A mistura POBRE quando o elemento

    comburente (geralmente oxignio) se apresenta com dosagem abaixo da proporo necessria para a

    ocorrncia de fogo, ou seja, abaixo da faixa de explosividade.

    Faixa de explosividade: Est compreendida entre o LIE (Limite Inferior de Explosividade) e o LSE (Limite

    Superior de Explosividade).

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    Bleve Boiling Liquid Expanding Vapor Explosion: o tipo de exploso que ocorre em recipientes que comportam lquidos, em decorrncia da presso exercida em seus lados, quando aquecido, e ferve, excedendo a capacidade do recipiente de suportar a presso resultante. Ainda no h um termo em portugus para descrever esse fenmeno, que, geralmente ocorre quando o calor aplicado ao ponto em que o recipiente no suportar mais, causando uma fissura em sua estrutura, com a liberao de calor de forma violenta.

    A figura mostra o desenvolvimento tpico de um BLEVE.

    As paredes do tanque so resfriadas inicialmente pelo lquido que est dentro dele. Este efeito de resfriamento desaparece medida que o lquido diminui em decorrncia de sua evaporao. Quando o nvel do lquido est abaixo da fonte de calor, a parede do recipiente torna-se enfraquecida pela ao do calor e do aumento da presso interna, forando a estrutura e lavando a ruptura. O BLEVE pode ocorrer tambm quando existe um dano na estrutura do cilindro (ponto fraco), submetido a um aumento de presso interna, ainda que o lquido, ainda que lquido no tenha ficado abaixo do ponto de contato com a fonte de calor.

    O resultado de um BLEVE pode ser desde um escape mnimo do vapor pela ruptura (at a equalizao da presso interna do cilindro), at uma exploso (que libera uma grande onda de impacto e calor). Para se compreender melhor esse fenmeno, basta lembrar-se da pipoca: o lquido dentro da casca dura do milho aquecido, ferve e exerce uma presso contra esta at que se rompa, resultando em um ncleo cozido que escapou da sua casca enquanto a presso interna se igualava do ambiente.

    Esse fenmeno pode ocorrer em recipientes que armazenam ou transportam lquidos ou gs, como os caminhes tanque ou reservatrios quando so aquecidos.

    As aes a serem adotadas pelos brigadistas devem seguir o especfico para ocorrncias envolvendo tanque. Em linhas gerais, a guarnio de socorro deve:

    Resfriar o Tanque ( distancia);

    Isolar a rea; e

    Controlar o vazamento.

    Mesmo que o lquido no recipiente no seja inflamvel, a sua ruptura pode ser violenta, resultando em uma fora tal que lance fragmentos a grandes distancias acompanhado de uma forte onda de choque. Se o lquido for inflamvel, a fissura no recipiente ir exibir uma bola de fogo que piora as condies da

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    ocorrncia. Se o lquido for um tipo de produto perigoso, outras tantas variveis adicionais devem ser observadas, como o cuidado com rede pluvial, contaminao pelo ar, etc. Nesse caso, devem ser adotados os procedimentos relativos a produtos perigosos.

    10. EQUIPAMENTOS DE DETECO, ALARME E PROTEO AUTOMTICA.

    Alarme de incndio

    O sistema deteco e alarme tem como base de normatizao as NBR 9.441, 11.836 e 13.848 da ABNT. O sistema de deteco automtica e alarme manual comumente encontrado em grande edifcios comerciais, shoppings, hipermercados, grandes depsitos, indstrias e etc. A deteco de um incndio faz-se por meio de percepo dos fenmenos fsicos primrios e secundrios resultantes da queima. Uma vez acionado o sistema de alarme, manual ou automaticamente, em uma instalao, este meio de alerta tem dupla funo, que a de provocar o desencadeamento do abandono das edificaes ou parte delas, bem como a de acionar o sistema de segurana da edificao.

    Chuveiros automticos (Sprinklers)

    O Sistema de Chuveiros Automticos de Extino de Incndios caracterizado fundamentalmente por entrar em funcionamento quando ativado pelo prprio incndio, liberando uma descarga de gua (adequada ao risco do local a que se visa proteger) atravs dos chuveiros automticos que foram acionados pelos gases quentes produzidos no incndio. um sistema de proteo contra incndio que deve operar com rapidez, de forma a extinguir o incndio em seus estgios iniciais ou, pelo menos, control-lo no permitindo que atinja nveis mais desenvolvidos. Deve ser entendido, fundamentalmente, como um sistema de proteo contra incndio da edificao juntamente com os seus bens materiais. No entanto, pode ser considerado indiretamente como um sistema de proteo a vida humana, uma vez que combate ao incndio em seus estgios iniciais, evitando assim que se propague na edificao alm de sua origem.

    Este sistema de extino de incndio tem conquistado um extenso campo de aplicao, abrangendo edificaes industriais, comerciais e at mesmo residenciais em alguns pases.

    Classificao do Sistema (conforme as disposies contidas na Norma Brasileira NBR 10.897 h quatro tipos de Sistemas de Chuveiro Automtico de Extino de Incndios):

    Sistema Tubo Molhado: Compreendendo uma rede de tubulao fixa permanentemente com gua sob

    presso, em cujos ramais so instalados os chuveiros automticos;

    Sistema Tubo Seco: Compreendendo uma rede de tubulao fixa permanentemente seca, mantida sob

    presso de ar comprimido ou nitrognio, em cujos ramais so instalados chuveiros automticos;

    Sistema de Ao Prvia: Compreende uma rede de tubulao seca contendo ar que pode ou no estar sob presso, em cujos ramais so instalados os chuveiros automticos e na mesma rea protegida por este sistema instalado o sistema de deteco de incndio, que devera entrar em operao antecipadamente aos chuveiros, provocando a abertura de uma vlvula especial que controla a entrada de gua na rede de tubulao onde esto instalados os chuveiros automticos;

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    Sistema Dilvio: Compreendendo uma rede de tubulao seca em cujos ramais esto instalados

    chuveiros abertos e na mesma rea protegida por este sistema instalado um sistema de deteco de incndios que devera provocar a abertura de uma vlvula que controla a entrada de gua na rede de tubulao onde esto instalados os chuveiros abertos.

    O sistema Dilvio destina-se a proteger locais onde o risco de propagao rpida do fogo alto e no h tempo suficiente para esperar a abertura seqencial dos chuveiros automticos. Nestes casos opta-se por sistemas que possuem chuveiros abertos e que no momento de um incndio, descarregaro gua de forma simultnea em toda rea protegida.

    11. EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL (EPI)

    Conforme a NR 06 (portaria no: 3.214, de 08/06/78), EPI (Equipamento de Proteo Individual) tem a seguinte definio:

    EPI todo material ou dispositivo de uso pessoal, destinado a preservar e proteger a integridade fsica do empregado, durante o exerccio do trabalho, contra as conseqncias resultantes de acidentes de trabalho.

    Obrigaes do Empregador:

    Adquirir o tipo apropriado atividade do empregado;

    Fornec-lo gratuitamente ao seu empregado;

    Treinar o trabalhador quanto ao seu uso adequado;

    Tornar obrigatrio seu uso;

    Substituir imediatamente quando danificado ou extraviado.

    Obrigaes do Empregado:

    Usar obrigatoriamente o EPI indicado, apenas para a finalidade a que se destina;

    Responsabilizar-se pela guarda e conservao do EPI que lhe for confiado;

    Comunicar (ao rgo de competncia) qualquer alterao no EPI que o torne parcial ou totalmente danificado;

    Responsabilizar-se pela danificao do EPI, pelo seu uso inadequado ou fora das atividades a que se destina, bem como pelo seu extravio.

    Orientao para aquisio de EPI:

    Uma vez que o EPI precisa ser realmente eficiente, conclui-se que os departamentos de compras das empresas nos se devem ater orientao dos preos mnimos na deciso das compras, pois est em jogo a segurana das pessoas que vo usar o equipamento. Em geral, h uma resistncia por parte do trabalhador em usar EPI, mas esta resistncia pode, entretanto ser superada, se por ocasio da compra e distribuio do equipamento, forem levadas em conta as seguintes condies:

    O EPI deve ser confortvel, quando usado nas condies para as quais foi fabricado;

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    Deve ajustar-se comodamente a quem vai us-lo, isso significa que o almoxarife, quando entregar o EPI, deve se certificar de que o mesmo est adequado anatomia do usurio;

    Deve oferecer proteo efetiva contra os riscos para os quais foi fabricado. A eficincia do EPI pode ser verificada por meio de ensaios em laboratrios dos rgos competentes;

    Deve ser durvel, levando-se em conta a agressividade das condies em que empregado.

    Quanto ao uso:

    O EPI deve ser inspecionado periodicamente e substitudo, quando apresentar sinais de deteriorao que comprometam, por pouco que seja a segurana de quem vai us-lo. Por outro lado, os recursos tcnicos, educacionais e psicolgicos, devidamente aplicados, so imprescindveis para que os EPIs correspondam ao grau de eficincia, que dele se espera na segurana do trabalho.

    No combate a incndio os EPI so especficos e com grande variedade no mercado. Os principais utilizados so os seguintes:

    Capacete com proteo visual, jugular e faixas reflexivas;

    Luvas em couro e botas;

    Balaclava para proteo da cabea e pescoo;

    Traje de aproximao (cala e japona);

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    Equipamento de Proteo Respiratria (EPR)

    Equipamento de proteo respiratria todo o conjunto pelo qual se possvel respirar protegido de partculas (gases, poeiras, etc.) nocivas ao organismo humano. Alm de evitar danos pela inalao de fumaa, tambm oferece proteo contra queimaduras na face e nas vias areas superiores, alm desproporcionar melhor visibilidade durante o incndio pela proteo dos olhos, desde que utilizado conforme suas prescries tcnicas. O uso de EPR deve ser feito sempre nas aes de combate a incndio, independentemente se o incndio em local aberto, principio de incndio e, principalmente, nos incndios generalizados, uma vez que existe a possibilidade de aspirar fumaa. Existem vrios tipos de equipamentos de proteo respiratria:

    Mscara com filtro;

    Equipamento isolante com linha de ar;

    Circuito fechado (o oxignio circula na mscara sem escapar para o exterior); e

    Equipamento autnomo de Respirao (EAR ou PA)

    Neste abordaremos o equipamento autnomo de respirao por ser tipo utilizado em aes de combate a incndio.

    O equipamento autnomo de respirao tem por finalidade proteger as vias respiratrias em todas as situaes em que a atmosfera estiver contaminada, saturada ou possuir uma taxa de oxignio insuficiente para a manuteno da vida. O usurio respira o ar do cilindro, totalmente independente do ar atmosfrico. O uso de o equipamento autnomo dever ser rotineiro nas aes de combate, independente do tipo incndio. Utilizado em local aberto ou fechado, no incio, no meio ou no fim do incndio, uma vez que esses ambientes so sempre nocivos ao organismo humano.

    O EAR ou PA composto de:

    Cilindro de ar comprimido, confeccionado em ao, composite ou outra liga leve, encontrado com volume de 4 a 12 litros;

    Vlvula redutora de presso;

    Mscara panormica possui duplos lbios, adaptvel a qualquer rosto, ngulo de viso de 180 na horizontal e 100 na vertical, com vlvula de exalao, amplificador vocal, ala de transporte, tirantes de regulagem (aranha) e mascarilha interna;

    Manmetro possui efeito florescente que possibilita a leitura no escuro, ligado mangueira de alta de presso juntamente com alarme sonoro com potncia de 90 dB, marcao de presso em

  • 21

    BAR, sendo que em grande parte dos equipamentos vai de 0 a 350 BAR de presso, variando um pouco de acordo com o modelo.

    Vlvula de demanda possui uma trava denominada Trava da Vlvula de Demanda (TVD) que serve para prender e liberar a vlvula de demanda da mscara, com boto de bloqueio de fluxo de ar que serve para interromper o fluxo de ar quando for necessrio. Boto de liberao do fluxo de ar, tambm conhecido como purga, o qual serve para garantir o fluxo normal de ar. Pode ser encontrada com Presso Positiva (PP), na qual criada um ligeira sobrepresso no interior da mscara, adaptando-se necessidade do usurio, e com Presso Normal (PN), dispositivo automtico que funciona pela diferena de presso.

    Suporte dorsal.

    Para maior segurana, deve-se realizar os seguintes testes no EPR antes de utiliz-lo:

    Teste de vedao de mdia e alta presso:

    1. Verifique se o boto de bloqueio da vlvula de demanda esta acionado; 2. Abra o registro do cilindro, vagarosamente, para pressurizar o sistema e fechando-o

    novamente; e 3. Verifique, no manmetro, se no houve perda de mais de 10 BARES em um minuto.

    Teste do alarme sonoro:

    1. Segure a vlvula de demanda e vede, com a mo, a sada de ar; 2. Pressione o boto de liberao do fluxo de ar; 3. Alivie suavemente a mo, liberando o ar do sistema; e 4. Observe se vai apitar na presso de 55 BARES, podendo ter um erro de 5 BAR.

    Teste de vedao e conexo da mscara:

    1. Encaixe a vlvula de demanda na mascara e depois puxe, suavemente, para testar a sua trava, a seguir, pressione a trava e retire a vlvula;

    2. Coloque a ala de transporte da mscara no pescoo e mscara no rosto, ajustando a aranha de regulagem;

    3. Inspire, profundamente, segure a respirao e conecte a vlvula de demanda na mscara;

    4. No momento da inspirao, se houver uma selagem satisfatria, a mscara vir de encontro ao rosto;

    5. Pressione vlvula de liberao de demanda e retire-a. caso no localiza a trava rapidamente, para retirar a vlvula de demanda, introduza o dedo indicador entre os lbios da mscara e a face e respire com tranqilidade, depois localiza, pressione a trava e retire a vlvula.

    12. EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCNDIO

    Extintores portteis sobre rodas:

  • 22

    Os extintores portteis e os extintores sobre rodas devero atender s determinaes contidas nas seguintes normas da ABNT:

    1. NBR 7.532/00 Identificadores de extintores de incndio Dimenses e cores; 2. NBR 12.693/93 Sistemas de proteo por extintores de incndio; 3. NBR 11.715/99 Extintores de incndio com carga de gua; 4. NBR 11.716/00 Extintores de incndio com carga de dixido de carbono (gs

    carbnico); 5. NBR 10.721/00 Extintores de incndio com carga de P Qumico; 6. NBR 11.762/01 Extintores de incndio com carga de halogenado.

    Os extintores portteis e sobre rodas devero ter afixado nos cilindros, de maneira visvel, o nome do proprietrio e tambm o nome e a localizao da edificao.

    Sistema de proteo contra descargas atmosfricas:

    O sistema de proteo contra descargas atmosfricas SPDA, devera atender as determinaes contidas na NBR 5.419/01 Proteo de estruturas contra descargas atmosfricas, da ABNT. A responsabilidade do SPDA ser do profissional que executar o projeto de instalaes eltricas da edificao, inscrito no CREA.

    Sistemas de hidrantes sob comando e automtico e mangotinhos:

    O sistema de hidrantes e de mangotinhos devero atender ao contido nas NBR 13.714/00 Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incndio, NBR 12.779/93 Inspeo, manuteno e cuidados em mangueiras de incndio e NBR 11.861/98 Mangueiras de incndio Requisitos e mtodos de ensaio, da ABNT e ainda s seguintes exigncias:

    O sistema de hidrantes da edificao devera estender a proteo at a central de gs, estacionamentos externos edificao, cobertos ou descobertos, e outros locais que apresentem risco de incndio;

    Os abrigos das mangueiras podero ter suas portas confeccionadas em material transparente, desde que sinalizadas adequadamente conforme norma especfica.

    Equipamentos Hidrulicos de Combate

    Sistemas fixos

    Hidrantes e magotinhos Os sistemas de hidrantes e mangotinhos tm a funo de extinguir o incndio enquanto ainda estiver localizado, no tendo ocorrido a inflamao generalizada e houver condies de os brigadistas se aproximarem para desenvolver, com segurana, as operaes de combate ao incndio. Pode-se dizer que os sistemas de hidrantes e de mangotinhos so sistemas manuais de combate a incndio, destinados ao uso dos ocupantes da instalao. Esse entendimento, que a principio parece bastante simples, foi base para elaborao da norma brasileira NBR 13.714/00 (Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incndio), na qual se definiram algumas premissas:

    As operaes para o funcionamento do sistema devem ser facilitadas e compatveis as caractersticas construtivas do local, por exemplo, com disponibilidade de espao para desenrolar as mangueiras.

  • 23

    Os ocupantes do edifcio devem estar familiarizados com o sistema, confiantes e motivados a utiliz-lo na ocorrncia de um sinistro.

    Grandes reservar de gua, vazes e dimetros de tubulaes, de mangueiras e esguichos, no so necessariamente sinnimos de maior segurana, pelo contrario, em algumas situaes mais eficiente um sistemas simples e de menor porte, porm, mais adequado ao perfil dos ocupantes da instalao, proporcionado agilidade e facilidade s operaes de combate.

    13. PLANO OPERACIONAL DE RESPOSTA (POR)

    Incndio em Poa:

    Sistema fixo de combate / controle.

    Tcnicas de combate.

    Procedimentos de controle

  • 24

    Tipo de Incndio: Incndio em poa, podendo gerar efeito domin.

    Local: Incndio nos R331 A,B

    Produto(s) Envolvido(s): Normal Hexano Classe do Incndio: B

    Mtodo(s) de extino: Bloqueio do Combustvel / Resfriamento e Isolamento com espuma mecnica

    Agente(s) extintor(es) a ser(em) empregado(s): Espuma ARC (3% x 3%)

    Quantidade do(s) agente(s) extintor(es): LGE: 7655 litros (Considerando 20 minutos de aplicao com 1 canho de 2000 GPM+ 1de 1250 GPM + 1 esguicho de 125 GPM a 3%) / gua:

    ~ 2.721.600 litros (Canhes e Esguichos) [120 minutos de combate].

    Bombas em Operao: 2 bombas de 600m3 operando durante o maior pico do combate

    Recursos Materiais:

    - 4 Mangueiras de 6; - 6 Mangueiras de 1 ;- 3 Canhes de 1250 GPM (Fixos);

    - 1 Canho de 2.000 GPM (Viatura); - 2 Esguichos regulveis de 125 GPM;

    Recursos Humanos: Toda brigada Braskem, incluindo Interface. convocar PAM rea Delta K COFIC.

    Total de Brigadistas necessrios para o combate direto 15.

    EPIs a serem utilizados: Trajes completos de aproximao com tecido em aramida e conjunto autnomo.

    Manobras operacionais a serem realizadas: - Parar reao cortando a alimentao de matrias primas e insumos;

    - Despressurizar R-331-A/B pelas ROV-331-A/B;

    - Resfriar R-331-A/B abrindo TCV-335-A/B;

    - Parar B-331-A~F e A-331-A/B.

    Riscos Para:Brigadistas: Queimaduras, inalao de fumaa e gases, quedas de mesmo nvel e de nveis diferentes, batidas contra, batida por.

    Instalaes: Danos causados pela ao do calor, por irradiao e contato direto com as chamas.

    Meio-Ambiente: Contaminao atmosfrica pela fumaa e gases.

    Risco de exploso: Vazamento de Polmero aquecido desprendendo vapores explosivos com possibilidade de UVCE

    Propagao do Incndio: O incndio pode se alastrar por outras unidades em funo da reao em cadeia

    Estratgia de Combate: Acionamento do alarme;

    1)Convocao do PAM Braskem;

    2)Caso exista necessidade, convocar o PAM rea Delta K;

    3)Verificar a existncia de vtimas, caso existam, priorizar o

    resgate;

    4)Verificar a posio do vento;

    5)Verificar reas e equipamentos que podem ser atingidos pelo

    fogo;

    6)Definir zonas de atuao (Quente, Morna e Fria)

    7)Evaso total da PE2;

    8)Atuar de acordo com o PAE

    Tcnicas e Tticas de Combate:

    1)Alinhar recursos de gua para o equipamento de modo a

    garantir a eficcia do resfriamento;

    2) Posicionar os brigadistas a favor do vento usando mscaras

    autnomas;

    3)Combater o incndio utilizando recursos ;

    4)Utilizar espuma durante o combate;

    5)Durante todo o combate a preocupao com o meio ambiente

    deve ser prioridade.

    6) Encaminhar brigadista para as bombas de incndio.

    Aes:1)Avisar a CETREL;

    2)Informar ao COFIC;

    3)Avisar ao IMA;

    4)O controle deste cenrio foi baseado na condio

    predominante de vento de leste para oeste;

    5) Seguir rigorosamente o PAE

    Proteo Ambiental:

    1) Deslocar um brigadista para o SO;

    2) Conter a Fumaa com barreira hidrulica.

    Observao:

    Verificado durante a avaliao do sistema de respostas a

    emergncia a necessidade de um sistema fixo de combate para

    os R-331 A e B, para as bombas de NHX prximas e um sistema

    de acionamento a distncia para o canho da plataforma

    superior. Essas recomendaes foram verificadas em funo da

    dificuldade de acesso da brigada.

    Plano Operacional de Resposta Cenrio: R-331 A,B

  • 25

    Plano Operacional de Resposta Cenrio: R-331 A,B POR - 01

    SL. CONTROLE

    SUBESTAO

    Torr

    e d

    e R

    efr

    igera

    o

    UN

    IB

    R-331 B

    R-331 A

    SEPOL

    SC-601 B

    SC-601 A

    LA

    BO

    RA

    T

    RIO

    SEGURANA

    ALMOXARIFADO

    SEPEL

    SL. CONTROLE

    SUBESTAO

    To

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    o

    SA

    O

    ARMAZEM

    Rota

    da B

    rigada

    Bombas de

    Incndio

    UN

    IB

    PV

    C

    PE

    -1P

    E-3

    UN

    IB

    Local da Emergncia

    Itens de Destaque 1

    1

    2

    2

    3 43

    4

    5

    5

    5

    Legendas

    BrigadistaViatura de

    Emergncia

    Hidrante c/2 Sadas de

    2 e Canho Monitor

    Posto de Comando

    Linha de LGE

    ZonaQuente

    Jato de gua

    Zona Morna

    Lanca-Espuma

    Ambulncia

    UN

    IB

    Posto de

    Comando

  • 26

    13. Bibliografia

    - Manual de fundamentos do Corpo de Bombeiros (SP).

    - Associao Brasileira de Normas Tcnicas. (ABNT)

    - Normas Regulamentadoras. (NR)

    - Decreto Estadual 46076/01. (SP)