Apostila Biologia Celular Gustavo Stroppa UMA COLUNA

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    CAPTULO 1 ORGANIZAO CELULAR

    1 INTRODUO A inveno do microscpio em 1591 por Zacharias Janssen e Hans Janssen, possibilitou a descoberta das clulas e inaugurou um novo campo de investigao da cincia, a Citologia (do grego kitus, clula, e logos, estudo). clula cellula, diminutivo de cella, que significa pequeno compartimento. 2 TEORIA CELULAR Hiptese: todos os seres vivos so formados por clulas. 2.1 AMPLIAO DA TEORIA CELULAR

    1- Todos os seres vivos so formados por clulas e por estruturas que elas produzem; as clulas so, portanto, as unidades morfolgicas dos seres vivos.

    2- As atividades essenciais que caracterizam a vida ocorrem no interior das clulas; estas so, portanto, as unidades funcionais ou fisiolgicas dos seres vivos.

    3- Novas clulas se formam pela diviso de clulas preexistentes, por meio da diviso celular; a continuidade da vida depende, portanto, da reproduo celular.

    Apesar das diferenas quanto forma e funo, todos os seres vivos tm em comum o fato de serem constitudos por clulas. 2.2 OS VRUS E A TEORIA CELULAR Os vrus no apresentam clulas em sua constituio, portanto so acelulares. Os vrus so parasitos intracelulares obrigatrios, e precisam de clulas vivas para se reproduzir.

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    2.2.1 Vrus e Prons Os vrus so formados por um tipo de cido nuclico (DNA ou RNA) protegido por uma cpsula protica. Alguns vrus possuem um envelope formado por membrana lipoprotica semelhante das clulas.

    Os prons so protenas anormais que tm a capacidade de alterar outras protenas. Essas protenas podem produzir rplicas de si mesma e espalhar a doena. Os prons patognicos so responsveis pelas doenas classificadas como encefalopatias espongiformes (doena da vaca louca), que recebem este nome devido ao aspecto de esponja adquirido pelo tecido nervoso cerebral acometido pelas doenas. 2.3 CONCEITOS BSICOS

    1. A clula a menor unidade viva; 2. Todo organismo celular tem incio com a clula ovo; 3. Toda clula provem de outra; 4. Todas as reaes metablicas de um organismo ocorrem dentro das clulas; 5. O formato das clulas est ligado sua funo.

    3 CLASSIFICAO QUANTO AO CICLO DE VIDA

    Clulas lbeis: se dividem durante toda a vida do indivduo. Possuem ciclo vital curto e baixa especializao. Ex.: clulas epiteliais, hemcias e gametas.

    Clulas estveis: se dividem at certo estgio da vida do indivduo (crescimento), retornando a

    capacidade de diviso em algumas condies (regenerao). Possuem ciclo vital mdio. Ex.: clulas sseas, cartilaginosas e glandulares.

    Clulas permanentes: possuem ciclo vital longo e pequena capacidade de multiplicao com

    elevado grau de diferenciao. Multiplicam-se apenas durante o perodo embrionrio. Ex.: Neurnios, clulas adiposas. Em algumas situaes as clulas nervosas podem se multiplicar.

    4 DIFERENCIAO CELULAR Diferenciao o processo pelo qual as clulas vivas se especializam para realizar determinadas funes. Estas clulas diferenciadas podem atuar isoladamente, como os gametas, ou podem agrupar-se em tecidos diferenciados, como o tecido sseo e o muscular. Esta especializao acarreta no s alteraes da funo, mas tambm da estrutura das clulas.

    Sem envelope lipoprotico Com envelope lipoprotico

    http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lulahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Vidahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Gametahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_(histologia)http://pt.wikipedia.org/wiki/Ossohttp://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsculo
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    5 GRAUS DE INDIVIDUALIDADE CELULAR

    Clulas livres: clulas totalmente isoladas umas das outras. Ex.: gametas, clulas do sangue e protozorios.

    Federadas: clulas que permanecem juntas (justapostas), formando os tecidos. Ex.: clulas

    epiteliais.

    Anastomosadas: so aquelas que se unem por pontes citoplasmticas. Ex.: clulas vegetais.

    Plasmdio: clulas plurinucleadas. Ex.: fibra muscular estriada esqueltica.

    Sinccio: grupo de clulas em que se mantm a continuidade citoplasmtica. As clulas se mantm separadas, mas relacionam-se por pequenas partes de comunicao citoplasmtica. Ex.: miocrdio, placenta.

    6 NVEIS DE ORGANIZAO NUCLEAR 6.1 CLULAS PROCARIONTES:

    ______________________________________

    Ribossomo como nico organide citoplasmtico; Fornecimento de energia feito pelo Mesossomo; Parede Celular de Peptidioglicanos (Bactrias); Material Gentico (nucleide) disperso no citoplasma; Ausncia de nuclolo; Ausncia de nucleoplasma.

    Ex._____________________________________________________________________________

    Todas as imagens contidas nesse material esto disponveis em: http://www.google.com.br/imghp?hl=pt-BR&tab=wi

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    6.2 CLULAS EUCARIONTES:

    ______________________________________

    Ncleo Individualizado; Citoplasma rico em organides membranosos; Presena de Nuclolo; Presena de Nucleoplasma.

    Ex.:_____________________________________________________________________________

    Clula Organela

    Procaritica Eucaritica

    vegetal Eucaritica

    animal

    Membrana plasmtica + + +

    Membrana nuclear - + + Mitocndrias - + +

    Cloroplastos - + -

    Reticulo endoplasmtico - + +

    Ribossomos + + +

    Vacolos - + +

    Lisossomos - - +

    Centrolos - - +

    Cromatina + + +

    EXERCCIOS ENEM

    1- (PUC-

    indica que estes seres vivos so: a) destitudos de membrana plasmtica. b) formadores de minsculos esporos. c) dotados de organelas membranosas. d) constitudos por parasitos obrigatrios. e) desprovidos de membrana nuclear. 2- (Fuvest-SP) Qual das alternativas distingue organismos heterotrficos de organismos autotrficos? a) somente organismos heterotrficos necessitam de substncias qumicas do ambiente. b) somente organismos heterotrficos fazem respirao celular. c) somente organismos heterotrficos possuem mitocndrias.

    d) somente organismos autotrficos podem viver com nutrientes inteiramente inorgnicos. e) somente organismos autotrficos no requerem gs oxignio. 3- Qual das substncias, devido sua especificidade, poderia ser utilizada para identificar um organismo? a) acares. b) sais minerais. c) DNA. d) gordura. e) vitaminas. GABARITO 1- E 2- D 3- C ________________________________________

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    CAPTULO 2 QUMICA DA CLULA

    1 INTRODUO Quando se analisa a matria que constitui os seres vivos, encontram-se principalmente os seguintes elementos: carbono (C), hidrognio (H), oxignio (O), nitrognio (N), fsforo (P) e enxofre (S). Esses elementos constituem cerca de 98% da massa corporal da maioria dos seres vivos. Podemos classificar os compostos qumicos presentes nas clulas em orgnicos e inorgnicos. So compostos orgnicos os carboidratos, lipdios, protenas, vitaminas e cidos nuclicos; so inorgnicos a gua e os sais minerais.

    1.1 O CARBONO E A VIDA A vida na Terra baseia-se essencialmente no elemento carbono, que constitui estrutura bsica de todas as molculas orgnicas. Os tomos de carbono se unem em sequncia, formando cadeias carbnicas, que se ligam a outros elementos qumicos. 2 SAIS MINERAIS Os sais minerais so substncias inorgnicas formadas por ons, que resultam de tomos que receberam ou doaram eltrons, nions (-) e ctions (+), respectivamente. A falta de certos sais minerais pode afetar seriamente o metabolismo e mesmo causar a morte. Por exemplo, ons de clcio (Ca

    +) participam das reaes de coagulao do sangue e da contrao muscular,

    alm de serem componentes principais dos ossos. 3 GUA o composto mais abundante do nosso organismo e da maioria dos seres vivos. Em tempos de estiagem, esporos de bactrias, cistos de protozorios e sementes de vegetais conseguem sobreviver um longo perodo em estado de latncia. Este fenmeno chamado de anidrobiose. 3.1 PROPRIEDADES DA GUA

    Coeso: atrao das molculas de gua entre si. Adeso: atrao entre molculas de gua e de outras substncias polares.

    Criptobiose: estado de latncia que pode ser presenciado em alguns animais, quando se encontram em condies adversas do meio-ambiente em que todos os procedimentos metablicos param. Um organismo em tal estado pode viver indefinidamente at que as condies ambientais voltem normalidade.