Apostila 19

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Apostila 19 A CRIATURA Na apostila 18, descrevendo o reino Elemental, chegamos ao momento em que a Mônada, naquele exercitando-se, vai se transmutar ao reino Humano. Sobre aquele período de transformação, cremos que os comentários contidos nas três últimas apostilas são suficientes para dar uma idéia robusta daquelas criaturas. Inclusive para destituir superstições que envolvam a compreensão do reino Elemental. A propósito, lembramos que este nosso estudo já preveniu contra as imaginações fantasiosas, e as mistificações comerciais de dois aspectos que rendem, na atualidade, muito dinheiro aos vendedores de livros e quinquilharias chamadas esotéricas. Primeiro na apostila 08 estudando os Devas, também chamados de Anjos, e agora, nestas três últimas, falando de Elementais. Dois temas exploradíssimos na comercialização aos incautos. Isso acontece porque o povo anda à cata de soluções fáceis para suas idiossincrasias sociais. A qualquer aceno com possibilidades de uma fé comprada, logo se juntam os interessados, iludidos, em torno do oferecedor. Algum tempo depois vem a frustração, pois a ineficácia da solução proposta e comercializada logo se revela. Mas é assim mesmo. Como dizia o bispo Sinésio, “o que o povo mais gosta é ser enganado.” (Vide apostila 07) Voltemos, entretanto, às motivações destas apostilas, pois não estamos aqui para fazer críticas, mesmo que justas, e sim para esclarecer. - - - o 0 o - - - Naquele momento da vida de nossa Mônada viajora ela vai cruzar a grande fronteira: está deixando o reino Elemental, que podemos classifica-lo de reino da razão fragmentária, e adentra o reino Humano, ou o reino da razão completa e da responsabilidade. A figura a seguir, 19A, esquematiza o resumo dessa longa jornada. Ali são vistas, em blocos, as várias etapas do percurso. Instinto R azão F ra gm entá ria R azão R espon- sa bilida d e Etapas da Jo rn a d a F ig. 1 9A Já na figura 19B representamos essa viagem com mais clareza, desde sua inicial origem, no Todo, até chegar à condição humana.

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Sendo do reino dos Orixás Sagrados

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PAGE A Criatura Apostila 19 Folha - 4

Apostila 19

A CRIATURA

Na apostila 18, descrevendo o reino Elemental, chegamos ao momento em que a Mnada, naquele exercitando-se, vai se transmutar ao reino Humano. Sobre aquele perodo de transformao, cremos que os comentrios contidos nas trs ltimas apostilas so suficientes para dar uma idia robusta daquelas criaturas. Inclusive para destituir supersties que envolvam a compreenso do reino Elemental.

A propsito, lembramos que este nosso estudo j preveniu contra as imaginaes fantasiosas, e as mistificaes comerciais de dois aspectos que rendem, na atualidade, muito dinheiro aos vendedores de livros e quinquilharias chamadas esotricas. Primeiro na apostila 08 estudando os Devas, tambm chamados de Anjos, e agora, nestas trs ltimas, falando de Elementais.

Dois temas exploradssimos na comercializao aos incautos. Isso acontece porque o povo anda cata de solues fceis para suas idiossincrasias sociais. A qualquer aceno com possibilidades de uma f comprada, logo se juntam os interessados, iludidos, em torno do oferecedor. Algum tempo depois vem a frustrao, pois a ineficcia da soluo proposta e comercializada logo se revela.

Mas assim mesmo. Como dizia o bispo Sinsio, o que o povo mais gosta ser enganado. (Vide apostila 07)

Voltemos, entretanto, s motivaes destas apostilas, pois no estamos aqui para fazer crticas, mesmo que justas, e sim para esclarecer.

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Naquele momento da vida de nossa Mnada viajora ela vai cruzar a grande fronteira: est deixando o reino Elemental, que podemos classifica-lo de reino da razo fragmentria, e adentra o reino Humano, ou o reino da razo completa e da responsabilidade. A figura a seguir, 19A, esquematiza o resumo dessa longa jornada. Ali so vistas, em blocos, as vrias etapas do percurso.

J na figura 19B representamos essa viagem com mais clareza, desde sua inicial origem, no Todo, at chegar condio humana.

Comentando essa viagem, Andr Luiz, esprito, pela psicografia de Francisco Cndido Xavier, em seu livro E a Vida Continua, editado pela Federao Esprita Brasileira, nas pginas 69 e 70, faz belssima descrio onde, poeticamente, diz que a origem de todas as criaturas pelo efeito da Coagulao da Luz Divina. (Vide figura 02A na apostila 02, representando esse efeito transformador das energias).

Ou seja, a quintessenciada energia inicial, em sua origem divina, vai se coagulando, num adensamento contnuo, at chegar ao ponto em que dela nos servimos aqui no plano Fsico.

A figura 19B mostra gotas de energia primordial caindo do grande TODO e se coagulando, gradativamente, em cada plano em que utilizada.

Como a reforar essa afirmativa, o mesmo Andr Luiz, agora em seu outro livro, Evoluo em Dois Mundos, tambm pela generosa psicografia do inimitvel Francisco Cndido Xavier, editado pela Federao Esprita Brasileira, pgina 23, ensina que na essncia toda matria energia tornada visvel.E outro grande instrutor espiritual, Emmanuel, no livro Roteiro, psicografado por Francisco Cndido Xavier, editado pela Federao Esprita Brasileira, pgina 27, comentando esse mesmo transformismo assim diz: Em seus mltiplos estados, a matria fora coagulada (...)

Portanto, como ficou demonstrado nas apostilas precedentes, o que hoje somos, e o corpo que usamos, no fruto de uma nica amoldagem direta na forma completa como nos encontramos.

Nossa capacidade psquica, e a forma humana que utilizamos, a soma de incontveis esforos que promoveram a gradual transformao do Ser e de seus veculos de manifestao. Foi desse somar de esforos que atingimos e nos tornamos do gnero Humano.

Esta outra figura, 19C, no seu todo, descreve o percurso feito at aqui. Vejamos o que ela nos conta.

Do ponto A ao ponto J, temos a respectiva descrio na apostila 16. Prosseguindo dali, temos que inmeras foram as experincias vividas pela Mnada enquanto no Reino Elemental. Naturalmente tendo esse perodo consumido alguns milhares de milhares de anos terrestres.

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K Complementada essa fase na qual em seu final o indivduo j possui um bem elaborado corpo Astral, e um corpo Mental de razovel constituio, conforme ficou demonstrado na figura 18A da apostila 18, retorna a excursionista a nova hibernao, onde aguardar as providncia que a encaminharo aos novos planos de aes.

L Vencido esse perodo de renovao, no qual, como acontecera na mudana do reino Animal ao Elemental em que lhe foram aplicadas complexas operaes transformativas, nossa Mnada reativa seu corpo Mental.

M Por reflexo desse fluxo reativador tambm o corpo Astral como que desperta. Algum tempo se transcorre, tempo em que se tomam providncias acessrias para consubstanciar ainda mais estes dois corpos, importantssimos fase seguinte.

N Com o corpo Mental apenas razoavelmente definido em seu contorno, porm energeticamente funcionando bem, considerando-se os padres necessrios aquele momento inicitico, providencia-se a preparao final do corpo Astral.

O O corpo Astral adquire a forma humana definitiva. No ainda o excelente veculo de um homem que j passou por centenas de vidas humanas, todavia, oferece facilidades acima das encontradas no reino Elemental e, naturalmente, suficientes primeira descida num corpo Humano.

P Inicia sua fase humana. At que enfim entra na primeira encarnao usando um corpo de homem ou de mulher. Isso depende das tendncias predominantes que possui herdada de suas ltimas vivncias no reino Elemental. Portanto, na figura, estampa-se a grande viagem j percorrida por ns, os humanos desta era atual.

Todavia, essa e algumas outras encarnaes a seguir sero estgios preparatrios. Nelas o trabalho principal fixar o indivduo em si mesmo, pois doravante passar por incontveis vivncias usando diferentes personalidades, e para que no se perca nesse labirinto, necessrio se faz dar-lhe uma ncora para faz-lo seguro em si mesmo.

Isto , agora fazendo uso da razo conduzir-se- sozinho pela vida, que o compromete com a responsabilidade. Por isso, no seria justo permitir-lhe, inicialmente, perder-se no emaranhado dos fatos novos que a vida humana, mais complexa em seu relacionamento entre os indivduos, exige de cada um.

E que, a partir de agora, assume, na acepo do termo, o carter de individualidade. Intelectualmente est separado de todos os demais. Isso um grande risco. Para ele no naufragar nesse incio, precisa de cuidados adicionais, alm dos j recebidos, pois ainda uma criana se comparado ao esprito que j passou por muitas encarnaes humanas. Vejamos esses cuidados.

Inicia-se nele o processo de fixao dessa individualidade. Acompanhe pela figura 19D.

Esse processo tem um lento transcurso, pois durante seu andamento dois sistemas de foras estaro interagindo nele.

De um lado as poderosas fixaes dos instintos trazidos dos reinos anteriores, pressionando para que as atitudes do presente sejam as mesmas que foram efetuadas no passado.

Vemos, na figura, a seta Instinto forando o indivduo para sua linha de passado. Isto , instigando-o s prticas de atendimento apenas aos imperativos da fome, da procriao e da defesa.

De outro lado, confrontando-se com a primeira, atua a irresistvel impulso evolutiva, a seta do Egosmo pressionando-o para a marcha do progresso.

Como seu corpo mental ainda pouco consistente, no lhe oferece condies de percepes mais profundas sobre os acontecimentos. Por isso, fica s ao sabor dos automatismos contidos no corpo Astral, j razoavelmente desenvolvido.

Para arranca-lo dessa fixao vamos encontrar a principal alavanca: o sentimento de EGOSMO. Na figura, como indicado acima, o Egosmo empurra-o na direo do futuro, enquanto que o instinto impele a repetir o passado.

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Como essa questo ampla e intrigante, e para no alongar esta apostila, continuaremos seu comentrio na prxima. Nesta, a seguir, faremos apenas uma digresso, visando despertar uma reflexo sobre o tema.

E o seguinte: A vivncia individualizada traz a necessria oportunidade de despertar no Ser o interesse pela tomada de decises. Coisa que nunca o fez at ento.

Porm, se a experincia proporciona o doce sabor da liberdade de decises, traz, tambm, o amargo paladar da responsabilidade, pois, este mundo novo, para acordar no indivduo o acerto nas decises, atua como uma armadilha.

Da, os desarranjos e dificuldades se instalam sobre os menos cuidadosos, pois estes se deixam deslumbrar pelo amplo mundo novo que se lhes descortina. De fato um mundo belo, mas perigoso.

Assim, nosso viajor somente muito ao futuro veria que a liberdade uma decorrncia da responsabilidade, concluindo que, quanto mais responsvel for, mas livre tambm o ser.

Mas essa uma questo para ser compreendida ao longo da descrio das prximas apostilas. Nossa citao foi apenas para motivar uma reflexo sobre como comeou todo o desarranjo do que chamamos de infelicitaes na vida humana.

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Bibliografia

AutorTtuloEditora

Allan KardecO Livro dos Espritos 1 Livro caps. 2, 3 e 4 2 Livro cap. 1Livraria Allan Kardec Editora

Allan KardecA Gnese pginas 111, 117, 118/140 19 edioFederao Esprita Brasileira

Andr Luiz/Francisco C. XavierNo Mundo MaiorFederao Esprita Brasileira

Andr Luiz/Francisco C. XavierEvoluo em Dois mundosFederao Esprita Brasileira

Andr Luiz/Francisco C. XavierLibertao pgina 60Federao Esprita Brasileira

Annie BesantA Vida do Homem em Trs Mundos pgina 62Editora Pensamento

Arthur E. PowellO Corpo Causal e o EgoEditora Pensamento

ureo/Hernani T. SantanaUniverso e Vida pginas 59 e 110Federao Esprita Brasileira

Charles W. LeadbeaterO Plano AstralEditora Pensamento

Charles W. LeadbeaterCompndio de Teosofia pginas 13 e 19Editora Pensamento

Charles W. LeadbeaterA Mnada - Editora Pensamento

Edgar ArmondMediunidade pgina 14Editora Aliana

Elza BakerCartas de um Morto Vivo pginas 37, 85, 86, 93Livraria Allan Kardec Editora

Emmanuel/Francisco C. XavierA Caminho da LuzFederao Esprita Brasileira

E. Norman PearsonO Espao, o Tempo e o Eu pginas 71 e 72Edio Particular

Helena Petrovna BlavatskyA Doutrina Secreta Volume I pgs: 105-118-145-146-177-257-258-260-266-268-306-308Editora Pensamento

Helena Petrovna BlavatskyA Doutrina Secreta volume II pginas 56 e 198Editora Pensamento

Helena Petrovna BlavatskyA Doutrina Secreta Volume V pginas 69 e 90Editora Pensamento

Itzhak Bentov Espreita do Pndulo CsmicoEditora Cultrix/Pensamento

J. B. RoustaingOs Quatro EvangelhosFederao Esprita Brasileira

Pietro UbaldiA Grande SnteseLivraria Allan Kardec Editora

Ramatis/Herclio MaesMensagens do AstralLivraria Freitas Bastos

Zulma ReyoAlquimia Interior pginas 254, 255, 312 e 313Editora Ground

Distribuio Gratuita de toda a srie - Copiar e citar fonte

Apostila escrita por

LUIZ ANTONIO BRASIL

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Agosto de 2005