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ISSN 1679-2645 FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA BAHIA SISTEMA FIEB ANO XX Nº 227 OUT/NOV 2013 Bahia APOSTA NAS PEQUENAS INDúSTRIAS Sistema FIEB articula ações para fortalecer o papel das micro, pequenas e médias empresas

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ISSN 1679-2645

Federação daS INdúStrIaS do eStado da BahIa SIStema FIeB aNo XX Nº 227 out/Nov 2013

Bahia

ApostA nAspequenAsindústriAsSistema Fieb articula ações para fortalecer o papel das micro, pequenas e médias empresas

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Fortalecendo o elo mais frágil da cadeiaAs micro, pequenas e médias empresas, sintetizadas na sigla

MPME, reúnem o maior contigente de unidades produtivas, mas

também formam o elo mais frágil do sistema industrial se não

são devidamente assistidas. Elas estão na base da cadeia, dando

sustentação às atividades dos grandes empreendimentos, reali-

zando atividades complementares essenciais e indispensáveis a

um sistema econômico dinâmico e competitivo. Apesar da sua

importância, poucas são as políticas que identificam a necessi-

dade de estruturar este setor da atividade empreendedora, o que

tem sido suprido pelo trabalho de instituições como o Sistema

FIEB, por meio das diversas entidades que o compõem.

A questão é oferecer às MPME a oportunidade de se desenvol-

ver, provendo-as de instrumentos para dotá-las dos requisitos

necessários para que se tornem mais competitivas. E quando se

trata de competitividade, vem à luz uma outra palavra-chave:

inovação, o grande desafio de quem empreende nas sociedades

contemporâneas.

Aliar competitividade e inovação tem sido o trabalho incan-

sável dos gestores e técnicos do Sistema FIEB, com seus braços

operacionais, ou seja, o Serviço Nacional da Indústria (SENAI),

o Serviço Social da Indústria (SESI), o Instituto Euvaldo Lodi

(IEL), a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) e o

Centro das Indústrias do Estado da Bahia (CIEB).

Uma das ações para levar cada vez mais longe os serviços das

instituições que compõem o Sistema FIEB tem sido o Programa

de Interiorização, que acabou de chegar à região Norte, para re-

forçar as ações voltadas para os 25 municípios da região de Jua-

zeiro. Mas este trabalho envolve uma ação contínua, no contato

diário com as representações sindicais patronais e as empresas

associadas, a cargo da FIEB; no atendimento ao trabalhador da

indústria na promoção de atividades de prevenção em seguran-

ça e saúde no trabalho (SST), ou de educação, lazer e cultura,

missão do SESI. Ou ainda, nas atividades desenvolvidas pelo

SENAI, que vem ampliando suas competências, oferecendo um

portfólio de serviços e soluções tecnológicas, além de assegurar

formação e capacitação de técnicos especializados voltados para

o segmento. Para o SENAI, a palavra-chave tem sido capilarida-

de e expansão dos serviços.

O Sistema FIEB caminha para atuar de forma integrada e

complementar, alinhando as competências de cada uma de suas

casas e associando-se a instituições parceiras, visando não ape-

nas oferecer serviços, como também viabilizá-los, assegurando

subsídios financeiros que atendem, especialmente às PME.

editoriAL

Apesar da sua importância, poucas são as políticas públicas que identificam a necessidade de estruturar as pequenas e médias empresas, o que tem sido suprido pelo trabalho de instituições como o Sistema FIEB, por meio de suas diversas entidades

Trabalhadora de uma pequena

indústria de roupas instalada

em Salvador, atendida pelo

Sistema FIEB

RAFAEl MARtInS/SIStEMA FIEB

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4 Bahia Indústria

SindicatoS filiadoS à fiEBSindicato da indúStria do açúcar e do Álcool no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Fiação

e tecelagem no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do taBaco no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do curtimento de couroS e PeleS no eStado da Bahia,[email protected] / Sindicato da

indúStria do VeStuÁrio de SalVador, lauro de FreitaS, SimõeS Filho, candeiaS, camaçari, diaS d’ÁVila e Santo amaro, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de extração de

ÓleoS VegetaiS e animaiS e de ProdutoS de cacau e BalaS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da

cerVeja e de BeBidaS em geral no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do PaPel, celuloSe, PaPelão,

PaSta de madeira Para PaPel e arteFatoS de PaPel e PaPelão no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúS-

triaS do trigo, milho, mandioca e de maSSaS alimentíciaS e de BiScoitoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato

da indúStria de mineração de calcÁrio, cal e geSSo do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da conS-

trução do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de calçadoS, SeuS comPonenteS e arteFatoS

no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico do

eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de cerâmica e olaria do eStado da Bahia, [email protected] /

Sindicato daS indúStriaS de SaBõeS, detergenteS e ProdutoS de limPeza em geral e VelaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de SerrariaS, carPintariaS, tanoariaS e marcenariaS de SalVador, SimõeS Filho, lauro

de FreitaS, camaçari, diaS d’ÁVila, Sto. antônio de jeSuS, Feira de Santana e Valença, [email protected] / Sindicato daS

indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de PaniFicação e conFeitaria

da cidade do SalVador, [email protected] / Sindicato da indúStria de ProdutoS QuímicoS, PetroQuímicoS e reSinaS Sintéti-

caS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de material PlÁStico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de ProdutoS de cimento no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da

indúStria de mineração de Pedra Britada do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de ProdutoS Quími-

coS Para FinS induStriaiS e de ProdutoS FarmacêuticoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de

mÁrmoreS, granitoS e SimilareS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria alimentar de congeladoS,

SorVeteS, SucoS, concentradoS e lioFilizadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de carneS

e deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do VeStuÁrio da região de Feira de Santana, [email protected] / Sindicato da indúStria do moBiliÁrio do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria

de reFrigeração, aQuecimento e tratamento de ar do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de

conStrução ciVil de itaBuna e ilhéuS, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de caFé do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de laticínioS e ProdutoS deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindica-

to daS indúStriaS de aParelhoS elétricoS, eletrônicoS, comPutadoreS, inFormÁtica e SimilareS doS municíPioS de ilhéuS e

itaBuna, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de conStrução de SiStemaS de telecomunicaçõeS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico de Feira de Santana,

[email protected] / Sindicato daS indúStriaS de reParação de VeículoS e aceSSÓrioS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato nacional da indúStria de comPonenteS Para VeículoS automotoreS, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de

coSméticoS e de PerFumaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de arteFatoS de PlÁSticoS,

BorrachaS, têxteiS, ProdutoS médicoS hoSPitalareS, [email protected]

fiEBPrESIdEnTE José de Freitas Mascarenhas. 1º VIcE-

PrESIdEnTE: Victor Fernando Ollero Ventin. VIcE-

PrESIdEnTES Carlos Gilberto Cavalcante Farias;

Emmanuel Silva Maluf; Reinaldo Dantas Sampaio;

Vicente Mário Visco Mattos. dIrETorES TITularES Alberto Cânovas Ruiz; Antonio Ricardo Alvarez Al-

ban; André Régis Andrade; Carlos Henrique Jorge

Gantois; Claudio Murilo Micheli Xavier; Eduardo Ca-

tharino Gordilho; Josair Santos Bastos; leovegildo

Oliveira De Souza; luiz Antonio de Oliveira; Manuel

Ventin Ventin; Maria Eunice de Souza Habibe; Re-

ginaldo Rossi; Sérgio Pedreira de Oliveira Souza;

Wilson Galvão Andrade. dIrETorES SuPlEnTES Adal-

berto de Souza Coelho; Alexi Pelagio Gonçalves

Portela Júnior; Carlos Alberto Matos Vieira lima;

Juan José Rosário lorenzo; Marcos Galindo Pereira

lopes; Mário Augusto Rocha Pithon; noêmia Pinto

de Almeida Daltro; Paulo José Cintra Santos; Ricar-

do de Agostini lagoeiro

conSElhoSconSElho dE EconomIa E dESEnVolVImEnTo InduS-

TrIal Antônio Sérgio Alípio; conSElho dE aSSun-

ToS FIScaIS E TrIBuTárIoS Cláudio Murilo Micheli

Xavier; conSElho dE comércIo ExTErIor Reinaldo

Dantas Sampaio; conSElho da mIcro E PEquEna

EmPrESa InduSTrIal Paulo José Cintra Santos; con-

SElho dE InFraESTruTura Marcos Galindo Pereira

lopes; conSElho dE mEIo amBIEnTE Irundi Sampaio

Edelweiss; comITê dE PETrólEo E GáS Eduardo Ra-

ppel; conSElho dE InoVação E TEcnoloGIa José

luís Gonçalves de Almeida; conSElho dE rESPon-

SaBIlIdadE SocIal EmPrESarIal Marconi Andraos

Oliveira; conSElho dE rElaçõES TraBalhISTaS Homero Ruben Rocha Arandas; comITê dE PorToS Reinaldo Dantas Sampaio comITê dE JoVEnS lIdE-

rançaS InduSTrIaIS Eduardo Faria Daltro

Editada pela Superintendência

de Comunicação Institucional

do Sistema Fieb

conSElho EdITorIal Irundi Ede-

lweiss, Adriana Mira, Cleber Borges

e Patrícia Moreira. coordEnação

EdITorIal Cleber Borges. EdITora

Patrícia Moreira. rEPorTaGEm Pa-

trícia Moreira, Carolina Mendonça,

Marta Erhardt, Rafael Pereira. Pro-

JETo GráFIco E dIaGramação Ana

Clélia Rebouças. FoToGraFIa Rafael

Martins. IluSTração E InFoGraFIa Bamboo Editora.

FEdEração daS IndÚSTrIaS

do ESTado da BahIaRua Edístio Pondé, 342 –

Stiep, CEP.: 41770-395 / Fone:

71 3343-1280

www.f ieb.org.br/bahia_ indus-

tria_online

As opiniões contidas em artigos

assinados não refletem necessa-

riamente o pensamento da FIEB.

Filiada à

BahiaciEBdIrETor-PrESIdEnTE José de Freitas Mascarenhas.

VIcE-PrESIdEnTES José Carlos Boulhosa Baqueiro;

Irundi Sampaio Edelweiss; Carlos Antônio Borges

Cohim Silva. dIrETorES TITularES Clovis torres Ju-

nior; Fernando Elias Salamoni Cassis; João de tei-

ve e Argollo; João Ricardo Aquino; luís Fernando

Galvão de Almeida; luiz Antunes Athayde Andrade

nery; Marconi Andraos Oliveira; Roberto Fiamen-

ghi; Rogelio Golfarb; Ronaldo Marquez Alcântara;

dIrETorES SuPlEnTES Davidson de Magalhães San-

tos; Erwin Reis Coelho de Araujo; Givaldo Alves

Sobrinho; Heitor Morais lima; Jorge Robledo de

Oliveira Chiachio; José luiz Poças leitão Filho;

Mauricio lassmann dIrETor rEGIonal oESTE Pedro

Ovídio tassi dIrETor rEGIonal FEIra dE SanTana João Baptista Ferreira dIrETor rEGIonal SudoESTE

Silvio Vittorio Corradi Saavedra

SESi

PrESIdEnTE do conSElho E dIrETor rEGIonal

José de Freitas Mascarenhas. SuPErInTEndEnTE José Wagner Fernandes

SEnaiPrESIdEnTE do conSElho José de Freitas

Mascarenhas. dIrETor rEGIonal: leone Peter Andrade

iElPrESIdEnTE do conSElho E dIrETor rEGIonal

José de Freitas Mascarenhas. SuPErInTEndEnTE Armando da Costa neto

dIrETor ExEcuTIVo do SISTEma FIEB leone Peter Andrade (interino)

Para informações sobre a atuação e os serviços oferecidos pelas entidades do Sistema FIEB, entre em contato

Unidades do Sistema FIEB

SESI – SErVIço SocIal da IndÚSTrIa

Sede: 3343-1301@Educação de Jovens e Adultos – RMS: (71) 3343-1429 @Responsabilidade Social: (71) 3343-1490@Camaçari: (71) 3205 1801 / 3205 1805@Candeias: (71) 3601-2013 / 3601-1513@Itapagipe: (71) 3254-9930@Itaigara: (71) 3444-4250 / 4251 / 4253@Lucaia: (71) 3205-1801@Piatã: (71) 3503 7401@Retiro: (71) 3234 8200 / 3234 8221@Rio Vermelho: (71) 3616 7080 / 3616 7081@Simões Filho: (71) 3296-9300 / 3296-9330@Eunápolis: (73) 8822-1125@Feira de Santana: (75) 3602 9762@Sul: (73) 3639 9331 / 3639 9326@Jequié: (73) 3526-5518@Norte: (74) 2102-7114 / 2102 7133@Valença: (75) 3641 3040@Sudoeste: (77) 3422-2939 @Oeste: (77) 3628-2080

SEnaI – SErVIço nacIonal dE aPrEndIzaGEm InduSTrIal

Sede: 71 3534-8090@Cimatec: (71) 3534-8090@Dendezeiros: (71) 3534-8090 @Cetind: (71) 3534-8090@Feira de Santana: (75) 3229-9100 @Ilhéus: (73) 3639-9300 @Luís Eduardo Magalhães: (77) 3628-5609@Barreiras: (77) 3612-2188

IEl – InSTITuTo EuValdo lodI

Sede: 71 3343-1384/1328/1256@Barreiras: (77) 3611-6136@Camaçari: (71) 3621- 0774@Eunápolis: (73) 3281- 7954@Feira de Santana: (75) 3229- 9150@Ilhéus: (73) 3639-1720@Itabuna: 3613-5805@Jacobina: (74) 3621-3502@Juazeiro: (74) 2102-7114@Teixeira de Freitas: (73) 3291-0621@Vitória da Conquista: (77) 3424-2558

cIEB - cEnTro daS IndÚSTrIaS do ESTado da BahIa

Sede: (71) 3343-1214

sistema fieb nas mídias sociais

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Relatório sintetiza

principais ações

sustentáveis

realizadas pelo

Sistema FIEB

compromisso social

Gefferson Vila

Nova, professor

do SENAI, foi um

dos destaques do

evento

prata da casa no Bahia moda

Sistema FIEB reforça ações de apoio à

atividade empresarial na região de

Juazeiro e anuncia como prioridade a

construção de uma Unidade Integrada

no município

região norte receBe o programa de interiorização

Equipamentos vão ser instalados no

SENAI Cimatec e permitirão estudos

avançados em computação de alto

desempenho, visando os desafios do

pré-sal e novas tecnologias

senai ganha dois supercomputadores

Sistema FIEB

consolida ações

para reforçar

atendimento às

micro, pequenas e

médias empresas

da Bahia

Foco nas mpme

sumário out/nov 2013

22

reginaldo

mendes, gerente

da Fábrica de

Biscoitos Tupy

25

14

6 12

FOtOS RAFAEl MARtInS/SIStEMA FIEB

RAFA

El M

ARtI

nS/S

IStE

MA F

IEB

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6 Bahia Indústria

por Rafael PeReiRa Foto Rafael MaRtins

o computador mais rápido

da América Latina e um

segundo, também de

alta performance, estão

sendo montados no SENAI Cima-

tec. Eles integrarão o Centro de

Supercomputação para Inovação

Industrial e introduzirão a Bahia

no universo das pesquisas em

computação de alto desempenho

(HPC, na sigla em inglês).

A companhia de óleo e gás BG

Brasil é parceira no projeto de

implantação de um deles, o mais

potente, que foi submetido à apro-

vação da Agência Nacional do Pe-

tróleo, Gás Natural e Biocombus-

tíveis (ANP) e deve receber inves-

timento total de US$ 32 milhões.

Com ele, será desenvolvido um

centro de excelência em image-

amento sísmico e modelagem de

nível internacional, contribuindo

para o desenvolvimento de estu-

dos em campos complexos de óleo

e gás, como os do pré-sal.

O outro supercomputador é vol-

tado à biomedicina, energia eólica,

SEnAI Cimatec recebe dois supercomputadores e ganha Instituto de Robótica, colocando a Bahia em um novo patamar no desenvolvimento de pesquisas

O presidente da FIEB, José Mas-

carenhas, explicou que o instituto

terá duas vertentes de atuação.

“Buscar soluções para tarefas

complexas da indústria, incluindo

desenvolver, no prazo de quatro

anos, o primeiro veículo suba-

quático autônomo (inteligente),

projetado e fabricado no Brasil, a

ser utilizado na área de petróleo e

gás; e desenvolver pesquisas que

irão expandir o conhecimento em

robótica e inteligência artificial no

país. Nossa meta é, em dez anos,

estar no top 10 dos institutos do

gênero no mundo”, adiantou.

As áreas do conhecimento que

mais se beneficiarão com o ins-

tituto, neste primeiro momento,

são agroindústria, automotiva,

energia, mineração, petróleo e gás

e saúde. Os recursos para implan-

tação do BIR são de R$ 18 milhões,

do orçamento para estruturação

do Instituto SENAI de Inovação

SEnAI terá doiscomputadores dealto desempenho

leone Peter,

diretor do

SEnaI, com

nelson Silva,

presidente da

BG Brasil, e o

ex-governador

roberto Santos

robótica e processamento de ima-

gens. Com ele, será possível de-

senvolver competências nas mais

modernas técnicas de modelagem

computacional. Diversas áreas

se beneficiarão, como a indústria

automobilística, a eletrônica com-

putacional e a indústria farmacêu-

tica, que pesquisará formulações

químicas de novos produtos. O

Ministério da Ciência, Tecnologia e

Inovação (MCTI), o SENAI Nacional

e local e o Governo da Bahia são

parceiros nas duas frentes.

RoBóticaO SENAI Cimatec também tem

como meta tornar-se referência na

América Latina em inteligência

artificial e em pesquisa na área de

robótica. Para isso, está criando

o Instituto Brasileiro de Robótica

(BIR). Voltado para o desenvolvi-

mento de projetos de robôs para a

indústria, o instituto buscará so-

luções que aumentem a competiti-

vidade das empresas e promovam

pesquisas de ponta na área.

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Bahia Indústria 7

em Automação. O projeto conta

com a parceria do Centro de Pes-

quisa Alemão para Inteligência

Artificial (DFKI). Para o diretor do

DFKI, Frank Kirchner, o BIR vai

criar um ambiente favorável para

pesquisas relacionadas ao tema.

PaRcERia coM a iNtELOutra ação envolvendo o SENAI

Cimatec foi a assinatura, no dia 11

de novembro, com a Intel, de um

Protocolo de Intenções na área de

tecnologia. O presidente da FIEB

explicou, inclusive, que a parceria

vai fortalecer o Polo de Informáti-

ca de Ilhéus. Quatro áreas de atu-

ação estão abarcadas neste proto-

colo: computação de alto desem-

penho (HPC), desenvolvimento de

plataformas abertas de hardware,

desenvolvimento de software e

soluções inovadoras para atender

à indústria local. A Intel montou

um laboratório dentro do SENAI

para realização de cursos de espe-

cialização na área de desenvolvi-

mento de programas.

O presidente da Intel Brasil,

Fernando Martins, contou que a

escolha do SENAI Cimatec é re-

sultado de uma longa procura.

“Fizemos uma pesquisa por anos,

buscando instituições com espí-

rito empreendedor e competência

técnica. O SENAI Cimatec se en-

quadrou perfeitamente”, elogiou.

Escolhido como um dos três

centros Intel Parallel Computing

Center (IPCC) no Brasil, o Cimatec

receberá investimentos diretos da

Intel em bolsas de pesquisas PHD.

A instituição foi selecionada co-

mo uma das mil universidades do

mundo credenciadas para integrar

o projeto Galileo, que é o primeiro

produto de uma nova família de

processadores Intel compatíveis

com as placas de desenvolvimento

Arduino.

O coordenador do Centro de

Supercomputação para Inovação

Industrial do SENAI, Adhvan Novaes Furtado, explica

com detalhes como os dois

supercomputadores vão auxiliar

as pesquisas avançadas na Bahia

Para que servirão estes computa-

dores?

Estes computadores farão parte de

um laboratório de computação de

alto desempenho e serão utiliza-

dos para executar programas que

demandem alta capacidade de

processamento, memória e comu-

nicação. Em geral, estas máquinas

atuam simulando modelos cientí-

ficos complexos.

quem será beneficiado?

Comunidade acadêmica, indústria

e sociedade em geral, pois o Cen-

tro de Supercomputação e Inova-

ção Industrial atuará em três fren-

tes: Pesquisa e Desenvolvimento,

Serviços Tecnológicos e Forma-

ção. Existem duas linhas de pes-

quisa já definidas para o centro:

Imageamento Sísmico Avançado e

Otimização de algoritmos para de-

mandas empresariais. Um poder

computacional desta magnitude

precisa ser disponibilizado para

nossa comunidade acadêmica e

o centro estará preparado para

atender às demandas dos grupos

de pesquisas interessados. No que

diz respeito à prestação de servi-

ços, existe uma carência muito

“A Bahia ganhou um centro de referência estratégico”

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8 Bahia Indústria

“um dos diferenciais da proposta do centro de supercomputação é facilitar o acesso a empresas de pequeno e médio porte

grande por serviços de engenharia

assistida por computador, em es-

pecial, para desenhos complexos.

Um dos principais objetivos deste

centro é oferecer para a indústria

brasileira um serviço de qualida-

de em modelagem computacional

que permita, ao mesmo tempo,

acelerar o processo de desenho

e prototipagem de produtos e re-

duzir custos. Alinhada com estas

ações está a formação de recursos

humanos em computação de al-

to desempenho, desde técnicos,

administradores de sistemas até

mestres e doutores.

E de que forma os computadores

estarão disponíveis para uso da

comunidade?

Através dos grupos de pesqui-

sas e dos projetos das empresas.

Mais do que dois computadores

de grande porte, o que está sendo

desenvolvido na Bahia é um cen-

tro de referência em uma das áre-

as mais estratégicas para o avanço

técnico-científico nacional. Este

centro atuará para a comunidade

acadêmica, para a indústria e for-

mando pessoas para a sociedade.

Para a indústria baiana, qual o di-

ferencial que estas máquinas tra-

rão em termos de competitividade

e inovação?

Por estar localizado na Bahia e em

um centro como o SENAI Cimatec,

que tem forte relacionamento com

a indústria baiana, os ganhos pa-

ra o ecossistema empresarial local

são diretos. Poderão ser desen-

volvidos projetos que permitirão

implementar inovações tecnoló-

gicas, aumentar a produtivida-

de e reduzir custos associados à

produção. A formação de recursos

humanos será outro diferencial.

Grande parte das pessoas qualifi-

cadas deve ser absorvida localmente. Outro ponto de

destaque é a capacidade que um equipamento deste

porte possui de facilitar a criação de inovações dis-

ruptivas, ou seja, inventos capazes de gerar grandes

evoluções tecnológicas. O centro possui uma incuba-

dora de empresas que abrigará as empresas nascen-

tes que explorarão os conhecimentos gerados pelos

pesquisadores e os transformarão em produtos de

mercado.

quais as áreas que mais farão uso das máquinas?

Em geral, as áreas mais demandantes de supercompu-

tação são a indústria de manufatura, biotecnologia,

energia e aeroespacial. Embora

disponível para todas as áreas do

conhecimento, o centro de super-

computação do SENAI Cimatec

possuirá uma linha específica de

pesquisa e formação de pessoas

em tecnologias para exploração e

produção de petróleo e gás natural.

Na Bahia, há um grande parque

industrial, potencial usuário desta

tecnologia. A cadeia de produção

de energia eólica, a indústria auto-

motiva e petroquímica também po-

dem se beneficiar de um centro de

computação de alto desempenho.

as pequenas e médias empresas

poderão se beneficiar?

Um dos diferenciais da proposta

deste centro é justamente facilitar

o acesso a empresas de pequeno e

médio porte. A utilização de sof-

twares de modelagem computa-

cional em geral é custosa, deman-

da conhecimento especializado e

muito tempo de desenvolvimento.

O centro de supercomputação,

com sua capacidade de escala,

adquirirá os principais softwares

e ofertará às empresas soluções

adequadas à sua realidade fi-

nanceira. Outra forma de apoio à

inovação às PME está relacionada

aos projetos Embrapii. O SENAI

Cimatec é parte da empresa bra-

sileira de pesquisa e inovação in-

dustrial e pode subsidiar projetos

de inovação. Um terço do inves-

timento necessário ao projeto é

apoiado pelo programa, um terço

pela empresa interessada e um

terço como contrapartida não-

-financeira do próprio Cimatec.

Acreditamos que a utilização do

supercomputador poderá gerar

muitos projetos com característi-

cas inovadoras e com capacidade

de transformar a capacidade pro-

dutiva da empresa. [bi]

adhvan Furtado, coordenador do centro

VAltER POntES/COPERPHOtO/SIStEMA FIEB

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circuito por cleBer Borges

Bahia Indústria 9

“economia Frequentemente não tem relação com o total gasto, mas com a saBedoria empregada em gastá-lo.”

henry Ford, fundador da Ford Motor Company, pioneiro na montagem em série, que reduziu custos e popularizou o automóvel

Problemas de qualificaçãoNo Brasil, 74% das empresas

de construção civil têm

dificuldade de encontrar

mão de obra qualificada.

Quanto maior a empresa,

pior. Dentre as de pequeno

porte, 64% encontram

dificuldade; entre as médias,

77%; e, das grandes

construtoras, 81%. O

levantamento foi realizado pela

Confederação Nacional da

Indústria. Dos entrevistados, 94%

dizem que é difícil encontrar

pedreiros e serventes; 92%,

encarregados e mestres de obra;

70%, trabalhadores da área

administrativa. De acordo com as

empresas, a principal dificuldade

para investir em qualificação dos

funcionários é a alta rotatividade

no trabalho, o baixo interesse dos

trabalhadores e a má qualidade

da educação básica.

Indústria ajusta estoquesA indústria brasileira ajustou os

estoques em setembro. O indicador

de estoque efetivo em relação ao

planejado caiu 1,5 ponto e ficou em

49,8 pontos no mês. É a primeira

vez, desde abril, que a indústria

opera sem excesso de estoques,

conforme a Sondagem Industrial

da Confederação Nacional da

Indústria. Para a entidade, isso

abre espaço para que eventuais

aumentos da demanda sejam

respondidos com aumento da

produção industrial. O estudo

mostra que há outros sinais

positivos no setor. No terceiro

trimestre, diminuiu a insatisfação

com as margens de lucro. Para as

empresas, o principal problema

enfrentado pela indústria

continua sendo a elevada carga.

o atraso do BrasilPara que a economia cresça a

uma média de 4,5% ao ano, é

preciso que os investimentos

no Brasil se situem em 25%

do PIB. E, boa parte desse

investimento deve ser

canalizado para os setores de

infraestrutura de transportes,

educação (especialmente

capacitação de professores e

ensino fundamental) e

saneamento. A distância do Brasil

em relação a outros países

emergentes, como Chile e China,

por exemplo, é tamanha nesses

quesitos que, tomando a área de

infraestrutura como exemplo, para

se igualar a eles, precisaria

investir durante as próximas três

décadas 4,5% do PIB no setor.

Atualmente, são investidos apenas

2,4% do PIB. Ou seja, a distância

só aumenta, conforme ressalta o

economista Cláudio Frischtak.

cenário pouco alvissareiroMoody s e Standard & Poor s,

agências avaliadoras da solvência

das nações, podem a qualquer

momento rebaixar a nota de rating

do Brasil. Quanto pior essa nota,

mais caro fica para o país captar

dinheiro no exterior.

Recentemente, o FMI e a

Organização para Cooperação e o

Desenvolvimento Econômico

(OCDE) divulgaram diagnóstico

desfavorável às contas nacionais e

pediram, ambos, mais arrocho

fiscal. Em síntese, o setor público

gasta além de suas possibilidades.

Como os gastos de custeio sempre

aumentam, sobra pouco recurso

para investir. A perspectiva para

2014, segundo setores críticos ao

governo Dilma, é de baixo

crescimento da economia.

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10 Bahia Indústria

sindicatos

livro destaca a cultura do tabaco no recôncavo Uma nova visão da realidade da cultura e da indústria taba-

queira e a projeção de perspectivas é a proposta do livro Tabaco

da Bahia, lançado pelo Sindicato da Indústria do Tabaco no Estado

da Bahia (Sinditabaco) com o apoio da FIEB. A obra, de autoria de

Jean Baptiste Nardi, traz um olhar crítico sobre a cadeia produtiva

do fumo. De acordo com o autor, os limites do mercado, as tarifas

alfandegárias e a política sanitária

contribuem para a atual crise do se-

tor. Ele observa que é patente o des-

conhecimento do segmento, embora

ele seja a base econômica de muitos

municípios do Recôncavo.

Pelo quarto ano consecutivo, foi realizado, em Sal-

vador, o Encontro das Indústrias Baianas do Setor de

Leite e Derivados, evento em que se discutiu a situa-

ção e as perspectivas do segmento, com o objetivo de

apoiar a cadeia produtiva e fortalecer o setor lácteo.

Promovido pelo Sindicato das Indústrias de Laticí-

nios e Produtos Derivados do Leite (Sindileite), o en-

contro reuniu, entre 20 e 22 de setembro, laticinistas

e fornecedores de equipamentos de todo o estado,

que se dividiram em estandes montados no salão de

eventos do Hotel Catussaba. A ação contribui para a

melhoria da competitividade das indústrias e para o

fortalecimento do setor. O sindicato aproveitou para

lançar a primeira edição do Informativo Laticínios da

Bahia, que terá periodicidade bimestral.

Setor de leite discute competitividade

Sinduscon apresenta cases de inovação em encontro nacional

O Sindicato da Indústria da Construção do Estado

da Bahia (Sinduscon-BA) prestigiou, entre os dias 2 e

4 de outubro, em Fortaleza, o 85º Encontro Nacional

da Indústria da Construção (Enic), que teve como te-

ma “O futuro que vamos construir juntos”. Diretores

do sindicato ministraram palestras na programação

do evento, que reuniu os principais players do setor.

O diretor de Relações Institucionais, Vicente Mattos,

falou sobre o Programa de Inovação Tecnológica na

Construção, e a assessora técnica Natasha Thomas

apresentou o projeto da nova sede da entidade, que

demonstra na prática a viabilidade técnica e econô-

mica da construção sustentável.

Workshop para discutir norma de desempenho

Os efeitos, a abrangência e principais pontos da

NBR-15.575 – em vigor desde 19 de julho – nos elos

do setor da construção foram os principais temas

abordados no Workshop Norma de Desempenho NBR

15575 – Edificações Residenciais, promovido pelo

Sindicato da Indústria da Construção (Sinduscon) e

Ademi, com o apoio da FIEB, em setembro, em Sal-

vador. “A NBR cria uma disciplina para projetos e

gestão da construção, com vistas a obter maior habi-

tabilidade, segurança e desempenho ao longo do uso

da edificação”, avaliou o presidente do Sinduscon,

Carlos Alberto Vieira Lima. O Guia Orientativo para

atendimento à NBR 15.575 está disponível no www.

sinduscon-ba.com.br.

moveba participa de congresso nacional

Com objetivo de buscar estratégias para impul-

sionar o crescimento econômico do setor moveleiro

baiano, o Sindicato da Indústria do Mobiliário (Mo-

veba) participou do 4º Congresso Moveleiro, promo-

vido pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep),

nos dias 25 e 26 de setembro, em Curitiba. O encontro

contou com palestras de especialistas mundiais do

design, mídias sociais, sustentabilidade e mercado,

além de rodadas de negócios. “No sul, há uma grande

integração das empresas e instituições. Precisamos

ter isso como referência para promovermos oportuni-

dades de crescimento para a movelaria baiana”, des-

tacou o diretor do Moveba, Fernando Barreto.

Paulo cintra,

presidente

do Sindileite,

durante

encontro do

setor

AnGElO POntES/COPERPHOtO/SIStEMA FIEB

AnGElO POntES/COPERPHOtO/SIStEMA FIEB

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Bahia Indústria 11

Wagner

Fernandes e

Juan lorenzo,

na assinatura

do convênio

RAFAEl MARtInS/SIStEMA FIEB

Sindisabões assina convênio de qualidade de vida

Incentivar a realização integrada de programas de educação, saúde,

lazer, cultura e responsabilidade social é o foco do convênio firmado en-

tre o Sindicato das Indústrias de Sabões, Detergentes, Produtos de Lim-

peza e Velas (Sindisabões) e o SESI, dia 9 de setembro. “Será disponibili-

zado um trabalho de excelência em segurança e saúde do trabalhador a

um custo acessível”, afirmou o presidente do Sindisabões, Juan Lorenzo.

A parceria auxilia as associadas a construir um ambiente que incentive

o crescimento econômico sustentável.

19º Simpósio do Sinpel discute acordos coletivos

Proporcionar a troca de conhecimento, inte-

ragir com órgãos parceiros e discutir ideias. Foi

com este propósito que foi realizado, nos dias

11 e 12 de setembro, o 19º Simpósio Intersindi-

cal de Negociações Coletivas das Indústrias de

Celulose, Papel, Papelão e Artefatos (Sinpel). O

evento ocorreu no Balneário Camboriú, Santa

Catarina, e contou com a participação de uma

comissão do Sindicato das Indústrias do Papel,

Celulose, Papelão, Pasta de Madeira de Papel

e Artefatos de Papel e Papelão do Estado da

Bahia (Sindpacel).

A conjuntura do setor, o desempenho da in-

dústria e a economia do país foram alguns dos

temas analisados. Para Jorge Cajazeira, presi-

dente do Sindpacel, o evento foi de extrema im-

portância para o setor. O Simpósio 2013 propôs

discussões conjuntas sobre parâmetros, estraté-

gias e táticas de negociação coletiva, para fazer

frente aos sindicatos dos trabalhadores do setor.

A participação do Sindpacel contou com o apoio

da Federação das Indústrias do Estado da Bahia.

Sinprocim firma parceria com o SEnaI

Com objetivo de qualificar as

empresas do setor, o Sindicato das

Indústrias de Produtos de Cimento

(Sinprocim) firmou convênio com o

SENAI para realização do curso de

Ensaios de Concreto. A parceria in-

clui a criação do Clube da Qualida-

de, pelo qual as empresas poderão

utilizar os laboratórios do SENAI

para ensaios de produtos, de forma

a atender às exigências técnicas

do Selo de Qualidade Sinprocim,

que certificará empresas com pa-

drões de excelência nos processos

de fabricação e gestão. “As ações

buscam apoiar as empresas, pro-

porcionando a melhoria da compe-

titividade”, afirma José Carlos Tel-

les Soares, presidente do sindicato.

Simagran participa de feira internacional

Com constantes ações voltadas

para feiras nacionais e interna-

cionais, o Sindicato da Indústria e

Mármores, Granitos e Similares (Si-

magran) participou da 48ª edição

da Marmomacc, de 25 a 28 de se-

tembro, em Verona, na Itália. Trata-

-se da maior feira de design e tecno-

logia em mineração e um indicador

de tendências e novidades para o

setor de rochas ornamentais. “Nos-

so objetivo é internacionalizar a

indústria baiana de rochas e para

sermos competitivos precisamos

investir em tecnologia. Se conse-

guirmos produzir mais, geraremos

mais empregos”, afirmou o presi-

dente, Marcos Regis Andrade. A

ação contou com o apoio da FIEB.

Sindiscam empossa nova diretoria

Tomou posse, dia no dia 24 de

setembro, a diretoria eleita do Sin-

dicato das Indústrias de Serrarias,

Carpintarias, Tanoarias e Mar-

cenarias (Sindiscam). A eleição

ocorreu em agosto e o mandato vai

até 2016. Na opinião do presidente

reeleito, Emmanuel Maluf, o prin-

cipal desafio é aumentar o quadro

de filiados. “O projeto é dinamizar

o sindicato, defendendo os inte-

resses do segmento. Para tanto,

já está sendo feito um trabalho de

contato com as empresas do setor,

apresentando o portfólio de servi-

ços e a integração com o Sistema

FIEB. Destacamos a importância

do associativismo para a sobrevi-

vência das madeireiras”, pontuou.

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12 Bahia Indústria

Única empresa de grande porte

a efetuar navegação regular na

Hidrovia do São Francisco, a

indústria de beneficiamento de

algodão Icofort contabiliza perdas de

65% na safra 2013/2014, causadas por

problemas de logística. Com dificuldade

de utilizar o Rio São Francisco, cujo lei-

to é assoreado, a empresa precisou usar

rodovia para transportar mais de 30 mil

toneladas de matéria-prima oriunda do

oeste baiano, encarecendo os custos.

Em Juazeiro desde 1999, onde empre-

ga 480 pessoas, a Icofort inaugurou, em

2005, uma moderna refinaria de óleo de

algodão, com capacidade para processar

50 mil toneladas do produto. Para os pró-

ximos anos, a empresa tem como meta do-

brar a capacidade de processamento. Se a

hidrovia estivesse em boas condições de

navegabilidade, poderia responder por

quase 90% do fluxo de matéria-prima.

“O modal, se for restabelecido, pode

representar uma redução de até 20% no

custo logístico”, destaca o diretor de lo-

gística Marcelo Cerqueira, acrescentan-

do que a Icofort tem planos para investir

na modernização das embarcações se

houver garantias de manutenção contí-

nua da hidrovia. Mas, se a situação não

for resolvida, a empresa estuda abando-

nar, no início de 2014, o modal fluvial.

azeiro, no qual constataram problemas

como ausência de iluminação, limpeza

e de pavimentação asfáltica em vários

trechos. Posteriormente, mantiveram

encontro com mais de 80 empresários da

região, no qual ouviram suas demandas

e comprometeram-se a encontrar solu-

ções dentro das áreas de competência do

SESI, SENAI e IEL.

No encontro, Mascarenhas sugeriu

que os empresários industriais do Norte

da Bahia se reúnam em uma associação

para levantar as principais necessidades

da região e encaminhar as demandas de

forma coletiva para a FIEB. Já os empre-

sários, aproveitaram a oportunidade pa-

ra pleitear melhorias na infraestrutura e

logística da região e na oferta de energia.

Ciente da importância da melhoria da

infraestrutura para o desenvolvimento

da cidade e da região, o prefeito de Jua-

zeiro, Isaac Carvalho, disse que a prefei-

tura está pleiteando a construção de um

anel rodoferroviário no município.

Outro desafio é alterar o tipo de outor-

ga do Porto de Juazeiro. De acordo com o

secretário de Gestão Estratégica do mu-

nicípio, Flávio Luiz Silva, a expectativa

é que o governo estadual consiga fazer a

alteração na Agência Nacional de Trans-

portes Aquaviários (Antaq) para permi-

tir a realização da licitação e concessão.

O problema foi apresentado ao pre-

sidente da Federação das Indústrias do

Estado da Bahia (FIEB), José de Freitas

Mascarenhas, durante visita à fábrica,

que precedeu o lançamento, no mês de

setembro, em Juazeiro, do Programa de

Interiorização do Sistema FIEB. Acompa-

nhado dos executivos do Sistema, Mas-

carenhas se prontificou em colaborar,

visando uma solução. “O setor público

ainda não deu a importância que deveria

ao transporte fluvial. É crucial que se te-

nha logística para que as indústrias pos-

sam ser competitivas. A infraestrutura é

uma das deficiências que atrapalham a

competitividade da indústria brasileira.”

iNtERLocuçãoA agenda de defesa de interesses do

setor industrial, na qual o apoio na in-

terlocução para a solução de problemas

como o da Icofort se insere, é um dos ní-

veis da atuação do Sistema FIEB com o

Programa de Interiorização. Seu objetivo

é contribuir para o aumento da compe-

titividade da indústria baiana e para a

melhoria das condições de atratividade

de novos empreendimentos.

Após a visita às instalações da Ico-

fort, o presidente José Mascarenhas e os

principais executivos do Sistema FIEB

percorreram o Distrito Industrial de Ju-

Interiorização chega ao norte da BahiaSistema FIEB anuncia para empresários, em Juazeiro, sua meta de ampliar serviços do SESI, SEnAI e IEl

por MaRta eRhaRdt Fotos Rafael MaRtins

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Bahia Indústria 13

Com o Programa de Interiorização, o Sistema FIEB

vai reforçar suas ações de assistência à atividade em-

presarial. Para ampliar o atendimento às demandas

das empresas industriais da região, o Sistema FIEB

tem como uma das prioridades construir uma Unida-

de Integrada em Juazeiro, com investimento estima-

do em R$ 11 milhões. A unidade vai reunir os serviços

oferecidos pelas entidades que integram o sistema e

atenderá às demandas das indústrias da Região Nor-

te da Bahia, que abrange 25 municípios.

Entre eles, destacam-se Juazeiro, Paulo Afonso,

Casa Nova, Senhor do Bonfim, Jaguarari e Campo

Formoso que, de acordo com o IBGE (Censo 2010),

somam 543 mil habitantes e têm um PIB de R$ 5,7 bi-

lhões. Juntos, estes seis municípios reúnem 181 em-

presas industriais e geram 11 mil postos de trabalho.

Destas indústrias, 88% são de micro e pequeno porte

e empregam 20% do total da mão de obra do setor.

Precedendo a visita do presidente da FIEB, José

Mascarenhas, à região, SESI e SENAI realizaram,

separadamente, encontros com representantes da in-

dústria para levantar suas demandas e estruturar as

ações das duas instituições, visando atendê-las com

mais eficiência. Entre as principais necessidades está

a qualificação de mão de obra.

O SENAI, que em 2012 realizou 341 matrículas em

diversos programas de qualificação profissional na

região, deve fechar 2013 com mil matrículas. A ins-

tituição também oferece serviços técnicos e tecnoló-

gicos, consultorias e desenvolvimento tecnológico e

vai ampliar ainda mais a sua atuação em 2014, com a

oferta de cerca de 2.500 vagas em cursos de qualifica-

ção profissional para toda a Região Norte. Deste total,

cerca de 2 mil vagas serão no município de Juazeiro.

Para atingir esta meta, o SENAI alugou um imóvel on-

de funcionarão outras 12 salas de aula. A expectativa

é que no primeiro trimestre de 2014 o espaço já esteja

em funcionamento.

Em 2012, o SESI realizou 33.657 atendimentos a

trabalhadores de 177 indústrias da região. Já o IEL

atendeu, em 2012, 70 indústrias do norte baiano e

alocou mais de 1.200 estudantes em vagas de estágio.

Esse número deve crescer para 1.800 em 2013 e che-

gar a 2 mil em 2014. [bi]

Fortalecendo a presença na região

José mascarenhas

visita unidade da

Icofort, em Juazeiro

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14 Bahia Indústria

por PatRícia MoReiRa, MaRta eRhaRdt e Rafael PeReiRaFotos Rafael MaRtins

rover soluções para tornar a indústria

baiana mais competitiva e produtiva é

o propósito do Sistema FIEB e de suas

casas, visando também assegurar o

adensamento das cadeias existentes

na Bahia, e, mais do que isso, oferecer

uma rede de suporte qualificada, que

confira solidez e segurança aos pro-

cessos produtivos. É aí que SENAI, SESI, IEL, CIEB e

FIEB entram com iniciativas afinadas com as deman-

das de mercado. Uma delas passa pelo fortalecimento

das micro, pequenas e médias empresas industriais,

agentes importantes na composição das cadeias de

suporte às grandes empresas, mas também a estrutu-

ra mais frágil do processo produtivo.

O entendimento do presidente da Federação das In-

dústrias do Estado da Bahia, José Mascarenhas, é que

as MPME (micro, pequenas e médias empresas) têm

um “indiscutível papel na economia, dado o seu papel

disseminador na distribuição dos bens” (vide artigo,

p. 20). O diretor regional do Serviço Nacional da Indús-

tria (SENAI), Leone Peter, partilha da mesma opinião.

“Orientar o foco para as micro e pequenas empresas

é importante, estratégico e necessário, não só porque

elas são as empresas do futuro, mas também porque,

ao mapear todas as cadeias de fornecimento indus-

triais, você vai achar fornecedores com este perfil.

Sistema FIEB concentra ações e une esforços para apoiar o desenvolvimento das micro, pequenas e médias indústrias

reforçAndoA bAse

Então, melhorar a competitividade dessas indústrias é

melhorar a cadeia como um todo”, analisa.

Por esta razão, o SENAI está buscando dar mais

capilaridade às ações da entidade, fazendo com que

os serviços especializados cheguem ao interior do es-

tado e assim possam atender melhor ao segmento das

MPME. A desconcentração das ações do SENAI está

prevista no Planejamento Estratégico da FIEB, em

seu Programa de Interiorização, observa Leone Peter.

A estratégia, conforme explica o diretor regional

do SENAI, é fazer esta desconcentração a partir das

principais unidades regionais e, a partir delas, criar

núcleos nas cidades do entorno. Outra ação do SENAI

é a oferta de produtos. “Estamos fazendo um planeja-

mento estratégico de todas as 30 áreas tecnológicas

para ampliar nosso portfólio em educação, consul-

toria e serviços tecnológicos, adequados às micro e

pequenas empresas”, acrescenta Peter.

Além dessa estratégia macro, que visa ampliar

o portfólio de serviços no interior, o gerente do Nú-

cleo Estratégico do SENAI Bahia, Luís Breda Masca-

renhas, explica que o foco da instituição é também

oferecer estrutura e aumentar a competitividade das

empresas baianas. “Nosso objetivo é levar para o

empresário as melhores soluções, utilizando as tec-

nologias mais modernas e adequadas. Hoje, todas as

nossas áreas estão estruturadas para a inovação e o

o empresário

Guilherme

Viterbo, da

costa leste,

moda praia e

casual

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Bahia Indústria 15

apoio aos empreendimentos, tanto os de grande porte

quanto os menores”, explica.

Uma das maneiras de apoio, segundo Breda, é a

disponibilização de maquinário industrial. Muitas

empresas não dispõem de algumas máquinas para

trabalhos específicos, como prototipagem rápida,

desenvolvimento de ensaios, calibração, medição tri-

dimensional. “Estas máquinas são muito caras. Elas,

então, recorrem ao SENAI”, acrescenta Breda.

SESiO Serviço Social da Indústria (SESI Bahia) atendeu,

até setembro de 2013, 2.400 empresas industriais, sen-

do 38% micro, 38% pequenas e 17% médias, nas áreas

de Segurança e Saúde no Trabalho (SST), qualidade de

vida, odontologia, lazer ativo e educação do trabalha-

dor da indústria e de seus dependentes.

De acordo com o superintendente do SESI Bahia,

Wagner Fernandes, além de ser importante em nú-

mero de empresas, as MPMEs são

as que, por suas características,

têm mais dificuldade para atendi-

mento aos programas legais e es-

pecíficos voltados para a redução

de acidentes de trabalho e absen-

teísmo. É aí que o SESI surge como

supridor de soluções, oferecendo

serviços importantes para que o

trabalhador seja mais produtivo e

possa contribuir para a competiti-

vidade das empresas.

“A perpetuidade das MPME no

ambiente empresarial vai depen-

der de ela ser inovadora, ter pro-

cessos que permitam que ela te-

nha produtos de melhor qualidade

e com menores custos”, explica

Fernandes, destacando algumas

Ações preventivas com custo subsidiadoA Costa Leste tomou consciência da necessidade de contratar os serviços do SESI depois de uma reunião convocada pelo Sindicato das Indústrias de Vestuário de Salvador (Sindivest), alertando para empresas que estavam sendo fiscalizadas e cobradas pelo cumprimento das exigências da NR-12. “Nós aderimos como uma ação preventiva e já recebemos o relatório com todos os ajustes que terão que ser feitos”, explica Guilherme Viterbo, proprietário da Costa Leste, fabricante de roupas de Salvador. Na avaliação do empresário, que teve o custo da consultoria realizada pelo SESI subsidiada por meio da parceria com o Sebrae, o investimento valeu a pena. “Com os ajustes, a gente não fica exposto às fiscalizações e embora a indústria de vestuário não ofereça tanto problema, a gente identificou alguns pontos que poderiam dar problema e vamos fazer correções de pequenos elementos de segurança nas máquinas.”

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soluções que o SESI tem oferecido

às empresas. Um exemplo é o Mo-

delo SESI em Segurança e Saúde

no Trabalho (SST) que oferece ser-

viços como o Programa de Preven-

ção de Riscos Ambientais (PPRA),

o Programa de Controle Médico de

Saúde Ocupacional (PCMSO), pa-

lestras educativas, Relatório Exe-

cutivo de Gestão do Absenteísmo,

Avaliações ambientais, laudos de

insalubridade e periculosidade.

Todos visam o atendimento a nor-

mas regulamentadoras, como as

NR 7, 9, 15 e 16.

Outra ação importante que o SE-

SI vem desenvolvendo, resultado

de uma ação conjunta que envolve

a Superintendência de Relações

Institucionais (SRI) da FIEB, os sin-

dicatos patronais e tem a parceria

do Sebrae é o Programa de Adequa-

ção à NR 12 – Segurança no Traba-

lho em Máquinas e Equipamentos.

O programa atende atualmente 50

empresas, sendo 76% MPE.

A coordenadora do programa,

a engenheira de segurança do SE-

SI, Maria Fernanda Faiçal, lembra

que empresas têm no programa a

oportunidade de reduzir o núme-

Inovação para se destacar no mercado

ro de acidentes com máquinas e

equipamentos, principal objetivo

do SESI, mas também evitar as no-

tificações e autuações da Superin-

tendência Regional do Trabalho,

evitando prejuízos financeiros

SuBSÍDioSNo Programa de Adequação

à NR 12, a parceria com o Sebrae

permite um aporte de recursos em

forma de subsídio para as micro e

pequenas empresas (MPE), que co-

bre até 70% do valor da consultoria

feita pelo SESI, ficando a empresa

com apenas 30% dos custos. Algu-

mas empresas da região de Feira de

Santana também estão negociando

subsídios do Sistema Brasileiro de

Tecnologia (Sibratec), intermedia-

dos pelo Instituto Euvaldo Lodi

(IEL Bahia). Os serviços de SST, de-

senvolvidos dentro do Modelo SE-

SI, também contam com subsídio:

as empresas arcam com 10 a 15%

do valor dos serviços e os demais

recursos são dos departamentos

Nacional e Regional do SESI.

O SENAI também está atento

à importância do financiamento

para as MPMEs. Então, além das

parcerias tradicionais com a Fapesb (Fundação de

Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia), o Serviço

Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

(Sebrae), o Edital SESI/SENAI de Inovação; os fundos

de fomento Finep (Financiadora de Estudos e proje-

tos) e ou programas como o Sibratec, Programa de

Apoio à Competitividade das Micro e Pequenas In-

dústrias (Procompi), em convênio com o Instituto Eu-

valdo Lodi (IEL), o SENAI está buscando uma outra

forma de viabilizar o atendimento, reduzindo o custo

dos serviços para as micro e pequenas empresas.

“Isso vai se dar via Teoprax, uma metodologia

alemã que aproxima a instituição educacional das

empresas. Com este método, os problemas do mun-

do real, neste caso os das indústrias, principalmente

das micro e pequenas indústrias, são trazidos para as

escolas para serem resolvidos por alunos em projetos

de final de curso. Ele explica que em uma consulto-

ria feita pelo Teoprax, o custo pode cair 80%. Outra

iniciativa que está sendo estruturada no SENAI é o

programa de fomento de empresas via incubadoras

e aceleradoras. “São empresas de base tecnológica,

Desenvolver um produto inovador, com foco no usuário, maior conforto e ergonomia, elaborado com tecidos de maior durabilidade. Para atingir este objetivo e iniciar um processo de diferenciação dos produtos no mercado de fardamentos, o designer e sócio da QG Uniformes Profissionais, Erick Oliveira, tem-se dedicado a pesquisas sobre novas modelagens e matérias-primas. “Queremos inovar, transformando o que hoje é vendido como commodity em algo diferenciado, mas com um preço competitivo”, explica.O avanço nas atividades de inteligência competitiva, com a identificação de tendências de mercado, desenvolvimento de análises estratégicas e mapeamento e riscos, foi conquistado com a participação, desde

agosto deste ano, no Jogo da Inovação (Join), solução do IEL-BA desenvolvida com recursos do Fundo Verde e Amarelo da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para sistematizar a gestão da inovação em MPMEs e prestadoras de serviços industriais das regiões de Salvador, Feira de Santana e Ilhéus.Com um ano e meio de existência, a empresa, sediada em Salvador, tinha como negócio, inicialmente, a prestação de serviços de serigrafia. Mas se reposicionou e direcionou a atuação para o ramo de confecções. Foi quando os sócios participaram de uma partida Join e decidiram ingressar no programa. Eles perceberam que a inovação é uma ferramenta estratégica, presente também nos processos de gestão da empresa.

16 Bahia Indústria

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Bahia Indústria 17

Base da cadeia produtiva é qualificada pelo PQFA Cristal Pigmentos, do setor químico e petroquímico, a segunda maior produtora mundial de pigmentos de titânio, firmou parceria com o Instituto Euvaldo Lodi (IEL-Bahia) e desde 2005 é uma das âncoras do Programa de Qualificação de Fornecedores (PQF) na Bahia. “Tínhamos dificuldade com algumas empresas que estavam tecnicamente qualificadas, mas apresentavam problemas de gestão e regularidade de documentação ou que não estavam devidamente preparadas na área de saúde e segurança ocupacional”, recorda Jaime Rezende, líder de Suprimentos da Cristal. As empresas participantes do programa são auxiliadas na implantação de 98 práticas de excelência, distribuídas em dez critérios. A qualificação dos fornecedores pelo PQF contribuiu para que a empresa alcançasse a marca de 3 milhões de horas sem acidentes de trabalho, atingida em 2012. A conquista do prêmio de Melhor Indústria Química e Petroquímica para se Trabalhar do Brasil, organizado pela Editora Abril, também é atribuída à iniciativa.

Empresa reverte risco de falênciaDébora Santana, proprietária da Vovó Nize, fabricante de granola, fundada em 2005, conta que, inicialmente, a empresa produzia pães, mas quase faliu. “O prazo de validade dos pães é muito curto, o que gerou muitas perdas com logística para a empresa. Chegamos à beira da falência”, relata. Como alternativa, surgiu a ideia de mudar o ramo do negócio. Santana resolveu procurar o SENAI, que, por meio do Sibratec, desenvolvido pelo IEL Bahia, fez o atendimento e deu um novo norte para a empresa. A equipe de engenharia de alimentos do SENAI mostrou a possibilidade da Vovó Nize produzir granola. “A granola tem todas as características que precisávamos e pertence ao mesmo ramo de trabalho que atuávamos, o que permitiu que a gente aproveitasse nosso maquinário e até nossos fornecedores”, comemorou Santana. Hoje, a situação se reverteu e o negócio vive em constante expansão. Atualmente, 20 funcionários trabalham na produção e na comercialização.

Sustentabilidade como apostaCriar uma linha de produtos em couro sustentável e socialmente responsável. Este foi o objetivo de Paulo Vinícius Sales, dono da Dominus Couro, de Ipirá, quando se inscreveu no Edital SESI/SENAI de Inovação. “A gente queria potencializar a atuação da empresa e agregar valor à cadeia do couro, disseminando o conceito sustentável no nosso ramo de negócio”, explicou Sales. A iniciativa resultou na criação da Dominus Eco, linha desenvolvida por meio de uma atuação integrada entre o SENAI (Área de Couro e Calçados) e o SESI (Área de Responsabilidade Sócio Empresarial) em Pesquisa Aplicada. O projeto teve duração de 20 meses e contemplou a pesquisa e o desenvolvimento de produtos ecológicos, como bolsas e carteiras femininas, com o uso de insumos verdes. Lançada no início de 2013, a linha está ganhando espaço. Atualmente, a empresa tem 35 empregados.

que nascem geralmente como mi-

cro empresas. Isso a gente está

fomentando não só no SENAI de

Salvador, mas também no interior.

Na Unidade sul, por exemplo, nós

vamos partir para um centro tec-

nológico e uma incubadora tam-

bém”, acrescenta.

açÕES iNtEGRaDaSPara assegurar o atendimen-

to às MPME, o Sistema FIEB tem

atuado de forma integrada. Um

exemplo disso são as ações em

torno do cumprimento da Nor-

ma Reguladora 12, trabalhada no

âmbito Programa de Melhoria da

Competitividade para Micro e Pe-

quenas Indústrias, que envolve,

além do SESI, a Superintendência

de Relações Institucionais (SRI), e

os Conselhos Temáticos da FIEB e

o Centro das Indústrias do Esta-

do da Bahia (CIEB). Graças a esta

parceria, tem sido possível sensi-

bilizar o empresariado por meio

de palestras e encontros na capi-

tal e no interior, onde o CIEB, por

exemplo, contou com a participa-

ção de cerca de 400 empresários e

representantes de indústrias. A

meta do programa é sensibilizar

2 mil empresas até 2016 em todo o

estado e prevê, ainda, o fortaleci-

mento do associativismo.

O superintendente do Instituto

Euvaldo Lodi (IEL Bahia), Arman-

do Neto, ressalta a importância

dessa sinergia entre as casas do

Sistema FIEB. “Temos competên-

cias em áreas diferentes. A ideia

de sistema pressupõe a articula-

ção e, desta forma, aproveita-se a

expertise de cada casa”, pontua.

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18 Bahia Indústria

A Superintendência de Relações Institucionais da

FIEB implantou em 2012 o Projeto Sindicatos, que

contribuiu para o crescimento de 9% no número

de empresas associadas aos sindicatos filiados à

FIEB em 2013. “O sindicato é fundamental, princi-

palmente no apoio às micro e pequenas empresas,

defendendo seus interesses, organizando e fortale-

cendo as demandas setoriais”, pontua o superin-

tendente Cid Vianna.

Dentre as ações do projeto, está a estruturação

do portfólio de sindicatos filiados à FIEB, que, além

de informações sobre cada representação, apresen-

ta os benefícios ofertados pelo Sistema FIEB às em-

presas associadas, como descontos nos serviços de

educação e qualificação profissional, capacitação

empresarial, serviços técnicos e tecnológicos, e na

área de saúde e segurança do trabalhador, realiza-

dos pelo SESI, SENAI e IEL. As empresas associa-

das contam, ainda, com um sistema de assessoria

jurídica online, que beneficia principalmente MPE,

destaca Cid Vianna.

aSSociatiViSMoOutra ação voltada para as empresas indus-

triais, desenvolvida pelo Centro das Indústrias do

Estado da Bahia (CIEB), visa estimular o associati-

vismo. Desta forma, empresas do mesmo setor ou

de setores correlatos são estimuladas e se reunir e

identificar os gargalos e demandas comuns. A par-

tir daí, o CIEB articula o atendimento com parcei-

ros como SESI, SENAI, IEL e Sebrae.

Com o apoio do CIEB, empresas de confecção

do oeste baiano formaram um núcleo setorial (ver

na p. 19). O mesmo ocorre em Vitória da Conquista

(setores de Alimentos e Transformação de Plásti-

co), em Ilhéus e Itabuna (setor de Alimentos – Cho-

colate) e em Feira de Santana (setor de Logística/

Serviços Industriais), onde os núcleos estão sendo

estruturados. “A atuação por meio dos núcleos se-

toriais facilita o atendimento das demandas e dá

mais representatividade ao processo de defesa de

interesses”, explica o gerente-geral do CIEB, Evan-

dro Mazo. Outro pilar de ação é a disseminação de

informações estratégicas, principalmente para as

MPE, que somam 67% da base do CIEB.

Suporte à representação

O IEL Bahia atua em duas li-

nhas de atuação que abarcam

serviços e projetos com foco nas

MPME baianas: desenvolvimen-

to de carreiras e empresarial. Até

setembro de 2013, o IEL atendeu

cerca de 600 empresas de micro e

pequeno porte, além de 249 de mé-

dio e grande porte em todo o Esta-

do, segundo dados da base Siga.

Deste total, 47% estão no interior.

“A meta é ampliar o atendimen-

to, priorizando o interior do esta-

do, seguindo a diretriz do Sistema

FIEB”, explica o superintendente

do IEL, Armando Neto. Ele destaca,

ainda, que todos os serviços e pro-

jetos do IEL são subsidiados e o be-

nefício é ainda maior para associa-

das dos sindicatos filiados à FIEB.

Para auxiliar as empresas de

menor porte a solucionar seus

gargalos de gestão, o IEL oferece,

na linha de desenvolvimento em-

presarial, soluções para o fortale-

cimento da competitividade. Um

exemplo é o Programa de Qualifi-

cação de Fornecedores (PQF), que

há oito anos capacita as MPME pa-

ra atender às exigências dos gran-

des empreendimentos implanta-

dos na Bahia. Atualmente, bene-

ficia cerca de 130 organizações

em todo o estado e é realizado em

parceria com SESI e SENAI. Nesta

mesma linha, foram lançados em

2013 dois projetos para fortale-

cimento das cadeias produtivas

Automotiva e de Petróleo e Gás e

Indústria Naval.

EcoEficiêNciaAs MPME baianas também

contam com o apoio do IEL para

implementar boas práticas em

ecoeficiência, além de possibili-

tar transferência tecnológica. De-

senvolvido na Bahia desde 2011,

Programa Indústria Ecoeficiente

atendeu 161 empresas integrantes

das cadeias da Construção Civil,

Petroquímica e Automotiva. [bi]

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Bahia Indústria 19

De olho no exteriorA FIEB também desenvolve, por meio do Centro Internacional de Negócios (CIN), e em parceria com o IEL e o Sebrae, o Programa de Competitividade para Internacionalização das MPME da Bahia. Instalada há 20 anos em Feira de Santana, a empresa de produtos naturais Vitta Croc participou, representada por traders, da maior feira multissetorial da América Latina e Caribe, em abril deste ano, no Panamá. “A vantagem é que o Panamá é porta de entrada para o resto da América”, pontua a diretora comercial, Amália dos Santos. A Vitta Croc é uma das 218 empresas cadastradas no Programa de Internacionalização, que começa com o Projeto de Extensão Industrial Exportadora (Peiex). Mapeando as principais necessidades, estabelece um perfil do negócio e elabora o diagnóstico da competitividade da gestão. Ao longo de dois anos do programa, foram elaborados 177 planos de competitividade.

Prevenção e segurança no ambiente produtivoA Fábrica de Biscoitos Tupy S/A foi uma das empresas que contaram com os serviços do SESI para adequação às normas da NR-12. O trabalho foi iniciado há cinco meses nas duas unidades da empresa. Na fábrica do Retiro, o trabalho já foi concluído e agora a unidade do Centro Industrial de Aratu está fazendo os ajustes recomendados pelo SESI. De acordo com o gerente administrativo Reginaldo de Queiroz Mendes, como o maquinário da fábrica é antigo, era necessária a adaptação, caso contrário a empresa seria multada e a empresa teria que suspender as atividades até que fossem feitas as adequações, gerando prejuízos ao faturamento. Ele conta que com base no relatório elaborado pelo SESI, a empresa já foi inspecionada e liberada pela Delegacia Regional do Ministério do Trabalho. As adequações permitiram assegurar maior segurança aos funcionários e isso acaba surtindo um efeito positivo no ambiente de trabalho. A empresa também teve que fazer treinamentos para o pessoal. “Há casos de empresas que tiveram que ficar 30 dias fechadas para adequação, além de ter que fazer o serviço às pressas e a um custo maior, por falta de tempo de pesquisar preço e fornecedores”, adverte Reginaldo.

União para competir e crescer Em busca de mais competitividade, micro e pequenas empresas do setor de confecções do oeste uniram-se para formar a Redevest, que deve entrar em operação em janeiro de 2014. Inicialmente, as empresas vão realizar compras de insumos e serviços em conjunto. Mas existe a possibilidade de realizar vendas conjuntas e formar um centro de distribuição comum no futuro. “Só seremos competitivos se tivermos volume de compra e de venda. Vimos que a união era importante para aumentar nosso poder de barganha”, explica Augusto Andrighetti Klemz, gerente da Robe Belle, situada em Barreiras e uma das sete integrantes da Redevest. O empresário ressalta que o principal objetivo é fortalecer regionalmente a cadeia têxtil. Por isso, em paralelo, os empresários também identificaram a necessidade de industrialização do polo produtor de algodão do oeste. A criação da Redevest foi viabilizada pelo Programa de apoio à Competitividade das Micro e Pequenas Indústrias (Procompi). Durante um ano e meio, as empresas integrantes do projeto receberam consultorias e capacitações. Atualmente, cerca de 120 empresas dos setores de Cosméticos e Saneantes, Metalmecânica, Mineração, Papel & Celulose e Vestuário são beneficiadas com as ações do programa na Bahia.

SIlVIA tORRES/AG. SEBRAE VAltER POntES/COPERPHOtO/SIStEMA FIEB

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Dos grandes e dos pequenos

A exemplo da competitividade

que se observa no Brasil, nas ca-

deias ligadas aos recursos natu-

rais, em especial, ao agronegócio

e à mineração, a FIEB tem traba-

lhado para fortalecer as cadeias

produtivas industriais, indo ao

encontro das micro, pequenas e

médias empresas (MPME).

O setor automotivo, no enten-

dimento da Federação, é um dos

mais promissores, neste sentido,

se tomarmos por base exemplos

como o da Toyota, no Japão, que

tem cerca de 500 fornecedores

fixos, que dividem a tarefa com

3 mil empresas menores e se re-

lacionam com outras 20 mil de

pequeno porte. Isso poderia ser

replicado na Bahia tomando por

base a cadeia de fábricas em tor-

no da Ford.

Outro ponto é tornar as MPME

baianas competitivas. Um desafio

constante e principal alvo estra-

tégico da FIEB. A principal arma

de ataque é o desenvolvimento

da tecnologia e da inovação. Eis

o motivo porque tanta prioridade

é dada ao SENAI Cimatec e à sua

instrumentalização. Este não é o

único problema para o sucesso

dessas empresas, destacando-se

também a qualificação de pessoal

e dos executivos, além de outros

fatores, inclusive o fortalecimen-

to dos sindicatos e das associa-

ções empresariais para aumentar

a escala e a capilaridade quando

da oferta dos atendimentos.

Contudo, de nada adianta pro-

por, se as lideranças desses gru-

pos não entenderem a natureza

da complexidade da competição.

O eixo não é o paternalismo fácil

e ilusório. O empresário desafiado,

ambicioso nos seus negócios e per-

manentemente insatisfeito, tem a

chave para o seu crescimento. O

papel das organizações empresa-

riais é desenvolver competência

própria, profissionalizada, para

apoiá-los na defesa de interesses e

na oferta de instrumentos que me-

lhorem o seu dia a dia produtivo.

Na economia, todas as empre-

sas são interdependentes. Obser-

vem-se os números. No tocante ao

segmento da indústria de trans-

formação do país, a principal na

composição do PIB industrial, as

MPME representam 96% dos es-

tabelecimentos e 33% do Valor da

Transformação Industrial (VTI).

Empregam 54% do pessoal ocupa-

do total ou 4,2 milhões dos empre-

gos formais, segundo o IBGE. As

grandes indústrias, por sua vez,

que são apenas 3,4% do total, têm

quase 67% de participação no VTI

e empregam pouco mais de 46%

dos trabalhadores, ou seja, 3,6 mi-

lhões de postos.

Fica claro que as MPME, que

geralmente fazem parte dessas ca-

deias de produção, são em número

bem maior e quem mais necessita

de atenção, até porque elas têm a

função de servir diretamente à po-

pulação. As grandes são doadoras

dos sistemas de apoio e o que mais

requisitam é a defesa de interesses

coletivos.

Na Bahia, o cenário acompa-

nha a tendência nacional. Aqui,

das 5.504 indústrias registradas

pela pesquisa, 97% se encaixam

no segmento das MPME. Este

grande grupo emprega 54% do

pessoal ocupado total, aproxima-

damente 125 mil empregos, e re-

presenta 26% do VTI estadual. Já

as grandes indústrias são 3% do

total, empregam 46% da mão de

obra e têm 74% do VTI da Bahia.

A importância das MPME na

economia é indiscutível, dado ain-

da o seu papel disseminador na

distribuição dos bens. São muitos

os desafios que têm a enfrentar pa-

ra assegurar a sua competitivida-

de em um mercado marcado pela

forte concorrência e intensa atu-

alização tecnológica, que ajuda a

baratear custos e aumentar a efici-

ência dos sistemas de produção de

manufatura.

Essa visão realista do futuro

competitivo, que vem cada vez

mais se incorporando à economia

do país, tem de contar com a so-

brevivência e o sucesso das nossas

MPME.

JoSé dE F. MAScArEnhASArtigo

"A importância das MPME naeconomia é indiscutível, dado o seu papel na distribuição dos bens, mas são muitos os desafios para assegurar a sua competitividade"

“José de F. mascarenhas é presidente da fiEB

20 Bahia Indústria

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Bahia Indústria 21

conselhos

Experiência canadense em exploração de petróleo é apresentada na FIEB

Com o objetivo de discutir novas formas de ex-

ploração de poços de petróleo onshore (em campos

terrestres), especialistas em exploração de petróleo e

gás do Brasil e do Canadá participaram do encontro

Fundamentos da Exploração e Produção de Não Con-

vencionais: a Experiência Canadense, que buscou es-

treitar relações comerciais e compartilhar experiên-

cias. Os canadenses têm tradição na exploração com

características semelhantes às verificadas na Bahia,

como explica o diretor da FIEB, Miguel Andrade. “Os

canadenses trabalham com esta técnica, ou similar,

há mais de 30 anos e conseguiram reduzir seus cus-

tos”, explicou. Representantes do Canadá participou

de rodadas de negócio. O evento, ocorrido no dia 11

de novembro, na FIEB, foi promovido pelo Comitê de

Petróleo e Gás em parceria com Petrobras, Sebrae,

Alberta-CA, Canadá e Export Development Canada.

Comex e CIN discutem internacionalização das empresas

O associativismo e as parcerias interempresariais

são alternativas para que pequenas e médias empre-

sas consigam competir com grandes organizações e

concorrentes asiáticos no mercado internacional. Es-

ta foi a mensagem que o especialista italiano e con-

sultor em comércio exterior, Nicola Minervini, trans-

mitiu a empresários baianos, durante o Seminário

Modelos de Competitividade Internacional e Inova-

ção, realizado no dia 8 de outubro, na sede da FIEB.

O especialista italiano falou dos principais desa-

fios para micro, pequenas e médias empresas que têm

interesse em exportar e apontou o consórcio de servi-

ços como um dos modelos de cooperação possíveis,

no qual as empresas contariam com uma entidade

de apoio, para ingressar no mercado internacional.

Promovido pelo Conselho de Comércio Exterior (Co-

mex) e pelo Centro Internacional de Negócios (CIN)

da FIEB, em parceria com o Sebrae, o seminário con-

tou com a presença do vice-presidente da FIEB e coor-

denador do Conselho de Comércio Exterior, Reinaldo

Sampaio.

O evento reuniu, no auditório da FIEB, empresá-

rios, técnicos e representantes de instituições baia-

nas atuantes no comércio exterior. O público teve a

oportunidade de compartilhar das experiências do

consultor, que atua há mais de 40 anos na área.

nicola

minervini

falou dos

desafios para

as pequenas

e médias

empresas

Evento reuniu

representantes

do governo

canadense e

empresários

Jovens lideranças discutem macroeconomia

O Comitê da Jovem Liderança Industrial da FIEB

(CJLI) promoveu, dia 16 de outubro, encontro para

discutir macroeconomia e seus reflexos no cenário

local. O convidado para falar do tema foi o economis-

ta-chefe da Votorantim Wealth Management, Fernan-

do Fix, que apresentou a palestra Perspectivas para a

Economia Brasileira, durante a qual fez uma avalia-

ção do cenário econômico atual, a partir da aborda-

gem da crise norte-americana, que esteve a um passo

de atingir o teto de sua dívida, inclusive com risco

de calote. Ele também avaliou o ambiente de insta-

bilidade na Europa e no Brasil e fez uma análise da

indústria nacional.

VAltER POntES/COPERPHOtO/SIStEMA FIEB

ROBERtO ABREu/COPERPHOtO/SIStEMA FIEB

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22 Bahia Indústria

tesouras, pedaços de teci-

dos, desenhos espalhados.

“Cadê a fita métrica que

estava aqui?”, pergunta

Gefferson Vila Nova, no meio do

processo de produção de um novo

look. Ele se prepara para mais um

desfile, em São Paulo, na 34ª Casa

de Criadores. Vencedor do Concur-

so de Talentos do Shopping Barra

de 2013, o estilista e professor do

núcleo de moda do SENAI Dende-

zeiros vem ganhando espaço no

cenário da moda nacional.

Natural de Buracica, no interior

da Bahia, Gefferson mudou-se pa-

ra Salvador aos 15 anos, para es-

por Rafael PeReiRa

Sindicatos

do vestuário

promoveram

o Bahia moda

design, na

arena Fonte

nova; na

passarela,

desfile da

Bonie

modA bAhiA com dnA senAiO estilista Gefferson Vila nova, professor do SEnAI, foi um dos destaques do Bahia Moda Design

tudar. Já sabia o que queria fazer:

moda. “A vida inteira eu soube

que trabalharia com moda. Sabe

aquelas bandeirolas de São João?

Eu picotava todas para fazer rou-

pa para meus bonecos. Lembro

que quando eu tinha 12 anos, vi

um desfile do Christian Lacroix

e fiquei encantado. Era magenta,

azul, tantas cores. Eu sempre amei

cores. Ali eu já sabia o que eu que-

ria”, confessa.

Mas, apesar de ter um talento

visível, ele encontrou dificulda-

de para iniciar sua carreira. Para

atender à expectativa da família,

Gefferson estudou publicidade,

ciências sociais e tentou até jorna-

lismo, mas não concluiu nenhuma

destas faculdades. Não se sentia

motivado, não era o que gostava.

Até que soube de uma capacita-

ção do SENAI em costura e resol-

veu se inscrever. Gostou tanto do

curso que emendou, na sequência,

outras duas capacitações na área:

ilustração e uma extensão na área

de moda. Por orientação de um

professor, resolveu se inscrever no

seu primeiro concurso, o Made in

Bahia. Resultado: primeiro lugar.

“Nesta época, eu trabalhava em

dois call centers. Me virei, fiz o

projeto e levei para minha costu-

reira. Eu nem sabia costurar. No

dia do desfile, quando chamaram

meu nome na hora do primeiro lu-

gar, eu nem acreditei”, conta.

Foi o empurrão que ele precisa-

va para entrar de vez no circuito.

Veio o segundo concurso, o Capi-

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Bahia Indústria 23

tal Fashion Week, evento realiza-

do em Brasília, com foco voltado

para o Centro-Oeste. Para Geffer-

son participar, os organizadores

deram um jeitinho. “Mandei um

projeto e recebi uma resposta po-

sitiva, de um professor da UNB,

doutor em semiótica, dizendo que

o evento ia ‘abrir uma exceção’ pa-

ra minha participação, como esti-

lista convidado. Eu só não poderia

concorrer ao prêmio”, explicou.

Via ProUni, Gefferson, enfim,

entrou na faculdade que que-

ria: Design e Gestão de Moda. No

meio acadêmico fez boas parce-

rias. Começou a assinar coleções

de algumas marcas. Suas peças

começaram a ser vendidas em di-

versos estados brasileiros e, inevi-

tavelmente, ganharam o mundo.

“Já vendi para a Grécia, Irlanda,

Alemanha, Itália, Espanha, Fran-

ça. Enfim, tem roupa minha em

vários países. Mas a melhor ex-

periência foi vender para os Emi-

rados Árabes. As clientes pediam

para adequar as roupas, pois elas

não usam nada acima do joelho

ou sem manga. Elas compravam

muito”, lembra rindo. Os contatos

internacionais vieram das parti-

cipações em feiras e desfiles pelo

mundo, como a Prêt à Porter Paris,

onde já esteve duas vezes, e a Pure

London.

Hoje em dia, aos 31 anos, Ge-

fferson se divide entre as passare-

las e outra paixão: a docência. No

SENAI, Gefferson ministra aulas

de Desenho Técnico, Introdução

a Modelagem e História da Moda.

“Eu nunca vou me afastar da sala

de aula. Eu me sinto muito bem en-

sinando”. Sobre os novos talentos

que encontra nas suas aulas, ele é

otimista. “Tem estudante aqui no

SENAI que vai longe. Os meninos

que vieram do Ebep (Educação Bá-

cEnárIo aTual do SETor dE VESTuárIo na BahIa

é o número de empresas de vestuário

678

94% do total são de micro e pequenas empresas

15.559 é o total de empregos gerados pelo setor

FoNte: SdI/FIeB

Gefferson

Vila nova: “a

vida inteira

eu soube que

trabalharia

com moda”

sica com a Educação Profissional)

do SESI e do SENAI mesmo são

muito aplicados. É de impressio-

nar a capacidade deles”, elogia.

BMDGefferson Vila Nova foi um

dos estilistas que desfilaram na

passarela do Bahia Moda Design

2013. O evento, que vem desen-

volver a indústria da moda na

Bahia, foi realizado nos dias 25 e

26 de setembro, na Itaipava Arena

Fonte Nova. Desfilaram também

no BMD: Bonie (feminina), Tempt

(masculina), Vivire (praia), Jefer-

son Ribeiro, Mahalo e Maddá. O

evento contou ainda com mesas

redondas com especialistas de

moda, oficinas práticas voltadas

para capacitação, além de exposi-

ções e rodadas de negócios.

Promovido pelos Sindicatos

das Indústrias do Vestuário de

Salvador e Feira de Santana, com

o apoio do SENAI, SENAC e Se-

brae, o evento consolida a valori-

zação da moda produzida essen-

cialmente no estado. Durante os

dois dias, lojistas do interior da

Bahia e de outros estados tiveram

contato com as criações das grifes.

A estimativa é que o evento tenha

gerado aproximadamente R$ 1,5

milhão em negócios.

“Um encontro como este vem

provocar toda a cadeia de produ-

ção, mostrando o potencial da in-

dústria baiana, dos nossos desig-

ners. É a demonstração do quanto

a moda baiana tem crescido e se

fortalecido”, declarou a presiden-

te do Sindvest de Salvador, Eunice

Habibe. A presidente do Sindvest

de Feira de Santana, Dilma Por-

tugal, concordou. “Eu vejo que

as marcas baianas estão cada dia

melhores. É um polo que tem cres-

cido muito e gerado emprego.” [bi]

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IStE

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IEB

RAFAEl MARtInS/SIStEMA FIEB

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24 Bahia Indústria

trinta e dois projetos de lei

que tramitam na Assembleia

Legislativa da Bahia e im-

pactam no setor produtivo estão

reunidos na Agenda Legislativa da

Indústria do Estado da Bahia 2013,

lançada pela Federação das In-

dústrias do Estado da Bahia (FIEB)

no dia 24 de outubro. A primeira

edição da publicação engloba pro-

posições relacionadas às áreas tri-

butária, econômica, social, traba-

lhista, de política urbana e meio

ambiente.

Além de apresentar um resumo

de cada projeto de lei e sua fase de

tramitação, o documento, que será

publicado anualmente, traz o posi-

cionamento do setor industrial em

relação aos mesmos. Das proposi-

Al e FIEB lançam agenda da indústriaPublicação lançada pela Federação estreita diálogo do setor produtivo com o legislativo

José

mascarenhas

e marcelo nilo

apresentam a

publicação

ROBERtO ABREu/COPERPHOtO/SIStEMA FIEB

ções analisadas, a indústria posi-

ciona-se convergente com 12 proje-

tos de lei e divergente de 20 deles.

Com a iniciativa, a FIEB preten-

de aproximar setor produtivo do

Poder Legislativo. “É um instru-

mento que vai estreitar a relação

da indústria com a Assembleia. Es-

tamos à disposição para o diálogo

construtivo, para que tenhamos

projetos de lei melhor elaborados e

que, desta forma, colaborem para

o bem comum e tragam melhorias

para a economia do estado”, des-

tacou o presidente da FIEB, José de

F. Mascarenhas.

O presidente ressaltou, ainda,

que o fato de a indústria baiana se

posicionar sobre os projetos em tra-

mitação demonstra a abertura para

o debate com o Legislativo, que de-

ve ser pautado em princípios como

a ética e a transparência.

Presente na cerimônia de

lançamento, o presidente da As-

sembleia Legislativa da Bahia, o

deputado estadual Marcelo Nilo,

também destacou que a Casa es-

tá aberta ao diálogo. “A partir de

agora essa integração será mais

efetiva. Comprometo-me a ouvir

as demandas dos empresários”,

pontuou. Todos os Projetos de Lei

que constam na Agenda foram

protocolados entre 2011 e 2012 e

tiveram suas tramitações atuali-

zadas até maio deste ano. Atual-

mente, além das proposições que

integram a publicação, a FIEB mo-

nitora outros 34 projetos de lei em

tramitação na Assembleia.

O acompanhamento é realizado

pela Gerência de Assuntos Legisla-

tivos e Executivos, criada em 2011.

De acordo com o superintendente

de Relações Institucionais da FIEB,

Cid Vianna, por conta desta inicia-

tiva, 57% dos projetos votados ou

arquivados em 2012 tiveram deli-

beração favorável aos interesses

do setor empresarial. “Há uma ne-

cessidade deste debate para que os

parlamentares possam conhecer a

realidade do setor produtivo.”

Para elaborar a publicação, a

FIEB contou com a participação de

lideranças empresariais, por meio

dos seus sindicatos filiados, de

integrantes dos Conselhos Temá-

ticos, dirigentes e colaboradores

do Sistema FIEB. O documento es-

tá disponível no aplicativo Banca

FIEB, que reúne publicações do

setor industrial. A Banca FIEB po-

de ser acessada gratuitamente na

internet (http://www.fieb.org.br/

bancafieb) e tem versão para ta-

blets e smartphones, nos sistemas

iOS e Android. [bi]

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Bahia Indústria 25

não basta promover uma cau-

sa, é preciso primeiro dar o

exemplo, fazer bem feito,

para depois procurar influenciar.

É com esse espírito que o Sistema

FIEB lançou o Relatório de Susten-

tabilidade, versão 2012, primeira

publicação da entidade que reúne

suas principais iniciativas volta-

das para o desenvolvimento sus-

tentável do estado. O lançamento

ocorreu no final de outubro, du-

rante o encontro Gestão Susten-

tável para uma Sociedade Justa e

Economicamente Viável.

Conforme explicou o presidente

da FIEB, José Mascarenhas, o Re-

latório “tem não apenas o objetivo

de estimular as indústrias à prá-

tica de uma gestão mais respon-

sável, como também tornar mais

conhecidas as ações que o Sistema

empreende com esse enfoque.”

Para o vice-presidente da FIEB,

Reinaldo Sampaio, a publicação

apresenta um trabalho desenvol-

vido há muito tempo na Federa-

ção. “Este relatório é o coroamento

de um processo desenvolvido ao

longo de muitos anos, com o obje-

tivo de contribuir com o fortaleci-

mento da cultura da sustentabili-

dade e da responsabilidade socio-

ambiental da indústria da Bahia.”

Por sua vez, o coordenador do

Conselho de Responsabilidade

Social da FIEB (Cores), Marconi

Andraos, explicou que a entida-

de “tem, entre suas tarefas, que

sensibilizar as empresas para que

Gestão sustentável como valor agregadoSistema FIEB apresenta relatório que sintetiza as ações na área de sustentabilidade adotadas na entidade

passem a gerir seus negócios de

forma sustentável, compreenden-

do o valor agregado que a gestão

socialmente responsável traz para

a organização.”

O Relatório de Sustentabilidade

foi elaborado com o uso da meto-

dologia GRI, que parte da análise

da aplicabilidade, às caracterís-

ticas da organização, de um con-

junto de 48 indicadores nas áreas

econômica, ambiental, de direitos

humanos, boas práticas trabalhis-

tas, responsabilidade social e res-

ponsabilidade quanto a produtos.

No caso de indicadores não

aplicáveis diretamente, fez-se

uma adaptação, mantendo seu

objetivo. Após essa análise, verifi-

cou-se que o Sistema FIEB atende

integralmente a 37 indicadores de

desempenho e, parcialmente, a 11

deles, se enquadrando no Nível B

das diretrizes GRI de indicadores

monitorados com foco em susten-

tabilidade, com níveis de A a C.

A atuação sustentável do Sistema

FIEB parte dos valores que adota,

os quais incluem atuar com ética

e transparência, adotar a merito-

cracia, valorizar a força de traba-

lho, estimular a inovação, foco no

cliente e atuar com responsabili-

dade social. [bi]

Integrante

da orquestra

Juvenil do

SESI, ação

de relações

responsáveis

do Sistema

RAFAEl MARtInS/SIStEMA FIEB

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26 Bahia Indústria

indicAdores Números da Indústria

Indústria baiana cresceu 7%taxa anualizada da produção física, em setembro, foi influenciada pelo desempenho de segmentos com o automotivo e metalurgia

A taxa anualizada da produção física da in-

dústria de transformação da Bahia alcan-

çou elevação de 7%, em setembro último,

pouco acima da taxa registrada no mês

anterior (6,8%), sinalizando a manutenção no ritmo

da atividade produtiva industrial. No ranking dos

13 estados que participam da Pesquisa Industrial

Mensal de Produção Física (PIM-PF-R), oito estados

apresentaram desempenho positivo: Bahia, Goiás,

Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo, Cea-

rá, Minas Gerais e Santa Catarina. Os demais cinco

estados registraram resultados negativos: Espírito

Santo, Pará, Paraná, Pernambuco e Amazonas. A

pesquisa é realizada pelo IBGE, com dados locais

trabalhados pela Superintendência de Desenvol-

vimento Industrial da Federação das Indústrias do

estado da Bahia.

Na Bahia, dos oito segmentos pesquisados, seis

apresentaram resultados positivos: Veículos Automo-

tores (35,8%, devido à maior fabricação de automó-

veis); Metalurgia Básica (22,7%, com maior produção

de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de

cobre); Refino de Petróleo e Produção de Álcool (17,2%,

com aumento na produção de óleo diesel e outros óleos

combustíveis e gasolina automotiva); Borracha e Plás-

tico (10,3%); Celulose e Papel (5,7%, maior fabrica-

ção de celulose); e Produtos Químicos/Petroquímicos

(2%). Em sentido contrário, dois segmentos registra-

ram queda na produção: Alimentos e Bebidas (-5,5%,

devido à menor produção de refrigerantes, óleo de soja

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Bahia Indústria 27

produção física por estado: indústria de transformação

Fonte IBGe; elaboração Fieb/SdI

ESTadoS VARIAçãO (%)

SET13/ Jan-SET 13/ ouT12-SET13/ SET12 Jan-SET 12 ouT11-SET12

São Paulo -1,0 2,0 1,7

amazonas -3,2 1,8 -0,7

pará -10,8 -9,2 -7,6

ceará 4,5 2,8 1,6

pernambuco -7,5 -0,2 -1,0

Bahia 4,4 6,1 7,0

minas gerais -0,4 0,0 1,4

espírito santo 4,5 -11,9 -10,8

rio de Janeiro 3,7 3,0 2,1

paraná 11,2 4,0 -1,2

santa catarina 5,8 1,5 1,2

rio grande do sul 8,8 5,6 2,0

goiás 12,8 4,8 4,8

Brasil 2,0 2,0 1,4

em bruto, leite em pó e manteiga,

gordura e óleo de cacau) e Minerais

Não-metálicos (-0,1%).

cREScEu aciMa Da MÉDiaNa comparação de setembro de

2013 com igual mês do ano ante-

rior, a produção física da indústria

de transformação baiana apresen-

tou um crescimento de 4,4% (con-

tra um aumento de 2% da média

Brasil). Seis dos oito segmentos da

indústria de transformação pes-

quisados registraram crescimento

da atividade, como segue: Refino

de Petróleo e Produção de Álcool

(22,%, com maior produção de óleo

diesel e outros óleos combustíveis

e de gasolina automotiva); Veícu-

los Automotores (16,9%); Borracha

e Plástico (11,8%); Minerais não-

-metálicos (9,6%, maior produção

de cimentos “Portland” e ladri-

lhos e placas de cerâmica para

pavimentação ou revestimento es-

maltados); Celulose e Papel (9,5%,

maior produção de celulose) e Me-

talurgia Básica (3%).

Por outro lado, verificou-se

queda na produção de Produtos

Químicos/Petroquímicos (-6,8%,

em razão do importante impacto

alta densidade (PEAD) e misturas

de alquilbenzenos. Também teve

queda na produção o segmento de

Alimentos e Bebidas (-4,6%).

Tendo em conta o acumulado

dos nove primeiros meses des-

te ano, em comparação a igual

período de 2012, verifica-se um

crescimento de 6,1% na indústria

de transformação baiana. Tal de-

sempenho foi determinado pelo

resultado dos seguintes segmen-

tos: Veículos Automotores (31,9%,

com maior fabricação de automó-

veis), Metalurgia Básica (30,2%,

maior produção de barras, perfis e

vergalhões de cobre e de ligas de

cobre), Refino de Petróleo e Prod.

Álcool (15,5%), Borracha e Plástico

(9,2%), Celulose e Papel (4,4%) e

Produtos Químicos/Petroquími-

cos (0,2%). Por outro lado, verifi-

cou-se queda na produção de Ali-

mentos e Bebidas (-6,4%) e Mine-

rais não-metálicos (-0,7%).

A indústria baiana tem apre-

sentado desempenho expressivo

em 2013, em função dos resulta-

dos obtidos pelos segmentos de

Metalurgia, Veículos Automoto-

res e Refino de Petróleo e Produ-

ção de Álcool. [bi]

negativo decorrente da paralisação

de algumas unidades produtivas

locais, em função tanto dos efeitos

do desligamento do setor elétrico

ocorrido na Região Nordeste, no

final do mês de agosto, mas que

afetaram a produção em setembro,

quanto de paradas programadas

para manutenção). Em termos de

produtos, destaca-se a menor fa-

bricação de etileno não-saturado,

O-xileno, benzeno, polietileno de

JAN

JUL

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

130

135

140

125

120

115

110

105

100

95

Fonte: IBGE; elaboração Fieb/SDI. Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14). Sem ajuste sazonal.

BAHIA - PRODUÇÃO FÍSICA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (2011 - 2013)

2012

2011

2013

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28 Bahia Indústria

Quando desenvolvo uma tecnologia para tor-

nar a empresa em que atuo mais competitiva,

também contribuo para o crescimento do País,

ainda que indiretamente”. Com esta declaração, o en-

genheiro eletricista Daniel Gonçalves compartilhou

com o público do 14° Workshop de Estágio a impor-

tância desta prática para a sua vida profissional.

Com o projeto de pesquisa “Utilização de harmô-

nicos de ranhuras para estimação da velocidade do

motor elétrico de uma unidade de bombeio mecâni-

co”, ele ficou em segundo lugar na categoria grande

empresa do Prêmio IEL de Estágio, realizado em ou-

tubro, em Brasília. O projeto foi elaborado durante o

período de estágio de Daniel na Petrobras (Unidade

Operacional Bahia), realizado de março a novembro

de 2012.

O engenheiro eletricista participou de uma mesa

redonda que integrou a programação do 14° Workshop

de Estágio, realizado no dia 30 de outubro, na Reito-

ria da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e reuniu

representantes das três empresas vencedoras esta-

duais do Prêmio Melhores Práticas de Estágio 2013.

Enéas Góes Furtado, Patrícia Matos, Taiane Aguiar,

apresentaram os programas de estágio e treinamento

da Petrobras, Desenbahia e Sicoob, respectivamente.

A mesa redonda foi mediada pela gerente de Es-

tágio e Formação de Talentos do Instituto Euvaldo

Lodi-Bahia (IEL-BA), Edneide Lima e também contou

com a presença do estudante vencedor na categoria

média empresa, Israel Cerqueira Santos, que estagiou

na Desenbahia.

Na abertura do evento, o superintendente do IEL e

presidente do Fórum de Estágio da Bahia, Armando

Neto, reforçou a importância do estágio como ativi-

dade complementar ao aprendizado acadêmico. “As

atividades que o IEL desenvolve nesta área, como o

workshop e o Prêmio Melhores Práticas, têm como

objetivo disseminar a importância do estágio como

ferramenta educacional”, destacou.

REDES SociaiSCom o tema Desenvolvimento de Carreiras, o

workshop contou, ainda, com palestra do especia-

lista em comunicação digital, Fábio Bito Teles, que

abordou como as redes sociais podem auxiliar ou

atrapalhar a vida profissional. O especialista expli-

cou que as redes sociais são importantes fontes e fer-

ramentas para coleta de informação, para estabelecer

networking e para a produção e disseminação de con-

teúdo profissional.

“Não se contente com apenas uma experiência de

estágio. Se desafie, vá adiante, não espere que a em-

presa em que você trabalha vá te dar tudo o que você

quer. Nós temos que buscar no mercado o que quere-

mos”, aconselhou.

Promovido pelo IEL-Bahia por meio do Fórum de

Estágio da Bahia, o 14° Workshop de Estágio contou

com o apoio do SENAI, SESI, Unijorge, Faculdade

Social, Petrobras, DayHORC, EEEMBA, Grupo FF, Te-

con, Wizard, Shiro Temaki, Uranus2 e ABMP. [bi]

Formação acadêmica aprimorada na práticaFinalista nacional do Prêmio IEl de Estágio compartilha experiência durante workshop realizado em Salvador

Edneide lima

e daniel

Gonçalves

discutiram

sobre como

tirar proveito

do estágio

RAFAEl MARtInS / SIStEMA FIEB

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Bahia Indústria 29

A constatação de que a mo-

bilidade do pedestre é um

dos principais problemas

de Salvador foi uma das primei-

ras observações do ex-prefeito de

Bogotá, Enrique Peñalosa, que

veio à Bahia a convite do Instituto

Movimenta Salvador. Considerado

um dos principais nomes sobre

mobilidade urbana no mundo,

ele discutiu Mobilidade e Planeja-

mento Urbano da capital baiana,

no dia 2 de outubro, na Federação

das Indústrias do Estado da Bahia

(FIEB).

O urbanista, que governou a

capital colombiana de 1998 a 2001,

período em que implantou gran-

des projetos, como a Rede Bogotá

de Ciclovias, o Distrito de Biblio-

tecas e o Transmilênio (sistema de

transporte coletivo), observou que

a capital da Bahia é uma cidade

que exclui os pedestres.

quaLiDaDE DE ViDaPara Peñalosa, os espaços pú-

blicos devem ser melhor aprovei-

tados e a capital baiana precisa

promover mudanças considerá-

veis para melhorar a qualidade de

vida dos seus habitantes. “A me-

lhor cidade para se viver é aquela

especialmente agradável para ca-

minhar, com árvores, iluminação,

calçadas. Aqui, as pessoas fazem

isso no shopping, porque é onde

encontram segurança, calçamen-

Ex-prefeito de Bogotá discute mobilidadeConsiderado uma das referências em mobilidade urbana do mundo, Enrique Peñalosa foi convidado pelo Instituto Movimenta Salvador

ROBERtO ABREu/COPERPHOtO/SIStEMA FIEB

to adequado, etc. Elas precisam ter

espaços públicos assim também”.

O vice-presidente da FIEB, Rei-

naldo Sampaio, concordou com o

convidado e fez um comparativo

com outros momentos da história.

“No passado, as cidades existiam

com a premissa de agrupar indi-

víduos em um ambiente de feli-

cidade, harmônico, seguro. Hoje

nós subvertemos esta lógica. As

cidades estão agredindo a nature-

za humana, por isso, a cada dia,

o indivíduo tem se sentido mais

excluído, com sensação de não

pertencimento a este espaço. Pre-

cisamos discutir soluções para re-

verter este quadro”, pontuou.

Outra particularidade de Sal-

vador que foi bastante criticada

pelo ex-prefeito foi a existência de

autopistas no centro da cidade, co-

mo a Avenida Luiz Vianna Filho, a

Paralela. “Autopistas urbanas, co-

mo as que vejo aqui em Salvador,

são um desastre, são como um rio

venenoso que passa pela cidade.

Os seres humanos não podem se

aproximar. Não se pode atraves-

sar. Elas deveriam ser substituídas

por avenidas arborizadas, com es-

paço para os pedestres, calçadas,

áreas de convívio", criticou.

Para Peñalosa, Salvador só tem

um caminho para resolver a ques-

tão, que é o sistema de ônibus com

faixas exclusivas. De acordo com

o ex-prefeito de Bogotá, uma faixa

de ônibus mobiliza mais pessoas

que 60 faixas de carros. [bi]

Para o

especialista,

a capital

baiana precisa

promover

mudanças para

melhorar a

qualidade de

vida dos seus

habitantes

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30 Bahia Indústria

painel

JogoS REgIonAIS Do SESI Em João Pessoa • Mais de 500 trabalhadores de

45 empresas de todo o estado

participaram, nos dias 27, 28 e 29 de

setembro, da etapa dos Jogos Estaduais do

SESI 2013. A competição foi classificatória

para os Jogos Regionais do SESI, que

acontecerão este ano em João Pessoa, na

Paraíba, no período de 21 a 24 de

novembro, com a participação das

delegações dos estados de Sergipe,

Alagoas, Pernambuco e Paraíba.

Festival literário e Varanda na FlicaO Espaço Cultural Pouso da Palavra ficou pequeno para a

premiação do 1º Festival SESI Literário, no dia 25 de outubro,

durante a Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica). A

premiação foi acompanhada do lançamento de um livro com as

obras classificadas e precedida de um bate-papo com a poetisa

Rosana Paulo, o sociólogo Gustavo Falcón, o designer e editor

Enéas Guerra, e pelo chefe da representação Minc Bahia e

Sergipe, Lula Oliveira. Além do Festival Literário, o SESI

também esteve presente com a Varanda do SESI e a Sala de

Som, que teve transmissão pela web, valorizando a boa música

e as manifestações culturais locais. O Festival teve 293 obras

inscritas e contou com a adesão de 43 empresas industriais

representadas por seus trabalhadores e dependentes, de alunos

da rede SESI de Educação e, também, dos alunos da rede

pública de Cachoeira e São Félix. A lista completa dos

premiados está no Portal do SESI www.fieb.org.br/sesi.

lazzo matumbi foi um dos convidados da Sala de Som

Esporte cidadania chega à 9ª ediçãoUm dia dedicado à

sensibilização da comunidade

para a importância da prática

do esporte como forma de

manter a qualidade de vida e

boas práticas de convivência

social, foi assim A 9ª edição

do Esporte Cidadania,

realizado em parceria com a

Rede Globo, e que este ano

aconteceu no sábado, 26.10,

das 9 às 16 horas, na unidade

do SESI Simões Filho. O

evento contou com a presença

de Allan do Carmo, atleta de

maratona aquática, que

ganhou a medalha de bronze

nos Jogos Pan-americanos

(Rio 2007). Ele não apenas

marcou presença como fez

questão de percorrer os

estandes e conversar com as

crianças presentes. Durante o

evento foram realizados 15.172

atendimentos, incluindo

emissão de documentos,

atividades de lazer e

recreação, oficinas esportivas,

além de serviços de saúde,

oferecidos pelos parceiros e

pelo SESI.

VAltER POntES/COPERPHOtO/SIStEMA FIEB

VAltER POntES/COPERPHOtO/SIStEMA FIEB

caminhada do medida certa bate recordeRealizada pela Rede Globo,

em parceria com o SESI, a

Caminhada do Medida Certa

em Salvador reuniu mais de

10 mil pessoas, no Dique do

Tororó. Foi o maior público

já registrado no evento, que

acontece em várias capitais

do país. Durante a

caminhada, uma iniciativa

do programa Fantástico para

estimular a adoção de

hábitos de vida saudáveis na

população, 63% do público

feminino participante e 59%

do público masculino foram

diagnosticados com

sobrepeso e obesidade.

A Caminhada incluiu

atividades de recreação,

orientação nutricional e

dicas de alimentação

saudável, cálculo do

Índice de Massa Corporal

(IMC) em adultos, feito pelo

SESI e, em crianças, pela

Pastoral da Criança. As

atividades de orientação

nutricional foram realizadas

pelo Programa Cozinha

Brasil do SESI.

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Bahia Indústria 31

Empresários do oeste estiveram com mascarenhas

Victor Ventin liderou a mobilização dos empresários

Empresários da região oeste na FIEBSeis empresários dos municípios de Barreiras e Luís Eduardo

Magalhães, representantes dos segmentos industriais de

confecções, alimentos, metal mecânica e construção civil,

filiados ao Centro das Indústrias do Estado da Bahia (CIEB),

visitaram o SENAI Dendezeiros, unidade que atua com

educação profissional, serviços técnicos e tecnológicos e

informação tecnológica nas áreas de alimentos e bebidas,

couro e calçados, construção civil, gráfica, têxtil e vestuário,

equipamentos móveis industriais e madeira e mobiliário. Os

empresários também tiveram reuniões com o presidente da

FIEB José de F. Mascarenhas e com executivos do SESI,

SENAI, IEL e CIEB. O Sistema FIEB está construindo duas

unidades na região oeste, uma no município de Barreiras e

outra em Luís Eduardo Magalhães.

árabes buscam ampliar negócios na BahiaInteressados nos segmentos da petroquímica,

agroindústria, energia renovável e turismo, representantes

diplomáticos de 13 países árabes participaram, no dia 31

de outubro, na sede da Federação das Indústrias do Estado

da Bahia (FIEB), por meio do Centro Internacional de

Negócios (CIN), do Fórum Econômico Bahia x Países

Árabes. O encontro reuniu embaixadores e encarregados

de negócios de países como Sudão, Egito, Argélia, Omã,

Marrocos, Arábia Saudita, além de empresários,

presidentes de sindicatos baianos e lideranças vinculadas

à Câmara de Comércio Árabe. O Fórum teve por objetivo

apresentar oportunidades de negócios bilaterais e também

o portfólio de serviços oferecidos pelo Sistema FIEB.

RAFA

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ARtI

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IStE

MA F

IEB

AnGElO POntES/COPERPHOtO/SIStEMA FIEB

Parceria entre IEl e cnPq pela inovaçãoEmpresas interessadas em desenvolver produtos, processos e

serviços inovadores terão mais um incentivo a partir de agora.

Até 19 de dezembro estão abertas as inscrições para o Inova

Talentos, uma iniciativa do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e do

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico (CNPq) que oferecerá, até 2015, mil bolsas para

estudantes do último ano da graduação e para recém-

formados desenvolverem inovações nas empresas. As

inscrições serão realizadas pelo Portal da Indústria. O CNPq

investirá R$ 29 milhões no custeio das bolsas. O processo de

recrutamento, seleção, treinamento e acompanhamentos dos

profissionais será realizado pelo IEL, que também auxiliará as

empresas a desenvolver os projetos. Na Bahia, as empresas

devem entrar em contato pelo e-mail inovatalentos@fieb.

org.br. Os candidatos escolhidos receberão bolsas que vão

de R$ 1,5 a R$ 3 mil mensais pelo período de um ano.

Fórum discutiu mudanças no IPTuO Fórum Empresarial da Bahia, que representa 30 entidades,

conseguiu importantes vitórias relativas às mudanças

propostas pela Prefeitura Municipal do Salvador na cobrança

do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), aprovado no dia

18 de setembro, na Câmara de Salvador. Um dos pontos

questionados pelos empresários foi a tributação diferenciada

para imóveis dotados de equipamentos como geradores de

energia e churrasqueiras, bem como o aumento da taxação

em até 300%. Foram três encontros realizados pelo Fórum,

um deles com a presença do prefeito Antonio Carlos

Magalhães Neto, no dia 27 de setembro.

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32 Bahia Indústria

Assédio moral nas relações de emprego

Flávia muniz martins é advogada da Gerência Jurídica da fiEB

jurídico

por flávia Muniz MaRtins

Têm sido frequentes os relatos de

assédio moral nas reclamações

trabalhistas. E, com a multipli-

cação dessas demandas, que cul-

minam, em regra, na condenação

do empregador ao pagamento de

indenização por danos morais pe-

la Justiça do Trabalho, o assunto

tem se tornado alarmante no am-

biente empresarial. Mas, o que é

o assédio moral e como pode ser

evitado?

O assédio moral pode ser defini-

do como uma conduta abusiva, de

natureza psicológica, atentatória

contra a dignidade psíquica da víti-

ma, praticada de forma reiterada e

intencional, colocando o assediado

numa situação constrangedora, ve-

xatória, com a intenção de isolá-lo

do ambiente de trabalho.

Em geral, é manifestado por re-

petidas atitudes constrangedoras

e humilhantes, como ocorre com a

rotulação de apelidos agressivos,

excesso na cobrança de resultados

em reuniões, pagamento de pren-

das por não atingir a meta previs-

ta, dentre outros. Todavia, nada

impede que ocorra veladamente,

dificultando a sua caracterização

e intencionalidade, como no caso

da desqualificação do profissional

com o paulatino esvaziamento de

suas atividades.

A situação mais comum de as-

sédio moral é entre superior hierár-

quico e seu subordinado. Mas nada

impede que ocorra a situação in-

versa, o assédio moral vertical as-

cendente. Há também o assédio ho-

rizontal, entre colegas de trabalho.

E, o mais prejudicial, o organiza-

cional, caracterizado por uma polí-

tica institucional agressiva, com a

gestão por stress, visando eliminar

os empregados mais fracos.

Neste ponto, vale um destaque:

o estabelecimento de metas de pro-

dutividade, com sua consequente

cobrança, está inserido no âmbito

do poder diretivo do empregador,

sendo imprescindível e necessário

para a consecução da atividade

produtiva econômica. O que se ve-

da, apenas, é o abuso do direito no

exercício do poder diretivo.

As consequências do assédio

moral são nefastas. A repetição

sistemática leva à degradação do

ambiente de trabalho, com a perda

da produtividade da vítima e, pos-

sivelmente, o comprometimento de

sua saúde, violando o empregador

não apenas os direitos da persona-

lidade do empregado, mas seu de-

ver de manter o meio ambiente de

trabalho hígido e sadio.

Mas como evitar o assédio

moral no ambiente de trabalho?

Sem dúvida, o melhor caminho

é a prevenção, por meio de ações

informativas e educativas, culti-

vando uma política institucional

de respeito aos direitos humanos,

e de repulsa ao assédio. Igualmen-

te, o investimento em capacitação

e treinamento dos trabalhadores

em suas relações interpessoais,

principalmente de seus líderes,

ao lado da possibilidade de cria-

ção de um canal de denúncia, no

qual o empregado tenha seu sigilo

preservado, contribuirão para a

diminuição do assédio moral no

ambiente corporativo.

STF dá parecer sobre regras do Simples

O Supremo Tribunal Fede-

ral (STF) negou provimento

ao recurso de contribuinte

que questionava a exigência

de regularidade fiscal com o

Instituto Nacional do Seguro

Social (INSS) ou com as Fa-

zendas Públicas federal, es-

taduais ou municipais para o

recolhimento de tributos pelo

regime especial de tributação

para micro e pequenas em-

presas, o Simples. O Tribunal

entendeu que tal exigência

não fere os princípios da iso-

nomia e do livre exercício da

atividade econômica. A de-

cisão teve repercussão geral

reconhecida e deve orientar

as demais decisões em ins-

tâncias inferiores.

decisão sobre multa do FGTS

Empresa obteve tutela an-

tecipada para deixar de reco-

lher a multa adicional de 10%

sobre o Fundo de Garantia do

Tempo de Serviço paga em

demissões sem justa causa,

mesmo após o veto do gover-

no federal ao projeto de lei

que previa o seu fim da sua

exigibilidade. O contribuin-

te alegou que a multa já teria

cumprido o papel para o qual

foi criada (recomposição do

déficit de R$ 40 bilhões no FG-

TS gerado com o pagamento

dos expurgos inflacionários

dos planos Verão e Collor I), e

que o governo a estaria usan-

do para outros fins, como o

programa Minha Casa, Minha

Vida. Da decisão cabe recurso.

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Bahia Indústria 33

ideiAs

por silvana saPucaia

Nos últimos anos, o segmento

produtivo por intermédio de or-

ganizações que representam os

seus interesses, vem realizando

um grande trabalho coletivo para

definir e defender a posição da in-

dústria nos projetos que tramitam

nas Casas Legislativas. Isto está

sendo possível não apenas em

razão do processo de redemocra-

tização do Estado, mas também

porque tais organizações se estru-

turaram para levantar informa-

ções e produzir dados concretos

que demonstram aos legisladores

os impactos concretos das Leis na

economia nacional.

Percebe-se, então, a evolução

na atuação destas organizações

– que antes era realizada com o

objetivo de influenciar na aprova-

ção de projetos convergentes com

os interesses do empresariado, ou

na rejeição daqueles que ameaças-

sem esses interesses –, para o de-

sempenho de um novo trabalho,

que visa mostrar ao Poder Legisla-

tivo que a efetividade da norma só

será atingida quando o processo

legislativo reconhecer a necessi-

dade de compreensão sistêmica

dos problemas, levando em con-

sideração os impactos nas áreas

econômica, ambiental e social.

E neste novo contexto, qual

passou a ser o papel do empresa-

riado no processo de elaboração

das leis?

Sem dúvida que o empresário é

um ator político relevante no pro-

cesso de formação das leis, não

apenas no âmbito federal, como

A participação do empresário no processo legislativo

também estadual e municipal,

devendo exercer seu poder de in-

fluência nos processos de elabo-

ração de regras para minimizar

o impacto econômico que poderá

delas advir.

Isto porque, o que se observa,

em muitos casos, é que efetiva-

mente a matéria trazida no proje-

to de lei requer um conhecimento

técnico específico, dominado ple-

namente apenas por aqueles que

vivenciam as práticas correlatas.

Não sendo possível aos parlamen-

tares visualizar profundamente o

impacto que aquela norma resul-

tará no cenário econômico.

É importantíssimo que o em-

presariado esteja atento, a fim de

evitar, ou ao menos minimizar,

por exemplo, o excesso e a má

qualidade da regulação da ativi-

dade econômica; a legislação tra-

balhista inadequada; o sistema

tributário que onera a produção;

o elevado custo de financiamento

da atividade produtiva; a infra-

estrutura material insuficiente e

a infraestrutura social deficiente.

Estes seis fatores formam, confor-

me entendimento da CNI, o “custo

Brasil”. Diminuir o “custo Brasil”

é essencial para manter a competi-

tividade da indústria nacional.

Evidente que a eficácia da atu-

ação isolada do empresariado

provavelmente será menor do que

a ação das organizações de repre-

sentação. Assim como a atuação

das organizações, sem o apoio

do empresário, fica prejudicada,

pelo que se defende um trabalho

em conjunto, onde há atuação

em parceria através da análise de

Silvana Sapucaia é gerente Jurídica do Sistema fiEB

"o empresário é um ator político relevante no processo de formação das leis, não apenas no âmbito federal, como também estadual e municipal, devendo exercer seu poder de influência"

“impacto do Projeto de Lei no seu

segmento produtivo e da constru-

ção de uma tomada de posição,

além do trabalho de mobilização e

conscientização de seus pares, se

necessário.

Cabe ao empresário acompa-

nhar estas etapas, que são dinâ-

micas, fornecendo informações e

análises baseadas na experiência

do seu ‘dia a dia’, onde o grau de

participação do empresariado in-

dustrial nas questões legislativas

representa seu comprometimen-

to com o futuro de sua empresa e

ainda demonstra, não apenas seu

nível de responsabilidade, mas

também o reconhecimento que

seu segmento produtivo tem papel

fundamental na economia e tam-

bém na definição da qualidade de

vida das comunidades e de seus

empregados.

Assim, cabe ao segmento pro-

dutivo demonstrar aos legislado-

res que o número excessivo e a

desconexão das leis com o merca-

do, implica em burocracia e ine-

ficiência, emperrando processos

que viabilizam a competitividade

e inovação para o desenvolvimen-

to econômico e social. [bi]

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livros

leitura&entretenimento

Ferramenta do século 21A administração por projetos, ao lado do

gerenciamento estratégico, é considerada

um dos principais instrumentos de gestão

do século 21. A metodologia tem auxiliado

os gestores a lidar melhor com os desafios

do mundo globalizado e as mudanças

constantes e imprevisíveis do cenário

empresarial. Neste livro estão elencados

os princípios fundamentais e as etapas na

elaboração de projetos, em especial,

projetos de investimentos, de forma

didática e abrangente.

Photografo Ergo SumA exposição Photografo Ergo Sum dos fotógrafos Marco

Aurélio Martins e Rafael Martins estará aberta a visitação até

15 de janeiro, na Galeria Pierre Verger, no Subsolo da

Biblioteca Central, em Salvador. A mostra é composta por

imagens que utilizam como técnica fotogramas e light

painting em preto e branco, produzidas a partir da projeção

de uma fonte de luz sobre áreas fotossensíveis pelo

sombreamento total ou parcial de objetos. O trabalho

experimental faz parte de uma provocação sobre o tempo na

fotografia. Quem for conferir a poderá conhecer um pouco

mais do trabalho de dois nomes da fotografia baiana e o

encontro de pai e filho, de duas gerações unidas por uma

mesma arte.

conflitos sindicaisUm mergulho sobre a conduta sindical,

a partir do olhar aguçado do jurista e de

um especialista na temática, é o que nos

propõe Luciano Martinez, juiz do

Tribunal Regional do Trabalho da 5ª

Região e professor adjunto do Direito do

Trabalho da Ufba. Nesta obra, a

liberdade sindical, a ação hostil à

organização ou à ação sindical são

tratados com a maestria de quem

domina a matéria. Trata-se de uma obra

de referência.

Elaboração de Projetosmaria alice Soares Consalter, 3ª ed, IBPeX, 176 p., 2011. disponível na Biblioteca FIEB Sede

condutas antissindicaisLuciano martinez, ed. Saraiva, 456 p., 2013. disponível na Biblioteca FIEB Sede

FOtOS DIVulGAçãO

Pierre Verger, uma ponte sobre o atlânticoOs soteropolitanos têm até 23 de fevereiro para conferir duas

mostras de Pierre Verger, em Salvador. Uma retrata uma viagem

pelo Suriname, em 1948, acompanhado do antropólogo, Alfred

Métraux, que registra cenas da vida cotidiana no Atlântico

Negro. Esta, em cartaz na Fundação Pierre Verger apresenta 34

imagens, a maioria inéditas, que permitem entrar em contato

com uma temática chave de ouro da obra: as Américas negras.

Já na Aliança Francesa, estarão expostas 40 fotografias do

Brasil, das Antilhas e de países do continente africano. As fotos

tiradas no Brasil mostram a cultura africana na Bahia como: o

candomblé, a culinária e as tradições culturais.

não percA Fund. Pierre Verger (Pelourinho) e Aliança Francesa (Vitória), até 23/2. Seg a sab., 8 às 21h, Dom. 13 às 21h. Gratuito. (71) 3203-8400/3336-7599

não percA Galeria Pierre Verger, Seg. a Dom., 9 às 21h, até 15.01. Gratuito. biblioteca Central dos barris, Centro, Salvador. informações: (71) 3103-4065

exposição

34 Bahia Indústria

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Bahia Indústria 35

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