ANS incorpora novas drogas no Rol de 2018 para tratamento...

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HEMO EM REVISTA 1 Uma publicação da ABHH NOVOS HORIZONTES hemoemrevista Publicação semestral da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular • jan/jun 2017 • número 34 ANS incorpora novas drogas no Rol de 2018 para tratamento de doenças hematológicas malignas ENTREVISTA Bob Löwenberg, editor- chefe da Blood e conferencista do Hemo 2017 CARREIRA Vanderson Rocha e uma grande história com o TMO COBERTURA Principais eventos da especialidade no primeiro semestre

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HEMO EM REVISTA1 Uma publicação da ABHH

Novos horizoNtes

hemoemrevistaPublicação semestral da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular • jan/jun 2017 • número 34

ANS incorpora novas drogas no Rol de 2018 para tratamento de doenças hematológicas malignas

ENTREVISTABob Löwenberg,

editor- chefe da Blood e conferencista

do Hemo 2017

CARREIRAVanderson Rocha e

uma grande história com o TMO

CobERTuRAPrincipais eventos

da especialidade no primeiro semestre

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HEMO EM REVISTA 3Janeiro / Junho 2017

• N E S T E N Ú M E R O •

18E N T R E V I S T AEditor-chefe da Blood, Bob Löwenberg vem ao Brasil para o Hemo 2017

22C o b E R T u R AResumo dos prin-cipais eventos do primeiro semestre

32C E N á R I oPanorama atual do setor de equipamentos médicos

T r a T a m e n T oANS incorpora novas drogas no Rol de 2018 3604 | Editorial

06 | Diretoria

07 | Conselhos e Comitês

08 | Bibliografia

10 | Digital

16 | Residência

28 | Carreira

40 | Especial Raras

44 | Indústria & Serviços 46 | Giro

A N O I X • e d I ç ã O 3 4

jan/jun 2017

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HEMO EM REVISTA4 Uma publicação da ABHH

• e d i t o r i a l •

ISSN 2179-4855

Hemo em revista é uma publicação semestral da Associação Brasileirade Hematologia, Hemoterapia eTerapia Celular (ABHH) distribuídagratuitamente para médicos. O conteúdo da publicação é de inteira responsabilidade de seus autores enão representa necessariamente a opinião da ABHH.

Jornalista responsável Roberto Souza (Mtb 11.408)

editor Rodrigo Moraes

reportagem Daniella Pina Madson de Moraes Verônica Monteiro

revisão Paulo Furstenau

proJeto editorial Rodrigo Moraes

proJeto gráfico Luiz Fernando Almeida

designers Leonardo Fial Luis Gustavo Martins

foto de capa Shutterstock

contato comercial Caroline Frigene

tiragem 5.000 exemplares

impressão MaxiGráfica

rs press editora Rua Cayowaá, 228 – Perdizes São Paulo – SP – 05018-000 (11) 3875-6296 [email protected] www.rspress.com.br

aBHH Rua Dr. Diogo de Faria, 775, conj. 114 Vila Clementino, São Paulo - SP (11) 2369-7767 / (11) 2338-6764 [email protected] www.abhh.org.br

Dimas Tadeu CovasPresidente da ABHHBiênio 2016-2017

A declaração da missão, visão e valores é uma ação extremamente difundida no meio empresarial. Arma poderosa para apresentar os objetivos e caracte-rísticas de uma organização de forma concisa, esse conceito vem carregado de simbologias que podem motivar e engajar. No caso da Associação Brasi-leira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), os associa-dos e demais profissionais envolvi-dos com essas áreas têm na entidade uma referência da atuação em defesa da especialidade. Não à toa, a missão da entidade reproduz essa ideia com clareza e objetividade: “representar a comunidade de profissionais da área de hematologia, hemoterapia e tera-pia celular, prezando pela qualidade no tratamento dos pacientes e servi-ços da especialidade, incentivando o avanço científico, defendendo a clas-se, congregando os profissionais e dando apoio aos associados”.

Com a credibilidade e o respeito dos associados, a ABHH busca atuar nas mais diferentes frentes para cor-responder a essa enorme responsabi-lidade. Para fazer jus a esse trabalho, esta edição da Hemo em revista traz, por exemplo, a cobertura de uma in-tensa agenda de eventos realizados no primeiro semestre de 2017. Veja tam-bém a entrevista com o editor-chefe

da Blood, Dr. Bob Löwenberg. Convi-dado para apresentar a Conferência Magna do Hemo 2017, o especialista fala sobre a carreira, curiosidades e sua atuação na mais prestigiada publicação da especialidade.

Em outra reportagem, Cenário, abordamos o panorama do setor de equipamentos e dispositivos médicos. O presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnolo-gia de Produtos para Saúde (Abimed), Carlos Goulart, falou sobre a volta do crescimento e as mudanças pelas quais o setor vem passando nos últimos anos.

Na sequência, falamos sobre a participação decisiva da ABHH na ar-ticulação do setor e na incorporação de novas drogas para o tratamento de doenças hematológicas malignas no Rol da Agência Nacional de Saúde Su-plementar (ANS). Veja a reportagem em Tratamento.

Por fim, confira o Giro de Notícias sobre a especialidade e uma reporta-gem – Especial Raras – sobre a doença de Gaucher.

Tenham todos uma boa leitura.

Nossa missão

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HEMO EM REVISTA 5Janeiro / Junho 2017

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HEMO EM REVISTA6 Uma publicação da ABHH

A A S S O C I A Ç Ã O • Por dentro da ABHH

Dimas Tadeu Covas Presidente

Hélio Moraes de Souza Vice-Presidente

Eduardo Magalhães Rego Diretor Administrativo

Jorge Vaz Pinto Neto Vice-Diretor Administrativo

Dante Langhi Jr. Diretor Financeiro

Alfredo Mendrone Vice-Diretor Financeiro

Carmino Antonio de Souza Diretor Científico

Roberto Passetto FalcãoVice-Diretor Científico

José Francisco Comenalli Jr. Vice-Diretor de Defesa Profissional

Angelo Maiolino Diretor de Defesa Profissional

José Orlando Bordin Vice-Diretor de Relações Internacionais

Carlos Sérgio Chiattone Diretor de Relações Internacionais

Silvia M. M. Magalhães Diretora de Comunicação

Júnia Guimarães M. Cioffi Vice-Diretora de Comunicação

Diretoria aBHH2016-2017 ConheçA osesPeCIAlIstAsque IntegRAmA DIReção DAAssoCIAção BRAsIleIRA De hemAtologIA, hemoteRAPIA e teRAPIA CelulAR

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HEMO EM REVISTA 7Janeiro / Junho 2017

Conselhose Comitês

Comitê de AféresesJosé Francisco Comenalli Marques Jr. (coordenador), Alfredo Mendrone Jr., Gil Cunha de Santis

Comitê de Doenças Infecciosas Transmitidas por TransfusãoDante Mário Langhi Jr. (coordenador), Celso Bianco, Dimas Tadeu Covas, Ester Cerdeira Sabino, José Francisco Comenalli Marques Jr., José Eduardo Levi, Nanci Alves Salles, Neiva Sellan Lopes Gonçales, Simone Kashima Haddad

Comitê de Falências MedularesRodrigo do Tocantins Calado de Saloma Rodrigues (coordenador), Diego Villa Clé, Elias Halack Atta, Marco Aurélio Salvino de Araujo, Michel Michels Oliveira, Ricardo Pasquini, Patricia Belintani Blum Fonseca, Phillip Scheinberg, Sara Teresinha Ollala Saad

Comitê de Glóbulos Vermelhos e do Ferro Fernando Ferreira Costa (coordenador), Aderson da Silva Araújo, Clarisse Lopes de Castro Lobo, Dimas Tadeu Covas, Josefina Pelegrini Braga, Ivan de Lucena Ângulo, Maria Stella Figueiredo, Rodolfo Delfini Cançado, Sandra Fátima Menosi Gualandro, Sara Teresinha Olalla Saad

Comitê de Hematologia Laboratorial Kleber Yotsumoto Fertrin (coordenador), Helena Zerlotti Wolf Grotto, Ligia Niéro-Melo, Teresa Cristina Bortolheiro

Comitê de Hemostasia e TromboseDaniel Dias Ribeiro (coordenador), Ana Clara Kneese Virgílio do Nascimento, Dayse Maria Lourenço, Erich Vinicius de Paula, Margareth Castro Ozelo, Paula Ribeiro Villaça, Suely Meireles Rezende

Comitê de Hematologia Pediátrica Sandra Regina Loggetto (coordenadora), Adriana Seber, Andrea Thives de Carvalho Hoepers, Josefina Aparecida Pellegrini Braga, Luiz Gonzaga Tone, Marcos Borato Viana, Maria Lucia de Martino Lee, Mônica Pinheiro de Almeida Veríssimo, Rosana Cipolotti

Comitê de Hemoterapia e Terapia Celular Dimas Tadeu Covas (coordenador), Alfredo Mendrone Jr., Antonio Fabron Jr., Dante Mário Langhi Jr., Carla Luana Dinardo, Eugênia Maria Amorim Ubiali, Gil Cunha de Santis, José Francisco Comenalli Marques Jr., José Orlando Bordin, Marilia Alvares Rugani, Vanderson Rocha

Comitê de Mieloma Múltiplo Angelo Maiolino (coordenador), Danielle Leão, Edvan de Queiroz Crusoé, Gracia Martinez, Jorge Vaz Pinto Neto, Roberto Magalhães, Rosane Isabel Bittencourt, Vânia Tietsche de Moraes Hungria, Walter Moisés Tobias Braga

Comite de Odontologia Luiz Antonio de Souza (coordenador), Célia Maria Bolognese Ferreira, Eduardo Lima Padua, Héliton Spindola Anntunes, Jorge Barbosa Pinto, Luiz Alberto Valente Soares Jr., Geisa Badauy L. Silva, Paulo Sérgio da Silva Santos, Perla Porto Leite Shitara, Renata Monteiro Soares, Vera Lúcia Duarte da Costa Mendes, Walmyr Ribeiro de Mello, Wellington Espírito Santo Cavalcanti

Comitê de Pesquisa Clínica Angelo Maiolino (coordenador), Carlos Sérgio Chiattone, Eduardo Magalhães Rego, Laura Maria Fogliatto, Sandra Regina Loggetto, Vânia Tietsche de Moraes Hungria

Comitê de Síndromes Mielodisplásicas Silvia Maria Meira Magalhães (coordenadora), Elvira Deolinda Rodrigues Pereira Velloso, Irene Lorand-Metze, Lígia Niero-Melo, Luiz Fernando Lopes, Maria de Lourdes Chauffaille

Comitê de Transplante de Medula Óssea Vergilio Antonio Rensi Colturato (coordenador), Angelo Maiolino, Afonso Celso Vigorito, Adriana Seber, Belinda Pinto Simões, Carmem Bonfim, Carmino Antonio de Souza, José Carlos de Almeida Barros, José Salvador Rodrigues de Oliveira, Vanderson Rocha

Comitê do Grupo Brasileiro de Citometria de Fluxo Comissão Executiva: Nydia Strachmam Bacal (coordenadora), Maria Luiza Cortez, Vagner de Castro Comissão Científica: Alex Freire Sandes (coordenador), Maria Cláudia Santos da Silva, Mariester Malvezzi, Mihoko Yamamoto Tesouraria: Glicínia Pimenta (coordenadora)

Comitê de Leucemias Agudas Eduardo Magalhães Rego (coordenador), Belinda Pinto Simões, Evandro Fagundes, Israel Bendit, Katia Borgia Barbosa Pagnano, Maria de Lourdes Chauffaille, Ricardo Pasquini, Rony Schaffel, Rosane Isabel Bittencourt, Tereza Cristina Bortolheiro

Comitê Permanente de Eventos Carmino Antonio de Souza, Carlos Sérgio Chiattone, Dante Mário Langhi Jr., Dimas Tadeu Covas, Hélio Moraes de Souza, José Orlando Bordin, José Francisco Comenalli Marques Jr., Nelson Spector, Ricardo Pasquini, Roberto Passetto Falcão

Comitê de Doenças Mieloproliferativas Crônicas (Não LMC) Renato Sampaio Tavares (coordenador), Alexandre Nonino, Ana Clara Kneese Virgílio do Nascimento, Fábio Pires de Souza Santos, Maria de Lourdes Chauffaille, Monika Conchon, Nelma Diogo Clementino, Vaneuza Araujo Moreira Funke

Comitê de Leucemia Linfoide Crônica Carlos Sérgio Chiattone (coordenador), Celso Arrais Rodrigues, Mihoko Yamamoto, Roberto Passetto Falcão, Vera Lucia de Piratininga Figueiredo

Comitê de Leucemia Mielóide Crônica Katia Borgia Barbosa Pagnano (coordenadora), Belinda Pinto Simões, Carla Maria Boquimpani de Moura Freitas, Carmino Antonio de Souza, Ilana Zalcberg Renault, Israel Bendit, Monika Conchon, Paula Oliveira Montandon Hokama, Vaneuza Araujo Moreira Funke

Conselho Deliberativo 2014/2017Silvia Maria M. Magalhães (região nordeste), Denys Eiti Fujimoto (região norte), Ana Virginia Vanderberg (região norte), Aderson daSilva Araújo (região nordeste), Rafael Henriques Jácomo (região centro-oeste), Rodolfo Delfini Cançado (SP), Angelo Maiolino(RJ), Tereza Cristina Brito Azevedo (região norte), Antonio Fabron Jr. (SP), Waldir Veiga Pereira (região sul), Eduardo Magalhães Rego (SP), Elbio Antonio D’Amico (SP), Clarisse Lopes de Castro Lobo (RJ), Marilia Alvares Rugani (RJ), Paulo Tadeu Rodrigues Almeida (região sul)

Conselho Fiscal 2014/2017Titulares: Adriana Seber, Alvaro Langhi, Lucia Silla Suplentes: James Maciel, Marcos Borato, Suely Rezende

CRIADOS PARA INCENTIVAR A PESQUISA, DIVULGAçãO E ESTUDOS ESPECíFICOS EM DETERMINADOS PROCEDIMENTOS E DOENçAS, OS COMITêS SãO APOIADOS PELA ABHH E TêM POR OBJETIVO SE APROFUNDAR EM TEMAS VARIADOS E APRESENTAR PESQUISAS PARA AUxILIAR NO COTIDIANO DOS HEMATOLOGISTAS E HEMOTERAPEUTAS.

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HEMO EM REVISTA8 Uma publicação da ABHH

B i B l i o g r a f i a • g r a n d e s o b r a s

A Hemo em revista preparou uma seleção de livros na área da hematologia e hemoterapia. Quem é associado da ABHH tem 35% de desconto em todo o

catálogo da Atheneu disponível para compra pelo site da editora.

Fundamentos de Imuno-HematologIaAutores: Lilian Castilho, Jordão Pellegrino Júnior, Marion E. ReidEditora: Atheneu (248 págs.)Didático, o livro aborda os antígenos de grupos sanguíneos, carboidratos e proteínas da membrana eritrocitária e a resposta imune desencadeada por diferenças entre os indi-víduos após transfusão de sangue ou gestação. Esse conhecimento tem sido utilizado para detectar e identificar anticorpos, com o objetivo de garantir que o sangue correto seja transfundido ao paciente certo e para identificar as contribuições biológicas dos antígenos de grupos sanguíneos. O livro é destinado aos profissionais que atuam nos serviços de hemoterapia e hematologistas, bem como a estudantes e residentes.

tratado de HematologIaAutores: Marco Antonio Zago, Roberto Passetto Falcão, Ricardo PasquiniEditora: Atheneu (1.064 págs.)Obrigatório para hematologistas, hemoterapeutas, residentes e internos em he-matologia, o livro transmite a experiência brasileira sobre aspectos científicos, técnicos e profissionais da hematologia. Focando a prática médica, a publicação facilita a busca da informação resumida dirigida aos sinais, sintomas e abordagem diagnóstica, de maneira a proporcionar aos pacientes os recursos mais apropria-dos para a resolução de suas doenças.

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DestAQues no mercADo eDitoriAl

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HEMO EM REVISTA 9Janeiro / Junho 2017

HematologIa e HemoterapIa pedIátr IcaAutores: Sandra Regina Loggetto, Josefina Aparecida Pellegrini Braga, Luiz Gonzaga ToneEditora: Atheneu (513 págs.)Leitura fundamental nos principais cursos de pediatria e hematologia, o livro oferece uma visão abrangente da hematologia e hemoterapia pediátrica, assim como de aspectos práticos de interesse para todos os pediatras, residentes e in-ternos de pediatria e, particularmente, hematologistas e hemoterapeutas.

novas tecnologIas em HemoterapIa – volume 1Autores: Dimas Tadeu Covas e Dante Mario Langhi JúniorEditora: Atheneu (106 págs.)O primeiro volume da Série Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular, editada pelo presidente da ABHH, Dr. Dimas Tadeu Covas, contribui para a atualização e revisão dos conhecimentos nas práticas hemoterápica e médica em geral. Material de referência na prática profissional de hematologistas clí-nicos, hemoterapeutas e técnicos em hemoterapia, o livro é patrocinado insti-tucionalmente e produzido por especialistas dos diversos Comitês Científicos da ABHH.

Fundamentos em HematologIaAutores: A. V. Hoffbrand, P. A. H. / Moss, J. E. PettitEditora: Artmed (464 págs.)Em sua sexta edição, o livro descreve os princípios básicos em hematologia clínica e laboratorial, apresentando as manifestações de doenças sanguíneas e a maneira como podem ser explicadas a partir dos novos conhecimentos so-bre os processos de doenças. A obra inicia pela formação e funções das células sanguíneas, bem como aborda as doenças que surgem a partir de disfunções e rupturas desses processos. A publicação descreve objetivamente a hematolo-gia em linguagem simples e acessível para médicos e estudantes de medicina.

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HEMO EM REVISTA10 Uma publicação da ABHH

A especialidade nas plataformas digitais

O site do Programa de Educação e Desenvol-vimento Continuado a Distância - HEMO.

educa, da ABHH, está com novo visual. Cria-do para possibilitar aos participantes acesso

a conteúdo científico avalizado de determi-nado tema, veiculado pela internet, de forma

dinâmica, o HEMO.educa é uma das ferra-mentas de educação continuada mais acessa-

das pelos profissionais interessados na área. Para se inscrever nos cursos disponíveis, é

necessário que o profissional atue na área da saúde com envolvimento no tratamento de

doenças hematológicas. O valor por curso é R$ 30,00 para associados

da ABHH e R$ 100,00 para não associados.Saiba mais em: hemoeduca.com.br.

Novo visual do HEMO.educa©

Repro

duçã

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digital

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HEMO EM REVISTA 11Janeiro / Junho 2017

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HH

Em 15 e 16 de setembro, a cidade de Ribeirão Pre-to (SP) recebe mais uma edição do Curso da Escola Brasileira de Hematologia: Como Eu Trato.Coordenado por nomes como Angelo Maiolino, Eduardo Magalhães Rego, Nelson Spector, Dimas Ta-deu Covas, Marco Antonio Zago, Roberto Passetto Falcão e Ricardo Pasquini, o Curso tem como principais temas Macroglobulinemia de Waldenstrom, Mieloma Múltiplo, Síndromes Mielo-displásicas, Doenças Mie-loproliferativas, Leucemias, Linfomas, LLA e LLC.

Confira a tabela de valores:

Associado ABHHMédico R$ 300,00Outros profissionais R$ 250,00Residente/Pós-graduando R$ 150,00Estudante de graduação R$ 100,00

Não associado ABHHMédico R$ 400,00Outros profissionais R$ 350,00Pós-graduando R$ 200,00Estudante de graduação R$ 150,00

Para mais informações e ins-crição, acesse: abhheven-tos.com.br/cursoebh2017

cedimentos complexos deve-riam ser utilizados apenas em centros de referência públicos ou privados. Isso, de acordo com os profissionais, diminui-ria a escalada de judicialização da saúde no Brasil, que neste ano atingiu R$ 7 bilhões nas esferas municipais, estaduais e federal.

Evento realizado em maio teve a participação de diversos profissio-nais, entre eles, o diretor de Defesa Profissional da ABHH, Angelo Maio-lino. Durante o Fórum, foram dis-cutidos assuntos como o preço dos medicamentos e a complexidade de certos procedimentos.

Segundo os convidados, me-dicamentos de alto custo e pro-

3º Getting Ready

Realizado em maio pela Roche Farma e com o apoio da ABHH e da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), o Get-ting Ready reuniu mais de 270 residentes do terceiro ano das áreas de oncologia e hematologia de instituições de todo o Brasil. O evento, que aconteceu em São Paulo (SP), promoveu um deba-

Fórum Einstein pelo Acesso a Medicamentos

A Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (RBHH) é a publicação científica oficial da ABHH, Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea (SBTMO), Associazione Italo-

App oferece serviço médico domiciliar

-Brasiliana di Ematologia (AIBE) e Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE). Confira as instruções para submissão de artigos em: www.rbhh.org.

te sobre carreira, conhecimento científico e temas atuais de saúde pública. Belinda Simões e Eduar-do Rego representaram a ABHH.

Save the date!

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A Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) reforça o compromisso na educação contínua dos especialistas com atualização clínica e científica, a partir de protocolos clínicos com direcionamento para as principais atividades exercidas. O objetivo é orientar e proporcionar ao profissional melhor embasamento para realizar os procedimentos de acordo com material científico reunido e discutido pelos melhores pesquisadores de cada área.

Algumas das diretrizes já publicadas: LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA

(já publicada e atualmente em atualização)

ANEMIA APLÁSTICA GRAVE (já publicada e atualmente em atualização)

TROMBOEMBOLISMO VENOSO PROFILAXIA EM PACIENTES CLÍNICOS

LEUCEMIA PROMIELOCÍTICA AGUDA

MIELOMA MULTIPLO

PURPURA TROMBOCITOPÊNICA IDIOPÁTICA (PTI) INFANTIL

TRATAMENTO DA ANEMIA DE INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA

BETA TALASSEMIA MAIOR TERAPIA TRANSFUSIONAL REGULAR

Em andamento: SÍNDROMES MIELODISPLÁSICAS

MIELOPROLIFERAÇÕES NÃO LMC

TRANSFUSÃO DE HEMACIAS

PTI ADULTO

ABHH reforça compromisso científico com Diretrizes

Acesse o site da ABHH eaprimore seus conhecimentos.

www.abhh.org.br

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HEMO EM REVISTA 13Janeiro/Março 2015

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www.hemo.org.br

REALIZAÇÃO

de Hematologia, Hemoterapiae Terapia Celular

Associação Bras i le i raABHH

R

Sábado,11 de novembro,

das 15:00 às 16:00,no Expotrade

Convention Center,Curitiba - PR

No Hemo 2017, o editor-chefe da revista Blood, uma das p r i n c i p a i s p u b l i c a ç õ e s cientícas da especialidadedo mundo, falará sobre o tratamento para leucemia m i e l o i d e a g u d a ( L M A ) . Professor de hematologia na Erasmus University Medical School, em Roterdã / Holanda.Publicou mais de 700 artigos cientícos e recebeu vários prêmios internacionais por suas contribuições cientícas.

Bob Löwenberg

"Treatment of AML: Quo Vadis?"

CONFERÊNCIA MAGNAMagna Conference

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ANÚNCIO CONF MAGNA

domingo, 21 de maio de 2017 18:32:10

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HEMO EM REVISTA 15Janeiro/Março 2015Para mais informações acesse o Portal da ABHH www.abhh.org.br

AGENDADE EVENTOS2017

São Paulo / SP

HEMO.educaConsolidação de transplante em LHAnemia AplásticaLLCAnticorpos Monoclonais    

CURSO DA ESCOLA BRASILEIRA DE HEMATOLOGIA: COMO EU TRATO 15 a 16 de Setembro | Hotel JPRibeirão Preto/SP

XXI CONGRESSO DA SBTMO17 a 19 de Agosto | WTCSão Paulo/SP

HEMO 20178 a 11 de Novembro | ExpotradeCuritiba/PRDia 8 de Novembro será realizado o curso educacional Atualização em Trombose e Hemostasia: uma iniciativa conjunta da ABHH e ISTH e o Encontro da AIBE

CONGRESSOBRASILEIRO

de HEMATOLOGIA,HEMOTERAPIA

e TERAPIA CELULAR

HEMOR

8 a 11 de novembro de 2017 - Curitiba / PR / Brasil

15 e 16 de Setembro

NOVA DATA

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HEMO EM REVISTA16 Uma publicação da ABHH

r e s i d e n t e s • Residência Médica

rotina de desafiosExistente há 32 anos, Hemocentro da Unicamp tem como missão dar atendimento hematológico e hemoterápico eficiente, com segurança, rapidez e resolutividade

por Verônica Monte iro

formado em medicina interna/clínica médica pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Francisco Alexan-dre Ferreira, de 27 anos, é atualmente residente do segundo ano (R2) de he-

matologia e hemoterapia do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

De acordo com o residente, a escolha pela especialidade se deu a partir da opção por uma área que não fosse óbvia. “Estava um pouco cansado de clínica médica. É uma

especialidade bastante desafiadora. Como na UERJ não havia uma en-fermaria específica para atender os pacientes hematológicos, mesmo os casos mais graves eram internados pela Medicina Interna. Com isso, fui ficando mais próximo da especiali-dade”, relata.

Com uma rotina de trabalho e aprendizado dura no primeiro ano de especialização, os residentes do HC-Unicamp dividem o ano em estágio de Enfermaria de Hema-tologia, onde internam pacientes em quimioterapia para leucemias agudas e para mobilização e coleta

r e s i d e n t e s • Residência Médica

de células-tronco. Além disso, eles atuam na Enfermaria do Transplan-te de Medula Óssea, no Ambulatório de Onco-Hematologia, doenças re-lacionadas à hemoglobina e também no Ambulatório de Hemostasia, lo-cal onde estão os pacientes com he-mofilia e doença de von Willebrand, além de outros distúrbios hereditá-rios associados a sangramento.

O Centro de Hematologia e He-moterapia da Unicamp foi criado em 1985 e funciona como Centro de Referência em nível terciário e qua-ternário para a região de Campinas (SP). Para Ferreira, a hematologia é

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HEMO EM REVISTA 17Janeiro / Junho 2017

de suma importância para o trata-mento de doenças como leucemias agudas e mieloma múltiplo, pouco conhecidas de outras especialida-des, além de linfomas e transplante de medula óssea. Quanto à hemote-rapia, ele acredita ser essencial para a prescrição de transfusões criterio-sas de sangue e da maneira mais segu-ra possível. “Ficamos na hemoterapia no segundo ano de residência. Na mi-nha visão, é um dos pontos fortes da residência da Unicamp”, explica.

De acordo com o residente, a maior dificuldade relacionada a essa especialização é fazer os pacientes e familiares compreenderem a gravi-dade da doença que possuem. “Por mais que expliquemos da forma mais simples possível, a especiali-dade tem conceitos muito abstratos para entendimento de um leigo.”

O jovem profissional admite a di-ficuldade em se adaptar a questões administrativas e burocráticas da rotina da hematologia, assim como ocorre em tantas outras especiali-dades. “São muitas assinaturas e

guias para solicitar exames labora-toriais e medicamentos. Mas a in-fraestrutura de trabalho compensa essa dificuldade.” O Hemocentro possui os seguintes laboratórios para auxílio diagnóstico e pes-quisa: Hemostasia, Bioquímica e Biologia Molecular e Celular, Roti-nas em Hematologia, Marcadores Celulares, Imunologia Eritrocitá-ria, Histocompatibilidade (HLA) e Sorologia.

Saiba mais sobre o Centro de Hematologia e Hemoterapia da Uni-camp/Hemocentro da Unicamp em: hemocentro.unicamp.br.

De acordo com o residente, a maior dificuldade relacionada a essa espe-cialização é fazer os pacientes e fami-liares compreenderem a gravidade da doença que possuem. “Por mais que expliquemos da forma mais simples possível, a especialidade tem conceitos muito abstratos para entendimento de um leigo.”

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HEMO EM REVISTA18 Uma publicação da ABHH

E N T R E V I S T a • Dr. Bob Löwenberg

Editor-chefe da Blood, Dr. Bob Löwenberg ressalta em entrevista a reputação internacional dos hematologistas brasileiros.

Ele é presença confirmada no Hemo 2017

p o R Madson de Moraes

a rotina do hematolo-gista holandês Bob Löwenberg à frente da Blood – uma das mais prestigiadas revistas científicas de hemato-logia e hemoterapia no mundo – é intensa. Ele

costuma receber entre 20 e 30 traba-lhos científicos por dia para avaliação. Além disso, Dr. Löwenberg concilia suas atividades como editor-chefe com a academia: ele é professor de hematologia na Erasmus Univer-sity Medical School, em Roterdã, na Holanda.

Com mais de 700 artigos cientí-ficos publicados, o holandês é desde 2012 o editor-chefe da Blood, revis-ta científica da Sociedade America-na de Hematologia (ASH, sigla em inglês). Ele é o primeiro não norte-

-americano a ocupar o cargo. A re-vista foi fundada logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1946, e, nas palavras do médico, se tornou um dos parceiros mais importantes no dia a dia dos hematologistas. Em 2016, a publicação completou 70 anos de existência.

Ao longo da carreira, Dr. Löwenberg tem acumulado cargos importantes. Já fez parte do conse-lho editorial das publicações Brit-ish Journal of Haematology, The New England Journal of Medi-cine, Journal of Clinical Oncology, e Leukemia, entre outras. Ele vem ao Brasil participar do Congresso Brasileiro de Hematologia, Hemo-terapia e Terapia Celular (Hemo) entre 8 e 11 de novembro. Em sua Conferência Magna, vai compar-tilhar suas opiniões sobre o futuro

do tratamento da leucemia mieloi-de aguda (LMA).

Em entrevista à Hemo em Revista, o editor-chefe da Blood conta que o Brasil tem assumido um papel de liderança na Améri-ca Latina no desenvolvimento de protocolos de tratamento para o diagnóstico e tratamento para doenças leucêmicas e explica um pouco de sua rotina à frente da Blood. Mas Dr. Löwenberg vai além do médico: se diz apaixonado pelo espírito do povo brasileiro, relembra quando jogou futebol na juventude ao lado de Pelé e Gar-rincha na Holanda (!), explica a diáspora de sua família por causa da Segunda Guerra Mundial e dei-xa uma dica preciosa para os jo-vens hematologistas: “Siga seu co-ração na vida, ele é o melhor guia”.

SANGUE NA VEIA

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HEMO EM REVISTA 19Janeiro / Junho 2017

o senhor vem ao Brasil participar do Hemo 2017. Conte-nos um pouco sobre sua expe-riência no país.O Brasil se tornou um dos meus paí-ses favoritos desde que o visitei pela primeira vez em 2002, quando me envolvi com o Dr. Passetto Falcão e o Dr. Ricardo Pasquini em um cur-so de treinamento em Recife (PE), organizado pela Escola Europeia de Hematologia de Paris. Imedia-tamente me apaixonei pelo espírito daqui e seu povo. Depois disso, vol-tei várias vezes para visitar cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Ribeirão Preto, Curitiba e Foz do Iguaçu. Além disso, amo o futebol brasileiro! Quando jovem, partici-pei de um jogo da equipe do Santos Futebol Clube com Pelé, Didi, Vavá e Garrincha na minha cidade natal

na Holanda, que nunca esquecerei. Também tenho lembranças espe-ciais de assistir a um jogo de futebol do Santos com Robinho no Brasil muitos anos depois. E minha es-posa e eu passamos uma de nossas mais maravilhosas férias no Ama-zonas e no Pantanal.

Como a comunidade internacional de hematologia vê o trabalho dos pesquisa-dores brasileiros?Os hematologistas brasileiros ga-nharam reputação internacional em diversas áreas da especialida-de. Participei de conferências de hematologia no Brasil em diversas ocasiões e fiquei satisfeito por ter conhecido vários hematologis-tas brasileiros que se tornaram amigos. Apreciei especialmente a

oportunidade de trabalhar com he-matologistas brasileiros por meio do International Consortium on Acute Promyelocytic Leukemia, uma iniciativa da American Society of Hematology (ASH), em que desen-volvemos protocolos de tratamen-to para diagnóstico e tratamento da leucemia promielocítica aguda (LPA) e, mais recentemente, leuce-mia mieloide aguda (LMA). Vários países latino-americanos partici-pam dessa iniciativa, mas o Brasil tem assumido um papel de lideran-ça na ação. A mente aberta e a am-bição dos hematologistas brasilei-ros têm sido de importância crítica para o progresso desse esforço.

o tema da sua Conferência Magna no Hemo 2017 será sobre o tratamento da LMa. por que o escolheu?Eu tinha me graduado como um MD e comecei a fazer pesquisa como um estudante de doutorado em cé-lulas estaminais hematopoéticas e transplante de células estaminais no laboratório do falecido e renoma-do professor Dirk van Bekkum, um pioneiro no transplante de medula óssea. Ele foi meu mentor científi-co. Eu soube desde o início que, em última análise, queria trabalhar em um ambiente clínico, isto é, na in-terface da clínica e do laboratório e também em uma área de desenvolvi-mento científico ativo. Hematologia e leucemia realmente se tornaram escolhas bastante naturais. Desde aqueles primeiros dias, tenho me envolvido ativamente com vários aspectos científicos e translacionais da biologia, genômica e tratamento da leucemia mieloide aguda. Depois de me tornar professor e chefe de

Especialista durante o ASH 2012, em Atlanta (EUA)

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HEMO EM REVISTA20 Uma publicação da ABHH

E N T R E V I S T a • Dr. Bob Löwenberg

hematologia na Erasmus University Medical School e fundado o grupo holandês-belga Cooperative Trial Group for Hematology Oncology - Hovon, continuei trabalhando em leucemia no laboratório e na clínica em uma variedade de configurações. Na Conferência Magna, vou refletir sobre as direções futuras da terapêu-tica de LMA.

a história da sua família é uma diáspora por causa da Segunda Guerra Mundial. o senhor pode nos contar um pouco a respeito?É uma história longa e complexa e eu mesmo ainda estou apren-dendo sobre isso. Minha família é originalmente da parte norte da Alemanha. Meu pai e minha avó decidiram emigrar e se estabelecer na cidade de Groningen, na Ho-landa, assim que Hitler chegou ao poder na Alemanha em 1933. Ficou evidente para eles que os judeus não teriam mais futuro ali. Meus pais se casaram em Groningen em 1938. Finalmente, também meus avós não tiveram outra escolha senão fugir para a Holanda e todos moraram juntos na mesma casa lotada. Depois que os alemães invadiram e ocuparam a Holanda, meus avós terminaram num cam-po de concentração. Minha avó sobreviveu ao campo de concen-tração durante a Segunda Guerra Mundial saindo através do único transporte ferroviário que a trou-xe para junto de seu irmão, que havia escapado antes da Alemanha e se estabelecido como médico internista em Jerusalém. Minha avó, numa espécie de esforço de balanço, escreveu essa história depois da guerra. Ela nunca tinha sido publicada até janeiro de 2017,

quando seu livro foi lançado no parlamento alemão em Berlim, em uma cerimônia especial que eu assisti. Por meio de seu livro, re-centemente descobri vários fatos pessoais sobre a própria história da família que eu desconhecia.

Seu pai era médico? Ele era um médico geral, um mo-delo clássico do médico com uma notável dedicação aos seus pacientes. Como médico de fa-mília, ele dirigia uma prática fa-miliar tradicional em nossa casa. Inicialmente, as pessoas espe-ravam que eu o sucedesse, mas segui meu próprio caminho. E mais tarde meu pai se tornou um pneumologista.

Como foi se tornar o primeiro editor-chefe não norte-americano da Blood?Inicialmente, eu tinha a sensação de que não iria dar e esperava que o jornal selecionasse um editor-chefe norte-americano. Essa era a tradição de 70 anos. No entanto, durante as últimas décadas, a revista se desen-volveu progressivamente em uma ampla publicação internacional em quase todos os sentidos (autores, lei-tores). Para mim, estar na Blood tem sido um desafio único. As páginas dos números das Blood relatam impor-tantes avanços científicos e educa-cionais. Minha ambição é promover ainda mais o protagonismo da revis-ta, que – não devemos esquecer – está atualmente entre as 20 publicações biomédicas mais influentes entre to-das as oito mil indexadas ao PubMed.

o quanto a Blood tem sido importante para a evolução da hematologia?Ao longo dos últimos 70 anos, a re-vista ofereceu um palanque para as descobertas biológicas, técnicas, diagnósticas e terapêuticas em he-matologia e divulgou amplamen-te os principais desenvolvimentos científicos ao mundo. Ela tem con-sistentemente abrangido toda a va-riedade de hematologia em áreas que compreendem células estaminais, neutrófilos, glóbulos vermelhos, gló-bulos brancos e biologia plaquetária para a patobiologia, diagnóstico e tratamento da fascinante varieda-de de doenças malignas e benignas do sangue. A Blood cumpre então um papel fundamental no avanço da ciência biomédica e cuidados médi-cos em nosso campo. É uma revista que se comporta como o sangue no corpo: vai a qualquer lugar que for necessário.

O Brasil se tornou um

dos meus países favoritos desde

que o visitei pela primeira vez

em 2002. Ime-diatamente me apaixonei pelo

espírito daqui e seu povo

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HEMO EM REVISTA 21Janeiro / Junho 2017

o senhor é editor-chefe desde 2012. É um desafio estar à frente da revista?De acordo com citações totais e o chamado “fator Eigen”, a Blood é um dos mais prestigiados periódi-cos em todo o campo biomédico. Isso nos diz não só sobre a revista como uma publicação científica, mas também indica o significado do nosso campo da hematologia na ciência. A tecnologia digital moderna tem criado novas opor-tunidades para a comunicação de novos conhecimentos e a investi-gação científica faz progressos em velocidade exponencial. É um de-

safio contínuo promover o signifi-cado da revista.

pode nos contar um pouco sobre como é seu trabalho como editor-chefe?O trabalho é bastante diversifica-do. A Blood não recebe nada menos do que 20 a 30 novos artigos todos os dias. O editor-chefe e o editor adjunto tratam dessas submissões. Além disso, recebemos submissões prévias de pesquisadores pergun-tando se seu trabalho seria apro-priado para publicação na Blood. Eu interajo com o pessoal do escri-tório em Washington (EUA) sobre o editorial e demais questões com os outros editores, que represen-tam experiência profissional nas diversas subdisciplinas de hema-tologia. Também preparo a edi-ção semanal da Blood, inclusive a Table of Content, os comunicados de imprensa, os alertas de e-mail para o This Week in Blood. Espero que isso dê uma ideia do nosso tra-balho. Além disso, sou professor no Erasmus University Medical Center. Um editor de uma revista científica está sempre trabalhando ao mesmo tempo na academia para se manter e estar conectado com o mundo real da hematologia.

Que conselho o senhor pode dar aos hematologistas e hemoterapeutas em início de carreira?Pergunte a si mesmo o que você gosta de fazer e o que gera seu ver-dadeiro interesse. Pense sobre suas próprias forças e fraquezas. Seja honesto consigo mesmo a esse res-peito e, em seguida, escolha aonde você quer ir. Mas antes de tudo: siga seu coração na vida, seu coração é seu melhor guia.

Convidado do Hemo 2017 é MD, PhD e professor de hematologia na Erasmus University Medical School, em Roterdã, na Holanda

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HEMO EM REVISTA22 Uma publicação da ABHH

c o b e r t u r a • Eventos 2017

AgendA cheiAEventos realizados pela ABHH durante o primeiro semestre promoveram atualização científica e interação profissional

por RobeRto Souza, ana CaRolina D’angeliS, Daniella Pina e VeRôniCa MonteiRo

c o b e r t u r A • Eventos 2017

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HEMO EM REVISTA 23Janeiro / Junho 2017

oprimeiro semestre de 2017 movimentou a hematologia, hemote-rapia e terapia celular brasileira com uma intensa agenda de eventos nas diversas subáreas da especia-

lidade. Confira um breve balanço dessas atividades.

ii FóRuM De ReSiDênCia MéDiCa O II Fórum de Residência Médica abriu a programação de atividades da ABHH em 2017. Realizado em 30 de março no auditório da Unifesp, em São Paulo (SP), o evento apre-sentou um panorama da residên-cia no País e abordou a mudança no perfil do profissional médico. Além de membros da Diretoria da ABHH, participaram representantes do Mi-nistério da Educação (MEC), Comis-são Nacional de Residência Médica (CNRM) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam), entre outros.

Durante o encontro, foram dis-cutidos os pré-requisitos de clínica médica e suas repercussões para os residentes. A representante do MEC e CNRM, Rosana Leite, falou sobre a mudança do perfil médico e os pro-gramas de valorização da atenção primária. “Participar desse evento foi extremamente produtivo, pois conseguimos difundir o assunto e alinharmos principalmente nossas matrizes de competências”, disse. O impacto do novo programa de re-sidência em clínica médica e a atual situação e desafios na residência em hemoterapia e TMO também foram discutidos, bem como as propostas de supervisão dos programas de resi-dência médica.

Na opinião da diretora de Comu-nicação da ABHH, Silvia Magalhães, assim como na edição anterior, rea-lizada em 2012, o II Fórum de Resi-dência Médica cumpriu seu papel. “Foi um evento extremamente pro-fícuo e saímos de lá com uma pauta para discussão de direcionamentos com a CNRM e a AMB. Além disso, iremos dialogar com outras socie-dades de especialidades, pois esta-mos diante de uma situação delica-da. Temos agora muito o que fazer, tendo em mente que isso será bené-fico ao residente.”

8th bRazilian lyMPhoMa ConFeRenCeA evolução do diagnóstico e tratamento dos linfomas pau-tou a oitava edição do Brazilian Lymphoma Conference, realizada em 31 de março, em São Paulo (SP). Aproximadamente 650 pessoas participaram do evento, entre reno-mados palestrantes nacionais e con-

c o b e r t u r A • Eventos 2017

ii Fórum de residência Médica aconteceu no auditório da unifesp, em São paulo (Sp)

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HEMO EM REVISTA24 Uma publicação da ABHH

c o b e r t u r a • Eventos 2017

ções Internacionais da ABHH, Car-los Chiattone, trata-se de um evento vitorioso, que consegue trazer os as-pectos mais relevantes do Congresso Mundial de Hematologia, já filtrados por especialistas, e para um público menor. “Isso é realmente um gran-de feito da ABHH em parceria com a ASH. Novamente, o evento trouxe grandes novidades em todas as áreas da hematologia, incluindo a hemote-rapia e a medicina transfusional, ofe-recendo uma visão do que há de mais moderno nelas”, analisou.

iii enContRo Do CoMitê De heMatologia e heMoteRaPia PeDiátRiCa e i JoRnaDa De heMatologia e heMoteRaPia noRte e noRDeSte Nos dias 26 e 27 de maio, foi reali-zado em Natal (RN) o III Encontro do Comitê de Hematologia e He-moterapia Pediátrica e a I Jornada de Hematologia e Hemoterapia

vidados do Canadá e de Portugal.Durante a abertura, o diretor de Relações Internacionais da ABHH e chair da Conferência, Carlos Chiattone, agradeceu à entidade e aos patrocinadores do evento. “Este é um encontro muito tradi-cional e que traz uma imensa sa-tisfação à ABHH”, disse, apresen-tando um histórico das edições. De acordo com ele, foi a primeira vez que a Conferência teve a impor-tante participação de patologistas. Além disso, o número de partici-pantes foi bastante expressivo. “O interesse de tantas pessoas por um evento com tema específico mostra como a onco-hematologia tem se desenvolvido no País.”

A Conferência foi dividida em duas sessões: a primeira dedicada ao linfoma de Hodgkin e a segunda aos linfomas de células T periféri-cas. Na primeira, foram apresen-tados dados do Registro Brasileiro de Linfoma de Hodgkin, as princi-pais diferenças de tratamento nas regiões brasileiras e o que precisa ser melhorado para o tratamento de pacientes em estágio avançado, bem como as possibilidades exis-tentes. O hematologista canadense Prof. Joseph M. Connors fez uma das apresentações mais elogiadas, na qual abordou as alternativas para pacientes não curados com o tratamento de primeira linha em LH recidivado ou refratário.

Também foram discutidos os linfomas de células T periféricas, a expressão do antígeno CD30 nes-ses casos e as dificuldades para determinar os melhores tratamen-tos, além das opções atuais no tra-tamento de linfoma de células T periféricas de primeira linha e em

recidiva ou refratário. Na opinião do hematologista Rony Schaffel, o desafio é encontrar pacientes ap-tos para receber esses tratamentos, pois são doenças pouco comuns. Segundo ele, o cenário exige no-vas formas de fazer estudos clíni-cos. Encerrando a sessão, Carlos Chiattone falou sobre o Registro Brasileiro de Linfoma de Células T, cujo objetivo é concentrar informa-ções e mostrar as diferenças epide-miológicas nas regiões do País.

highlightS oF aSh® in latin aMeRiCaA bela Punta del Este, no Uruguai, recebeu, em 7 e 8 de abril, hemato-logistas internacionalmente reco-nhecidos para discutir ciência de ponta e estratégias de cuidado aos pacientes. Anualmente, o Highlights of ASH® traz um resumo dos princi-pais temas abordados no congresso anual da Sociedade Americana de Hematologia, o ASH Annual Meeting & Exposition, que se encontra nos preparativos para sua 59ª edição.

Superando as edições anterio-res, o Highlights of ASH® 2017 teve o maior número de países da Amé-rica Latina envolvidos nas ativida-des, também batendo o recorde de participantes das edições gerais do Highlights of ASH® (North America, Asia-Pacific e Latin America), ultra-passando a última edição realizada em Hong Kong. Os participantes puderam debater avanços na pes-quisa clínica hematológica, o papel das novas técnicas de diagnóstico e abordagens terapêuticas, além de discutir com os principais profes-sores no campo novas estratégias de gestão do paciente.

Na opinião do diretor de Rela-

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HEMO EM REVISTA 25Janeiro / Junho 2017

Comitê vêm superando as expecta-tivas desde a primeira edição, com ampla participação dos colegas de todo o Brasil.”

A I Jornada de Hematologia e Hemoterapia Norte e Nordeste abordou temas como síndromes mielodisplásicas, dengue, doença de Chagas, leishmaniose, transfu-são de hemácias, plaquetas e NAT. De acordo com Sandra, o evento promoveu discussões sobre os de-safios e procedimentos que garan-tem a sobrevida dos pacientes.

Na mesma ocasião, foi reali-zado o Curso de Morfologia, cujo objetivo foi aprimorar o conheci-mento morfológico das células do sangue e da medula óssea, além dos principais processos reacio-

Norte e Nordeste. O evento promo-veu atualização técnico-científica e permitiu a interação entre especia-listas de todo o País.

Foram apresentados estudos na área de hemoglobinopatias que per-mitem conhecer melhor as caracte-rísticas e tratamentos para doença falciforme e talassemia. Os novos medicamentos em estudo para tra-tamento da trombose em pediatria também foram abordados. No cam-po das púrpuras, recentemente foi aprovada uma nova medicação para casos de púrpura trombocitopênica idiopática (PTI) que não respondem ao tratamento habitual e mantêm o risco de sangramentos. Na área de onco-hematologia, os estudos moleculares das leucemias têm permitido identificar o melhor tra-tamento para cada paciente, com

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Confira a seguir a lista dos temas da i Jornada de Hemato-logia e Hemoterapia norte e nordeste:

•Lesãodeestoque •Mobilizaçãoecoletadecélulasprogenitorashematopoéticas

•Transfusãobaseada emevidências

•Hemácias,plaquetas,NAT •Leucorredução •Aféreses,TRALI •Dengue,Chagaseleishmaniose •TerapiacelularImuno-hematologia(aloimunização eritrocitáriaeplaquetárias)

•Síndromesmielodisplásticas •Doençasmieloproliferativas ecrônicas

Aproximadamente 650 pessoas participaram da 8th brazilian Lymphoma conference

o objetivo de melhorar cada vez mais a sobrevida de crianças e ado-lescentes, além de alcançar a cura. No campo do transplante de me-dula óssea (TMO), os protocolos em definição poderão possibilitar o procedimento no maior número possível de pacientes que tenham indicação, conseguindo assim re-sultados animadores.

De acordo com a coordenadora do Comitê de Hematologia Pediá-trica da ABHH, Sandra Loggetto, essas perspectivas buscam o me-lhor tratamento de pacientes pe-diátricos, com menos toxicidade e buscando mais qualidade de vida e a cura. Na opinião da coordena-dora, esses eventos têm permitido ricas trocas de experiência entre os participantes, o que certamente melhora a qualidade do atendimen-to dos pacientes pediátricos com doenças hematológicas e onco- -hematológicas. “Os Encontros do

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HEMO EM REVISTA26 Uma publicação da ABHH

c o b e r t u r a • Eventos 2017

nais e neoplásicos das doenças he-matológicas na faixa pediátrica.

i enContRo Do gRuPo De gaMoPatiaS MonoClonaiS (MieloMa MúltiPlo) Entre 8 e 10 de junho, a cidade de São Paulo (SP) recebeu o I En-contro do Grupo de Gamopatias Monoclonais. O evento debateu temas como mieloma múltiplo, novos formatos de diagnósticos, doença residual mínima, diag-nóstico por imagem, novas estra-tégias de tratamento, papel das novas drogas, amiloidose AL e ou-tras gamopatias monoclonais.

O coordenador do evento e diretor de Defesa de Classe da ABHH, Angelo Maiolino, falou

A cidade de natal (rn) recebeu o iii encontro do comitê de hematologia e hemoterapia pediátrica e a i Jornada de hematologia e hemoterapia norte e nordeste

coordenadores e palestrantes da i Jornada de hematologia e hemoterapia norte e nordeste: José Francisco comenalli Marques Jr., eugenia Amorim ubiali, Alfredo Mendroni Jr. e dante Langhi.

sobre a honra de realizar esse primeiro Encontro, cujo objetivo é abordar não somente o mielo-ma múltiplo, mas também outras doenças correlatas, como amiloi-dose AL, doença de Waldenstrom e leucemia de células plasmáticas.

“Nos últimos anos, temos ob-servado um enorme progresso nessa área, particularmente no mieloma múltiplo, com a introdu-ção de novas drogas aprovadas re-centemente no Brasil. Esse cená-rio tem nos dado a oportunidade

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HEMO EM REVISTA 27Janeiro / Junho 2017

pela primeira vez, a Abhh organizou um evento para discutir assuntos de gamopatias monoclonais

de utilizar esses tratamentos tam-bém em nosso meio. Esperamos que, num futuro próximo, outros medicamentos sejam aprovados e o acesso, particularmente para a rede pública, possa ser ampliado. Esse é um grande objetivo do nos-so Grupo e estamos trabalhando por isso”, disse Maiolino.

De acordo com a outra coor-denadora do Encontro, Vânia Hungria, o evento é representati-vo não apenas em relação à atua-lização, mas também para avaliar os desafios no diagnóstico e tra-tamento das doenças. “O aspecto educacional é importante, mas, sob o ponto de vista de integração

do grupo de profissionais com in-teresse nesse tipo de doença, ele é ainda mais representativo.”

Para o diretor de Relações In-ternacionais da ABHH, do Carlos Chiattone, a restrição do acesso dos pacientes ao tratamento ideal é um problema mundial e elencou três pontos que devem ser consi-derados: a necessidade de redu-ção no custo das pesquisas e dos preços; a existência de um maior número de drogas para o mesmo tratamento, estabelecendo assim concorrência saudável; e, por fim, a identificação de quais pacien-tes realmente são indicados para os tratamentos.

A presença de médicos de ou-tras especialidades, além de en-fermeiros, biomédicos e demais profissionais da área de saúde, foi observada como outra carac-terística importante do evento pelo vice-diretor administrativo da ABHH, Jorge Vaz Pinto Neto, e pelo hematologista da Univer-sidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Roberto Magalhães. A ve-locidade registrada nos últimos anos em relação ao surgimento de novas tecnologias foi destacada por Edvan Crusoé, da Universida-de Federal da Bahia (UFBA). Para ele, essa questão provoca grande impacto no diagnóstico e trata-mento das doenças. Ele ainda ava-liou que esse formato de encontro facilita a integração entre os espe-cialistas de todo o País.

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C a r r e i r a • História com o TMO

DAS GERAIS PARA O MUNDONatural de Belo Horizonte (MG), Vanderson Rocha chegou ao topo da carreira ao se tornar uma das referências mundiais em transplante de medula óssea

por Madson de Moraes

Em seu poema Ser Mineiro, o poe-ta José B. Queiroz registrou: “Ser mineiro é ter marca registrada, ter história”. Ter história é algo que não falta na carreira do médico e professor Vanderson Rocha. E a marca registrada desse profissional apaixonado pela ciência e pelos pa-cientes, como ele gosta de dizer, é ter chegado ao topo a ponto de ser uma referência internacional em transplante de medula óssea. Sua trajetória o tornou um exemplo na hematologia, e essa admiração ul-trapassou o Atlântico e conquistou o respeito de hematologistas e pes-quisadores de todo o mundo.

Formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

com mestrado e doutorado pela Universidade de Paris, ele atual-mente é professor titular de hema-tologia em instituições importan-tes como a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade de Oxford, no Reino Unido, duas das mais renomadas universidades do mundo. Também é diretor científi-co do Eurocord (registro europeu de pacientes transplantados com sangue de cordão umbilical, que inclui a rede de bancos de cordão), além de ter publicado mais de 200 artigos científicos e trabalhado com ícones da hematologia como a Profª Dra. Eliane Gluckman, pio-neira na realização de transplante de medula óssea com células de

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“DEDIcAçãO, EStUDO E PAIxãO PElOS

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HEMO EM REVISTA30 Uma publicação da ABHH

C a r r e i r a • História com o TMO

cordão umbilical. Ela, inclusive, foi a conferencista magna da última edição do Hemo e em sua fala citou a experiência de ter trabalhado com o professor Rocha.

A paixão pelas células, bichos, bactérias e tecidos surgiu ainda na infância vivida em Belo Horizonte. Seu caderno de histologia ficou fa-moso no colégio, tamanho o capri-cho e interesse. Outra paixão era a vontade de viajar e o desejo de ser diplomata. “Desde aquela época, eu pensava no colégio e me imaginava fazendo diplomacia porque que-ria uma profissão que me fizesse viajar”, conta. Mas, após um curso de biologia marinha realizado em

Anchieta (ES), promovido pelo co-légio, sua paixão pela química e bio-logia afloraram. “A possibilidade de ter a medicina como um meio para alcançar a carreira de diplomata me pareceu uma evidência”, explica.

Se a diplomacia brasileira per-deu um bom representante, ga-nharam a medicina e inúmeros pacientes que tiveram suas vidas transformadas pelo hematologista. Pacientes que podem ser franceses, brasileiros ou norte-americanos e que entram em contato também pelo WhatsApp para demonstrar seu carinho. Ele mostra uma das inúmeras mensagens que recebe: “Quase cinco anos atrás, por diver-

vanderson Rocha é hoje uma das grandes referências mundiais em transplante de medula óssea

“A POSSIbIlIDADE DE tER A MEDIcINA

cOMO UM MEIO PARA AlcANçAR A cARREIRA

DE DIPlOMAtA ME PAREcEU

UMA EvIDêNcIA”

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HEMO EM REVISTA 31Janeiro / Junho 2017

InspIração nos paIsVindo de uma família de comer-ciantes, ele se espelhou no exem-plo do pai, um homem simples que cresceu na região pobre do Vale do Jequitinhonha e estudou até o quarto ano, mas com uma traje-tória de sucesso como ourives em Minas Gerais. “Com poucos estu-dos e inteligência precisa, ele sou-be gerenciar e construir para toda a família um alicerce de respeito, dedicação e honestidade. Vejo nesse exemplo de coragem e su-cesso meu reflexo de me lançar em desafios profissionais e de vida”, conta orgulhoso. Já a busca pelo conhecimento e o prazer de ensi-nar foram inspirados no exemplo de sua mãe, professora, pedagoga e diretora de escolas públicas es-taduais. “O prazer que desfruto na prática do ensino com certeza está inspirado em sua paixão pela didá-tica e pelo rigor na transmissão do conhecimento”, ressalta.

Tantos anos longe do Brasil, no entanto, não o impediram de voltar a trabalhar e cooperar de muitas maneiras com a evolu-ção da hematologia no País, seja em contato com especialistas em congressos e seminários, seja no cuidado de inúmeros pacientes brasileiros. Em 1997, convidado pelo Dr. Ricardo Pasquini, pionei-ro em TMO no Brasil, Dr. Rocha apresentou a experiência euro-peia e discutiu a possibilidade de criar uma rede de bancos de SCU no Brasil, a chamada Rede Brasil-Cord, que conta hoje com 13 ban-cos públicos de sangue de cordão umbilical em funcionamento. O segredo para manter o ritmo de ir e voltar a vários países, aten-der pacientes, coordenar e rea-lizar pesquisas suas e de outros profissionais e ainda dar aulas é um só: “Ser apaixonado e se en-tregar pelo que faz, na profissão e na vida”.

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vanderson ao lado da Professora Eliane Gluckman e do primeiro paciente no mundo a receber o transplante de ScU, no hospital Saint louis (EUA). Atualmente, o jovem tem 20 anos e um filho

sos momentos, pensei que minha vida e minha história estavam dei-xando de serem escritas. Mas, gra-ças a Deus, aos anjos que me acom-panham e principalmente a você, minha história continua”. Para esse médico que se emociona fácil, o envolvimento com os pacientes é inevitável. “Quase todos os dias me emociono com histórias de alegria ou tristeza. É difícil não ter envolvimento com os pacientes hematológicos. São doenças que fazem as pessoas ficarem interna-das durante vários meses. A gente se envolve demais e sofre muito com elas. Todas essas recordações me emocionam”, admite.

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POTENCIAL PARA CRESCERCrise econômica vivida no Brasil não poupou o segmento de dispositivos médicos (DMAs). Mesmo assim, mercado busca meios de atrair clientes e apresentar inovações

POR REdAçãO

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Uma publicação da ABHH32 HEMO EM REVISTA

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HEMO EM REVISTA 33Janeiro / Junho 2017

de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produ-tos para Saúde (Abi-med), o mercado de equipamentos e pro-dutos médico-hospi-

talares movimentou cerca de US$ 10 bilhões em 2015. Entretanto houve queda nos números a par-tir do primeiro semestre de 2016. Com a economia brasileira ainda patinando e o setor em decrés-cimo nos últimos dois anos, se-gundo seus representantes, vale a pergunta: dá para falar em volta do crescimento em um cenário as-sim? Entidades que representam o segmento ouvidas pela Hemo em revista entendem que sim e apontam caminhos e tendências para que o mercado de dispositi-vos médicos volte a crescer.

Um dos setores mais dinâmi-cos da economia mundial, que compreende mais de 10 mil cate-gorias de produtos e cerca de 1,5 milhão de itens distintos segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o ramo de equipamentos médico-hospitalares é um termô-metro da economia do segmento. Os itens variam dos mais sim-ples aos mais sofisticados e vitais equipamentos para prevenção, diagnóstico, tratamento, monito-ramento de doenças e reabilita-ção de pacientes. Como exemplos dessa variada gama de disposi-tivos médicos, estão os produ-tos para diagnóstico por imagem (como raio-X, ressonância mag-nética, ultrassom e PET-CT), diagnóstico in vitro, materiais im-plantáveis (como stent e marca-

-passo), materiais e equipamen-tos ortopédicos, oftalmológicos, odontológicos e para audiologia, além dos mais diversos suprimen-tos médico-hospitalares (como gaze, linha para sutura etc).

Apesar da queda, a possibilidade de voltar a crescer existe. Para o presidente-executivo da Abimed, Carlos Goulart, o setor chegou a crescer até dois dígitos por ano até 2012, quando a economia do Bra-sil ainda estava mais firme e havia maior demanda. “O que aconte-ceu foi que, de alguma forma, com essas crises da economia, estamos experimentando nos últimos dois

anos um decréscimo significati-vo”, afirma. A Abimed conta com 190 empresas associadas, que res-pondem por 65% do faturamento do mercado médico-hospitalar.

Segundo Goulart, a demanda pública para o segmento é a que mais sente essa instabilidade eco-nômica, uma vez que é dependen-te da arrecadação: se o produto interno bruto (PIB) cai, a arreca-dação diminui e o serviço públi-

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Carlos Goulart, presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde (Abimed)

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Abim

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HEMO EM REVISTA34 Uma publicação da ABHH

C E N á R I O • Equipamentos

co tem menos disponibilidade de financiamento. “Então, quando se tem obrigações de custeio, de compras de insumo, o setor pú-blico deixa de fazer investimen-to em novos equipamentos. Isso está acontecendo e percebemos claramente uma queda de investi-mentos novos em equipamentos. E surge outro problema paralelo, como a inadimplência. Esse é um fato que começa a acontecer no serviço público”, aponta.

Em relação à demanda privada, o presidente-executivo da Abi-med explica que, por um momen-

to, o segmento ficou um pouco mais cauteloso nos últimos dois anos. Por isso, os investimentos em produtos e equipamentos no-vos também tiveram uma retração significativa. “Os grandes equipa-mentos, que são investimento de bem de capital, foram congelados. Esse setor sentiu mais. São pro-dutos e equipamentos muito de-pendentes da importação. O pri-meiro trimestre de 2017 ainda foi

de queda, mas nossa área já está sentindo um vento favorável de retomada do crescimento. Ainda é uma perspectiva muito incipien-te, mas estamos sentindo isso.”

O diretor-executivo da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS), José Márcio Cerqueira Gomes, acredita que mesmo com os vários problemas estruturais que o País vive, o setor de dispositivos médicos deverá crescer nos próximos anos. “Tan-to por haver demanda reprimida quanto pelos constantes avanços que o segmento traz - seus índices econômicos não estão positivos, é necessário reconhecer, mas, con-siderando o cenário econômico e político atual, tais números pode-riam ser piores.”

Não são poucos os desafios da área, que passam pela constitui-ção de uma empresa – bastante burocrática, dispendiosa e demo-rada. Além dos documentos habi-tuais, empresas do setor precisam de licença sanitária do órgão lo-cal, autorização de funcionamen-to da Anvisa, certificados de boas práticas e registros de seus pro-dutos. Outros problemas são de-

José Márcio Cerqueira Gomes, diretor-executivo da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS)

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ABIIS

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HEMO EM REVISTA 35Janeiro / Junho 2017

mora na liberação de produtos em portos, aeroportos e fronteiras. Na opinião do diretor-executivo da ABIIS, o segmento de disposi-tivos médicos está sob um pesado sistema regulatório e isso tem um aspecto interessante: é possível melhorar a gestão, os tempos e a burocracia. “Jamais podemos bai-xar a guarda quanto à indispensa-bilidade de um agente regulador forte e cauteloso, pois, diferente-mente de outros setores econô-micos, o nosso lida com saúde. Ou seja, precisamos encontrar soluções inteligentes para deixar o País mais competitivo e menos cartorial, sem perder de vista a ga-rantia da qualidade dos dispositi-vos médicos”, afirma Gomes.

Uma tendência para a área de dispositivos médicos, aponta o diretor, é a saúde 4.0 ou mesmo a indústria 4.0, em que a automação chega a níveis de inteligência cog-nitiva - essa é, certamente, a nova fronteira. “Coisas que vimos em

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Roch

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nósti

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de produtos médicos da Roche Diagnóstica. Uma dessas apostas é o cobas® t 411, equipamento de baixo volume que permitirá aos laboratórios aperfeiçoarem seus processos na área de coagulação, o que pode reduzir a interrupção do fluxo de trabalho durante as análises.

A gerente de Valor Médico da Roche Diagnóstica Brasil, Ana Grubba, afirma que o objetivo da empresa nos próximos anos é expandir sua oferta total da coa-gulação laboratorial. “Apesar de estarmos em um cenário desafia-dor, mantemos o foco em expan-dir nossa atuação no mercado de diagnósticos in vitro, promoven-do testes que garantam rapidez, segurança e precisão para as to-madas de decisões médicas”, diz.

filmes de ficção científica há 30 anos já são realidade e o que pode vir por aí é realmente fantástico. Também é possível antever tec-nologias que darão ao paciente cada vez mais controle sobre seu tratamento”, aposta o diretor da ABIIS.

O mercado de medicina diag-nóstica, segundo dados da As-sociação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), faturou R$ 25 bilhões em 2015.

Na práticaO setor de dispositivos médicos aposta em seu potencial para vol-tar a crescer. Para a Roche Diag-nóstica, 2016 foi um ano de cres-cimento: a Divisão Diagnóstica no Brasil cresceu 17%, alcançando um faturamento de R$ 607 milhões. A área de Point of Care (POC) foi a principal contribuinte do resul-tado, com destaque para as linhas de imunologia. Para 2017, a em-presa prevê cinco lançamentos

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Ana Grubba, gerente de Valor Médico da Roche diagnóstica Brasil

Apesar de es-tarmos em um ce-nário desafiador,

mantemos o foco em expandir nossa atu-ação no mercado de

diagnósticos in vitro

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T r a T a m e n T o • Rol da ANS

Novos horizoNtes

Uma publicação da ABHH

ANS iNcoRpoRA NovAS dRogAS No Rol de 2018 pARA tRAtAmeNto de doeNçAS HemAtológicAS mAligNAS

por Daniella P ina

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Janeiro / Junho 2017 37Hemo em ReviStA

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a cada dois anos, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) atualiza o Rol de proce-dimentos e eventos em saúde que deve, obri-gatoriamente, ser coberto pelas operadoras e seguradoras de saúde suplementar. Em 14 de março, o Comitê Permanente de Regula-ção da Atenção à Saúde (Cosaúde) – órgão da ANS criado para análise de questões re-

ferentes à cobertura assistencial obrigatória – realizou uma reunião para discutir novas drogas orais para trata-mento de doenças hematológicas malignas para incor-poração no Rol de 2018.

O Cosaúde é formado por instituições credenciadas para participar da elaboração do Rol, incluindo a Asso-ciação Médica Brasileira (AMB) - da qual a ABHH é re-presentante para assuntos relacionados à hematologia e hemoterapia –, associações de pacientes, planos e opera-doras de saúde.

Durante a reunião, representantes da ABHH apresen-taram evidências científicas de tecnologias indicadas para pacientes com doenças onco-hematológicas. Represen-tando o Comitê de Doenças Mieloproliferativas Crônicas (não LMC), Renato Sampaio Tavares falou sobre o ruxoli-tinibe. Membro do Comitê de Leucemia Mieloide Crôni-ca (LMC), Belinda Pinto Simões defendeu a incorporação do nilotinibe e do dasatinibe. Jorge Vaz expôs evidências clínicas para incorporação do ibrutinibe para o trata-mento de leucemia linfoide crônica (LLC) e linfoma não Hodgkin (LNH) de células do manto e o brentuximabe vedotina para linfoma de Hodgkin (LH). Também par-ticiparam os diretores de Defesa Profissional da ABHH, Angelo Maiolino e José Francisco Comenalli Marques Jr., e Adriana Seber, representando o Comitê de Hematologia Pediátrica da ABHH.

Além dos representantes da ABHH e da ANS, parti-ciparam a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), AMB, Hemorio, Hospital das Clínicas da Univer-sidade Federal de Goiás (HC-UFG), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Conselho Federal de Odonto-logia (CFO), Instituto Oncoguia, Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), Unimed Brasil e Asso-ciação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge). Os des-dobramentos da reunião representam maior acesso dos

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HEMO EM REVISTA38 Uma publicação da ABHH

T r a T a m e n T o • Rol da ANS

O Cosaúde concluiu pela recomendação de incorporação do ruxolitinibe com Diretriz de Utilização (DUT), ou seja, para situações selecionadas, como paciente não candidato a transplante alogênico de medula óssea ou paciente muito sintomático. Tal decisão se deu em função da ausência de alternativas no Rol para manejo de pacientes com mielofibrose.

O grupo concordou pela recomendação de ajuste da DUT para os medicamentos nilotinibe e dasatinibe, já cobertos pelo Rol atual, a fim de conferir maior precisão da indicação. As drogas são indicadas para pa-cientes com LMC. O grupo concordou com a liberação mais precoce como segunda linha de tratamento para LMC associado ao melhor monitoramento molecular da doença. Na opi-nião do Dr. Marques Jr., esse foi um grande ganho para pacientes que tinham dificuldade na liberação do monitoramento molecular a cada três meses no início do tratamento.

Mesmo após intenso debate durante a reunião, o Cosaúde concluiu pela recomenda-ção de não incorporação da droga ibrutinibe para pacientes com LLC e LCM (linfoma de células do manto) por considerar que os da-dos de benefício apontados pelos estudos clínicos ainda estavam imaturos. Vale ressaltar que a decisão de não incorporação neste momento não é definitiva e o tema acaba de entrar em consulta publica. A ABHH também fará ações junto com a ANS para reverter a conclusão de não incorporação.

Por ser uma medicação de uso venoso e que, portanto, se enquadra na quimioterapia venosa, a demanda relativa ao brentuximabe vedotina não foi tratada em reunião, pois, des-de que esteja registrada na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e com indica-ção em bula, já seria de cobertura obrigatória. Confira a ata no site da ANS: www.ans.gov.br.

pacientes a tratamentos inovadores, até então não contemplados pelos planos e seguradoras de saúde. “Muitos desses pacientes não têm acesso a essas medicações, ou pelo alto cus-to, como o ruxolitinibe e o ibrutinibe, ou pela não liberação dos órgãos governamentais brasileiros para serem comercializadas no País, como é o caso da lenalidomida”, expli-ca o diretor de Defesa Profissional da ABHH, José Francisco Comenalli Marques Jr.

De acordo com ele, essa foi uma experiên-cia inédita, já que se trata de uma política recém implantada pela ANS. “Apesar de estarmos pela primeira vez nesse processo, julgo que foi muito produtiva nossa participação. Os resultados foram satisfatórios, mas não de forma completa. Conseguimos a incorpo-

PrinciPais encaminha-mentos

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HEMO EM REVISTA 39Janeiro / Junho 2017

1. Jorge vaz apresenta evidências clínicas para a incorporação do ibrutinibe para o tratamento da LLC. 2. Belinda simões fala sobre a incorporação do nilotinibe e do dasatinibe para o tratamento da LMC. 3. representantes dos Comitês da ABhh almoçam após a intensa agenda de apresentações com a ANs.

gica (PTI). Essa discussão, segundo Ana Clara, foi mais árdua, pois a princípio o Rol da ANS não trata de medicações orais ou de uso ambulatorial para doenças benignas. “Apesar de a ABHH ter tentado mostrar que há um grupo de pacientes refratários e com manifestação clínica que apresenta maior taxa de morbimortalidade e de custo terapêutico mais elevado que poderia se beneficiar com essa classe medicamentosa, os argumentos não foram entendidos como dignos de consideração.” Foi ressaltado ainda que tal aplicação poderia trazer economia às seguradoras, evitando gastos com judicialização e o uso abusivo e ineficaz de imuno-globulina. “A incorporação desses medicamentos pode ser a solução terapêutica a pacientes sem resposta a múltiplas linhas de tratamento. Isso induz a diminuição de risco de sangramentos, possibilidade de procedimentos invasivos para alguns e de uso concomitante de medicações an-titrombóticas para outros raros pacientes.”

De acordo com a médica, havendo critérios adequados para aplicação desses medicamen-tos, além da redução de custos com judiciali-zação, haveria economia por conta de diminui-ção de gastos com medicações pouco efetivas e com o tratamento de eventos adversos das demais medicações.

Outro ponto crítico é que o atual Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) reco-mendado pelo Ministério da Saúde, além de não considerar todos os pacientes - apenas os crôni-cos -, engloba pouquíssimas opções terapêuticas, dificultando o manejo de pacientes de tratamento mais complicado. “A estipulação das indicações corretas para solicitação dos exames citados vem organizar sua aplicação e interpretação, especial-mente aos médicos sem especialidade na área. Diminui custos e diagnósticos incorretos”, argu-menta Ana Clara.

Ainda segundo a especialista, está programa-da a publicação de Diretrizes Terapêuticas sobre PTI por parte da ABHH para esclarecimento e conscientização de outras formas de tratamento que devem ser consideradas pela população, meio médico e fontes pagadoras.

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ração de algumas demandas e outras não, mas ainda não esgotamos nossas ações para termos aprovadas todas as nossas solicitações.”

As recomendações foram levadas para deli-beração da Diretoria Colegiada (Dicol) da ANS e ainda passarão por consulta pública. Depois disso, uma nova apresentação será feita à Di-col após análise das contribuições.

Discussões em hemostasiaEm 8 de fevereiro, a hemostasia também foi tema de uma reunião convocada pela ANS. Os tópicos discutidos foram os limites para autorização da realização dos exames de pesquisa do fator V de Leiden e da protrombina mutante. “O Comitê de Hemostasia da ABHH já vinha tentando es-clarecer sobre as indicações e aplicações corretas desses testes, pois são sobre pedidos”, diz a in-tegrante do Comitê de Hemostasia e Trombose da ABHH Ana Clara Kneese. De acordo com ela, após discussão com ênfase das operadoras para restringir o acesso além do que seria indicado do ponto de vista médico, houve um consenso relati-vamente adequado à questão.

Discutiu-se também o uso de agonista do re-ceptor de trombopoietina para tratamento de pa-cientes com púrpura trombocitopênica imunoló-

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Uma publicação da ABHH40 HEMO EM REVISTA

e s p e c i a l r a r a s • Gaucher

Descoberta há 128 anos, doença de Gaucher atinge mais de 600 pacientes no País

Por verônica Monte iro

RaRa, mas

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HEMO EM REVISTAJaneiro / Junho 2017 4141

D escrita em 1882 por Philippe Er-nest Gaucher, a doença de Gau-cher é uma sín-drome genética rara que causa h e m a t o m a s ,

aumento dos órgãos da re-gião abdominal e que, por causa dos sintomas, pode ser confundida com outras doenças.

De herança autossômica recessiva, mãe e pai devem ter a mutação do gene GBA para que o descendente de-senvolva a doença de Gau-cher. Tal gene é que codifica a enzima glucocerebrosida-se ácida, responsável pela digestão das substân-cias gordurosas da célula. “Quando acontecem muta-ções do GBA, de modo que a produção dessa enzima é reduzida, ocorre acúmulo de glucosilceramida prin-cipalmente nos lisossomos dos macrófagos, originando as células de Gaucher”, ex-plica a coordenadora do Comitê de Hematologia Pediátrica da ABHH, Sandra Loggetto.

Diagnóst icoPor ser uma doença rara e ter sintomas similares a outras patologias, é comum haver dificuldade em se diagnosticar precocemente o paciente. Consequentemente, o diagnóstico tardio leva ao início tardio do tratamento, muitas vezes quan-

do o paciente já tem se-quelas da doença, como lesões ósseas. “Não tra-tar corretamente faz as células de Gaucher se acumularem novamen-te nos órgãos, voltan-do os sinais e sintomas da doença. Por isso, a adesão ao tratamento é fundamental”, ressalta Sandra.

O diagnóstico pode ser feito com um exame de sangue simples que mede a atividade da en-zima responsável pela digestão das substâncias gordurosas da célula. Segundo dados da As-sociação Brasileira dos Portadores da Doença de Gaucher (ABPDG), exis-tem mais de 600 pacien-tes cadastrados, a maio-ria em tratamento.

trataMentosApesar de não haver cura, existem tratamentos dis-poníveis para amenizar

os efeitos e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. De acordo com Sandra, a terapia con-tínua específica alcança o controle adequado da doença. Há dois tratamentos: terapia de repo-sição enzimática (TRE) e terapia de redução do substrato (TRS).

A TRE substitui a enzima deficiente e con-trola a doença de Gaucher do tipo 1. Altas doses de TRE controlam a doença de Gaucher tipo 3,

Tipos de manifesTações

Tipo 1: Esplenomegalia que leva a hiperesplenismo e consequente anemia, trombocitopenia e leu-copenia; hepatomegalia; doença óssea com osteopenia, lesões líticas, fraturas patológicas, dor óssea; fadiga, cansaço; atraso do crescimento em crianças. Não tem alterações neurológicas. É a forma mais comum da doença de Gaucher, representando até 95% dos casos dos descendentes eu-ropeus e dos judeus Ashkenazi. A apresentação clínica é variável, podendo o paciente ser assinto-mático por toda a vida ou ter as manifestações clínicas desde a infância.

Tipo 2: Manifestações neuroló-gicas que evoluem rapidamente para deterioração neurológica, levando à morte nos primeiros anos de vida. Afeta cérebro, baço, fígado e pulmões.

Tipo 3: Manifestações neuroló-gicas leves. Afeta cérebro, baço, fígado e ossos.

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HEMO EM REVISTA42 Uma publicação da ABHH

e s p e c i a l r a r a s • Gaucher

Não tratar corretameNte faz as células de Gaucher se acumularem NovameNte Nos órGãos, voltaNdo os siNais e siNtomas da doeNça. Por isso, a adesão ao tratameNto é fuNdameNtal

sandra loggetto, coordenadora do comitê de hematologia Pediátrica da aBhh

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Já a TRS atua bloqueando parcialmente a produção de glucocerebrosidase ácida, aquela responsável pela digestão das substâncias gor-durosas da célula. Esse tratamento não pode ser utilizado em crianças, adolescentes, grávi-das, lactantes, idosos nem pacientes com com-prometimento renal ou hepático. “No Brasil, temos o hemitartarato de eliglustate (Cerdel-ga®) e o miglustate (Zavesca®), ambos para al-guns casos específicos de adultos com doença de Gaucher tipo 1”, complementa Sandra.

O tratamento pelo Sistema Único de Saú-de (SUS) é formalizado pela Portaria SAS/MS nº 1.266, de 14 de novembro de 2014. Segundo dados do Ministério da Saúde que constam no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para o tratamento da doença de Gaucher, há 670 pacientes com essa patologia em trata-mento no País, sendo que aproximadamente 96% fazem uso de TRE e 4% de TRS.

enquanto o tipo 2 da doença não responde a essa terapia. “No Brasil, temos a imiglucerase (Cerezyme®), produzida a partir de células de mamífero; alfavelaglicerase (Vpriv®), produ-zida a partir de fibroblastos humanos; e alfa-taliglicerase (Uplyso®), produzida a partir de células de cenoura”, relata a especialista.

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HEMO EM REVISTA 43Janeiro/Março 2015 HEMO EM REVISTA 43Janeiro/Junho 2017

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i n d ú s t r i a e s e r v i ç o s • Notícias do setor

A biofarmacêutica global Bristol- -Myers Squibb pulou de sete, em 2015, para 16, em 2016, novos estudos clínicos de medicamentos no Brasil – o número representa um salto de 128%. Desses 16 estudos, aproxima-damente 80% estão relacionados a novas drogas para combate ao cân-cer, doença que deve atingir mais de 21 milhões de pessoas por ano em 2030, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS)*.

“A meta era abrir 12 novos estu-dos em 2016, mas felizmente a di-minuição no tempo de aprovação de novos estudos pela Anvisa e Co-nep, que passou de um ano para cin-co meses, ajudou nosso trabalho a superar o planejamento em quatro estudos”, explica o diretor associa-do de Pesquisa Clínica da empresa, Rafael Laurino.

Bristol-Myers squibb cresce 128% em número de estudos clínicos no Brasil em 2016

Em números absolutos, pare-ce pouco, mas comparando com os resultados dos últimos anos, o crescimento demonstra uma ten-dência de fortalecimento da pes-quisa clínica no Brasil.

A Bristol-Myers Squibb é uma das três farmacêuticas que mais inves-tem recursos para o descobrimento de novas terapias e, cada vez mais, tem focado a abertura de estudos também no Brasil. Anualmente, cer-ca de 25% do faturamento global é reinvestido em pesquisa e desenvol-vimento, o que significa descobrir novas moléculas e realizar os testes clínicos necessários para a viabiliza-ção de novos medicamentos.

* Fonte: http://www.who.int/media-centre/news/releases/2017/early-can-

cer-costs/en/

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A NIMGenetics, companhia especializada em diagnósticos genéticos de última geração, desenvolveu um novo dese-nho de array genômico com-parativo (array-CGH) que me-lhora em 20% o rendimento diagnóstico da leucemia linfoide crônica (LLC).

A tecnologia de array- -CGH já disponível no merca-do detecta perdas e ganhos do DNA. De acordo com a empresa, o diferencial do novo desenho é que essa tecnolo-gia é intensificada com mais sondas em regiões de interes-se clínico, como autismo, cân-cer de mama e ovário e, agora, a LLC, proporcionando um exame de alta resolução e com melhor poder de diagnóstico.

“A FISH, técnica padrão de diagnóstico da LLC, ana-lisa apenas um grupo defini-do de alterações genéticas relacionadas à doença”, explica Luciana Rodrigues, diretora da NIMGenetics Brasil. “Já o array-CGH de-senhado pela NIM estuda o genoma completo, caracte-rizando melhor os biomarca-dores genéticos encontrados na LLC”, acrescenta.

Novo exame para diagnóstico da LLC

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HEMO EM REVISTA 45Janeiro / Junho 2017

takeda é certificada como a melhor empresa farmacêutica para a mulher trabalhar no Brasil, segundo o GPtW

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Anvisa libera medicamentos para tratamento de LLA e contra hemorragias

A Agência Nacional de Vigi-lância Sanitária liberou, em 17 de abril, o registro dos medicamentos Blincyto® (bli-natumomabe) e Praxbind® (ida-rucizumabe). O Blincyto®, da Amgen, é utilizado em pacien-

tes diagnosticados com leuce-mia linfoblástica aguda (LLA) de linhagem B. Já o Praxbind®, da Boehringer Ingelheim, tem como principal função interrom-per os efeitos anticoagulantes de outro produto chamado

Pradaxa®, utilizado em cirurgias. Dessa forma, o Praxbind® evita que pacientes que utilizaram o anticoagulante Pradaxa® te-nham sangramentos que colo-quem a vida em risco.Fonte: Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso do eltrombopague olamina (Revo-lade®), da Novartis, para tratamen-to da anemia aplásica severa (AAS) em pacientes adultos e da trom-bocitopenia imune primária (PTI) em crianças a partir de seis anos. A aprovação ocorreu com base nos estudos ELT112523, PETIT e PE-TIT 2.

O medicamento já está disponível no Brasil para o tratamento da PTI em adultos. Na primeira semana de junho, médicos que tratam pa-cientes dessas doenças em várias cidades brasileiras se reuniram em evento científico em São Pau-lo (SP) para assistir aulas sobre os avanços no tratamento da AAS e PTI, com os especialistas Phillip Scheinberg e Rodrigo Calado.

anvisa aprova revolade® para aas e Pti

A Takeda, uma das principais farma-cêuticas brasileiras, recebeu a cer-tificação do Great Place to Work® Mulher, que destaca a excelência da companhia em promover acesso e in-clusão feminina nas diferentes áreas e condições empregadoras. A farma-cêutica venceu como pioneira no se-tor de farmácia e biotecnologia, e na categoria de grandes empresas ficou em sexto lugar. A multinacional foi premiada por concretizar práticas di-ferenciais em áreas como desenvolvi-mento de liderança, gestão de desem-penho, cultura organizacional, remu-neração e benefícios. Atualmente, as mulheres já representam mais de 50% do número de colaboradores da Takeda, 42% dos cargos de liderança e 50% da diretoria da empresa.

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HEMO EM REVISTA46 Uma publicação da ABHH

O que aconteceu de mais relevante nos últimos meses

Estudo sobre células-tronco hematopoiéticas 49

Liga organiza simpósio em Juiz de Fora 48

Nova estratégia para o tratamento da LMA 47

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“Fertilizar a terra da ciência brasileira” é a proposta do Instituto Serrapilheira, primeira entidade priva-da dedicada ao fomento de pesquisa e à divulgação científica do País, lançada em 22 de março, no Rio de Janeiro (RJ). O diretor-presidente é o geneti-cista francês Hugo Aguilaniu, do Laboratório de Genética do Envelhecimento da Escola Normal Superior de Lyon, na França. À frente do Conselho Científico, está o pesquisador brasileiro Edgar Du-tra Zanotto, do Departamento de Engenharia de Materiais da Universidade Federal de São Carlos. Escolhido pelo cineasta e herdeiro do Unibanco, João Moreira Salles, e sua mulher, a linguista e pro-

fessora da PUC-RJ Branca Vianna Moreira Salles, o nome foi tirado daquela camada superficial de florestas e bosques, formada por folhas, ramos e outras fontes de matéria orgânica que devolvem nutrientes ao solo. O casal deu início à entidade com um aporte de R$ 350 milhões, que será gerido por um fundo patrimonial. Os rendimentos devem garantir o suficiente para um orçamento anual de cerca de R$ 15 milhões para financiar projetos das áreas de matemática, ciências físicas, ciências da vida e engenharia.

Saiba mais em serrapilheira.org.

Lançado instituto privado de apoio à ciência

Responsável por conceder, todos os anos, em torno de cinco mil títulos de mestrado e doutorado, a Universidade de São Paulo (USP) investiu em uma ferramenta para identificar e combater o plágio, atualmente um dos problemas mais recorrentes na comunidade científica mundial. Trata-se do OriginalityCheck (Turnitin), programa que gera um relatório que aponta o porcentual de similaridade de determinado texto em relação a uma extensa base de dados, formada por mais de 143 milhões de artigos acadêmicos, 55 bilhões de sites armazenados e 300 milhões de trabalhos de alunos.O serviço já está disponível a todos os professores credenciados na pós-graduação da USP, que também podem acessar o tutorial sobre seu uso.Fonte: Jornal da USP

USP investe em programa antiplágio OriginalityCheck

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HEMO EM REVISTA 47Janeiro / Junho 2017

Assinado pelo presidente da ABHH, Dimas Tadeu Covas, pelo diretor de Defesa Profis-sional, Angelo Maiolino, e pela membro integrante do Comi-tê de Transplante de Medula Óssea Belinda Simões, o arti-go Paradoxes of Hematology: When the Old Disappears and the New does not Arrive foi publicado na última edição da Revista Brasileira de Hemato-logia e Hemoterapia (RBHH). O texto aborda o porquê de os remédios baratos, mas essen-ciais para o tratamento, desa-parecerem, enquanto medica-mentos modernos e cada vez mais caros aparecem no mer-cado diariamente.

Confira a íntegra do artigo no site rbhh.org.

Diretores da Associação assinam editorial da RBHH sobre os paradoxos da hematologia

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Notícia publicada pela Agência Fapesp em 26 de abril traz a infor-mação sobre uma estratégia que vem sendo testada no Canadá para o tratamento da leucemia mieloi-de aguda (LMA). A ideia é reprogramar células tumorais para fazê--las produzir uma substância capaz de estimular o sistema imune a combater o câncer.

A primeira fase de ensaios clínicos, cujo objetivo é atestar a se-gurança do método, está sendo conduzida no Princess Marga-ret Cancer Centre, em Toronto, sob a coordenação do imunolo-gista Christopher Paige. O cen-tro de pesquisa está vinculado à University Health Network.

Resultados recentes foram apresentados em 20 de abril de 2017, durante o congresso Next Frontiers to Cure Cancer, organi-zado em São Paulo (SP) pelo A.C. Camargo Cancer Center.

“Estamos testando essa aborda-gem no tratamento da LMA. Caso funcione, o mesmo princípio po-deria ser usado contra qualquer tipo de tumor com potencial para causar metástase”, disse Paige em entrevista à Agência Fapesp.

A técnica consiste em retirar cé-lulas tumorais do próprio paciente a ser tratado, reprogramá-las in vitro com o uso de um vetor viral e injetá-las de volta no organismo em uma única aplicação. O objetivo

Célula tumoral é reprogramada para estimular sistema imune a combater o câncer

é fazer as células malignas modifi-cadas passarem a expressar a pro-teína interleucina-12 (IL-12), uma citocina pró-inflamatória capaz de estimular o combate à doença.

“Para conseguirem crescer e se dissemi-

nar pelo organis-mo, os tumores precisam ser capa-zes de neutralizar os radares do sis-tema imune. As cé-

lulas malignas, mui-tas vezes, secretam

substâncias que tornam as células de defesa tolerantes ao corpo estranho. A IL-12 é capaz de reverter esse perfil de tolerân-cia”, explicou Paige.

“Nossa hipótese é que, ao se-rem recolocadas no paciente, as células reprogramadas vão se es-palhar pelo organismo e alcançar os órgãos linfoides [locais onde predominam os linfócitos, como medula óssea, timo, linfonodos e baço]. Lá, elas ativariam o siste-ma imune, que passaria a atacar tanto as nossas células reprogra-madas quanto as demais células leucêmicas. Esse é o plano”, con-tou Paige.

A estratégia se mostrou segu-ra e eficaz nos testes pré-clínicos feitos com camundongos. Além de eliminar a doença, proporcio-nou aos animais sobrevida equi-valente à de roedores sadios – em torno de dois anos.

Saiba mais em agencia.fapesp.br.

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HEMO EM REVISTA48 Uma publicação da ABHH

G I R O • Destaques da Especialidade

A Liga Acadêmica de Hematologia (LAH), composta por graduandos dos cursos de enfermagem e me-dicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), realizou, em 18 e 19 de abril, o Simpósio da Liga Acadêmica de Hematologia da UFJF, na Fundação Ricardo Moy-sés Júnior, em Juiz de Fora (MG). O Simpósio teve temas práticos em hematologia e hemoterapia, incluindo: Workshop Interpreta-ção de Hemograma, Cuidados no Paciente Esplenectomizado, Diag-nóstico e Tratamento do Mieloma Múltiplo, Workshop Temas Práti-cos em Hemoterapia, Interpreta-ção de Coagulograma, Investigação de Linfadenomegalias e Transplan-te de Medula Óssea.

De acordo com o presidente da Liga Acadêmica de Hematologia da UFJF (2016/2017), Vitor Falcão, além de promover o conhecimen-to científico, o objetivo do evento foi arrecadar alimentos para aju-dar a Fundação Ricardo Moysés Júnior, instituição filantrópica que assiste crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade so-cial, portadores de câncer, possi-bilitando o acesso a um tratamen-to digno para que tenham mais chances de alcançar a cura.

Ele destaca que a LAH tem como proposta apresentar atividades ex-tracurriculares aos graduandos em enfermagem e medicina, “como es-tágios supervisionados no Hospital

Liga Acadêmica organiza simpósio de hematologia em Juiz de Fora

Universitário da UFJF, projetos de extensão, campanhas de doação de sangue e organização de eventos acadêmicos como esse”.

O público-alvo do Simpósio são os estudantes da área da saúde, principalmente de medicina e en-fermagem, além de médicos resi-dentes e enfermeiros ligados à he-matologia e hemoterapia.

A Liga Fundada oficialmente em 2008, a LAH da UFJF é coordenada pelo professor Dr. Angelo Atalla. A Liga é responsável pela apresentação de atividades extracurriculares como projetos de extensão de conscienti-zação sobre linfoma e câncer infan-til, campanhas de doação de sangue e cadastro para doação de medula óssea e atividades supervisionadas no Ambulatório de Hematologia do Hospital Universitário da UFJF. En-quanto esse trabalho é supervisiona-do pelo Dr. Abrahão Hallack, as reu-niões científicas mensais são organi-zadas com o auxílio da Dra. Mariza Mota e da organização de eventos.

Representantes da Diretoria da LAH e participantes do Simpósio que aconteceu em

18 e 19 de abril, na Fundação Ricardo Moysés Júnior, em Juiz de Fora (MG)

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Janeiro / Junho 2017

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Conquista da ABHH: transferência de titularidade do registro dos medicamentos Alkeran, Leukeran e Myleran

A GlaxoSmithKline (GSK) anunciou, em 24 de feve-reiro, a transferência de titularidade dos medica-mentos Alkeran, Leukeran e Myleran para a empresa Aspen Pharma, mantendo assim o abastecimento dos medicamentos para que os pacientes possam fazer uso via venosa, principalmente para TMO.

Representada pelo dire-tor de Defesa Profissional e coordenador do Comitê de Mieloma Múltiplo, Ange-lo Maiolino, a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) participou, junto com o presidente da SBTMO, Vergílio Colturato, de reunião com o Ministé-rio da Saúde sobre a inter-rupção de importação do melfalano no Brasil, a partir de março de 2017.

Pesquisa foi publicada na revista Nature Cell Biology, em estudo rea-lizado pelo Brasil, com apoio dos Estados Unidos e do Japão.

Realizado para reconstituir os componentes do sangue de pa-cientes submetidos a processos agressivos como a quimioterapia, o transplante de medula óssea nem sempre alcança esse objeti-vo em sua totalidade, devido ao baixo número de células-tronco hematopoéticas obtido no proce-dimento. Agora começam a ser des-vendados os sinais químicos res-ponsáveis pela reprodução dessas células-tronco, o que abre caminho para seu cultivo em laboratório.

A descoberta foi publicada em ar-tigo na revista Nature Cell Biology, pelo professor Alexander Birbrair, do Departamento de Patologia do Instituto de Ciências Biológicas

(ICB) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ele fez uma parceria entre pesquisadores de instituições dos Estados Unidos e do Japão para identificar aspectos até então desconhecidos de mi-croambientes dos ossos, onde se localizam dois tipos de células- -tronco hematopoéticas.

Uma, mais potente, permanece adormecida na medula até o mo-mento em que precisa formar célu-las iguais a ela. A outra é acionada em casos de emergência para o organis-mo e se diferencia em tipos de célu-las mais maduras, como macrófa-gos e linfócitos, capazes de eliminar micro-organismos e vírus. “Basica-mente, descobrimos a comunicação existente entre os microambientes vasculares e essas células na medula óssea”, comenta Birbrair.Fonte: ufmg.br

Sinais químicos envolvidos na reprodução de células-tronco hematopoéticas são descobertos

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HEMO EM REVISTA50 Uma publicação da ABHH

G I R O • Destaques da Especialidade

Associação participa de fórum sobre acesso a medicamentos

O onco-hematologista pediátri-co Vicente Odone, do Hospital Israelita Albert Einstein, e o diretor de Defesa Profissional da ABHH, Angelo Maiolino, participaram de mesa durante o Fórum pelo Acesso a Me-dicamentos, promovido pelo Albert Einstein com apoio da Folha de S. Paulo, em 24 de maio. Durante a mesa, os especialistas criticaram os altos preços de novos medica-mentos e a dificuldade do con-trole de qualidade de remédios estrangeiros que chegam ao Brasil. O debate teve ainda a participação dos hematologis-tas Belinda Simões e Nelson Hamerschlak.

O Hospital Sírio-Libanês e a Liga Aca-dêmica de Hematologia (LAHem) da Universidade de Brasília (UnB) realizaram a quarta edição da Jor-nada Conjunta entre as duas enti-dades. O encontro aconteceu no auditório 3 da Faculdade de Ciên-cias da Saúde da UnB, em Brasília (DF). O encontro discutiu temas relevantes da conduta nas áreas

da hematologia e imunoterapia de forma abrangente e acessível ao público geral.

Entre os palestrantes convida-dos, estiveram a diretora de Hema-tologia do Centro de Oncologia, Yana Novis, e o coordenador da Unidade de Transplante de Medu-la Óssea, Vanderson Rocha, ambos do Hospital Sírio-Libanês.

Jornada Conjunta da LAHem e Hospital Sírio-Libanês

Em 1º de junho, os representantes da Liga Acadêmica de Hematolo-gia e Banco de Sangue (LAHBS) da PUC Goiás realizaram a recep-ção dos novos membros da tur-ma. A reunião foi um momento de apresentação, conhecimento, descontração e muita alegria para dar as boas-vindas aos membros. Na oportunidade, os estudantes aproveitaram para homenagear um colega que fora aprovado no

Liga Acadêmica da PUC-GO recepciona novos alunos

mestrado na Universidade de São Paulo (USP), Romário Mascarenhas.

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HEMO EM REVISTA 51Hemo Especial 2016

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HEMO EM REVISTA52 Uma publicação da ABHH

G I R O • Destaques da Especialidade