ANOTE ESTAS DATAS: BALANÇO 93ABVP, temas como a criação de um regimento interno Nopara os CCPs e...

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Uo^ YACS M ^^ VÍDEO POPULAR BOLETIM DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE VÍDEO POPULAR ANOTE ESTAS DATAS: III SEMINÁRIO NACIONAL DE VÍDEO POPULAR: 30 E 31 DE OUTUBRO DE 1993 IX ENCONTRO NACIONAL DAABVP: 01 E 02 DE NOVEMBRO DE 1993 BALANÇO 93 A gestão 1991/1993 da ABVP faz uma análise de suas realizações, focalizando desde suas atividades nas áreas de capacitação, distribuição e informação até a ação das regionais nos quatro cantos do país. p^, 15 CRÍTICA & PENSAMENTO O comunicador Mário Gutierrez faz uma análise do papel dos telejornais mais assistidos no Brasil. Pág.11 SETEMBRO OUTUBRO 1993 ENCONTRO NACIONAL EM OLINDA Confira a programação do Encontro Nacional e fique sabendo das últimas modificações. Anote o endereço e como chegar lá. Boa viagem. p á 4

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Uo^ YACS M ^^

VÍDEO POPULAR BOLETIM DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE VÍDEO POPULAR

ANOTE ESTAS DATAS:

III SEMINÁRIO NACIONAL DE VÍDEO POPULAR: 30 E 31 DE OUTUBRO DE 1993

IX ENCONTRO NACIONAL DAABVP: 01 E 02 DE NOVEMBRO DE 1993

BALANÇO 93

A gestão 1991/1993 da ABVP faz uma análise de suas realizações, focalizando desde suas atividades nas áreas de capacitação, distribuição e informação até a ação das regionais nos quatro cantos do país. p^, 15

CRÍTICA & PENSAMENTO

O comunicador Mário Gutierrez faz uma análise do papel dos telejornais mais assistidos no Brasil.

Pág.11

SETEMBRO

OUTUBRO

1993

ENCONTRO NACIONAL EM OLINDA

Confira a programação do Encontro Nacional e fique sabendo das últimas modificações. Anote o endereço e como chegar lá. Boa viagem. pá 4

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EDITORIAL

O PERCURSO DA ABVPENTRE 1991 e 1993

g jl ste é um número especial do Boletim da ABVP. Éofim da gestão 1991/1993. Ás vésperas do Encontro Nacional ri (Olinda, Io-e 2 de novembro), a ABVP faz um balanço de seu percurso.

M^d A edição traz os cursos, seminários, encontros e oficinas que aconteceram no último ano. Mostra como estão indo as videotecas e os Centros de Comunicação Popular (CCPs). Traz as sugestões da ABVP para a Lei da Informação Democrática (LID). Fala como as Regionais se prepararam para o Encontro de Olinda. E, para fazer uma avaliação de tudo o que aconteceu por essas bandas, apresenta um texto de Alberto Lôpez Mejía, coordenador geral da atual gestão. Não perca.

ERRATA As exibições de cinevídeo da Videoteca Municipal de Santo

André foram interrompidas a pedido de uma associação que congregaas maiores produtoras e distribuidoras cinematográfi- cas norte-americanas, a Motion Pictures Export Association of America, e não por uma grande produtora, como foi publicado na matéria "Mais do que bibliotecas de vídeo", no Boletim n" 20.

Também, esclarecemos que a Videoteca de Santo André não tem ainda um auditório à disposição dos professores nos fins- de-semana. Há um proj eto em andamento j unto à Delegacia de Ensino, para utilização do acervo da videoteca no Auditório Municipal, onde as escolas (professores e alunos) terão espaço para realizar suas aulas.

Adiada votação do projeto da LID

A votação do Projeto de Lei da Informação Democrática (LID) na Câmara dos Deputados foi adiada do fim de setembro para o início de novembro, por motivo de saúde do seu relator. Pinheiro Landim (PMDB-CE).

No Showmício de São Paulo, em 24 de setembro, Pinheiro Landim afirmou que "a UD já tem apoio de quase todos os segmentos da sociedade ", notícia importante para quem está participando da luta pela democratização da comunicação no Brasil

EXPEDIENTE Vídeo Popular ns21 Ano IX setembro/outubro 1993

Realização Cores <S Letras Comunicações (011)852 4942

Projeto gráfico Maria Angélica Pacheco

Jornalista responsável Cármen Llgla Ludovlce Moura MTb 13.599

COORDENADOR GERAL DA ABVP Alberto López MejIa (021) 285 29 98

DIRETORES REGIONAIS Aberto López Mejía (021) 285 29 98 - Sudeste Caetano Scannavlno Filho (091) 523 10 83 - Norte Crlstlana Tramonte (0482) 22 88 95 - Sul Nilson de Araújo (061) 226 35 12 - Centro-Oeste Vllma Alcântara (086) 222 81 21 - Nordeste

COORDENADORES ESTADUAIS

Regional Sul PR- Rodolfo Silva (041) 225 52 11 RS- Luclane Schommer (051) 233 19 01 SC- Márcio Vieira de Souza (0482) 22 88 95

Regional Sudeste MG- Cristina Ferreira (031) 463 63 57 RJ- Maria Cristina de Lima (021) 331 52 35 SP- Antônio Acioli Siqueira (011) 277 42 51

Regional Centro-Oeste DF- Carlos Augusto Pereira da Silva (061)3479027 GO- Ricardo Salles Caixeta (062) 225 28 01 MS- Ricardo Luiz de Castro (067) 382 51 18 TO- Belchior Cabral (063) 851 37 64

Regional Nordeste BA- Tatlana Lima (071) 321 21 39 CE- Ana Angela Farias (085) 252 42 66 PB- José Barbosa (083) 221 50 55 PE- Amaro Filho (081) 427 23 75 PI- Mario Roessier (086) 222 81 21 RN- Roberto Monte (084) 221 59 32

Regional Norte AC- André Alves de Souza Neto (068) 224 82 31 Bico do Papagaio - Albertina Sandra Moreira dos Reis (091) 324 16 98 (rec)

Coordenação executiva de projetos leda Maria Roberto

Coordenação administrativa Maria Augusta Nedachi

Associação Brasileira de Vídeo Popular Rua Treze de Maio, 489 01327-000 - São Paulo (SP) - Brasil Te/.; (011) 284 78 62 - Fax: (011) 287 22 59

Tiragem: 3 mil exemplares

Apoio Fundação Mac Arthur

Arte/paginação Paulo Batista (011)511 9247

Impressão Paz (011)280 05 45

ESPECIAL: REVISTA PROPOSTA, A DEMOCRATIZAÇÃO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO

A revista Proposta dedica seu número 58 ao "conjunto de questões, limites e desafios colocados para a conquista de uma comunicação democrática". Trata-se de uma edição especial, que busca divulgar e dar subsídios para a ampliação deste debate tão importante e oportuno no atual processo de democratização da sociedade brasileira.

Assine a Revista Proposta (021)286 15 98 Rua das Palmeiras, 90 22270-070 - Botafogo Rio de Janeiro (RJ)

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TRÊS TEMPOS

REGIONAIS, A UM PASSO DO ENCONTRO NACIONAL

De norte a sul, de leste a oeste, a ABVP se prepara para o Encontro Nacional de Olinda

Discutindo e enfatizando suas ações de capacitação, descen- tralização e democratização da comunicação, as Regio- nais da ABVP prepararam-se, ao longo do ano, para o III

Seminário de Vídeo Popular e para o IX Encontro Nacional da ABVP, que acontecerão respectivamente nos dias 30 e 31 de outubro e l2 e 2 de novembro de 1993, em Olinda, PE.

Nos Encontros Regionais, além dos assuntos estratégicos da ABVP, temas como a criação de um regimento interno para os CCPs e os desafios das futuras TVs populares fizeram parte da ordem do dia. Também se decidiu como cada Regional preparará o material para o programa Criança e Trabalho, a ser editado no Seminário. O Encontro do Sudeste aconteceu nos dias He 12 de setembro. O do Sul, em 23 e 24 de julho. Até o fechamento desta edição, não haviam acontecido os Encontros do Norte e do Centro-oeste.

Em pauta

Nos Encontros Regionais, discutiram-se vários temas que serão debatidos em Olinda.

No Sul, o mais quente foi a discussão sobre CCPs. A Regional elaborou um documento para reflexão, a fim de contribuir para as discussões sobre a criação do futuro regimento interno dos CCPs.

Entre os vários pontos propostos, destaca-se o de garantir os direitos de utilização em condições privilegiadas para os sócios da ABVP. Além disso, a Regional acredita que deve existir um convênio entre os parceiros, o qual inclua o regimento interno, as assembléias estaduais, regionais e nacionais como instância máxima de decisão sobre os convênios, as condições emque estes devem ser feitos e ainda a coerência jurídica com o Estatuto Nacional da ABVP.

No Encontro do Sudeste, os participantes lembraram a neces- sidade de se reforçar a atuação da ABVP em algumas áreas, como

a de capacitação. Isto porque, a entidade passou a contar, a partir de 91, com coordenações estaduais nos quatro cantos do país, gerando novas demandas.Uma delas é a implantação de cursos de capacitação avançada (previstos para acontecer em 94/95).

A Regional Sudeste acredita, ainda, que é preciso ter uma equipe técnica permanente de capacitação. Isso significaria a profissiona- lização de monitores para não depender somente da militância.

No Encontro, foi eleito o Coordenador do Estado de São Paulo. Seu nome é Antônio Acioli (Tonhão). Quanto ao CCP daRegional, o local escolhido para a sede foi o Rio de Janeiro.

Sugestões do Sudeste

No III Seminário Nacional de Vídeo Popular, as Regionais participarão da produção do programa Criança e Trabalho, que será exibido pela TV-PE.

No Encontro do Sudeste, surgiram algumas sugestões de en- foque para o trabalho: denunciar a exploração do trabalho já a partir da infância, discutir que fatores levam a criança a trabalhar, tomar cuidado para não legitimar o trabalho infantil, estar atento para não cair no discurso pronto e tentar incluir uma pesquisa com dados nacionais sobre o trabalho infantil.

Seguindo a esteira dos debates iniciados no Encontro Nacional de BH {veja box abaixo) , em 1992, o Sudeste priorizou a discussão sobre TV Popular, principalmente em função da vo- tação da Lei da Informação Democrática (LID) na Câmara dos Deputados. As principais dúvidas são sobre a operacionalização de uma TV Popular. Quem fará esta TV? O grupo que já tem conhecimento tecnológico ou a comunidade? Quem escolherá os temas? O que a população poderá fazer nessa TV? Como fazer um programa que dê audiência? Ela poderá se auto-sustentar? De onde virão os recursos?

RETOMANDO O ULTIMO ENCONTRO NACIONAL No Encontro Nacional de BH, em 1992, discutiram-se questões ligadas às TVs populares e ao Projeto da LID

A maior polêmica do Encontro Nacional do ano passado foi quanto à questão de como garantir recursos técnicos, financeiros e humanos para satisfazer, nas TVs comunitárias, uma demanda potencial de 30 horas diárias de produção local em cada município. Discutiu-se também adiferenciação entreumaTV públicae umaTV de acesso público. Ou seja, como diferenciar o estatal do comu- nitário. Cobrou-se uma maior definição deste ponto no Projeto.

Além disso, concluiu-se que o acesso às emissoras de TV Pública não deve ser de uma entidade, como prevê o Projeto de Lei, mas sim de um conselho de representantes da comunidade. Isso impediria que o poder público se apropriasse das emissoras e facilitaria o acesso de associações de base, como de moradores, por exemplo.

O poder público deveria se encarregar das instalações das TVs comunitárias. Os demais recursos viriam de prestações de serviços para a comunidade, venda de assinaturas, taxação sobre o fatura- mento publicitário das TVs convencionais etc. Acapacitação ficaria por conta das próprias TVs.

TV regionalizada

Também faltavam algumas definições para garantir a regionaliza- ção no Projeto da LID, segundo os participantes do Encontro. Faltam previsões para diferentes regiões, como, por exemplo. Porto Alegre e Santarém, e ainda diferenciação entre formas de produção e critérios a serem adotados para definir os produtores. Há também a necessidade de garantir o espaço de programas de outras regiões, localidades ou comunidades em TVs comunitárias. Estas devem ter o direito de se programar com produções de todas as regiões.

A regionalização pode ser extremamente benéfica para a produção independente/alternativa. Isto porque, ela poderá entrar na rede fazendo parte da programação regional. E, ao mesmo tempo, malé- fica para as TVs comunitárias, que acabam por se esvaziar. A sugestão é que a porcentagem de 40% de programação local só fique valendo para as TVs convencionais. As TVs comunitárias terão o direito de se programar com produções de todas as regiões.

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TRÊS TEMPOS

TUDO PRONTO PARA O III SEMINÁRIO DE VÍDEO POPULAR E O

IX ENCONTRO NACIONAL DA ABVP

A programação e a hospedagem já estão definidas. O transporte é fácil. Arrume as malas e embarque na idéia de discutir

vídeo popular, TV comunitária, Centros de Comunicação, capacitação...

O IX Encontro Nacional da ABVP já tem hora e lugar marcado há bastante tempo. Acontecerá no Centro de Convenções de Olinda, nos dias l2 e 2

de novembro próximo. Para quem se interessar em parti- cipar também do III Seminário Nacional de Vídeo

Popular, a chegada deverá ser antes, pois o semi- nário-oficina "O vídeo popular na TV" acontecerá nos dias 30 e 31 de outubro. Saiba como chegar e onde se instalar para os eventos. E ainda, as últimas modificações da programação.

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Hospedagem

Hotel Samburá - Av. Marcos Freire, 1551 (Beira-mar), Bairro Novo Olinda - PE. Fone/fax: (081) 429 3393.

Transporte Municipal

Para chegar ao hotel, podem ser tomados os seguintes ônibus urbanos: * Jardim Atlântico, ao lado do correio, na R. do Sol (Centro de Recife); * Casa Caiada, na Av. Dantas Barreto, em frente ao Ed. AIP (Cine); * Rio Doce, na Av. Nossa Senhora do Carmo. Apassagem custa hoje CR$ 45,00. Todos os ônibus são da empresa Nápoles/Rodotur.

Saindo da rodoviária

Quem vai de ônibus até Olinda pode chegar ao Hotel Samburá pegando o metrô dentro da própia rodoviária e

descendo na estação Recife. Esta é a última estação e o ônibus que passa mais próximo a ela é o Jardim Atlântico. Pegue esse ônibus e desça na parada da Caixa Econômica Federal, agência Marcos Freire, na Av. Getúlio Vargas, Bairro Novo. Ao sair do ônibus, entre à direita da Caixa e caminhe cerca de 150m. O percurso todo leva cerca de uma hora.

Chegando de avião

Quem vai de avião deve pegar o ônibus do outro lado do Aeroporto, sentido Recife, da empresa Borborema. O nome do ônibus é Aeroporto. Já no centro, dirija-se para os terminais dos ônibus municipais citados acima.

A ABVP está estudando a possibilidade de colocar um box de informações da EMPETUR no aeroporto e de conseguir transporte direto do aeroporto e da rodoviária para o hotel, de 3 em 3 horas.

O preço estimado de uma corrida de táxi do aeroporto até o hotel é de CR$ 1.200,00 a CR$ 2.000,00 e da rodoviária até o hotel, também.

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Atenção! Modificações na programação.

Confira a programação do Encontro Nacional, publicada no • tarde Boletim n2 20. Anote as modificações. Plenária de avaliação e planejamento

Horário: 14h30àsl8h00 III Seminário Nacional da ABVP Jantar: 18h00 às 19h30

Tema: "Vídeo Popular na TV" Local: Centro de Convenções de Pernambuco

(Complexo de Salgadinho)

Dia30/out • manhã: Abertura oficial: 9h30 às lOhOO Palestra: "A Estrutura Programática de uma TV no Contexto do Vídeo Popular": lOhOO às IlhOO Debate: Ilh00àsl2h30 Almoço: 121i30 às 14h00 Evento cultural: 14h00 às 14h30 (no hall do Centro de Convenções)

• tarde Trabalho em grupo: 14h30 às 16h30 Temas: A produção/tipos de programa; Emissão/programação em rede; Identidade entre o vídeo e a TV Popular; O papel de uma TV Popular; Plenária de sistematização: 16h30às 18h00

• noite Jantar: 18h30 às 19h30 Mostra de vídeo na rua: 19h30 às 20h30 Festa-show: no Recife

Dia31/out • manhã Palestra: "A Linguagem da TV no Contexto do Vídeo Popular": 9h30 às 10h30 Debate: 10h30 às 13h30 Evento cultural: 13h30 às 14h00

• tarde Trabalho em grupo: 14h00 às 14h30 Temas: ficção, documentação, computação gráfica, câmera aberta. Plenária de sistematização: 14h30 às 17h30

• noite Jantar: IShOO às 19h30 Mostra de rua: 20h00 às 21h00 (em Olinda)

IX Encontro Nacional da ABVP

Dia 01/nov • manhã Abertura-Apresentação da pauta: 9h30 às 10h30 Trabalho em grupo: 10h30 às 12h30 Almoço: 12h30 às 14h00 Evento cultural: 14h00 às 14h30

• noite Mostra de rua na comunidade/veiculação e debate do programa Criança e Trabalho na TV-PE: 20h00 às 21h30

Dia 02/nov • manhã Trabalho em grupo: 9h30 às 12h00 Tema: Centro de Comunicação (Forma de implantação, tipos de parcerias, autogestão) Almoço: 12h30 às 14h00 Evento cultural: 14h00 às 14h30

• tarde Plenária sobre os Centros de Comunicação: 14h30 às 16h00 Assembléia Geral e eleição da nova diretoria: 16h00 às 18h00 Encerramento festivo

• noite: Festa de Confraternização

OBS: O programa veiculado pela TV-PE será transmitido através de um telão que estará na Praça da Comunidade. . Jorge Furtado, roteirista, que participaria como convidado especial, não poderá compareceraoevento. Motivo: foi convo- cado pela TV Globo para trabalhar em novos projetos. Estão confirmadas as presenças de Eduardo Coutinho, cineasta {Ca- bra Marcado para Morrer), atualmente trabalhando na TV Maxambomba (RJ), José Carlos Asbeg, correspondente da NBC, ex-diretor da TVE do Piauí e produtor independente, além de Olivier Pasquet, da TV. TV., França.

Quem está apoiando

As entidades que já estão apoiando o DC Encontro e o EI Seminário são: Fundação Mac Arthur, Oxfam, Fundo Samuel, SACTES, DIC-Dinâmica Comunicação, Prefeitura de Olinda, Prefeitura da Cidade do Recife, BANDEP.

EM TEMPO:

Veja, abaixo, os novos valores das taxas de inscrição para participar destes eventos: Participação nas duas atividades: US$ 25 Em uma das atividades: US$ 15 Em uma das atividades sem hospedagem: US$ 10

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OLHO VIVO

ABVP: AVALIAÇÃO DA GESTÃO 1991/93 A atual gestão da ABVP, sob o olhar de seu Coordenador Geral, Alberto López Mejía

Introdução

Avaliar a gestão 91/93 implica analisar a ABVP no seu conjunto, focalizando diversos aspectos: a discussão da sua natureza institucional e o papel político que se propõe; a sua estrutura organizativa; o papel da Direção e a atuação na esfera pública; o desempenho das Coordenações Executivas; a ação das Regionais como movimento de dimensão nacional; o processo efetuado nas áreas de Capacitação, Distribuição e Informação; as relações de cooperação internacional, tanto em nível político quanto financeiro; as perspectivas de uma estratégia de auto- sustentação; a informatização e implantação dos Centros de Comunicação e, por último, o desafio das futuras TVs populares.

O propósito deste texto é ao mesmo tempo avaliar um processo e ser avaliado enquanto documento que fecha um ciclo (transferindo a gestão para uma nova Diretoria). Para isso, uma maneira de facilitar a discussão em plenário é tratar cada um dos aspectos citados em separado, embora todos eles se entrecruzem organicamente.

I Natureza institucional e papel político da ABVP

A partir da reafirmação da sua natureza associativa, a ABVP deu prioridade ao aspecto organizativo, fortalecendo as Regionais e direcionando sua estratégia no sentido de "ampliar fronteiras", aumentando o quadro de associados e estimulando a participação efetiva no interior das Regionais em tomo de eixos políticos definidos coletivamente a cada Encontro anual. A continuidade dos seminários integrados aos Encontros reforçou o papel da ABVPjuntoaosmovimentos na esfera pública, definindo o tema nos dois anos seguintes: a democratização da comunicação. Em 1992, discutiu o Projeto de Lei da Informação Democrática (LID) apresentando diversas críticas e propostas que incidem não só no vídeo mas na comunicação popular em geral. Dois exemplos disso foram a crítica à proposta de regionalização apresentadano projeto, colocando na mesma lógica os monopólios privados e a comunicação popular; se de um lado o projeto tenta esfacelar a hegemonia das grandes redes, por outro inibe o potencial das TVs comunitárias para preenchersua programação local através do intercâmbio de materiais; outro exemplo é a proposta das TVs comunitárias se articularem em rede nacional, lutando pelo uso social do satélite.

Neste ano de 1993, em que se efetua a mudança de Diretoria (Coordenação Geral e grande parte das Direções Regionais), a ABVP dá mais um passo à frente antecipando-se à própria

votação cli > projeto de lei e discute o "O vídeo na TV": o formato das TVs populares. Sua estrutura e programação e a relação (e diferenças) de linguagem entre o vídeo e a TV. A conquista do direito de emissão por antena é apenas o início de um longo caminho a percorrer; o grande desafio hoje é definir a con- cepção de uma TV popular ao mesmo tempo democrática, horizontalizando oacesso àprodução independente (partindo de um princípio de pluralidade), e por outro lado, amparada em eixos programáticos e de valores ético-políticos; em suma, discutir como fazer uma verdadeira TV popular e democrática combinando a TV de rua e o satélite.

Um dos resultados mais significativos destes Seminários é, sem dúvida, a ampliação da capacidade de articulação política da ABVP, notadamente em relação ao Fórum pela Democratização da Comunicação, do qual faz parte da Coordenação nacional.

A crise interna da ABVP em 1991, no período que antecedeu a eleição da atual Diretoria é o ponto de partida do ciclo que se encerra na eleição da nova Diretoria em novembro próximo. Um dos principais aspectos que foram debatidos no período da crise foi a sua natureza institucional, associativa ou não, e conseqüentemente seu papel político. A forma encontrada para responder estas indagações foi a consulta externa através do 1 Seminário Nacional, junto com o VII Encontro da ABVP nesse ano. A participação aberta dos movimentos sociais configurou um quadro da comunicação popular no país e apontou o papel social da ABVP como ator político com grande potencial de articulação em tomo da problemática da comunicação. Como resultado disso, o VIII Encontro reafirmou a sua natureza associativaedefiniu sua intervenção pública no Aíovímertíope/a Democratização da Comunicação.

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II A estrutura organizativa da ABVP

Entre 1991 e 93, a ABVP alterou aspectos importantes da sua estrutura com uma periodicidade praticamente anual. O que a primeira vista pode parecer uma certa indefinição por parte da sua Direção foi na verdade umaconseqüênciadiretadosavanços na sua estratégia organizativa. A política de "ampliação de fronteiras", estimulando a participação de novos grupos nos diversos Estados, desenvolvida nestes dois anos, obrigou a ABVP a reformular o formato das Regionais, fortalecendo-as através da descentralização de grande parte das deliberações para os coletivos internos de cada região.

A primeira alteração na estrutura da ABVP no período 91/93 se deu logo no início da gestão, estabelecendo uma relação mais orgânicaentre a Direção política (Conselho e Coordenação Geral — eleitos em assembléia e não-assalariados) e o quadro de funcionários assalariados da sede nacional, responsáveis pela operacionalização cotidiana da ABVP. Foram criados os cargos de Coordenação Executiva de Projetos e Coordenação Administrativa, com o papel de execução das linhas de planejamento definidas pela Direção política (e pelos Regionais no seu conjunto). A criação destes cargos tornou possível um fato inédito na história da ABVP ao eleger na assembléia geral de 91 uma Coordenação Geral de fora de São Paulo, mostrando que é viável ter uma Coordenação sem a pré-condição da sua localização geográfica, o que é, em si, mais democrático, centrando o perfil deste cargo na sua qualificação enquanto direção política.

A segunda alteração na estrutura ocorreu no Encontro seguinte, em 92, transformando o antigoConselho, com dois representantes por região, em cinco Direções Regionais e criando a instância intermediária das Coordenações Estaduais, unificando desta maneira o formato das Regionais; foram substituídas as antigas Regionais Estaduais de RJ e SP e, incorporando o Estado de MG, foi criada a Regional Sudeste, além da Regional Norte (região até então com pouquíssima presença na ABVP e que hoje começa a se articular em quatro pólos sub-regionais). A criação das Coordenações Estaduais resultou numa maior agilidade operacional em cada Estado, requalificando o trabalho de cada Regional. Atualmente, existem 18 Coordenações Estaduais, consolidando a dimensão nacional da ABVP, evidenciando um grande avanço em termos de organização

Neste ano de 93, a estrutura atual é considerada satisfatória, ampliando somente o número de funcionários assalariados da sede nacional, tanto noreforço das Coordenações Executivas quanto na assistência à Coordenação (política) Geral. No entanto, a enorme quantidade de responsabilidades e desafios colocados para o conjunto da Diretoria, além da necessidade de configurar de formamais acabada a suaestrutura institucional, acabou deixando em segundo plano a reformulação dos eííaíMíoí. Este atraso está sendo superado agora no próximo Encontro Nacional, onde será apresentada uma proposta neste sentido.

III O papel da direção e a atuação na esfera pública

O Papel de uma direção política é ao mesmo tempo pensar o futuro, antecipando questões essenciais para a ABVP e para a comunicação popular em geral, e, por outro lado, ter uma prática democrática e articulatória que motive a participação do maior número possível de associados e de movimentos sociais em tomo das propostas apresentadas. Este tipo de gestão integrando a capacidade de formular propostas e de articular uma ampla participação em torno delas foi o grande desafio colocado para a atual Direção da ABVP e, sem dúvida, o será também para a futura Direção que assume em novembro. No Encontro do ano passado se discutiu a necessidade do papel de uma Coordenação Geral, articulando o conjunto da Diretoria, mas, ao mesmo tempo, foi avaliada a sobrecarga de responsabilidades deste cargo, decidindo descentralizar diversas funções para garantir uma participação mais homogênea do coletivo da Direção, até então voltado predominantemente para o interior das suas regiões.

A intervenção no espaço público, definida em 91 em tomo do processo pela democratização da comunicação e reforçada no VIII Encontro de 92, discutindo o projeto de lei (LID), se cristaliza na IV Plenária nacional do movimento, quando a ABVP é eleita junto com outras 16 entidades de expressão nacional para integrar a Coordenação Nacional do Fórum pela Democratização da Comunicação. Este papel de representação política da ABVP coube à Coordenação Geral, participando ativamente de todas as reuniões convocadas. Ainda em nível nacional, a Coordenação Geral e praticamente toda a Diretoria participaram de várias palestras e entrevistas na mídia (jornais, rádio e televisão), projetando a visibilidade da ABVP perante a opinião pública.

Outro campo de atuação da Direção diz respeito às relações internacionais, seja como interlocutores nos projetos de financiamento, seja como representantes de uma Associação Nacionalno Movimento Latino-americanodeVídeoenoprocesso de articulação da coalizão mundial. A posição da ABVP nestes dois casos é de gerar formas de interação permanente, de modo a consolidar o (s) movimento (s).

Por outro lado, o coletivo da Direção tem desempenhado ao mesmo tempo o papel de articuladores no interior de cada região e de formuladores das políticas nacionais da ABVP, além de

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OLHO VIVO

definir as diretrizes de ação nas relações internacionais, delegando à Coordenação Geral a função de representação nos eventos internacionais dos quais participa.

IV O desempenho das coordenações executivas

Com a criação, em 91, destes dois cargos o aumento de responsabilidades foi acompanhado de uma maior autonomia operacional e da participação nas reuniões da Direção. A avaliação das duas CoordenaçõesExecutivasé bastante positivaem termos de eficiência, estabelecendo um diálogo efetivo com a Direção. Isto, como já foi dito, possibilitou ter uma Coordenação Geral a distância". Não há dúvida de que o acompanhamento cotidiano se dificulta à medida que aumentam as distâncias geográficas que separam a Coordenação Geral e as Coordenações Executivas, mas a criação neste ano do cargo executivo de Assistência à Coordenação contribui para superar estas dificuldades; por outro lado, este distanciamento (dependendo do perfil da Direção e de um bom planejamento das atividades) pode propiciar uma participação mais homogênea do conjunto.

O fato das áreas de capacitação, distribuição e informação serem crescentes a cada ano colocou a necessidade de ampliar o quadro de funcionários em cada área sob diversas formas de profissionalização: nacapacitaçãoestáem negociação um contrato de trabalho, com uma equipe de especialistas em metodologias educativas, tendo como ponto de partida um projeto de pesquisa que culmina com a definição, num seminário nacional, das estratégias de formação junto aos Centros de Comunicação, além da produção de recursos pedagógicos. Na distribuição, estão contratadas três pessoas com funções determinadas (atendimento, copiagem e divulgação) e, na informação, uma jomalistaque foi contratada em regime de prestação de serviços, garantindo a periodicidade do boletim, aumentando desta forma a sua credibilidade e número de assinantes.

Embora ainda parte das atividades fins da ABVP (principalmente na capacitação) sejam desenvolvidas graças a um trabalho de militância, a tendência é profissionalizá-las através da estratégia de auto-sustentação, baseada em grande parte na remuneração de serviços.

O grande salto, seja na agilidade operacional (em nível local.

regional e nacional), seja na qualificação das suas diretrizes básicas (capacitação, distribuição e informação) ou no gerenciamento administrativo, se dará a partir do próximo ano com a implantação da rede de informática (correio eletrônico) e dos Centros de Comunicação Popular, CCPs.

V A ação das regionais

Sc, por um lado, a operacionalização das atividades deva ser profissionalizada para desta forma qualificá-las, por outro, o exercício político das articulações e a participação na formulação c deliberação de propostas e projetos é a ação própria da militância nas diversas instâncias: desde a Coordenação Geral até os coletivos locais e/ou sub-regionais. Nestes dois anos, pode ser constatada de maneira visível a efervescência em termos de motivação em todas as Regionais em tomo de eixos comuns, configurando de fato um movimento de dimensão nacional.

Com a perspectiva da implantação dos Centros de Comunicação, cabe aos coletivos regionais e estaduais supervisionar o seu funcionamento e, numaetapa posterior, criar conselhos editoriais que definam aestruturade programaçãodaS futurasTVs Populares ou Comunitárias. A própria lógica do intercâmbio de materiais entre as TVs das diversas regionais já configura um outro conceito de rede (independente de conquistar um espaço de transmissão no satélite), muito mais diacrònica na sua interação do que o sincronismo de uma rede por emissão simultânea.

Um aspecto bastante positivo e determinante na avaliação global da atuação da ARVP nestes dois anos pode ser medido pela qualidade das discussões verificada nos dois últimos Encontros; se de um lado a Diretoria apontou os rumos da ABVP, de outro, o conjunto de associados que participaram desses eventos conseguiram avançar significativamente nas propostas apresentadas.

VI O processo efetuado nas áreas de capacitação, distribuição e informação

Além da profissionalização citada anteriormente, a estratégia adotada foi, num primeiro momento, de realização de Seminários amplos, levando em conta a valorização de experiências regionais e a representação da pluralidade de vertentes. Eoi assim nos Seminários de distribuição (dez/91), com a participação do sindicato das vídeo-locadoras (comerciais) do Estado de SP, órgãos governamentais e privados na área de vídeo-educação e a distribuição alternativa do vídeo popular através da ABVP e ONGs, discutindo estratégias de distribuição e divulgação. No Seminário de capacitação (jul/92) estiveram presentes pesquisadores de ONGs e universidades, fundações vídeo- educativas e experiências regionais da própria ABVP, debatendo as diversas vertentes metodológicas, tendo como referência uma estratégia de capacitação centrada na necessidade imediata, no

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contexto da ARVP, de produção de recursos pedagógicos. Num outro nível, foram formadas comissões de trabalho

(integradas por membros da Diretoria e das Coordenações Executivas), desde o início da gestão em 91, com o objetivo de definir as regulações orçamentárias e de planejamento. I Ima serie de documentos, contendo dados quantitativos em cada uma das três áreas e sistematizados pelas Coordenações Executivas, serão distribuídos no próximo Encontro visando subsidiar as discussões de avaliação e planejamento.

VII As relações de cooperação internacional

Desde a suaorigem em 19X4, a ABVT sustentou suas atividades eeslruturaamparadaporprojetosde rmanciamentojunloaONí ls de cooperação internacional. Atualmente desenvolvemos dois projetos: o primeiro, da Fundação Mac Arthur (dos Estados Unidos) na sua etapa final (até jullioA)4) que apoiou diversa^- atividades, entre asquaissedestacaaimplantação das 22 videotecas regionais; o segundo, da Crocevia (da Itália) em fase inicial (primeiro de 3 anos), cujos eixos se concentram na implantação dosCCPse da rede de informática, sejaatravésdoapoio financein i paraacompra&equipamentos, sejana colaboração efetivade um cooperanteitalianoquaüficadonessasduas áreas. Os documentos complemeiilares elaborados pelas Coordenações Executivas darão um balanço do andamento destes dois projetos.

Num outro nível, de âmbitoestritamentepolítico-orgimizativo. foram aprofundadas as relações internacionais no sentido de articulíu-o Movimento Latino-americano de Vídeo, MLAV, e a coalizão mundial. Lm relação ao MLAV, o cancelamento (em março de 91) do IV Encontro Latino-americano a ser realizado no Brasil, além de deflagrar a crise interna da ABVP (a qual culminou no Vil Encontro nacional cm agosto do mesmo ano) deixou algumas seqüelas na ;irticulaçãocontincntal, constatadas na reunião extraordinária (proposta pela ABVP) do Rio de Janeiro (set/91), na qual a visão do futuro do MLAV dividiu-se cm duas vertentes: uma, envolvendo os principais realizadores do ('hile e Uruguai, argumentava o esgotamento do movimento e outra, com representantes das Associações Nacionais da Bolívia, Peru e Brasil, defendia a necessidade de definir formas de interação permanente, além dos Encontros, de modoa consolidar definitivamente o movimento.

No IV Encontro, de fato, em dezembro de 92 no Peru, a segunda vertente foi posta em prática (cabe dizer que os representantes da primeira vertente não participaram do I meontro), dando início a um processo de interação na área de capacitação. I '"oi delegadaàCoordenação (leral da AB VPe a um representante daAVL(AssociaçãodeVídeode Lima/Peru) aresponsabilidade pelaelaboraçãodeumprojetodelínancuunentopara desenvolver uma estratégia de capacitação em nível continental. Devido a inúmeras dificuldades operacionais, somente agora este projeto está sendo apresentado a diversas ONGs de cooperação inleniacional, atrasando em quase um ano o cronograma previsto.

Ainda na ilrea de cooperação, o Videolhier Monde, VIM (do

Canadá), c a Crocevia conseguiram o financiamento para um projeto de capacitação avançada no Brasil e na América Latina. A primeiraatividadejáagendada(8aI2de novembro deste ano) é a realização de um Seminário, em Quito/Equador, com um representante de cada Associação nacional envedvidano projeto, para discutira metodologia, gestão e calendário de atividades. É importante ressaltar que embora a posição da ABVP c da AVL/ Peru seja a favor de uma interação entre os dois projetos (do MLAV e do VI M/Crocevia) existem algumas resistências por parle das ONGs de cooperação internacional em flexibilizar o projetodeles.

f.BATiarA

Vil! As perspectivas de uma estratégia de auto-sustentação

Paraenfrenlarestedesalioéfundíunentalcombinaracapacidade política de constituir alianças ou parcerias com a qualificação e eficácia da profissionalização. Esta transformação é um salto gigantesco, que reformula o conceito de associativismo, indo além da esfera de representação para se concretizar num organismodinãmicoeprodutivo. Atualmente, aauto-sustentação é um processo em gestação, em que se vislumbram várias alternativas, desde atividades fins remuneradas nos CCPs (a partirde tabelas diferenciadas pelo perfil do usuário) ou retomo financeiro do banco de imagens, até comercializaçãodo software de informática e possíveis assessorias na implantação de sistemas comunicacionais para Prefeituras progressistas, por exemplo, além do estudodeviabilidadedas futuras TVs. Tudo depende das "soluções criativas" e socialização de cada experiência, da participação dos coletivos regionais e da mobilização em tomo da lula pela democratização da comunicação (em tramitação no Congresso) para conquistar os direitos necessários para a viabilização da proposta das TVs.

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OLHO VIVO

importante na visibilidade e transparência da ABVP (interna e externamente)c a perspectivaé, além de manter aperiodicidade, sofisticar gradualmente a estrutura editorial do boletim, transformando-o em revista, com análise de experiências e aprofundando a seção Crítica & Pensamento (de caráter mais teórico), além de implementar outras seções destinadas à realimentação de cada uma das diretrizes básicas (textos íormativos e informativos, intercâmbio na rede de videotecas e atualização permanente do catálogo, alem de informes de vários tipos). ('orno já foi dito, a rede de informáticacriará uma nova "cultura" de intercomunicação regional e nacional e o banco de dados possibilitará o acesso horizontal aqualquer tipo de arquivo de informação.

IX A informatização e os Centros de Comunicação na sua relação com as políticas de capacitação,

distribuição e informação

A rede (interna da ABVP) de informática em nível nacional possibilitará a médio prazo alterar radicalmente a lógica de gestãoda ABVP: desde as reuniões da Direção, feitasa distância, permitindo maior agilidade e periodicidade, além de maior transparência do processo, hori/ontalidadc na participação e economia de recursos em termos de transporte, até a constituição de um banco de dados a serviço dos associados (superando desta forma um certo centralismo da sede nacional, transformando-se numa cabeça de rede que pode ser utilizada e alimentada a partir de qualquer ponto do país) irão reforçar o caráter associativo da ABVP numa concepção orgânica de rede nacional.

Com a implantação dos Centros de Comunicação Popular se dará início a atividades permanentes nas áreas de capacitação, distribuição e informação nas cinco Regionais. Na capacitação, os cursos realizados de forma pontual até hoje transformarão a metodologia centrada em oficinas básicas em atividades pemianentes e seqüenciais, seja no aprofundamento teórico, se ja em ações práticas, tendo à disposição equipamentos de última geração em termos de edição por computador (video-maclüne). As perspectivas neste campo da capacitação apontam em duas direções: incorporar o projeto de capacitação avançada em conjunto com Crocev/a (Itália) e Video Thier Monde ((lanada), ONÍís de cooperação internacional e, por outro lado, direcionar a formação na preparação das TVs populares, articulando realizadores em cada região.

Na distribuição, já se deu início ã implantação das 22 videotecas regionais, facilitando o acesso ao acervo pelos grupos locais e, em nível nacional, o equipamento de copiagem dasede nacional (em São Paulo) será ampliado no próximo ano; um projeto de financiamento para constituir um banco de imagens (intercâmbio e vendíi em nível nacional c internacional) está começando a ser elaborado e, em 95, está prevista, no projeto Crocevúj, a compra de telões para osCCPs, dinamizando a parte da exibição e TVs de rua.

Na informação, a periodicidade do boletim foi um passo

X O desafio das futuras TVs populares

Diferente dasexperiênciasdeTVs Comunitárias na Argentina ou em grande parte do hemisfério Norte, orientadas por uma concepção privada de li vre iniciativa ou por um recorte em geral étnico, a proposta de TVs populares defendida pela ABVP se constitui desdeoinício num movimentoarticulado nacionalmente. Neste sentido, é um projeto mais arrojado (o que implica ser ao mesmo tempo mais ambicioso, porém mais arriscado também).

Para visualizara dimensão deste desafio, basta remeter-se ao objetivo proposto no Seminário do próximo mês de novembro. Como fazer uma IV democrática que dispute audiência, adequa ndo-se à t raj etória do v ídeo popu I ar, o q ue le vanta in úmeras questões, algumas delas já tratadas nos pontos anteriores: Como conciliar a programação e a estrutura de uma TV local, bastante diferenciadas entre si em função do contexto em que atuam, com a possibilidade de configurar uma rede nacional (cada um destes níveis, local e nacional, já exige uma discussão própria, além da sua interação)'.' Quais os princípios e valores que orientam um eixo político comum? Que tipo de tratamento de linguagem pode express;ir o eixo político proposto, de forma que seja atraente e dispute audiência? ('orno combinar o tratamento da linguagem e a lógica operacional, própria do vídeo popular, na busca de uma singularidade, ou seja, de uma identidade própria, diferenciada das outras já existentes? Qu;üs as diversas Ibrmas de participação dos movimentos e comunidades envolvidas? Quais os critérios seletivos que garantam ao mesmo tempo um acesso horizontal e democrático à produção independente (e suas inúmeras vertentes e concepções) e, por outro lado, não dilu;un o perfil ideológico estabelecido? Quais as alternativas de sustentação financeira, que viabilize a auto-sustentação e potencialize os diversos tipos de produção no seu entorno? I Jm subsídioa este debate é o artigo "Periferia Parabólica", publicado no Boletim anterior.

Certamente outras questões irão surgir no decorrer do debate de idéias durante o Seminário e o Encontro; o mais importante, no entanto, é dar-lhes continuidade após o evento e sistematizá- las para poderem ser socializadas entre as diversas Regionais.

Alberto LópezMejía. é Coordenador Geral da ABVP

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CRITICA & PENSAMENTO

CULTURA DA INFORMAÇÃO: ENTRE O GLOBAL E O LOCAL

Mario Gutierrez

"... Aqui e Agora enfia o pé na lama, o Jornal Nacional vê a periferia pela janela da limosine... A tela tem vidro elétrico. Raiará." (Macaco Simão, Tolha de S.P. 2/6/93)

A concorrência entre os telejornais de maior audiência no Brasil, Jornal Nacional (TV Globo) e Aqui, Agora (SBT), nos dá um novo pretexto para refletir sobre o

que a cultura da infomiação tem de hegemônico e o que incorpora do subalterno p;ira procurar construir sua relação com os públi- cos audiovisuais. Não queremos esquecer os conceitos de in- Ouência, dominação e manipulação ideológica da TV, nem recolocar uma briga entre a ética e a estética da violência televisiva, mas recuperar o que os telejornais têm de representa- tividadesócio-cultural,acapacidadc da televisão de materializar e expressar o jeito de vivenciar e de existir do sujeito popular.

Sabemos que a Globo é a versão industrial de uma cultura oficial, de uma representação do que "deve ser" a identidade brasileira, de uma imagem de modernidade para todo o país e o mundo. O Jornal Nacional (.IN) é a autoridade "autoritária" que sempre dirime o que é notícia e o que é povo. Nesse sentido, o .IN unifica habilmente a representação do povo, ocultando tudo o que tem de diferente, regional ou anti-sonante socialmente; adulterando permanentemente as temporalidades e os próprios ritmos do popular, procurando "globalizar" a todo custo uma representação da realidade.

O SBT, por enquanto, surge da concorrência marginal da interlocuçãopopulistaeda cultura do espetáculo. Um pqjuliano que usaahibridaçãodasclasses. mostrando uma "nova" existên- cia do popular. Através do Aqui Agora (AA), vulgariza-se a realidade cm um duplo sentido: o do rebaixamento, simplifi- cação e estereotipia que irrita tanto aos "espiritus burgueses"; mas também outro que põe perto do "vulgo" o que se mexe, na cidade, o que representa a "tragédia da periferia", o que mistura o policial com o melodramático, o que converte um crime numa "história de amor". () A A não é só crime e violência, mas também interessa-se pelas histórias de vida, os dramas cotidianos, ane- dota familiar e cultura local; eles tentam sempre fazer uma "localização" de tudo o que acontece no bairro, nas ruas, nas casas dos pobres, no "dia-a-dia".

Essa habilidade para representar é, paraGramsci, muito mais que ideologia e dominação. 11 mais que uma falsa consciência de classe ou uma carência de educação, li negociação política, moral e cultural dos setores hegemônicos paraunificaroque não é homogêneo. É articulação de forças heterogêneas.

"A hegemonia realiza-se quando se descobrem mediações e relações com outras forças sociais, enquanto se fortalecem os vínculos e fazem-se valer culturalmente as funções próprias"(''

Os processos de "modernização" social têm como cenário comum a cidade, espaço específico da industrialização, o capi- talismo e a modernidade. Mas a cidade não se explica sem a mídia, tanto como a mídia não se compreende sem a cidade. Tentaremos pens;ir, nessa relação, a articulação hegemônica entre os telejornais e os públicos.

O "espetáculo da notícia" x "a vida como ela é"

Em nossa reflexão, achamos que os telejornais pugnam por esse reconhecimento do povo e por plasmar seu consenso, instrumentalizando sua vida cotidiana e simulando um contato direto com eles. Assim, o JN se preocupa com a atualidade e com dar uma boa imagem das contradições nacionais, atendendo ao padrão do "tempo", enquanto o AA interessa-se pelas histórias de vida, pelos dramas do dia-a-dia, procurando estar omais perto do "espaço" dos fatos.

Complementam-se, assim, duas propostas de hegemonia: a "mundialização" da realidade em um só tempo, em um "padrão global" numa "deslerritorializ.ação" dos fatos; e de outro lado, uma "fragmentação" do povo em mil fatos, mas num espaço comum, com personagens reconhecíveis e envolvidos em uma história que pode ser a sua própria.

TV ao vivo e TV ao morto

Numarecente reportagem dos telejornais, um assaltante, numa drogaria, ficou atrapalhado com um refém e pediu a presença do Aqui, Agora. () repórter do Jornal Nacional chegou antes e exigiu "ordem na fila"; os repórteres e cinegrafistas brigaram pelo ladrão na rua. O ladrão gritou que "só queria falar com o AA". A polícia não soube o que fazer... finalmente o AA fez a entrevista.

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CRITICA & PENSAMENTO

É óbvio que o assaltante foi um lelevidentc que se reconheceu no drama da mediação televisiva, acreditando na sua representa- ti vidade e na suacapacidade de deflagrar sua tragédia. 1; foi assim.

Os repórteres, nos dois noticiários, viraram estrelas e galãs, personagens públicos e líderes de opinião, porém, com estilos diferentes.NoJN,ojomalistapreocupa-seemresumir, sinteti- zar e estereotipar a notícia. O repórter do A A procura a emoção, envolve-se na história, realça o tom de voz e o ritmo da narração. Os dois teatralizam a realidade, um com gestos e o outro com lamentos.

Por enquanto, o sujeito popular vai entendendo a televisão, aprende a se relacionar e procura usá-la para se legitimar, ascendendo de qualquer jeito a ela: como vítima, testemunha, protagonista ou "especialista no tema da vida". Conhece a peça e adapta-se ao estilo do programa, que é da denúncia, da tragédia e das lágrimas. São atores improvisados, figuras sim- bólicas de casos da vida, exemplos de uma conduta social que aparece muitas vezes como o destino coletivo de uma cultura ainda subalterna.

"Além do reacionarismo dos conteúdos e dos esquematismos dos formatos, a imagem vai conecUir com a fome das massas por se fazer visível socialmente."(21

Os protagonistas do AA são vítimas anônimas, "figurantes" que podem virar personagens ou heróisda televisão. Porém, têm que contar algo interessante de suas vidas, ou melhor, deixar que suas vidas contem por eles.

Na TV, volta-se a colocar o dilema dos fatos e da vida. Para o JN, dentro do padrão de "globalização", os latos são "objetivos" e eles têm que ser descritos sem dramatizar e sem subjetivizar (a moderna tradição positivista). Para o AA, na procura da "individualização", a vida é importante não tanto como hu- manidade, mas sim como espetáculo, apelando àquele que assis- tiu ao acidente, que viu alguma coisa, àquele que foi ferido. O mais importante é a versão direta e pessoal, a existência coletiva não existe.

Televisão global e cultura local

Os processos de globalização têm, na TV, a arma mais enge- nhosa e rápida para criar, no imaginário coletivo, a sensação de transformação, de mudança e uma outra forma de compreender o mundo. Passamos de uma estruturaplana a uma global, onde tudo acontece "simultaneamente" no tempo, e onde evidencia-se uma "co-existência" de muitas re;didades no mesmo espaço. No JN, a globalização da informação precisa de um tratamento visual, de uma documentação da nova "ininteligibilidade", porque é pela imagem que ela se materializa com características hegemônicas, tentando globalizar o imaginário e a cultu- ra, mecanizando o processo de reconhecimento e de com- preensão do mundo.

Mas o global precisa lambem trabalhar com as contradições locais e confrontar a realidade mundializada com a cotidianei- dade local. O AA entra no submundo das culturas populares, não para democratizara informação ou recuperar sua heteroge-

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neidade e sim para desestrutunir o local e tudo o que não tem a lógica global.

Neste processo, percebemos na televisão umaacelcrada fusão dos gêneros clássicos. Já não é mais clara a fronteira da ficção e da realidade que diferenciava a informação das emoções. O jornalismo incorpora a dramaturgia, e as séries televisivas, as realidades, para simbolizar sua representação. A mistura do policial com o melodrama presente no AA funciona nessa relação com o público, que quer informação objetiva, mas também histórias de vida, contos com "moralidades" e perse- cuções de "bandoleiros".

Como fala Garcia Canclini, "os noticeiros geram interpre- tações satisfatórias para distintas turmas de consumidores, co- mentários amáveis, divertidos, vi vências melodramáticas obti- das no local dos fatos, mas sem problematizíir a estrutura social na qual eles se inscrevem, e menos ainda colocando a possibili- dade de mudara sociedade".(3'

Gil (iomes irrompe no espaço da cotidúmeidade lelevisível com um tom escuro e ameaçador, mas muito coloquial. É um relator sórdido, mas ao mesmo tempo familiar. Nele, não são importantes a qualidade das imagens ou a objetividade, mas sim a simulação do contato com o telespectador. Os repórteres do .IN estão nos quatro cantos da ferra e fazem a ligação do último cidadão com o mundo. A magiade veros latos no momento em que acontecem faz tudo mais próximo, mas não por isso mais familiar.

A "globalização" e a "aquiagorização" são duas condutas opostas da mídia, mas ao mesmo tempo complementares e geradorasde múltiplos sentidos. Mundializaçãoe fragmentação são umasimultaneidade que tenlaarticulíir as culturas populares à nova estrutura política, econômica e inter-cultural, nas quais o mundo está se organizando. Nossa tarefa é ainda continuar desenvolvendo as culturas locais para entender o global. Procu- rando revis;ir nossas realidades singulares e próprias, através de uma outra lógica comparativa, não negando a existência da globalização, mas sim reconhecendo-ae confrontando-acom as outras identidades, tentando colocar as problemáticas locais como problemáticas do mundo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

(1) GRAMSCI, Antônio, Cnaclernos de Ia Carcel , Fd. Lautaro, Buenos Aires, 1971, p. 240.

(2) MARTIN BARBERO. Jesus. De los Médios a Ias Mtdiacion es , Fd. Gustavo Gili, Barcelona, 1987, p. 181.

(3) GARCIA CANCLINI. Nestor, Culturas Híbridas . Fd. Sudamericana. Buenos Aires. 1992, p. 247.

MARIO GUTIERREZ é comunicador peruano, realizador e pesquisador de TV e Vídeo, aluno do Programa de Pós- graduação em Integração da América Latina-PROLAM-USP. Tradução do autor.

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ESPECIAL

ABVP FAZ UM BALANÇO DE 93 Para quem gosta de recordar, vai aí uma retrospectiva das atividades da ABVP na atual

gestão. Veja também algumas coisas que estão por acontecer e quem são os coordenadores estaduais e interlocutores em todo o país

A gestão 91/93 chega ao fim. Depois de uma série de atividades de capacitação, distribuição e informação, a ABVP faz um flashhack de seus cursos, encontros c

oficinas. A conclusão é que a descentralização já é um fato. E as articulações aumentaram bastante.

O uso do vídeo popular, o acesso à produção e pós-produção e as TVs comunitárias foram temas constantes das discussões realizadas em todo o território nacional. Junto a isso, começaram os preparativos para a implantação dos Centros de Comunicação e as atividades das videotecas regionais que já foram implantadas. A ABVP apoiou ainda o Projeto de Lei dalnformação Democrática

1 (LID), que deverá ser votado no início de novembro, na Câmara dos Deputados.

Acompanhe, em cada Regional, os cursos de capacitação que já aconteceram e que ainda acontecerão, em 1993.

Sul

- Curso de Metodologia: Formação de Monitores Rurais - 1° etapa (em parceria com Cetap, DER, Unijuí c AS-PTA). Braga-RS, 9 e 10 de janeiro - Curso de Metodologia: Formação de Monitores Rurais - 2a elíipa. Braga-RS, abril - Curso de Metodologia de uso do vídeo. Inácio Martins, PR, 1 e 2 de maio. - Oficina Básica. Curso em várias etapas, maio a agosto (uma vez por semana). Curitiba. - ("urso de Comunicação Popular - Nível II (em parceria com o Cedip). Criciúma, SC, 15 e 16 de maio. - Oficina Básica de Vídeo: Roteiro e Câmera (em parceria com Diálogo e Fund. Univ. Reg. de Blumenau). Blumenau, SC, 5 c 6 de junho. - Curso de Comunicação Popular e Capacitação em Uso do Vídeo para Mulheres (em parceria com o Movimento Popular de Mulheres). Curitiba, 17 a 19 de julho. - Oficina Básica (câmera). Curitiba, 2 e 3 de outubro. - Curso de Comunicação Popular e Capacitação em Uso do Vídeo para Mulheres. Curitiba, 16 e 17 de outubro. - Curso de Metodologia de Uso do Vídeo (em parceria com o Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua). Florianópolis, 2 e 3 de outubro. - Oficina Básica (em parceria com a Universidade do Vale do Itajaí). Itajaí-SC, 9 e 10 de outubro.

Centro-oeste

- Oficina Básica (roteiro). Gurupi, TO, 6 a 9 de maio. - Oficina Básica de Vídeo (com apoio do Sindicato dos Bancários). Brasília, 18 a 20 de junho. - Oficina Básica de Vídeo. Campo Grande, 24 a 27 de junho.

- Curso de Metodologia de Uso do Vídeo. Cuiabá, 22 a 25 de setembro. - Curso de Metodologia de Uso do Vídeo. Cuiabá, 27 a 30 de setembro. - Curso de Metodologia de Uso do Vídeo. Goiânia, 9 e 10 de outubro.

Nordeste

- Curso de Metodologia de Uso do Vídeo (com apoio do Sindicato dos Bancários). Fortaleza, 17 e 18 de julho. - Curso de Metodologia de Uso do Vídeo. Teresina, lOe 11 de julho. - Curso de Metodologia de Uso do Vídeo (com apoio do Sindicato dos Bancários). Salvador, 18 a 20 de junho. - Oficina Básica de Vídeo (Regional). Natal, 24 a 29 de agosto.

Norte

- Oficina Básica de Vídeo (com apoio do CTA). Rio Branco, 28 de junho a 01 de julho. - Oficina Básica de Vídeo (com apoio da FASE). Marabá, 9 a 11 de junho.

- Oficina Básica de Vídeo. Santarém, 30 e 31 de agosto. - Oficina Básica de Vídeo. Belém, 27 a 30 de setembro.

Sudeste

- Curso de Roteiro. Rio de Janeiro, 19 e 20 de junho. - Curso de Câmera. Rio de Janeiro, 3 e 4 de julho. - Curso de Edição. Rio de Janeiro, 24 e 25 de julho. - ("urso de Metodologia de Uso do Vídeo. Rio de Janeiro, 27 e 28 de julho. - Curso de Metodologia de Uso do Vídeo (em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura). Belo Horizonte, 14 e 15 de agosto. - Oficina Básica de Vídeo (em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura). Belo Horizonte, 30 de agosto a 7 de setembro.

Cursos programados para novembro

- Curso de Metodologia de Uso do Vídeo. Dionísio Cerqueira-SC, 13 e 14 de novembro. Em parceria com o Movimento Sem Terra. - Curso de Metodologia de Uso do Vídeo. Londrina, 20 e 21 de novembro. - Curso de Metodologia de Uso do Vídeo. São Paulo, 2a semana de novembro. Em parceria com o SOE.

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ESPECIAL

Além do horizonte

Além de cursos e oficinas, que deram subsídios teóricos e práticos para a capacitação, 93 teve encontros, mostras e seminários importantes para a articulação da ABVP com os movimentos populares, ampliando os horizontes de suas parcerias. Veja o que aconteceu neste ano.

Sul

-1 Encontro Estadual do Piiraná. Irati, fevereiro de 1993 -1 Encontro Catarinense de Vídeo Popular. Florianópolis, 13 de março. Em parceria com o Centro Diálogo Cultura e Comunicação e Fundação Adelmo Genro Filho. - Mostra Latino-americana, Brasileira e Catarinense de Vídeo. Florianópolis, 13 de março. - II Encontro Estadual do Paraná. Curitiba, abril. - Encontro das entidades de Curitiba que usam vídeo, 15 de abril - II Epcontro do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2 e 3 de julho. -1 Encontro de Videotecas da Regional Sul. Curitiba, 23 de julho - IV Encontro da Regional Sul. Curitiba, 24 e 25 de julho - Apoio à "Semana Louca Vida", com as oficinas "Os olhares da semana" e "Práticas de exibição", de 22 a 29 de agosto. Porto Alegre. Promoção da Prefeitura Municipal e Fórum Gaúcho da Saúde Mental.

Sudeste

-IFncontro daRegional Sudeste. São Paulo, He 12de setembro - Apoio ao Seminário de Comunicação Popular e Alternativa promovido pelo Centro Cultural Chico de Assis e Lideranças do Alto Vera Cruz. Belo Horizonte, 19 de setembro.

Centro-oeste

-1 Encontro daRegional Centro-oeste. Brasília, 30 de janeiro. - II Festival do Vídeo Independente no Tocantins, 6 de maio a 20 de junho. Em parceria com o CRIP-Centro de Referência da Imagem Popular. -1 Mostra de Vídeo Popular. Campo Grande, 24 a 27 de junho. - Encontro do DF. Brasília, 18 de setembro. - II Encontro da Regional Centro-oeste. Goiânia, lie 12 de outubro.

Norte

-1 Encontro de Vídeo Popular do Acre e Rondônia. Rio Branco, AC, 25 e 26 de junho. -1 Encontro de Vídeo Popular do Sul do Pará (B ico do Papagaio). Marabá, PA, 7 e 8 de junho. -1 Encontro de Vídeo Popular do Baixo e Médio Amazonas. Santarém, PA, 29 e 30 de agosto. -1 Encontro de Vídeo Popular do Norte do Pará. Belém, 25 e 26 de setembro.

Nordeste

- III Encontro da Regional Nordeste. Fortaleza, 8 e 9 de maio. - IV Encontro da Regional Nordeste. Natal, 22 e 23 de agosto.

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A ATUAL ESTRUTURA DA ABVP

A ABVP chega a 1993 com articulações em 80% dos estados da federação. Neles, constituíram-se coordenadores estaduais (representações oficiais) e interlocutores (representações informais). Os únicos Estados que ainda não têm representantes são Espírito Santo, Alagoas, Sergipe, Maranhão e Amapá. Veja quem está representando a ABVP em cada Estado.

Regional Sul

PR - Rodolfo Silva, CEFURIA - Centro de Formação Urbano-Rural Innã Araújo, Curitiba RS - Luciane Schommer, CAMP Vídeo, Porto Alegre. Celestino Perin *, AS-PTA, Ijuí (apoiando no interior) SC- Márcio Vieira de Souza, Diálogo Cultura e Comunicação, Florianópolis

Regional Sudeste

SP - Antônio Acioli Siqueira (independente), São Paulo MG - Cristina Ferreira, CPCD - Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento, Belo Horizonte RJ - Maria Cristina de Lima, TV Maré, Rio de Janeiro

Regional Centro-oeste

DF - Carlos Augusto Pereira da Silva, Vídeo Avesso, Brasília GO - Ricardo Salles Caixeta, IBRACE, Goiânia MS - Ricardo Luiz de Castro, Sindicato dos Agentes Tributários, Campo Grande TO - Belchior Cabral, CRIP - Centro de Referência da Imagem Popular, Gurupi MT * - Menotti R. Griggi, UFMT - Supervisão de Vídeo, Cuiabá

Regional Nordeste

BA - Tatiana Lima, Sindicato dos Bancários, Salvador CE - Ana Angela Farias, Sindicato dos Bancários, Fortaleza PB - José Barbosa, CEDOP - Centro de Documentação e Publicações Populares, João Pessoa PE - Amaro Filho (independente), Olinda PI - Mario Roessler, Mandacaru - Centro de Comunicação Audiovisual, Teresina RN - Roberto Monte, Centro de Direitos Humanos e Memória Popular, Natal

Regional Norte

AC - André Alves de Souza Neto, CTA-Centro de Trabalhadores da Amazônia, Rio Branco PA - Bicodo Papagaio - Albertina Sandra Moreira dos Reis, Centro de Educação, Pesquisa e Assessoria Sindical e Popular, Marabá Norte do Pará - Matheus Oterloo*, CEPEPO - Centro de Estudos e Práticas de Educação Popular, Belém AM * - André Palladino, CDDH, Manaus RO * - Carlos Augusto Tuyama, Ecoporé-Ação Ecológica, Vale do Guaporé, Rolim de Moura RR * - Fátima Ribeiro de Almeida, CDDH, Boa Vista

(*) Interlocutores informais

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ESPECIAL

VIDEOTECAS, AMPLIANDO OS ACERVOS REGIONAIS

As videotecas regionais, que estarão totalmente instaladas até julho de 1994, enfatizam as atividades de capacitação e distribuição daABVP

Final de 91. Nesta época, teve início o projeto "Capacitação de Comunicadores Populares para a Utilizaçãodo Vídeo", apoiado pela Fundação Mac Arthur, que previa a

implantação de 22 videotecas regionais daABVP. Oprojeto tem como objetivo facilitar a formação de acervos regionais e de redes de exibição e apoiar as atividades dos comunicadores das diversas regiões, aj udando na sua formação, através de cursos de metodologia de uso.

As videotecas começariun a ser implantadas em 1993. Deverão estar totalmente instaladas em Julho de 94.

A implantação das videotecas tem se dado através de parcerias. A ABVP oferece um incentivo inicial para o acervo e recebe

da entidade parceira uma ajuda na infra-estrutura, como sala, acesso ao telefone, uso de equipamentos de exibição e um funcionário para o atendimento.

Produtores devem contribuir

TImdos objetivos díisvideotecasé conseguira auto-suficiência econômica, pelo menos para o crescimento do acervo.

Para o ingresso denovos títulos, foram adotadasduasestratcgias. Os realizadores que inscrevem novos trabalhos para distribuição na ABVP assumem o compromisso de doar uma cópia do vídeo em questão para a videoteca de seu Estado. A ABVP está ainda atenta aos vídeos de reprodução livre (produções de universidades, fundações, órgãos públicosem geral), de interesse para o seu acervo.

Espera-se também que as videotecas sejam espaços educativos e de interação com a comunidade. Nesse sentido, a ABVP estará sempre promovendo atividades de formação e atualização. O boletim deverá trazer, em suas futuras edições, entrevistas ou relatos de experiências interessantes. E para 94 está previsto um seminário exclusivamente sobre videotecas. Além disso, uma publicação também está em discussão, (veja naspágs. 18e 19 mapa sobre a implantação das videotecas no país.)

ALGUNS DADOS SOBRE A DISTRIBUIÇÃO - PERÍODO JAN A SET/93:

LOCAÇÃO:

Temas mais procurados (em %):

Io) Mulher/Sexualidade 20,0 2o) Cultura Negra 10,5 3o) Comportamento/Vida Urbana 9,3 4o) Saúde 8,8 5o) Índio/Meio Ambiente 8,3

Vídeos mais locados:

1°) Além de trabalhador, negro 2o) Acorda, Raimundo, Acorda! 3o) Virgem idade 4o) O seguro morreu de velho 5o) Crianças abandonadas

VENDAS

Temas mais procurados (em %):

1") Mulher/Sexualidade 35,4 2o) Organização sindical 8,7 3o) Saúde 8,2

PERFIL DOS USUÁRIOS:

Compradores (em %)

Movimento popular 28,6 Movimento sindical 20,3 Órgãos públicos 15,6 ONGs 13,5 Escolas 5,9 Outros* 16,1

tocadores (em %)

Escolas 22,8 Prof/Estudantes 20,0 Vários (ONGs,ENT,CULT,PART) 19,0 Movimento sindical 16,4 Movimento popular 11,3 Órgãos públicos 10,5

(*) pesquisadores, entidades culturais, realizadores

Temas de grande demanda e não atendidos por faita de material:

. Drogas

. Terceira idade

. Migração

17

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ESPECIAL

Videotecas

implantadas

em fase de implantação iiliijii] "ÜMiii até dezembro de 93

l2 semestre de 94

Procedência dos usuários (em %)

Região Compradores Locadores

Sudeste 50,0 82,88 Sul 19,5 6,5 Nordeste 17,3 6,17 Norte 7,0 0,75 Centro-oeste 6,0 3,7

Número de associados da ABVP (em 15/9/93): 259

Procedência (em %):

Região Sudeste 47,49 Região Nordeste 18,53 Região Norte 14,28 Região Sul 12,35 Região Centro-oeste 7,72

18

Perfil dos associados (em %):

ONGseMov. Popular 39,5 Realizadores ligados ao movimento social 18,7 Igreja 10,4 Exibidores 10,4 Realizadores independentes 8,3 TVs de rua/comunitárias 6,2 Pesquisadores 2,0 Sindicatos 2,0 Fundações/universidades 2,0

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ESPECIAL

SITUAÇÃO ATUAL DAS VIDEOTECAS

Estado Situação Parceiro

Paraná implantada

Rio Grande do Sul implantada

Santa Catarina _

São Paulo

Rio de Janeiro _

Minas Gerais _

Distrito Federal

Goiás

implantada

implantada

em fase de implantação

em fase de implantação

le semestre de 94

le semestre de 94

Movimento Popular de Mulheres, Curitiba

Depto. de Estudos Rurais, FUNDEP, Braga

CEDIP, Criciúma

SOE, São Paulo

Biblioteca Don Oscar Romero, Nova Iguaçu

Movimento do Graal - Centro de Mulher, Belo Horizonte

Mato Grosso do Sul — lfl semestre de 94 Fundação de Cultura/Museu de Arte Contemporânea, Campo Grande Mato Grosso

Tocantins

Bahia

Pernambuco

Sergipe

Ceará

Paraíba

Piauí

Acre

Pará

Ia semestre de 94

le semestre de 94

l2 semestre de 94 .

le semestre de 94

Is semestre de 94

até dezembro de 93

até dezembro de 93

le semestre de 94

em fase de implantação CTA- Centro dos Trabalhadores da Amazônia Ia semestre de 94

Universidade Federal da Bahia (UEBA), Salvador

Sindicato dos Bancários

CEDOP - Centro de Documentação e Publicações Populares, João Pessoa

ASSINE AGORA O BOLETIM DA ABVP

O boletim da ABVP, de periodicidade bimestral, é um importante instrumento de análise sobre o vídeo, a comunicação e a cultura popular. Receba em sua casa informações que não fazem parte do dia-a-dia da imprensa

Envie o cupom abaixo, acompanhado de cheque nominal para a Associação Brasileira de Vídeo Popular (ABVP).

Rua Treze de Maio, 489. CEP: 01327-000 - São Paulo (SP). Tel: (011) 284-7862. Fax: (011) 287-2259. /' ~

Nome da Entidade:

Contato:

Endereço:

Bairro:

Valor da Assinatura até 31/10: CR$ 630,00

de 01/11 a 15/11: CR$ 760,00 de 16/11 a 30/11:CR$ 900,00

Para outros países US$ 15

Números avulsos: CRS 105,00

Cidade:

Data:

CEP:

Estado: DDD: Tel.:

Assinatura:

19

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IMPRESSO

AGENDA

COLABORE COM O CEDOC

A sede da ABVP em São Paulo tem agora um centro de documentação (CEDOC), com livros, teses, artigos, jornais e revistas sobre comunicação e vídeo popular, formado a partir de doações. O projeto de implantação do CEDOC é um trabalho de conclusão de curso (1992), elaborado por cinco alunas, em cumprimento à exigência curricular do curso de Biblioteconomia, da Faculdade de Biblioteconomia e Documentação (USP/SP). As responsáveis por sua organização na ABVP são Sandra Aparecida Silva Pires e Neide de Melo Souza. O projeto abrange os seguintes tópicos: adequação do espaço físico; reestruturação dos arquivos; tratamento técnico; divulgação do acervo; estabelecimento de políticas de aquisição e descarte; e descrição de procedimentos para automação do acervo. Analisa a atuação do bibliotecário junto aos Centros de Documentação e Informação Popular. É aberto ao público em geral, das 14h às 17h30. Colabore com o CEDOC enviando publicações para a rua 13 de maio, 489, Bela Vista, CEP: 01327-000 - São Paulo-SP.

RECEBEMOS PUBLICAÇÕES

Déjame que te cuente... Os protagonistas do vídeo peruano e suas estratégias. Ofélia Torres. Dissertação de mestrado, ECA-USP, setembro de 1993.

Videoteca Vídeo Ambiente Catálogo produzido e distribuído pela Secretaria do Meio Ambiente do Governo do Estado de São Paulo. São Paulo, 1993.

ABVP - BOLETIM DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA

DE VÍDEO POPULAR

RUA TREZE DE MAIO - 489 CEP 01327-000 - SÃO PAULO

PORTE PAGO DR/SP

PRT/SP 6322/92

CENTRO PASTORAL VERGUEIRO UALQUIRIA •- DEPTO. DOCÜHEHTACAO R PROF SEBASTIÃO SOARES DE. FARIA 27 SAO PAULO " 8P - BRASIL CEP - 0 3.390970

C. . H

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