ANO XLVII - N.º 539 MAIO de FAMÍLIA 2007 · Meditação do Rosário - Em pleno mês de Maria, ......

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Fundador: MONS. JOAQUIM ALVES BRÁS * Propriedade: Instituto Secular das Cooperadoras da Família Directora: Dulce Teixeira de Sousa; Administração: Rua de Santo António à Estrela, 35, 1399-043 – Lisboa Publicação Mensal - Preço Avulso: 0,70 E * Assinatura simples: Portugal: 7,00 E; Estrangeiro: 10,00 E * Benfeitor: 15,00 E * Benemérito: 20,00 E PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS 2350-999 TORRES NOVAS TAXA PAGA PORTUGAL Associação de Imprensa de Inspiração Cristã ANO XLVII - N.º 539 MAIO de 2007 FAMÍLIA FAMÍLIA Estatuto Editorial "Salvemos a Família e salvaremos o mundo. É dela que brota a paz, a ordem e o progresso das sociedades" Mons. Brás (Jornal da Família 1965) 1. Vocacionado, como sonhou o seu Fundador há 47 anos atrás, o Jornal da Fa- mília – propõe-se oferecer às famílias por- tuguesas, e não só, sobretudo às de meno- res recursos, o direito à formação e infor- mação. 2. Com periodicidade mensal, o Jornal da Família, enquadra-se nas fileiras da im- prensa de inspiração cristã e nos seus ob- jectivos editoriais, privilegia as questões familiares, estando atento aos diferentes contextos onde estas se desenrolam: eclesial, social, político, de âmbito local, nacional e internacional. 3. Na abordagem das temáticas, o Jor- nal da Família, sem prejuízo do pluralismo ideológico, político, cultural e religioso, e a objectividade da informação, pautar-se-á pelo pensamento do Magistério da Igreja e pelos valores do humanismo cristão. É a esta luz que se debate pela promoção e de- fesa da instituição familiar. 4. Quarenta e sete anos passados, o Jor- nal da Família, continua a ser uma publi- cação de cariz solidário, pelo que, sem pre- juízo de uma recta administração, que per- mita o seu digno desenvolvimento, não tem qualquer fim lucrativo, nem se enquadra no contexto empresarial jornalístico. 5. Compromete-se o Jornal da Famí- lia a respeitar os princípios deontológicos da imprensa e da ética profissional, assim como a boa fé dos leitores, garantindo ob- jectividade no tratamento de factos noti- ciosos, ao mesmo tempo que se permite re- cusar qualquer peça de anúncio publicitá- rio que entenda não dignificar a pessoa hu- mana e a família. Semana da vida A “Semana da Vida”, iniciativa da Comissão Episcopal do Laicado e da Família, que será celebrada de 13 a 20 de Maio próximo, reflecte como tema: “FELICIDADE HUMANA – PREOCUPAÇÃO DE DEUS” A Proposta do Departamento Nacional da Pastoral familiar para a animação e dinamização da Semana da Vida, integra este ano, além do tradicional Cartaz, os textos de apoio independentes, preparados para diferentes momentos, destinatários e formas de utilização: Nota Introdutória - Uma nota da Comissão Episcopal sobre a Semana da Vida. Faz uma análise teológica sobre os desafios que o tema escolhido apresenta para os cristãos, e em particular para as famílias cristãs, no contexto cultural que vivemos. Aprofunda o mistério de um Deus de misericórdia que se preocupa e deseja a felicidade do Homem, e a forma como o Homem deve reconhecer e responder a este apelo de Deus. Oração em família - Trata-se de um manual para a oração em família ao longo da Semana da Vida, que apresenta, diariamente um pequeno texto de reflexão retirado da Carta Apostólica de João Paulo II “Evangelho da Vida”, a que se seguem algumas “dicas” para uma reflexão sobre a nossa realidade quotidiana e termina com uma oração de conclusão. Meditação do Rosário - Em pleno mês de Maria, trata-se da apresentação duma reflexão enquadrada na temática da Semana da Vida, proposta como introdução à recitação diária de cada um dos mistérios do terço – mistérios dolorosos, luminosos, gozosos e gloriosos. Enquadramento litúrgico - Uma proposta de reflexão à luz do tema da Semana da Vida sobre os textos da liturgia da Palavra dos dois Domingos que a delimitam - VI Domingo da Páscoa e Domingo da Ascensão - apontando também algumas intenções para a Oração dos Fiéis. A Semana da Vida, em particular no actual contexto que vivemos, pode ser sem dúvida uma ocasião privilegiada não só para o crescimento espiritual das comunidades e das famílias cristãs como para a afirmação pública e testemunho dos valores cristãos e do valor da Vida como dom de Deus. Abrindo o site indicado no fundo do cartaz, (WWW.ecclesia.pt/semanadavida2007) encontrará todo este material. Juntos, afirmemos mais uma vez, o valor da Vida Humana. Campanha no ar não pode parar Informamos os nossos estimados Leitores de que ainda não foi possí- vel neste mês realizar e tornar públi- co o sorteio, pelo que pedimos des- culpa. Num dos próximos números da- remos a conhecer o sorteio, publica- remos os nomes das pessoas com di- reito a prémios de incentivo e pro- cederemos à entrega dos mesmos. Mãe uma mulher... Dedicado a todas as Mães! Mãe, uma mulher que tem algo de Deus pela intensidade do seu amor e muito de anjo pela incansável solicitude de seus cuidados. Mãe, uma mulher que sendo pobre satisfaz-se com a felicidade dos que ama e, sendo rica, daria com gosto seus tesouros para não sofrer em seu coração a ingratidão. Mãe, uma mulher que sendo vigorosa, estremece com o vagido de uma criança e, sendo débil, reveste- se, às vezes, com a bravura de um leão. Mãe, não és apenas o maravilhoso poema vivo, és o calor e a esperança de cada ser, de cada vida! Obrigada mãe pelo teu carinho. Tu és o berço da vida e o relicário da ternura. Obrigada mãe pelas noites incansáveis, mal dormidas, por tuas lágrimas e sorrisos, pelo perdão que sempre oferecestes. Obrigada mãe, porque não só me destes a vida biológica, qual mistério da natureza, mas cuidastes do meu crescimento e transmitiste-me: o sentido para a vida, a confiança, a fé, os valores, a compreensão e a sabedoria. Mãe, tu és o símbolo do puro amor! A Cura pela Música (e não só...) Página 3 A Lei do Aborto Braga lança concurso sobre a família Página 4 A Família e a Violência na Escola Página 5 Passo a passo, com o Nuno Serviços de Apoio à Família Testemunho de uma mãe grávida Meios de comunicação, pais e filhos Página 6 Esta nem ao diabo lembraria... Página 8 Página 7 Carta de um filho a todos os pais Matrimónio. Uma Opção Definitiva?! O teu (a) filho (a)

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Fundador: MONS. JOAQUIM ALVES BRÁS * Propriedade: Instituto Secular das Cooperadoras da FamíliaDirectora: Dulce Teixeira de Sousa; Administração: Rua de Santo António à Estrela, 35, 1399-043 – Lisboa

Publicação Mensal - Preço Avulso: 0,70 E * Assinatura simples: Portugal: 7,00 E; Estrangeiro: 10,00 E * Benfeitor: 15,00 E * Benemérito: 20,00 E

PUBLICAÇÕESPERIÓDICAS

2350-999 TORRES NOVASTAXA PAGA

PORTUGAL

Associação de Imprensade Inspiração Cristã

ANO XLVII - N.º 539

MAIOde

2007

FAMÍLIAFAMÍLIA

Estatuto Editorial"Salvemos a Família e

salvaremos o mundo. É delaque brota a paz, a ordem e o

progresso das sociedades"Mons. Brás (Jornal da Família 1965)

1. Vocacionado, como sonhou o seuFundador há 47 anos atrás, o Jornal da Fa-mília – propõe-se oferecer às famílias por-tuguesas, e não só, sobretudo às de meno-res recursos, o direito à formação e infor-mação.

2. Com periodicidade mensal, o Jornalda Família, enquadra-se nas fileiras da im-prensa de inspiração cristã e nos seus ob-jectivos editoriais, privilegia as questõesfamiliares, estando atento aos diferentescontextos onde estas se desenrolam:eclesial, social, político, de âmbito local,nacional e internacional.

3. Na abordagem das temáticas, o Jor-nal da Família, sem prejuízo do pluralismoideológico, político, cultural e religioso, ea objectividade da informação, pautar-se-ápelo pensamento do Magistério da Igreja epelos valores do humanismo cristão. É aesta luz que se debate pela promoção e de-fesa da instituição familiar.

4. Quarenta e sete anos passados, o Jor-nal da Família, continua a ser uma publi-cação de cariz solidário, pelo que, sem pre-juízo de uma recta administração, que per-mita o seu digno desenvolvimento, não temqualquer fim lucrativo, nem se enquadra nocontexto empresarial jornalístico.

5. Compromete-se o Jornal da Famí-lia a respeitar os princípios deontológicosda imprensa e da ética profissional, assimcomo a boa fé dos leitores, garantindo ob-jectividade no tratamento de factos noti-ciosos, ao mesmo tempo que se permite re-cusar qualquer peça de anúncio publicitá-rio que entenda não dignificar a pessoa hu-mana e a família.

Semana da vidaA “Semana da Vida”, iniciativa da Comissão Episcopal do Laicado e da Família,que será celebrada de 13 a 20 de Maio próximo, reflecte como tema: “FELICIDADEHUMANA – PREOCUPAÇÃO DE DEUS”A Proposta do Departamento Nacional da Pastoral familiar para a animação e

dinamização da Semana da Vida, integra este ano, além dotradicional Cartaz, os textos de apoio independentes, preparadospara diferentes momentos, destinatários e formas de utilização:

Nota Introdutória - Uma nota da Comissão Episcopal sobre a Semana da Vida.Faz uma análise teológica sobre os desafios que o tema escolhidoapresenta para os cristãos, e em particular para as famílias cristãs,no contexto cultural que vivemos. Aprofunda o mistério de um Deusde misericórdia que se preocupa e deseja a felicidade do Homem,e a forma como o Homem deve reconhecer e responder a esteapelo de Deus.

Oração em família - Trata-se de um manual para a oração em família ao longo daSemana da Vida, que apresenta, diariamente um pequeno textode reflexão retirado da Carta Apostólica de João Paulo II“Evangelho da Vida”, a que se seguem algumas “dicas” para umareflexão sobre a nossa realidade quotidiana e termina com umaoração de conclusão.

Meditação do Rosário - Em pleno mês de Maria, trata-se da apresentação dumareflexão enquadrada na temática da Semana da Vida, propostacomo introdução à recitação diária de cada um dos mistérios doterço – mistérios dolorosos, luminosos, gozosos e gloriosos.

Enquadramento litúrgico - Uma proposta de reflexão à luz do tema da Semanada Vida sobre os textos da liturgia da Palavra dos dois Domingosque a delimitam - VI Domingo da Páscoa e Domingo da Ascensão- apontando também algumas intenções para a Oração dos Fiéis.

A Semana da Vida, em particular no actual contexto que vivemos, pode ser semdúvida uma ocasião privilegiada não só para o crescimento espiritual dascomunidades e das famílias cristãs como para a afirmação pública e testemunhodos valores cristãos e do valor da Vida como dom de Deus. Abrindo o site indicadono fundo do cartaz, (WWW.ecclesia.pt/semanadavida2007) encontrará todo estematerial.Juntos, afirmemos mais uma vez, o valor da Vida Humana.

Campanha no arnão pode parar

Informamos os nossos estimadosLeitores de que ainda não foi possí-vel neste mês realizar e tornar públi-co o sorteio, pelo que pedimos des-culpa.

Num dos próximos números da-remos a conhecer o sorteio, publica-remos os nomes das pessoas com di-reito a prémios de incentivo e pro-cederemos à entrega dos mesmos.

Mãe uma mulher...Dedicado a todas as Mães!

Mãe, uma mulher que tem algo de Deus pelaintensidade do seu amor e muito de anjo pelaincansável solicitude de seus cuidados.Mãe, uma mulher que sendo pobre satisfaz-se com afelicidade dos que ama e, sendo rica, daria comgosto seus tesouros para não sofrer em seu coração aingratidão.Mãe, uma mulher que sendo vigorosa, estremececom o vagido de uma criança e, sendo débil, reveste-se, às vezes, com a bravura de um leão.Mãe, não és apenas o maravilhoso poema vivo, és ocalor e a esperança de cada ser, de cada vida!Obrigada mãe pelo teu carinho. Tu és o berço davida e o relicário da ternura.Obrigada mãe pelas noites incansáveis, maldormidas, por tuas lágrimas e sorrisos, pelo perdãoque sempre oferecestes.Obrigada mãe, porque não só me destes a vidabiológica, qual mistério da natureza, mas cuidastesdo meu crescimento e transmitiste-me: o sentidopara a vida, a confiança, a fé, os valores, acompreensão e a sabedoria.Mãe, tu és o símbolo do puro amor!

A Cura pela Música (e não só...)Página 3

A Lei do Aborto

Braga lança concurso sobre a famíliaPágina 4

A Família e a Violência na Escola

Página 5

Passo a passo, com o Nuno

Serviços de Apoio à Família

Testemunho de uma mãe grávida

Meios de comunicação, pais e filhosPágina 6

Esta nem ao diabo lembraria...

Página 8

Página 7

Carta de um filho a todos os pais

Matrimónio. Uma Opção Definitiva?!O teu (a) filho (a)

2 Maio 2007 (539)

O Saber não Ocupa LugarFAMÍLIAFAMÍLIA

NOVAS ASSINATURASO Jornal da Família

felicita particularmente neste mês

CULINÁRIA

Boas Maneiras

Datas a Assinalar

Rir em Família

Nota da Administração

Passatempo

SOPA DE PESCADA

Ingredientes:

1 Cebola grande ou 2 mé-dias1dl de azeite1 dente de alhoSal; salsa picada, q.b.Arroz, ou massa, q.b.2 Batatas médias, cortadasem quadradinhos.Duas cabeças de pescada, ou,Uma posta grande.

Modo de fazer

Ponha as cabeças de pescadaa cozer. Pique a cebola grossei-ramente para dentro de uma pa-nela. Leve ao lume a refogar, como sal, o azeite e a salsa picada.Quando está estalada, junte aágua onde se cozeu a pescada;deixe ferver um pouco. Junte oarroz ou massa, e, a batata corta-da aos quadradinhos. Quando es-tiver tudo cozido, acrescente aslascas da pescada. Esta sopa ficaainda mais rica se levar umraminho de orégãos.

GELADO DE MORANGOS

Ingredientes

2 folhas de gelatina incolor500g de morangos2dl de leite;2 dl de natas200g de açúcarChantily e bolacha, q.b.

Modo de Fazer

Lavam-se muito bem os mo-rangos e fervem-se com o açú-car, durante 5 minutos com o lei-te. Retira-se do lume e desfazem-se com a varinha: junta-se a ge-latina demolhada, escorrida emexe-se bem até derreter porcompleto: deixa-se arrefecer.Quando estiver frio (mas não so-lidificado) juntam-se as natasmuito bem batidas, envolvendocom delicadeza e vai ao conge-lador em forma passada por águafria. Antes de servir, desenfor-mam-se e decora-se com chantilye bolachas moídas grosseiramen-te e a gosto.

ChantlyIngredientes:

150g de manteiga; 150g de açúcar;uma colher de sopa de sumode limão.

Modo de fazerNuma tigela ponha a mantei-

ga e o açúcar a bater. Deixe bateraté ficar um creme fofo. Por fimdeite sumo de limão e continue abater até misturar bem.

BOLO CORAÇÃODE AMOR

Ingredientes:

4 ovos;O mesmo peso de açúcar e de

farinha;20g de manteiga;1 colher de chá defermento em pó;para cada ovo duas colheresde sumo de laranja ou tan-gerina.

Nota: Para decorar, um pacotede natas e morangos q.b., 1 for-ma coração.

Modo de fazerBate-se muito bem as gemas

com o açúcar e a manteiga. Pou-co a pouco vai-se pondo o sumo,deixa-se bater muito bem até quea massa fique bem fofa. Junta-sea farinha e as claras em castelobem firme. Unta-se a forma (for-ma que deve ser do feito dum co-ração, ou faça uma bola, num ta-buleiro e com um papel desenheum coração) e vai a cozer em for-no quente, depois reduz-se paramédio. Quando cozido desenfor-ma-se e deixa-se arrefecer. Co-bre-se com natas e decora-se commorangos formando um coração.Põe-se no frigorífico até à horade servir. Coze em forma untadade manteiga e polvilhada de fa-rinha.

TARTEDE ALHO FRANCÊS

Ingredientes:

Recheio1 Cabeça de alho; 6 ovos; 1dl

de leite; 1dl de natas; 1 cebolamédia; 1 lata pequena de cogu-melos; 1c/ de sopa de manteiga eduas de azeite; salsa picada; sale pimenta q.b. 150g de fiambreou peixe, conforme o gosto;

Massa: 250g de farinha; 1colher (sopa) de banha de porco;100g de margarina; 1 ovo intei-ro; 1c/ de chá de sal fino; 1 co-lher (sopa) de vinho branco; 1colher (café) mal cheia de fer-mento em pó; leite, q.b.

Modo de fazerMassa:Numa tigela, juntam-se todos

os ingredientes menos o leite.Amassam-se todos muito bem, ese necessário um pouco de leite.

RecheioPica-se a cebola para dentro

de 1 tacho, junta-se a manteiga oazeite e leva-se ao lume a refo-gar; quando a cebola estiver es-talada, juntam-se os cogumeloslaminados, o alho francês corta-do em rodelas finas; refogam du-rante uns minutos em lume bran-do e no final deste tempo, junta-se o peixe lascado ou fiambre.Tira-se para fora e tempera-se desal e pimenta a gosto; à parte ba-tem-se os ovos muito bem bati-dos juntamente com as natas e oleite, a salsa e mistura-se tudo.Se necessário, ligar com um pou-co de farinha maizena.

Forra-se a tarteira com a mas-sa em cima indicada ou outra, ecoloca-se dentro o recheio e vaiao forno a cozer. Quando está co-zido, tira-se para fora desenfor-

ma-se e serve-se quente acompa-nhado de salada crua a gosto.

(Se o peixe não estiver cozi-nhado pode-se cozinhar ao mesmotempo que o alho e os cogumelos.Se utilizar fiambre junta-o aosovos cortado em tiras finas oujuliana).

EMPADINHAS DE CARNE

Ingredientes:

Carnes de aproveitamento,150g de toucinho fresco e en-tremeado;1 cebola;sal, q.b.2 ovos;1 ramo de salsa;1 dl de vinho branco;2 dentes de alho;0,5 dl de azeite;1 pitada de pimenta;

Massa250g de farinha;1 colher (sopa) de banha deporco;100g de margarina;1 ovo inteiro;1c/ de chá de sal fino;1 colheres (sopa) de vinhobranco;1 colher (café) mal cheia defermento em pó;leite, q.b.

Modo de fazerCorta-se a carne em dados pe-

quenos. Pica-se a cebola para umtacho, leva-se a refogar com oazeite e quando estiver a ficar meialoura, deita-se a carne partida,mexe-se e tapa-se o tacho e fica arefogar. Vai-se mexendo de vez emquando para evitar que pegue aofundo; quando a carne estiver lou-ra, deita-se o vinho e um pouco deágua se necessário, sal e pimenta,q.b. Deixa-se cozinhar lentamen-te, deixando com um pouco de mo-lho. Estando pronta, tempera-secom o sumo de limão a salsa pica-da e um ovo e fica pronto a utili-zar.

1 - Estavam três tias muito caturreiras a falar sobre onde tinham ido nas férias. - Ó ricas, eu este ano fui a Marte. - Ai que simples, que básica, sei lá. Eu este ano fui a Júpiter. - Júpiter, Marte??? Ai que horror, sei lá, isso é tão banal. Eu este ano fui ao Sol. - Ao Sol??? Mas aquilo lá não é muito quente?? Não te queima- vas??? - Não ignorante, eu fui à noite, sei lá.2 - Num descampado do centro da Austrália um canguru entra num bar e pede um Whisky. O barman, admirado, pede-lhe os 25 euros da conta e diz: - Há vinte anos que estou aqui e é o primeiro canguru que me pede uma bebida. Responde o canguru: - Pudera, com o whisky a este preço…3 - Candidato num comício eleitoral em pleno Alentejo: - Se eu for eleito, garanto que só se trabalhará um dia por mês! - Então e férias, não há?

Maria Ângela Aguiar (Guimarães) 2Monique de Oliveira (Brasil) 3Centro de Elvas (Elvas) 5Maria Mtilde F. G. Sousa (Paços de Ferreira) 1Teodora Pereira (Lisboa) 1Balbina Regadas (Abrantes) 2Maria Isolina M. Alves (Belizaima do Chão) 1Emília Cardoso (Coimbra) 3Helena Vilaça (Coimbra) 1Maria Lourdes Santos Silva (Falagueira) 2Regina Maria L. T. M. R. (Orgens) 1Maria Helena Sousa Araújo (Adaúfe) 1Emília Cunha (Lisboa) 1Maria Manuela Granja (S. Borrego C. Branca) 2

01 - Dia Mundial do Trabalhador03 - Dia Internacional do Sol03 - Dia Mundial da Liberdade de Imprensa05 - Dia Mundial do Trânsito05 - Dia Europeu da Música06 - Dia da Mãe09 - Dia da União Europa13 - 19 - Decorre em Portugal a Semana da Vida15 - Dia Internacional da Família17 - Festa da Ascensão do Senhor17 - Dia Internacional das telecomunicações18 - Dia Internacional dos Museus22 - Dia do Autor Português24 - Dia Europeu dos Parques Naturais27 - Solenidade de Pentecostes28 - Dia Nacional do Bombeiro29 - Dia Mundial da Energia31 - Dia Mundial do Não Fumador

Somando - Trata-se de buscar al-ternativas e soluções para um problema.O ponto de partida é um tabuleiro comfichas, que devem ser movimentadaspelo leitor de forma concreta até alcan-çarem uma posição determinada. Há queponderar os números jogados para ten-tar encontrar a solução.Damos-lhe os números de 1 até oito,porque somos muito generosos. Mascom uma condição: Deve colocar umacifra em cada ponto do quadrado e con-seguir que cada um deles some 15, queé um belo número.

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Solu

ção

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Conf. in Jorge batllori, pág.143

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divulgueo

Jornalda

Família

O SABERNÃO OCUPA LUGAR

3Maio 2007 (539)

Jovens e FamíliaFAMÍLIAFAMÍLIA

CURIOSIDADES CULTURAIS

Cf. Manuel de Sousa in “As Origens dos Apelidos das Famílias Portuguesas”

Pacheco – Apelido que se supõe de origem toponímica. Terá sido primeiramente usado pelossenhores de Cambra (junto ao rio Vouga). Dizem-nos os genealogistas que o primeiro a usar este apelido ea transmiti-lo aos descendentes foi Fernão Rodrigues Pacheco, que, nas lutas entre D. Sancho II e seuirmão, o conde D. Afonso de Bolonha, depois rei D. Afonso III, teve a alcaidaria de Celorico da Beira peloprimeiro, defendendo heroicamente o seu castelo. Do seu casamento com D. Constança Afonso de Cambrateve vários filhos; o primeiro usou e transmitiu aos descendentes o nome de Pacheco. São armas destalinhagem: de ouro, duas caldeiras de negro, uma sobre a outra, ambas carregadas de três faixas de veiros ede asas serpentíferas. Timbre: duas cabeças de serpe afrontadas de ouro, batalhantes e com os pescoçosenrolados.

A Duarte Pacheco Pereira, uma das mais valorosas personalidades da história da Índia Portuguesa eautor do Esmeraldo de Situ Orbis, foram concedidas armas novas por Carta de 2 de Agosto de 1504, dadaspelo rei de Cochim. São tais armas: de vermelho, com cinco coroas de ouro, de oito florões, postas emaspa; bordadura de prata, aguada de azul, carregada de oito castelos de madeira, de verde, cada casteloarmado sobre dois navios rasos, de sua cor: o escudo cercado de sete estandartes mouriscos, quatro àdireita, de vermelho, prata, vermelho e azul, e três à esquerda, de prata, vermelho e azul. Timbre: umcastelo do escudo, rematado por um estandarte mourisco, de vermelho.

Nasceu um bebé!A aventura que tinha começa-

do há 9 meses atrás chegou final-mente ao fim de uma etapa.

O momento por que todos an-siavam tinha chegado: nasceu opequenino ser com o qual pai emãe sonhavam conhecer e ter nosseus braços para o acariciaremsempre que quisessem.

A aprendizagem que começoua ser feita no ventre materno con-tinua agora de uma forma maisdirecta, mais aproximada.

Os conselhos práticos que fo-ram referidos no artigo (1) destetema deverão ser seguidos paraque se consiga uma evolu-ção saudável da criança.

Convém ter atençãopara o facto de todo esteprocesso de ensino, desdea concepção, deverá ser umprocesso de acompanha-mento e desenvolvimentogradual, respeitando a indi-vidualidade de cada Ser deacordo com as suas carac-terísticas e capacidade deretenção daquilo que lhe éensinado.

Ao acompanharmos osnossos filhos, desde a con-cepção estamos a antecipara cura, ou até a atenuar sin-tomas que poderão existircomo reflexo de algumadoença (mesmo que estanão tenha sido diagnosti-cada pelos médicos).

Quanto mais cedo pu-sermos em prática os «con-selhos práticos e acessíveisa qualquer um para prepa-rar esse novo Ser para avida», referidos no artigo (1),mais depressa estaremos a daraos nossos filhos instrumentospara se desenvolverem de umaforma equilibrada.

Para melhor transmitir a im-portância do acompanhamentoprecoce das nossas crianças gos-taria de utilizar um testemunhoverídico de uma mãe.

Testemunho de amordado por A. C.

A. C. teve uma linda filha queaos 3 anos lhe foi diagnosticadoa Síndrome de Asperger.

Antes disso, a mãe apercebia-se de situações estranhas que sepassavam com a criança e tenta-va ajudá-la a ultrapassar as suas

dificuldades, utilizando princi-palmente o seu amor.

A. C. amou aqueles olhoslogo que os viu. Aliás, já amavao seu bebé mesmo antes de ternascido. Depois de nascer, a mãecontinuou os ensinamentos que játinha iniciado ainda quando abebé estava no seu ventre. É queA. C. acredita que podemos en-sinar a nossa sementinha logodesde que ela é semeada...

O tempo passou e a meninaaprendia tudo o que lhe era ensi-nado. Com um ano e dois mesescomeçou a brincar com umas le-tras maiúsculas de plástico que a

mãe lhe ofereceu. Em apenas 15dias e só a brincar aprendeu a co-nhecer todas as letras doabecedário. Aos três anos lia li-vros. Aos quatro escrevia e liacomo as crianças do primeiro anodo ensino básico.

Aos dois anos e meio come-çou a tocar piano, aos quatro deuo seu primeiro recital, aos cincoentrou no Conservatório de Mú-sica ao lado dos meninos de 12 e13 anos. Aos 6 anos escolheu en-veredar pelo violino e nunca maisparou de crescer na área musical.

Tanto na escola como no Con-servatório, as melhores notaseram sempre as suas.

Mas, havia um mas. Aindabebé encontrava satisfação no

balancear do corpo e no movi-mento constante de objectos. Asua fala não acompanhava o de-senvolvimento mental que pos-suía ao nível da sobredotação.Aos dois anos começou a regredirno andar e tinha dificuldade namotricidade fina. Essa foi a áreamais difícil de resolver e equipa-rar ao que seria de esperar na suaidade.

Mas a mãe, lutadora e cheia defé, não se importou com as evi-dências, apesar de, desde o início,reparar que havia um grande de-sacerto nas diversas áreas de de-senvolvimento da sua menina.

Como estratégia, co-meçou a criar jogos sim-ples em função do desen-volvimento da criança.Usando cartões, dese-nhos, canções, música,ensinando de forma di-recta, foi acompanhandopacientemente, dia-a-dia,o seu desenvolvimento eatenuando as suas difi-culdades.

Amparou a menina nasáreas de dotação para quese mantivesse o nível já al-cançado; às outras, que,em princípio, estavammais atrasadas para a ida-de do que deviam, deu-lhesmais atenção.

Desgastou-se, lutou,ensinou, fez aquilo que de-veria ter sido feito por téc-nicos especializados eterapeutas. Mas fê-lo comuma grande diferença: en-tregou-se com muitoamor!

Gradualmente, as sementesque tinham sido lançadas naque-la criança foram dando frutos.

Actualmente com 9 anos éuma excelente aluna a todos osníveis.

Existe um certo atraso namotricidade, tem dificuldade emse relacionar, mas passa desper-cebida no meio dos meninos di-tos «normais» que chegam atra-sados à escola, não estudam, nãose sabem comportar e têm umasérie de problemas compor-tamentais apesar de serem cha-mados de meninos «normais».

Segundo A. C., valeu a penaa luta com o amor, a entrega e oesforço, pois já se consegueantever nas atitudes e forma de

estar da sua filha uma futura adul-ta válida para a sociedade e ca-paz de cuidar de si própria.

«Quem tem filhos “diferen-tes” sabe que esta é a nossamaior guerra: a de tornar os fi-lhos independentes, pois um diaos pais terão que partir e o nossogalardão será tão grande quantomaior for a capacidade dos nos-sos filhos saberem cuidar de sipróprios» - diz A C.

Como é que A. C. conseguiuresultados tão positivos?

1. Desejou o seu bebé mesmoantes de ter sido concebido;

2. Percebeu que esta era umadádiva preciosa que Deus lhe ti-nha confiado para educar. Perce-beu também que os filhos não sãopertença dos pais e que é um pri-vilégio quando Deus lhes confiaa educação de uma criança;

3. Cuidou da sua saúde pen-

Por: Alexandra Caracol

A Cura pela Música (e não só...)

Alguns exemplos concretos a utilizar desdeo nascimento e durante os primeiros meses

Concordando com o que Edwin E. Gordon, em Teoria de Aprendiza-gem Musical para recém-nascidos e crianças em idade pré-escolar, edita-do pela Fundação Calouste Gulbenkian, «(...) o nosso potencial para apren-der nunca é tão elevado como no momento em que se nasce, e que a partirdaí diminui gradualmente. O período mais importante da aprendizagemocorre, no entanto, desde o nascimento (ou até antes). (...) Aquilo que umacriança aprende durante estes primeiros cinco anos de vida forma os ali-cerces para todo o subsequente desenvolvimento educativo(...)».

Nos primeiros anos o Ser que veio ao mundo aprende as coisas do mun-do que o rodeia através dos sentidos. Aquilo que os seus sentidos recolhemé transmitido ao cérebro que interpreta e estabelece correlações, retendoinformações e o próprio conhecimento do mundo que o rodeia.

Apesar de começar logo a reter o seu próprio conhecimento, o bebéquando nasce ainda tem pouca ou quase nenhuma consciência do meioambiente.

O instrumento mais precioso para adquirir experiências sensoriais éaquele que os pais podem proporcionar através do toque ou da satisfaçãodas suas necessidades (mamar, sentir-se limpo, ser acariciado, ouvir a vozdos pais) sempre repleta de amor.

Quando o bebé nasce vem como que munido com diversos «botões queprecisam ser abertos», ou seja, vem com capacidade para ser desenvolvidoem diversas áreas, como musical, cultura geral, conceitos matemáticos, lín-guas, entre outras. O que acontece é que esses «botões» estão fechados,cabendo aos educadores abrir os «botões» de cada «emissora», ao longodos primeiros anos de vida.

Como?Orientando a criança de uma forma informal, não-estruturada, ou seja,

proporcionando à criança contactar com a cultura em que está inserido semplanificação e de uma forma natural e espontânea, estimulando-a atravésde brincadeiras, brinquedos coloridos, livros com imagens coloridas, etc.

Exemplos de como fazer com recém-nascidos:1. Segredar palavras ao ouvido do bebé;

2. Imitar as caretas do bebé;

3. Arranjar um brinquedo com cores vivas e movimentá-lo deixando que obebé o siga com os olhos. Fazer o mesmo em relação a brinquedos comdiferentes sons;

4. Deixar o bebé ouvir muita música. Os bebés gostam muito de músicadesde que não esteja demasiado alta e de preferência que seja uma músicacalma;

5. Cantar muito para ele. Poderá começar a cantar pequenas canções queensinem algo construtivo. É certo que os bebés não entendem o que lhesdizemos mas sentem como as coisas são ditas ou feitas através das nossasexpressões faciais e das nossas atitudes.

A prática:Comece a inventar pequenas canções para as primeiras letras do

abecedário.

Exemplos:Para o A: A, A, A, AAAAtchim A de árvore, A de árvore.Para o B: Bola, bolinha, bola, bolinha B de bolCante as mesmas melodias várias vezes ao dia e só acrescente uma novamelodia para uma nova letra, depois de já ter cantado durante vários dias amelodia anterior. É preciso dar tempo para a criança ouvir a repetição dasmesmas melodias.

Com o passar do tempo compre umas letras de plásticos (maiúsculas) eassocie a letra à melodia. Por exemplo enquanto canta a melodia do «A»mostre a letra à criança, movimente-a à frente dos seus olhos, esconda-a,volte a mostrar. Quando ela for maior pergunte: «A onde estás?» Depoisagarre no A e faça uma grande festa: «Aquiiiii!!!». Bata palmas.

O bebé vai perceber que quando a mãe diz «Aquiiiii!!!» e agarra no A,aquele objecto que ela tem na mão é um A. Este princípio pode ser utiliza-do para ensinar todo o tipo de coisas a um bebé ou criança pequena.

Considerando-se interessante para consulta sugere-se que consulte osite www.alexandracaracol.com, principalmente o ESPAÇO EDUCAÇÃO E/OU ENSINO.

sando no seu bem e no da crian-ça que ia nascer;

4. Logo que soube que esta-va grávida começou a colocar emprática aquilo que foi referido noartigo (1) sobre A Cura pela Mú-sica (e não só...);

5. Mesmo nos momentos demaior desespero ela acreditouque podia vencer as dificuldadescom a ajuda de Deus (esta é a fépositiva que nos ajuda a venceros obstáculos);

6. Estabeleceu estratégiaspara ensinar a sua filha de acor-do com as suas necessidades,acompanhando sempre a sua evo-lução: «Como estratégia, come-çou a criar jogos simples em fun-ção do desenvolvimento da cri-ança. Usando cartões, desenhos,canções, música, ensinando deforma directa, foi acompanhan-do pacientemente, dia-a-dia, oseu desenvolvimento e atenuan-do as suas dificuldades».

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4 Maio 2007 (539)

ActualidadeFAMÍLIAFAMÍLIA

C I R C U I T O M E N SAL

.Por Armindo Monteiro

A Lei do Aborto

A lei nº 16/2007, de 17/04corrente, excludente dailicitude nos casos de

interrupção voluntária dagravidez, assim é chama-da, veio alterar o artigo142º, do Código Penal e

revogar, expressamente, apunibilidade da interrup-ção da gravidez, até às

primeiras 10 semanas degravidez, desde que efec-

tuada, por médico oualguém sob sua direcção,

em estabelecimento oficialde saúde pública ou ofi-cialmente reconhecido.A exigência de reconheci-

mento do estabelecimento ofici-al de saúde ou oficialmente re-conhecido deixa logo a dúvidasobre a questão de saber o quedeve entender-se por estabeleci-mento oficialmente reconhecido,e, muito particularmente, se, sen-do em estabelecimento privado,se exige esse reconhecimento ouse dispensa.

A mulher que queira abortar,matar o filho, terá que apresen-tar um documento de consenti-

mento para o acto, até ao abortoe sempre depois de um períodode reflexão, não inferior a trêsdias, sobre uma consulta a pro-porcionar à mulher grávida a fimde que ela tome uma decisãoconsciente e livre sobre o alcan-ce do acto, preceitua-se na alí-nea b), do nº 4, do artigo 142º,do Código Penal.

O estabelecimento oficial oureconhecido como tal garantirá,em tempo útil, aquela consulta,que se não vê como, em termospráticos, possa ser facultada,quando as consultas nos hospi-tais das especialidades tanto de-moram.

Essa informação sobre os ter-mos da consulta, que a Assem-bleia da República devia terlogo fixado na lei, será definidapor portaria regulamentadora daLei nº 16/2007, a publicar den-tro de 60 dias.

A informação recairá sobre ascondições "efectuação" (A leiquereria dizer, antes, efectiva-ção), particularmente sobre ascondições do apoio do Estado àprossecução da gravidez e à ma-ternidade, objectivo de alcancenulo, se se tiver em conta que oprofissional escolhido para essetipo de acto dificilmente se pro-porá inverter o processo.

Englobará, ainda, acompa-nhamento psicológico, certa-mente de preparação para o abor-to e não para a sua não consu-

mação, a menos que se tenha ocuidado de formar pessoal com adisponibilidade mental cultural ehumana multifacetado, com umleque de abertura não enfeudadonem a uma e nem a outra inten-ção, imparcial e objectivo, que édifícil recrutar.

Numa altura de contenção dedespesas não se vêbem como dispo-nibilizar um técnicode serviço social deacompanhamento, se-gundo o artigo 2º, nº2 alíneas a), b), c) e d),daquela lei.

O Estado, disse-o,visa proteger a vida, oaborto é um acto anti-vida, pelo que a regu-lamentação da leideve ser rigorosa, exi-gente, de modo a queaquele ataque directoe nunca negado que oseja, há-de ser convin-cente de forma a nãotransformar-se numa prática aque cada mulher recorre quandoquer e como quer.

E em relação às clínicas pri-vadas como vai processar-se esseacompanhamento, e qual a for-ma de o controlar e a forma de opôr em pratica, pergunta-se?

O Estado bem podia deixar àconsciência das pessoas a práti-ca do aborto e a ela o derradeirojuíz, já que a nossa consciência é

sempre o melhor julgador dosnossos actos.

Tantos são os problemas emque o país se afoga dia a dia, queo Referendo sobre o aborto e osrespectivos gastos bem podiamser evitados; o país, a braços comuma crise colossal de identidade,de falta de rumo, de valores, derespeito individual e colectivo,bem devia preocupar-se com odesemprego, com o estabeleci-mento de uma visão sexual lim-pa e consciente, como a promo-

ção do valor da vida, de sanguenovo, continuador dos velhos enão de, pelo aborto, transformá--lo num mar de velhos, agravan-do as responsabilidades de sus-tentação, pese embora o enormerespeito que nos merecem os nos-sos idosos, tantas vezes despre-zados e esquecidos.

Só um país retrógrado,miserabilista, culturalmente atra-sado e vesgo dá ao valor da mor-te da vida um tão grande ênfase.

Eu, por mim, fico feliz quan-do contemplo um olhinho peque-no a mexer ou vejo respeitosa-mente uma mulher de ventre in-chado, carregando a problemáti-ca que nunca alcancarei em todaa plenitude do dar ao mundo umnovo ser, arrostando a coragemfísica e mental de àquele o ofe-recer.

O povo português nunca per-ceberá a preocupação de se refe-rendar o aborto e há-de interro-gar-se por muito tempo sobre o

porquê da sua realiza-ção.

Da regulamentaçãoda lei espera-se bomsenso, justo equilíbrio,de modo a que o "sim"não seja mais "sim" eo "não" menos "não".

O "sim" não libertaa mulher da escravatu-ra de terceiro, do usoindiscriminado do seucorpo, da irresponsabi-lidade de que eximeaquele que a força aoaborto e que deve seracusado da prática decrime sempre que se

faça em condições ilegais e rela-tivamente ao qual o legisladordeve estar atento, fazendo-o in-tervir, activamente, no processoclínico.

O aborto é uma enorme vio-lência contra a mulher porque éauto ou corresponsável, um aten-tado colossal contra o seu corpo,a sua escravização e jamais a sualibertação, como se auto-procla-ma. Um desafio doentio às gera-ções do futuro.

Bispos italianos condenam lega-lização das uniões de facto

A Conferência Episcopal Italiana(CEI) condenou hoje a legalizaçãodas uniões de facto, considerando quea mesma “é inaceitável do ponto devista dos princípios, perigosa sobre oplano social e educativo” e com efei-tos “deletérios sobre a família” aocortar o pacto matrimonial “na suaunicidade”. Para os Bispos do país,há direitos que “são próprios dos côn-juges e que apenas lhes pertencem aeles”. A posição é assumida numanota do Conselho Permanente da CEI.“Um problema ainda mais grave se-ria representado pela legalização dasuniões de pessoas do mesmo sexo,porque, neste caso, negar-se-ia a di-ferença sexual, que é insuperável”,acrescenta a nota.

Igreja na Itália apoia manifesta-ção em defesa da família

A Igreja Católica na Itália está apromover uma grande manifestação,marcada para o próximo dia 12 deMaio, com o objectivo de defender afamília. A iniciativa foi convocada por21 grupos de leigos, após a polémicacriada em volta da legalização das uni-ões de facto, e já recebeu o apoio daConferência Episcopal Italiana (CEI).Para o presidente da CEI, D. AngeloBagnasco, “a manifestação em favorda família, nascida no coração dos lei-gos, tem todo o apoio e a concordân-cia dos bispos e pastores, naturalmen-te”. Este “Family day”, nome dado àmanifestação, foi anunciado na Sole-nidade de São José, Dia do Pai. ParaD. Bagnasco, “será uma grande festapela família, da família, como já foifeito noutros países europeus”. Nessesentido, acrescentou, “será uma mani-festação festiva, de grande valor, quefaz parte não só da tradição cristã, mastambém da tradição universal que é onúcleo fundamental da sociedade.

Livro do Papa vende 50.000exemplares em um só dia na Itália

O livro «Jesus de Nazaré», o pri-meiro escrito por Bento XVI desde quefoi eleito Papa, vendeu, em um só dia,mais de 50.000 exemplares, segundo osdados facilitados pela casa editoraRizzoli. O livro saiu na segunda-feiraà venda na Itália, Polónia e nos paísesde língua alemã, em coincidência como 80º aniversário do Santo Padre, e, se-gundo um comunicado da editora, «éjá um extraordinário sucesso editorial».

A editora Rizzoli, encarregada pelaLivraria Editora Vaticana da venda dosdireitos do livro em todo o mundo, de-cidiu imprimir uma nova edição, coma qual a tiragem total do mesmo seráde 420.000 cópias. O livro será publi-cado em breve em mais de vinte lín-guas, inclusive o espanhol. O texto é aprimeira parte de uma obra de doisvolumes na qual Bento XVI analisa avida pública de Jesus de Nazaré desdeo baptismo no rio Jordão até a Trans-figuração. Em Portugal, a obra é edi-tada pela Esfera dos Livros e chegaráàs bancas no próximo mês de Maio.

1º Congresso Mundial da Mise-ricórdia

O primeiro Congresso Mundial daMisericórdia será aberto no terceiroaniversário de morte do Papa JoãoPaulo II, anunciou o arcebispo de Vie-na. O cardeal Christopf Schönbornanunciou numa conferência com a im-prensa que o 1º Congresso ApostólicoInternacional da Misericórdia aconte-cerá de 2 a 6 de Abril de 2008, na SalaPaulo VI, no Vaticano. O cardeal dis-se que a data de abertura do congressofoi escolhida de propósito para coin-cidir com a data de aniversário de mor-te do Papa João Paulo II, porque amensagem essencial do seu pontifica-do foi um desafio a para sermos “tes-temunhas da misericórdia”. Durante adeclaração à imprensa, o cardealSchönborn repetiu as palavras do Papana consagração do Santuário da Divi-

na Misericórdia em Krakau-La-giewniki, no ano de 2002: «Não hánenhuma outra fonte de esperançapara a humanidade a não ser atravésda Misericórdia de Deus». "O Con-gresso deverá ser uma ponte paraoutras religiões, alcançando tambémagnósticos e ateístas», afirmou. Se-gundo Schönborn, a Igreja éfreqüentemente criticada por sua «es-treiteza doutrinal» e «rigidez moral».E, para ele, esta é a razão pela qual, oprimeiro congresso mundial da mi-sericórdia está pretendendo dar um«encorajamento muito radical» aredescobrir a essência do Evangelho,que é o mesmo que dizer misericór-dia.

UE aprova legislação comumsobre comportamentos racistas

A União Europeia chegou a acor-do para tornar o racismo e a negaçãodo Holocausto um delito em todo oespaço europeu, mas os Estados-membros apenas poderão aplicar san-ções penais em casos muito específi-cos.Após cinco anos de discussões,os ministros da Justiça dos 27, reuni-dos no Luxemburgo, finalizaram umtexto que prevê sanções comuns mí-nimas para lutar contra o racismo e axenofobia. Ao abrigo do acordo al-cançado, cada um dos países deverápenalizar, com um a três anos de pri-são, a “incitação pública à violênciaou ao ódio contra um grupo de pes-soas, ou membros desse grupo, defi-nido segundo a raça, cor, religião, as-cendência, origem nacional ou étni-ca”.

As leis nacionais deverão preversanções semelhantes para a “apolo-gia pública, a negação ou a bana-lização grosseira dos crimes de ge-nocídio, crimes contra a humanidadee crimes de guerra”, tal como sãodefinidos nos estatutos do tribunalPenal Internacional. Apesar de nãoestar explicitamente mencionado notexto do acordo, a negação doHolocausto judeu deverá também serpunida, à semelhança do que já acon-

tece em vários países europeus (Áus-tria, Alemanha, França, Bélgica,Polónia e Roménia), alguns dos quaisprevêem penas mais severas.

No entanto, o Reino Unido, Irlan-da e países escandinavos – que tememque a nova legislação seja vista comoum atentado à liberdade de expres-são – colocaram como condição paraaceitarem o acordo que o “negacio-nismo” só seja punido “se for exerci-do de maneira que possa incitar à vi-olência ou ao ódio contra um grupode pessoas".

In Público, 20-04-07Congresso Internacional sobre

a Santíssima Trindade Entre as iniciativas que visam o

estudo teológico da mensagem de Fá-tima inseridas no programa dos 90Anos, ocupa lugar de relevo o Con-gresso Internacional sobre o Misté-rio Trinitário de Deus, de 9 a 12 deMaio. Em entrevista à Sala de Im-prensa do Santuário de Fátima, o pre-sidente da Comissão Científica doCongresso, Henrique NoronhaGalvão, sacerdote e docente em Lis-boa da Faculdade de Teologia na dis-ciplina acerca do Mistério Trinitáriode Deus, numa entrevista dada falasobre as expectativas do Congresso:

Conseguimos a colaboração degrandes especialistas, portugueses eestrangeiros (provenientes de seis pa-íses), entre os quais seis bispos, quegarantem um alto nível de reflexãosobre tão grande mistério da nossa fé.E é igualmente relevante que, no mo-mento em que se ultima no Santuáriode Fátima a construção da igrejadedicada à Santíssima Trindade, hajauma consciência clara e fundamen-tada do lugar central e decisivo doMistério Trinitário de Deus na vidade todos os cristãos, tal como nos foirecordado pelas Aparições. Há tam-bém nelas um apelo a toda a humani-dade para que se abra ao horizontede esperança que, desta forma, oAmor Misericordioso de Deus repre-senta para todos os que se convertem.

Se o Congresso tornar mais lumino-sa essa esperança, já valeu a pena.

Água“A água é um direito inalienável”,

afirmou Bento XVI numa mensagemescrita por ocasião do Dia Mundial daÁgua, celebrada em volta do tema “En-frentando a escassez de água”. Permi-tir que todos possam ter acesso a estebem, defendeu o Papa, é “um impera-tivo moral e político num mundo quedispõe de níveis de conhecimento e detecnologias capazes de acabar com assituações de escassez de água”.

Jornadas da FamíliaVai realizar-se na Paróquia de

Mértola de 5 a 13 de Maio umas Jor-nadas da Família. Do programa cons-tam: Atelies de Artes e Colóquios; Ci-nema; celebração de Bodas de Prataou Ouro Matrimoniais; Jogo Noctur-no de Família - "O resgaste" e outros.O programa é promissor e termina comtodo o dinamismo do Pe. Luís Borga.

Braga lança concursosobre a família

Para celebrar o aniversário doportalwww.paroquias-debraga.org,o Arciprestado de Braga promoveum concurso de poesia e prosa, su-bordinado ao tema: «Família, a boanotícia para o terceiro milénio»(tema geral do plano pastoral daArquidiocese de Braga, 2005>08).Os interessados podem concorrer,nas duas modalidades previstas (po-esia e prosa), de acordo com o níveletário: até aos 14 anos; dos 15 aos30 anos; a partir dos 31 anos de ida-de. Este concurso, que se destina aresidentes na área correspondente aoarciprestado de Braga, pretende va-lorizar, por meio da expressão lite-rária, o plano pastoral diocesano eincentivar a criatividade pessoal nadinamização pastoral. Os trabalhosdeverão ser entregues até ao dia 03de Setembro de 2007, no endereçoelectrónico do Arciprestado([email protected]).

5Maio 2007 (539)

OpiniãoFAMÍLIAFAMÍLIA

Por Octávio Gil Morgadinho

Na sequência doartigo do mês passado,

foi-me posta a questão: oque pode fazer a famíliapara lidar com a violên-

cia na escola?

Começo por responder comuma generalidade: tudo o que sepassa na escola tem a ver com afamília. Só uma concepçãototalitarista do Estado pode sub-trair a educação à família, reti-rando os educandos do controlee consequente responsabilidadeda família. O que acontece na es-cola, os seus problemas relacio-nais são reflexo do meio social,das suas carências, conflitos e ex-pectativas e especialmente domeio social básico e nuclear, afamília. Quando falamos de fa-mília neste contexto, não consi-deramos necessariamente a ins-tituição família concebida comounião estável assente em relaçõesafectivas saudáveis entre osseus membros, mas a con-venção sociológica queabrange apenas um ou osdois progenitores em varia-das situações jurídicas erelacionais. A maior partedas crianças violentas pro-cedem de núcleos mono-parentais de que, as mais dasvezes, está ausente a figuramasculina ou de famíliaselas próprias disfuncionaispela instabilidade e confli-tualidade dos laços afectivose relacionais e também pelainsegurança económica. Es-tas “famílias” são parte doproblema da violência na es-cola.

A violência está presente nomeio social, penetra as relaçõesfamiliares e faz parte do quoti-diano das famílias e consequen-temente das crianças. “As cri-anças são o reflexo. Se uma mãetem uma atitude destas, como épossível esperar que o filho res-peite os professores, os funcio-nários ou mesmo os colegas?” –comentava, outro dia, um docen-te do agrupamento de escolasonde uma professora foi agredidapela mãe de uma aluna. Além dasatitudes agressivas, há muitosoutros comportamentos de pre-disposição e incitação à violên-cia. Muitas das recomendaçõesdos pais aos filhos estimulam asua competitividade e agres-sividade. Recordo-me de numaacção de formação de professo-res para os sensibilizar para o tra-balho cooperativo dos alunos,uma professora assumir o seupapel de mãe para defender ener-gicamente que aconselharia sem-pre o filho a usar todos os meioslegítimos ou não para ser o pri-meiro. “Não te deixes ficaratrás…”, “Chega-lhes tam-bém…” são conselhos frequen-tes e cúmplices de pais em-bevecidos com a agressividade,

A Família e a Violênciana Escola

“desenrasque” ou provocaçãodos seus pimpolhos. Muitas dassementes da violência na escolacomeçam em casa com a falta deautoridade e consequente falhade regras, a ausência ou esbati-mento dos modelos de compor-tamento dos pais e também peloabandono, abuso e frustrações deque são vítimas.

A família é sempre parte dasolução do problema da violên-cia escolar. Na medida em que éum espaço de convivência respei-tosa, de interiorização de regrase valores, de cooperação e valo-rização do trabalho, de equilíbrioafectivo, de autenticidade de re-lações, cultiva a responsabilida-de em clima de justiça e correc-ção positiva e cria atitudes fo-mentadoras de relações sadiasque se transferem para o ambien-te escolar.

Os pais devem seguir deperto a actividade dos filhos naescola. Quando pressentirem in-dícios de comportamento anor-mal, devem contactar a escola,informar-se das reais circunstân-

cias e possíveis condicionantesda violência e colaborar com osprofessores, direcção e outrosagentes sociais no meio. O acom-panhamento dos filhos exige umaatitude lúcida, serena e cooperan-te para avaliar situações, identi-ficar causas e mobilizar apoiosadequados. Uma resposta agres-siva dos pais pode significar queeles são parte do problema.

A colaboração dos pais é in-dispensável para a escola fazerfrente à violência. Está provadoem todo o mundo que as únicasmedidas eficazes são aquelas quepassam pela mobilização da co-munidade, pela atitude coopera-tiva de professores, alunos, fami-liares, autoridades e associaçõesde âmbito local no combate àscausas e adopção de medidas quevisem a integração social dos alu-nos e suas famílias. Os nova-iorquinos conseguiram resulta-dos significativos nos bairros so-cialmente desfavorecidos deBronx e Harlem, pondo as esco-las a trabalhar com os encarrega-dos de educação, na sua maioriamães afro-americanas, solteiras ede fraco nível económico. Outrasexperiências europeias confir-mam estas conclusões.

Há outra dimensão da vio-lência na escola que exige aatenção, vigilância e interven-ção dos pais: as crianças víti-mas da violência. Estudos fun-damentados concluem que cercade metade das crianças episo-dicamente e 10% regularmente,foram no percurso escolar víti-mas de bullying, termo inglêsusado para designar o padrão decomportamento física ou psico-logicamente agressivo dos maisactivos e fortes que agride, pre-judica, humilha e chantageia osmais fracos e vulneráveis. Ocor-re frequentemente em diversassituações incluindo a família e otrabalho e, na escola até em co-légios internos e jardins infantis.As educadoras que o digam. Ana-lisando situações da vida do se-minário no meu tempo não tenhodúvidas em inclui-las neste tipode violência.

Os pais devem ter em aten-ção os sintomas: quando a crian-ça sem motivo aparente mostrarelutância em ir para a escola,quando com frequência “perde”

o dinheiro para o lanche, se quei-xa de coisas roubadas, apresentaequimoses ou golpes, se mostraansiosa, pode estar a ser vítimade abuso de colegas. A soluçãopassa por conversar com a crian-ça duma forma compreensiva,por ajudá-la a abrir-se e dar indí-cios que levem à identificaçãodas causas e possível solução doproblema. Não se deve encorajara criança a reagir violentamente,mas aconselhá-la a evitar as pro-vocações, a andar acompanhado,juntando-se ao grupo de amigos,no recreio, no caminho, nos lu-gares de encontro. Com sereni-dade, esclareça-se a situação comos responsáveis e colabore-se oupromovam-se programas de ac-tuação na escola. È possível quenem a escola nem a comunidadeesteja desperta para este tipo deproblemas. É preciso começar.Por vezes, será necessário o apoiode especialistas.

Não se esqueça, no en-tanto, que o importante éuma acção persistente econcertada de previsão,acompanhamento e actua-ção serena e vigilante detoda a comunidade envolvi-da na escola.

O acompanhamento dos filhosexige uma atitude lúcida, serena ecooperante para avaliar situações,

identificar causas e mobilizarapoios adequados. Uma resposta

agressiva dos pais pode significarque eles são parte do problema.

A decisão de viverem comum exige denós a coragem de seconfrontar com algu-mas questões: Faz sen-tido? Tem lógica? Oque sinto: profundavocação? A caminha-da do matrimónio co-meçou, para mim,com estas questões.Passo a passo, com oNuno, fui descobrindoque para além do pro-fundo sentido de par-tilhar a minha vidacom alguém que amo,fazia toda a lógica sercom esta pessoa emespecial que concreti-zo a minha vocação: construiruma família, trabalhar arduamen-te para que seja feliz sem nuncadeixar de acreditar que Deus nosama com infinito amor e nosatraiu para sermos testemunhasdesse amor.

Quando embarcamos nestaaventura, embora já não tivessea ilusão de que as pessoas com ocasamento mudam repentina-mente, verifiquei que no essen-cial as nossas personalidades semantiveram iguais ao que eramdurante o namoro. As nossas di-ferenças continuaram a existir, noentanto, com a intimidade que ocasamento implica, descobrimosoutras características que nos di-ferem.

Para além dos diferentes rit-mos quanto ao adormecer e aoacordar, dos gostos que nos dife-rem quanto à ocupação dos tem-pos livres em casa e no modocomo expressamos o que senti-mos, somos também muitodíspares quanto à forma como re-conhecemos que erramos e pedi-mos perdão. A grande verdade éque o diálogo sereno facilitousempre o perdão. Nas vezes emque um de nós se sentiu magoa-do com algum aspecto que o ou-

Testemunho uma mãe grávida

Passo a passo, com o Nuno

tro fez, aproveita sempre o mo-mento que antecede ou que pro-cede à oração da noite, para ex-por o seu desagrado. Após escla-recermos o porquê daquela situ-ação, esforçamo-nos por ser hu-mildes e reconhecer se erramosou não. O crescimento da nossarelação só foi e é possível por-que à parte das grandes cedên-cias, tem existido um equilíbrionas renúncias do dia-a-dia, pe-quenos pormenores que tornammais agradável a vida conjugal,e que aliado à tolerância, fazemcom que o amor cresça dentro donosso lar. Sabemos que sem es-tas cedências de parte a parte,mais cedo ou mais tarde, a rela-ção entraria em rotura.

Há uma pequena “história”que recordo com frequência e medá especial alento na minha ca-minhada, não só a nível conju-gal, mas também pessoal e pro-fissional.

Imaginando que Deus seja omaestro de uma música, que temnotas harmoniosas, que se pro-longam por mais ou menos tem-po. Ele coloca também pausas,que embora sejam silêncios, aju-dam a dar beleza a toda a com-posição musical.

Cont. na pág.8

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6 Maio 2007 (539)

Igreja e Família

FUNDADOR: Mons. Joaquim Alves Brás - PROPRIEDADE: INSTITUTO SECULAR DAS COOPERADORASDA FAMÍLIA - Contribuinte nº 500 746 230 - Directora: Dulce Teixeira de Sousa - Administração: Mª do CéuCampos Simões, Rua de Sto. António à Estrela, 35 - 1399-043 LISBOA - Tel: 213942425 - Fax: 213962502Email: [email protected]ção/Composição/Paginação: Mª da Conceição Gomes VieiraRua Sociedade Farmacêutica, 39; 1150-338 LISBOA - Tel: 213513060 - Fax: 213141186Email: [email protected]

Colaboradores: Octávio Gil Morgadinho; Cristo Martins; Soraia Raquel; Mª Teresa Araújoda Cunha; Mª Deolinda Araújo; Lucinda Teixeira; Teresa do Céu; Armindo Monteiro;Humberto Pinho da Silva; Fernanda Ruaz; Juan Francisco Ambrósio; Fabião Baptista.Fontes: Ecclesia e ZeniteImpressão/Expedição - Gráfica Almondina - Zona Industrial - Rua GráficaAlmondina - 2354-909 Torres NovasTel: 249830130 - Fax: 249830139 - Email: [email protected]. Legal 137735/99 - Tiragem 13.000Registo ICS nº 101.387

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Tinha chegado ao limite dasforças. Sem ajuda em casa, a in-capacidade motora instalada, asdores crónicas e agora a devotadaobrigação de ter a seu cargo a tiavelhinha, que era como sua mãe,porque como tal ela a tinha cria-do. Ah! Se tivesse saúde comotudo seria mais fácil...Como osdias seriam desfrutados alegre-mente naquela doce companhiaque tanto lhe dera e por isso lheinspirava tanta ternura! Mas não.A vida estava-lhe a ser impossí-vel. Perdido o tino, a tia pareciater como único norte a sua presen-ça física. Se se afastava dela poruns momentos, logo a ouvia cha-mar. “Onde estás? Onde estás?”E a inquieta ansiedade com que aprocurava, era sinónimo de umatotal dependência para tudo: lavar,vestir, calçar, comer, até dormir.Cuidar de um idoso que voltou àinfância e só por momentos bre-ves recupera a adulta lucidez, é deuma enorme responsabilidade. Epor maior que seja o amor, sãoprecisas mãos para cuidar, braçosfortes para segurar, força anímicapara aguentar o dia a dia sem per-der a serenidade e a alegria. E ago-ra a mulher já nada disso tinha. Epor maior que fosse esse o seu de-sejo, não estava nas suas mãosmodificar as condições da suavida, sobretudo as derivadas dasua precária saúde. Aguentou tan-to quanto pode. Sempre soube queo ser humano pode muito mais doque imagina. Sempre soube quecom pequenos truques se conse-guem resolver situações aparen-temente muito complicadas. Masquando a velhinha perdeu de todoa capacidade de entrar e sair dabanheira, quando deixou de saberonde estava, quando deixá-la poruns momentos sozinha se tornoumais perigoso que deixar um bébéque gatinha sozinho numa casa,viu que não havia criatividade,nem truque, nem ternura que lhevalessem.

Pôs-se então à procura de umLar onde deixar a tia. Mas asquantias pedidas pelas instituiçõesonde existissem um mínimo dequalidade, eram-lhe completa-mente inacessíveis. Ao pesadeloe mágoa de deixar a sua amada ve-lhinha longe dos seus carinhos eatenções, juntava-se a certeza deter de encontrar e rapidamente, umlugar ligado à assistência social,que lhe exigissem um contributoacessível. Depois de muitas noi-tes mal dormidas de preocupaçãoe depois de ter falado com muitaspessoas informadas, soube que

EntregaMês de Maio, mês de MariaDe aves a chilrearNão se passa um só diaQue não Te deseje amar...

És a Mãe do meu SenhorA sempre Virgem MariaÉs a jóia, o meu penhorO farol, a minha guia

Toda a Igreja se alindaLouvando à Virgem MãeVive-se em festa infindaÀ Senhora de Belém

Fito sempre o Teu olharNas imagens d‘amor ternoCalmo como a água do marDulcíssimo afago eterno

Foste rainha na dorNa vida, o nosso exemploSoberana no amorVenerada em cada templo

Inabalável na féVenerada a toda a horaEsposa de São JoséVirgem pura, a quem se adora...

Venerada em cada templo

Fab

ião

Bap

tist

a

"Retomar a recitação do Rosário em família significa inserir na vidadiária imagens bem diferentes - as do mistério que salva - : a imagemdo Redentor, a imagem de Sua Mãe Santíssima. A família que rezaunida o Rosário, reproduz em certa medida o clima da casa de Nazaré:põe-se Jesus no centro, partilham-se com Ele alegrias e sofrimentos,colocam-se nas Suas mãos necessidades e projectos, e dele se recebe aesperança e a força para o caminho".

(In Carta Apostólica de João Paulo II - O Rosário da Virgem Maria")

Cont. na pág.8

Entrevista com o professor José Martinez de Toda

Meios de comunicação,pais e filhos

«Meios de comunicaçãosocial: um desafio para a

educação» é o tema damensagem de Bento XVI

por ocasião da JornadaMundial das ComunicaçõesSociais, que se celebrará em20 de Maio. Tendo em vista

esta celebração, a Zenitentrevistou o professor

Martinez de Toda, especia-lista na chamada

«educomunicação» oueducação a partir dos meios

de comunicação.

Doutorado em educação paraos meios de comunicação, O Pe.Martinez de Toda, (S.J) é actual-mente Coordenador de Comuni-cação na CPAL (Conferência deProvinciais Jesuítas da América La-tina). Compagina esse trabalhocom aulas na UCAB (Guayana(Univerisdade Católica Andrés Bello,Núcleo Guayana), e com um traba-lho pastoral num bairro de SãoFélix (Venezuela).

- A mensagem deste ano parao Dia das Comunicações tratadas crianças e dos meios de co-municação. Que bem fazem osmeios de comunicação às crian-ças?

- Pe. Martinez: Em primeirolugar, estamos perante um fómenoactual, que jamais se deu na his-tória humana. Tradicionalmente,

o adulto, em concreto o pai e oavô, introduzia os meninos nas di-versas tecnologias (do campo, doartesanato, manufatura, etc.) e asmeninas nos trabalhos do lar, oulhos explicavam (a máquina a va-por, o trem, a água corrente, etc.).A criança estava sempre junto deseus pais.

Depois, os adultos construíramescolas primárias, criando para ascrianças um mundo separado dosadultos, mas onde estes eram sem-pre apresentados como bons eexemplares.

A criança hoje aprende ainternet e multimídias à margemde seus pais. Mais ainda, muitasvezes as crianças sabem mais queseus pais sobre as tecnologias dainformação e das comunicações.Pela primeira vez na história istoacontece e concretamente nas ino-vações dos meios de comunicaçãotão essenciais para a sociedade esentem-se mais à vontade comisso que seus progenitores. Hojeem dia, a televisão volta a reuniros filhos e os pais diante do ecrã.E a televisão faz com que ascrianças vejam os defeitos dosadultos, que roubam, matam,mentem...

As crianças não se contentamem ver os programas infantis. Se-gundo estudos, as crianças queremque 70% dos programas que vêemna TV sejam infantis, mas prefe-rem que o resto (30%) seja de pro-gramas de adultos. As criançassentem curiosidade por conheceros adultos, o que eles são.

Por isso, a criança actual émais icónica que lógica, mais sen-sitiva que racional, mais intuitivaque discursiva, mais instantâneaque processual, mais informa-tizada que comunicada. Tudo issoindica que já não se pode ensinarcomo dantes. O papel do profes-sor mudou.

- Os meios de comunicaçãosocial ajudam, mas também li-mitam o tempo de jogo criativocom outras crianças, e às vezesum excesso de meios dificulta arelação interpessoal. O que fa-zer?

- Pe. Martinez: Este é um temadelicado, pois a muitos educado-res (mais antigos) é difícil aceitara realidade da chamada «escolaparalela» dos meios de comunica-ção. De facto, as crianças passammais tempo com os meios de co-municação que na escola. Já ofuncionalista Lasswell dizia queas funções dos meios de comuni-cação social são: informar, educare entreter, ainda que muitas vezeso que fazem é desinformar,deseducar e fazer perder o tempodas crianças, que deveriamdedicá-lo ao estudo e relacionar--se com a natureza e com os ou-tros.

O desafio é como preparar ascrianças para que não sejam afec-tadas pelos elementos nocivos dosmeios de comunicação.

Gosto do título da mensagempapal: os meios são um desafiopara o educador, porque são bonse maus. Portanto, é preciso saberusá-los, e não de uma forma me-ramente espontânea e improvisa-da.

É necessário estudá-los disci-plinadamente como «educação

havia a hipótese de recorrer aosconselhos de uma assistente so-cial da Santa Casa da Misericór-dia, que visitava semanalmente aParóquia. Marcada a entrevista, aboa da mulher dirigiu-se à Igreja,levando de braço dado, como eraagora absolutamente obrigatório,a sua velhinha. E como a velhi-nha ia contente! Tal como criançaa quem levam ao jardim, quandosoube que iam à Igreja, rejubilou.Pelo contrário, a sobrinha, ia dealma pesada, dividida, como vãoquase sempre os filhos que se vêmna situação de ter de pôr os paisnum lar para idosos. Mas de almaainda mais triste ficou quando láchegou e lhe disseram que a as-sistente social tinha faltado e quesó voltaria daí a três semanas, poissó fazia a visita às Quartas-feiras;a próxima seria o feriado 1º deDezembro e a seguinte, outro fe-riado, o 8 de Dezembro, Dia deNossa Senhora. Com a velhinhapela mão, que sorria, sem perce-ber nada do que se estava a passarnem o mínimo conhecimento dassuas próprias circunstâncias, amulher decidiu entrar na Igreja esentar-se bem perto da imagem daVirgem Maria. Estava exausta.Não só do esforço físico que fize-ra para arranjar a velha senhora etrazê-la por um trajecto aindagrande de rua, mas também doesforço psicológico para tomar adecisão de pedir ajuda social. Aesperança de uma luz, umapequenina luz sobre o modo comoresolver o problema, que alimen-tara desde que marcara a entrevis-ta, apagara-se de todo. Mais trêssemanas de solução possíveladiada. “E se a deixo cair no ba-nho? E se eu caio doente de cama?Que faço? Que faço?” Voltara aoponto de partida.

Virou-se para a imagem deMaria, em desespero, quase zan-gada: “Olha, Senhora, resolve Tu!Eu já não posso! Eu já não sei! Tusabes. Tu podes.! Se Tu achas quedevo arriscar tudo por tudo emantê-la comigo, ajuda-me! Se Tusabes que não vou ter condiçõespara cuidar dela como merece,ajuda-me! Resolve tu. Eu já nãoposso, eu já não sei! Tu podes,Senhora minha Mãe. Tu sabescomo. Resolve. Ajuda-me! Ajuda--me, sobretudo a perceber o quedevo fazer. Entrego-te o proble-ma!” Por entre as lágrimas que lheescorriam face abaixo, viu o ca-belo branco da velha tia que bri-lhava numa luz de prata.

Fernanda Ruaz

7Maio 2007 (539)

Actualidade e FamíliaFAMÍLIAFAMÍLIA

Leitura - Novidades

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Cantinho dos Esposos

Editora Paulinas

É por demais consabi-do que estamos a viveruma crise económica euma recessão, sem pre-cedentes, o que leva oGoverno e, ao fim e ao

cabo, todos nós, a ter depoupar, a apertar o cintoe a ter de tomar medidasde excepcional conten-

ção financeira.Até aqui, todos estamos de

acordo. Só lamentamos é que,quando a então ministra das fi-nancias, Manuela Ferreira Leitetentou fazer o mesmo, caí-lhetudo em cima, criticando a suapolítica de austeridade e as me-didas de contenção económica,por ela preconizadas. Porém, ve-rificamos que pouco tempo de-pois, não só estão a ser tomadasas mesmas opções de contençãoeconómica, como ainda se estárecorrendo a outros expedientesque nem ao diabo lembrariam...

Quanto a nós, são práticasofensivas e de afrontamento aoPovo Português, filhas de umautoritarismo sem limites, que sóbestuntos de insanidade mentalpoderiam perfilhar e promulgar.

Veja-se só: Os ancestrais va-lores humanos estão a ser menos-prezados e ignorados, tudo naânsia incontida de se arranjar di-nheiro, a todo o transe, autênticaditadura monetária, privilegian-do-se as classes economicamen-te abastadas, em absoluto detri-mento da classe média e dos ci-dadãos que vivem com maioresdificuldades financeiras. Qualserá a razão porque deixou de serobrigatória a apresentação da de-claração de bens de luxo, comoseja a posse e aquisição de car-ros de elevada cilindrada, ou adetenção de iates, sendo obriga-tório, à classe média, declarar a

simples transferência bancária ouofertas superiores a 500 Euros,dadas a filhos, netos, parentes ouafins?

Esta será mais uma das medi-das para que o cidadão comumveja diminuir, drasticamente, oseu poder de compra e o seu ní-vel de vida, em face da constantee quase galopante subida do cus-to de vida, que se verifica emcada dia que passa. Em contrastecom tudo isto, os vencimentosdos gestores das empresas públi-cas, como os directores da CaixaGeral de Depósitos, da GALP,dos CTT, da TAP e outros,auferem ordenados que trepam amais de 20 mil Euros mensais...Confrontados com este escânda-lo, dizem os nossos governantesque se não pagarem bem aosgestores públicos, estes mudam-se para empresas privadas. Comose nós acreditássemos nisso e emtal justificação... Mas, se assimé, quer dizer que para se ter bonsadministradores e bons resulta-dos de gestão, tem de se lhes pa-gar principescamente. E ao co-mum dos trabalhadores, que sãoquem tudo produz? Não será ne-cessário também remunerá-losbem, para melhor produzirem?Ou só os grandes gestores mere-cem bons salários, para depois sealardear pela China, como o fez,recentemente, o ministro Ma-nuel Pinho, que nós somos o paísda Europa, onde os trabalhado-res auferem mais baixos salá-rios? E, como se não bastassemestas substanciais diferençasremuneratórias, como se nãofosse grave sermos o país euro-peu onde a gasolina se vende amais elevado preço, surge agoramais este imposto familiar. Te-mos de declarar tudo o que da-mos, onde gastamos todos os cên-timos e até o que oferecemos aosnossos filhos, netos, e afins, se forigual ou superior a 500 euros.Para realizarmos esta dádiva, te-remos de preencher o Modelo l,do imposto de selo. Isto não só é

aberrante, como vexatório, comotoca as raias do escândalo.

Ao que nós chegamos, SantoDeus... E dizia José Sócrates, nasua campanha eleitoral, que se vi-esse a ser Governo, iria criar 150mil postos de trabalho não au-mentando os impostos. Porém,não só não criou 150 mil postosde trabalho, como ainda não secontentou em aumentar os im-postos de maneira desmedida,como ainda criou novas e escan-dalosas contribuições colectivase individuais, directas e indirec-tas.

Sem se saber bem qual seriaa finalidade, há tempos, 100 milcrianças foram inquiridas sobrea vida sexual dos seus pais ousubstitutos, questionando-as seos seus progenitores obrigavamas suas mães a praticar a vida se-xual sob coacção ou à força. Sin-ceramente, isto toca as raias doinconcebível, da imoralidade, dodesrespeito pela vida íntima e pri-vada de qualquer cidadão. Nãosei se na totalitária URSS, algu-ma vez se chegou a estedespudor, a este cúmulo da insen-satez... a este verdadeiro des-pautério.

Embora o português seja, pornatureza, tolerante, solidário egeneroso, isto passa a mais. Osimpostos aumentam, as porta-gens sobem de preço, o poder decompra diminui, as pensões de-crescem. Entretanto os projectosmegalómanos da OTA e do TGV,continuam a ser, obstinadamen-te, uma meta a atingir. Que im-porta que o país viva na miséria?Que importa que o desempregoaumente desmesuradamente?Que importa que a Segurança doEstado Social esteja em rotura ouprestes a desaparecer? Que im-porta tudo isto? Se as sondagensde opinião persistem em dizer (?)que este Executivo é excepcio-nal e que José Sócrates continuaa ter a confiança dos Portugue-ses, na intenção de voto e que oPS, se hoje houver eleições, con-tinuará a ter a maioria absolutano Parlamento, embora fechematernidades e Centros de Saú-de e abra Clínicas abortivas. Pe-rante isto só apetece dizer: Quan-to mais me bates, mais gosto deti... Antigamente, chamava-se aisto masoquismo...

Esta nem ao diabolembraria...

Por: Fabião Baptista

Carta de um filho a todos os paisQueridos pais!

Gosto imenso de vós, por isso hoje não resisto a fazer-vosum pedido:

- Não me dêem tudo o que vos peço. Às vezes só peço paraver até que ponto posso pedir.

- Não me gritem. Eu respeito-vos menos quando o fazem.Além disso estão a ensinar-me a gritar e eu não quero fazê-lo.

- Não me dêem sempre ordens. Se em vez de ordens me pe-dissem as coisas, talvez eu as fizesse mais depressa e de melhorvontade.

- Cumpram as vossas promessas, boas ou más. Se me pro-metem um prémio, dêem-mo, assim como um castigo. Assimaprenderei a cumprir o que prometo.

- Não me comparem com ninguém, em especial com os meusirmãos. Se me colocam como exemplo para os outros alguémvai sofrer e acham-me pior que eles, serei eu quem sofre.

- Não mudem de opinião constantemente sobre o que eu devoou não fazer. Decidam-se e mantenham essa decisão. Isso vaidar-me a segurança de que tenho uns pais que se interessam pormim e cuidam de mim.

- Deixem-me desenrascar sozinho. Se fazem tudo por mim,nunca aprenderei. Não saberei enfrentar as lutas da vida.

- Não digam mentiras à minha frente e nem peçam que eu asdiga, mesmo que seja para vos tirar de uma dificuldade. Fazemsentir-me mal e perder a confiança naquilo que me dizem.

- Quando se enganam, admitam-no e ficarei cheio de admi-ração por vós. Assim aprendo que tenho que admitir que eu tam-bém me engano.

- Tratem-me com a mesma amizade com que tratam os vos-sos amigos. Lá porque são meus pais, também podem ser meusamigos.

- Não me digam para fazer coisas que vós não fazeis.- Ensinem-me a amar e a conhecer a Deus. Não vale a pena

que na catequese e na escola me digam para amar a Deus, sepercebo que vós não O conheceis nem O amais.

- Quando eu for desabafar com um de vós, não me digam:Olha, não tenho tempo para estupidezes! Ou por exemplo: Issonão tem importância. Tentem comprrender-me e ajudar-me.

- Peço-vos que gostem de mim. Sei que gostam, mas digam-me isto muitas vezes. Preciso de o ouvir embora pensem quenão é necessário dizer-mo.

Um beijo do vosso filho que vos adora.

Dizer NãoAs Paulinas acabam de publicar “Quando é ne-

cessário dizer não” de Mariangela Mantovani. Os li-mites são a matéria-prima indispensável no processode educação e na formação do carácter. Uma obra queprocura ajudar na forma “de lidar com a sequência desentimentos de reacção do seu filho perante um não,proferido por si, que lhe impõe limites”. A autora de-senvolveu um modelo de dinâmica das emoções queclarifica o entendimento das atitudes rebeldes.

ComunicadoA APFN protesta veemente-

mente contra a prevista revisãodo Imposto Automóvel que iráagravar significativamente ocusto dos mono volumes e via-turas de 9 passageiros, agravan-do ainda mais a inconcebível po-lítica anti-natalista do sistemafiscal português.

A APFN não consegue perce-ber (e desafia quem quer que seja,nomeadamente o Primeiro-Mi-nistro e o Ministro das Finanças,a explicar devagarinho, se con-seguir) como é que é possível,num dos poucos países europeusque continua a baixar a suataxa de natalidade, adoptarem-se medidas ainda mais gravosascontra o cada vez menor núme-ro de casais que, contra tudo econtra todos, insistem em tertrês ou mais filhos!

Será que, para o Primeiro-Mi-nistro e para o Ministro das Fi-nanças, um défice de 55.000nascimentos por ano (33%!)ainda é pouco?

A APFN reclama que o Pri-meiro-Ministro e o Ministro dasFinanças expliquem a todo opaís, e não apenas às famílias nu-merosas, porque é que, por umlado, queixam-se (com toda arazão) da baixa taxa de natali-dade e do impacto negativo nasustentabilidade do país e, poroutro, na prática, adoptam me-didas que apenas irão agravaresse défice.

Como qualquer família nume-rosa sabe, e não é preciso ser-seuma grande inteligência para queoutros o percebam, são rarís-simos os automóveis em quecaibam três cadeirinhas nobanco traseiro. Mesmo nesse

caso, é impossível soltarem-seas crianças em situação deemergência, porque as cadeiri-nhas ficam de tal forma aperta-das que é dificílimo colocar-see soltar-se o cinto de seguran-ça. Por esse motivo, mesmo asfamílias com três filhos vêem-seobrigadas a adquirir viaturascom maior lotação, uma vez quecada criança ocupa muito maisespaço que um adulto.

A APFN reclama que sejaaplicado às famílias com três oumais filhos o regime adoptadopara emigrantes, isto é, isençãode IA na aquisição de uma via-tura por família, com tempomínimo de permanência de 4anos, medida esta que aliviará umpouco o impacto do nascimen-to de um terceiro filho ou deordem superior no orçamentofamiliar.

Imposto automóvelcontra famílias numerosas

APFN - Associação Portuguesa de Famílias Numerosas

Que bom seria para a comunida-de cirstã se este Guia se utilizasse nãosó para a formação pessoal mas tam-bém para organizar Atliers em paró-quias, em movimentos apostólicos eem outros grupos que desejem for-mar-se no dentido profundo desta ex-pressão, porque a formação consiste,antes de mais, em "crescer no Se-nhor".

Uma propostade formação cristãpara os jovens e en-quadra-se num pla-no mais âmplo queseria o plano da for-mação cristã globalpara crianças, ado-lescentes, jovens eadultos.

"Esta Via Sa-cra" ajuda o povode Deus a actua-lizar as "Obras deMisericórdia". Éuma forma suges-tiva e profunda deacompanhar Je-sus, nosso Mes-tre.

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8 Maio 2007 (539)

Pensando a FamíliaFAMÍLIAFAMÍLIA

Juan Francisco Ambrósio.

4. O encontro,categoria fundamentalpara reflectir e viver

o matrimónio

O que temos dito até agorasobre a fidelidade, o amor e ocompromisso no âmbito do ma-trimónio, só pode ser verdadei-ramente entendido quando olha-mos para o pano de fundo ondeobrigatoriamente estas realida-des adquirem o seu significado.Refiro-me à experiência de rela-ção e de encontro que se viveentre um homem e uma mulher.

As linhas que se seguem,querem olhar para esse encontrocomo uma das categorias quemelhor nos podem ajudar a re-flectir e viver a realidade do ma-trimónio. Com efeito, o encon-tro aponta-nos para uma dimen-são profunda e densa da relaçãode amor entre duas pessoas, so-bre a qual se pode construir a co-munidade de vida matrimonial.

O tempo em que vivemos -todos o sabemos - parece correra uma tal velocidade que não te-mos a possibilidade de parar paranós encontrarmos uns com osoutros. De facto, cada vez existeuma maior consciência de queconhecemos muitas pessoas, fa-lamos com muitas outras,cruzamo-nos com mais ainda,mas só em poucas ocasiões - tal-vez muitos menos daquelas queseriam necessárias e desejáveispara alcançarmos uma qualida-de de vida que possa serhumanizadora - nos encontramosverdadeiramente com alguém. E,apesar disso, sabemos que a ex-periência de encontro constitui,no entanto, uma das dimensõesfundamentais do existir humano.Ninguém pode ser sozinho.

Passo a passo, com o NunoCont. da pág.5

MATRIMÓNIO.UMA OPÇÃO DEFINITIVA?!

Esta intuição, que todos te-mos, pode ajudar-nos a entendercomo a experiência do encontrorequer a presença de determina-das condições para que possa serrealizada. Sem elas poderemoscontinuar a falar e a cruzarmo-noscom um grande número de pes-soas, mas, na realidade, não nosencontraremos com elas.

O respeito pelo outro, pelaalteridade do outro, ou se quiser-mos ainda dizer de uma maneiramais evidente, ainda que menos

contrar. Para além deste respeitopela alteridade do outro, tambéma reciprocidade surge, neste con-texto, como nota muito importan-te. No encontro, a relação é cons-tituída por duas ou mais liberda-des que se interpelam, consti-tuindo cada uma delas a possibi-lidade para as outras se manifes-tarem e actuarem. Nessa relaçãotodos os sujeitos intervêm de for-ma activa, tornando-se partici-pantes e responsáveis pelas exis-tências uns dos outros (recipro-cidade).

Esta experiência pressupõe,da parte daqueles que se encon-tram, como é óbvio, uma grandedisponibilidade e uma grandeconfiança. Disponibilidade paraestar com atenção ao outro, àssuas propostas, aos seus anseios,no fundo à sua verdade e realida-de. Confiança para aceitar a re-lação que tende a abarcar a tota-lidade da existência de cada um,para aceitar a dádiva do outro quese me entrega e, também, para medar naquilo que é a minha inti-midade.

Do que foi dito, podemos con-cluir que a verdadeira experiên-cia de encontro não é um aconte-cimento que possamos dominarcompletamente, pelo contrário, énesta relação que temos a possi-bilidade de nos ir descobrindo.Na verdade, o encontro realiza--se a partir de um acontecimentocomum que constitui aqueles quese encontram num ‘nós’, no qualo eu e o tu se descobrem partici-pando mutuamente um no outro.Esta realidade alcança a sua rea-lização mais plena na forma hu-mana mais elevada de encontroque é o amor.

Ter ignorado isto, talvez tenhasido um dos factores que de for-ma mais decisiva tem contribuí-do para a situação de fragilidadeem que se encontram hoje mui-tos casais.

Cont. da pág.6

Meios de comunicação, pais e filhos

Testemunho uma mãe grávida

Também na nossavida, por vezes sur-gem essas pausas (umconflito, um fracasso,algo de bom que insis-te em não aconte-cer…), para tornar anossa existência maisbela e segura. As pau-sas servem para ga-nhar força para agrandiosidade da vidaque se segue. Quantasvezes esquecemos deagradecer essas “no-tas harmoniosas” a Deus e só noslembramos de Lhe pedir que en-curte essas “pausas” o mais pos-sível. Aprendi com o Nuno, queassim estaria a tirar o significa-do à minha vida, e que aceitar es-sas pausas faz parte do reconhe-cimento do infinito amor deDeus.

Aquando do casamento, tinhaconsciência que a minha vida iamudar muito, principalmente noritmo do dia-a-dia: novas tarefasdomésticas para desempenhar,responsabilidade na organizaçãoe dinâmica no nosso lar e princi-palmente a disponibilidade e de-dicação para o meu marido. Preo-cupava-me o facto de ambossermos extremamente briososcom a profissão e com as tarefasque desenvolvemos a nível so-cial, pois admitia que teríamospouco tempo para fazer crescera nossa relação. Com a ajuda doEspírito Santo que nos tem ilu-minado quanto às decisões maisimportantes, descobri que é nes-tas ocupações que sentimos tan-ta realização, que “bebemos” daenergia e optimismo para ultra-passar os muitos afazeres diá-rios. O Nuno sempre se esforçoue esteve atento quanto às tarefasdomésticas a desempenhar. “Separtilhamos a vida, deve ser emplenitude”, diz ele tantas vezes!

Enquanto mulher, a partir dafase em que descobri a minhavocação, sempre tive o sonho deser mãe, e um dos aspectos queme agradou no Nuno foi o factode que ele também sentia o de-sejo de ser pai, demonstrando pa-ciência, gosto, carinho e dedica-ção para com as crianças. Ape-sar de nunca lhe ter expresso,vivi durante o início do nosso ca-samento com um medo: o medode não conseguir engravidar. Nãotinha nada em que assentasse estereceio, apenas as expressões detantas mulheres jovens, que porinúmeras razões tal bênção nãoconseguem receber. Sei que a fe-cundidade não se traduz apenasem ter filhos, mas em gerar vidapara a vida do mundo – disponi-bilidade à edificação da comu-nidade, no entanto a possibilida-de de não sentir o que é estar grá-vida amedrontava-me.

O milagre de poder gerar umanova vida surgiu em Setembro.Planeado com muita antecedên-cia, eis que surge o grande desa-fio de nos preparar para sermospais. Acredito que não é em novemeses que tal é possível, mas aolongo nas nossas vidas, com aeducação e valores que recebe-mos dos nossos pais, as diversasexperiências e o que cultivamosnos nossos corações. A alegria foi

imensa, tanto para nós como paraos futuros avós. Sentimos queestamos no trilho certo. Tudo fazsentido! A incerteza profissional,perante tal alegria, já não é amontanha impossível de ultra-passar que há uns tempos atrásparecia. A fé multiplicou-se e osligeiros atritos que por vezes sur-giam para “limar” a nossa rela-ção matrimonial, deram lugar apermanentes gestos de admiraçãopelo outro. Em sete meses de ges-tação, um dos nossos sonhos quese está a tornar realidade, tempermitido que nos moldemosmais um ao outro, possibilitandoque manifestemos o que de maisprecioso há em cada um de nós.

Fazemos questão de ambosestarmos presentes em todas asconsultas médicas, exames oucompras, próprias nos preparati-vos para receber o nosso filho.

Sei que a nossa vida vai mu-dar muito, principalmente a ní-vel da gestão económica, redistri-buição das nossas actividades,para além das novas exigênciasno que respeita à educação donosso filho. Não aspiramos umestilo de vida em que pretende-mos excelentes condições, comuma casa recheada com os me-lhores móveis e electrodomésti-cos, férias de sonho ou até comos carros de última geração. Con-sideramos importante saberadoptar um estilo de vida maissimples, adequado às nossas pro-fissões e às exigências da épocahistórica que atravessamos.Quanto às nossas profissões eoutras ocupações, acredito quevamos sentir dificuldades na ges-tão e definição de prioridades,uma vez que é algo de importan-te na nossa realização pessoal.Tenho consciência que teremosde estar muito atentos nessa ta-refa, principalmente porque apartir de agora temos uma outraprioridade: a educação do nossofilho.

Educar é uma arte em que énecessário conjugar muita ternu-ra e firmeza. E isto exige tempo,atenção, proximidade, capacida-de de escuta e de decisões ade-quadas para que a criança possacrescer e estruturar-se como pes-soa. É transmitir um estilo devida marcado por valores.

É este o nosso desafio e com-promisso que assumimos!

“Não fostes vós que meescolhestes; fui Eu que vos esco-lhi a vós e vos destinei a ir e adar fruto, e fruto que permaneça;e assim, tudo o que pedirdes aoPai em meu nome Ele vo-lo con-cederá. É isto que vos mando:que vos ameis uns aos outros.”(João 15, 16-17)

para os meios de comunicação»ou também «educomunicação».

- Em que consiste a educo-municação?

- Pe. Martinez: A educaçãopara os meios de comunicação,que consta de seis dimensões, exi-ge: que a criança seja alfabetiza-da pelos meios de comunicação,que seja consciente do funciona-mento e técnicas dos mesmos, eque seja crítica; mas também queseja activa para com os meios decomunicação contra a passivida-de, que os use com metas e finssociais e que saiba criar. Não setrata de novas matérias ou disci-plinas no currículo. É saber inte-grar a educação para os meios decomunicação ao ensinar língua,história, religião, etc. Trata-se dealgo transversal. Também junto aolivro de texto deve estar o DVD eoutras multi-mídias analisadas ecriticadas também a partir de umaperspectiva de comunicação.

- Na Venezuela, o que propõe

a Igreja para consciencializarsobre a importância no uso dosmeios de comunicação já desdea infância?

- Pe. Martinez: O ConcílioPlenário da Venezuela mostra-seabsolutamente consciente decomo deve ser hoje em dia a edu-cação desde suas primeiras etapas.Mas também se mostra absoluta-mente pessimista sobre as mudan-ças que deveria haver no sistemaeducativo. «A escola, em geral,ainda leva pouco em conta asmudanças da cultura emergente,o que se evidencia no desenho dosprogramas» (pág. 370). Inclusi-ve, segundo estudos realizadospelo próprio governo, constata-seque, ainda que a quantidade deeducação escolar tenha aumenta-do, a sua qualidade em geral des-cendeu nestes últimos anos. Nes-te sentido, a Mensagem do Papaé muito útil, pois propõe algo quese necessita reforçar.

- O que recomendaria a pais,mães e educadores, perante a

omnipresença dos meios de co-municação?

- Pe. Martinez: Não é conve-niente deixar os filhos sozinhos nafrente da televisão. Convém queestejam acompanhados, preferen-temente por seus pais, durante omaior tempo possível, responden-do às suas perguntas, orientando-os, explicando o que vêem. Osmeios são uma grande oportuni-dade para que os pais se relacio-nem melhor com os filhos. Deve-mos dar-lhes o que mais nos cus-ta, mas que é o que mais valorizao nosso tempo.

Mas nas refeições não é acon-selhável ligar a televisão. É me-lhor aproveitar esse momento paraque os filhos contem o que fazem,o que estudam, que se comuni-quem entre si e com os pais. Ointercâmbio dialógico e partici-pativo torna-se essencial hoje emdia. Assim, o conhecimento éconstruído numa interação entrepais e filhos, os próprios filhos dãosentido ao que aprendem.

sonora e menos correcta do pon-to de vista da língua, o respeitopela ‘outridade’ do outro é fun-damental para se poder realizar aexperiência de encontro. É que apessoa humana jamais pode serreduzida a um objecto que se ma-nipula e pode dominar. O outro ésempre outra pessoa distinta demim, mas tão digna como eu. Sódepois de perceber isto e respei-tar isto, posso olhar para esse ou-tro como alguém que me inter-pela e com o qual me posso en-