Revista de Domingo nº 539

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Revista semanal do Jornal de Fato

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Jornal de Fato | DOMINGO, 18 de novembro de 2012

ao leitor

• Edição – C&S Assessoria de Comunicação• Editor-geral – Wil liam Rob son• Dia gra ma ção – Rick Waekmann• Projeto Gráfico – Augusto Paiva• Im pres são – Grá fi ca De Fa to• Re vi são – Gilcileno Amorim e Stella Sâmia• Fotos – Carlos Costa, Marcos Garcia, Cezar Alves e Marcelo Bento• In fo grá fi cos – Neto Silva

Re da ção, pu bli ci da de e cor res pon dên cia

Av. Rio Bran co, 2203 – Mos so ró (RN)Fo nes: (0xx84) 3323-8900/8909Si te: www.de fa to.com/do min goE-mail: re da cao@de fa to.com

Do MiN go é uma pu bli ca ção se ma nal do Jor nal de Fa to. Não po de ser ven di da se pa ra da men te.

Oartista plástico e escultor Marcelo Amarelo está na capa desta edição com um propósito. Ele pede que se respeite a lei municipal que obriga a in-

clusão de obras de arte em construções igual ou superior a mil metros quadrados. A exposição Ecolibre, esculturas pa-ra artes e jardins, é resultado de um trabalho sensorial so-bre a geometria da cidade e que faz contraponto às retas que delineiam o futuro arquitetônico da cidade. Contra o cinza e o concreto que reelaboram a célula mater da polis, o artista oferece as opções do efêmero para contemplação e o equilíbrio - entre o necessário e o que nos faz pensar.

A Revista desta semana também traz entrevista com Serjane Lobato e sua coleção de livros infantis “Conte Mais Uma”, que acaba de ser lançado pela Base Editora de Curi-tiba (PR), com excelente qualidade.

Tem ainda matéria com a programação que antecede o Dia da Consciência Negra em Mossoró, realizado pelas Uni-versidade do Estado do RN (UERN) e Universidade Federal Rural (UFERSA).

Colunas e artigos interessantes sempre finalizando com uma receita prática e deliciosa, a sua revista de variedades lhe deixa começar a semana muito bem!

Boa leitura!

editorial

Arte de Marcelo Amarelopede passagem

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Capa

E o melhor roteiro gastronômico da cidade

Rafael Demetrius fala em trabalhando com o inimigo

Adoro comer

Coluna

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O talento de Marcelo Amarelo

A Semana da Consciência Negra em MossoróCultura

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)( Envie sugestões e críticas para oe-mail: [email protected]

Ogrande sonho de Noberto era viver na cidade grande. Nas-cido e criado ali na roça, e já

contando seus dezoito anos, não tinha jeito de se acostumar.

Mas, sem profissão e apenas saben-do assinar o nome e ler alguma coisa, soletrando, que iria fazer na capital? Era o que lhe falava a mãe.

A única oportunidade seria quando fosse convocado para o serviço militar, não pediria para ser dispensado por ser arrimo de família, como fora o caso de alguns rapazes dali, pensava. Arranjaria um jeito de ficar em Natal, quando fosse dispensado.

Seria a sua vez de procurar arranjar-se na vida, um emprego qualquer. Moço e forte, o que não lhe faltava era dispo-sição para qualquer trabalho. Não queria era voltar mais para aquele buraco. Não se acostumava.

Não queria era morrer ali, lutando com bichos, ou no cabo de uma enxada. Faria de tudo para ficar em Natal.

Chegou o tempo de servir, e foi apre-sentar-se na capital, levado por um tio que já conhecia Natal de muitas viagens.Feito o exame de saúde, tudo perfeito,

O manequim

JOSÉ NICODEMOS*

conto

foi engajado. Não tinha fé com a farda verde-oliva. Agora sentia-se gente. .

Com pouco já sabia andar sem difi-culdade cidade a cima, cidade a baixo. .

Quando foi um dia, que foi uma tarde, ao passar ali pela Rio Branco, esquina com Princesa Isabel, deu com olhos nu-ma jovem muito bonita, loura e de olhos azuis, numa loja de modas, a fitá-lo num sorriso como ainda não vira em sua vida. Olhou em redor, precavido, era mesmo para ele aquele sorriso enamorado.

Apaixonou-se. Andou um bom pedaço, voltou pela

mesma calçada. A loja já tinha fechado. De noite, não pôde dormir um instante, aque-le sorriso dentro dos seus olhos. Era mes-mo para ele, não podia ter dúvida alguma.

Pela aparência, moça de boa família.Amanheceu com aquilo na cabeça, o

coração ansioso. Onde poderia encontrar aquela jovem tão bonita e que lhe sorri-ra com tanta revelação de alma enamo-rada?

Não disse nada aos companheiros de farda, poderiam zombar dele, feio e ma-tuto, ainda um simples soldado raso. Pensou, de si para si.

De tarde, de folga, voltou a passar de frente à dita loja, e lá estava ela, a linda moça loura e de olhos azuis, a oferecer-lhe o mesmo sorriso, nos lábios verme-lhos e nos olhos azuis. Dirigiu-se a ela, a pretexto de qualquer coisa, o coração como se quisesse sair-lhe pela boca.

Era um manequim.

De tarde, de folga, voltou a passar de frente à dita loja, e lá estava ela, a linda moça loura e de olhos azuis, a oferecer-lhe o mesmo sorriso, nos lábios vermelhos e nos olhos azuis.

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entrevista

SERJANE LOBATO

Por Izaíra ThalitaPara a Revista Domingo

Cinco livros e boas histórias

DOMINGO – Como nasceu a ideia de fazer livros voltados para as crianças?

SERJANE LOBATO – Cresci fascina-da por livros. Minha infância foi lendo Monteiro Lobato. Quando comecei a trabalhar em educação, como pedago-ga, passei a ler livros direcionados para o aperfeiçoamento de minha profissão. Na época que escrevi estudava os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) com afinco e, em contrapartida, lia os livros que dispúnhamos na biblioteca para as crianças. Discutia com os pro-fessores como o material vindo do MEC era rico em conteúdo e qualidade, mas, muitos tinham dificuldade na interpre-tação dos mesmos. Já os livros infantis, tinham muitos deles bons, mas, falta-vam ainda alguns que falassem dos va-lores e atitudes pertinentes à formação da verdadeira cidadania. Tive a ideia

Uma vaca discriminada por ser policial, um porco que não gostava de tomar banho, um gato que adoece depois de tomar água suja de uma lagoa, um leão que sofre pelo preconceito de outros animais e um peru que não conse-

guia acordar cedo e ir para a escola. Estes são os personagens centrais dos cinco livros infantis da Coleção ”Conte Mais Uma”, de autoria da supervisora escolar mossoroense Serjane Lobato, que a Base Editorial, de Curitiba (PR), acaba de lançar a realização de um desejo antigo seu. Três destes cinco livros já estão inseridos entre os paradidáticos. Serjane possui graduação em Pedagogia pela Uni-versidade do Estado do Rio Grande do Norte (1990), com Especia-lização em Psicologia Escolar e da Aprendizagem e Especialização em Formação de Professores. Atualmente, é supervisora escolar da Prefeitura de Mossoró e do Governo do Estado. Nesta conversa, ela fala sobre a coleção “Conte Mais Uma”, que também será dis-ponibilizada à venda em Mossoró.

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então de juntar as duas coisas: PCNs e livros infantis para que professores, alunos e família trabalhassem com as crianças de forma clara e lúdica temas tão importantes para uma educação de qualidade.

QUAIS são os títulos das histórias e o que cada uma trabalha?

CADA história tem o objetivo funda-mental de facilitar atividades expressi-vas, em que a criança possa conhecer melhor o tema abordado, divertir-se, brincar e alegrar-se com as descober-tas. O livro “Tonico é hora de acordar!” ajuda a inspirar valores para uma boa convivência social. “Luca o leão verme-lho” trabalha a importância de conviver entre grupos diferenciados sem pre-conceito ou discriminação. Em “Amigos da natureza” trabalhamos a temática do meio ambiente, para que as crian-ças possam refletir sobre a qualidade de vida que se deseja. “O aniversário do porco Joca” ajuda a compreender e motivar atitudes que valorizem a saú-de individual e coletiva e em “Noca a vaca policial” ajudamos a refletir sobre os padrões de gênero, o que homens e mulheres podem e devem fazer por se-rem homens e mulheres.

FALE sobre a base pedagógica com que os livros foram montados.

OS LIVROS são baseados nos Parâ-metros Curriculares Nacionais (temas transversais: Ética, Pluralidade Cultu-ral, Meio Ambiente, Saúde e Orienta-ção Sexual).

COMO foram escolhidos os temas?DEVIDO à relevância dos temas, sua

complexidade envolvendo a problemá-tica social, cultural e étnica existente em nossa sociedade e a dificuldade da abordagem dos mesmos de forma sim-ples e lúdica.

COMO as gravuras foram escolhidas para a faixa etária do público alvo?

UM DOS principais atrativos para leitura infantil é o encanto que o livro proporciona. Um dos estímulos, além da história transmitida, são os recursos vi-suais das ilustrações. Quanto mais atra-tivo, melhor para desenvolver a imagi-nação e o fascínio de quem está lendo.

QUAIS as dificuldades iniciais do projeto?

COM certeza, a principal dificulda-de é encontrar uma editora disposta a aceitar o projeto de publicação da obra.

COMO está sendo a divulgação desse trabalho?

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entrevista

ESTÁ sendo feita inicialmente no Sul, onde a Base Editora tem sua sede, e aqui no Rio Grande do Norte onde moro, através de rádios, jornais, tele-visão, internet e mostrando o material nas escolas.

QUAIS as perspectivas de esse proje-to ser implantado nas escolas públicas?

A PRINCIPAL missão da Editora Base é dar ao aluno da rede pública ou da rede particular de ensino a oportu-nidade de acesso à educação de qua-lidade. Para isso, ela desenvolve uma proposta pedagógica traduzida em material didático, cursos de capacita-ção, palestras, entre outras atividades que integram as ações da família e da escola na formação da criança para o efetivo exercício da cidadania. Por isso, acredito que em breve teremos a mi-nha coleção "Conte Mais Uma" nas es-colas, pois a mesma tem um conteúdo enriquecedor para complementar as disciplinas básicas.

QUAL é a faixa etária indicada para a coleção?

A FAIXA etária pensada inicialmen-te para a leitura dos livros é de 0 a 10 anos. O interesse pela leitura deve ser estimulado desde os primeiros sinais de vida. Os livros são coloridos, com diálogos breves de fácil entendimento. Pensei até os 10 anos, pois nessa fase as crianças ainda estão consolidan-do hábitos e os livros proporcionam a contextualização do imaginário com o mundo real de forma prazerosa atra-vés das mensagens deixadas. Isso não quer dizer que outras faixas etárias não vão apreciar a leitura.

COMO será a venda em Mossoró?SIM, aqui em Mossoró e em Natal

a Livraria Independência é que fará a venda. Mas, quem tiver interesse também pode acessar o site da edito-ra – http://www.baseeditorial.com.br/. Gostaria de dizer que estou emociona-da, mas, principalmente muito agrade-cida a todos que acreditaram no meu potencial. Aos meus pais, meu marido, meus filhos e sobrinhos filhos, meus irmãos, enfim, a toda minha família e amigos por essa conquista.

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cultura

Jornal de Fato | DOMINGO, 18 de novembro de 2012

negraNa semana em que se lembra a consciência negra, universidades realizam atividades culturais e de

esclarecimento à comunidade para ressaltar elementos da cultura afro-brasileira e ajudar a reduzir o preconceito

)) Ensaios da companhia estão acontecendo na Escola de ArtesConsciência

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cultura

Adívida que se tem em relação à população negra no Brasil é histórica e o preconceito não só

existe como ainda é motivo.Mas é certo que há muitas conquistas

a serem lembradas e muitas outras ain-da a alcançar. Por esse emotivo, o Dia Nacional da Consciência Negra, celebra-do no próximo dia 20, é uma data impor-tante para os que lutam por uma igual-dade plena de direitos a todos os cida-dãos, independente de raça, cor ou reli-gião. Passos importantes estão sendo tomados neste caminho, pois nas escolas brasileiras já é obrigatória a inclusão de disciplinas e conteúdos que visam estu-dar a história da África e a cultura afro-brasileira.

Neste sentido, é através da educação que militantes do movimento negro jun-tamente com professores e pesquisado-res da academia se unem para a realiza-ção de uma programação permeada de discussões importantes e ações culturais para trazer mais esclarecimentos sobre a cultura afro-brasileira.

O Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB) e o Grupo de Estudos Culturais (GRUESC), ligados ao Departamento de Ciências Sociais da Universidade do Es-tado do Rio Grande do Norte (UERN), iniciam a programação na próxima terça-feira, 20, com a saudação ao Baobá às 17h, na praça Cícero Dias, em frente ao Teatro Dix-huit Rosado, aberto ao públi-co.

Na quarta-feira, 21, a programação vai ocorrer em duas escolas públicas do Estado. No Centro de Educação Integra-da Professor Eliseu Viana (CEIPEV), às 9h30, e na Escola Estadual Moreira Dias, às 15h, voltada para o corpo escolar, e ambas contarão com exposição de obje-tos religiosos do candomblé e dos terrei-ros, dança do afoxé, apresentação de teatro com a temática da consciência ne-gra e palestra dos integrantes desse mo-vimento em Mossoró.

O núcleo também prepara o IV Coló-quio sobre Questões Étnico raciais do Nordeste Brasileiro, que ocorrerá nos dias 3 e 4 de dezembro com palestras, oficinas e minicursos para estudantes e pesquisa-dores interessados na temática.

UFERSAA Universidade Federal Rural do Se-

miárido (UFERSA) realizará a programa-ção alusiva ao Dia da Consciência Negra, no próximo dia 27. A programação ini-ciará às 19h30, com a abertura pelo rei-tor da Ufersa, professor José de Arimatea de Matos, do pró-reitor de Extensão e Cultura, prof. Luiz Augusto Vieira Cor-deiro, e do pró-reitor de graduação prof.

Augusto Carlos Pavão no auditório do CTARN, campus leste, Mossoró. Na se-quência, haverá uma roda cultural com a participação dos jovens do "Grupo Le-gião Brasileira de Capoeira e do Hip Hop - The Chazy Dance" - jovens do Grupo de Mulheres em Ação, do bairro Nova Vida, com a mediação da professora Goretti Filgueira. A programação encerrará com uma roda de diálogo sobre a temática "Formação e protagonismo de jovens ne-gros e negras," que será mediada pelo administrador Júlio César Rodrigues de Sousa e diálogos entre o educador de capoeira Almino Santos da Silva, o jor-nalista e pesquisador em estudos da mí-dia William Robson, o cientista social Heriberto Sousa, a professora Ady Ca-nário, bem como todos os presentes.

“O momento do Dia da Consciência Negra marca a lembrança, luta e resis-tência da população negra e oportuniza uma reflexão das políticas de promoção da igualdade étnico-racial, identidades sociais e a cultura afro-brasileira para a construção do Brasil”, explica Ady Caná-rio, uma das organizadoras do evento na Ufersa.

A programação é gratuita e aberta à participação de toda a comunidade do ensino superior, da educação básica e movimentos sociais de Mossoró e região, interessados na temática. Será concedi-da certificação aos participantes.

POR QUE A DATA? A data de 20 de novembro como Dia

da Consciência Negra foi estabelecida pelo projeto de lei 10.639 de 9 de janei-

ro de 2003. 20 de novembro foi escolhi-do porque foi na referida data, do ano de 1695, que morreu Zumbi, líder do Qui-lombo dos Palmares. A homenagem a Zumbi é considerada mais do que justa, pois esse personagem histórico repre-senta a luta do negro contra a escravidão no período do Brasil Colonial. Ele morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos representa-vam uma resistência ao sistema escra-vista e também uma forma coletiva de manutenção da cultura africana no Bra-sil. Zumbi lutou até a morte por esta cul-tura e pela liberdade do seu povo.

A criação desta data foi importante, pois serve como um momento de cons-cientização e reflexão sobre a importân-cia da cultura e do povo africano na for-mação da cultura nacional. Os negros africanos colaboraram muito durante a história do Brasil, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos do país. É um dia que deve comemorar nas escolas, nos espaços culturais e em ou-tros locais, valorizando a cultura afro-brasileira.

Vale dizer também que sempre ocor-reu uma valorização dos personagens históricos de cor branca. Como se a his-tória do Brasil tivesse sido construída somente pelos europeus e seus descen-dentes. Imperadores, navegadores, ban-deirantes, líderes militares entre outros foram sempre considerados heróis na-cionais. Daí, lembrar a data é valorizar um líder negro na história do Brasil e abrir espaço que outros também sejam lembrados.

)) Aspectos da religiosidade afro serão trabalhados em escolas estaduais, como forma de esclarecer e reduzir o preconceito

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8 Jornal de Fato | DOMINGO, 18 de novembro de 2012

arte urbana

LIBERDADE

Escultor e artista plástico Marcelo Amarelo prepara exposição para edifícios e jardins, chamando atenção para a lei municipal

que obriga a colocação de uma obra de arte em toda construção igual ou superior a mil metros quadrados

da forma

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arte urbana

ASerá a arte um delírio dos deu-ses ou um capricho dos ho-mens? Nunca saberemos, mas,

independente do que seja, a arte é obri-gatória em Mossoró. A terra do Chuva de Bala, do Cidade Junina e do Alto da Liberdade também se preocupa com o visual. Para isso, foi instituída uma Lei Municipal que obriga a inclusão de obra de arte em qualquer construção igual ou superior a mil metros quadrados. A pro-

posta visa reduzir o cinza do concreto que deixa a cidade impessoal. A medida está em voga, mas são poucos os artistas que atentaram para essa questão, um deles é Marcelo Amarelo, que preparou uma exposição para lembrar às constru-toras e arquitetos dessa obrigação.

Irrequieto e bastante disputado, Amarelo decidiu investir na escultura para edifícios e jardins. Parece comer-cial, mas é apenas um simulacro. Por

traz da visão empreendedora, esconde-se um artista em eclosão. A exposição Ecolibre será aberta no dia 22 de novem-bro, às 19h, no espaço Quintal de Casa, na Frei Miguelinho, 1155, bairro Nova Betânia. O evento será direcionado para arquitetos e construtores, mas deve ser visitado por toda a população que defen-de a inclusão da arte na urbanidade da cidade. Estão confirmados artistas plás-ticos, jornalistas, músicos e militantes artistas. A cantora Kekelly Lira dará uma canja para fechar a noite.

Grafiteiro, escultor e performista, Marcelo Amarelo precisa expor as for-mas de sua arte como complemento da vida urbana moderna. Usando ferro e resina, ele passeia entre o futurismo e a geometria numa clara elucidação das formas. “Tento construir algo que repre-sente alma da cidade, visual e espiritu-almente através da forma”, afirma.

Entre os preferidos dos arquitetos, o artista se destaca por alcançar a aura do projeto arquitetônico e atender as ex-pectativas artísticas de quem planeja. Quem confirma isso é o arquiteto Dorian Jorge Freire Neto. “Ele concretizou uma ideia que tinha, tinha um objetivo e ele tornou real”, abona. Defensor da Lei que obriga artes em grandes construções, Dorian destaca a necessidade da obra de arte na complementação do projeto ar-quitetônico. “Uma parede sem arte é uma parede nua”, disse.

AMARELOO artista plástico Marcelo Amarelo

ganhou notabilidade no meio cultural pelas suas habilidades inusitadas para a criação, no mais puro sentido da pala-vra. Natural de Mossoró/RN, o artista de 33 anos tem acumulado vasta experiên-cia ao longo dos 18 anos de dedicação integral às artes, das mais variadas ex-pressões e linguagens.

Seu primeiro contato com o universo das cores e com a plasticidade das for-mas foi através do grafite, estilo que acabou por levar o artista a enveredar pela arte contemporânea, onde passeia pelos diversos estilos de arte, como a escultura, instalação, intervenção urba-na, pintura, performance, entre outros, produzindo trabalhos que cada vez mais convidam a uma profunda conscientiza-ção.

Já realizou duas exposições indivi-duais na cidade de Mossoró/RN, a pri-meira “Dobraduras de Liberdade” em Outubro de 2009, e a segunda “Cor...promisso” realizada em Maio de 2010. Participou como artista convidado da Feira Contemporânea de Arquitetura CASAMIX de Mossoró nas edições 2010/2011.

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musicaisPossibilidades

Nesta semana, o Conservatório de Música D'alva Stella Nogueira realiza seu I Festival de Música com opções variadas

para quem quer aprimorar seu conhecimento na arte

música

Apresença da música no cotidia-no das pessoas é envolvente de tal forma que influencia muitas

delas a estudar um instrumento musi-cal.

A grande procura pela arte musical é uma realidade constante na cidade de Mossoró, também devido a uma eferves-cência no âmbito cultural, especifica-mente na área musical, que serve de estímulo aos que se interessam em atu-ar profissionalmente. Isso pode ser per-

cebido diante da grande procura pelo curso de Música oferecido no Conserva-tório de Música D’Alva Stella Nogueira Freire, pioneiro no ensino formal de mú-sica na região do Alto-Oeste potiguar e que, a cada ano, atrai interessados de diversas cidades circunvizinhas e até de Estados vizinhos em aprender música.

O conservatório desenvolve diversas atividades envolvendo ensino, produ-ções artísticas e de incentivo ao desen-volvimento musical de seus alunos.

Por observar essa demanda crescen-te e mesmo a necessidade de trazer coi-sas novas, o Conservatório de Música realiza nesta semana o seu I Festival de Música.

“O principal objetivo deste festival é o de desenvolver e promover a prática musical em suas mais variadas possibi-lidades”, explica Isac Rufino.

Durante o festival serão oferecidos masterclass, oficinas, minicursos, prá-ticas de conjunto e recitais. O evento é

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# I FESTIVAL DE MÚSICA DO CONSERVATÓRIO – UERN

08:00/10:00 08:00/10:00 08:00 11:00

16:00/18:00 16:00/18:00

19:30 22:00 19:30 22:00 20:00

13:30/15:30 13:30/15:30

13:30 16:30

18:00/19:20 18:00/19:20 18:00

MusicalizaçãoMusicalizaçãoMASTERCLASS

ENSAIOS(à programar)

SEGUNDA (19/11) TERÇA (20/11) QUARTA (21/11)

MASTERCLASS MASTERCLASS

PRÁTICA DE CONJUNTO PRÁTICA DE CONJUNTO CONCERTOTEATRO DIX-HUIT

MINICURSOSe Musicalização

MINICURSOSe Musicalização

ENSAIOS(à programar)

ABERTURAApresentação Musical

RECITALCONSERVATÓRIO

RECITAL – TEATRO (resultado das práticas de conjunto)

destinado para os alunos do conservató-rio e demais músicos interessados.

PRÁTICAS DE CONJUNTOE MASTERCLASSDentro do festival, as práticas de con-

junto serão realizadas nos dias de segun-da e terça-feira, com recital na quarta, às 18h. A Prática de Conjunto visa de-senvolver aspectos interpretativos e téc-nicos aplicados conforme o gênero do grupo e o estilo musical. Serão trabalha-dos em forma de ensaios repertórios es-pecíficos para o desenvolvimento das respectivas oficinas. Podem participar instrumentistas que tenham leitura mu-sical básica.

Já o Masterclass será realizado das 16h às 18h (segunda e terça) e das 8h às 10h (terça e quarta). Serão aulas em gru-po com orientações feitas com um aluno por vez, enquanto os demais observam.

O aluno participante deve ter uma peça já preparada para tocar, a qual será corrigida e aperfeiçoada. Poderão parti-cipar somente alunos dos instrumentos: palhetas (saxofone/clarinete) com o pro-fessor dr. Eugênio Graça; guitarra com o prof. MS. Marcos Rosa; violino/viola com o prof. MS. Ronedilk Dantas; piano com o prof. dr. Tarcísio Gomes; metais (trom-

)) Festival é direcionado a alunos e interessados em música

pete, trompa, trombone, bombardino, tuba) - prof. dr. Frank Jardilino; percus-são popular - prof. Kleber Moreira; per-cussão erudita - prof. João Paulino; con-trabaixo elétrico - prof. Filipe Morais.

“Esta será uma grande oportunidade que o Conservatório de Música abre com um leque de aperfeiçoamento para a for-mação de grandes profissionais na área”, completa Rufino.

Apresentações - Abertas ao público em geral.Recital de Abertura – 19/11 às 18hRecital de Professores Convidados - 20/11 às 18hRecital no Teatro – Práticas de Conjunto (Resultados) 21/11 às 18hConcerto alusivo ao dia da música – 21/11 as 20:00h (Teatro Municipal Dix-huit)

música

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RAFAEL DEMETRIUS

sua carreira

A META está com inscrições abertas para o Curso de Auditor Líder da Qualidade, que será de 26 a 30/11/2012. Faça já sua inscrição no 3314-1024 ou mande um e-mail para [email protected].

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x

O relacionamento é um dos pontos mais delicados dentro das empresas. Quem é que consegue se dar bem com todas as pessoas? Todos têm histórias de chefes, cole-

gas ou parceiros que tentaram prejudicar ou influenciar nega-tivamente a imagem de outras pessoas no trabalho. O que falta na maioria das situações é maturidade. As pessoas costumam “meter os pés pelas mãos” e transformar uma situação profis-sional em um problema pessoal. Ofensas são trocadas, os ânimos se exaltam e o caso se torna muito mais complexo de ser resol-vido porque as pessoas tomam partido e complicam a cena. Se existe, ou já existiu pelo menos uma dessas situações em seu trabalho, com uma pessoa desagradável, saiba que essa é uma reclamação de 10 entre 10 profissionais. Por mais que afinida-des existam dentro de uma mesma área, somos todos diferentes – em cultura, educação, perspectivas, desejos… Posto que não exista lugar ideal, onde todos são amigos e jamais há conflitos, a única forma de vivermos em paz é exercitando a tolerância e a assertividade. E diante dessa realidade, o que fazer para con-viver no trabalho com uma pessoa que não é nada agradável? Simples dicas poderão te ajudar, confira.

Mude de perspectivaVeja seu “inimigo” como outro ser humano. Ele pode ser muito desa-gradável no escritório, mas fora desse ambiente é uma pessoa agra-dável que, como você, possui erros e qualidades, problemas pessoais e estresse. Pense nisso especialmente quando houver conflitos, pois nessas horas só pensamos em nossa opinião e perspectiva.

Respire fundoNão deixe a raiva dominar você. Quando ouvir algo desagradável, respire fundo, vá tomar uma água. Só depois de analisar bem a situ-ação, pense no que fazer. Não ignore o problema, nem a pessoa. Ape-nas se lembre de que ações precipitadas podem prejudicar você.

Elogios em público e críticas em particularÉ difícil encontrar alguém que jamais tenha ignorado o primeiro item. Isso, no entanto, deve ser evitado a todo custo.Se achar que uma conversa é a melhor opção, espere a cabeça esfriar e convide a pessoa para um local reservado. Lembre-se sempre de que elogios podem ser feitos em público; críticas, jamais.

Alerte com jeitinhoAs pessoas normalmente não têm consciência de qual atitude irrita os outros – mascar chiclete fazendo barulho, bater os pés incansa-

Trabalhando com o

inimigo

velmente ou até gritar sem motivo com os colegas, por exemplo. A melhor saída para esses casos é o jeitinho. Diga à pessoa de forma discreta – e até bem humorada, se for o caso – que tal hábito tira a sua concentração ou não é muito bacana. Não deixe que pequenas coisas ganhem grandes proporções. Às vezes, problemas sérios de relacionamento começam por bobagens.

Conflito de opiniõesÉ comum termos atritos com alguém simplesmente pelo fato de defendermos opiniões diferentes. Aí entra a tolerância. Você tem o direito de pensar o que quiser. O outro também. E as empresas precisam de pessoas com perfis diferentes para alcançarem o equi-líbrio. É importante, por exemplo, ter alguém com um olhar mais humanista diante das ações a serem tomadas; e outro profissional mais prático, que jamais vai se esquecer que um dos maiores obje-tivos da empresa é o lucro. Lembre-se que temos que aceitar todas as opiniões, concordar ou não é outra história.

Esqueça o rótulo de vilão e vítimaTente compreender o colega, o contexto em que ele vive e os valo-res que tem. As pessoas difíceis normalmente esperam que as outras ajam do jeito que elas querem. Ao descobrir a origem disso, você começa a prever o comportamento dela e a desenvolver uma ma-neira de lidar com ela. Compreenda a razão que faz seu colega agir de maneira errada, compreendendo a razão fica mais fácil entender o colega e trabalhar junto uma alternativa para o comportamento indesejado.

EspelhamentoSerá que você também é uma pessoa difícil? Será que você não pos-suí algo que incomoda os outros? Para saber, você precisa se autoa-valiar. O primeiro passo é simplesmente parar de acusar que o outro está sempre errado, e que você está sempre certo. Tente se conhecer melhor, exercite o domínio próprio e mostre os seus valores. Quem sabe assim você não encontra algo a melhorar em você?

Faça do outro jeitoPode parecer simples, mas é quase impossível. Abra mão da razão e faça do jeito que seu inimigo quer. O máximo que pode acontecer é que ele estará errado e você poderá falar, “tudo bem, tentamos do seu jeito, agora faremos do meu”.

Peça ajudaSe você estiver esgotado, depois de já ter tentado de tudo, re-corra a um apoio. Converse com o superior responsável ou com o RH da empresa. Às vezes, uma intervenção vinda de cima é necessária. Seja discreto para não ser mal interpretado. Se outros colegas tiverem as mesmas queixas em relação à “pessoa difícil”, o ideal é que o grupo leve a situação a uma instância superior e tente resolvê-la.

Se supereTodas as dicas podem ser resumidas em uma única frase: supere a si mesmo. As coisas não são só sobre você e sua opinião, nem sobre o que você já fez e deixou de fazer. No fim das contas, vocês serão apenas mais duas pessoas que trabalharam na empresa. Por isso, procure sempre olhar a partir de todas as perspectivas possíveis.

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13Jornal de Fato | DOMINGO, 18 de novembro de 2012

FLÁVIO REZENDE*

Abro este presente escrito, in-formando a meus queridos leitores que minhas opiniões

expressas nestas linhas que costumo produzir geralmente não são baseadas em pesquisas nem em coisas profun-das.

Sempre fui muito intuitivo e, o que faço aqui, é apenas tornar público aque-las matutadas que todos nós costuma-mos ter das coisas da vida, compartilhan-do o ângulo que tenho dos fatos, nunca tencionando passar que estou com a ra-zão, mas, não deixando de opinar, pois considero saudável este lado do ser hu-mano de mostrar a maneira como viven-cia as coisas da vida.

Quem externaliza desta maneira su-as observações, corre o risco de ser con-testado e até de ler coisas bem pesadas, além de alguns que ficam brabos e pe-dem para que não envie mais meus tex-tos.

Nada disso tem problemas, tudo que escrevi até hoje não me rendeu nenhuma prisão, nenhum processo e, procuro edu-cadamente entender determinadas po-sições contrárias, tendo até alguns que condenaram minha liberdade de expres-sar opinião.

Os maiores problemas ocorrem quando toco na importância dos milita-res ajudarem os civis na questão da se-gurança interna e, quando deixo trans-parecer carinho com gurus indianos e certa familiaridade com o hinduísmo. Alguns leitores muito ligados aos dog-mas cristãos chegam a dizer coisas nem um pouco evangélicas quando leem li-nhas que não batem muito com suas crenças pessoais.

Tive ainda problemas quando escre-vi sobre o tom a mais que damos a nossa alegria por ocasião das fotos que tiramos em eventos diversos, principalmente

O público elogiado e o privado desconfiado )(

quando as colunas sociais publicam mui-tas películas com estas alegrias mais exaltadas, causando incômodo em algu-mas pessoas. Era na verdade uma refle-xão mais pessoal que uma crítica às co-lunas e/ou colunistas, mas, teve reação, principalmente de uma colunista do in-terior, que pediu para não enviar mais nada que ela não publicaria, afirmando que sempre divulgava tudo que eu man-dava, mas que agora, não abriria mais espaço para meu trabalho de assessoria de imprensa por causa do artigo. Paciên-cia, uma jornalista não aceitar a exposi-ção da uma opinião de um colega, é me-lhor que fique com seu espaço sem mi-nhas informações.

Bem, o começo contém um assunto, mas o artigo termina com outro, tendo apenas introduzido a questão acima, pa-ra reforçar que o que vou aqui colocar, não tem base em nenhuma tese, que não seja minha própria vivência.

Tenho observado que as pessoas e empresários valorizam muito o ensino e os alunos que são formados nas univer-sidades federais, chamadas de públicas. O mesmo não acontece quando a pessoa vem de uma privada. Quando a origem é uma universidade federal, elogia-se, confia-se na formação daquele sujeito. Quando a pessoa diz que foi diplomada por uma entidade acadêmica privada, ficamos logo desconfiando e interna-mente pensando: pagou/passou. O inte-ressante é que o ensino público até a universidade é um fiasco, já o superior, é um primor. O contrário acontece no privado, com ensino altamente elogiado até a universidade e, no mais alto nível, muita desconfiança.

Pensei isso lendo o artigo de uma pro-fessora sobre o Enem, onde ela dizia que os candidatos queriam na verdade era o acesso gratuito a um ensino reconhecido

e que, uma vez formados em universi-dades públicas, conseguiriam com mais facilidade realizar seus sonhos de acesso a empregos mais saudáveis em todos os sentidos.

De fato, trabalho numa universidade pública e sinto muito otimismo e bem-estar dentro dela, já nas privadas, ronda certo clima de relação de forças, não sei, o tema nos remete a várias reflexões, mas, num mar de incompetência muito presente em vários setores do serviço público é no mínimo reconfortante saber que uma das ilhas de excelência, é jus-tamente um dos setores importantes da vida nacional, o ensino superior.

Só nos resta torcer para que isso tam-bém possa descer e contaminar, no bom sentido, os demais níveis, elevando as-sim a aura nacional e engrandecendo seu povo, pelo que temos de mais sublime, a informação que ilumina a inteligência e obscurece a ignorância.

* Flávio Rezende é escritor, jornalista e ativista social em Natal ([email protected])

artigo

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Page 14: Revista de Domingo nº 539

No final de semana passado, no Requinte Buffet, tive o prazer de comparecer ao casamento do amigo, e chefinho na Quixote, Fábio Queiroz. Com a equipe Quixote em peso, a noite foi excelente e a festa perfeita nos seus detalhes, especialmente no cardápio. Vários tipos de docinhos, orga-nização impecável e o noivo chorando rios de lágrimas en-quanto a noiva entrava. Uma ótima sacada da organização do evento foi disponibilizar um pequeno menu com todas as comidas da noite. Especialmente para os blogueiros de gastronomia, foi um prato cheio! Entre os destaques, esta-vam o roll de queijo de búfala com tomate seco, canollo do sertão, camarão são luiz, penne à putanesca entre outras delícias. Mas o melhor da noite, sem dúvida, foi a mesa dos doces. Entre os destaques, ficaram os mini cheesecakes de maracujá e morango, as pirâmides de chocolate, e uvas co-bertas de chocolate. Parabéns aos noivos e ao buffet!

Já ouvi, em conversas de boteco e até na mesa do almoço diário, as pessoas comentando que não sabem nem tem noção de como se organiza uma mesa para uma refeição formal. Pra facilitar a vida de todos, trouxe este gráfico que esclarece de vez o assunto.

Parece que vale tudo na hora de buscar a perfeição. O que muita gente deixa de lado é que na hora do preparo da co-mida, existem várias coisinhas que podem ser feitas para deixar tudo mais saudável e não se trata só da comida não. O site All Women Stalk fez uma lista com algumas dicas para tudo ser mais saudável na sua vida.

todo mundo prefere a comida salgada, embora seja lógico que muito sal prejudica a saúde. Tente passar um tempo sem consumi-lo. Garanto que você se acostumará e nem sentirá falta. Caso seja radical demais, substitua pelo sal de ervas.

Quando em altas temperaturas, o metal que se desprende da panela é superprejudicial, podendo causar, em longo prazo, demência e Alzheimer.

Sabia que não é necessário colocar uma colher de manteiga para fritar um único ovo? Você pode substituir a manteiga/margarina em bolos, pães etc. por iogurte natural ou purê de frutas. Além de mais saudável, várias calorias vão embora

tudo demais é veneno. Quando a carne está passada demais ou de menos (quase com o boi mugindo no prato) não é um bom sinal. Escolha um meio termo, talvez grelhar ou assar. Lembre-se também que o consumo de carnes brancas é mais indicado.

Dessa forma os vegetais não perdem os nutrientes nem a cor, dando o colorido e a vida ao prato.

Quando for untar os refratários e panelas para bolos e tortas, que tal substituir a manteiga por azeite no borrifador? Des-perdiça bem menos e ainda é mais saudável

Prefira vidro e cerâmica e, se for usar plástico, fique ligado na qualidade do mesmo

É tão óbvio que não precisa mencionar. Mas muita gente não faz. Você sabia que cada alimento requer uma tábua diferente para cortar cada tipo de alimento? Sabia que a bucha que você lava a louça NÃO pode ser usada para limpar a pia? Pois é. Óbvio, óbvio, óbvio, mas uma galera não faz.

Comemoração

Como arrumar a mesa

Hábitos saudáveis ao cozinhar

Diminuir o sal e usar ervas

Evitar alumínio

Reduzir o óleo

Evitar carnes bem-passadas

Cozinhar vegetais no vapor

Descarte a gordura em excesso

Segurança no micro-ondas

Higiene

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DAVI MOURA

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Aproveite e acesse o http://blogadorocomer.blogspot.com para conferir esta e outras delícias!

adoro comer

Há dois momentos distintos (e críticos) na vida de um restaurante recém-aberto. O primeiro é o seu lançamento, com muitos flashes e direito a mostrar o que tem de melhor e o segundo momento é a partir do terceiro mês, onde as coisas realmente se mostram como são. Para a felicidade dos mossoroenses, a Temakeria San cumpriu o prometido. Com casa sempre cheia, visitei novamente o local e, apesar de ter chegado atrasado para a reserva, ter levado mais gente que o solicitado e com uma turma bem barulhenta, o aten-dimento foi excelente, muito atencioso, além da comida que es-tava excepcional. O temaki veio em um tamanho menorzinho do que eu esperava, mas levo em consideração a minha gula que é maior do que o meu eu-lírico, por sinal. A peça é servida em um tamanho bom para os de estômago normal. Bônus para as peças de sushi em roll: o anúncio do cardápio numerava oito peças, mas ganhamos bônus de duas a três peças a mais em todos os pedidos. Contato (84) 3314-1538 | (84) 3316-6436. Vá e aprecie sem mod-eração, afinal, é uma comidinha saudável!

Temakeria San

Page 15: Revista de Domingo nº 539

15Jornal de Fato | DOMINGO, 18 de novembro de 2012

adoro comer

INGREDIENTES

• 1/2 xícara de azeite• 1 cebola média picada• 3 dentes de alho picados• 3 tomates picados• 2 latas de tomates pelados (tomates inteiros enlatados)• 1/2 xícara de azeitonas picadas (podem ser azeitonas vesdes ou pretas, o que for da sua preferência)• 1/2 xícara de alcaparras• 3 filés de anchovas (use apenas se você gosta)• Sal a gosto• Pimenta do reino moída na hora a gosto• 500g de penne grano duro

MODO DE FAZER

• Refogue a cebola e o alho em cerca de 4 colheres de óleo. Quando estiverem bem refogados acrescente o tomate picado. Refogue até que se desmanche bem;• Acrescente os filés de anchova, as azeitonas e as alcaparras e em seguida acrescente as duas latas de tomate pelados. O ideal para colocar o tomate pelado no molho é virar a lata em sua mão, sobre a panela, e espremer os tomates. Assim eles se desmancham em sua mão, não havendo necessidade de cortá-los;• Agora já se formou um molho bem encorpado, corrija o sal e deixe cozinhar sem tampa em fogo brando por meia hora (esse é o segredo para diminuir a acidez do molho de tomate);• Ao final do cozimento verifique o sal e acrescente a pimenta do reino. Desligue o fogo e acrescente o restante do azeite;• Cozinhe a massa na água com sal até que fique al dente (cozida, mas firme). Misture o molho com a massa e sirva.

Penne à Putanesca

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