Ano I - número 2 - solvi.com · de Manaus, que cresce de forma desestruturada e em de-sacordo com...

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Ano I - número 2 novembro de 2007 a janeiro de 2008

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Ano I - número 2novembro de 2007a janeiro de 2008

Programa Liderar abre espaço para o desenvolvimento de novos talentos no grupo

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19 Notas

A revista Solví é uma publicação trimestral interna, editada pela Gerência de RH e Comunicação do Grupo Solví. Os textos assinados por articulistas não traduzem necessariamente a visão da empresa.Presidente: Carlos Leal Villa | Diretor Técnico: Tadayuki YoshimuraDiretor de Saneamento: Masato Terada | Diretora Administrativo-Financeira: Célia FranciniGerenciamento: Carlos Balote | Coordenação: Fernanda Curcio

Edição, reportagem e textos: Nilva Bianco (MTb 514/SC)

Fotografia: Marcello Vitorino (Mtb 27.590/SP) | Projeto editorial e gráfico: Fullpress – textos, fotos & idéiasColaboradores: Carlos Alberto Júlio (artigo), Frank Maia (ilustrações) e Wagner Furtado Pimenta (fotografias)Foto de capa: Stockxpert | Impressão: Gráfica Hawaii Tiragem: 1.000 exemplares

Comentários e sugestões: Rua Bela Cintra, 967, 10º andar, Bela Vista, São Paulo, SP, CEP 01415-000 | e-mail: [email protected] www.solvi.com

Capa

OpiniãoCarlos Alberto Júlio fala sobre valor

20 Em Foco

Sumário

Solví conduz projeto de governança corporativa06 Corporativo

César Souza fala sobre a evolução do líder08 Entrevista

14 GRI e Koleta em sinergia; Loga renegocia contrato

Mercados e Negócios

SL adota evaporador de chorume no seu aterro13 Práticas de Sucesso

Empresas apóiam projetos de música em SP e RJ16Instituto Solví

Os serviços da Águas do Amazonas em Manaus04Lugares

O ano de 2007 se vai deixando um legado de muitas conquistas para todas as empresas do grupo Solví. A prosperidade nos negócios não veio ao acaso,

ela é reflexo de ações e estratégias conscientemente focadas em nossa Missão de nos tornarmos cada vez melhores e mais reconhecidos. Atingir esse objetivo envolve gestão, investimen-tos, inovação e relacionamento com os clientes. Estamos trabalhando em todas essas frentes. Na área de gestão, temos iniciativas como o projeto de governança corporativa, que envolve grande parte dos executivos da Solví, além do Pro-grama Liderar, desenvolvido a partir da constatação de que o grupo precisa de líderes em todas as áreas e níveis para ter um crescimento sustentado no futuro. Em 2007 tivemos ainda a im-plantação do sistema SAP, que unificou e deu transparência ao fluxo de informações em todas as empresas do grupo.Também ampliamos nosso escopo de atuação, com o desen-volvimento de projetos inovadores dentro da Solví Valorização Energética, que nos insere como protagonistas não apenas em uma, mas em duas áreas essenciais para o futuro do planeta: meio ambiente e valorização energética. E continuamos a investir na ampliação dos serviços com qualidade, com a consolidação do know how também na área de aterros e duas importantes rene-gociações de contrato, realizadas pela Águas do Amazonas, em Manaus, e pela Loga, em São Paulo. Ambas, de forma equilibrada,

conseguiram chegar a um bom termo com os poderes concedentes, e garantiram a ampliação dos serviços à população.Em 2008 certamente continua-remos a trilhar este caminho aberto por todos. Sabemos onde queremos chegar, e te-mos as ferramentas para plane-jar de que forma iremos chegar. Cada um de nós tem um impor-tante papel a desempenhar na construção desse futuro, onde sempre haverá espaço para os profissionais talentosos e com-prometidos. Um feliz e próspero 2008!

Carlos Leal VillaPresidente da Solví

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editorial

GRI e Koleta em sinergia; Loga renegocia contrato

Mercados e Negócios

Com a ampliação do sistema de abastecimento de água e tratamento de esgotode Manaus, a Águas do Amazonas trabalha para universalizar acesso a estes serviços

OAtlas de Desenvolvimento Humano no Brasil, publica-do em 2003, mostra que Manaus foi uma das cidades

que mais cresceu na década passada: 39%, com a chegada de 394 mil novos moradores à capital amazonense, que hoje possui aproximadamente 1,7 milhão de habitantes. Já o PIB per capita cresceu 100% entre 1999 e 2004, segundo o IBGE. Mas a prosperidade, ligada principalmente ao crescimento do pólo industrial de Manaus, não é para todos, e a cidade sofre com a desigualdade e o inchaço das periferias, onde a população não tem acesso aos serviços básicos.

“Nosso principal desafio é acompanhar a expansão de Manaus, que cresce de forma desestruturada e em de-sacordo com o Plano Diretor Urbanístico e Ambiental”, diz o presidente da Águas do Amazonas (ADA), José Lúcio Lima Machado. Segundo ele, um avanço importante nesse sen-tido foi feito em 2007, com a renegociação do contrato de concessão com a Prefeitura, ocasionado por diversos mo-tivos, entre eles a constatação de que as condições e me-tas expressas em 2000 estavam em total desacordo com a realidade encontrada. O ajuste restabeleceu o equilíbrio

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econômico-financeiro da concessão e permitiu à Águas do Amazonas comprometer-se com um plano de expansão que beneficiará cerca de 850 mil pessoas, especialmente em bairros das zonas Leste e Norte da cidade.

InvestimentosOs investimentos, compartilhados entre a empre-

sa e a Prefeitura, chegarão a R$ 160 milhões até junho de 2008 e permitirão uma expansão de infra-estrutura nunca vista em um prazo tão curto, com a ampliação do sistema de produção da Ponta do Ismael e Mauazinho em mais 2,1m3/s, a implantação de 40 quilômetros de no-vas adutoras, 11 reservatórios com capacidade total de armazenamento de 55 mil m3, perfuração de 33 poços profundos que servirão a sistemas isolados, além de 600 quilômetros de redes de distribuição e 55 mil novas ligações domiciliares, que atenderão a 250 mil habitantes sem nenhum abastecimento e regularizarão o abasteci-mento de 600 mil pessoas.

“A parte da infra-estrutura vai muito bem, tanto que

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FOTOS: MARCELLO VITORINO/FULLPRESS

adiantaremos a entrega de algumas etapas, com a das adutoras e poços, antecipando benefícios da obra”, diz o diretor de operações Edson Nusdeo, lembrando que também existem me-didas de impacto social em estudo por parte do poder concedente, como a tarifa social, que poderá beneficiar mais de 100 mil famílias.

Em 2008 a Águas do Amazonas pretende chegar a mais de 95% de cobertura em água tratada e 11% de esgoto coletado e tratado, cumprindo desta forma o programa de metas do atual contrato de concessão. “O Plano Diretor de Esgoto será revisado, e vamos investir na expansão desses serviços tão logo concluirmos as obras de expansão do sistema de abasteci-mento de água”, diz José Lúcio.

Além dos clientes residenciais, a empresa pretende ampliar os serviços prestados às indústrias de Manaus, um pólo de prosperidade que fatura cerca de US$ 24 bilhões ao ano. A Águas do Amazonas vem negociando junto à Suframa (Superintedência da Zona Franca de Manaus) o desenvolvimento de projetos e a instalação uma infra-estrutura adequada ao saneamento na zona industrial.

INICIATIVAS e CoNquISTAS dA AdA• Neutralização e controle da acidez da água do Rio Negro, por meio da construção de um Sistema de Flotação e de ajustes operacionais, aumentando a vida útil de equipamentos e tubulações.• Adequação da aparência física (cor) da água, atendendo à Portaria 518 do Ministério da Saúde, resolvendo o aspecto desagradável da água na cidade de Manaus.• Mais de 30 mil análises mensais de água realizadas para controle de qualidade.• Certificação ISO 9001, em fase de implementação da OHSAS 18000.• Implantação de múltiplos canais para atendimento ao cliente e melhoria contínua dos serviços prestados.• Revisão do planejamento estratégico e introdução de novas ferramentas gerenciais.• Investimento no desenvolvimento e qualificação de seus colaboradores.• Renegociação do contrato de concessão, com investimentos compartilhados de R$ 160 milhões para a expansão da rede de água e esgoto (R$ 60 milhões da Prefeitura e R$ 100 milhões de ADA, que já investiu cerca de R$ 63 milhões).• Realização de projetos de relacionamento com a comunidade, como o programa Portas Abertas (26 mil pessoas atendidas desde 2000), Curso de Encanador (três mil pessoas atendidas desde 2000) e palestras em locais como escolas, centros comunitários e em­presas (12 mil pessoas atendidas desde 2000).

Na foto à esquerda, operador de ETA na estação de Ponta do Ismael

Ao lado, dona Maria das Graças Vasconcelos de Souza, moradora da comunidade de Jorge Teixeira II, que passou a ter água tratada este ano

Embaixo, crianças de escola pública de Manaus em visita à estação de tratamento, no programa Portas Abertas

Possuir uma gestão transparente e mecanismos efi-cientes de controle. Esta é uma justificativa resumida

dos motivos pelos quais a Solví iniciou um projeto de go-vernança corporativa em 2007.

“Queremos melhorar o processo decisório no grupo, e um dos pontos mais importantes para que isso ocorra é o planejamento estratégico”, explica a diretoria adminis-trativo-financeira Célia Francini. Ela conta que o projeto de governança se iniciou com um diagnóstico elaborado por uma consultoria, a partir de entrevistas com cerca de 15 executivos do grupo.

O processo foi conduzido entre abril e setembro de 2007, com a realização também de seminários, nos quais a diretoria estabeleceu as prioridades e os passos a serem dados. Foram então criados grupos de trabalho, liderados pelos executivos sênior, responsáveis por atuar em cinco

grandes frentes: planejamento estratégico, formalização de reuniões e de instâncias de-cisórias, comunicação, ética e responsabilidade social (veja

quadro na página 7).

Receptividade

Cada grupo, constituído por diretores e gerentes da holding e das várias empresas, estabeleceu um plano com ações imediatas e de médio prazo. Segundo Célia, as mu-danças estão sendo bem rece-bidas pelos stakeholders (públi-cos com os quais a empresa se relaciona). “Há algum tempo as boas práticas de govern-ança corporativa fazem parte dos parâmetros estabelecidos pelo próprio mercado para que uma empresa possa, por exemplo, lançar títulos ou obter crédito”, enfatiza.

Por outro lado, a diretora cita práticas positivas que já fazem parte da realidade da Solví, como o investimento em tecnologia da informação (que culminou com a implantação do sistema SAP em todas as empresas do grupo) e a partici-pação direta dos funcionários no estabelecimento das metas de suas áreas. “Existe uma disposição do grupo em estar sem-pre atualizado em termos de gestão, controle e ferramentas, e as pessoas têm uma ânsia muito grande por coesão, por isso as mudanças vêm sendo bem recebidas também inter-namente”, afirma Célia, que cita como benefícios internos da governança corporativa a transparência, a organização e acima de tudo, melhoria do processo decisório.

Controle etransparênciaProjeto de governança corporativa investe na melhoria de aspectos como planejamento, comunicação e ética

reviStaSolví|NovemBrode2007aJaNeirode200806

Governança corporativa é o sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas, envolvendo os relacionamentos entre Acionistas, Conselho de Administração, Diretoria, Auditoria Independente e Conselho Fiscal. As boas práticas de governança corporativa têm a finalidade de aumentar o valor da sociedade, facilitar seu acesso ao capital e contribuir para a sua perenidade.(Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, IBGC)

CorPorativo

Planejamento estratégico – coordenado por Carlos Villa, busca o direcionamento da Solví para um período de cinco a 10 anos.

Formalização e estruturação – coordenado por Célia Francini. Entre os objetivos estão a formalização de reuniões, definição das diferentes instâncias decisórias,

implementação de sistema de feedback e operacionalização do Comitê de Riscos.

comunicação – liderado por Lucas Radel, tem o objetivo de criar e aprimorar canais de comunicação com os públicos interno e externo.

resPonsabilidade social – coordenado por Tadayuki Yoshimura, visa a profissionalização das ações do Instituto Solví.

ética – coordenado por Masato Terada, tem o objetivo de fortalecer o Código de Ética do grupo, incluindo um Código de Conduta.

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Você já tentou pensar em liderança sem vinculá-la a cargos ou ao conceito de autoridade, ou em uma empresa que desenvolva líderes em todos os níveis e setores, e onde esses líderes formem outros líderes, num movimento contínuo de renovação e abertura à inovação? Em busca de novas visões sobre liderança, conversamos com o consultor César Souza, autor de livros como “Você é o líder da sua vida”, um dos palestrantes mais requisitados do país e

mentor do programa de liderança da Solví. Na entrevista a seguir,

ele fala sobre a importância de mudar paradigmas e sobre os desafios para chegar ao que chama de “liderança inspiradora”.

Revista Solví - Quais são os as-pectos críticos para as organiza-ções manterem a competitividade hoje?

César Souza - Existem três fatores críticos no meu modo de ver, basea-do em 30 anos de experiência, 20 como executivo e 10 como consul-tor de várias empresas no Brasil e no exterior: (1) entendimento profundo dos clientes atuais e potenciais; (2) capacidade de formar líderes em to-dos os níveis, e (3) foco nos resulta-dos qualitativos e quantitativos, em vez de processos. Ou seja, podemos dizer que o DNA do Sucesso Em-presarial tem três letras: C, L, R (C de clientes, L de Lideres e R de Re-sultados). Quem conseguir uma boa combinação dessas letras terá uma empresa vencedora.

Que características levam uma empresa a ser considerada mode-lo de gestão atualmente?

A primeira característica para ser considerada modelo de gestão é a empresa superar resultados. Em-presa “bem gerenciada”, mas com re-sultados pobres não deve ser mode-lo para ninguém. Uma empresa tem clientes e tem de dar resultados para eles, para os colaboradores, comunidades, fornecedores, tem de dar resultados de forma integrada para todos esses componentes da

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08 reviStaSolví|NovemBrode2007aJaNeirode2008

vida corporativa. Esse para mim é o melhor modelo de gestão: a em-presa que consegue resultados sur-preendentes, porém equilibrados para esses diversos públicos.

Qual a importância do intangível para o sucesso das empresas?

O intangível é o ativo que não aparece nos balanços. E que pode vi-rar passivo se não for bem gerencia-do. A marca é um intangível. A cultu-ra da empresa é outro intangível. O fato de ter ou não sucessores é tam-bém um intangível que constitui-se no divisor de águas entre o sucesso ou o insucesso de uma empresa.

Qual a importância do desenvolvi-mento de líderes dentro da organi-zação?

Fundamental. Lideres não apenas no topo, mas em todos os níveis. A lon-gevidade de uma empresa depende da sua capacidade de dispor de sucessores e de líderes em todos os níveis, desde o “chão de fábrica” até a presidência. As empresas vencedo-ras no futuro serão as que souberem desenvolver “líderes de qualidade”, não apenas produtos e serviços de qualidade.

Qual é o perfil de líder que as or-ganizações buscam?

É um perfil muito diferente do líder do passado. O verdadeiro líder forma outros lideres, não apenas

“O intangível é o ativo que não aparece nos balanços. E que pode virar passivo se não for bem gerenciado”

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seguidores. Oferece causas em vez de empregos ou tarefas; lidera 360 graus em vez de apenas 90 graus; surpreende pelos resultados, fa-zendo muito mais que o combi-nado; e inspira pelos valores, não apenas pelo carisma. Essas pessoas garantem a longevidade e a sobre-vivência das empresas como organi-zações competitivas e um local de felicidade, para as pessoas darem o melhor de si. O líder competente não tem pessoas atrás de si, mas sim em torno de si. Essa imagem faz toda a diferença no meu conceito de “líder inspirador”.

Como esse conceito de liderança evoluiu nos últimos anos?

No período pós II Guerra Mundial, na década de 50, o conceito de lide-rança era baseado nos modelos militares. Depois tivemos o modelo industrial, centralizador, que tam-bém se inspirou neste padrão mili-tar, muito autocrático e autoritário, do “manda quem pode e obedece quem tem juízo”. No final da déca-da de 70 surgiu a primeira grande novidade, que foi o conceito de lide-rança situacional de Paul Hersey e Kenneth Blanchard, que desenvol-veram uma tese de que a liderança não dependia só do estilo do líder, mas também dos liderados e das circunstâncias, estabelecendo qua-tro ou cinco estilos diferentes. De lá para cá não surgiu nada de novo além do James Hunter (autor do li-vro “O monge e o executivo”), que dá a idéia de uma liderança mais light e espiritualista. A minha proposta do “líder integral”, “líder inspirador” ou ainda “líder 5 estrelas”, como eu pre-firo chamar, tenta avançar nesta dis-cussão. O importante não é o estilo do líder, não é isso que determina se ele é competente ou incompetente, mas sim o que ele faz. Eu também busco colocar as mulheres na pauta,

pois a maioria absoluta dos livros so-bre liderança é escrita por homens, e usa apenas exemplos masculinos.

As mulheres contribuem de al-guma forma com esse exemplo de liderança integral ou inspiradora?

Com certeza, elas estão crescendo, primeiro na vida social, nas famílias, na sociedade civil de um modo ge-ral, na política. Sessenta e dois por cento das empresas brasileiras são criadas por mulheres, o que é um fato espetacular, e nas 150 melhores empresas para se trabalhar no Brasil, 22% dos cargos de liderança já são ocupados por mulheres. A minha previsão é que daqui a 20 anos, uma boa parte das posições de comando nas empresas brasileiras será ocu-pada por mulheres.

Quais são os maiores obstáculos a essa atuação inspirada e criati-va, encontrados no dia-a-dia e na própria cultura da empresa?

O principal obstáculo ainda é mode-lo mental, a forma de pensar. Nós somos uma geração educada den-tro de um modelo ultrapassado de li-derança, aquele que pressupõe que a liderança está ligada ao cargo, que é coisa de homem, que o líder nasce pronto, que vem na frente com um monte de seguidores. Enquanto não tirarmos isso da cabeça, não muda-mos a forma como as pessoas, os pais, os professores pensam e agem sobre a questão, não vai haver mu-dança.

“O importante não é o estilo do líder, não é isso que determina se ele é competente ou incompetente, mas sim o que ele faz.”

Programa Liderar estimula o desenvolvimento de lideranças em todos os níveis

A no a ano, a Solví se desenvolve em atuação e em número de colaboradores. Para garantir a con-

tinuidade desse ciclo de desenvolvimento e a con-cretização de sua Missão de ser referência em gestão ambiental, no entanto, o grupo precisa investir em planejamento estratégico, no fortalecimento de sua cultura e no desenvolvimento de lideranças.

Embora o planejamento estratégico de longo prazo seja essencialmente uma atribuição da direto-ria da Solví, suas metas e objetivos de nada valerão sem a presença de pessoas com perfil inovador e em-preendedor em todos os níveis da organização, e que atuem muito mais do que como simples executores de projetos. Foi esta demanda que deu origem ao projeto Liderar, que desde o início de 2007 atua no desenvolvimento das habilidades de liderança em um grupo de 60 colaboradores de todas as empresas do grupo.

O gerente de RH da Solví, Carlos Balote, conta que o programa buscou, em sua concepção, alinhar três aspectos: estratégia, cultura e competências.

CaPaFOTOS: WAGNER FURTADO PIMENTA/MAGIC STUDIO

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Os participantes do Liderar durante a programação de novembro: trabalhar juntos e compartilhar experiências faz parte da receita

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“Queremos desenvolver a liderança integral”, diz ele. Por “líder integral” entenda-se o profissional que não apenas é bom negociador, mas também tem perfil empreendedor, é capaz de integrar e mobilizar, pos-sui valores sólidos e ainda cuida do seu desenvolvi-mento pessoal.

Para desenvolver um programa que abrangesse tantos aspectos, o grupo contou com o auxílio do consultor César Souza, que atuou como mentor do projeto. “A Solví comprou a idéia de formar novos lí-deres e houve um comprometimento de toda a dire-toria em dar continuidade ao projeto pelos próximos três anos, capacitando formalmente 120 pessoas, o que é um passo enorme”, diz o consultor.

O Liderar trabalha cinco eixos - Ser Humano e Cidadania, Habilidades Interpessoais, Empreendedor, Técnico-empresarial e Negocial - em quatro módu-los: Integrador, Intermediário, Avançado e Consoli-dação. Mensalmente, os participantes reúnem-se em São Paulo e em Manaus (onde formou-se uma turma com 20 pessoas) para uma série de atividades, como

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CaPa

palestras com alguns dos maiores consultores do país, workshops, cursos vivenciais, visitas técnicas e projetos desenvolvidos indivi-dualmente ou em equipe. “O uso de abordagens teóricas e práticas, de diferentes técnicas e ferramen-tas permite um maior aprovei-tamento do conteúdo e também uma aproximação do dia-a-dia das pessoas; essa é uma condição essencial para que o aprendizado faça sentido”, pontua Balote.

Em 2008, quando a primeira turma estiver cursando os módulos Avançado e Consolidação, o Liderar ganha sua segunda turma que incluirá também trainees. O início da programação da nova turma está previsto para março/abril

Projetos práticos

Em 2007 os colaboradores cur-saram os módulos Integrador e Inter-mediário, e envolveram-se em vários projetos. “O melhor de nós” é o único de caráter individual. Nele, cada profissio-nal foi convidado a relatar uma situação em que inovou e superou as expecta-tivas, gerando valor para sua empresa e para o cliente. As cinco melhores contribuições serão relatadas por seus autores duranteo Encontro Anual da Solví, em 17 e 18 de dezembro.

Na experiência do almoço compartilhado, cada grupo cuidou da preparação de um item do menu

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Enquanto no projeto Coaching o desafio estava em dar suporte ao desenvolvimento de outros profissionais, o Networking voltou seus olhos para fora da empresa. Nele, cada equipe foi estimulada a desenvolver ações para incrementar a comunicação e o relacionamento com os clien­tes, a comunidade e outros públi­cos com os quais o grupo se rela­ciona. O gerente de operações da GRI, Anrafel Vargas, por exemplo, aproveitou o espaço do Liderar para tornar mais significativo um projeto que desenvolve junto à montadora Renault.

A GRI foi escolhida como parceira, juntamente com o La­boratório de Tecnologia Ambien­tal da Universidade Federal do Paraná, para o desenvolvimento

de um projeto de fabricação de tijolos a partir do lodo retirado da Estação de Tratamento de Efluentes da montadora, em São José dos Pinhais (PR). “O pro­tótipo foi desenvolvido pela uni­versidade e nós ficamos respon­sáveis por viabilizar a ampliação da escala de produção dos tijo­los, por meio da seleção de uma olaria como parceira”, relata Anrafel. Além do ganho ambiental e econômi­co, já que o resíduo terá destinação adequada e a montadora deixará de pa­gar para que ele seja retira­do, a GRI en­trou com outro

componente, o social: “Sugeri­mos que os tijolos fossem doa­dos a comunidades e programas sociais, e essa foi uma idéia que surgiu a partir do Liderar”, diz o gerente, ressaltando que o pro­jeto deverá se concretizar em 2008. Um dos próximos passos será a parametrização do proces­so de fabricação dos tijolos.

Alan Pierre (o quarto a partir da esq.) e sua equipe no projeto Coaching: Bruno Gornati, José Alexis, Ricardo Terzian, Carlos Bezerra e Sávio Andrade

VAlor pArAo ClIeNTe

No projeto Coaching, o ob-jetivo foi desenvolver outra ha-bilidade, a de dar suporte ao desenvolvimento de pessoas. Um profissional em cada equipe do pro-grama foi escolhido para receber o apoio de todo o grupo, que avaliou suas necessidades de desenvolvi-mento e ofereceu ferramentas para que fossem supridas. O engenheiro

Alan Pierre Espíndula Vieira, da Viasolo, recebeu coaching de seu grupo, formado por gerentes da área comercial. “Eu assumi perante eles a minha necessidade de desen-volvimento. A partir de então repre-sentei a equipe em apresentações e também recebi um plano de ação com várias etapas de desenvolvi-mento”, conta Alan Pierre.

Como engenheiro de orça-mentos e contratos, ele diz que tinha carência de um conhecimento mais aprofundado da legislação e dos negócios da companhia, por exem-plo. Para suprir essas necessidades, fez visitas, participou de workshops e analisou o Business Plan da com-panhia. “Foi um conjunto de ações ajustadas entre nós, e que junto com a programação do Liderar me pro-porcionou um grande desenvolvi-mento não só no plano profissional, mas também pessoal. Hoje eu me sinto muito mais seguro também no relacionamento com minha família”, diz Alan, que no meio do processo foi promovido e hoje atua como su-pervisor comercial. Na sua opinião, o Liderar é um passo importante para o futuro da Solví. “O maior ativo de uma empresa são seus funcionários, e é importante que se tenha capital humano para dar continuidade ao seu projeto de crescimento”.

FOTOS: WAGNER FURTADO PIMENTA/MAGIC STUDIO

Anrafel (o terceiro a partir da esq.), com a equipe de Networking: Rafael Sandrini, Wilson Alano e Ciro Gouveia

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O evaporador em ação: adaptação do equipamento atendeu às necessidades do aterro, que ganhou maior controle do tratamento do chorume

SL Ambiental adota evaporador para ter maior controlesobre o tratamento do percolado

Um dos maiores desafios para as empresas que operam aterros

sanitários está em fazer com que os “resíduos dos resíduos”, o chorume (ou percolado) e o biogás, tenham tratamento e destinação adequados, sem a criação de riscos e passivos ambientais.

Na SL Ambiental, em São Leopoldo (RS), a Solví conseguiu re-solver a questão com a implantação de um evaporador de chorume. Adquirido nos Estados Unidos, o equipamento foi completamente re-projetado e nacionalizado, de modo a atender as particularidades ope-racionais do Brasil. Esta adaptação contou com apoio do diretor técnico da Solví, Tadayuki Yoshimura, e das equipes da Gerência de Suprimentos, (Luiz Fernando Lopes) e da Gerência de Aterros e Meio Ambiente (Eleusis Di Creddo).

Instalado sobre uma carreta re-baixada, o evaporador bombeia para dentro de um tanque o chorume es-

tocado nas lagoas de tratamento do aterro. A seguir, o líquido é aquecido e evapora, a uma vazão de até 1m3/hora. O processo de aquecimento é feito utilizando-se como combustível o próprio biogás gerado no aterro, que é canalizado e queimado dentro do evaporador, sob condições con-troladas.

“O evaporador traz inúmeras vantagens, pois 100% do biogás gerado no aterro é destinado ao equi-pamento e deixa de ser emitido ao ar, evitando que o metano nele contido atinja a atmosfera.” Explica Eleusis. “Dessa forma, a empresa está redu-zindo as suas emissões de gases de efeito estufa e cumprindo sua missão de ser fomentadora e implementado-ra de ações concretas de desenvolvi-mento sustentável”. Segundo ele, o evaporador também traz vantagens operacionais, pois permite otimi-zar a capacidade de tratamento das lagoas existentes. “A idéia é operar o equipamento de forma contínua,

chorume vira vaPor

principalmente nos meses de pouca pluviosidade, de modo a ter as lagoas praticamente vazias nos meses mais chuvosos do ano, criando assim uma capacidade de acumulação adequa-da e suficiente”.

Grandes aterrosApesar de todas essas van-

tagens, a solução usada em São Leopoldo não pode ser estendida indiscriminadamente a todos os ater-ros do grupo. “É uma solução ade-quada para aterros de pequeno/mé-dio porte, onde o volume de líquido a tratar é compatível com a capaci-dade do equipamento”, diz Eleusis.

Para aterros maiores como o de Caieiras, em São Paulo (10 mil tone-ladas/dia, em média), e o de Salvador (três mil toneladas/dia), é fundamen-tal a adoção de outras soluções, e a custos viáveis. “Este é um desafio para todos que trabalham com aterros, por isso estamos testando outros sistemas de tratamento de percolado, específi-cos para aterros de grande porte”.

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PrátiCaSdeSuCeSSo

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Readequação dos termos da concessão permitirá viabilizar projetos importantes para São Paulo, como um novo aterro

No dia 29 de outubro a Loga assinou com a Pre-feitura de São Paulo um termo de compromisso

ambiental, válido como aditivo ao contrato de con-cessão de serviços firmado no final de 2004.

“Foram praticamente três anos de negociações, já que muitos dos termos previstos inicialmente nunca haviam sido postos em prática, com a decisão da Pre-feitura de suspender os investimentos”, explica o presi-dente da Loga, Luiz Gonzaga Alves Pereira, citando itens que vão da tarifa (o valor pago pelos serviços concessio-nados teve uma queda de 35% no período) a serviços como a instalação de centrais de triagem, implantação de coleta seletiva em todas as regiões atendidas, central de compostagem, construção de novos aterros, monito-ramento da frota via satélite, mecanização da coleta e construção de uma nova estação de transbordo, entre outros.

Segundo Luiz Gonzaga, a revisão de prazos para estas ações, em especial o da instalação da usina de compostagem, gerou uma readequação tarifária, com a conseqüente redução das perdas para a Loga. “Fize-mos uma negociação possível, de forma a viabilizar o máximo de ações previstas pelo contrato original, que representa um grande avanço na política de coleta, transporte, tratamento e destinação de resíduos de São Paulo”, diz ele, acrescentando que, mesmo sem a contra-partida do município, a empresa implementou e man-teve ações importantes nos últimos anos, como a reno-vação da frota e a coleta de resíduos porta-a-porta nas favelas onde o serviço não existia anteriormente.

Loga renegocia contrato

merCadoSeNeGÓCioS

o que prevê o contrato

O que prevê a concessão

Serviços foram mantidos, apesar da queda no valor pago nos últimos anos

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CONSTRUçãO DE UM NOVO ATERRO PúbLICOA Loga deve apresentar um projeto em 2008 e entregar o novo aterro para operação em 2010.

CONSTRUçãO DE USINA DE COMPOSTAGEMO prazo de entrega foi estendido para 2020.

CONSTRUçãO DE CINCO CENTRAIS DE TRIAGEMPARA RECICLáVEISPrefeitura estuda locais que deverão ser disponibilizados. A previsão é de que as centrais sejam instaladas até 2012.

INSTALAçãO DE POSTOS DE ENTREGA VOLUNTáRIA (PEVS)Estudo de viabilidade em locais como supermercados e postos de gasolina, entre outros.

INSTALAçãO DE CONTêINERS NAS RUAS PARARECEbIMENTO DOS RESíDUOSEm estudo de viabilidade.

ESTAçãO DE TRANSbORDOO projeto de construção da estação, que terá tecnologia para reter odores, está em análise de impacto ambiental.

SISTEMA DE MONITORAMENTO VIA SATéLITE DA FROTAPrevisão de implementação num prazo de 90 a 120 dias.

AçõES EDUCATIVAS JUNTO à POPULAçãOO compromisso de destinar 0,5% do valor do tarifário vem sendo cumprido pela empresa.

GRI e Koleta aproveitam parceria como estratégia de expansão em suas áreas

Aestratégia de parceria adotada pela GRI e pela Koleta começou a dar resultados em setembro, quando as

duas empresas conquistaram seu primeiro cliente con-junto: a TAM, que fechou um contrato para os serviços de gerenciamento, acondicionamento, logística, transporte e destinação final de resíduos de classes I, II e III em suas unidades de São Paulo e São Carlos.

“Este foi também nosso primeiro contrato amplo no setor aéreo, que necessita de uma logística muito acurada, com atendimento sincronizado e poucas falhas, devido à sua dinâmica de operação”, diz o gerente geral da Koleta, Júlio Mirage, acrescentando que “a relação en-tre Koleta e GRI é de ‘ganha-ganha’, já que seus serviços se complementam, e há possibilidade de uma ampliar mercado onde a outra já está.”

Atualmente a Koleta atua no Rio de Janeiro e São Paulo, onde detém parcela significativa do mercado de logística e destinação final de resíduos industrial, de comércio e serviços. A intenção é potencializar esse mer-cado, especialmente em São Paulo, onde ainda há muito espaço para crescer no comércio, e, a partir de 2008, in-vestir também na expansão para outros locais. “Quere-

mos nos tornar uma empresa nacional”, diz Mirage, acres-centando que os mercados de Minas Gerais e Paraná já estão sendo prospectados.

Novos mercadosA GRI, por sua vez, já atua em 11 estados brasileiros

- dois deles, Minas Gerais e Maranhão, a partir de 2007, por meio dos contratos fechados com a Companhia Vale do Rio Doce - e teve um aumento expressivo no fatura-mento este ano. Para 2008, a empresa pretende ampliar sua presença em setores como portos, aeroportos, mon-tadoras (renovou o contrato com a Renault e fechou um novo com a Ford), além de investir em áreas de atuação como a de operação de estações de tratamento de água e esgoto dentro de indústrias.

Geograficamente, uma das prioridades da GRI é re-forçar a atuação no Rio de Janeiro, estado que, além da presença da Petrobras, possui um pólo petroquímico e indústrias de grande porte. “Esse é um dos motivos pelos quais apostamos na parceria com a Koleta”, diz o supe-rintendente da GRI, Reginaldo Bezerra. A contratação de Zilton Fonseca, vindo da Koleta, como gerente regional no Rio, dá corpo à estratégia.

Funcionário da GRI faz o controle de resíduo da Petrobras: estatal é um dos clientes no mercado do Rio de Janeiro

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ARQUIVO INSTITUCIONAL SOVÍ

Sinergia para CreSCer

MARCELLO VITORINO/FULLPRESS

Solví apóia e patrocina projetos que incentivam a descoberta da música pelos estudantes

Como manter 1.200 crianças sentadas durante quase uma hora, ouvindo música clássica? Resposta: transforme isso

em uma diversão. Foi o que os alunos de seis escolas da rede estadual de São Paulo tiveram na tarde do dia 9 de novem-bro, quando a orquestra da TUCCA (Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer) subiu ao palco da Sala São Paulo para executar a obra “O Carnaval dos Animais”, do composi-tor francês Camille Saint-Saëns, acompanhada de uma perfor-mance do ator Cássio Scapin.

A experiência única vivida pelas crianças naquela tarde de novembro se repetiu em outras 35 ocasiões durante o ano. Ao todo, cerca de 51 mil alunos e 500 professores de 390 es-colas públicas e particulares do Ensino Fundamental e Médio assistiram a apresentações na Sala São Paulo em 2007, dentro do programa Descubra a Orquestra, realizado pela Fundação Osesp em parceria com a Secretaria de Estado da Educação.

Este é um dos três programas de música apoiados pela Solví, juntamente com a Academia de Música da Osesp e o projeto Música nas Escolas de Barra Mansa, no Rio de Janeiro. Os projetos desenvolvidos pela Osesp têm apoio da Vega Engenharia Ambiental, GRI e Essencis Co-processamento, en-quanto o projeto de Barra Mansa tem o patrocínio da Vega. “São programas que proporcionam às crianças e jovens a descoberta da música e também a formação musical”, diz Eliana Lousada, coordenadora do Instituto Solví, que acom-panha os programas.

Segundo a pedagoga Helena Cristina Hoffmann, res-ponsável pelo programa educacional da Osesp, o Descubra a Orquestra, que também oferece módulos teórico-práticos aos docentes, possui cerca de 100 escolas na lista de espera. Um dos segredos para o sucesso é justamente o papel desem-penhado pelos professores na sensibilização dos alunos para

16 reviStaSolví|NovemBrode2007aJaNeirode2008

A performance do maestro João Maurício Galindo e da orquestra TUCCA é acompanhada de perto pelos estudantes, em apresentação do Descubra a Orquestra na Sala São Paulo

“É o Nino”, sussurravam as crianças. A performance do ator Cássio Scapin levou alegria à apresentação na Sala São Paulo

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MúSICA eM BArrA MANSA - Em barra Mansa (RJ) o projeto Música nas Escolas, realizado pela Prefeitura em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN) e com o patrocínio da Vega Engenharia Ambiental, tem o objetivo de resgatar a cultura musical e erudita do município. Criado há quatro anos, o programa atendeu cinco mil alunos em 48 escolas municipais em 2007. Duas vezes por semana, estudantes dos oito aos 16 anos têm aulas de música, e são incentivados a participar de formações musicais. Existem na cidade quartetos e quintetos de clarinete, saxofone, metais e cordas, além de um coral, da banda Sinfônica e das orquestras Sinfônica Municipal, Sinfônica Infantil e de Metais. Tanta música está transformando a realidade do município de 180 mil habitantes. “A cidade tem orgulho de

suas orquestras e jovens músicos”, diz Norberto T. Vega, gerente de desenvolvimento de negócios no Rio de Janeiro. “A escola é a base deste projeto, por isso é fundamental que o aluno freqüente as aulas e tenha um bom rendimento escolar para participar”, enfatiza o prefeito de barra Mansa, Roosevelt brasil Fonseca, para quem o programa “proporciona uma grande transformação nas pessoas, pois a música melhora o aprendizado, eleva a auto­estima, tira os jovens do caminho errado e os sensibiliza, fazendo com que sejam seres humanos melhores e cidadãos exemplares.”

a música. “Temos relatos de profissionais que levaram adian-te projetos de música em suas escolas; transformá-los em multiplicadores é justamente o nosso objetivo”, diz Helena, acrescentando que para 2008 estão previstos 40 concertos da Osesp e de orquestras parceiras abertos às escolas.

Afinando talentosCriada em 2006, a Academia da Osesp é um curso de

aperfeiçoamento único no Brasil. Nele, durante dois a três anos, jovens têm aulas de música com profissionais da or-questra, além de receberem uma bolsa mensal para se dedicarem exclusivamente aos estudos. “A idéia é oferecer oportunidade para estudantes com alto grau de proficiência, para que possam se profissionalizar”, diz a coordenadora do programa, Ana Paula Emerich, acrescentando que existe uma grande demanda por talentos na música erudita.

Além do apoio à Academia, que abre vagas semestral-mente e hoje possui 18 alunos, a Solví, por meio da Koleta Ambiental, também patrocinou a ida, em agosto, dos flautis-tas Juliana Bonfim e Tiago Meira para uma masterclass de seis dias na Suíça com Sir James Galway, o mais popular flautista do mundo. “Fazer esta viagem foi como realizar um pedaço de um sonho, e certamente nos abriu novas perspectivas, pois percebemos que o nosso nível é tão bom quanto o dos músicos de outros países”, diz Tiago, 22, que é natural de Tatuí e estuda flauta desde os seis anos.

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TODOS SAbEM que a maior mis­são do nosso trabalho, individual ou coletivo é gerar valor. Mas o que é valor? A forma mais clássica para se definir valor é o produto da divisão da quali­dade pelo preço. Sempre que obte­mos valores acima de 1 podemos di­zer que a qualidade foi valorada acima do preço, logo há valor. Mais recente­mente, essa “fórmula” foi ampliada, e valor passou a ser a divisão da expe­riência do cliente pelo preço que ele paga, e vale a mesma regra: quanto maior o resultado, maior o valor. Fica claro que valor é uma medida perce­bida, que pode ou não estar alinhada com a realidade, o que é 10 para mim em termos de experiência, pode ser cinco ou zero para outra pessoa.Aqui temos algo realmente novo: a noção de percepção e realidade norteada pelos nossos investimen­tos e custos para geração de valor. Ou seja, valor é aquilo que você en­trega ao cliente e este percebe como “custando” mais que os custos reais despendidos para sua realização. Quando o cliente aceita pagar esse valor, você atingiu a sua meta, pois o cliente ficou com o valor e você com o lucro dessa diferença.Há muitas formas de se gerar valor, mas poucas tão efetivas e de resulta­dos tão rápidos como o atendimento,

Carlos Alberto JulioPresidente da HSM do Brasil e membro do Conselho de Administração da Tecnisa. Professor e palestrante, tem quatro livros publicados

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oPiNiÃo

reviStaSolví|NovemBrode2007aJaNeirode2008

seja para vender, comprar ou sim­plesmente relacionar­se com nossos parceiros. Negociar é a arte de viver, de seduzir. O que queremos dos cli­entes internos e externos é que eles se transformem em nossos fregueses, que gostem de estar e fazer negócios conosco e para isso eles precisam ter experiências positivas, sentir que somos úteis, que agregamos valor ao seu negócio, à suas compras, etc. Para que isso ocorra, há coisas muito simples que muitas vezes não nos da­mos conta ou pensamos não ser tão importantes:

1) entenda o que seu cliente espera de você;2) para isso, ouça mais e com mais atenção;3) quem domina uma negociação, um relacionamento, é quem pergun­ta, não quem responde;4) poder, num relacionamento ou numa negociação, é a capacidade de ser acreditado, quem tem credibili­dade tem poder;5) credibilidade é gerada nos deta­lhes, não surpreenda negativamente seus clientes e parceiros.

Seguindo essas regrinhas, não há como não gerar valor, aproximar­se cada vez mais de seus clientes e ser por eles sempre elogiado e querido.Mãos à obra!

o valor da negociacao~

De 24 a 28 de setembro foi realizado em Lima, no Peru, o IV Festival Internacional de Coros. Entre os 22 corais de diversos países que se apresentaram, o Relima Encanta foi o único formado em uma empresa privada. Criado em 2001 por iniciativa do superintendente Fernando Paraguassú, o grupo é composto principalmente por varredores, e já gravou um CD. Além dos festivais e de apresentações na empresa, seus cantores participam de eventos como as festividades de independência na Embaixada do Brasil. Em novembro eles estiveram na cerimônia de encerramento do 5° Concurso da Canção Brasileira, organizado pela Embaixada do Brasil e pelo Centro de Estudos Brasileiros, sendo muito aplaudidos ao cantarem a canção do marinheiro do Brasil, “O Cisne Branco”, e a “Aquarela do Brasil”.

relima encanta

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A Vega Salvador encontrou uma solução criativa e de baixo custo para manter o Pelourinho limpo: o uso de um triciclo, conduzido por um piloto-coletor que recolhe os resíduos no período entre as coletas realizadas por equipamen-tos pesados. “O Pelourinho é o ponto mais visitado da cidade, não podíamos deixar o lixo acumular durante o dia”, diz o supervisor Ta-deu Coqueiro, que desenvolveu a solução juntamente com o gerente regional da Vega Norte/Nordeste, Reinaldo Bonfim.

Pelourinho limPo

auditoriasEm 2007, a primeira certificação de Sistema de Gestão da Qualidade ISO 9001, conquistada pela Vega, completou 10 anos. Neste período, todas as Unidades Vega e demais empresas Solví foram certificadas, não apenas em Qualidade, mas também em Meio Ambiente (ISO 14001) em alguns casos, como a Battre e a Essencis. Anualmente as auditorias internas verificam a eficácia dos sistemas e as auditorias externas, realizadas por entidades independentes, confirmam as cer-tificações. A cada três anos as em-presas passam ainda por auditorias de re-certificação que dão (ou não) direito à continuidade do certifica-do. Em 2007 Viasolo, Battre, Essen-cis Caieiras/Itaberaba e Águas do Amazonas foram re-certificadas na ISO 9001. Já a São Leopoldo Ambi-ental, Rio Grande Ambiental e Far-roupilha Ambiental, pertencentes ao Grupo Vega, foram certificadas na ISO 9001.

ExpErtisE em aterrosA Vega participou do Seminário Na-cional de Limpeza Pública (Senalimp), realizado de 16 a 19 de outubro em Caxias do Sul, por meio de uma pa-lestra de Idacir Pradella, supervisor de aterros da Regional Sul. Pradella, que também é supervisor da SL Ambien-tal, falou sobre “Casos de Implantação de Aterros Sanitários e Recuperação de Lixões” a um público formado por administradores públicos e profis-sionais de outras empresas. “Foi uma oportunidade importante para divul-gar a expertise da Vega nesta área e mostrar que nosso trabalho vai muito além da coleta e varrição”, comenta.

cultura e lazerA Koleta e a GRI inauguraram em novembro o seu Espaço de Cultura e Lazer, equipado com bancos, TV e uma biblioteca. A idéia de formar um acervo de livros e deixar à disposição dos colaboradores foi da técnica em segurança do trabalho Andréia Santos, que teve o apoio da direto-ria das empresas. Em menos de 90 dias, com a colaboração de todos, a iniciativa cresceu e virou realidade. A biblioteca, que recebeu doações dos próprios colaboradores, já possui 3.800 volumes. “Em breve teremos voluntários prestando atendimento no local das 11h às 14h, e as pessoas poderão realizar o empréstimo de li-vros”, diz Andréia.

ARQUIVO INSTITUCIONAL KOLETA/GRI

ARQUIVO INSTITUCIONAL VEGA SALVADOR

NotaS

No dia 27 de setembro, a FEPAM (Fundação Estadual de Proteção Ambiental) concedeu a licença para a instalação do aterro sanitário da cidade de Rio Grande (RS). Ele vai substituir o lixão da cidade, pro-porcionando sua remediação, a dis-posição dos resíduos em padrões ambientais legais e a melhoria da qualidade das águas da Lagoa dos Patos. As obras devem ser iniciadas em dezembro, e em maio o aterro começará a receber o lixo domés-tico da região. Sua capacidade esti-mada é de três mil toneladas/mês, durante 20 anos.

novo aterro

ARQUIVO INSTITUCIONAL SL AMBIENTAL

ARQUIVO INSTITUCIONAL RELIMA

Vista do Rio Negro, que abastece a população de Manaus, a partir da praia de Ponta Negra

Foto: Marcello Vitorino/Fullpress

Instituto SolvíRua Bela Cintra, 967 - 10º andar

01415-000 - São Paulo - SPPABX: (11) 3124-3500

e-mail: [email protected]

Águas do Amazonas S.A.

Rua do Bombeamento, 01 - Compensa69029-160 - Manaus - AM

Fone: (92) 3627-5515 - Fax: (92) 3627-5520e-mail: [email protected]

www.aguasdoamazonas.com.br

Essencis Soluções Ambientais S.A.Alameda Vicente Pinzon, 173 - 7º Andar

Vila Olímpia - 04547-130 - São Paulo - SPFone: (11) 3016-4520 - Fax: (11) 3016-4551

e-mail: [email protected]

GRI Gerenciamento de Resíduos Industriais

Rua Presidente Costa Pinto, 33Mooca - 03108-030 - São Paulo - SP

Fone: (11) 6165-3500 - Fax: (11) 6165-3741e-mail: [email protected]

Koleta Ambiental S.A.

Rua Presidente Costa Pinto, 33Mooca - 03108-030 - São Paulo - SP

Fone: (11) 6165-3715 - Fax: (11) 6165 3656e-mail: [email protected]

www.koletasa.com.br

Solví Valorização EnergéticaRua Bela Cintra, 967 - 10º andar

01415-000 - São Paulo - SPPABX: (11) 3124-3500

e-mail: [email protected]

Vega Engenharia Ambiental S.A.

Rua Presidente Costa Pinto, 3303108-030 - Mooca - São Paulo - SP

Fone: (11) 6165-3500 - Fax: (11) 6165-3703e-mail: [email protected]

www.vega.com.br

Vega Upaca Sociedad Anónima - RelimaAv. Tomas Marsano, 432

Surquillo - Lima 34 - PeruFone: (511) 618-5400 - Fax: (511) 618-5429

e-mail: [email protected]

A Solví é uma holding controladora de empresas de reconhecida competência que atuam nos segmentos de resíduos, saneamento e valorização energética, presentes em todas as regiões do Brasil e no Peru. A Solví baseia suas ações no desenvolvimento sustentável e trabalha para manter um compromisso primordial: oferecer soluções para a vida, com serviços integrados, diferenciados e inovadores, capazes de contribuir para a preservação dos recursos essenciais e para o bem-estar das comunidades onde atua.

Rua Bela Cintra, 967 - 10º andar01415-000 - São Paulo - SPPABX: (11) 3124-3500e-mail: [email protected]

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