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Ano I - edição 2 - 2012 • Desindustrialização e gestão de negócios • Importação de aço dificulta mercado

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Ano I - edição 2 - 2012

Circu le esta revist a nos departamen

tos

• Desindustrialização e gestão de negócios• Importação de aço dificulta mercado

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Revista do aço – Ano I – Número 02 – é uma publicação bimestral da Editora Revista do Aço.

Editor-chefe Marcelo Lopes ([email protected])

Edição Carlos Alberto Pacheco (Mtb 14.652-SP 2) ([email protected])

Projeto Editorial Revista do AÇO Projeto Gráfico Elbert Stein ([email protected])

Capa Elbert Stein Colaboradores desta edição Laura Calado (edição), Isabel Alencar (GO 01141JP) Carlos Alberto Pacheco (Mtb 14.652-SP 2) Imagem de capa: sxc.hu e ilustração RA Cadastro: Marcia Corazzim ([email protected])

Publicidade e Comercial Luiz Cortez – (11) 9125-8489 ([email protected]) Marcelo Lopes – (11) 7417-5433

Impressão e Acabamento Mundial Graff Ltda Tiragem 10.000 exemplares

Redação, Publicidade, Administração e Correspondência:

Rua Manuel Buchalla, 180 – São Paulo – Cep: 04230-030 – SP – Brasil

Telefone: +55 (11) 2062-1231

A Revista do AÇO é uma publicação empresarial segmentada à Cadeia produtiva do AÇO,

objetivando os setores Metal-mecânicos e Siderúrgicos

As matérias assinadas são de inteira de responsabilidade dos autores e não expressam

necessariamente a opinião da revista. As matérias publicadas poderão ser reproduzidas,

desde que autorizadas e citadas a fonte. Os infratores ficam sujeitos às penalidades da lei.

índiceNotícias do Aço .............................................................................................................................. 04orientação Serra fita 3 serra circular ..........................................................................................10Equipamentos Máquinas agrícolas .....................................................................................................14Pesquisa Impactos da desindustrialização ............................................................................18Investimento Investir para crescer ....................................................................................................22Capa Aço na construção civil ..............................................................................................24Tendência Fusões e aquisições.....................................................................................................34Produção Importação de aço dificulta mercado interno ...................................................38Perfil Tupy .................................................................................................................................43Panorama Fusões na mineração ..................................................................................................46Caderno de Classificados do Aço..........................................................................47

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4 • Revista do Aço

til recuou 7,5%, enquanto que a do vestuário caiu 15,1%. O emprego também vai mal nos setores de calçados e couro (-7,0%), fumo (-5,7%), produ-tos de metal (-5,5%), borracha e plástico (4,2%) e metalurgia básica (-2,9%), sempre na comparação entre o primeiro trimestre deste ano frente a igual período de 2011.

IndústrIa pagará 22% a maIs pelo gás

A conta de gás natural ficará mais cara para a indús-tria paulista. Empresários do Estado de São Paulo foram surpreendidos com a notícia de que as tari-fas da distribuidora Comgás serão reajustadas em até 22% a partir de 1º de junho. Este será o terceiro aumento desde maio do ano passado. Nas últimas duas elevações, o preço subiu 19%. Ou seja, em um ano, a tarifa subirá 45%. A notícia provocou um le-vante no setor industrial, que considera inadmissí-vel um reajuste dessa magnitude num momento em que se discute retomada de competitividade. O secretário de Energia do Estado de São Paulo, José Aníbal, comprometeu-se a conversar com a Agên-cia Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) e com a Petrobras. Na média nacional, o Brasil tem a quarta maior tarifa indus-trial do mundo. Perde só para Alemanha, República Checa e Estônia. Também detém o maior preço en-tre os países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China). Enquanto no Brasil o gás custa US$ 16,8 (por milhão de BTU), na Índia custa US$ 5,2; na China, US$ 13,5; e na Rússia, US$ 3.

Cobre atInge valor mínImo

Os contratos futuros do cobre recuaram para seu menor patamar em quatro meses, à medida que os investidores reduziram suas apostas em ativos sen-síveis ao crescimento em reação aos temores de que o impasse político na Grécia poderá levar o país para uma saída turbulenta da zona do euro. A crise financeira na Europa deverá limitar o apetite já fraco do continente para o cobre e reduzir a demanda ao redor do mundo por meio da interrupção do fluxo do comércio internacional. O cobre subiu inicialmen-te no comércio eletrônico durante a sessão asiática, um movimento que os traders atribuíram ao corte da taxa de depósito compulsório dos bancos em 0,5 ponto porcentual, anúncio do Banco do Povo da Chi-na (PBOC, em inglês) no fim de semana. No entan-to, o metal apagou os ganhos antes da abertura dos mercados europeus.

Div

ulg

ação

demIssões na IndústrIa

Entre os 17 setores da indústria contemplados pela Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Sa-lário (Pimes), 10 deles registraram redução do pes-soal ocupado no primeiro trimestre deste ano, na comparação com igual período do ano passado. Desses, sete tinham registrado redução da produ-ção física de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As demissões no se-tor têxtil representaram queda de 5,1% do pessoal ocupado no período e de 6,5% no setor de vestuá-rio. Na mesma comparação, a produção física têx-

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6 • Revista do Aço

merCedes-benz Inaugura nova fábrICa em JuIz de fora

A Mercedes-Benz inaugurou oficialmente a sua nova fábrica de caminhões em Juiz de Fora (MG). Esta unidade, que antes montava automóveis, recebeu investimentos de R$ 450 milhões, num projeto que consumiu 18 meses para adaptar a linha à produção de veículos pesados. A previsão da montadora é que sejam produzidos inicialmente 15 mil veículos por ano dos modelos Accelo, caminhão leve, e o extrape-sado Actros, que atualmente é importado da Alema-nha. A meta da empresa é ampliar gradativamente o índice de nacionalização do Actros e chegar em 2014 com 72% de conteúdo de peças nacionais.

A unidade de Juiz de Fora é considerada pela mon-tadora como uma das mais modernas fábricas de caminhões do mundo. As inovações vão desde a pintura de paredes, vigas e iluminação, para tornar o ambiente agradável aos funcionários, até a linha de produção mais eficiente e flexível, com estoques reduzidos para melhor controle de gastos e uso ade-quado dos materiais.

arCelormIttal ConfIrma prevIsão maIor de demanda

A ArcelorMittal con-firmou sua expecta-tiva para a demanda aparente por aço no mundo é de um crescimento entre 4% e 4,5% em 2012. A siderúrgica prevê aumento de 5% na demanda da China, de 6,5% a 7% na dos Estados Unidos, Canadá e México, e queda de 1% a 2% na de-manda da União Europeia. A previsão da companhia para a demanda aparente por aço é mais otimista do que a Associação Mundial do Aço (World Steel) em relação à China e ao mundo, e levemente mais pes-simista em relação à União Europeia. A World Steel, cujos membros respondem por quase 85% da pro-dução global de aço, previu, no final do mês passado, uma alta de 3,6% na demanda global em 2012, e de 4% para a China. A entidade estima queda de 1,2% para a demanda da União Europeia.

InCêndIo atInge alto-forno II da usImInas de Cubatão

Foram necessárias seis horas para controlar as chamas; causa ainda não foi identificada

Um incêndio de grandes proporções atingiu o alto-forno da Usiminas, na rodovia Don Domenico Rangoni, no Jardim das Indústrias, em Cubatão, litoral de São Paulo, no mês de maio. De acordo com o Corpo de Bom-beiros de Cubatão, foram necessárias seis horas para controlar as chamas e a causa do incêndio ainda não foi identificada. A Brigada Militar de própria empresa tentou controlar a situação até que ativaram os agentes dos bombeiros para auxiliar no combate às chamas. Não houve feridos.

O alto-forno II da Usiminas de Cubatão, torre onde aconteceu o acidente, é um setor da empresa onde acontece o derretimento de metais com altas temperaturas e o auxilio de gases. Até o fechamento desta edição ainda não havia sido estimado o valor do prejuízo causado pelas chamas, mas, de acordo com o Corpo de Bombeiros, toda a parte superior da torre foi consumida. O alto-forno 2 voltou a operar dois dias depois do incidente e a área afetada foi preservada para a apuração das causas do incêndio.

Os trabalhos da perícia técnica para descobrir as causas do grande incêndio que atingiu a chaminé do alto-for-no 2 da Usiminas, em Cubatão, começaram dois dias depois. Técnicos da empresa iam avaliar os reais prejuízos e como vão fazer a reconstrução.

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Revista do Aço • 7

estímulo à produção de máquInas

O governo oferecerá estímulos à indústria de bens de capital para produzir no Brasil má-quinas e equipamentos que são importados atualmente. A lista dos produtos deve estar fechada em 60 dias. A seleção está sendo fei-ta com base nos pedidos repetitivos dos cha-mados ex-tarifários, que concedem redução de Imposto de Importação a bens de capital sem produção nacional. Os incentivos ainda serão definidos, mas já está certa a participa-ção do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como financia-dor dos projetos. O governo tem feito um esforço para reduzir importações em setores considerados chaves para a economia e para a geração de empregos no Brasil. Já foi anunciado, por exemplo, que o setor de autopeças também receberá estímulos para desenvolver a cadeia produtiva brasileira.

Desde 2011, o Ministério do Desenvolvimento iniciou um processo de transição nas análises dos pedidos das empresas para redução de Imposto de Importação em máquinas e equipamentos sem similar nacional e ligados a investimentos no Brasil. As mudanças causaram alguns atrasos nas autorizações de ex-tarifários. No primeiro tri-mestre deste ano foram concedidos 233 ex-tarifários, com importações previstas de US$ 522 milhões. No mesmo período do ano passado, foram 670 liberações e importações de máquinas e equipamentos no valor de US$ 1,34 bilhão. Desde outubro de 2011, o BNDES passou a integrar o comitê de análise de ex-tarifários.

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8 • Revista do Aço

alstom vaI forneCer equIpamentos para parques eólICos no brasIl

A Alstom fechou um contrato com a Odebrecht Energia para o for-necimento de equipamentos para quatro parques eólicos no Sul do Brasil.

A Alstom vai fornecer, instalar e comissionar 40 aerogeradores do modelo ECO 122, que é apropriado para as condições de vento da região. O contrato foi assinado dentro do contexto do leilão de energia de reserva A-3. Os parques eólicos Corredor do Senandes II, III e IV, e Vento Aragano I, localizados no Esta-do do Rio Grande do Sul, atingirão uma capacidade total de 108 MW. Lançado em 2011, esse aerogerador de 2.7 MW tem o maior diâmetro de rotor dos diversos modelos de aerogerado-res da plataforma ECO 100. Além dos aerogeradores, a Alstom será responsável pelo fornecimento e montagem dos sistemas elétricos e subestações de todo o complexo. Os aerogeradores serão montados na nova fábrica da Alstom no Estado da Bahia, inaugurada em novembro de 2011, que foi projetada para pro-duzir os modelos mais modernos da nova linha. Os parques eó-licos têm operação comercial programada para o final de 2013.

Todos os aerogeradores da linha Alstom têm concepção téc-nica denominada Alstom Pure Torquer, um projeto mecânico que protege o multiplicador e demais componentes ativos de receber esforços excepcionais oriundos da estrutura do aeroge-rador. A Alstom está no Brasil há mais de 55 anos e instalou quase 40% dos equipamentos do mercado de geração de energia elétrica do País. Desde 2010, a Alstom foi escolhida para fornecer em torno de 400 MW em três projetos eólicos.

thyssenKrupp estuda vender usInas no brasIl e nos eua

Notícia divulgada pela agência de notícia Reuters dão conta de que a ThyssenKrupp, maior produtora de aço da Alemanha, pode vender suas usinas no Rio de Janeiro e no Alabama, avaliadas em 7 bilhões de euros (9 bilhões de dólares), em decorrência de es-touro de orçamentos de implantação e atrasos das unidades.

volKswagen Comemora 20 mI de Carros produzIdos no brasIl

Em maio, a Volkswagen atingiu a marca de 20 milhões de veículos produzidos no Brasil. A montadora alemã fabrica carros no País desde 1953 e exporta modelos desde 1970. Na época, aliás, a Volks acumulou 1 milhão de unidades fabricadas. As 10 milhões de unidades produzidas foram come-moradas em 1994. De acordo com dados da própria marca, 20 milhões de veículos equivalem a quase toda a frota de veículos somada da Holanda, Bélgica, Suíça e Suécia. Os 10 modelos mais produzidos no Brasil pela Volks foram o Gol, com 6,9 milhões, o Fus-ca, com 3,1 milhões, e a Kombi, com 1,520 milhão. No acumulado de vendas de 2012, segunda a Fe-deração Nacional da Distribuição de Veículos Auto-motores (Fenabrave) a fabricante emplacou 210.712 unidades de janeiro a abril. No quarto mês do ano foram 50.932 novas unidades comercializadas.

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Para ajudar a esclarecer dúvidas sobre o uso de serras

e máquinas de serrar, a revista do aço foi procurar a

Sul Corte, empresa especializada no corte de metais e hoje

fabrica lâminas de serra circular de aço rápido, metal duro e

cermet e que fornece para diversos setores como metal me-

cânico, aeroespacial, agrícola gás e petróleo, entre outros.

São três unidades: a matriz em Caxias do Sul (SC), Joinvil-

le (SC) e uma unidade em Valinhos, interior de São Paulo.

Acompanhe as dúvidas respondidas pelo engenheiro Fer-

nando Spanholi Teles, gerente técnico da empresa.

Processo de corte de metais por serra fita e serra circularQual a melhor máQuina? Qual a diferença entre os cortes? É possível cortar QualQuer material? como escolher uma boa máQuina?

orientação

1 - quais são os principais tipos de serras e máquinas

para serrar? quais são as características de cada

uma delas?

Existem basicamente dois processos de corte com

serras, um com serra de fita e outro que faz uso de

serra circular, ambas com dentes em sua extremi-

dade. O processo com serra fita é mais abrangente,

enquanto o processo com serra circular é mais espe-

cífico. As máquinas podem ser manuais, semiautomá-

ticas ou automáticas.

10 • Revista do Aço

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2 - quais são as aplicações mais

frequentes de cada tipo de ser-

ra e máquina?

Tanto o processo com serra de fita

quanto o de serra circular não pos-

suem restrição quanto a aplicação.

Eles podem ser aplicados para mate-

rial metálico, não metálico, polímeros,

madeira, borracha etc., porém o que

diferencia muitas vezes um processo

do outro, é a dimensão do material

cortado, a velocidade de corte e o

acabamento superficial que se dese-

ja. Normalmente o processo de serra

fita é usado para grandes seções de

corte, mas é um processo onde a ve-

locidade e o acabamento superficial

não são tão bons; enquanto o proces-

so de serra circular geralmente é para

seções pequenas e médias, porém a

velocidade de corte e o acabamento

superficial são melhores.

3 - quanto ao material utilizado na

fabricação da serra (aço carbono,

metal duro etc.) qual é a diferença

entre eles? em quais aplicações

devemos utilizar serras de aço

carbono e em quais devemos uti-

lizar de metal duro, etc.?

As serras de fita podem aparecer

de três formas: serras fita de aço car-

bono, aço rápido e metal duro. A apli-

cação varia de acordo com a dificulda-

de de corte que o material a ser cor-

tado apresenta, serras de aço carbono

são aplicadas para materiais de fácil

corte, por exemplo, plásticos, madeira

etc. Serras de aço rápido são aplicadas

para materiais não ferrosos e aços em

geral, como alumínio, cobre, latão,

aços carbono, aços ferramenta, etc.,

já as serras de fita de metal duro são

aplicadas para estes mesmos mate-

riais, porém com uma velocidade de

corte muito superior, mas para isso é

necessário ter um equipamento ade-

quado para o uso deste tipo de serra.

As serras circulares podem apare-

cer também de três formas: aço rápi-

do, metal duro e cermet. A primeira é

uma tecnologia mais antiga e é utili-

zada principalmente para cortes de

tubos, mas também pode ser utiliza-

do para seções maciças. Ultimamente

as serras de metal duro e cermet ocu-

pam este espaço por proporcionarem

um corte mais rápido e possuírem

uma vida mais alta.

4 - o que deve ser observado para

se fazer uma escolha adequada

da serra em função da operação

que se deseja realizar ou mate-

rial a ser cortado?

Existem algumas perguntas bá-

sicas que precisam ser feitas ao usu-

ário de serras para identificar qual o

processo mais adequado. Deve-se

perguntar, por exemplo:

• Qual o tipo do material que será

cortado?

• Qual a dimensão deste material?

• Qual a variação das seções de

corte que deve ser seguida?

• Qual a demanda diária, mensal

ou anual de cortes?

orientação

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12 • Revista do Aço

• Existe a necessidade de um bom

acabamento superficial ou não?

Com isso é possível identificar

qual o melhor processo a ser utiliza-

do e identificar o tipo de ferramenta

a ser aplicada.

Para grandes seções, o processo

mais adequado é serra de fita, já que

o limitante é a ferramenta e é difícil

construir serras circular de grandes

diâmetros. Para pequenas seções,

até 150 mm o ideal é o processo com

serras circulares onde estes são mais

rápidos e econômicos.

5 - Como são diferenciadas as ser-

ras quanto à geometria dos

dentes em função do material a

ser cortado?

A geometria de corte tanto no

processo com serra de fita quanto

na serra circular, variam de acordo

com o material a ser cortado, ou seja,

conforme sua usinabilidade, sua ca-

racterística de formação de cavaco,

formato etc. Para cada tipo ou família

de materiais são construídas serras

com geometrias específicas.

6 - o que deve ser observado na es-

colha dos parâmetros de corte

de máquinas para serrar?

Os parâmetros assim como a ge-

ometria, também variam de acordo

com o material a ser cortado, normal-

mente quanto mais difícil de cortar

é o material, mais lento é o corte e

quanto mais fácil de cortar é o mate-

rial, mais rápido é o processo de corte.

7 - quais os principais ajustes a se-

rem feitos quando se corta um

material pastoso como o alumí-

nio, duro como o aço ou abrasi-

vo como a madeira?

Materiais como o alumínio pe-

dem ferramentas e parâmetros espe-

cíficos, geralmente são usadas técni-

cas de quebra cavacos, parâmetros

ComparatIvo serra CIrCular X serra fIta

Segue abaixo comparativo entre serra circular X serra fita, para o corte de um material de Ø 38,1 SAE 1045.

serra CIrCular p -100 b serra fIta

Tempo de corte (s) 7 20

Vida estimada da lâmina (cm²) ~ 300000 a 350000 ~ 45000 a 60000

Precisão comprim. (mm) 0,1 0,3

Dimensões da lâmina Ø 360 mm x 80z 34 mm x 3,92 m

Custo médio da ferramenta R$ 850,00 R$ 160,00

Custo médio por corte R$ 0,03 R$ 0,03

Produtividade por hora (peca c/ 50 mm comp.) ~ 360 peças ~ 140 peças

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e lubrificantes para lidar com estas

características.

8 - o que deve ser observado para

se fazer uma escolha adequada

de uma máquina para serrar?

o que é mais importante: esta-

bilidade, rotações por minuto

(rpm) ou potência?

Em ambos os casos, é importan-

te ter uma máquina bem dimen-

sionadas para o processo de corte,

muitas vezes até superdimensiona-

da dependendo do caso. A rigidez

do equipamento é um dos pontos

mais importantes, pois para a ferra-

menta, este ponto é fundamental

para que esta seja aproveitada da

melhor forma possível.

9 - apesar de parecer uma ope-

ração relativamente simples,

há alguns cuidados especiais

que possam garantir uma

boa operação de corte com

serra?

O processo de corte é uma arte,

pois envolve muitas variáveis, como

por exemplo, parâmetros de corte

adequados, ferramenta adequada

para o material a ser cortado, uma

máquina bem construída e rígida,

controle adequado dos parâmetros,

lubrificação do corte etc.

10 - existem máquinas de serrar a

Comando numérico Computa-

dorizado (CnC)?

Sim, nos dois processos.

11- quais são as principais novi-

dades neste mercado? e ten-

dências?

As novidades deste mercado

tanto para ambas as serras, são

equipamentos e serras que possi-

bilitam um corte mais rápido, um

exemplo em serras de fita é a fabri-

cação de equipamentos específicos

para a utilização de serras de metal

duro, e nas serras circulares é tam-

bém a utilização de ferramentas de

metal duro e cermet. A tendência

é que em um médio prazo, os pro-

cessos atuais principalmente com

ferramentas de aço rápido, migrem

para ferramentas mais produtivas,

como ocorreu com as ferramentas

de usinagem.

orientação

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O setor de máquinas agrícolas é muito impor-

tante na cadeia econômica nacional, afinal

a agricultura ainda tem um peso importante na eco-

nomia brasileira. São equipamentos modernos que

facilitam a vida do agricultor tanto no plantio como

na colheita dos produtos. Como não poderia deixar de

ser, o segmento de maquinário agrícola acompanhou

o setor e cresceu apresentando novas opções e estilos

de equipamentos que buscam atender as necessida-

des dos produtores.

O presidente da Câmara Setorial de Máquina e Im-

plementos Agrícolas, da Abimaq, Celso Casale, acredita

Máquinas agrícolas: tecnologia e rentabilidadesetor apresenta recuperação, mas a expectativa É de Que os resultados sejam melhores para 2012Isabel MeloImagens: sxc.hu e divulgação

equipamentos

14 • Revista do Aço

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Revista do Aço • 15

em aumento das vendas de até 15%

para esse ano. “Os preços de commo-

dities continuam a oferecer ótimo re-

torno ao produtor, assim ele se sente

estimulado a manter o investimento.

Segundo pesquisas oficiais, o uso de

equipamentos contribuiu para a me-

lhora da produtividade no campo”,

ressalta. Ele reforça que o panora-

ma é favorável ao produtor rural se

forem mantidas as atuais linhas de

crédito e também disponibilidade de

recursos para a compra de máquinas

e implementos agrícolas.

Já com relação às exportações

de 2011, estimadas em US$ 1 bi-

lhão, o dirigente demonstra cau-

tela. Enquanto as vendas externas

avançam a passos mais lentos (es-

tima-se um acréscimo de 21% com

relação a 2010), as importações ca- Maiores Informações: (11) 3763-6270 / 3763-6271

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minham a passos largos: no mesmo

período, contabilizaram um aumen-

to de 47%. Para Casale, a taxa atual

do câmbio e o “custo Brasil” são os

principais fatores que favorecem as

vendas externas. “Acreditamos que

a elevação da taxa de importação

– da média atual (14%) para 35% -

para as máquinas e equipamentos

agrícolas é importante para igualar

a tributação entre produtos brasi-

leiros e estrangeiros.”, afirma.

Principal vitrine de tecnologia

de máquinas agrícolas, a 19ª Feira

Internacional de Tecnologia Agrí-

cola em Ação, conhecida como

equipamentos

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Agrishow, aconteceu de 30 de abril

a 4 de maio, em Ribeirão Preto (SP).

Nos quatro dias do evento, os orga-

nizadores acreditam num volume

de negócios de R$ 2 bilhões em ra-

zão de aumento nas empresas parti-

cipantes (780, nesta edição), dentre

outros fatores. O setor de máquinas

agrícolas movimentou R$ 10 bilhões

em 2011, segundo dados da Asso-

ciação Brasileira da Indústria de Má-

quinas e Equipamentos (Abimaq).

Isto representa um crescimento

aproximado de 31%, em compara-

ção ao ano anterior.

equipamentos

O desenvolvimento dos equi-

pamentos agrícolas ilustra a impor-

tância de um setor que apresentou

acréscimo na oferta de empregos

(de 47,6 mil vagas para 54,8 mil, em

2011) e do nível de capacidade ins-

talada (aumento de 13%). É neste

cenário que podemos situar exem-

plos como a Case Construction Equi-

pment. Presente no Brasil há 90 anos,

a empresa norte-americana apresen-

tou, nesta Agrishow, a carregadeira

721E versão canavieira. Com o objeti-

vo de reduzir o número de paradas e

facilitar a limpeza, a máquina possui

pré-filtro de ar ciclônico para o mo-

tor e ar condicionado, tela protetora

no alternador e ventilador reversível

de ar. Assim, assegura o aumento da

produtividade no carregamento de

bagaço de cana. Segundo o diretor

geral da Case para a América Latina,

equipamentos

16 • Revista do Aço

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Revista do Aço • 17

Roque Reis, as vendas em 2011 fo-

ram cerca de 30% maiores no com-

parativo com 2010. “As máquinas de

construção são usadas na infraestru-

tura das fazendas e usinas, em servi-

ços gerais, carregamento de grãos,

movimentação de bagaço de cana-

-de-açúcar, insumos e muitas outras

aplicações”, ressalta.

Também de olho na rentabili-

dade do produtor, a Agro Industrial

Hennipman Ltd. divulgou sua plan-

tadeira de batatas de quatro linhas

para plantio após adubação. O mo-

delo conta com um sistema de roda-

gem inovador que permite controle

exato da profundidade da semente,

mesmo com a carga total de semen-

tes, sem precisar de torque elevado

para sua tração, o que resulta em alto

rendimento.

Fabricantes importantes como

Massey Ferguson já registram rea-

ção nas vendas no mercado inter-

no: no primeiro bimestre de 2012,

já comercializou no país 24 tratores

acima de 200 cv, o dobro da quanti-

dade vendida no mesmo período do

ano passado.

Outra empresa que esteve presen-

te foi a fabricante de tratores e micro-

tratores, Agritech que fez demonstra-

ções de campo. Foram apresentadas

máquinas estacionárias, para plantio,

pulverização e colheita, além do uso

específico na horticultura.

Muitas empresas participaram da

feira que aconteceu em Ribeirão Pre-

to e que, tradicionalmente, é um ter-

mômetro para os negócios do setor,

além de vitrine de lançamentos para

máquinas agrícolas.

equipamentos

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18 • Revista do Aço

Os impactos da desindustrialização na estratégia das empresas sondagem com executivos mostra Que desindustrialização influencia na gestão dos negóciosRedaçãoImagens: divulgação

O Instituto de Marketing

Industrial fez uma pes-

quisa com líderes de empresas de

15 setores do B2B que participa-

ram da Usina do Conhecimento,

na sede da Escola de Marketing In-

dustrial (EMI), foram 37 presiden-

tes de empresas de diversos seto-

res: fabricantes de máquinas agrí-

colas e pesadas para construção,

do setor gráfico, de automação

industrial, energia limpa, transfor-

mação de plástico, metalúrgica,

celulose e papel, cerâmica, têxtil,

TI para meios de pagamento, bio-

tecnologia, alumínio, saúde e co-

municação. A pesquisa apontou

formas para lidar com as oportuni-

dades e os desafios relacionados à

perda de competitividade.

A Usina do Conhecimento é pro-

movida a cada dois meses pelo Ins-

tituto de Marketing Industrial. É um

encontro em que lideranças empre-

PesquisA

sxC

.hu

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Revista do Aço • 19

sariais debatem oportunidades e de-

safios nas relações do mundo B2B e

busca apontar coisas novas por meio

de depoimentos e conversas entre lí-

deres e gestores das companhias.

A sondagem feita com executi-

vos mostrou que o processo cres-

cente de desindustrialização no Bra-

sil vem se acentuando, com impac-

to na gestão dos negócios desses

executivos, na atividade dos seus

fornecedores e, principalmente, nas

relações entre as empresas. Foram

considerados três eixos relevantes

para a competitividade da indústria

brasileira: a liderança tecnológica, a

eficiência operacional e a intimida-

de com os clientes. Foram ouvidos

líderes e gestores de fabricantes de

máquinas agrícolas e pesadas para

construção, do setor gráfico, de au-

tomação industrial, energia limpa,

transformação de plástico, meta-

lúrgica, celulose e papel, cerâmica,

têxtil, TI para meios de pagamento,

biotecnologia, alumínio, saúde e co-

municação.

As empresas brasileiras, segun-

do mostra a pesquisa realizada pelo

Instituto de Marketing Industrial,

consideram-se bem posicionadas

em relação ao domínio tecnológi-

co e às relações com os clientes. Em

contrapartida, estão perdendo em

eficiência operacional, principal-

mente devido às questões internas

do País. Entre os líderes presentes,

66% apontaram a diminuição da

eficiência operacional como um

entrave competitivo. Já o domínio

da tecnologia é um ponto forte da

indústria brasileira: apenas 14% das

lideranças ouvidas creditam algum

impacto da desindustrialização à

falta de inovação e de conhecimen-

to tecnológico.

Outro aspecto positivo da in-

dústria brasileira, para fazer frente à

ALTA PRECISÃO E QUALIDADETECNOLÓGICA EM TREFILADOS

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pesquisa

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20 • Revista do Aço

concorrência dominante da China e

aos problemas relacionados à falta

de infraestrutura e ao elevado cus-

to Brasil, tem sido o fortalecimento

das relações com os clientes. Segun-

do 86% dos líderes entrevistados, a

intimidade com o cliente aparece

como uma vantagem da indústria

em um cenário de menor eficiência

operacional.

“A sondagem deixa claro que a

maioria dos entrevistados considera

a indústria brasileira moderna e efi-

caz, e o que precisa ser equaciona-

do, para manter a competitividade

com o cenário externo, são ques-

tões internas, como infraestrutura

deficitária, alta carga tributária e bu-

rocracia”, observa José Carlos Teixei-

ra Moreira, presidente do Instituto

de Marketing Industrial e da Escola

de Marketing Industrial. O proces-

so de desindustrialização, portanto,

não é visto como resultado apenas

da concorrência chinesa, mas prin-

cipalmente de outras causas pro-

fundas e complexas, como questões

microeconômicas internas, sistema

tributário, regras salariais e custos

de logística.

Teixeira Moreira ressalta que os

resultados da pesquisa são muito

relevantes pelo fato de ter sido re-

alizada com quem dirige as com-

panhias. Ele explica que a Usina do

Conhecimento “fornece pistas sobre

a atuação das empresas do B2B, e é

palco de pesquisas que aliam evi-

dências e constatações, sendo que

as primeiras podem ser quantifi-

cadas, ao passo que as evidências

regem o comportamento dos ges-

tores de primeira linha”. Trata-se,

portanto, de uma mostra de alta

qualidade dos impactos no mundo

dos negócios que exigem mudan-

ças estratégicas.

Em relação às estratégias que

as empresas estão adotando nesse

cenário, o presidente do Instituto

e da Escola de Marketing Industrial

observa que é preciso habilidade

pesquisa

José Carlos Teixeira Moreira, presidente do Instituto de Marketing Industrial

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para definir como se posicionar. Ele

aponta duas possibilidades: o curto

caminho longo, que é a habilidade

de as empresas, diante de contin-

gências, tratarem ações imediatas

em busca de resultados prelimina-

res, e o longo caminho curto, tratan-

do das causas mais profundas dos

desconfortos econômicos e sociais

das empresas, buscando criar defe-

sas que protejam a organização de

choques futuros.

“Conhecer as necessidades lo-

cais e dos clientes, ofertando não

só componentes, mas soluções sob

medida, por exemplo, é uma forma

de neutralizar a concorrência exter-

na sem entrar em disputa de preço”,

acrescenta Teixeira Moreira. Empre-

sas do setor de automação indus-

trial e de máquinas para construção

pesada estão entre as que optaram

por esse caminho para assegurar

seu diferencial competitivo.

O consultor budista Phil Gold,

que também participou da Usina

do Conhecimento, observou que o

caminho da habilidade, para alcan-

çar o equilíbrio competitivo, requer

atenção plena, concentração no

foco das mudanças e energia para

compartilhar.

desindustrialização tem impacto nas relações entre as empresas

pesquisa

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22 • Revista do Aço

Em palestra promovida pela

Cámara Oficial Española de

Comercio en Brasil, em São Paulo,

o presidente do Banco Nacional

de Desenvolvimento Econômico e

Social (BNDES), Luciano Coutinho,

afirmou que “o investimento será a

alavanca de recuperação do cresci-

mento do País” e que as empresas

espanholas podem ser uma mola

auxiliar na propulsão de investimen-

tos estrangeiros nos próximos anos.

Atualmente, segundo o presi-

dente do BNDES, o País hoje tem

grandes desafios e oportunidades

extraordinárias. “É preciso aumentar

BNDES defende investimento para incentivar o crescimentopara luciano coutinho, empresas espanholas podem ser uma mola auxiliar na propulsão de investimentos estrangeiros nos próximos anosImagens: divulgação

Luciano Coutinho (direita), presidente do BNDEs

investimento

sxC

.hu

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Revista do Aço • 23

a produtividade geral da economia

e criar capacidade produtiva susten-

tável”, disse. Ele destacou os setores

de energia, petróleo e gás, de in-

fraestrutura logística, construção e

telecomunicações como áreas fun-

damentais para incentivar o inves-

timento.

Ele destacou também a impor-

tância de aumentar a competitivida-

de dos portos, da rede ferroviária e

das estradas, por meio de mecanis-

mos de atração do setor privado por

meio de concessões ou com proje-

tos do tipo greenfield.

“Vejo a presença ativa de empre-

sas espanholas em todos os segmen-

tos que serão alavancados nos pró-

ximos anos: infraestrutura, energia,

telecomunicações, habitação e cons-

trução”, afirmou Coutinho. Segundo

ele, investimentos nestas áreas irão

criar um segundo grande ciclo de in-

vestimentos espanhóis no país.

O presidente da Cámara Oficial

Española de Comercio en Brasil, An-

tonio Carlos Valente, afirmou só nos

ultimo cinco anos o país recebeu

mais de R$ 10 bilhões de investi-

mentos espanhóis. “No ano de 2000,

por exemplo, as empresas espanho-

las foram as maiores investidoras es-

trangeiras no País”, disse.

Antonio Carlos Valente (esquerda), Maria Luisa Castelo Marin (centro) e Luciano Couti-nho (direita)

investimento ajuda na recuperação do crescimento do país

investimento

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Aço ganha espaço na construção civil

conheça a importância e as vantagens do material, principalmente em substituição a elementos convencionais como o concreto

Carlos Alberto Pacheco

Imagens: divulgação e sxc.hu

24 • Revista do Aço

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Revista do Aço • 25

Um grande aliado na construção civil. Ou o prin-

cipal deles. Enfim, ao longo das últimas déca-

das o aço vem provando porque é indispensável no pro-

jeto de empreendimentos industriais, sejam eles quais

forem. Suas características físicas, químicas e mecânicas

tornam o material peça-chave no processo construtivo.

O aço de alta resistência possui algumas virtudes num

canteiro de obras que precisam ser consideradas, entre

as quais flexibilidade, compatibilidade com outros com-

ponentes e redução no custo das fundações.

Há uma definição clássica para o uso aço na cons-

trução (embora existam muitas outras) de autoria do

mestre e engenheiro metalurgista Willy Ank de Morais:

“O aço é o metal com maior histórico tecnológico de

produção, sendo que o processo apresenta um alto de-

sempenho e menor consumo de energia”. Só por essa

definição já é possível imaginar as possibilidades que se

abrem em casos de adaptações, ampliações, reformas e

mudança de ocupação de edifícios, por exemplo. O uso

do material, contudo, deve obedecer a determinados

critérios técnicos sob pena de haver imprecisões em

termos de engenharia. Há um consenso das inúmeras

vantagens do aço e também porque, hoje, ele é plena-

mente reciclável e menos agressivo ao meio ambiente.

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26 • Revista do Aço

cAPA

Já se sabe inclusive que o segmen-

to da construção civil é considerado o

maior mercado para o aço e, segundo

dados do Centro de Informação Me-

tal Mecânica, a construção já perfaz

um total de 30% de vendas ao redor

do mundo, “um volume equivalente

a 300 milhões de toneladas por ano”.

Esse número deverá crescer nos pró-

ximos anos, pois os fabricantes enxer-

gam no material uma excelente opor-

tunidade para firmar negócios.

Em 2005, entre os 17 maiores

produtores de aço no mundo, o Bra-

sil ocupava o nono lugar, com pouco

mais de 20 milhões de toneladas. Seis

anos depois – 2011 – o consumo de

produtos siderúrgicos bateu a casa

dos 25 milhões de toneladas, 4,1% a

menos que 2010 (algo em torno de

26 milhões). Na escala planetária, o

País continua em nono lugar na pro-

dução, muito distante da Índia, que

ocupa a quarta colocação, devendo

chegar ao segundo posto em 2013. A

China é o maior produtor do planeta,

com o montante de 695,5 milhões de

toneladas de aço bruto.

No contexto do consumo se-

torial, as informações não são

precisas e até divergentes. Con-

tudo, estima-se que o segmento

da construção civil deva ter cres-

cido 15% no último ano. De acor-

do com levantamento do Centro

Brasileiro da Construção em Aço

(CBCA), a composição do consu-

mo de aço em 2011 foi de 55% -

produtos de aços planos (chapas e

bobinas) e 45% de produtos aços

longos (vergalhões, perfis, barras,

fio-máquina).

Obra de Estrutura Metálica - Faculdade universidade em santo André.

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poni

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Revista do Aço • 27

Falta mão de obra

Criada com o objetivo de pro-

mover e desenvolver o mercado da

construção metálica no País, por

meio de programas de qualidade,

normalização e educação, a Associa-

ção Brasileira da Construção Metálica

(Abcem) promove cursos de interes-

se dos fabricantes e profissionais da

área. A entidade tem feito uma alerta

constante nos diversos eventos que

participa: falta mão de obra espe-

cializada nos projetos. Em outras

palavras: os engenheiros entendem

muito de concreto e pouco sobre es-

truturas metálicas. O presidente da

Abcem, Luiz Carlos Caggiano Santos,

chegou a afirmar para a revista Gran-

des Construções que a entidade tem

procurado “levar a informação sobre

a tecnologia para as universidades”

e tentar suprir essa lacuna. Há um

consenso de que empreendedores e

construtoras desconhecem as vanta-

gens do aço em obras civis.

Há um fator histórico que pesa

nesse desconhecimento. Até mea-

dos dos anos 80, os profissionais da

área mal dominavam as técnicas de

uso de estruturas metálicas. Luiz Carlos Caggiano santos, presidente da Abcem

cAPA

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Arquitetos e engenheiros não

concebiam a adoção de um novo

processo construtivo em prédios,

edifícios, pontes, viadutos ou mes-

mo em residências. Há uma tese

corrente no setor que explica essa

situação – a falta de produtos side-

rúrgicos na época aliada ao uso dis-

seminado de mão de obra barata na

construção civil brasileira teria pro-

piciado ao concreto a hegemonia

industrial durante anos a fio.

A educação, de fato, pode ser

a melhor opção para suprir a falta

de mão de obra especializada. A

exemplo da Abcem, o CBCA, criado

em 2002, também promove vários

eventos com o objetivo de promo-

ver a construção do aço. “A entidade,

como centro de estudos e tecnolo-

gia, promove a difusão das compe-

tências técnica e empresarial para

a construção em aço assim como

colabora com os trabalhos das enti-

dades existentes”, ressalta a direto-

ra do CBCA, Catia Mac Cord. Sob a

forma de consórcio, o Centro tem o

Instituto Aço Brasil como gestor.

Catia Mac Cord, CBCA

cAPA

28 • Revista do Aço

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Revista do Aço • 29

o aço e suas inúmeras possibilidadesNos sistemas de construção em

aço, técnicos empregam perfis lami-

nados em diferentes seções e tubos

de seção circular ou quadrada. “Há

grande variedade de alternativas

oferecidas pelos perfis soldados e os

formados a frio obtidos a partir de

produtos planos”, observa Cátia, da

CBCA. Nos sistemas de construção

convencional são empregados ver-

galhões, barras, telas e treliças.

Segundo a diretora, novas possi-

bilidades construtivas estão sendo

instaladas no Brasil. As opções vão

desde estrutura moldada in loco,

metálica, pré-moldada em concre-

to, metálica com pilar misto e com

pilar pré-moldado, até o light steel

framing. Para o futuro há desafios

considerados “promissores”: o uso

de aços com limite de escoamento

de 460 MPa, ligações semirrígidas

(aço, mistas e combinadas), vigas,

treliças e vigas alveolares do tipo hí-

bridas, construção mista com aço e

elastômero.

“A construção em aço pode ser

utilizada em qualquer tipo de imó-

vel, desde um projeto simples até o

aços estruturaisO aço é a mais versátil é a mais importante das ligas metálicas. Produzido em uma grande variedade de tipos e formas

para atender as mais diversas aplicações. Esta variedade mostra a contínua adequação do produto às exigências de

aplicações específicas que vão surgindo no mercado, seja pelo controle da composição química, seja pela garantia de

propriedades específicas ou, ainda, na forma final (chapas, perfis, tubos, barras etc.).

São mais de 3.500 tipos diferentes de aços e cerca de 75% deles foram desenvolvidos nos últimos 20 anos. Isso mostra

a grande evolução que o setor tem experimentado.

Os aços-carbono possuem em sua composição apenas quantidades limitadas dos elementos químicos carbono,

silício, manganês, enxofre e fósforo. Outros elementos químicos existem apenas em quantidades residuais.

A quantidade de carbono presente no aço define sua classificação. Os aços de baixo carbono possuem um máximo

de 0,3% deste elemento e apresentam grande ductilidade. São bons para o trabalho mecânico e soldagem, não

sendo temperáveis, utilizados na construção de edifícios, pontes, navios, automóveis, dentre outros usos. Os aços de

médio carbono possuem de 0,3% a 0,6% de carbono e são utilizados em engrenagens, bielas e outros componentes

mecânicos. São aços que, temperados e revenidos, atingem boa tenacidade e resistência. Aços de alto carbono

possuem mais do que 0,6% de carbono e apresentam elevada dureza e resistência após têmpera. São comumente

utilizados em trilhos, molas, engrenagens, componentes agrícolas sujeitos ao desgaste, pequenas ferramentas etc.

Na construção civil, o interesse maior recai sobre os chamados aços estruturais de média e alta resistência mecânica,

termo designativo de todos os aços que, devido à sua resistência, ductilidade e outras propriedades, são adequados

para a utilização em elementos da construção sujeitos a carregamento. Os principais requisitos para os aços destinados

à aplicação estrutural são: elevada tensão de escoamento, elevada tenacidade, boa soldabilidade, homogeneidade

microestrutural, susceptibilidade de corte por chama sem endurecimento e boa trabalhabilidade em operações tais

como corte, furação e dobramento, sem que se originem fissuras ou outros defeitos.

Fonte: Centro Brasileiro de Construção em Aço

cAPA

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30 • Revista do Aço

mais elaborado”, esclarece a direto-

ra. Ela explica que o sistema em es-

trutura metálica é mais rápido e tem

menor impacto no canteiro compa-

rado à construção tradicional, pois

seus componentes saem da fábrica

para a obra onde a montagem é fei-

ta. “Em função da maior velocidade

de execução da obra, haverá ganho

adicional pela ocupação antecipa-

da do imóvel e pela rapidez no re-

torno do capital investido”, destaca.

Há outras vantagens também. “O

tempo economizado permite a re-

dução de custos de financiamento

e despesas relacionadas a reparos e

reclamações que poderiam vir a ser

considerados quando do cálculo do

custo total da operação”.

Além disso, de acordo com a

análise de Cátia, o aço garante pre-

cisão de medidas, propiciando uma

obra aprumada e nivelada, o que fa-

cilita a inserção dos demais compo-

nentes da construção. Dependendo

do sistema adotado, o metal pode

atender aos vários tipos de terrenos

com desníveis. O que evitaria gastos

com grandes movimentos de terra e

aterros, “portanto com pouca inter-

venção na natureza”. Já nos grandes

centros urbanos onde os moradores

encontram que ajuda a reduzir a al-

tos índices de congestionamento e

dificuldade de mobilidade, a direto-

ra lembra que a movimentação de

carga é menor, o que ajuda a reduzir

a emissão de gás carbônico.

produto indispensável no canteiroVeja quais são as vantagens e os benefícios do uso do aço na construção civil:

Oferece reabilitação e utilização para construção de áreas anteriormente consideradas ruins ou inadequadas

para suportar edificações convencionais.

É 100% reciclável e ecoeficiente em seu processo produtivo.

A rapidez no processo de montagem e na execução da obra torna menores os prazos de entrega.

Mais leves, as estruturas em aço podem reduzir em até 30% o custo das fundações e ainda tornar viável o uso

de solos com baixa capacidade de carga.

Agilidade de execução e facilidade de montagem. Facilidade na instalação e manutenção dos sistemas

prediais. Sistema aberto que aceita vários tipos de acabamentos.

Ótimo desempenho termo-acústico.

Em função da maior velocidade de execução da obra, haverá um ganho adicional pela ocupação antecipada

do imóvel e pela rapidez no retorno do capital investido.

As seções dos pilares e vigas de aço são substancialmente mais esbeltas do que as equivalentes em concreto,

resultando em melhor aproveitamento do espaço interno e aumento da área útil, fator muito importante

principalmente em garagens.

PRODUÇÃO SIDERÚRGICA BRASILEIRA

12/11 JAN FEV 12/11 ÚLTIMOS

2012(*) 2011 (%) 2012 2012 2012(*) 2011 (%) 12 MESES

AÇO BRUTO 8.694,1 8.488,9 2,4 2.811,1 2.778,1 3.104,9 3.037,9 2,2 35.425,3LAMINADOS 6.500,3 6.308,2 3,0 2.042,8 2.092,0 2.365,5 2.287,2 3,4 25.432,0 PLANOS 3.809,8 3.662,7 4,0 1.176,5 1.210,1 1.423,2 1.319,1 7,9 14.412,0 LONGOS 2.690,5 2.645,5 1,7 866,3 881,9 942,3 968,1 ( 2,7) 11.020,0SEMI-ACABADOS P/VENDAS 1.852,6 1.711,3 8,3 659,6 513,7 679,3 678,9 0,1 8.179,1 PLACAS 1.523,4 1.407,3 8,2 556,3 407,2 559,9 579,8 ( 3,4) 6.861,3 LINGOTES, BLOCOS E TARUGOS 329,2 304,0 8,3 103,3 106,5 119,4 99,1 20,5 1.317,8FERRO-GUSA (Usinas Integradas) 6.750,7 6.673,5 1,2 2.215,2 2.127,1 2.408,4 2.358,9 2,1 27.668,0(*) Dados Preliminares.

Fonte: Aço Brasil

Unid.: 10 3 t

PRODUTOSJAN/MAR MARÇO

produção sIderúrgICa brasIleIra unid.: 103 t

* Dados PreliminaresFonte: Aço Brasil

cAPA

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Revista do Aço • 31

ganho ambientalObras feitas em aço têm menor

impacto sobre o meio ambiente em

termos de uso de energia, consumo

de matérias-primas, geração de de-

tritos e de impactos no canteiro de

obras – resíduos, emissão de poeira,

tráfico e ruídos sonoros. “O material

economiza água, justamente no

momento em que este recurso vem

se tornando mais escasso”, reitera

Catia Mac Cord. E mais: estruturas

em aço consomem apenas 6,3%

do ciclo de vida total da energia de

uma residência, o restante sendo

cAPA

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32 • Revista do Aço Tubos de Aço

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Revista do Aço • 33Tubos de Aço

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consumido para climatização e ilu-

minação. “Além disso, por exemplo,

200 metros quadrados de uma casa

com estrutura em aço podem gerar

apenas um metro cúbico de resídu-

os recicláveis durante a construção”.

Na organização do canteiro, a

organização é facilitada devido à

inexistência de grandes depósitos

de areia, brita, cimento, madeiras e

ferragens. E como consequência, o

desperdício sofre uma redução sen-

sível. A diretora enfatiza um detalhe

importante. Evitar a geração de re-

síduos é mais importante do que a

sua reutilização, pois seu processa-

mento exigirá transporte de saída

e um transporte de entrada plena-

mente evitável e demanda energia

de transformação. Dessa forma, o

ambiente limpo oferece melhores

condições de segurança ao traba-

lhador contribuindo para a redução

dos acidentes de trabalho.

Quando se opta pelo aço em em-

preendimentos civis, há redução de

até 40% no tempo da obra em rela-

ção aos processos convencionais, já

que a montagem da estrutura é feita

em paralelo às fundações, “permi-

tindo trabalhar em diversas frentes

de serviços simultaneamente”. A di-

minuição de formas e escoramentos

e o fato da estrutura ser menos afe-

tada pelas chuvas são outros fatores

que contribuem para a redução.

Aço também ajuda na redução de resíduos da obra

cAPA

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34 • Revista do Aço

Uma demanda robusta, balan-

ços financeiros fortes e um

apetite por crescimento serão os res-

ponsáveis por um aumento do número

de fusões e aquisições no setor global

de mineração e metais em 2012, segun-

do avaliação do líder global de Transa-

ções em Mineração e Metais da Ernst &

Young, Lee Downham. Para ele, o rela-

Consultoria aponta fusões e aquisições em mineração terão crescimento em 2012relatório aponta crescimento das empresas de mineração e metais, mesmo diante das incertezas e volatilidade dos mercadosPOR REDAçãO

tendênciA

sxC

.hu

tório anual Recognizing value in volatili-

ty, elaborado pela multinacional de au-

ditoria e consultoria, demonstra que as

empresas do setor estão aprendendo

a viver com a incerteza e posicionados

para aproveitar as oportunidades. “A

incerteza e a volatilidade global prova-

velmente continuarão durante o ano de

2012, mas as companhias de mineração

e metais têm um apetite para crescer e

estão cada vez mais relutantes em pa-

ralisar seus planos de crescimento. Por

isso, é provável que voltem a fazer ne-

gócios em 2012”, afirma. “Aquelas que

conseguem trabalhar com volatilida-

de serão as grandes negociadoras em

2012, e poderão encontrar verdadeiras

oportunidades de compras.”

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Revista do Aço • 35

O relatório da Ernst & Young mos-

tra que o total do valor de negócios

globais em 2011 cresceu 43%, che-

gando a US$ 162,4 bilhões (compara-

do aos US$ 113,7 bilhões verificados

em 2010), com transações de US$

1 bilhão ou mais respondendo por

dois terços do total do negociado,

impulsionados principalmente pela

estratégia de consolidação domésti-

ca diante de sinergias identificadas.

Mas se o valor das negociações cres-

ceu, o número de negócios em 2011

caiu 10%, para 1.008 (comparado a

1.123 negócios realizados em 2010),

com reduzida disponibilidade de ca-

pital diminuindo a capacidade de ne-

gócios por parte de menores players.

Em relação ao valor de negócios,

as operações de fusões e aquisições

em 2011 foram dominadas pelos paí-

ses com o mercado de mineração de-

senvolvidos, especialmente EUA, Ca-

nadá e Austrália, com a consolidação

de carvão e ouro como commodities

principais. Em 2012, é provável que

aconteçam movimentos de consoli-

dação doméstica.

No entanto, Lee Downham afirma

que os números escondem a tendên-

cia de retorno dos países emergen-

tes e de países que fazem fronteira

com as regiões de mineração bem

desenvolvida, principalmente par-

tes da África, América do Sul e Ásia,

por meio de acordos offtake ou par-

ticipações minoritárias em empresas

listadas nas bolsas do Canadá e da

Austrália com ativos nestas regiões.

“Esperamos que o número de ne-

gócios nos países vizinhos e nos emer-

gentes que possuem recursos de alta

qualidade e regras de investimento

estrangeiro amigáveis evoluam neste

ano junto com o aumento do apeti-

te ao risco”, diz. “Esta mudança deve

acontecer principalmente devido à

disponibilidade cada vez menor de

depósitos minerais de qualidade a

preços razoáveis em países com mer-

cado de mineração já desenvolvido.”

financiamento e captação de

recursos

As maiores mineradoras e as com-

panhias intermediárias agarraram-se

ao mercado de títulos corporativos

no ano passado, com um recorde de

US$ 84 bilhões emitidos, 16% acima

do verificado em 2010. Em 2010, os

títulos corporativos emitidos pelas

companhias de mineração e metais

foram dominados por diversas cap-

tações de grande porte por parte das

grandes empresas, retraindo a dívida

bancária e estendendo o prazo da

dívida. Mas em 2011, foram emitidos

mais títulos para montantes relativa-

mente pequenos pelas companhias

intermediárias, destacando que es-

tes títulos tornaram-se a principal

fonte de financiamento para o setor.

“O foco do capital levantado em

2011 não foi o refinanciamento agres-

sivo, mas o refinanciamento inteli-

gente. As companhias estão entrando

em 2012 com classificação de risco de

crédito fortalecido e capacidade para

acelerar o ritmo de crescimento futuro”,

afirma Lee Downham. Ele explica que

as “companhias de mineração e metais

continuarão explorando o mercado de

títulos corporativos em 2012 e também

esperamos ver um incremento adicio-

tendência

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36 • Revista do Aço

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Revista do Aço • 37

nal no uso de fontes alternativas de fi-

nanciamento como fundos soberanos,

riqueza privada e parcerias estratégicas

para acordos de longo prazo”.

“Existe uma crescente preparação

para fazer negócios, mas é imprová-

vel que os grandes negócios sejam

inteiramente financiados por dívida

bancária de curto prazo. As minera-

doras podem voltar a fazer negócios,

mas isso não significa que os bancos

se voltarão às mega operações de fu-

sões e aquisições em 2012.”

Lee Downham diz que as compa-

nhias de mineração e metais estão,

cada vez mais, procurando múltiplas

opções de financiamento. Quando

estão avaliando os valores, os gesto-

res procuram capturar o valor de flu-

xo de caixa de longo prazo e aplicar

risco em uma base muito mais sofis-

ticada. “As empresas mais prepara-

das estarão em uma melhor posição

para maximizar as oportunidades de

crescimento em 2012”, afirma.

Comprar, construir ou retornar

O líder global da Ernst & Young

afirma que os mercados de ações

continuam muito sensíveis a notí-

cias macroeconômicas e, para mui-

tas empresas, os valores de mercado

não parecem corresponder “ao pata-

mar que deveriam estar”.

“No geral, os preços das commo-

dities cresceram em 2011 em rela-

ção a 2010, gerando uma melhoria

nos resultados e posições de caixa.

Muitas empresas estão encarando

como um desafio, porém favorável,

de como usar seus capitais – o dile-

ma de comprar, construir ou retornar

está de volta a muitas mesas de reu-

nião.”

Sem surpresa, o número global

de IPOs caiu em 2011 com a volati-

lidade e incerteza puxando os mer-

cados acionários globais para baixo.

No total, aconteceram 145 listagens

em 2011, 18% abaixo das 177 em

2010. O total de recursos levantados

com aberturas de capital chegou a

US$ 17,4 bilhões, contudo, o valor

cai para US$ 7,4 bilhões (59% abaixo

do valor em 2010) quando excluídos

os US$ 10 bilhões do IPO da Glen-

core. “Houve um grande número de

IPOs de pequeno porte na Austrália

e Canadá, e isso deve continuar em

2012. As pequenas empresas estão

frequentemente preparadas para

comprometer mais em precificação

para conseguir a listagem, e usar isso

como uma plataforma para adicionar

capital, elevando o retorno.”

Além das listagens de pequeno

porte, Lee Downham afirma que o

número recorde de IPOs foi adia-

do em 2011 e existe uma robusta

lista de companhias prontas para

ir a mercado quando houver um

período sustentável de confiança

e estabilidade nos mercados de

capitais. “Se o mercado estabilizar,

isso pode acontecer no segundo

semestre de 2012”, conclui.

tendência

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38 • Revista do Aço

Apesar da previsão de recorde

de produção em 2011, 35,3

milhões de toneladas - impactado fun-

damentalmente pela operação da CSA

-, este está sendo considerado um ano

difícil para a indústria do aço brasileira.

O Instituto Aço Brasil reviu para baixo

suas previsões para 2011. O exceden-

te de capacidade de produção de aço

em relação à demanda no mundo

continua alto (cerca de 500 milhões

de toneladas) e também no Brasil (20,2

milhões de toneladas). O país vive, as-

sim como outros da América Latina,

o aprofundamento da desindustria-

lização provocada pelo aumento das

importações diretas e indiretas de aço.

A cadeia metal mecânica está sendo

fortemente impactada. A participação

da indústria manufatureira no valor

agregado passou de 18,1%, em 2005,

Importação de aço dificulta mercado internoempresários reclamam da excessiva presença de produtos estrangeiros no mercado interno

RedaçãoImagens: divulgação

PRodução

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Revista do Aço • 39

para 15,8%, em 2010. Além disso, mais

de 60% das exportações da China

para o Brasil são de produtos metal-

-mecânicos. “Diante desse cenário,

tivemos que revisar nossas previsões

para baixo em 3% na produção de aço

bruto para 2011”, disse o presidente do

Conselho Diretor do Aço Brasil, André

B. Gerdau Johannpeter.

mas ainda significativamente acima

dos níveis históricos. O consumo

aparente deve ser de 25 milhões de

toneladas este ano, 4,3 % a menos

do que em 2010. As vendas internas

devem apresentar crescimento de

3,8 % em relação a 2010, chegando

a 21,5 milhões de toneladas, volume

ainda abaixo do patamar alcançado

pré-crise 2008. As exportações de

produtos de aço no período devem

totalizar 10,7 milhões de toneladas

e 8,3 bilhões de dólares, represen-

tando aumento 19,4% em volume e

43,1% em valor, quando comparado

com 2010.

Cenário de incerteza

Frente às projeções macroeconô-

micas do País para 2012, o Aço Brasil

estima o consumo aparente de pro-

dutos siderúrgicos em 26,7 milhões

de toneladas, aumento de 7,1%. “En-

tendemos que o mundo pós-crise é

muito mais complexo e competitivo,

o que torna ainda mais importante

André Gerdau, Aço Brasil

As importações no ano em cur-

so estão estimadas em 3,7 milhões

de toneladas, queda de 37,9% na

comparação com o ano passado,

instituto aço brasil

estima consumo de produtos

siderúrgicos em 26,7 milhões

de toneladas

produção

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40 • Revista do Aço

“usinas adotaram postura agressiva”

preservar o mercado interno com a

correção das assimetrias competitiva

e tributárias”, disse o presidente exe-

cutivo do Instituto Aço Brasil, Marco

Polo de Mello Lopes, ressaltando

a importância estratégica do setor

para a economia do país.

Dados preliminares do estudo

contratado pelo Aço Brasil à Fun-

dação Getúlio Vargas (FGV) para

avaliar a importância do aço na eco-

nomia brasileira indicam que a par-

ticipação do setor produtor de aço

no PIB do País é de 4%. Embora o

setor não seja intensivo em pessoal,

gera impacto em setores que o são.

Para cada emprego criado na indús-

tria do aço são gerados 23 outros na

cadeia. Se o volume de importação

direta de 5,9 milhões de toneladas

de aço, em 2010, tivesse sido produ-

zido no Brasil, teriam sido gerados

582 mil empregos.

Nesse cenário de incertezas, os

investimentos estão sendo revistos

em termos de prazos de implemen-

tação. No período pós-privatização

foram investidos US$ 34,1 bilhões

(1994 a 2010). O setor prevê inves-

timentos superiores a US$ 5 bilhões

por ano, mas para o efetivo início da

implantação de novos projetos deve

levar em conta as condições compe-

titivas do mercado brasileiro.

queda

De acordo com dados divulgados

pelo Instituto Nacional dos Distribui-

dores de Aço (INDA), as importações

de aço em 2011 foram 47,5% meno-

res do que no ano anterior. O recuo

foi ocasionado principalmente de-

vido à queda do preço do produto

nas siderúrgicas nacionais. “As usinas

brasileiras adotaram uma postura

mais agressiva no ano passado, com

margens de lucro mais apertadas. A

diminuição do preço do aço comum

contribuiu diretamente para a redu-

ção da entrada de material siderúrgi-

co estrangeiro no país”, afirma Carlos

Loureiro, presidente da entidade.

Mesmo com o resultado negativo

na importação, o consumo aparente

de aço no Brasil permanece estável

nos últimos quatro anos. Dados le-

vantados pelo Inda apontam que as

usinas nacionais deixaram de entre-

gar, em 2011, cinco milhões de to-

neladas de aço, e entre 2007 e o ano

passado, a importação indireta de

aço cresceu 113,6%. De acordo com

o presidente, os setores de máquinas

e equipamentos e automotivo (au-

topeças/automobilístico) são os que

mais utilizam o aço indireto.

Em dezembro, foram vendidas

324,8 mil toneladas de aço plano,

montante 9,6% menor do que o re-

gistrado em novembro e 15,8% su-

perior ao total de aço vendido em

dezembro do ano passado. Em 2011,

houve um aumento de 11,7% nas

vendas quando comparado ao mes-

mo período do ano anterior. As com-

pras das usinas siderúrgicas registra-

ram queda de 11,7% frente a novem-

bro, totalizando 317,7 mil toneladas.

Quando comparadas a dezembro do

ano passado, as compras aumenta-

ram 18,5%. No acumulado de 2011,

houve baixa de 4% em relação ao

mesmo período do ano passado.

Marco Polo, presidente do IAB

Carlos Loureiro, presidente do INDA

produção

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Revista do Aço • 41

Os estoques registraram queda de

0,7% em relação a novembro, totalizan-

do 1.000,7 mil toneladas. Na compara-

ção com dezembro do ano passado,

houve retração de 16,8% no montante

de aço armazenado nos distribuidores.

Em dezembro, a retração da venda do

material provocou o aumento no giro

de estoques para 3,1 meses.

2012, novas expectativas

O desempenho das vendas de

aço esse ano tiveram alterações Se-

gundo dados divulgados pelo Ins-

tituto Aço Brasil, as importações de

aço pelo Brasil subiram 27,5% em

março na comparação com o mesmo

mês de 2011, motivadas por preços

mais baixos no mercado internacio-

nal, para 338,4 mil toneladas. A im-

portação de aços longos, utilizados

principalmente na construção civil,

foram as que mais cresceram, pas-

sando de 67,9 mil toneladas em mar-

ço de 2011 para 105,5 mil toneladas

em março de 2012. Com esse incre-

mento, os gastos com importação

de aço no mês passado totalizaram

US$ 397,8 milhões, contra US$ 322

milhões há um ano.

produção

Ab

itam

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42 • Revista do Aço

No acumulado em 2012, a impor-

tação de aço registrou alta de 15%,

para 996,2 mil toneladas. Em valores, a

alta foi de 20,1%, para US$ 1,2 bilhão.

produção nacional

A produção brasileira de aço

bruto em abril de 2012 foi de 3 mi-

lhões de toneladas, representando

queda de 1,2% quando comparada

com o mesmo mês em 2011. Em re-

lação aos laminados, a produção de

abril, de 2,2 milhões de toneladas,

apresentou crescimento de 0,1%

quando comparada com abril do

ano passado. Com esses resultados,

a produção acumulada em 2012

totalizou 11,8 milhões de tonela-

das de aço bruto e 8,7 milhões de

toneladas de laminados, o que sig-

nificou aumento de 1,7% e de 2,2%,

respectivamente, sobre o mesmo

período de 2011.

Quanto às vendas internas, o re-

sultado de abril de 2012 foi de 1,8 mi-

lhão de toneladas de produtos, queda

de 2,1% em relação a abril de 2011.

As vendas acumuladas em 2012, de

7,2 milhões de toneladas, mostraram

crescimento de 0,4% com relação ao

mesmo período do ano anterior.

As exportações de produtos si-

derúrgicos em abril de 2012 atingi-

ram 826 mil toneladas no valor de

612 milhões de dólares. Com esse

resultado, as exportações em 2012

totalizaram 3,4 milhões de tonela-

das e 2,4 bilhões de dólares, repre-

sentando declínio de 7,3% em vo-

lume e de 9,0% em valor, quando

comparados ao mesmo período do

ano anterior.

No que se refere às importa-

ções, registrou-se em abril volume

de 317 mil toneladas (US$ 362 mi-

lhões) totalizando, desse modo, 1,3

milhões de toneladas de produtos

siderúrgicos importados no ano,

16,5% acima do mesmo período do

ano anterior.

O consumo aparente nacional de

produtos siderúrgicos em abril foi

de 2,1 milhões de toneladas, totali-

zando 8,4 milhões de toneladas em

2012. Esses valores representaram

queda de 0,8 e aumento de 2,0%,

respectivamente, em relação a igual

período do ano anterior.

produção

sxC.hu

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Revista do Aço • 43

Os produtos da Tupy, em-

presa produtora de co-

nexões de ferro maleável e oferece

uma série de soluções em conexões,

granalhas e perfis, que fica localizada

em Santa Catarina, têm certificado

de conformidade da Associação Bra-

sileira de Normas Técnicas (ABNT). As

peças também são certificadas pelo

Programa Brasileiro de Qualidade e

Produtividade no Habitat (PBQP-H)

e também internacionalmente além

de serem exportadas para cerca de

30 países. Recentemente, a empresa

adquiriu duas fundições no México

e, dessa forma, passou a ser a mais

nova multinacional brasileira.

A partir desta operação, a compa-

nhia − fundada em 1938 em Joinville

(SC), e com uma unidade fabril tam-

bém em Mauá (SP) −, amplia sua ca-

pacidade produtiva, que atualmente

é de 540 mil toneladas por ano, para

852 mil toneladas anuais, e se torna a

maior fabricante de blocos e cabeço-

tes de ferro para a indústria automoti-

va mundial. “Essa aquisição atende ao

propósito de diversificar a atuação da

companhia e fortalecer nossa presen-

ça global. Porém, é preciso esclarecer

Tupy amplia fronteirasdepois de comprar duas fundições no mÉxico, empresa passou a ser a mais nova multinacional brasileira

Redação

Imagens: divulgação

Perfil

que a Tupy adquiriu somente as ope-

rações de fundição de blocos e cabe-

çotes de motor do Grupo Industrial

Saltillo. O GIS mantém suas outras

operações”, diz Fernando Cestari de

Rizzo, vice-presidente gestor da Bu-

siness Unit Automotivo. Segundo ele,

a diversificação que a empresa ob-

teve com essa aquisição é dentro do

próprio mercado em que já atua. “As

plantas adquiridas aumentam nossa

participação na fabricação de blocos

e cabeçotes para motores de máqui-

nas agrícolas, de construção e mine-

ração, sendo que nossa atuação vinha

sendo mais forte no fornecimento de

componentes para motores de veícu-

los de passeio e comerciais”, explica.

Com isso, a empresa tem uma car-

teira mais diversificada e também con-

segue reforçar a proximidade com a

América do Norte, onde se concentra

grande parte da carteira de clientes da

Tupy. “Este é um passo fundamental na

estratégia de crescimento da empresa,

depois de 15 anos expandindo a atua-

ção no exterior por meio das exporta-

ções, que hoje significam cerca de 50%

do volume de vendas da companhia,

com picos próximos a 60%”, afirma.

A divisão de conexões da Tupy

produz e comercializa conexões de

ferro maleável, granalhas de aço e

perfis contínuos de ferro, que aten-

dem à indústria da construção, de

mármores e granitos e segmentos di-

versos da engenharia industrial. O fa-

turamento líquido da Tupy, em 2011,

foi de R$ 2,18 bilhões e o lucro líquido

de R$ 203,4 milhões. A empresa ex-

porta aproximadamente metade de

sua produção para cerca de 40 países.

De acordo com Jorge Henrique

Silva, coordenador de Marketing da

área de Vendas Produtos Industriais,

“mesmo com o cenário industrial

nacional apresentando um cresci-

mento menor em alguns setores,

estamos otimistas quanto ao de-

sempenho no segundo semestre de

2012. Além disso, o Brasil está pas-

sando por grandes investimentos

em infraestrutura do Programa de

Aceleração do Crescimento (PAC)

e para atender a demanda gerada

pela Copa do Mundo (2014) e pelas

Olimpíadas (Rio 2016). Nossas solu-

ções estão em estádios em constru-

ção, como os de Brasília e Salvador,

aeroportos e redes de hotéis”, diz

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44 • Revista do Aço

históriaFundada em 1938, em Joinville, Santa Catarina, a Tupy tem capacidade para produzir 500 mil toneladas anuais de peças em ferro fundido, em dois parques fabris: um em Joinville e, outro, em Mauá, no Estado de São Paulo. Certificada pelas normas ISO/TS 16949, ISO 9001 e ISO 14001, a TUPY emprega cerca de nove mil pessoas e exporta metade de sua produção, para aproximadamente 40 países.

Para comercialização de seus produtos e atendimento a clientes, a empresa dispõe de escritórios estabelecidos na cidade de São Paulo, nos Estados Unidos, México, Alemanha, Inglaterra, Itália e Japão. A história da empresa segue de perto os passos da industrialização do Brasil e da cidade de Joinville, colonizada a partir da segunda metade do século 19 por imigrantes europeus, a maioria de origem germânica. Albano Schmidt, Hermann Metz e Arno Schwarz, que fundaram a empresa em março de 1938, descendiam desses imigrantes. Albano era um homem de negócios e os sócios, pessoas que já se dedicavam a fabricar artefatos de ferro, utilizando conhecimentos rudimentares de fundição. Enquanto as conexões ganhavam mercado em todo o país e se tornavam líderes em vendas, Albano Schmidt planejava a construção do que viria a ser o parque industrial do Boa Vista, para onde a Tupy começou a se transferir em 1954. A mudança acabou dando início ao próprio bairro, hoje um dos mais populosos de Joinville, e a primeira unidade de fundição, com capacidade para três mil toneladas ao ano, logo transformou a Tupy na maior empresa do Estado de Santa Catarina. Albano Schmidt morreu em 1958 e a Presidência da empresa foi ocupada pelo filho Hans Dieter Schmidt, então com 26 anos, mas já visto pelo pai como sucessor natural. Homem de ideias arrojadas e visão empreendedora, Dieter criou em 1959 a Escola Técnica Tupy, com o objetivo de qualificar mão de obra para fazer frente aos desafios que, acreditava ele, a indústria automobilística traria. O primeiro contrato para produção de peças automotivas havia sido firmado em 1958: tambores de freio para a Volkswagen, recém-chegada ao Brasil. Em 1963 a segunda unidade de fundição foi instalada, exclusivamente para produzir peças automotivas, e em 1972 foi criado o primeiro Centro de Pesquisa, em parceria com a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Em 1975, uma terceira frente materializava a vocação da empresa para atuar no setor automotivo: a unidade de fundição de blocos e cabeçotes de motor, segmento que hoje responde por mais de 60% dos negócios da empresa. A década de 1970 marca também o início do processo de internacionalização da Tupy. Já exportando conexões para países da América do Sul e da Europa, a empresa se estabelece em 1976 nos Estados Unidos e, no ano seguinte, na Alemanha, com escritórios de negócios.

Em 1981, quando ocupava o cargo de Secretário de Estado da Indústria de Santa Catarina, Hans Dieter Schmidt faleceu em acidente aéreo. Sua morte prematura, a estagnação econômica pela qual passava o Brasil na época e a excessiva diversificação dos negócios da Organização, que além de fundição também incluíam os ramos químico e plástico, vão se refletir nessa década e na próxima.

Na década de 90 a empresa começou uma gestão profissionalizada. No ano de 1995, outro marco: a Tupy deixa de ser um empreendimento familiar e seu controle acionário é entregue a um grupo de fundos de pensão e bancos, solução de capital encontrada para fazer frente ao excessivo endividamento. Nesse mesmo ano, a empresa fez a aquisição da Sofunge, fundição cativa da Mercedes-Benz do Brasil. Já então focada em seu core-business, fundição, a empresa passa a concentrar todos os seus esforços na ampliação das exportações, consolidando-se no mercado externo como competidora global junto ao setor automotivo.

Em 1996, além de produtos brutos, a Tupy começa a oferecer a seus clientes os serviços de usinagem. Em 1998 adquire uma unidade de fundição em Mauá, no Estado de São Paulo, ao mesmo tempo em que moderniza e expande o parque fabril de Joinville.

Os anos 2000 começam com a implantação do Sistema de Gestão Ambiental (SGA), que exigirá investimentos em várias frentes, de forma a gerenciar o impacto sobre o meio ambiente dos processos produtivos da empresa, em conformidade com a legislação correspondente. A primeira certificação pela ISO 14001 é obtida já em 2001.

No mesmo ano a Tupy domina o processo de utilização do ferro fundido vermicular (CGI – Compacted Graphite Iron) para produção em larga escala de blocos de motor e assina o primeiro contrato para fornecimento desses produtos à Ford, no Reino Unido.

Em 2003, os acionistas controladores decidem mudar a liderança da Companhia. A nova administração estabelece como prioridades a reestruturação da dívida e a reorganização da estrutura, condições essenciais para suportar o crescimento que viria nos anos seguintes. Em 2004 a empresa é destacada com o Prêmio Finep de Inovação Tecnológica, pelo domínio do processo de fabricação de componentes em ferro fundido vermicular. No triênio seguinte a Tupy beneficiou-se do forte crescimento da economia mundial e, mesmo diante de limitações decorrentes da reestruturação da dívida, concluída ao final de 2003, alcançou resultados que lhe conferiram posição de destaque na indústria de fundição. Esta circunstância motivou acionistas controladores a dar novo voto de confiança à Companhia, sob a forma da conversão, em ações, de debêntures no valor de R$ 304,6 milhões ao final de 2007.

Ao completar 70 anos, em 2008, a Tupy – com sua saúde financeira totalmente recuperada – anuncia investimentos de R$ 420 milhões, destinados à modernização de suas unidades produtivas, ao aumento da capacidade de produção, à ampliação dos serviços de usinagem e melhorias ambientais. O ano da comemoração do septuagésimo aniversário passa para a História como o melhor ano da empresa, em vendas e geração de caixa.

Com representação comercial na China, grande parte da produção da Tupy é constituída de componentes desenvolvidos sob encomenda para o setor automotivo, que engloba caminhões, ônibus, máquinas agrícolas e de construção, carros de passeio, motores industriais e marítimos, entre outros. São blocos e cabeçotes de motor e peças para sistemas de freio, transmissão, direção, eixo e suspensão.

perfil

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Rizzo. A Tupy tem, entre os princi-

pais clientes do mercado automo-

tivo, empresas como a Cummins,

Ford, Mercedes-Benz, Perkins, Audi,

Iveco, MAN, John Deere, Komatsu,

Kubota e Peugeot. No Brasil, a em-

presa tem a Volkswagen e a MWM

International entre seus grandes

clientes, além de ocupar posição de

liderança no segmento de conexões

de ferro maleável.

A empresa também já foi des-

taque em inovação tecnológica. De

acordo com Rizzo o enfoque está

sempre na necessidade do mercado

e na detecção de tendências para o

futuro. “Temos cerca de 350 profissio-

nais atuando nas áreas de desenvolvi-

mento de produtos e processos. Além

disso, a empresa dispõe de uma vasta

rede de conhecimento. São universi-

dades e centros de pesquisa, no Brasil

e no exterior, com os quais mantém

parcerias”, conta o vice-presidente.

projetos sociais

Como muitas grandes empresas, a

Tupy também desenvolve projetos so-

ciais. A empresa dá suporte a ações di-

recionadas para as áreas de educação,

esporte, meio ambiente e cultura prio-

ritariamente para crianças e jovens. São

privilegiados os projetos de educação

e esporte que complementem a for-

mação recebida em escolas públicas.

Segundo Rizzo, os projetos ambientais

apoiados pela empresa devem estar

alinhados aos temas: conservação de

manguezais, recursos hídricos e esti-

mulo à reciclagem. Para a área cultural,

os recursos serão direcionados aos pro-

jetos que se enquadrem no que permi-

tem as leis de incentivo fiscal.

perfil

Fernando Cestari Rizzo

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46 • Revista do Aço

As operações de fusão e

aquisição realizadas pelas

empresas de Mineração no Brasil se

mantiveram estáveis nos três pri-

meiros meses de 2012. Neste perío-

do, foram realizadas três transações,

mesmo número registrado no últi-

mo trimestre do ano passado. Já no

primeiro trimestre de 2011 em com-

paração com o mesmo período de

2012, foi fechado um negócio a mais,

totalizando quatro. Os números fa-

zem parte da Pesquisa de Fusões e

Aquisições da KPMG no Brasil realiza-

da trimestralmente.

Das três operações realizadas este

ano, duas foram feitas com empresas

de capital majoritário estrangeiro ad-

quirindo, de brasileiros, capital de em-

presa estabelecida no Brasil; e a tercei-

ra envolvia companhia de capital es-

trangeiro adquirindo, de estrangeiros,

capital de empresa estabelecida no

Brasil. Com essas transações concreti-

zadas, o setor de Mineração ficou em

12° lugar no ranking feito pela KPMG, e

que inclui ainda outros 41 segmentos,

que juntos totalizaram 204 operações

no 1° trimestre de 2012, total recorde

para este período do ano.

Para o sócio da KPMG no Brasil

e líder da área de Mineração, André

Castello Branco, esses números in-

dicam que ainda é forte o interes-

se dos investidores estrangeiros

pela mineração no Brasil. “Podemos

conferir isso na movimentação de

compra e venda das empresas. O

movimento de investimentos in-

ternacionais é uma tendência que

prevalecerá nos próximos anos”.

De acordo com o sócio, esse in-

teresse é fruto das boas previsões

para o setor que está em uma fase

de consolidação. “A indústria foi

tomada por uma onda de investi-

mentos bilionários e esse maior in-

teresse pelo setor tem como pano

de fundo o cenário de demanda

aquecida que vem sendo puxada

por alguns fatores: aumento da

população mundial, crescimento

da economia dos países que fazem

parte do bloco dos BRICS, o ape-

tite chinês pelo minério de ferro

brasileiro e a demanda em alta por

investimentos em infraestrutura e

grandes projetos ligados, princi-

palmente, a realização no Brasil da

Copa do Mundo de Futebol e das

Olimpíadas”, conclui.

Fusões e aquisições ficam estáveis no primeiro trimestrepesQuisa da Kpmg aponta tendência de investimentos internacionais no brasilImagens: divulgação

panorama

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Revista do Aço • 47

Classificados do

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Revista do Aço • 47

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48 • Revista do Aço

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Revista do Aço • 49

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50 • Revista do Aço

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Revista do Aço • 51

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52 • Revista do Aço