Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro...

39
| Revista BrOffice | www.broffice.org/revista 1 Janeiro | 2011 Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Diagramado no BrOffice.org Draw Artigos | Dicas | Tutoriais | e muito mais... Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 A Campus Party é uma vitrine para os jovens talentos da área de tecnologia exporem suas ideias e projetos. Confira também a participação do BrOffice no evento. Revista BrOffice | www.broffice.org/revista Diagramado no BrOffice Draw Artigos | Dicas | Tutoriais | e muito mais... Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011 TDF e LibreOffice na Campus Party 2011: TDF e LibreOffice na Campus Party 2011: Situações e antecedentes que levaram à criação da Situações e antecedentes que levaram à criação da The Document Foundation e o impacto causado na The Document Foundation e o impacto causado na comunidade BrOffice comunidade BrOffice Inclusão Digital: Telecentros do Estado da Bahia, visa garantir acesso às tecnologias da informação e comunicação

Transcript of Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro...

Page 1: Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca... · contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por Eliane

| Revista BrOffice | www.broffice.org/revista 1 Janeiro | 2011Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Diagramado no BrOffice.org Draw

Artigos | Dicas | Tutoriais | e muito

mais...

Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010

A Campus Party é uma vitrine para os jovens talentos

da área de tecnologia exporem suas ideias e projetos.

Confira também a participação do BrOffice no evento.

Revista BrOffice | www.broffice.org/revista Diagramado no BrOffice Draw

Artigos | Dicas | Tutoriais | e muito

mais...

Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011

TDF e LibreOffice na Campus Party 2011:TDF e LibreOffice na Campus Party 2011:

Situações e antecedentes que levaram à criação daSituações e antecedentes que levaram à criação da

The Document Foundation e o impacto causado na The Document Foundation e o impacto causado na

comunidade BrOfficecomunidade BrOffice

Inclusão Digital:

Telecentros do Estado

da Bahia, visa garantir

acesso às tecnologias

da informação e

comunicação

Page 2: Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca... · contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por Eliane

ndiceí

Carta do leitor

carta do leitor

04

colaboradores

Conheça os colaboradores 05

artigo

Economia solidária e internet 06

entrevista

Rotoplastyc 10

Joseph Powers 12

novas tecnologias

Novas funcionalidades BrOffice 3.3 14

reportagem

TDF e LibreOffice na Campus Party 24

Centro Digital Cidadania - Ouriçangas 28

dica rápida

Dica rápida 31

cultura

Redblade - Episódio 08 - Fire 32

Dica de filme - Minority report (A nova lei) 34

dica

O modo pincel para aplicação de estilos 35

espaço aberto

Introdução ao PostgreSQL 37

resumo

resumo do mês 39

Page 3: Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca... · contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por Eliane

| Revista BrOffice | www.broffice.org/revista 3 Janeiro | 2011

nome para o mês de Janeiro é uma homenagem a Jano,

um deus da mitologia grega que tinha duas faces, uma

olhando para o passado e outra olhando para o futuro.

É com esse sentimento que iniciamos os trabalhos da Revista BrOffice

em 2011. De olho em tudo o que aconteceu em 2010, mas também de

olho no futuro. O leitor vai perceber que a Revista ganhou um novo

visual alinhado com a mudança para a TDF e LibreOffice. Entre elas, a

substituição das gaivotas pela marca da TDF, mudança de cores das

seções e alterações nos cabeçalhos. Esperamos, com isso, agradar

aos leitores, usuários, colaboradores e parceiros.

E por falar no projeto Internacional, um pouco dessa história foi

contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por

Eliane Domingos. Ainda sobre a Campus Party 2011, a visão de um

campuseiro é contada por Ricardo Pontes, membro da comunidade

BrOffice e Ubuntu, além de colaborador da Revista BrOffice.

Na segunda entrevista da série com desenvolvedores do LibreOffice,

Joseph Powers nos faz saber os atrativos de ser colaborador no

projeto. Sua principal contribuição foi na limpeza do código base,

melhorando a eficiência dos temas de ícones e deixando o LibreOffice

mais bonito. Em outra entrevista ficamos sabendo de mais um case

bem sucedido para BrOffice da empresa Rotoplastyc, que fica em

Carazinho-RS.

Em Novas Tecnologias, um relatório profundo das principais novidades

do LibreOffice/BrOffice 3.3. Um trabalho realizado por Gustavo

Buzzatti Pacheco, com o apoio do Tribunal de Contas do Estado de

Mato Grosso, Cuiabá/MT, e do Tribunal Regional do Trabalho da 4.ª

Região, Porto Alegre/RS.

E para finalizar vamos conhecer o Centro Digital Ouriçangas, um

projeto de Inclusão Sociodigital do Estado da Bahia.

Claro que não é só isso. Temos ainda as dicas, o novo episódio de

Redblade, e uma nova seção que vai trazer as principais novidades

das comunidades de Software Livre, começando com um artigo sobre

o PostgreSQL.

Boa leitura!!

Luiz Oliveira

Editor

Colaboradores desta edição Redação:André BordignonCárlisson GaldinoGustavo PachecoLeonardo CézarLuiz OliveiraNatan Reis SantosRicardo Pontes

Dicas:Klaibson RibeiroLuiz OliveiraRubens Queiroz

Tradução e adaptação:Clóvis TristãoRogerio Luz

Diagramação:Cida ColtroHélio S. FerreiraHelmar FernandesDuilio DiasEliane Domingos

Revisão:Cida ColtroClóvis TristãoLuiz OliveiraFátima ContiRenata MarquesVera Cavalcante

Capa:Duilio Neto

Edição:Luiz Oliveira [email protected]

Revisora responsável:Vera Lúcia Cavalcante [email protected]

Jornalista responsável:Luiz Oliveira – Mtb.31064

Coordenador Geral BrOffice.org:Cláudio Ferreira Filho | [email protected]

Coordenadora Revista BrOffice:Eliane Domingos de [email protected]

The Document Foundation Brasil:Olivier [email protected]

Escreva para a Revista BrOffice:

[email protected]

Edições anteriores: www.broffice.org/revista

O conteúdo assinado e as imagens que o integram são de inteira responsabilidade de seus respectivos autores, não representando necessariamente a opinião da revista BrOffice e de seus responsáveis. Todos os direitos sobre as imagens são reservados a seus respectivos proprietários

O que é o BrOfficeÉ o produto, ferramenta de escritório multiplataforma, livre, em bom português, desenvolvido sob os termos da licença LGPL, composto por editor de texto, planilha de cálculo, apresentação, matemático e banco de dados, mantido pela comunidade e OSCIP, que trabalha para a difusão do SL/CA no País.

DesenvolvimentoEsta revista foi elaborada no BrOffice, editor de texto, planilha eletrônica, apresentação e, diagramação. A reprodução do material contido nesta revista é permitida desde que se incluam os créditos aos autores e a frase: “Reproduzido da Revista BrOffice – www.broffice.org/revista em local visível.

A Revista BrOffice declara não ter interesse de propriedade nas imagens. Os direitos sobre as mesmas pertencem a seus respectivos autores/proprietários.

O conteúdo da Revista Broffice está protegido sob a licença Creative Commons BY-NC-SA, disponível no www.creativecommons.org.br. Esta licença não se aplica a nenhuma imagem exibida na revista, e para utilização delas obtenha autorização junto ao respectivo autor.

editorial

Patrocinadora:

Jano, o deus das portas

O

Page 4: Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca... · contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por Eliane

| Revista BrOffice | www.broffice.org/revista 4 Janeiro | 2011

Arq

uiv

o p

ess

oal

Estou utilizando o BrOffice recentemente e gostando

muito. Dou parabéns a todos os envolvidos nesse projeto.

Gostaria de contribuir com uma pequena participação:

como utilizava muito Excel, estou utilizando o Calc e

percebi que a função Procv não funciona quando a matriz

utiliza fórmulas ou funções.

André Rebello

Olá André, obrigado pelo contato e pela contribuição.

Enviamos o teu arquivo para a lista

[email protected] para que a comunidade

possa avaliar o seu caso e se possível encontrar uma

solução.

Ilmo. Srs.

Sabemos que planilhas, processadores de texto,

programas de apresentação e outros, fazem parte de

nosso cotidiano, seja no lazer, na vida profissional enfim,

como dizem, é parte de nossa "vida".

Orgulho do século passado, a informática resplandece no

século 21, e sem dúvida alguma, revoluciona o modo de

ser. O pacote BrOffice, LIVRE , cresce dia a dia. Aquilo

que só era observado nos meios universitários, chega até

o grande público, de maneira versátil. Eis um pacote

revolucionário, onde inúmeros colaboradores , somam

esforços, para , assim dizer, realizar uma grande

transformação em termos de informática.

(...)Li, todos os números da revista disponíveis para

download: excelentes!

Preciso de uma pequena ajuda "operacional": Como

importar textos, através de um scanner, direto para o

BrOffice? Existe a possibilidade ?

Grato,

Continuem 2011, com muito SUCESSO !

João Paulo Vargas

Olá João,

Ficamos felizes que tenha gostado da Revista e fica o

convite para fazer parte da produção colaborativa. Para

isso é só entrar em contato conosco através do e-mail

contato(a)revistabroffice.org. Em relação à sua dúvida,

existe sim a possibilidade. Uma vez que o scanner esteja

corretamente instalado em sua máquina, basta abrir o

BrOffice Writter, acessar o menu Inserir > Figura >

Digitalizar, em seguida selecionar a origem, ou seja, o seu

scanner.

Introdução ao PostgreSQLIntrodução ao PostgreSQLEsta é a sua seção! Na “Carta do Leitor”, você pode tirar dúvidas sobre o BrOffice, seja produto,

comunidade ou desenvolvimento, enviar críticas ou sugestões que possam enriquecer ainda mais a

nossa revista. Envie um email para [email protected].

Participe!

carta do leitor

(...)Recebo esta bela noticia vinda como um presente de

natal pela revista BrOffice.org edição n° 18, onde se lê

que a comunidade se desvencilhou do grilhão da Oracle.

Isso é muito importante e um marco na historia das

GPL's, GNU's e qualquer forma de lei que englobara e

garantira aos usuários de todo mundo as quatro

liberdades do software livre: a liberdade de utilizá-lo para

qualquer fim, comercial ou não, acesso aos códigos e seu

estudo, as melhorias que podem ser feitas nos códigos e

a sua redistribuição sem dever nada a ninguém.(...)

Wanderson B. PaulaTaguatinga – DF

Olá Wanderson,

Interessante sua “declaração de amor” ao BrOffice e ao

Linux. Como sua mensagem ficou um pouco grande e

atendendo ao seu pedido, resolvemos publicar o seu texto

na íntegra no portal BrOffice.org, ok?

Desejo à todos vocês um Feliz Natal e que o Ano Novo só

reserve Boas Novas e Grandes Desenvolvimentos!

Wiliam A. PereiraSão Carlos - São Paulo - Brasil

Page 5: Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca... · contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por Eliane

| Revista BrOffice | www.broffice.org/revista 5 Janeiro | 2011

Arq

uiv

o p

ess

oal

colaboradores

Conhecendo os colaboradores

Page 6: Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca... · contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por Eliane

| Revista BrOffice | www.broffice.org/revista 6 Janeiro | 2011

Arq

uiv

o p

ess

oal

Por André Bordignon

Economia Economia solidária e solidária e

internetinternet

artigo

A Internet é uma grande e democrática ferramenta de

comunicação. Ela nos abre inúmeras possibilidades para

colaboração e cooperação. A certeza dessa afirmação

pode ser constatada pelo forte ataque que as grandes

corporações capitalistas, aliadas com os governos

liberais, vem fazendo à liberdade da rede. O tratado do

ACTA¹ é um bom exemplo disso. O ACTA é um tratado

que reúne os grandes países para definir e regular a

questão dos direitos autorais. As corporações capitalistas

estão fazendo de tudo para limitar a liberdade da Internet.

Quem tem medo da Internet?

Em seu artigo Quem tem Medo da Internet, o sociólogo

Emir Sader aponta que, os poucos poderosos do setor de

comunicação, que sempre dominaram a cena nacional

com a veiculação de notícias homogêneas de uma visão

única quase sempre questionáveis, são os mais

relutantes em aceitar essa liberdade propiciada pela

Internet, agora que ela vai se tornando mais popular. Emir

Sader cita “Tenhamos claro que os que têm medo da

internet são os que usufruem monopólios, os que se

submetem aos patrões que lhes pagam salários e lhes

garantem espaços de que eles acreditavam que

dependeríamos para conhecer o Brasil e o mundo. São os

que acusam governos, partidos, movimentos sociais de

não serem democráticos, mas estão a favor da censura e

da ditadura, como agora fica claro”. E continua “Quem

tem medo da internet, tem medo da democracia, tem

medo da cidadania, tem medo do povo”. A Internet,

apesar de ter sido originalmente concebida em um

ambiente militar, também incorporou os valores de

liberdade e colaboração da década de 60 que estava

passando por uma transformação social profunda.

Por outro lado, temos um movimento que vem ganhando

força nos últimos anos no Brasil que é o movimento da

Economia Solidária. Esse modelo de economia se

apresenta como alternativa ao modelo colocado

atualmente.

A Economia Solidária tem quatro características muito

marcantes que são: Cooperação, Autogestão,

Atividade Econômica e Solidariedade. Com esse

modelo, se espera uma sociedade organizada

economicamente de maneira mais justa e solidária de

forma que cada trabalhador e cada trabalhadora tenha o

suficiente para viver de maneira digna. No Brasil já existe

uma secretaria - Secretaria Nacional de Economia

Solidária - para cuidar dos assuntos relativos à Economia

Solidária.

Será que a Internet pode ser utilizada para alavancar os

empreendimentos de economia solidária?

Go

ogle

Page 7: Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca... · contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por Eliane

| Revista BrOffice | www.broffice.org/revista 7 Janeiro | 2011

artigo

Arq

uivo

pes

soal

Arq

uiv

o p

ess

oa

l

Por André Bordignon

Do ponto de vista de valores, percebemos que a Internet

e Economia Solidária se conectam. Se percebemos

valores na Internet que podem estar em sintonia com a

Economia Solidária porque então ela não pode ser um

instrumento de alavancagem para esse modelo de

economia?

O que vemos hoje de utilização da Internet pela Economia

Solidária são simples sites de empreendimentos

solidários, com os produtos desenvolvidos e um sistema

de busca desses produtos. Isso não é suficiente para uma

alavancagem mais forte dessa economia. É necessário

um estudo mais profundo dessa ferramenta com o foco na

Economia Solidária para desvendar suas inúmeras e reais

possibilidades.

O Atlas da Economia Solidária de 2005 mostra que

poucos empreendimentos utilizam a Internet no seu

processo produtivo e de gestão.

Segundo o mesmo atlas, somente 7% dos

empreendimentos de Economia Solidária comercializam

seus produtos no território nacional e somente 2% com

outros países, mostrando que a grande maioria dos

produtos é comercializado localmente. Evidentemente, aí

percebemos que temos um grande potencial para ampliar

a abrangência da comercialização. E a Internet, como

forma de divulgação e comercialização a um custo baixo,

poderia ser a potencializadora através do comércio

eletrônico.

Outro aspecto importante dos empreendimentos da

Economia Solidária é a gestão coletiva. Esse tipo de

gestão requer disponibilização das informações relativas

ao empreendimento para as tomadas de decisões nas

assembleias e reuniões. A Internet propicia a facilidade da

disponibilização de todas essas informações online. Com

as informações de fácil acesso, as decisões podem ser

tomadas de maneira autônoma, minimizando a influência

direta da diretoria dos empreendimentos, tornando a

gestão altamente participativa.

Outra iniciativa que pode ser alavancada com o uso da

Internet é a troca de saberes entre os empreendimentos.

Sabemos que a maioria dos empreendimentos de

Economia Solidária são formados sem grande captação

de recursos e, muitas vezes, até nenhuma captação. A

Internet pode ser um canal de troca de informação para

melhoria dos empreendimentos com um custo muito

baixo.

O principal desafio, a nosso ver, é que normalmente os

empreendimentos de Economia Solidária são de baixo

custo, constituídos por pessoas pobres, que não tem

acesso à tecnologia da informação. Além disso, temos

uma concentração de empreendimentos de Economia

Solidária nas regiões norte e nordeste. Pelo SIES –

Sistema de Informação em Economia Solidária – 55%

desses tipos de empreendimentos estão nessas regiões.

E aí temos um grande problema, pois é justamente

nessas regiões que o acesso a Internet é mais precário.

Segundo uma pesquisa do IBOPE de Agosto de 2009 nas

regiões Norte e Nordeste menos de 8% da população têm

acesso domiciliar a Internet. Isso faz com que a Internet

não seja aproveitada para a potencialização desse

modelo econômico.

Para resolver essa questão, temos que universalizar o

acesso à rede e dar formação. O Governo Federal vem

trabalhando em um grande plano de banda larga para

universalizar o acesso à rede no Brasil. O acesso a essa

tecnologia, com certeza, irá propiciar a inovação desses

empreendimentos desde que haja formação.

Economia solidária e internetEconomia solidária e internet

Google

Page 8: Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca... · contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por Eliane

| Revista BrOffice | www.broffice.org/revista 8 Janeiro | 2011

artigo

Arq

uivo

pes

soal

Arq

uiv

o p

ess

oa

l

Por André Bordignon

Várias ferramentas de tecnologia, que podemos chamar

de tecnologia social, só puderam ser criadas e

operacionalizadas com o advento da Internet como os

sites knowmore.org, crossbooking.org e globavoices.org.

O que a Economia Solidária pode criar com a Internet?

Como podemos utilizar essa ferramenta para mudar as

relações comerciais? O site Solidarius

(http://www.solidarius.com.br/) nos mostra um bom

exemplo com a possibilidade de comercialização pela

Internet através de sua moeda social. O Portal Solidarius

é mantido por uma iniciativa autogestionada de economia

solidária, não tendo fins lucrativos. A missão dessa

iniciativa é colaborar na difusão e consolidação da

economia solidária em qualquer país, fomentando a

organização de redes colaborativas, atendendo a

pessoas, empreendimentos, redes, comunidades e

governos, com serviços de educação, consultoria,

pesquisa e desenvolvimento, inovação metodológica e

provimento de tecnologia da informação.

Para que a Internet seja um instrumento de uma

transformação mais profunda precisamos ter discussões

políticas dentro das cooperativas que promovam a

Economia Solidária. Sem esse acúmulo de análise política

do que significa essa transformação dificilmente iremos

alcançar uma mudança de patamar do que existe hoje.

De uma análise simples dos empreendimentos de

Economia Solidária, através do SIES², podemos constatar

que a Internet é pouco utilizada pelo movimento da

Economia Solidária. Esperamos que, com a

universalização do acesso, isso possa mudar e utilizemos

essa ferramenta para alavancar um modelo econômico

mais justo e inclusivo.

Conforme cita o professor Monserrat, um estudioso da

Internet e Economia Solidária, em seu trabalho

(Monserrat, 2008)³ “uma porta está aberta com a Internet

para a Economia Solidária e uma grande transformação

pode ser feita com ela”.

¹ O Acordo Comercial Anticontrafação (ACTA, em inglês Anti-

Counterfeiting Trade Agreement) é um tratado comercial

internacional que está sendo negociado com o objetivo de

estabelecer padrões internacionais para o cumprimento da

legislação de propriedade intelectual entre os países

participantes. De acordo com seus proponentes, como resposta

"ao aumento da circulação global de bens falsificados e da

pirataria de obras protegidas por direitos autorais"

http://pt.wikipedia.org/wiki/ACTA consultado em 14 de Janeiro

de 2011.

² O SIES – Sistema de Informação em Economia Solidária é um

sistema que contem informações sobre os empreendimentos de

Economia Solidária no Brasil. Ele é mantido pela Secretaria

Nacional de Economia Solidária.

³ MONSERRAT, J. (2008) “Economia da Exclusão vs. Economia

da Inclusão” Artigo publicado no V Encontro de Pesquisadores

Latino-Americanos de Cooperativismo.

Economia solidária e internetEconomia solidária e internet

Trazendo dicas e informação,

todos os dias e na dose certa

www.dicas-l.com.br

Page 9: Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca... · contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por Eliane

http://hacknrio.org/br

Page 10: Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca... · contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por Eliane

| Revista BrOffice | www.broffice.org/revista 10 Janeiro | 2011

Arq

uiv

o p

ess

oal

Por Luiz Oliveira

Como conheceu o BrOffice?

Sou usuário do BrOffice há bastante tempo. Leio todas as

edições da Revista BrOffice e fiquei bastante feliz quando

encontrei algumas pessoas que colaboram na Revista, no

Fórum Internacional de Software Livre. Comentei sobre o

caso da empresa onde trabalho e me foi dada a sugestão

de enviar o caso para publicação na Revista.

entrevista

Goo

gleEmpresa reestrutura área de Empresa reestrutura área de

TI e adota BrOfficeTI e adota BrOffice

Qual a estrutura da empresa?

A Rotoplastyc foi fundada em 1999, está situada em

Carazinho-RS. Tem como clientes empresas como o grupo

AGCO, Stara, Kuhn, Tramontina, entre outras.

Com cerca de 110 funcionários, possui 40 computadores,

todos utilizando o BrOffice.

Quando o BrOffice foi implantado na empresa?

O Broffice foi implantado em agosto de 2009. A mudança,

na verdade, foi parte de uma reestruturação total no

departamento de TI da empresa para atender novas

exigências do mercado, mas também para facilitar os

procedimentos administrativos.

A seguir vamos conhecer mais um caso de sucesso de migração para BrOffice. O entrevistado é Daciano Pozzer, gestor

de Tecnologia da Informação da empresa Rotoplastyc que fica em Carazinho-RS.

Em 2011, vamos

criar treinamentos

do BrOffice Calc.

À esquerda Daciano Pozzer e Francis Wechker

Page 11: Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca... · contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por Eliane

| Revista BrOffice | www.broffice.org/revista 11 Janeiro | 2011

Por Luiz Oliveira

de um componente do Microsoft Office. Era necessário ter

o pacote instalado. Após solicitação ao nosso fornecedor

de software, eles criaram uma alternativa para gerar os

arquivos para .xls com um componente da Microsoft, sem

necessidade de adquirir licença do pacote Office.

Conseguimos abrir perfeitamente com o BrOffice os

relatórios gerados pelo sistema. Mas a principal dificuldade,

foi a resistência dos colaboradores, pois todos estavam

vindo de uma plataforma proprietária e a grande maioria

não conhecia outra suíte de escritório além do MS Office.

Muitos alegavam que se sentiam perdidos no BrOffice. A

solução foi dar todo apoio e suporte mostrando que a

ferramenta tem os mesmo recursos que a outra suíte.

Havia muitos chamados para dúvidas simples. Por

exemplo, não encontrar determinada função no BrOffice.

Mais uma vez, o suporte intensivo foi capaz de mostrar

que, com um pouco de atenção, era possível notar que o

BrOffice oferece os mesmos recursos, de forma muito

semelhante e com a grande vantagem de possuir mais

informações na ajuda(F1). Com a ajuda do BrOffice é fácil

e simples fazer pesquisas, tirar dúvidas, descobrir fórmulas

no Calc. Assim conseguimos nos adaptar à ferramenta e

tirar grande proveito dela.

Nossos planos para inicio de 2011 é criar treinamentos de

recursos avançados do BrOffice Calc.

Para isso, um levantamento geral foi feito com o objetivo de

listar os seguintes itens: computadores e configurações,

software utilizados, licenças e impressoras. A partir daí

constatamos que todos os computadores utilizavam Microsoft

Office 2003 e 2007, mas estavam sem licença. Optamos,

então pelo BrOffice, em vez de gastar mais de 20 mil reais

para comprar todas as licenças necessárias. Um cronograma

de substituição foi montado e, em quatro meses, a migração

foi concluída.

Iniciamos a migração por setores e confesso que houve

bastante resistência de algumas pessoas, mas com o tempo

foi possível mostrar as vantagens que o BrOffice possui

comparado com o pacote da Microsoft, além do fato de ser

uma suíte para escritórios livre. A equipe de TI esteve

bastante atenta nessa fase para ajudar nas dúvidas dos

usuários.

Quais são, na sua opinião, essas vantagens?

São várias, mas posso citar, por exemplo a opção de exportar

direto para o formato PDF (Portable Document Format). Essa

opção ajuda muito, não é mais necessário ter que ficar

instalando emulador e é muito mais simples exportar um

arquivo para PDF. Outras vantagens são os recursos 3D

avançados de edição gráfica, a interface simples e eficiente, a

facilidade na instalação, além de disponibilizar todos os

recursos de outras suítes de escritórios.

E mais outra grande vantagem é a facilidade de encontrar

materiais e ajuda na internet, sem contar que a ajuda interna

(F1) auxilia muito nas dúvidas do dia a dia.

entrevista

Quais as principais dificuldades na hora da migração?

Nos documentos criados com Microsoft Power Point, houve

vários casos que tivemos que refazer o arquivo, pois era

utilizado a função WordArt, e no Impress a apresentação com

ele ficava extremamente lenta para passar os slides;

Houve um problema com nosso sistema ERP, desenvolvido

em Genexus, que gerava relatórios somente com a utilização

Rotoplastyc reestrutura departamento Rotoplastyc reestrutura departamento de TI e adota BrOfficede TI e adota BrOffice

Sobre a empresa:

A Rotoplastyc é uma empresa que industrializa mais de

600 itens, que variam de 300gr a 600kg sendo pioneira

na industrialização de reservatórios em polietileno com

capacidade de armazenamento de até 24.000 lts. Está

localizada na cidade de Carazinho, no norte do Rio

Grande do Sul.

Referências:

http://www.rotoplastyc.com.br/web/

Page 12: Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca... · contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por Eliane

| Revista BrOffice | www.broffice.org/revista 12 Janeiro | 2011

Tradução e adaptação: Rogério Luz

Qual foi seu primeiro programa ?

Comecei a programar no colégio, em um Apple IIe. Como

sou fanático por matemática, meus programas eram

relacionados a equações matemáticas. Quando ganhei um

PC-XT dos meus pais, mudei rapidamente do BASIC para

o PASCAL.

O que faz, quando não está 'hackeando' o LibreOffice ?

Atualmente, sou contratado por um grupo de Hotel/Casino

fora de Las Vegas, em Nevada. No trabalho, eu

personalizo e mantenho as interfaces para o nosso

Info/Infinium fornecendo Recursos Humanos, Contabilidade

Geral, Folha de Pagamento, Contas a Pagar, Ativo Fixo,

Software de Gerenciamento de Projetos, todos

funcionando em um sistema i da IBM. O ambiente atual é

RPGLE, DB2, Linguagem de Programação em JSP (HTML,

Java and CSS).

Quando, eventualmente, você gasta mais tempo no

projeto ?

Normalmente, eu levanto cedo, duas horas antes da

esposa acordar, entre 05:00 – 07:00, aproveito para

trabalhar no projeto. Depois do trabalho (18:00), gasto uma

ou duas horas. Aos domingos, me dedico algumas horas

ao projeto.

Programação é voltada às pessoas: Por favor, fale um

pouco sobre si mesmo:

Sou Joseph Powers, JoeP no IRC, moro na Costa Oeste

Americana, na cidade de Las Vegas, estou no começo dos

meus quarenta anos, cassado com uma bela mulher: Abelita

– uma bela dama Filipina. Servi por quatro anos no exército

dos Estados Unidos, trabalhando na manutenção de

computadores. Atualmente trabalho na indústria do

Entretenimento, vivendo em Las Vegas, infelizmente, não sou

parte da famosa família irlandesa dos Powers.

entrevista

Gen

reco

oksh

op

JosephJosephPowersPowers

Agradecemos ao entrevistado, na foto abaixo com sua esposa, que tanto contribui na limpeza do código base, melhorando a

eficiência dos temas de ícones e deixando o LibreOffice mais bonito. Tais melhorias, são realizadas sem grandes

“estardalhaços”:

Page 13: Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca... · contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por Eliane

| Revista BrOffice | www.broffice.org/revista 13 Janeiro | 2011

Como foi sua experiência inicial na contribuição para o

LibreOffice ?

A equipe atual de programadores foi muito receptiva, eles

aceitaram as minhas sugestões e correções sem queixas e às

aplicou ao sistema principal.

Qual foi sua mais importante contribuição para o LibreOffice ?

Meu grande projeto, até o momento, foi o de remover o código

que implementava o high-contrast aos ícones em cada tema.

Com a inclusão dos ícones aos temas, havia uma segundo

conjunto de ícones high-contrast para cada tema, que era um

exagero. Eu passei algumas semanas identificando e

removendo o código.

Como isso irá melhorar as coisas para os usuários ?

Primeiro, eliminar as exigências do segundo conjunto de ícones

high-contrast dos temas, reduzindo o tamanho da instalação.

Como a maioria do código estava carregando as referências

para ambos os conjuntos de ícones, determinando qual deveria

ser apresentado, minhas alterações reduziram a sobrecarga na

memória e processamento, levando a um sistema mais rápido.

Qual sua visão de futuro e/ou o que você gostaria que fosse

melhorado ?

Atualmente, estou tentando retornar para o C/C++, portanto

estou focado na limpeza do código. A base de código atual,

necessita de muito trabalho, tais como, modelos de macros que

são meu alvo. Eu gosto da ideia, de que alguém tenha a

capacidade de criar modelos que foram adicionados através da

linguagem padrão C++. Entretanto, hoje essas macros somente

trazem confusão ao código base. O meu objetivo é limpar o

código, que foi por anos negligenciado.

No futuro, eu gostaria de olhar a conversão da API Carbon para a

nova API Cocoa. Isso me permitiria mudar do OS X 10.4 para o

10.5 e construir aplicações em 64bit. Eu notei que iniciamos a

mudança para o código do Cocoa, assim a maioria das

mudanças modificaria a construção do sistema.

Conte-nos algo interessante que faz, quando não está

'hackeando' ?

Naturalmente, gosto de viajar pelo mundo. Descobri um bug, e

fui enviado para a Itália por dois anos (aproveitei a boa comida

chinesa por lá). Também, gostei de visitar alguns lugares na

Alemanha, Filipinas, Hong Kong e pelo Canadá. Divertida essa

experiência de conhecer a diversidade entre as culturas.

Como você ficou conhecendo o LibreOffice ?

Nos últimos anos, tenho utilizado o OpenOffice.org. Eu não gosto

do MS-Office, desde a versão para Mac, que é sempre

incompatível com a versão do MS-Windows. Eu acompanho o site

OSNews, e li um artigo falando sobre a criação do

DocumentFoundation.

Porque você se envolveu com o projeto ?

Estava ficando cansado de apenas trabalhar no código RPGLE, e

queria voltar a programar em C/C++. Estive olhando diversos

projetos, porém alguns deles eram mantidos por equipes tão

pequenas, que a adesão ao projeto significaria ter que aprender o

código fonte e dar apoio a outros aspectos do projeto. Outros por

sua vez, eram grandes demais, como o kernel do linux, onde

mudanças ocorrem muito rapidamente. No passado, eu já havia

analisado o código fonte do OOo, era uma bagunça, e a Sun queria

atribuições de direitos autorais sobre o código, então eu desisti.

Com o anuncio do projeto LibreOffice, voltei a olhar para o código

fonte. É um pouco mais claro e limpo, fácil de compreender, e eu

poderia contribuir. O grupo de desenvolvimento é grande o

suficiente, onde eu poderia entrar e não precisaria assumir o projeto

inteiro (minha intenção é ajudar e não executá-lo). Bom, um projeto

que respeita os direitos autorais, um grupo amigável de

desenvolvedores, um código fonte compilável, eu acabei decidindo

que este seria o projeto ideal para trabalhar.

Qual foi sua primeira contribuição para o LibreOffice ?

Eu comecei submetendo correções (patches) e/ou sugestões para o

código fonte do LibreOffice (LibO) para o Mac OS X. Quando o

projeto começou, havia muito pouca documentação sobre as

dependências necessárias para a compilação do LibO no Mac OS

X.

Qual foi sua primeira contribuição para o LibreOffice ?

Eu comecei submetendo correções (patches) e/ou sugestões para

o código fonte do LibreOffice (LibO) para o Mac OS X. Quando o

projeto começou, havia muito pouca documentação sobre as

dependências necessárias para a compilação do LibO no Mac OS

X.

entrevistaJoseph PowersJoseph Powers

Tradução e adaptação: Rogério Luz

Qual seu editor de texto preferido ? Porque ?

Atualmente, utilizo o Text Wrangler (Mac OS X). Ele é free e

trabalha bem com interface em linha de comando para a

edição. O ambiente Xcode, tem se mostrado mais versátil e

capaz para trabalhar com projetos, eu deverei utilizá-lo no

futuro.

Page 14: Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca... · contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por Eliane

| Revista BrOffice | www.broffice.org/revista 14 Janeiro | 2011

Arq

uiv

o p

ess

oal

Por Luiz Oliveira

As opções de tratamento de objetos passarão a ser marcadas

por padrão a partir da versão 3.3.0. Essas opções permitem

um tratamento mais adequado de objetos OLE incorporados à

documentos nos formatos do Microsoft Office quando

editados com o BrOffice.

Com as opções marcadas, tanto a abertura quanto o

salvamento de documentos com objetos OLE incorporados

permitem que o objeto seja editado posteriormente sem

problemas relacionados à associação de aplicativos.

novas tecnologias

Oc h e g o u

A chegada do BrOffice, lançado nesse mês pela The Document Foundation - TDF, foi celebrada e ovacionada

pelos quatro cantos da terra. Como dito no comunicado à imprensa, foram poucos meses entre a formação da

nova fundação e o lançamento do seu produto principal. Isso só foi possível porque a TDF ofereceu algo

totalmente novo e atrativo, ou seja, o respeito a todo colaborador, seja ele desenvolvedor, divulgador,

testador ou ativista, além da possibilidade de ouvir os usuários e o compromisso de incluir funcionalidades e

correções nas próximas versões sem burocracias ou dificuldades. Enfim, uma suíte livre e verdadeiramente

de código aberto. A TDF se inspira no modelo de softwares livres nas relações institucionais posicionando-se

de forma transparente, meritocrática, pronta para ouvir críticas e sugestões, aberta ao diálogo com todos.

Voltando ao lançamento do BrOffice, um relatório acurado de novas funcionalidades, contendo as principais

novidades, baseado nos registros de desenvolvimento do BrOffice 3.3 e do OpenOffice.org 3.3 foi

desenvolvido e disponibilizado para toda a comunidade por Gustavo Pacheco. Esse projeto teve o apoio das

equipes do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, em Cuiabá/MT e do Tribunal Regional do Trabalho

da 4.ª Região, em Porto Alegre/RS, que auxiliaram nos testes e no financiamento do trabalho.

Opções de tratamento de objetos já marcadas

Novas funcionalidades BrOffice 3.3 | Por Gustavo Pacheco

Page 15: Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca... · contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por Eliane

| Revista BrOffice | www.broffice.org/revista 15 Janeiro | 2011

Arq

uiv

o p

ess

oal

novas tecnologias

Novos tipos de propriedades personalizadas

Por Gustavo Pacheco

A partir de agora, os documentos ODT e ODS,

respectivamente do Writer e do Calc, podem apresentar

dois níveis de segurança com senha. Como nas versões

anteriores, é possível atribuir uma senha de abertura do

arquivo, que permite proteger o conteúdo do arquivo de

leituras não autorizadas. Adicionalmente, a versão atual

implementa a possibilidade de atribuição de uma senha

de edição, ou seja, só é possível modificá-lo com a senha

correta.

Essa nova funcionalidade permite atribuir a função de

edição a um determinado grupo de pessoas e a função de

apenas leitura para os demais usuários, por exemplo.

Novas funcionalidades BrOffice 3.3Novas funcionalidades BrOffice 3.3

As propriedades do arquivo passam a incorporar os novos

tipos Data e hora e Duração.

Novo diálogo de impressão

O novo diálogo de impressão apresenta como novas

funcionalidades:

a apresentação da prévia da impressão, com possibilidade

de navegação entre as páginas;

a lista de impressoras disponíveis;

distribuição de opções em guias;

uma guia de propriedades de impressão referente a cada

uma das aplicações;

a guia Layout de página, onde, por exemplo, pode ser

configurada uma impressão de diversas páginas por folha ou

uma impressão do tipo Brochura (livro);

a guia Opções, reunindo as opções gerais de impressão.

Proteção de modificação com senha em

documentos ODT e ODS

Page 16: Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca... · contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por Eliane

| Revista BrOffice | www.broffice.org/revista 16 Janeiro | 2011

Arq

uiv

o p

ess

oal

novas tecnologias

Nova barra de pesquisa

Por Gustavo Pacheco

Para maior clareza, o botão Adicionar do menu Arquivo

> Assinaturas digitais foi alterado para Assinar

documento.

Ao clicar no botão, é apresentada a lista de assinaturas

disponíveis no computador. Essa lista é baseada nas

configurações do sistema operacional. Consulte a

documentação do seu sistema para mais detalhes sobre o

armazenamento de certificados digitais.

Novas funcionalidades BrOffice 3.3Novas funcionalidades BrOffice 3.3

A nova versão apresenta como novidade a barra Pesquisar.

Além do campo de pesquisa, a barra conta com os botões

Localizar o anterior e Localizar próximo. Como as demais

barras do BrOffice, a barra pode ser personalizada com a

inclusão de mais botões.

Nova guia Segurança no menu "Arquivo >

Propriedades"

O salvamento de um arquivo com senhas de criptografia de

arquivo ou de compartilhamento de arquivo pode ser feito

através da nova guia Segurança das propriedades do

arquivo. Para utilizá-la, abra o menu Arquivo >

Propriedades.

Nova denominação de botão em Arquivo >

Assinaturas digitais...

Novo formato para os arquivos de dicionário

do usuário

O formato de arquivo dos dicionários criados pelos usuário

passa a ser o de um arquivo texto UTF-8. Com isso, o

conteúdo dos arquivos pode ser visualizado em editores de

textos comuns. Entretanto, o usuário deve manter a atenção

ao editar o arquivo. Para mais informações, veja o issue

106032.

A exportação para PDF passa a permitir a incorporação

de fontes padrões no arquivo PDF gerado.

Incorporação de 14 fontes na exportação

para PDF

Page 17: Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca... · contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por Eliane

| Revista BrOffice | www.broffice.org/revista 17 Janeiro | 2011

Arq

uiv

o p

ess

oal

novas tecnologias

Permissão de nomes de campos duplicados na

exportação para PDF

Por Gustavo Pacheco

O BrOffice agora possui 1.048.576 linhas disponíveis.

Novas funcionalidades BrOffice 3.3Novas funcionalidades BrOffice 3.3

A exportação para PDF permite, na nova versão, a geração

do arquivo PDF (com formulários) contendo campos com

nomes duplicados. Esse procedimento facilita a criação de

arquivos de formulários com baixa complexidade, utilizados

apenas para impressão.

1 milhão de linhas nas planilhas do Calc

O número de colunas continua o mesmo da versão

anterior: 1024 colunas, sendo a última coluna identificada

com a combinação de letras AMJ.

O usuário poderá identificar suas guias de planilhas com

cores. A nova funcionalidade é ativada pelo botão direito

do mouse sobre o nome da guia da planilha ou, ainda,

pelo menu Formatar > Planilha > Cor da guia. O recurso

é sugerido para destacar ou classificar visualmente uma

ou mais planilhas.

Guias de planilha coloridas

Page 18: Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca... · contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por Eliane

| Revista BrOffice | www.broffice.org/revista 18 Janeiro | 2011

Arq

uiv

o p

ess

oal

novas tecnologias

Eventos de planilha

Por Gustavo Pacheco

Após a última planilha à direita, a nova versão apresenta

uma pequena guia identificada por um sinal de adição

verde. Ao clicar sobre o sinal, uma nova planilha é

adicionada ao arquivo.

Novas funcionalidades BrOffice 3.3Novas funcionalidades BrOffice 3.3

A partir de agora, é possível definir eventos de planilha. A

função está localizada no menu de contexto do botão direito

do mouse em Eventos de planilha.

Botão Nova Planilha

A partir da versão 3.3.0, a tela Excluir conteúdo terá sua

opção Notas renomeada para Anotações. A mudança

reflete a incorporação do recurso de anotações no

Impress e a adequação da nomenclatura da função em

todos os demais aplicativos.

Correção de "Notas" para "Anotações" em

diálogos do Calc

Ao selecionar a opção, será aberto o diálogo Atribuir ação,

com a lista de eventos disponíveis para a planilha:

Uma das possibilidades úteis dessa funcionalidade é a de

validar conteúdos de célula através de macros com o evento

Conteúdo alterado. Ao atribuir uma macro a este evento de

planilha, cada digitação de conteúdo nas células executa a

macro, que pode referenciar, no seu código, células

específicas, validando-as conforme a necessidade do usuário.

A partir da versão 3.3 a tecla DEL passa a ser associada

por padrão à exclusão direta. Ou seja, ao teclar DEL, o

usuário eliminará o conteúdo da célula ou do intervalo de

células sem a abertura da tela Excluir conteúdo. A

formatação, neste caso, será mantida.

Associação da tecla DEL à exclusão direta

Page 19: Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca... · contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por Eliane

| Revista BrOffice | www.broffice.org/revista 19 Janeiro | 2011

Arq

uiv

o p

ess

oal

novas tecnologias

A tecla BACKSPACE passa ser associada à exclusão

seletiva. Quando utilizada, o Calc apresentará o diálogo de

exclusão seletiva (Excluir conteúdo).

O comportamento da versão 3.3 é exatamente o inverso das

versões anteriores e pode ser configurado de acordo com a

necessidade do usuário através da nova guia

Compatibilidade (item).

Por Gustavo Pacheco

Novas funcionalidades BrOffice 3.3Novas funcionalidades BrOffice 3.3

Tabelas dinâmicas geradas com o Assistente de dados do

Calc passam a ter disponível as opções de filtro e

classificação diretamente pelo botão na célula de

referência (célula cinza).

Opções de filtro e classificação no

Assistente de dados do Calc

Nova guia Compatibilidade

O novo BrOffice possui modificações específicas de

associação de teclas de atalho. Caso o usuário queira utilizar

a configuração das versões anteriores, basta ir até o menu

Ferramentas > Opções > guia BrOffice Calc >

Compatibilidade e definir a opção de associação como

Legado do OpenOffice.org.

As funções de filtro (Autofiltro, Filtro padrão e Filtro

avançado) passarão a ser aplicadas somente às colunas

com dados quando forem ativadas a partir da seleção de

uma linha inteira da planilha.

Nas versões anteriores, a aplicação do autofiltro, por

exemplo, resultava num efeito desconfortável de aplicação

do filtro em colunas sem informações.

Adaptação do Autofiltro às colunas com dados

A partir da versão 3.3, o intervalo de células copiado é

identificado pela seleção com uma linha pontilhada.

Inicialmente, selecione o intervalo e clique em Copiar no

botão direito do mouse (ou em Editar > Copiar ou em

Ctrl+C).

Identificação do intervalo copiado

Page 20: Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca... · contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por Eliane

| Revista BrOffice | www.broffice.org/revista 20 Janeiro | 2011

Arq

uiv

o p

ess

oal

novas tecnologias Por Gustavo Pacheco

Novas funcionalidades BrOffice 3.3Novas funcionalidades BrOffice 3.3

Depois, ao posicionar em outra célula para colar o conteúdo,

a seleção do intervalo original de células poderá ser vista com

a linha pontilhada.

A nova seção Fórmula, permite ao usuário escolher

opções de sintaxe da fórmula, nomes de funções em

inglês e separadores.

Seção Fórmula nas opções do Calc

Bordas de célula pontilhadas

O novo Calc incorpora, na versão 3.3, a possibilidade de

usar bordas de célula pontilhadas.

Destaca-se a possibilidade de utilizar a sintaxe de fórmula

com o tipo Excel R1C1. Nessa notação, as referências de

linha e coluna são identificadas por números e o endereço

de uma célula é referenciado pela distância calculada a

partir da célula atual. No exemplo abaixo, é feita a

referência de célula à primeira célula da planilha:

Page 21: Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca... · contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por Eliane

| Revista BrOffice | www.broffice.org/revista 21 Janeiro | 2011

novas tecnologias

Gráficos com rótulos hierárquicos de eixos

Por Gustavo Pacheco

O dicionário de sinônimos agora possui um diálogo

próprio. Caso exista um dicionário de sinônimos

disponível na instalação (os dicionários de sinônimos são

distribuídos como extensões), basta selecionar a palavra

desejada e clicar com o botão direito do mouse em

Sinônimos.

Novas funcionalidades BrOffice 3.3Novas funcionalidades BrOffice 3.3

Os gráficos passam a ter, na nova versão, a possibilidade de

trabalhar com rótulos hierárquicos. Ou seja, é possível

categorizar os dados a partir da própria estrutura da tabela

que dá origem ao gráfico.

Novo diálogo para o dicionário de sinônimos

Objetos de desenho em gráficos

Os gráficos no Calc poderão ficar ainda melhores na versão

3.3.0. A partir de agora, é possível incluir, dentro dos gráficos,

objetos da barra de desenho. Com essa nova funcionalidade,

informações complementares poderão ser incluídas nos

gráficos, seja na forma de textos, diagramas ou objetos de

desenho.

Mais OPÇÕES no menu Formatar > Alternar

caixa do Writer

Foram adicionadas novas entradas no menu Formatar >

Alternar caixa: Caixa de sentença, Primeira letra das

palavras em caixa alta e Alternar caixa.

Page 22: Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca... · contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por Eliane

| Revista BrOffice | www.broffice.org/revista 22 Janeiro | 2011

novas tecnologias

Função Redefinir para o idioma padrão

Por Gustavo Pacheco

O Writer passa a suportar a inserção de arquivos SVG

pelo menu Inserir > Figura > De um arquivo.

Novas funcionalidades BrOffice 3.3Novas funcionalidades BrOffice 3.3

A função Redefinir para o idioma padrão aplica o idioma

padrão para o item escolhido no menu Idioma (Para a

seleção, Para o parágrafo, Para o texto todo).

Inserção de arquivos SVG

Navegação com níveis

A partir da versão 3.3, o Navegador do Writer permitirá o

agrupamento dos títulos em níveis, facilitando a busca e

organização das informações do usuário.

A partir da versão 3.3 o BrOffice permitirá a adição de

drives de banco de dados na forma de extensões. Mais

informações podem ser obtidas no OpenOffice.org

Developer Guide (a funcionalidade também foi

implementada no OpenOffice.org).

Adicionando drives de bancos de dados

através de extensões

O título do diálogo Elementos de fórmula foi modificado

para Elementos.

Modificação do título da tela "Elementos de

fórmula"

Page 23: Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca... · contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por Eliane

| Revista BrOffice | www.broffice.org/revista 23 Janeiro | 2011

.

Arq

uiv

o p

ess

oal

novas tecnologias

Inserção de objetos através do controle central do slide

Por Gustavo Pacheco

Novas funcionalidades BrOffice 3.3Novas funcionalidades BrOffice 3.3

O Impress passa a incorporar modificações visuais na inserção de objetos. Ao escolher determinados layouts de slide, é

possível escolher, através do controle central, entre a inserção de tabela, gráfico, filme ou imagem.

Íntegra do relatório pode ser acessada em: http://pt-br.libreoffice.org/suporte/documentacao

Comunidade BrOffice ganha novo portal e listas de discuss oã

Portal: http://pt-br.libreoffice.org Listas: http://pt-br.libreoffice.org/suporte/listas-de-

discussao/

Redes Sociais:

@libreofficebr @libreofficebr libreofficebr

@revistabroo @revistabroo

Page 24: Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca... · contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por Eliane

| Revista BrOffice | www.broffice.org/revista 24 Janeiro | 2011

reportagem

Com a palestra “The Document Foundation e

BrOffice.org”, no palco Software Livre, realizada no

terceiro dia do evento, Eliane Domingos, da Associação

BrOffice.org, explicou sobre as situações que levaram a

criação da The Document Foundation (TDF) e seu

impacto no software BrOffice e na comunidade.

Os pressupostos históricos foram apresentados para o

melhor entendimento da situação atual, desde o início

quando a empresa Sun Microsystem abriu o código do

StarOffice possibilitando o surgimento da comunidade

OpenOffice.org. O que ninguém esperava, era que

essa comunidade se tornasse tão grande e forte, a

ponto de acelerar o desenvolvimento do código por

voluntários ao redor do mundo.

Aqui no Brasil, o OpenOffice.org foi lançado em 2003,

mas por problemas de marca a comunidade acabou

conhecida como BrOffice.org. Embora os

desenvolvedores voluntários estivessem animados uma

preocupação sempre rondava: a política de atribuição

de direitos autorais. Ou seja, toda e qualquer

colaboração teria que ser autorizada pela Sun. Mesmo

assim o projeto continuou a crescer.

A partir do momento em que a Sun foi adquirida pela

Oracle e esta passou a tomar atitudes hostis contra

projetos de código aberto, acabando com o projeto

OpenSolaris, por exemplo, e dificultando muito o

diálogo com a comunidade, estabeleceu-se o caos e a

confusão generalizada. “A comunidade ficou com medo

e os sinais em torno do que aconteceria com o

OpenOffice.org eram confusos. Quando a Oracle

lançou o ‘Oracle Open Office’, as pessoas ficaram com

medo do programa passar a ser vendido, mudando as

regras do jogo”, contou Eliane. TDF e LibreOffice TDF e LibreOffice na Campus Partyna Campus Party

Por Luiz Oliveira

Page 25: Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca... · contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por Eliane

| Revista BrOffice | www.broffice.org/revista 25 Janeiro | 2011

A reação foi o surgimento da The Document

Foundation, um resgate do projeto inicial nascido na

Sun Microsystem, mas que agora pretendia levar a

sério os objetivos e metas desrespeitados pelas

empresas que tinham a prerrogativa e o poder de

decisão únicos. Tudo aconteceu muito rápido. Em 30

dias criou-se a TDF. A Oracle foi oficialmente convidada

a fazer parte do novo projeto, mas discretamente

rejeitou a oferta. A TDF passou a administrar o

desenvolvimento do novo software batizado de

LibreOffice. O Brasil tem cadeira cativa no Comitê

Gestor, através de Olivier Hallot, consultor de TI e

diretor financeiro voluntário da BrOffice.org.

A nova postura da TDF fez com que desenvolvedores

do OpenOffice.org optassem pelo LibreOffice. Vários

países, empresas e organizações se juntaram em torno

do desenvolvimento do LibreOffice. “Tivemos liberdade

de codificar, testar e atuar no LibreOffice, que será a

nova base do BrOffice no Brasil”, explicou Eliane.

No final da apresentação várias perguntas e propostas

foram debatidas acerca da marca no Brasil, sobre

extensões e dependências de software proprietário,

como é o caso do Sun Java.

Após a palestra, uma entrevista foi concedida a Radio

Software Livre, oportunidade para aclarar ainda mais

os temas abordados na palestra. Participaram da

entrevista, Fátima Conti, Eliane Domingos e Luiz

Oliveira. Fatima aproveitou para fazer um convite aos

desenvolvedores para que participem do

desenvolvimento do BrOffice, sobretudo, criando

extensões que facilitem o dia a dia dos usuários.

reportagem

Contato TDF no Brasil:

Olivier Hallot:

olivier.hallot(a)documentfoundation.org

TDF e LibreOffice na Campus Party | Por Luiz Oliveira

Eliane Domingos

À esquerda, Eliane Domingos, Fátima Conti e Luiz Oliveira

À esquerda, Fátima Conti, Eliane Domingos, Arthur,

Ricardo Pontes e Vera Cavalcante.

Page 26: Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca... · contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por Eliane

| Revista BrOffice | www.broffice.org/revista 26 Janeiro | 2011

reportagem

A Campus Party é um dos maiores eventos onde se

fala de tecnologias, inovações, culturas e 'nerdices' e

também é sinônimo de internet de alta velocidade

(10GB).

No Brasil essa foi a quarta edição e a maior de todas,

contabilizando 6800 campuseiros de todos os lugares

do Brasil e alguns do exterior.

Esse ano foi minha primeira vez no evento e logo de

cara todos são recebidos com uma enorme fila que só

ia aumentando com o passar do tempo. E põe tempo

nisso.

No evento estavam presentes representantes de várias

comunidades como Mozilla Foundation, Gnome,

BrOffice.org, Ubuntu-Br-SP etc.

No primeiro dia oficial de palestras, no dia 18/01, quem

chamou a atenção foi o ex-vice-presidente dos Estados

Unidos, Al Gore.

Junto a ele estava Tim Bernes-Lee, criador do padrão

“www” e Ben Hammersley falando sobre política,

desenvolvimento e liberdade no mundo virtual.

Al Gore disse que governos e corporações não devem

controlar a internet e que nós devemos impedir isso.

No dia 19/01, logo pela manhã, aconteceu a palestra da

Eliane Domingos falando sobre a The Document

Foundation e BrOffice.org. Nessa palestra Eliane falou

sobre a história do OpenOffice até o surgimento da

TDF. Na plateia estavam alguns colaboradores do

projeto Revista BrOffice como o Luiz Oliveira, Fátima

Conti e Vera Cavalcante.

Muitas perguntas foram feitas ao final da palestra e isso

mostrou o quanto o pessoal estava interessado no

assunto.

A primeira A primeira Campus Party Campus Party a gente nunca a gente nunca esquece.esquece.

A visão de um A visão de um campuseirocampuseiro

Por Ricardo Pontes

Page 27: Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca... · contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por Eliane

| Revista BrOffice | www.broffice.org/revista 27 Janeiro | 2011

Ainda nesse dia teve a palestra de Jon “Maddog” Hall

sobre o Projeto Cauã. Esse projeto visa ajudar pessoas

a viverem como administradores de sistemas utilizando

apenas ferramentas livres.

Dia 20/01 começou com uma palestra do João Bueno

falando sobre os Plugins do GIMP onde ele mostrou os

conceitos de edição de imagens com software livre.

Maddog voltou a palestrar nesse dia, dessa vez falando

sobre os 20 anos do Linux e mostrando todo um

histórico do mundo do software livre.

Para encerrar, uma oficina sobre Jetpack que foi

ministrada pelo Armando Neto. Ferramenta para

desenvolvimento de addons para Firefox.

Falando em oficina, a área destinada às oficinas foi

muito mal pensada. Estavam colocadas ao lado das

caixas de som dos palcos de desenvolvimento e

software livre e também não tinham projetores para

ministrar a oficina. Os palestrantes tinham que falar alto

para conseguir passar algo para aqueles que estavam

interessados no assunto.

Dia 21 e 22 foram mais corridos e só consegui estar

presente na palestra do Rodrigo Padula sobre o

Gnome-Shell, oficina de Drupal 7 ministrada por Rafael

Silva e na palestra do Jono, da Mozilla, falando sobre

Firefox 4 e Internet Gaming Freedom.

Durante todos os dias da Campus Party também

ocorreu “Install Fests” organizado pelo time do Ubuntu-

Br-SP que não instalavam apenas Ubuntu em todos os

PC's, notebooks e netbooks, mas o interessado tinha a

liberdade para escolher a distribuição GNU/Linux que

quisesse.

Não fiquei até o último dia pois tinha outros

compromissos e posso afirmar, assim como todos que

lá estavam, que essa Campus Party teve vários pontos

negativos como desorganização na entrada e retirada

de credenciais, falta de energia em vários dias, falhas

na segurança, filas para todos os lados dentre outros.

Mas no geral é um bom evento e todo evento tem

alguns problemas de última hora.

Agora é esperar para ver como será no ano que vem.

Rumo à #cpbr5 ;)

reportagem

A primeira Campus Party a gente nunca esquece.

A visão de um campuseiro | Ricardo Pontes.

Met

amed

iaM

etam

edia

Met

amed

ia

Page 28: Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca... · contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por Eliane

| Revista BrOffice | www.broffice.org/revista 28 Janeiro | 2011

reportagem

Por Natan Reis Santos

Os Centros Digitais de Cidadania, são telecentros do

Programa de Inclusão Sociodigital do Estado da Bahia,

que visa garantir à população o acesso às tecnologias

da informação e comunicações, através dos recursos

tecnológicos das redes de computadores. É um projeto

da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação da

Bahia – SECTI, que objetiva, através do amplo e

generalizado uso e apropriação das tecnologias,

possibilitar o desenvolvimento humano e social nas

mais distintas áreas. Nosso CDC é composto por 10

computadores e 1 servidor com acesso a internet,

equipado com o pacote BrOffice e gerenciado pelo

sistema Berimbau Linux. Instalado na Biblioteca

municipal, realiza oficinas, palestras, campanhas

socioeducativas, além de atendimento a comunidade,

com seu funcionamento de segunda a sexta das 8h00

às 21h00, intercalando horários de aulas e horários de

acesso livre.

Page 29: Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca... · contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por Eliane

| Revista BrOffice | www.broffice.org/revista 29 Janeiro | 2011

reportagemCentro Digital de Cidadania – CDC Ouriçangas | Natan Reis Santos

No dia 15 de novembro de 2009 o CDC foi inaugurado e

teve início a proposta de inclusão. Começamos com

quatro turmas em oficinas de informática básica, sendo

ministradas aulas de Writer, Calc, Impress e internet.

Dessas quatro turmas, duas eram para crianças e duas

para jovens e adultos, sendo que cada uma com sua

própria programação de conteúdo. Com o passar do

tempo montamos turmas avançadas onde adicionamos os

programas GIMP, Inkscape, BrOffice Draw, com o intuito

de promover e incentivar a área de design e diversos

tipos de atividades além de trazer oficinas de construção

e edição de blogs. Em paralelo, abrimos oficinas de Inglês

e Informática para a terceira idade.

Hoje estamos implantando outras oficinas em parcerias

com instituições de ensino como a Dr. Micro e suas

oficinas de cerâmica e a de empreendedorismo. Estamos

para implantar oficinas de reciclagem e reutilização de

materiais, como a garrafa PET. Está sendo planejado por

nossa equipe, o 1º Fórum Municipal de Tecnologia e

Inovação em parceria com nossa mantenedora que é a

Prefeitura de Ouriçangas e CDCs de cidades vizinhas.

Também serão realizados minicursos, palestras e

seminários abertos de temas variados nesta esfera de TI.

A cidade de Ouriçangas que fica no interior da Bahia, a

150 km da capital Salvador, com seus 8.287 habitantes,

segundo o censo 2010, é muito rica em fatos, misticismo,

contos, manifestações artísticas e culturais, além de

outras formas de conhecimentos, expressas através da

sabedoria de um povo acolhedor, solidário, ordeiro, que

encanta por meio da simplicidade e da grandeza de viver.

Grandeza esta, que se inicia pelo próprio nome

Ouriçangas. Este topônimo originou-se do vocábulo Tupi-

y-roiçanga que significa frieza ou frescura d’água, daí, o

referido nome significando fonte de água fresca. A origem

do município de Ouriçangas remete-se à ocupação

indígena no local, mais precisamente os índios da tribo os

Paiaiás (kiriris).

Os Ouriçanguenses se identificaram com o BrOffice por

sua facilidade e leveza para se trabalhar e principalmente

por trazer funções e serviços de alta qualidade e de forma

livre que acabam facilitando as atividades do dia a dia

além de garantir o desenvolvimento do município pelo uso

dessas tecnologias. Em nosso saldo, contamos com a

formação de 200 pessoas dentre crianças, jovens, adultos

e idosos, com a utilização do BrOffice e sua total

aceitação. Essa inclusão digital é de suma importância

para Ouriçangas, seja pela comunicação instantânea,

pela fonte direta de informação, pelo acesso ao

conhecimento tecnológico, pela resolução de problemas

cotidianos através de um sistema online, pela garantia de

sistemas livres e por toda inovação e desenvolvimento

advindos deste mecanismo.

A única dificuldade que, às vezes, encontramos

com o uso do BrOffice é o medo de experimentar algo

novo, porém quando as pessoas têm acesso a sua

funcionalidade, a transição é natural e imediata. Além de

atendimento a toda a comunidade e as escolas públicas,

o CDC pretende neste semestre, realizar ciclos de

capacitações para os funcionários públicos para que aos

poucos possamos realizar a mudança de sistema

operacional de pacotes pagos para um sistema que se

baseie em software livre.

Equipe CDCGestor / Monitor: Natan Reis GomesMonitores: Maria de Jesus Dantas Matos | Vilmar Araújo VianaMantenedora: Prefeitura de OuriçangasPrefeito: Nildon da SilvaSecretária de Educação: Maria José dos Santos

http://cdcdeouri.blogspot.com

O software livre nos garante o acesso a

tecnologias que provavelmente

teríamos que pagar para realizar

atividades simples.” Rubem Santos

(Aluno do CDC)

Page 30: Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca... · contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por Eliane
Page 31: Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca... · contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por Eliane

| Revista BrOffice | www.broffice.org/revista 31 Janeiro | 2011

dica r pidaá

Por Klaibson Ribeiro

Essa dica vai para quem ainda não descobriu as

facilidades e a segurança quando se trabalha com

arquivos em formatos abertos ou para aqueles que

não tem outra alternativa.

A situação é a seguinte: a pessoa que receberá o

arquivo só tem à disposição versões antigas do MS

Office, uma vez que nas versões atuais já é possível

abrir e editar arquivos do tipo Open Document Format,

assim como é possível abrir e editar os arquivos

fechados (.doc) no LibreOffice.

O procedimento é muito simples e consiste

basicamente em três passos:

1. Acessar o menu Arquivo > Salvar Como ou utilizar

a tecla de atalho Ctrl + Shift + S;

2. Digitar um nome para o arquivo;

3. Na caixa Tipo de arquivo escolher a opção

Microsoft Word 97/2000/XP (.doc).

Convertendo ODT em DOC

A dica é para o autor de um documento de texto do

Writer que salva e reabre um documento e quer o

cursor posicionado exatamente onde estava antes de

o arquivo ser fechado.

Em geral, todos os documentos, ao serem abertos,

apresentam o cursor no início do documento. Mas, ao

pressionar Shift+F5, a mágica acontece e o cursor vai

parar onde se deseja. Para funcionar corretamente,

uma configuração simples deve ser feita, apenas uma

vez, caso não tenha feito durante a instalação do

BrOffice/LibreOffice:

Vá em Ferramentas > Opções >

BrOffice/LibreOffice > Dados do Usuário e preencha

os campos. Se preencher apenas os campos

Nome/Sobrenome será o suficiente.

Por Luiz Oliveira

Posicionando o cursor ao

abrir um arquivo

Go

ogle

Go

ogle

Page 32: Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca... · contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por Eliane

| Revista BrOffice | www.broffice.org/revista 32 Janeiro | 2011

Arq

uiv

o p

ess

oal

Década de 1990, quando a Magia volta à Terra, trazendo caos. Redblade narra a

jornada de um grupo de aventureiros por países devastados. A história acontece

no mesmo mundo que Marfim Cobra e Jasmim, romances do mesmo autor, mas

tem uma abordagem diferente...

Episódio 08: Fire!

Por Cárlisson Galdino

E Richard salta para um dos lados da rua. Mais precisa-

mente o lado de onde viemos.

Olhando agora, ele não me parece muito humano. A ve-

locidade que se movimenta é irreal, vertiginosa!

O barulho de carne sendo rasgada com a maior facilidade

do mundo... O cheiro, que vai ficando cada vez mais for-

te. Tudo é muito irreal.

- Come on!

Ele grita e, claro, o seguimos. O professor segue com

olhar assustado, carregando a cesta com metade das coi-

sas que tinha tirado da loja. Logo, Jörg nos acompanha

trazendo seu arco e umas poucas flechas. Ele para um

pouco, olha pra trás. Eu paro tentando entender o que ele

pretende. Uma... Farmácia?!

Por pouco não tropeço em um dos tantos corpos que ago-

ra se estendem pela rua, graças a essa tal de Redblade.

- Jörg! Ei! Danger! Come on!

Acredito que tenha sido realmente pouco tempo que ele

passou lá dentro, mas numa hora dessas não existe

“pouco tempo”. Qualquer espera é uma eternidade. Ele

teve sorte de não ter encontrado um desses mortos lá

dentro. Mas ele precisava de... não sei o quê.

Um cantil? Um frasco pendurado como um cantil, usando

ataduras... Um saco de outra coisa amarrado na calça.

Le Mans já mostrou

Seus corpos do além

A gente escapou

Como? Não sei bem...

Mas não acabou.

Há em Chartres também?!

Desespero. Puro desespero é o que sinto. Não há palavras

mais precisas do que esta sozinha. Zumbis vindo dos dois

lados da rua, saindo das ruas transversais e desaguando na

rua onde está o carro prateado. O desespero não é somente

pela quantidade assustadora de criaturas de tão terrível

categoria. O desespero é por eu pensar automaticamente

em “rota de fuga” ao ver os zumbis e perceber que não há

uma.

- Dance, Redblade!

cultura

Page 33: Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca... · contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por Eliane

| Revista BrOffice | www.broffice.org/revista 33 Janeiro | 2011

Arq

uivo

pes

soal

Arq

uiv

o p

ess

oa

l

REDBLADE - Episódio 08: FireREDBLADE - Episódio 08: FirePor Cárlisson Galdino

- Fire?

- What?

- Fire?!

Não sei o que ele quer dizer. Não faço a menor ideia.

Onde, diabos, tem fogo?! Ele percebe minha falta de

compreensão e corremos os dois para junto do

professor, que já se aproximava da esquina. Ele acena e

aponta para a rua lateral, a entrada à esquerda.

Como é que Richard vai conseguir dar cobertura pra

gente...

Richard grita e aponta para a parede. Há uma escadinha

de uns seis degraus, que leva à entrada da casa. Ele

quer que esperemos ali?

O professor corre para lá e nós o seguimos. Ficamos

encostados na porta, assistindo.

- Ele quer um isqueiro.

- O quê?

O professor aponta para Jörg. Então era isso que ele

queria dizer com “Fire! Fire!” Se tivesse gesticulado “um

cigarro” teria sido muito mais fácil...

- Não tens um, Fábio? Há anos que não fumo...

- Não...

Mortos por todos os lados... Roupas urbanas... Bolsos...

- Espera.

Eu desço da escada e me aproximo de um corpo sem

cabeça. Um corpo de mulher, um corpo que parece ser

de fumante.

Céus... A coisa é muito mais terrível quando estamos

perto. Talvez como as catástrofes que acontecem mundo

afora vez ou outra. A gente vê nos jornais e não percebe

o quanto as vítimas sofrem. Quanto mais perto

chegamos mais percebemos como aquilo é realmente

terrível.

Um corpo humano. Era uma pessoa viva há algumas

horas! E sabe-se lá como, virou uma criatura dessas...

Um morto ambulante. O cheiro, a pele rasgada em

algumas partes mas o sangue não é normal... Está

negro e grosso

de uma maneira que é bem fácil provocar enjoos só de

olhar.

Volto para a escada com a bolsa verde.

- E aí?

Abro. Um celular. O professor o toma da minha mão.

Batom... Maquiagem... Espelho... Não sei o que é isso...

Pasta de dente? Perfume... Aqui! Caixa de cigarros!

Entrego a Jörg e ele segura ansioso. Mal tiro o isqueiro e

ele o toma da minha mão.

Agora é que senti cheiro de álcool.

Jörg guarda a carteira de cigarros no bolso e acende a

ponta de uma flecha, enrolada com algodão, certamente

úmido. Mira um dos zumbis distantes de Richard, que

ainda está fazendo seu trabalho, exatamente daquela

maneira incrível que eu descrevi em outra ocasião.

- Não há sinal!

- Professor?

- Já desliguei e tornei a ligar o aparelho e não há sinal

algum de torres de celular!

- Talvez devêssemos esperar isso já, não?

- Talvez, mas que droga! A realidade é que o caso é

muito mais sério do que me parecia.

Olho para o lado e vejo entre os zumbis distantes um

caminhando com a camisa começando a inflamar.

Parece não fazer muita diferença para ele...

- ...E olha que o quadro já me parecia terrível o

suficiente, hein!

O fogo começa a ficar mais forte naquele zumbi e os

zumbis próximos a ele começam a se afastar, mas sem

deixar de vir. Ou melhor... Alguns estão voltando. É,

acho que eles não sabem bem o que fazer. E daí? Nós

também não sabemos...

Carlisson Galdino: Bacharel em Ciência da Computação e

pós-graduado em Produção de Software com Ênfase em

Software Livre. Membro da Academia Arapiraquense de Letras

e Artes, é autor do Cordel do Software Livre, do Cordel do

GNU/Linux, do Cordel do BrOffice e do Cordel da Pirataria.

Líder, vocalista e baixista da banda Infinnita.

http://bardo.cyaneus.net

cultura

Page 34: Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca... · contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por Eliane

| Revista BrOffice | www.broffice.org/revista 34 Janeiro | 2011

Arq

uiv

o p

ess

oal

Por Luiz Oliveira

Propaganda do futuro

Estive conversando com um colaborador do projeto

BrOffice que indicou-me um vídeo interessante sobre a

história do Google[1]. O maior dilema dessa empresa foi

bolar uma estratégia comercial que sustentasse a obra dos

idealizadores que, antes de serem empresários de

sucesso, eram estudantes da Universidade de Stanford.

Nem preciso dizer que a estratégia encontrada foi um

sucesso absoluto.

No filme, há uma visão da nossa publicidade em um futuro

próximo. Todos são identificados pelos olhos em qualquer

ambiente, público ou privado. Passeando pelos centros de

compras, por exemplo, leitores identificam os

consumidores e seus hábitos e, a partir daí, os anúncios

são direcionados. Mas esse ambiente também movimenta

um comércio ilegal de órgãos, sobretudo por quem não

quer ser identificado.

Referências:

[1]http://www.youtube.com/watch?v=HgB63gR4mSs

“Em terra de cego, quem tem um olho é rei”

Nesse filme, estrelado por Tom Cruise, tudo é uma “questão

de visão”. A história se passa no ano de 2054. O detetive

Anderson (Tom Cruise) vive atormentado pela perda do Filho

Sean, que sumiu misteriosamente enquanto estavam

brincando em uma piscina pública.

A tecnologia avançara tanto que a polícia consegue prender

supostos assassinos momentos antes do crime. Isso, graças

a três pessoas com dons especiais de prever o futuro, através

de tomografia ótica e uma parafernália cibernética que só

poderia sair da cabeça de Steven Spielberg. Nesse mundo,

arquivos são armazenados em pequenas placas de vidro e

podem ser projetados em qualquer lugar. Os computadores

são todos de toques. Uma discussão ética, porém, se levanta:

como é possível prender alguém que ainda não cometeu

qualquer crime? E se o assassino for alguém do

departamento de “Pré-Crime”?

dica de filme

Minority reportMinority report

(A nova lei)(A nova lei)

cultura

Page 35: Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca... · contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por Eliane

| Revista BrOffice | www.broffice.org/revista 35 Janeiro | 2011

Arq

uiv

o p

ess

oal

Por Rubens Queiroz de Almeida

Em documentos deste tipo, em que se precisa aplicar

estilos a um grande número de parágrafos, a ferramenta

pincel de formato economiza um tempo substancial

auxiliando a reformatar o documento e aumentando em

muito a produtividade.

Para usá-la, basta clicar sobre o ícone da ferramenta. Ao

posicionar o cursor sobre o texto, ele adquire a forma de

um balde inclinado, porém em sentido contrário ao do

ícone da janela de estilos. Selecionar, em seguida, o

parágrafo, que se deseja aplicar nas seções do

documento, no menu de Estilos.

A suíte LibreOffice possui recursos muito poderosos para

aplicar estilos a documentos. Uma ferramenta bastante útil é

modo pincel de formato.

Ao pressionar a tecla F11 vai aparecer o menu de Estilos e

Formatação. O modo pincel está representado por um

pequeno balde com líquido sendo despejado, localizado no

canto superior direito, como podemos ver pela figura abaixo.

dica

O modo pincel O modo pincel para aplicação para aplicação de estilosde estilos

Este recurso é particularmente interessante quando se está

trabalhando em documentos criados no modo máquina de

escrever. Esse modo refere-se a documentos em que o autor

usou o editor de textos como se fosse uma máquina de

escrever, usando linhas em branco para criar espaços entre

os parágrafos, atribuindo manualmente atributos como

negrito, itálico, sublinhado, etc.

Tomando como exemplo a figura acima, vemos que o ícone

da ferramenta pincel de formato está selecionado. O estilo

de parágrafo que será aplicado no documento é o Corpo

de texto.

Goo

gle

Page 36: Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca... · contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por Eliane

| Revista BrOffice | www.broffice.org/revista 36 Janeiro | 2011

dica

Arq

uivo

pes

soal

Arq

uiv

o p

ess

oa

l

O modo pincel para aplicação de estilosO modo pincel para aplicação de estilos

Por Rubens Queiroz de Almeida

Um ponto importante: não é preciso selecionar o

parágrafo inteiro para poder aplicar o estilo com esta

ferramenta. Basta um único clique sobre o parágrafo ao

qual se quer aplicar o estilo desejado e pronto.

Documentos escritos no modo máquina de escrever são

recheados de palavras e caracteres formatados

diretamente, sem o uso de estilos. Esta prática deve ser

reduzida ao máximo e usada apenas quando não existe

absolutamente nenhuma outra alternativa. Após aplicar os

estilos da forma desejada, é necessário então remover

estas marcações aplicadas isoladamente. Existem várias

maneiras de se fazer isto, mas na minha opinião, a

melhor e mais rápida, é por meio dos atalhos de teclado.

Basta selecionar com o mouse o trecho do qual se deseja

retirar a formatação e digitar a sequência CTRL+M.

Quando não for mais preciso usar a ferramenta pincel de

formato, basta clicar novamente sobre o seu ícone na

janela de estilos e formatação para voltar ao modo normal

de edição.

Para saber mais sobre o uso de estilos, consulte as

edições anteriores da revista:

Estilos de formatação e formatação condicional (Edição

nº7)

Trabalhando com folhas de estilo (Edição nº 3)

Todas as edições anteriores da revista estão disponíveis

para download em http://www.broffice.org/revista.

Page 37: Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca... · contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por Eliane

| Revista BrOffice | www.broffice.org/revista 37 Janeiro | 2011

Arq

uiv

o p

ess

oal

Neste primeiro artigo, analisaremos, essencialmente,

algumas características que já proporcionaram o

reconhecimento deste servidor de banco de dados

através de dezenas de renomados prêmios[1] [2] [3] , desde

melhor produto de CA/SL até melhor software de banco

de dados: O PostgreSQL.

O PostgreSQL é provavelmente o sistema gerenciador de

banco de dados objeto relacional de código aberto mais

avançado do planeta, assim como diz sua própria frase de

efeito e assim como centenas de empresas no mundo —

Skype, Yahoo!, Apple, Affilias, Sun, Cisco, Fujistu, Red

Hat, Caixa Econômica Federal, Força Área Brasileira,

Dataprev, Serpro, Celepar — têm constatado através de

cenários reais de solução de banco de

dados. Derivado do CA Ingres e completamente

reconstruído em 1986 na Universidade da Califórnia, em

Berkeley, o Postgres, como até então era conhecido,

reuniu centenas de desenvolvedores durante seus

próximos anos de vida. Passou por várias versões, até

chegar na versão Postegres95, quando a linguagem SQL

substituiu a linguagem de comandos PostQUEL. Em 1996

foi escolhido um novo nome, PostgreSQL, para refletir o

relacionamento entre o POSTGRES original e as versões

mais recentes com capacidade SQL.

Por Leonardo Cezar

Introdução ao PostgreSQLIntrodução ao PostgreSQL

Apartir dessa edição, a Revista BrOffice traz

uma seção aberta sobre tecnologias livres,

e os diversos recursos dos vários

aplicativos de código aberto que existem.

Base de dados embutida versus Servidor de Banco de dados

O termo Banco de dados embutido (embedded database)

refere-se a um sistema de gestão de dados de

implementação minimalista, integrado à uma aplicação

principal que exige pouca ou, às vezes, nenhuma

intervenção do usuário na administração desse sistema

(no caso do BrOffice), e é muito utilizado em aplicações

embarcadas.

Google

espa o abertoç

Page 38: Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca... · contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por Eliane

| Revista BrOffice | www.broffice.org/revista 38 Janeiro | 2011

Arq

uivo

pes

soal

Arq

uiv

o p

ess

oa

l

O BrOffice adota, por padrão, a arquitetura baseada em

banco de dados embarcado/embutido para

armazenamento dos dados pela aplicação Base. Desde a

versão 2.0 do OpenOffice.org o software utilizado

internamente para isto é o HyperSQL, produto de

software livre e código aberto, desenvolvido em Java e de

licença semelhante à BSD do PostgreSQL. O BrOffice

Base possui limitação de 16GiB de dados para cada

arquivo criado pelo HSQLDB; portanto, deverá ser

considerado este tamanho na criação de suas aplicações

no Base. Embora possua este excelente gerenciador de

bases de dados embutida, o BrOffice Base não se limita a

utilização desta arquitetura, e na próxima edição da

revista abordaremos os procedimentos necessários para

integrar o BrOffice com outros servidores de banco de

dados, incluindo, obviamente, o PostgreSQL.

Diferente do BrOffice Base, o PostgreSQL foi construído

com o objetivo de suportar aplicações de missão crítica,

onde múltiplas conexões concorrentes, controle de

acesso baseado em perfis (do inglês RBAC) níveis

elevados de armazenamento, (há relatos de bases com

terabytes) e aderência aos padrões SQL definidos pela

ISO, são requisitos fundamentais.

Por este motivo é indicado para aplicações maiores e que

exigem funcionalidades especializadas, tais como:

Sistemas de Informações Geográficas (do inglês GIS),

armazenamento distribuído, herança entre tabelas, dentre

outras funcionalidades mais sofisticadas. Não se

limitando, entretanto, exclusivamente a este uso.

Enquanto este artigo apresentou, de forma bastante

sucinta, algumas funcionalidades, suficientemente

necessárias para o leitor entender as diferenças sobre

onde e porque utilizar uma solução de gerenciador de

banco de dados, ao invés do BrOffice Base, podemos

ainda integrar as duas ferramentas e unir o melhor dos

dois mundos para elaborar relatórios e consultas

complexas em apenas poucos cliques.

Referências:

1 - http://www.networkworld.com

2 - http://www.linuxjournal.com

3 - http://www.developer.com

Sobre o autor

Leonardo Cezar é administrador de banco de dados por

profissão e desenvolvedor de software livre por paixão.

Introdução ao PostgreSQLIntrodução ao PostgreSQLPor Leonardo Cezar

espa o abertoç

A Procuradoria da República no Município de Petrópolis está recebendo doações para auxílio às vítimas das

fortes chuvas que assolaram os Municípios de Petrópolis, Areal e São José do Vale do Rio Preto, estes dois

também situados na área de abrangência desta PRM. As doações poderão ser realizadas da seguinte

forma:

mantimentos não perecíveis (cestas básicas), principalmente óleo, sal e açúcar;

material de limpeza, tais como: panos de chão, vassoura, rodos, baldes, etc.

produtos de uso pessoal, tais como: papel higiênico, escovas de dentes, absorventes, toalhas, sabonetes,

fraldas, roupas íntimas (principalmente para mulheres e crianças), etc;

água;

cobertores, colchonetes e roupas em geral;

dinheiro, através de depósito bancário na conta poupança nº 21.713-1, variação nº 01, agência nº 2885-1,

Banco do Brasil, em nome da servidora Bárbara de Jesus Costa Ferreira.

O endereço para o envio das doações: Rua Dr. Nelson de Sá Earp, nº 95, sala 502 – Tel: 24 2245-6369.

Ao final da campanha divulgaremos o total arrecadado e as entidades beneficiadas.

Solidariedade BrOffice

Page 39: Ano 4 | N° 18 | Dezembro 2010 Ano 4 | N° 19 | Janeiro 2011smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca... · contada na Campus Party, em São Paulo, em palestra ministrada por Eliane

| Revista BrOffice | www.broffice.org/revista 39 Janeiro | 2011

Arq

uiv

o p

ess

oal

Governo Federal reforça política em favor do Software

Livre

A notícia foi publicada através de instrução normativa que

dá destaque a proibição do uso de componentes,

ferramentas e códigos fontes e utilitários proprietários e

da dependência de um único fornecedor. Está proibido

também o uso apenas de plataformas proprietárias.

Foi criada, ainda, uma Comissão de Coordenação com

representantes da SLTI, da Sepin/MCT e do MDIC. A

Instrução estabelece regras para o desenvolvedor de

software, como por exemplo, especificação no cabeçalho

de cada arquivo-fonte que o software está licenciado pelo

modelo de licença Creative Commons General Public

Licence - GPL, versão 2.0, em português ou por outro

modelo de licença desde que aprovado pelo Órgão

Central do SISP.

GVT vai migrar para BrOffice

A GVT, uma das maiores empresas de telefonia do

Paraná, capacitou a equipe para projetos de migração do

MS Office para BrOffice. O grande desafio é a migração

de macros VBA utilizadas em grande escala na empresa

para geração de dados de diversas fontes em

documentos.

Um treinamento foi realizado repassando os principais

conceitos da linguagem BrOffice Basic e o uso da API

OpenOffice.org para automatização de processos no

BrOffice.

O projeto inicialmente abrange 200 usuários da equipe de

Call Center.

resumo

BrOffice 3.3 lançado pela TDF

Essa é a primeira versão estável do pacote de programas para escritório livre desenvolvido pela The

Document Foundation. Em menos de quatro meses, o número de desenvolvedores trabalhando no

LibreOffice cresceu de menos de vinte no final de Setembro de 2010, para bem mais de uma centena hoje. A

chegada de novos colaboradores, vindos de toda parte do mundo, acelerou o processo, apesar da agressiva

agenda definida para o projeto.

O BrOffice está disponível para Windows, Linux e Mac. O PortableApps.com e a TDF anunciaram, também,

a disponibilidade do LibreOffice Portable 3.3, uma versão portátil do pacote de produtividade gratuito para

Windows.

TRT/RJ prefere gastar R$ 2,8 milhões com licenças a

usar o BrOffice 3.3

Ao buscar detalhes sobre a licitação chega-se a

arquivos PDF gerados em novembro de 2010 pelo

BrOffice.org 2.2 ― que já está obsoleto perante a versão

3.3 do LibreOffice que acabou de ser lançada pela TDF.

Muitos problemas de compatibilidade, principalmente com o

Office OpenXML, foram devidamente resolvidos na

versão 3 do BrOffice.

A questão que fica em aberto é se foi cogitada a

homologação de novas versões do BrOffice, o que

possivelmente não custaria os

R$ 2,8 milhões, estimados, na compra de mais de quatro

mil licenças do Microsoft Office 2010 ― citado

nominalmente na licitação, em duas versões ― pela

Secretaria de Tecnologia da Informação (STI) do TRT/RJ.

OpenDoc Society se junta a TDF

OpenDoc Society, uma associação mundial que promove

melhores práticas para aplicativos de escritórios,

anunciou que a The Document Foundation (TDF), tornou-

se uma “organização membro”. A TDF agora se junta a

outras empresas, comunidades de código aberto,

organizações do setor público e sem fins lucrativos que já

são membros das organizações da OpenDoc Society,

como a Cap Gemini, Google, IBM, CIO e Departamento

de Defesa dos Países Baixos.

A OpenDoc Society reúne indivíduos e organizações

interessados no futuro e na abertura dos documentos,

para aprender uns com os outros e compartilhar as

melhores práticas sobre as principais tecnologias,

ferramentas disponíveis, questões políticas, estratégias

de transição, aspectos jurídicos e as últimas inovações.