Ano 2 N° 17 Outubro de 2015 (11 ... o que é chamado de Sociali- ... e mal remunerado, mas mere-ce...

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Ano 2 N° 17 - Outubro de 2015 - www.shobudojo.com.br - (11) 99743-4586 / (11) 4991-6378 Esse mês celebramos o dia das crianças, por isso, não se esqueça que dar presentes, pagar passeios, atividades lúdicas e esportivas faz parte, entretanto, o mais importante é a sua presença. Sua atenção é o que de melhor as crianças podem receber. E o tempo que os pais dedicam a seus filhos não é um prejuízo, antes é o investimento na educação, no ca- ráter, e no desenvolvimento psicológi- co e emocional da criança. Quanto mais você dedicar aten- ção a seu filho, e quanto maior for a convivência, mais forte será o vínculo e ela terá oportunidade de aprender valores, desenvolver sua capacidade de socialização. É nas brincadeiras os sistema neurológico e a motricidade são desenvolvidas, e o equilíbrio emo- cional para ser um adulto saudável estará sendo garantido. A relação com os pais ajuda a criança a compreender seu lugar no mundo, na socie- dade, e a se portar diante de seus pares na escola. Os sociólogos e psicólogos que estudam o desen- volvimento das crianças chamam esse período de socialização pri- mária, exatamente porque é quando a criança recebe a educação e a forma- ção essencial para se desenvolver cognitivamente e emocionalmente nas fases posteriores, bem como os valo- res que pautarão sua conduta. Caberá a escola, como primeira instituição educativa após a família realizar o que é chamado de Sociali- zação Secundária, isto é, a transmis- são dos valores da sociedade e as informações necessárias para que a criança se desenvolva plenamente como um cidadão e sujeito de direitos e deveres. Mais importante que as vanta- gens que o dinheiro pode comprar, sua atenção e o amor dedicado a seu filho são ainda mais necessários. Afi- nal, educar é preparar para a vida, e além de formar uma pessoa melhor e mais saudável, na proporção em que ensinar valores saudáveis e dignos suas dores de cabeça tendem a dimi- nuir e o orgulho a aumentar. NÃO SE ESQUEÇA DO PRINCIPAL: AMOR No processo de desenvolvimento e cuidado com nossas crianças um personagem tem um destaque primor- dial: o professor. Em nossa cultura esse profissional, geralmente des- valorizado, é sobrecarregado e mal remunerado, mas mere- ce todo o nosso respeito, pois, na vida corrida e compe- titiva da sociedade moderna termina sobrecarregado fa- zendo as vezes o papel que deveria ser dos pais, ou seja, educar e ensinar valores éti- cos e morais. Valores urgentes, pois além do afrouxamento dos vínculos afetivos e familiares há um crescente desrespeito à vida, à liberdade aos direi- tos e a dignidade humana. Não temos logrado êxi- to também em ensinar nossas crianças e jovens, que mui- tas vezes não respeitam o professor, a ter a consideração também pelos idosos, os outros homenageados do mês de Outubro. Nesse sentido apresen- tamos nosso respeito e admi- ração àqueles que tanto tra- balharam para nos deixar como legado a sociedade em que vivemos. Com proble- mas, é verdade, mas sem a qual não estaríamos aqui. Parabéns ao professor, entre nós representado por nossos senseis, e também aos nossos idosos, que, as- sim como Morihei Ueshiba, fundador do aikido, trabalha- ram para construir um mundo melhor, harmonioso e mais pacífico para as crianças. Editorial

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Ano 2 N° 17 - Outubro de 2015 - www.shobudojo.com.br - (11) 99743-4586 / (11) 4991-6378

Esse mês celebramos o dia das

crianças, por isso, não se esqueça

que dar presentes, pagar passeios,

atividades lúdicas e esportivas faz

parte, entretanto, o mais importante é

a sua presença. Sua atenção é o que

de melhor as crianças podem receber.

E o tempo que os pais dedicam

a seus filhos não é um prejuízo, antes

é o investimento na educação, no ca-

ráter, e no desenvolvimento psicológi-

co e emocional da criança.

Quanto mais você dedicar aten-

ção a seu filho, e quanto maior for a

convivência, mais forte será o vínculo

e ela terá oportunidade de aprender

valores, desenvolver sua capacidade

de socialização. É nas brincadeiras os

sistema neurológico e a motricidade

são desenvolvidas, e o equilíbrio emo-

cional para ser um adulto saudável

estará sendo garantido.

A relação com os pais ajuda a

criança a compreender seu lugar no

mundo, na socie-

dade, e a se portar

diante de seus

pares na escola.

Os sociólogos e

psicólogos que

estudam o desen-

volvimento das

crianças chamam

esse período de

socialização pri-

mária, exatamente

porque é quando a

criança recebe a educação e a forma-

ção essencial para se desenvolver

cognitivamente e emocionalmente nas

fases posteriores, bem como os valo-

res que pautarão sua conduta.

Caberá a escola, como primeira

instituição educativa após a família

realizar o que é chamado de Sociali-

zação Secundária, isto é, a transmis-

são dos valores da sociedade e as

informações necessárias para que a

criança se desenvolva plenamente

como um cidadão e sujeito de direitos

e deveres.

Mais importante que as vanta-

gens que o dinheiro pode comprar,

sua atenção e o amor dedicado a seu

filho são ainda mais necessários. Afi-

nal, educar é preparar para a vida, e

além de formar uma pessoa melhor e

mais saudável, na proporção em que

ensinar valores saudáveis e dignos

suas dores de cabeça tendem a dimi-

nuir e o orgulho a aumentar.

NÃO SE ESQUEÇA DO PRINCIPAL: AMOR

No processo de desenvolvimento e cuidado com

nossas crianças um personagem tem um destaque primor-

dial: o professor.

Em nossa cultura esse profissional, geralmente des-

valorizado, é sobrecarregado

e mal remunerado, mas mere-

ce todo o nosso respeito,

pois, na vida corrida e compe-

titiva da sociedade moderna

termina sobrecarregado fa-

zendo as vezes o papel que

deveria ser dos pais, ou seja,

educar e ensinar valores éti-

cos e morais.

Valores urgentes, pois

além do afrouxamento dos

vínculos afetivos e familiares

há um crescente desrespeito

à vida, à liberdade aos direi-

tos e a dignidade humana.

Não temos logrado êxi-

to também em ensinar nossas crianças e jovens, que mui-

tas vezes não respeitam o professor, a ter a consideração

também pelos idosos, os outros homenageados do mês

de Outubro.

Nesse sentido apresen-

tamos nosso respeito e admi-

ração àqueles que tanto tra-

balharam para nos deixar

como legado a sociedade em

que vivemos. Com proble-

mas, é verdade, mas sem a

qual não estaríamos aqui.

Parabéns ao professor,

entre nós representado por

nossos senseis, e também

aos nossos idosos, que, as-

sim como Morihei Ueshiba,

fundador do aikido, trabalha-

ram para construir um mundo

melhor, harmonioso e mais

pacífico para as crianças.

Editorial

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Editor: Edy André

Financeiro: Rony Medrado

Colaboradores:

Rodrigo Stainoff Pitta

[email protected]

(11) 99743-4586 / (11) 4991-6378

FILOSOFIA DO AIKIDO O aikido é considera-

da a arte marcial mais filo-

sófica já criada. Não que

O’Sensei fosse um homem

apenas espiritual, e voltado

às considerações metafísi-

cas da vida humana, nos

primeiros cinquenta anos de

sua vida foi um militante

reformista social e trabalhou

muito pelo bem comum e

pelos ideias de justiça e

igualdade, atuando inclusi-

ve politicamente.

Nesse processo ele

pode compreender que a

vida pautada apenas na

inteligência era um retroces-

so, e que era necessária

uma compreensão da exis-

tência como uma oportuni-

dade única, rara e que de-

veria ser experimentada

principalmente com a alma,

foi através dessa mudança

que ele propôs as bases

teóricas do aikido.

Quatro foram os prin-

cipais princípios filosóficos

estabelecidos por O’Sensei:

1. Gratidão para com o

universo, ou seja, a gra-

tidão pelo precioso dom

da vida;

2. Gratidão com os ances-

trais, aí incluídos os fa-

miliares, professores,

inovadores e artistas que

nos deixaram como lega-

do a cultura humana;

3. Gratidão para com o

próximo, afinal é impos-

sível viver sem a ajuda

do próximo. São outros

que constroem nossa

casa, fabricam nosso au-

tomóvel, cultiva e prepa-

ram nossa comida, isto é,

se não fosse a existência

de uma sociedade, não

poderíamos existir do

modo como vivemos; e,

4. Gratidão para com as

plantas e os animais,

afinal é graças ao sacrifí-

cio dessas vidas que po-

demos sobreviver e ex-

traímos deles a energia

necessária para manter-

mos nosso corpo.

Se observarmos com

cuidado veremos que Mori-

hei Ueshiba sempre foi um

verdadeiro ativista social, ou

seja, esteve preocupado em

promover a paz e uma vida

mais adequada para a famí-

lia humana na terra.

Apenas mudou seu

modus operandi. Se no iní-

cio da vida atuou em uma

escala pequena, intervindo

politicamente, seja em

Tókio ou em Hokaido, ao

fundar o aikido tal qual o

conhecemos, ele contribuiu

com a humanidade em es-

cala global e ofereceu “o”

caminho para mudarmos o

modo como vivemos e, ao

treinamos, mesmo que es-

sas ideias não sejam discu-

tidas com eloquência no

dojo, celebramos as bases

em que O’Sensei fundou o

aikido.

SEMANA

DO IDOSO Tradicionalmente no

mês de Outubro se festeja

com grande interesse o dia

das crianças. Embora não

seja amplamente divulgado,

esse mês também come-

moramos a semana nacio-

nal do idoso. Isso mesmo,

em um período curto pode-

mos refletir sobre os dois

extremos da vida humana

na terra.

Ao menos em tese,

já que temos problemas

graves no país, essas duas

faixas etárias são conside-

radas prioritárias e, portan-

to, merecedoras de maior

cuidado e atenção. Se para

as crianças isso é verdade

em virtude de sua condição

peculiar de pessoas em

desenvolvimento, para os

idosos se justifica em fun-

ção de sua maior fragilida-

de física e de saúde.

Considerando o se-

gundo principio filosófico do

aikido devemos celebrar e

honrar nosso ancestrais,

primeiros professores que

generosamente nos cuidam

e educam. OSS.

O KI, DE ACORDO COM SEVERINO SENSEI O Boletim elo de De-

zembro de 2003 trouxe para

os alunos a explicação de

Severino sensei sobre o Ki.

A exemplo do que fez Ka-

ren Tome naquele ano, re-

solvemos reapresentar mais

uma vez.

De acordo com o

mestre o Kandin localizado

no centro da palavra aikido,

o Ki, é formado por dois

caracteres diferentes. Um

representa vapor e o outro

representa arroz. E segue o

mesmo princípio da dualida-

de no universo: Yin-Yang.

O Ki, portanto, é a

harmonização desses dois

opostos, vapor (céu) e arroz

(terra). A finalidade da arte

marcial é, através do treino,

desenvolver a intuição, algo

como um sexto sentido fren-

te a vida, e o Ki seria o

grande responsável por tal

habilidade.

Os Chacras, pontos

energéticos distribuídos

pelo corpo, são energizados

pelo Ki e concedem essa

percepção especial. Severi-

no sensei, entretanto, escla-

receu à época que o aluno

não deve se preocupar com

isso, pois acontece natural-

mente com a prática do aiki-

do.

Os exercícios de res-

piração ministrados por

Sensei Vagner tem a fun-

ção de harmonizar essa

energia em nosso corpo.

Na próxima vez em

que isso acontecer você já

saberá exatamente porque

são importantes. E, embora

não pareça, têm tudo a ver

com o treino que fazemos

de aikido. Sensei Severino Sales, 6° Dan,

Monge Budista e presidente da FEBRAI.

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SEU LUIZ, VETERANO DO AIKIDO Ele nos recebeu

para um bate papo a noite,

quando assistia o programa

A Praça é Nossa, querido e

admirado por todos os cole-

gas está para completar 70

anos e nos contou um pou-

co de sua vivência em artes

marciais ao longo da vida.

Seu Luiz há quanto

tempo treina aikido?

Aikido, já há vinte e

um anos.

Por que aikido?

Olha, acontece o se-

guinte, a minha paixão mes-

mo era judô, eu queria fazer

judô desde criança e não

tive oportunidade de fazer.

Quando eu me casei eu tive

condição e a oportunidade

de fazer. Eu treinei, gostei,

deu tudo certo, mas um dia

um colega do banco em que

eu trabalhei me convidou

para assistir uma luta, na

verdade era um treino de

aikido com o sensei Ono.

O lugar ficava numa

travessa da Tabatinguera,

sensei Ono tinha uma aca-

demia lá. Rua das Carmeli-

tas, se não me falha a me-

mória; o que aconteceu é

que no final eu fiquei muito

admirado, entendeu? O no-

me do professor era Ivan,

no final do treino eu já falei

com ele e fiz minha matrícu-

la. Passei a treinar lá duran-

te a semana e no sábado ia

fazer judô. Fui começando a

adquirir o conhecimento e o

sensei Ono mudou a acade-

mia, acho que foi lá pra Ana

Rosa, eu continuei treinan-

do com ele, até que chegou

uma hora em que eu passei

a considerar que não era

uma boa luta marcial, e que

precisava de uma luta mais

firme.

Sensei Ono fazia

um treino, uma katá, que

era muita energia, eu eu

não sentia nada, foi quando

um colega que treinava com

a gente, um tal de Edson,

ele era advogado, me convi-

dou pra assistir uma aula do

sensei Severino, que treina-

va na região das Clínicas,

eu comecei treinar e foi lá

que conheci o sensei Vag-

ner. Comecei a treinar com

sensei Severino e o sensei

Vagner era nosso instrutor.

Foi nessa época que e apo-

sentei e passei a treinar

com sensei Vagner somente

em Santo André.

O que o aikido

acrescentou ou mudou na

sua vida?

Aikido me deu mais

confiança, porque eu era

um garoto quando comecei

a fazer judô, era uma pes-

soa muito medrosa, muito

tímido, tinha dificuldade pa-

ra falar, dificuldade pra me

expressar, entendeu? De-

pois que eu entrei no judô e

depois que eu entrei no aiki-

do eu passei a ter mais con-

fiança em mim, então eu

passei a ter mais confiança

em mim, melhorou a saú-

de... Depois eu comecei a

fazer tai-chi, com o sensei

Vagner também, eu come-

cei a ter alunos, e isso, cada

vez, foi me ajudando mais.

Então eu só tenho a agrade-

cer esses dois; praticamen-

te os três, judô, aikido e tai-

chi.

Durante essa longa

prática o senhor viu a arte

marcial mudar, ou conti-

nua a mesma coisa?

Olha, hoje em dia,

principalmente no judô, o

que eu vejo, não existe mui-

ta técnica, existe muita for-

ça. A maioria dos judocas, o

que é que eles fazem, vão

na academia de muscula-

ção e se dedicam ao levan-

tamento daqueles pesos e

termina que tudo fica muito

à base da força. Antigamen-

te no judô um japonesinho

de um metro e meio derru-

bava um cara com dois me-

tros de altura, era uma téc-

nica e uma agilidade muito

grande, e hoje as pessoas

investem muito na muscula-

ção. Existe técnica, mas a

maioria é força alcançada

no treino de academia.

E o aikido, ao seu

modo de ver, mudou?

Não, o aikido... Olha,

mudou bastante, comparan-

do o aikido do sensei Ono,

depois sensei Severino e do

sensei Vagner. O sensei

Ono dá uma técnica que é

da respiração, da harmonia

de trabalho, é daquela ener-

gia que sai da região umbili-

cal. O aikido do sensei Se-

verino, comparando com o

sensei Ono, é um aikido

mais voltado para a defesa

pessoal, podendo ser usado

quando precisar. Foi por

isso que eu parei de treinar

com sensei Ono, eu não via;

pode até ser que dê um re-

sultado legal, mas eu não

via, não deu um bom resul-

tado pra mim, entendeu?

Osenhor está para

fazer setenta anos.

Sim, eu sou de 13 de

Maio de 1946. O ano que

vem faço setenta anos.

Como é fazer aikido

na terceira idade?

Olha, eu gosto. Gosto

muito de praticar, fazer gi-

nástica, praticar esporte em

geral. O esporte, pra mim, é

muito importante para a sa-

úde, pro corpo, pra mente.

O que predomina no

aikido, técnica ou força?

Olha, hoje não tô

usando muito a força, preci-

sava mais quando fazia ju-

dô, como eu falei passou a

precisar muito de força. No

aikido sensei Vagner sem-

pre ensinou a usar a técni-

ca, quando eu faço um mo-

vimento mais brusco sensei

Vagner chama atenção.

Outro dia fiz um nikkyo e

machuquei uma pessoa

enquanto sensei me obser-

vava e advertia “vai devagar Sr. Luiz, ao lado de sensei Vagner, em demonstração de

Tai-Chi-Chuan em São Bernardo no Parque Salvador Arena.

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Arte Marcial levada a serio.

Pça Adhemar de Barros, 56

Centro - Santo André

tel. 4991-6378

Rua Caçaquera, 437

Tatuapé - São Paulo

tel. 2338-2327

Publique o que está

acontecendo de interessante

no seu dojo ou divulgue seu

serviço para os colegas.

O aikido também é uma

comunidade de negócios e

alguém pode estar precisando

da sua ajuda nesse momento.

[email protected] R. Brig. Gavião Peixoto, 249

Alto da Lapa - São Paulo

Tel. 99985-1840

Labor Copiadora

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rapaz”. Eu evito também,

mas pra mim é mais fácil

usar a técnica, e está me-

lhorando pra mim, pelo me-

nos eu acho, né?

Você recomendaria

aikido para idosos?

Sim! Por sinal aqui no

condomínio onde eu moro

dou aula de defesa pessoal,

não aikido, que também é

uma defesa pessoal, mas

ensino um pouco de defesa

pessoal, hoje em dia tem

muito roubo, muito assalto,

as pessoas têm medo de

andar na rua, então isso aí

dá uma segurança melhor.

Para todos?

Exatamente. Mas eu

sou uma pessoa que não

tem medo de nada não ra-

paz, eu sou uma pessoa

que enfrenta qualquer bar-

reira. Mas eu nunca gostei

de brigar, briga nunca deu

resultado nenhum, especial-

mente hoje, porque as pes-

soas não brigam mano-a-

mano, como se dizia, hoje

vai trazer uma faca, um re-

vólver, vai dar tiro. O próprio

sensei Vagner, desde que

conheço, sempre orienta a

deixar para lá e não sair

brigando por aí.

Seu Luiz você faz

sucesso no dojo, todos

gostam de você e se di-

vertem juntos nas aulas.

(Risos) Pra mim cada

um é como se fosse um fi-

lho pra mim, eu gosto de

todo mundo, brinco com

aqueles que me dão liberda-

de e tento ajudar todo mun-

do.

Seu Luiz, eu agrade-

ço a paciência, a boa von-

tade em me atender tão

tarde, e saiba que desde

quando comecei a treinar

sempre foi um incentivo

treinar com o senhor que,

além da grande experiên-

cia de vida, é um veterano

do aikido que nos honra

com sua presença.

Eu gosto de dar aula,

gosto de explicar, passar o

que aprendo com sensei

Vagner. Você mesmo, que

eu me lembro de quando

começou e treinava comigo

e com o Godói. Quando eu

vim pra São Bernardo pro-

curei uma academia de judô

meu amigo, os caras saben-

do que eu era faixa-preta...

Quando aparece gen-

te nova querem descontar

tudo que apanhou e eu não

faço isso, eu só me interes-

so em ajudar e você não

imagina o quanto eu gosto

de você. Do Zé, do Paulão,

todos que treinam comigo

lá. Bom, não vou falar no-

mes, deixa pra lá, senão

termino esquecendo o nome

de alguém, porque gosto de

todos.

Chego em casa que-

brado, faço meu alonga-

mento, com meu colchonete

na sala e alongo. De manhã

faço minha vitamina, deixo

minha casa prontinha, almo-

ço, durmo um pouco a tar-

de, vou dar aula, teino a

noite me alongo e minha

vida é assim. E tô torcendo

por vocês que vão fazer

exames para faixa preta; é

uma responsabilidade muito

grande. Meu primeiro pro-

fessor de Judô, professor

José Simão, falava que a

responsabilidade só vai au-

mentando e, com a faixa

preta, é enorme. Cuidado

com os colegas. Obrigado!