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Análise dos Impactos na Saúde e no Sistema Único de Saúde Decorrentes de Agravos Relacionados a um Esgotamento Sanitário Inadequado dos 100 Maiores Municípios Brasileiros no Período 2008-2011 RELATÓRIO FINAL Denise Kronemberger [email protected] Janeiro de 2013

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Análise dos Impactos na Saúde e no Sistema Único de Saúde Decorrentes de

Agravos Relacionados a um Esgotamento Sanitário Inadequado dos 100

Maiores Municípios Brasileiros no Período 2008-2011

RELATÓRIO FINAL

Denise Kronemberger

[email protected]

Janeiro de 2013

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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................

3

2. OBJETIVO GERAL ........................................................................................................

4

3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS .............................................................................................

4

4. JUSTICATIVAS .............................................................................................................. 4

5. METODOLOGIA ............................................................................................................ 4

6. MUNICÍPIOS SELECIONADOS ....................................................................................... 6

7. PERFIL DE MORBI-MORTALIDADE POR DIARREIAS ................................................... 10

7.1. PERFIL DE MORBIDADE POR DIARREIAS ..................................................................... 10

7.1.1. Morbidade por Diarreia em Crianças ..................................................................... 18

7.1.2. Morbidade por Diarreia em Idosos ........................................................................ 23

7.1. PERFIL DE MORTALIDADE POR DIARREIAS ................................................................. 26

8. QUADRO DE GASTOS DO SUS COM INTERNAÇÕES POR DIARREIAS ........................... 35

9. ESGOTAMENTO SANITÁRIO ......................................................................................... 41

10. COMPARAÇÃO COM CIDADES PRÓXIMAS DA UNIVERSALIZAÇÃO ......................... 56

11. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 59

12. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ................................................................................... 65

Anexo 1 – FICHAS TÉCNICAS DOS INDICADORES .......................................................... 66

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1. INTRODUÇÃO

A diarreia é um sintoma comum de uma infecção gastrointestinal causada por uma

ampla gama de agentes patógenos, incluindo bactérias, vírus e protozoários. Alguns destes

são responsáveis pela maioria dos casos de diarreia aguda em crianças, como o Rotavírus, que

é responsável por cerca de 40% das internações hospitalares em crianças menores de 5 anos

no mundo, segundo o Unicef e a OMS. Outras bactérias comuns são E. coli, Shigella,

Campylobacter e Salmonella, e o V. cholerae (cólera) em períodos de epidemia (UNICEF &

WHO, 2009).

A Organização Mundial de Saúde (OMS) menciona o saneamento básico precário como

uma ameaça a saúde humana. Muito associado à pobreza, afeta mais a população de baixa

renda, mais vulnerável pela subnutrição e muitas vezes pela higiene inadequada. No ano de

2004, por exemplo, doenças relacionadas a sistemas de água e esgoto inadequados e as

deficiências com a higiene causaram a morte de 1,6 milhões de pessoas nos países de baixa

renda (PIB per capita inferior a US$825,00). A maioria das mortes por diarreias no mundo

(88%) é causada por sistemas inadequados de saneamento, sendo que mais de 99% destas

mortes ocorrem em países em desenvolvimento, e aproximadamente 84% delas afetam as

crianças (WHO, 2009).

Um relatório do Unicef e da OMS aponta a diarreia como sendo a segunda maior causa

de mortes em crianças menores de 5 anos de idade. Estima-se que 1,5 milhões de crianças

nesta idade morram a cada ano vítimas de doenças diarreicas, sobretudo em países em

desenvolvimento, em grande parte devido a falta de saneamento, bem como a subnutrição e

uma saúde mais débil (UNICEF & WHO, 2009).

Os aumentos das temperaturas e da umidade favorecem a proliferação de organismos

patógenos, como os fecais, resultando em aumento da ocorrência de diarreias (UNESCO,

2006). Assim, podemos afirmar que as mudanças climáticas também poderão afetar esse tipo

de doenças, contribuindo para um aumento das mesmas. Segundo a Organização Mundial de

Saúde (WHO, 2008) várias doenças diarreicas variam sazonalmente, o que sugere uma

sensibilidade ao clima. Nos países de clima quente elas ocorrem mais durante a estação

chuvosa, e tanto as inundações quanto as secas aumentam o risco de ocorrência dessas

doenças, tais como a cólera, giárdiase, infecção por shiguella, febre tifóide, infecção por E.

coli, entre outras.

Nesse contexto os objetivos deste trabalho são apresentados a seguir.

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2. OBJETIVO GERAL

Analisar os impactos na saúde e no Sistema Único de Saúde resultantes do esgotamento

sanitário inadequado nos 100 maiores municípios brasileiros em população.

3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Identificar as relações entre esgotamento sanitário inadequado e ocorrência de diarreias.

• Avaliar os gastos do SUS com tratamento das doenças diarreicas.

• Levantar a participação das internações de crianças e idosos no conjunto das internações

por diarreias.

• Comparar os resultados das 100 maiores cidades brasileiras com as cidades próximas da

universalização nos serviços de água, coleta e tratamento de esgoto.

4. JUSTIFICATIVAS

Os indicadores de saúde são muito importantes para o conhecimento, o monitoramento e

avaliação da situação de saúde da população. Estudos epidemiológicos relacionados a

condições de saneamento apontam os seguintes indicadores mais aplicados para analisar o

impacto das ações de saneamento sobre a saúde coletiva: ‘morbidade por enfermidades

diarreicas’ e ‘mortalidade por enfermidades diarreicas’.

As doenças de transmissão feco-oral, especialmente as diarreias representam em média

mais de 80% das doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado (DRSAI) no

Brasil (IBGE, 2012). Por conta disto, neste estudo, as diarreias foram escolhidas para avaliar a

influência do saneamento inadequado na saúde da população. Estas doenças possuem

etiologias diversas, o que faz com a determinação das suas causas seja uma tarefa complexa,

sendo evidente o papel da melhoria das condições de saneamento na redução destes agravos.

5. METODOLOGIA

O estudo contemplou os 100 maiores municípios brasileiros em população de 2011. O

período analisado foi de 4 anos, de 2008 a 2011. O universo da pesquisa refere-se a dois

aspectos importantes do impacto dos agravos relacionados ao esgotamento sanitário

inadequado: perfil de morbi-mortalidade por diarreias e quadro de gastos hospitalares com

internações por diarreias.

As doenças diarreicas consideradas no estudo foram: ‘cólera’, ‘shiguelose’, ‘amebíase’,

‘infecções por salmonella’, ‘infecções intestinais bacterianas’, ‘doenças intestinais por

protozoários’, ‘infecções intestinais virais’, ‘diarreia e gastroenterite de origem infecciosa

presumível’.

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O trabalho foi realizado de acordo com as seguintes etapas:

1. Caracterização do Perfil de Morbi-Mortalidade: levantamento de dados, construção e

análise dos seguintes indicadores

• ‘Taxa de internação hospitalar por doenças diarreicas’ (nº. de internações por

diarreia/população total*100.000) (nº/100 mil habitantes)

• ‘Internação por doenças diarreicas em crianças (menores de 5 anos de idade)’ ([nº

de internações por doenças diarreicas em crianças menores de 5 anos/nº total de

internações por diarreia] * 100) (%).

• ‘Internação por doenças diarreicas em idosos (maiores de 60 anos de idade)’ ([nº de

internações por doenças diarreicas em idosos/nº total de internações por diarreia] * 100)

(%) (este indicador foi construído somente para o ano de 2011)

• ‘Taxa de mortalidade por doenças diarreicas’ (nº. de óbitos por diarreia/população

total*100.000) (nº/100 mil habitantes)’.

2. Caracterização do Quadro de Gastos do SUS: levantamento de dados, construção e análise

do indicador ‘gastos com internação por diarreia’ (total de gastos com

internação/população total*100.000) (R$/100 mil habitantes).

3. Caracterização do Esgotamento Sanitário: levantamento de dados e construção dos

seguintes indicadores

• ‘Índice de atendimento total de esgoto’ (população atendida com esgotamento

sanitário/população total*100) (%).

• ‘Índice de esgoto tratado referido a água consumida’ (volume de esgoto tratado +

volume de esgoto bruto exportado tratado nas instalações do importador/volume de água

consumido – volume de água tratada exportado) (%)

• ‘Proporção de domicílios com esgotamento sanitário inadequado’ ([n.º de domicílios

com saneamento inadequado/total de domicílios particulares permanentes] *100) (%)

(somente para o ano de 2010). Considerou-se como esgotamento inadequado os domicílios

com fossa rudimentar e com destino do esgoto para vala, rio, lago e mar.

• ‘Proporção de domicílios sem banheiro’ ([n.º de domicílios sem banheiro/total de

domicílios particulares permanentes] *100) (%) (somente para o ano de 2010).

Os dados para a construção dos indicadores de saúde foram obtidos no Sistema de

Informações em Saúde, do Ministério da Saúde (Datasus). Os dados de população, usados na

construção das taxas e para a seleção dos maiores municípios a serem estudados,

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correspondem as estimativas de população em 1º de Julho de cada ano, feitas pelo IBGE, com

exceção de 2010, cujos dados são oriundos do censo Demográfico. Os números de domicílios

com saneamento inadequado também são oriundos do IBGE, Censo Demográfico 2010. As

informações sobre população atendida com esgotamento sanitário, coleta e tratamento do

esgoto foram obtidas do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), do

Ministério das Cidades.

As fichas técnicas com a descrição dos indicadores utilizados na pesquisa encontram-se

em anexo.

A grande maioria dos indicadores trabalhados não dispõe de escalas de desempenho ou

metas com valores considerados ideais para alcançar. A sua criação auxiliaria a tomada de

decisão por parte dos gestores públicos e privados.

A partir dos resultados obtidos na tabulação dos indicadores acima para os 100

municípios em estudo, foi feito o ranking anual dos mesmos, apresentando os melhores

cenários, representados por municípios com a melhor evolução dos indicadores analisados, e

os piores cenários, que abrangem os municípios com os piores indicadores.

A análise da série histórica no período de 2008 a 2011 permitiu identificar alguns

padrões de evolução do comportamento dos indicadores ‘Taxa de Internação Hospitalar por

Diarreias’ e ‘Taxa de Mortalidade por Diarreias’, que são apresentados nos itens 7.1 e 7.2.

Para o exercício de avaliação do impacto do esgotamento sanitário inadequado sobre o

número de internações e os gastos com internação por diarreia nos municípios analisados, os

dez com as piores condições de coleta de esgoto e os dez com as melhores foram selecionados

e foram calculadas suas médias para o ‘índice de atendimento total de esgoto’, a ‘taxa de

internação hospitalar por doenças diarreicas’ e os ‘gastos com internação por diarreia’. A

partir destas informações foram feitos exercícios de cálculo de redução do número de

internações por diarreia e dos gastos com estas internações caso as dez piores cidades

tivessem a abrangência do esgotamento sanitário das dez melhores.

6. MUNICÍPIOS SELECIONADOS

Os 100 maiores municípios brasileiros em população de 2011 somavam neste ano

77.756.588 habitantes, representando 40,4 % da população total do país. Os municípios

selecionados abrangem todas as Unidades da Federação, com exceção de Tocantins,

formando, portanto, um subconjunto representativo do Brasil como um todo. 22 municípios

são capitais de Unidades da Federação (quadro 1).

Em 2011 79 deles possuíam mais de 300 mil habitantes, 53 possuíam mais de 400 mil

habitantes, 37 continham mais de 500 mil e 16 tinham mais de 1 milhão de pessoas. Os mais

populosos eram São Paulo, com mais de 11 milhões de habitantes (11.316.119) e Rio de

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Janeiro, com mais de 6 milhões (6.355.949), e o menos populoso era Juazeiro do Norte (CE),

com 252.841 habitantes. São apresentados no quadro 1 com os totais de população no período

de 2008 a 2011.

A população vem aumentando, o que requer investimentos em saneamento básico para

suprir a crescente demanda. A taxa média geométrica de crescimento anual entre 2000 e 2010,

é bastante variável entre os municípios analisados, segundo dados do IBGE. Em alguns casos

chega a aproximadamente 3% ao ano (Ananindeua (PA) - 3,16% aa), em outros alcança em

torno de 2% (Guarulhos (SP) – 2,15% aa e Sorocaba (SP) – 1,89% aa), em outros não alcança

1% ao ano (Petrópolis – 0,99% aa). A tabela 1 apresenta as taxas para alguns dos municípios

mais populosos do país. Entre eles Manaus e Brasília foram os que mais cresceram, com taxas

acima de 2% aa, enquanto Porto Alegre e Belo Horizonte apresentaram as menores taxas

(0,35% aa e 0,59% aa, respectivamente).

Tabela 1 – Taxa média geométrica de crescimento anual dos 15 municípios brasileiros mais populosos –

2000/2010

Municípios Taxa média geométrica de crescimento anual (%)

São Paulo 0,76 Rio de Janeiro 0,76 Salvador 0,91 Brasília 2,28 Fortaleza 1,36 Belo Horizonte 0,59 Manaus 2,51 Curitiba 0,99 Recife 0,78 Porto Alegre 0,35 Belém 0,85 Goiânia 1,77 Guarulhos 1,31 Campinas 1,09 São Luís 1,46

Fonte: IBGE (2011)

Cabe ressaltar que, com exceção de 2010, para todos os anos os dados de população

apresentados são estimativas baseadas nos valores apurados nos Censos. São, portanto,

estimativas. Para o ano de 2010, o dado apresentado é o resultado do Censo Demográfico, e

serve para ajustar as estimativas, corrigindo os valores para os anos futuros. Como a

população brasileira está em processo de desaceleração de crescimento, especialmente nas

cidades de maior porte, quase sempre as estimativas sobrestimam os valores reais da

população. Por que então não é feita a correção das estimativas passadas? Porque estes

valores de população são divulgados pelo IBGE no Diário Oficial da União, ou seja, são os

dados oficiais de população do país, e são usados para fins de participação na arrecadação

tributária.

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Quadro 1 – População total estimada nos 100 maiores municípios brasileiros em população de 2011 - 2008-2011

UF Município 2008 2009 2010 2011 PA Ananindeua 495.480 505.512 471.980 477.999 GO Anápolis 331.329 335.960 334.613 338.545 GO Aparecida de Goiânia 494.919 510.770 455.657 465.093 SE Aracaju 536.785 544.039 571.149 579.563 SP Bauru 355.675 359.429 343.937 346.077 PA Belém 1.424.124 1.437.600 1.393.399 1.402.056 RJ Belford Roxo 495.694 501.544 469.332 472.008

MG Belo Horizonte 2.434.642 2.452.617 2.375.151 2.385.640 SC Blumenau 296.151 299.416 309.011 312.635 RR Boa Vista 260.930 266.901 284.313 290.741 MG Betim 429.507 441.748 378.089 383.571 DF Brasília 2.557.158 2.606.885 2.570.160 2.609.998 PB Campina Grande 381.422 383.764 385.213 387.644 SP Campinas 1.056.644 1.064.669 1.080.113 1.090.386 MS Campo Grande 747.189 755.107 786.797 796.252 RJ Campos dos Goytacazes 431.839 434.008 463.731 468.087 RS Canoas 329.903 332.056 323.827 325.189 SP Carapicuíba 388.532 392.701 369.584 371.502 ES Cariacica 362.277 365.859 348.738 350.615 PE Caruaru 294.558 298.501 314.912 319.580 PR Cascavel 291.747 296.254 286.205 289.340 CE Caucaia 326.811 334.364 325.441 330.855 RS Caxias do Sul 405.858 410.166 435.564 441.332 MG Contagem 617.749 625.393 603.442 608.715 MT Cuiabá 544.737 550.562 551.098 556.299 PR Curitiba 1.828.092 1.851.215 1.751.907 1.764.541 SP Diadema 394.266 397.738 386.089 388.576 RJ Duque de Caxias 864.392 872.762 855.048 861.158 BA Feira de Santana 584.497 591.707 556.642 562.466 SC Florianópolis 402.346 408.161 421.240 427.298 CE Fortaleza 2.473.614 2.505.552 2.452.185 2.476.589 PR Foz do Iguaçu 319.189 325.137 256.088 255.900 SP Franca 327.176 330.938 318.640 321.012 GO Goiânia 1.265.394 1.281.975 1.302.001 1.318.149 MG Governador Valadares 261.981 263.274 263.689 264.960 RS Gravataí 266.230 269.446 255.660 257.428 SP Guarujá 304.274 308.058 290.752 292.744 SP Guarulhos 1.279.202 1.299.283 1.221.979 1.233.436 SP Itaquaquecetuba 351.493 359.253 321.770 325.518 PE Jaboatão dos Guararapes 678.346 687.688 644.620 649.788 PB João Pessoa 693.082 702.235 723.515 733.155 SC Joinville 492.101 497.331 515.288 520.905 CE Juazeiro do Norte 246.515 249.829 249.939 252.841 MG Juiz de Fora 520.612 526.706 516.247 520.811 SP Jundiaí 347.738 349.929 370.126 373.713 SP Limeira 278.776 281.583 276.022 278.093 PR Londrina 505.184 510.707 506.701 511.279 AM Macapá 359.020 366.484 398.204 407.023 AL Maceió 924.143 936.314 932.748 943.110 AM Manaus 1.709.010 1.738.641 1.802.014 1.832.424 PR Maringá 331.412 335.511 357.077 362.329 SP Mauá 412.753 417.458 417.064 421.184 SP Mogi das Cruzes 371.372 375.268 387.779 392.196

MG Montes Claros 358.271 363.227 361.915 366.135 RN Mossoró 241.645 244.287 259.815 263.344 RN Natal 798.065 806.203 803.739 810.780 RJ Niterói 477.912 479.384 487.562 489.720 RJ Nova Iguaçu 855.500 865.089 796.257 799.047 PE Olinda 394.850 397.268 377.779 378.538

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SP Osasco 713.066 718.646 666.740 667.826 PE Paulista 314.302 319.373 300.466 303.401 RS Pelotas 343.167 345.181 328.275 328.865 PE Petrolina 276.174 281.851 293.962 299.752 RJ Petrópolis 312.766 315.119 295.917 296.565 SP Piracicaba 365.440 368.843 364.571 367.290 PR Ponta Grossa 311.106 314.681 311.611 314.518 RS Porto Alegre 1.430.220 1.436.123 1.409.351 1.413.094 RO Porto Velho 379.186 382.829 428.527 435.732 SP Praia Grande 244.533 249.551 262.051 267.307 PE Recife 1.549.980 1.561.659 1.537.704 1.546.516 MG Ribeirão das Neves 340.033 349.307 296.317 299.729 SP Ribeirão Preto 558.136 563.107 604.682 612.340 AC Rio Branco 301.398 305.954 336.038 342.299 RJ Rio de Janeiro 6.161.047 6.186.710 6.320.446 6.355.949 BA Salvador 2.948.733 2.998.056 2.675.656 2.693.606 RS Santa Maria 266.822 268.969 261.031 262.369 PA Santarém 275.571 276.665 294.580 297.040 SP Santo André 671.696 673.396 676.407 678.486 SP Santos 417.518 417.098 419.400 419.509 SP São Bernardo do Campo 801.580 810.979 765.463 770.253 RJ São Gonçalo 982.832 991.382 999.728 1.008.065 RJ São João de Meriti 468.309 469.827 458.673 459.379 SP São José do Rio Preto 414.272 419.632 408.258 412.076 SP São José dos Campos 609.229 615.871 629.921 636.876 PR São José dos Pinhais 272.530 279.297 264.210 268.808 MA São Luís 986.826 997.098 1.014.837 1.027.430 SP São Paulo 10.990.249 11.037.593 11.253.503 11.316.119 SP São Vicente 328.522 330.795 332.445 334.663 ES Serra 397.226 404.688 409.267 416.029 SP Sorocaba 576.312 584.313 586.625 593.776 SP Suzano 279.394 284.356 262.480 265.074 SP Taubaté 270.918 273.426 278.686 281.336 PI Teresina 793.915 802.537 814.230 822.364

MG Uberaba 292.377 296.261 295.988 299.361 MG Uberlândia 622.441 634.345 604.013 611.904 MT Várzea Grande 237.925 240.038 252.596 255.449 ES Vila Velha 407.579 413.548 414.586 419.854 ES Vitória 317.817 320.156 327.801 330.526 BA Vitória da Conquista 313.898 318.901 306.866 310.129 RJ Volta Redonda 259.811 261.403 257.803 259.012

Fonte: IBGE, estimativas de população em 1º de julho de cada ano; IBGE, Censo Demográfico 2010..

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7. PERFIL DE MORBI-MORTALIDADE POR DIARREIAS

7.1. PERFIL DE MORBIDADE POR DIARREIAS

Os padrões de comportamento da série histórica da taxa de internação hospitalar por

diarreias são mostrados a seguir e no quadro 2 são apresentados para cada um dos

municípios.

• Redução constante: quando o indicador mostra inequívoca redução ao longo dos anos.

• Aumento e queda nos últimos 2 anos: indicador com aumento entre 2008 e 2009 e queda

nos demais anos.

• Aumento e queda no último ano: quando o indicador apresenta aumento nos primeiros 3

anos e uma redução no último ano.

• Redução e aumento nos últimos 2 anos: indicador com queda entre 2008 e 2009 e

aumento nos demais anos.

• Redução e aumento no último ano: redução entre 2008 e 2009 e aumento entre 2010 e

2011.

• Oscilante: quando o indicador apresenta quedas e aumentos em anos consecutivos, sem

uma melhora ou piora constantes.

O gráfico a seguir mostra alguns exemplos de padrões da taxa de internação hospitalar.

Gráfico 1 – Padrões de comportamento da série histórica da taxa de internação hospitalar por diarreias: alguns exemplos

Fonte: elaborado com base nos dados do Ministério da Saúde/Datasus.

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Redução constante: Campos de Goytacazes:

Aumento no início da série e queda nos últimos dois anos: Cariacica

Oscilante: Anápolis

Redução no início da série e aumento últimos dois anos: Manaus

Aumento no início da série e queda no último ano: Betim

Quase a metade dos municípios analisados (49%) apresenta um padrão oscilante de

comportamento da série histórica da taxa de internação por diarreias, com quedas e aumentos

em anos consecutivos, ou seja, sem um padrão claro de melhora constante ou de piora

constante. Isto talvez possa ser explicado pelo fato da série histórica ter apenas quatro anos de

informações, não sendo possível definir este padrão mais claro. Ele pode ser oscilante, mas

compor, em uma série histórica mais extensa, um padrão de melhoria, por exemplo. A

predominância dos padrões oscilantes para a maioria dos indicadores analisados, nas cidades

selecionadas é, provavelmente, resultado de uma combinação de fatores, alguns relacionados

a estrutura e qualidade dos dados e outros não. Entre aqueles ligados as características dos

dados utilizados estão o curto período de tempo analisado e a qualidade da informação

primária (erros nos registros primários e outras limitações dos indicadores utilizados – ver

fichas técnicas dos indicadores em anexo). Fatores externos aos dados, como a presença de

muitas variáveis controladoras relacionadas a cada indicador analisado e a forte presença de

componentes aleatórios nos indicadores, também contribuem para a predominância dos

padrões oscilantes, sem tendências claras.

Apenas 18% deles exibem um padrão de melhoria, ou seja, redução constante dos

valores entre 2008 e 2011. Alguns destes possuem ainda valores elevados, apesar do

decréscimo no período estudado: João Pessoa (316,8 em 2008 para 213,1 em 2011), Juazeiro

do Norte (426,7 para 131,3), Santarém (361,4 para 241,4) e Teresina (346,4 para 180,6).

Por outro lado, outros municípios têm valores baixos, em comparação com os demais,

apresentam decréscimo contínuo das taxas: Franca (20,8 em 2008 para 15,0 em 2011),

Florianópolis (34,8 para 21,1), Natal (64,8 para 24,7) e outros. Manaus, Paulista, Praia

Grande, São Bernardo do Campo e São José do Rio Preto exibiram um aumento nos

últimos dois anos (2010 e 2011), sendo que Manaus já tem valores elevados. Alguns

municípios merecem destaque também porque, apesar dos indicadores terem piorado no início

da série, nos últimos dois anos conseguiram uma melhora. São eles: Cariacica, Feira de

Santana, Joinvile, Niterói, Nova Iguaçu, Olinda, Porto Velho, Recife, Rio de Janeiro,

Taubaté, sendo que destes, Nova Iguaçu ainda apresenta valor elevado (114,6 em 2011).

Os municípios que se encontram entre os 10 piores no ranking em todos os anos do

período analisado são em ordem alfabética (gráfico 2): Ananindeua, Anápolis, Belém,

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Belford Roxo, Campina Grande, João Pessoa e Vitória da Conquista. Ananindeua está

em primeiro lugar em todos os anos, com valores acima de 900 internações por diarreias por

100 mil habitantes. Em 2011, por exemplo, sua taxa era de 904 internações/100 mil

habitantes, mais que o dobro que o segundo colocado e o terceiro colocado no ranking,

respectivamente Belford Roxo e Anápolis (com 399,4 int./100 mil e 373,1 int./100 mil hab.,

respectivamente). Santarém, Teresina e Várzea Grande estão três vezes entre os 10 piores

neste indicador. É importante frisar que entre esses municípios, apenas João Pessoa, Santarém

e Teresina vêm conseguindo reduzir suas taxas, conforme mencionado anteriormente. Esses

10 municípios podem ser considerados os piores no indicador ‘taxa de internação hospitalar

por diarreias’, sendo que a maioria localiza-se nas Regiões Nordeste e Norte. Juazeiro do

Norte e Maceió também aparecem com taxas elevadas, embora o primeiro venha reduzindo

as taxas, conforme mencionado no parágrafo anterior.

Bauru, Campinas, Praia Grande, São Bernardo do Campo, Suzano e Taubaté

aparecem entre os 10 melhores em todos os anos do período. Caxias do Sul, Rio de Janeiro

e Santos também apresentam taxas mais baixas em relação aos demais (3 anos da série estão

entre os 10 melhores) (quadro 3 e gráfico 3). Ressaltamos que a maioria localiza-se no estado

de São Paulo e todos estão na Região Sudeste.

No último ano analisado os municípios com as taxas mais elevadas foram em ordem

decrescente (quadro 3): Ananindeua (904,0 int./100 mil hab.), Belford Roxo (399,4),

Anápolis (373,1), Belém (354,8), Várzea Grande (354,7), Vitória da Conquista (312,1),

Campina Grande (263,9), Santarém (241,4), João Pessoa (213,1) e Maceió (211,1).

Somente estes dez internaram cerca de 20 mil pessoas, representando 35% das internações das

100 cidades analisadas.

Os municípios com as taxas mais baixas foram em 2011 (quadro 3): Taubaté (1,4

int./100 mil hab), Praia Grande (6,4), São Bernardo do Campo (7,5), Suzano (7,9), Rio de

Janeiro (11,5), Bauru (11,8), Caxias do Sul (12,2), Campinas (12,6), Montes Claros (12,8)

e Betim (14,1). Em termos absolutos aproximadamente 1.100 pessoas foram internadas por

diarreias nestes dez, representando 2% do total das internações no conjunto dos cem.

O número total de internações por diarreia nas 100 cidades foi de 54.339 em 2011, o que

representa 13,7% do total das internações no Brasil (396.048).

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Gráfico 2 – Taxa de internação hospitalar por diarreias dos 10 municípios com as taxas mais elevadas entre os 100 maiores municípios brasileiros em população de 2011

2008-2011

Fonte: elaborado com base nos dados do Ministério da Saúde/Datasus

Gráfico 3 – Taxa de internação hospitalar por diarreias dos 10 municípios com as taxas mais baixas entre os 100 maiores municípios brasileiros em população de 2011

2008-2011

Fonte: elaborado com base nos dados do Ministério da Saúde/Datasus.

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Quadro 2 – Taxa de internação* hospitalar por diarreia nos 100 maiores municípios brasileiros em população de 2011 - 2008-2011

Municípios 2008 2009 2010 2011 Interpretação Série Histórica Taubaté 2,2 4,8 2,5 1,4 aumento e queda ultimos 2 anos Praia Grande 4,1 3,2 5,3 6,4 redução e aumento ultimos 2 anos São Bernardo do Campo 11,5 4,3 5,5 7,5 redução e aumento ultimos 2 anos Suzano 7,9 9,5 5,7 7,9 oscilante Rio de Janeiro 16,6 16,8 15,2 11,5 aumento e queda ultimos 2 anos Bauru 16,9 13,6 19,8 11,8 oscilante Caxias do Sul 22,4 11,7 17,4 12,2 oscilante Campinas 11,5 9,8 16,3 12,6 oscilante Montes Claros 17,3 16,0 23,8 12,8 oscilante Betim 18,4 19,0 27,0 14,1 aumento queda ultimo ano Franca 20,8 18,4 16,6 15,0 redução constante Jundiaí 17,0 8,9 22,4 15,5 oscilante Guarujá 29,2 19,2 20,3 18,1 oscilante Pelotas 53,3 27,2 37,8 18,2 oscilante Petrópolis 51,7 31,7 44,3 20,2 oscilante Santos 13,9 13,2 11,9 20,5 redução e aumento último ano Florianópolis 34,8 24,5 21,8 21,1 redução constante Volta Redonda 41,2 28,3 20,6 21,2 redução e aumento último ano Itaquaquecetuba 16,8 23,7 25,8 21,8 aumento queda ultimo ano Mauá 21,6 13,9 27,1 21,8 oscilante Niterói 30,1 33,8 27,3 21,8 aumento e queda ultimos 2 anos Contagem 29,3 27,3 29,2 22,2 oscilante Guarulhos 20,8 25,4 28,1 23,2 aumento queda ultimo ano Osasco 21,7 18,2 27,1 23,7 oscilante Joinville 30,1 46,4 37,1 24,0 aumento e queda ultimos 2 anos Salvador 21,7 26,6 34,1 24,1 aumento queda ultimo ano Ribeirão Preto 28,8 30,5 38,2 24,3 aumento queda ultimo ano Natal 64,8 43,5 42,3 24,7 redução constante Sorocaba 38,0 34,2 37,8 24,8 oscilante Ribeirão das Neves 37,3 28,3 38,8 25,0 oscilante São Vicente 28,6 21,2 32,5 26,3 oscilante Serra 88,4 82,5 26,6 27,2 redução e aumento último ano São José dos Campos 27,6 19,0 28,3 27,5 oscilante Juiz de Fora 42,6 26,2 39,9 28,0 oscilante Vila Velha 21,1 35,3 26,5 28,6 oscilante Aracaju 86,3 45,2 55,5 28,8 oscilante Duque de Caxias 103,1 61,0 41,4 28,9 redução constante Paulista 43,6 27,6 28,6 29,0 redução e aumento ultimos 2 anos Mossoró 139,5 63,0 47,7 29,2 redução constante Foz do Iguaçu 58,3 32,0 47,2 29,7 oscilante Campo Grande 49,3 33,0 38,1 29,9 oscilante Santo André 38,6 27,2 31,2 29,9 oscilante Canoas 61,5 43,7 39,5 30,8 redução constante Uberaba 70,8 38,1 47,3 31,1 oscilante Feira de Santana 64,8 65,7 56,4 31,3 aumento e queda ultimos 2 anos Vitória 96,6 90,9 35,4 32,1 redução constante Londrina 43,2 34,5 37,7 32,1 oscilante Piracicaba 158,1 58,3 58,7 32,1 oscilante São Paulo 33,2 32,8 39,1 32,1 oscilante Gravataí 31,2 27,5 37,2 33,4 oscilante Santa Maria 34,1 23,1 42,5 34,7 oscilante Cariacica 85,0 88,8 40,7 35,7 aumento e queda ultimos 2 anos Olinda 56,5 57,1 38,9 36,7 aumento e queda ultimos 2 anos Belo Horizonte 50,3 38,5 44,1 37,2 oscilante Cascavel 29,8 21,6 40,9 37,3 oscilante Curitiba 53,8 46,6 46,9 38,8 oscilante Uberlândia 67,8 52,5 67,4 40,0 oscilante Limeira 47,7 40,1 51,8 42,4 oscilante Caruaru 111,7 89,4 70,2 42,6 redução constante São José do Rio Preto 51,4 31,5 40,2 43,2 redução e aumento ultimos 2 anos Recife 70,3 76,3 69,3 44,9 aumento e queda ultimos 2 anos Mogi das Cruzes 56,3 52,2 62,9 45,9 oscilante

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Rio Branco 111,5 145,4 55,9 46,7 aumento e queda ultimos 2 anos Diadema 43,9 63,6 77,7 49,7 aumento queda ultimo ano Maringá 57,6 56,6 64,1 49,7 redução constante Cuiabá 60,9 75,6 89,6 54,5 aumento queda ultimo ano Governador Valadares 135,5 63,8 59,5 55,1 redução constante Brasília 112,2 63,3 78,2 60,8 oscilante Petrolina 37,4 73,4 75,2 61,1 aumento queda ultimo ano Carapicuíba 39,4 51,9 68,5 61,6 aumento queda ultimo ano São José dos Pinhais 58 36,2 99,5 70,7 oscilante Blumenau 61,5 63,5 89,0 74,5 aumento queda ultimo ano Porto Alegre 86,0 84,6 91,0 80,0 oscilante São João de Meriti 227,8 124,9 116,2 84,5 redução constante Ponta Grossa 82,4 107,4 172,3 87,4 aumento queda ultimo ano Campos dos Goytacazes 131,5 127,0 110,8 91,6 redução constante São Gonçalo 143,7 102,5 118,0 93,7 redução constante Macapá 126,5 91,1 88,4 95,3 redução e aumento último ano Porto Velho 70,3 128,5 113,9 98,2 aumento e queda ultimos 2 anos Jaboatão dos Guararapes 219,7 174,5 162,0 98,5 redução constante Aparecida de Goiânia 157,2 111,2 161,7 101,3 oscilante Goiânia 205,8 135,3 206,5 103,3 oscilante São Luís 144,0 109,3 137,2 103,5 oscilante Nova Iguaçu 186,2 189,1 170,8 114,6 aumento e queda ultimos 2 anos Manaus 123,1 106,9 108,3 128,9 redução e aumento ultimos 2 anos Juazeiro do Norte 426,7 329,8 242,9 131,3 redução constante Caucaia 179,6 151,0 165,9 143,6 oscilante Boa Vista 164,0 243,9 150,9 151,3 oscilante Fortaleza 195,1 168,9 186,1 166,4 oscilante Teresina 346,4 307,4 293,2 180,6 redução constante Maceió 249,7 207,0 230,5 211,1 oscilante João Pessoa 316,8 292,4 246,4 213,1 redução constante Santarém 361,4 267,5 265,8 241,4 redução constante Campina Grande 341,9 315,3 341,1 263,9 oscilante Vitória da Conquista 392,8 376,0 386,2 312,1 oscilante Várzea Grande 169,4 323,3 439,0 354,7 aumento queda ultimo ano Belém 499,3 488,4 505,4 354,8 oscilante Anápolis 325,7 312,8 520,3 373,1 oscilante Belford Roxo 345,6 363,5 359,9 399,4 oscilante Ananindeua 992,2 1144,6 1802,8 904,0 aumento queda ultimo ano

Fonte: elaborado com base nos dados do Ministério da saúde, DATASUS. Nota: * número de internações por diarreia/100.000 habitantes

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Quadro 3 – Posição no ranking da taxa de internação hospitalar por diarreia dos 100 maiores municípios

brasileiros em população de 2011, 2008-2011 Municípios 2008 2009 2010 2011

Taubaté 1 3 1 1 Praia Grande 2 1 2 2 São Bernardo do Campo 5 2 3 3 Suzano 3 5 4 4 Rio de Janeiro 7 12 6 5 Bauru 9 9 10 6 Caxias do Sul 19 7 9 7 Campinas 4 6 7 8 Montes Claros 11 11 15 9 Betim 12 16 19 10 Franca 13 14 8 11 Jundiaí 10 4 14 12 Guarujá 23 17 11 13 Pelotas 47 27 34 14 Petrópolis 46 35 50 15 Santos 6 8 5 16 Florianópolis 31 22 13 17 Volta Redonda 37 31 12 18 Itaquaquecetuba 8 21 16 19 Mauá 16 10 20 20 Niterói 27 39 22 21 Contagem 24 28 26 22 Guarulhos 14 23 23 23 Osasco 17 13 21 24 Joinville 26 50 31 25 Salvador 18 25 29 26 Ribeirão Preto 22 33 37 27 Natal 57 47 47 28 Sorocaba 34 40 35 29 Ribeirão das Neves 32 32 38 30 São Vicente 21 18 28 31 Serra 67 68 18 32 São José dos Campos 20 15 24 33 Juiz de Fora 38 24 42 34 Vila Velha 15 42 17 35 Aracaju 66 49 56 36 Duque de Caxias 69 58 46 37 Paulista 40 30 25 38 Mossoró 77 59 54 39 Foz do Iguaçu 53 36 52 40 Campo Grande 43 38 36 41 Santo André 35 26 27 42 Canoas 56 48 41 43 Uberaba 62 44 53 44 Feira de Santana 58 64 58 45 Vitória 68 72 30 46 Londrina 39 41 33 47 Piracicaba 81 57 59 48 São Paulo 29 37 40 49 Gravataí 28 29 32 50 Santa Maria 30 20 48 51 Cariacica 64 70 44 52 Olinda 50 56 39 53 Belo Horizonte 44 45 49 54 Cascavel 25 19 45 55 Curitiba 48 51 51 56 Uberlândia 59 54 63 57 Limeira 42 46 55 58 Caruaru 71 71 66 59 São José do Rio Preto 45 34 43 60 Recife 60 67 65 61

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Mogi das Cruzes 49 53 61 62 Rio Branco 70 83 57 63 Diadema 41 62 68 64 Maringá 51 55 62 65 Cuiabá 54 66 72 66 Governador Valadares 76 63 60 67 Brasília 72 60 69 68 Petrolina 33 65 67 69 Carapicuíba 36 52 64 70 São José dos Pinhais 52 43 74 71 Blumenau 55 61 71 72 Porto Alegre 65 69 73 73 São João de Meriti 89 79 78 74 Ponta Grossa 63 76 86 75 Campos dos Goytacazes 75 80 76 76 São Gonçalo 78 74 79 77 Macapá 74 73 70 78 Porto Velho 61 81 77 79 Jaboatão dos Guararapes 88 86 83 80 Aparecida de Goiânia 80 78 82 81 Goiânia 87 82 88 82 São Luís 79 77 80 83 Nova Iguaçu 85 87 85 84 Manaus 73 75 75 85 Juazeiro do Norte 98 96 90 86 Caucaia 84 84 84 87 Boa Vista 82 89 81 88 Fortaleza 86 85 87 89 Teresina 95 92 93 90 Maceió 90 88 89 91 João Pessoa 91 91 91 92 Santarém 96 90 92 93 Campina Grande 93 94 94 94 Vitória da Conquista 97 98 96 95 Várzea Grande 83 95 97 96 Belém 99 99 98 97 Anápolis 92 93 99 98 Belford Roxo 94 97 95 99 Ananindeua 100 100 100 100

Fonte: elaborado com base nos dados do Ministério da Saúde, DATASUS. Nota: Para o ranking foi feito um ordenamento crescente, ou seja, os números mais baixos correspondem aos municípios com os menores valores das taxas de internação. Valores em cinza representam os 10 piores municípios entre os analisados, ou seja, com as maiores taxas de internação por diarreias e os valores em verde representam os melhores do ranking (10 melhores), isto é, com as taxas mais baixas.

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7.1.1. Morbidade por Diarreia em Crianças

O indicador ‘Internação hospitalar por doenças diarreicas em crianças’, que expressa a

proporção das internações por diarreias em crianças menores de 5 anos em relação ao número

total de internações por diarreia, apresenta o nível de exposição das crianças desta faixa etária

a este tipo de doenças.

A proporção de crianças internadas por diarreias vem, de modo geral, reduzindo ao

longo do tempo. No ano de 2008 em 70% dos municípios mais da metade das internações por

diarreias eram de crianças menores de 5 anos de idade, sendo que em alguns o percentual

ultrapassava os 80%, como em Macapá (80,6%) e Vitória (82,4%). No ano de 2011 em 45%

dos municípios mais da metade das internações era representada por crianças e as maiores

proporções estavam em: Duque de Caxias (77,1%), Juazeiro do Norte (74,1%), Macapá

(73,5%), Feira de Santana (73,3%), Belém (72,7%), Porto Velho (72,4%), Manaus

(71,1%), Nova Iguaçu (68,1%), São João de Meriti (66,8%) e Uberaba (66,7%) (quadro 4).

Em número absoluto, no ano de 2009, 37.485 crianças menores de 5 anos foram

internadas por � diarreia� nos 100 municípios estudados, em 2010 alcançou 40.439 e em

2011 reduziu para 28.594. Em 2011 representou 20,7% do total das internações de crianças no

Brasil (138.447).

Estes resultados reforçam que as crianças são a parcela da população mais vulnerável as

� diarreias, ou seja, as carências de saneamento atingem não somente a população atual, mas

deixam seqüelas para o futuro.

Belém, Macapá, Manaus e Porto Velho, todas capitais da Região Norte, aparecem

todos os anos da série histórica entre os 10 primeiros no ranking (quadro 5) deste indicador,

ou seja, com os maiores percentuais. Boas Vista, Duque de Caxias, Feira de Santana e São

João de Meriti também se destacam entre aqueles com percentuais elevados.

Entre os municípios com os menores percentuais podem ser mencionados: Blumenau,

Jundiaí, Taubaté e Volta Redonda, que aparecem todos os anos entre os 10 melhores. Além

destes, também se destacam Campinas e Várzea Grande, que em três anos estão entre os 10

melhores do ranking (quadro 5). Cabe lembrar que Campinas, Jundiaí e Taubaté também

estão entre os melhores na taxa de internação por diarreia.

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Quadro 4 – Morbidade por diarreia em crianças menores de cinco anos de idade nos 100 maiores municípios brasileiros

em população de 2011, 2008-2011 Municípios 2008 2009 2010 2011

Jundiaí 10,2 6,5 19,3 15,5 Mossoró 16,0 33,8 39,5 15,6 Blumenau 26,4 22,6 25,8 17,6 Várzea Grande 36,2 28,5 28,6 17,7 Caxias do Sul 51,6 41,7 32,9 18,5 São Bernardo do Campo 31,5 40,0 40,5 24,1 Florianópolis 42,9 24,0 46,7 24,4 Campina Grande 40,6 46,4 40,8 24,7 Taubaté 16,7 23,1 14,3 25,0 Volta Redonda 30,8 16,2 34,0 25,5 Porto Alegre 32,1 30,8 37,3 27,6 Londrina 48,6 31,3 31,4 29,3 Franca 52,9 55,7 43,4 31,3 Cuiabá 49,1 37,7 39,9 31,4 Campinas 26,4 28,8 36,9 32,1 Ribeirão Preto 61,5 43,0 44,6 32,9 Ananindeua 50,4 43,6 37,8 33,0 Curitiba 40,3 30,0 34,8 33,5 Joinville 36,5 25,1 36,6 33,6 Santo André 50,6 48,6 39,8 34,5 Santarém 53,3 46,1 48,0 36,3 Bauru 41,7 46,9 41,2 36,6 Rio Branco 52,1 53,3 53,7 36,9 Maringá 40,8 23,2 39,3 37,2 Teresina 44,5 40,4 43,5 38,0 Jaboatão dos Guararapes 32,4 29,7 38,2 38,9 Paulista 40,1 55,7 34,9 40,9 São José do Rio Preto 43,7 51,5 44,5 41,0 Limeira 60,9 57,5 58,7 41,5 São José dos Campos 62,5 30,8 43,8 41,7 Gravataí 59,0 56,8 53,7 41,9 Foz do Iguaçu 66,1 60,6 68,6 42,1 Sorocaba 55,7 41,0 49,5 42,9 Suzano 27,3 40,7 60,0 42,9 Canoas 65,5 57,2 43,0 43,0 Cascavel 32,2 34,4 25,6 43,5 Ponta Grossa 56,1 52,4 55,1 44,4 Caucaia 55,7 46,9 50,2 44,6 Serra 77,2 75,4 77,1 45,1 Santos 46,6 32,7 34,0 45,3 Osasco 64,5 43,5 41,4 45,6 São José dos Pinhais 34,2 36,6 60,5 45,8 São Vicente 33,0 41,4 43,5 46,6 Belo Horizonte 60,1 54,7 55,7 46,6 Vila Velha 72,1 63,0 52,7 46,7 Cariacica 77,3 71,4 54,9 48,0 Betim 57,0 63,1 54,9 48,1 Salvador 60,8 49,4 57,5 48,1 Olinda 49,3 51,1 42,2 48,2 Caruaru 62,0 67,0 67,4 48,5 Uberlândia 64,0 66,4 63,4 49,0 Diadema 59,5 59,3 60,3 49,2 Recife 49,8 56,8 51,1 49,3 Guarulhos 54,9 64,8 53,6 50,0 Petrópolis 63,2 48,0 48,9 50,0 Brasília 62,7 52,5 56,8 50,5 Niterói 58,3 57,4 56,4 51,4 Pelotas 56,8 50,0 60,5 51,7

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São Paulo 58,6 56,0 54,1 52,0 Piracicaba 36,5 54,4 63,1 52,5 Montes Claros 48,4 36,2 44,2 53,2 Carapicuíba 62,7 49,0 50,6 53,3 Mogi das Cruzes 62,7 55,1 58,2 53,3 São Luís 74,6 67,6 65,1 53,3 Itaquaquecetuba 59,3 58,8 55,4 53,5 Fortaleza 55,0 54,3 57,5 53,7 Anápolis 61,0 49,5 50,7 54,0 Mauá 50,6 44,8 58,4 54,3 São Gonçalo 57,9 48,6 55,3 56,1 Governador Valadares 72,7 68,5 72,6 57,5 Aracaju 71,3 57,7 73,5 58,1 Juiz de Fora 63,1 49,3 60,2 58,2 Vitória 82,4 80,1 59,5 58,5 Rio de Janeiro 65,1 64,8 61,3 58,6 Ribeirão das Neves 67,7 50,5 55,7 58,7 Contagem 73,5 66,7 63,6 59,3 Natal 61,5 54,4 61,8 60,0 Campos dos Goytacazes 57,9 66,6 58,2 60,1 Guarujá 71,9 76,3 66,1 60,4 Goiânia 66,7 61,8 65,5 60,4 Aparecida de Goiânia 66,2 54,0 61,6 60,9 Campo Grande 73,6 66,7 65,3 62,2 Maceió 71,8 71,8 68,7 62,4 Petrolina 79,2 67,1 63,8 62,8 Vitória da Conquista 67,7 69,5 69,0 62,9 Santa Maria 65,9 51,6 64,9 63,7 João Pessoa 67,4 64,5 65,0 64,5 Praia Grande 80,0 50,0 35,7 64,7 Boa Vista 66,8 77,1 73,2 64,8 Belford Roxo 70,8 69,8 66,2 66,6 Uberaba 67,6 65,5 72,1 66,7 São João de Meriti 68,3 74,4 68,1 66,8 Nova Iguaçu 68,6 69,4 67,8 68,1 Manaus 74,8 75,6 75,0 71,1 Porto Velho 78,8 75,6 77,9 72,4 Belém 76,5 74,3 76,0 72,7 Feira de Santana 65,4 72,8 72,0 73,3 Macapá 80,6 80,2 77,8 73,5 Juazeiro do Norte 62,4 65,7 73,5 74,1 Duque de Caxias 74,6 71,1 69,8 77,1

Fonte: elaborado pelos autores com base nos dados do Ministério da Saúde, DATASUS. Nota: * (n.º de internações por doenças diarreicas em crianças menores de 5 anos/n.º total de internações por diarreia] * 100)

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Quadro 5 – Posição no ranking da proporção de internação de crianças menores de 5 anos de idade nos 100 maiores municípios brasileiros em população de 2011,

2008-2011 Municipios 2008 2009 2010 2011

Jundiaí 1 1 2 1 Mossoró 2 16 19 2 Blumenau 4 3 4 3 Várzea Grande 14 8 5 4 Caxias do Sul 34 26 7 5 São Bernardo do Campo 8 21 22 6 Florianópolis 22 6 35 7 Campina Grande 19 32 23 8 Taubaté 3 4 1 9 Volta Redonda 7 2 8 10 Porto Alegre 9 13 15 11 Londrina 27 14 6 12 Franca 36 58 28 13 Cuiabá 28 20 21 14 Campinas 5 9 14 15 Ribeirão Preto 56 27 34 16 Ananindeua 31 29 16 17 Curitiba 18 11 10 18 Joinville 15 7 13 19 Santo André 33 37 20 20 Santarém 37 31 36 21 Bauru 21 34 24 22 Rio Branco 35 50 46 23 Maringá 20 5 18 24 Teresina 24 22 30 25 Jaboatão dos Guararapes 11 10 17 26 Paulista 17 57 11 27 São José do Rio Preto 23 46 33 28 Limeira 54 64 62 29 São José dos Campos 60 12 31 30 Gravataí 49 60 45 31 Foz do Iguaçu 72 68 86 32 Sorocaba 41 24 38 33 Suzano 6 23 64 34 Canoas 70 62 27 35 Cascavel 10 17 3 36 Ponta Grossa 42 48 50 37 Caucaia 40 33 39 38 Serra 94 94 98 39 Santos 25 15 9 40 Osasco 67 28 25 41 São José dos Pinhais 13 19 67 42 São Vicente 12 25 29 43 Belo Horizonte 52 55 54 44 Vila Velha 86 70 43 45 Cariacica 95 89 49 46 Betim 44 71 48 47 Salvador 53 40 57 48 Olinda 29 45 26 49 Caruaru 58 81 83 50 Uberlândia 66 77 73 51 Diadema 51 67 66 52 Recife 30 61 42 53 Guarulhos 38 74 44 54 Petrópolis 65 35 37 55 Brasília 62 49 56 56 Niterói 47 63 55 57 Pelotas 43 43 68 58

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São Paulo 48 59 47 59 Piracicaba 16 54 72 60 Montes Claros 26 18 32 61 Carapicuíba 63 38 40 62 Mogi das Cruzes 61 56 60 63 São Luís 90 83 78 64 Itaquaquecetuba 50 66 52 65 Fortaleza 39 52 58 66 Anápolis 55 41 41 67 Mauá 32 30 61 68 São Gonçalo 46 36 51 69 Governador Valadares 87 84 92 70 Aracaju 83 65 95 71 Juiz de Fora 64 39 65 72 Vitória 100 99 63 73 Rio de Janeiro 68 73 69 74 Ribeirão das Neves 78 44 53 75 Contagem 88 79 74 76 Natal 57 53 71 77 Campos dos Goytacazes 45 78 59 78 Guarujá 85 97 81 79 Goiânia 74 69 80 80 Aparecida de Goiânia 73 51 70 81 Campo Grande 89 80 79 82 Maceió 84 90 87 83 Petrolina 97 82 75 84 Vitória da Conquista 79 86 88 85 Santa Maria 71 47 76 86 João Pessoa 76 72 77 87 Praia Grande 98 42 12 88 Boa Vista 75 98 93 89 Belford Roxo 82 87 82 90 Uberaba 77 75 91 91 São João de Meriti 80 93 85 92 Nova Iguaçu 81 85 84 93 Manaus 92 95 96 94 Porto Velho 96 96 100 95 Belém 93 92 97 96 Feira de Santana 69 91 90 97 Macapá 99 100 99 98 Juazeiro do Norte 59 76 94 99 Duque de Caxias 91 88 89 100

Fonte: elaborado com base nos dados do Datasus.

Nota: Para o ranking foi feito um ordenamento crescente, ou seja, os números mais baixos correspondem aos municípios com os menores percentuais. Valores em cinza representam os 10 piores municípios entre os analisados, ou seja, com as maiores proporções de internação de crianças por diarreias e os valores em verde representam os melhores do ranking (10 melhores), isto é, com as menores proporções.

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7.1.2. Morbidade por Diarreia em Idosos

O quadro 6 mostra que nos municípios de Jundiaí e Taubaté, localizados no estado de

São Paulo, 50% das internações por diarreias em 2011 foram de idosos. Em São Bernardo do

Campo essa proporção alcançou 43,1%. Esses três municípios apresentaram as maiores

proporções de internações por idosos entre os municípios analisados. Lembrando que os dois

primeiros municípios estão entre os melhores na taxa de internação e na proporção de crianças

internadas por diarreias, ou seja, neles estas doenças acometem mais os idosos. São Bernardo

do Campo também está entre os melhores na taxa de internação e apresenta baixos

percentuais de participação de crianças no conjunto das internações.

A participação dos idosos nos 20 municípios com as maiores proporções varia entre

20% e 50%. São João de Meriti, no estado do Rio de Janeiro, não apresentou, em 2011,

casos de internação hospitalar de idosos. Por outro lado, a participação de crianças neste ano

alcançou 66,5%, estando em 9º lugar no ranking. Nos 20 municípios com as menores

proporções, a variação é entre zero e 4%. Quando comparado com a participação das

internações de crianças menores de 5 anos a dos idosos é menor, de um modo geral, pois

enquanto esta varia entre zero e 50%, a participação das crianças varia entre 15,5% e 77,1%.

Observa-se também que nos municípios com as maiores proporções de internações por

diarreias de idosos a proporção das internações de crianças é menor e vice-versa.

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Quadro 6 – Proporção das internações hospitalares por diarreias de idosos no total das internações por diarreia – 100 maiores municípios brasileiros em

população de 2011, 2011

Municípios Proporção de internações de

idosos no total das internações por diarreias

Posição do município no

ranking São João de Meriti 0,0 1 Belford Roxo 0,1 2 Nova Iguaçu 0,2 3 Maceió 0,9 4 Manaus 1,9 5 Porto Velho 1,9 6 Duque de Caxias 2,0 7 São José dos Pinhais 2,1 8 Belém 2,2 9 Juazeiro do Norte 2,4 10 Vila Velha 2,5 11 Boa Vista 2,7 12 Cariacica 3,2 13 São Gonçalo 3,3 14 Piracicaba 3,4 15 João Pessoa 3,4 16 Vitória da Conquista 3,7 17 Vitória 3,8 18 Feira de Santana 4,0 19 Uberaba 4,3 20 Serra 4,4 21 Fortaleza 4,9 22 Macapá 5,2 23 Contagem 5,2 24 Sorocaba 5,4 25 Governador Valadares 5,5 26 Betim 5,6 27 Guarujá 5,7 28 Caucaia 6,1 29 Campos dos Goytacazes 6,3 30 Ananindeua 6,4 31 Ribeirão das Neves 6,7 32 Santa Maria 7,7 33 Goiânia 7,9 34 Anápolis 8,1 35 Santarém 8,2 36 Niterói 8,4 37 Santos 9,3 38 Rio de Janeiro 9,8 39 Natal 10,0 40 Aparecida de Goiânia 10,2 41 São Luís 10,3 42 Campo Grande 10,5 43 Guarulhos 10,8 44 Ponta Grossa 10,9 45 Brasília 11,1 46 Mogi das Cruzes 11,1 47 Itaquaquecetuba 11,3 48 Cuiabá 11,6 49 Belo Horizonte 11,7 50 Praia Grande 11,8 51 Várzea Grande 11,8 52 Bauru 12,2 53 Carapicuíba 12,7 54 Juiz de Fora 13,0 55 Petrolina 13,1 56

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Foz do Iguaçu 13,2 57 Aracaju 13,2 58 Curitiba 13,3 59 Pelotas 13,3 60 Mauá 14,1 61 São Paulo 14,4 62 Recife 14,6 63 São Vicente 14,8 64 Salvador 14,8 65 Petrópolis 15,0 66 Diadema 15,5 67 Rio Branco 16,3 68 Teresina 16,5 69 Jaboatão dos Guararapes 16,6 70 Campina Grande 16,6 71 Caruaru 16,9 72 Limeira 16,9 73 Osasco 17,1 74 Olinda 17,3 75 Maringá 17,8 76 Cascavel 18,5 77 Gravataí 18,6 78 São José dos Campos 18,9 79 Canoas 19,0 80 Suzano 19,0 81 Montes Claros 19,1 82 São José do Rio Preto 19,7 83 Campinas 19,7 84 Florianópolis 20,0 85 Uberlândia 20,0 86 Franca 20,8 87 Porto Alegre 22,2 88 Santo André 24,1 89 Blumenau 24,5 90 Londrina 25,0 91 Paulista 25,0 92 Ribeirão Preto 26,8 93 Joinville 28,0 94 Volta Redonda 29,1 95 Caxias do Sul 31,5 96 Mossoró 39,0 97 São Bernardo do Campo 43,1 98 Jundiaí 50,0 99 Taubaté 50,0 100 Fonte: elaborado com base dos dados do Ministério da Saúde/Datasus.

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7.2. PERFIL DE MORTALIDADE POR DIARREIAS

Os padrões de comportamento da série histórica da taxa de mortalidade por diarreias

identificados neste trabalho foram (quadro 7):

• Crescimento: nesta classificação estão os municípios com crescimento contínuo no período

analisado, aqueles com aumento na taxa nos 3 primeiros anos e queda no último, os que

apresentaram crescimento entre 2008 e 2009 e depois ficaram estáveis (mesmo valor) e os que

estavam estáveis no início da série e depois exibiram crescimento (gráfico 4).

• Redução: inclui aqueles municípios que exibiram redução constante da taxa, isto é, quando

o indicador mostrou inequívoca redução ao longo dos anos. Inclui também aqueles que

apresentaram aumento entre 2008 e 2009 e queda nos demais anos (gráfico 5).

• Estável: municípios sem óbitos por diarreias no período estudado ou com valores baixos e

muito próximos.

• Oscilante: quando o indicador apresentou quedas e aumentos em anos consecutivos, sem

uma melhora ou piora constantes (gráfico 6).

• Parábola: comportamento em que os valores do indicador em análise no centro do período

são diferentes daqueles do início e do final do mesmo, bem menores ou bem maiores que os

iniciais e ou finais (gráfico 7); isto pode ser um indicativo do comportamento cíclico do

indicador ao longo do tempo ou apenas resultado de variações ao acaso.

Gráfico 4 - Exemplos de padrões de crescimento da taxa de mortalidade por diarreias de alguns dos maiores municípios brasileiros em população de 2011, 2008-2011

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

2008 2009 2010 2011

Aparecida de Goiânia

Canoas

Cascavel

São Paulo

Boa Vista

Fonte: elaborado com base nos dados do Ministério da Saúde/Datasus.

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Gráfico 5 - Exemplos de padrões de redução da taxa de mortalidade por diarreias de alguns dos maiores municípios brasileiros em população de 2011, 2008-2011

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

2008 2009 2010 2011

Fortaleza

Governador Valadares

João Pessoa

Teresina

Curitiba

Fonte: elaborado com base nos dados do Ministério da Saúde/Datasus.

Gráfico 6 - Exemplos de padrões oscilantes da taxa de mortalidade por diarreias de alguns dos maiores municípios brasileiros em população de 2011, 2008-2011

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

1,60

2008 2009 2010 2011

Ananindeua

Guarujá

M anaus

Osasco

Santo André

Fonte: elaborado com base nos dados do Ministério da Saúde/Datasus.

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Gráfico 7 - Exemplos de padrões do tipo parábola da taxa de mortalidade por diarreias de alguns dos maiores municípios brasileiros em população de 2011,

2008-2011

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

2008 2009 2010 2011

Bet im

Jaboatão dos Guararapes

Juiz de Fora

Niterói

Santos

Fonte: elaborado com base nos dados do Ministério da Saúde/Datasus.

Para a taxa de mortalidade também foi feita uma classificação com base nos valores

máximos apresentados por cada um dos municípios no período analisado. Após analisar a

distribuição de freqüências destes valores máximos foi adotada a seguinte classificação:

Muito baixo: valores entre 0 e 0,49

Baixo: 0,50 a 0,99

Médio: 1,00 a 1,49

Alto: 1,50 a 2,49

Muito Alto: 2,50 a 3,27

Entre os municípios analisados uma elevada proporção (48%) tem valores oscilantes no

período considerado. Apenas 16 apresentaram redução na taxa de mortalidade, sendo que

destes, somente cinco com redução constante, tais como Fortaleza, Pelotas, Recife, São

Gonçalo e São Vicente. Alguns apresentaram redução no início da série e posteriormente

mantiveram o mesmo valor, tais como: Belo Horizonte, Governador Valadares, Nova Iguaçu,

Olinda. Em Praia Grande e São João de Meriti não ocorreram mortes por diarreias em

nenhum dos anos do período analisado. Canoas e São Paulo exibiram crescimento constante,

o primeiro com seu valor máximo da série classificado como médio em comparação com os

demais e São Paulo com seu valor máximo classificado como baixo. Outros 16 municípios

também exibiram crescimento da taxa no período, porém, não constante e com predomínio de

taxas baixas ou médias, a exceção de Aparecida de Goiânia e Boa Vista, com taxas altas.

Nova Iguaçu, Petrópolis, Praia Grande, São João de Meriti e Volta Redonda tem um

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padrão estável com valores muito baixos. Neste indicador podem ser considerados municípios

modelo. O padrão do tipo parábola é encontrado em 13 municípios, com predomínio de

valores muito baixos e baixos.

Os municípios com as taxas de mortalidade por diarreias mais elevadas são em ordem

alfabética (quadro 8): Boa Vista, Joinville, São Vicente, Teresina (três vezes nos quatro

anos estudados entre os 10 piores do ranking), Anápolis, Caruaru, Porto Alegre e

Santarém (duas vezes entre os piores do ranking) (gráfico 8). Os melhores são aqueles que

não exibiram óbitos nos quatro anos estudados ou não exibiram na maioria dos anos, tais

como: Praia Grande (sem registro de óbitos), Belford Roxo, Betim, Nova Iguaçu,

Petrópolis, Taubaté e Uberaba (quadro 8 e gráfico 9).

Em 2011foram registrados 452 óbitos por diarreias nos 100 municípios, equivalendo a

21,5% do total dos óbitos do Brasil (2.100).

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Gráfico 8 – Municípios com as maiores taxas de mortalidade por diarreias entre os

maiores municípios brasileiros em população de 2011 2008-2011

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

2008 2009 2010 2011

Anápo lis

Boa Vista

Caruaru

Jo inville

Porto Alegre

Santarém

São Vicente

Teresina

Fonte: elaborado com base nos dados do Ministério da Saúde/Datasus.

Gráfico 9 – Municípios com as menores taxas de mortalidade por diarreias entre os maiores municípios brasileiros em população de 2011

2008-2011

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

0,70

0,80

0,90

2008 2009 2010 2011

Belford Roxo

Betim

Nova Iguaçu

Petrópolis

Praia Grande

Taubaté

Uberaba

Fonte: elaborado com base nos dados do Ministério da Saúde/Datasus.

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Quadro 7 – Taxa de mortalidade* por diarreia dos 100 maiores municípios brasileiros em população de 2011, 2008-2011

Municípios 2008 2009 2010 2011 Interpretação série histórica

Classificação da Taxa (valor máximo da série

histórica analisada)

Belford Roxo 0 0,80 0 0 parabola baixo Betim 0 0,45 0 0 parabola muito baixo Cariacica 0 0,27 0,57 0 oscilante baixo Caucaia 1,22 0 0,92 0 oscilante médio Foz do Iguaçu 1,25 0,31 0,39 0 redução médio Gravataí 0,75 0,37 0,78 0 oscilante baixo Juiz de Fora 0,19 0,57 0,19 0 parabola baixo Jundiaí 0,58 0,86 0,81 0 parabola baixo Maringá 0,91 0 0,56 0 oscilante baixo Niterói 0 0,42 0,41 0 parabola muito baixo Nova Iguaçu 0,12 0 0 0 estável muito baixo Pelotas 1,17 1,16 0,30 0 redução médio Piracicaba 1,64 0,27 1,10 0 oscilante alto Praia Grande 0 0 0 0 estável muito baixo Santa Maria 0,75 0 0,77 0 oscilante baixo Santos 0 0,48 0,48 0 parabola muito baixo São Bernardo do Campo 0 0,12 0,13 0 parabola muito baixo São João de Meriti 0 0 0 0 estável muito baixo São José dos Pinhais 0,37 0 1,51 0 oscilante alto Taubaté 0 0 0,36 0 oscilante muito baixo Uberaba 0 0 0,34 0 oscilante muito baixo Vitória 0,31 0,31 0,61 0 oscilante baixo Campinas 0,09 0,19 0,09 0,09 oscilante muito baixo Duque de Caxias 0,12 0 0 0,12 oscilante muito baixo Ribeirão Preto 0 0,18 0,66 0,16 crescimento baixo Contagem 0,32 0,16 0,17 0,16 oscilante muito baixo Sorocaba 0,17 0,68 0,51 0,17 parabola baixo São Gonçalo 0,41 0,40 0,30 0,20 redução muito baixo Rio de Janeiro 0,15 0,13 0,22 0,24 oscilante muito baixo Vila Velha 0 0,24 0,48 0,24 crescimento muito baixo Mogi das Cruzes 0 0 0,26 0,25 oscilante muito baixo Montes Claros 0,28 0,83 1,11 0,27 parabola médio Bauru 0,28 0,28 0 0,29 oscilante muito baixo Franca 0,31 0,60 1,88 0,31 oscilante alto Paulista 1,27 0,63 0,67 0,33 oscilante médio Petrolina 0,72 1,06 0,34 0,33 parabola médio Ribeirão das Neves 0,29 0,57 0,67 0,33 crescimento baixo Petrópolis 0 0 0 0,34 estável muito baixo Guarujá 0 0 0,69 0,34 oscilante baixo Cuiabá 0,18 0,54 0,73 0,36 crescimento baixo Governador Valadares 1,91 0,38 0,38 0,38 redução alto Volta Redonda 0,38 0,38 0,39 0,39 estável muito baixo Várzea Grande 2,52 0,42 0,79 0,39 oscilante muito alto Curitiba 0,82 0,54 0,29 0,40 redução baixo Campos dos Goytacazes 0,46 0,69 0,43 0,43 oscilante baixo Caxias do Sul 0 0,24 0,46 0,45 oscilante muito baixo Brasília 0,59 0,23 0,47 0,46 oscilante baixo Belo Horizonte 0,37 0,12 0,46 0,46 oscilante muito baixo Mauá 0,97 0,72 0,24 0,47 redução muito baixo Serra 0,25 0,25 0,24 0,48 oscilante baixo Diadema 0 0,50 0,26 0,51 oscilante baixo Goiânia 0,32 0,94 0,38 0,53 oscilante baixo Carapicuíba 0 0,51 0,54 0,54 crescimento baixo Manaus 0,47 0,69 0,55 0,55 oscilante baixo Belém 0,70 0,90 0,57 0,57 oscilante baixo Rio Branco 1,00 0,65 0,89 0,58 oscilante médio São Paulo 0,38 0,48 0,60 0,61 crescimento baixo

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Itaquaquecetuba 0,28 0,28 0,31 0,61 crescimento baixo Vitória da Conquista 1,27 0,63 1,30 0,64 oscilante médio Recife 1,35 1,02 0,91 0,65 redução médio Porto Velho 0,53 1,04 0,23 0,69 oscilante médio Cascavel 0 0 0,35 0,69 crescimento baixo Florianópolis 0,75 0 0,47 0,70 oscilante baixo Feira de Santana 1,03 1,86 0,36 0,71 oscilante alto Limeira 0 0 0,36 0,72 crescimento baixo Osasco 0,14 0,83 0 0,75 oscilante baixo Campo Grande 0,94 0,66 1,02 0,75 oscilante médio Suzano 0,36 0,35 0,38 0,75 oscilante baixo Mossoró 0,83 0,82 1,54 0,76 oscilante alto Jaboatão dos Guararapes 0,74 1,16 0,93 0,77 parabola médio Olinda 2,03 0,25 0,79 0,79 parabola alto Salvador 0,75 0,53 0,45 0,82 redução baixo Uberlândia 0,32 0,32 0,50 0,82 crescimento baixo Ananindeua 1,21 0,20 1,48 0,84 oscilante médio Fortaleza 1,29 1,12 0,90 0,85 redução médio Natal 0,63 1,24 0,62 0,86 oscilante médio São Vicente 1,52 1,51 1,50 0,90 redução alto São José dos Campos 0,16 0,65 0,64 0,94 oscilante baixo Ponta Grossa 1,93 0,64 0 0,95 redução alto Maceió 0,32 0,32 0,75 0,95 crescimento baixo Blumenau 0,68 0,67 0,65 0,96 crescimento baixo São José do Rio Preto 1,69 0,24 0 0,97 redução alto Londrina 0,59 1,17 1,18 0,98 crescimento médio Macapá 0,56 1,09 1,00 0,98 crescimento médio Santo André 0,74 0,74 0,30 1,03 oscilante médio Aparecida de Goiânia 0,20 0,98 1,98 1,08 crescimento alto João Pessoa 1,88 1,14 0,41 1,09 redução alto Guarulhos 0,39 0,85 0,49 1,14 oscilante baixo Juazeiro do Norte 0,41 0,40 0,80 1,19 oscilante médio Aracaju 1,49 1,10 1,23 1,21 oscilante médio Canoas 0,30 0,60 0,93 1,23 crescimento médio Porto Alegre 0,35 0,56 1,42 1,27 crescimento médio Campina Grande 1,05 0,52 0,52 1,29 oscilante médio Joinville 1,02 3,22 1,36 1,34 parabola muito alto São Luís 0,71 0,40 0,89 1,36 oscilante médio Boa Vista 0,77 1,50 1,41 1,38 crescimento alto Caruaru 1,36 1,34 1,27 1,56 redução baixo Santarém 1,81 1,08 0 1,68 redução alto Teresina 2,65 1,25 0,61 1,95 redução muito alto Anápolis 0,60 3,27 1,20 2,36 oscilante muito alto

Fonte: elaborado pelos autores com base nos dados do Ministério da Saúde, DATASUS. Nota: *número de óbitos por diarreia/100.000 habitantes

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Quadro 8 – Posição no ranking da taxa de mortalidade dos 100 maiores municípios brasileiros em população de 2011, 2008-2011

Municipios 2008 2009 2010 2011 Praia Grande 1 1 1 1 São João de Meriti 1 1 1 1 Taubaté 1 1 20 1 Uberaba 1 1 17 1 Belford Roxo 1 58 1 1 Santos 1 33 36 1 Betim 1 32 1 1 Niterói 1 31 28 1 Cariacica 1 16 45 1 São Bernardo do Campo 1 3 3 1 Piracicaba 73 15 74 1 Foz do Iguaçu 65 19 27 1 Caucaia 64 1 69 1 Pelotas 62 75 15 1 Maringá 55 1 44 1 Gravataí 51 24 60 1 Santa Maria 49 1 59 1 Jundiaí 37 63 64 1 São José dos Pinhais 27 1 86 1 Vitória 19 20 48 1 Juiz de Fora 10 42 5 1 Nova Iguaçu 4 1 1 1 Campinas 2 7 2 2 Duque de Caxias 3 1 1 3 Ribeirão Preto 1 6 53 4 Contagem 22 5 4 5 Sorocaba 8 53 40 6 São Gonçalo 31 29 14 7 Rio de Janeiro 6 4 6 8 Vila Velha 1 11 37 9 Mogi das Cruzes 1 1 10 10 Montes Claros 13 60 75 11 Bauru 14 17 1 12 Franca 18 45 88 13 Paulista 67 46 54 14 Petrolina 45 69 18 15 Ribeirão das Neves 16 43 55 16 Petrópolis 1 1 1 17 Guarujá 1 1 56 18 Cuiabá 9 40 57 19 Governador Valadares 77 25 23 20 Volta Redonda 28 26 26 21 Várzea Grande 80 30 61 22 Curitiba 53 39 12 23 Campos dos Goytacazes 33 55 30 24 Caxias do Sul 1 12 32 25 Brasília 38 9 34 26 Belo Horizonte 26 2 33 27 Mauá 57 56 8 28 Serra 12 13 9 29 Diadema 1 35 11 30 Goiânia 20 65 25 31 Carapicuíba 1 36 42 32 Manaus 34 54 43 33 Belém 43 64 46 34 Rio Branco 58 50 66 35 São Paulo 29 34 47 36 Itaquaquecetuba 15 18 16 37 Vitória da Conquista 66 47 80 38 Recife 69 67 68 39 Porto Velho 35 68 7 40 Cascavel 1 1 19 41

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Florianópolis 48 1 35 42 Feira de Santana 60 83 21 43 Limeira 1 1 22 44 Osasco 5 61 1 45 Campo Grande 56 51 73 46 Suzano 25 23 24 47 Mossoró 54 59 87 48 Jaboatão dos Guararapes 46 76 71 49 Olinda 79 14 62 50 Salvador 50 38 31 51 Uberlândia 21 21 39 52 Ananindeua 63 8 84 53 Fortaleza 68 73 67 54 Natal 41 78 50 55 São Vicente 72 82 85 56 São José dos Campos 7 49 51 57 Ponta Grossa 78 48 1 58 Maceió 23 22 58 59 Blumenau 42 52 52 60 São José do Rio Preto 74 10 1 61 Londrina 39 77 76 62 Macapá 36 71 72 63 Santo André 47 57 13 64 Aparecida de Goiânia 11 66 89 65 João Pessoa 76 74 29 66 Guarulhos 30 62 38 67 Juazeiro do Norte 32 27 63 68 Aracaju 71 72 78 69 Canoas 17 44 70 70 Porto Alegre 24 41 83 71 Campina Grande 61 37 41 72 Joinville 59 84 81 73 São Luís 44 28 65 74 Boa Vista 52 81 82 75 Caruaru 70 80 79 76 Santarém 75 70 1 77 Teresina 81 79 49 78 Anápolis 40 85 77 79

Fonte: elaborado com base nos dados do Ministério da Saúde/Datasus. Notas: os municípios que estão em 1º lugar no ranking são os que apresentam valor zero para a taxa de mortalidade por diarreias; para o ranking foi feito um ordenamento crescente, ou seja, os números mais baixos correspondem aos municípios com os menores valores das taxas de mortalidade.

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8. QUADRO DE GASTOS DO SUS COM INTERNAÇÕES

Os municípios com os maiores gastos com as doenças diarreias são aqueles que em

todos os anos analisados estão entre os 10 piores do ranking (quadro 10). São em ordem

alfabética: Ananindeua, Anápolis, Belém, Belford Roxo, Campina Grande, João Pessoa e

Vitória da Conquista. Além destes também podem ser mencionados aqueles que aparecem

em três anos do período entre os 10 primeiros do ranking: Santarém, Teresina e Várzea

Grande. O gráfico 10 mostra a evolução dos gastos destes municípios entre 2008 e 2011.

Todos eles também estão entre os piores na taxa de internação. Anápolis, Santarém e Teresina

também estão entre os piores na taxa de mortalidade, sendo que para os demais municípios

não houve uma coincidência entre maiores gastos e óbitos por diarreias.

Os municípios com os menores gastos são (quadro 10): Caxias do Sul, São Bernardo

do Campo, Suzano, Taubaté, Bauru, Jundiaí, Praia Grande, Rio de Janeiro, Campinas e

Santos (gráfico 11), todos, com exceção de Jundiaí, estão entre os melhores na taxa de

internação por diarreias.

Em 2011 os municípios que mais gastaram com doenças diarreicas foram, em ordem

decrescente: Ananindeua, Belford Roxo, Anápolis, Belém, Várzea Grande, Vitória da

Conquista, Campina Grande, Santarém, Maceió e João Pessoa. Por outro lado, aqueles

com os menores gastos foram em ordem decrescente: Petrópolis, Campinas, Jundiaí,

Bauru, Caxias do Sul, Suzano, Rio de Janeiro, São Bernardo do Campo, Praia Grande e

Taubaté. Enquanto em Ananindeua o gasto total foi de R$ 314.459,00, em Taubaté foi de R$

721,00. O gasto total do SUS com hospitalação por diarreias nos 100 municípios foi de

R$22.420.240,50 em 2011, o que equivale a uma taxa de R$28.833,88/100 mil habitantes,

representando 16,1% do total dos gastos com internações por diarreia do Brasil.

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Gráfico 10 – Municípios com os maiores gastos com internações por diarreias entre os maiores municípios brasileiros em população de 2011, 2008-2011

Fonte: elaborado com base nos dados do Ministério da Saúde/Datasus.

Gráfico 11 – Municípios com os Menores Gastos com Internações por Diarreias entre os Maiores Municípios Brasileiros em População de 2011, 2008-2011

Fonte: elaborado com base nos dados do Ministério da Saúde/Datasus.

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Quadro 9 – Custo total* das internações hospitalares por diarreia por 100 000 habitantes nos municípios brasileiros mais populosos,

2008-2011 Municípios 2008 2009 2010 2011

Taubaté 908 1.898 1.346 721 Praia Grande 26.446 1.517 2.802 3.009 São Bernardo do Campo 4.507 1.540 3.205 3.566 Rio de Janeiro 6.099 7.025 6.477 4.944 Suzano 3.569 3.617 6.147 5.062 Caxias do Sul 7.029 4.793 7.280 5.218 Bauru 6.594 5.700 9.978 6.268 Jundiaí 6.025 3.670 8.576 7.037 Campinas 7.423 6.384 8.096 7.139 Petrópolis 13.037 15.305 19.769 7.430 Mauá 8.495 5.168 9.022 7.976 Franca 10.593 11.095 10.135 8.058 Santos 4.470 6.459 6.751 8.175 Guarujá 11.422 7.141 7.573 8.238 Niterói 10.756 13.043 10.357 8.295 Montes Claros 8.477 7.986 21.808 8.385 Pelotas 22.015 12.941 17.349 8.451 Volta Redonda 13.188 11.215 6.782 8.465 Itaquaquecetuba 6.141 7.855 11.496 8.843 Sorocaba 11.797 11.083 12.549 9.342 Duque de Caxias 34.526 20.823 14.083 9.807 Foz do Iguaçu 19.091 10.844 13.333 9.964 São Vicente 9.540 7.254 12.165 10.413 Betim 8.856 14.560 21.614 10.463 Uberaba 23.368 17.654 20.118 11.055 Feira de Santana 24.882 29.600 21.796 12.062 Londrina 15.044 12.907 13.721 12.147 Natal 23.670 16.946 17.145 12.283 Osasco 6.455 6.320 14.058 12.805 Santo André 12.356 12.064 12.350 13.088 Guarulhos 8.375 10.619 11.852 13.321 Contagem 11.683 12.177 14.617 13.360 Ribeirão das Neves 13.517 17.344 24.596 13.613 Santa Maria 11.471 8.546 15.286 13.808 Gravataí 13.326 9.921 12.639 14.368 Ribeirão Preto 11.336 13.596 19.892 14.501 Canoas 29.215 19.599 17.521 14.536 Maringá 19.629 19.690 19.799 14.597 Salvador 9.295 14.490 15.259 14.618 Cascavel 10.727 9.043 16.442 15.384 São Paulo 12.091 13.754 16.961 15.853 Paulista 21.846 10.940 14.320 16.242 Juiz de Fora 21.402 14.118 23.950 16.319 Mossoró 43.032 22.282 18.232 16.374 Uberlândia 25.640 23.043 28.402 16.419 Diadema 12.999 23.944 24.615 16.606 Serra 29.999 32.420 12.300 16.978 Aracaju 27.408 17.756 19.568 18.044 Rio Branco 39.663 57.950 20.964 18.073 Curitiba 21.998 20.483 19.664 18.335 Campo Grande 31.513 26.003 20.925 18.666 Olinda 27.624 25.971 23.807 18.691 São José do Rio Preto 23.164 13.307 18.848 18.859 Limeira 22.760 20.520 24.555 19.605 Joinville 12.772 37.129 23.848 19.789 Vila Velha 7.138 15.027 14.006 20.449 Mogi das Cruzes 19.180 19.736 26.212 21.046 Piracicaba 23.026 24.502 28.914 21.161 Recife 26.446 32.594 33.155 21.437 São José dos Campos 10.242 6.186 14.784 21.818 Caruaru 39.509 37.046 29.998 21.878

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Vitória 32.213 41.766 24.072 23.167 Petrolina 88.712 30.559 29.251 24.417 Brasília 38.031 24.005 29.648 24.785 Cuiabá 28.923 31.147 34.277 25.155 Belo Horizonte 23.740 20.555 28.114 27.848 Cariacica 28.991 31.633 25.904 28.215 São João de Meriti 73.390 43.225 40.153 28.287 Florianópolis 16.861 13.487 13.601 31.338 Porto Alegre 28.006 33.979 36.008 31.854 Blumenau 21.301 26.151 40.606 31.969 São Gonçalo 45.139 35.012 40.408 32.221 São José dos Pinhais 22.389 15.884 50.026 32.263 Carapicuíba 12.864 16.018 22.427 32.526 Ponta Grossa 54.913 40.570 60.588 33.331 Porto Velho 26.444 44.381 39.882 33.821 Governador Valadares 64.521 31.775 38.877 33.908 Macapá 40.360 34.643 32.229 34.455 Jaboatão dos Guararapes 72.444 61.717 60.252 36.618 Aparecida de Goiânia 50.036 39.922 64.076 36.732 Campos dos Goytacazes 47.386 49.024 42.078 38.330 Nova Iguaçu 60.488 65.047 59.467 40.438 São Luís 52.117 41.999 51.269 42.574 Goiânia 64.751 53.239 74.812 42.736 Caucaia 55.915 53.371 56.812 50.163 Manaus 42.518 45.614 43.364 51.651 Juazeiro do Norte 141.424 118.355 87.697 53.159 Fortaleza 65.851 60.573 66.022 62.861 Teresina 109.715 109.673 100.745 64.314 Boa Vista 56.702 102.052 67.479 65.849 João Pessoa 106.305 109.654 88.508 79.105 Maceió 76.383 71.885 85.899 80.001 Santarém 116.184 96.612 91.676 82.397 Campina Grande 121.167 118.349 121.708 95.668 Vitória da Conquista 125.726 130.086 133.248 106.414 Várzea Grande 70.234 119.822 155.873 123.960 Belém 167.735 182.145 185.796 131.089 Anápolis 104.143 121.849 193.702 135.477 Belford Roxo 111.001 127.257 124.676 138.375 Ananindeua 315.868 388.762 612.532 314.459

Nota: * custo total = [valor total das internações hospitalares por diarreias/população total]*100.000

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Quadro 10 - Posição no ranking dos custos totais com internação hospitalar por doenças diarreicas nos maiores municípios brasileiros

em população de 2011, 2008-2011

Municipios 2008 2009 2010 2011 Taubaté 1 3 1 1 Praia Grande 58 1 2 2 São Bernardo do Campo 4 2 3 3 Rio de Janeiro 6 13 5 4 Suzano 2 4 4 5 Caxias do Sul 10 6 8 6 Bauru 9 8 13 7 Jundiaí 5 5 11 8 Campinas 12 11 10 9 Petrópolis 33 40 43 10 Mauá 15 7 12 11 Franca 20 25 14 12 Santos 3 12 6 13 Guarujá 24 14 9 14 Niterói 22 31 15 15 Montes Claros 14 17 51 16 Pelotas 46 30 37 17 Volta Redonda 34 26 7 18 Itaquaquecetuba 7 16 16 19 Sorocaba 27 24 21 20 Duque de Caxias 68 53 28 21 Foz do Iguaçu 39 22 23 22 São Vicente 18 15 18 23 Betim 16 38 49 24 Uberaba 51 45 46 25 Feira de Santana 54 62 50 26 Londrina 37 29 25 27 Natal 52 43 36 28 Osasco 8 10 27 29 Santo André 29 27 20 30 Guarulhos 13 21 17 31 Contagem 26 28 30 32 Ribeirão das Neves 36 44 58 33 Santa Maria 25 18 33 34 Gravataí 35 20 22 35 Ribeirão Preto 23 34 45 36 Canoas 64 47 38 37 Maringá 41 48 44 38 Salvador 17 37 32 39 Cascavel 21 19 34 40 São Paulo 28 35 35 41 Paulista 44 23 29 42 Juiz de Fora 43 36 55 43 Mossoró 74 54 39 44 Uberlândia 55 55 63 45 Diadema 32 56 59 46 Serra 65 67 19 47 Aracaju 59 46 41 48 Rio Branco 71 84 48 49 Curitiba 45 50 42 50 Campo Grande 66 60 47 51 Olinda 60 59 53 52 São José do Rio Preto 50 32 40 53 Limeira 48 51 57 54 Joinville 30 73 54 55 Vila Velha 11 39 26 56 Mogi das Cruzes 40 49 61 57 Piracicaba 49 58 64 58 Recife 57 68 69 59

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São José dos Campos 19 9 31 60 Caruaru 70 72 67 61 Vitória 67 76 56 62 Petrolina 90 63 65 63 Brasília 69 57 66 64 Cuiabá 62 64 70 65 Belo Horizonte 53 52 62 66 Cariacica 63 65 60 67 São João de Meriti 88 78 74 68 Florianópolis 38 33 24 69 Porto Alegre 61 69 71 70 Blumenau 42 61 76 71 São Gonçalo 75 71 75 72 São José dos Pinhais 47 41 79 73 Carapicuíba 31 42 52 74 Ponta Grossa 79 75 84 75 Porto Velho 56 79 73 76 Governador Valadares 83 66 72 77 Macapá 72 70 68 78 Jaboatão dos Guararapes 87 86 83 79 Aparecida de Goiânia 77 74 85 80 Campos dos Goytacazes 76 81 77 81 Nova Iguaçu 82 87 82 82 São Luís 78 77 80 83 Goiânia 84 82 88 84 Caucaia 80 83 81 85 Manaus 73 80 78 86 Juazeiro do Norte 98 94 90 87 Fortaleza 85 85 86 88 Teresina 93 92 93 89 Boa Vista 81 90 87 90 João Pessoa 92 91 91 91 Maceió 89 88 89 92 Santarém 95 89 92 93 Campina Grande 96 93 94 94 Vitória da Conquista 97 98 96 95 Várzea Grande 86 95 97 96 Belém 99 99 98 97 Anápolis 91 96 99 98 Belford Roxo 94 97 95 99 Ananindeua 100 100 100 100

Fonte: Ministério da Saúde, DATASUS. Nota: o ranking foi feito em ordem crescente, ou seja, os municípios com os menores valores no ranking possuem os menores custos de internação por diarreia e vice versa.

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9. ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Segundo o Ministério das Cidades, por ter ocorrido o Censo Demográfico do IBGE,

no ano de 2010, foi feito um ajuste no principal parâmetro de cálculo das populações

atendidas, que é a taxa de ocupação domiciliar, do SNIS – Sistema Nacional de Informações

sobre Saneamento. Segundo a metodologia mais utilizada, os prestadores de serviços de

saneamento adotam a taxa de ocupação domiciliar multiplicada pela quantidade de economias

residenciais ativas como critério de cálculo da população atendida. A taxa de ocupação

domiciliar utilizada em 2009 ainda era a do Censo 2000. Com o novo Censo, as taxas foram

revistas em todos os municípios e, como regra geral, diminuíram em relação a 2000, fazendo

com que a estimativa da população atendida tenha valores inferiores aos esperados. Por outro

lado, as informações de 2010 são mais precisas. Tal situação faz com que não seja possível

comparar os índices médios de atendimento dos anos de 2009 e 2010. Por isso, não foi feita

uma análise da série histórica para este indicador.

Além disso, os dados de saneamento apresentam lacunas para os indicadores produzidos

(‘Índice de Atendimento por Coleta de Esgoto’, ‘Coleta de Esgoto’, ‘Tratamento de Esgoto’)

para diversos municípios no período analisado (2008-2010). O ranking anual foi feito,

portanto, considerando estas falhas. Isto dificulta a comparação com os dados de morbidade e

mortalidade para estes municípios. Como exemplo, no indicador de atendimento de coleta de

esgoto, no ano de 2008 faltaram dados para 3 dos 100 municípios trabalhados, em 2009

faltaram para 6, e em 2010 dois municípios estavam sem informação. Duque de Caxias e São

estão sem informação para os anos de 2009 e 2010. Ananindeua, o município com as mais

elevadas taxas de internação por diarreias (1.802,8/100 mil habitantes em 2010), não possui

informação para nenhum dos anos da série histórica trabalhada e para nenhum dos indicadores

de esgotamento sanitário produzidos com dados do SNIS.

Como o fornecimento de informações ao SNIS é voluntário, o sistema ainda não

abrange todos os municípios do país, e esta é uma das razões para a escolha preferencial da

análise do indicador a partir do ordenamento dos municípios (ranking). O ordenamento, de

certo modo, minimiza a discrepância de qualidade na informação entre as cidades e os anos.

Porém, ainda assim é difícil tirar qualquer conclusão a respeito da evolução do atendimento

de coleta de esgoto em boa parte das cidades analisadas.

Além disso, mesmo para os municípios que possuem dados para todos os anos, a

qualidade da informação é questionável em alguns casos. Observam-se, por exemplo,

aumentos ou decréscimos na abrangência do serviço de coleta de esgoto para a população

entre anos consecutivos, de difícil explicação. Como exemplos podem ser mencionados:

Belém, que em 2008 era o 8º lugar no ranking dos municípios de menor abrangência neste

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atendimento, em 2009 estava na 92ª posição, ou seja, entre os melhores. Belo Horizonte, que

estava na posição 93 do ranking, em 2009 era o 10º, entre outros exemplos (quadro 12).

É preciso lembrar que o SNIS ainda é muito recente, estando em processo de

amadurecimento. Certamente nos próximos anos a qualidade da informação irá melhorar.

Apesar de todas as falhas o sistema apresenta uma grande riqueza de informações (desde

dados econômicos até os de qualidade dos serviços prestados), e é a única fonte de

periodicidade anual de dados sobre saneamento.

Em relação ao ranking do ‘índice de atendimento por coleta de esgoto’, os municípios

que aparecem mais vezes na série histórica entre os dez com os menores valores são (quadro

12): Belém, Blumenau, Jaboatão dos Guararapes, Macapá, Porto Velho (todos os anos

entre os 10 piores), Canoas, São Gonçalo, Teresina e Várzea Grande (dois anos entre os 10

piores). Belém, Teresina e Várzea Grande também aparecem entre os dez municípios com

as mais elevadas taxas de internação por diarreias, alcançando 505,4 internações por 100 mil

habitantes em 2010 em Belém, conforme foi apresentado no quadro 2, item 7.1. Cabe destacar

que a maioria destes municípios localiza-se nas Regiões Norte, Nordeste e Sul.

Ainda em relação a série histórica, entre os municípios com os maiores percentuais de

atendimento de esgoto podem ser mencionados (quadro 12): Belo Horizonte, Governador

Valadares, Piracicaba, Ribeirão Preto, Santos, Sorocaba, Juiz de Fora, Jundiaí, Montes

Claros, Uberaba. Interessante observar que a maioria deles localiza-se nos estados de São

Paulo e Minas Gerais. Vale destacar ainda que Santos e Jundiaí também estão entre os 10

municípios com as mais baixas taxas de internação hospitalar por diarreias e com os menores

gastos com internações.

Para a maioria das cidades (cerca de 60 em 2010) baixos índices de atendimento de

esgoto são acompanhados por altas taxas de internação por diarreias (gráfico 12) e vice versa

(gráfico 13).

Em 2010, 51% dos municípios brasileiros mais populosos tinham mais de 60% das suas

populações atendidas com coleta de esgoto, alcançando 100% em alguns deles, tais como

Belo Horizonte, Franca, Jundiaí, Piracicaba e Santos. Cabe ressaltar que estes dois últimos

municípios também estavam neste mesmo ano entre aqueles com as menores proporções de

crianças menores de 5 anos internadas por diarreias.

Os municípios que mais se destacaram com as melhores coberturas de serviço de coleta

de esgoto para a população em 2010 foram (quadros 11 e 12): Santos, Piracicaba, Jundiaí,

Franca, Belo Horizonte (100% para estes cinco primeiros), Uberaba (98,1), Ribeirão Preto

(97,8%), Sorocaba (97,5%) e Uberlândia (97,3%). Entre os municípios com as menores

coberturas em 2010 estão: Porto Velho (1,5%), Blumenau (3,3), Macapá (5,6%), Jaboatão

dos Guararapes (6,8%), Belém (7,7%), Várzea Grande (13,1%), Teresina (15,2%),

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Joinville (16,5%), Canoas (17,2%) e Boa Vista (18,7%). Vale ressaltar ainda que Boa Vista

e Joinville também estão entre os municípios com as maiores taxas de mortalidade por

diarreias (1,41/100 mil hab. e 1,36/100 mil hab., respectivamente), e que Porto Velho,

Macapá, Belém e Boa Vista estão entre os dez com as maiores proporções de internações de

crianças.

Gráfico 12 – Taxa de internação por diarreias e índice de atendimento de esgoto em alguns municípios brasileiros mais populosos e com elevadas taxas de internação por diarreias, 2010

0

100

200

300

400

500

600

int.

dia

rrei

a/10

0 m

il ha

b.

0

10

20

30

40

50

60

%

Taxa de internação Indice atendimento esgoto

Fonte: elaborado com base nos dados do Ministério da Saúde/Datasus e Ministério das Cidades/SNIS.

Gráfico 13 – Taxa de internação por diarreias e índice de atendimento de esgoto em alguns municípios brasileiros mais populosos e com baixas taxas de internação por diarreias, 2010

0

5

10

15

20

25

30

int.

por

dia

rrei

as/1

00 m

il ha

b.

0

20

40

60

80

100

120

%

Taxa de internação por diarreias Índice de atendimento total de esgoto

Fonte: elaborado com base nos dados do Ministério da Saúde/Datasus e Ministério das Cidades/SNIS.

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O quadro 13 apresenta o indicador de tratamento de esgoto em relação a água

consumida para o ano de 2010. Os municípios com as maiores proporções são: Sorocaba,

Niterói, São José do Rio Preto, Jundiaí, Curitiba, Maringá, Ribeirão Preto, Londrina,

Uberlândia e Montes Claros, com proporções variando entre 78,1% até 93,6%. Por outro

lado, há municípios sem tratamento do esgoto, segundo dados do SNIS, tais como Bauru,

Governador Valadares, Porto Velho e São João de Meriti. Além destes, Nova Iguaçu,

Belém, Belford Roxo, Guarulhos, Blumenau e Itaquaquecetuba também apresentam

valores muito baixos, variando entre 0,5% a 3,6%.

Ao comparar os indicadores de tratamento de esgoto, atendimento de esgoto para a

população com a taxa de internações por diarreia, concluímos que baixos índices de

tratamento e de atendimento de esgoto vêm geralmente acompanhados com taxas mais

elevadas de internações (quadro 13). Como exemplos podem ser mencionados Belém, com

apenas 7,7% de atendimento de esgoto, 1,8% de tratamento e 505,4 internados/100 mil

habitantes em 2010. Várzea Grande, com 13,1% de atendimento e 439 internados/100 mil

habitantes. Belford Roxo trata apenas 2,2% do esgoto e a taxa de internação por diarreias foi

de 359,9/100 mil habitantes. Por outro lado, Jundiaí, Santos e Franca têm 100% de

atendimento, elevados percentuais de tratamento (88,9%, 76,8% e 76,3%, respectivamente)

e baixas taxas de internação por diarreia ( 22,4, 11,9 e 16,6/100 mil hab., respectivamente).

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Quadro 11 – Índice de atendimento por coleta de esgoto dos municípios brasileiros mais populosos, 2008-2010

Municípios Estado 2008 2009 2010

Belo Horizonte MG 97,6 100,0 100,0 Franca SP 92,8 92,6 100,0 Jundiaí SP 91,3 97,5 100,0 Piracicaba SP 98,0 98,0 100,0 Santos SP 98,9 99,2 100,0 Uberaba MG 98,7 96,2 98,1 Ribeirão Preto SP 97,6 97,6 97,8 Sorocaba SP 96,5 97,0 97,5 Uberlândia MG 95,6 95,7 97,3 Governador Valadares MG 97,1 97,1 97,3 Limeira SP 95,7 95,7 97,0 Juiz de Fora MG 97,2 97,2 97,0 Bauru SP 96,2 96,0 97,0 Diadema SP 89,0 91,5 96,2 São Paulo SP 89,3 90,7 96,1 Santo André SP 96,0 96,0 96,0 Contagem MG 78,9 89,4 95,4 Montes Claros MG 99,3 100,0 95,2 Taubaté SP 89,9 90,6 94,8 Volta Redonda RJ 91,5 92,1 94,8 São José dos Campos SP 88,5 88,9 93,9 Brasília DF 91,8 93,7 93,7 Curitiba PR 85,2 87,2 93,0 Niterói RJ 92,2 92,5 92,7 São José do Rio Preto SP 89,4 89,4 89,2 São Bernardo do Campo SP 76,2 77,2 88,0 Porto Alegre RS 85,0 100,0 87,7 Betim MG 66,6 71,9 86,9 Mauá SP 85,4 86,8 Maringá PR 82,4 83,6 85,3 Londrina PR 76,2 79,7 83,8 Campinas SP 87,6 86,9 83,0 Suzano SP 68,2 69,4 81,4 Mogi das Cruzes SP 89,1 80,0 81,1 Ponta Grossa PR 64,5 70,7 79,0 Guarulhos SP 75,7 78,3 79,0 Caxias do Sul RS 79,7 81,8 77,8 Goiânia GO 79,8 81,2 76,6 Salvador BA 66,3 70,4 76,0 Osasco SP 63,8 63,9 74,6 Petrópolis RJ 62,5 73,1 74,3 Ribeirão das Neves MG 53,3 59,1 73,6 São Vicente SP 64,3 65,7 71,6 Rio de Janeiro RJ 82,4 68,7 70,1 Campina Grande PB 73,6 68,7 69,1 Carapicuíba SP 58,2 58,0 68,5 Foz do Iguaçu PR 59,2 61,5 64,6 Guarujá SP 52,8 53,1 63,7 Itaquaquecetuba SP 51,9 51,8 63,4 Vitória ES 56,9 58,8 60,4 Campo Grande MS 56,5 59,4 60,3 Praia Grande SP 52,7 53,6 58,4 Cascavel PR 52,7 55,9 56,1 Pelotas RS 58,1 57,9 55,6 Florianópolis SC 51,4 49,7 53,9 Vitória da Conquista BA 47,5 51,2 52,1 São José dos Pinhais PR 46,5 56,8 50,0 Petrolina PE 55,2 56,0 49,7 São João de Meriti RJ 0,0 48,7 Fortaleza CE 46,1 46,2 48,3 Anápolis GO 46,0 47,0 47,0

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Serra ES 44,8 45,3 46,3 São Luís MA 45,7 46,4 45,7 Santa Maria RS 41,8 43,0 45,6 João Pessoa PB 49,8 46,2 45,1 Nova Iguaçu RJ 0,5 42,0 Duque de Caxias RJ 0,0 41,6 Campos dos Goytacazes RJ 41,9 43,0 41,1 Cuiabá MT 38,5 39,4 39,9 Belford Roxo RJ 1,1 39,3 Caruaru PE 42,5 43,1 38,2 Feira de Santana BA 34,2 35,4 37,4 São Gonçalo RJ 2,7 3,9 36,8 Paulista PE 37,1 37,1 35,3 Recife PE 37,3 38,6 35,2 Maceió AL 30,7 31,5 34,4 Aracaju SE 34,2 34,6 33,6 Natal RN 31,4 31,8 32,8 Mossoró RN 31,2 34,3 32,4 Olinda PE 34,0 34,7 32,3 Caucaia CE 28,4 28,5 29,7 Juazeiro do Norte CE 21,6 22,8 22,5 Manaus AM 11,2 12,1 21,3 Gravataí RS 18,0 18,4 20,9 Vila Velha ES 15,6 17,5 20,6 Rio Branco AC 19,0 20,3 20,2 Cariacica ES 16,0 17,5 20,2 Aparecida de Goiânia GO 16,7 17,0 19,5 Boa Vista RR 19,2 18,9 18,7 Canoas RS 13,5 14,3 17,2 Joinville SC 16,6 16,8 16,5 Teresina PI 14,5 14,8 15,2 Várzea Grande MT 12,4 12,3 13,1 Belém PA 6,4 6,7 7,7 Jaboatão dos Guararapes PE 7,5 7,6 6,8 Macapá AP 7,1 6,8 5,6 Blumenau SC 3,3 3,2 3,3 Porto Velho RO 2,1 2,1 1,5 Ananindeua PA Santarém PA Fonte: elaborado com base nos dados do SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, Ministério das Cidades.. Nota: células em branco = sem informação.

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Quadro 12 – Ranking anual do índice de atendimento por coleta de esgoto dos municípios brasileiros mais populosos, 2008-2010

Municípios Estado 2008 2009 2010

Santos SP 2 4 1 Piracicaba SP 4 5 2 Jundiaí SP 18 7 3 Franca SP 14 17 4 Belo Horizonte MG 5 3 5 Uberaba MG 3 11 6 Ribeirão Preto SP 6 6 7 Sorocaba SP 9 10 8 Uberlândia MG 13 15 9 Governador Valadares MG 8 9 10 Limeira SP 12 14 11 Juiz de Fora MG 7 8 12 Bauru SP 10 13 13 Diadema SP 23 20 14 São Paulo SP 21 21 15 Santo André SP 11 12 16 Contagem MG 32 23 17 Montes Claros MG 1 2 18 Taubaté SP 19 22 19 Volta Redonda RJ 17 19 20 São José dos Campos SP 24 25 21 Brasília DF 16 16 22 Curitiba PR 26 26 23 Niterói RJ 15 18 24 São José do Rio Preto SP 20 24 25 São Bernardo do Campo SP 33 35 26 Porto Alegre RS 27 1 27 Betim MG 38 37 28 Mauá SP 28 29 Maringá PR 29 29 30 Londrina PR 34 33 31 Campinas SP 25 27 32 Suzano SP 37 40 33 Mogi das Cruzes SP 22 32 34 Ponta Grossa PR 40 38 35 Guarulhos SP 35 34 36 Caxias do Sul RS 31 30 37 Goiânia GO 30 31 38 Salvador BA 39 39 39 Osasco SP 42 44 40 Petrópolis RJ 43 36 41 Ribeirão das Neves MG 50 47 42 São Vicente SP 41 43 43 Rio de Janeiro RJ 28 42 44 Campina Grande PB 36 41 45 Carapicuíba SP 45 49 46 Foz do Iguaçu PR 44 45 47 Guarujá SP 51 55 48 Itaquaquecetuba SP 54 56 49 Vitória ES 47 48 50 Campo Grande MS 48 46 51 Praia Grande SP 52 54 52 Cascavel PR 53 53 53 Pelotas RS 46 50 54 Florianópolis SC 55 58 55 Vitória da Conquista BA 57 57 56 São José dos Pinhais PR 58 51 57 Petrolina PE 49 52 58 São João de Meriti RJ 96 59 Fortaleza CE 59 62 60 Anápolis GO 60 59 61

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Serra ES 62 63 62 São Luís MA 61 60 63 Santa Maria RS 65 65 64 João Pessoa PB 56 61 65 Nova Iguaçu RJ 95 66 Duque de Caxias RJ 97 67 Campos dos Goytacazes RJ 64 66 68 Cuiabá MT 66 67 69 Belford Roxo RJ 94 70 Caruaru PE 63 64 71 Feira de Santana BA 69 70 72 São Gonçalo RJ 92 92 73 Paulista PE 68 69 74 Recife PE 67 68 75 Maceió AL 74 75 76 Aracaju SE 70 72 77 Natal RN 72 74 78 Mossoró RN 73 73 79 Olinda PE 71 71 80 Caucaia CE 75 76 81 Juazeiro do Norte CE 76 77 82 Manaus AM 87 88 83 Gravataí RS 79 80 84 Vila Velha ES 83 82 85 Rio Branco AC 78 78 86 Cariacica ES 82 81 87 Aparecida de Goiânia GO 80 83 88 Boa Vista RR 77 79 89 Canoas RS 85 86 90 Joinville SC 81 84 91 Teresina PI 84 85 92 Várzea Grande MT 86 87 93 Belém PA 90 91 94 Jaboatão dos Guararapes PE 88 89 95 Macapá AP 89 90 96 Blumenau SC 91 93 97 Porto Velho RO 93 94 98 Ananindeua PA Santarém PA

Fonte: elaborado com base nos dados do SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, Ministério das Cidades. Nota: células em branco = sem informação.

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Quadro 13 – Índice de atendimento total de esgoto, proporção de esgoto tratado por água consumida e taxa de internação por diarreia nos municípios

mais populosos, 2010

Município

Índice de atendimento

total de esgoto (%)

Proporção de esgoto tratado

por água consumida (%)

Taxa Internação

por diarreia / 100 mil hab.

Taubaté 94,8 57,65 2,5 Praia Grande 58,4 42,11 5,3 São Bernardo do Campo 88,0 16,97 5,5 Suzano 81,4 51,14 5,7 Santos 100,0 76,76 11,9 Rio de Janeiro 70,1 53,23 15,2 Campinas 83,0 47,37 16,3 Franca 100,0 76,3 16,6 Caxias do Sul 77,8 10,11 17,4 Bauru 97,0 0 19,8 Guarujá 63,7 52,5 20,3 Volta Redonda 94,8 22,22 20,6 Florianópolis 53,9 40,33 21,8 Jundiaí 100,0 88,94 22,4 Montes Claros 95,2 78,07 23,8 Itaquaquecetuba 63,4 3,58 25,8 Vila Velha 20,6 20,64 26,5 Serra 46,3 19,68 26,6 Betim 86,9 17,03 27,0 Mauá 86,8 4,98 27,1 Osasco 74,6 16,64 27,1 Niterói 92,7 92,65 27,3 Guarulhos 79,0 3,04 28,1 São José dos Campos 93,9 44,82 28,3 Paulista 35,3 35,31 28,6 Contagem 95,4 51,35 29,2 Santo André 96,0 33,98 31,2 São Vicente 71,6 57,31 32,5 Salvador 76,0 76,01 34,1 Vitória 60,4 40,76 35,4 Joinville 16,5 15,96 37,1 Gravataí 20,9 20,92 37,2 Londrina 83,8 79,93 37,7 Pelotas 55,6 18,24 37,8 Sorocaba 97,5 93,6 37,8 Campo Grande 60,3 54,15 38,1 Ribeirão Preto 97,8 80,11 38,2 Ribeirão das Neves 73,6 4,82 38,8 Olinda 32,3 32,34 38,9 São Paulo 96,1 54,16 39,1 Canoas 17,2 13,3 39,5 Juiz de Fora 97,0 7,49 39,9 São José do Rio Preto 89,2 89,23 40,2 Cariacica 20,2 14,79 40,7 Cascavel 56,1 56,11 40,9 Duque de Caxias 41,6 4,36 41,4 Natal 32,8 16,92 42,3 Santa Maria 45,6 45,64 42,5 Belo Horizonte 100,0 55,07 44,1 Petrópolis 74,3 74,34 44,3 Curitiba 93,0 86,27 46,9 Foz do Iguaçu 64,6 64,59 47,2 Uberaba 98,1 53,91 47,3

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Mossoró 32,4 32,42 47,7 Limeira 97,0 69,44 51,8 Aracaju 33,6 33,61 55,5 Rio Branco 20,2 20,23 55,9 Feira de Santana 37,4 37,38 56,4 Piracicaba 100,0 33,46 58,7 Governador Valadares 97,3 0 59,5 Mogi das Cruzes 81,1 21,15 62,9 Maringá 85,3 85,31 64,1 Uberlândia 97,3 78,51 67,4 Carapicuíba 68,5 20,71 68,5 Recife 35,2 35,15 69,3 Caruaru 38,2 38,16 70,2 Petrolina 49,7 49,73 75,2 Diadema 96,2 12,29 77,7 Brasília 93,7 64,36 78,2 Macapá 5,6 88,4 Blumenau 3,3 3,28 89,0 Cuiabá 39,9 21,9 89,6 Porto Alegre 87,7 16,36 91,0 São José dos Pinhais 50,0 49,97 99,5 Manaus 21,3 21,28 108,3 Campos dos Goytacazes 41,1 34,24 110,8 Porto Velho 1,5 0 113,9 São João de Meriti 48,7 0 116,2 São Gonçalo 36,8 8,51 118,0 São Luís 45,7 11,34 137,2 Boa Vista 18,7 18,69 150,9 Aparecida de Goiânia 19,5 19,5 161,7 Jaboatão dos Guararapes 6,8 6,83 162,0 Caucaia 29,7 29,65 165,9 Nova Iguaçu 42,0 0,46 170,8 Ponta Grossa 79,0 72,15 172,3 Fortaleza 48,3 48,3 186,1 Goiânia 76,6 64,32 206,5 Maceió 34,4 34,37 230,5 Juazeiro do Norte 22,5 22,47 242,9 João Pessoa 45,1 45,05 246,4 Santarém 265,8 Teresina 15,2 13,86 293,2 Campina Grande 69,1 69,10 341,1 Belford Roxo 39,3 2,21 359,9 Vitória da Conquista 52,1 52,12 386,2 Várzea Grande 13,1 13,14 439,0 Belém 7,7 1,83 505,4 Anápolis 47,0 46,95 520,3 Ananindeua 1802,8

Fonte: elaborado com base nos dados do SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, Ministério das Cidades Nota: células em branco = sem informação.

Em virtude da realização do Censo Demográfico do IBGE, no ano de 2010, que faz parte

do período analisado, foram utilizados os dados de cobertura de esgotamento sanitário para

construir os indicadores de esgotamento sanitário inadequado, comparando-os com os

indicadores de doenças diarreicas do mesmo ano.

Os municípios com as maiores proporções de domicílios com esgotamento sanitário

inadequado foram (quadros 14 e 15): Macapá, Aparecida de Goiânia, Santarém, Porto

Velho, Jaboatão dos Guararapes, Juazeiro do Norte, Maceió, Várzea Grande, Boa Vista,

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Ananindeua. Os oito primeiros têm mais da metade dos domicílios nesta condição, sendo que

em Macapá a proporção alcança 72,2%, e em Aparecida de Goiânia chega a 63,9%. Há uma

correspondência com a taxa de internação por diarreias somente para Ananindeua, Várzea

Grande e Santarém, municípios que também estão entre os dez piores neste indicador. O

mesmo ocorre com a taxa de mortalidade por diarreias. Há uma correspondência com este

indicador de esgotamento sanitário somente para Aparecida de Goiânia, Ananindeua e Boa

Vista.

Os dez municípios com as maiores proporções de domicílios sem banheiro são (quadros

14 e 15): Santarém (25,7%), Rio Branco (18,9), Porto Velho (12,7%), São Luís (12,1%),

Macapá (10,4%), Boa Vista (7%), Juazeiro do Norte (6,9%), Manaus (6,6%), Vitória da

Conquista (6,6%) e Caucaia (6,4%). Destes, Vitória da Conquista e Santarém aparecem entre

os piores na taxa de internação por diarreias e Boa Vista e Vitória da Conquista também estão

entre os 10 municípios com as taxas mais elevadas de mortalidade por diarreias.

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Quadro 14 – Proporção de domicílios com esgotamento sanitário inadequado e sem banheiro nos 100 municípios brasileiros mais populosos, 2010

Municípios Esgotamento

sanitário inadequado (%)

Municípios Sem banheiro (%)

FRANCA 2,2 VOLTA REDONDA 0,8 VITÓRIA 2,4 FRANCA 0,9 DIADEMA 2,9 SÃO JOÃO DE MERITI 1,0 UBERLÂNDIA 3,0 ITAQUAQUECETUBA 1,0 PIRACICABA 3,0 PRAIA GRANDE 1,1 RIBEIRÃO PRETO 3,4 LIMEIRA 1,1 LIMEIRA 3,7 SÃO GONÇALO 1,2 JUNDIAÍ 3,8 NOVA IGUAÇU 1,3 SOROCABA 4,1 SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 1,3 VOLTA REDONDA 4,1 PIRACICABA 1,3 BELO HORIZONTE 4,3 JUNDIAÍ 1,3 CURITIBA 4,3 GUARUJÁ 1,4 SANTO ANDRÉ 4,4 DUQUE DE CAXIAS 1,4 SANTOS 5,0 MOGI DAS CRUZES 1,5 BAURU 5,2 PETRÓPOLIS 1,5 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO 5,2 CARAPICUÍBA 1,5 TAUBATÉ 5,5 CAXIAS DO SUL 1,5 UBERABA 5,7 BELFORD ROXO 1,5 SÃO JOÃO DE MERITI 5,7 UBERLÂNDIA 1,6 SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 6,2 SÃO JOSÉ DOS PINHAIS 1,6 RIO DE JANEIRO 6,5 CURITIBA 1,6 PRAIA GRANDE 6,6 GRAVATAÍ 1,6 JUIZ DE FORA 6,9 DIADEMA 1,6 CANOAS 7,1 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO 1,7 SÃO PAULO 7,4 CARIACICA 1,8 PORTO ALEGRE 7,7 MARINGÁ 1,8 SALVADOR 7,7 SANTO ANDRÉ 1,8 MONTES CLAROS 8,1 ANÁPOLIS 1,8 GOVERNADOR VALADARES 8,4 NATAL 1,8 CAXIAS DO SUL 8,4 JOINVILLE 1,8 CONTAGEM 8,7 PAULISTA 1,8 SÃO BERNARDO DO CAMPO 8,8 SUZANO 1,8 BLUMENAU 8,9 MAUÁ 1,9 NITERÓI 9,2 LONDRINA 1,9 CAMPINAS 9,6 VITÓRIA 1,9 SÃO VICENTE 9,8 ARACAJU 2,0 MAUÁ 10,1 JUIZ DE FORA 2,0 OSASCO 10,3 FORTALEZA 2,0 SÃO JOSÉ DOS PINHAIS 10,4 BLUMENAU 2,0 SUZANO 11,0 FLORIANÓPOLIS 2,0 CARAPICUÍBA 12,2 CAMPINAS 2,0 BRASÍLIA 12,4 BETIM 2,1 GUARULHOS 12,4 CANOAS 2,2 FLORIANÓPOLIS 12,7 SERRA 2,2 ARACAJU 12,7 NITERÓI 2,2 MOGI DAS CRUZES 14,1 SÃO PAULO 2,3 DUQUE DE CAXIAS 14,1 FOZ DO IGUAÇU 2,4 BETIM 14,6 TAUBATÉ 2,4 VILA VELHA 14,9 SANTOS 2,4 LONDRINA 14,9 RIBEIRÃO PRETO 2,5 SERRA 15,1 BELO HORIZONTE 2,5 CAMPINA GRANDE 16,1 SALVADOR 2,5 NOVA IGUAÇU 16,3 VILA VELHA 2,6 PELOTAS 16,4 SÃO VICENTE 2,6 GRAVATAÍ 16,5 JOÃO PESSOA 2,7 GUARUJÁ 16,8 CASCAVEL 2,7 MARINGÁ 17,2 CAMPOS DOS GOYTACAZES 2,7 SANTA MARIA 17,3 PELOTAS 2,7

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PETRÓPOLIS 18,0 RIO DE JANEIRO 2,8 BELFORD ROXO 18,1 SÃO BERNARDO DO CAMPO 2,8 SÃO GONÇALO 18,3 CAMPO GRANDE 2,8 CARUARU 18,8 SOROCABA 2,8 PONTA GROSSA 19,0 OSASCO 2,8 ITAQUAQUECETUBA 19,4 GOVERNADOR VALADARES 3,1 CARIACICA 20,3 OLINDA 3,1 CUIABÁ 20,6 UBERABA 3,2 GOIÂNIA 22,6 PORTO ALEGRE 3,3 FOZ DO IGUAÇU 24,9 PONTA GROSSA 3,3 JOINVILLE 25,3 MACEIÓ 3,4 FORTALEZA 25,8 GUARULHOS 3,5 PETROLINA 27,0 SANTA MARIA 3,5 RIBEIRÃO DAS NEVES 28,8 CAMPINA GRANDE 3,6 JOÃO PESSOA 29,5 VÁRZEA GRANDE 3,6 RECIFE 30,4 BRASÍLIA 3,7 BELÉM 31,8 MOSSORÓ 3,7 SÃO LUÍS 34,0 CONTAGEM 3,8 MOSSORÓ 35,8 GOIÂNIA 3,9 MANAUS 37,1 JABOATÃO DOS GUARARAPES 3,9 NATAL 37,7 MONTES CLAROS 4,1 PAULISTA 38,7 BAURU 4,1 TERESINA 38,8 APARECIDA DE GOIÂNIA 4,2 CASCAVEL 39,7 RECIFE 4,3 FEIRA DE SANTANA 40,0 CARUARU 5,1 VITÓRIA DA CONQUISTA 40,7 CUIABÁ 5,1 CAMPO GRANDE 41,0 PETROLINA 5,8 ANÁPOLIS 41,1 BELÉM 6,0 OLINDA 42,3 ANANINDEUA 6,0 CAMPOS DOS GOYTACAZES 42,6 TERESINA 6,3 RIO BRANCO 43,3 FEIRA DE SANTANA 6,3 CAUCAIA 43,4 RIBEIRÃO DAS NEVES 6,4 ANANINDEUA 44,8 CAUCAIA 6,4 BOA VISTA 45,8 VITÓRIA DA CONQUISTA 6,6 VÁRZEA GRANDE 51,9 MANAUS 6,6 MACEIÓ 52,0 JUAZEIRO DO NORTE 6,9 JUAZEIRO DO NORTE 52,9 BOA VISTA 7,0 JABOATÃO DOS GUARARAPES 53,4 MACAPÁ 10,4 PORTO VELHO 59,2 SÃO LUÍS 12,1 SANTARÉM 60,1 PORTO VELHO 12,7 APARECIDA DE GOIÂNIA 63,9 RIO BRANCO 18,9 MACAPÁ 72,2 SANTARÉM 25,7 Fonte: elaborado com base nos dados do IBGE, Censo Demográfico 2010. Nota: * Esgotamento sanitário inadequado = destino do esgoto para fossa rudimentar, vala, rio, lago ou mar .

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Quadro 15 – Posição no ranking da proporção de domicílios com esgotamento sanitário inadequado e sem banheiro, 2010

Municípios

Proporção de domicílios com

esgoto inadequado (Posição ranking)

Proporção de domicílios sem

banheiro (Posição ranking)

VOLTA REDONDA 10 1 FRANCA 1 2 SÃO JOÃO DE MERITI 19 3 ITAQUAQUECETUBA 64 4 PRAIA GRANDE 22 5 LIMEIRA 7 6 SÃO GONÇALO 61 7 NOVA IGUAÇU 53 8 SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 20 9 PIRACICABA 5 10 JUNDIAÍ 8 11 GUARUJÁ 56 12 DUQUE DE CAXIAS 47 13 MOGI DAS CRUZES 46 14 PETRÓPOLIS 59 15 CARAPICUÍBA 41 16 CAXIAS DO SUL 30 17 BELFORD ROXO 60 18 UBERLÂNDIA 4 19 SÃO JOSÉ DOS PINHAIS 39 20 CURITIBA 12 21 GRAVATAÍ 55 22 DIADEMA 3 23 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO 16 24 CARIACICA 65 25 MARINGÁ 57 26 SANTO ANDRÉ 13 27 ANÁPOLIS 86 28 NATAL 79 29 JOINVILLE 69 30 PAULISTA 80 31 SUZANO 40 32 MAUÁ 37 33 LONDRINA 50 34 VITÓRIA 2 35 ARACAJU 45 36 JUIZ DE FORA 23 37 FORTALEZA 70 38 BLUMENAU 33 39 FLORIANÓPOLIS 44 40 CAMPINAS 35 41 BETIM 48 42 CANOAS 24 43 SERRA 51 44 NITERÓI 34 45 SÃO PAULO 25 46 FOZ DO IGUAÇU 68 47 TAUBATÉ 17 48 SANTOS 14 49 RIBEIRÃO PRETO 6 50 BELO HORIZONTE 11 51 SALVADOR 27 52 VILA VELHA 49 53 SÃO VICENTE 36 54 JOÃO PESSOA 73 55

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CASCAVEL 82 56 CAMPOS DOS GOYTACAZES 88 57 PELOTAS 54 58 RIO DE JANEIRO 21 59 SÃO BERNARDO DO CAMPO 32 60 CAMPO GRANDE 85 61 SOROCABA 9 62 OSASCO 38 63 GOVERNADOR VALADARES 29 64 OLINDA 87 65 UBERABA 18 66 PORTO ALEGRE 26 67 PONTA GROSSA 63 68 MACEIÓ 94 69 GUARULHOS 43 70 SANTA MARIA 58 71 CAMPINA GRANDE 52 72 VÁRZEA GRANDE 93 73 BRASÍLIA 42 74 MOSSORÓ 77 75 CONTAGEM 31 76 GOIÂNIA 67 77 JABOATÃO DOS GUARARAPES 96 78 MONTES CLAROS 28 79 BAURU 15 80 APARECIDA DE GOIÂNIA 99 81 RECIFE 74 82 CARUARU 62 83 CUIABÁ 66 84 PETROLINA 71 85 BELÉM 75 86 ANANINDEUA 91 87 TERESINA 81 88 FEIRA DE SANTANA 83 89 RIBEIRÃO DAS NEVES 72 90 CAUCAIA 90 91 VITÓRIA DA CONQUISTA 84 92 MANAUS 78 93 JUAZEIRO DO NORTE 95 94 BOA VISTA 92 95 MACAPÁ 100 96 SÃO LUÍS 76 97 PORTO VELHO 97 98 RIO BRANCO 89 99 SANTARÉM 98 100 Fonte: elaborado com base nos dados do IBGE, Censo Demográfico 2010.

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10. COMPARAÇÃO COM CIDADES PRÓXIMAS DA UNIVERSALIZAÇÃO

O quadro 16 mostra alguns exemplos de cidades próximas da universalização nos

serviços de água tratada, coleta e tratamento de esgotos, localizadas no estado de São Paulo.

As taxas de internação por diarreias e gastos com internação por diarreias são maiores em

Novo Horizonte (38,2/10 mil hab.), Laranjal Paulista (29,3/10 mil hab.) e Itapeva (20,4/10

mil hab.). Estes indicadores são melhores em: Piratininga (nenhuma ocorrência), Espírito

Santo do Pinhal (nenhuma ocorrência), Taubaté (0,14/10mil hab.) e Bocaina (0,91/10 mil

hab.).

Os gráficos a seguir mostram uma comparação das taxas de internação destas cidades e

das que possuem os piores índices de atendimento de esgoto, mencionados no item anterior.

De modo geral as taxas são mais baixas nestas cidades próximas da universalização do que

nas demais. Cerca de 65% delas possuem taxas inferiores a 5 internações por diarreias por 10

mil habitantes, enquanto entre as cidades com baixos índices de atendimento apenas 18,9%

tem taxas inferiores a 5 internações por 10 mil habitantes.

Os quadros 16 e 17 mostram as taxas de internação e os gastos com internações por

diarreias e as taxas de mortalidade destes municípios.

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Gráfico 14 – Taxa de internação hospitalar por diarreias de algumas cidades

próximas da universalização, 2011

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

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inga

nº/1

0 m

il ha

b.

Fonte: elaborado com base nos dados do Ministério da Saúde/Datasus.

Gráfico 15 – Taxa de internação por diarreias das cidades com os mais baixos índices de atendimento total de esgoto entre as mais populosas do país, 2011

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

Belford

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nº/1

0 m

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b.

Fonte: elaborado com base nos dados do Ministério da Saúde/Datasus.

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Quadro 16 - Taxa de internação hospitalar, gastos com internações e taxa de mortalidade por diarreias em 20 cidades próximas da universalização,

2011

Municípios Internações/10.000

hab.

Gastos com internações/10.000

hab.

Óbitos/10.000 hab.

Adamantina 4,1 816,10 0 Bocaina 0,9 332,70 0 Botucatu 0,8 419,64 0 Espírito Santo do Pinhal 0 0 0 Fernandópolis 6,2 2.467,25 0,15 Itapetininga 0,8 239,45 0,07 Itapeva 20,4 7.248,92 0,34 Jales 15,9 5.224,20 0 Laranjal Paulista 29,0 9.195,36 0 Lins 3,9 1.334,69 0 Lorena 2,7 757,73 0 Novo Horizonte 38,2 13.097,32 0 Osvaldo Cruz 17,4 6.215,74 0,32 Pindamonhangaba 1,7 564,05 0,13 Piratininga 0 0 0 Presidente Prudente 4,2 1.637,30 0 Santos 2,1 817,53 0 São João da Boa Vista 3,9 1.398,22 0 São Manuel 4,4 1.628,19 0 Taubaté 0,1 72,14 0

Fonte: elaborado com dados do Ministério da Saúde/Datasus.

Quadro 17 - Taxa de internação hospitalar, gastos com internações e taxa de mortalidade por diarreias nas cidades com os mais baixos índices de

atendimento de esgoto, 2011

Municípios Internações/10.000

habitante

Gastos com internações/10.000

habitante

Óbitos/10.000 habitante

Belém 35,5 13.108,93 0,06 Blumenau 7,5 3.196,94 0,10 Boa Vista 15,1 6.584,92 0,14 Jaboatão dos Guararapes 3,1 1.453,56 0,12 Joinville 9,9 3.661,81 0,08 Macapá 2,4 1.978,87 0,13 Porto Velho 9,5 3.445,52 0,10 Canoas 9,8 3.382,09 0,07 São Gonçalo 9,4 3.222,08 0,02 Teresina 18,1 6.431,35 0,19 Várzea Grande 35,5 12.396,03 0,04

Fonte: elaborado com dados do Ministério da Saúde/Datasus.

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11. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados do estudo mostraram que há uma relação entre abrangência do serviço de

esgotamento sanitário e número de internações por diarreia, embora outros fatores, como a

disponibilidade de água potável, intoxicação alimentar, higiene inadequada, escolaridade da

mãe também sejam importantes na ocorrência dos casos de diarreia. Geralmente quanto maior

a abrangência dos serviços, menor a ocorrência de internações por diarreias. Algumas cidades

fogem a esta tendência. Isto pode ser decorrência, entre outras razões, da qualidade da

informação e da existência de outros fatores, anteriormente mencionados, que também

controlam as taxas de internação ou de mortalidade por diarreias.

Estes resultados nos permitem realizar o exercício proposto a seguir.

Faremos uma simulação do que poderia acontecer caso o valor médio (média simples)

de abrangência da coleta de esgoto no período 2008-2010 dos dez municípios com maior

cobertura deste serviço fosse estendido ao conjunto das 100 cidades analisadas. Que

consequências isto poderia trazer em termos de internações por diarreia e de custos, para o

SUS, caso isto ocorresse?

Os quadros 18 e 19 mostram claramente que a taxa média de internações por diarreia

nos municípios com os melhores índices de atendimento de esgoto é bem menor que a

observada nos municípios com os piores índices, em torno de 4 vezes. Assim, se tomarmos o

valor médio das internações no período 2008-2011 dos municípios com maior abrangência de

coleta de esgoto (39,1 internações/100.000 habitantes) e a expandirmos para o conjunto dos

100 municípios analisados teríamos, para o ano 2011, um total de 30.403 internações. Como

para este ano o total observado de internações por diarreia nos municípios em estudo foi de

54.339, haveria uma redução de aproximadamente metade das internações (23.936). Em

termos de custos, esta redução de internações significaria uma economia da ordem de 10

milhões de reais. O custo total das internações cairia de R$22.420.240,48 para R$

12.544.260,50.

Para tal, a abrangência da coleta de esgoto (medida pelo índice de atendimento de

esgoto) teria de se expandir da média de 60%, observada para o conjunto dos 100 municípios

analisados em 2010 para 97,8% que é a média do índice de atendimento para os municípios

com os melhores índices no período 2008-2010.

Esses resultados mostram que os valores envolvidos e a economia resultante são

relativamente pequenos para o tamanho da economia brasileira. Entretanto, os valores

humanitários e a questão do direito dos cidadãos brasileiros de acesso a condições dignas de

vida asseguram a importância da expansão do saneamento para o conjunto.

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É importante ressaltar que o exercício realizado acima tem caráter altamente

especulativo, pois os dados utilizados não permitem uma matematização mais sofisticada do

que aquela apresentada. Assim, os números apresentados no exercício devem ser encarados

em termos de ordens de grandeza, e não como valores precisos e absolutos.

Quadro 18 – Médias Simples das Taxas de Internação por Diarreia para os Dez Municípios com as Piores Coberturas de Atendimento de Esgoto – 2008-2011

Municípios 2008 2009 2010 2011 Média dos Municípios Belém 499,3 488,4 505,4 354,8 462,0 Blumenau 61,5 63,5 89,0 74,5 72,1 Canoas 61,5 43,7 39,5 30,8 43,9 Jaboatão dos Guararapes 219,7 174,5 162,0 98,5 163,6 Macapá 126,5 91,1 88,4 95,3 100,3 Manaus 123,1 106,9 108,3 128,9 116,8 Porto Velho 70,3 128,5 113,9 98,2 102,7 São Gonçalo 143,7 102,5 118,0 93,7 114,5 Teresina 346,4 307,4 293,2 180,6 281,9 Várzea Grande 169,4 323,3 439,0 354,7 321,6 Média Anual 182,1 183,0 195,7 151,0 177,9

Fonte: elaborado com base nos dados do Ministério da Saúde, DATASUS.

Quadro 19 – Médias Simples das Taxas de Internação por Diarreia para os Dez Municípios com as Melhores Coberturas de Atendimento de Esgoto – 2008-2010

Municípios 2008 2009 2010 2011 Média dos Municípios Belo Horizonte 50,3 38,5 44,1 37,2 42,5 Governador Valadares 135,5 63,8 59,5 55,1 78,5 Juiz de Fora 42,6 26,2 39,9 28,0 34,2 Jundiaí 17,0 8,9 22,4 15,5 15,9 Montes Claros 17,3 16,0 23,8 12,8 17,5 Piracicaba 158,1 58,3 58,7 32,1 76,8 Ribeirão Preto 28,8 30,5 38,2 24,3 30,5 Santos 13,9 13,2 11,9 20,5 14,9 Sorocaba 38,0 34,2 37,8 24,8 33,7 Uberaba 70,8 38,1 47,3 31,1 46,8

Média Anual 57,2 32,8 38,4 28,1 39,1 Fonte: elaborado com base nos dados do Ministério da Saúde, DATASUS.

Quadro 20 – Médias Simples dos Índices de Atendimento de Esgoto para os Dez Municípios com as Melhores Coberturas de Atendimento de

Esgoto – 2008-2010

Municípios 2008 2009 2010 Média dos Municípios

Belo Horizonte 97,6 100,0 100,0 99,2 Governador Valadares 97,1 97,1 97,3 97,2 Juiz de Fora 97,2 97,2 97,0 97,1 Jundiaí 91,3 97,5 100,0 96,3 Montes Claros 99,3 100,0 95,2 98,2 Piracicaba 98,0 98,0 100,0 98,7 Ribeirão Preto 97,6 97,6 97,8 97,7 Santos 98,9 99,2 100,0 99,4 Sorocaba 96,5 97,0 97,5 97,0 Uberaba 98,7 96,2 98,1 97,6

Média Anual 97,2 98,0 98,3 97,8 Fonte: elaborado com base nos dados do Ministério das Cidades, SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento.

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Quadro 21 - Cálculos usados no exercício de avaliação do impacto do esgotamento sanitário inadequado sobre internações e gastos com internações

O quadro 22 mostra uma síntese com todos os indicadores construídos para os 100

municípios no ano de 2010 e suas respectivas posições no ranking. Os municípios estão

ordenados a partir do indicador ‘taxa de internação hospitalar por diarreias’, em ordem

crescente. Nota-se a correspondência entre baixas taxas de internação com melhores

indicadores de esgotamento sanitário.

1. Cálculo do número de internações caso todos os municípios tivessem o valor da média dos

dez municípios com maior cobertura de coleta de esgoto:

39,1 — 100.000 x — 77.756.588 x = 39,1 x 77.756.588/100.000 x = 30.403 em que: • 39,1/100.000 (internações por diarreia/100.000 habitantes) = taxa de internação média no

período 2008-2011 para os dez municípios com maior cobertura de coleta de esgoto; • 77.756.588 = população total estimada para o ano de 2011 do conjunto das 100 cidades

selecionadas. • x = número total de internações em 2011 para o conjunto dos 100 municípios

selecionados, caso a taxa de internação fosse de 39,1/100.000 hab. 2. Cálculo do custo total com internações: R$ 22.420.240,48 x 30.403/54.339 = R$ 12.544.260,50 em que: • R$ 22.420.240,48 = gasto total com internações por diarreia, em 2011, para o conjunto

dos 100 municípios analisados;

• 30.403/54.339 = razão entre número de internações estimadas na melhor das hipóteses (35.303) e número de internações observadas (54.339), ambas para o conjunto das 100 cidades estudadas, no ano de 2011.

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Quadro 22 – Indicadores de Saúde e de Esgotamento Sanitário e seus Respectivos Rankings dos 100 Maiores Municípios Brasileiros, 2010

Municípios

Taxa de Internação

por Diarreias

Ranking

Proporção de

Crianças Internadas

por Diarreias

Ranking

Taxa de Mortalidade

por Diarreias

Ranking

Gastos com Internações

por Diarreias

Ranking Índice de

Atendimento de Esgoto

Ranking Proporção de Esgoto Tratado

Ranking

Proporção de

Domicílios Com

Esgoto Inadequado

Ranking

Proporção de

Domicílios Sem

Banheiro

Ranking

Taubaté 2,5 1 14,3 1 0,36 19 1.346 1 94,8 19 57,7 21 5,5 17 2,4 48

Praia Grande 5,3 2 35,7 12 0 89 2.802 2 58,4 52 42,1 41 6,6 22 1,1 5 São Bernardo do Campo 5,5 3 40,5 22 0,13 2 3.205 3

88,0 26 17,0 70

8,8 32 2,8 60

Suzano 5,7 4 60,0 64 0,38 23 6.147 4 81,4 33 51,1 32 11,0 40 1,8 32

Santos 11,9 5 34,0 9 0,48 35 6.751 6 100,0 1 76,8 11 5,0 14 2,4 49

Rio de Janeiro 15,2 6 61,3 69 0,22 5 6.477 5 70,1 44 53,2 28 6,5 21 2,8 59

Campinas 16,3 7 36,9 14 0,09 1 8.096 10 83,0 32 47,4 36 9,6 35 2,0 41

Franca 16,6 8 43,4 28 1,88 87 10.135 14 100,0 4 76,3 12 2,2 1 0,9 2

Caxias do Sul 17,4 9 32,9 7 0,46 31 7.280 8 77,8 37 10,1 81 8,4 30 1,5 17

Bauru 19,8 10 41,2 24 0 89 9.978 13 97,0 13 0,0 94 5,2 15 4,1 80

Guarujá 20,3 11 66,1 81 0,69 55 7.573 9 63,7 48 52,5 29 16,8 56 1,4 12

Volta Redonda 20,6 12 34,0 8 0,39 25 6.782 7 94,8 20 22,2 57 4,1 10 0,8 1

Florianópolis 21,8 13 46,7 35 0,47 34 13.601 24 53,9 55 40,3 43 12,7 44 2,0 40

Jundiaí 22,4 14 19,3 2 0,81 63 8.576 11 100,0 3 88,9 4 3,8 8 1,3 11

Montes Claros 23,8 15 44,2 32 1,11 74 21.808 51 95,2 18 78,1 10 8,1 28 4,1 79

Itaquaquecetuba 25,8 16 55,4 52 0,31 15 11.496 16 63,4 49 3,6 88 19,4 64 1,0 4

Vila Velha 26,5 17 52,7 43 0,48 36 14.006 26 20,6 85 20,6 63 14,9 49 2,6 53

Serra 26,6 18 77,1 98 0,24 8 12.300 19 46,3 62 19,7 65 15,1 51 2,2 44

Betim 27,0 19 54,9 48 0 89 21.614 49 86,9 28 17,0 69 14,6 48 2,1 42

Mauá 27,1 20 58,4 61 0,24 7 9.022 12 86,8 29 5,0 85 10,1 37 1,9 33

Osasco 27,1 21 41,4 25 0 89 14.058 27 74,6 40 16,6 72 10,3 38 2,8 63

Niterói 27,3 22 56,4 55 0,41 27 10.357 15 92,7 24 92,7 2 9,2 34 2,2 45

Guarulhos 28,1 23 53,6 44 0,49 37 11.852 17 79,0 36 3,0 90 12,4 43 3,5 70

São José dos Campos 28,3 24 43,8 31 0,64 50 14.784 31 93,9 21 44,8 40 6,2 20 1,3 9

Paulista 28,6 25 34,9 11 0,67 53 14.320 29 35,3 74 35,3 46 38,7 80 1,8 31

Contagem 29,2 26 63,6 74 0,17 3 14.617 30 95,4 17 51,4 31 8,7 31 3,8 76

Santo André 31,2 27 39,8 20 0,30 12 12.350 20 96,0 16 34,0 50 4,4 13 1,8 27

São Vicente 32,5 28 43,5 29 1,50 84 12.165 18 71,6 43 57,3 22 9,8 36 2,6 54

Salvador 34,1 29 57,5 57 0,45 30 15.259 32 76,0 39 76,0 13 7,7 27 2,5 52

Page 63: Análise dos Impactos na Saúde e no Sistema Único de Saúde ... · doenças, tais como a cólera, giárdiase, infecção por shiguella, febre tifóide, infecção por E. coli, entre

63

Vitória 35,4 30 59,5 63 0,61 47 24.072 56 60,4 50 40,8 42 2,4 2 1,9 35

Joinville 37,1 31 36,6 13 1,36 80 23.848 54 16,5 91 16,0 74 25,3 69 1,8 30

Gravataí 37,2 32 53,7 45 0,78 59 12.639 22 20,9 84 20,9 61 16,5 55 1,6 22

Londrina 37,7 33 31,4 6 1,18 75 13.721 25 83,8 31 79,9 8 14,9 50 1,9 34

Pelotas 37,8 34 60,5 68 0,30 14 17.349 37 55,6 54 18,2 68 16,4 54 2,7 58

Sorocaba 37,8 35 49,5 38 0,51 39 12.549 21 97,5 8 93,6 1 4,1 9 2,8 62

Campo Grande 38,1 36 65,3 79 1,02 72 20.925 47 60,3 51 54,2 26 41,0 85 2,8 61

Ribeirão Preto 38,2 37 44,6 34 0,66 52 19.892 45 97,8 7 80,1 7 3,4 6 2,5 50

Ribeirão das Neves 38,8 38 55,7 53 0,67 54 24.596 58 73,6 42 4,8 86 28,8 72 6,4 90

Olinda 38,9 39 42,2 26 0,79 61 23.807 53 32,3 80 32,3 54 42,3 87 3,1 65

São Paulo 39,1 40 54,1 47 0,60 46 16.961 35 96,1 15 54,2 25 7,4 25 2,3 46

Canoas 39,5 41 43,0 27 0,93 69 17.521 38 17,2 90 13,3 77 7,1 24 2,2 43

Juiz de Fora 39,9 42 60,2 65 0,19 4 23.950 55 97,0 12 7,5 83 6,9 23 2,0 37

São José do Rio Preto 40,2 43 44,5 33 0 89 18.848 40 89,2 25 89,2 3 5,2 16 1,7 24

Cariacica 40,7 44 54,9 49 0,57 44 25.904 60 20,2 87 14,8 75 20,3 65 1,8 25

Cascavel 40,9 45 25,6 3 0,35 18 16.442 34 56,1 53 56,1 23 39,7 82 2,7 56

Duque de Caxias 41,4 46 69,8 89 0 89 14.083 28 41,6 67 4,4 87 14,1 47 1,4 13

Natal 42,3 47 61,8 71 0,62 49 17.145 36 32,8 78 16,9 71 37,7 79 1,8 29

Santa Maria 42,5 48 64,9 76 0,77 58 15.286 33 45,6 64 45,6 38 17,3 58 3,5 71

Belo Horizonte 44,1 49 55,7 54 0,46 32 28.114 62 100,0 5 55,1 24 4,3 11 2,5 51

Petrópolis 44,3 50 48,9 37 0 89 19.769 43 74,3 41 74,3 14 18,0 59 1,5 15

Curitiba 46,9 51 34,8 10 0,29 11 19.664 42 93,0 23 86,3 5 4,3 12 1,6 21

Foz do Iguaçu 47,2 52 68,6 86 0,39 26 13.333 23 64,6 47 64,6 18 24,9 68 2,4 47

Uberaba 47,3 53 72,1 91 0,34 16 20.118 46 98,1 6 53,9 27 5,7 18 3,2 66

Mossoró 47,7 54 39,5 19 1,54 86 18.232 39 32,4 79 32,4 53 35,8 77 3,7 75

Limeira 51,8 55 58,7 62 0,36 21 24.555 57 97,0 11 69,4 16 3,7 7 1,1 6

Aracaju 55,5 56 73,5 95 1,23 77 19.568 41 33,6 77 33,6 51 12,7 45 2,0 36

Rio Branco 55,9 57 53,7 46 0,89 65 20.964 48 20,2 86 20,2 64 43,3 89 18,9 99

Feira de Santana 56,4 58 72,0 90 0,36 20 21.796 50 37,4 72 37,4 45 40,0 83 6,3 89

Piracicaba 58,7 59 63,1 72 1,10 73 28.914 64 100,0 2 33,5 52 3,0 5 1,3 10

Governador Valadares 59,5 60 72,6 92 0,38 22 38.877 72 97,3 10 0,0 95 8,4 29 3,1 64

Mogi das Cruzes 62,9 61 58,2 60 0,26 9 26.212 61 81,1 34 21,2 60 14,1 46 1,5 14

Maringá 64,1 62 39,3 18 0,56 43 19.799 44 85,3 30 85,3 6 17,2 57 1,8 26

Uberlândia 67,4 63 63,4 73 0,50 38 28.402 63 97,3 9 78,5 9 3,0 4 1,6 19

Carapicuíba 68,5 64 50,6 40 0,54 41 22.427 52 68,5 46 20,7 62 12,2 41 1,5 16

Recife 69,3 65 51,1 42 0,91 67 33.155 69 35,2 75 35,2 47 30,4 74 4,3 82

Caruaru 70,2 66 67,4 83 1,27 78 29.998 67 38,2 71 38,2 44 18,8 62 5,1 83

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64

Petrolina 75,2 67 63,8 75 0,34 17 29.251 65 49,7 58 49,7 34 27,0 71 5,8 85

Diadema 77,7 68 60,3 66 0,26 10 24.615 59 96,2 14 12,3 79 2,9 3 1,6 23

Brasília 78,2 69 56,8 56 0,47 33 29.648 66 93,7 22 64,4 19 12,4 42 3,7 74

Macapá 88,4 70 77,8 99 1,00 71 32.229 68 5,6 96 72,2 100 10,4 96

Blumenau 89,0 71 25,8 4 0,65 51 40.606 76 3,3 97 3,3 89 8,9 33 2,0 39

Cuiabá 89,6 72 39,9 21 0,73 56 34.277 70 39,9 69 21,9 58 20,6 66 5,1 84

Porto Alegre 91,0 73 37,3 15 1,42 82 36.008 71 87,7 27 16,4 73 7,7 26 3,3 67

São José dos Pinhais 99,5 74 60,5 67 1,51 85 50.026 79 50,0 57 50,0 33 10,4 39 1,6 20

Manaus 108,3 75 75,0 96 0,55 42 43.364 78 21,3 83 21,3 59 37,1 78 6,6 93 Campos dos Goytacazes 110,8 76 58,2 59 0,43 29 42.078 77

41,1 68 34,2 49

42,6 88 2,7 57

Porto Velho 113,9 77 77,9 100 0,23 6 39.882 73 1,5 98 0,0 96 59,2 97 12,7 98

São João de Meriti 116,2 78 68,1 85 0 89 40.153 74 48,7 59 0,0 97 5,7 19 1,0 3

São Gonçalo 118,0 79 55,3 51 0,30 13 40.408 75 36,8 73 8,5 82 18,3 61 1,2 7

São Luís 137,2 80 65,1 78 0,89 64 51.269 80 45,7 63 11,3 80 34,0 76 12,1 97

Boa Vista 150,9 81 73,2 93 1,41 81 67.479 87 18,7 89 18,7 67 45,8 92 7,0 95

Aparecida de Goiânia 161,7 82 61,6 70 1,98 88 64.076 85 19,5 88 19,5 66 63,9 99 4,2 81 Jaboatão dos Guararapes 162,0 83 38,2 17 0,93 70 60.252 83

6,8 95 6,8 84

53,4 96 3,9 78

Caucaia 165,9 84 50,2 39 0,92 68 56.812 81 29,7 81 29,7 55 43,4 90 6,4 91

Nova Iguaçu 170,8 85 67,8 84 0 89 59.467 82 42,0 66 0,5 93 16,3 53 1,3 8

Ponta Grossa 172,3 86 55,1 50 0 89 60.588 84 79,0 35 72,2 15 19,0 63 3,3 68

Fortaleza 186,1 87 57,5 58 0,90 66 66.022 86 48,3 60 48,3 35 25,8 70 2,0 38

Goiânia 206,5 88 65,5 80 0,38 24 74.812 88 76,6 38 64,3 20 22,6 67 3,9 77

Maceió 230,5 89 68,7 87 0,75 57 85.899 89 34,4 76 34,4 48 52,0 94 3,4 69

Juazeiro do Norte 242,9 90 73,5 94 0,80 62 87.697 90 22,5 82 22,5 56 52,9 95 6,9 94

João Pessoa 246,4 91 65,0 77 0,41 28 88.508 91 45,1 65 45,1 39 29,5 73 2,7 55

Santarém 265,8 92 48,0 36 0 89 91.676 92 60,1 98 25,7 100

Teresina 293,2 93 43,5 30 0,61 48 100.745 93 15,2 92 13,9 76 38,8 81 6,3 88

Campina Grande 341,1 94 40,8 23 0,52 40 121.708 94 69,1 45 69,1 17 16,1 52 3,6 72

Belford Roxo 359,9 95 66,2 82 0 89 124.676 95 39,3 70 2,2 91 18,1 60 1,5 18

Vitória da Conquista 386,2 96 69,0 88 1,30 79 133.248 96 52,1 56 52,1 30 40,7 84 6,6 92

Várzea Grande 439,0 97 28,6 5 0,79 60 155.873 97 13,1 93 13,1 78 51,9 93 3,6 73

Belém 505,4 98 76,0 97 0,57 45 185.796 98 7,7 94 1,8 92 31,8 75 6,0 86

Anápolis 520,3 99 50,7 41 1,20 76 193.702 99 47,0 61 47,0 37 41,1 86 1,8 28

Ananindeua 1802,8 100 37,8 16 1,48 83 612.532 100 44,8 91 6,0 87 Fonte: elaborado com base nos dados do Ministério da Saúde/Datasus, Ministério das Cidades/SNIS e IBGE, Censo Demográfico 2010.

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12. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

FUCHS, S. C., VICTORIA, C. G., FACHEL, J. Modelo Hierarquizado: uma proposta de modelagem aplicada à investigação de fatores de risco para diarreia grave. Rev. Saúde Pública, 30 (2): 168-78, 1996.

IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Demográfico 2010 – sinopse do censo e resultados preliminares do universo. Rio de Janeiro: IBGE, 2011. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/default.shtm> Acesso em dez 2012.

____________. Indicadores de Desenvolvimento Sustentável Brasil 2012. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. 355 p.

MINISTÉRIO DAS CIDADES. Caderno de Saneamento Ambiental 5. Brasília: Ministério das Cidades, 2004. 101 p.

MINISTÉRIO DAS CIDADES. SECRETARIA NACIONAL DE SANEAMENTO AMBIENTAL. Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento: Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos - 2010. Brasília: MCidades. SNSA. 448 p.

______________. Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento: Aplicativo da Série Histórica 2010. Brasília: MCidades. SNSA.

PONTES, C. A. A. et al. Impactos na Saúde e no Sistema Único de Saúde Brasileiro Decorrentes de Agravos Relacionados a um Saneamento Ambiental Inadequado. In: XXVIII Congreso Interamericano de Ingeniería Sanitaria y Ambiental, Cancún, México, 27 al 31 de octubre, 2002.

WHO – World Health Organization. Mudança Climática e Saúde Humana – riscos e respostas: resumo atualizado. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2008. 37 p.

______________. Global Health Risks: mortality and burden of disease attributable to select major risks. Geneva: WHO, 2009. 62 p.

UNESCO. INTERNATIONAL HYDROLOGICAL PROGRAMME. Capacity Building for Ecological Sanitation. France: Unesco/IHP. 2006. 156 p.

UNICEF, WHO. Diarrhoea: why children are still dying and what can be done. New York: Unicef, Geneva: WHO, 2009. 58 p.

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ANEXO 1 – FICHAS TÉCNICAS DOS INDICADORES

Nome do Indicador Taxa de internação por doenças diarreicas

Breve Descrição do

Indicador

Este indicador representa as internações hospitalares do SUS por doenças diarreicas

Unidade de Medida nº./100.000 hab.

Tipo de Indicador Saúde

Alcance O indicador mede o número de internações hospitalares do SUS por doenças diarreicas para cada 100 mil habitantes

Limitações do

indicador

Não são consideradas as internações em unidades hospitalares sem vínculo com o SUS, as quais podem concentrar atendimento em determinadas especialidades assistenciais, influenciando o padrão de atendimento no SUS. O sistema de informações utilizado pode não detectar inconsistências na classificação da causa de morbidade informada. A qualidade dos dados de morbidade depende das condições do sistema de vigilância epidemiológica para detectar, investigar e realizar testes específicos para a confirmação diagnóstica da doença. Podem ocorrer problemas de notificação em alguns locais, casos de pessoas que utilizam remédios caseiros ou automedicação e não procuram os postos de saúde ou hospitais, e dificuldades de acesso aos serviços de saúde para certos grupos populacionais, ou seja, provavelmente existem casos de diarreias que não são registrados. Também podem ocorrer casos que não chegam a demandar internações, porque são tratados em tempo. A causa de internação é a informada como o Diagnóstico Principal, definido como sendo o que motivou a internação. No decorrer desta, pode haver mudança no diagnóstico, nem sempre registrada no documento. Isto pode levar as distorções. Também pode haver imprecisões quanto ao local de moradia do paciente, o que influencia nos resultados.

Fórmula de Cálculo [nº. internações por diarreia/população total] *100.000

Definição das

variáveis que

compõem o indicador

Internações hospitalares do SUS por local de residência do paciente; população total residente.

Fonte (s) dos dados

Internações: Ministério da Saúde, DATASUS – Departamento de Informática do SUS, Dados da AIH – Autorização de Internação Hospitalar. População: IBGE, estimativas de população para 1º de julho de cada ano.

Periodicidade dos

dados

Anual

Período da série

histórica disponível 1995-2011

Informações

complementares

Internações: quantidade de AIHs pagas no período, não considerando as de prorrogação (longa permanência). As AIHs pagas são a quantidade de AIHs pagas no período, sendo que não estão computadas as rejeitadas.

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Nome do Indicador Internação por doenças diarreicas em menores de cinco

anos de idade

Breve Descrição do Indicador

O indicador representa a parcela das internações hospitalares por doenças diarreicas que corresponde as crianças menores de 5

anos de idade

Unidade de Medida %

Tipo de Indicador Saúde

Alcance

Proporção das internações hospitalares por doenças diarreicas em menores de cinco anos de idade em relação ao número total de internações por diarreias

Limitações do indicador

Não são consideradas as internações em unidades hospitalares sem vínculo com o SUS, as quais podem concentrar atendimento em determinadas especialidades assistenciais, influenciando o padrão de atendimento no SUS. O sistema de informações utilizado pode não detectar inconsistências na classificação da causa de morbidade informada. A qualidade dos dados de morbidade depende das condições do sistema de vigilância epidemiológica para detectar, investigar e realizar testes específicos para a confirmação diagnóstica da doença. Podem ocorrer problemas de notificação em alguns locais, casos de pessoas que utilizam remédios caseiros ou automedicação e não procuram os postos de saúde ou hospitais, e dificuldades de acesso aos serviços de saúde para certos grupos populacionais, ou seja, provavelmente existem casos de diarreias que não são registrados. Também podem ocorrer casos que não chegam a demandar internações, porque são tratados em tempo. A causa de internação é a informada como o Diagnóstico Principal, definido como sendo o que motivou a internação. No decorrer desta, pode haver mudança no diagnóstico, nem sempre registrada no documento. Isto pode levar as distorções. Também pode haver imprecisões quanto ao local de moradia do paciente, o que influencia nos resultados.

Fórmula de Cálculo do Indicador [nº. internações por diarreia em menores de 5 anos/n.º total de

internações por diarreia] *100

Definição das variáveis que compõem

o indicador

Número de internações hospitalares do SUS por diarreia por local de residência do paciente em menores de 5 anos de idade e

número total de internações hospitalares do SUS por diarreia por local de residência do paciente

Fonte (s) dos dados

Ministério da Saúde, DATASUS – Departamento de Informática do SUS, Dados da AIH – Autorização de Internação Hospitalar.

Periodicidade dos dados Anual

Período da série histórica disponível 1995-2011

Informações complementares

Internações: quantidade de AIHs pagas no período, não considerando as de prorrogação (longa permanência). As AIHs pagas são a quantidade de AIHs pagas no período, sendo que não estão computadas as rejeitadas.

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Nome do Indicador Internação por doenças diarreicas em idosos

Breve Descrição do Indicador O indicador representa a parcela das internações hospitalares por

doenças diarreicas que corresponde aos idosos

Unidade de Medida %

Tipo de Indicador Saúde

Alcance

Proporção das internações hospitalares por doenças diarreicas em idosos em relação ao número total de internações por diarreias

Limitações do indicador

Não são consideradas as internações em unidades hospitalares sem vínculo com o SUS, as quais podem concentrar atendimento em determinadas especialidades assistenciais, influenciando o padrão de atendimento no SUS. O sistema de informações utilizado pode não detectar inconsistências na classificação da causa de morbidade informada. A qualidade dos dados de morbidade depende das condições do sistema de vigilância epidemiológica para detectar, investigar e realizar testes específicos para a confirmação diagnóstica da doença. Podem ocorrer problemas de notificação em alguns locais, casos de pessoas que utilizam remédios caseiros ou automedicação e não procuram os postos de saúde ou hospitais, e dificuldades de acesso aos serviços de saúde para certos grupos populacionais, ou seja, provavelmente existem casos de diarreias que não são registrados. Também podem ocorrer casos que não chegam a demandar internações, porque são tratados em tempo. A causa de internação é a informada como o Diagnóstico Principal, definido como sendo o que motivou a internação. No decorrer desta, pode haver mudança no diagnóstico, nem sempre registrada no documento. Isto pode levar as distorções. Também pode haver imprecisões quanto ao local de moradia do paciente, o que influencia nos resultados.

Fórmula de Cálculo do Indicador [nº. internações por diarreia em idosos/n.º total de internações por

diarreia] *100

Definição das variáveis que compõem

o indicador

Número de internações hospitalares do SUS por diarreia por local de residência do paciente em maiores de 60 anos de idade e

número total de internações hospitalares do SUS por diarreia por local de residência do paciente

Fonte (s) dos dados

Ministério da Saúde, DATASUS – Departamento de Informática do SUS, Dados da AIH – Autorização de Internação Hospitalar.

Periodicidade dos dados Anual

Período da série histórica disponível 1995-2011

Informações complementares

Internações: quantidade de AIHs pagas no período, não considerando as de prorrogação (longa permanência). As AIHs pagas são a quantidade de AIHs pagas no período, sendo que não estão computadas as rejeitadas.

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Nome do Indicador Taxa de mortalidade por doenças diarreicas

Breve Descrição do Indicador Este indicador representa os óbitos hospitalares por doenças diarreicas

Unidade de Medida Nº/100.000 hab.

Tipo de Indicador Saúde

Alcance

O indicador mede o número de óbitos hospitalares do SUS por doenças diarreicas para cada 100 mil

habitantes

Limitações do indicador

As bases de dados nacionais sobre mortalidade apresentam uma cobertura insatisfatória em vários municípios, havendo subenumeração de óbitos nas regiões Norte e Nordeste. Também pode haver imprecisões quanto ao local de moradia do paciente, o que influencia nos resultados.

Fórmula de Cálculo do Indicador [n.º óbitos por diarreia/população total] * 100.000

Definição das variáveis que compõem o

indicador

Número de óbitos hospitalares por diarreia por local de residência do paciente; população total residente

Fonte (s) dos dados

Óbitos: Ministério da Saúde, DATASUS – Departamento de Informática do SUS, Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM. População: IBGE, estimativas de população para 1º de julho de cada ano.

Periodicidade dos dados Anual

Período da série histórica disponível 1995-2011

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Nome do Indicador Gasto com Internação por Diarreias

Breve Descrição do Indicador Gasto com internação hospitalar no Sistema Único de

Saúde (SUS) por doenças diarreicas por 100 mil habitantes

Unidade de Medida R$/100.000 hab.

Tipo de Indicador Saúde

Alcance

O indicador expressa o valor de recursos despendidos pelo SUS na prestação de atendimento hospitalar, com doenças diarreicas, a partir das Autorizações para Internação Hospitalar (AIH), para uma população de 100 mil habitantes.

Limitações do indicador

A causa de internação é a informada como o Diagnóstico Principal, definido como sendo o que motivou a internação. No decorrer desta, pode haver mudança no diagnóstico, nem sempre registrada no documento. Isto pode levar as distorções.

Fórmula de Cálculo do Indicador [Gasto com internação hospitalar por diarreia/população

total residente] *100.000

Definição das variáveis que compõem o

indicador

Gasto com internação hospitalar no SUS por doenças diarreicas e população total residente

Fonte (s) dos dados

Gasto com internação: Ministério da Saúde, DATASUS – Departamento de Informática do SUS;

População: IBGE, estimativas de população para 1º de Julho de cada ano.

Periodicidade dos dados Anual

Período da série histórica disponível 1995-2011

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Nome do Indicador Esgotamento Sanitário Inadequado

Breve Descrição do Indicador Proporção de domicílios com esgotamento sanitário

inadequado

Unidade de Medida %

Tipo de Indicador Saneamento Básico

Alcance

O indicador mede a proporção dos domicílios com esgotamento sanitário inadequado em relação ao total de domicílios.

Limitações do indicador

A informação é obtida por declaração do morador do domicílio analisado. Parte dos informantes desconhece para onde vão os esgotos produzidos em seu domicílio. O informante pode declarar possuir fossa séptica e na realidade ser fossa rudimentar, que entraria na categoria do esgotamento inadequado. Sendo assim, os dados podem estar subenumerados ou superenumerados.

Fórmula de Cálculo do Indicador [nº. de domicílios com esgotamento sanitário inadequado/nº. total de domicílios] * 100

Definição das variáveis que compõem o

indicador

Número total de domicílios particulares permanentes e número total de domicílios com esgotamento sanitário inadequado (fossa rudimentar e destino do esgoto para vala, rio, lago ou mar)

Fonte (s) dos dados IBGE, Censo Demográfico 2010

Periodicidade dos dados Decenal

Período da série histórica disponível 1991, 2000 e 2010

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Nome do Indicador Domicílios sem banheiro

Breve Descrição do Indicador Proporção de domicílios sem banheiro

Unidade de Medida %

Tipo de Indicador Saneamento Básico

Alcance

O indicador mede a proporção dos domicílios sem banheiro em relação ao total de domicílios.

Limitações do indicador Não verificadas

Fórmula de Cálculo do Indicador [nº. de domicílios sem banheiro/nº. total de domicílios

particulares permanentes] * 100

Definição das variáveis que compõem o

indicador

Número total de domicílios particulares permanentes e número total de domicílios sem banheiro

Fonte (s) dos dados IBGE, Censo Demográfico 2010

Periodicidade dos dados decenal

Período da série histórica disponível 1991, 2000 e 2010

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Nome do Indicador Índice de Atendimento Total de Esgoto

Breve Descrição do Indicador Representa a proporção da população que é atendida

com os serviços de coleta de esgoto

Unidade de Medida %

Tipo de Indicador Saneamento Básico

Alcance

Proporção da população atendida com serviço de coleta de esgoto em relação ao total da população

Limitações do indicador

A população atendida com coleta de esgoto é estimada pelo próprio prestador de serviços. Para a estimativa ele usa o produto da quantidade de economias residenciais ativas de esgoto (zonas rural e urbana), multiplicada pelo número médio de habitantes por domicílio do respectivo município, obtido no último Censo ou Contagem da População. O caráter voluntário da informação fornecida também é um fator que afeta a qualidade do dado e dificulta a comparação entre municípios.

Fórmula de Cálculo do Indicador [população atendida com coleta de esgoto/população

total residente]*100

Definição das variáveis que compõem o

indicador

• População total atendida com coleta de esgoto: valor da soma das populações urbana e rural – sedes municipais e localidades atendidas com coleta de esgoto pelo prestador de serviços, no último dia do ano de referência. • População total residente

Fonte (s) dos dados Ministério das Cidades, SNIS – Sistema Nacional de

Informações sobre Saneamento

Periodicidade dos dados Anual

Período da série histórica disponível 1995-2010

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Nome do Indicador Índice de Esgoto Tratado Referido a Água Consumida

Breve Descrição do Indicador Representa a proporção do esgoto tratado em relação a água

consumida

Unidade de Medida %

Tipo de Indicador Saneamento Básico

Alcance O indicador mede a parcela do esgoto que é tratado

Limitações do indicador

O caráter voluntário da informação fornecida pelas empresas prestadoras de serviços faz que alguns municípios não tenham informação.

Fórmula de Cálculo do Indicador

Volume de esgoto tratado + volume de esgoto bruto exportado tratado ns instalações do importador/(volume de água consumido – volume de água tratada exportado) * 100

Definição das variáveis que compõem o

indicador

• Volume de esgoto tratado (volume anual de esgoto submetido a tratamento, medido ou estimado na entrada da ETE) • Volume de esgoto bruto exportado tratado nas instalações do importador • Volume de água consumido • Volume de água tratada exportado

Fonte (s) dos dados Ministério das Cidades, SNIS – Sistema Nacional de

Informações sobre Saneamento

Periodicidade dos dados Anual

Período da série histórica disponível 1995-2010