ANEXO VII ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA E...
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CECONFI/2018
ANEXO VII – ESTUDO DE VIABILIDADE
ECONÔMICA E FINANCEIRA
CENTRO DE CONVENÇÕES DE FOZ DO IGUAÇU
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MUNICÍPIO DE FOZ DO IGUAÇU
Francisco Lacerda Brasileiro
Prefeito Municipal
Gilmar Antonio Piolla
Secretário Municipal de Turismo, Indústria, Comércio e Projetos Estratégicos.
Fouad Hamad Mehanna
Diretoria de Captação de Investimentos
Anderson Augusto de Freitas Kobus
Diretor Presidente - CECONFI
Elaboração e Responsabilidade Técnica:
José Borges Bomfim Filho - CORECON Nº 5.871-8
Colaboradores:
Carlos Alberto D’Azevedo Carneiro Neto
Leandro Vandré Heineck
Lourenço Kurten
Ramiciely Carlessi
Zenecides Simonetto
Keila Cristina Lima
Apoio:
SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
Instituto Polo Internacional Iguassu - Núcleo de Projetos
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO --------------------------------------------------------------------------- 7
2. O CENTRO DE CONVENÇÕES DE FOZ DO IGUAÇU ---------------------- 09
2.1. A PROPRIEDADE DO CENTRO DE CONVENÇÕES ------------------------------------------------------------------- 10 2.2. AS CARACTERÍSTICAS E DADOS DO CENTRO DE CONVENÇÕES ---------------------------------------------- 111
2.3. A EXPLORAÇÃO COMERCIAL PELA INICIATIVA PRIVADA ------------------------------------------------------- 13
2.4. O MODELO DE OUTORGA À INICIATIVA PRIVADA ---------------------------------------------------------------- 14
2.5. OS OBJETIVOS DA OUTORGA ------------------------------------------------------------------------------------------ 15
3. O CONTEXTO DA INDÚSTRIA DE EVENTOS -------------------------------- 16
3.1. A INDÚSTRIA DE EVENTOS --------------------------------------------------------------------------------------------- 16 3.2. OS FATORES DE RISCO DO PROJETO --------------------------------------------------------------------------------- 19
3.3. OS FATORES DE SUCESSO DO PROJETO ------------------------------------------------------------------------------ 20
4. A CADEIA PRODUTIVA DA INDÚSTRIA DE EVENTOS ------------------- 22
4.1 PARTICIPANTES DA CADEIA DE VALORES DA INDÚSTRIA DE EVENTOS --------------------------------------- 22
5. COMPORTAMENTO DO MERCADO DE EVENTOS ------------------------ 24
5.1. O MERCADO DE EVENTOS INTERNACIONAIS ----------------------------------------------------------------------- 24
5.2. O MERCADO DE EVENTOS NACIONAIS ------------------------------------------------------------------------------ 26
5.3. O MERCADO DE EVENTOS LOCAIS ----------------------------------------------------------------------------------- 29
5.4. O COMPORTAMENTO DA OFERTA ------------------------------------------------------------------------------------ 31
5.5. O COMPORTAMENTO DA DEMANDA --------------------------------------------------------------------------------- 32
5.6. O TURISMO COMO INDUTOR DA DEMANDA POR EVENTOS ------------------------------------------------------ 33
6. O NEGÓCIO DE EVENTOS E SUAS PECULIARIDADES ------------------- 38
6.1. RIVALIDADE ENTRE OS CONCORRENTES ---------------------------------------------------------------------------- 38 6.2. PODER DE NEGOCIAÇÃO DOS CLIENTES ----------------------------------------------------------------------------- 39
6.3. PODER DE NEGOCIAÇÃO DOS FORNECEDORES --------------------------------------------------------------------- 39
6.4. AMEAÇA DE ENTRADA DE NOVOS CONCORRENTES -------------------------------------------------------------- 39
6.5. AMEAÇA DE PRODUTOS SUBSTITUTOS ------------------------------------------------------------------------------- 39
7. O EMPREENDIMENTO -------------------------------------------------------------- 41
7.1. A LOCALIZAÇÃO DO CENTRO DE CONVENÇÕES ------------------------------------------------------------------- 41
7.2. A OPORTUNIDADE DO EMPREENDIMENTO -------------------------------------------------------------------------- 45
7.3. A DISPOSIÇÃO DA SOCIEDADE EM RELAÇÃO À CONCESSÃO---------------------------------------------------- 46
7.4. O VALOR DE OUTORGA PARA CONCESSÃO ------------------------------------------------------------------------ 51
8. ASPECTOS OPERACIONAIS ------------------------------------------------------- 53
8.1. AS EXIGÊNCIAS MÍNIMAS DA CONCESSÃO ------------------------------------------------------------------------- 53
8.2. A ESTRUTURA BÁSICA DE CUSTOS ----------------------------------------------------------------------------------- 55
8.3. A FORMAÇÃO DOS PREÇOS DO MERCADO -------------------------------------------------------------------------- 57
8.4. A FORMAÇÃO DOS PREÇOS IMPLÍCITOS ----------------------------------------------------------------------------- 57
8.5. ESTRATÉGIAS COMERCIAIS POSSÍVEIS ------------------------------------------------------------------------------ 57
9. PROJEÇÕES ECONÔMICAS E FINANCEIRAS ------------------------------- 58
9.1. AS PREMISSAS BÁSICAS ADOTADAS --------------------------------------------------------------------------------- 58
9.2. AS ESTIMATIVAS DE VENDAS ----------------------------------------------------------------------------------------- 60
9.3. AS ESTIMATIVAS DE RESULTADOS ----------------------------------------------------------------------------------- 62
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9.4 AS ESTIMATIVAS DE FLUXOS DE CAIXA ----------------------------------------------------------------------------- 64
9.5. AS ESTIMATIVAS DE VALOR ADICIONADO ------------------------------------------------------------------------- 66
9.6. AS ESTIMATIVAS DE PONTO DE EQUILÍBRIO DO NEGÓCIO ------------------------------------------------------ 68
10. INDICADORES DA VIABILIDADE DO NEGÓCIO -------------------------- 70
10.1. METODOLOGIAS DOS ÍNDICES DE VIABILIDADE ----------------------------------------------------------------- 70
10.2. ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA -------------------------------------------------------- 71
11. OS RESULTADOS DECORRENTES DA CONCESSÃO -------------------- 73
11.1. PREMISSAS PARA OS RESULTADOS --------------------------------------------------------------------------------- 74
12. AS EXIGÊNCIAS PARA A VIABILIDADE ------------------------------------- 75
12.1. AS PRÁTICAS DE GESTÃO --------------------------------------------------------------------------------------------- 75
12.2. A GOVERNANÇA CORPORATIVA ------------------------------------------------------------------------------------ 75
12.3. AS ESTRATÉGIAS ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 75
12.4. O MARKETING E A COMUNICAÇÃO --------------------------------------------------------------------------------- 75
12.5. A INOVAÇÃO DE PROCESSOS, PRODUTOS E SERVIÇOS ---------------------------------------------------------- 75
12.6. A SUSTENTABILIDADE DO NEGÓCIO ------------------------------------------------------------------------------- 75
12.7. A RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL -------------------------------------------------------------------- 75
13. AS CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES FINAIS -------------------- 77
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LISTA DE QUADROS
QUADRO 1 – EVOLUÇÃO DA ESTRUTURA DE CAPITAL DO CENTRO DE CONVENÇÕES DE FOZ DO IGUAÇU ----------------------------------- 10
QUADRO 2 – SITUAÇÃO DO PÓRTICO DE ENTRADA ------------------------------------------------------------------------------------------------ 11
QUADRO 3 – SITUAÇÃO DO ESTACIONAMENTO ---------------------------------------------------------------------------------------------------- 11
QUADRO 4 – SITUAÇÃO DOS ESPAÇOS PARA REALIZAÇÃO DE FEIRAS, EXPOSIÇÕES, SHOWS E EVENTOS. ----------------------------------- 11
QUADRO 5 – IMPACTOS GERADOS PELA INDÚSTRIA DE EVENTOS NO BRASIL – 2001 A 2013 ------------------------------------------------- 18
QUADRO 6 – PARTICIPAÇÃO DO BRASIL EM EVENTOS INTERNACIONAIS ------------------------------------------------------------------------ 24
QUADRO 7 – DESLOCAMENTOS DA DEMANDA POR EVENTOS NO BRASIL ----------------------------------------------------------------------- 28
QUADRO 8 – PARTICIPAÇÃO DA OFERTA DE ESPAÇOS DE FOZ DO IGUAÇU ---------------------------------------------------------------------- 29
QUADRO 9 – ESTIMATIVA DO NÚMERO DE EVENTOS EM FOZ DO IGUAÇU ----------------------------------------------------------------------- 29
QUADRO 10 – ESTIMATIVA DO NÚMERO DE PARTICIPANTES EM EVENTOS EM FOZ DO IGUAÇU ---------------------------------------------- 30
QUADRO 11 – ESTIMATIVA DA RECEITA DE EVENTOS EM FOZ DO IGUAÇU --------------------------------------------------------------------- 31
QUADRO 12 – OFERTA DOS MEIOS DE ALIMENTAÇÃO -------------------------------------------------------------------------------------------- 33
QUADRO 13 – FORMAS DE GERENCIAMENTO ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 33
QUADRO 14 – OPORTUNIDADES ESPECIAIS DE COMPRAS ----------------------------------------------------------------------------------------- 34
QUADRO 15 – OPORTUNIDADE DE LAZER E ENTRETENIMENTO ---------------------------------------------------------------------------------- 34
QUADRO 16 – SENSIBILIDADE DO CONSUMIDOR DO TURISMO EM RELAÇÃO À RENDA -------------------------------------------------------- 35
QUADRO 17 – ORIGEM DO PÚBLICO ALVO INTERNO ---------------------------------------------------------------------------------------------- 36
QUADRO 18 – ORIGEM DO PUBLICO ALVO EXTERNO---------------------------------------------------------------------------------------------- 36
QUADRO 19 – DISTÂNCIA DAS PRINCIPAIS CIDADES ---------------------------------------------------------------------------------------------- 43
QUADRO 20 – DISTÂNCIA DOS ATRATIVOS DO CENTRO DA CIDADE ----------------------------------------------------------------------------- 45
QUADRO 21 – ÁREA DISPONÍVEL PARA EXPOSIÇÕES E EVENTOS -------------------------------------------------------------------------------- 46
QUADRO 22 – PRINCIPAIS RAZÕES DO TRADE EM SER A FAVOR DA CONCESSÃO DO CENTRO DE CONVENÇÕES ---------------------------- 47
QUADRO 23 – PRINCIPAIS RAZÕES DO TRADE EM SER CONTRA A CONCESSÃO DO CENTRO DE CONVENÇÕES ------------------------------ 48
QUADRO 24 – DISPOSIÇÃO MÉDIA A PAGAR DA SOCIEDADE PELOS EVENTOS ------------------------------------------------------------------ 49
QUADRO 25 – PREÇOS MÉDIOS PRATICADOS PELA INDÚSTRIA NACIONAL DE EVENTOS POR ASSENTO/DIA EM 2013 --------------------- 49
QUADRO 26– PREÇOS MÉDIOS PRATICADOS PELA INDÚSTRIA NACIONAL DE EVENTOS EM 2013 -------------------------------------------- 50
QUADRO 27 – PERFIL DOS ENTREVISTADOS, TEMAS E POSICIONAMENTOS. --------------------------------------------------------------------- 50
QUADRO 28 – VALOR DE OUTORGA MÍNIMO ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 51
QUADRO 29 – USOS E FONTES DE RECURSOS------------------------------------------------------------------------------------------------------- 53
QUADRO 30 – CAPEX – DETALHAMENTO DOS USOS --------------------------------------------------------------------------------------------- 54
QUADRO 31 – CRONOGRAMA DE INVESTIMENTOS ------------------------------------------------------------------------------------------------- 55
QUADRO 32 – OPEX – ESTRUTURA DE CUSTOS OPERACIONAIS – R$/1000 -------------------------------------------------------------------- 56
QUADRO 33 – PREMISSAS BÁSICA ADOTADAS ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 58
QUADRO 34 – PROJEÇÕES DE VENDAS ANUAIS – EM R$/1000 ----------------------------------------------------------------------------------- 61
QUADRO 35 – PROJEÇÕES DE RESULTADOS ANUAIS – EM R$/1000 ----------------------------------------------------------------------------- 63
QUADRO 36 – PROJEÇÕES DE FLUXOS DE CAIXAS ANUAIS – EM R$/1000 ---------------------------------------------------------------------- 65
QUADRO 37 – PROJEÇÕES DE VALORES ADICIONADOS ANUAIS – EM R$/1000 ----------------------------------------------------------------- 67
QUADRO 38 – PONTO DE EQUILÍBRIO ANUAL – EM R$/1000 ------------------------------------------------------------------------------------- 69
QUADRO 39 – METODOLOGIAS DE CÁLCULO DOS INDICADORES --------------------------------------------------------------------------------- 70
QUADRO 40 – INDICADORES DA VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA --------------------------------------------------------------------- 71
QUADRO 41 – BENEFÍCIOS DECORRENTES DA CONCESSÃO DO CENTRO DE CONVENÇÕES – R$/1000 --------------------------------------- 73
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LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – EXPECTATIVAS DE MERCADO -------------------------------------------------------------------------------------------- 16
FIGURA 2 – NUMERO DE EVENTOS REALIZADOS NO BRASIL – 2013 -------------------------------------------------------------- 17
FIGURA 3 – NUMERO DE PARTICIPANTES EM EVENTOS – 2013 -------------------------------------------------------------------- 17
FIGURA 4 – CADEIA PRODUTIVA DA INDÚSTRIA DE EVENTOS --------------------------------------------------------------------- 22
FIGURA 5 – PRINCIPAIS AGENTES QUE COMPÕEM A INDÚSTRIA DE EVENTOS -------------------------------------------------- 23
FIGURA 6 – PARTICIPAÇÃO HISTÓRICA DO BRASIL NOS EVENTOS INTERNACIONAIS ------------------------------------------ 25
FIGURA 7 – PARTICIPAÇÃO DE FOZ DO IGUAÇU EM EVENTOS INTERNACIONAIS ------------------------------------------------ 26
FIGURA 8 – TENDÊNCIA DO NÚMERO DE EVENTOS EM GERAL -------------------------------------------------------------------- 27
FIGURA 9 – TENDÊNCIA DO NÚMERO DE PARTICIPANTES EM EVENTOS EM GERAL -------------------------------------------- 27
FIGURA 10 - TENDÊNCIA DA RECEITA GERADA PELA INDÚSTRIA DE EVENTOS NACIONAL ----------------------------------- 28
FIGURA 11 - MÉDIA ANUAL DA PARTICIPAÇÃO PERCENTUAL INTERNA --------------------------------------------------------- 36
FIGURA 12 - MÉDIA ANUAL DA PARTICIPAÇÃO PERCENTUAL EXTERNA -------------------------------------------------------- 37
FIGURA 13 - MÉDIA ANUAL DA PARTICIPAÇÃO PERCENTUAL DA ORIGEM ------------------------------------------------------ 37
FIGURA 14 – FORÇAS COMPETITIVAS SEGUNDO PORTER (2008) ------------------------------------------------------------------ 38
FIGURA 15 – ÁREA DO CENTRO DE CONVENÇÕES ----------------------------------------------------------------------------------- 41
FIGURA 15.A – ÁREA DO CENTRO DE CONVENÇÕES -------------------------------------------------------------------------------- 42
FIGURA 16 – PROXIMIDADE DAS GRANDES AGLOMERAÇÕES HUMANAS -------------------------------------------------------- 43
FIGURA 17 – PROXIMIDADE DOS LOCAIS IMPORTANTES ---------------------------------------------------------------------------- 44
FIGURA 18 – POSIÇÃO DOS ENTREVISTADOS DO TRADE TURÍSTICO EM RELAÇÃO À CONCESSÃO --------------------------- 46
FIGURA 19 – POSIÇÃO DOS ENTREVISTADOS DA SOCIEDADE EM RELAÇÃO À CONCESSÃO ----------------------------------- 48
FIGURA 20 – REPRESENTAÇÃO DO PONTO DE EQUILÍBRIO ------------------------------------------------------------------------- 68
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1. INTRODUÇÃO
Os grandes eventos realizados nos últimos anos no Brasil, como a copa do mundo e outros
eventos culturais, deram ao país grande visibilidade internacional, revelando que o mesmo tem
grandes atrativos, vasto acervo cultural, diversidade de folclore, gastronomia variada entre outros.
Também é visível que o país dispõe de infraestrutura para sediar grandes eventos
internacionais, gerando divisas importantes e benefícios em termos de emprego e renda para a
população.
O Brasileiro é um povo receptivo por natureza, que vem se preparando cada vez mais para
receber pessoas de outras regiões do mundo e se especializando em turismo e eventos.
Segundo dados da ABEOC – Associação Brasileira de Empresas de Eventos, o mercado de
eventos vem crescendo em média 14% ao ano, na última década. A mesma entidade realizou, em
2013, pesquisa que revelou que o segmento de eventos no Brasil movimentou R$ 209,2 bilhões
em 2013, representando uma participação de 4,32% do PIB, decorrente de um número de 590 mil
eventos realizados, sendo que 95% deles foram nacionais. Estas quantidades de eventos tiveram a
participação de 202,2 milhões de pessoas as quais gastaram, em média, R$ 161,80 por dia. A
receita das empresas organizadoras de eventos, segundo a ABEOC, cresceu entre 2001 e 2013, 18
vezes e as mesmas lucraram R$ 59 bilhões.
Este crescimento reflete a postura dos empreendedores que assumiram, nos últimos anos,
uma posição de vanguarda no setor de eventos, introduzindo inovações importantes e grande
capacitação de pessoas.
No Paraná, Foz do Iguaçu se destaca como um destino consolidado para eventos, pois
alinha infraestrutura de espaços a oferta hoteleira ampla e diversificada a existência de atrativos
naturais de renome internacional. Além de oportunizar aos participantes as possibilidades de
compras. Ou seja, oferece aos participantes de eventos a combinação de trabalho com atrativos
turísticos que não existem em outros centros.
Foz do Iguaçu tem o privilégio de estar localizada próximo aos grandes centros emissivos
da demanda por eventos, ao mesmo tempo em que é uma cidade turística que se localiza na
fronteira com outros dois países.
A partir de uma visão geral sobre o desempenho da Indústria de Eventos, este estudo tem
como propósito demonstrar se ha ou não viabilidade da concessão do Centro de Convenções de
Foz do Iguaçu. Para tanto trata dos seguintes aspectos: a concessão do Centro de Convenções
enquanto objeto do estudo, o contexto geral da indústria de eventos, a cadeia produtiva da
indústria de eventos, o comportamento do mercado de eventos, as peculiaridades do negócio de
eventos, o empreendimento, a operacionalização, as projeções econômicas e financeiras, os
indicadores de viabilidade, os resultados esperados na concessão, as exigências da viabilidade e as
considerações finais.
O estudo adota abordagem da avaliação econômica a preços de mercado, onde são
elaboradas projeções e calculados os indicadores com base nos parâmetros médios do setor.
Porém, de certa forma, se considerou a disposição da população a pagar pelos serviços que
venham a ser ofertados.
O objeto da concessão é “o planejamento, a implementação e a operação do Centro de
Convenções de Foz do Iguaçu, e das áreas adjacentes, visando à realização de eventos e à
instalação de equipamentos de apoio, inclusive hotelaria”.
Com base no objeto da licitação acima definimos como objeto deste trabalho a verificar a
Viabilidade Econômica e Financeira ou não da Concessão do Espaço Público “Centro de
Convenções de Foz do Iguaçu”. Tendo como objetivos principais os seguintes:
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a) Verificar a Viabilidade Econômica e Financeira ou não da concessão do Espaço Público
em questão;
b) Avaliar os resultados que serão alcançados se são, de fato, compensatórios e, se estão
em conformidade com os interesses públicos; e
c) Identificar e descrever as exigências para a Viabilidade Econômica e Financeira do
empreendimento.
Diante do exposto, o estudo parte da hipótese de que se trata de um empreendimento
viável, cujos resultados se conformam com os interesses públicos, como se demonstra a seguir.
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2. O CENTRO DE CONVENÇÕES DE FOZ DO IGUAÇU
O Centro de Convenções de Foz do Iguaçu compreende um projeto de dimensões
econômicas e sociais de grande abrangência.
Iniciado em 14 de julho de 1986, sob a denominação Companhia Foz do Iguaçu de
Turismo (CONFOZTUR), criada com a finalidade de edificar um centro de convenções em Foz do
Iguaçu, bem como administrar e explorar comercialmente o equipamento, posteriormente sofreu
modificação em sua razão social, tendo à sociedade anônima de economia mista recebido a
nomenclatura de Centro de Convenções de Foz do Iguaçu S/A - CECONFI.
Planejado para receber eventos de diversos formatos, portes e níveis de exigências, o
Centro de Convenções tem apresentado desde o princípio um histórico de subaproveitamento do
seu real potencial mercadológico. Transcorridos 27 anos desde a constituição do CECONFI, as
obras de construção do Centro de Convenções ainda não foram plenamente concluídas.
Contando com um quadro de funcionários exíguo, mormente voltado para a execução das
demandas jurídico-contábeis, atualmente a organização sequer dispõe de um profissional atuando
na captação de eventos.
Tendo na Prefeitura do Município de Foz do Iguaçu o ente responsável por sua
manutenção econômica, a administração do Centro de Convenções não apresenta um plano
estratégico com os objetivos e metas perseguidos pela organização.
Embora o art. 3º do estatuto do CECONFI defina que este tem por objeto a construção,
administração e exploração do Centro de Convenções de Foz do Iguaçu, não existem conceitos
definidos sobre sua visão, missão e valores, acarretando, por exemplo, o desconhecimento sobre
as reais diferenças do produto ofertado em relação àqueles vendidos por outros players do
contexto local e nacional. Grosso modo, a percepção existente não ultrapassa a noção de que o
Centro de Convenções oferece uma estrutura de porte maior do que os demais concorrentes.
Tais carências, inevitavelmente contribuem para a pouca expressividade do Centro de
Convenções no cenário de eventos local, fazendo com que as receitas advindas da locação do
equipamento sejam insuficientes para desonerar a Prefeitura do Município de Foz do Iguaçu,
principal acionista do Centro de Convenções, do ônus econômico necessário para a manutenção da
estrutura física e organizacional.
Ao contextualizar o Centro de Convenções, o que se apresenta é um reduzido número de
eventos realizados e um baixo índice anual de ocupação do equipamento, em profundo
descompasso com outros espaços de eventos locais. Têm-se um equipamento com potencial para
receber grandes eventos e operar em escala internacional, mas que está inoperante, contrariando
até mesmo o histórico mais recente da atividade turística no município de Foz do Iguaçu.
Vale evidenciar que na metade da década de 2000, quando preocupados com o cenário de
redução da demanda turística no destino, em oposição à tendência de retomada do crescimento
econômico brasileiro, que dentre outros efeitos aumentava o poder aquisitivo da população e
favorecia o consumo, as lideranças do setor turístico de Foz do Iguaçu buscaram estabelecer
mecanismos capazes de estimular o crescimento econômico local.
Com isso, em 2007 foi posto em prática um novo modelo de gestão dos interesses do
turismo no destino, denominado Gestão Integrada do Destino Iguaçu. Os atores locais, de forma
colegiada, passaram a adotar diretrizes comuns para o desenvolvimento turístico. Nesse processo o
destino obteve, dentre outros, os seguintes ganhos:
a) Ampliação no número de voos regulares para Foz do Iguaçu, possibilitando um
aumento contínuo e consistente do número de turistas, fazendo com que o Aeroporto
Internacional Foz do Iguaçu/Cataratas passasse de 6 voos diários em 2006 para uma
média diária de 40 operações diárias, entre pousos e decolagens, em 2016, com volume
de passageiros chegando na casa de 2,1 milhões de pessoas em 2016;
b) Aumento do fluxo turístico na região. A visitação no Parque Nacional do Iguaçu passou
de 1.055.433 pessoas em 2007 para o número recorde de 1.642.093 visitantes em 2015,
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não tendo tal fluxo sido inferior a casa de um milhão de pessoas nem mesmo em 2009
quando a Europa, principal emissor fora da América do Sul, passou a sentir os efeitos da
crise econômica iniciada nos Estados Unidos no ano anterior;
c) Maior exposição do destino na mídia nacional e internacional, mediante ações como a
Campanha Vote Cataratas, que de forma exitosa contribuiu para que a Cataratas do
Iguaçu fosse escolhida uma das Sete Novas Maravilhas da Natureza; e
d) Consolidação da imagem de Foz do Iguaçu como destino de lazer, sendo no Brasil o
segundo destino mais procurado por turistas estrangeiros em busca de lazer.
No âmbito nacional, entre os anos de 2004 e 2012, conforme dados da EMBRATUR, o
mercado de eventos brasileiro apresentou crescimento de 390% na realização de eventos
internacionais.
O mesmo estudo apontou que Foz do Iguaçu, no ano de 2010, ocupou a oitava colocação
entre cidades brasileiras que mais sediaram eventos internacionais, com oito eventos realizados. Já
em 2012, conforme o relatório da International Congress and Convention Association (ICCA), o
destino havia alcançado o quarto posto entre as cidades brasileiras que mais recebem eventos
internacionais reconhecidos pela associação.
Com 16 eventos realizados, Foz do Iguaçu figurava atrás apenas de São Paulo, Rio de
Janeiro e Brasília, tendo subido 92 posições no ranking internacional de eventos, alcançando o
honroso 142º lugar, à frente de destinos como Miami nos Estados Unidos, em 241º, e Cannes na
França, na 286ª posição.
Apesar do contexto favorável, o Centro de Convenções não foi capaz de lograr grandes
benefícios. Quem despontou com grande vigor foi o segmento hoteleiro, destinando investimentos
de grande monta para o mercado de eventos local.
Estimulados pelo fortalecimento do destino, especialmente pelo crescimento dos índices de
ocupação na hotelaria, diversas organizações investiram na construção e reforma de espaços para
eventos. Dentre os principais investidores, podem ser citados as redes Bourbon Hotéis & Resorts,
Mabu Hotéis & Resorts, Slaviero Hotéis, Golden Tulip, bem como os hotéis Recanto Park
Thermas & Resort, Viale Cataratas, Tarobá Hotel e Rafain Palace Hotel & Convention Center.
2.1. A Propriedade do Centro de Convenções
O Centro de Convenções de Foz do Iguaçu tem como acionistas a Prefeitura do Município
de Foz do Iguaçu, a Paraná Turismo, o Fundo Geral de Turismo (FUNGETUR), assim como
outros quarenta e nove acionistas minoritários do setor privado.
Quadro 1 – Evolução da Estrutura de Capital do Centro de Convenções de Foz do Iguaçu
Os valores acima servem de referencia para uma compreensão da participação relativa dos
acionistas.
Ações %
Prefeitura do Município de Foz do Iguaçu (PMFI) 32.269.119 75,04%
Paraná Turismo 8.384.817 19,50%
Fundo Geral de Turismo (FUNGETUR) 2.241.798 5,21%
Iniciativa Privada 104.266 0,24%
TOTAIS 43.000.000 100,00%
Fonte: CECONFI/2018
ACIONISTAS2017
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2.2. As Características e Dados do Centro de Convenções
A análise situacional do Centro de Convenções demonstrou que ainda existem obras/etapas
inacabadas como “divisórias contempladas no projeto e que não foram feitas, climatizadores,
melhora do piso dos auditórios.” O custo estimado para a conclusão do centro de convenções em
2013, era de R$ 5,0 a 10,0 milhões.
Atualmente o Centro de Convenções esta preparado para realização de eventos como:
Formaturas, Convenções, Feiras e Outros. O Centro de Convenções conta com uma estrutura que
inclui 03 auditórios, 01 pavilhão de exposição, banheiros, estacionamentos coberto e aberto.
Pesquisa realizada pela SMTU em 2012 aponta que as condições atuais do Centro de Convenções
estão conforme apresentadas abaixo.
Quadro 2 – Situação do Pórtico de Entrada
PÓRTICO Comprimento (m) Largura (m) Altura (m) Área (m²) Capacidade Pax
Subsolo 1 57 12 4 684 ---
Fonte: SMTU/2013
O Pórtico de entrada dispõe de duas portarias laterais para acesso de veículos e pedestres,
além de oito catracas e duas áreas de bilheteria.
Quadro 3 – Situação do Estacionamento
ESTACIONAMENTO Comprimento (m) Largura (m) Altura (m) Área (m²) Capacidade vaga
Subsolo 1 78 32 2,5 2.558,13 122*
2 90 60 3,5 4.615,59 200
Fonte: SMTU/2013
A capacidade de vagas existente nos subsolos 1 e 2 é ampliada com a possibilidade de
estacionamento no entorno de todo o complexo para mais 700 veículos, incluindo área privativa
para serviços e carga e descarga, além de um estacionamento em frente ao Centro de Convenções
para mais de 3.000 veículos, que é explorado por empresa concessionária para prestação deste
serviço. (*90 vagas cobertas / 32 vagas descobertas)
Quadro 4 – Situação dos Espaços para Realização de Feiras, Exposições, Shows e Eventos
PAVILHÃO CATARATAS Comprimento (m) Largura (m) Altura (m) Área (m²) Capacidade Pax
Feiras, Shows e Exposição 138 90 8,3 10.256 4 pax / m²
Salas de Apoio
1 9 5,8 3,5 52,2 50
2 9 5,8 3,5 52,2 50
3 9 5,8 3,5 52,2 50
4 9 8,8 3,5 79,2 65
5 9 5,8 3,5 52,2 50
6 9 5,8 3,5 52,2 50
Cozinha / Lanchonete --- --- 3 / 3,5 395, 5 ---
Sanitários --- --- 2,6 108 26 + 94 = 120
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LARGO Comprimento (m) Largura (m) Altura (m) Área (m²) Capacidade Pax
NAIPI 24 15 4,5 360 4 pax / m²
TAROBÁ 24 24 6,24 576 4 pax / m²
Auditório do Largo Naipi 32,75 18,93* 4,5 620 235 Lugares
PAVILHÃO IGUASSU Comprimento (m) Largura (m) Altura (m) Área (m²) Capacidade Pax
Feiras, Exposição e Reuniões 96 37 4,5 3.500 5.100*
Sala de Apoio 8,8 5,6 2,8 49 20
Lanchonete --- --- 2,8 100 ---
Sanitários --- --- 2,6 120 20
AUDITÓRIO ITAIPU
BINACIONAL Comprimento (m) Largura (m) Altura (m) Área (m²) Capacidade Pax
Auditório Principal 93 37 4,8 3.500 5.040*
Palco 17 4,3 4 73** ---
Camarim 1 5,6 5,5 3,6 30,8 ---
Camarim 2 4 4 3,6 16 ---
Sala de Apoio 8,5 8,6 3,6 73,1 36
Sala VIP 5,9 4 3,6 23,6 ---
Sanitários 15 7,5 2,6 112,5 ---
Fonte: SMTU/2013
O Pavilhão Cataratas é o espaço de realização de feiras, exposição e shows. Os Largos
Naipi e Tarobá são formados pelo conjunto de praça central, onde está situado o Largo Naipi, com
auditório, e a varanda – Largo Tarobá.
No formato de espaço multiuso, oferece apoio tanto aos pavilhões como área de integração
para os serviços de coffee break, por dispor de uma estrutura de lanchonete, além de apoio para
shows com a montagem de camarote e área VIP. O Largo também permite acesso interno ao
auditório principal no piso superior. (*Largura Média)
O Pavilhão Iguassu utilizado para feiras e exposições, permite a montagem no formato em
auditório, comportando na área uma distribuição de onze salas para reuniões, palestras, workshops
e rodada de negócios, com aproveitamento simultâneo de uma sala com área total de 1.195m², seis
salas com área total de 225m² cada, duas com área total de 135m² cada, e duas de apoio, com área
total de 90 m², além de áreas de circulação de 385m² e 210m². (*formato de auditório)
O Auditório Itaipu Binacional dispõe de estrutura fixa de palco, camarins, Sala VIP, Sala
de Apoio, com auditório permanente com 2.500 poltronas, além de sanitários, e área útil para
montagem de salas para reuniões e workshops, dividida em 03 auditórios, respectivamente com as
seguintes áreas: 1.637.81m², 455.18m² e 429.03m². O espaço ainda dispõe de sistema de
refrigeração independente. (* formato de auditório / **área útil)
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O Centro de Convenções apresenta ainda, outras características técnicas de apoio a eventos
tais como:
a) Número de pontos de energia elétrica: vários – capacidade total de 2.700 kW para uso;
b) Tipo de corrente elétrica: 110 e 220 volts;
c) Vários pontos de água;
d) Existência de sistema de prevenção de incêndio/segurança;
e) Existência de banheiros externos para equipes de montagem;
f) Tipos de equipamentos e estrutura para portadores de necessidades especiais como
rampas e banheiros adaptados; e
g) Tipos de equipamentos e estrutura de telefonia móvel e internet como link de internet
por fibra ótica de 100 Mbps, sistema wireless distribuído pelo pavilhão.
2.3. A Exploração Comercial pela Iniciativa Pri vada
Realizado durante os meses de fevereiro março de 2013, a prospecção do mercado para o
Projeto de Destinação de Uso do Centro de Convenções de Foz do Iguaçu possibilitou confirmar
rapidamente a hipótese inicial de que uma exploração comercial pela iniciativa privada não apenas
é mercadologicamente viável, como existe grande interesse do setor privado em operar o
equipamento.
Iniciada a fase de consulta ao mercado, sobre as alternativas de uso do equipamento, foram
feitos levantamentos junto à ex-gestores do CECONFI e proprietários de empresas organizadoras
de eventos que estiveram envolvidos com a captação e realização de eventos no Centro de
Convenções de Foz do Iguaçu.
Conforme as declarações obtidas junto aos profissionais, identificou-se que o
equipamento possui alto grau de atratividade para a captação de eventos. Que sua localização
num destino como Foz do Iguaçu, com vasta rede hoteleira, serviços de receptivo turísticos bem
estruturados, profissionais qualificados para atuar no segmento de eventos, bem ainda a
proximidade com o Paraguai e a Argentina, contribuem positivamente para a captação de eventos
e convenções. Contudo, a necessidade de investimentos na modernização do Centro de
Convenções foi também destacada por estes profissionais.
Ainda que o Centro de Convenções possua dimensões mais amplas que aquelas ofertadas
pelos concorrentes locais, o equipamento padece da falta de divisórias nos principais pavilhões, o
que dificulta a divisão em espaços múltiplos e, a realização de eventos de menor porte
simultâneos, tendência atual no negócio.
Igualmente, foram prospectadas informações junto à Associação Brasileira de Centros de
Convenções e Feiras (ABRACCEF), entidade que congrega empreendimentos ou
estabelecimentos empresariais que ofertam espaços para eventos e serviços com estes correlatos.
Dentre as informações obtidas, foi destacado que a concessão ou terceirização de
equipamentos públicos à iniciativa privada têm sido uma tendência forte no mercado de eventos.
Que, mais além de uma maior dinâmica operacional em relação à administração pública desses
locais, a exploração comercial dos centros de convenções por empresas privadas especializadas
gera ganhos tanto no volume de eventos realizados, como na qualidade de operação dos espaços
de eventos.
Ao mesmo tempo, foi destacado que uma eventual operação do Centro de Convenções pela
iniciativa privada deve ser feita de modo integral, sem qualquer fracionamento dos serviços
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possíveis no espaço de eventos, pois a integralidade da operação é condição sine qua non para
a viabilidade do negócio. Outros cases de concessão ou terceirização de equipamentos públicos à iniciativa privada,
também foram estudados, dentre os quais podem ser destacados: o Expo Renault Barigui
localizado em Curitiba; o Centro de Exposições Imigrantes em São Paulo e Centro de Convenções
Riocentro, situado na cidade do Rio de Janeiro.
Do contato com o centro de convenções Expo Renault Barigui, resultou não apenas o
repasse de informações relevantes para o projeto, como a posterior visita do gestor do
empreendimento ao Centro de Convenções de Foz do Iguaçu, que ao realizar a inspeção do centro
de eventos local, destacou o explícito interesse do grupo econômico que representa em participar
de uma possível concorrência para exploração do equipamento.
O mesmo informou que em Curitiba, pela necessidade de construir não apenas obras
complementares, como reconstruir o espaço de eventos anteriormente existente, os investimentos
realizados chegaram à cifra de R$ 26 milhões. Extraoficialmente, o gestor destacou que dada à boa
conservação do Centro de Convenções, os investimentos não seriam inferiores à R$ 10 milhões na
modernização do espaço de eventos.
No que diz respeito ao Centro de Exposições Imigrantes, o contato coincidiu com o
término da antiga concessão, tendo sido esclarecido que o edital licitatório havia sido suspenso por
ordem judicial, mas que tão logo fosse readequado legalmente o certame licitatório teria
continuidade, sendo os investimentos estimados na ordem de R$ 165 milhões.
O processo de licitação do Centro de Exposições Imigrantes, acabou tendo seu fechamento
no dia 5 de julho de 2013, com assinatura do contrato em 21 de agosto de 2013, quando foi
anunciada como vencedora a empresa francesa GL Events, que já explora o Espaço Riocentro, na
cidade do Rio de Janeiro, bem como a expansão dos seus atuais 213 mil metros² para 331 mil
metros², num investimento total de R$ 300 milhões.
Tais levantamentos fortaleceram o entendimento de que, apesar da diminuição do ritmo de
crescimento da economia brasileira, o potencial do negócio turístico em Foz do Iguaçu, a
movimentação econômica gerada pelos eventos internacionais que acontecerão nos próximos
anos, bem como a oportunidade de negócios aberta aos atores privados que ofertam espaços para
eventos, poderão não apenas findar o estado de letargia existente no atual modelo de exploração
comercial do Centro de Convenções, como, mais importante, trazer ganhos econômicos para o
quadro de acionistas e geração de emprego e renda para a população.
2.4. O Modelo de Outorga à Iniciativa Privada
Com a evolução das atividades relativas à definição da forma de utilização do Centro de
Convenções e a propensão pelo modelo adotado na outorga do Parque de Exposições Barigui, em
Curitiba, que teve seu espaço de eventos repassado à iniciativa privada através de processo de
licitação com concessão onerosa de uso e exploração de bem público precedida de obra pública.
A opção pela concessão convencional visa uma autonomia econômica do negócio, com
pagamento realizado a partir de tarifas cobradas dos usuários dos serviço concedido/explorado, ao
contrário das PPPs tradicionais, cuja remuneração do agente privado pode ser realizada
exclusivamente pelo governo ou numa combinação de tarifas cobradas dos usuários dos serviços
mais os recursos públicos complementares necessários para a viabilidade do negócio.
Enquanto concessões comuns partem do pressuposto de uma outorga economicamente
viável, capaz de ser operacionalizada sem novos aportes financeiros estatais ao concessionário, a
premissa das PPPs resulta de uma visível ausência de sustentabilidade econômica. Os
pressupostos das PPPs se apresentam divergentes das premissas que embasaram o Projeto de
Destinação de Uso do Centro de Convenções, quais sejam: desonerar os acionistas do CECONFI,
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dinamizar o setor de eventos no município, bem como produzir retorno financeiro pela
exploração do espaço de eventos.
Desse modo, considerando o Projeto de Destinação de Uso do Centro de Convenções,
considerando a premissa de concessão da exploração do Centro de Convenções, bem como a
natureza e a função do instituto jurídico da outorga sugere-se o procedimento de licitação para
concessão onerosa de uso e exploração de bem público precedida de obra pública na modalidade
concorrência, do tipo melhor proposta com combinação de maior oferta e melhor técnica, no qual
o CECONFI, atuará como responsável pela fiscalização de operação/exploração pelo
concessionário, bem como entidade atuante no interesse do quadro de acionistas.
Do ponto de vista jurídico os órgãos do município esclarecem que as pretensões de
destinação de uso “por intermédio de um regime de concessão ou terceirização, mediante processo
licitatório, no qual a Companhia (CECONFI) será responsável pela fiscalização de
operação/exploração”, deve considerar a “lei de criação da Companhia e o seu Estatuto Social”.
A PGM continua destacando que, o referido estatuto define que as atividade inerentes à
exploração do Centro de Convenções de Foz do Iguaçu compreendem “congressos, feiras,
exposições, seminários, conferências e outros desta natureza”, bem ainda que Projeto de
Destinação de Uso do Centro de Convenções, ao considerar a possibilidade de construção de hotel
ou teatro, bem ainda de obras estruturais complementares, descaracteriza “as funções originais de
suas atividades, desvirtuando a destinação primária do bem (Centro de Convenções)”.
Declara ainda que, uma “divergência entre os preceitos do Estatuto Social e os ditames
preconizados na Lei de Criação da Companhia, pode gerar diversas discussões em âmbito do
Poder Judiciário”. Por último, objetivando evitar conflitos judiciais, a PGM chama a atenção para
a necessidade de “Convocação de Assembleia, para reforma estatutária”.
2.5. Os Objetivos da Outorga
As avaliações das equipes do CECONFI e SMTU identificam que o processo licitatório
como melhor viabilização da outorga para exploração comercial do Centro de Convenções pela
iniciativa privada é a concessão onerosa de uso e exploração de bem público precedida de obra
pública na modalidade concorrência.
Concluiu que se deve manter o Centro de Convenções como instituição responsável por
fiscalizar a operação e exploração do equipamento, atuando no interesse do quadro de acionistas e
intermediando a relação destes com um futuro concessionário do Centro de Convenções, ao
demonstrar, através de estudo do cenário, a existência de uma tendência pela outorga dos
equipamentos estatais de eventos ao setor privado, como exemplificado nos cases do Centro de
Exposições Imigrantes, Expo Renault Barigui, Rio Centro, Expoville, entre outros. Desta forma
foram definidos os seguintes objetivos para a outorga do Centro de Convenções de Foz do Iguaçu,
para a iniciativa privada:
I. Desenvolver a economia local através da expansão da indústria de eventos;
II. Promover a geração de emprego e renda para melhoria da qualidade de vida da
população;
III. Desonerar o Poder Público dos elevados custos de manutenção do Centro de
Convenções;
IV. Promover a geração de riquezas, otimizando o uso da rede hoteleira disponível;
V. Maximizar o aproveitamento da cadeia produtiva do turismo;
VI. Assegurar a consolidação dos investimentos no Centro de Convenções;
VII. Potencializar a economia do turismo local.
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3. O CONTEXTO DA INDÚSTRIA DE EVENTOS
A conjuntura atual do Brasil inspira cuidados, pois é o momento em que terão que ser
feitos ajustes fiscais, controle de gastos, reformas da previdência, que são grandes desafios em um
cenário de baixo crescimento. Ao mesmo tempo em que tem que se fazer ajustes de curto prazo, o
Brasil se depara com questões de longo prazo: aumento da produtividade e da mão-de-obra
qualificada, para que volte a crescer e aumentar a competitividade internacional.
Figura 1 – Expectativas de Mercado
Fonte: http://www.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/R20171103.pdf
O quadro acima de expectativas do mercado demonstra um inflação sob controle e com
tendências de queda. Além disso, certa estabilidade da taxa de câmbio após períodos de alta. Isso
se reflete na política monetária especialmente com a redução da taxa de juros que atualmente já
está no patamar de 7% a.a. Por estas e outras razões já se espera um crescimento econômico em
2018 de 2,5%, o que representa uma boa evolução, pois estamos saindo de um período de
recessão. Espera-se certa recuperação na confiança do investidor que pode resultar em
investimentos significativos.
Como se observa a expectativa do mercado é de recuperação da economia no curto prazo,
o que já se confirma atualmente, criando um ambiente mais propício aos negócios do setor de
eventos.
3.1. A Indústria de Eventos
Entre 2001 e 2013 essa indústria cresceu de forma acentuada. Em média 14% ao ano o que
revela o seu elevado potencial e a tendência para o futuro.
Como se observa o maior número de eventos ocorreu na Região Sudeste do país (52%),
sendo este o maior centro emissor de participantes em eventos. Foz do Iguaçu se localiza próximo
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a estes centros emissores o que gera uma vantagem comparativa em relação às demais regiões do
país, como a região norte e nordeste que está muito distante do sudeste.
Figura 2 – Numero de Eventos Realizados no Brasil – 2013
Fonte: ABEOC BRASIL & SEBRAE
Figura 3 – Numero de Participantes em Eventos – 2013
Fonte: ABEOC BRASIL & SEBRAE
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Em termos do numero de participantes a participação da região sudeste se amplia para
53%, demonstrando que existe uma relação muito forte entre número de eventos e número de
participantes, gerando um equilíbrio entre as regiões do país.
Entretanto o que se observa é que mesmo que em 2013, em termos de número de eventos,
a região nordeste tenha ultrapassado a região sul que se classifica em 2º lugar, em termos do
número de participantes a região sul teve melhor desempenho.
O quadro abaixo demonstra a evolução da indústria de eventos, considerando diversos
aspectos que servirão de parâmetros para projeções futuras. Os resultados são animadores, pois se
em 2001 existiam apenas 1.780 Espaços para Eventos, em 2013 este número alcançou 9.445, ou
seja, houve um crescimento de 430,6% no período ou em média 14% ao ano.
Os impactos do crescimento da indústria de eventos são consideráveis e demonstram um
elevado grau de importância para a economia brasileira. Em termos de receita gerada a média de
crescimento anual também foi de 14%. Em termos de tributos arrecadados a média de crescimento
anual foi de 22,7%. Em relação à geração de empregos não foi diferente, pois o crescimento médio
anual foi de 19%. Portanto, é uma economia com tendências de crescimento para o futuro.
Quadro 5 – Impactos Gerados pela Indústria de Eventos no Brasil – 2001 a 2013
Fonte: ABEOC BRASIL & SEBRAE
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3.2. Os Fatores de Risco do Projeto
Os fatores de riscos do negócio, decorrentes da evolução da indústria de eventos ou do
ambiente podem ser tipificados em dois grupos:
a) Riscos Diversificáveis ou Gerenciais:
∙ Exigência de menores custos de operação por parte dos clientes;
∙ Maior importância dada à qualidade e a preços dos eventos;
∙ Exigência de empresas com estrutura bem reduzidas;
∙ Diversificação da matriz de concorrência;
∙ Diminuição do número de dias que as pessoas participam de eventos;
∙ Os congressos regionais perdem força;
∙ Aumento do número de eventos híbridos com redução do número de participantes;
∙ Diminuição do prazo para fechamento de eventos;
∙ Tendência do aumento da entrada de empresas estrangeiras no mercado brasileiro;
∙ Tendência de empresas brasileiras serem vendidas para players internacionais;
∙ Práticas comerciais mais agressivas;
∙ Despreparo das empresas para lidarem com a concorrência;
∙ A maioria das empresas não possui posicionamento no mercado;
∙ Dificuldades de obtenção de tecnologias adequadas ao setor;
∙ Novos modelos virtuais de eventos diminuindo a procura por eventos presenciais;
∙ Limitações da capacidade de gestão das empresas;
∙ Comportamento da geração “Y” celetista, imediatista e conectada; e
∙ A juventude apresenta pouca pré-disposição para atividades de planejamento.
b) Riscos Sistêmicos:
∙ Aumento do custo de capital, decorrente da elevação da taxa de juros;
∙ Perda do poder aquisitivo dos consumidores visto o crescimento da inflação;
∙ Aumento do desemprego devido à política fiscal e monetária contracionista;
∙ Instabilidade política devido à reforma política que se avizinha e aos últimos
acontecimentos relacionados à Petrobras;
∙ Redução dos investimentos em relação ao PIB o que dificulta o crescimento
econômico;
∙ Provável redução na demanda do turismo de origem interna;
∙ Pessimismo dos consumidores em relação ao futuro da economia e da política;
∙ Incapacidade dos governos de promoverem os investimentos necessários à
infraestrutura;
∙ Baixa capacidade gerencial dos governos para oferecerem serviços de qualidade à
população;
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∙ Exagerado volume de controles burocráticos que amplificam os custos das empresas
e comprime a suas competitividades;
∙ Baixa capacidade produtiva e competitiva do trabalho e escassez de mão-de-obra
qualificada; e
∙ Elevado grau e número das exigências para a concessão do espaço público, incluindo
o custo da outorga.
3.3. Os Fatores de Sucesso do Projeto
Os fatores de sucesso do negócio, decorrentes da evolução da indústria de eventos ou do
ambiente podem ser tipificados em dois grupos: a) fatores diversificáveis ou gerenciais; b) fatores
sistêmicos. Os primeiros são aqueles que dependem da capacidade de gestão da empresa, os
segundos são aqueles sobre os quais as empresas não podem influir.
a) Fatores Diversificáveis:
∙ Ascensão do setor favorece o crescimento da empresa;
∙ A cadeia produtiva envolve diversos segmentos de negócios;
∙ O foco no lucro com qualidade promove um deslocamento de eventos para o interior;
∙ As possibilidades de operar com menores custos;
∙ Possibilidade de criação de sua própria estrutura de eventos;
∙ Aumento da participação de agencias de viagens no mercado como organizadoras;
∙ Perspectiva de aumento do número de eventos técnicos e científicos de menor porte;
∙ Fortalecimento de congressos nacionais, continentais e mundiais;
∙ Tendência de grandes eventos serem negociados em blocos;
∙ Aumenta da demanda por suporte local aos grandes eventos;
∙ Aumenta a tendência de associação de empresas estrangeiras com empresas
brasileiras;
∙ Tendência do deslocamento de empresas para outras regiões do país;
∙ Aumento da verticalização na prestação de serviços;
∙ Aumenta da expertise das empresas brasileiras;
∙ Tendência de atuação em rede como alternativa de sobrevivência;
∙ Surgimento de novos negócios na cadeia de valor;
∙ Invasão da geração “Y” no mercado de eventos como mão-de-obra e participantes;
∙ O aumento do interesse por tecnologias amplia o foco da demanda por eventos;
∙ A capacidade dos empreendedores de investir com capital próprio, reduzindo o custo
de capital;
∙ As estratégias comerciais de parcerias com as companhias de viagens, pois poderá
haver o direcionamento do fluxo de turistas;
∙ A gestão privada do empreendimento que pode adotar as melhores práticas; e
∙ Poderá ser adotada uma estrutura de custos enxuta capaz de ampliar os resultados da
empresa.
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b) Fatores Sistêmicos:
∙ A estrutura hoteleira existente com elevada qualidade na oferta;
∙ A proximidade de Foz do Iguaçu dos grandes centros emissores de participantes;
∙ A consolidação de Foz do Iguaçu com centro de atração do turismo;
∙ A capacidade do Município em ofertar serviços de alta qualidade;
∙ O poder de atração de participantes estrangeiros da marca FOZ DO IGUAÇU
Destino do Mundo;
∙ O tamanho do espaço disponível para realização de grandes eventos internacionais;
∙ A logística e o acesso dos consumidores, que contam com aeroporto de porte
internacional;
∙ A existência de maravilhas da natureza e da engenharia que representam um grande
poder de atração de visitantes para a região;
∙ A existência de outros atrativos que reforçam a demanda pelos serviços do
empreendimento;
∙ As barreiras de entrada (volumes de investimentos), que desestimula a concorrência;
∙ O elevado poder aquisitivo dos turistas externos frente à desvalorização do real;
∙ As peculiaridades da economia local que podem se servir de meios provenientes de
outros países e reduzir custos;
∙ A localização do empreendimento, que por si só é um atrativo;
∙ A oferta de serviços únicos que se conformam com a sustentabilidade ambiental,
tornando-se um estímulo aos consumidores.
O que se pode inferir das tendências acima é que tanto os riscos como os fatores de sucesso
podem se alterar no curto espaço de tempo. Portanto o que realmente fará a diferença é a
capacidade de gestão da empresa.
Logo, isso se conforma com o projeto de concessão pretendido pelo setor público, visto
que este não dispõe dessa capacidade como as empresas privadas. Em síntese, o sucesso de um
evento esta relacionado aos seguintes fatores:
a) Existência de Espaço Adequado, ou seja, variados e versáteis com boa infraestrutura e
tecnologia;
b) Atrativos Turísticos, pois existe a tendência de aliar negócios e atividades de laser e de
entretenimento;
c) Mão de obra e fornecedores qualificados na montagem dos eventos; e
d) Estrutura hoteleira em número suficiente de quartos para todos os participantes, além de
hotéis de boa qualidade.
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4. A CADEIA PRODUTIVA DA INDÚSTRIA DE EVENTOS
A cadeia produtiva da indústria de eventos é importante neste contexto por duas razões:
a) Porque mostra a integração e a sinergia entre os participantes; e
b) Porque revela as oportunidades de negócio e crescimento.
Figura 4 – Cadeia Produtiva da Indústria de Eventos
Fonte: FIPE - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas
A figura acima nos fornece uma visão global da cadeia produtiva de eventos,
demonstrando a posição de cada agente econômico. Além dos impactos diretos sobre os agentes
envolvidos a cadeia de valores exerce outros dois tipos de impactos nos seus meios de atuação:
Impacto instrumental e Impacto operativo.
Segundo a FIPE (2013) “O impacto operativo consiste na influência das atividades da
cadeia gerando recursos em outras cadeias. Neste caso temos um impacto importante nas cadeias
relacionadas diretamente com a atividade turística – hospitalidade, receptivo, alimentação, etc.”.
Ainda conforme a FIPE (2013) “O impacto instrumental da atividade [...] em outras
cadeias é altíssimo, em virtude de sua característica como ferramenta de marketing visando
resultados de mercado”.
4.1 Participantes da Cadeia de Valores da Indústria de Eventos
A Indústria de Eventos como denomina a ABEOC BRASIL, envolve um relevante
conjunto de Agentes Econômicos, que juntos agregam valor e geram benefícios relativamente
importantes para o país. O conjunto de agentes envolvidos nesta indústria é demonstrado a seguir.
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Figura 5 – Principais Agentes que Compõem a Indústria de Eventos
Fonte: FIPE - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas
I. Promotores: são aqueles que desenvolvem, planejam, executam e controlam os
eventos de negócio, sendo os agentes catalisadores do sistema. Seu produto principal é
a venda de espaço – m2 – do evento.
II. Proprietários dos Espaços: disponibilizam os locais para realização do evento, com a
infraestrutura necessária.
III. Montadores e Infraestrutura: dão a dimensão física e construtiva ao espaço do
expositor – a experiência da visita - oferecendo além da montagem serviços
complementares de design e decoração.
IV. Expositores: são clientes dos promotores que utilizam a Feiras de Negócios como
uma ferramenta do composto de promoção, dentro do marketing mix, visando o
fortalecimento da imagem, a divulgação institucional, o relacionamento com clientes e
a venda de produtos.
V. Visitantes: público alvo final da feira, do qual o sucesso da feira depende por sua
qualidade e quantidade.
VI. Outros fornecedores: de serviços e de insumos, constituindo um amplo espectro de
serviços e insumos.
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5. COMPORTAMENTO DO MERCADO DE EVENTOS
O foco deste estudo são os “congressos, feiras, exposições, seminários, conferências e
outros desta natureza”, que compreendem as atividades do Centro de Convenções de Foz do
Iguaçu.
5.1. O Mercado de Eventos Internacionais
No cenário mundial a Europa continua sendo o primeiro destino de eventos internacionais.
Cerca de 60% destes eventos são de caráter anual.
Dos meses do ano preferidos para a realização dos eventos o mais importante é setembro
com um peso de 16%.
Entre os temas mais debatidos nos eventos o mais importante é a área médica.
Quadro 6 – Participação do Brasil em Eventos Internacionais
PAÍS RANKING NÚMERO DE EVENTOS
INTERNACIONAIS EM 2012
EUA 1 833
Alemanha 2 649
Espanha 3 550
Reino Unido 4 477
França 5 469
Itália 6 390
Brasil 7 360
Japão 8 341
Holanda 9 315
China 10 311
Outros
6.461
TOTAL
11.156
Fonte: ICCA/2012
Historicamente a participação do Brasil em eventos internacionais cresceu em média 9,3%
ao ano entre 2008 e 2014.
O Brasil já ocupa posição importante entre os maiores realizadores de eventos
internacionais, figurando em 7º lugar no ranking mundial, segundo dados da ICCA (International
Congress and Convention Association) de 2012, estando à frente de nações importantes de como
Japão, Holanda e China com 360 eventos internacionais em 2012.
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Figura 6 – Participação Histórica do Brasil nos Eventos Internacionais
Fonte: ICCA/2012
Recentemente a EMBRATUR (12/05/2015) publicou matéria atualizando os números da
participação do Brasil nos eventos internacionais como segue: O Rio de Janeiro é a segunda
cidade que mais sediou eventos internacionais em 2014. Entre as 10 capitais mais bem colocadas,
quatro são nordestinas. São Paulo foi à cidade brasileira que mais recebeu eventos internacionais
no ano passado, segundo o ranking divulgado pela ICCA (Internacional Congress and Convention
Association).
Depois de três anos consecutivos na frente, entre 2011 e 2013, o Rio de Janeiro ficou em
segundo lugar, com 64 eventos no ano passado, dois atrás de São Paulo, que contabilizou 66.
Entre as capitais brasileiras, o maior crescimento foi registrado em Salvador, que teve 14 eventos e
aumento de 100% em relação a 2013. Entre as dez capitais brasileiras mais bem colocadas no
ranking, quatro são do Nordeste: Fortaleza, Natal e Recife, além de Salvador. As quatro cidades
também foram sede de jogos da Copa do Mundo em 2014.
Na comparação, com o ano anterior, Natal registrou um crescimento de 57%, Fortaleza
subiu 37% e Recife teve alta de 20%. No ranking das dez mais, apenas uma cidade que não é
capital de Estado: Foz do Iguaçu, no Paraná. Brasília, na região Centro-Oeste, recebeu 16
eventos internacionais em 2014, conforme o ranking do ICCA, o que representou um crescimento
de 77% na comparação com 2013. Embora tenha registrado uma queda no número de eventos, de
315 para 291, o Brasil permaneceu entre os dez países que mais recebem eventos internacionais no
mundo, passando da 9ª para a 10ª posição. O ranking do ICCA não leva em conta eventos
esportivos e religiosos.
A exemplo de anos anteriores, o ranking é liderado pelos Estados Unidos. Desde 2013,
quando a EMBRATUR passou a se dedicar exclusivamente à promoção no exterior do Brasil
como destino turístico, os congressos e convenções de negócios realizados no Brasil registraram
um aumento de 369%. Conforme os dados do ICCA, entre 2003 e 2014, o total de eventos
passou de 62 para 291. No mesmo período, o número de cidades que sediaram esse tipo de
evento subiu 177%, passando de 22 para 61. Em 2014, Foz do Iguaçu era a 3º cidade no ranking ICCA a sediar eventos internacionais
com um número de 16 eventos. Estando à frente de capitais importantes como Salvador - BA,
Belo Horizonte - MG, Florianópolis - SC, Porto Alegre - RS, Búzios-RJ, Fortaleza – CE, Curitiba
- PR, Recife - PE, Campinas - SP e outras.
10.149 10.346 10.406
10.700
11.219 256
293 275
304
360
.2008 .2009 .2010 .2011 .2012
Mundo Brasil
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Figura 7 – Participação de Foz do Iguaçu em Eventos Internacionais
Fonte: http://www.embratur.gov.br
Foz do Iguaçu que sediava 10 eventos internacionais em 2009 passou a sediar 16 em 2014,
ou seja, alcançou uma taxa de crescimento média anual de 12% somente neste tipo de eventos.
5.2. O Mercado de Eventos Nacionais
O mercado nacional de eventos é um dos mais promissores, pois alcançou um desempenho
extraordinário nos últimos 12 anos, segundo dados da ABEOC BRASIL & SEBRAE (2013), a
receita gerada pelo setor cresceu 14,0% em média ao ano, passando de R$ 37,03 bilhões para
209,28 bilhões, considerando todos os tipos de eventos.
Ao mesmo tempo o número de empregos gerados cresceu em média 19,0% ao ano,
passando de 938 mil em 2001 para 7,5 milhões em 2013. Em termos de arrecadação o
desempenho não foi diferente teve uma taxa de crescimento anual de 22,7%, passando de uma
arrecadação de R$ 4,1 bilhões em 2001 para R$ 48,68 bilhões em 2013.
A receita gerada pelas locações de espaços cresceu 30,1% ao ano, passando de R$ 1,6
bilhões em 2001 para 37,81 bilhões em 2013. Da mesma forma o crescimento da receita de
organizadores de eventos cresceu em média 27,3% ao ano, passando de R$ 3,98 bilhões em 2001
para R$ 72,2 bilhões em 2013.
A taxa média de ocupação anual por m2
se manteve praticamente igual em 48,01%, fato
esse explicado pelo crescimento extraordinário da oferta que foi em média 18,5% ao ano. O
número de participantes cresceu em média 8,0% ao ano, demonstrando que existe um aumento do
interesse das pessoas em participar cada vem mais de eventos.
6664
16 1614
11 119 9
64 3 3 3 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2
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Figura 8 – Tendência do Número de Eventos em Geral
Com base nos dados da ABEOC BRASIL & SEBRAE (2013), foi possível traçar uma
tendência de demanda, considerando as taxas de crescimento históricas ajustadas pelo fraco
desempenho da economia brasileira atual.
O primeiro momento vai de 2001 a 2015 é o período em que se observou até 2013 um
grande desempenho. Sendo assim, sob a ótica das quantidades de eventos foi possível verificar os
deslocamentos de demanda num período de 30 anos.
Figura 9 – Tendência do Número de Participantes em Eventos em Geral
Também sob a ótica da quantidade de participantes projetou-se a tendência de demanda
como demonstra a figura abaixo.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35
D1 D2 D3 D4
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35
D1 D2 D3 D4
Pág. 28/77
Figura 10 - Tendência da Receita Gerada pela Indústria de Eventos Nacional
A projeção dos prováveis deslocamentos da demanda tem o propósito de verificar o
seguinte:
a) O volume de investimentos futuros necessários para atender a essa demanda;
b) A oportunidade para o crescimento da oferta de espaços e serviços; e
c) A tendência de crescimento da indústria de eventos, entre outras coisas.
Quadro 7 – Deslocamentos da Demanda por Eventos no Brasil
Para a próxima década a tendência é de um crescimento significativo da demanda que
alcança 16,8 mil novos eventos anuais em média, 10,3 milhões de novos participantes anuais, 5,02
bilhões de incremento de receitas anuais. Porém como em toda indústria espera-se que este
desempenho incorpore a chamada lei dos rendimentos decrescentes, onde há naturalmente uma
saturação do mercado.
Sendo assim, na década seguinte 2025 a 2035, espera-se que os incrementos anuais de
demanda sejam menores, porém não menos importantes, senão vejamos: 6,9 mil novos eventos
por ano, 4,6 milhões de novos participantes, 1,95 bilhões de receitas. Ou seja, os números, mesmo
em longo prazo, são animadores.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35
D1 D2 D3 D4
Demenda Novos Eventos
Número de
Participantes
Participantes
por Evento
Tempo de
Permanencia
em Dias
Gasto Médio
Diário dos
Perticipantes Receita Total
D2= 2015 a 2025 168.927 103.500.275 613 2,55 161,76 50.226.613.631
D3= 2025 a 2035 69.446 46.801.761 674 2,55 242,64 34.067.937.867
D4= 2035 a 2045 25.668 17.905.796 698 2,55 363,96 19.550.980.536
TOTAL 264.041 168.207.832 637 103.845.532.035
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5.3. O Mercado de Eventos Locais
O mercado local de Eventos pode ser estimado a partir da estrutura em m2
disponível ou
que poderia ser disponibilizada, conforme as participações apresentadas no quadro a seguir:
Quadro 8 – Participação da Oferta de Espaços de Foz do Iguaçu
O que observa é que apenas 30,8% dos espaços disponíveis para eventos no Brasil são
destinados a Exposições e Convenções.
Considerando os espaços disponíveis em Foz do Iguaçu, se chaga a uma participação de
1,55% da disponibilidade nacional.
Apesar de Foz do Iguaçu participar, atualmente, em 5,5% dos eventos internacionais é
prudente que no campo das Exposições e Convenções se mantenha a proporção da sua capacidade
instalada, considerando os principais ofertantes.
Para as projeções abaixo foi a adotado o critério da participação da receita da locação de
espaços no total da receita da indústria de eventos que é de 18,0665%.
Quadro 9 – Estimativa do Número de Eventos em Foz do Iguaçu
Parâmetro Unidade Medida Valor Observado Participação %
Indústria de Eventos Brasil m2
10.166.149 100,0%
Exposições e Convenções m2
3.133.038 30,8%
Foz do Iguaçu m2
50.982,00 1,6%
Ano
Número de
Eventos
Possíveis por Ano
Número de
Eventos Possíveis
por dia
Número de
Participantes
Possíveis por Ano
Número de
Participantes
Possíveis por dia
Receita Possível
por Ano
Receita Possível
por Dia
1 918 3 223.747 613 103.764.218 284.286
2 964 3 241.646 662 131.873.945 361.298
3 1.012 3 260.978 715 164.026.131 449.387
4 1.062 3 281.856 772 200.018.221 547.995
5 1.116 3 304.405 834 239.519.039 656.217
6 1.171 3 328.757 901 282.090.552 772.851
7 1.230 3 355.058 973 327.214.812 896.479
8 1.291 4 383.463 1.051 374.323.067 1.025.543
9 1.356 4 414.140 1.135 422.824.343 1.158.423
10 1.424 4 447.271 1.225 472.131.398 1.293.511
11 1.495 4 483.052 1.323 523.334.340 1.433.793
12 1.570 4 521.697 1.429 576.117.357 1.578.404
13 1.656 5 566.507 1.552 586.436.290 1.606.675
14 1.730 5 607.296 1.664 639.816.838 1.752.923
15 1.800 5 646.649 1.772 695.144.390 1.904.505
16 1.866 5 684.361 1.875 752.250.743 2.060.961
17 1.927 5 720.282 1.973 810.958.519 2.221.804
18 1.984 5 754.308 2.067 871.083.541 2.386.530
19 2.037 6 786.377 2.154 932.437.137 2.554.622
20 2.086 6 816.467 2.237 994.828.343 2.725.557
21 2.130 6 844.584 2.314 1.058.065.972 2.898.811
22 2.172 6 870.761 2.386 1.121.960.516 3.073.864
23 2.210 6 895.050 2.452 1.186.325.878 3.250.208
24 2.244 6 917.520 2.514 1.250.980.897 3.427.345
25 2.276 6 938.251 2.571 1.315.750.692 3.604.796
26 2.305 6 957.330 2.623 1.380.467.794 3.782.104
27 2.331 6 974.851 2.671 1.444.973.084 3.958.830
28 2.355 6 990.908 2.715 1.509.116.550 4.134.566
29 2.377 7 1.005.597 2.755 1.572.757.851 4.308.926
30 2.397 7 1.019.013 2.792 1.635.766.727 4.481.553
Pág. 30/77
Com base em tais pressupostos ou parâmetros foi possível fazer algumas estimativas que
se conformam com os padrões nacionais da indústria de eventos, notadamente as taxas de
crescimento históricas que foram ajustadas pelo princípio da chamada “lei dos rendimentos
decrescentes”, ou seja, considera que haverá crescimento, mas com o passar do tempo, as taxas
serão cada vez menores devido à saturação do mercado.
Quadro 10 – Estimativa do Número de Participantes em Eventos em Foz do Iguaçu
Uma constatação importante é: não sendo verdadeira a ocorrência do número de eventos e
de participantes estimado para Foz do Iguaçu no período de 2001 a 2015, se verifica um custo de
oportunidade. Ou seja, o Município tem potencial e capacidade instalada e a mesma se encontra
ociosa.
Ano
Número de
Participantes no
Brasil
Taxa de
Crescimento
Hsitórica
Número de
Participantes
Possíveis Foz do
Iguaçu por Ano
Número de
Participantes
Possíveis Foz do
Iguaçu por dia
1 14.425.964 8,00% 223.747 613
2 15.580.041 8,00% 241.646 662
3 16.826.444 8,00% 260.978 715
4 18.172.560 8,00% 281.856 772
5 19.626.365 8,00% 304.405 834
6 21.196.474 8,00% 328.757 901
7 22.892.192 8,00% 355.058 973
8 24.723.567 8,00% 383.463 1.051
9 26.701.452 8,00% 414.140 1.135
10 28.837.569 8,00% 447.271 1.225
11 31.144.574 8,00% 483.052 1.323
12 33.636.140 8,00% 521.697 1.429
13 36.525.306 8,00% 566.507 1.552
14 39.155.128 7,20% 607.296 1.664
15 41.692.381 6,48% 646.649 1.772
16 44.123.880 5,83% 684.361 1.875
17 46.439.854 5,25% 720.282 1.973
18 48.633.636 4,72% 754.308 2.067
19 50.701.309 4,25% 786.377 2.154
20 52.641.331 3,83% 816.467 2.237
21 54.454.160 3,44% 844.584 2.314
22 56.141.893 3,10% 870.761 2.386
23 57.707.930 2,79% 895.050 2.452
24 59.156.679 2,51% 917.520 2.514
25 60.493.286 2,26% 938.251 2.571
26 61.723.413 2,03% 957.330 2.623
27 62.853.040 1,83% 974.851 2.671
28 63.888.311 1,65% 990.908 2.715
29 64.835.401 1,48% 1.005.597 2.755
30 65.700.419 1,33% 1.019.013 2.792
Pág. 31/77
Quadro 11 – Estimativa da Receita de Eventos em Foz do Iguaçu
Como se observa a ociosidade do centro de convenções é um péssimo negócio para o
município: se de um lado gera custo de oportunidade para a sociedade, do outro gera custo de
manutenção, o qual ao longo deste estudo se pretende demonstrar.
5.4. O Comportamento da Oferta
Sobre o comportamento da oferta de eventos, particularmente a relacionada a Exposições e
Convenções, pode-se destacar os seguintes aspectos:
∙ A oferta esta concentrada na região sudeste, que também é o maior centro emissor de
participantes a qual domina 52,58% do mercado;
∙ Os espaços disponíveis atualmente não dispõem em sua maioria de tamanho adequado,
sendo este um diferencial do Centro de Convenções;
Ano
Receita Gerada no
Brasil/Ano
Taxa de
Crescimento
Hsitórica
Receita Possível
Gerada em Foz do
Iguaçu/Ano
Receita Possível
Gerada em Foz do
Iguaçu/Dia
1 6.690.149.454 30,10% 103.764.218 284.286
2 8.502.510.941 27,09% 131.873.945 361.298
3 10.575.508.134 24,38% 164.026.131 449.387
4 12.896.081.308 21,94% 200.018.221 547.995
5 15.442.878.111 19,75% 239.519.039 656.217
6 18.187.656.504 17,77% 282.090.552 772.851
7 21.097.022.079 16,00% 327.214.812 896.479
8 24.134.304.797 14,40% 374.323.067 1.025.543
9 27.261.401.879 12,96% 422.824.343 1.158.423
10 30.440.451.199 11,66% 472.131.398 1.293.511
11 33.741.736.928 10,85% 523.334.340 1.433.793
12 37.144.897.278 10,09% 576.117.357 1.578.404
13 37.810.205.686 9,58% 586.436.290 1.606.675
14 41.251.891.550 9,10% 639.816.838 1.752.923
15 44.819.109.633 8,65% 695.144.390 1.904.505
16 48.501.015.013 8,22% 752.250.743 2.060.961
17 52.286.171.435 7,80% 810.958.519 2.221.804
18 56.162.704.137 7,41% 871.083.541 2.386.530
19 60.118.448.563 7,04% 932.437.137 2.554.622
20 64.141.092.423 6,69% 994.828.343 2.725.557
21 68.218.308.965 6,36% 1.058.065.972 2.898.811
22 72.337.879.851 6,04% 1.121.960.516 3.073.864
23 76.487.806.416 5,74% 1.186.325.878 3.250.208
24 80.656.408.556 5,45% 1.250.980.897 3.427.345
25 84.832.410.829 5,18% 1.315.750.692 3.604.796
26 89.005.015.703 4,92% 1.380.467.794 3.782.104
27 93.163.964.161 4,67% 1.444.973.084 3.958.830
28 97.299.584.113 4,44% 1.509.116.550 4.134.566
29 101.402.827.248 4,22% 1.572.757.851 4.308.926
30 105.465.295.095 4,01% 1.635.766.727 4.481.553
Pág. 32/77
∙ Os espaços como o do Ceará que dispõe de capacidade adequada ficam distante dos
centros emissivos;
∙ Nos últimos anos a taxa de crescimento médio da oferta de m2 de espaços para
convenções e exposições foi de 18,5%, demonstrando que para atender a demanda
foram feitos grandes investimentos;
∙ O crescimento da oferta afetou toda a cadeia de valores que inclui: Espaços,
Montadores, Fornecedores de Insumos, Visitantes, Expositores e Promotores;
∙ A oferta teve que se adaptar as exigências de informações mais flexíveis que conseguem
atender a vários eventos ao mesmo tempo;
∙ A oferta teve que se adaptar as mudanças, pois no geral o número de feiras é menor,
com menor exigência para áreas de exposição;
∙ Os hotéis adotaram uma política comercial mais agressiva unindo o preço por m2 de
locação dos espaços com as diárias cobradas.
Estes são alguns aspectos relevantes da oferta de espaços para realização de exposições e
convenções, mas não são os únicos, cabendo estudos mais aprofundados das áreas de marketing
das empresas.
5.5. O Comportamento da Demanda
A demanda é à força de mercado mais dinâmica que muda de comportamento
constantemente. Algumas das mudanças mais importantes são:
∙ Os eventos se tornaram mais segmentados e específicos, visando atingir um público
qualificado, onde ocorre maior integração entre participantes e expositores;
∙ Nos últimos tempos ocorreu um crescimento significativo da demanda por eventos,
notadamente nos segmentos de telecomunicações, educação, saúde e tecnologia, com
tendências de continuidade deste crescimento no futuro;
∙ O número de participantes vem crescendo significativamente a taxas de 8% ao ano;
∙ O Tempo de que os participantes dispõem para eventos, normalmente é compartilhado
com vários eventos;
∙ A demanda cresce mais do que a oferta e exige adequação daquela a suas necessidades;
∙ A demanda exige melhores condições dos espaços onde se realizam os eventos,
principalmente no tocante a conforto;
∙ Crescem as exigências em relação às tecnologias disponíveis nos espaços,
principalmente as mídias, internet etc.;
∙ As organizadoras de eventos tem dado preferência a pacotes de serviços, ou seja, a
lugares que oferecem todos os serviços necessários;
∙ As organizadoras de eventos tem se especializado em eventos específicos;
∙ A capacitação dos colaboradores é outro fator de grande relevância para as
organizadoras de eventos;
∙ A demanda procura unir o útil ao agradável, fazendo com que os eventos ocorram em
locais onde se oferece condições de turismo e lazer.
Estes são aspectos relevantes do comportamento da demanda. Porém existem os aspectos
tradicionais como preço e preferência dos consumidores. Neste caso os consumidores estão
buscando a melhor relação benefício-custo possível.
Pág. 33/77
5.6. O Turismo como Indutor da Demanda por Eventos
Em Foz do Iguaçu a economia do turismo é de grande importância, sendo responsável pela
maior parte da geração de riquezas local.
Já se sabe que a economia de turismo potencializa a indústria de eventos, pois oferece as
condições e meios para aquela e incentiva a participação das pessoas nos eventos. Sendo assim,
passamos a apresentar dados relevantes do turismo em Foz do Iguaçu.
No quadro 12, abaixo está descrita a oferta dos meios de alimentação disponíveis no
município, que poderiam concorrer diretamente com os meios que serão ofertados pelo
empreendimento.
Entretanto, dada à demanda turística que será apresentada a seguir e as vantagens
comparativas, isso não representa baixa probabilidade de substituição, pois os meios ofertados
pelo empreendimento são únicos e diferem da oferta existente.
Quadro 12 – Oferta dos Meios de Alimentação
ESTABELECIMENTOS QUANTIDADE CAPACIDADE
Bares 19 1.200
Confeitarias/Cafeterias 18 373
Lanchonetes/Casas de Suco 29 815
Restaurantes/Churrascarias 91 14.317
Restaurantes de Hotéis 34 5.769
Sorveterias 5 292
Pizzarias 14 824
Pastelarias 2 54
Quiosques/Barracas/Outros 11 0
Total 223 23.644
Fonte: PMFI/SMTU-2015
No quadro 13, constam as formas de agenciamento do turismo, o que é importante para o
empreendimento que inclui nas suas estratégias comerciais parcerias com as empresas
agenciadoras.
Quadro 13 – Formas de Gerenciamento
Agências Emissivas 52
Agências Receptivas 130
Total 156
Fonte: PMFI/SMTU-2015
No quadro 14, constam oportunidades especiais de compras inseridas neste contexto.
Pág. 34/77
Quadro 14 – Oportunidades Especiais de Compras
Lojas de Artesanato e Suvenires 19
Shoppings / Centros Comerciais / Lojas de Depto. 13
Lojas de Artigos Fotográficos 5
Espaços Culturais 1
Total 38
Fonte: PMFI/SMTU-2015
O quadro 15 apresenta uma série de opções de lazer e entretenimento que podem
representar uma concorrência direta aos meios que serão ofertados pelo empreendimento,
disputando a atenção do público alvo.
Quadro 15 – Oportunidade de Lazer e Entretenimento
Parques de Diversões / Temáticos / Aquáticos 2
Praças (principais) 6
Pesque-pagues 6
Balneários 2
Clubes Sociais, Esportivos e de Lazer 10
Estádios / Campos de futebol 22
Ginásios 29
Pistas de Kart 1
Pistas de Boliche 2
Campos de Golfe 1
Quadras de Tênis 2
Passeios de Helicóptero 1
Passeios de Bicicleta 1
Salto de pára-quedas (Skydive) 1
Outras Instalações Desportivas e de Recreação 5
Danceterias 3
Casas de Shows 2
Centro de Tradições 1
Escolas de Samba 7
Cinema 2
Teatros 2
Outros Locais de Espetáculos Públicos 2
Recreação Infantil 2
Total 112
Fonte: PMFI/SMTU-2015
Atrativos existentes que servem de estímulo para os participantes de eventos em optarem
por Foz do Iguaçu:
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I. Parque Nacional do Iguaçu: desponta como a principal atração da região, possuindo
mirantes e estruturas para observação das cataratas, restaurantes e meios de transporte,
cuja entrada custa R$ 29,20 a preços de 2015.
II. Usina Hidroelétrica de Itaipu: que é a segunda maior do planeta, tendo como opções
de passeio a vista panorâmica, a observação da barragem, visitas técnicas e outras,
cobrando um valor de R$ 26 a 99,00 a preços de 2015.
III. Parque das Aves: mantém várias espécies de aves que podem ser observadas numa
caminhada pelo parque, cobrando um valor de R$ 20 para brasileiros e R$ 28 para
estrangeiros a preços de 2015.
IV. Museu de Cera: Atrai muitos visitantes para observação de estátuas em cera de
grandes celebridades internacionais, cobrando um preço de R$ 35,00 a preços de 2015.
É importante destacar também as questões relativas ao comportamento da demanda
turística como se demonstra a seguir.
Quadro 16 – Sensibilidade do Consumidor do Turismo em Relação à Renda
ANO Procura Turística
por Foz do Iguaçu
Renda per Capita
US$
Variação da
Procura
Variação da
Renda
2000 800.102 7.017
2001 732.725 7.169 -8,4% 2,2%
2002e 769.387 7.379 5,0% 2,9%
2003 986.090 7.522 28,2% 1,9%
2004e 1.188.392 8.076 20,5% 7,4%
2005 1.449.838 8.509 22,0% 5,4%
2006e 1.434.067 9.036 -1,1% 6,2%
2007e 1.960.922 9.769 36,7% 8,1%
2008 2.191.876 10.405 11,8% 6,5%
2009e 2.256.823 10.415 3,0% 0,1%
2010e 2.426.570 11.180 7,5% 7,3%
2011 2.177.302 11.640 -10,3% 4,1%
2012 2.051.481
MEDIA 1.449.838 8.773 8% 5%
Indicadores Elasticidade 1,40
Correlação 97%
Fonte: PMFI/SMTU-2015
Conforme se demonstrou acima a procura por serviços turísticos é altamente sensível as
variações dos níveis de renda, pois apresenta uma correlação de 97%, ou seja, quando a renda
aumenta, a procura aumenta e o contrário é verdadeiro. Também a elasticidade demonstra isso,
pois é de 1,40, uma vez que valores acima de 1,0 representa elasticidade, ou sensibilidade do
consumidor. A origem dos turistas que vem para Foz do Iguaçu é diversificada incluindo pessoas
de muitas partes do Brasil e do Mundo.
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Quadro 17 – Origem do Público Alvo Interno
ESTADOS 2000 2001 2002e 2003 2004e 2005 2006e 2007e 2008 2012
Paraná 27,5 31,9 30,2 31,5 28,5 28,6 26,3 27,7 42,9 22
Rio de Janeiro 3,9 3 5 3,8 5 3,3 3,5 3,3 3,6 4,9
Rio Grande do Sul 5,1 5,1 6 5,3 5,1 8,4 5,6 5,5 6 8,1
Santa Catarina 4,5 5,1 5,6 4,8 4,1 8,7 8,5 7,4 8,4 8,9
São Paulo 14,4 12,6 14,1 9,7 13,1 15,1 15,4 14,7 12,2 17,8
Outros Estados 8,3 7,7 7,9 6,9 8,2 10 10,5 12,9 11,7 12,8
Total de Brasileiros 63,7 65,4 68,8 62 64 74,1 69,8 71,5 84,8 74,5
Fonte: PMFI/SMTU-2015
Figura 11 - Média Anual da Participação Percentual Interna
Fonte: PMFI/SMTU-2015
Quadro 18 – Origem do Publico Alvo Externo
Países 2000 2001 2002e 2003 2004e 2005 2006e 2007e 2008 2012
Paraguai 1 1 1,3 4,1 2,4 4,4 4,1 2 4,1 3,3
Argentina 12,4 13,3 11 15,2 14,9 5,8 7,9 10,2 2,6 7,1
Estados Unidos 2,8 3,5 3,3 3 2,9 2,1 3,2 3,3 0,7 1,3
Alemanha 2,8 1,9 1,8 1,5 1,8 0,9 0,9 2 0,2 1
Outros Países 17,3 14,9 13,8 14,2 14 12,7 12,9 11 7,5 12,8
Total de Estrangeiros 36,3 34,6 31,2 38 36 25,9 29 28,5 15,2 25,5
Fonte: PMFI/SMTU-2015
28,55
3,7
5,55 6,5
14,25
9,15
Paraná Rio de Janeiro Rio Grande do Sul Santa Catarina São Paulo Outros Estados
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Figura 12 - Média Anual da Participação Percentual Externa
É relevante apontar que a maioria das pessoas que procuram por serviços turísticos em Foz
do Iguaçu, é proveniente do próprio estado do Paraná com 28,55 da procura interna. Quando se
trata da procura externa a Argentina tem a maior participação individual com 10,6%.
Figura 13 - Média Anual da Participação Percentual da Origem
Quase 70% dos que demandam os serviços turísticos são de origem nacional, isso reforça a
tese de que alteração dos níveis de renda interna afeta a procura pelos serviços locais. Por isso este
é considerado um dos fatores de risco do empreendimento.
Como se pode observar Foz do Iguaçu tem uma economia do turismo consolidada, que ao
longo dos tempos tornou-se um grande polo receptivo de turistas provenientes de várias partes do
Brasil e do Mundo.
Está localizada em uma região próxima dos grandes centros emissivos do Brasil, como a
região sudeste. Isso eleva a importância do Município no contexto da indústria de eventos, pois
além de ter uma localização privilegiada, conta com uma estrutura receptiva altamente
especializada. Também conta com atrativos turísticos de expressão mundial.
2,85
10,6
2,95
1,65
13,35
Paraguai Argentina Estados Unidos Alemanha Outros Países
30,1
69,3
Estrangeiros Brasileiros
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6. O NEGÓCIO DE EVENTOS E SUAS PECULIARIDADES
Para uma melhor compreensão do negocio de eventos, inicialmente faremos uma breve
análise das condições de competitividade aplicando o modelo de Michael E. Portes (2008), O
propósito deste tópico não é esgotar a discussão sobre competitividade, mas tão somente,
apresentar elementos mínimos que possibilitem uma breve visão do leitor sobre o comportamento
das forças existentes na indústria do turismo local.
Figura 14 – Forças Competitivas Segundo Porter (2008)
A seguir faremos menção ao comportamento das forças competitivas da indústria de
eventos seguindo o modelo apresentado:
6.1. Rivalidade entre os concorrentes
Sobre esta força competitiva se observa que o número de concorrentes existentes não são
suficientemente capazes de suprir todas as exigências e necessidades da demanda por eventos
local, nacional e internacional.
A taxa de crescimento da indústria de eventos é altamente relevante, ficando nos últimos
12 anos em média 14%. Os concorrentes praticamente se concentraram em eventos especializados
oferecendo espaços em hotéis não dispondo de locais para grandes feiras, convenções e
exposições, deixando uma lacuna a ser preenchida.
O setor de eventos, assim como o de turismo, dispõe sempre de uma gama vasta de
informações, logo os concorrentes não têm muitas dificuldades em obter informações, não sendo
essa uma vantagem. A divulgação do turismo local projetou ao longo de décadas o destino
turístico no Brasil e no Mundo, sendo essa uma vantagem em relação aos demais locais, pois
reduz o esforço de marketing.
Existem diferenciais importantes para que sejam realizados eventos em Foz do Iguaçu, um
deles é a própria economia do turismo. Dado o montante de investimentos que será realizado a
concessão do Centro de Convenções de Foz do Iguaçu cria certa barreira de saída, ou seja, exige
que o outorgado permaneça no negócio por longo período de tempo. Neste caso observa-se que
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devido o grande potencial de crescimento da indústria do turismo local, a rivalidade entre os
concorrentes estabelecidos pode ser considerada moderada.
6.2. Poder de Negociação dos Clientes
Os preços cobrados são perfeitamente aceitos pela clientela nacional e internacional, pois
se conforma com os padrões praticados na indústria de eventos. Com o advento das redes sociais o
nível de informação do cliente é altamente elevado, isso passa a ser uma vantagem, pois reduz os
esforços de marketing.
Como se verifica nos dados apresentados anteriormente a oferta de serviços substitutos é
precária ou insuficiente. O poder de negociação dessa força é amenizado, pois o público alvo
dispõe de poder aquisitivo mais elevado e tem a expectativa em relação a preços.
6.3. Poder de Negociação dos Fornecedores
Os fornecedores de insumos e serviços são altamente especializados e estabelecem
parcerias duradouras com a empresa, estabelecendo em certo grau relação de dependência. Os
custos dos fatores de produção em relação ao preço de vendo são considerados adequados. Existe
um número razoável de fornecedores o que diminui a pressão dos mesmos.
O poder de negociação dos fornecedores do empreendimento se dissipa na medida em que
o número de fornecedores será alto e os volumes de compras por fornecedor não é tão
significativo.
6.4. Ameaça de Entrada de Novos Concorrentes
As barreiras de entrada no negócio estão associadas ao grande volume de investimentos
necessários para ofertar os serviços. Os canais de vendas estão prontos e acessíveis a um custo
menor. Os serviços de eventos associados ao turismo proporciona diferenciais únicos. As políticas
públicas locais benefíciam o negócio, vez que este entra no vaco do turismo. Dada a dimensões do
Centro de Convenções haverá uma grande economia de escala, pois o espaço permite a realização
de grandes eventos. Os custos de transição para esse novo negócio não serão tão elevados, pois os
investimentos já foram praticamente todos realizados.
Por se tratar de um empreendimento único, originário da concessão do setor público, a
ameaça de novos entrantes se disssipa, visto que não poderá haver, no curto prazo, outro
empreendimento igual. Também pelas exigências para concessão impostas pelo setor público e o
contrato firmado com o vencedor.
6.5. Ameaça de produtos substitutos
Poderá haver uma boa relação custo-benefício, sendo o negócio bem gerido. O Centro de
Convenções tem condições de oferecer serviços diferenciados associados ao turismo. O poder de
barganha dos compradores não é relevante, vez que os participantes são muitos e procuram os
serviços em conformidade com seu interesse. A qualidade dos serviços é uma exigência da
concessão. É pouco relevante à ameaça de produtos substitutos, os serviços do empreendimento
serão únicos e totalmente voltados para o público alvo.
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Do ponto de vista estratégico apresenta-se uma breve análise utilizando o modelo de
SWOT. Esta análise é relevante, pois aponta elementos estratégicos para sustentabilidade do
negócio, os quais não poderiam ser negligenciados sob pena de gerar riscos significativos para o
empreendimento. Quanto às dimensões analisadas podemos destacar o seguinte:
a) Forças:
∙ O espaço está em local onde a atividade turística é consolidada;
∙ A demanda por serviços está em alta;
∙ Os meios logísticos são suficientes; e
∙ A área total para eventos é uma das maiores do país.
b) Fraquezas:
∙ Elevadas exigências do poder público para concessão;
∙ Existência de oferta de serviços similares;
∙ A necessidade de esforço de marketing;
∙ A exigência de grandes volumes de investimentos; e
∙ Necessidade de duplicação da rodovia de acesso.
c) Oportunidades:
∙ O crescimento da economia do turismo local;
∙ Os serviços prestados serão associados ao turismo;
∙ Os investidores selecionados terão alta capacidade de gestão;
∙ Serão adotados elevados padrões gerenciais;
∙ As tecnologias necessárias estarão disponíveis;
∙ A disponibilidade de infraestrutura existente;
∙ A atratividade da região para visitação;
∙ O espaço disponível para exploração;
∙ A possibilidade de integração com as companhias de viagem;
∙ Gerar renda e empregos na região;
∙ Gerar arrecadação de impostos;
∙ Melhorar a qualidade de vida da população; e
∙ Melhorar o atendimento ao turista.
d) Ameaças:
∙ O cenário atual da economia brasileira com tendência de recessão;
∙ O custo Brasil que é um dos mais elevados do mundo; e
∙ Os riscos sistêmicos decorrentes da instabilidade política.
Não se pretendeu esgotar todos os aspectos desta análise, podendo assim, a qualquer tempo
acrescentar ou retirar tais elementos. Desta forma, observa-se que exceto pelo cenário econômico
brasileiro, o empreendimento está cercado de possibilidades de sucesso. Como o cenário
econômico é conjuntural, haverá uma tendência de mudanças positivas para o futuro.
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7. O EMPREENDIMENTO
Neste tópico foram abordados aspectos relacionados à localização, oportunidade, a
disposição da sociedade a conceder para exploração da iniciativa privada e a pagar pelos eventos.
Também inclui o programa básico de investimentos necessários e o valor estimado para outorga.
7.1. A Localização do Centro de Convenções
O Empreendimento esta situado na região oeste do estado do Paraná no Município de Foz
do Iguaçu que faz fronteira com os Países Paraguai e Argentina, bem como, divisa com os
municípios de Santa Terezinha, São Miguel e Itaipulândia. Possui como principais vias de acesso
terrestre a BR-277 que liga a cidade ao extremo leste do Estado do Paraná, RUTA 12, localizada
na Argentina que dá acesso à cidade através da Ponte da Fraternidade, e, RUTA 7, localizada no
Paraguai conferindo acesso pela Ponte da Amizade.
Figura 15 – Área do Centro de Convenções
Fonte: Google Earth
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Figura 15.A – Área do Centro de Convenções
Fonte: Google Earth
Quanto aos acessos aéreos, o município de Foz do Iguaçu possui, no Brasil, o Aeroporto
Internacional de Foz do Iguaçu/Cataratas, recebendo voos diários dos principais destinos do Brasil
(São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba), na Argentina o Aeroporto Internacional de Puerto Iguazú, e
no Paraguai o Aeroporto Internacional Guarani, sendo esses dois últimos localizados a cerca de 30
km do centro de Foz do Iguaçu.
O Centro de Convenções é administrado pela sociedade de economia mista Centro de
Convenções de Foz do Iguaçu S/A - CECONFI. Está localizado na rodovia das cataratas, km 13 –
acesso ao aeroporto e a 14 km do centro de Foz do Iguaçu, com acesso pela rodovia federal BR-
469.
Está a aproximadamente a 500 metros do Aeroporto Internacional de Foz do
Iguaçu/Cataratas e dispõe de uma área total de 100.000 m² com área edificada de 31.863,43 m²,
concebido para atender diversos formatos e tamanhos de eventos: Congressos, Feiras, Exposições,
Reuniões, Shows artísticos e culturais, etc.
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Figura 16 – Proximidade das Grandes Aglomerações Humanas
Fonte: Google Maps
Como se verifica o Centro de Convenções tem uma localização privilegiada na América do
Sul, pois está próximo das principais concentrações humanas, ou em outras palavras, dos principais
centros emissores de potenciais participantes de eventos.
Quadro 19 – Distância das Principais Cidades
De Foz do Iguaçu a:
Aracaju 3.089 km Maceió 3.365 km
Assunção (Paraguai) 326 km Manaus 3.821 km
Brasília (via Ribeirão Preto) 2.000 km Medianeira 53 km
Brasília 1.573 km Montevidéu (Uruguai) 1.336 km
Belém 3.381 km Natal 3.859 km
Buenos Aires (Argentina) 1.350 km Porto Alegre 986 km
Campo Grande 776 km Porto Velho 2.920 km
Cascavel 143 km Posadas (Argentina) 302 km
Ciudad del Este (Paraguai) 6,5 km Puerto Iguazú (Argentina) 10 km
Cuiabá 1.464 km Recife 3.572 km
Curitiba 637 km Rio Branco 3.454 km
Eldorado (Argentina) 100 km Rio de Janeiro 1.472 km
Encarnación (Paraguai) 282 km Salvador 2.885 km
Florianópolis 944 km São Luís 3.418 km
Fortaleza 3.846 km São Paulo 1.047 km
Goiânia 1.374 km Teresina 3.350 km
Guairá 299 km Umuarama 311 km
João Pessoa 3.682 km Vitória 1.925 km
Fonte: DNIT/DERPR
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Observa-se que os principais centros emissores de participantes em eventos estão a uma
distância máxima de 1500 km. Foz do Iguaçu já atrai milhões de turistas destas localidades apenas
com os seus atrativos existentes.
Num raio de 30 km de distância do Centro de Convenções se localizam os principais centros
urbanos, os aeroportos internacionais de Foz do Iguaçu, que fica a apenas 500m, o aeroporto de
Puerto Iguazú na Argentina, o aeroporto de Ciudad Del Leste no Paraguai.
Figura 17 – Proximidade dos Locais Importantes
Fonte: Google Maps
Além das proximidades dos centros importantes também o Centro de Convenções se
localiza próximo aos principais atrativos turísticos como: Parque Nacional do Iguaçu, Parque das
Aves, Museu de Cera. Também próximo dos principais hotéis da cidade.
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Quadro 20 – Distância dos Atrativos do Centro da Cidade
A localização do Centro de Convenções é indiscutivelmente estratégica, pois está no centro
da atividade turística, próxima do aeroporto, das Cataratas do Iguaçu e dos grandes hotéis.
7.2. A Oportunidade do Empreendimento
Foz do Iguaçu é um destino consolidado para eventos, pois alinha uma boa oferta hoteleira
com infraestrutura.
Os atrativos naturais de renome internacional oferecem uma combinação única de trabalho e
incentivo à participação em eventos que em outras grandes cidades não se oferecem.
ATRATIVOS / ENTRETENIMENTOS DISTÂNCIA Km
Zoológico Bosque Guarani -
Mesquita 2
Rodoviária Internacional de Foz do Iguaçu 4
Marco das Três Fronteiras 6
Ponte da Amizade 6
Ciudad del Este 7
Ponte Tancredo Neves 7
Teatro Barracão 7
CEAEC 8
Puerto Iguazú 10
Templo Budista 10
Ecomuseu 12
Acquamania Parque Aquático 12
Iguassu Resort (Golf) 12
Itaipu 12
Refúgio Biológico Bela Vista 13
Centro de Convenções 14
Aeroporto 15
Furnas 16
Subestação de Furnas 16
Helisul Táxi Aéreo 17
Parque das Aves Foz Tropicana 17
Parque Nacional do Iguaçu (Portão) 17
Thermas Parque Aquático Cataratas 17
Macuco 23
Terminal de Três Lagoas 25
Cataratas Brasileiras 28
Cataratas Argentinas 29
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Quadro 21 – Área Disponível para Exposições e Eventos
O que se observa é que o Centro de Convenções é um dos maiores espaços existentes para a
realização e eventos no Brasil.
Após a reforma e ampliação o Centro de Convenções amplia suas vantagens em relação aos
demais, pois se enquadra na oportunidade de eventos que exigem 8.000 m2 para eventos e 10.000
m2
para exposições.
De fato o Centro de Convenções representa uma grande oportunidade de investimentos pela
sua localização, tamanho e poder de atração de participantes de destino turístico consolidado.
Contando com uma área concessionável de 95.880,30 m² (noventa e cinco mil e oitocentos e
oitenta metros e trinta centímetros quadrados), o equipamento apresenta possibilidades de
ampliação. O Acesso ao Centro de Convenções é privilegiado e a logística é boa, tendo um
aeroporto internacional a 500 m de distância.
7.3. A Disposição da Sociedade em Relação à Concessão
Para observação da disposição da sociedade em realizar a Concessão do Centro de
Convenções para gestão através da iniciativa privada, foram realizados dois levantamentos para
captura das opiniões: a) foi feita uma série de entrevistas junto ao Trade Turístico, efetuando-se
perguntas abertas e diretas. As perguntas incluíram questionamentos sobre se era conta ou a favor, e
por que era contra ou a favor.
Em seguida foi feita uma análise de conteúdos e da classificação das afirmações numa tabela
de frequências, o que permitiu uma síntese objetiva dos posicionamentos dos participantes.
Figura 18 – Posição dos Entrevistados do Trade Turístico em Relação à Concessão
Fonte: SMTU/2014.
Principais Equipamentos Ranking M2
Eventos M2
Exposições M2
Salas M2
Total
Transamérica Expo - SP 1º 1.900 36.000 47.175 85.075
C.C Ceara - CE 2º 11.480 36.400 4.500 52.380
CECONFI - PR 3º 7.936 10.256 3.500 21.692
Unimed - PR 4º 6.500 7.600 2.025 16.125
Sulamerica - RJ 5º 4.000 8.115 2.400 14.515
Centrosul - SC 6º 2.840 7.200 2.000 12.040
Brasil 21 - DF 7º 2.791 3.686 2.791 9.268
87,5%
12,5%
Favoráveis Contrários
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O que se observou é que a grande maioria dos participantes (87,5%) foi a favor da concessão
e apontaram um conjunto de motivos para seus posicionamentos os quais estão apresentados no
quadro a seguir.
Quadro 22 – Principais Razões do Trade em ser a Favor da Concessão do Centro de Convenções
CONCLUSÕES PORQUE É A FAVOR? OCORRÊNCIAS FREQUÊNCIA MÉDIA
CÍRCULO VICIOSO 1 6,3%
DEFINIÇÃO DE VISÃO 1 6,3%
ELEFANTE BRANCO 1 6,3%
HISTÓRICO RECENTE 1 6,3%
OCIOSIDADE OPERACIONAL 1 6,3%
ESTRUTURA INADEQUADA8 50,0%
RESGATE DE CREDIBILIDADE 1 6,3%
CUSTOS ELEVADOS 4 25,0%
GESTÃO INEFICIENTE4 25,0%
SERVIÇOS INEFICIENTES 7 43,8%
CURSOS PROFISSIONAIS 1 6,3%
DINÂMICA DE EVENTOS1 6,3%
EVENTOS PATROCINADOS 1 6,3%
EXEMPLOS DE GESTÃO PRIVADA 1 6,3%
GERAÇÃO DE EVENTOS 1 6,3%
RELEVÂNCIA DO EMPREENDIMENTO 1 6,3%
TARIFAS DIFERENCIADAS 1 6,3%
ESTACIONAMENTO PRÓPRIO 2 12,5%
LOCALIDADE ESTRATÉGICA 2 12,5%
MUDANÇA DE OFERTA 2 12,5%
PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA 3 18,8%
SINERGIA OPERACIONAL 3 18,8%
PARCERIAS INEFICIENTES4 25,0%
ESTRUTURA HOTELEIRA 1 6,3%
INFRAESTRUTURA HOTELEIRA 1 6,3%
INVESTIMENTO EM TECNOLOGIA 1 6,3%
MATURIDADE DOS ATORES 1 6,3%
NÚMERO DE LEITOS 1 6,3%
OCUPAÇÃO MÉDIA ELEVADA 1 6,3%
OFERTAS DE PRODUTOS 1 6,3%
ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS 1 6,3%
OSCILAÇÕES DE MERCADO 1 6,3%
OUTROS AUDITÓRIOS 1 6,3%
PORTE DE EVENTOS 1 6,3%
PRESENÇA ESTRANGEIRA 1 6,3%
PROPOSTAS ALINHADAS 1 6,3%
RECEPÇÃO DE MEGAEVENTOS 1 6,3%
SERVIÇOS ESPECIALIZADOS 1 6,3%
HOTEL EXPRESS 2 12,5%
MULTIUSO DO EMPREENDIMENTO 2 12,5%
NOVOS EMPREENDIMENTOS2 12,5%
REPRESENTAÇÃO EM SÃO PAULO 2 12,5%
SERVIÇOS DE APOIO 2 12,5%
VIABILIDADE ECONÔMICA 2 12,5%
GRANDES EVENTOS 3 18,8%
MUDANÇA DE IMAGEM 3 18,8%
POTENCIAL REGIONAL 3 18,8%
CAPTAÇÃO DE EVENTOS 5 31,3%
MERCADO PROMISSOR 5 31,3%
POLO EDUCACIONAL 1 6,3%
OPORTUNIDADE 11,1%
MERCADO 10,9%
INEFICIÊNCIA 18,1%
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Como era de se esperar o que mais motivou as resposta favoráveis foi à ineficiência, ou
incapacidade do Setor Público de gerir o equipamento produzindo os resultados possíveis.
Também foi importante a percepção que se trata de uma grande oportunidade, pois: de um
lado se podem gerar grandes benefícios com a concessão, de outro, se deixa de gastar recursos
públicos na manutenção. Por outro lado se observa que a região é muito propícia ao crescimento
da indústria de eventos, vez que já dispõe de uma cadeia de valores bem desenvolvida para tal e de
experiência com este tipo de negócio.
Quadro 23 – Principais Razões do Trade em ser Contra a Concessão do Centro de Convenções
Duas questões foram levantadas pelas pessoas que se posicionaram contra a concessão do
CENTRO DE CONVENÇÕES que representam apenas 12,5% do universo entrevistado: a) o
provável acirramento da concorrência; e b) a estrutura inadequada.
Ora as primeiras motivações são compreensíveis, pois existe o interesse direto dos
entrevistados, nas questões relativas à estrutura fica evidente que, na medida em que a indústria de
eventos se desenvolver na região, as mesmas se tornarão demandas importantes, porém são
possíveis de serem atendidas no curto, médio e longo prazo.
Não bastasse a opinião do Trade Turístico, também foi feita uma sondagem junto à
comunidade, de forma aleatória. O que se pode verificar é que a partir de certo número de
entrevistas (30), agora com perguntas estruturadas, as respostas passaram a não incorporar
informações estatísticas relevantes, mesmo assim, se ampliou o número de entrevistas para 63. Os
testes apontaram que este número de observações, feita de forma aleatória continha as informações
estatísticas necessárias às análises técnicas.
Figura 19 – Posição dos Entrevistados da Sociedade em Relação à Concessão
Fonte: SMTU/2015
CONCLUSÕES PORQUE É CONTRA? OCORRÊNCIAS FREQUÊNCIA MÉDIA
CENTROS DE CONV. NOS HOTÉIS 1 50,0%
FORTE CONCORRÊNCIA 1 50,0%
GRUPOS CONTRÁRIOS 1 50,0%
INTERESSES DIVERSOS 1 50,0%
LIDERANÇA EMPRESARIAL 1 50,0%
DISPOSIÇÕES DIVIDIDAS 2 100,0%
FALTA DE COMPROMETIMENTO 2 100,0%
LEGISLAÇÃO INADEQUADA 1 50,0%
MUDANÇA DE LOGÍSTICA 1 50,0%
PESQUISAS DEFASADAS 1 50,0%
LOCALIZAÇÃO EQUIVOCADA 2 100,0%
DUPLICAÇÃO DE RODOVIA 4 200,0%
TRÂNSITO INEFICIENTE 4 200,0%
CONCORRÊNCIA 64,3%
ESTRUTURA 108,3%
81%
19%
Favoráveis Contrárias
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O que se verifica é que existe uma proximidade muito grande entre os posicionamentos da
sociedade e do Trade Turístico especificamente, sendo que se observa que este último é dotado de
maior acesso as informações sobre o equipamento em discussão e sua gestão. Nos dois casos as
respostas favoráveis ultrapassaram os 80%, demonstrando que a grande maioria dos iguaçuenses é
favorável à concessão do Centro de Convenções para gestão e exploração pela iniciativa privada.
Outro aspecto relevante apontado no levantamento é o preço implícito ou hedônico, ou seja,
a disposição da sociedade em pagar pela participação em eventos que seriam realizados no Centro
de Convenções.
Quadro 24 – Disposição Média a Pagar da Sociedade pelos Eventos
do Centro de Convenções
Qual valor você acharia justo cobrar no ingresso para participação de eventos,
feiras e exposições?
Média Geral
R$ 15,00
Esta disposição a pagar é maior do que os preços médios praticados pela indústria de
eventos no Brasil como se demonstra no quadro abaixo.
Quadro 25 – Preços Médios Praticados pela Indústria Nacional de Eventos
por Assento/Dia em 2013
TIPOS DE ESPAÇOS PREÇOS MÉDIOS EM R$ -
ASSENTO/DIA
Clubes, Ginásios e Arenas R$ 4,78
Sitio e Chácaras R$ 5,28
Instituições de Ensino R$ 8,84
Museu e Centro Cultural R$ 7,16
Parque e Jardim R$ 7,77
Teatro e Auditório R$ 7,85
Centros de Convenções e Exposições R$ 9,10
Casas Noturnas R$ 9,68
Casas e Salão de Festas R$ 9,80
Resorts R$ 10,26
Marinas R$ 10,98
Bares e Restaurantes R$ 13,42
Hotéis e Demais meios de Hospedagens R$ 13,66
Média Geral R$ 9,90
Fonte: ABEOC BRASIL e SEBRAE/2013.
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Quadro 26 – Preços Médios Praticados pela Indústria Nacional de Eventos
por Metro Quadrado Locado / Dia em 2013
TIPOS DE ESPAÇOS PREÇOS MÉDIOS EM R$ - m2/DIA
Clubes, Ginásios e Arenas. R$ 5,70
Instituições de Ensino R$ 7,65
Museu e Centro Cultural R$ 7,98
Teatro e Auditório R$ 8,69
Centros de Convenções e Exposições R$ 6,70
Resorts R$ 7,99
Marinas R$ 11,87
Hotéis e Demais meios de Hospedagens R$ 13,99
Média Geral R$ 11,27
Fonte: ABEOC BRSIL e SEBRAE/2013.
Em ambos os casos as médias de preços praticadas pela indústria de eventos nacional é
menor do que a disposição da sociedade iguaçuenses em pagar por eventos, vez que esta estaria
disposta a pagar por pessoa R$ 15,00, enquanto que a maior média nacional foi de R$ 11,27.
Quadro 27 – Perfil dos Entrevistados, Temas e Posicionamentos.
Fonte: SMTU/2015
PERFIL DOS ENTREVISTADOS FAVORÁVEIS CONTRÁRIOS
Gênero
Masculino 47% 3%
Feminino 34% 16%
Faixa Etária
18 a 24 anos 13% 3%
25 a 29 anos 6% 5%
30 a 39 anos 22% 3%
40 a 49 anos 16% 3%
50 a 59 anos 11% 3%
Mais de 60 anos 13% 2%
Escolaridade
Fundamental 11% 3%
Médio 46% 8%
Superior Incompleto 8% 3%
Superior Completo 10% 5%
Pós - Graduação 5% 0%
Sem instrução formalçaçletoto 1% 0%
Faixa de Renda
Até R$1.000,00 25% 10%
R$1.001,00 a R$2.000,00 27% 5%
R$2.001,00 a R$3.000,00 14% 5%
R$3.001,00 a R$4.000,00 6% 0%
R$4.001,00 a R$5.000,00 3% 0%
Mais de R$5.001,00 5% 0%
Resultado Geral 81% 19%
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A seguir apresenta-se um relato dos Técnicos da SMTU, sobre os resultados da pesquisa que
descrevem o comportamento da sociedade local.
“Foz do Iguaçu é um dos principais destinos turísticos do Brasil, reconhecido por suas
atrações singulares, bem como por sua diversificada oferta turística. Tais atributos
contribuíram para que em anos recentes o destino tivesse um fluxo crescente de turistas. Foi
realizado em 13 de maio de 2015, um levantamento qualitativo junto a população local sobre
a possibilidade da Concessão, bem como, o valor médio da disposição a pagar por eventos do
Centro de Convenções de Foz do Iguaçu. Na totalidade dos entrevistados, 51% eram homens
e 49% mulheres. Foram entrevistados moradores de diversas faixas etárias. Dentre as faixas
etárias pesquisadas, a faixa de idade entre 30 a 39 anos alcançou 25% dos entrevistados,
seguida pela faixa de idade entre 40 a 49 anos 19%, e os de idade entre 18 a 24, 16%. Do total
de entrevistados, 97% eram de Foz, enquanto 3% eram de municípios vizinhos. Com relação à
concessão do Centro de Convenções para uma empresa administrar, 81% dos entrevistados
concordam com a permissão, sendo que apenas 19% discordam do mesmo. O valor médio
sugerido pelos entrevistados para a participação de eventos no local é de R$ 15,00 (quinze
reais).” SMTU/2015
O relato acima retrata o posicionamento da sociedade, que dispondo de informações sobre o
desempenho do Centro de Convenções nos últimos anos, sim porque as informações são publicadas,
opinam, na sua maioria, pela sua concessão a iniciativa privada.
7.4. O Valor de Outorga Para Concessão
O valor de outorga foi calculado observando as condições mínimas do mercado de eventos e
apresentado no quadro abaixo.
Quadro 28 – Valor de Outorga Mínimo
FIXA INICIAL DE 36
PARCELAS DE R$ 30.000,00
VARIÁVEL DE 5% DA
RECEITA BRUTA TOTAL
1 360 360
2 360 360
3 360 360
4 489 489
5 629 629
6 646 646
7 664 664
8 681 681
9 699 699
10 716 716
11 734 734
12 751 751
13 769 769
14 786 786
15 804 804
16 821 821
17 839 839
18 856 856
19 874 874
20 891 891
21 909 909
22 926 926
23 944 944
24 961 961
25 979 979
26 996 996
27 1.014 1.014
28 1.031 1.031
29 1.049 1.049
30 1.066 1.066
SOMA 1.080 22.521 23.601
VALOR ESTIMADO DA OUTORGA - R$/1000
ANO
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O Valor de Outorga Estimado considerou 5% sobre a receita bruta, durante trinta anos. O
ISSQN levou em conta uma alíquota de 5%. Quanto ao valor estimado da desoneração considerou
os custos atuais estimados de R$ 80 mil mês, corrigidos pela inflação medida pelo IPCA de 3,08%
ao ano.
Como se observa durante o período da concessão somando todos os benefícios diretos para o
Município se acumula um valor de R$ 116,9 milhões, desconsiderando a valorização imobiliária do
bem em questão. Mais do que isso, o patrimônio continua sendo do Município e demais acionistas,
além do que concretizando a concessão se consolidará uma indústria de eventos em Foz do Iguaçu,
que impulsionará a rede hoteleira.
Quadro 28.1 – Estimativa dos Benefícios da Outorga – R$/1000
VALOR ESTIMADO DE
OUTORGA VARIÁVEL
VALOR STIMADO DO
ISSQN
VALOR ESTIMADO DA
DESONERAÇÃO
ESTIMATIVA DE
INVESTIMENTOS
VALOR ESTIMADO
TOTAL
1 360 - 960 22.058 23.378
2 360 341 989 - 1.690
3 360 398 1.018 2.314 4.090
4 489 489 1.049 2.027
5 629 629 1.080 2.338
6 646 646 1.113 2.405
7 664 664 1.146 2.474
8 681 681 1.181 2.543
9 699 699 1.216 2.613
10 716 716 1.253 2.685
11 734 734 1.290 2.757
12 751 751 1.329 2.831
13 769 769 1.369 2.906
14 786 786 1.410 2.982
15 804 804 1.452 3.059
16 821 821 1.496 3.138
17 839 839 1.541 3.218
18 856 856 1.587 3.299
19 874 874 1.634 3.382
20 891 891 1.683 3.466
21 909 909 1.734 3.551
22 926 926 1.786 3.638
23 944 944 1.839 3.727
24 961 961 1.895 3.817
25 979 979 1.951 3.909
26 996 996 2.010 4.002
27 1.014 1.014 2.070 4.098
28 1.031 1.031 2.132 4.195
29 1.049 1.049 2.196 4.294
30 1.066 1.066 2.262 4.395
SOMA 23.601 23.260 45.672 24.372 116.906
ESTIMATIVA DOS BENEFÍCIOS DA OUTORGA PARA A CONCEDENTE - R$/1000
ANO
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8. ASPECTOS OPERACIONAIS
Este tópico é dedicado às questões de ordem operacional, as quais se conformam com as
exigências mínimas para a concessão. Por isso aborda aspectos como exigências mínimas para
concessão, que inclui o programa básico de investimentos, a estrutura de custos, os preços de
mercado, os preços implícitos e outros.
8.1. As Exigências Mínimas da Concessão
São exigências mínimas para a concessão do Centro de Convenções para garantia da sua
viabilidade econômica e financeira e dos benefícios que serão gerados as seguintes:
∙ O programa básico de investimentos que assegura a conclusão e a manutenção do bom
estado do equipamento;
∙ O cronograma de investimentos de até 03 (três) anos, seguido de manutenção preventiva,
para que ao final do contrato o equipamento não esteja sucateado;
∙ O valor de outorga variável mensal que tem por objetivo remunerar os acionistas pela
com cessão do bem para a exploração da iniciativa privada, neste caso, a partir do
faturamento bruto mensal, aplicando-se um percentual de 5%;
∙ A Outorga Inicial Fixa de 36 parcelas de R$ 30.000,00 a partir da assinatura do contrato;
∙ Estimativa de uma taxa de ocupação mínima anual de 23% da área atualmente disponível
para locação;
∙ Um preço mínimo por m2 de locação de R$ 2,75 tendo em vista que este é o padrão
praticado no Brasil.
Os investimentos que devem ser considerados foram estimados em reais e contemplam todas
as variações possíveis e as margens de erros das projeções. Os valores necessários de investimentos
mínimos foram levantados por profissionais de arquitetura em 2017.
Quadro 29 – Usos e Fontes de Recursos
USOS DE RECURSOS VALOR R$ FONTES DE RECURSOS VALOR R$
1. Investimento Fixo 22.058.271,00 3. Recursos Próprios
1.1 Obras e Serviços de Edificação 10.981.397,00 3.1. Patrimônio Líquido
1.2 Energia Elétrica 1.500.000,00 3.2. Aumento de Capital 23.138.271,00
1.3 Climatização 4.400.000,00 4 Recursos de Terceiros
1.4 Incêndio e Segurança 4.227.074,00 4.1. BNDES
1.5 Equipamentos, Móveis e Utensílios 500.500,00 4.2. FINAME
1.6 Comunicação Visual 57.000,00 4.3. PROGER
1.7 Internet 70.000,00 4.4. Outros
1.8 Projetos, Licenças e Edificações 322.300,00
2. Investimento Financeiro 1.080.000,00
2.1 Despesas Pré-Operacionais -
2.2 Capital de Giro -
2.3 Outorga Inicial Fixa (36 parcelas de R$ 30.000,00) 1.080.000,00
TOTAL USOS 23.138.271,00 TOTAL DAS FONTES 23.138.271,00
MARGEM PARA CONTINGÊNCIA 2.313.827,10 RECURSOS PRÓPRIOS 2.313.827,10
TOTAL GERAL COM MARGEM PARA CONTINGÊNCIA 25.452.098,10 25.452.098,10
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Quadro 30 – CAPEX – Detalhamento dos Usos
DETALHAMENTO VALOR ESTIMADO (R$)
Projetos complementares CC (estrutural, elétrico e hidráulico) 146.500
Projeto arquitetônico de reforma CC 175.800
1.2- Estacionamento Cálculo do número de vagas e retorno --
Pintura Predial 464.068
Troca de forro salões 1.232.612
Execução forro pavilhão 1.586.816
Pintura de piso 722.207
Adequação banheiros 146.500
Adequação pluvial (manutenção da cobertura) 110.866
Adequação entradas 180.000
Troca de janelas 414.000
Revisão de portas 85.000
1.4- Área Externa Fechamento da estrutura da cobertura 669.438
1.5- Cozinha Reforma e compra de equipamentos 350.000
1.6- Restaurante Reforma e troca de vidros 326.400
1.7- Construção Café Orçamento para obra Café parte externa 650.900
1.8- Acessibilidade Adequação às normas (rampas) 50.000
1.9- Espaço Administrativo Criação de salas para setor administrativo (1º subsolo) 722.400
Fechamento da estrutura auxiliar 260.000
Estrutura auxiliar 245.180
Divisórias móveis (com revestimento) 2.600.000
1.11- Palco e Salas Adequação palco e salas 53.280
1.12- Área Técnica Salas Preparação de área técnica forro (som, iluminação, box) 47.000
1.13- Paisagismo Custo básico para limpeza e estética 64.730
2.1-Subestação Readequação/modernização 500.000
2.2- Geradores Geração (A) / Locação (B) 1.000.000
3- Climatização 3.1- Ar-condicionado Orçamento e estudo de aproveitamento 4.400.000
4.1- Projeto Projeto de prevenção e combate a incêndio e pânico CC 64.400
4.2- Combate à Incêndio Revisão e adequação às normas 176.899
Reservatório de água para sprinkler 119.000
Casa de bombas (nova) 192.500
Sensores, sprinklers, mangueiras 3.537.975
CFTV (48 câmeras + 2 DVRs + no-break + dome + instalação) 84.300
Revisão nas grades 52.000
Cadeiras para auditório (1500) Acoor 7.000 322.500
Palco móvel (60m2) 20.000
Carrinhos 18.000
Máquina lava e seca piso Karcher 72.000
Plataforma 12m bateria 68.000
6.1- Placas e sinalização Adequação às normas 12.000
6.2- Mídias Painéis de mídia (locação de espaços) 45.000
7- Internet 7.1- WIFI Empresas técnicas (orçamento) Link Solution 70.000
8 - Custo Pré-Operacional 8.1- Outorga Inicial Fixa Ortorga Inicial Fixa (36 parcelas de R$ 30.000,00) 1.080.000
23.138.271
2.313.827,10
25.452.098,10TOTAL GERAL
Margem de Contingência ( 10% )
6- Comunicação Visual
TOTAL CAPEX
2- Energia
4- Incêndio e Segurança 4.3- Incêndio
4.4- Segurança
5- Móveis, Utensílios e Equipamentos
5.1- Mobiliário
5.2- Equipamentos
OBJETO
1- Obras e Serviços de Edificação
1.1- Projetos
1.3- Reforma Predial
1.10- Divisórias
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O quadro anterior demonstra as principais aplicações de recursos e suas fontes, destacando
que o valor estimado para investimentos é de R$ 25,4 milhões, porém incluindo uma margem de
10% para eventuais contingências ou aumentos de preços no decorrer das obras.
Quadro 31 – Cronograma de Investimentos
O cronograma de investimentos acima é uma estimativa de uso de recursos no tempo. Não
se trata de uma obrigação rígida e imutável, podendo a Concessionária apresentar prazos
alternativos ao Poder Concedente que avaliará a necessidade e conveniência de alteração, podendo
repactuar os termos contratuais.
8.2. A Estrutura Básica de Custos
O OPEX apresentado no quadro a seguir diz respeito à estrutura de custos operacionais, ou
seja, os custos após os investimentos, quando o empreendimento entra em operação, por tempo
indeterminado ou enquanto durar a concessão. Além disso, inclui os custos fixos que independem
das vendas e os custos variáveis que dependem das vendas. Inclui uma outorga variável de 5%
(cinco por cento) das receitas brutas das operações, que serão pagos após vencido o prazo de
carência de 3 (três) anos contados da data de assinatura do contrato. O período de carência coincide
com os 36 (trinta e seis) meses, em que serão pagas as 36 parcelas fixas de R$ 30.000,00,
correspondentes a Outorga Fixa Inicial. As projeções consideram uma inflação medida pelo IPCA
de 3,08% ao ano, conforme BCB – Banco Central do Brasil. As premissas adotadas serão
apresentadas no item 09 a seguir. Coforme as premissas definidas por especialistas na área de
eventos e centros de convenções são suficientes para uma boa operação e manutenção dos espaços.
CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO - R$ ANO1 ANO2 ANO3
1. CENTRO DE CONVENÇÕES 22.058.271,00
Obras e Serviços de Edificação 11.303.697,00
Energia 1.500.000,00
Climatização 4.400.000,00
Incêndio e Segurança 4.227.074,00
Móveis, Utensílios e Equipamentos 500.500,00
Comunicação Visual 57.000,00
Internet 70.000,00
2. OUTORGA 360.000,00 360.000,00 360.000,00
Projetos, Licenças e Edificações
Equipamentos e Mobiliários
Despesas Pre-Operacionais
Capital de Giro
Outorga Inicial Fixa (36 parcelas de R$ 30.000,00) 360.000,00 360.000,00 360.000,00
TOTAL 22.418.271,00 360.000,00 360.000,00
MARGEM PARA CONTINGÊNCIA 2.313.827,10
TOTAL GERAL 22.418.271,00 360.000,00 2.673.827,10
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Quadro 32 – OPEX – Estrutura de Custos Operacionais – R$/1000
ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 ANO 6 ANO 7 ANO 8 ANO 9 ANO 10 ANO 11 ANO 12 ANO 13 ANO 14 ANO 15 ANO 16 ANO 17 ANO 18 ANO 19 ANO 20 ANO 21 ANO 22 ANO 23 ANO 24 ANO 25 ANO 26 ANO 27 ANO 28 ANO 29 ANO 30
0% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%
INFLAÇÃO - IPCA - BCB 03/11/2017 0% 0,0% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08%
1. Custos CECONFI 2.367 2.473 2.546 2.619 2.692 2.765 2.838 2.911 2.983 3.056 3.129 3.202 3.275 3.348 3.421 3.494 3.567 3.639 3.712 3.785 3.858 3.931 4.004 4.077 4.150 4.223 4.295 4.368 4.441
1.1 Custos Variáveis 246 257 264 272 280 287 295 302 310 317 325 333 340 348 355 363 370 378 386 393 401 408 416 423 431 439 446 454 461
Comunicação e Marketing
Associações de Classe 22 23 23 24 25 25 26 27 27 28 29 29 30 31 31 32 33 33 34 35 35 36 37 37 38 39 39 40 41
Esforços Marketing Institucional 22 23 23 24 25 25 26 27 27 28 29 29 30 31 31 32 33 33 34 35 35 36 37 37 38 39 39 40 41
Agência/Ass. Imprensa 24 25 26 27 27 28 29 30 30 31 32 32 33 34 35 35 36 37 38 38 39 40 41 41 42 43 44 44 45
Despesas para Eventos
Limpeza 72 75 77 80 82 84 86 89 91 93 95 97 100 102 104 106 109 111 113 115 117 120 122 124 126 128 131 133 135
Segurança 36 38 39 40 41 42 43 44 45 46 48 49 50 51 52 53 54 55 56 58 59 60 61 62 63 64 65 66 68
Energia 71 74 76 78 80 83 85 87 89 91 93 96 98 100 102 104 106 109 111 113 115 117 119 122 124 126 128 130 133
1.2 Custos Fixos 2.121 2.216 2.282 2.347 2.412 2.478 2.543 2.608 2.674 2.739 2.804 2.869 2.935 3.000 3.065 3.131 3.196 3.261 3.327 3.392 3.457 3.523 3.588 3.653 3.719 3.784 3.849 3.915 3.980
Energia, Água e Combustíveis
Energia Eletrica (ADM) 96 100 103 106 109 112 115 118 121 124 127 130 133 136 139 142 145 148 151 154 156 159 162 165 168 171 174 177 180
Sanepar - Água e Esgoto (ADM) 48 50 52 53 55 56 58 59 61 62 63 65 66 68 69 71 72 74 75 77 78 80 81 83 84 86 87 89 90
Compra Óleo Diesel p/Gerador 48 50 52 53 55 56 58 59 61 62 63 65 66 68 69 71 72 74 75 77 78 80 81 83 84 86 87 89 90
Gás operação A&B 10 10 10 11 11 11 12 12 12 12 13 13 13 14 14 14 14 15 15 15 16 16 16 17 17 17 17 18 18
Manutenção, paisagismo, reformas e equipamentos
Aluguel de Caçamba 4 4 4 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5 5 5 5 5 6 6 6 6 6 6 6 6 6 7 7 7
Aquisição de EPI's x NR10 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4
Forração palcos/TNT/Fitas dupla face 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 6 6
Limpeza de fachada e vidros externos (semestral) 12 13 13 13 14 14 14 15 15 15 16 16 17 17 17 18 18 18 19 19 20 20 20 21 21 21 22 22 23
Manutenção anual subestação 6 6 6 7 7 7 7 7 8 8 8 8 8 8 9 9 9 9 9 10 10 10 10 10 11 11 11 11 11
Manutenção bombas de água potável e gelada 6 6 6 7 7 7 7 7 8 8 8 8 8 8 9 9 9 9 9 10 10 10 10 10 11 11 11 11 11
Manutenção Mobiliário 9 9 10 10 10 11 11 11 11 12 12 12 12 13 13 13 14 14 14 14 15 15 15 16 16 16 16 17 17
Manutenção paredes móveis 16 17 17 18 18 19 19 20 20 21 21 22 22 23 23 24 24 25 25 26 26 27 27 28 28 29 29 30 30
Manutenção portas de emergência 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 6 6
Material Civil (Tintas, placas de forro etc.) 7 8 8 8 8 8 9 9 9 9 10 10 10 10 10 11 11 11 11 12 12 12 12 12 13 13 13 13 14
Material elétrico (Lâmpadas, soquetes, etc.) 10 10 10 11 11 11 12 12 12 12 13 13 13 14 14 14 14 15 15 15 16 16 16 17 17 17 17 18 18
Material hidraúlico (torneiras automáticas, reparos, etc.) 4 4 4 4 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 6 6 6 6 6 6 6 6 6 7
Peças p/ Ar Condicionado - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Peças p/ Elevadores PNE 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Recargas de extintores 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 5 5 5
Limpeza e manutenção predial 18 19 19 20 20 21 22 22 23 23 24 24 25 25 26 27 27 28 28 29 29 30 30 31 32 32 33 33 34
Paisagismo/Grama 11 11 12 12 12 13 13 13 14 14 14 15 15 15 16 16 16 17 17 17 18 18 18 19 19 19 20 20 20
Manutenção máquinas (Lavadora de Piso/Plataforma) 24 25 26 27 27 28 29 30 30 31 32 32 33 34 35 35 36 37 38 38 39 40 41 41 42 43 44 44 45
Revisão Sistema de incêndio - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Serviços de Terceiros
Limpeza 216 226 232 239 246 252 259 266 272 279 286 292 299 306 312 319 326 332 339 345 352 359 365 372 379 385 392 399 405
Segurança 480 502 516 531 546 561 576 590 605 620 635 649 664 679 694 709 723 738 753 768 782 797 812 827 842 856 871 886 901
2 Geradores 500 Kva (Manutenção) 18 19 19 20 20 21 22 22 23 23 24 24 25 25 26 27 27 28 28 29 29 30 30 31 32 32 33 33 34
Desinsetização 6 6 6 7 7 7 7 7 8 8 8 8 8 8 9 9 9 9 9 10 10 10 10 10 11 11 11 11 11
Contrato de manutenção de Ar condicionado - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Gerador Peças (Previsão ano) 18 19 19 20 20 21 22 22 23 23 24 24 25 25 26 27 27 28 28 29 29 30 30 31 32 32 33 33 34
Juridico 24 25 26 27 27 28 29 30 30 31 32 32 33 34 35 35 36 37 38 38 39 40 41 41 42 43 44 44 45
Contabilidade 22 23 23 24 25 25 26 27 27 28 29 29 30 31 31 32 33 33 34 35 35 36 37 37 38 39 39 40 41
Seguros
Seguro Incêndio 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 54 55 56
Seguros RCF 25 26 27 28 28 29 30 31 32 32 33 34 35 35 36 37 38 38 39 40 41 42 42 43 44 45 45 46 47
Folha de Pagamentos - Internos
Salários 682 712 733 754 775 796 817 838 859 880 901 922 943 964 985 1.006 1.027 1.048 1.069 1.090 1.111 1.132 1.153 1.174 1.195 1.216 1.237 1.258 1.279
Vale Transporte 10 11 11 11 12 12 12 12 13 13 13 14 14 14 15 15 15 16 16 16 17 17 17 17 18 18 18 19 19
Vale Refeição 30 32 33 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57
Encargos 139 146 150 154 159 163 167 171 176 180 184 189 193 197 202 206 210 214 219 223 227 232 236 240 244 249 253 257 262
Horas Extras 31 33 34 35 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59
Custos Administrativos
Mat. Escrit./Malotes/Cópias/Impressões Holerits 16 16 17 17 18 18 19 19 20 20 21 21 22 22 23 23 24 24 24 25 25 26 26 27 27 28 28 29 29
Segurança e Medicina do Trabalho 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Assinatura Periódicos 5 5 5 5 5 6 6 6 6 6 6 6 7 7 7 7 7 7 8 8 8 8 8 8 8 9 9 9 9
Treinamento 18 19 19 20 20 21 22 22 23 23 24 24 25 25 26 27 27 28 28 29 29 30 30 31 32 32 33 33 34
Uniformes 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 6 6 6 6
Despeas Financeiras das Operações
Despesas Bancárias (cpmf, tarifas, impostos) 10 10 10 11 11 11 12 12 12 12 13 13 13 14 14 14 14 15 15 15 16 16 16 17 17 17 17 18 18
TOTAL DE CUSTOS ANTES DA OUTORGA 2.367 2.473 2.546 2.619 2.692 2.765 2.838 2.911 2.983 3.056 3.129 3.202 3.275 3.348 3.421 3.494 3.567 3.639 3.712 3.785 3.858 3.931 4.004 4.077 4.150 4.223 4.295 4.368 4.441
3. Custos da Outorga VARIÁVEL
3.1 Outorga 5% Sobre Receita Bruta (Após Outorga Inicial Fixa) 489 629 646 664 681 699 716 734 751 769 786 804 821 839 856 874 891 909 926 944 961 979 996 1.014 1.031 1.049 1.066
TOTAL DE CUSTOS APOS A OUTORGA 2.367 2.473 3.035 3.248 3.338 3.428 3.519 3.609 3.700 3.790 3.880 3.971 4.061 4.152 4.242 4.332 4.423 4.513 4.603 4.694 4.784 4.875 4.965 5.055 5.146 5.236 5.327 5.417 5.507
PROJEÇÃO DE CUSTOS - R$/1000 - OPEX
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8.3. A Formação dos Preços do Mercado
As avaliações econômicas a preço de mercado tiveram como referência os preços médios
nacionais praticados: Preços Médios por M2
de locação = R$ 5,16;
8.4. A Formação dos Preços Implícitos
As avaliações econômicas a preços implícitos podem considerar o preço obtido através de
pesquisa de campo junto à comunidade, que teve as seguintes disposições a pagar:
a) Preços Médios por Assento = R$ 15,00;
b) Diferenças em relação ao preço por M2 de locação = R$ 9,84.
8.5. Estratégias Comerciais Possíveis
As políticas comerciais ficam a cargo do operador, sendo que o mesmo deve cumprir as
exigências mínimas em termos de ocupação e preços praticados. E também, o calculo do valor
mensal de outorga com base na receita bruta das operações.
Outro aspecto é que na estrutura de custos já se prever custos com propagando e
publicidade, contratação de pessoas temporárias e outros gastos de natureza comercial. Além disso,
existe a previsão do pagamento de comissões de vendas o que facilita as parcerias comerciais com
os diversos agentes da indústria de eventos.
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9. PROJEÇÕES ECONÔMICAS E FINANCEIRAS
Os cenários econômicos apontam para um crescimento da inflação, fraco desempenho da
economia e redução da renda familiar disponível. Entretanto, este contexto é cíclico e o que se
espera que se dissipe nos próximos anos. A indústria de eventos no Brasil e no Mundo apresenta
comportamentos bem diferentes da economia brasileira. As taxas médias de crescimento diferem
das taxas de crescimento da economia como se demonstrou anteriormente. Este é um seguimento,
que vem sendo considerado como uma forma de dinamizar os negócios, portanto é nas crises
econômicas que amplia sua relevância. Como já dissemos trata-se de uma oportunidade impar de
investimentos, que poderá resultar em grandes benefícios para os investidores e para a sociedade.
9.1. As Premissas Básicas Adotadas
Neste tópico apresenta-se um quadro geral dos parâmetros adotados nas projeções e
estimativas que se seguirão.
Quadro 33 – Premissas Básicas Adotadas na Modelagem
PREMISSAS DE RECEITASUnidade de
Medida Quantidades
Valor por Dia ou
Médio R$Ocupação média Dias Ocupação
Cenário
Conservador
Cenário
Pessimista
-10%
Cenário
Potencial
+10%
1. Receitas CECONFI 10.379.498 9.203.495 11.248.717
Pavilhão Cataratas m² 10.256 4,19 25,0% 91,3 3.923.750 3.531.375 4.316.125
Auditório Naipi m² 360 5,56 15,0% 54,8 109.500 98.550 120.450
Largo Tarobá m² 576 3,47 15,0% 54,8 109.500 98.550 120.450
Salão Iguaçu m² 3.500 6,29 35,0% 127,8 2.810.500 2.529.450 3.091.550
Auditório Itaipu m² 3.500 6,29 25,0% 91,3 2.007.500 1.806.750 2.208.250
Locação Empresa A&B Meses 12 45.000 100,0% - 540.000 486.000 594.000
Receitas A&B Pessoas 53.880 12,00 23,0% 84,0 148.709 133.838 163.580
Estacionamento Vagas 895 10,00 35,0% 127,8 1.143.363 1.029.026 1.257.699
Painéis de mídia (locação de espaços) m² 8 150,00 23,0% 84,0 100.740 90.666 110.814
Cafeteria/Lojas Pessoas 53.880 7,00 23,0% 84,0 86.747 78.072 95.421
Receitas de Eventos
Limpeza, segurança, parcerias, avarias e locação de equipamentos m² 18.192 0,20 23,0% 84,0 305.626 275.063 336.188
Energia (Eventos) m² 18.192 0,05 23,0% 84,0 76.406 68.766 84.047
Impostos (PIS = 0,65%, COFINS = 3,0%, ISS=5,0%) % 8,65 -982.842 -1.022.611 -1.249.857
TOTAL DAS RECEITAS OPERACIONAIS LÍQUIDAS 10.379.498 9.203.495 11.248.717
PREMISSAS DE CAIXA Unidade de
Medida
QuantidadesMe
ses
Valor por
Dia/MédioOcupação média
Dias de
Ocupação
Cenário
Conservador
Cenário
Pessimista
-10%
Cenário
Potencial
+10%
Premissa Recebimento % 98%
A vista % 12 98%
A prazo % 12 0%
Premissa de Pagamentos % 100%
A vista % 12 100%
A prazo % 12 0%
1. Saldo Inicial R$ 1 - - -
2. Capital de Giro R$ 12
3. Recebimentos 10.171.908 9.019.426 11.023.742
3.1 Receitas R$ 12 23% 84,00 10.171.908 9.019.426 11.023.742
4. Pagamentos 2.366.646 2.129.982 2.603.311
4.1 Custos 2.366.646 2.129.982 2.603.311
4.1.1 Custos Variáveis R$ 12 23% 84,00 245.828 221.245 270.410
4.1.2 Custos Fixos R$ 12 100% 365,00 2.120.819 1.908.737 2.332.901
5. Saldo 12 7.805.261 6.889.444 8.420.431
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Trata-se do quadro de referência composto com base na opção mais conservadora possível.
O propósito é apresentar um resumo geral de todos os parâmetros adotados nos cálculos efetuados.
Neste quadro são apresentados os parâmetros da indústria nacional de eventos, da indústria local de
eventos e do Centro de Convenções. Além disso, constam os valores de referência do mercado.
O quadro das premissas é importante, pois traduz a forma como se projetou custos, vendas,
resultados, valores adicionados, benefícios, caixa e índices de viabilidade. Ou seja, todos os
aspectos econômicos e financeiros dependem deste quadro básico de premissas.
PREMISSAS DE CUSTOS Unidade de
Medida Quantidades
Valor por
Dia/MédioOcupação média
Dias de
Ocupação
Cenário
Conservador
Cenário
Pessimista
-10%
Cenário
Potencial
+10%
1. Custos CECONFI
1.1 Custos Variáveis 245.828 221.245 270.410
Comunicação e Marketing
Associações de Classe m² 18.192 0,0141 23,0% 84,0 21.600 19.440 23.760
Esforços Marketing Institucional m² 18.192 0,0141 23,0% 84,0 21.600 19.440 23.760
Agência/Ass. Imprensa m² 18.192 0,0157 23,0% 84,0 24.000 21.600 26.400
Despesas para Eventos
Limpeza m² 18.192 0,0471 23,0% 84,0 72.000 64.800 79.200
Segurança m² 18.192 0,0236 23,0% 84,0 36.000 32.400 39.600
Energia m² 18.192 0,0462 23,0% 84,0 70.628 63.565 77.690
1.2 Custos Fixos 2.120.819 1.908.737 2.332.901
Energia, Água e Combustíveis
Energia Eletrica (ADM) Dia 1 263,01 100,0% 365,0 96.000 86.400 105.600
Sanepar - Água e Esgoto (ADM) Dia 1 131,51 100,0% 365,0 48.000 43.200 52.800
Compra Óleo Diesel p/Gerador Dia 1 131,51 100,0% 365,0 48.000 43.200 52.800
Gás operação A&B Dia 1 26,30 100,0% 365,0 9.600 8.640 10.560
Manutenção, paisagismo, reformas e equipamentos
Aluguel de Caçamba Dia 1 9,86 100,0% 365,0 3.600 3.240 3.960
Aquisição de EPI's x NR10 Dia 1 5,48 100,0% 365,0 2.000 1.800 2.200
Forração palcos/TNT/Fitas dupla face Dia 1 8,22 100,0% 365,0 3.000 2.700 3.300
Limpeza de fachada e vidros externos (semestral) Dia 1 32,88 100,0% 365,0 12.000 10.800 13.200
Manutenção anual subestação Dia 1 16,44 100,0% 365,0 6.000 5.400 6.600
Manutenção bombas de água potável e gelada Dia 1 16,44 100,0% 365,0 6.000 5.400 6.600
Manutenção Mobiliário Dia 1 24,66 100,0% 365,0 9.000 8.100 9.900
Manutenção paredes móveis Dia 1 43,84 100,0% 365,0 16.000 14.400 17.600
Manutenção portas de emergência Dia 1 8,22 100,0% 365,0 3.000 2.700 3.300
Material Civil (Tintas, placas de forro etc.) Dia 1 19,73 100,0% 365,0 7.200 6.480 7.920
Material elétrico (Lâmpadas, soquetes, etc.) Dia 1 26,30 100,0% 365,0 9.600 8.640 10.560
Material hidraúlico (torneiras automáticas, reparos, etc.) Dia 1 9,59 100,0% 365,0 3.500 3.150 3.850
Peças p/ Ar Condicionado Dia 1 - 100,0% 365,0 - - -
Peças p/ Elevadores PNE Dia 1 1,92 100,0% 365,0 700 630 770
Recargas de extintores Dia 1 6,85 100,0% 365,0 2.500 2.250 2.750
Limpeza e manutenção predial Dia 1 49,32 100,0% 365,0 18.000 16.200 19.800
Paisagismo/Grama Dia 1 29,59 100,0% 365,0 10.800 9.720 11.880
Manutenção máquinas (Lavadora de Piso/Plataforma) Dia 1 65,75 100,0% 365,0 24.000 21.600 26.400
Revisão Sistema de incêndio Dia
Serviços de Terceiros
Limpeza Dia 1 591,78 100,0% 365,0 216.000 194.400 237.600
Segurança Dia 1 1.315,07 100,0% 365,0 480.000 432.000 528.000
2 Geradores 500 Kva (Manutenção) Dia 1 49,32 100,0% 365,0 18.000 16.200 19.800
Desinsetização Dia 1 16,44 100,0% 365,0 6.000 5.400 6.600
Contrato de manutenção de Ar condicionado Dia 1 - 100,0% 365,0 - - -
Gerador Peças (Previsão ano) Dia 1 49,32 100,0% 365,0 18.000 16.200 19.800
Juridico Dia 1 65,75 100,0% 365,0 24.000 21.600 26.400
Contabilidade Dia 1 59,18 100,0% 365,0 21.600 19.440 23.760
Seguros
Seguro Incêndio Dia 1 82,19 100,0% 365,0 30.000 27.000 33.000
Seguros RCF Dia 1 68,49 100,0% 365,0 25.000 22.500 27.500
Folha de Pagamentos - Internos
Salários Dia 1 1.867,40 100,0% 365,0 681.600 613.440 749.760
Vale Transporte Dia 1 27,77 100,0% 365,0 10.138 9.124 11.151
Vale Refeição Dia 1 82,85 100,0% 365,0 30.240 27.216 33.264
Encargos Dia 1 382,03 100,0% 365,0 139.440 125.496 153.384
Horas Extras Dia 1 85,48 100,0% 365,0 31.200 28.080 34.320
Custos Administrativos
Mat. Escrit./Malotes/Cópias/Impressões Holerits Dia 1 42,74 100,0% 365,0 15.600 14.040 17.160
Segurança e Medicina do Trabalho Dia 1 0,00 100,0% 365,0 1 1 1
Assinatura Periódicos Dia 1 13,15 100,0% 365,0 4.800 4.320 5.280
Treinamento Dia 1 49,32 100,0% 365,0 18.000 16.200 19.800
Uniformes Dia 1 8,49 100,0% 365,0 3.100 2.790 3.410
Despeas Financeiras das Operações
Despesas Bancárias (cpmf, tarifas, impostos) Dia 1 26,30 100,0% 365,0 9.600 8.640 10.560
TOTAL DE CUSTOS ANTES DA OUTORGA 2.366.646 2.129.982 2.603.311
3. Custos da Outorga VARIÁVEL
3.1 Outorga 5% Sobre Receita Bruta (Após Outorga Inicial Fixa) Concessão 568.117 511.305 624.929
TOTAL DE CUSTOS APOS A OUTORGA 2.934.763 2.641.287 3.228.240
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9.2. As Estimativas de Vendas
O quadro a seguir demonstra a projeção de vendas anuais com base nas premissas e
considerando a evolução das operações. Também leva em conta uma curva de inflação de 3,08% ao
ano, medida pelo IPCA.
As vendas são consideradas conservadoras, pois não inclui a diferença entre preço por metro
quadrado e preço por assento cobrado nos eventos. Além disso, não inclui outras diversas receitas
possíveis, tendo em vista a dificuldade de previsão precisa.
As projeções de vendas foram consideradas conservadores, tendo em vista que Foz do
Iguaçu, já é um destino consolidado, atrai um grande contingente de turistas, esta em 3º lugar no
ranking brasileiro de eventos internacionais, a frente de grandes cidades como Salvador, Brasília,
Florianópolis e Curitiba.
Entende-se também que mesmo com estes atributos a taxa de ocupação média não poderia
ser diferente daquela auferida no Brasil pela indústria de eventos nacional.
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Quadro 34 – Projeções de Vendas Anuais – em R$/1000
ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 ANO 6 ANO 7 ANO 8 ANO 9 ANO 10 ANO 11 ANO 12 ANO 13 ANO 14 ANO 15 ANO 16 ANO 17 ANO 18 ANO 19 ANO 20 ANO 21 ANO 22 ANO 23 ANO 24 ANO 25 ANO 26 ANO 27 ANO 28 ANO 29 ANO 30
0% 60% 70% 80% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%
INFLAÇÃO - IPCA - BCB 03/11/2017 0% 0,0% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08%
1. Receitas CECONFI- 6.817 7.954 9.779 12.574 12.924 13.273 13.623 13.973 14.323 14.673 15.023 15.373 15.723 16.073 16.423 16.773 17.123 17.473 17.823 18.173 18.523 18.873 19.223 19.573 19.923 20.273 20.623 20.973 21.323
Pavilhão Cataratas 2.354 2.747 3.377 4.342 4.463 4.584 4.705 4.825 4.946 5.067 5.188 5.309 5.430 5.551 5.671 5.792 5.913 6.034 6.155 6.276 6.396 6.517 6.638 6.759 6.880 7.001 7.122 7.242 7.363
Auditório Naipi 66 77 94 121 125 128 131 135 138 141 145 148 152 155 158 162 165 168 172 175 179 182 185 189 192 195 199 202 205
Largo Tarobá 66 77 94 121 125 128 131 135 138 141 145 148 152 155 158 162 165 168 172 175 179 182 185 189 192 195 199 202 205
Salão Iguaçu 1.686 1.967 2.419 3.110 3.197 3.283 3.370 3.456 3.543 3.629 3.716 3.803 3.889 3.976 4.062 4.149 4.235 4.322 4.409 4.495 4.582 4.668 4.755 4.841 4.928 5.014 5.101 5.188 5.274
Auditório Itaipu 1.205 1.405 1.728 2.221 2.283 2.345 2.407 2.469 2.531 2.592 2.654 2.716 2.778 2.840 2.902 2.963 3.025 3.087 3.149 3.211 3.273 3.334 3.396 3.458 3.520 3.582 3.644 3.705 3.767
Locação Empresa A&B 324 378 465 598 614 631 647 664 681 697 714 731 747 764 781 797 814 830 847 864 880 897 914 930 947 963 980 997 1.013
Receitas A&B 89 104 128 165 169 174 178 183 187 192 197 201 206 210 215 220 224 229 233 238 242 247 252 256 261 265 270 274 279
Estacionamento 686 800 984 1.265 1.300 1.336 1.371 1.406 1.441 1.477 1.512 1.547 1.582 1.617 1.653 1.688 1.723 1.758 1.793 1.829 1.864 1.899 1.934 1.970 2.005 2.040 2.075 2.110 2.146
Painéis de mídia (locação de espaços) 60 71 87 111 115 118 121 124 127 130 133 136 139 143 146 149 152 155 158 161 164 167 170 174 177 180 183 186 189
Cafeteria/Lojas 52 61 75 96 99 101 104 107 109 112 115 117 120 123 125 128 131 133 136 139 141 144 147 149 152 155 157 160 163
Receitas de Eventos
Limpeza, seg., parc., avarias e loc. de Eequip. 183 214 263 338 348 357 366 376 385 395 404 414 423 432 442 451 461 470 479 489 498 508 517 526 536 545 555 564 574
Energia (Eventos) 46 53 66 85 87 89 92 94 96 99 101 103 106 108 110 113 115 117 120 122 125 127 129 132 134 136 139 141 143
TOTAL DE VENDAS - 6.817 7.954 9.779 12.574 12.924 13.273 13.623 13.973 14.323 14.673 15.023 15.373 15.723 16.073 16.423 16.773 17.123 17.473 17.823 18.173 18.523 18.873 19.223 19.573 19.923 20.273 20.623 20.973 21.323
PROJEÇÃO DE VENDAS - R$/1000 CENÁRIO CONSERVADOR
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9.3. As Estimativas de Resultados
As estimativas de resultados aqui apresentadas são aquelas feitas com base no demonstrativo
de resultado estimado para os exercícios. O Propósito deste quadro é demonstrar a capacidade de
geração de Lucro Líquido anual e acumulado. O valor do Imposto de Renda e da CSLL foi
calculado com base no lucro real estimado.
Não se computou despesas financeiras por entender que os futuros operadores terão
capacidade própria de investimentos não necessitando de capital de terceiros que geraria juros e
amortização.
Ao longo do período de 30 anos de concessão as operações produzirão um montante
altamente elevado de Lucro Líquido Acumulado, capaz de promover o retorno do capital investido
e sua remuneração muito antes do termino da concessão. Apesar de representar valores elevados em
reais estes valores, conforme se demonstra nos quadros a seguir, trazidos a valores presentes
demonstram grande coerência e relevância.
A opção por projetar os resultados durante todo o período foi devido à relevância da
informação de lucro acumulado.
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Quadro 35 – Projeções de Resultados Anuais – em R$/1000
ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 ANO 6 ANO 7 ANO 8 ANO 9 ANO 10 ANO 11 ANO 12 ANO 13 ANO 14 ANO 15 ANO 16 ANO 17 ANO 18 ANO 19 ANO 20 ANO 21 ANO 22 ANO 23 ANO 24 ANO 25 ANO 26 ANO 27 ANO 28 ANO 29 ANO 30
0% 60% 70% 80% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%
INFLAÇÃO - IPCA - BCB 03/11/2017 0% 0,0% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08% 3,08%
1. RECEITA OPERACIONAL BRUTA
Projeção das Vendas Brutas - 6.817 7.954 9.779 12.574 12.924 13.273 13.623 13.973 14.323 14.673 15.023 15.373 15.723 16.073 16.423 16.773 17.123 17.473 17.823 18.173 18.523 18.873 19.223 19.573 19.923 20.273 20.623 20.973 21.323
(-)DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA 726- 847- 1.041- 1.339- 1.376- 1.414- 1.451- 1.488- 1.525- 1.563- 1.600- 1.637- 1.675- 1.712- 1.749- 1.786- 1.824- 1.861- 1.898- 1.935- 1.973- 2.010- 2.047- 2.084- 2.122- 2.159- 2.196- 2.234- 2.271-
Devoluções de Vendas
Abatimentos Diversos 136- 159- 196- 251- 258- 265- 272- 279- 286- 293- 300- 307- 314- 321- 328- 335- 342- 349- 356- 363- 370- 377- 384- 391- 398- 405- 412- 419- 426-
Impostos (PIS = 0,65%, COFINS = 3,0%, ISS=5,0%) 590- 688- 846- 1.088- 1.118- 1.148- 1.178- 1.209- 1.239- 1.269- 1.300- 1.330- 1.360- 1.390- 1.421- 1.451- 1.481- 1.511- 1.542- 1.572- 1.602- 1.633- 1.663- 1.693- 1.723- 1.754- 1.784- 1.814- 1.844-
2. RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 6.091 7.107 8.737 11.234 11.547 11.860 12.173 12.485 12.798 13.111 13.423 13.736 14.049 14.361 14.674 14.987 15.299 15.612 15.925 16.238 16.550 16.863 17.176 17.488 17.801 18.114 18.426 18.739 19.052
(-)CUSTOS DAS VENDAS (-) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Custo dos Produtos Vendidos
Custo das Mercadorias
Custo dos Serviços Prestados
3. RESULTADO OPERACIONAL BRUTO 6.091 7.107 8.737 11.234 11.547 11.860 12.173 12.485 12.798 13.111 13.423 13.736 14.049 14.361 14.674 14.987 15.299 15.612 15.925 16.238 16.550 16.863 17.176 17.488 17.801 18.114 18.426 18.739 19.052
(-) DESPESAS OPERACIONAIS 2.367- 2.473- 2.546- 2.619- 2.692- 2.765- 2.838- 2.911- 2.983- 3.056- 3.129- 3.202- 3.275- 3.348- 3.421- 3.494- 3.567- 3.639- 3.712- 3.785- 3.858- 3.931- 4.004- 4.077- 4.150- 4.223- 4.295- 4.368- 4.441-
Despesas Decorrentes das Vendas 246- 257- 264- 272- 280- 287- 295- 302- 310- 317- 325- 333- 340- 348- 355- 363- 370- 378- 386- 393- 401- 408- 416- 423- 431- 439- 446- 454- 461-
Despesas Administrativas 2.121- 2.216- 2.282- 2.347- 2.412- 2.478- 2.543- 2.608- 2.674- 2.739- 2.804- 2.869- 2.935- 3.000- 3.065- 3.131- 3.196- 3.261- 3.327- 3.392- 3.457- 3.523- 3.588- 3.653- 3.719- 3.784- 3.849- 3.915- 3.980-
(-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS
Receitas Financeiras
(-) Despesas Financeiras - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Var. Monetárias e Cambiais Líquidas
4. OUTRAS RECEITAS E DESPESAS
4.1 Resultado da Equivalência Patrimonial
4.2 Venda Ativo Não Circulante
(-) Custo da Venda Ativo
5. RESULTADO OPERACIONAL ANTES IR E CSLL 3.725 4.633 6.191 8.616 8.855 9.095 9.335 9.575 9.815 10.054 10.294 10.534 10.774 11.014 11.253 11.493 11.733 11.973 12.212 12.452 12.692 12.932 13.172 13.411 13.651 13.891 14.131 14.371 14.610
(-) Provisão para IR + CSLL 155- 181- 223- 287- 295- 303- 311- 319- 327- 335- 343- 351- 358- 366- 374- 382- 390- 398- 406- 414- 422- 430- 438- 446- 454- 462- 470- 478- 486-
(-) Outorga Variável 5% Receita Bruta - - - 489- 629- 646- 664- 681- 699- 716- 734- 751- 769- 786- 804- 821- 839- 856- 874- 891- 909- 926- 944- 961- 979- 996- 1.014- 1.031- 1.049- 1.066-
6. LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES 3.569 4.452 5.479 7.700 7.915 8.129 8.343 8.557 8.772 8.986 9.200 9.415 9.629 9.843 10.058 10.272 10.486 10.701 10.915 11.129 11.344 11.558 11.772 11.987 12.201 12.415 12.630 12.844 13.058
6.1 Participações Diversas (Taxa de Administração)
7. RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 3.569 4.452 5.479 7.700 7.915 8.129 8.343 8.557 8.772 8.986 9.200 9.415 9.629 9.843 10.058 10.272 10.486 10.701 10.915 11.129 11.344 11.558 11.772 11.987 12.201 12.415 12.630 12.844 13.058
8. RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO ACUMULADO 3.569 8.021 13.501 21.201 29.116 37.244 45.588 54.145 62.917 71.903 81.103 90.518 100.147 109.991 120.048 130.320 140.807 151.507 162.422 173.552 184.895 196.453 208.225 220.212 232.413 244.828 257.458 270.302 283.360
MARGEM DE LUCRO LÍQUIDA 14,0% 17,5% 21,5% 30,3% 31,1% 31,9% 32,8% 33,6% 34,5% 35,3% 36,1% 37,0% 37,8% 38,7% 39,5% 40,4% 41,2% 42,0% 42,9% 43,7% 44,6% 45,4% 46,3% 47,1% 47,9% 48,8% 49,6% 50,5% 51,3%
PROJEÇÃO DE RESULTADOS - R$/1000 - CENÁRIO
CONSERVADOR
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9.4 As Estimativas de Fluxos de Caixa
Os quadros abaixo apresentam as estimativas dos fluxos de caixa que são de extrema
importância, vez que atendem a um dos fundamentos mais importantes da gestão financeira dos
negócios: capacidade de geração de fluxos de caixas livres no futuro. Sobre este é calculada a TIR
– Taxa Interna de Retorno.
Observe-se que o valor inicial de outorga foi incluído no bloco dos pagamentos a partir da
sua carência e pelo prazo de concessão.
Desde os primeiros anos de operação o saldo final de caixa é positivo, mesmo não incluindo
valores para capital de giro que é uma competência da operadora. Se do contrário tivesse registrado
um saldo inicial de caixa equivalente ao valor inicial de outorga, que é uma exigência mínima da
concedente, os saldos anuais de caixa desde o início seriam bem maiores.
Os quadros adotam as mesmas premissas anteriormente apresentadas e demonstram uma
evolução histórica dos números.
O empreendimento apresenta uma extraordinária capacidade de geração de caixa futuro.
Desta forma observa o principal fundamento das finanças empresariais. Isso permite que o operador
realize investimentos além dos mínimos exigidos, ou antecipe o cronograma dos investimentos. Se
isso ocorrer, amplia-se a capacidade de geração de caixa ainda mais.
Note-se que foram apresentados três cenários, sendo que o principal deles é o Cenário
Conservador, que serve de base para todas as avaliações. Mais ainda a diferença entre os cenários é
de apenas 10% para mais ou para menos nas vendas anuais, demonstrando assim a sensibilidade das
operações e o impacto sobre os resultados.
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Quadro 36 – Projeções de Fluxos de Caixas Anuais (Cenários: Conservador, Pessimista e Potencial)– em R$/1000
ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 ANO 6 ANO 7 ANO 8 ANO 9 ANO 10 ANO 11 ANO 12 ANO 13 ANO 14 ANO 15 ANO 16 ANO 17 ANO 18 ANO 19 ANO 20 ANO 21 ANO 22 ANO 23 ANO 24 ANO 25 ANO 26 ANO 27 ANO 28 ANO 29 ANO 30
0% 60% 70% 80% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%
Premissa Recebimento
A vista 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98%
A prazo 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%
Premissa de Pagamentos
A vista 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%
A prazo 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%
1. Saldo Inicial -22.418 -360 -2.674
2. Capital de Giro (incluso no CAPEX)
3. Recebimentos 6.228 7.266 8.933 11.486 11.806 12.125 12.445 12.765 13.084 13.404 13.724 14.043 14.363 14.683 15.003 15.322 15.642 15.962 16.281 16.601 16.921 17.240 17.560 17.880 18.199 18.519 18.839 19.158 19.478
3.1 Receitas 6.817 7.954 9.779 12.574 12.924 13.273 13.623 13.973 14.323 14.673 15.023 15.373 15.723 16.073 16.423 16.773 17.123 17.473 17.823 18.173 18.523 18.873 19.223 19.573 19.923 20.273 20.623 20.973 21.323
3.3 Deduções das Vendas
(-) Impostos (PIS, COFINS, ISS) -590 -688 -846 -1.088 -1.118 -1.148 -1.178 -1.209 -1.239 -1.269 -1.300 -1.330 -1.360 -1.390 -1.421 -1.451 -1.481 -1.511 -1.542 -1.572 -1.602 -1.633 -1.663 -1.693 -1.723 -1.754 -1.784 -1.814 -1.844
4. Pagamentos -2.522 -2.654 -3.258 -3.534 -3.633 -3.731 -3.829 -3.928 -4.026 -4.125 -4.223 -4.321 -4.420 -4.518 -4.616 -4.715 -4.813 -4.911 -5.010 -5.108 -5.207 -5.305 -5.403 -5.502 -5.600 -5.698 -5.797 -5.895 -5.994
4.1 Custos
4.1.1 Custos Variáveis -246 -257 -264 -272 -280 -287 -295 -302 -310 -317 -325 -333 -340 -348 -355 -363 -370 -378 -386 -393 -401 -408 -416 -423 -431 -439 -446 -454 -461
4.1.2 Custos Fixos -2.121 -2.216 -2.282 -2.347 -2.412 -2.478 -2.543 -2.608 -2.674 -2.739 -2.804 -2.869 -2.935 -3.000 -3.065 -3.131 -3.196 -3.261 -3.327 -3.392 -3.457 -3.523 -3.588 -3.653 -3.719 -3.784 -3.849 -3.915 -3.980
4.2 IRPJ + CSLL -155 -181 -223 -287 -295 -303 -311 -319 -327 -335 -343 -351 -358 -366 -374 -382 -390 -398 -406 -414 -422 -430 -438 -446 -454 -462 -470 -478 -486
4.3 Outorga 5% sobre Receita Bruta 0 0 -489 -629 -646 -664 -681 -699 -716 -734 -751 -769 -786 -804 -821 -839 -856 -874 -891 -909 -926 -944 -961 -979 -996 -1.014 -1.031 -1.049 -1.066
5. Saldo (Fluxo de Caixa Livre) -22.418 3.346 1.937 5.675 7.952 8.173 8.394 8.616 8.837 9.058 9.280 9.501 9.722 9.944 10.165 10.386 10.607 10.829 11.050 11.271 11.493 11.714 11.935 12.157 12.378 12.599 12.821 13.042 13.263 13.485
6. Saldo Acumulado -22.418 -19.073 -17.135 -11.460 -3.509 4.664 13.059 21.674 30.511 39.570 48.849 58.350 68.072 78.016 88.181 98.567 109.174 120.003 131.053 142.325 153.817 165.531 177.467 189.624 202.002 214.601 227.422 240.464 253.727 267.212
ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 ANO 6 ANO 7 ANO 8 ANO 9 ANO 10 ANO 11 ANO 12 ANO 13 ANO 14 ANO 15 ANO 16 ANO 17 ANO 18 ANO 19 ANO 20 ANO 21 ANO 22 ANO 23 ANO 24 ANO 25 ANO 26 ANO 27 ANO 28 ANO 29 ANO 30
0% 60% 70% 80% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%
Premissa Recebimento
A vista 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98%
A prazo 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%
Premissa de Pagamentos
A vista 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%
A prazo 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%
1. Saldo Inicial -22.418 -360 -2.674
2. Capital de Giro (incluso no CAPEX)
3. Recebimentos 0 5.605 6.539 8.040 10.337 10.625 10.913 11.201 11.488 11.776 12.064 12.351 12.639 12.927 13.215 13.502 13.790 14.078 14.365 14.653 14.941 15.229 15.516 15.804 16.092 16.379 16.667 16.955 17.243 17.530
3.1 Receitas 0 6.136 7.158 8.801 11.316 11.631 11.946 12.261 12.576 12.891 13.206 13.521 13.836 14.151 14.466 14.781 15.096 15.411 15.726 16.041 16.356 16.671 16.986 17.301 17.615 17.930 18.245 18.560 18.875 19.190
3.3 Deduções das Vendas
(-) Impostos (PIS, COFINS, ISS) 0 -531 -619 -761 -979 -1.006 -1.033 -1.061 -1.088 -1.115 -1.142 -1.170 -1.197 -1.224 -1.251 -1.279 -1.306 -1.333 -1.360 -1.388 -1.415 -1.442 -1.469 -1.496 -1.524 -1.551 -1.578 -1.605 -1.633 -1.660
4. Pagamentos 0 -2.482 -2.611 -3.160 -3.416 -3.511 -3.606 -3.701 -3.796 -3.891 -3.986 -4.081 -4.176 -4.271 -4.366 -4.461 -4.556 -4.651 -4.746 -4.842 -4.937 -5.032 -5.127 -5.222 -5.317 -5.412 -5.507 -5.602 -5.697 -5.792
4.1 Custos CECONFI
4.1.1 Custos Variáveis 0 -221 -231 -238 -245 -252 -258 -265 -272 -279 -286 -293 -299 -306 -313 -320 -327 -333 -340 -347 -354 -361 -367 -374 -381 -388 -395 -402 -408 -415
4.1.2 Custos Fixos 0 -2.121 -2.216 -2.282 -2.347 -2.412 -2.478 -2.543 -2.608 -2.674 -2.739 -2.804 -2.869 -2.935 -3.000 -3.065 -3.131 -3.196 -3.261 -3.327 -3.392 -3.457 -3.523 -3.588 -3.653 -3.719 -3.784 -3.849 -3.915 -3.980
4.2 IRPJ + CSLL 0 -140 -163 -201 -258 -265 -272 -280 -287 -294 -301 -308 -315 -323 -330 -337 -344 -351 -359 -366 -373 -380 -387 -394 -402 -409 -416 -423 -430 -438
4.3 Outorga 5% sobre Receita Bruta 0 0 0 -440 -566 -582 -597 -613 -629 -645 -660 -676 -692 -708 -723 -739 -755 -771 -786 -802 -818 -834 -849 -865 -881 -897 -912 -928 -944 -960
5. Saldo (Fluxo de Caixa Livre) -22.418 2.763 1.255 4.879 6.922 7.114 7.307 7.500 7.692 7.885 8.078 8.270 8.463 8.656 8.848 9.041 9.234 9.426 9.619 9.812 10.004 10.197 10.390 10.582 10.775 10.968 11.160 11.353 11.546 11.738
6. Saldo Acumulado -22.418 -19.655 -18.401 -13.521 -6.599 515 7.822 15.322 23.014 30.899 38.977 47.248 55.711 64.366 73.215 82.256 91.489 100.916 110.535 120.346 130.351 140.547 150.937 161.519 172.294 183.262 194.422 205.775 217.320 229.059
ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 ANO 6 ANO 7 ANO 8 ANO 9 ANO 10 ANO 11 ANO 12 ANO 13 ANO 14 ANO 15 ANO 16 ANO 17 ANO 18 ANO 19 ANO 20 ANO 21 ANO 22 ANO 23 ANO 24 ANO 25 ANO 26 ANO 27 ANO 28 ANO 29 ANO 30
0% 60% 70% 80% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%
Premissa Recebimento
A vista 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98%
A prazo 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%
Premissa de Pagamentos
A vista 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%
A prazo 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%
1. Saldo Inicial -22.418 -360 -2.674
2. Capital de Giro (incluso no CAPEX)
3. Recebimentos 0 6.850 7.992 9.826 12.635 12.986 13.338 13.690 14.041 14.393 14.744 15.096 15.448 15.799 16.151 16.503 16.854 17.206 17.558 17.909 18.261 18.613 18.964 19.316 19.668 20.019 20.371 20.723 21.074 21.426
3.1 Receitas 0 7.499 8.749 10.757 13.831 14.216 14.601 14.986 15.371 15.756 16.141 16.526 16.911 17.296 17.680 18.065 18.450 18.835 19.220 19.605 19.990 20.375 20.760 21.145 21.530 21.915 22.300 22.685 23.070 23.455
3.3 Deduções das Vendas
(-) Impostos (PIS, COFINS, ISS) 0 -649 -757 -930 -1.196 -1.230 -1.263 -1.296 -1.330 -1.363 -1.396 -1.429 -1.463 -1.496 -1.529 -1.563 -1.596 -1.629 -1.663 -1.696 -1.729 -1.762 -1.796 -1.829 -1.862 -1.896 -1.929 -1.962 -1.996 -2.029
4. Pagamentos 0 -2.562 -2.698 -3.356 -3.653 -3.755 -3.856 -3.958 -4.060 -4.161 -4.263 -4.365 -4.466 -4.568 -4.670 -4.771 -4.873 -4.975 -5.076 -5.178 -5.280 -5.381 -5.483 -5.585 -5.687 -5.788 -5.890 -5.992 -6.093 -6.195
4.1 Custos CECONFI
4.1.1 Custos Variáveis 0 -270 -283 -291 -299 -308 -316 -324 -333 -341 -349 -358 -366 -374 -383 -391 -399 -408 -416 -424 -432 -441 -449 -457 -466 -474 -482 -491 -499 -507
4.1.2 Custos Fixos 0 -2.121 -2.216 -2.282 -2.347 -2.412 -2.478 -2.543 -2.608 -2.674 -2.739 -2.804 -2.869 -2.935 -3.000 -3.065 -3.131 -3.196 -3.261 -3.327 -3.392 -3.457 -3.523 -3.588 -3.653 -3.719 -3.784 -3.849 -3.915 -3.980
4.2 IRPJ + CSLL 0 -171 -199 -245 -315 -324 -333 -342 -350 -359 -368 -377 -386 -394 -403 -412 -421 -429 -438 -447 -456 -465 -473 -482 -491 -500 -508 -517 -526 -535
4.3 Outorga 5% sobre Receita Bruta 0 0 0 -538 -692 -711 -730 -749 -769 -788 -807 -826 -846 -865 -884 -903 -923 -942 -961 -980 -1.000 -1.019 -1.038 -1.057 -1.077 -1.096 -1.115 -1.134 -1.153 -1.173
5. Saldo (Fluxo de Caixa Livre) -22.418 3.928 2.620 6.471 8.982 9.232 9.481 9.731 9.981 10.231 10.481 10.731 10.981 11.231 11.481 11.731 11.981 12.231 12.481 12.731 12.981 13.231 13.481 13.731 13.981 14.231 14.481 14.731 14.981 15.231
6. Saldo Acumulado -22.418 -18.490 -15.870 -9.399 -418 8.814 18.295 28.027 38.008 48.240 58.721 69.452 80.434 91.665 103.147 114.878 126.859 139.091 151.572 164.303 177.284 190.516 203.997 217.728 231.709 245.940 260.421 275.153 290.134 305.365
FLUXO DE CAIXA - R$/1000 - CENÁRIO
CONSERVADOR
FLUXO DE CAIXA - R$/1000 - CENÁRIO
PESSIMISTA (-10%)
FLUXO DE CAIXA - R$/1000 - CENÁRIO
POTENCIAL (+10%)
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9.5. As Estimativas de Valor Adicionado
Este tópico representa um dos mais relevantes para o estudo vez que, de um lado apresenta a
capacidade do projeto de gerar riquezas e, de outro, a forma como estas riquezas serão distribuídas.
É dele que se extrai a maior parte dos benefícios gerados belo projeto.
Conforme se demonstra o valor adicionado a distribuir do item 7 é exatamente igual ao
montante do item 8, que é o valor adicionado distribuído. Note que é o montante de valor
adicionado que representa a geração de renda. Os valores distribuídos representam os benefícios
anuais gerados pelo projeto.
Mais adiante será apresentado um quadro que demonstra os benefícios acumulados e a sua
relação com os custos que é o valor global do contrato de concessão em toda a extensão do período
da concessão.
Optou-se por apresentar apenas o cenário conservador por ser o mais provável e porque para
os fins deste quadro os demais quadros não são relevantes.
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Quadro 37 – Projeções de Valores Adicionados Anuais – em R$/1000
ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 ANO 6 ANO 7 ANO 8 ANO 9 ANO 10 ANO 11 ANO 12 ANO 13 ANO 14 ANO 15 ANO 16 ANO 17 ANO 18 ANO 19 ANO 20 ANO 21 ANO 22 ANO 23 ANO 24 ANO 25 ANO 26 ANO 27 ANO 28 ANO 29 ANO 30
0% 60% 70% 80% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%
1. RECEITAS
1.1 Vendas de mercadoria, produtos e serviços 0 6.817 7.954 9.779 12.574 12.924 13.273 13.623 13.973 14.323 14.673 15.023 15.373 15.723 16.073 16.423 16.773 17.123 17.473 17.823 18.173 18.523 18.873 19.223 19.573 19.923 20.273 20.623 20.973 21.323
1.2 Provisão p/devedores duvidosos
1.3 Não operacionais
2. INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS 0 985 1.030 1.060 1.090 1.121 1.151 1.181 1.212 1.242 1.272 1.303 1.333 1.363 1.394 1.424 1.454 1.485 1.515 1.545 1.576 1.606 1.636 1.667 1.697 1.727 1.758 1.788 1.818 1.849
2.1 Matérias-Primas consumidas
2.2 Custos das mercadorias e serviços vendidos
2.3 Materiais, energia, serviços de terceiros e outros 0 985 1.030 1.060 1.090 1.121 1.151 1.181 1.212 1.242 1.272 1.303 1.333 1.363 1.394 1.424 1.454 1.485 1.515 1.545 1.576 1.606 1.636 1.667 1.697 1.727 1.758 1.788 1.818 1.849
2.4 Perda/Recuperação de valores ativos
3. VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2) 0 5.832 6.924 8.719 11.483 11.803 12.123 12.442 12.762 13.081 13.401 13.721 14.040 14.360 14.680 14.999 15.319 15.638 15.958 16.278 16.597 16.917 17.236 17.556 17.876 18.195 18.515 18.835 19.154 19.474
4. RETENÇÕES
4.1 Depreciação, amortização e exaustão
5. VALOR ADICIONADO LÍQUIDO (3-4) 0 5.832 6.924 8.719 11.483 11.803 12.123 12.442 12.762 13.081 13.401 13.721 14.040 14.360 14.680 14.999 15.319 15.638 15.958 16.278 16.597 16.917 17.236 17.556 17.876 18.195 18.515 18.835 19.154 19.474
6. VALOR ADICIONADO DE TRANSFERÊNCIA
6.1 Resultado de equivalência patrimonial
6.2 Receitas financeiras
7. VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR (5+6) 0 5.832 6.924 8.719 11.483 11.803 12.123 12.442 12.762 13.081 13.401 13.721 14.040 14.360 14.680 14.999 15.319 15.638 15.958 16.278 16.597 16.917 17.236 17.556 17.876 18.195 18.515 18.835 19.154 19.474
8. DISTRIBUIÇÃO
8.1 Pessoal e Encargos 0 893 933 960 988 1.015 1.043 1.070 1.098 1.125 1.153 1.180 1.208 1.235 1.263 1.290 1.318 1.345 1.373 1.400 1.428 1.455 1.483 1.510 1.538 1.565 1.593 1.620 1.648 1.675
8.2 Gasto com Pessoal Exceto Salários, Encargos e Outras Obrigações
8.3 Gasto com Prevenção, Proteção, Recuperação e/ou Compensação Ambiental
8.4 Gastos Administrativos e de Vendas 0 625 670 721 792 814 837 859 881 903 925 947 969 991 1.013 1.035 1.057 1.079 1.101 1.123 1.145 1.167 1.189 1.211 1.234 1.256 1.278 1.300 1.322 1.344
8.5 Impostos, Taxas e Contribuições 0 745 869 1.069 1.374 1.413 1.451 1.489 1.527 1.566 1.604 1.642 1.680 1.719 1.757 1.795 1.833 1.872 1.910 1.948 1.986 2.025 2.063 2.101 2.139 2.178 2.216 2.254 2.292 2.331
8.6 Valor de Outorga 0 0 0 489 629 646 664 681 699 716 734 751 769 786 804 821 839 856 874 891 909 926 944 961 979 996 1.014 1.031 1.049 1.066
8.7 Juros s/ Capital Próprio e Dividendos
8.8 Lucros Retidos / Prejuízo do Exercício 0 3.569 4.452 5.479 7.700 7.915 8.129 8.343 8.557 8.772 8.986 9.200 9.415 9.629 9.843 10.058 10.272 10.486 10.701 10.915 11.129 11.344 11.558 11.772 11.987 12.201 12.415 12.630 12.844 13.058
9. VALOR ADICIONADO DISTRIBUÍDO 0 5.832 6.924 8.719 11.483 11.803 12.123 12.442 12.762 13.081 13.401 13.721 14.040 14.360 14.680 14.999 15.319 15.638 15.958 16.278 16.597 16.917 17.236 17.556 17.876 18.195 18.515 18.835 19.154 19.474
DEMONSTRATIVO DO VALOR ADICIONADO - R$/1000
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9.6. As Estimativas de Ponto de Equilíbrio do Negócio
O ponto de equilíbrio demonstra as estimativas de faturamentos mínimos necessários para
cobertura dos custos. É a partir deste ponto que a empresa começa a ter lucro, abaixo dele a empresa
tem prejuízo. Ele serve de parâmetro para os gestores, pois determina qual é o desempenho mínimo
que se deve alcançar para não se ter prejuízo. Isso implica numa taxa mínima de ocupação, num
volume mínimo de vendas entre outras coisas.
O Ponto de Equilíbrio (PE) informa ao empreendedor o faturamento mensal
mínimo necessário para cobrir os custos (fixos e variáveis), informação esta que, muitas vezes é
vital para a análise de viabilidade de um empreendimento ou da adequação da empresa em relação
ao mercado.
Para obter o ponto de equilíbrio aplica-se a seguinte forma:
Onde IMC é o resultado da divisão da margem de contribuição pela receita operacional.
Figura 20 – Representação do Ponto de Equilíbrio
Na figura acima esta representada a RT (receita total), custos variáveis e custos fixos que
somados formam os CT (custos totais). O ponto de equilíbrio é aquele em que RT = CT, abaixo
deste ponto a empresa tem prejuízo, acima deste ponto a empresa tem lucro.
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Quadro 38 – Ponto de Equilíbrio Anual – em R$/1000
ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 ANO 6 ANO 7 ANO 8 ANO 9 ANO 10 ANO 11 ANO 12 ANO 13 ANO 14 ANO 15 ANO 16 ANO 17 ANO 18 ANO 19 ANO 20 ANO 21 ANO 22 ANO 23 ANO 24 ANO 25 ANO 26 ANO 27 ANO 28 ANO 29 ANO 30
0% 60% 70% 80% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%
1. Receita Operacional Líquida - 6.091 7.107 8.737 11.234 11.547 11.860 12.173 12.485 12.798 13.111 13.423 13.736 14.049 14.361 14.674 14.987 15.299 15.612 15.925 16.238 16.550 16.863 17.176 17.488 17.801 18.114 18.426 18.739 19.052
2. Custos Variáveis - 246 257 264 272 280 287 295 302 310 317 325 333 340 348 355 363 370 378 386 393 401 408 416 423 431 439 446 454 461
3. Margem de Contribuição - 5.846 6.850 8.473 10.962 11.268 11.573 11.878 12.183 12.488 12.793 13.098 13.403 13.709 14.014 14.319 14.624 14.929 15.234 15.539 15.844 16.149 16.455 16.760 17.065 17.370 17.675 17.980 18.285 18.590
4. Custos Fixos - 2.121 2.216 2.282 2.347 2.412 2.478 2.543 2.608 2.674 2.739 2.804 2.869 2.935 3.000 3.065 3.131 3.196 3.261 3.327 3.392 3.457 3.523 3.588 3.653 3.719 3.784 3.849 3.915 3.980
5. Despesa Financeira - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
6. PONTO DE EQUILÍBRIO 2.210 2.299 2.353 2.405 2.472 2.539 2.606 2.673 2.740 2.807 2.874 2.941 3.008 3.075 3.142 3.208 3.275 3.342 3.409 3.476 3.543 3.610 3.677 3.744 3.811 3.878 3.945 4.012 4.079
PONTO DE EQUILÍBRIO - R$/1000
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10. INDICADORES DA VIABILIDADE DO NEGÓCIO
Índices de Viabilidade são indicadores econômicos e financeiros, calculados com base nos
valores anteriormente apresentados que tem como objetivo mostrar a viabilidade do negócio da
forma como está sendo apresentado. São em sua maioria obtidos a partir das fórmulas matemáticas
apresentadas abaixo.
10.1. Metodologias dos Índices de Viabilidade
A metodologia revela como se chegar aos resultados, ou seja, nos valores dos índices de
viabilidade. O quadro abaixo apresenta as formulas e as variáveis usadas por elas.
Quadro 39 – Metodologias de Cálculo dos Indicadores
ÍNDICE SIGNIFICADO FÓRMULA
Payback Tempo do retorno do investimento
I= Investimentos
FC= fluxo de caixa (média 10 anos)
Payback Descontado Tempo do retorno e da remuneração do capital investido
I = Investimentos,
FC = Fluxo de Caixa (média 10 anos),
k = taxa selic.
VPL Valor Presente Líquido dos fluxos de caixa gerados pelo projeto
ao longo do tempo.
I = Investimento, FC = fluxo de caixa,
TIR= taxa interna de retorno,
n= período.
TIR A TIR é a taxa de juros que torna o valor presente das entradas de caixa igual ao valor do investimento.
= 0,
I = Investimentos,
FC = fluxo de caixa , TIR= Taxa Interna de Retorno,
n= período.
EVA Valor Econômico Adicionado que representa uma taxa de juros
que supera o custo do capital.
TIR = Taxa Interna de Retorno Cc= Custo do capital,
C= Investimento.
RB Relação Benefício/Custo mede o quanto os benefícios superam
os custos se B > C.
RB= a relação benefícios e custos,
Vb=o valor dos benefícios, Vc= o valor dos custos.
Co
O custo de oportunidade corresponde ao valor que se deixa de
ganhar se não houvesse os investimentos. Co = B - I
Co= o custo de oportunidade,
B=os benefícios gerados, I= o investimento.
∆y
Mede o impacto em termos de aumento da renda.
∆y = aumento da renda;
Pmgc= propensão marginal a consumir
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10.2. Análise da Viabilidade Econômica e Financeira
A viabilidade de um empreendimento é medida através de indicadores. A seleção de
indicadores é feita em conformidade com a conveniência de cada projeto, porém alguns indicadores
são indispensáveis como: taxa interna de retorno, playback entre outros. Para fins de melhor
visualização optou-se por apresentar todos os índices reunidos em um quadro geral.
Quadro 40 – Indicadores da Viabilidade Econômica e Financeira
CENÁRIOS: Cenários são simulações para mais ou para menos nas vendas (em 10%), que
demonstram o quanto o projeto é sensível às variações, impactando sobre os resultados,
principalmente a TIR. Neste caso o Cenário principal é o Conservador que serve de referencia aos
demais. O Cenário pessimista demonstra os efeitos sobre os resultados de uma queda de 10% nas
vendas, ou seja, uma queda de 10% da taxa de ocupação média anual. De outro lado o Cenário
Potencial demonstra os efeitos de um aumento de 10% na taxa de ocupação média anual, em
relação ao Cenário Conservador.
I = Investimentos (CAPEX) é o montante de desembolso da fase pré-operacional que é o
mesmo para os três cenários.
O = Valor de Outorga variável estimado para todo o período da concessão, seguindo as
mesmas premissas de receitas e custos.
TIR - TAXA INTERNA DE RETORNO: para o pior Cenário Pessimista a TIR é de 23,2%,
para o Cenário Conservador, o mais provável, é de 26,1% e para o Cenário Potencial é de 28,9%, ou
seja, o projeto demonstra a capacidade de geração de fluxo de caixa livre capaz de permitir o
retorno dos investimentos (CAPEX) e tempo aceitável.
PAYBACK: o tempo de retorno do capital investido, com as taxas acima TIR, é de 4,1 anos
no Cenário Pessimistas, de 3,5 anos no Cenário Conservador e de 3,1 anos no Cenário Potencial.
Ressalte-se que tais tempos contam a partir do inicio das operações.
ÍNDICE DESCRIÇÃOUNIDADE DE
MEDIDA
CENÁRIO
PESSIMISTA
R$/1000
CENÁRIO
CONSERVADOR
R$/1000
CENÁRIO
POTENCIAL
R$/1000
I VALOR TOTAL DO INVESTIMENTO R$/1000 25.452 25.452 25.452
O VALOR DE OUTORGA FIXA E VARIÁVEL R$/1000 15.989 17.726 19.462
TIR TAXA INTERNA DE RETORNO % 23,2% 26,1% 28,9%
PAYBACK TEMPO DO RETORNO DO CAPITAL ANO 4,1 3,5 3,1
PAYBACK DESCONTADO TEMPO DO RETORNO E REMUNERAÇÃO DO CAPITAL - SELIC ANO 6,0 5,2 4,6
VPL VALOR PRESENTE LÍQUIDO DOS FLUXOS DE CAIXA LIVRES - IPCA R$/1000 142.934 168.250 193.567
EVA VALOR ECONÔMICO ADICIONADO COMPARANDO CUSTO DE CAPITAL E TIR % 9,6% 12,4% 15,2%
RB RELAÇÃO BENEFÍCIO CUSTO (MÉDIA) R$ 15,71 17,46 19,20
CO BENEFÍCIOS GERADOS PELO PROJETO EM TERMOS DE RENDA R$/1000 418.680 465.200 511.720
∆Y IMPACTO SOBRE A RENDA COM EFEITO MULTIPLICADOR (Pmgc=70% E EM R$/1000) R$/1000 1.395.599 1.550.666 1.705.732
∆ED NÚMERO MÉDIO DE EMPREGOS DIRETOS GERADOS EMPREGO 20 22 24
∆EI NÚMERO MÉDIO DE EMPREGOS INDIRETOS GERADOS EMPREGO 59 66 73
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PAYBACK DESCONTADO: quando consideramos o Payback descontado pela taxa Selic o
prazo se prolonga, ficando em 6,0 anos no Cenário Pessimistas, 5,2 anos no Cenário Conservador e,
4,6 anos no Cenário Potencial.
VPL – VALOR PRESENTE LÍQUIDO: o VPL descontando o Fluxo de Caixa Livre pela
taxa do IPCA é de 142,9 no Cenário Pessimista, 168,2 no Cenário Conservador e 193,6 no Cenário
Potencial.
EVA – VALOR ECONÔMICO ADICIONADO: considerando apenas o Cenário
Conservador o índice é de 12,4%, ou seja, a TIR supera o custo ponderado do capital neste valor, o
que demonstra que vale a pena realizar os investimentos.
RB – RELAÇÃO BENEFÍCIO/CUSTO: para cada real investido segundo o Cenário
Pessimista serão gerados 15,71 reais de benefícios. No Cenário Conservador serão gerados 17,46
reais e no Cenário Potencial serão gerados 19,2 reias. Isso demonstra que a geração de valor pelo
projeto é muito elevada.
CO – CUSTO DE OPORTUNIDADE: o valor que a comunidade perde ao longo do período
da concessão para o Cenário Pessimista é de R$ 418,7 milhões, para o Cenário Conservador de R$
465,2 milhões e para o Cenário Potencial de R$ 511,7 milhões, ou seja, a população seria privada
destes valores caso não ocorra a concessão.
∆Y – AUMENTO DA RENDA: o impacto sobre a renda é de R$ 1,39 bi no Cenário
Pessimista, R$ 1,55 bi no Cenário Conservador e R$ 1,7 bi no Cenário Potencial, portanto o projeto
é altamente relevante para a população.
∆ED – NÚMERO MÉDIO DE EMPREGOS DIRETOS E ∆EI – NÚMERO MÉDIO DE
EMPREGOS INDIRETOS: o número de empregos diretos no Cenário Conservador é de 20 e
indiretos de 22, com potencial para chegar a 24.
Diante dos números apresentados em todas as projeções financeiras, que geraram os
indicadores acima, verifica-se que o empreendimento em questão, é viável e de grande relevância
para a população iguaçuense, pois o custo de oportunidade da não concessão é elevadíssimo, vez
que de um lado deixaria de obter todos os benefícios apontados e de outro arcaria com os custos de
manutenção do espaço pelo poder público.
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11. OS RESULTADOS DECORRENTES DA CONCESSÃO
O fato do Poder Público Municipal deixar de custear a manutenção anual do Centro de
Convenções já se configura como um benefício relevante para a sociedade. Se, além disso, ocorrer
no mínimo, R$ 25,4 milhões em investimentos, mais ainda, se torna relevante. Mas, é no quadro
abaixo, que se apresenta a soma de todos estes benefícios, ao logo dos 30 anos da concessão.
Quadro 41 – Benefícios Decorrentes da Concessão do Centro de Convenções – R$/1000
Considerando um Cenário Conservador os benefícios futuros do empreendimento,
calculados com base no DVA – Demonstrativo do Valor Adicionado dizem muito sobre a
importância do empreendimento.
Neste caso, os fluxos de caixas livres anualizados, chegam a R$ 267,2 milhões, os valores de
outorga a R$ 23 milhões e de tributos municipais a R$ 23,2 milhões, de tributos federais R$ 27,6
milhões, de renda gerada chega a R$ 465,2 milhões e de massa salarial e seus encargos atingem R$
37,4 milhões.
A geração de postos de trabalho, também é muito relevante. Se tomarmos o rendimento
médio do trabalhador do setor de serviços (IBGE/2014) que é de R$ 2.457,50 e considerarmos que
os encargos são de 80%, então teremos uma média de 22 empregos diretos e 66 empregos indiretos,
neste caso considerando o multiplicador keynesiano com uma Pmgc – Propensão Marginal a
Consumir de 70%.
ANO
FLUXO DE CAIXA
LIVRE
VALOR DE
OUTORGA
IMPOSTOS E
TAXAS
MUNICIPAIS
IMPOSTOS E
CONTRIBUIÇÕES
FEDERAIS RENDA GERADA MASSA SALARIAL
EMPREGOS
DIRETOS
EMPREGOS
INDIRETOS
(3 pra 1)
1 -22.418 360 - - - - - -
2 3.346 360 341 404 6.817 893 15 46
3 1.937 360 398 472 7.954 933 16 48
4 5.675 489 489 580 9.779 960 16 49
5 7.952 629 629 746 12.574 988 17 51
6 8.173 646 646 766 12.924 1.015 17 52
7 8.394 664 664 787 13.273 1.043 18 53
8 8.616 681 681 808 13.623 1.070 18 55
9 8.837 699 699 829 13.973 1.098 19 56
10 9.058 716 716 849 14.323 1.125 19 58
11 9.280 734 734 870 14.673 1.153 20 59
12 9.501 751 751 891 15.023 1.180 20 60
13 9.722 769 769 912 15.373 1.208 21 62
14 9.944 786 786 932 15.723 1.235 21 63
15 10.165 804 804 953 16.073 1.263 22 65
16 10.386 821 821 974 16.423 1.290 22 66
17 10.607 839 839 995 16.773 1.318 23 68
18 10.829 856 856 1.015 17.123 1.345 23 69
19 11.050 874 874 1.036 17.473 1.373 23 70
20 11.271 891 891 1.057 17.823 1.400 24 72
21 11.493 909 909 1.078 18.173 1.428 24 73
22 11.714 926 926 1.098 18.523 1.455 25 75
23 11.935 944 944 1.119 18.873 1.483 25 76
24 12.157 961 961 1.140 19.223 1.510 26 77
25 12.378 979 979 1.161 19.573 1.538 26 79
26 12.599 996 996 1.181 19.923 1.565 27 80
27 12.821 1.014 1.014 1.202 20.273 1.593 27 82
28 13.042 1.031 1.031 1.223 20.623 1.620 28 83
29 13.263 1.049 1.049 1.244 20.973 1.648 28 84
30 13.485 1.066 1.066 1.264 21.323 1.675 29 86
SOMA 267.212 23.601 23.260 27.586 465.200 37.403 22 66
48.359
Índice B/C 17,5
Custos (Investimentos Corrigidos pelo IPCA)
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11.1. Premissas para os Resultados
Todo o estudo está baseado no cenário brasileiro atual, levando-se em conta que ha
desemprego durante o tempo de implantação do empreendimento, logo o cenário é o mais
conservador possível, visto que esta é a realidade brasileira.
Porém considera também que a desvalorização do real pode gerar um aumento do fluxo de
turistas externo.
A demanda foi calculada a partir dos parâmetros da indústria nacional e local de eventos. Os
resultados acima apontados dependem das condições mínimas para a concessão já descritas
anteriormente.
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12. AS EXIGÊNCIAS PARA A VIABILIDADE
A viabilidade de um empreendimento não depende apenas dos seus aspectos econômicos e
financeiros, mas, sobretudo da capacidade de gestão dos empreendedores para gerar tais aspectos.
Para que realmente os resultados acima se concretizem, faz-se necessário que se adotem as
seguintes práticas:
12.1. As Práticas de Gestão
Que se adotem as melhores práticas de gestão disponíveis no mercado, incluindo um
rigoroso controle de custos, qualificação de pessoal, tecnologia da informação, mídias e ferramentas
de apoio à decisão, buscando enfatizar os pontos fortes e eliminar as fraquezas.
12.2. A Governança Corporativa
O modelo de governança deve considerar a máxima transparência possível, não desprezando
as auditorias e controles necessários, bem como as avaliações constantes do desempenho dos
gestores.
12.3. As Estratégias
A formulação das estratégias deve se basear em informações e fatos reais com a máxima
objetividade, assim como a implantação das mesmas.
Deve empregar um profundo conhecimento do ramo de negócio em questão, para
aproveitamento das oportunidades e eliminação das ameaças.
12.4. O Marketing e a Comunicação
Está em perfeita sintonia com a demanda pelos serviços é de fundamental importância para
o sucesso do empreendimento, assim como adotar uma comunicação clara e eficiente.
Para tanto, deve-se desenvolver e implementar estratégias de mercado altamente eficientes.
12.5. A Inovação de Processos, Produtos e Serviços.
A capacidade de inovar é um dos principais pilares do sucesso de qualquer empreendimento,
ou se inova ou se está fadado ao insucesso, devendo sempre considerar produto, serviços, processo
e gestão.
12.6. A Sustentabilidade do Negócio
A sustentabilidade é algo que se quer buscar sempre, seja do ponto de vista ambiental,
financeiro ou gerencial.
12.7. A Responsabilidade Social e Ambiental
Principalmente o empreendimento em questão deve ser altamente responsável do ponto de
vista social, vez que se trata da concessão de espaço público.
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Neste caso a empresa deve investir amplamente no bem-estar do seu pessoal além dos
salários e encargos que ira pagar.
Desta forma a viabilidade deste empreendimento dependerá:
a) De uma gestão voltada à adoção das melhores práticas disponíveis no mercado;
b) Da capacidade de inovar em serviços, processo e gestão;
c) Da capacidade de desenvolver e implementar estratégias; e
d) Da capacidade de se comunicar com o público alvo.
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13. AS CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES FINAIS
Diante do exposto considera que o empreendimento – Concessão do Centro de Convenções -
é viável, confirmando a hipótese de que se trata de um empreendimento viável, cujos resultados se
conformam com os interesses públicos, apresentado na introdução.
Que o mesmo trará benefícios significativos para toda a população. Que se não houver os
investimentos projetados em questão ocorreria um grande custo de oportunidade.
Que mesmo nos piores cenários ainda assim, os resultados são animadores. Portanto
recomendamos, nos termos acima que o empreendimento seja levado adiante, adotando-se as
melhores práticas de gestão e de sustentabilidade.
Além disso, recomenda-se que:
I. Os valores de outorga sejam em conformidade com os apresentados neste projeto;
II. Os preços não se distanciem muito dos valores de mercado para menos, vez que isso
poderia influenciar negativamente os fluxos de caixa, podendo até inviabilizar o
empreendimento, pois o mesmo tem uma estrutura de custos fixos;
III. O modelo de gestão adote práticas voltadas para resultados que assegurem um bom
desempenho e possibilite maximizar os benefícios esperados do empreendimento;
IV. Os gestores assumam o compromisso com a responsabilidade social, ambiental e com a
inovação;
V. O empreendimento se torne, de fato, um dos maiores de Foz do Iguaçu em termos de
geração de resultados.
Desta forma conclui-se, que existe a viabilidade, pois o empreendimento gera grandes
benefícios de ordem social e econômica, podendo atender aos interesses público e privado.