Anatomia-Arterial-Venosa
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7/30/2019 Anatomia-Arterial-Venosa
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Anatomia Arterial e Venosa Aplicada Luiz Carlos Gusmo
16/05/2003 Pgina 1 de 9Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado.
Macei: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponvel em: URL:http://www. lava.med.br/livro
Anat omia Ar t er ial e Venosa Aplicada
Luiz Car los Buar que de Gusmo
Aqueles que dissecaram ou inspecionaram, muit o aprenderam,pelo menos a duvidar , enquant o os out r os, que so ignorantesem ANATOMI A, e no se do ao t r abalho de observ-la, no
apresentam absolutamente qualquer dvidaGiovanni Morgani (1682 - 1771)
Devido f inalidade didt ica do livro, aAnat omia Descri t iva e Topogrf ica, serr esumida e se limit ar aos grandes t r oncosart er iais e venosos.
ANATOMI A ARTERI AL
Artr ia aorta
Pr incipal t r onco sist mico, est a ar t ria t em
or igem no vent r culo esquerdo, em seguida
dir ige-se para a dir eit a e par a cima dent r o domediast ino mdio, const it uindo a ar t ria aort aascendent e, da qual t m or igem as art r ias
coronrias. Da, ela curva-se par a a esquerda e
par a t r s, adent r ando no mediast ino super ior ef ormando o arco ar t ico, ao nvel da segunda
art iculao est ernocost al do lado dir eit o, doqual so emit idos o t r onco ar t er ial
br aquiocef lico, a ar t r ia car t ida comumesquerda e a ar t r ia subclvia esquer da. No
seu t r aj et o, o ar co art ico mant m int ma
relao com o brnquio principal esquerdo,sit uado inf er iorment e e dir eit a com o
esf ago torcico, det er minando nest e, umaconst r io que poder ser import ant e nost op dos corpos est r anhos deglut idos,podendo f avorecer a f ormao de f st ulasesf ago-ar t icas, por vezes, f at ais. A part ef inal do ar co da aor t a visvel numa
r adiograf ia de t rax, sendo denominado debot o ar t ico. Mais par a a esquer da, o ner vo
r ecor r ent e lar ngeo esquer do cont orna seucajado, o que const it ui um f at o relevant e, pois
quando o ar co se encont r a dilat ado porprocessos aneur ismt icos, o ner vo pode ser
compr imido levando a uma disf onia
per sist ent e.
A aor t a descendent e, f ormada a par t ir de T4,
const it ui a cont inuao do ar co ar t ico epossui uma par t e t orcica e out r a abdominal. A
par t e t orcica da aor t a desce no mediast inopost er ior , inicialment e esquer da da coluna
vert ebr al, aproximando-se da linha mediana
medida que desce, sendo sua t er minaoant er ior coluna ver tebr al. A veia zigos e o
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Anatomia Arterial e Venosa Aplicada Luiz Carlos Gusmo
16/05/2003 Pgina 2 de 9Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado.
Macei: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponvel em: URL:http://www. lava.med.br/livro
duct o t orcico esto sit uados sua dir eit a.Alm de ramos viscerais, est a par t e da aor t adescendent e const it ui uma import ant e f ont eda ir r igao da par ede do t rax, e seus r amosint ercost ais post er ior es, f ormam com os
r amos da t or cica inter na, uma via decir culao colater al em caso de obst r uoprogr essiva da aor t a. A aor t a t orcica mais
bem abor dada, cir urgicamente, pelo hemit raxesquerdo. Abaixo do pedculo pulmonar ela
encont r ada ent r e a coluna t orcica, sit uadaposteri orment e, e o esf ago, sit uado
ant eri orment e. Finalment e, a aor t a t orcica
passa at r avs do hiat o ar t ico, passando achamar-se aor t a abdominal.
A par t e abdominal da aor t a descendent ecomea ent r e T12 e L1, e t ermina ao nvel de
L4, ao dividir-se em artrias ilacas comuns. Aart r ia relaciona-se, ant er ior ment e, com o
t r onco celaco, o pncr eas, a bolsa oment al, a
veia renal esquer da, a par t e ascendent e doduodeno e a r aiz do mesent r io. dir eit a,
r elaciona-se com a cist erna do quilo, o duct ot or cico e a veia cava inf er ior . A abordagem
da aort a abdominal deve ser, de pr ef erncia,pelo lado esquer do do abdome, com aber t ura
da got eir a par iet oclica esquerda edeslocament o do colo descendent e (Manobrade CATTEL) ou ent r e a raiz do mesent r io e o
colo descendent e. O clampeament o da ar t r iaaor t a acima das art r ias renais, pode r esult ar
em necrose t ubular e ir r igao def icient e da
medula, levando a uma par alisia dos membr osinf er iores, j que as art r ias lombares so a
pr incipal ir r igao medular a est e nvel . Aaor t a abdominal f ornece prat icament e t oda a
ir r igao par iet al e viscer al do abdome, alm
de d or igem s art r ias ilacas que suprem apelve e os membr os inf er ior es.
Ar t ri a pulmonar
O t r onco pulmonar t em or igem como pr oj eo
do vent r culo dir eit o. Recobert o peloper icrdio f ibr oso pr ojet a-se par a cima, numa
ext enso de 5 cm, sit uando-se esquer da da
aor t a ascendent e, onde se divide em ar t r iapulmonar dir eit a e ar t r ia pulmonar esquer da.
O t r onco f orma a mar gem inf erior esquer da do
bot o ar t ico visto em r adiogr af ias. A ar t riapulmonar dir eit a, mais longa e calibr osa que a
esquerda, cruza post eriorment e a art ri aaor t a ascendent e e a veia cava superi or ,sit uando-se ant er ior ment e ao br nquioprincipal dir eit o, enquant o se dir ige para o hilopulmonar dir eit o. A art r ia pulmonar esquer da
cr uza ant er ior mente o br nquio pr incipalesquerdo, e proj et a- se para o hil o pulmonaresquer do. A art r ia pulmonar esquer da se
encont r a conect ada ao arco ar t ico at r avs deuma prega f ibr osa o ligament o ar t er ial
(BOTAL) - que out r ora, const it uir o duct oarterial.
Artria subclvia
A ar t r ia subclvia supr e o membr o super ior eo segment o cef lico do cor po. A art r ia
dividida em t r s par t es: a pri meir a vai desde aor igem do vaso at a margem medial domsculo escaleno ant er ior ; a segunda par t e seencont r a post eriormente ao ref eri do msculo,e a t erceir a part e vai da margem lat eral do
msculo at a margem lat er al da pr imeir acost ela, quando passa a ser denominada de
art r ia axil ar. A veia subclvia acompanha aar t ria, sit uando-se ant er ior ment e a est a, com
exceo da segunda part e da art r ia, que se
encont r a separada da veia pelo msculo
escaleno ant er ior . Cada art r ia subclvia t emuma or igem dif erent e. Enquant o a ar t ri asubclvia esquer da t em or igem dir et ament e do
ar co ar t ico, ent r e a origem da subclviadir eit a e o arco art ico, exist e um t r onco
int ermedir io, denominado t r onco ar t eri al
br aquiocef lico. As par t es iniciais das ar t ri assubclvias sit uam-se inicialment e at r s da
j unt ur a est er noclavicular , sendo, s vezes,necessr ia a realizao de est er not omia par a a
sua abordagem cir rgica, f at o que, no se f az
necessr io nas leses da 2 e 3 par t es, ondeuma simples remoo parcial da clavcula,
f ornece um campo operat rio sat isf at rio. Apr imeira par t e da subclvia mant m r elaes
import ant es com o duct o torcico (subclviaesquerda), a veia j ugular i nt er na, os nervos
vagos e f r nicos e com o pice pulmonar . Osr amos mais impor t ant es da art r ia subclvia,t m or igem na sua pr imeir a par t e, dest acando-se a ar t ria vert ebral e a ar t ria t orcica
int erna.
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Anatomia Arterial e Venosa Aplicada Luiz Carlos Gusmo
16/05/2003 Pgina 3 de 9Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado.
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A art r ia subclvia pode ser det ect ada comuma compresso digit al pr of unda acima dot er o mdio da clavcula, podendo sercompr imida cont r a a pr imeir a cost ela no ngulof ormado pela clavcula com o msculo
esternoclidomast ideo. O t r aj et o da ar t ria,ent r e os msculos escalenos ant er ior e mdio,pode f avor ecer , em casos de hipert r of ia do
msculo ou var iaes, a angst ia da segundapar t e da ar t ria, const it uindo as sndromes de
compr esso neurovasculares, j que, o plexobr aquial acompanha o vaso nest e desf iladeir o e
t ambm pode ser compr imido. A pr esena
anmala de uma cost ela cer vical podedet erminar compresso da art ri a subclvia
em vr ios nveis.
Ar t ri as cart idas comuns
So as pr incipais art r ias do pescoo e dacabea. Cada uma divide-se ao nvel da 4vr t ebra cer vical em car t ida ext erna e
car t ida int erna. A ar t r ia car t ida comumdir eit a t em origem na diviso do t r onco
art er ial br aquicef lico, enquant o a esquerda r amo do ar co art ico. No pescoo t m t r ajeto
idnt ico e dif icilment e emit em r amos. A veia
j ugular int er na sit ua-se ant er olat er al ar t r ia
cart ida comum e est separ ada par cialment edela, pela t r aquia, e em seguida, pela glndulat ir eide, lar inge e f aringe. O ner vo vago se
encont r a ent r e os dois vasos e um poucopost er ior , sendo est es t r s element os
envolvidos pela bainha cart ida, que deve ser
aber t a na abordagem cir rgica dos vasos. Asf er idas cer vicais t endem a lesar mais a veia
j ugular int er na que a ar t r ia car t ida comum,j que a cart ida se encont r a cober t a pela vei a
e mais pr ot egida. Nor malment e, a leso da
cart ida comum causa apenas r epercusso par aa vascular izao encef lica, levando o pacient e
a uma hemiplegia cont r alat er al. Est e vaso palpado f acilment e na margem medial do
msculo est er noclidomast ideo, sendo o pulsode eleio que deve ser inicialmente t omado no
pacient e injuriado. A ar t ri a car t ida comumse bif urca a cerca de 2,0 cm do ngulo damandbula1 em car t ida int erna e car t idaext erna. Est a medida impor t ant e na
localizao da cart ida ext erna e de um dosseus pr incipais r amos - a art r ia lingual. Tant o
a ar t ri a lingual como o t r onco da car t idaext er na, podem ser ligados em casos desangrament o incont r olveis da lngua ou daf ace. A cart ida ext erna, sit uada na or igem,medialment e car t ida int erna, f ornece par t e
da vascular izao do pescoo e t oda avascular izao da f ace. A cart ida int er na nod nenhum r amo no pescoo e penet r a no
cr nio at r avs do canal car t ico do ossot empor al, t erminando no int er ior do crnio, na
f ossa cr aniana mdia.
Artria axilar
Est e vaso r esult a da cont inuao da ar t r iasubclvia aps est a lt ima cr uzar a margemlat eral da pr imeir a cost ela, e t ermina mudando
seu nome par a ar t r ia br aquial, par t ir damar gem inf er ior do msculo r edondo maior. Aar t r ia axi lar se encont r a envolvida,
j unt ament e com a veia do mesmo nome e osf ascculos do plexo br aquial, pela bainha axil ar.
No seu t r aj et o dent r o da axi lar, ela cruzadapelo msculo peit oral menor que a divide em
t r s par t es: a par t e suprapeit or al (1 par t e),que emit e a art r ia t orcica superior, a qual
supre os dois pr imeiros espaos int ercost ais. a
parte retropeitoral (2 parte) irriga a parede
t or cica, a mama e os msculos peit or ais,at r avs das ar t ri as torcica lat eral et oracoacr omial. par t e inf r apeit oral (3
par t e) a mais impor t ant e sob o pont o devist a f uncional, pois dela sai a ar t r ia
subescapular, r esponsvel pela manuteno da
ir r igao do membr o dist al, at r avs decir culao colat er al, mant ida com r amos da
art r ia subclvia, em casos de int er r upo dof luxo da ar t ria axil ar . A ar t ria t oracodor sal,
r amo da subescapular , um vaso longo e
prat icament e r esponsvel por t oda a ir r igaodo msculo grande dor sal, per mit indo uma
grande mobilidade do r ef er ido msculo naconf eco de r et alhos miocut neos. Os
f ascculos do plexo br aquial sit uam-selat eralment e primeir a par t e da ar t ria
axilar,2 dispondo-se em t orno da art r ia nasegunda par t e. Na sua t erceir a part e, quando obr ao elevado, a art r ia poder sercompr imida cont r a o mer o em casos de
hemorr agias dist ais no cont r olveis port amponament o.
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Anatomia Arterial e Venosa Aplicada Luiz Carlos Gusmo
16/05/2003 Pgina 4 de 9Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado.
Macei: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponvel em: URL:http://www. lava.med.br/livro
Artria braquial
Cont inuao da art ri a axi lar, a ar t r iabr aquial inicia-se na margem inf er ior do
msculo redondo maior e divide- se na f ossaulnar, cerca de 1 cm acima da prega do
cot ovelo, em suas art r ias t er minais a ulnar ea radial. Durant e o seu t r aj et o na f ace int erna
do br ao, ela se mant m no sulco ent r e os
msculos f lexores e os ext ensores, t endo omer o no seu assoalho. No meio do br ao, o
ner vo mediano cruza anteriorment e a art r ia,de lat eral para medial. A art r ia super f icial
e palpvel em t odo o seu t r ajet o. Est a posio
pr ivilegiada, permit e a sua compresso cont r ao mero, o que f acilit a o cont r ole de
hemor r agias por compr esso ou porgar r ot eamento. nest e t r ajet o, que colocamos
o manguit o do t ensimet r o par a a t omada dat enso art er ial. Ant es de dividi r- se em seus
r amos t erminais, a art r ia emit e ramos par a a
musculat ura do br ao e a art r ia br aquialprof unda que supr e a musculat ura ext ensor a.
Artrias ulnar e radial
Ramos t erminais da art r ia br aquial, as
art r ias radial e ulnar , t m origem na f ossa
ulnar. A art r ia r adial a prpr ia cont inuao
da ar t r ia br aquial e segue em dir eo a f aceant erolat eral do punho. A par t e proximal daart r ia se encont r a encober t a pelo msculo
br aquiorr adial. A art r ia pode ser acessada emt odo o seu t r ajet o para a conf eco de
f ist ulas ar t er iovenosas. No punho, sit ua-se
lat eralment e ao t endo do msculo f lexorr adial do carpo, sendo est e o local mais
ut il izado par a medir a f r eqncia de pulso. Aseguir , a ar t ria radial deixa o antebrao,
curvando-se sobr e o r adio e adent r ando nat abaqueir a anat mica, onde pode ser lesada
durant e procediment os cir rgicos dest aregio.
A ar t r ia ulnar o ramo mais calibr oso da
art r ia br aquial. Aps sua or igem, passaprof undamente ao msculo pronador r edondo e
ent r e os vent r es do f lexor super f icial dos
dedos. No t ero super ior do ant ebrao diri ge-se medialment e passando sobr e o msculo
f lexor prof undo dos dedos. No t ero mdio do
ant ebr ao, encont r a o nervo ulnar que se sit uamedialment e a ela.
Ar t ri a ilaca comum
As ar t r ias il acas comuns so os ramost erminais da art r ia aor t a abdominal. Depois
da or igem apr esent am diver gncia e aps cur t ot r aj et o, dividem-se em ar t rias ilacas
ext ernas e ar t rias ilacas int ernas. A art ri ail aca ext erna se projet a medialment e ao
msculo psoas maior e adent r a na coxa sob o
ligament o inguinal, para chamar-se ar t r iaf emoral. A ar t r ia ilaca ext erna cr uzada
pelo uret er ao passar da cavidade abdominalpar a a cavidade plvica. A art r ia il aca
ext er na emit e apenas dois r amos par iet ais, que
so: a ar t ria epigst r ica inf erior e a ar t riacir cunf lexa prof unda do leo. Um r amo ar t er ial
da epigst r ica ou dir et o da il aca ext er na,cr uza post er ior ment e o canal inguinal,
const it uindo uma anast omose com a ar t r iaobt urat ri a, denominada de ZONA MORTAL ,
e que pode ser a prpria or igem da
obturatria.
As art r ias ilacas int ernas suprem a maior
par t e da pelve e a r egio glt ea. Or iginam-seent r e L5 e S1, est ando o uret er ant er ior a ela.
Desce na cavidade plvica emit indo r amos
par iet ais e viscerais, t erminando na margem
superior do f orame isquit ico maior, ondeapresent a diviso ant er ior e post er ior , queconst it uem os t r oncos glt eos.
Ar t ria f emor al
Est e vaso f ornece o pr incipal supr iment oar t eri al para o membr o inf erior. Cober t a pela
f scia lat a, a art r ia f emoral se encont r a noassoalho do t r gono f emoral. Apr esent a a veia
f emoral na sua f ace medial e se encont r aseparada do nervo f emoral pelo sept o
ileopect neo. No t r gono f emoral, supr e,at r avs das ar t rias cir cunf lexas f emorais, a
musculatura ant eromedial da coxa. Finalment e,
emit e a art r ia f emoral prof unda, que, at r avsdas ar t rias per f urant es, vos supri r a
musculat ura do j arr et e. No t r gono f emoral elapode ser f acilment e acessada por palpao
digit al ou at r avs de puno. A cont inuao da
art r ia f emoral, s vezes denominada dear t ria f emoral super f icial, desce na f ace
medial da coxa dent r o do canal subsart or ial
(canal de Hunt er ), em companhia da veia domesmo nome, que a cr uza post er ior ment e, e do
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Anatomia Arterial e Venosa Aplicada Luiz Carlos Gusmo
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Macei: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponvel em: URL:http://www. lava.med.br/livro
nervo saf eno. Est e canal deve ser aber t oamplamente durant e a explor ao cir rgicadest e vaso.
Ar t ria popltea
Aps at r avessar o hiat o t endneo, f enda
musculoaponeurt ica,3 a ar t ria f emoral passaa denominar- se de art r ia poplt ea. A ar t r ia
sit ua-se pr of undament e em t odo o seu t r aj et o.
Finalment e, est a ar t ria divide-se em ar t riat ibial post erior e ar t ria t ibial ant erior . Como
se sit ua sob a t ensa f scia poplt ea, par a aart r ia ser palpada necessr io mant er o
j oelho em f lex o.
Artria tibial anterior
A ar t ria t ibial ant erior perf ur a de poster ior
par a ant er ior a membr ana int er ssea, e desce,em companhia do nervo f ibular prof undo, na
f ace ant er ior da coxa, prof undament e aomsculo t ibial anterior. A maior par t e dos
r amos musculares so emit idos na par t e
proximais do vaso,4 o que permit e mobilizarest e msculo para cobr ir def eit os no t ero
inf er ior da perna sem prej uzo para suanut r io. Sobr e a f ace superior do p, a
art r ia passa a denominar -se de ar tr ia dor saldo p.
Artria tibial posterior
Est a art ri a a prpri a cont inuao da ar t r iapoplt ea na mar gem inf er ior do msculo
poplt eo. Desce post eriorment e t bia cober t apela f scia t r ansver sa prof unda da perna, a
qual separ a-a dos msculos gast r ocnmios e
sleo, ir r igando a musculat ura post er ior daper na. Emit e a art r ia f ibular e desce em
companhia do nervo t ibi al dividindo-se no pem art r ias plant ar lat eral e plant ar medial.
No t ero inf eri or da perna super f icial, sendocober t a apenas pela pele e t ecido subcutneo.
A ar t r ia normalment e palpada at r s domalolo medial. Ao nvel do malolo, a art r iapode ser f acilment e lesada em f er iment ossuper f iciais.
Figura 1 Fotograf ia dos vasos ret roperit oneais: 1. Veiacava inf erior; 2. Ar t ria aor t a abdominal; 3. Ureter; 4.Tr onco celaco; 5. Ar t ria ilaca comum; 6. Ar t ria ilacaext erna; 7. Ar t ria ilaca int erna; 8. Veia renal; 9. Vasoslienais.
Figura 2 Fot ograf ia da axila e brao dir eiro: 1. Nervomediano; 2. Veia axilar; 3. Ar t ria braquial; 4 . Veia axilaracessria.
Figura 3 Fotograf ia das regies f emoral e ilacaesquerdas: 1. Ar t ria f emoral; 2. Veia f emoral; 3.Ligamento inguinal; 4. Veia ilaca ext erna; 5. Ar t ria ilacaexterna.
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Figur a 4 Fotograf ia dos grandes vasos t orcicos: 1.Tr onco ar t erial br aquiocef lico; 2. Veia zigos; 3. Veiacava superior; 4. Veia cava inf er ior ; 5. Arco da aor t a; 6.Ar t ria aort a ascendnt e; 7. Tr onco pulmonar.
Figur a 5 Fot ograf ia do mediast ino (lado esquerdo): 1.Essago t orcico; 2. Aor t a t orcica; 3. Ar t ria subclviaesquerda; 4. Brnquio pr incipal esquerdo; 5. Ar co da aort a;6. Ar t ri a pulmonar; 7 . Coluna ver t ebral.
ANATOMI A VENOSA
Veia axilar
A veia axi lar inicia-se a par t ir da mar gem
inf er ior do msculo redondo maior, pelacont inuao da veia baslica,5 e t ermina ao
cr uzar a margem lat eral da pr imeir a cost ela. Aveia axilar , como a art r ia do mesmo nome,
divid ida em t r s par t es pelo msculo peit oralmenor . No caso da veia, como o f luxo
cent r pet o, a diviso denominada de par t e
inf erior (inf r apeit oral), par t e mdia(r et r opeit oral) e par t e super ior
(suprapeit oral). Comument e encont r amos emmais de 50% dos casos, uma out r a veia ax ilar ,
denominada de veia axilar acessria,6 e quer epresent a a cont inuao da veia braquial
lat er al, que no af luiu ant es par a veiabasli ca ou no se j unt ou com a veia br aquial
medial. A veia axilar acessria, de calibreprximo da veia axilar, desemboca na par t esuprapeit oral da veia axi lar e const it ui umaalt ernat iva de dr enagem do membr o superiorem casos de leso ou ligadura inadver t ida da
veia axilar. A veia axilar recebe, prxima suat er minao, a veia cef lica. Part e da dr enagemvenosa da par ede t orcica, chega veia axilar ,
at r avs das suas af luent es; a veia torcicalat eral e a veia t oracoepigst r ica, e
const it uem uma rede de cir culao colateralem caso de obst r uo da veia cava inf er ior . A
veia axil ar localiza-se ant eromedial ar t r ia
axi lar, f ato que f acili t a sua puno ecat et er ismo, pr ocedimento que nor malment e
r ealizado na j uno ent r e o t ero mdio e o
t ero pr oximal da clavcula.
Veia j ugular int erna
A veia j ugular dr ena o encf alo, a f ace e opescoo. Formada pela cont inuao do seio
sigmide, t em no incio da sua f ormao umadilat ao denominada de bulbo super ior , sendo
uma out r a dilat ao, sit uada prxima suadesembocadur a na veia subclvia, denominada
de bulbo inf er ior . A veia desce no pescoo em
companhia da art r ia car t ida comum. Por ser
um vaso bast ant e dilat ado, est a veia f acilment e puncionada par a hidr at ao rpidado pacient e. Em recm-nascidos, com
dif iculdades de puno venosa, ela deve ser aveia de eleio a ser dissecada, pois se pode
colocar nela um cat et er mais calibr oso, o que
impede sua obst r uo, f at o cor r iqueir o quandouma veia do membr o canalizada.
Veia subclvia
Cont inuao da veia ax ilar, r ecebe est e nome
ao cr uzar a margem lat eral da pr imeir acost ela. A veia subclvia r ecebe inmer as
t r ibut ri as no pescoo que no corr espondem
mesma denominao dos ramos da ar t r ia domesmo nome. Ant er ior ar t r ia subclvia,
encont r a- se separ ada dela, na sua par t e mdiapelo msculo escaleno ant er ior e deve ser
af ast ada na abordagem cirrgica da ar t ri a.
Sua j uno com a veia j ugular int erna f ormaum ngulo de 90 denominado de ngulo venoso
(FARABEUF), no qual desemboca, no lado
esquerdo, o duct o t orcico, e do lado dir eit o, oduct o linf t ico dir eit o.
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Anatomia Arterial e Venosa Aplicada Luiz Carlos Gusmo
16/05/2003 Pgina 7 de 9Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado.
Macei: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponvel em: URL:http://www. lava.med.br/livro
Veias braquiocef licas
As veias br aquiocef licas so f ormadaspost er iorment e ar t iculao est ernoclavicular
pela unio das veias subclvias com as veiasj ugulares int er nas e t er minam conf luindo no
mediast ino super ior par a f ormar a veia cavasuper ior . A veia br aquiocef lica dir eit a desce
vert icalment e em dir eo cava super ior ,
enquant o a veia br aquiocef lica esquer da, maislonga, desce obliquament e, cruzando
ant er ior ment e os ramos do arco da aor t a.
Veias cavas
A veia cava superior const it uda no
mediast ino super ior pela conf luncia das veiasbr aquiocef licas dir eit a e esquer da. Encont r a-
se sit uada dir eit a da ar t ria aort aascendente, e recebe o caj ado da veia zigos.
Ao exame r adiogr f ico, est a veia j unt ament ecom a veia br aquiocef lica dir eit a, f ormam a
mar gem dir eit a da imagem cardiovascular. A
obst r uo da veia cava ant es dadesembocadur a da zigos, permit e o
desenvolviment o de uma cir culao colat er alcompat vel com a vida, o que no acont ece se a
obst r uo ocor r e aps est a conf luncia.
A veia cava inf er ior um t r onco avalvular, quet em origem inf eri orment e e dir eit a daart r ia aor t a abdominal, pela unio das veiasil acas comuns. Sobe ant er ior coluna lombar ,recebendo as veias lombares e as veias renais,at r avessa o f orame da veia cava inf er ior nodiaf r agma, recebendo poster ior ao f gado, as
veias supra-hept i cas e adent r a ao t r iodireito.
Veia por t a
A veia port a f ormada post er ior ment e ao colo
do pncreas pela j uno da veia mesent r icasuperior com a veia lienal. A veia passa
post er ior ao est mago, e ao omento menor ,sobe por t r s do ducto coldoco, onde r ecebeveias pr ovenient es do est mago e divide-se nohil o do f gado em r amos dir eit o e esquerdo. Aobst r uo da veia por t a leva hiper t ensopor t al, sndrome que det er mina a f ormao de
anast omoses por t o-sist micas, cuj o exemplomais import ant e esto ent r e a veia gst r ica
esquer da e as veias esof gicas, levando f ormao de var izes esof gicas e gst r icas,
que r ompidas, acident alment e, podem levar oindivduo ao bit o por hemorr agia aguda.
Veias ilacas comuns
Est as veias, comument e avalvuladas, sof ormadas pela unio das veias ilacas int er nas e
ilacas ext ernas, ant er ior ment e art iculaosacr oilaca, t erminam ao nvel da 5 vr t ebr a
lombar , onde se une com a do lado opost o par a
f ormar a veia cava inf er ior . Como a veia cavainf erior est dir eit a da aort a, a veia ilaca
esquerda mais longa e oblqua que a dir eit a.
Veia ilaca int erna
Tambm denominada de hipogst r ica inicia-se
acima do f orame isquit ico maior, dir ige-separ a cima, e ao nvel do est r eit o superior ,
j unt a-se veia ilaca ext er na para f or mar aveia i laca comum. Devido s inmeras
t r ibut r ias, est a veia se assemelha a umaf ormao plexi f orme. As leses da veia ou de
suas grandes af luent es causa hemorr agias, por
vezes, incont r olveis.
Veia ilaca ex t erna
a cont inuao super ior da veia f emoralquando est a lt ima passa sob o l igament o
inguinal. No lado dir eit o, encont r a-se medial e
post er ior ment e ar t r ia do mesmo nome. Nolado esquer do, sit ua-se sempre do lado medial
da ar t ria. Suas pr incipais t r i but r ias so aar t ria epigst r ica inf erior e a ar t ria
cir cunf lexa prof unda do leo.
Veias f emorais
Acompanha a art r ia f emoral na coxa,
sit uando-se inicialment e lat eralment e ar t ria, cruza post erior ment e a ar t ria no
meio da coxa, vindo a sit uar -se no rest ant e do
t r ajet o medial em r elao art r ia. Tem umadist r ibuio semelhant e art r ia f emoral,r ecebe a veia f emoral pr of unda e vrias
t r ibut r ias, ent r e as quais se dest aca a veia
saf ena magna que perf ura a f scia lat a not ero super ior da coxa. A veia f emoral f orma o
limit e lat eral do anel f emoral o que const it uium f at o impor t ante, pois na hernior r af ia
f emoral, ela poder ser lesada ou compr imida
ao se t ent ar f echar exager adament e o anelf emoral.
Veia poplit ea
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Anatomia Arterial e Venosa Aplicada Luiz Carlos Gusmo
16/05/2003 Pgina 8 de 9Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado.
Macei: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponvel em: URL:http://www. lava.med.br/livro
f ormada ao nvel do msculo poplt eo pelaconf luncia ir r egular das veias t ibiaispost er ior es com as veias t ibiais ant er ior es eveias f ibulares.7 Na f ossa poplt ea, t ende asit uar- se post er ior ment e art r ia poplt ea.
Veias t ibiaisOr iginrias inf er ior mente ao malolo medial,
pela af luncia i r r egular das veias plantares
mediais e lat er ais, est as veias apr esent amquase sempre um t r onco duplo no t ero dist al
da perna e plex if orme no t ero mdio.7 Aligadura de uma das veias t ibiais post er ior es,
t eor icament e no t r ar ia pr ej uzo para a
dr enagem venosa pr of unda da per na, uma vezque possuem uma sr ie de comunicaes ent r esi e com out r as veias pr of undas da perna.
CONSI DERAES FI NAI S
A anat omia ar t er ial e venosa part ef undament al no dia-a-dia do angiologist a e,
pr incipalment e, do cir urgio vascular . Quant omaior o conheciment o da anat omia maior ser asegur ana na r ealizao dos pr ocediment os.Devendo est es conheciment os ser exalt ado emqualquer publicao da especialidade.
REFERNCI AS
1. Sant os MTM, Mesquit a ADM, Gusmo LCB. Sintopiada bif urcao da art ria car t ida comum. Br azMorphol Sci 2000;17:177.
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3. Chaves DP, Gusmo LCB. Anlise morf olgica dohiato tendneo. Braz J Morphol Sci 2000;17:58.
4. Lima ADS, Fi lho J LA, Gusmo LCB. Anlisemorf omt r ica das ar t ria t ibial ant erior e dorsal do
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5. Sant os CAS, Gusmo LCB. Estudo anatmico sobr e aveia baslica no brao de cadveres humanos. Rev HUUFAL, 1997;4:32-40.
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7. Tavares Filho JDL, Gusmo LCB. Contr ibuio para oestudo anatmico das veias t ibiais poster ior es. BrazJ Morphol Sci 2000;17:161.
Verso prvia publicada:Nenhuma
Conflito de interesse:Nenhum declarado.
Fontes de fomento:Nenhuma declarada.
Data da ltima modificao:13 de outubro de 2000.
Como citar este captulo:Gusmo LCB. Anatomia arterial e venosa aplicada. In: Pitta GBB,
Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular:guia ilustrado. Macei: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003.
Disponvel em: URL: http://www.lava.med.br/livro
Sobre o autor:
Luiz Carlos Buarque de Gusmo
Professor Adjunto IV de Anatomia Humana da
Universidade Federal de Alagoas,Macei, Brasil.
Endereo para correspondncia:
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7/30/2019 Anatomia-Arterial-Venosa
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Verso preliminar Anatomia Arterial e Venosa Aplicada Luiz Carlos Gusmo
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