Análise Do Conto (2)

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Análise do conto “A viagem” (Contos Exemplares, Sophia de Mello Breyner Anderson) Espaço: (físico) Estradas, campos e serras  Tempo: (discurso) Setembro, começa numa manhã acabando a noite (1dia) Ação: Relevo (Central), Estrutura (Encaixe), Delimitação (Aberta) Personagens: Relevo (Principais: mulher e homem), Modelada, Processo de caracterização (Directa, heterocaracterização)  Narrador: Ciência (Omnisciente), Presença (Heterodiegético), Posição (Subjectivo) Proverbio: Homem prevenido vale por dois Relação entre proverbio e conto: Quando no provérbio é falado de um “Homem”, não é apenas o homem (sexo masculino) mas sim também Homem de ser humano, logo engloba ambos os géneros. Provavelmente se houvesse uma melhor preparação por ambas as pessoas nada disto teria acontecido. Temas dominantes: Absurdo e a esperança. No final, vence claramente a esperança. Deste modo, este conto contém uma lição sobre como lidar com o ABSURDO da vida: pressupõe a atitude do crente, de quem acredita que existe alguém depois da morte. Resumo: Um homem e uma mulher fazem uma viagem, que poderia ser a viagem da vida. Percorrem uma estrada e ao chegarem a uma encruzilhada escolhem um caminho, mas a meio desse caminho notam que se enganaram e tentam regressar à encruzilhada, mas já não a encontram e decidem continuar em frente... Chegam outra vez a uma parte da estrada em que têm de optar por uma colina com árvores ou uma planície e resolvem subir a colina para poderem avistar todos os caminhos e encontrarem o certo para chegarem ao seu destino. Ao chegar lá avistam um homem e perguntam-lhe pela encruzilhada. O homem diz para esperarem um pouco que logo lhes indicava o caminho. Enquanto esperavam pediram ao homem que lhes indicasse onde podiam beber água. Quando voltaram da fonte, já o homem não estava lá. Decidiram voltar para o carro e ir na direcção que o homem lhes tinha indicado, mas quando chegaram ao lugar onde estava o carro já este havia desaparecido. Resolveram voltar ao lugar da água mas a fonte também já não existia. Seguiram a estrada e passado algum tempo encontraram uma casa, bateram á porta três vezes porque embora ninguém abrisse eles ouviam vozes dentro da casa. Acabaram por arrombar a porta mas não estava lá ninguém muito embora estivesse o lume acesso e a roupa estendida no arame. Decidiram voltar à estrada, mas a estrada já não existia, regressaram à casa mas esta tinha desaparecido. A mulher já estava desesperada e cansada, mas o homem insistiu para continuarem. Várias coisas encontraram pelo caminho mas quando voltavam atrás para ir buscá-las já estas haviam desaparecido. Chegaram à floresta, encontraram um lenhador que lhes indicou um caminho que mais uma vez não encontraram e quando voltaram para trás, também o lenhador já não se encontrava. Tentaram de novo encontrar a estrada, e mesmo perdidos um sentimento de felicidade tomou conta deles. Encontraram um rio onde nadaram muito, repousaram naquela terra que se parecia tanto com a terra para onde iam... Resolveram retomar a longa caminhada e começaram a ouvir vozes mas estas distanciavam-se à medida que eles se aproximavam até deixarem de ouvi-las. Chegaram ao fim da floresta, já era noite e não havia luz nenhuma a não ser a das estrelas, e aperceberam-se de que estavam perto de um abismo, tentaram seguir um carreiro que havia rente ao abismo mas o homem escorregou e deixou de responder à mulher. Esta tentou seguir o carreiro para procurar o homem, quando já não havia passagem tentou descer o abismo mas não havia como descer e apercebeu-se assim que já não tinha como sair dali..

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Sophia

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Anlise do conto A viagem (Contos Exemplares, Sophia de Mello Breyner Anderson)

Espao: (fsico) Estradas, campos e serrasTempo: (discurso) Setembro, comea numa manh acabando a noite (1dia)Ao: Relevo (Central), Estrutura (Encaixe), Delimitao (Aberta)Personagens: Relevo (Principais: mulher e homem), Modelada, Processo de caracterizao (Directa, heterocaracterizao)Narrador: Cincia (Omnisciente), Presena (Heterodiegtico), Posio (Subjectivo)

Proverbio: Homem prevenido vale por doisRelao entre proverbio e conto: Quando no provrbio falado de um Homem, no apenas o homem (sexo masculino) mas sim tambm Homem de ser humano, logo engloba ambos os gneros. Provavelmente se houvesse uma melhor preparao por ambas as pessoas nada disto teria acontecido.

Temas dominantes: Absurdo e a esperana. No final, vence claramente a esperana. Deste modo, este conto contm uma lio sobre como lidar com o ABSURDO da vida: pressupe a atitude do crente, de quem acredita que existe algum depois da morte.

Resumo: Um homem e uma mulher fazem uma viagem, que poderia ser a viagem da vida. Percorrem uma estrada e ao chegarem a uma encruzilhada escolhem um caminho, mas a meio desse caminho notam que se enganaram e tentam regressar encruzilhada, mas j no a encontram e decidem continuar em frente... Chegam outra vez a uma parte da estrada em que tm de optar por uma colina com rvores ou uma plancie e resolvem subir a colina para poderem avistar todos os caminhos e encontrarem o certo para chegarem ao seu destino. Ao chegar l avistam um homem e perguntam-lhe pela encruzilhada. O homem diz para esperarem um pouco que logo lhes indicava o caminho. Enquanto esperavam pediram ao homem que lhes indicasse onde podiam beber gua. Quando voltaram da fonte, j o homem no estava l. Decidiram voltar para o carro e ir na direco que o homem lhes tinha indicado, mas quando chegaram ao lugar onde estava o carro j este havia desaparecido. Resolveram voltar ao lugar da gua mas a fonte tambm j no existia. Seguiram a estrada e passado algum tempo encontraram uma casa, bateram porta trs vezes porque embora ningum abrisse eles ouviam vozes dentro da casa. Acabaram por arrombar a porta mas no estava l ningum muito embora estivesse o lume acesso e a roupa estendida no arame. Decidiram voltar estrada, mas a estrada j no existia, regressaram casa mas esta tinha desaparecido. A mulher j estava desesperada e cansada, mas o homem insistiu para continuarem. Vrias coisas encontraram pelo caminho mas quando voltavam atrs para ir busc-las j estas haviam desaparecido. Chegaram floresta, encontraram um lenhador que lhes indicou um caminho que mais uma vez no encontraram e quando voltaram para trs, tambm o lenhador j no se encontrava. Tentaram de novo encontrar a estrada, e mesmo perdidos um sentimento de felicidade tomou conta deles. Encontraram um rio onde nadaram muito, repousaram naquela terra que se parecia tanto com a terra para onde iam... Resolveram retomar a longa caminhada e comearam a ouvir vozes mas estas distanciavam-se medida que eles se aproximavam at deixarem de ouvi-las. Chegaram ao fim da floresta, j era noite e no havia luz nenhuma a no ser a das estrelas, e aperceberam-se de que estavam perto de um abismo, tentaram seguir um carreiro que havia rente ao abismo mas o homem escorregou e deixou de responder mulher. Esta tentou seguir o carreiro para procurar o homem, quando j no havia passagem tentou descer o abismo mas no havia como descer e apercebeu-se assim que j no tinha como sair dali..

Sacrifice of Isaac (Caravaggio) 1603-Florena