Análise de Viabilidade Econômico-Financeira · opinion na avaliação dos ativos da Alupar para...

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Análise de Viabilidade Econômico-Financeira Óleo e Gás Participações S.A. Em Recuperação Judicial Rio de Janeiro - RJ LatinFinance Advisory & Research São Paulo, 31 de Janeiro de 2014 Confidencial www.latinfinance.com.br

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Análise de Viabilidade Econômico-Financeira

Óleo e Gás Participações S.A. Em Recuperação Judicial Rio de Janeiro - RJ

LatinFinance Advisory & Research São Paulo, 31 de Janeiro de 2014 │ Confidencial

www.lat inf inance.com.br

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Índice 1. Introdução ...................................................................................................................................................................................... 3

2. Descrição da Operação ............................................................................................................................................................. 6

3. Apresentação do Grupo OGX ................................................................................................................................................. 7

3.1. Breve Histórico ................................................................................................................................................. 7 3.2. Estrutura Societária .......................................................................................................................................... 10 3.3. Resumo das Atividades do Grupo OGX ........................................................................................................... 11

4. Projeções dos Ativos Operacionais .................................................................................................................................... 13

4.1. Campo Tubarão Azul ....................................................................................................................................... 15 4.2. Campo Tubarão Martelo .................................................................................................................................. 16 4.3. Campos Atlanta e Oliva.................................................................................................................................... 20

5. Fluxo Consolidado ...................................................................................................................................................................... 23

5.1. Produção Total de Barris de Petróleo .............................................................................................................. 23 5.2. Produção de Barris de Petróleo – Participação OGX ....................................................................................... 23 5.3. Receita Operacional Líquida ............................................................................................................................ 24 5.4. Custo dos Produtos Vendidos .......................................................................................................................... 24 5.5. Royalties .......................................................................................................................................................... 24 5.6. Despesas Gerais e Administrativas.................................................................................................................. 25 5.7. LAJIDA (EBITDA) ............................................................................................................................................. 25 5.8. Depreciação e Amortização ............................................................................................................................. 26 5.9. Investimento – Capital Expenditures (CAPEX) ................................................................................................ 26 5.10. Variação do Capital de Giro ............................................................................................................................. 27

6. Reestruturação Financeira Proposta .................................................................................................................................. 27

6.1. Premissas de Novas Entradas de Caixa .......................................................................................................... 29 6.2. Premissas de Economias de Dispêndio de Caixa ............................................................................................ 31 6.3. Premissas de Saída de Caixa .......................................................................................................................... 31

7. Análise Financeira da OGX ..................................................................................................................................................... 31

7.1. Análise Financeira de Curto e Médio Prazo ..................................................................................................... 32 7.2. Análise Financeira de Longo Prazo ................................................................................................................. 34

8. Conclusão do Estudo de Viabilidade .................................................................................................................................. 34

9. Relação de Anexos ..................................................................................................................................................................... 36

9.1. Anexo 1 – Balanço Patrimonial – Ativo ............................................................................................................ 36 9.2. Anexo 2 – Balanço Patrimonial – Passivo ........................................................................................................ 37 9.3. Anexo 3 – Demonstrativo de Resultado do Exercício ...................................................................................... 38 9.4. Anexo 4 – Demonstrativo de Fluxo de Caixa ................................................................................................... 39 9.5. Anexo 5 – Weighted Average Cost of Capital .................................................................................................. 40

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1. Introdução

O presente laudo de avaliação econômico-financeira (“Laudo de Avaliação”) foi preparado pela

LatinFinance Advisory & Research Ltda. (“LatinFinance”) com o objetivo de emissão de um laudo

técnico sobre a capacidade financeira e o plano de recuperação judicial (“Plano de Recuperação”)

da Óleo e Gás Participações S.A. – Em Recuperação Judicial (“Companhia”), sociedade anônima

inscrita no CNPJ/MF sob o nº 07.957.093/0001-96, com sede na Praça Mahatma Gandhi, nº 14,

Centro, na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, e suas subsidiárias OGX Petróleo

e Gás S.A. – Em Recuperação Judicial (“OGX Petróleo e Gás”), OGX International GmbH – Em

Recuperação Judicial (“OGX International”) e OGX Austria GmbH – Em Recuperação Judicial

(“OGX Austria“ que, em conjunto com a Companhia, OGX Petróleo e Gás e OGX International, são

referidas indistintamente como “OGX“).

O Laudo de Avaliação foi elaborado pela LatinFinance com base em informações públicas e em

informações fornecidas pela Companhia, com o objetivo de proporcionar o conhecimento

necessário a respeito de seu modelo de negócios e dar suporte à LatinFinance na emissão de um

parecer sobre sua viabilidade econômico-financeira no contexto do Plano de Recuperação, no

âmbito da Lei Nº 11.101/05, art. 53. (“Lei de Falência e Recuperação de Empresas”).

As análises e avaliações contidas neste Laudo de Avaliação se baseiam em previsões de

resultados financeiros futuros. Este Laudo de Avaliação não é necessariamente indicativo de

resultados futuros reais, que poderão ser significativamente mais ou menos favoráveis do que os

sugeridos nestas projeções, tendo em vista, ainda, que estas análises são intrinsecamente sujeitas

a incertezas e diversos eventos ou fatores que estão fora do controle da LatinFinance.

As premissas utilizadas na elaboração deste Laudo de Avaliação foram, em grande parte,

fornecidas pela Companhia e refletem sua expectativa em relação ao futuro, tendo impacto nos

negócios atuais e futuros da Companhia e, portanto, em suas projeções financeiras. Com relação à

preparação deste Laudo de Avaliação, a LatinFinance revisou, entre outras informações: (i)

análises e projeções financeiras da Companhia, elaboradas pela sua administração; (ii)

demonstrações financeiras consolidadas auditadas da Companhia e suas subsidiárias nos últimos

três anos, e na data-base de 30 de setembro de 2013; (iii) certas outras informações financeiras

gerenciais relativas à Companhia e suas subsidiárias; (iv) saldos de caixa e bancos, empréstimos e

outras obrigações de dívida e provisões para contingências da Companhia em 30 de setembro de

2013, em conformidade com os princípios contábeis geralmente aceitos no Brasil; e (v) certas

informações disponíveis ao público em geral. Ademais, a LatinFinance conduziu discussões com

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membros integrantes da administração da Companhia e seus consultores com relação às suas

avaliações sobre os negócios e operações, condições financeiras, informações contábeis

históricas, e perspectivas futuras. A LatinFinance considera que as informações recebidas da

Companhia foram preparadas razoavelmente e refletem o melhor entendimento possível da

Companhia a respeito de suas operações. Adicionalmente, o escopo deste Laudo não incluiu a

auditoria ou revisão das demonstrações financeiras da Companhia.

Entre as fontes de informações públicas consultadas para a elaboração deste Laudo, podemos

citar: (i) Comissão de Valores Mobiliários (CVM); Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e

Biocombustíveis (ANP); Banco Central do Brasil (BCB); Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE), entre outros. Embora se tratem de fontes confiáveis e comumente aceitas, tais

informações não foram submetidas a avaliações independentes, e, portanto, não é possível

dimensionar sua exatidão.

A LatinFinance não assume qualquer responsabilidade caso os resultados futuros difiram

substancialmente das projeções apresentadas no Laudo de Avaliação e não presta qualquer

representação ou garantia em relação a tais estimativas. O Laudo de Avaliação é necessariamente

baseado em condições econômicas, monetárias, de mercado e outras em vigor, bem como em

informações disponibilizadas pela Companhia, e a LatinFinance não assume qualquer

responsabilidade de atualizar, revisar ou reafirmar esta opinião com base em circunstâncias,

desenvolvimentos ou eventos que ocorram após esta data. As premissas e projeções consideradas

neste Laudo de Avaliação podem ser alteradas por diversos fatores, entre os quais (i) mudanças

no cenário regulatório do setor de atuação da Companhia, incluindo o término antecipado de

concessões de exploração da Companhia; (ii) mudanças de tarifas, impostos, tributos ou outras

alterações governamentais; (iii) alterações nas condições macroeconômicas, como a taxa básica

de juros, taxa de câmbio, risco país, etc.; (iv) impedimento, atraso ou dificuldade da Companhia na

implementação do Plano de Recuperação; (v) mudanças em relação à expectativa atual da

Companhia em fatores operacionais como nível de produção e preço médio do petróleo vendido,

entre outros; (vi) dificuldade da Companhia em realizar seus investimentos previstos em função de

alterações de preço ou atrasos operacionais. Além disso, em função dos julgamentos subjetivos e

das incertezas inerentes às projeções, e considerando que as projeções se baseiam em

determinadas suposições sujeitas a incertezas e contingências relevantes externas ao controle da

LatinFinance, não há garantia de que as projeções ou conclusões extraídas das mesmas serão

concretizadas. A LatinFinance não será responsável por perdas diretas ou lucros cessantes que

sejam decorrentes do uso deste material.

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Este Laudo foi realizado a pedido da Companhia e não deve ser interpretado por qualquer credor

como recomendação de investimento ou opinião em relação à recuperação judicial, nem deve ser

utilizado por qualquer credor como instrumento para tomada de decisão de voto ou para exercer

quaisquer outros direitos no contexto da recuperação judicial. Adicionalmente, este Laudo de

Avaliação deverá ser considerado somente em sua totalidade para fins de avaliação independente

e, portanto, qualquer análise ou conclusão baseada em partes isoladas ou segmentos tomados

fora do contexto geral do Laudo de Avaliação será considerada incompleta e, possivelmente,

incorreta. Por fim, este Laudo de Avaliação não deve ser utilizado para nenhuma outra finalidade

além do encaminhamento ao Juízo da Recuperação Judicial, como parte integrante do Plano de

Recuperação, conforme estabelecido na Lei Nº 11.101/05, art. 53.

Apresentamos a seguir o currículo das pessoas físicas e jurídicas que foram envolvidas na

elaboração do Laudo de Avaliação:

LatinFinance Advisory & Research Ltda. A LatinFinance é uma empresa independente

especializada em assessoria financeira. A LatinFinance assessora empresas, famílias e

investidores institucionais em fusões, aquisições, vendas, joint ventures, reestruturações e outras

transações estratégicas. Fundada em dezembro de 2001, a empresa reúne profissionais com

longa experiência no mercado financeiro, profundo conhecimento setorial, sólida reputação e vasta

rede de relacionamentos. A LatinFinance tem extensa experiência na elaboração de laudos de

avaliação com diversas finalidades, entre os quais se destacam: fairness opinion na avaliação dos

ativos da Endesa Brasil aportados no aumento de capital da Enersis, no Chile (2012), fairness

opinion na avaliação dos ativos da Alupar para marcação a mercado do investimento do FI-FGTS

na Companhia (2010, 2011 e 2012), laudo de avaliação dos ativos do Grupo Peixoto de Castro

com objetivo de aumento de capital pelos seus acionistas (2011), laudo de avaliação para o

investimento de capital da AG Angra na Geo Radar (2009).

Robert Chalita. Robert é formado em Administração de Empresas pela PUC-RJ e possui MBA em

Finanças pela Johnson School, Cornell University. Antes de associar-se à LatinFinance em 2009,

Robert acumulou experiência em ofertas no mercado global e local de capitais e trabalhou em

bancos de investimento (Pactual e Bozano) e em bancos de atacado estrangeiros (Santander e

HSBC). Além disso, Robert foi assessor estratégico do Governo do Estado de São Paulo.

Adriano de Marchi Fernandes. Adriano é formado em Administração de Empresas pela

Universidade de São Paulo (FEA-USP) e tem Mestrado em Economia e Finanças pelo Insper.

Antes de associar-se à LatinFinance em 2007, Adriano trabalhou na área de vendas para redes de

telecomunicações da Siemens e também na área de Equity Research do Banco Santander.

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Caique Vatti Junqueira. Caique é formado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio

Vargas (FGV) com ênfase em Corporate Finance e Mercados Financeiros. Antes de associar-se à

LatinFinance em 2010, trabalhou nas áreas de fusões e aquisições da IGC Partners e da

Derivados do Brasil, braço de investimento do BTG Pactual.

Murilo Trajano Pinheiro. Murilo é formado em Economia pelo Insper (Instituto de Ensino e

Pesquisa). Antes de associar-se à LatinFinance, em 2012, trabalhou na área de consultoria

financeira da Accenture.

2. Descrição da Operação

Criado em 2007, o grupo OGX realizou no Brasil, ao longo dos últimos seis anos, atividades

exploratórias de petróleo e gás nas Bacias de Campos, Santos, Espírito Santo, Parnaíba e Pará-

Maranhão. Considerando desde sua criação, o grupo OGX já investiu mais de R$ 10 bilhões em

suas atividades no Brasil, sendo que, de 2010 a 2012, o grupo mobilizou um conjunto de dez

sondas de perfuração, possibilitando uma campanha exploratória em larga escala, investigando

áreas que até então não vinham sendo priorizadas no país.

Os estudos e investigações realizados, apesar de terem possibilitado a descoberta de petróleo em

campos não óbvios, apontaram um potencial exploratório muito maior do que o efetivamente

encontrado, e, em alguns desses campos, a produção esperada mostrou-se comercialmente

inviável.

Ainda que alguns campos tenham correspondido às expectativas iniciais e gerado o volume

projetado, a atividade de prospecção de petróleo necessita de grandes montantes de investimento,

não só na fase exploratória, mas também no desenvolvimento das acumulações descobertas e, à

medida que alguns campos não produziram os volumes esperados, os rentáveis foram tendo mais

dificuldade de suportar e compensar os demais. Essa situação teve um efeito negativo muito forte

nas receitas do grupo, comprometendo a administração do fluxo financeiro da Companhia e

afetando sua capacidade de honrar as obrigações financeiras assumidas nos termos em que

haviam sido contratadas.

Contudo, é de suma importância destacar que uma situação financeira equalizada e equilibrada

com o porte apenas dos ativos com exploração favorável de petróleo permitiria um

desenvolvimento econômico saudável do grupo, estabelecendo-se como fonte produtora e gerando

importantes nichos de empregos, o que evidencia ainda mais que a atual situação decorre de

situações adversas na estimativa do potencial de alguns ativos e não necessariamente na gestão e

operação do negócio como um todo.

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Dessa forma, não obstante os prejuízos sofridos e causados, porém ciente de seus equívocos e

detentor de importantes e rentáveis ativos administrados por profissionais de reconhecida

competência, o grupo OGX, com fundamento nos artigos 47 e 48 da Lei Nº 11.101, de 09/02/2005,

apresentou pedido de Recuperação Judicial, tendo por objetivo permitir que o grupo supere essa

crise econômico-financeira, preservando os direitos de seus credores, no melhor interesse destes

e de todos outros envolvidos ou afetados pela situação.

Fazem parte deste pedido de Recuperação Judicial as seguintes empresas:

i. Óleo e Gás Participações S.A.;

ii. OGX Petróleo e Gás S.A.;

iii. OGX International GmbH; e

iv. OGX Austria GmbH.

3. Apresentação do Grupo OGX

3.1. Breve Histórico A OGX possui um portfólio composto por 2 campos produtores, 4 campos em fase inicial de

desenvolvimento e 26 blocos exploratórios, dos quais 21 são blocos exploratórios marítimos

localizados no Brasil, nas Bacias de Campos, Santos, Espírito Santo, Pará-Maranhão, Ceará e

Potiguar, e 5 são blocos exploratórios terrestres localizados na Colômbia, distribuídos nas bacias

de Cesar-Ranchería e do Vale Inferior do Madalena. Este portfólio já não considera os ativos da

OGX na Bacia do Parnaíba, em função do processo de venda de sua participação na OGX

Maranhão. A área total de extensão dos blocos é de aproximadamente 7,3 mil km² em mar e 36 mil

km² em terra, sendo 24 mil km² no Brasil e 12 mil km² na Colômbia.

Desde sua criação, em julho de 2007, a Companhia estabeleceu posição de destaque no setor

brasileiro de exploração e produção de petróleo e gás natural por meio da aquisição de um

portfólio composto por blocos diversificados. Através de uma colocação privada de ações realizada

em novembro de 2007, a Companhia captou aproximadamente US$ 1,3 bilhão, o que forneceu

recursos para a participação na 9ª Rodada de Licitações da ANP. Nesta rodada, a OGX adquiriu o

direito de concessão de 21 blocos exploratórios nas bacias de Santos, Campos, Espírito Santo e

Pará-Maranhão, totalizando 6,4 mil km².

Em março de 2008, a OGX expandiu seu portfólio adquirindo participação em mais um bloco

exploratório na Bacia de Santos, através de um contrato de farm-in. Foram assim adquiridos 50%

dos direitos do bloco BM-S-29, totalizando 6,8 mil km² de área marítima de exploração. Em maio

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de 2009 a ANP aprovou a aquisição de uma parcela adicional de 15%, elevando a participação da

empresa neste bloco para 65%.

Em março de 2008, a OGX contratou, para a avaliação de seus recursos potenciais, a DeGolyer &

MacNaughton (“D&M”), empresa de consultoria em certificação de reservas no setor de petróleo e

gás natural, com mais de 70 anos de experiência. Este estudo, tendo como base dados sísmicos

em sua maioria 2D indicou que os 22 blocos exploratórios possuíam recursos potenciais riscados

estimados de cerca de 4,8 bilhões de barris de óleo equivalente (“BOE”), considerando uma

probabilidade média de sucesso de 27%. Em novembro de 2009, após a aquisição e interpretação

dos novos dados sísmicos e da aquisição de participação em sete blocos terrestres na Bacia do

Parnaíba, um novo estudo foi feito pela D&M, certificando os recursos potenciais riscados líquidos

em 6,7 bilhões de BOE (considerando uma probabilidade de sucesso de 34,5%).

Em junho de 2008, a Companhia realizou sua Oferta Pública de Ações, onde foram captados

recursos no montante de R$ 6,7 bilhões em uma oferta 100% primária, tornando-se a maior já

realizada no Brasil até então. Os recursos seriam destinados à campanha de exploração e

desenvolvimento das descobertas.

Em setembro de 2009, a perfuração do poço 1-OGX-1-RJS, no bloco BM-C-43, localizado na Bacia

de Campos, deu início à campanha de perfuração da OGX como operadora em seus blocos.

Como forma de expandir seu portfólio, a OGX adquiriu 70% de participação em sete blocos

exploratórios terrestres na bacia do Parnaíba. No intuito de reforçar o posicionamento na região,

em setembro de 2011, a OGX adquiriu 50% de participação em mais um bloco na mesma bacia.

Em paralelo, a OGX firmou um acordo com a MPX Energia S.A. (atualmente Eneva Energia S.A. –

“Eneva”), com objetivo de formalizar a transferência da participação da OGX para uma nova

sociedade de propósito específico, a OGX Maranhão, em que a OGX detinha 66,7% e a Eneva

33,3% do capital social, além de também formalizar a intenção de celebrar um acordo para a

comercialização do gás a ser produzido.

Adicionalmente, a Companhia adquiriu, em junho de 2010, cinco blocos exploratórios em três

bacias terrestres na Colômbia: Cesar-Ranchería, Vale Inferior do Madalena e Vale Médio do

Madalena. Em fevereiro e março de 2011, a Companhia assinou os contratos de concessão para

os cinco blocos exploratórios adquiridos. Em maio de 2012, a OGX devolveu o bloco VMM-26, na

bacia do Vale Médio do Madalena, na Colômbia, devido às restrições ambientais desse bloco,

prosseguindo com seu projeto exploratório nos 4 blocos remanescentes. Posteriormente, a OGX

participou da Ronda Colombia 2012, adquirindo um bloco exploratório terrestre adicional no Vale

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Inferior do Madalena. Os cinco blocos na Colômbia totalizam uma área de aproximadamente de

12,2 mil km² em bacias sedimentares terrestres de diferentes estágios de maturidade, que

apresentam relevante potencial exploratório.

Em abril de 2011, a OGX divulgou relatórios elaborados pela DeGolyer & MacNaughton,

contemplando 34 blocos em 5 bacias sedimentares no Brasil e em 3 bacias na Colômbia, onde o

volume potencial de recursos estimado pela Companhia foi de 10,8 bilhões de BOE.

Em maio de 2011, a OGX realizou uma emissão de dívida no exterior (“bonds”) no valor de US$

2,6 bilhões, acompanhada por nova emissão, em março de 2012, no valor de US$ 1,1 bilhão,

totalizando uma dívida com credores internacionais de US$ 3,6 bilhões, aproximadamente, cujos

recursos foram utilizados para colocar em prática o plano de negócios da Companhia.

Em janeiro de 2012 a OGX deu início à produção de seu primeiro óleo através do Teste de Longa

Duração (TLD) na acumulação de Waimea, futuro Campo de Tubarão Azul, na Bacia de Campos.

Em maio de 2013, a OGX participou da 11ª Rodada de Licitações organizada pela ANP e

submeteu ofertas vencedoras para 13 blocos exploratórios, incluindo nove blocos nas bacias da

Margem Equatorial Brasileira, além de quatro blocos terrestres situados na Bacia do Parnaíba.

Dentre as ofertas vencedoras, a OGX assinou contratos de concessão apenas para quatro blocos

(CE-M-603, CE-M-661, POT-M-475 e POT-M-762), em águas profundas, firmando importantes

parcerias em três blocos, dois com a ExxonMobil Exploração Brasil Ltda. (“Exxon”), nos blocos CE-

M-603 e POT-M-762 (50% OGX e 50% Exxon) e um com a Total E&P do Brasil Ltda. (“Total”) e a

Queiroz Galvão Exploração e Produção S.A. (“Queiroz Galvão”), no bloco CE-M-661 (30% OGX,

45% Total e 25% Queiroz Galvão). Tais parceiros possuem substancial expertise e volume de

recursos, além de um comprovado modelo de negócios de longo prazo e disciplina de

investimentos.

Em outubro de 2013, a OGX celebrou contrato com a Exxon tendo como objetivo a venda de 35%

de participação no bloco POT-M-475, transferindo a operação da concessão para o parceiro, bloco

este localizado na Bacia de Potiguar e, arrematado na 11ª Rodada de Licitações da ANP.

Ainda em outubro de 2013, a OGX anunciou a celebração de um acordo para venda de sua

participação na controlada OGX Maranhão Petróleo e Gás S.A. (“OGX Maranhão” atualmente

denominada Parnaíba Gás Natural S.A.), por meio de um acordo de subscrição de R$ 250 milhões,

que deverá ser seguido por uma venda da participação remanescente por um valor de R$ 200

milhões.

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Em novembro de 2013, a OGX recebeu a Licença de Operação (LO) pelo Instituto Brasileiro de

Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, autorizando a operação da Unidade

FPSO OSX-3 e respectivas estruturas submarinas referentes à atividade de desenvolvimento e

escoamento da produção de petróleo no Campo de Tubarão Martelo, localizado nos blocos BM-C-

39 e BM-C-40, na Bacia de Campos. Em dezembro de 2013, a OGX deu início à produção de

petróleo neste campo, através do poço horizontal TBMT-8H.

3.2. Estrutura Societária Abaixo apresentamos a estrutura societária do grupo OGX:

A Companhia é uma empresa de capital aberto com ações negociadas na Bolsa de Valores de São

Paulo (Bovespa). No dia 24 de janeiro de 2014, a Companhia possuía um valor total de

capitalização de mercado (“market capitalization”) de R$ 1,0 bilhão e um valor de firma (“enterprise

value”) de aproximadamente R$ 9,7 bilhões. Em 28 de novembro de 2013, o Grupo EBX possuía

uma participação de 50,2% na Companhia, representado pela soma das participações da

Centennial Asset Brazilian Equity Fund LLC e Centennial Asset Mining Fund LLC. O restante da

participação de 49,8% está representado por ações dispersas no mercado (“free float”). Entre julho

e setembro de 2013, o volume médio diário transacionado pelas ações da Companhia na Bovespa

foi de R$ 118 milhões. Na carteira teórica do índice Ibovespa do quadrimestre entre setembro e

dezembro de 2013, a OGXP3 era a 4ª ação mais representativa do índice, com 4,25% de

participação.

A Companhia é uma sociedade holding, não operacional e, em 30 de setembro 2013, possuía as

seguintes controladas diretas: OGX Petróleo e Gás e OGX International, além das controladas

indiretas OGX Maranhão, OGX Austria, OGX Netherlands, OGX Netherlands Holding BV e

Parnaiba BV. A Companhia ainda possuía as seguintes controladas em conjunto: OGMP

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Transporte Aéreo Ltda., controlada em conjunto com a empresa Eneva e Atlanta Field BV,

controlada em conjunto com Barra Energia do Brasil Petróleo e Gás Ltda. (“Barra Energia”) e

Queiroz Galvão.

A OGX Petróleo e Gás, controlada da Companhia com 99,9% de participação societária, possui

direitos de exploração em 26 blocos, sendo 23 destes operados pela própria OGX. Em setembro

de 2013, foi aprovado um aumento de capital da OGX Petróleo e Gás através da transferência

para a mesma das ações da OGX Maranhão anteriormente detidas pela Companhia. Após o

aumento de capital, a OGX Petróleo e Gás passou a deter uma participação de 66,7% no capital

social da OGX Maranhão, em sociedade com a Eneva. A OGX Maranhão possui direitos de

exploração em 8 blocos na Bacia do Parnaíba, todos operados pela própria OGX.

A OGX International é uma controlada integral da Companhia com 100% de participação

societária, constituída na Áustria, e representa o braço do grupo OGX no exterior. A OGX

Internacional, por sua vez, é controladora direta da OGX Austria e da OGX Netherlands Holding

BV. Essas empresas não exercem atividade operacional autônoma, e servem como veículos para

a emissão de dívidas e recebimento de receitas no exterior, com o objetivo de financiar as

atividades do grupo OGX no Brasil.

3.3. Resumo das Atividades do Grupo OGX Em 31 de janeiro de 2014, a Companhia possuía, através de suas controladas, e já não

considerando os blocos da Bacia do Parnaíba, direitos de exploração em 26 blocos exploratórios,

sendo eles:

1) 6 blocos offshore na Bacia de Campos;

2) 5 blocos offshore na Bacia do Pará-Maranhão;

3) 3 blocos offshore na Bacia de Santos;

4) 5 blocos onshore na Bacia Colombiana;

5) 3 blocos offshore na Bacia do Espírito Santo;

6) 2 blocos offshore na Bacia do Ceará, adquiridos durante a 11ª Rodada de Licitação da

ANP;

7) 2 blocos offshore na Bacia Potiguar, adquiridos durante a 11ª Rodada de Licitação da

ANP.

Abaixo apresentamos um mapa com a localização dos diferentes blocos exploratórios detidos pela

OGX:

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Em 31 de outubro de 2013, a OGX Petróleo e Gás anunciou a celebração de um acordo de

subscrição com a Cambuhy Investimentos Ltda. (“Cambuhy”), Eneva e DD Brazil Holdings S.a.r.l.

(“E.ON”) segundo o qual a Cambuhy e a E.ON concordaram em investir na OGX Maranhão um

valor total de aproximadamente R$ 250 milhões. O investimento será realizado via aumento de

capital na OGX Maranhão, no qual a Cambuhy irá subscrever ações equivalentes a R$ 200

milhões e a E.ON subscreverá ações equivalentes a R$ 50 milhões.

Adicionalmente, a OGX Petróleo e Gás e a Cambuhy celebraram um contrato de compra e venda

de ações, por meio do qual a Cambuhy concordou em adquirir da Companhia sua participação

remanescente na OGX Maranhão por um preço de compra de R$ 200 milhões, sujeito a certos

termos e condições que incluíam a aprovação do CADE (Conselho Administrativo de Defesa

Econômica), da ANP (Agencia Nacional de Petróleo), além da aprovação dos credores da OGX.

A transação também inclui o encerramento de um acordo que previa o compartilhamento de certos

custos, nos termos em que a OGX Petróleo e Gás receberá um montante de aproximadamente R$

145 milhões, correspondente ao valor líquido da dívida da OGX Maranhão com a OGX Petróleo e

Gás, e que será pago de acordo com as seguintes condições acordadas:

i. R$ 50 milhões em fevereiro de 2014;

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13

ii. R$50 milhões composto por cinco parcelas de R$ 10 milhões de julho a novembro de

2014; e

iii. R$ 45 milhões em janeiro de 2015.

Adicionalmente, a MPX Austria fará pagamento de aproximadamente US$ 25 milhões à Parnaíba

B.V., aproximadamente R$ 55 milhões.

4. Projeções dos Ativos Operacionais

O grupo OGX definiu uma estratégia que possibilita sua recuperação através dos Blocos

Exploratórios mais desenvolvidos e rentáveis. Desse modo, não foram considerados no plano de

recuperação, assim como nas projeções, os campos ou áreas exploratórias em processo final de

venda, ou com potencial de extração incerto ou com muita necessidade de investimento para se

tornarem operacionais, conforme a relação que segue:

Campos e áreas exploratórias da Bacia de Parnaíba – Os ativos dessa Bacia estão envolvidos em

uma operação de venda para a Cambuhy e E.ON, conforme mencionado anteriormente neste

documento. A desmobilização destes ativos irá gerar aproximadamente R$400 milhões,

importantes recursos para o grupo, que serão utilizados para viabilizar as outras operações.

Blocos Exploratórios da Bacia Potiguar e do Ceará – Os ativos conquistados pelo grupo na 11ª

Rodada de Leilões da ANP não serão considerados para efeito de projeção de fluxo de caixa

devido às diversas incertezas ainda associadas aos mesmos. Esses ativos representam um Valor

Patrimonial de aproximadamente R$ 84 milhões, considerando somente a participação da OGX

nos ativos em dezembro de 2013.

Blocos Exploratórios nas Bacias Colombianas – Estes ativos também não serão considerados para

efeito de projeção de fluxo de caixa devido à incerteza em relação à sua taxa de retorno.

Blocos Exploratórios da Bacia do Espírito Santo – Os três blocos sob concessão nesta bacia são

operados pela Perenco Petróleo e Gás do Brasil Participações S.A. (“Perenco”), e possuem

previsão de término para a fase exploratória em outubro de 2014. Todos os compromissos de

trabalho exploratórios (PEM) referentes a esses blocos já foram cumpridos. Estes ativos também

não serão considerados para efeito de projeção de fluxo de caixa.

Blocos Exploratórios da Bacia do Pará-Maranhão – Os contratos dos cinco blocos sob concessão

nesta bacia, BM-PAMA-13 a 17, estão suspensos em virtude da não liberação pelo IBAMA das

respectivas licenças de operação. No entanto, apesar desta bacia não ser considerada para efeitos

de projeção de fluxo de caixa, os ativos presentes nela ainda são de posse da Companhia e

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14

representam um Valor Patrimonial de aproximadamente R$ 9,7 milhões, considerando somente a

participação da OGX nos ativos em dezembro de 2013.

Blocos Exploratórios nas Bacias de Campos e Santos - Foi solicitada à ANP a extensão dos prazos

concedidos a vários Planos de Avaliação de descoberta da OGX, até a deliberação e aprovação do

Plano de Recuperação da OGX, observado o prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, ex vi do

art. 60, §40 da Lei Nº 11.101/05. Esta solicitação foi apreciada pela ANP em reunião de diretoria

realizada em 15 de janeiro de 2014, tendo sido indeferido o pedido de postergação solicitado e

dado um prazo de 30 dias desta deliberação para a entrega do Relatório Final de Avaliação destas

descobertas. Estas áreas exploratórias serão devolvidas e, portanto, estes ativos também não

serão considerados para efeito de projeção de fluxo de caixa.

Campo de Tubarão Azul (Bacia de Campos) – Este ativo na Bacia de Campos poderá voltar a

produzir dependendo da renegociação dos custos referentes à plataforma (FPSO OSX1) utilizada

em sua operação. No entanto, para efeitos de projeção e análise da Companhia, consideramos

como premissa para as projeções apenas os investimentos a serem realizados com o abandono da

operação já existente, como abordado na seção seguinte.

Campos de Tubarão Tigre, Gato e Areia – A OGX solicitou à ANP um prazo maior para estudar um

projeto que possa tornar econômico o desenvolvimento dos volumes descobertos neste campo,

cujos reservatórios se mostram de baixíssima produtividade. Como tal prazo não foi concedido e

as análises conduzidas até o momento não estão revertendo este quadro, é possível que a

Companhia devolva estas áreas. Estes ativos também não serão considerados para efeito de

projeção de fluxo de caixa.

Campos de Rêmora – Os reservatórios desse Campo são muito pequenos. Dessa maneira, devido

à incerteza em relação à sua taxa de retorno, estes ativos também não serão considerados para

efeito de projeção de fluxo de caixa.

Em resumo, os principais ativos operacionais da Companhia, e que são considerados para efeitos

de projeção, são: Campo de Tubarão Martelo e os Campos de Atlanta e Oliva. Esses ativos serão

abordados nas seções seguintes, com informações operacionais e financeiras detalhadas,

projetadas de acordo com o plano de recuperação.

As projeções dos ativos operacionais citados foram baseadas nas premissas e documentos

enviados pela OGX.

Foi considerada uma taxa de câmbio Real/Dólar de R$ 2,20 e as projeções apresentadas estão em

termos reais.

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15

4.1. Campo de Tubarão Azul O primeiro óleo da OGX foi extraído do campo de Tubarão Azul (acumulação de Waimea), em

águas rasas da Bacia de Campos, a cerca de 80 quilômetros da costa de Arraial do Cabo (RJ). O

início da produção ocorreu em janeiro de 2012, com um teste de longa duração, e a produção

inicial se mostrou bastante positiva. No entanto, com a entrada em operação dos demais poços, a

produção do campo começou a apresentar um declínio bastante acentuado. O comportamento dos

poços produtores de Tubarão Azul, bem como o reprocessamento e a reinterpretação dos dados

geológicos daquela área, evidenciaram não só as limitações de produção deste campo, mas

também de outras acumulações próximas, principalmente dos campos de Tubarão Tigre, Gato e

Areia.

Diante dessa situação, o grupo OGX decidiu interromper a operação nesse campo, dada sua baixa

viabilidade econômica. Dessa maneira, os únicos investimentos projetados são os relacionados ao

abandono da operação, detalhado no próximo item.

4.1.1. Investimento – Capital Expenditures (CAPEX)

Gráfico 4.1.1 – CAPEX (R$ Milhões)

i. Despesas com abandono.

22

110

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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4.2. Campo de Tubarão Martelo Em função das características geológicas do campo de Tubarão Azul, a OGX teve suas reservas

revistas e certificadas pela DeGolyer e MacNaughton, tendo confirmado a viabilidade do projeto de

desenvolvimento da produção do campo de Tubarão Martelo (denominado acumulação de Waikiki

durante a fase exploratória), situado em águas rasas, em lâmina d´agua entre 100 e 110 m, na

porção sul da Bacia de Campos, a cerca de 80 quilômetros da costa de Arraial do Cabo, litoral

norte do Estado do Rio de Janeiro (RJ).

A produção de óleo do campo de Tubarão Martelo foi iniciada em 5 de dezembro de 2013, através

do poço horizontal 7-TBMT-8H-RJS, e, logo em seguida, o segundo poço (9-OGX-44HP-RJS,

também horizontal) entrou em produção. A vazão inicial obtida confirmou as expectativas da

Companhia e, no início de 2014, mais dois poços serão interligados. O plano original de

desenvolvimento do Campo de Tubarão Martelo foi aprovado pela ANP e se encontra em

andamento uma revisão, com adequação do plano ao projeto que está sendo implantado, e que é

resultado da visão atualizada e realista das suas reservas. Abaixo se encontra o detalhamento do

cronograma esperado para a entrada em operação dos outros poços do Campo de Tubarão

Martelo:

Data Poço abr/14 Produtor (Fase 1 poço 3) mai/14 Produtor (Fase 1 poço 4) mar/16 Injetor (Fase 2) abr/16 Produtor (Fase 2 poço 1) mai/16 Produtor (Fase 2 poço 2) jun/16 Produtor (Fase 2 poço 3) jul/16 Injetor (Fase 2 – 2 poços)

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4.2.1. Produção Total de Barris de Petróleo

Gráfico 4.2.1 – Produção Total Anual de BOE (mil)

i. Produção estimada a partir do relatório de certificação de reservas elaborado pela

DeGolyer e MacNaughton, conforme Fato Relevante divulgado pela Companhia em 03 de

outubro de 2013.

4.2.2. Produção de Barris de Petróleo – Participação OGX

Gráfico 4.2.2 – Produção Anual de BOE - Participação OGX (mil)

i. Participação da OGX de 100,0% sobre o total em 2014;

ii. A partir de 2015, participação da OGX de 60,0% sobre o total, após a venda de 40,0% de

participação, conforme premissa da projeção.

4.840 3.322

7.138 7.611 6.742 6.108 5.607 5.171 4.817 4.513 4.252 3.993 3.767 3.563 3.386

0 0 0 0 0 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

4.840

1.993

4.283 4.567 4.045 3.665 3.364 3.103 2.890 2.708 2.551 2.396 2.260 2.138 2.032

0 0 0 0 0 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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4.2.3. Receita Operacional Líquida

Gráfico 4.2.3 – Receita Operacional Líquida (R$ Milhões)

i. Preço do Óleo - US$ 110,00;

ii. Desconto por Qualidade – US$ 5,00;

iii. Custo do Frete e de Seguros em 2014 – US$ 5,00;

iv. Custo do Frete e de Seguros a partir de 2015 – US$ 2,00;

v. Preço FOB em 2014 – US$ 100,00;

vi. Preço FOB a partir de 2015 – US$ 103,00.

4.2.4. Custo dos Produtos Vendidos

Gráfico 4.2.4 – Custo dos Produtos Vendidos (R$ milhões)

i. Aluguel (Rental) OSX;

ii. Serviços OSX;

iii. Seguro para Plataforma;

iv. Elevação Artificial (Artificial Lift);

v. Consumíveis;

vi. Logística;

vii. Outros gastos.

1.005

435

979 979 979 761 761 761

653 653 544 544 544

435 435

130 0 0 0 0 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

591

299

458 354

419 399 378 461

395 409 422 364

429 390 365

105 0 0 0 0 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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4.2.5. Royalties

Gráfico 4.2.5 – Royalties (R$ milhões)

i. 10% de Royalties sobre o preço de referência da ANP utilizado para a venda do BOE.

4.2.6. Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização – LAJIDA (EBITDA)

Gráfico 4.2.6 – LAJIDA ou EBITDA (R$ Milhões)

4.2.7. Investimento – Capital Expenditures (CAPEX)

Gráfico 4.2.7 – CAPEX (R$ Milhões)

i. Investimento e despesa de abandono.

93

40

94 101 91

70 70 70 60 60

50 50 50 40 40

12 0 0 0 0 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

322 96

427 524 469

291 313 230 197 183 71 129 64 4 29 13 0 0 0 0 0 0 0

32% 22% 44% 54% 48% 38% 41% 30% 30% 28% 13% 24% 12% 1% 7% 10% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

259

514

229

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

189

0 0 0 0 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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4.3. Campos de Atlanta e Oliva Os campos de Atlanta e Oliva estão localizados a 185 km da costa brasileira em lâmina d'água de

aproximadamente 1.500 metros, com óleo de 14º a 16º API. Os direitos de concessão dos campos

pertencem ao consórcio formado pela Queiroz Galvão, com 30% de participação e operadora, pela

Barra Energia, com mais 30% de participação, e pela OGX, com os 40% de participação restante.

O início da produção é esperado para abril de 2017.

4.3.1. Produção Total de Barris de Petróleo

Gráfico 4.3.1 – Produção Total Anual de BOE (mil)

i. Produção estimada pelo simulador numérico Eclipse, na versão Black-Oil E-100 da

Schlumberger – software utilizado pela OGX para realizar as projeções de produção.

4.3.2. Produção de Barris de Petróleo – Participação OGX

Gráfico 4.3.2 – Produção Anual de BOE - Participação OGX (mil)

i. Participação da OGX de 20,0% sobre o total, após a venda de metade da participação

atual de 40,0%, em 2014, conforme premissa da projeção.

0 0 0

17.075

31.277

25.385 21.244

17.581 15.074 13.209 11.737 10.475 9.490 8.710 8.057 7.437 6.918 6.404 5.593 5.152

0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

0 0 0

3.415

6.255

5.077 4.249

3.516 3.015 2.642 2.347 2.095 1.898 1.742 1.611 1.487 1.384 1.281 1.119 1.030

0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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4.3.3. Receita Operacional Líquida

Gráfico 4.3.3 – Receita Operacional Líquida (R$ Milhões)

i. Preço do Óleo - US$ 105,00;

ii. Desconto por Qualidade – US$ 15,00;

iii. Custo do Frete e de Seguros – US$ 2,00;

iv. Preço FOB – US$ 88,00.

4.3.4. Custo dos Produtos Vendidos

Gráfico 4.3.4 – Custo dos Produtos Vendidos (R$ milhões)

i. Aluguel (Rental) OSX;

ii. Serviços OSX;

iii. Seguro para Plataforma;

iv. Elevação Artificial (Artificial Lift);

v. Consumíveis;

vi. Manutenção (Workover);

vii. Inspeção e Manutenção (I&M);

viii. Outros gastos.

0 0 0

620

1.239

991 805

681 558 558

434 372 372 372 310 248 310 248 186 248

1 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

0 0 0

86

165 163 159 164 158 180

160 154 169

184 168

145

194 169

144

205

1 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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22

4.3.5. Royalties

Gráfico 4.3.5 – Royalties (R$ milhões)

i. 7,8% de Royalties sobre o preço de referência da ANP utilizado para a venda do BOE.

4.3.6. Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização – LAJIDA (EBITDA)

Gráfico 4.3.6 – LAJIDA ou EBITDA (R$ Milhões)

4.3.7. Investimento – Capital Expenditures (CAPEX)

Gráfico 4.3.7 – CAPEX (R$ Milhões)

i. Investimento e despesa de abandono.

0 0 0

55

147

119 108

84 65 62

45 37 36 34 28 21 24 18 14 18 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

0 0 0

479

927

709 538

434 335 316

228 181 168 153 115 81 93 61 28 24 0 0 0

0% 0% 0%

77% 75% 72% 67% 64% 60% 57% 53% 49% 45% 41% 37% 33% 30% 25% 15% 10% 9% 0% 0%

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

248

187

253

181

49

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

98

0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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23

5. Fluxo Consolidado

5.1. Produção Total de Barris de Petróleo

Gráfico 5.1 – Produção Total Anual de BOE (mil)

A produção total de barris de petróleo corresponde à soma da produção dos dois ativos

operacionais considerados para fins de projeção, sem considerar a ponderação pela participação

detida pela OGX em cada campo exploratório.

5.2. Produção de Barris de Petróleo – Participação OGX

Gráfico 5.2 – Produção Anual de BOE – Participação OGX (mil)

A produção total de barris de petróleo consolidada corresponde à soma da produção dos dois

ativos operacionais considerados para fins de projeção, ponderada pela participação detida pela

Companhia em cada campo, e também a venda de 40% da participação no Campo de Tubarão

Martelo em 2015 e 20% de participação em Atlanta e Oliva 2014.

4.840 3.322 7.138

24.686

38.019

31.493 26.851

22.752 19.891 17.721 15.989 14.468 13.257 12.273 11.444

7.437 6.918 6.404 5.593 5.152 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

4.840

1.993

4.283

7.982

10.300 8.742

7.613 6.619 5.905 5.349 4.898 4.491 4.158 3.880 3.643

1.487 1.384 1.281 1.119 1.030 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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5.3. Receita Operacional Líquida

Gráfico 5.3 – Receita Operacional Líquida (R$ Milhões)

A receita operacional líquida consolidada da OGX corresponde à receita com a venda da produção

dos dois ativos operacionais considerados para fins de projeção.

5.4. Custo dos Produtos Vendidos

Gráfico 5.4 – Custo dos Produtos Vendidos (R$ Milhões)

O custo dos produtos vendidos consolidado da OGX corresponde à soma dos custos de produção

dos dois ativos operacionais considerados para fins de projeção.

5.5. Royalties

Gráfico 5.5 – Royalties (R$ Milhões)

O custo com pagamento de royalties corresponde à soma dos custos dos dois ativos operacionais

considerados para fins de projeção.

1.005

435

979

1.598

2.218

1.753 1.567 1.443

1.210 1.210 978 916 916 807 745

378 310 248 186 248 1 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

591

299

458 440

584 562 537 625

553 590 583 518

598 574 533

250 194 169 144

205

1 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

93

40

94

156

238

189 178 154

125 122 96 87 86 74 68

33 24 18 14 18 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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5.6. Despesas Gerais e Administrativas

Gráfico 5.6 – Despesas Gerais e Administrativas (R$ Milhões)

As despesas gerais e administrativas consolidadas da OGX incluem as contas de (i) salário, bônus,

treinamento, encargos e benefícios dos funcionários administrativos da OGX; (ii) custos de aluguel

administrativo e outras despesas de escritório; (iii) custos com consultores e com a administração

da recuperação judicial; (iv) custos com publicidade e propaganda; (v) custos de viagens; (vi)

tributos; (vii) despesas de exploração; e (viii) outros custos administrativos. Durante a fase de

investimento, a Companhia classifica contabilmente as despesas com administração e manutenção

de ativo fixo (imóveis, instalações e equipamentos) como investimentos (CAPEX), porém, como em

2019 os investimentos de fato cessam, esses valores voltam a ser classificados como despesas,

provocando um aumento da conta em questão. Há expectativa de forte redução das despesas

gerais e administrativas da OGX em relação aos patamares atuais, em função de redução nos

gastos com salários, já em curso, e da mudança da sede do grupo OGX. Além disso, à medida que

a produção nos campos começa a declinar, há também uma redução gradual nas despesas gerais

e administrativas da operação.

5.7. Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização – LAJIDA (EBITDA)

Gráfico 5.7 – LAJIDA ou EBITDA (R$ Milhões)

O LAJIDA corresponde ao resultado do seguinte cálculo: receita operacional líquida (-) custo dos

produtos vendidos (-) custo com royalties (-) despesas gerais e administrativas (=) LAJIDA.

295

124 123 97 97 97

77 39 31 31 31 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25

0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

26

-28

305

906 1.299

904 774 625 501 467 268 285 207 133 119 69 67 36 4 0

-25

0 0

3% -6%

31% 57% 59% 52% 49% 43% 41% 39% 27% 31% 23% 16% 16% 18% 22% 14% 2% 0% 0% 0% 0%

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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5.8. Depreciação e Amortização

Gráfico 5.8 – Depreciação e Amortização (R$ Milhões)

As despesas com depreciação correspondem à soma das despesas dos dois ativos operacionais

considerados para fins de projeção.

5.9. Investimento – Capital Expenditures (CAPEX)

Gráfico 5.9 – CAPEX (R$ Milhões)

Os investimentos consolidados correspondem à soma dos investimentos e das despesas de

abandono da OGX nos dois ativos operacionais considerados para fins de projeção, e também a

despesa de abandono considerada para o Campo de Tubarão Azul. Além disso, até 2018 alguns

gastos da Companhia com a administração e manutenção de ativo fixo (imóveis, instalações e

equipamentos) são considerados contabilmente como investimento (CAPEX), e a partir de 2019

começam a ser considerados como despesas gerais e administrativas, como já mencionado no

item 5.6.

237

95

205 268

352 283 259 242

206 206 169 161 161 141 133

380

51 43 35 43 11 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

529

812

482

181 49 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

189 0 0 0 0

98 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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5.10. Variação do Capital de Giro

Gráfico 5.10 – Variação do Capital de Giro (R$ Milhões)

A variação de capital de giro corresponde à posição consolidada da OGX, para a variação das

contas de ativo e passivo circulante. Em 2014, o valor da variação do Capital de Giro inclui a

conversão de parte do saldo da conta de Fornecedores em Capital Social, conforme detalhado

posteriormente no item 6.2.1.

6. Reestruturação Financeira Proposta

Na tabela abaixo está detalhada a composição do saldo devedor do grupo OGX, por tipo de credor,

em 07 de janeiro de 2014:

Endividamento por Credor - Grupo OGX - data base 07/01/2014

Credor Total (R$ milhões)

Bondholders 8.946 Leasing OSX 3.519 Fornecedores 852

Total 13.317 Tabela 6.a – Posição de Endividamento da OGX detalhada pelo tipo de credor

Do montante total de cerca de R$ 13.317 milhões, os bondholders representam 67,2% do

montante total do endividamento, seguido pela OSX (empresa do grupo EBX), com 26,4%, e

fornecedores, com 6,4%. O grupo OGX não possuía, até esta data, quaisquer passivos trabalhistas

ou fiscais vencidos e não pagos, estando as companhias em situação fiscal regular.

-1.220

-48 -105

11

-127

62 29

-74 -15

44

-52

49 14 9

-12

116

-35 -1

34

-21

47

-5

0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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Na tabela abaixo está detalhada a mesma composição, classificada por empresa devedora, em 07

de janeiro de 2014:

Endividamento por Empresa Devedora - Grupo OGX - data base 07/01/2014

Empresa Total (R$ milhões)

Óleo e Gás Participações S/A 1 OGX Petróleo e Gás S/A 4.370

OGX Áustria GmbH 8.946 Total 13.317

Tabela 6.b – Posição de Endividamento por Empresa do Grupo

Do montante total de cerca de R$ 13.317 milhões, 67,2% se referem a valores devidos pela OGX

Austria GmbH, e 32,8% por valores devidos pela OGX Petróleo e Gás S.A, representando quase a

totalidade do saldo devedor. A OGX International não possuía dívida na data base de 07 de janeiro

de 2014.

O Plano de Recuperação foi realizado supondo as premissas principais que detalhamos a seguir,

entre outras, e que foram divididas pelas seguintes categorias:

i. Premissas de novas entradas de caixa;

ii. Premissas de economias de dispêndio de caixa;

iii. Premissas de saídas de caixa adicionais decorrentes da execução do Plano de

Recuperação.

O atendimento de tais premissas busca equalizar a situação financeira atual da OGX, permitindo

que a mesma honre com seus compromissos de curto prazo, assim como possibilitar a viabilidade

econômico-financeira da OGX no longo prazo. O atingimento de tais premissas é condição

fundamental para a análise de fluxo de caixa da OGX após a saída do processo de recuperação

judicial e tem vital importância no entendimento da viabilidade econômico-financeira da OGX.

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6.1. Premissas de Novas Entradas de Caixa

6.1.1. Premissa A – Venda de Ativos de Petróleo (Farm-Outs)

A OGX pretende vender parte de sua participação em alguns ativos, pelos valores esperados

abaixo:

A.i. US$ 218 milhões: venda de 40% de Tubarão Martelo, em 2015;

A.ii. US$ 327 milhões: venda de 20% de Atlanta e Oliva (representa 50% da participação atual

de 40% da OGX na exploração do bloco), em 2014.

Os valores acima consideram um desconto adicional de 20% sobre o valor justo para Tubarão

Martelo e um desconto adicional de 40% sobre o valor justo para Atlanta e Oliva. Os fluxos de

caixa dos ativos foram descontados à taxa de 10,4% (Anexo 5 – WACC) para a apuração do valor

justo dos ativos, de acordo com a metodologia de fluxo de caixa descontado. A diferença no

desconto sobre o valor justo entre os dois ativos se dá pelo fato de Tubarão Martelo estar em fase

de produção, enquanto Atlanta e Oliva ainda estão em fase de desenvolvimento, o que implica em

maior risco de execução.

6.1.2. Premissa B – Venda da OGX Maranhão

Conforme detalhado na seção “3.3. Resumo das Atividades do Grupo OGX”, a OGX Petróleo e

Gás celebrou, em outubro de 2013, um acordo para venda da totalidade de sua participação na

OGX Maranhão. Através dessa venda, a OGX espera receber as seguintes entradas de caixa:

B.i. R$ 50 milhões em fevereiro de 2014: aporte da Cambuhy na OGX Maranhão após o

cumprimento de determinadas condições precedentes;

B.ii. R$ 10 milhões em cinco parcelas de julho a novembro de 2014, e mais R$ 44 milhões em

janeiro de 2015, fruto do recebimento de notas promissórias (empréstimo intercompany

entre a OGX Maranhão e a OGX Petróleo e Gás), totalizando R$ 94 milhões;

B.iii. R$ 55 milhões (US$ 25 milhões) em julho de 2015 pela Parnaíba B.V. relacionado à

aquisição de equipamento atualmente em operação de leasing pela OGX Maranhão; e

B.iv. R$ 200 milhões em julho de 2015: após do término do trânsito em julgado do Plano de

Recuperação e assinatura do Contrato de Compra e Venda de Ações.

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Na figura abaixo detalhamos o fluxo de caixa esperado pela OGX a partir da transação:

6.1.3. Premissa C – Empréstimo-Ponte

Celebração de contrato de pré-pagamento de exportação (Export Prepayment Agreement), em

janeiro de 2014, por meio do qual determinados investidores concederam um empréstimo-ponte no

valor de US$ 50 milhões com um desconto de emissão original (OID – Original Issue Discount) de

20% (US$ 10 milhões). Os recursos líquidos serão utilizados para financiar exportações.

6.1.4. Premissa D – Debtor-In Possession-Financing (“DIP Financing”)

Parte dos credores atuais da OGX pretende realizar novos financiamentos na modalidade DIP

financing entre fevereiro e março de 2014, sênior em relação a outros credores, e com posterior

conversão da dívida para capital social, conforme o cronograma abaixo:

D.i. US$ 110 milhões em fevereiro de 2014;

D.ii. US$ 90 milhões em março de 2014.

6.1.5. Premissa E – Outras Entradas de Caixa

E.i. Com a reorganização dos blocos exploratórios, a OGX irá devolver a um fornecedor um

equipamento que não é mais necessário no valor de R$ 60 milhões em abril de 2014;

E.ii. Devolução do Imposto de Renda Retido na Fonte, decorrente de pagamentos auferidos

em períodos de prejuízo contábil, no valor de aproximadamente R$ 85 milhões em julho

de 2014.

E.iii. A OGX ainda poderá captar recursos novos mediante a emissão de novas ações e/ou

obtenção de novos financiamentos.

Fev/14

Cronograma de

Pagamentos

OGX Maranhão

R$50 MM

Jul/14 Ago/14

R$10 MM

R$10 MM

Set/14 Out/14

R$10 MM

R$10 MM

R$10 MM

R$44 MM

Nov/14 Jan/15

R$200 MM

US$ 25 MM

Jul/15

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6.2. Premissas de Economias de Dispêndio de Caixa

6.2.1. Premissa F – Conversão do Saldo Devedor Junto a Credores em Participação no Capital Social

A OGX Austria, OGX Petróleo e Gás e OGX International poderão converter o saldo devedor junto

a fornecedores e credores internacionais em capital social, de acordo com o cronograma abaixo:

F.i. O saldo remanescente de fornecedores, considerando o pagamento que será realizado

de até R$ 30 mil para cada fornecedor, conforme o disposto na Premissa G, será

convertido em capital social após o processo de recuperação judicial; e

F.ii. O saldo devedor das dívidas internacionais (bonds) será convertido em capital social

após o processo de recuperação judicial.

6.3. Premissas de Saída de Caixa

6.3.1. Premissa G – Pagamento a Fornecedores

Com o objetivo de reduzir a quantidade de fornecedores com débitos em aberto, a Óleo e Gás

Participações S.A. irá quitar todos os credores que forem titulares de créditos em pagamentos que

serão realizados de janeiro de 2015 a dezembro de 2018, em parcelas mensais, iguais,

consecutivas e sem a incidência de qualquer fator de correção e remuneração.

A OGX Austria, OGX Petróleo e Gás e OGX International irão quitar todos os credores que forem

titulares de créditos no valor de até R$ 30 mil, bem como realizará pagamentos de R$ 30 mil aos

demais fornecedores que forem titulares de créditos que superem esse valor e que manifestem

interesse. Tais pagamentos serão realizados de janeiro a dezembro de 2015, em parcelas

mensais, iguais, consecutivas e sem a incidência de qualquer fator de correção e remuneração.

O dimensionamento dessas quantias é apresentado abaixo:

G.i. Os fornecedores titulares de créditos de até R$ 30 mil representam aproximadamente R$

1 milhão;

G.ii. Os fornecedores titulares de créditos superiores a R$ 30 mil representam

aproximadamente R$ 4 milhões.

7. Análise Financeira da OGX

Considerando o valor total de R$ 13.317 milhões que compõe o endividamento da OGX, fizemos

uma análise financeira mensal de curto e médio prazo, tendo como objetivo avaliar se as medidas

propostas no plano de recuperação judicial são suficientes para manter a OGX com caixa positivo

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nos próximos dois anos, sem necessidade de novos financiamentos ou aportes de capital além

daqueles já considerados nas premissas do Plano de Recuperação.

Além disso, foi feita uma análise financeira anual de longo prazo da OGX, com o objetivo de

verificar se, depois de implementadas as medidas propostas no plano de recuperação judicial,

incluindo a conversão do saldo devedor dos credores em capital social e a venda parcial de alguns

ativos do grupo, a OGX se torna rentável sob o ponto de vista financeiro. Adicionalmente, ela

deverá ser capaz de fazer seus investimentos futuros programados (CAPEX) sem a necessidade

de novas dívidas, utilizando, portanto, somente capital próprio.

7.1. Análise Financeira de Curto e Médio Prazo Abaixo detalhamos o fluxo de caixa final consolidado do grupo, mensalmente, entre janeiro de

2014 e janeiro de 2016, incluindo também a posição de caixa esperada pela OGX no início e

término de cada período.

Gráfico 7.1 – Fluxo de Caixa Consolidado Mensal (R$ Milhões)

Tabela 7.1 – Variação do Caixa Consolidado Mensal (R$ Milhões)

Neste gráfico, destacamos as entradas e saídas de caixa proporcionadas pelo atingimento das

premissas do plano de recuperação judicial, conforme item “6.1. Premissas do Plano de

Recuperação Judicial” deste Laudo de Avaliação. Pela análise, é possível observar que a OGX se

mantém com caixa positivo durante todo o período e, portanto, não necessitaria de novas

captações de dívida ou aportes de capital, uma vez cumpridas as expectativas no montante e

prazo esperados.

-17

38 64

-29 -50-6

3 7 30 4

-8

603

276

-99

27

-125-93

16

165

-90

20

-89

-8

-118 -138

C

B.ii. eE.ii.

B.ii. B.ii.

B.ii. G

B.ii.eG

B.iii. ,B.iv. e

G

D.ii.

E.i.

G

G G

GG

G

G G GB.ii.

B.i. e D.i.

Período jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15Caixa Início do Período 22 4 42 107 78 28 22 25 33 63 66 59 661(+/-) Variação de Caixa -17 38 64 -29 -50 -6 3 7 30 4 -8 603 276Caixa Final do Período 4 42 107 78 28 22 25 33 63 66 59 661 937

Período fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15 dez/15 jan/16Caixa Início do Período 937 838 865 741 647 663 828 738 757 668 660 542(+/-) Variação de Caixa -99 27 -125 -93 16 165 -90 20 -89 -8 -118 -138Caixa Final do Período 838 865 741 647 663 828 738 757 668 660 542 404

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Entre as entradas de caixa não operacionais do período no curto e médio prazo, destacam-se:

i. Vendas parciais de Ativos de Petróleo (Premissa A): correspondem à venda (farm-out) da

participação da OGX nos ativos operacionais Tubarão Martelo (US$ 218 milhões por 40%

da participação da OGX, em 2015), e Atlanta e Oliva (US$ 327 milhões por 20% de

participação no Campo, em 2014). O valor de venda supõe como premissa um desconto

de 20% sobre o valor justo para Tubarão Martelo e um desconto de 40% sobre o valor

justo para Atlanta e Oliva, conforme detalhado anteriormente, descontados à taxa de

10,4%, conforme a metodologia de fluxo de caixa descontado;

ii. Venda da OGX Maranhão (Premissa B): R$ 144 milhões de fevereiro de 2014 a janeiro

de 2015 e R$ 255 milhões em julho de 2015;

iii. Empréstimo-ponte (Premissa C): US$ 40 milhões em janeiro de 2014, com custo

financeiro de US$ 10 milhões;

iv. Debtor-In Possession-Financing (Premissa D): US$ 200 milhões entre fevereiro e março

de 2014; e

v. Outras Entradas de Caixa (Premissa E): devolução de equipamento a fornecedor

representando o montante de R$ 60 milhões em abril de 2014 e devolução do Imposto de

Renda retido na fonte, decorrente de pagamentos auferidos em períodos de prejuízo

contábil, no valor de aproximadamente R$ 85 milhões em julho de 2014.

Entre as saídas de caixa não operacionais do período no curto e médio prazo, destacam-se:

i. Pagamentos a fornecedores (Premissa G): total de aproximadamente R$ 5 milhões

divididos entre os meses de janeiro de 2015 a dezembro de 2018; e

ii. Investimentos (CAPEX): o grupo OGX deverá realizar novos investimentos para

possibilitar o desenvolvimento e produção nos campos Tubarão Martelo e Atlanta e Oliva

na ordem de R$ 529 milhões em 2014 e 812 milhões em 2015.

Uma vez que todo o valor do endividamento será convertido em capital, não haverá novas saídas

de caixa em função de amortizações de dívida, ou pagamento de juros. A conversão do

endividamento em capital se dará da seguinte maneira: a dívida existente até a data do pedido de

Recuperação Judicial representará 25% do capital, a dívida conversível (“DIP Financing”) será

convertida em 65% do capital da Companhia e os atuais acionistas terão direito a 10% do capital

da empresa que vai emergir do processo de recuperação judicial.

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7.2. Análise Financeira de Longo Prazo Após os efeitos do plano de Recuperação Judicial, a OGX se tornaria geradora de caixa e

saudável financeiramente, segundo as projeções, conforme demonstrado abaixo:

Gráfico 7.2 – Fluxo de Caixa Livre (R$ Milhões)

O fluxo de caixa corresponde à posição consolidada da OGX, através da soma do fluxo de caixa

operacional, do fluxo de caixa de investimentos, e do fluxo de caixa de financiamentos. Os fluxos

negativos no final da projeção ocorrem devido ao fim da produção e a posterior desmobilização

dos ativos produtivos. Como a Companhia passará a operar em uma estrutura de capital projetada

sem endividamento, não há saídas de caixa correspondentes a pagamento de juros ou

amortizações de dívida.

Adicionalmente aos Fluxos de Caixa Livres durante o período de projeção, salientamos a

existência de um Valor Patrimonial de aproximadamente R$ 93 milhões, correspondente aos

campos de propriedade da Companhia nas Bacias de Parnaíba, Bacia de Potiguar e Bacia do

Ceará. No entanto, como mencionado anteriormente no item 4, esses ativos não foram

considerados para efeito de projeções financeiras.

8. Conclusão do Estudo de Viabilidade

O presente Laudo de Avaliação foi elaborado pela LatinFinance Advisory & Research Ltda. como

parte dos documentos requeridos no contexto do plano de recuperação judicial da Óleo e Gás

Participações S.A., OGX Petróleo e Gás S.A., OGX International GmbH e OGX Austria GmbH,

conforme a Lei Nº 11.101/05 de Falência e Recuperação de Empresas.

Este Laudo tem como objetivo atestar a viabilidade econômico-financeira da capacidade financeira

e do plano de recuperação, e não contempla outras dimensões a serem consideradas na avaliação

do plano como a societária, legal e fiscal, entre outras.

Analisamos as premissas informadas pela OGX e consideramos que o plano de recuperação

judicial a ser apresentado possui viabilidade econômico-financeira, uma vez que:

640

-119 -301

631

962 870 728

507 438 464 194

311 200 123 98

-18

19 25 31

-27 -76 -5

0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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i. A OGX está tomando medidas financeiras e operacionais para buscar liquidez no curto e

médio prazo;

ii. A OGX continuará realizando os investimentos necessários para possibilitar a

continuação de suas operações no médio e longo prazo; e

iii. As premissas consideradas no plano de recuperação judicial são suficientes para permitir

a continuidade da capacidade de pagamento da OGX, levando-se em conta

principalmente o fato de que a OGX emergirá como uma empresa sem nenhuma dívida

financeira, uma vez que a totalidade dos credores irá converter seu saldo devedor em

capital social.

Este Laudo de Avaliação supõe que todas as premissas nele contidas, incluindo tanto as

premissas apresentadas no plano de recuperação judicial, quanto premissas econômicas,

regulatórias, operacionais e financeiras da OGX, não sujeitas ao plano de recuperação, sejam

atendidas de forma satisfatória.

Esse relatório foi feito com premissas válidas na data de preparação, e não será refeito caso essas

premissas mudem após a submissão do Plano de Recuperação Judicial.

De maneira análoga, o atraso ou insuficiência na entrada de novos recursos para a OGX, em

relação aos prazos esperados e que estão refletidos neste estudo, pode alterar significativamente

a geração futura de caixa da OGX e comprometer sua viabilidade.

Como conclusão do relatório, após a análise das informações apresentadas pela OGX, da

verificação das demonstrações financeiras e das projeções operacionais, e da análise das

premissas do plano de recuperação e suas implicações para a geração de caixa da OGX, a

LatinFinance Advisory & Research Ltda., representada legalmente abaixo por seus diretores,

atesta que o Plano de Recuperação apresenta viabilidade econômico-financeira.

São Paulo, 31 de Janeiro de 2014.

_________________________________ _________________________________

Robert Chalita Adriano de Marchi Fernandes

Diretor Diretor

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9. Relação de Anexos

9.1. Anexo 1 – Balanço Patrimonial – Ativo

R$ milhões 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036ATIVO 13.090 12.834 12.858 13.391 14.095 14.527 14.895 15.169 15.383 15.584 15.652 15.741 15.779 15.777 15.769 15.328 15.325 15.304 15.265 15.220 15.074 15.069 15.069

Circulante 2.557 2.481 2.233 2.848 3.960 4.752 5.446 6.016 6.467 6.894 7.130 7.390 7.575 7.689 7.798 7.629 7.682 7.709 7.705 7.699 7.560 7.555 7.555

Caixa e Equivalentes 661 542 241 872 1.834 2.704 3.432 3.939 4.377 4.842 5.036 5.347 5.547 5.670 5.768 5.750 5.769 5.795 5.825 5.798 5.721 5.717 5.717

Depósitos Restringidos 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31

Contas a Receber 0 0 109 62 233 124 62 171 171 171 171 109 109 62 62 0 62 62 0 62 0 0 0

Estoques 61 104 48 80 58 89 117 72 84 47 89 100 85 122 133 44 16 17 45 4 4 4 4

Outros Créditos 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804

Não Circulante 10.533 10.354 10.625 10.543 10.135 9.776 9.449 9.152 8.916 8.690 8.521 8.351 8.204 8.088 7.972 7.699 7.643 7.596 7.560 7.521 7.514 7.514 7.514

Estoques 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73

Impostos a Recuperar 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188

Impostos Diferidos 2.705 2.916 2.911 2.834 2.730 2.653 2.585 2.531 2.501 2.480 2.481 2.472 2.486 2.511 2.527 2.636 2.630 2.626 2.625 2.629 2.633 2.633 2.633

(-) Provisões para Perda de Impostos Diferidos -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686

Créditos com Partes Relacionadas 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218

Outros Créditos 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228

Investimentos 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10

Plantas, Propriedades e Equipamentos 7.211 6.828 7.115 7.113 6.814 6.533 6.277 6.036 5.832 5.629 5.461 5.301 5.141 5.002 4.870 4.495 4.444 4.401 4.366 4.323 4.313 4.313 4.313

Intangíveis 1.586 1.579 1.569 1.564 1.561 1.559 1.557 1.554 1.552 1.550 1.549 1.547 1.546 1.544 1.543 1.538 1.538 1.538 1.538 1.538 1.538 1.538 1.538

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9.2. Anexo 2 – Balanço Patrimonial – Passivo

R$ milhões 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036PASSIVO 13.090 12.834 12.858 13.391 14.095 14.527 14.895 15.169 15.383 15.584 15.652 15.741 15.779 15.777 15.769 15.328 15.325 15.304 15.265 15.220 15.074 15.069 15.069

Circulante 376 371 318 314 336 320 315 304 301 309 299 297 296 296 295 259 259 259 258 258 243 238 238

Fornecedores 50 76 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Obrigações Fiscais 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14

Obrigações Trabalhistas 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58

Contas a Pagar - Partes Relacionadas 58 33 56 57 79 62 61 58 57 64 54 54 53 52 52 16 16 16 15 15 0 0 0

Contas a Pagar - Outros 44 38 38 33 33 33 29 21 20 20 20 18 18 18 18 18 18 18 18 18 18 14 14

Provisões para Despesas de Abandono 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153

Empréstimos e Financiamentos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Não Circulante 504 391 393 476 479 482 485 488 491 494 497 501 504 507 510 322 324 325 326 327 229 229 229

Empréstimos e Financiamentos 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Lucro Líquido a Apropriar 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164

Provisões - Garantia Mín. de Opç. de Aç. 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65

Provisões - Despesas de Abandono 270 162 164 248 251 254 257 260 263 266 269 272 275 279 282 94 95 96 97 98 0 0 0

Patrimônio Líquido 12.210 12.073 12.147 12.601 13.280 13.726 14.095 14.376 14.591 14.781 14.855 14.944 14.979 14.975 14.964 14.746 14.743 14.721 14.681 14.635 14.603 14.603 14.603

Capital Social 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589

Reservas de Capital 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161

Ajustes de Conversão 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71

Prejuízos Acumulados -6.663 -6.801 -6.727 -6.273 -5.594 -5.148 -4.778 -4.497 -4.283 -4.092 -4.018 -3.930 -3.895 -3.899 -3.910 -4.127 -4.131 -4.153 -4.193 -4.239 -4.271 -4.271 -4.271

Acionistas Minoritários 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52

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9.3. Anexo 3 – Demonstrativo de Resultado do Exercício

R$ milhões 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036Receita Bruta 1.005 435 979 1.598 2.218 1.753 1.567 1.443 1.210 1.210 978 916 916 807 745 378 310 248 186 248 1 0 0

(-) Deduções 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(=) Receita Líquida 1.005 435 979 1.598 2.218 1.753 1.567 1.443 1.210 1.210 978 916 916 807 745 378 310 248 186 248 1 0 0

(-) CPV -591 -299 -458 -440 -584 -562 -537 -625 -553 -590 -583 -518 -598 -574 -533 -250 -194 -169 -144 -205 -1 0 0

(-) Royalties e Participações Especiais -93 -40 -94 -156 -238 -189 -178 -154 -125 -122 -96 -87 -86 -74 -68 -33 -24 -18 -14 -18 0 0 0

(=) Lucro Bruto 322 96 428 1.003 1.396 1.001 852 664 532 498 299 311 232 158 144 94 93 61 28 24 0 0 0

Margem Bruta - % 32% 22% 44% 63% 63% 57% 54% 46% 44% 41% 31% 34% 25% 20% 19% 25% 30% 25% 15% 10% 9% 0% 0%

(-) Despesas Gerais e Administrativas -295 -124 -123 -97 -97 -97 -77 -39 -31 -31 -31 -25 -25 -25 -25 -25 -25 -25 -25 -25 -25 0 0

(=) LAJIDA 26 -28 305 906 1.299 904 774 625 501 467 268 285 207 133 119 69 67 36 4 0 -25 0 0

Margem LAJIDA - % 3% -6% 31% 57% 59% 52% 49% 43% 41% 39% 27% 31% 23% 16% 16% 18% 22% 14% 2% 0% -3507% 0% 0%

(-) Depreciação e Amortização -237 -95 -205 -268 -352 -283 -259 -242 -206 -206 -169 -161 -161 -141 -133 -380 -51 -43 -35 -43 -11 0 0

(=) LAJIR -210 -123 100 638 947 621 516 382 295 261 99 124 45 -8 -14 -311 16 -7 -31 -43 -35 0 0

(+) Alienação de Ativos 1.373 -224 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(+/-) Receitas/Despesas Financeiras -32 -2 -2 -3 -3 -3 -3 -3 -3 -3 -3 -3 -3 -3 -3 -1 -1 -1 -1 -1 0 0 0

(+/-) Outros -1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(=) LAIR 1.130 -349 98 635 944 618 513 379 292 258 96 121 42 -11 -17 -313 15 -8 -33 -45 -35 0 0

(-) Imposto de Renda (IRPJ) -111 155 -17 -133 -195 -126 -105 -72 -57 -50 -16 -24 -5 5 5 70 -14 -10 -6 -1 2 0 0

(-) Contribuição Social (CSLL) -40 56 -6 -48 -70 -46 -38 -26 -20 -18 -6 -9 -2 2 2 25 -5 -4 -2 0 1 0 0

(=) Lucro/Prejuízo Líquido 979 -137 74 454 679 446 370 281 214 191 74 88 35 -4 -11 -217 -4 -22 -40 -46 -32 0 0

Margem Líquida - % 97% -32% 8% 28% 31% 25% 24% 19% 18% 16% 8% 10% 4% -1% -1% -57% -1% -9% -22% -19% -4593% 0% 0%

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9.4. Anexo 4 – Demonstrativo de Fluxo de Caixa

R$ milhões 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036(=) LAJIDA 26 -28 305 906 1.299 904 774 625 501 467 268 285 207 133 119 69 67 36 4 0 -25 0 0

(-) Impostos -124 0 -18 -105 -160 -95 -75 -44 -47 -47 -22 -24 -21 -19 -9 -13 -13 -9 -7 -6 -1 0 0

(+/-) Variação em Capital de Giro -1.220 -48 -105 11 -127 62 29 -74 -15 44 -52 49 14 9 -12 116 -35 -1 34 -21 47 -5 0

(+/-) Derivativos (Fluxo de Caixa) 37 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(+/-) Outros 1.373 -224 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(=) FLUXO DE CAIXA OPERACIONAL 93 -300 181 812 1.012 870 728 507 438 464 194 311 200 123 98 172 19 25 31 -27 22 -5 0

(-) CAPEX -529 -812 -482 -181 -49 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -189 0 0 0 0 -98 0 0

(+) Venda de Ativos 228 997 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(=) FLUXO DE CAIXA DE INVESTIMENTO -301 185 -482 -181 -49 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -189 0 0 0 0 -98 0 0

(+) Adição de Emprést. e Fin. 533 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(-) Amortização de Emprést. e Fin. -9.511 -5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(-) Pagamento de Juros -29 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(+) Aumento de Capital Social 9.855 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(-) Dividendos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(=) FLUXO DE CAIXA DE FINANCIAMENTO 848 -5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(=) FLUXO DE CAIXA DO PERÍODO 640 -119 -301 631 962 870 728 507 438 464 194 311 200 123 98 -18 19 25 31 -27 -76 -5 0

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40

9.5. Anexo 5 – Weighted Average Cost of Capital

Notas:

1. Custo de capital médio ponderado (WACC) calculado em termos reais;

2. Beta médio da OGXP3 (1,14) no horizonte de 48 meses desalavancado pela estrutura de capital histórica da OGX e

realavancado na estrutura de capital projetada da OGX (100% de capital próprio);

3. Custo de capital de terceiros contemplando benefício fiscal [Kd*(1-T)];

4. Nesse caso como não há alavancagem financeira o custo da dívida não é relevante.

Custo Capital Próprio (Ke ): 10,4%

Taxa Livre de Risco + Risco de

MercadoBeta alavancado² Risco País+

Custo Capital Terceiros (Kd³): X%4

WACC¹: 10,4%

2,7% 5,5% 2,5%0,95

- 11 +

100,0% de Equity 0,0% de Dívida

Yield do US T-Bond 10 Anos – média de

Out/Nov/Dez 2013 (Fonte: Federal Reserve EUA)

USA Market RiskPremium – S&P 500

menos T.Bonds – média aritmética de 1928 - 2010

EMBIMédia últimos 3 meses

(Fonte: CESLA)

Beta médio da OGX no horizonte de 48 meses desalavancado pela

estrutura de capital histórica da OGX e realavancado pela estrutura de capital projetada da OGX (Fonte:

Economática)

(Taxa média Financiamento) x (1 - 34%)

x

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Análise de Viabilidade Econômico-Financeira

OGX Austria GmbH Em Recuperação Judicial Rio de Janeiro - RJ

LatinFinance Advisory & Research São Paulo, 31 de Janeiro de 2014 │ Confidencial

www.lat inf inance.com.br

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Índice 1. Introdução ....................................................................................................................................................... 3

2. Descrição da Operação ................................................................................................................................. 6

3. Apresentação do Grupo OGX ....................................................................................................................... 7

3.1. Breve Histórico ................................................................................................................................................. 7 3.2. Estrutura Societária .......................................................................................................................................... 10 3.3. Resumo das Atividades do Grupo OGX ........................................................................................................... 11

4. Projeções dos Ativos Operacionais ............................................................................................................. 13

4.1. Campo Tubarão Azul ....................................................................................................................................... 15 4.2. Campo Tubarão Martelo .................................................................................................................................. 16 4.3. Campos Atlanta e Oliva.................................................................................................................................... 20

5. Fluxo Consolidado ......................................................................................................................................... 23

5.1. Produção Total de Barris de Petróleo .............................................................................................................. 23 5.2. Produção de Barris de Petróleo – Participação OGX ....................................................................................... 23 5.3. Receita Operacional Líquida ............................................................................................................................ 24 5.4. Custo dos Produtos Vendidos .......................................................................................................................... 24 5.5. Royalties .......................................................................................................................................................... 24 5.6. Despesas Gerais e Administrativas.................................................................................................................. 25 5.7. LAJIDA (EBITDA) ............................................................................................................................................. 25 5.8. Depreciação e Amortização ............................................................................................................................. 26 5.9. Investimento – Capital Expenditures (CAPEX) ................................................................................................ 26 5.10. Variação do Capital de Giro ............................................................................................................................. 27

6. Reestruturação Financeira Proposta ............................................................................................................ 27

6.1. Premissas de Novas Entradas de Caixa .......................................................................................................... 29 6.2. Premissas de Economias de Dispêndio de Caixa ............................................................................................ 31 6.3. Premissas de Saída de Caixa .......................................................................................................................... 31

7. Análise Financeira da OGX ........................................................................................................................... 31

7.1. Análise Financeira de Curto e Médio Prazo ..................................................................................................... 32 7.2. Análise Financeira de Longo Prazo ................................................................................................................. 34

8. Conclusão do Estudo de Viabilidade ........................................................................................................... 34

9. Relação de Anexos ........................................................................................................................................ 36

9.1. Anexo 1 – Balanço Patrimonial – Ativo ............................................................................................................ 36 9.2. Anexo 2 – Balanço Patrimonial – Passivo ........................................................................................................ 37 9.3. Anexo 3 – Demonstrativo de Resultado do Exercício ...................................................................................... 38 9.4. Anexo 4 – Demonstrativo de Fluxo de Caixa ................................................................................................... 39 9.5. Anexo 5 – Weighted Average Cost of Capital .................................................................................................. 40

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3

1. Introdução

O presente laudo de avaliação econômico-financeira (“Laudo de Avaliação”) foi preparado pela

LatinFinance Advisory & Research Ltda. (“LatinFinance”) com o objetivo de emissão de um

laudo técnico sobre a capacidade financeira e o plano de recuperação judicial (“Plano de

Recuperação”) da OGX Austria GmbH – Em Recuperação Judicial (“OGX Austria“),sociedade

constituída sob as leis da República da Áustria, com registro comercial na Corte Comercial de

Viena sob o no FN 335512 e sede na Schwarzenbergplatz 5/Top no 2/3, 1030, Viena, e inscrita

perante o CNPJ sob o nº 16.885.474/0001-06, OGX International GmbH – Em Recuperação

Judicial (“OGX International”) OGX Petróleo e Gás S.A. – Em Recuperação Judicial (“OGX

Petróleo e Gás”), , todas subsidiárias de Óleo e Gás Participações S.A. – Em Recuperação

Judicial (“O&G Participações” que, em conjunto com a OGX Austria, OGX International e OGX

Petróleo e Gás são referidas indistintamente como “OGX“).

O Laudo de Avaliação foi elaborado pela LatinFinance com base em informações públicas e em

informações fornecidas pela OGX, com o objetivo de proporcionar o conhecimento necessário a

respeito de seu modelo de negócios e dar suporte à LatinFinance na emissão de um parecer

sobre sua viabilidade econômico-financeira no contexto do Plano de Recuperação, no âmbito da

Lei Nº 11.101/05, art. 53. (“Lei de Falência e Recuperação de Empresas”).

As análises e avaliações contidas neste Laudo de Avaliação se baseiam em previsões de

resultados financeiros futuros. Este Laudo de Avaliação não é necessariamente indicativo de

resultados futuros reais, que poderão ser significativamente mais ou menos favoráveis do que

os sugeridos nestas projeções, tendo em vista, ainda, que estas análises são intrinsecamente

sujeitas a incertezas e diversos eventos ou fatores que estão fora do controle da LatinFinance.

As premissas utilizadas na elaboração deste Laudo de Avaliação foram, em grande parte,

fornecidas pela OGX e refletem sua expectativa em relação ao futuro, tendo impacto nos

negócios atuais e futuros da OGX e, portanto, em suas projeções financeiras. Com relação à

preparação deste Laudo de Avaliação, a LatinFinance revisou, entre outras informações: (i)

análises e projeções financeiras da O&G Participações, elaboradas pela sua administração; (ii)

demonstrações financeiras consolidadas auditadas da O&G Participações e suas subsidiárias

nos últimos três anos, e na data-base de 30 de setembro de 2013; (iii) certas outras informações

financeiras gerenciais relativas à O&G Participações e suas subsidiárias; (iv) saldos de caixa e

bancos, empréstimos e outras obrigações de dívida e provisões para contingências da OGX em

30 de setembro de 2013, em conformidade com os princípios contábeis geralmente aceitos no

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4

Brasil; e (v) certas informações disponíveis ao público em geral. Ademais, a LatinFinance

conduziu discussões com membros integrantes da administração da OGX e seus consultores

com relação às suas avaliações sobre os negócios e operações, condições financeiras,

informações contábeis históricas, e perspectivas futuras. A LatinFinance considera que as

informações recebidas da OGX foram preparadas razoavelmente e refletem o melhor

entendimento possível da OGX a respeito de suas operações. Adicionalmente, o escopo deste

Laudo não incluiu a auditoria ou revisão das demonstrações financeiras da OGX.

Entre as fontes de informações públicas consultadas para a elaboração deste Laudo, podemos

citar: (i) Comissão de Valores Mobiliários (CVM); Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e

Biocombustíveis (ANP); Banco Central do Brasil (BCB); Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE), entre outros. Embora se tratem de fontes confiáveis e comumente aceitas,

tais informações não foram submetidas a avaliações independentes, e, portanto, não é possível

dimensionar sua exatidão.

A LatinFinance não assume qualquer responsabilidade caso os resultados futuros difiram

substancialmente das projeções apresentadas no Laudo de Avaliação e não presta qualquer

representação ou garantia em relação a tais estimativas. O Laudo de Avaliação é

necessariamente baseado em condições econômicas, monetárias, de mercado e outras em

vigor, bem como em informações disponibilizadas pela OGX, e a LatinFinance não assume

qualquer responsabilidade de atualizar, revisar ou reafirmar esta opinião com base em

circunstâncias, desenvolvimentos ou eventos que ocorram após esta data. As premissas e

projeções consideradas neste Laudo de Avaliação podem ser alteradas por diversos fatores,

entre os quais (i) mudanças no cenário regulatório do setor de atuação da OGX, incluindo o

término antecipado de concessões de exploração da OGX; (ii) mudanças de tarifas, impostos,

tributos ou outras alterações governamentais; (iii) alterações nas condições macroeconômicas,

como a taxa básica de juros, taxa de câmbio, risco país, etc.; (iv) impedimento, atraso ou

dificuldade da OGX na implementação do Plano de Recuperação; (v) mudanças em relação à

expectativa atual da OGX em fatores operacionais como nível de produção e preço médio do

petróleo vendido, entre outros; (vi) dificuldade da OGX em realizar seus investimentos previstos

em função de alterações de preço ou atrasos operacionais. Além disso, em função dos

julgamentos subjetivos e das incertezas inerentes às projeções, e considerando que as

projeções se baseiam em determinadas suposições sujeitas a incertezas e contingências

relevantes externas ao controle da LatinFinance, não há garantia de que as projeções ou

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5

conclusões extraídas das mesmas serão concretizadas. A LatinFinance não será responsável

por perdas diretas ou lucros cessantes que sejam decorrentes do uso deste material.

Este Laudo foi realizado a pedido da OGX e não deve ser interpretado por qualquer credor

como recomendação de investimento ou opinião em relação à recuperação judicial, nem deve

ser utilizado por qualquer credor como instrumento para tomada de decisão de voto ou para

exercer quaisquer outros direitos no contexto da recuperação judicial. Adicionalmente, este

Laudo de Avaliação deverá ser considerado somente em sua totalidade para fins de avaliação

independente e, portanto, qualquer análise ou conclusão baseada em partes isoladas ou

segmentos tomados fora do contexto geral do Laudo de Avaliação será considerada incompleta

e, possivelmente, incorreta. Por fim, este Laudo de Avaliação não deve ser utilizado para

nenhuma outra finalidade além do encaminhamento ao Juízo da Recuperação Judicial, como

parte integrante do Plano de Recuperação, conforme estabelecido na Lei Nº 11.101/05, art. 53.

Apresentamos a seguir o currículo das pessoas físicas e jurídicas que foram envolvidas na

elaboração do Laudo de Avaliação:

LatinFinance Advisory & Research Ltda. A LatinFinance é uma empresa independente

especializada em assessoria financeira. A LatinFinance assessora empresas, famílias e

investidores institucionais em fusões, aquisições, vendas, joint ventures, reestruturações e

outras transações estratégicas. Fundada em dezembro de 2001, a empresa reúne profissionais

com longa experiência no mercado financeiro, profundo conhecimento setorial, sólida reputação

e vasta rede de relacionamentos. A LatinFinance tem extensa experiência na elaboração de

laudos de avaliação com diversas finalidades, entre os quais se destacam: fairness opinion na

avaliação dos ativos da Endesa Brasil aportados no aumento de capital da Enersis, no Chile

(2012), fairness opinion na avaliação dos ativos da Alupar para marcação a mercado do

investimento do FI-FGTS na companhia (2010, 2011 e 2012), laudo de avaliação dos ativos do

Grupo Peixoto de Castro com objetivo de aumento de capital pelos seus acionistas (2011),

laudo de avaliação para o investimento de capital da AG Angra na Geo Radar (2009).

Robert Chalita. Robert é formado em Administração de Empresas pela PUC-RJ e possui MBA

em Finanças pela Johnson School, Cornell University. Antes de associar-se à LatinFinance em

2009, Robert acumulou experiência em ofertas no mercado global e local de capitais e trabalhou

em bancos de investimento (Pactual e Bozano) e em bancos de atacado estrangeiros

(Santander e HSBC). Além disso, Robert foi assessor estratégico do Governo do Estado de São

Paulo.

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Adriano de Marchi Fernandes. Adriano é formado em Administração de Empresas pela

Universidade de São Paulo (FEA-USP) e tem Mestrado em Economia e Finanças pelo Insper.

Antes de associar-se à LatinFinance em 2007, Adriano trabalhou na área de vendas para redes

de telecomunicações da Siemens e também na área de Equity Research do Banco Santander.

Caique Vatti Junqueira. Caique é formado em Administração de Empresas pela Fundação

Getúlio Vargas (FGV) com ênfase em Corporate Finance e Mercados Financeiros. Antes de

associar-se à LatinFinance em 2010, trabalhou nas áreas de fusões e aquisições da IGC

Partners e da Derivados do Brasil, braço de investimento do BTG Pactual.

Murilo Trajano Pinheiro. Murilo é formado em Economia pelo Insper (Instituto de Ensino e

Pesquisa). Antes de associar-se à LatinFinance, em 2012, trabalhou na área de consultoria

financeira da Accenture.

2. Descrição da Operação

Criado em 2007, o grupo OGX realizou no Brasil, ao longo dos últimos seis anos, atividades

exploratórias de petróleo e gás nas Bacias de Campos, Santos, Espírito Santo, Parnaíba e

Pará-Maranhão. Considerando desde sua criação, o grupo OGX já investiu mais de R$ 10

bilhões em suas atividades no Brasil, sendo que, de 2010 a 2012, o grupo mobilizou um

conjunto de dez sondas de perfuração, possibilitando uma campanha exploratória em larga

escala, investigando áreas que até então não vinham sendo priorizadas no país.

Os estudos e investigações realizados, apesar de terem possibilitado a descoberta de petróleo

em campos não óbvios, apontaram um potencial de exploratório muito maior do que o

efetivamente encontrado, e, em alguns desses campos, a produção esperada mostrou-se

comercialmente inviável.

Ainda que alguns campos tenham correspondido às expectativas iniciais e gerado o volume

projetado, a atividade de prospecção de petróleo necessita de grandes montantes de

investimento, não só na fase exploratória, mas também no desenvolvimento das acumulações

descobertas e, à medida que alguns campos não produziram os volumes esperados, os

rentáveis foram tendo mais dificuldade de suportar e compensar os demais. Essa situação teve

um efeito negativo muito forte nas receitas do grupo, comprometendo a administração do fluxo

financeiro da OGX e afetando sua capacidade de honrar as obrigações financeiras assumidas

nos termos em que haviam sido contratadas.

Contudo, é de suma importância destacar que uma situação financeira equalizada e equilibrada

com o porte apenas dos ativos com exploração favorável de petróleo permitiria um

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7

desenvolvimento econômico saudável do grupo, estabelecendo-se como fonte produtora e

gerando importantes nichos de empregos, o que evidencia ainda mais que a atual situação

decorre de situações adversas na estimativa do potencial de alguns ativos e não

necessariamente na gestão e operação do negócio como um todo.

Dessa forma, não obstante os prejuízos sofridos e causados, porém ciente de seus equívocos e

detentor de importantes e rentáveis ativos administrados por profissionais de reconhecida

competência, o grupo OGX, com fundamento nos artigos 47 e 48 da Lei Nº 11.101, de

09/02/2005, apresentou pedido de Recuperação Judicial, tendo por objetivo permitir que o grupo

supere essa crise econômico-financeira, preservando os direitos de seus credores, no melhor

interesse destes e de todos outros envolvidos ou afetados pela situação.

Fazem parte deste pedido de Recuperação Judicial as seguintes empresas:

i. Óleo e Gás Participações S.A.;

ii. OGX Petróleo e Gás S.A.;

iii. OGX International GmbH; e

iv. OGX Austria GmbH.

3. Apresentação do Grupo OGX

3.1. Breve Histórico

A OGX possui um portfólio composto por 2 campos produtores, 4 campos em fase inicial de

desenvolvimento e 26 blocos exploratórios, dos quais 21 são blocos exploratórios marítimos

localizados no Brasil, nas Bacias de Campos, Santos, Espírito Santo, Pará-Maranhão, Ceará e

Potiguar, e 5 são blocos exploratórios terrestres localizados na Colômbia, distribuídos nas

bacias de Cesar-Ranchería e do Vale Inferior do Madalena. Este portfólio já não considera os

ativos da OGX na Bacia do Parnaíba, em função do processo de venda de sua participação na

OGX Maranhão. A área total de extensão dos blocos é de aproximadamente 7,3 mil km² em mar

e 36 mil km² em terra, sendo 24 mil km² no Brasil e 12 mil km² na Colômbia.

Desde sua criação, em julho de 2007, a O&G Participações estabeleceu posição de destaque

no setor brasileiro de exploração e produção de petróleo e gás natural por meio da aquisição de

um portfólio composto por blocos diversificados. Através de uma colocação privada de ações

realizada em novembro de 2007, a O&G Participações captou aproximadamente US$ 1,3 bilhão,

o que forneceu recursos para a participação na 9ª Rodada de Licitações da ANP. Nesta rodada,

a OGX adquiriu o direito de concessão de 21 blocos exploratórios nas bacias de Santos,

Campos, Espírito Santo e Pará-Maranhão, totalizando 6,4 mil km².

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Em março de 2008, a OGX expandiu seu portfólio adquirindo participação em mais um bloco

exploratório na Bacia de Santos, através de um contrato de farm-in. Foram assim adquiridos

50% dos direitos do bloco BM-S-29, totalizando 6,8 mil km² de área marítima de exploração. Em

maio de 2009 a ANP aprovou a aquisição de uma parcela adicional de 15%, elevando a

participação da empresa neste bloco para 65%.

Em março de 2008, a OGX contratou, para a avaliação de seus recursos potenciais, a DeGolyer

& MacNaughton (“D&M”), empresa de consultoria em certificação de reservas no setor de

petróleo e gás natural, com mais de 70 anos de experiência. Este estudo, tendo como base

dados sísmicos em sua maioria 2D indicou que os 22 blocos exploratórios possuíam recursos

potenciais riscados estimados de cerca de 4,8 bilhões de barris de óleo equivalente (“BOE”),

considerando uma probabilidade média de sucesso de 27%. Em novembro de 2009, após a

aquisição e interpretação dos novos dados sísmicos e da aquisição de participação em sete

blocos terrestres na Bacia do Parnaíba, um novo estudo foi feito pela D&M, certificando os

recursos potenciais riscados líquidos em 6,7 bilhões de BOE (considerando uma probabilidade

de sucesso de 34,5%).

Em junho de 2008, a O&G Participações realizou sua Oferta Pública de Ações, onde foram

captados recursos no montante de R$ 6,7 bilhões em uma oferta 100% primária, tornando-se a

maior já realizada no Brasil até então. Os recursos seriam destinados à campanha de

exploração e desenvolvimento das descobertas.

Em setembro de 2009, a perfuração do poço 1-OGX-1-RJS, no bloco BM-C-43, localizado na

Bacia de Campos, deu início à campanha de perfuração da OGX como operadora em seus

blocos.

Como forma de expandir seu portfólio, a OGX adquiriu 70% de participação em sete blocos

exploratórios terrestres na bacia do Parnaíba. No intuito de reforçar o posicionamento na região,

em setembro de 2011, a OGX adquiriu 50% de participação em mais um bloco na mesma bacia.

Em paralelo, a OGX firmou um acordo com a MPX Energia S.A. (atualmente Eneva Energia S.A.

– “Eneva”), com objetivo de formalizar a transferência da participação da OGX para uma nova

sociedade de propósito específico, a OGX Maranhão, em que a OGX detinha 66,7% e a Eneva

33,3% do capital social, além de também formalizar a intenção de celebrar um acordo para a

comercialização do gás a ser produzido.

Adicionalmente, a OGX adquiriu, em junho de 2010, cinco blocos exploratórios em três bacias

terrestres na Colômbia: Cesar-Ranchería, Vale Inferior do Madalena e Vale Médio do Madalena.

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9

Em fevereiro e março de 2011, a OGX assinou os contratos de concessão para os cinco blocos

exploratórios adquiridos. Em maio de 2012, a OGX devolveu o bloco VMM-26, na bacia do Vale

Médio do Madalena na Colômbia, devido às restrições ambientais desse bloco, prosseguindo

com seu projeto exploratório nos 4 blocos remanescentes. Posteriormente, a OGX participou da

Ronda Colombia 2012, adquirindo um bloco exploratório terrestre adicional no Vale Inferior do

Madalena. Os cinco blocos na Colômbia totalizam uma área de aproximadamente de 12,2 mil

km² em bacias sedimentares terrestres de diferentes estágios de maturidade, que apresentam

relevante potencial exploratório.

Em abril de 2011, a OGX divulgou relatórios elaborados pela DeGolyer & MacNaughton,

contemplando 34 blocos em 5 bacias sedimentares no Brasil e em 3 bacias na Colômbia, onde

o volume potencial de recursos estimado pela OGX foi de 10,8 bilhões de BOE.

Em maio de 2011, a OGX realizou uma emissão de dívida no exterior (“bonds”) no valor de US$

2,6 bilhões, acompanhada por nova emissão, em março de 2012, no valor de US$ 1,1 bilhão,

totalizando uma dívida com credores internacionais de US$ 3,6 bilhões, aproximadamente,

cujos recursos foram utilizados para colocar em prática o plano de negócios da OGX.

Em janeiro de 2012 a OGX deu início à produção de seu primeiro óleo através do Teste de

Longa Duração (TLD) na acumulação de Waimea, futuro Campo de Tubarão Azul, na Bacia de

Campos.

Em maio de 2013, a OGX participou da 11ª Rodada de Licitações organizada pela ANP e

submeteu ofertas vencedoras para 13 blocos exploratórios, incluindo nove blocos nas bacias da

Margem Equatorial Brasileira, além de quatro blocos terrestres situados na Bacia do Parnaíba.

Dentre as ofertas vencedoras, a OGX assinou contratos de concessão apenas para quatro

blocos (CE-M-603, CE-M-661, POT-M-475 e POT-M-762), em águas profundas, firmando

importantes parcerias em três blocos, dois com a ExxonMobil Exploração Brasil Ltda. (“Exxon”),

nos blocos CE-M-603 e POT-M-762 (50% OGX e 50% Exxon) e um com a Total E&P do Brasil

Ltda. (“Total”) e a Queiroz Galvão Exploração e Produção S.A. (“Queiroz Galvão”), no bloco CE-

M-661 (30% OGX, 45% Total e 25% Queiroz Galvão). Tais parceiros possuem substancial

expertise e volume de recursos, além de um comprovado modelo de negócios de longo prazo e

disciplina de investimentos.

Em outubro de 2013, a OGX celebrou contrato com a Exxon tendo como objetivo a venda de

35% de participação no bloco POT-M-475, transferindo a operação da concessão para o

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10

parceiro, bloco este localizado na Bacia de Potiguar e, arrematado na 11ª Rodada de Licitações

da ANP.

Ainda em outubro de 2013, a OGX anunciou a celebração de um acordo para venda de sua

participação na controlada OGX Maranhão Petróleo e Gás S.A. (“OGX Maranhão” atualmente

denominada Parnaíba Gás Natural S.A.), por meio de um acordo de subscrição de R$ 250

milhões, que deverá ser seguido por uma venda da participação remanescente por um valor de

R$ 200 milhões.

Em novembro de 2013, a OGX recebeu a Licença de Operação (LO) pelo Instituto Brasileiro de

Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, autorizando a operação da Unidade

FPSO OSX-3 e respectivas estruturas submarinas referentes à atividade de desenvolvimento e

escoamento da produção de petróleo no Campo de Tubarão Martelo, localizado nos blocos BM-

C-39 e BM-C-40, na Bacia de Campos. Em dezembro de 2013, a OGX deu início à produção de

petróleo neste campo, através do poço horizontal TBMT-8H.

3.2. Estrutura Societária

Abaixo apresentamos a estrutura societária do grupo OGX:

A O&G Participações é uma empresa de capital aberto com ações negociadas na Bolsa de

Valores de São Paulo (Bovespa). No dia 24 de janeiro de 2014, a O&G Participações possuía

um valor total de capitalização de mercado (“market capitalization”) de R$ 1,0 bilhão e um valor

de firma (“enterprise value”) de aproximadamente R$ 9,7 bilhões. Em 28 de novembro de 2013,

o Grupo EBX possuía uma participação de 50,2% na OGX, representado pela soma das

participações da Centennial Asset Brazilian Equity Fund LLC e Centennial Asset Mining Fund

LLC. O restante da participação de 49,8% está representado por ações dispersas no mercado

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(“free float”). Entre julho e setembro de 2013, o volume médio diário transacionado pelas ações

da O&G Participações na Bovespa foi de R$ 118 milhões. Na carteira teórica do índice

Ibovespa do quadrimestre entre setembro e dezembro de 2013, a OGXP3 era a 4ª ação mais

representativa do índice, com 4,25% de participação.

A O&G Participações é uma sociedade holding, não operacional e, em 30 de setembro 2013,

possuía as seguintes controladas diretas: OGX Petróleo e Gás e OGX International, além das

controladas indiretas OGX Maranhão, OGX Austria, OGX Netherlands, OGX Netherlands

Holding BV e Parnaiba BV. A O&G Participações ainda possuía as seguintes controladas em

conjunto: OGMP Transporte Aéreo Ltda., controlada em conjunto com a empresa Eneva e

Atlanta Field BV, controlada em conjunto com Barra Energia do Brasil Petróleo e Gás Ltda.

(“Barra Energia”) e Queiroz Galvão.

A OGX Petróleo e Gás, controlada da O&G Participações com 99,9% de participação societária,

possui direitos de exploração em 26 blocos, sendo 23 destes operados pela própria OGX. Em

setembro de 2013, foi aprovado um aumento de capital da OGX Petróleo e Gás através da

transferência para a mesma das ações da OGX Maranhão anteriormente detidas pela O&G

Participações. Após o aumento de capital, a OGX Petróleo e Gás passou a deter uma

participação de 66,7% no capital social da OGX Maranhão, em sociedade com a Eneva. A OGX

Maranhão possui direitos de exploração em 8 blocos na Bacia do Parnaíba, todos operados pela

própria OGX.

A OGX International é uma controlada integral da O&G Participações com 100% de participação

societária, constituída na Áustria, e representa o braço do grupo OGX no exterior. A OGX

Internacional, por sua vez, é controladora direta da OGX Austria e da OGX Netherlands Holding

BV. Essas empresas não exercem atividade operacional autônoma, e servem como veículos

para a emissão de dívidas e recebimento de receitas no exterior, com o objetivo de financiar as

atividades do grupo OGX no Brasil.

3.3. Resumo das Atividades do Grupo OGX

Em 31 de janeiro de 2014, a OGX possuía, através de suas controladas, e já não considerando

os blocos da Bacia do Parnaíba, direitos de exploração em 26 blocos exploratórios, sendo eles:

1) 6 blocos offshore na Bacia de Campos;

2) 5 blocos offshore na Bacia do Pará-Maranhão;

3) 3 blocos offshore na Bacia de Santos;

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4) 5 blocos onshore na Bacia Colombiana;

5) 3 blocos offshore na Bacia do Espírito Santo;

6) 2 blocos offshore na Bacia do Ceará, adquiridos durante a 11ª Rodada de Licitação da

ANP;

7) 2 blocos offshore na Bacia Potiguar, adquiridos durante a 11ª Rodada de Licitação da

ANP.

Abaixo apresentamos um mapa com a localização dos diferentes blocos exploratórios detidos

pela OGX:

Em 31 de outubro de 2013, a OGX Petróleo e Gás anunciou a celebração de um acordo de

subscrição com a Cambuhy Investimentos Ltda. (“Cambuhy”), Eneva e DD Brazil Holdings

S.a.r.l. (“E.ON”) segundo o qual a Cambuhy e a E.ON concordaram em investir na OGX

Maranhão um valor total de aproximadamente R$ 250 milhões. O investimento será realizado

via aumento de capital na OGX Maranhão, no qual a Cambuhy irá subscrever ações

equivalentes a R$ 200 milhões e a E.ON subscreverá ações equivalentes a R$ 50 milhões.

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Adicionalmente, a OGX Petróleo e Gás e a Cambuhy celebraram um contrato de compra e

venda de ações, por meio do qual a Cambuhy concordou em adquirir da OGX Petróleo e Gás

sua participação remanescente na OGX Maranhão por um preço de compra de R$ 200 milhões,

sujeito a certos termos e condições que incluíam a aprovação do CADE (Conselho

Administrativo de Defesa Econômica), da ANP (Agencia Nacional de Petróleo), além da

aprovação dos credores da OGX.

A transação também inclui o encerramento de um acordo que previa o compartilhamento de

certos custos, nos termos em que a OGX Petróleo e Gás receberá um montante de

aproximadamente R$ 145 milhões, correspondente ao valor líquido da dívida da OGX Maranhão

com a OGX Petróleo e Gás, e que será pago de acordo com as seguintes condições acordadas:

i. R$ 50 milhões em fevereiro de 2014;

ii. R$ 10 milhões em cinco parcelas de julho a novembro de 2014; e

iii. R$ 45 milhões em janeiro de 2015.

Adicionalmente, a MPX Austria fará pagamento de aproximadamente US$ 25 milhões à

Parnaíba B.V., aproximadamente R$ 55 milhões.

4. Projeções dos Ativos Operacionais

O grupo OGX definiu uma estratégia que possibilita sua recuperação através dos Blocos

Exploratórios mais desenvolvidos e rentáveis. Desse modo, não foram considerados no plano

de recuperação, assim como nas projeções, os campos ou áreas exploratórias em processo

final de venda, ou com potencial de extração incerto ou com muita necessidade de investimento

para se tornarem operacionais, conforme a relação que segue:

Campos e áreas exploratórias da Bacia de Parnaíba – Os ativos dessa Bacia estão envolvidos

em uma operação de venda para a Cambuhy e E.ON, conforme mencionado anteriormente

neste documento. A desmobilização destes ativos irá gerar importantes recursos para o grupo,

que serão utilizados para viabilizar as outras operações.

Blocos Exploratórios da Bacia Potiguar e do Ceará – Os ativos conquistados pelo grupo na 11ª

Rodada de Leilões da ANP não serão considerados para efeito de projeção de fluxo de caixa

devido às diversas incertezas ainda associadas aos mesmos. Esses ativos representam um

Valor Patrimonial de aproximadamente R$ 84 milhões, considerando somente a participação da

OGX nos ativos em dezembro de 2013.

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Blocos Exploratórios nas Bacias Colombianas – Estes ativos também não serão considerados

para efeito de projeção de fluxo de caixa devido à incerteza em relação à sua taxa de retorno.

Blocos Exploratórios da Bacia do Espírito Santo – Os três blocos sob concessão nesta bacia

são operados pela Perenco Petróleo e Gás do Brasil Participações S.A. (“Perenco”), e possuem

previsão de término para a fase exploratória em outubro de 2014. Todos os compromissos de

trabalho exploratórios (PEM) referentes a esses blocos já foram cumpridos. Estes ativos

também não serão considerados para efeito de projeção de fluxo de caixa.

Blocos Exploratórios da Bacia do Pará-Maranhão – Os contratos dos cinco blocos sob

concessão nesta bacia, BM-PAMA-13 a 17, estão suspensos em virtude da não liberação pelo

IBAMA das respectivas licenças de operação. No entanto, apesar desta bacia não ser

considerada para efeitos de projeção de fluxo de caixa, os ativos presentes nela ainda são de

posse da Companhia e representam um Valor Patrimonial de aproximadamente R$ 9,7 milhões,

considerando somente a participação da OGX nos ativos em dezembro de 2013.

Blocos Exploratórios nas Bacias de Campos e Santos - Foi solicitada à ANP a extensão dos

prazos concedidos a vários Planos de Avaliação de descoberta da OGX, até a deliberação e

aprovação do Plano de Recuperação da OGX, observado o prazo máximo de 180 (cento e

oitenta) dias, ex vi do art. 60, §40 da Lei Nº 11.101/05. Esta solicitação foi apreciada pela ANP

em reunião de diretoria realizada em 15 de Janeiro de 2014, tendo sido indeferido o pedido de

postergação solicitado e dado um prazo de 30 dias desta deliberação para a entrega do

Relatório Final de Avaliação destas descobertas. Estas áreas exploratórias serão devolvidas e,

portanto, estes ativos também não serão considerados para efeito de projeção de fluxo de caixa.

Campo de Tubarão Azul (Bacia de Campos) – Este ativo na Bacia de Campos poderá voltar a

produzir dependendo da renegociação dos custos referentes à plataforma (FPSO OSX1)

utilizada em sua operação. No entanto, para efeitos de projeção e análise da Companhia,

consideramos como premissa para as projeções apenas os investimentos a serem realizados

com o abandono da operação já existente, como abordado na seção seguinte.

Campos de Tubarão Tigre, Gato e Areia – A OGX solicitou à ANP um prazo maior para estudar

um projeto que possa tornar econômico o desenvolvimento dos volumes descobertos neste

campo, cujos reservatórios se mostram de baixíssima produtividade. Como tal prazo não foi

concedido e as análises conduzidas até o momento não estão revertendo este quadro, é

possível que a Companhia devolva estas áreas. Estes ativos também não serão considerados

para efeito de projeção de fluxo de caixa.

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Campos de Rêmora – Os reservatórios desse Campo são muito pequenos. Dessa maneira,

devido à incerteza em relação à sua taxa de retorno, estes ativos também não serão

considerados para efeito de projeção de fluxo de caixa.

Em resumo, os principais ativos operacionais da Companhia, e que são considerados para

efeitos de projeção, são: Campo de Tubarão Martelo e os Campos de Atlanta e Oliva. Esses

ativos serão abordados nas seções seguintes, com informações operacionais e financeiras

detalhadas, projetadas de acordo com o plano de recuperação.

As projeções dos ativos operacionais citados foram baseadas nas premissas e documentos

enviados pela OGX.

Foi considerada uma taxa de câmbio Real/Dólar de R$ 2,20 e as projeções apresentadas estão

em termos reais.

4.1. Campo de Tubarão Azul

O primeiro óleo da OGX foi extraído do campo de Tubarão Azul (acumulação de Waimea), em

águas rasas da Bacia de Campos, a cerca de 80 quilômetros da costa de Arraial do Cabo (RJ).

O início da produção ocorreu em janeiro de 2012, com um teste de longa duração, e a produção

inicial se mostrou bastante positiva. No entanto, com a entrada em operação dos demais poços,

a produção do campo começou a apresentar um declínio bastante acentuado. O comportamento

dos poços produtores de Tubarão Azul, bem como o reprocessamento e a reinterpretação dos

dados geológicos daquela área, evidenciaram não só as limitações de produção deste campo,

mas também de outras acumulações próximas, principalmente dos campos de Tubarão Tigre,

Gato e Areia.

Diante dessa situação, o grupo OGX decidiu interromper a operação nesse campo, dada sua

baixa viabilidade econômica. Dessa maneira, os únicos investimentos projetados são os

relacionados ao abandono da operação, detalhado no próximo item.

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4.1.1. Investimento – Capital Expenditures (CAPEX)

Gráfico 4.1.7 – CAPEX (R$ Milhões)

i. Despesas com abandono.

4.2. Campo de Tubarão Martelo

Em função das características geológicas do campo de Tubarão Azul, a OGX teve suas

reservas revistas e certificadas pela DeGolyer e MacNaughton, tendo confirmado a viabilidade

do projeto de desenvolvimento da produção do campo Tubarão de Martelo (denominado

acumulação de Waikiki durante a fase exploratória), situado em águas rasas, em lâmina d´agua

entre 100 e 110 m, na porção sul da Bacia de Campos, a cerca de 80 quilômetros da costa de

Arraial do Cabo, litoral norte do Estado do Rio de Janeiro (RJ).

A produção de óleo do campo de Tubarão Martelo foi iniciada em 5 de dezembro de 2013,

através do poço horizontal 7-TBMT-8H-RJS, e, logo em seguida, o segundo poço (9-OGX-

44HP-RJS, também horizontal) entrou em produção. A vazão inicial obtida confirmou as

expectativas da OGX e, no início de 2014, mais dois poços serão interligados. O plano original

de desenvolvimento do Campo de Tubarão Martelo foi aprovado pela ANP e se encontra em

andamento uma revisão, com adequação do plano ao projeto que está sendo implantado, e que

é resultado da visão atualizada e realista das suas reservas. Abaixo se encontra o detalhamento

do cronograma esperado para a entrada em operação dos outros poços do Campo de Tubarão

Martelo:

Data Poço abr/14 Produtor (Fase 1 poço 3) mai/14 Produtor (Fase 1 poço 4) mar/16 Injetor (Fase 2) abr/16 Produtor (Fase 2 poço 1) mai/16 Produtor (Fase 2 poço 2) jun/16 Produtor (Fase 2 poço 3) jul/16 Injetor (Fase 2 – 2 poços)

22

110

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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4.2.1. Produção Total de Barris de Petróleo

Gráfico 4.2.1 – Produção Total Anual de BOE (mil)

i. Produção estimada a partir do relatório de certificação de reservas elaborado pela

DeGolyer e MacNaughton, conforme Fato Relevante divulgado pela Companhia em 03 de

outubro de 2013.

4.2.2. Produção de Barris de Petróleo – Participação OGX

Gráfico 4.2.2 – Produção Anual de BOE - Participação OGX (mil)

i. Participação da OGX de 100,0% sobre o total em 2014;

ii. A partir de 2015, participação da OGX de 60,0% sobre o total, após a venda de 40,0% de

participação, conforme premissa da projeção.

4.840 3.322

7.138 7.611 6.742 6.108 5.607 5.171 4.817 4.513 4.252 3.993 3.767 3.563 3.386

0 0 0 0 0 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

4.840

1.993

4.283 4.567 4.045 3.665 3.364 3.103 2.890 2.708 2.551 2.396 2.260 2.138 2.032

0 0 0 0 0 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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4.2.3. Receita Operacional Líquida

Gráfico 4.2.3 – Receita Operacional Líquida (R$ Milhões)

i. Preço do Óleo - US$ 110,00;

ii. Desconto por Qualidade – US$ 5,00;

iii. Custo do Frete e de Seguros em 2014 – US$ 5,00;

iv. Custo do Frete e de Seguros a partir de 2015 – US$ 2,00;

v. Preço FOB em 2014 – US$ 100,00;

vi. Preço FOB a partir de 2015 – US$ 103,00.

4.2.4. Custo dos Produtos Vendidos

Gráfico 4.2.4 – Custo dos Produtos Vendidos (R$ milhões)

i. Aluguel (Rental) OSX;

ii. Serviços OSX;

iii. Seguro para Plataforma;

iv. Elevação Artificial (Artificial Lift);

v. Consumíveis;

vi. Logística;

vii. Outros gastos.

1.005

435

979 979 979 761 761 761

653 653 544 544 544

435 435

130 0 0 0 0 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

591

299

458 354

419 399 378 461

395 409 422 364

429 390 365

105 0 0 0 0 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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4.2.5. Royalties

Gráfico 4.2.5 – Royalties (R$ milhões)

i. 10% de Royalties sobre o preço de referência da ANP utilizado para a venda do BOE.

4.2.6. Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização – LAJIDA (EBITDA)

Gráfico 4.2.6 – LAJIDA ou EBITDA (R$ Milhões)

4.2.7. Investimento – Capital Expenditures (CAPEX)

Gráfico 4.2.7 – CAPEX (R$ Milhões)

i. Investimento e despesa de abandono.

93

40

94 101 91

70 70 70 60 60

50 50 50 40 40

12 0 0 0 0 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

322 96

427 524 469

291 313 230 197 183 71 129 64 4 29 13 0 0 0 0 0 0 0

32% 22% 44% 54% 48% 38% 41% 30% 30% 28% 13% 24% 12% 1% 7% 10% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

259

514

229

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

189

0 0 0 0 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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4.3. Campos de Atlanta e Oliva

Os campos de Atlanta e Oliva estão localizados a 185 km da costa brasileira em lâmina d'água

de aproximadamente 1.500 metros, com óleo de 14º a 16º API. Os direitos de concessão dos

campos pertencem ao consórcio formado pela Queiroz Galvão, com 30% de participação e

operadora, pela Barra Energia, com mais 30% de participação, e pela OGX, com os 40% de

participação restante. O início da produção é esperado para abril de 2017.

4.3.1. Produção Total de Barris de Petróleo

Gráfico 4.3.1 – Produção Total Anual de BOE (mil)

i. Produção estimada pelo simulador numérico Eclipse, na versão Black-Oil E-100 da

Schlumberger– software utilizado pela OGX para realizar as projeções de produção.

4.3.2. Produção de Barris de Petróleo – Participação OGX

Gráfico 4.3.2 – Produção Anual de BOE - Participação OGX (mil)

i. Participação da OGX de 20,0% sobre o total, após a venda de metade da participação

atual de 40,0%, em 2014, conforme premissa da projeção.

0 0 0

17.075

31.277

25.385 21.244

17.581 15.074 13.209 11.737 10.475 9.490 8.710 8.057 7.437 6.918 6.404 5.593 5.152

0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

0 0 0

3.415

6.255

5.077 4.249

3.516 3.015 2.642 2.347 2.095 1.898 1.742 1.611 1.487 1.384 1.281 1.119 1.030

0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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4.3.3. Receita Operacional Líquida

Gráfico 4.3.3 – Receita Operacional Líquida (R$ Milhões)

i. Preço do Óleo - US$ 105,00;

ii. Desconto por Qualidade – US$ 15,00;

iii. Custo do Frete e de Seguros – US$ 2,00;

iv. Preço FOB – US$ 88,00.

4.3.4. Custo dos Produtos Vendidos

Gráfico 4.3.4 – Custo dos Produtos Vendidos (R$ milhões)

i. Aluguel (Rental) OSX;

ii. Serviços OSX;

iii. Seguro para Plataforma;

iv. Elevação Artificial (Artificial Lift);

v. Consumíveis;

vi. Manutenção (Workover);

vii. Inspeção e Manutenção (I&M);

viii. Outros gastos.

0 0 0

620

1.239

991 805

681 558 558

434 372 372 372 310 248 310 248 186 248

1 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

0 0 0

86

165 163 159 164 158 180

160 154 169

184 168

145

194 169

144

205

1 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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4.3.5. Royalties

Gráfico 4.3.5 – Royalties (R$ milhões)

i. 7,8% de Royalties sobre o preço de referência da ANP utilizado para a venda do BOE.

4.3.6. Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização – LAJIDA (EBITDA)

Gráfico 4.3.6 – LAJIDA ou EBITDA (R$ Milhões)

4.3.7. Investimento – Capital Expenditures (CAPEX)

Gráfico 4.3.7 – CAPEX (R$ Milhões)

i. Investimento e despesa de abandono.

0 0 0

55

147

119 108

84 65 62

45 37 36 34 28 21 24 18 14 18 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

0 0 0

479

927

709 538

434 335 316

228 181 168 153 115 81 93 61 28 24 0 0 0

0% 0% 0%

77% 75% 72% 67% 64% 60% 57% 53% 49% 45% 41% 37% 33% 30% 25% 15% 10% 9% 0% 0%

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

248

187

253

181

49

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

98

0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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23

5. Fluxo Consolidado

5.1. Produção Total de Barris de Petróleo

Gráfico 5.1 – Produção Total Anual de BOE (mil)

A produção total de barris de petróleo corresponde à soma da produção dos dois ativos

operacionais considerados para fins de projeção, sem considerar a ponderação pela

participação detida pela OGX em cada campo exploratório.

5.2. Produção de Barris de Petróleo – Participação OGX

Gráfico 5.2 – Produção Anual de BOE – Participação OGX (mil)

A produção total de barris de petróleo consolidada corresponde à soma da produção dos dois

ativos operacionais considerados para fins de projeção, ponderada pela participação detida pela

OGX em cada campo, e também a venda de 40% da participação no Campo de Tubarão

Martelo em 2015 e 20% de participação em Atlanta e Oliva em 2014.

4.840 3.322 7.138

24.686

38.019

31.493 26.851

22.752 19.891 17.721 15.989 14.468 13.257 12.273 11.444

7.437 6.918 6.404 5.593 5.152 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

4.840

1.993

4.283

7.982

10.300 8.742

7.613 6.619 5.905 5.349 4.898 4.491 4.158 3.880 3.643

1.487 1.384 1.281 1.119 1.030 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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5.3. Receita Operacional Líquida

Gráfico 5.3 – Receita Operacional Líquida (R$ Milhões)

A receita operacional líquida consolidada da OGX corresponde à receita com a venda da

produção dos dois ativos operacionais considerados para fins de projeção.

5.4. Custo dos Produtos Vendidos

Gráfico 5.4 – Custo dos Produtos Vendidos (R$ Milhões)

O custo dos produtos vendidos consolidado da OGX corresponde à soma dos custos de

produção dos dois ativos operacionais considerados para fins de projeção.

5.5. Royalties

Gráfico 5.5 – Royalties (R$ Milhões)

O custo com pagamento de royalties corresponde à soma dos custos dos dois ativos

operacionais considerados para fins de projeção.

1.005

435

979

1.598

2.218

1.753 1.567 1.443

1.210 1.210 978 916 916 807 745

378 310 248 186 248 1 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

591

299

458 440

584 562 537 625

553 590 583 518

598 574 533

250 194 169 144

205

1 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

93

40

94

156

238

189 178 154

125 122 96 87 86 74 68

33 24 18 14 18 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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5.6. Despesas Gerais e Administrativas

Gráfico 5.6 – Despesas Gerais e Administrativas (R$ Milhões)

As despesas gerais e administrativas consolidadas da OGX incluem as contas de (i) salário,

bônus, treinamento, encargos e benefícios dos funcionários administrativos da OGX; (ii) custos

de aluguel administrativo e outras despesas de escritório; (iii) custos com consultores e com a

administração da recuperação judicial; (iv) custos com publicidade e propaganda; (v) custos de

viagens; (vi) tributos; (vii) despesas de exploração; e (viii) outros custos administrativos. Durante

a fase de investimento, a OGX classifica contabilmente as despesas com administração e

manutenção de ativo fixo (imóveis, instalações e equipamentos) como investimentos (CAPEX),

porém, como em 2019 os investimentos de fato cessam, esses valores voltam a ser

classificados como despesas, provocando um aumento da conta em questão. Há expectativa de

forte redução das despesas gerais e administrativas da OGX em relação aos patamares atuais,

em função de redução nos gastos com salários, já em curso, e da mudança da sede do grupo

OGX. Além disso, à medida que a produção nos campos começa a declinar, há também uma

redução gradual nas despesas gerais e administrativas da operação.

5.7. Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização – LAJIDA (EBITDA)

Gráfico 5.7 – LAJIDA ou EBITDA (R$ Milhões)

O LAJIDA corresponde ao resultado do seguinte cálculo: receita operacional líquida (-) custo

dos produtos vendidos (-) custo com royalties (-) despesas gerais e administrativas (=) LAJIDA.

295

124 123 97 97 97

77 39 31 31 31 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25

0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

26

-28

305

906 1.299

904 774 625 501 467 268 285 207 133 119 69 67 36 4 0

-25

0 0

3% -6%

31% 57% 59% 52% 49% 43% 41% 39% 27% 31% 23% 16% 16% 18% 22% 14% 2% 0% 0% 0% 0%

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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5.8. Depreciação e Amortização

Gráfico 5.8 – Depreciação e Amortização (R$ Milhões)

As despesas com depreciação correspondem à soma das despesas dos dois ativos

operacionais considerados para fins de projeção.

5.9. Investimento – Capital Expenditures (CAPEX)

Gráfico 5.9 – CAPEX (R$ Milhões)

Os investimentos consolidados correspondem à soma dos investimentos e das despesas de

abandono da OGX nos dois ativos operacionais considerados para fins de projeção, e também a

despesa de abandono considerada para o Campo de Tubarão Azul. Além disso, até 2018

alguns gastos da OGX com a administração e manutenção de ativo fixo (imóveis, instalações e

equipamentos) são considerados contabilmente como investimento (CAPEX), e a partir de 2019

começam a ser considerados como despesas gerais e administrativas, como já mencionado no

item 5.6.

237

95

205 268

352 283 259 242

206 206 169 161 161 141 133

380

51 43 35 43 11 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

529

812

482

181 49 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

189 0 0 0 0

98 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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5.10. Variação do Capital de Giro

Gráfico 5.10 – Variação do Capital de Giro (R$ Milhões)

A variação de capital de giro corresponde à posição consolidada da OGX, para a variação das

contas de ativo e passivo circulante. . Em 2014, o valor da variação do Capital de Giro inclui a

conversão de parte do saldo da conta de Fornecedores em Capital Social, conforme detalhado

posteriormente no item 6.2.1.

6. Reestruturação Financeira Proposta

Na tabela abaixo está detalhada a composição do saldo devedor do grupo OGX, por tipo de

credor, em 07 de janeiro de 2014:

Endividamento por Credor - Grupo OGX - data base 07/01/2014

Credor Total (R$ milhões)

Bondholders 8.946 Leasing OSX 3.519 Fornecedores 852

Total 13.317

Tabela 6.a – Posição de Endividamento da OGX detalhada pelo tipo de credor

Do montante total de cerca de R$ 13.317 milhões, os bondholders representam 67,2% do

montante total do endividamento, seguido pela OSX (empresa do grupo EBX), com 26,4%, e

fornecedores, com 6,4%. O grupo OGX não possuía, até esta data, quaisquer passivos

trabalhistas ou fiscais vencidos e não pagos, estando as companhias em situação fiscal regular.

-1.220

-48 -105

11

-127

62 29

-74 -15

44

-52

49 14 9

-12

116

-35 -1

34

-21

47

-5

0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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Na tabela abaixo está detalhada a mesma composição, classificada por empresa devedora, em

07 de janeiro de 2014:

Endividamento por Empresa Devedora - Grupo OGX - data base 07/01/2014

Empresa Total (R$ milhões)

Óleo e Gás Participações S/A 1 OGX Petróleo e Gás S/A 4.370

OGX Áustria GmbH 8.946 Total 13.317

Tabela 6.b – Posição de Endividamento por Empresa do Grupo

Do montante total de cerca de R$ 13.317 milhões, 67,2% se referem a valores devidos pela

OGX Austria GmbH, e 32,8% por valores devidos pela OGX Petróleo e Gás S.A, representando

quase a totalidade do saldo devedor. A OGX International não possuía dívida na data base de

07 de janeiro de 2014.

O Plano de Recuperação foi realizado supondo as premissas principais que detalhamos a

seguir, entre outras, e que foram divididas pelas seguintes categorias:

i. Premissas de novas entradas de caixa;

ii. Premissas de economias de dispêndio de caixa;

iii. Premissas de saídas de caixa adicionais decorrentes da execução do Plano de

Recuperação.

O atendimento de tais premissas busca equalizar a situação financeira atual da OGX, permitindo

que a mesma honre com seus compromissos de curto prazo, assim como possibilitar a

viabilidade econômico-financeira da OGX no longo prazo. O atingimento de tais premissas é

condição fundamental para a análise de fluxo de caixa da OGX após a saída do processo de

recuperação judicial e tem vital importância no entendimento da viabilidade econômico-

financeira da OGX.

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6.1. Premissas de Novas Entradas de Caixa

6.1.1. Premissa A – Venda de Ativos de Petróleo (Farm-Outs)

A OGX pretende vender parte de sua participação em alguns ativos, pelos valores esperados

abaixo:

A.i. US$ 218 milhões: venda de 40% de Tubarão Martelo, em 2015;

A.ii. US$ 327 milhões: venda de 20% de Atlanta e Oliva (representa 50% da participação atual

de 40% da OGX na exploração do bloco), em 2014.

Os valores acima consideram um desconto adicional de 20% sobre o valor justo para Tubarão

Martelo e um desconto adicional de 40% sobre o valor justo para Atlanta e Oliva. Os fluxos de

caixa dos ativos foram descontados à taxa de 10,4% (Anexo 5 – WACC) para a apuração do

valor justo dos ativos, de acordo com a metodologia de fluxo de caixa descontado. A diferença

no desconto sobre o valor justo entre os dois ativos se dá pelo fato de Tubarão Martelo estar em

fase de produção, enquanto Atlanta e Oliva estão ainda em fase de desenvolvimento, o que

implica em maior risco de execução.

6.1.2. Premissa B – Venda da OGX Maranhão

Conforme detalhado na seção “3.3. Resumo das Atividades do Grupo OGX”, a OGX Petróleo e

Gás celebrou, em outubro de 2013, um acordo para venda da totalidade de sua participação na

OGX Maranhão. Através dessa venda, a OGX espera receber as seguintes entradas de caixa:

B.i. R$ 50 milhões em fevereiro de 2014: aporte da Cambuhy na OGX Maranhão após o

cumprimento de determinadas condições precedentes.

B.ii. R$ 10 milhões em cinco parcelas de julho a novembro de 2014, e mais R$ 44 milhões em

janeiro de 2015, fruto do recebimento de notas promissórias (empréstimo intercompany

entre a OGX Maranhão e a OGX Petróleo e Gás), totalizando R$ 94 milhões;

B.iii. R$ 55 milhões (US$ 25 milhões) em julho de 2015 pela Parnaíba B.V. relacionado à

aquisição de equipamento atualmente em operação de leasing pela OGX Maranhão; e

B.iv. R$ 200 milhões em julho de 2015: após do término do trânsito em julgado do Plano de

Recuperação e assinatura do Contrato de Compra e Venda de Ações.

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30

Na figura abaixo detalhamos o fluxo de caixa esperado pela OGX a partir da transação:

6.1.3. Premissa C – Empréstimo-Ponte

Celebração de contrato de pré-pagamento de exportação (Export Prepayment Agreement), em

janeiro de 2014, por meio do qual determinados investidores concederam um empréstimo-ponte

no valor de US$ 50 milhões com um desconto de emissão original (OID – Original Issue

Discount) de 20% (US$ 10 milhões). Os recursos líquidos serão utilizados para financiar

exportações.

6.1.4. Premissa D – Debtor-In Possession-Financing (“DIP Financing”)

Parte dos credores atuais da OGX pretende realizar novos financiamentos na modalidade DIP

financing entre fevereiro e março de 2014, sênior em relação a outros credores, e com posterior

conversão da dívida para capital social, conforme o cronograma abaixo:

D.i. US$ 110 milhões em fevereiro de 2014;

D.ii. US$ 90 milhões em março de 2014.

6.1.5. Premissa E – Outras Entradas de Caixa

E.i. Com a reorganização dos blocos exploratórios, a OGX irá devolver a um fornecedor um

equipamento que não é mais necessário no valor de R$ 60 milhões em abril de 2014;

E.ii. Devolução do Imposto de Renda Retido na Fonte, decorrente de pagamentos auferidos

em períodos de prejuízo contábil, no valor de aproximadamente R$ 85 milhões em julho

de 2014.

E.iii. A OGX ainda poderá captar recursos novos mediante a emissão de novas ações e/ou

obtenção de novos financiamentos.

Fev/14

Cronograma de

Pagamentos

OGX Maranhão

R$50 MM

Jul/14 Ago/14

R$10 MM

R$10 MM

Set/14 Out/14

R$10 MM

R$10 MM

R$10 MM

R$44 MM

Nov/14 Jan/15

R$200 MM

US$ 25 MM

Jul/15

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6.2. Premissas de Economias de Dispêndio de Caixa

6.2.1. Premissa F – Conversão do Saldo Devedor Junto a Credores em Participação no Capital Social

A OGX converteu e pretende converter seu saldo devedor junto a fornecedores e credores

internacionais em capital social, de acordo com o cronograma abaixo:

E.i. O saldo remanescente de fornecedores, considerando o pagamento que será realizado

de até R$ 30 mil para cada fornecedor, conforme o disposto na Premissa G, será

convertido em capital social após o processo de recuperação judicial;

E.ii. O saldo devedor das dívidas internacionais (bonds) será convertido em capital social

após o processo de recuperação judicial.

6.3. Premissas de Saída de Caixa

6.3.1. Premissa G – Pagamento a Fornecedores

Com o objetivo de reduzir a quantidade de fornecedores com débitos em aberto, a OGX irá

quitar todos os credores que forem titulares de créditos no valor de até R$ 30 mil, bem como

realizará pagamentos de R$ 30 mil para todos os demais fornecedores que forem titulares de

créditos que superem esse valor e que manifestem interesse nesse sentido. Tais pagamentos

serão realizados de janeiro a dezembro de 2015, em parcelas mensais, iguais e consecutivas. O

dimensionamento dessas quantias é apresentado abaixo:

G.i. Os fornecedores titulares de créditos de até R$ 30 mil representam aproximadamente R$

1 milhão;

G.ii. Os fornecedores titulares de créditos superiores a R$ 30 mil representam

aproximadamente R$ 4 milhões.

7. Análise Financeira da OGX

Considerando o valor total de R$ 13.317 milhões que compõe o endividamento da OGX,

fizemos uma análise financeira mensal de curto e médio prazo, tendo como objetivo avaliar se

as medidas propostas no plano de recuperação judicial são suficientes para manter a OGX com

caixa positivo nos próximos dois anos, sem necessidade de novos financiamentos ou aportes de

capital além daqueles já considerados nas premissas do Plano de Recuperação.

Além disso, foi feita uma análise financeira anual de longo prazo da OGX, com o objetivo de

verificar se, depois de implementadas as medidas propostas no plano de recuperação judicial,

incluindo a conversão do saldo devedor dos credores em capital social e a venda parcial de

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32

alguns ativos do grupo, a OGX se torna rentável sob o ponto de vista financeiro. Adicionalmente,

ela deverá ser capaz de fazer seus investimentos futuros programados (CAPEX) sem a

necessidade de novas dívidas, utilizando, portanto, somente capital próprio.

7.1. Análise Financeira de Curto e Médio Prazo

Abaixo detalhamos o fluxo de caixa final consolidado do grupo, mensalmente, entre janeiro de 2014 e janeiro de

2016, incluindo também a posição de caixa esperada pela OGX no início e término de cada período.

Gráfico 7.1 – Fluxo de Caixa Consolidado Mensal (R$ Milhões)

Tabela 7.1 – Variação do Caixa Consolidado Mensal (R$ Milhões)

Neste gráfico, destacamos as entradas e saídas de caixa proporcionadas pelo atingimento das

premissas do plano de recuperação judicial, conforme item “6.1. Premissas do Plano de

Recuperação Judicial” deste Laudo de Avaliação. Pela análise, é possível observar que a OGX

se mantém com caixa positivo durante todo o período e, portanto, não necessitaria de novas

captações de dívida ou aportes de capital, uma vez cumpridas as expectativas no montante e

prazo esperados.

-17

38 64

-29 -50-6

3 7 30 4

-8

603

276

-99

27

-125-93

16

165

-90

20

-89

-8

-118 -138

C

B.ii. eE.ii.

B.ii. B.ii.

B.ii. G

B.ii.eG

B.iii. ,B.iv. e

G

D.ii.

E.i.

G

G G

GG

G

G G GB.ii.

B.i. e D.i.

Período jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15Caixa Início do Período 22 4 42 107 78 28 22 25 33 63 66 59 661(+/-) Variação de Caixa -17 38 64 -29 -50 -6 3 7 30 4 -8 603 276Caixa Final do Período 4 42 107 78 28 22 25 33 63 66 59 661 937

Período fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15 dez/15 jan/16Caixa Início do Período 937 838 865 741 647 663 828 738 757 668 660 542(+/-) Variação de Caixa -99 27 -125 -93 16 165 -90 20 -89 -8 -118 -138Caixa Final do Período 838 865 741 647 663 828 738 757 668 660 542 404

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Entre as entradas de caixa não operacionais do período no curto e médio prazo, destacam-se:

i. Vendas parciais de Ativos de Petróleo (Premissa A): correspondem à venda (farm-out) da

participação da OGX nos ativos operacionais Tubarão Martelo (US$ 218 milhões por 40%

da participação da OGX, em 2015), e Atlanta e Oliva (US$ 327 milhões por 20% de

participação no Campo, em 2014). O valor de venda supõe como premissa um desconto

de 20% sobre o valor justo para Tubarão Martelo e um desconto de 40% sobre o valor

justo para Atlanta e Oliva, conforme detalhado anteriormente, descontados à taxa de

10,4%, conforme a metodologia de fluxo de caixa descontado;

ii. Venda da OGX Maranhão (Premissa B): R$ 144 milhões de fevereiro de 2014 a janeiro

de 2015 e R$ 255 milhões em julho de 2015;

iii. Empréstimo-ponte (Premissa C): US$ 40 milhões em janeiro de 2014, com custo

financeiro de US$ 10 milhões;

iv. Debtor-In Possession-Financing (Premissa D): US$ 200 milhões entre fevereiro e março

de 2014; e

v. Outras Entradas de Caixa (Premissa E): devolução de equipamento a fornecedor

representando o montante de R$ 60 milhões em abril de 2014 e devolução do Imposto de

Renda retido na fonte, decorrente de pagamentos auferidos em períodos de prejuízo

contábil, no valor de aproximadamente R$ 85 milhões em julho de 2014.

Entre as saídas de caixa não operacionais do período no curto e médio prazo, destacam-se:

i. Pagamentos a fornecedores (Premissa G): total de aproximadamente R$ 5 milhões

divididos entre os meses de janeiro a dezembro de 2015; e

ii. Investimentos (CAPEX): o grupo OGX deverá realizar novos investimentos para

possibilitar o desenvolvimento e produção nos campos Tubarão Martelo e Atlanta e Oliva

na ordem de R$ 529 milhões em 2014 e 812 milhões em 2015.

Uma vez que todo o valor do endividamento será convertido em capital, não haverá novas

saídas de caixa em função de amortizações de dívida, ou pagamento de juros. A conversão do

endividamento em capital se dará da seguinte maneira: a dívida existente até a data do pedido

de Recuperação Judicial representará 25% do capital, a dívida conversível (“DIP Financing”)

será convertida em 65% do capital da Companhia e os atuais acionistas terão direito a 10% do

capital da empresa que vai emergir do processo de recuperação judicial.

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7.2. Análise Financeira de Longo Prazo

Após os efeitos do plano de Recuperação Judicial, a OGX se tornaria geradora de caixa e

saudável financeiramente, segundo as projeções, conforme demonstrado abaixo:

Gráfico 7.2 – Fluxo de Caixa Livre (R$ Milhões)

O fluxo de caixa corresponde à posição consolidada da OGX, através da soma do fluxo de caixa

operacional, do fluxo de caixa de investimentos, e do fluxo de caixa de financiamentos. Os

fluxos negativos no final da projeção ocorrem devido ao fim da produção e a posterior

desmobilização dos ativos produtivos. Como a Companhia passará a operar em uma estrutura

de capital projetada sem endividamento, não há saídas de caixa correspondentes a pagamento

de juros ou amortizações de dívida.

Adicionalmente aos Fluxos de Caixa Livres durante o período de projeção, salientamos a

existência de um Valor Patrimonial de aproximadamente R$ 93 milhões, correspondente aos

campos de propriedade da Companhia nas Bacias de Parnaíba, Bacia de Potiguar e Bacia do

Ceará. No entanto, como mencionado anteriormente no item 4, esses ativos não foram

considerados para efeito de projeções financeiras.

8. Conclusão do Estudo de Viabilidade

O presente Laudo de Avaliação foi elaborado pela LatinFinance Advisory & Research Ltda.

como parte dos documentos requeridos no contexto do plano de recuperação judicial da Óleo e

Gás Participações S.A., OGX Petróleo e Gás S.A., OGX International GmbH e OGX Austria

GmbH, conforme a Lei Nº 11.101/05 de Falência e Recuperação de Empresas.

Este Laudo tem como objetivo atestar a viabilidade econômico-financeira da capacidade

financeira e do plano de recuperação, e não contempla outras dimensões a serem consideradas

na avaliação do plano como a societária, legal e fiscal, entre outras.

Analisamos as premissas informadas pela OGX e consideramos que o plano de recuperação

judicial a ser apresentado possui viabilidade econômico-financeira, uma vez que:

640

-119 -301

631

962 870 728

507 438 464 194

311 200 123 98

-18

19 25 31

-27 -76 -5

0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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i. A OGX está tomando medidas financeiras e operacionais para buscar liquidez no curto e

médio prazo;

ii. A OGX continuará realizando os investimentos necessários para possibilitar a

continuação de suas operações no médio e longo prazo; e

iii. As premissas consideradas no plano de recuperação judicial são suficientes para permitir

a continuidade da capacidade de pagamento da OGX, levando-se em conta

principalmente o fato de que a OGX emergirá como uma empresa sem nenhuma dívida

financeira, uma vez que a totalidade dos credores irá converter seu saldo devedor em

capital social.

Este Laudo de Avaliação supõe que todas as premissas nele contidas, incluindo tanto as

premissas apresentadas no plano de recuperação judicial, quanto premissas econômicas,

regulatórias, operacionais e financeiras da OGX, não sujeitas ao plano de recuperação, sejam

atendidas de forma satisfatória.

Esse relatório foi feito com premissas válidas na data de preparação, e não será refeito caso

essas premissas mudem após a submissão do Plano de Recuperação Judicial.

De maneira análoga, o atraso ou insuficiência na entrada de novos recursos para a OGX, em

relação aos prazos esperados e que estão refletidos neste estudo, pode alterar

significativamente a geração futura de caixa da OGX e comprometer sua viabilidade.

Como conclusão do relatório, após a análise das informações apresentadas pela OGX, da

verificação das demonstrações financeiras e das projeções operacionais, e da análise das

premissas do plano de recuperação e suas implicações para a geração de caixa da OGX, a

LatinFinance Advisory & Research Ltda., representada legalmente abaixo por seus diretores,

atesta que o Plano de Recuperação apresenta viabilidade econômico-financeira.

São Paulo, 31 de Janeiro de 2014.

_________________________________ _________________________________

Robert Chalita Adriano de Marchi Fernandes

Diretor Diretor

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9. Relação de Anexos

9.1. Anexo 1 – Balanço Patrimonial – Ativo

R$ milhões 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036ATIVO 13.090 12.834 12.858 13.391 14.095 14.527 14.895 15.169 15.383 15.584 15.652 15.741 15.779 15.777 15.769 15.328 15.325 15.304 15.265 15.220 15.074 15.069 15.069

Circulante 2.557 2.481 2.233 2.848 3.960 4.752 5.446 6.016 6.467 6.894 7.130 7.390 7.575 7.689 7.798 7.629 7.682 7.709 7.705 7.699 7.560 7.555 7.555

Caixa e Equivalentes 661 542 241 872 1.834 2.704 3.432 3.939 4.377 4.842 5.036 5.347 5.547 5.670 5.768 5.750 5.769 5.795 5.825 5.798 5.721 5.717 5.717

Depósitos Restringidos 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31

Contas a Receber 0 0 109 62 233 124 62 171 171 171 171 109 109 62 62 0 62 62 0 62 0 0 0

Estoques 61 104 48 80 58 89 117 72 84 47 89 100 85 122 133 44 16 17 45 4 4 4 4

Outros Créditos 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804

Não Circulante 10.533 10.354 10.625 10.543 10.135 9.776 9.449 9.152 8.916 8.690 8.521 8.351 8.204 8.088 7.972 7.699 7.643 7.596 7.560 7.521 7.514 7.514 7.514

Estoques 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73

Impostos a Recuperar 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188

Impostos Diferidos 2.705 2.916 2.911 2.834 2.730 2.653 2.585 2.531 2.501 2.480 2.481 2.472 2.486 2.511 2.527 2.636 2.630 2.626 2.625 2.629 2.633 2.633 2.633

(-) Provisões para Perda de Impostos Diferidos -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686

Créditos com Partes Relacionadas 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218

Outros Créditos 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228

Investimentos 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10

Plantas, Propriedades e Equipamentos 7.211 6.828 7.115 7.113 6.814 6.533 6.277 6.036 5.832 5.629 5.461 5.301 5.141 5.002 4.870 4.495 4.444 4.401 4.366 4.323 4.313 4.313 4.313

Intangíveis 1.586 1.579 1.569 1.564 1.561 1.559 1.557 1.554 1.552 1.550 1.549 1.547 1.546 1.544 1.543 1.538 1.538 1.538 1.538 1.538 1.538 1.538 1.538

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9.2. Anexo 2 – Balanço Patrimonial – Passivo

R$ milhões 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036PASSIVO 13.090 12.834 12.858 13.391 14.095 14.527 14.895 15.169 15.383 15.584 15.652 15.741 15.779 15.777 15.769 15.328 15.325 15.304 15.265 15.220 15.074 15.069 15.069

Circulante 376 371 318 314 336 320 315 304 301 309 299 297 296 296 295 259 259 259 258 258 243 238 238

Fornecedores 50 76 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Obrigações Fiscais 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14

Obrigações Trabalhistas 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58

Contas a Pagar - Partes Relacionadas 58 33 56 57 79 62 61 58 57 64 54 54 53 52 52 16 16 16 15 15 0 0 0

Contas a Pagar - Outros 44 38 38 33 33 33 29 21 20 20 20 18 18 18 18 18 18 18 18 18 18 14 14

Provisões para Despesas de Abandono 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153

Empréstimos e Financiamentos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Não Circulante 504 391 393 476 479 482 485 488 491 494 497 501 504 507 510 322 324 325 326 327 229 229 229

Empréstimos e Financiamentos 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Lucro Líquido a Apropriar 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164

Provisões - Garantia Mín. de Opç. de Aç. 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65

Provisões - Despesas de Abandono 270 162 164 248 251 254 257 260 263 266 269 272 275 279 282 94 95 96 97 98 0 0 0

Patrimônio Líquido 12.210 12.073 12.147 12.601 13.280 13.726 14.095 14.376 14.591 14.781 14.855 14.944 14.979 14.975 14.964 14.746 14.743 14.721 14.681 14.635 14.603 14.603 14.603

Capital Social 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589

Reservas de Capital 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161

Ajustes de Conversão 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71

Prejuízos Acumulados -6.663 -6.801 -6.727 -6.273 -5.594 -5.148 -4.778 -4.497 -4.283 -4.092 -4.018 -3.930 -3.895 -3.899 -3.910 -4.127 -4.131 -4.153 -4.193 -4.239 -4.271 -4.271 -4.271

Acionistas Minoritários 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52

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9.3. Anexo 3 – Demonstrativo de Resultado do Exercício

R$ milhões 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036Receita Bruta 1.005 435 979 1.598 2.218 1.753 1.567 1.443 1.210 1.210 978 916 916 807 745 378 310 248 186 248 1 0 0

(-) Deduções 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(=) Receita Líquida 1.005 435 979 1.598 2.218 1.753 1.567 1.443 1.210 1.210 978 916 916 807 745 378 310 248 186 248 1 0 0

(-) CPV -591 -299 -458 -440 -584 -562 -537 -625 -553 -590 -583 -518 -598 -574 -533 -250 -194 -169 -144 -205 -1 0 0

(-) Royalties e Participações Especiais -93 -40 -94 -156 -238 -189 -178 -154 -125 -122 -96 -87 -86 -74 -68 -33 -24 -18 -14 -18 0 0 0

(=) Lucro Bruto 322 96 428 1.003 1.396 1.001 852 664 532 498 299 311 232 158 144 94 93 61 28 24 0 0 0

Margem Bruta - % 32% 22% 44% 63% 63% 57% 54% 46% 44% 41% 31% 34% 25% 20% 19% 25% 30% 25% 15% 10% 9% 0% 0%

(-) Despesas Gerais e Administrativas -295 -124 -123 -97 -97 -97 -77 -39 -31 -31 -31 -25 -25 -25 -25 -25 -25 -25 -25 -25 -25 0 0

(=) LAJIDA 26 -28 305 906 1.299 904 774 625 501 467 268 285 207 133 119 69 67 36 4 0 -25 0 0

Margem LAJIDA - % 3% -6% 31% 57% 59% 52% 49% 43% 41% 39% 27% 31% 23% 16% 16% 18% 22% 14% 2% 0% -3507% 0% 0%

(-) Depreciação e Amortização -237 -95 -205 -268 -352 -283 -259 -242 -206 -206 -169 -161 -161 -141 -133 -380 -51 -43 -35 -43 -11 0 0

(=) LAJIR -210 -123 100 638 947 621 516 382 295 261 99 124 45 -8 -14 -311 16 -7 -31 -43 -35 0 0

(+) Alienação de Ativos 1.373 -224 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(+/-) Receitas/Despesas Financeiras -32 -2 -2 -3 -3 -3 -3 -3 -3 -3 -3 -3 -3 -3 -3 -1 -1 -1 -1 -1 0 0 0

(+/-) Outros -1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(=) LAIR 1.130 -349 98 635 944 618 513 379 292 258 96 121 42 -11 -17 -313 15 -8 -33 -45 -35 0 0

(-) Imposto de Renda (IRPJ) -111 155 -17 -133 -195 -126 -105 -72 -57 -50 -16 -24 -5 5 5 70 -14 -10 -6 -1 2 0 0

(-) Contribuição Social (CSLL) -40 56 -6 -48 -70 -46 -38 -26 -20 -18 -6 -9 -2 2 2 25 -5 -4 -2 0 1 0 0

(=) Lucro/Prejuízo Líquido 979 -137 74 454 679 446 370 281 214 191 74 88 35 -4 -11 -217 -4 -22 -40 -46 -32 0 0

Margem Líquida - % 97% -32% 8% 28% 31% 25% 24% 19% 18% 16% 8% 10% 4% -1% -1% -57% -1% -9% -22% -19% -4593% 0% 0%

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39

9.4. Anexo 4 – Demonstrativo de Fluxo de Caixa

R$ milhões 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036(=) LAJIDA 26 -28 305 906 1.299 904 774 625 501 467 268 285 207 133 119 69 67 36 4 0 -25 0 0

(-) Impostos -124 0 -18 -105 -160 -95 -75 -44 -47 -47 -22 -24 -21 -19 -9 -13 -13 -9 -7 -6 -1 0 0

(+/-) Variação em Capital de Giro -1.220 -48 -105 11 -127 62 29 -74 -15 44 -52 49 14 9 -12 116 -35 -1 34 -21 47 -5 0

(+/-) Derivativos (Fluxo de Caixa) 37 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(+/-) Outros 1.373 -224 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(=) FLUXO DE CAIXA OPERACIONAL 93 -300 181 812 1.012 870 728 507 438 464 194 311 200 123 98 172 19 25 31 -27 22 -5 0

(-) CAPEX -529 -812 -482 -181 -49 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -189 0 0 0 0 -98 0 0

(+) Venda de Ativos 228 997 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(=) FLUXO DE CAIXA DE INVESTIMENTO -301 185 -482 -181 -49 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -189 0 0 0 0 -98 0 0

(+) Adição de Emprést. e Fin. 533 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(-) Amortização de Emprést. e Fin. -9.511 -5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(-) Pagamento de Juros -29 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(+) Aumento de Capital Social 9.855 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(-) Dividendos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(=) FLUXO DE CAIXA DE FINANCIAMENTO 848 -5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(=) FLUXO DE CAIXA DO PERÍODO 640 -119 -301 631 962 870 728 507 438 464 194 311 200 123 98 -18 19 25 31 -27 -76 -5 0

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9.5. Anexo 5 – Weighted Average Cost of Capital

Notas:

1. Custo de capital médio ponderado (WACC) calculado em termos reais;

2. Beta médio da OGXP3 (1,14) no horizonte de 48 meses desalavancado pela estrutura de capital histórica da OGX e realavancado na estrutura

de capital projetada da OGX (100% de capital próprio);

3. Custo de capital de terceiros contemplando benefício fiscal [Kd*(1-T)];

4. Nesse caso como não há alavancagem financeira o custo da dívida não é relevante.

Custo Capital Próprio (Ke ): 10,4%

Taxa Livre de Risco + Risco de

MercadoBeta alavancado² Risco País+

Custo Capital Terceiros (Kd³): X%4

WACC¹: 10,4%

2,7% 5,5% 2,5%0,95

- 11 +

100,0% de Equity 0,0% de Dívida

Yield do US T-Bond 10 Anos – média de

Out/Nov/Dez 2013 (Fonte: Federal Reserve EUA)

USA Market RiskPremium – S&P 500

menos T.Bonds – média aritmética de 1928 - 2010

EMBIMédia últimos 3 meses

(Fonte: CESLA)

Beta médio da OGX no horizonte de 48 meses desalavancado pela

estrutura de capital histórica da OGX e realavancado pela estrutura de capital projetada da OGX (Fonte:

Economática)

(Taxa média Financiamento) x (1 - 34%)

x

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Análise de Viabilidade Econômico-Financeira

OGX International GmbH Em Recuperação Judicial Rio de Janeiro - RJ

LatinFinance Advisory & Research São Paulo, 31 de Janeiro de 2014 │ Confidencial

www.lat inf inance.com.br

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Índice 1. Introdução ....................................................................................................................................................... 3

2. Descrição da Operação ................................................................................................................................. 6

3. Apresentação do Grupo OGX ....................................................................................................................... 7

3.1. Breve Histórico ................................................................................................................................................. 7 3.2. Estrutura Societária .......................................................................................................................................... 10 3.3. Resumo das Atividades do Grupo OGX ........................................................................................................... 11

4. Projeções dos Ativos Operacionais ............................................................................................................. 13

4.1. Campo Tubarão Azul ....................................................................................................................................... 15 4.2. Campo Tubarão Martelo .................................................................................................................................. 16 4.3. Campos Atlanta e Oliva.................................................................................................................................... 20

5. Fluxo Consolidado ......................................................................................................................................... 23

5.1. Produção Total de Barris de Petróleo .............................................................................................................. 23 5.2. Produção de Barris de Petróleo – Participação OGX ....................................................................................... 23 5.3. Receita Operacional Líquida ............................................................................................................................ 24 5.4. Custo dos Produtos Vendidos .......................................................................................................................... 24 5.5. Royalties .......................................................................................................................................................... 24 5.6. Despesas Gerais e Administrativas.................................................................................................................. 25 5.7. LAJIDA (EBITDA) ............................................................................................................................................. 25 5.8. Depreciação e Amortização ............................................................................................................................. 26 5.9. Investimento – Capital Expenditures (CAPEX) ................................................................................................ 26 5.10. Variação do Capital de Giro ............................................................................................................................. 27

6. Reestruturação Financeira Proposta ............................................................................................................ 27

6.1. Premissas de Novas Entradas de Caixa .......................................................................................................... 29 6.2. Premissas de Economias de Dispêndio de Caixa ............................................................................................ 31 6.3. Premissas de Saída de Caixa .......................................................................................................................... 31

7. Análise Financeira da OGX ........................................................................................................................... 31

7.1. Análise Financeira de Curto e Médio Prazo ..................................................................................................... 32 7.2. Análise Financeira de Longo Prazo ................................................................................................................. 34

8. Conclusão do Estudo de Viabilidade ........................................................................................................... 34

9. Relação de Anexos ........................................................................................................................................ 36

9.1. Anexo 1 – Balanço Patrimonial – Ativo ............................................................................................................ 36 9.2. Anexo 2 – Balanço Patrimonial – Passivo ........................................................................................................ 37 9.3. Anexo 3 – Demonstrativo de Resultado do Exercício ...................................................................................... 38 9.4. Anexo 4 – Demonstrativo de Fluxo de Caixa ................................................................................................... 39 9.5. Anexo 5 – Weighted Average Cost of Capital .................................................................................................. 40

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1. Introdução

O presente laudo de avaliação econômico-financeira (“Laudo de Avaliação”) foi preparado pela

LatinFinance Advisory & Research Ltda. (“LatinFinance”) com o objetivo de emissão de um

laudo técnico sobre a capacidade financeira e o plano de recuperação judicial (“Plano de

Recuperação”) da OGX International GmbH – Em Recuperação Judicial (“OGX International”),

sociedade constituída sob as leis da República da Áustria, com registro na Corte Comercial de

Viena sob o nº FN 335513 b, e sede na Schwarzenbergplatz 5/Top no 2/3, 1030, Viena, OGX

Petróleo e Gás S.A. – Em Recuperação Judicial (“OGX Petróleo e Gás”), OGX Austria GmbH –

Em Recuperação Judicial (“OGX Austria“), todas subsidiárias de Óleo e Gás Participações S.A.

– Em Recuperação Judicial (“O&G Participações” que, em conjunto com a OGX International,

OGX Petróleo e Gás e OGX Austria são referidas indistintamente como “OGX“).

O Laudo de Avaliação foi elaborado pela LatinFinance com base em informações públicas e em

informações fornecidas pela OGX, com o objetivo de proporcionar o conhecimento necessário a

respeito de seu modelo de negócios e dar suporte à LatinFinance na emissão de um parecer

sobre sua viabilidade econômico-financeira no contexto do Plano de Recuperação, no âmbito da

Lei Nº 11.101/05, art. 53. (“Lei de Falência e Recuperação de Empresas”).

As análises e avaliações contidas neste Laudo de Avaliação se baseiam em previsões de

resultados financeiros futuros. Este Laudo de Avaliação não é necessariamente indicativo de

resultados futuros reais, que poderão ser significativamente mais ou menos favoráveis do que

os sugeridos nestas projeções, tendo em vista, ainda, que estas análises são intrinsecamente

sujeitas a incertezas e diversos eventos ou fatores que estão fora do controle da LatinFinance.

As premissas utilizadas na elaboração deste Laudo de Avaliação foram, em grande parte,

fornecidas pela OGX e refletem sua expectativa em relação ao futuro, tendo impacto nos

negócios atuais e futuros da OGX e, portanto, em suas projeções financeiras. Com relação à

preparação deste Laudo de Avaliação, a LatinFinance revisou, entre outras informações: (i)

análises e projeções financeiras da O&G Participações, elaboradas pela sua administração; (ii)

demonstrações financeiras consolidadas auditadas da O&G Participações e suas subsidiárias

nos últimos três anos, e na data-base de 30 de setembro de 2013; (iii) certas outras informações

financeiras gerenciais relativas à O&G Participações e suas subsidiárias; (iv) saldos de caixa e

bancos, empréstimos e outras obrigações de dívida e provisões para contingências da OGX em

30 de setembro de 2013, em conformidade com os princípios contábeis geralmente aceitos no

Brasil; e (v) certas informações disponíveis ao público em geral. Ademais, a LatinFinance

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conduziu discussões com membros integrantes da administração da OGX e seus consultores

com relação às suas avaliações sobre os negócios e operações, condições financeiras,

informações contábeis históricas, e perspectivas futuras. A LatinFinance considera que as

informações recebidas da OGX foram preparadas razoavelmente e refletem o melhor

entendimento possível da OGX a respeito de suas operações. Adicionalmente, o escopo deste

Laudo não incluiu a auditoria ou revisão das demonstrações financeiras da OGX.

Entre as fontes de informações públicas consultadas para a elaboração deste Laudo, podemos

citar: (i) Comissão de Valores Mobiliários (CVM); Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e

Biocombustíveis (ANP); Banco Central do Brasil (BCB); Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE), entre outros. Embora se tratem de fontes confiáveis e comumente aceitas,

tais informações não foram submetidas a avaliações independentes, e, portanto, não é possível

dimensionar sua exatidão.

A LatinFinance não assume qualquer responsabilidade caso os resultados futuros difiram

substancialmente das projeções apresentadas no Laudo de Avaliação e não presta qualquer

representação ou garantia em relação a tais estimativas. O Laudo de Avaliação é

necessariamente baseado em condições econômicas, monetárias, de mercado e outras em

vigor, bem como em informações disponibilizadas pela OGX, e a LatinFinance não assume

qualquer responsabilidade de atualizar, revisar ou reafirmar esta opinião com base em

circunstâncias, desenvolvimentos ou eventos que ocorram após esta data. As premissas e

projeções consideradas neste Laudo de Avaliação podem ser alteradas por diversos fatores,

entre os quais (i) mudanças no cenário regulatório do setor de atuação da OGX, incluindo o

término antecipado de concessões de exploração da OGX; (ii) mudanças de tarifas, impostos,

tributos ou outras alterações governamentais; (iii) alterações nas condições macroeconômicas,

como a taxa básica de juros, taxa de câmbio, risco país, etc.; (iv) impedimento, atraso ou

dificuldade da OGX na implementação do Plano de Recuperação; (v) mudanças em relação à

expectativa atual da OGX em fatores operacionais como nível de produção e preço médio do

petróleo vendido, entre outros; (vi) dificuldade da OGX em realizar seus investimentos previstos

em função de alterações de preço ou atrasos operacionais. Além disso, em função dos

julgamentos subjetivos e das incertezas inerentes às projeções, e considerando que as

projeções se baseiam em determinadas suposições sujeitas a incertezas e contingências

relevantes externas ao controle da LatinFinance, não há garantia de que as projeções ou

conclusões extraídas das mesmas serão concretizadas. A LatinFinance não será responsável

por perdas diretas ou lucros cessantes que sejam decorrentes do uso deste material.

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5

Este Laudo foi realizado a pedido da OGX e não deve ser interpretado por qualquer credor

como recomendação de investimento ou opinião em relação à recuperação judicial, nem deve

ser utilizado por qualquer credor como instrumento para tomada de decisão de voto ou para

exercer quaisquer outros direitos no contexto da recuperação judicial. Adicionalmente, este

Laudo de Avaliação deverá ser considerado somente em sua totalidade para fins de avaliação

independente e, portanto, qualquer análise ou conclusão baseada em partes isoladas ou

segmentos tomados fora do contexto geral do Laudo de Avaliação será considerada incompleta

e, possivelmente, incorreta. Por fim, este Laudo de Avaliação não deve ser utilizado para

nenhuma outra finalidade além do encaminhamento ao Juízo da Recuperação Judicial, como

parte integrante do Plano de Recuperação, conforme estabelecido na Lei Nº 11.101/05, art. 53.

Apresentamos a seguir o currículo das pessoas físicas e jurídicas que foram envolvidas na

elaboração do Laudo de Avaliação:

LatinFinance Advisory & Research Ltda. A LatinFinance é uma empresa independente

especializada em assessoria financeira. A LatinFinance assessora empresas, famílias e

investidores institucionais em fusões, aquisições, vendas, joint ventures, reestruturações e

outras transações estratégicas. Fundada em dezembro de 2001, a empresa reúne profissionais

com longa experiência no mercado financeiro, profundo conhecimento setorial, sólida reputação

e vasta rede de relacionamentos. A LatinFinance tem extensa experiência na elaboração de

laudos de avaliação com diversas finalidades, entre os quais se destacam: fairness opinion na

avaliação dos ativos da Endesa Brasil aportados no aumento de capital da Enersis, no Chile

(2012), fairness opinion na avaliação dos ativos da Alupar para marcação a mercado do

investimento do FI-FGTS na companhia (2010, 2011 e 2012), laudo de avaliação dos ativos do

Grupo Peixoto de Castro com objetivo de aumento de capital pelos seus acionistas (2011),

laudo de avaliação para o investimento de capital da AG Angra na Geo Radar (2009).

Robert Chalita. Robert é formado em Administração de Empresas pela PUC-RJ e possui MBA

em Finanças pela Johnson School, Cornell University. Antes de associar-se à LatinFinance em

2009, Robert acumulou experiência em ofertas no mercado global e local de capitais e trabalhou

em bancos de investimento (Pactual e Bozano) e em bancos de atacado estrangeiros

(Santander e HSBC). Além disso, Robert foi assessor estratégico do Governo do Estado de São

Paulo.

Adriano de Marchi Fernandes. Adriano é formado em Administração de Empresas pela

Universidade de São Paulo (FEA-USP) e tem Mestrado em Economia e Finanças pelo Insper.

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6

Antes de associar-se à LatinFinance em 2007, Adriano trabalhou na área de vendas para redes

de telecomunicações da Siemens e também na área de Equity Research do Banco Santander.

Caique Vatti Junqueira. Caique é formado em Administração de Empresas pela Fundação

Getúlio Vargas (FGV) com ênfase em Corporate Finance e Mercados Financeiros. Antes de

associar-se à LatinFinance em 2010, trabalhou nas áreas de fusões e aquisições da IGC

Partners e da Derivados do Brasil, braço de investimento do BTG Pactual.

Murilo Trajano Pinheiro. Murilo é formado em Economia pelo Insper (Instituto de Ensino e

Pesquisa). Antes de associar-se à LatinFinance, em 2012, trabalhou na área de consultoria

financeira da Accenture.

2. Descrição da Operação

Criado em 2007, o grupo OGX realizou no Brasil, ao longo dos últimos seis anos, atividades

exploratórias de petróleo e gás nas Bacias de Campos, Santos, Espírito Santo, Parnaíba e

Pará-Maranhão. Considerando desde sua criação, o grupo OGX já investiu mais de R$ 10

bilhões em suas atividades no Brasil, sendo que, de 2010 a 2012, o grupo mobilizou um

conjunto de dez sondas de perfuração, possibilitando uma campanha exploratória em larga

escala, investigando áreas que até então não vinham sendo priorizadas no país.

Os estudos e investigações realizados, apesar de terem possibilitado a descoberta de petróleo

em campos não óbvios, apontaram um potencial exploratório muito maior do que o efetivamente

encontrado, e, em alguns desses campos, a produção esperada mostrou-se comercialmente

inviável.

Ainda que alguns campos tenham correspondido às expectativas iniciais e gerado o volume

projetado, a atividade de prospecção de petróleo necessita de grandes montantes de

investimento, não só na fase exploratória, mas também no desenvolvimento das acumulações

descobertas e, à medida que alguns campos não produziram os volumes esperados, os

rentáveis foram tendo mais dificuldade de suportar e compensar os demais. Essa situação teve

um efeito negativo muito forte nas receitas do grupo, comprometendo a administração do fluxo

financeiro da OGX e afetando sua capacidade de honrar as obrigações financeiras assumidas

nos termos em que haviam sido contratadas.

Contudo, é de suma importância destacar que uma situação financeira equalizada e equilibrada

com o porte apenas dos ativos com exploração favorável de petróleo permitiria um

desenvolvimento econômico saudável do grupo, estabelecendo-se como fonte produtora e

gerando importantes nichos de empregos, o que evidencia ainda mais que a atual situação

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7

decorre de situações adversas na estimativa do potencial de alguns ativos e não

necessariamente na gestão e operação do negócio como um todo.

Dessa forma, não obstante os prejuízos sofridos e causados, porém ciente de seus equívocos e

detentor de importantes e rentáveis ativos administrados por profissionais de reconhecida

competência, o grupo OGX, com fundamento nos artigos 47 e 48 da Lei Nº 11.101, de

09/02/2005, apresentou pedido de Recuperação Judicial, tendo por objetivo permitir que o grupo

supere essa crise econômico-financeira, preservando os direitos de seus credores, no melhor

interesse destes e de todos outros envolvidos ou afetados pela situação.

Fazem parte deste pedido de Recuperação Judicial as seguintes empresas:

i. Óleo e Gás Participações S.A.;

ii. OGX Petróleo e Gás S.A.;

iii. OGX International GmbH; e

iv. OGX Austria GmbH.

3. Apresentação do Grupo OGX

3.1. Breve Histórico

A OGX possui um portfólio composto por 2 campos produtores, 4 campos em fase inicial de

desenvolvimento e 26 blocos exploratórios, dos quais 21 são blocos exploratórios marítimos

localizados no Brasil, nas Bacias de Campos, Santos, Espírito Santo, Pará-Maranhão, Ceará e

Potiguar, e 5 são blocos exploratórios terrestres localizados na Colômbia, distribuídos nas

bacias de Cesar-Ranchería e do Vale Inferior do Madalena. Este portfólio já não considera os

ativos da OGX na Bacia do Parnaíba, em função do processo de venda de sua participação na

OGX Maranhão. A área total de extensão dos blocos é de aproximadamente 7,3 mil km² em mar

e 36 mil km² em terra, sendo 24 mil km² no Brasil e 12 mil km² na Colômbia.

Desde sua criação, em julho de 2007, a O&G Participações estabeleceu posição de destaque

no setor brasileiro de exploração e produção de petróleo e gás natural por meio da aquisição de

um portfólio composto por blocos diversificados. Através de uma colocação privada de ações

realizada em novembro de 2007, a O&G Participações captou aproximadamente US$ 1,3 bilhão,

o que forneceu recursos para a participação na 9ª Rodada de Licitações da ANP. Nesta rodada,

a OGX adquiriu o direito de concessão de 21 blocos exploratórios nas bacias de Santos,

Campos, Espírito Santo e Pará-Maranhão, totalizando 6,4 mil km².

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Em março de 2008, a OGX expandiu seu portfólio adquirindo participação em mais um bloco

exploratório na Bacia de Santos, através de um contrato de farm-in. Foram assim adquiridos

50% dos direitos do bloco BM-S-29, totalizando 6,8 mil km² de área marítima de exploração. Em

maio de 2009 a ANP aprovou a aquisição de uma parcela adicional de 15%, elevando a

participação da empresa neste bloco para 65%.

Em março de 2008, a OGX contratou, para a avaliação de seus recursos potenciais, a DeGolyer

& MacNaughton (“D&M”), empresa de consultoria em certificação de reservas no setor de

petróleo e gás natural, com mais de 70 anos de experiência. Este estudo, tendo como base

dados sísmicos em sua maioria 2D indicou que os 22 blocos exploratórios possuíam recursos

potenciais riscados estimados de cerca de 4,8 bilhões de barris de óleo equivalente (“BOE”),

considerando uma probabilidade média de sucesso de 27%. Em novembro de 2009, após a

aquisição e interpretação dos novos dados sísmicos e da aquisição de participação em sete

blocos terrestres na Bacia do Parnaíba, um novo estudo foi feito pela D&M, certificando os

recursos potenciais riscados líquidos em 6,7 bilhões de BOE (considerando uma probabilidade

de sucesso de 34,5%).

Em junho de 2008, a O&G Participações realizou sua Oferta Pública de Ações, onde foram

captados recursos no montante de R$ 6,7 bilhões em uma oferta 100% primária, tornando-se a

maior já realizada no Brasil até então. Os recursos seriam destinados à campanha de

exploração e desenvolvimento das descobertas.

Em setembro de 2009, a perfuração do poço 1-OGX-1-RJS, no bloco BM-C-43, localizado na

Bacia de Campos, deu início à campanha de perfuração da OGX como operadora em seus

blocos.

Como forma de expandir seu portfólio, a OGX adquiriu 70% de participação em sete blocos

exploratórios terrestres na bacia do Parnaíba. No intuito de reforçar o posicionamento na região,

em setembro de 2011, a OGX adquiriu 50% de participação em mais um bloco na mesma bacia.

Em paralelo, a OGX firmou um acordo com a MPX Energia S.A. (atualmente Eneva Energia S.A.

– “Eneva”), com objetivo de formalizar a transferência da participação da OGX para uma nova

sociedade de propósito específico, a OGX Maranhão, em que a OGX detinha 66,7% e a Eneva

33,3% do capital social, além de também formalizar a intenção de celebrar um acordo para a

comercialização do gás a ser produzido.

Adicionalmente, a OGX adquiriu, em junho de 2010, cinco blocos exploratórios em três bacias

terrestres na Colômbia: Cesar-Ranchería, Vale Inferior do Madalena e Vale Médio do Madalena.

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9

Em fevereiro e março de 2011, a OGX assinou os contratos de concessão para os cinco blocos

exploratórios adquiridos. Em maio de 2012, a OGX devolveu o bloco VMM-26, na bacia do Vale

Médio do Madalena, na Colômbia, devido às restrições ambientais desse bloco, prosseguindo

com seu projeto exploratório nos 4 blocos remanescentes. Posteriormente, a OGX participou da

Ronda Colombia 2012, adquirindo um bloco exploratório terrestre adicional no Vale Inferior do

Madalena. Os cinco blocos na Colômbia totalizam uma área de aproximadamente de 12,2 mil

km² em bacias sedimentares terrestres de diferentes estágios de maturidade, que apresentam

relevante potencial exploratório.

Em abril de 2011, a OGX divulgou relatórios elaborados pela DeGolyer & MacNaughton,

contemplando 34 blocos em 5 bacias sedimentares no Brasil e em 3 bacias na Colômbia, onde

o volume potencial de recursos estimado pela OGX foi de 10,8 bilhões de BOE.

Em maio de 2011, a OGX realizou uma emissão de dívida no exterior (“bonds”) no valor de US$

2,6 bilhões, acompanhada por nova emissão, em março de 2012, no valor de US$ 1,1 bilhão,

totalizando uma dívida com credores internacionais de US$ 3,6 bilhões, aproximadamente,

cujos recursos foram utilizados para colocar em prática o plano de negócios da OGX.

Em janeiro de 2012 a OGX deu início à produção de seu primeiro óleo através do Teste de

Longa Duração (TLD) na acumulação de Waimea, futuro Campo de Tubarão Azul, na Bacia de

Campos.

Em maio de 2013, a OGX participou da 11ª Rodada de Licitações organizada pela ANP e

submeteu ofertas vencedoras para 13 blocos exploratórios, incluindo nove blocos nas bacias da

Margem Equatorial Brasileira, além de quatro blocos terrestres situados na Bacia do Parnaíba.

Dentre as ofertas vencedoras, a OGX assinou contratos de concessão apenas para quatro

blocos (CE-M-603, CE-M-661, POT-M-475 e POT-M-762), em águas profundas, firmando

importantes parcerias em três blocos, dois com a ExxonMobil Exploração Brasil Ltda. (“Exxon”),

nos blocos CE-M-603 e POT-M-762 (50% OGX e 50% Exxon) e um com a Total E&P do Brasil

Ltda. (“Total”) e a Queiroz Galvão Exploração e Produção S.A. (“Queiroz Galvão”), no bloco CE-

M-661 (30% OGX, 45% Total e 25% Queiroz Galvão). Tais parceiros possuem substancial

expertise e volume de recursos, além de um comprovado modelo de negócios de longo prazo e

disciplina de investimentos.

Em outubro de 2013, a OGX celebrou contrato com a Exxon tendo como objetivo a venda de

35% de participação no bloco POT-M-475, transferindo a operação da concessão para o

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10

parceiro, bloco este localizado na Bacia de Potiguar, arrematado na 11ª Rodada de Licitações

da ANP.

Ainda em outubro de 2013, a OGX anunciou a celebração de um acordo para venda de sua

participação na controlada OGX Maranhão Petróleo e Gás S.A. (“OGX Maranhão” atualmente

denominada Parnaíba Gás Natural S.A.), por meio de um acordo de subscrição de R$ 250

milhões, que deverá ser seguido por uma venda da participação remanescente por um valor de

R$ 200 milhões.

Em novembro de 2013, a OGX recebeu a Licença de Operação (LO) pelo Instituto Brasileiro de

Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, autorizando a operação da Unidade

FPSO OSX-3 e respectivas estruturas submarinas referentes à atividade de desenvolvimento e

escoamento da produção de petróleo no Campo de Tubarão Martelo, localizado nos blocos BM-

C-39 e BM-C-40, na Bacia de Campos. Em dezembro de 2013, a OGX deu início à produção de

petróleo neste campo, através do poço horizontal TBMT-8H.

3.2. Estrutura Societária

Abaixo apresentamos a estrutura societária do grupo OGX:

A O&G Participações é uma empresa de capital aberto com ações negociadas na Bolsa de

Valores de São Paulo (Bovespa). No dia 24 de janeiro de 2014, a O&G Participações possuía

um valor total de capitalização de mercado (“market capitalization”) de R$ 1,0 bilhão e um valor

de firma (“enterprise value”) de aproximadamente R$ 9,7 bilhões. Em 28 de novembro de 2013,

o Grupo EBX possuía uma participação de 50,2% na OGX, representado pela soma das

participações da Centennial Asset Brazilian Equity Fund LLC e Centennial Asset Mining Fund

LLC. O restante da participação de 49,8% está representado por ações dispersas no mercado

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(“free float”). Entre julho e setembro de 2013, o volume médio diário transacionado pelas ações

da O&G Participações na Bovespa foi de R$ 118 milhões. Na carteira teórica do índice Ibovespa

do quadrimestre entre setembro e dezembro de 2013, a OGXP3 era a 4ª ação mais

representativa do índice, com 4,25% de participação.

A O&G Participações é uma sociedade holding, não operacional e, em 30 de setembro 2013,

possuía as seguintes controladas diretas: OGX Petróleo e Gás e OGX International, além das

controladas indiretas OGX Maranhão, OGX Austria, OGX Netherlands, OGX Netherlands

Holding BV e Parnaiba BV. A O&G Participações ainda possuía as seguintes controladas em

conjunto: OGMP Transporte Aéreo Ltda., controlada em conjunto com a empresa Eneva e

Atlanta Field BV, controlada em conjunto com Barra Energia do Brasil Petróleo e Gás Ltda.

(“Barra Energia”) e Queiroz Galvão.

A OGX Petróleo e Gás, controlada da O&G Participações com 99,9% de participação societária,

possui direitos de exploração em 26 blocos, sendo 23 destes operados pela própria OGX. Em

setembro de 2013, foi aprovado um aumento de capital da OGX Petróleo e Gás através da

transferência para a mesma das ações da OGX Maranhão anteriormente detidas pela O&G

Participações. Após o aumento de capital, a OGX Petróleo e Gás passou a deter uma

participação de 66,7% no capital social da OGX Maranhão, em sociedade com a Eneva. A OGX

Maranhão possui direitos de exploração em 8 blocos na Bacia do Parnaíba, todos operados pela

própria OGX.

A OGX International é uma controlada integral da O&G Participações com 100% de participação

societária, constituída na Áustria, e representa o braço do grupo OGX no exterior. A OGX

Internacional, por sua vez, é controladora direta da OGX Austria e da OGX Netherlands Holding

BV. Essas empresas não exercem atividade operacional autônoma, e servem como veículos

para a emissão de dívidas e recebimento de receitas no exterior, com o objetivo de financiar as

atividades do grupo OGX no Brasil.

3.3. Resumo das Atividades do Grupo OGX

Em 31 de janeiro de 2014, a OGX possuía, através de suas controladas, e já não considerando

os blocos da Bacia do Parnaíba, direitos de exploração em 26 blocos exploratórios, sendo eles:

1) 6 blocos offshore na Bacia de Campos;

2) 5 blocos offshore na Bacia do Pará-Maranhão;

3) 3 blocos offshore na Bacia de Santos;

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4) 5 blocos onshore na Bacia Colombiana;

5) 3 blocos offshore na Bacia do Espírito Santo;

6) 2 blocos offshore na Bacia do Ceará, adquiridos durante a 11ª Rodada de Licitação da

ANP;

7) 2 blocos offshore na Bacia Potiguar, adquiridos durante a 11ª Rodada de Licitação da

ANP.

Abaixo apresentamos um mapa com a localização dos diferentes blocos exploratórios detidos

pela OGX:

Em 31 de outubro de 2013, a OGX Petróleo e Gás anunciou a celebração de um acordo de

subscrição com a Cambuhy Investimentos Ltda. (“Cambuhy”), Eneva e DD Brazil Holdings

S.a.r.l. (“E.ON”) segundo o qual a Cambuhy e a E.ON concordaram em investir na OGX

Maranhão um valor total de aproximadamente R$ 250 milhões. O investimento será realizado

via aumento de capital na OGX Maranhão, no qual a Cambuhy irá subscrever ações

equivalentes a R$ 200 milhões e a E.ON subscreverá ações equivalentes a R$ 50 milhões.

Adicionalmente, a OGX Petróleo e Gás e a Cambuhy celebraram um contrato de compra e

venda de ações, por meio do qual a Cambuhy concordou em adquirir da OGX Petróleo e Gás

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sua participação remanescente na OGX Maranhão por um preço de compra de R$ 200 milhões,

sujeito a certos termos e condições que incluíam a aprovação do CADE (Conselho

Administrativo de Defesa Econômica), da ANP (Agencia Nacional de Petróleo), além da

aprovação dos credores da OGX.

A transação também inclui o encerramento de um acordo que previa o compartilhamento de

certos custos, nos termos em que a OGX Petróleo e Gás receberá um montante de

aproximadamente R$ 145 milhões, correspondente ao valor líquido da dívida da OGX Maranhão

com a OGX Petróleo e Gás, e que será pago de acordo com as seguintes condições acordadas:

i. R$ 50 milhões em fevereiro de 2014;

ii. R$ 10 milhões em cinco parcelas de julho a novembro de 2014; e

iii. R$ 45 milhões em janeiro de 2015.

Adicionalmente, a MPX Austria fará pagamento de aproximadamente US$ 25 milhões à

Parnaíba B.V., aproximadamente R$ 55 milhões.

4. Projeções dos Ativos Operacionais

O grupo OGX definiu uma estratégia que possibilita sua recuperação através dos Blocos

Exploratórios mais desenvolvidos e rentáveis. Desse modo, não foram considerados no plano

de recuperação, assim como nas projeções, os campos ou áreas exploratórias em processo

final de venda, ou com potencial de extração incerto ou com muita necessidade de investimento

para se tornarem operacionais, conforme a relação que segue:

Campos e áreas exploratórias da Bacia de Parnaíba – Os ativos dessa Bacia estão envolvidos

em uma operação de venda para a Cambuhy e E.ON, conforme mencionado anteriormente

neste documento. A desmobilização destes ativos irá gerar importantes recursos para o grupo,

que serão utilizados para viabilizar as outras operações.

Blocos Exploratórios da Bacia Potiguar e do Ceará – Os ativos conquistados pelo grupo na 11ª

Rodada de Leilões da ANP não serão considerados para efeito de projeção de fluxo de caixa

devido às diversas incertezas ainda associadas aos mesmos. Esses ativos representam um

Valor Patrimonial de aproximadamente R$ 84 milhões, considerando somente a participação da

OGX nos ativos em dezembro de 2013.

Blocos Exploratórios nas Bacias Colombianas – Estes ativos também não serão considerados

para efeito de projeção de fluxo de caixa devido à incerteza em relação à sua taxa de retorno.

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Blocos Exploratórios da Bacia do Espírito Santo – Os três blocos sob concessão nesta bacia

são operados pela Perenco Petróleo e Gás do Brasil Participações S.A. (“Perenco”), e possuem

previsão de término para a fase exploratória em outubro de 2014. Todos os compromissos de

trabalho exploratórios (PEM) referentes a esses blocos já foram cumpridos. Estes ativos

também não serão considerados para efeito de projeção de fluxo de caixa.

Blocos Exploratórios da Bacia do Pará-Maranhão – Os contratos dos cinco blocos sob

concessão nesta bacia, BM-PAMA-13 a 17, estão suspensos em virtude da não liberação pelo

IBAMA das respectivas licenças de operação. No entanto, apesar desta bacia não ser

considerada para efeitos de projeção de fluxo de caixa, os ativos presentes nela ainda são de

posse da Companhia e representam um Valor Patrimonial de aproximadamente R$ 9,7 milhões,

considerando somente a participação da OGX nos ativos em dezembro de 2013.

Blocos Exploratórios nas Bacias de Campos e Santos - Foi solicitada à ANP a extensão dos

prazos concedidos a vários Planos de Avaliação de descoberta da OGX, até a deliberação e

aprovação do Plano de Recuperação da OGX, observado o prazo máximo de 180 (cento e

oitenta) dias, ex vi do art. 60, §40 da Lei Nº 11.101/05. Esta solicitação foi apreciada pela ANP

em reunião de diretoria realizada em 15 de janeiro de 2014, tendo sido indeferido o pedido de

postergação solicitado e dado um prazo de 30 dias desta deliberação para a entrega do

Relatório Final de Avaliação destas descobertas. Estas áreas exploratórias serão devolvidas e,

portanto, estes ativos também não serão considerados para efeito de projeção de fluxo de caixa.

Campo de Tubarão Azul (Bacia de Campos) – Este ativo na Bacia de Campos poderá voltar a

produzir dependendo da renegociação dos custos referentes à plataforma (FPSO OSX1)

utilizada em sua operação. No entanto, para efeitos de projeção e análise da Companhia,

consideramos como premissa para as projeções apenas os investimentos a serem realizados

com o abandono da operação já existente, como abordado na seção seguinte.

Campos de Tubarão Tigre, Gato e Areia – A OGX solicitou à ANP um prazo maior para estudar

um projeto que possa tornar econômico o desenvolvimento dos volumes descobertos neste

campo, cujos reservatórios se mostram de baixíssima produtividade. Como tal prazo não foi

concedido e as análises conduzidas até o momento não estão revertendo este quadro, é

possível que a Companhia devolva estas áreas. Estes ativos também não serão considerados

para efeito de projeção de fluxo de caixa.

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Campos de Rêmora – Os reservatórios desse Campo são muito pequenos. Dessa maneira,

devido à incerteza em relação à sua taxa de retorno, estes ativos também não serão

considerados para efeito de projeção de fluxo de caixa.

Em resumo, os principais ativos operacionais da Companhia, e que são considerados para

efeitos de projeção, são: Campo de Tubarão Martelo e os Campos de Atlanta e Oliva. Esses

ativos serão abordados nas seções seguintes, com informações operacionais e financeiras

detalhadas, projetadas de acordo com o plano de recuperação.

As projeções dos ativos operacionais citados foram baseadas nas premissas e documentos

enviados pela OGX.

Foi considerada uma taxa de câmbio Real/Dólar de R$ 2,20 e as projeções apresentadas estão

em termos reais.

4.1. Campo de Tubarão Azul

O primeiro óleo da OGX foi extraído do campo de Tubarão Azul (acumulação de Waimea), em

águas rasas da Bacia de Campos, a cerca de 80 quilômetros da costa de Arraial do Cabo (RJ).

O início da produção ocorreu em janeiro de 2012, com um teste de longa duração, e a produção

inicial se mostrou bastante positiva. No entanto, com a entrada em operação dos demais poços,

a produção do campo começou a apresentar um declínio bastante acentuado. O comportamento

dos poços produtores de Tubarão Azul, bem como o reprocessamento e a reinterpretação dos

dados geológicos daquela área, evidenciaram não só as limitações de produção deste campo,

mas também de outras acumulações próximas, principalmente dos campos de Tubarão Tigre,

Gato e Areia.

Diante dessa situação, o grupo OGX decidiu interromper a operação nesse campo, dada sua

baixa viabilidade econômica. Dessa maneira, os únicos investimentos projetados são os

relacionados ao abandono da operação, detalhado no próximo item.

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16

4.1.1. Investimento – Capital Expenditures (CAPEX)

Gráfico 4.1.7 – CAPEX (R$ Milhões)

i. Despesas com abandono.

4.2. Campo de Tubarão Martelo

Em função das características geológicas do campo de Tubarão Azul, a OGX teve suas

reservas revistas e certificadas pela DeGolyer e MacNaughton, tendo confirmado a viabilidade

do projeto de desenvolvimento da produção do campo de Tubarão Martelo (denominado

acumulação de Waikiki durante a fase exploratória), situado em águas rasas, em lâmina d´agua

entre 100 e 110 m, na porção sul da Bacia de Campos, a cerca de 80 quilômetros da costa de

Arraial do Cabo, litoral norte do Estado do Rio de Janeiro (RJ).

A produção de óleo do campo de Tubarão Martelo foi iniciada em 5 de dezembro de 2013,

através do poço horizontal 7-TBMT-8H-RJS, e, logo em seguida, o segundo poço (9-OGX-

44HP-RJS, também horizontal) entrou em produção. A vazão inicial obtida confirmou as

expectativas da OGX e, no início de 2014, mais dois poços serão interligados. O plano original

de desenvolvimento do Campo de Tubarão Martelo foi aprovado pela ANP e se encontra em

andamento uma revisão, com adequação do plano ao projeto que está sendo implantado, e que

é resultado da visão atualizada e realista das suas reservas. Abaixo se encontra o detalhamento

do cronograma esperado para a entrada em operação dos outros poços do Campo de Tubarão

Martelo:

Data Poço abr/14 Produtor (Fase 1 poço 3) mai/14 Produtor (Fase 1 poço 4) mar/16 Injetor (Fase 2) abr/16 Produtor (Fase 2 poço 1) mai/16 Produtor (Fase 2 poço 2) jun/16 Produtor (Fase 2 poço 3) jul/16 Injetor (Fase 2 – 2 poços)

22

110

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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4.2.1. Produção Total de Barris de Petróleo

Gráfico 4.2.1 – Produção Total Anual de BOE (mil)

i. Produção estimada a partir do relatório de certificação de reservas elaborado pela

DeGolyer e MacNaughton, conforme Fato Relevante divulgado pela Companhia em 03 de

outubro de 2013.

4.2.2. Produção de Barris de Petróleo – Participação OGX

Gráfico 4.2.2 – Produção Anual de BOE - Participação OGX (mil)

i. Participação da OGX de 100,0% sobre o total em 2014;

ii. A partir de 2015, participação da OGX de 60,0% sobre o total, após a venda de 40% de

participação, conforme premissa da projeção.

4.840 3.322

7.138 7.611 6.742 6.108 5.607 5.171 4.817 4.513 4.252 3.993 3.767 3.563 3.386

0 0 0 0 0 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

4.840

1.993

4.283 4.567 4.045 3.665 3.364 3.103 2.890 2.708 2.551 2.396 2.260 2.138 2.032

0 0 0 0 0 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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4.2.3. Receita Operacional Líquida

Gráfico 4.2.3 – Receita Operacional Líquida (R$ Milhões)

i. Preço do Óleo - US$ 110,00;

ii. Desconto por Qualidade – US$ 5,00;

iii. Custo do Frete e de Seguros em 2014 – US$ 5,00;

iv. Custo do Frete e de Seguros a partir de 2015 – US$ 2,00;

v. Preço FOB em 2014 – US$ 100,00;

vi. Preço FOB a partir de 2015 – US$ 103,00.

4.2.4. Custo dos Produtos Vendidos

Gráfico 4.2.4 – Custo dos Produtos Vendidos (R$ milhões)

i. Aluguel (Rental) OSX;

ii. Serviços OSX;

iii. Seguro para Plataforma;

iv. Elevação Artificial (Artificial Lift);

v. Consumíveis;

vi. Logística;

vii. Outros gastos.

1.005

435

979 979 979 761 761 761

653 653 544 544 544

435 435

130 0 0 0 0 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

591

299

458 354

419 399 378 461

395 409 422 364

429 390 365

105 0 0 0 0 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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4.2.5. Royalties

Gráfico 4.2.5 – Royalties (R$ milhões)

i. 10% de Royalties sobre o preço de referência da ANP utilizado para a venda do BOE.

4.2.6. Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização – LAJIDA (EBITDA)

Gráfico 4.2.6 – LAJIDA ou EBITDA (R$ Milhões)

4.2.7. Investimento – Capital Expenditures (CAPEX)

Gráfico 4.2.7 – CAPEX (R$ Milhões)

i. Investimento e despesa de abandono.

93

40

94 101 91

70 70 70 60 60

50 50 50 40 40

12 0 0 0 0 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

322 96

427 524 469

291 313 230 197 183 71 129 64 4 29 13 0 0 0 0 0 0 0

32% 22% 44% 54% 48% 38% 41% 30% 30% 28% 13% 24% 12% 1% 7% 10% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

259

514

229

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

189

0 0 0 0 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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4.3. Campos de Atlanta e Oliva

Os campos de Atlanta e Oliva estão localizados a 185 km da costa brasileira em lâmina d'água

de aproximadamente 1.500 metros, com óleo de 14º a 16º API. Os direitos de concessão dos

campos pertencem ao consórcio formado pela Queiroz Galvão, com 30% de participação e

operadora, pela Barra Energia, com mais 30% de participação, e pela OGX, com os 40% de

participação restante. O início da produção é esperado para abril de 2017.

4.3.1. Produção Total de Barris de Petróleo

Gráfico 4.3.1 – Produção Total Anual de BOE (mil)

i. Produção estimada pelo simulador numérico Eclipse, na versão Black-Oil E-100 da

Schlumberger– software utilizado pela OGX para realizar as projeções de produção.

4.3.2. Produção de Barris de Petróleo – Participação OGX

Gráfico 4.3.2 – Produção Anual de BOE - Participação OGX (mil)

i. Participação da OGX de 20,0% sobre o total, após a venda de metade da participação

atual de 40%, em 2014, conforme premissa da projeção.

0 0 0

17.075

31.277

25.385 21.244

17.581 15.074 13.209 11.737 10.475 9.490 8.710 8.057 7.437 6.918 6.404 5.593 5.152

0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

0 0 0

3.415

6.255

5.077 4.249

3.516 3.015 2.642 2.347 2.095 1.898 1.742 1.611 1.487 1.384 1.281 1.119 1.030

0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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21

4.3.3. Receita Operacional Líquida

Gráfico 4.3.3 – Receita Operacional Líquida (R$ Milhões)

i. Preço do Óleo - US$ 105,00;

ii. Desconto por Qualidade – US$ 15,00;

iii. Custo do Frete e de Seguros – US$ 2,00;

iv. Preço FOB – US$ 88,00.

4.3.4. Custo dos Produtos Vendidos

Gráfico 4.3.4 – Custo dos Produtos Vendidos (R$ milhões)

i. Aluguel (Rental) OSX;

ii. Serviços OSX;

iii. Seguro para Plataforma;

iv. Elevação Artificial (Artificial Lift);

v. Consumíveis;

vi. Manutenção (Workover);

vii. Inspeção e Manutenção (I&M);

viii. Outros gastos.

0 0 0

620

1.239

991 805

681 558 558

434 372 372 372 310 248 310 248 186 248

1 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

0 0 0

86

165 163 159 164 158 180

160 154 169

184 168

145

194 169

144

205

1 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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22

4.3.5. Royalties

Gráfico 4.3.5 – Royalties (R$ milhões)

i. 7,8% de Royalties sobre o preço de referência da ANP utilizado para a venda do BOE.

4.3.6. Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização – LAJIDA (EBITDA)

Gráfico 4.3.6 – LAJIDA ou EBITDA (R$ Milhões)

4.3.7. Investimento – Capital Expenditures (CAPEX)

Gráfico 4.3.7 – CAPEX (R$ Milhões)

i. Investimento e despesa de abandono.

0 0 0

55

147

119 108

84 65 62

45 37 36 34 28 21 24 18 14 18 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

0 0 0

479

927

709 538

434 335 316

228 181 168 153 115 81 93 61 28 24 0 0 0

0% 0% 0%

77% 75% 72% 67% 64% 60% 57% 53% 49% 45% 41% 37% 33% 30% 25% 15% 10% 9% 0% 0%

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

248

187

253

181

49

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

98

0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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5. Fluxo Consolidado

5.1. Produção Total de Barris de Petróleo

Gráfico 5.1 – Produção Total Anual de BOE (mil)

A produção total de barris de petróleo corresponde à soma da produção dos dois ativos

operacionais considerados para fins de projeção, sem considerar a ponderação pela

participação detida pela OGX em cada campo exploratório.

5.2. Produção de Barris de Petróleo – Participação OGX

Gráfico 5.2 – Produção Anual de BOE – Participação OGX (mil)

A produção total de barris de petróleo consolidada corresponde à soma da produção dos dois

ativos operacionais considerados para fins de projeção, ponderada pela participação detida pela

OGX em cada campo, e também a venda de 40% da participação no Campo de Tubarão

Martelo em 2015 e 20% de participação em Atlanta e Oliva em 2014.

4.840 3.322 7.138

24.686

38.019

31.493 26.851

22.752 19.891 17.721 15.989 14.468 13.257 12.273 11.444

7.437 6.918 6.404 5.593 5.152 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

4.840

1.993

4.283

7.982

10.300 8.742

7.613 6.619 5.905 5.349 4.898 4.491 4.158 3.880 3.643

1.487 1.384 1.281 1.119 1.030 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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5.3. Receita Operacional Líquida

Gráfico 5.3 – Receita Operacional Líquida (R$ Milhões)

A receita operacional líquida consolidada da OGX corresponde à receita com a venda da

produção dos dois ativos operacionais considerados para fins de projeção.

5.4. Custo dos Produtos Vendidos

Gráfico 5.4 – Custo dos Produtos Vendidos (R$ Milhões)

O custo dos produtos vendidos consolidado da OGX corresponde à soma dos custos de

produção dos dois ativos operacionais considerados para fins de projeção.

5.5. Royalties

Gráfico 5.5 – Royalties (R$ Milhões)

O custo com pagamento de royalties corresponde à soma dos custos dos dois ativos

operacionais considerados para fins de projeção.

1.005

435

979

1.598

2.218

1.753 1.567 1.443

1.210 1.210 978 916 916 807 745

378 310 248 186 248 1 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

591

299

458 440

584 562 537 625

553 590 583 518

598 574 533

250 194 169 144

205

1 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

93

40

94

156

238

189 178 154

125 122 96 87 86 74 68

33 24 18 14 18 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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5.6. Despesas Gerais e Administrativas

Gráfico 5.6 – Despesas Gerais e Administrativas (R$ Milhões)

As despesas gerais e administrativas consolidadas da OGX incluem as contas de (i) salário,

bônus, treinamento, encargos e benefícios dos funcionários administrativos da OGX; (ii) custos

de aluguel administrativo e outras despesas de escritório; (iii) custos com consultores e com a

administração da recuperação judicial; (iv) custos com publicidade e propaganda; (v) custos de

viagens; (vi) tributos; (vii) despesas de exploração; e (viii) outros custos administrativos. Durante

a fase de investimento, a OGX classifica contabilmente as despesas com administração e

manutenção de ativo fixo (imóveis, instalações e equipamentos) como investimentos (CAPEX),

porém, como em 2019 os investimentos de fato cessam, esses valores voltam a ser

classificados como despesas, provocando um aumento da conta em questão. Há expectativa de

forte redução das despesas gerais e administrativas da OGX em relação aos patamares atuais,

em função de redução nos gastos com salários, já em curso, e da mudança da sede do grupo

OGX. Além disso, à medida que a produção nos campos começa a declinar, há também uma

redução gradual nas despesas gerais e administrativas da operação.

5.7. Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização – LAJIDA (EBITDA)

Gráfico 5.7 – LAJIDA ou EBITDA (R$ Milhões)

O LAJIDA corresponde ao resultado do seguinte cálculo: receita operacional líquida (-) custo

dos produtos vendidos (-) custo com royalties (-) despesas gerais e administrativas (=) LAJIDA.

295

124 123 97 97 97

77 39 31 31 31 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25

0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

26

-28

305

906 1.299

904 774 625 501 467 268 285 207 133 119 69 67 36 4 0

-25

0 0

3% -6%

31% 57% 59% 52% 49% 43% 41% 39% 27% 31% 23% 16% 16% 18% 22% 14% 2% 0% 0% 0% 0%

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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5.8. Depreciação e Amortização

Gráfico 5.8 – Depreciação e Amortização (R$ Milhões)

As despesas com depreciação correspondem à soma das despesas dos dois ativos

operacionais considerados para fins de projeção.

5.9. Investimento – Capital Expenditures (CAPEX)

Gráfico 5.9 – CAPEX (R$ Milhões)

Os investimentos consolidados correspondem à soma dos investimentos e das despesas de

abandono da OGX nos dois ativos operacionais considerados para fins de projeção, e também a

despesa de abandono considerada para o Campo de Tubarão Azul. Além disso, até 2018

alguns gastos da OGX com a administração e manutenção de ativo fixo (imóveis, instalações e

equipamentos) são considerados contabilmente como investimento (CAPEX), e a partir de 2019

começam a ser considerados como despesas gerais e administrativas, como já mencionado no

item 5.6.

237

95

205 268

352 283 259 242

206 206 169 161 161 141 133

380

51 43 35 43 11 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

529

812

482

181 49 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

189 0 0 0 0

98 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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5.10. Variação do Capital de Giro

Gráfico 5.10 – Variação do Capital de Giro (R$ Milhões)

A variação de capital de giro corresponde à posição consolidada da OGX, para a variação das

contas de ativo e passivo circulante. Em 2014, o valor da variação do Capital de Giro inclui a

conversão de parte do saldo da conta de Fornecedores em Capital Social, conforme detalhado

posteriormente no item 6.2.1.

6. Reestruturação Financeira Proposta

Na tabela abaixo está detalhada a composição do saldo devedor do grupo OGX, por tipo de

credor, em 07 de janeiro de 2014:

Endividamento por Credor - Grupo OGX - data base 07/01/2014

Credor Total (R$ milhões)

Bondholders 8.946 Leasing OSX 3.519 Fornecedores 852

Total 13.317

Tabela 6.a – Posição de Endividamento da OGX detalhada pelo tipo de credor

Do montante total de cerca de R$ 13.317 milhões, os bondholders representam 67,2% do

montante total do endividamento, seguido pela OSX (empresa do grupo EBX), com 26,4%, e

fornecedores, com 6,4%. O grupo OGX não possuía, até esta data, quaisquer passivos

trabalhistas ou fiscais vencidos e não pagos, estando as companhias em situação fiscal regular.

-1.220

-48 -105

11

-127

62 29

-74 -15

44

-52

49 14 9

-12

116

-35 -1

34

-21

47

-5

0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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Na tabela abaixo está detalhada a mesma composição, classificada por empresa devedora, em

07 de janeiro de 2014:

Endividamento por Empresa Devedora - Grupo OGX - data base 07/01/2014

Empresa Total (R$ milhões)

Óleo e Gás Participações S/A 1 OGX Petróleo e Gás S/A 4.370

OGX Áustria GmbH 8.946 Total 13.317

Tabela 6.b – Posição de Endividamento por Empresa do Grupo

montante total de cerca de R$ 13.317 milhões, 67,2% se referem a valores devidos pela OGX

Austria GmbH, e 32,8% por valores devidos pela OGX Petróleo e Gás S.A, representando

quase a totalidade do saldo devedor. A OGX International não possuía dívida na data base de

07 de janeiro de 2014.

O Plano de Recuperação foi realizado supondo as premissas principais que detalhamos a

seguir, entre outras, e que foram divididas pelas seguintes categorias:

i. Premissas de novas entradas de caixa;

ii. Premissas de economias de dispêndio de caixa;

iii. Premissas de saídas de caixa adicionais decorrentes da execução do Plano de

Recuperação.

O atendimento de tais premissas busca equalizar a situação financeira atual da OGX, permitindo

que a mesma honre com seus compromissos de curto prazo, assim como possibilitar a

viabilidade econômico-financeira da OGX no longo prazo. O atingimento de tais premissas é

condição fundamental para a análise de fluxo de caixa da OGX após a saída do processo de

recuperação judicial e tem vital importância no entendimento da viabilidade econômico-

financeira da OGX.

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29

6.1. Premissas de Novas Entradas de Caixa

6.1.1. Premissa A – Venda de Ativos de Petróleo (Farm-Outs)

A OGX pretende vender parte de sua participação em alguns ativos, pelos valores esperados

abaixo:

A.i. US$ 218 milhões: venda de 40% de Tubarão Martelo, em 2015;

A.ii. US$ 327 milhões: venda de 20% de Atlanta e Oliva (representa 50% da participação atual

de 40% da OGX na exploração do bloco), em 2014.

Os valores acima consideram um desconto adicional de 20% sobre o valor justo para Tubarão

Martelo e um desconto adicional de 40% sobre o valor justo para Atlanta e Oliva. Os fluxos de

caixa dos ativos foram descontados à taxa de 10,4% (Anexo 5 – WACC) para a apuração do

valor justo dos ativos, de acordo com a metodologia de fluxo de caixa descontado. A diferença

no desconto sobre o valor justo entre os dois ativos se dá pelo fato de Tubarão Martelo estar em

fase de produção, enquanto Atlanta e Oliva estão ainda em fase de desenvolvimento, o que

implica em maior risco de execução.

6.1.2. Premissa B – Venda da OGX Maranhão

Conforme detalhado na seção “3.3. Resumo das Atividades do Grupo OGX”, a OGX Petróleo e

Gás celebrou, em outubro de 2013, um acordo para venda da totalidade de sua participação na

OGX Maranhão. Através dessa venda, a OGX espera receber as seguintes entradas de caixa:

B.i. R$ 50 milhões em fevereiro de 2014: aporte da Cambuhy na OGX Maranhão após o

cumprimento de determinadas condições precedentes.

B.ii. R$ 10 milhões em cinco parcelas de julho a novembro de 2014, e mais R$ 44 milhões em

janeiro de 2015, fruto do recebimento de notas promissórias (empréstimo intercompany

entre a OGX Maranhão e a OGX Petróleo e Gás), totalizando R$ 94 milhões;

B.iii. R$ 55 milhões (US$ 25 milhões) em julho de 2015 pela Parnaíba B.V. relacionado à

aquisição de equipamento atualmente em operação de leasing pela OGX Maranhão; e

B.iv. R$ 200 milhões em julho de 2015: após do término do trânsito em julgado do Plano de

Recuperação e assinatura do Contrato de Compra e Venda de Ações.

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30

Na figura abaixo detalhamos o fluxo de caixa esperado pela OGX a partir da transação:

6.1.3. Premissa C – Empréstimo-Ponte

Celebração de contrato de pré-pagamento de exportação (Export Prepayment Agreement), em

janeiro de 2014, por meio do qual determinados investidores concederam um empréstimo-ponte

no valor de US$ 50 milhões com um desconto de emissão original (OID – Original Issue

Discount) de 20% (US$ 10 milhões). Os recursos líquidos serão utilizados para financiar

exportações.

6.1.4. Premissa D – Debtor-In Possession-Financing (“DIP Financing”)

Parte dos credores atuais da OGX pretende realizar novos financiamentos na modalidade DIP

financing entre fevereiro e março de 2014, sênior em relação a outros credores, e com posterior

conversão da dívida para capital social, conforme o cronograma abaixo:

D.i. US$ 110 milhões em fevereiro de 2014;

D.ii. US$ 90 milhões em março de 2014.

6.1.5. Premissa E – Outras Entradas de Caixa

E.i. Com a reorganização dos blocos exploratórios, a OGX irá devolver a um fornecedor um

equipamento que não é mais necessário no valor de R$ 60 milhões em abril de 2014;

E.ii. Devolução do Imposto de Renda Retido na Fonte, decorrente de pagamentos auferidos

em períodos de prejuízo contábil, no valor de aproximadamente R$ 85 milhões em julho

de 2014.

E.iii. A OGX ainda poderá captar recursos novos mediante a emissão de novas ações e/ou

obtenção de novos financiamentos.

Fev/14

Cronograma de

Pagamentos

OGX Maranhão

R$50 MM

Jul/14 Ago/14

R$10 MM

R$10 MM

Set/14 Out/14

R$10 MM

R$10 MM

R$10 MM

R$44 MM

Nov/14 Jan/15

R$200 MM

US$ 25 MM

Jul/15

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6.2. Premissas de Economias de Dispêndio de Caixa

6.2.1. Premissa F – Conversão do Saldo Devedor Junto a Credores em Participação no Capital Social

A OGX converteu e pretende converter seu saldo devedor junto a fornecedores e credores

internacionais em capital social, de acordo com o cronograma abaixo:

F.i. O saldo remanescente de fornecedores, considerando o pagamento que será realizado

de até R$ 30 mil para cada fornecedor, conforme o disposto na Premissa G, será

convertido em capital social após o processo de recuperação judicial;

F.ii. O saldo devedor das dívidas internacionais (bonds) será convertido em capital social

após o processo de recuperação judicial.

6.3. Premissas de Saída de Caixa

6.3.1. Premissa G – Pagamento a Fornecedores

Com o objetivo de reduzir a quantidade de fornecedores com débitos em aberto, a OGX irá

quitar todos os credores que forem titulares de créditos no valor de até R$ 30 mil, bem como

realizará pagamentos de R$ 30 mil para todos os demais fornecedores que forem titulares de

créditos que superem esse valor e que manifestem interesse nesse sentido. Tais pagamentos

serão realizados de janeiro a dezembro de 2015, em parcelas mensais, iguais e consecutivas. O

dimensionamento dessas quantias é apresentado abaixo:

G.i. Os fornecedores titulares de créditos de até R$ 30 mil representam aproximadamente R$

1 milhão;

G.ii. Os fornecedores titulares de créditos superiores a R$ 30 mil representam

aproximadamente R$ 4 milhões.

7. Análise Financeira da OGX

Considerando o valor total de R$ 13.317 milhões que compõe o endividamento da OGX,

fizemos uma análise financeira mensal de curto e médio prazo, tendo como objetivo avaliar se

as medidas propostas no plano de recuperação judicial são suficientes para manter a OGX com

caixa positivo nos próximos dois anos, sem necessidade de novos financiamentos ou aportes de

capital além daqueles já considerados nas premissas do Plano de Recuperação.

Além disso, foi feita uma análise financeira anual de longo prazo da OGX, com o objetivo de

verificar se, depois de implementadas as medidas propostas no plano de recuperação judicial,

incluindo a conversão do saldo devedor dos credores em capital social e a venda parcial de

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alguns ativos do grupo, a OGX se torna rentável sob o ponto de vista financeiro. Adicionalmente,

ela deverá ser capaz de fazer seus investimentos futuros programados (CAPEX) sem a

necessidade de novas dívidas, utilizando, portanto, somente capital próprio.

7.1. Análise Financeira de Curto e Médio Prazo

Abaixo detalhamos o fluxo de caixa final consolidado do grupo, mensalmente, entre janeiro de

2014 e janeiro de 2016, incluindo também a posição de caixa esperada pela OGX no início e

término de cada período.

Gráfico 7.1 – Fluxo de Caixa Consolidado Mensal (R$ Milhões)

Tabela 7.1 – Variação do Caixa Consolidado Mensal (R$ Milhões)

Neste gráfico, destacamos as entradas e saídas de caixa proporcionadas pelo atingimento das

premissas do plano de recuperação judicial, conforme item “6.1. Premissas do Plano de

Recuperação Judicial” deste Laudo de Avaliação. Pela análise, é possível observar que a OGX

se mantém com caixa positivo durante todo o período e, portanto, não necessitaria de novas

captações de dívida ou aportes de capital, uma vez cumpridas as expectativas no montante e

prazo esperados.

-17

38 64

-29 -50-6

3 7 30 4

-8

603

276

-99

27

-125-93

16

165

-90

20

-89

-8

-118 -138

C

B.ii. eE.ii.

B.ii. B.ii.

B.ii. G

B.ii.eG

B.iii. ,B.iv. e

G

D.ii.

E.i.

G

G G

GG

G

G G GB.ii.

B.i. e D.i.

Período jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15Caixa Início do Período 22 4 42 107 78 28 22 25 33 63 66 59 661(+/-) Variação de Caixa -17 38 64 -29 -50 -6 3 7 30 4 -8 603 276Caixa Final do Período 4 42 107 78 28 22 25 33 63 66 59 661 937

Período fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15 dez/15 jan/16Caixa Início do Período 937 838 865 741 647 663 828 738 757 668 660 542(+/-) Variação de Caixa -99 27 -125 -93 16 165 -90 20 -89 -8 -118 -138Caixa Final do Período 838 865 741 647 663 828 738 757 668 660 542 404

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Entre as entradas de caixa não operacionais do período no curto e médio prazo, destacam-se:

i. Vendas parciais de Ativos de Petróleo (Premissa A): correspondem à venda (farm-out) da

participação da OGX nos ativos operacionais Tubarão Martelo (US$ 218 milhões por 40%

da participação da OGX, em 2015), e Atlanta e Oliva (US$ 327 milhões por 20% de

participação no Campo, em 2014). O valor de venda supõe como premissa um desconto

de 20% sobre o valor justo para Tubarão Martelo e um desconto de 40% sobre o valor

justo para Atlanta e Oliva, conforme detalhado anteriormente, descontados à taxa de

10,4%, conforme a metodologia de fluxo de caixa descontado;

ii. Venda da OGX Maranhão (Premissa B): R$ 144 milhões de fevereiro de 2014 a janeiro

de 2015 e R$ 255 milhões em julho de 2015;

iii. Empréstimo-ponte (Premissa C): US$ 40 milhões em janeiro de 2014, com custo

financeiro de US$ 10 milhões;

iv. Debtor-In Possession-Financing (Premissa D): US$ 200 milhões entre fevereiro e março

de 2014; e

v. Outras Entradas de Caixa (Premissa E): devolução de equipamento a fornecedor

representando o montante de R$ 60 milhões em abril de 2014 e devolução do Imposto de

Renda retido na fonte, decorrente de pagamentos auferidos em períodos de prejuízo

contábil, no valor de aproximadamente R$ 85 milhões em julho de 2014.

Entre as saídas de caixa não operacionais do período no curto e médio prazo, destacam-se:

i. Pagamentos a fornecedores (Premissa G): total de aproximadamente R$ 5 milhões

divididos entre os meses de janeiro a dezembro de 2015; e

ii. Investimentos (CAPEX): o grupo OGX deverá realizar novos investimentos para

possibilitar o desenvolvimento e produção nos campos Tubarão Martelo e Atlanta e Oliva

na ordem de R$ 529 milhões em 2014 e 812 milhões em 2015.

Uma vez que todo o valor do endividamento será convertido em capital, não haverá novas

saídas de caixa em função de amortizações de dívida, ou pagamento de juros. A conversão do

endividamento em capital se dará da seguinte maneira: a dívida existente até a data do pedido

de Recuperação Judicial representará 25% do capital, a dívida conversível (“DIP Financing”)

será convertida em 65% do capital da Companhia e os atuais acionistas terão direito a 10% do

capital da empresa que vai emergir do processo de recuperação judicial.

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7.2. Análise Financeira de Longo Prazo

Após os efeitos do plano de Recuperação Judicial, a OGX se tornaria geradora de caixa e

saudável financeiramente, segundo as projeções, conforme demonstrado abaixo:

Gráfico 7.2 – Fluxo de Caixa Livre (R$ Milhões)

O fluxo de caixa corresponde à posição consolidada da OGX, através da soma do fluxo de caixa

operacional, do fluxo de caixa de investimentos, e do fluxo de caixa de financiamentos. Os

fluxos negativos no final da projeção ocorrem devido ao fim da produção e a posterior

desmobilização dos ativos produtivos. Como a Companhia passará a operar em uma estrutura

de capital projetada sem endividamento, não há saídas de caixa correspondentes a pagamento

de juros ou amortizações de dívida.

Adicionalmente aos Fluxos de Caixa Livres durante o período de projeção, salientamos a

existência de um Valor Patrimonial de aproximadamente R$ 93 milhões, correspondente aos

campos de propriedade da Companhia nas Bacias de Parnaíba, Bacia de Potiguar e Bacia do

Ceará. No entanto, como mencionado anteriormente no item 4, esses ativos não foram

considerados para efeito de projeções financeiras.

8. Conclusão do Estudo de Viabilidade

O presente Laudo de Avaliação foi elaborado pela LatinFinance Advisory & Research Ltda.

como parte dos documentos requeridos no contexto do plano de recuperação judicial da Óleo e

Gás Participações S.A., OGX Petróleo e Gás S.A., OGX International GmbH e OGX Austria

GmbH, conforme a Lei Nº 11.101/05 de Falência e Recuperação de Empresas.

Este Laudo tem como objetivo atestar a viabilidade econômico-financeira da capacidade

financeira e do plano de recuperação, e não contempla outras dimensões a serem consideradas

na avaliação do plano como a societária, legal e fiscal, entre outras.

Analisamos as premissas informadas pela OGX e consideramos que o plano de recuperação

judicial a ser apresentado possui viabilidade econômico-financeira, uma vez que:

640

-119 -301

631

962 870 728

507 438 464 194

311 200 123 98

-18

19 25 31

-27 -76 -5

0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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i. A OGX está tomando medidas financeiras e operacionais para buscar liquidez no curto e

médio prazo;

ii. A OGX continuará realizando os investimentos necessários para possibilitar a

continuação de suas operações no médio e longo prazo; e

iii. As premissas consideradas no plano de recuperação judicial são suficientes para permitir

a continuidade da capacidade de pagamento da OGX, levando-se em conta

principalmente o fato de que a OGX emergirá como uma empresa sem nenhuma dívida

financeira, uma vez que a totalidade dos credores irá converter seu saldo devedor em

capital social.

Este Laudo de Avaliação supõe que todas as premissas nele contidas, incluindo tanto as

premissas apresentadas no plano de recuperação judicial, quanto premissas econômicas,

regulatórias, operacionais e financeiras da OGX, não sujeitas ao plano de recuperação, sejam

atendidas de forma satisfatória.

Esse relatório foi feito com premissas válidas na data de preparação, e não será refeito caso

essas premissas mudem após a submissão do Plano de Recuperação Judicial.

De maneira análoga, o atraso ou insuficiência na entrada de novos recursos para a OGX, em

relação aos prazos esperados e que estão refletidos neste estudo, pode alterar

significativamente a geração futura de caixa da OGX e comprometer sua viabilidade.

Como conclusão do relatório, após a análise das informações apresentadas pela OGX, da

verificação das demonstrações financeiras e das projeções operacionais, e da análise das

premissas do plano de recuperação e suas implicações para a geração de caixa da OGX, a

LatinFinance Advisory & Research Ltda., representada legalmente abaixo por seus diretores,

atesta que o Plano de Recuperação apresenta viabilidade econômico-financeira.

São Paulo, 31 de Janeiro de 2014.

_________________________________ _________________________________

Robert Chalita Adriano de Marchi Fernandes

Diretor Diretor

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9. Relação de Anexos

9.1. Anexo 1 – Balanço Patrimonial – Ativo

R$ milhões 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036ATIVO 13.090 12.834 12.858 13.391 14.095 14.527 14.895 15.169 15.383 15.584 15.652 15.741 15.779 15.777 15.769 15.328 15.325 15.304 15.265 15.220 15.074 15.069 15.069

Circulante 2.557 2.481 2.233 2.848 3.960 4.752 5.446 6.016 6.467 6.894 7.130 7.390 7.575 7.689 7.798 7.629 7.682 7.709 7.705 7.699 7.560 7.555 7.555

Caixa e Equivalentes 661 542 241 872 1.834 2.704 3.432 3.939 4.377 4.842 5.036 5.347 5.547 5.670 5.768 5.750 5.769 5.795 5.825 5.798 5.721 5.717 5.717

Depósitos Restringidos 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31

Contas a Receber 0 0 109 62 233 124 62 171 171 171 171 109 109 62 62 0 62 62 0 62 0 0 0

Estoques 61 104 48 80 58 89 117 72 84 47 89 100 85 122 133 44 16 17 45 4 4 4 4

Outros Créditos 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804

Não Circulante 10.533 10.354 10.625 10.543 10.135 9.776 9.449 9.152 8.916 8.690 8.521 8.351 8.204 8.088 7.972 7.699 7.643 7.596 7.560 7.521 7.514 7.514 7.514

Estoques 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73

Impostos a Recuperar 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188

Impostos Diferidos 2.705 2.916 2.911 2.834 2.730 2.653 2.585 2.531 2.501 2.480 2.481 2.472 2.486 2.511 2.527 2.636 2.630 2.626 2.625 2.629 2.633 2.633 2.633

(-) Provisões para Perda de Impostos Diferidos -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686

Créditos com Partes Relacionadas 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218

Outros Créditos 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228

Investimentos 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10

Plantas, Propriedades e Equipamentos 7.211 6.828 7.115 7.113 6.814 6.533 6.277 6.036 5.832 5.629 5.461 5.301 5.141 5.002 4.870 4.495 4.444 4.401 4.366 4.323 4.313 4.313 4.313

Intangíveis 1.586 1.579 1.569 1.564 1.561 1.559 1.557 1.554 1.552 1.550 1.549 1.547 1.546 1.544 1.543 1.538 1.538 1.538 1.538 1.538 1.538 1.538 1.538

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9.2. Anexo 2 – Balanço Patrimonial – Passivo

R$ milhões 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036PASSIVO 13.090 12.834 12.858 13.391 14.095 14.527 14.895 15.169 15.383 15.584 15.652 15.741 15.779 15.777 15.769 15.328 15.325 15.304 15.265 15.220 15.074 15.069 15.069

Circulante 376 371 318 314 336 320 315 304 301 309 299 297 296 296 295 259 259 259 258 258 243 238 238

Fornecedores 50 76 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Obrigações Fiscais 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14

Obrigações Trabalhistas 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58

Contas a Pagar - Partes Relacionadas 58 33 56 57 79 62 61 58 57 64 54 54 53 52 52 16 16 16 15 15 0 0 0

Contas a Pagar - Outros 44 38 38 33 33 33 29 21 20 20 20 18 18 18 18 18 18 18 18 18 18 14 14

Provisões para Despesas de Abandono 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153

Empréstimos e Financiamentos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Não Circulante 504 391 393 476 479 482 485 488 491 494 497 501 504 507 510 322 324 325 326 327 229 229 229

Empréstimos e Financiamentos 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Lucro Líquido a Apropriar 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164

Provisões - Garantia Mín. de Opç. de Aç. 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65

Provisões - Despesas de Abandono 270 162 164 248 251 254 257 260 263 266 269 272 275 279 282 94 95 96 97 98 0 0 0

Patrimônio Líquido 12.210 12.073 12.147 12.601 13.280 13.726 14.095 14.376 14.591 14.781 14.855 14.944 14.979 14.975 14.964 14.746 14.743 14.721 14.681 14.635 14.603 14.603 14.603

Capital Social 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589

Reservas de Capital 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161

Ajustes de Conversão 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71

Prejuízos Acumulados -6.663 -6.801 -6.727 -6.273 -5.594 -5.148 -4.778 -4.497 -4.283 -4.092 -4.018 -3.930 -3.895 -3.899 -3.910 -4.127 -4.131 -4.153 -4.193 -4.239 -4.271 -4.271 -4.271

Acionistas Minoritários 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52

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38

9.3. Anexo 3 – Demonstrativo de Resultado do Exercício

R$ milhões 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036Receita Bruta 1.005 435 979 1.598 2.218 1.753 1.567 1.443 1.210 1.210 978 916 916 807 745 378 310 248 186 248 1 0 0

(-) Deduções 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(=) Receita Líquida 1.005 435 979 1.598 2.218 1.753 1.567 1.443 1.210 1.210 978 916 916 807 745 378 310 248 186 248 1 0 0

(-) CPV -591 -299 -458 -440 -584 -562 -537 -625 -553 -590 -583 -518 -598 -574 -533 -250 -194 -169 -144 -205 -1 0 0

(-) Royalties e Participações Especiais -93 -40 -94 -156 -238 -189 -178 -154 -125 -122 -96 -87 -86 -74 -68 -33 -24 -18 -14 -18 0 0 0

(=) Lucro Bruto 322 96 428 1.003 1.396 1.001 852 664 532 498 299 311 232 158 144 94 93 61 28 24 0 0 0

Margem Bruta - % 32% 22% 44% 63% 63% 57% 54% 46% 44% 41% 31% 34% 25% 20% 19% 25% 30% 25% 15% 10% 9% 0% 0%

(-) Despesas Gerais e Administrativas -295 -124 -123 -97 -97 -97 -77 -39 -31 -31 -31 -25 -25 -25 -25 -25 -25 -25 -25 -25 -25 0 0

(=) LAJIDA 26 -28 305 906 1.299 904 774 625 501 467 268 285 207 133 119 69 67 36 4 0 -25 0 0

Margem LAJIDA - % 3% -6% 31% 57% 59% 52% 49% 43% 41% 39% 27% 31% 23% 16% 16% 18% 22% 14% 2% 0% -3507% 0% 0%

(-) Depreciação e Amortização -237 -95 -205 -268 -352 -283 -259 -242 -206 -206 -169 -161 -161 -141 -133 -380 -51 -43 -35 -43 -11 0 0

(=) LAJIR -210 -123 100 638 947 621 516 382 295 261 99 124 45 -8 -14 -311 16 -7 -31 -43 -35 0 0

(+) Alienação de Ativos 1.373 -224 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(+/-) Receitas/Despesas Financeiras -32 -2 -2 -3 -3 -3 -3 -3 -3 -3 -3 -3 -3 -3 -3 -1 -1 -1 -1 -1 0 0 0

(+/-) Outros -1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(=) LAIR 1.130 -349 98 635 944 618 513 379 292 258 96 121 42 -11 -17 -313 15 -8 -33 -45 -35 0 0

(-) Imposto de Renda (IRPJ) -111 155 -17 -133 -195 -126 -105 -72 -57 -50 -16 -24 -5 5 5 70 -14 -10 -6 -1 2 0 0

(-) Contribuição Social (CSLL) -40 56 -6 -48 -70 -46 -38 -26 -20 -18 -6 -9 -2 2 2 25 -5 -4 -2 0 1 0 0

(=) Lucro/Prejuízo Líquido 979 -137 74 454 679 446 370 281 214 191 74 88 35 -4 -11 -217 -4 -22 -40 -46 -32 0 0

Margem Líquida - % 97% -32% 8% 28% 31% 25% 24% 19% 18% 16% 8% 10% 4% -1% -1% -57% -1% -9% -22% -19% -4593% 0% 0%

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9.4. Anexo 4 – Demonstrativo de Fluxo de Caixa

R$ milhões 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036(=) LAJIDA 26 -28 305 906 1.299 904 774 625 501 467 268 285 207 133 119 69 67 36 4 0 -25 0 0

(-) Impostos -124 0 -18 -105 -160 -95 -75 -44 -47 -47 -22 -24 -21 -19 -9 -13 -13 -9 -7 -6 -1 0 0

(+/-) Variação em Capital de Giro -1.220 -48 -105 11 -127 62 29 -74 -15 44 -52 49 14 9 -12 116 -35 -1 34 -21 47 -5 0

(+/-) Derivativos (Fluxo de Caixa) 37 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(+/-) Outros 1.373 -224 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(=) FLUXO DE CAIXA OPERACIONAL 93 -300 181 812 1.012 870 728 507 438 464 194 311 200 123 98 172 19 25 31 -27 22 -5 0

(-) CAPEX -529 -812 -482 -181 -49 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -189 0 0 0 0 -98 0 0

(+) Venda de Ativos 228 997 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(=) FLUXO DE CAIXA DE INVESTIMENTO -301 185 -482 -181 -49 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -189 0 0 0 0 -98 0 0

(+) Adição de Emprést. e Fin. 533 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(-) Amortização de Emprést. e Fin. -9.511 -5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(-) Pagamento de Juros -29 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(+) Aumento de Capital Social 9.855 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(-) Dividendos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(=) FLUXO DE CAIXA DE FINANCIAMENTO 848 -5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(=) FLUXO DE CAIXA DO PERÍODO 640 -119 -301 631 962 870 728 507 438 464 194 311 200 123 98 -18 19 25 31 -27 -76 -5 0

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9.5. Anexo 5 – Weighted Average Cost of Capital

Notas:

1. Custo de capital médio ponderado (WACC) calculado em termos reais;

2. Beta médio da OGXP3 (1,14) no horizonte de 48 meses desalavancado pela estrutura de capital histórica da OGX e realavancado na estrutura

de capital projetada da OGX (100% de capital próprio);

3. Custo de capital de terceiros contemplando benefício fiscal [Kd*(1-T)];

4. Nesse caso como não há alavancagem financeira o custo da dívida não é relevante.

Custo Capital Próprio (Ke ): 10,4%

Taxa Livre de Risco + Risco de

MercadoBeta alavancado² Risco País+

Custo Capital Terceiros (Kd³): X%4

WACC¹: 10,4%

2,7% 5,5% 2,5%0,95

- 11 +

100,0% de Equity 0,0% de Dívida

Yield do US T-Bond 10 Anos – média de

Out/Nov/Dez 2013 (Fonte: Federal Reserve EUA)

USA Market RiskPremium – S&P 500

menos T.Bonds – média aritmética de 1928 - 2010

EMBIMédia últimos 3 meses

(Fonte: CESLA)

Beta médio da OGX no horizonte de 48 meses desalavancado pela

estrutura de capital histórica da OGX e realavancado pela estrutura de capital projetada da OGX (Fonte:

Economática)

(Taxa média Financiamento) x (1 - 34%)

x

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Análise de Viabilidade Econômico-Financeira

OGX Petróleo e Gás S.A. Em Recuperação Judicial Rio de Janeiro - RJ

LatinFinance Advisory & Research São Paulo, 31 de Janeiro de 2014 │ Confidencial

www.lat inf inance.com.br

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Índice 1. Introdução ....................................................................................................................................................... 3

2. Descrição da Operação ................................................................................................................................. 6

3. Apresentação do Grupo OGX ....................................................................................................................... 7

3.1. Breve Histórico ................................................................................................................................................. 7 3.2. Estrutura Societária .......................................................................................................................................... 10 3.3. Resumo das Atividades do Grupo OGX ........................................................................................................... 11

4. Projeções dos Ativos Operacionais ............................................................................................................. 13

4.1. Campo Tubarão Azul ....................................................................................................................................... 15 4.2. Campo Tubarão Martelo .................................................................................................................................. 16 4.3. Campos Atlanta e Oliva.................................................................................................................................... 20

5. Fluxo Consolidado ......................................................................................................................................... 23

5.1. Produção Total de Barris de Petróleo .............................................................................................................. 23 5.2. Produção de Barris de Petróleo – Participação OGX ....................................................................................... 23 5.3. Receita Operacional Líquida ............................................................................................................................ 24 5.4. Custo dos Produtos Vendidos .......................................................................................................................... 24 5.5. Royalties .......................................................................................................................................................... 24 5.6. Despesas Gerais e Administrativas.................................................................................................................. 25 5.7. LAJIDA (EBITDA) ............................................................................................................................................. 25 5.8. Depreciação e Amortização ............................................................................................................................. 26 5.9. Investimento – Capital Expenditures (CAPEX) ................................................................................................ 26 5.10. Variação do Capital de Giro ............................................................................................................................. 27

6. Reestruturação Financeira Proposta ............................................................................................................ 27

6.1. Premissas de Novas Entradas de Caixa .......................................................................................................... 29 6.2. Premissas de Economias de Dispêndio de Caixa ............................................................................................ 31 6.3. Premissas de Saída de Caixa .......................................................................................................................... 31

7. Análise Financeira da OGX ........................................................................................................................... 31

7.1. Análise Financeira de Curto e Médio Prazo ..................................................................................................... 32 7.2. Análise Financeira de Longo Prazo ................................................................................................................. 34

8. Conclusão do Estudo de Viabilidade ........................................................................................................... 34

9. Relação de Anexos ........................................................................................................................................ 36

9.1. Anexo 1 – Balanço Patrimonial – Ativo ............................................................................................................ 36 9.2. Anexo 2 – Balanço Patrimonial – Passivo ........................................................................................................ 37 9.3. Anexo 3 – Demonstrativo de Resultado do Exercício ...................................................................................... 38 9.4. Anexo 4 – Demonstrativo de Fluxo de Caixa ................................................................................................... 39 9.5. Anexo 5 – Weighted Average Cost of Capital .................................................................................................. 40

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1. Introdução

O presente laudo de avaliação econômico-financeira (“Laudo de Avaliação”) foi preparado pela

LatinFinance Advisory & Research Ltda. (“LatinFinance”) com o objetivo de emissão de um

laudo técnico sobre a capacidade financeira e o plano de recuperação judicial (“Plano de

Recuperação”) da OGX Petróleo e Gás S.A. – Em Recuperação Judicial (“OGX Petróleo e

Gás”), sociedade anônima inscrita no CNPJ/MF sob o nº 08.926.302/0001-05, com sede na

Praça Mahatma Gandhi, n.º 14, Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, OGX

International GmbH – Em Recuperação Judicial (“OGX International”), OGX Austria GmbH – Em

Recuperação Judicial (“OGX Austria“), todas subsidiárias de Óleo e Gás Participações S.A. –

Em Recuperação Judicial (“O&G Participações” que, em conjunto com a OGX Petróleo e Gás

OGX International e OGX Austria são referidas indistintamente como “OGX“).

O Laudo de Avaliação foi elaborado pela LatinFinance com base em informações públicas e em

informações fornecidas pela OGX, com o objetivo de proporcionar o conhecimento necessário a

respeito de seu modelo de negócios e dar suporte à LatinFinance na emissão de um parecer

sobre sua viabilidade econômico-financeira no contexto do Plano de Recuperação, no âmbito da

Lei Nº 11.101/05, art. 53. (“Lei de Falência e Recuperação de Empresas”).

As análises e avaliações contidas neste Laudo de Avaliação se baseiam em previsões de

resultados financeiros futuros. Este Laudo de Avaliação não é necessariamente indicativo de

resultados futuros reais, que poderão ser significativamente mais ou menos favoráveis do que

os sugeridos nestas projeções, tendo em vista, ainda, que estas análises são intrinsecamente

sujeitas a incertezas e diversos eventos ou fatores que estão fora do controle da LatinFinance.

As premissas utilizadas na elaboração deste Laudo de Avaliação foram, em grande parte,

fornecidas pela OGX e refletem sua expectativa em relação ao futuro, tendo impacto nos

negócios atuais e futuros da OGX e, portanto, em suas projeções financeiras. Com relação à

preparação deste Laudo de Avaliação, a LatinFinance revisou, entre outras informações: (i)

análises e projeções financeiras da O&G Participações, elaboradas pela sua administração; (ii)

demonstrações financeiras consolidadas auditadas da O&G Participações e suas subsidiárias

nos últimos três anos, e na data-base de 30 de setembro de 2013; (iii) certas outras informações

financeiras gerenciais relativas à O&G Participações e suas subsidiárias; (iv) saldos de caixa e

bancos, empréstimos e outras obrigações de dívida e provisões para contingências da OGX em

30 de setembro de 2013, em conformidade com os princípios contábeis geralmente aceitos no

Brasil; e (v) certas informações disponíveis ao público em geral. Ademais, a LatinFinance

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conduziu discussões com membros integrantes da administração da OGX e seus consultores

com relação às suas avaliações sobre os negócios e operações, condições financeiras,

informações contábeis históricas, e perspectivas futuras. A LatinFinance considera que as

informações recebidas da OGX foram preparadas razoavelmente e refletem o melhor

entendimento possível da OGX a respeito de suas operações. Adicionalmente, o escopo deste

Laudo não incluiu a auditoria ou revisão das demonstrações financeiras da OGX.

Entre as fontes de informações públicas consultadas para a elaboração deste Laudo, podemos

citar: (i) Comissão de Valores Mobiliários (CVM); Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e

Biocombustíveis (ANP); Banco Central do Brasil (BCB); Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE), entre outros. Embora se tratem de fontes confiáveis e comumente aceitas,

tais informações não foram submetidas a avaliações independentes, e, portanto, não é possível

dimensionar sua exatidão.

A LatinFinance não assume qualquer responsabilidade caso os resultados futuros difiram

substancialmente das projeções apresentadas no Laudo de Avaliação e não presta qualquer

representação ou garantia em relação a tais estimativas. O Laudo de Avaliação é

necessariamente baseado em condições econômicas, monetárias, de mercado e outras em

vigor, bem como em informações disponibilizadas pela OGX, e a LatinFinance não assume

qualquer responsabilidade de atualizar, revisar ou reafirmar esta opinião com base em

circunstâncias, desenvolvimentos ou eventos que ocorram após esta data. As premissas e

projeções consideradas neste Laudo de Avaliação podem ser alteradas por diversos fatores,

entre os quais (i) mudanças no cenário regulatório do setor de atuação da OGX, incluindo o

término antecipado de concessões de exploração da OGX; (ii) mudanças de tarifas, impostos,

tributos ou outras alterações governamentais; (iii) alterações nas condições macroeconômicas,

como a taxa básica de juros, taxa de câmbio, risco país, etc.; (iv) impedimento, atraso ou

dificuldade da OGX na implementação do Plano de Recuperação; (v) mudanças em relação à

expectativa atual da OGX em fatores operacionais como nível de produção e preço médio do

petróleo vendido, entre outros; (vi) dificuldade da OGX em realizar seus investimentos previstos

em função de alterações de preço ou atrasos operacionais. Além disso, em função dos

julgamentos subjetivos e das incertezas inerentes às projeções, e considerando que as

projeções se baseiam em determinadas suposições sujeitas a incertezas e contingências

relevantes externas ao controle da LatinFinance, não há garantia de que as projeções ou

conclusões extraídas das mesmas serão concretizadas. A LatinFinance não será responsável

por perdas diretas ou lucros cessantes que sejam decorrentes do uso deste material.

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Este Laudo foi realizado a pedido da OGX e não deve ser interpretado por qualquer credor

como recomendação de investimento ou opinião em relação à recuperação judicial, nem deve

ser utilizado por qualquer credor como instrumento para tomada de decisão de voto ou para

exercer quaisquer outros direitos no contexto da recuperação judicial. Adicionalmente, este

Laudo de Avaliação deverá ser considerado somente em sua totalidade para fins de avaliação

independente e, portanto, qualquer análise ou conclusão baseada em partes isoladas ou

segmentos tomados fora do contexto geral do Laudo de Avaliação será considerada incompleta

e, possivelmente, incorreta. Por fim, este Laudo de Avaliação não deve ser utilizado para

nenhuma outra finalidade além do encaminhamento ao Juízo da Recuperação Judicial, como

parte integrante do Plano de Recuperação, conforme estabelecido na Lei Nº 11.101/05, art. 53.

Apresentamos a seguir o currículo das pessoas físicas e jurídicas que foram envolvidas na

elaboração do Laudo de Avaliação:

LatinFinance Advisory & Research Ltda. A LatinFinance é uma empresa independente

especializada em assessoria financeira. A LatinFinance assessora empresas, famílias e

investidores institucionais em fusões, aquisições, vendas, joint ventures, reestruturações e

outras transações estratégicas. Fundada em dezembro de 2001, a empresa reúne profissionais

com longa experiência no mercado financeiro, profundo conhecimento setorial, sólida reputação

e vasta rede de relacionamentos. A LatinFinance tem extensa experiência na elaboração de

laudos de avaliação com diversas finalidades, entre os quais se destacam: fairness opinion na

avaliação dos ativos da Endesa Brasil aportados no aumento de capital da Enersis, no Chile

(2012), fairness opinion na avaliação dos ativos da Alupar para marcação a mercado do

investimento do FI-FGTS na companhia (2010, 2011 e 2012), laudo de avaliação dos ativos do

Grupo Peixoto de Castro com objetivo de aumento de capital pelos seus acionistas (2011),

laudo de avaliação para o investimento de capital da AG Angra na Geo Radar (2009).

Robert Chalita. Robert é formado em Administração de Empresas pela PUC-RJ e possui MBA

em Finanças pela Johnson School, Cornell University. Antes de associar-se à LatinFinance em

2009, Robert acumulou experiência em ofertas no mercado global e local de capitais e trabalhou

em bancos de investimento (Pactual e Bozano) e em bancos de atacado estrangeiros

(Santander e HSBC). Além disso, Robert foi assessor estratégico do Governo do Estado de São

Paulo.

Adriano de Marchi Fernandes. Adriano é formado em Administração de Empresas pela

Universidade de São Paulo (FEA-USP) e tem Mestrado em Economia e Finanças pelo Insper.

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Antes de associar-se à LatinFinance em 2007, Adriano trabalhou na área de vendas para redes

de telecomunicações da Siemens e também na área de Equity Research do Banco Santander.

Caique Vatti Junqueira. Caique é formado em Administração de Empresas pela Fundação

Getúlio Vargas (FGV) com ênfase em Corporate Finance e Mercados Financeiros. Antes de

associar-se à LatinFinance em 2010, trabalhou nas áreas de fusões e aquisições da IGC

Partners e da Derivados do Brasil, braço de investimento do BTG Pactual.

Murilo Trajano Pinheiro. Murilo é formado em Economia pelo Insper (Instituto de Ensino e

Pesquisa). Antes de associar-se à LatinFinance, em 2012, trabalhou na área de consultoria

financeira da Accenture.

2. Descrição da Operação

Criado em 2007, o grupo OGX realizou no Brasil, ao longo dos últimos seis anos, atividades

exploratórias de petróleo e gás nas Bacias de Campos, Santos, Espírito Santo, Parnaíba e

Pará-Maranhão. Considerando desde sua criação, o grupo OGX já investiu mais de R$ 10

bilhões em suas atividades no Brasil, sendo que, de 2010 a 2012, o grupo mobilizou um

conjunto de dez sondas de perfuração, possibilitando uma campanha exploratória em larga

escala, investigando áreas que até então não vinham sendo priorizadas no país.

Os estudos e investigações realizados, apesar de terem possibilitado a descoberta de petróleo

em campos não óbvios, apontaram um potencial de exploratório muito maior do que o

efetivamente encontrado, e, em alguns desses campos, a produção esperada mostrou-se

comercialmente inviável.

Ainda que alguns campos tenham correspondido às expectativas iniciais e gerado o volume

projetado, a atividade de prospecção de petróleo necessita de grandes montantes de

investimento, não só na fase exploratória, mas também no desenvolvimento das acumulações

descobertas e, à medida que alguns campos não produziram os volumes esperados, os

rentáveis foram tendo mais dificuldade de suportar e compensar os demais. Essa situação teve

um efeito negativo muito forte nas receitas do grupo, comprometendo a administração do fluxo

financeiro da OGX e afetando sua capacidade de honrar as obrigações financeiras assumidas

nos termos em que haviam sido contratadas.

Contudo, é de suma importância destacar que uma situação financeira equalizada e equilibrada

com o porte apenas dos ativos com exploração favorável de petróleo permitiria um

desenvolvimento econômico saudável do grupo, estabelecendo-se como fonte produtora e

gerando importantes nichos de empregos, o que evidencia ainda mais que a atual situação

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7

decorre de situações adversas na estimativa de potencial de alguns ativos e não

necessariamente na gestão e operação do negócio como um todo.

Dessa forma, não obstante os prejuízos sofridos e causados, porém ciente de seus equívocos e

detentor de importantes e rentáveis ativos administrados por profissionais de reconhecida

competência, o grupo OGX, com fundamento nos artigos 47 e 48 da Lei Nº 11.101, de

09/02/2005, apresentou pedido de Recuperação Judicial, tendo por objetivo permitir que o grupo

supere essa crise econômico-financeira, preservando os direitos de seus credores, no melhor

interesse destes e de todos outros envolvidos ou afetados pela situação.

Fazem parte deste pedido de Recuperação Judicial as seguintes empresas:

i. Óleo e Gás Participações S.A.;

ii. OGX Petróleo e Gás S.A.;

iii. OGX International GmbH; e

iv. OGX Austria GmbH.

3. Apresentação do Grupo OGX

3.1. Breve Histórico

A OGX possui um portfólio composto por 2 campos produtores, 4 campos em fase inicial de

desenvolvimento e 26 blocos exploratórios, dos quais 21 são blocos exploratórios marítimos

localizados no Brasil, nas Bacias de Campos, Santos, Espírito Santo, Pará-Maranhão, Ceará e

Potiguar, e 5 são blocos exploratórios terrestres localizados na Colômbia, distribuídos nas

bacias de Cesar-Ranchería e do Vale Inferior do Madalena. Este portfólio já não considera os

ativos da OGX na Bacia do Parnaíba, em função do processo de venda de sua participação na

OGX Maranhão. A área total de extensão dos blocos é de aproximadamente 7,3 mil km² em mar

e 36 mil km² em terra, sendo 24 mil km² no Brasil e 12 mil km² na Colômbia.

Desde sua criação, em julho de 2007, a O&G Participações estabeleceu posição de destaque

no setor brasileiro de exploração e produção de petróleo e gás natural por meio da aquisição de

um portfólio composto por blocos diversificados. Através de uma colocação privada de ações

realizada em novembro de 2007, a O&G Participações captou aproximadamente US$ 1,3 bilhão,

o que forneceu recursos para a participação na 9ª Rodada de Licitações da ANP. Nesta rodada,

a OGX adquiriu o direito de concessão de 21 blocos exploratórios nas bacias de Santos,

Campos, Espírito Santo e Pará-Maranhão, totalizando 6,4 mil km².

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Em março de 2008, a OGX expandiu seu portfólio adquirindo participação em mais um bloco

exploratório na Bacia de Santos, através de um contrato de farm-in. Foram assim adquiridos

50% dos direitos do bloco BM-S-29, totalizando 6,8 mil km² de área marítima de exploração. Em

maio de 2009 a ANP aprovou a aquisição de uma parcela adicional de 15%, elevando a

participação da empresa neste bloco para 65%.

Em março de 2008, a OGX contratou, para a avaliação de seus recursos potenciais, a DeGolyer

& MacNaughton (“D&M”), empresa de consultoria em certificação de reservas no setor de

petróleo e gás natural, com mais de 70 anos de experiência. Este estudo, tendo como base

dados sísmicos em sua maioria 2D indicou que os 22 blocos exploratórios possuíam recursos

potenciais riscados estimados de cerca de 4,8 bilhões de barris de óleo equivalente (“BOE”),

considerando uma probabilidade média de sucesso de 27%. Em novembro de 2009, após a

aquisição e interpretação dos novos dados sísmicos e da aquisição de participação em sete

blocos terrestres na Bacia do Parnaíba, um novo estudo foi feito pela D&M, certificando os

recursos potenciais riscados líquidos em 6,7 bilhões de BOE (considerando uma probabilidade

de sucesso de 34,5%).

Em junho de 2008, a O&G Participações realizou sua Oferta Pública de Ações, onde foram

captados recursos no montante de R$ 6,7 bilhões em uma oferta 100% primária, tornando-se a

maior já realizada no Brasil até então. Os recursos seriam destinados à campanha de

exploração e desenvolvimento das descobertas.

Em setembro de 2009, a perfuração do poço 1-OGX-1-RJS, no bloco BM-C-43, localizado na

Bacia de Campos, deu início à campanha de perfuração da OGX como operadora em seus

blocos.

Como forma de expandir seu portfólio, a OGX adquiriu 70% de participação em sete blocos

exploratórios terrestres na bacia do Parnaíba. No intuito de reforçar o posicionamento na região,

em setembro de 2011, a OGX adquiriu 50% de participação em mais um bloco na mesma bacia.

Em paralelo, a OGX firmou um acordo com a MPX Energia S.A. (atualmente Eneva Energia S.A.

– “Eneva”), com objetivo de formalizar a transferência da participação da OGX para uma nova

sociedade de propósito específico, a OGX Maranhão, em que a OGX detinha 66,7% e a Eneva

33,3% do capital social, além de também formalizar a intenção de celebrar um acordo para a

comercialização do gás a ser produzido.

Adicionalmente, a OGX adquiriu, em junho de 2010, cinco blocos exploratórios em três bacias

terrestres na Colômbia: Cesar-Ranchería, Vale Inferior do Madalena e Vale Médio do Madalena.

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Em fevereiro e março de 2011, a OGX assinou os contratos de concessão para os cinco blocos

exploratórios adquiridos. Em maio de 2012, a OGX devolveu o bloco VMM-26, na bacia do Vale

Médio do Madalena na Colômbia, devido às restrições ambientais desse bloco, prosseguindo

com seu projeto exploratório nos 4 blocos remanescentes. Posteriormente, a OGX participou da

Ronda Colombia 2012, adquirindo um bloco exploratório terrestre adicional no Vale Inferior do

Madalena. Os cinco blocos na Colômbia totalizam uma área de aproximadamente de 12,2 mil

km² em bacias sedimentares terrestres de diferentes estágios de maturidade, que apresentam

relevante potencial exploratório.

Em abril de 2011, a OGX divulgou relatórios elaborados pela DeGolyer & MacNaughton,

contemplando 34 blocos em 5 bacias sedimentares no Brasil e em 3 bacias na Colômbia, onde

o volume potencial de recursos estimado pela OGX foi de 10,8 bilhões de BOE.

Em maio de 2011, a OGX realizou uma emissão de dívida no exterior (“bonds”) no valor de US$

2,6 bilhões, acompanhada por nova emissão, em março de 2012, no valor de US$ 1,1 bilhão,

totalizando uma dívida com credores internacionais de US$ 3,6 bilhões, aproximadamente,

cujos recursos foram utilizados para colocar em prática o plano de negócios da OGX.

Em janeiro de 2012 a OGX deu início à produção de seu primeiro óleo através do Teste de

Longa Duração (TLD) na acumulação de Waimea, futuro Campo de Tubarão Azul, na Bacia de

Campos

Em maio de 2013, a OGX participou da 11ª Rodada de Licitações organizada pela ANP e

submeteu ofertas vencedoras para 13 blocos exploratórios, incluindo nove blocos nas bacias da

Margem Equatorial Brasileira, além de quatro blocos terrestres situados na Bacia do Parnaíba.

Dentre as ofertas vencedoras, a OGX assinou contratos de concessão apenas para quatro

blocos (CE-M-603, CE-M-661, POT-M-475 e POT-M-762), em águas profundas, firmando

importantes parcerias em três blocos, dois com a ExxonMobil Exploração Brasil Ltda. (“Exxon”),

nos blocos CE-M-603 e POT-M-762 (50% OGX e 50% Exxon) e um com a Total E&P do Brasil

Ltda. (“Total”) e a Queiroz Galvão Exploração e Produção S.A. (“Queiroz Galvão”), no bloco CE-

M-661 (30% OGX, 45% Total e 25% Queiroz Galvão). Tais parceiros possuem substancial

expertise e volume de recursos, além de um comprovado modelo de negócios de longo prazo e

disciplina de investimentos.

Em outubro de 2013, a OGX celebrou contrato com a Exxon tendo como objetivo a venda de

35% de participação no bloco POT-M-475, transferindo a operação da concessão para o

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parceiro, bloco este localizado na Bacia de Potiguar e, arrematado na 11ª Rodada de Licitações

da ANP.

Ainda em outubro de 2013, a OGX anunciou a celebração de um acordo para venda de sua

participação na controlada OGX Maranhão Petróleo e Gás S.A. (“OGX Maranhão” atualmente

denominada Parnaíba Gás Natural S.A.), por meio de um acordo de subscrição de R$ 250

milhões, que deverá ser seguido por uma venda da participação remanescente por um valor de

R$ 200 milhões.

Em novembro de 2013, a OGX recebeu a Licença de Operação (LO) pelo Instituto Brasileiro de

Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, autorizando a operação da Unidade

FPSO OSX-3 e respectivas estruturas submarinas referentes à atividade de desenvolvimento e

escoamento da produção de petróleo no Campo de Tubarão Martelo, localizado nos blocos BM-

C-39 e BM-C-40, na Bacia de Campos. Em dezembro de 2013, a OGX deu início à produção de

petróleo neste campo, através do poço horizontal TBMT-8H.

3.2. Estrutura Societária

Abaixo apresentamos a estrutura societária do grupo OGX:

A O&G Participações é uma empresa de capital aberto com ações negociadas na Bolsa de

Valores de São Paulo (Bovespa). No dia 24 de janeiro de 2014, a O&G Participações possuía

um valor total de capitalização de mercado (“market capitalization”) de R$ 1,0 bilhão e um valor

de firma (“enterprise value”) de aproximadamente R$ 9,7 bilhões. Em 28 de novembro de 2013,

o Grupo EBX possuía uma participação de 50,2% na OGX, representado pela soma das

participações da Centennial Asset Brazilian Equity Fund LLC e Centennial Asset Mining Fund

LLC. O restante da participação de 49,8% está representado por ações dispersas no mercado

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11

(“free float”). Entre julho e setembro de 2013, o volume médio diário transacionado pelas ações

da O&G Participações na Bovespa foi de R$ 118 milhões. Na carteira teórica do índice Ibovespa

do quadrimestre entre setembro e dezembro de 2013, a OGXP3 era a 4ª ação mais

representativa do índice, com 4,25% de participação.

A O&G Participações é uma sociedade holding, não operacional e, em 30 de setembro 2013,

possuía as seguintes controladas diretas: OGX Petróleo e Gás e OGX International, além das

controladas indiretas OGX Maranhão, OGX Austria, OGX Netherlands, OGX Netherlands

Holding BV e Parnaiba BV. A O&G Participações ainda possuía as seguintes controladas em

conjunto: OGMP Transporte Aéreo Ltda., controlada em conjunto com a empresa Eneva e

Atlanta Field BV, controlada em conjunto com Barra Energia do Brasil Petróleo e Gás Ltda.

(“Barra Energia”) e Queiroz Galvão.

A OGX Petróleo e Gás, controlada da O&G Participações com 99,9% de participação societária,

possui direitos de exploração em 26 blocos, sendo 23 destes operados pela própria OGX. Em

setembro de 2013, foi aprovado um aumento de capital da OGX Petróleo e Gás através da

transferência para a mesma das ações da OGX Maranhão anteriormente detidas pela O&G

Participações. Após o aumento de capital, a OGX Petróleo e Gás passou a deter uma

participação de 66,7% no capital social da OGX Maranhão, em sociedade com a Eneva. A OGX

Maranhão possui direitos de exploração em 8 blocos na Bacia do Parnaíba, todos operados pela

própria OGX.

A OGX International é uma controlada integral da O&G Participações com 100% de participação

societária, constituída na Áustria, e representa o braço do grupo OGX no exterior. A OGX

Internacional, por sua vez, é controladora direta da OGX Austria e da OGX Netherlands Holding

BV. Essas empresas não exercem atividade operacional autônoma, e servem como veículos

para a emissão de dívidas e recebimento de receitas no exterior, com o objetivo de financiar as

atividades do grupo OGX no Brasil.

3.3. Resumo das Atividades do Grupo OGX

Em 31 de janeiro de 2014, a OGX possuía, através de suas controladas, e já não considerando

os blocos da Bacia do Parnaíba, direitos de exploração em 26 blocos exploratórios, sendo eles:

1) 6 blocos offshore na Bacia de Campos;

2) 5 blocos offshore na Bacia do Pará-Maranhão;

3) 3 blocos offshore na Bacia de Santos;

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4) 5 blocos onshore na Bacia Colombiana;

5) 3 blocos offshore na Bacia do Espírito Santo;

6) 2 blocos offshore na Bacia do Ceará, adquiridos durante a 11ª Rodada de Licitação da

ANP;

7) 2 blocos offshore na Bacia Potiguar, adquiridos durante a 11ª Rodada de Licitação da

ANP.

Abaixo apresentamos um mapa com a localização dos diferentes blocos exploratórios detidos

pela OGX:

Em 31 de outubro de 2013, a OGX anunciou a celebração de um acordo de subscrição com a

Cambuhy Investimentos Ltda. (“Cambuhy”), Eneva e DD Brazil Holdings S.a.r.l. (“E.ON”)

segundo o qual a Cambuhy e a E.ON concordaram em investir na OGX Maranhão um valor total

de aproximadamente R$ 250 milhões. O investimento será realizado via aumento de capital na

OGX Maranhão, no qual a Cambuhy irá subscrever ações equivalentes a R$ 200 milhões e a

E.ON subscreverá ações equivalentes a R$ 50 milhões.

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Adicionalmente, a OGX e a Cambuhy celebraram um acordo de compra de ações, por meio do

qual a Cambuhy concordou em adquirir da OGX sua participação remanescente na OGX

Maranhão por um preço de compra de R$ 200 milhões, sujeito a certos termos e condições que

incluíam a aprovação do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), da ANP

(Agencia Nacional de Petróleo), além da aprovação dos credores da OGX.

A transação também inclui o encerramento de um acordo que previa o compartilhamento de

certos custos, nos termos em que a OGX receberá um montante de aproximadamente R$ 145

milhões, correspondente ao valor líquido da dívida da OGX Maranhão com a OGX, e que será

pago de acordo com as seguintes condições acordadas:

i. R$ 50 milhões em fevereiro de 2014;

ii. R$ 10 milhões em cinco parcelas de julho a novembro de 2014; e

iii. R$ 45 milhões em janeiro de 2015.

Adicionalmente, a MPX Austria fará pagamento de aproximadamente US$ 25 milhões à

Parnaíba B.V., aproximadamente R$ 55 milhões.

4. Projeções dos Ativos Operacionais

O grupo OGX definiu uma estratégia que possibilita sua recuperação através dos Blocos

Exploratórios mais desenvolvidos e rentáveis. Desse modo, não foram considerados no plano

de recuperação, assim como nas projeções, os campos ou áreas exploratórias em processo

final de venda, ou com potencial de extração incerto ou com muita necessidade de investimento

para se tornarem operacionais, conforme a relação que segue:

Campos e áreas exploratórias da Bacia de Parnaíba – Os ativos dessa Bacia estão envolvidos

em uma operação de venda para a Cambuhy e E.ON, conforme mencionado anteriormente

neste documento. A desmobilização destes ativos irá gerar importantes recursos para o grupo,

que serão utilizados para viabilizar as outras operações.

Blocos Exploratórios da Bacia Potiguar e do Ceará – Os ativos conquistados pelo grupo na 11ª

Rodada de Leilões da ANP não serão considerados para efeito de projeção de fluxo de caixa

devido às diversas incertezas ainda associadas aos mesmos. Esses ativos representam um

Valor Patrimonial de aproximadamente R$ 84 milhões, considerando somente a participação da

OGX nos ativos em dezembro de 2013.

Blocos Exploratórios nas Bacias Colombianas – Estes ativos também não serão considerados

para efeito de projeção de fluxo de caixa devido à incerteza em relação à sua taxa de retorno.

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Blocos Exploratórios da Bacia do Espírito Santo – Os três blocos sob concessão nesta bacia

são operados pela Perenco Petróleo e Gás do Brasil Participações S.A. (“Perenco”), e possuem

previsão de término para a fase exploratória em outubro de 2014. Todos os compromissos de

trabalho exploratórios (PEM) referentes a esses blocos já foram cumpridos. Estes ativos

também não serão considerados para efeito de projeção de fluxo de caixa.

Blocos Exploratórios da Bacia do Pará-Maranhão – Os contratos dos cinco blocos sob

concessão nesta bacia, BM-PAMA-13 a 17, estão suspensos em virtude da não liberação pelo

IBAMA das respectivas licenças de operação. No entanto, apesar desta bacia não ser

considerada para efeitos de projeção de fluxo de caixa, os ativos presentes nela ainda são de

posse da Companhia e representam um Valor Patrimonial de aproximadamente R$ 9,7 milhões,

considerando somente a participação da OGX nos ativos em dezembro de 2013.

Blocos Exploratórios nas Bacias de Campos e Santos - Foi solicitada à ANP a extensão dos

prazos concedidos a vários Planos de Avaliação de descoberta da OGX, até a deliberação e

aprovação do Plano de Recuperação da OGX, observado o prazo máximo de 180 (cento e

oitenta) dias, ex vi do art. 60, §40 da Lei Nº 11.101/05. Esta solicitação foi apreciada pela ANP

em reunião de diretoria realizada em 15 de janeiro de 2014, tendo sido indeferido o pedido de

postergação solicitado e dado um prazo de 30 dias desta deliberação para a entrega do

Relatório Final de Avaliação destas descobertas. Estas áreas exploratórias serão devolvidas e,

portanto, estes ativos também não serão considerados para efeito de projeção de fluxo de caixa.

Campo de Tubarão Azul (Bacia de Campos) – Este ativo na Bacia de Campos poderá voltar a

produzir dependendo da renegociação dos custos referentes à plataforma (FPSO OSX1)

utilizada em sua operação. No entanto, para efeitos de projeção e análise da Companhia,

consideramos como premissa para as projeções apenas os investimentos a serem realizados

com o abandono da operação já existente, como abordado na seção seguinte.

Campos de Tubarão Tigre, Gato e Areia – A OGX solicitou à ANP um prazo maior para estudar

um projeto que possa tornar econômico o desenvolvimento dos volumes descobertos neste

campo, cujos reservatórios se mostram de baixíssima produtividade. Como tal prazo não foi

concedido e as análises conduzidas até o momento não estão revertendo este quadro, é

possível que a Companhia devolva estas áreas. Estes ativos também não serão considerados

para efeito de projeção de fluxo de caixa.

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Campos de Rêmora – Os reservatórios desse Campo são muito pequenos. Dessa maneira,

devido à incerteza em relação à sua taxa de retorno, estes ativos também não serão

considerados para efeito de projeção de fluxo de caixa.

Em resumo, os principais ativos operacionais da Companhia, e que são considerados para

efeitos de projeção, são: Campo de Tubarão Martelo e os Campos de Atlanta e Oliva. Esses

ativos serão abordados nas seções seguintes, com informações operacionais e financeiras

detalhadas, projetadas de acordo com o plano de recuperação.

As projeções dos ativos operacionais citados foram baseadas nas premissas e documentos

enviados pela OGX.

Foi considerada uma taxa de câmbio Real/Dólar de R$ 2,20 e as projeções apresentadas estão

em termos reais.

4.1. Campo de Tubarão Azul

O primeiro óleo da OGX foi extraído do campo de Tubarão Azul (acumulação de Waimea), em

águas rasas da Bacia de Campos, a cerca de 80 quilômetros da costa de Arraial do Cabo (RJ).

O início da produção ocorreu em janeiro de 2012, com um teste de longa duração, e a produção

inicial se mostrou bastante positiva. No entanto, com a entrada em operação dos demais poços,

a produção do campo começou a apresentar um declínio bastante acentuado. O comportamento

dos poços produtores de Tubarão Azul, bem como o reprocessamento e a reinterpretação dos

dados geológicos daquela área, evidenciaram não só as limitações de produção deste campo,

mas também de outras acumulações próximas, principalmente dos campos de Tubarão Tigre,

Gato e Areia.

Diante dessa situação, o grupo OGX decidiu interromper a operação nesse campo, dada sua

baixa viabilidade econômica. Dessa maneira, os únicos investimentos projetados são os

relacionados ao abandono da operação, detalhado no próximo item.

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4.1.1. Investimento – Capital Expenditures (CAPEX)

Gráfico 4.1.7 – CAPEX (R$ Milhões)

i. Despesas com abandono.

4.2. Campo de Tubarão Martelo

Em função das características geológicas do campo de Tubarão Azul, a OGX teve suas

reservas revistas e certificadas pela DeGolyer e MacNaughton, tendo confirmado a viabilidade

do projeto de desenvolvimento da produção do campo de Tubarão Martelo (denominado

acumulação de Waikiki durante a fase exploratória), situado em águas rasas, em lâmina d´agua

entre 100 e 110 m, na porção sul da Bacia de Campos, a cerca de 80 quilômetros da costa de

Arraial do Cabo, litoral norte do Estado do Rio de Janeiro (RJ).

A produção de óleo do campo de Tubarão Martelo foi iniciada em 5 de dezembro de 2013,

através do poço horizontal 7-TBMT-8H-RJS, e, logo em seguida, o segundo poço (9-OGX-

44HP-RJS, também horizontal) entrou em produção. A vazão inicial obtida confirmou as

expectativas da OGX e, no início de 2014, mais dois poços serão interligados. O plano original

de desenvolvimento do Campo de Tubarão Martelo foi aprovado pela ANP e se encontra em

andamento uma revisão, com adequação do plano ao projeto que está sendo implantado, e que

é resultado da visão atualizada e realista das suas reservas. Abaixo se encontra o detalhamento

do cronograma esperado para a entrada em operação dos outros poços do Campo de Tubarão

Martelo:

Data Poço abr/14 Produtor (Fase 1 poço 3) mai/14 Produtor (Fase 1 poço 4) mar/16 Injetor (Fase 2) abr/16 Produtor (Fase 2 poço 1) mai/16 Produtor (Fase 2 poço 2) jun/16 Produtor (Fase 2 poço 3) jul/16 Injetor (Fase 2 – 2 poços)

22

110

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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4.2.1. Produção Total de Barris de Petróleo

Gráfico 4.2.1 – Produção Total Anual de BOE (mil)

i. Produção estimada a partir do relatório de certificação de reservas elaborado pela

DeGolyer e MacNaughton, conforme Fato Relevante divulgado pela Companhia em 03 de

outubro de 2013.

4.2.2. Produção de Barris de Petróleo – Participação OGX

Gráfico 4.2.2 – Produção Anual de BOE - Participação OGX (mil)

i. Participação da OGX de 100,0% sobre o total em 2014;

ii. A partir de 2015, participação da OGX de 60,0% sobre o total, após a venda de 40,0% de

participação, conforme premissa da projeção.

4.840 3.322

7.138 7.611 6.742 6.108 5.607 5.171 4.817 4.513 4.252 3.993 3.767 3.563 3.386

0 0 0 0 0 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

4.840

1.993

4.283 4.567 4.045 3.665 3.364 3.103 2.890 2.708 2.551 2.396 2.260 2.138 2.032

0 0 0 0 0 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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4.2.3. Receita Operacional Líquida

Gráfico 4.2.3 – Receita Operacional Líquida (R$ Milhões)

i. Preço do Óleo - US$ 110,00;

ii. Desconto por Qualidade – US$ 5,00;

iii. Custo do Frete e de Seguros em 2014 – US$ 5,00;

iv. Custo do Frete e de Seguros a partir de 2015 – US$ 2,00;

v. Preço FOB em 2014 – US$ 100,00;

vi. Preço FOB a partir de 2015 – US$ 103,00.

4.2.4. Custo dos Produtos Vendidos

Gráfico 4.2.4 – Custo dos Produtos Vendidos (R$ milhões)

i. Aluguel (Rental) OSX;

ii. Serviços OSX;

iii. Seguro para Plataforma;

iv. Elevação Artificial (Artificial Lift);

v. Consumíveis;

vi. Logística;

vii. Outros gastos.

1.005

435

979 979 979 761 761 761

653 653 544 544 544

435 435

130 0 0 0 0 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

591

299

458 354

419 399 378 461

395 409 422 364

429 390 365

105 0 0 0 0 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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4.2.5. Royalties

Gráfico 4.2.5 – Royalties (R$ milhões)

i. 10% de Royalties sobre o preço de referência da ANP utilizado para a venda do BOE.

4.2.6. Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização – LAJIDA (EBITDA)

Gráfico 4.2.6 – LAJIDA ou EBITDA (R$ Milhões)

4.2.7. Investimento – Capital Expenditures (CAPEX)

Gráfico 4.2.7 – CAPEX (R$ Milhões)

i. Investimento e despesa de abandono.

93

40

94 101 91

70 70 70 60 60

50 50 50 40 40

12 0 0 0 0 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

322 96

427 524 469

291 313 230 197 183 71 129 64 4 29 13 0 0 0 0 0 0 0

32% 22% 44% 54% 48% 38% 41% 30% 30% 28% 13% 24% 12% 1% 7% 10% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

259

514

229

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

189

0 0 0 0 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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20

4.3. Campos de Atlanta e Oliva

Os campos de Atlanta e Oliva estão localizados a 185 km da costa brasileira em lâmina d'água

de aproximadamente 1.500 metros, com óleo de 14º a 16º API. Os direitos de concessão dos

campos pertencem ao consórcio formado pela Queiroz Galvão, com 30% de participação e

operadora, pela Barra Energia, com mais 30% de participação, e pela OGX, com os 40% de

participação restante. O início da produção é esperado para abril de 2017.

4.3.1. Produção Total de Barris de Petróleo

Gráfico 4.3.1 – Produção Total Anual de BOE (mil)

i. Produção estimada pelo simulador numérico Eclipse, na versão Black-Oil E-100 da

Schlumberger– software utilizado pela OGX para realizar as projeções de produção.

4.3.2. Produção de Barris de Petróleo – Participação OGX

Gráfico 4.3.2 – Produção Anual de BOE - Participação OGX (mil)

i. Participação da OGX de 20,0% sobre o total, após a venda de metade da participação

atual de 40,0%, em 2014, conforme premissa da projeção.

0 0 0

17.075

31.277

25.385 21.244

17.581 15.074 13.209 11.737 10.475 9.490 8.710 8.057 7.437 6.918 6.404 5.593 5.152

0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

0 0 0

3.415

6.255

5.077 4.249

3.516 3.015 2.642 2.347 2.095 1.898 1.742 1.611 1.487 1.384 1.281 1.119 1.030

0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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21

4.3.3. Receita Operacional Líquida

Gráfico 4.3.3 – Receita Operacional Líquida (R$ Milhões)

i. Preço do Óleo - US$ 105,00;

ii. Desconto por Qualidade – US$ 15,00;

iii. Custo do Frete e de Seguros – US$ 2,00;

iv. Preço FOB – US$ 88,00.

4.3.4. Custo dos Produtos Vendidos

Gráfico 4.3.4 – Custo dos Produtos Vendidos (R$ milhões)

i. Aluguel (Rental) OSX;

ii. Serviços OSX;

iii. Seguro para Plataforma;

iv. Elevação Artificial (Artificial Lift);

v. Consumíveis;

vi. Manutenção (Workover);

vii. Inspeção e Manutenção (I&M);

viii. Outros gastos.

0 0 0

620

1.239

991 805

681 558 558

434 372 372 372 310 248 310 248 186 248

1 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

0 0 0

86

165 163 159 164 158 180

160 154 169

184 168

145

194 169

144

205

1 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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4.3.5. Royalties

Gráfico 4.3.5 – Royalties (R$ milhões)

i. 7,8% de Royalties sobre o preço de referência da ANP utilizado para a venda do BOE.

4.3.6. Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização – LAJIDA (EBITDA)

Gráfico 4.3.6 – LAJIDA ou EBITDA (R$ Milhões)

4.3.7. Investimento – Capital Expenditures (CAPEX)

Gráfico 4.3.7 – CAPEX (R$ Milhões)

i. Investimento e despesa de abandono.

0 0 0

55

147

119 108

84 65 62

45 37 36 34 28 21 24 18 14 18 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

0 0 0

479

927

709 538

434 335 316

228 181 168 153 115 81 93 61 28 24 0 0 0

0% 0% 0%

77% 75% 72% 67% 64% 60% 57% 53% 49% 45% 41% 37% 33% 30% 25% 15% 10% 9% 0% 0%

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

248

187

253

181

49

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

98

0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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5. Fluxo Consolidado

5.1. Produção Total de Barris de Petróleo

Gráfico 5.1 – Produção Total Anual de BOE (mil)

A produção total de barris de petróleo corresponde à soma da produção dos dois ativos

operacionais considerados para fins de projeção, sem considerar a ponderação pela

participação detida pela OGX em cada campo exploratório.

5.2. Produção de Barris de Petróleo – Participação OGX

Gráfico 5.2 – Produção Anual de BOE – Participação OGX (mil)

A produção total de barris de petróleo consolidada corresponde à soma da produção dos dois

ativos operacionais considerados para fins de projeção, ponderada pela participação detida pela

OGX em cada campo, e também a venda de 40% da participação no Campo de Tubarão

Martelo em 2015 e 20% de participação em Atlanta e Oliva em 2014.

4.840 3.322 7.138

24.686

38.019

31.493 26.851

22.752 19.891 17.721 15.989 14.468 13.257 12.273 11.444

7.437 6.918 6.404 5.593 5.152 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

4.840

1.993

4.283

7.982

10.300 8.742

7.613 6.619 5.905 5.349 4.898 4.491 4.158 3.880 3.643

1.487 1.384 1.281 1.119 1.030 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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5.3. Receita Operacional Líquida

Gráfico 5.3 – Receita Operacional Líquida (R$ Milhões)

A receita operacional líquida consolidada da OGX corresponde à receita com a venda da

produção dos dois ativos operacionais considerados para fins de projeção.

5.4. Custo dos Produtos Vendidos

Gráfico 5.4 – Custo dos Produtos Vendidos (R$ Milhões)

O custo dos produtos vendidos consolidado da OGX corresponde à soma dos custos de

produção dos dois ativos operacionais considerados para fins de projeção.

5.5. Royalties

Gráfico 5.5 – Royalties (R$ Milhões)

O custo com pagamento de royalties corresponde à soma dos custos dos dois ativos

operacionais considerados para fins de projeção.

1.005

435

979

1.598

2.218

1.753 1.567 1.443

1.210 1.210 978 916 916 807 745

378 310 248 186 248 1 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

591

299

458 440

584 562 537 625

553 590 583 518

598 574 533

250 194 169 144

205

1 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

93

40

94

156

238

189 178 154

125 122 96 87 86 74 68

33 24 18 14 18 0 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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5.6. Despesas Gerais e Administrativas

Gráfico 5.6 – Despesas Gerais e Administrativas (R$ Milhões)

As despesas gerais e administrativas consolidadas da OGX incluem as contas de (i) salário,

bônus, treinamento, encargos e benefícios dos funcionários administrativos da OGX; (ii) custos

de aluguel administrativo e outras despesas de escritório; (iii) custos com consultores e com a

administração da recuperação judicial; (iv) custos com publicidade e propaganda; (v) custos de

viagens; (vi) tributos; (vii) despesas de exploração; e (viii) outros custos administrativos. Durante

a fase de investimento, a OGX classifica contabilmente as despesas com administração e

manutenção de ativo fixo (imóveis, instalações e equipamentos) como investimentos (CAPEX),

porém, como em 2019 os investimentos de fato cessam, esses valores voltam a ser

classificados como despesas, provocando um aumento da conta em questão. Há expectativa de

forte redução das despesas gerais e administrativas da OGX em relação aos patamares atuais,

em função de redução nos gastos com salários, já em curso, e da mudança da sede do grupo

OGX. Além disso, à medida que a produção nos campos começa a declinar, há também uma

redução gradual nas despesas gerais e administrativas da operação.

5.7. Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização – LAJIDA (EBITDA)

Gráfico 5.7 – LAJIDA ou EBITDA (R$ Milhões)

O LAJIDA corresponde ao resultado do seguinte cálculo: receita operacional líquida (-) custo

dos produtos vendidos (-) custo com royalties (-) despesas gerais e administrativas (=) LAJIDA.

295

124 123 97 97 97

77 39 31 31 31 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25

0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

26

-28

305

906 1.299

904 774 625 501 467 268 285 207 133 119 69 67 36 4 0

-25

0 0

3% -6%

31% 57% 59% 52% 49% 43% 41% 39% 27% 31% 23% 16% 16% 18% 22% 14% 2% 0% 0% 0% 0%

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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5.8. Depreciação e Amortização

Gráfico 5.8 – Depreciação e Amortização (R$ Milhões)

As despesas com depreciação correspondem à soma das despesas dos dois ativos

operacionais considerados para fins de projeção.

5.9. Investimento – Capital Expenditures (CAPEX)

Gráfico 5.9 – CAPEX (R$ Milhões)

Os investimentos consolidados correspondem à soma dos investimentos e das despesas de

abandono da OGX nos dois ativos operacionais considerados para fins de projeção, e também a

despesa de abandono considerada para o Campo de Tubarão Azul. Além disso, até 2018

alguns gastos da OGX com a administração e manutenção de ativo fixo (imóveis, instalações e

equipamentos) são considerados contabilmente como investimento (CAPEX), e a partir de 2019

começam a ser considerados como despesas gerais e administrativas, como já mencionado no

item 5.6.

237

95

205 268

352 283 259 242

206 206 169 161 161 141 133

380

51 43 35 43 11 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

529

812

482

181 49 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

189 0 0 0 0

98 0 0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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5.10. Variação do Capital de Giro

Gráfico 5.10 – Variação do Capital de Giro (R$ Milhões)

A variação de capital de giro corresponde à posição consolidada da OGX, para a variação das

contas de ativo e passivo circulante. Em 2014, o valor da variação do Capital de Giro inclui a

conversão de parte do saldo da conta de Fornecedores em Capital Social, conforme detalhado

posteriormente no item 6.2.1.

6. Reestruturação Financeira Proposta

Na tabela abaixo está detalhada a composição do saldo devedor do grupo OGX, por tipo de

credor, em 07 de janeiro de 2014:

Endividamento por Credor - Grupo OGX - data base 07/01/2014

Credor Total (R$ milhões)

Bondholders 8.946 Leasing OSX 3.519 Fornecedores 852

Total 13.317

Tabela 6.a – Posição de Endividamento da OGX detalhada pelo tipo de credor

Do montante total de cerca de R$ 13.317 milhões, os bondholders representam 67,2% do

montante total do endividamento, seguido pela OSX (empresa do grupo EBX), com 26,4%, e

fornecedores, com 6,4%. O grupo OGX não possuía, até esta data, quaisquer passivos

trabalhistas ou fiscais vencidos e não pagos, estando as companhias em situação fiscal regular.

-1.220

-48 -105

11

-127

62 29

-74 -15

44

-52

49 14 9

-12

116

-35 -1

34

-21

47

-5

0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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Na tabela abaixo está detalhada a mesma composição, classificada por empresa devedora, em

07 de janeiro de 2014:

Endividamento por Empresa Devedora - Grupo OGX - data base 07/01/2014

Empresa Total (R$ milhões)

Óleo e Gás Participações S/A 1 OGX Petróleo e Gás S/A 4.370

OGX Áustria GmbH 8.946 Total 13.317

Tabela 6.b – Posição de Endividamento por Empresa do Grupo

Do montante total de cerca de R$ 13.317 milhões, 67,2% se referem a valores devidos pela

OGX Austria GmbH, e 32,8% por valores devidos pela OGX Petróleo e Gás S.A, representando

quase a totalidade do saldo devedor. A OGX International não possuía dívida na data base de

07 de janeiro de 2014.

O Plano de Recuperação foi realizado supondo as premissas principais que detalhamos a

seguir, entre outras, e que foram divididas pelas seguintes categorias:

i. Premissas de novas entradas de caixa;

ii. Premissas de economias de dispêndio de caixa;

iii. Premissas de saídas de caixa adicionais decorrentes da execução do Plano de

Recuperação.

O atendimento de tais premissas busca equalizar a situação financeira atual da OGX, permitindo

que a mesma honre com seus compromissos de curto prazo, assim como possibilitar a

viabilidade econômico-financeira da OGX no longo prazo. O atingimento de tais premissas é

condição fundamental para a análise de fluxo de caixa da OGX após a saída do processo de

recuperação judicial e tem vital importância no entendimento da viabilidade econômico-

financeira da OGX.

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6.1. Premissas de Novas Entradas de Caixa

6.1.1. Premissa A – Venda de Ativos de Petróleo (Farm-Outs)

A OGX pretende vender parte de sua participação em alguns ativos, pelos valores esperados

abaixo:

A.i. US$ 218 milhões: venda de 40% de Tubarão Martelo, em 2015;

A.ii. US$ 327 milhões: venda de 20% de Atlanta e Oliva (representa 50% da participação atual

de 40% da OGX na exploração do bloco), em 2014.

Os valores acima consideram um desconto adicional de 20% sobre o valor justo para Tubarão

Martelo e um desconto adicional de 40% sobre o valor justo para Atlanta e Oliva. Os fluxos de

caixa dos ativos foram descontados à taxa de 10,4% (Anexo 5 – WACC) para a apuração do

valor justo dos ativos, de acordo com a metodologia de fluxo de caixa descontado. A diferença

no desconto sobre o valor justo entre os dois ativos se dá pelo fato de Tubarão Martelo estar em

fase de produção, enquanto Atlanta e Oliva estão ainda em fase de desenvolvimento, o que

implica em maior risco de execução.

6.1.2. Premissa B – Venda da OGX Maranhão

Conforme detalhado na seção “3.3. Resumo das Atividades do Grupo OGX”, a OGX celebrou,

em outubro de 2013, um acordo para venda da totalidade de sua participação na OGX

Maranhão. Através dessa venda, a OGX espera receber as seguintes entradas de caixa:

B.i. R$ 50 milhões em fevereiro de 2014: aporte da Cambuhy na OGX Maranhão após o

cumprimento de determinadas condições precedentes.

B.ii. R$ 10 milhões em cinco parcelas de julho a novembro de 2014, e mais R$ 44 milhões em

janeiro de 2015, fruto do recebimento de notas promissórias (empréstimo intercompany

entre a OGX Maranhão e a OGX), totalizando R$ 94 milhões;

B.iii. R$ 55 milhões (US$ 25 milhões) em julho de 2015 pela Parnaíba B.V. relacionado à

aquisição de equipamento atualmente em operação de leasing pela OGX Maranhão; e

B.iv. R$ 200 milhões em julho de 2015: após do término do trânsito em julgado do Plano de

Recuperação e assinatura do Contrato de Compra e Venda de Ações.

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30

Na figura abaixo detalhamos o fluxo de caixa esperado pela OGX a partir da transação:

6.1.3. Premissa C – Empréstimo-Ponte

Celebração de contrato de pré-pagamento de exportação (Export Prepayment Agreement), em

janeiro de 2014, por meio do qual determinados investidores concederam um empréstimo-ponte

no valor de US$ 50 milhões com um desconto de emissão original (OID – Original Issue

Discount) de 20% (US$ 10 milhões). Os recursos líquidos serão utilizados para financiar

exportações.

6.1.4. Premissa D – Debtor-In Possession-Financing (“DIP Financing”)

Parte dos credores atuais da OGX pretende realizar novos financiamentos na modalidade DIP

financing entre fevereiro e março de 2014, sênior em relação a outros credores, e com posterior

conversão da dívida para capital social, conforme o cronograma abaixo:

D.i. US$ 110 milhões em fevereiro de 2014;

D.ii. US$ 90 milhões em março de 2014.

6.1.5. Premissa E – Outras Entradas de Caixa

E.i. Com a reorganização dos blocos exploratórios, a OGX irá devolver a um fornecedor um

equipamento que não é mais necessário no valor de R$ 60 milhões em abril de 2014;

E.ii. Devolução do Imposto de Renda Retido na Fonte, decorrente de pagamentos auferidos

em períodos de prejuízo contábil, no valor de aproximadamente R$ 85 milhões em julho

de 2014.

E.iii. A OGX ainda poderá captar recursos novos mediante a emissão de novas ações e/ou

obtenção de novos financiamentos.

Fev/14

Cronograma de

Pagamentos

OGX Maranhão

R$50 MM

Jul/14 Ago/14

R$10 MM

R$10 MM

Set/14 Out/14

R$10 MM

R$10 MM

R$10 MM

R$44 MM

Nov/14 Jan/15

R$200 MM

US$ 25 MM

Jul/15

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31

6.2. Premissas de Economias de Dispêndio de Caixa

6.2.1. Premissa F – Conversão do Saldo Devedor Junto a Credores em Participação no Capital Social

A OGX converteu e pretende converter seu saldo devedor junto a fornecedores e credores

internacionais em capital social, de acordo com o cronograma abaixo:

F.i. O saldo remanescente de fornecedores, considerando o pagamento que será realizado

de até R$ 30 mil para cada fornecedor, conforme o disposto na Premissa G, será

convertido em capital social após o processo de recuperação judicial;

F.ii. O saldo devedor das dívidas internacionais (bonds) será convertido em capital social

após o processo de recuperação judicial.

6.3. Premissas de Saída de Caixa

6.3.1. Premissa G – Pagamento a Fornecedores

Com o objetivo de reduzir a quantidade de fornecedores com débitos em aberto, a OGX irá

quitar todos os credores que forem titulares de créditos no valor de até R$ 30 mil, bem como

realizará pagamentos de R$ 30 mil para todos os demais fornecedores que forem titulares de

créditos que superem esse valor e que manifestem interesse nesse sentido. Tais pagamentos

serão realizados de janeiro a dezembro de 2015, em parcelas mensais, iguais e consecutivas. O

dimensionamento dessas quantias é apresentado abaixo:

G.i. Os fornecedores titulares de créditos de até R$ 30 mil representam aproximadamente R$

1 milhão;

G.ii. Os fornecedores titulares de créditos superiores a R$ 30 mil representam

aproximadamente R$ 4 milhões.

7. Análise Financeira da OGX

Considerando o valor total de R$ 13.317 milhões que compõe o endividamento da OGX,

fizemos uma análise financeira mensal de curto e médio prazo, tendo como objetivo avaliar se

as medidas propostas no plano de recuperação judicial são suficientes para manter a OGX com

caixa positivo nos próximos dois anos, sem necessidade de novos financiamentos ou aportes de

capital além daqueles já considerados nas premissas do Plano de Recuperação.

Além disso, foi feita uma análise financeira anual de longo prazo da OGX, com o objetivo de

verificar se, depois de implementadas as medidas propostas no plano de recuperação judicial,

incluindo a conversão do saldo devedor dos credores em capital social e a venda parcial de

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alguns ativos do grupo, a OGX se torna rentável sob o ponto de vista financeiro. Adicionalmente,

ela deverá ser capaz de fazer seus investimentos futuros programados (CAPEX) sem a

necessidade de novas dívidas, utilizando, portanto, somente capital próprio.

7.1. Análise Financeira de Curto e Médio Prazo

Abaixo detalhamos o fluxo de caixa final consolidado do grupo, mensalmente, entre janeiro de

2014 e janeiro de 2016, incluindo também a posição de caixa esperada pela OGX no início e

término de cada período.

Gráfico 7.1 – Fluxo de Caixa Consolidado Mensal (R$ Milhões)

Tabela 7.1 – Variação do Caixa Consolidado Mensal (R$ Milhões)

Neste gráfico, destacamos as entradas e saídas de caixa proporcionadas pelo atingimento das

premissas do plano de recuperação judicial, conforme item “6.1. Premissas do Plano de

Recuperação Judicial” deste Laudo de Avaliação. Pela análise, é possível observar que a OGX

se mantém com caixa positivo durante todo o período e, portanto, não necessitaria de novas

captações de dívida ou aportes de capital, uma vez cumpridas as expectativas no montante e

prazo esperados.

Entre as entradas de caixa não operacionais do período no curto e médio prazo, destacam-se:

-17

38 64

-29 -50-6

3 7 30 4

-8

603

276

-99

27

-125-93

16

165

-90

20

-89

-8

-118 -138

C

B.ii. eE.ii.

B.ii. B.ii.

B.ii. G

B.ii.eG

B.iii. ,B.iv. e

G

D.ii.

E.i.

G

G G

GG

G

G G GB.ii.

B.i. e D.i.

Período jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15Caixa Início do Período 22 4 42 107 78 28 22 25 33 63 66 59 661(+/-) Variação de Caixa -17 38 64 -29 -50 -6 3 7 30 4 -8 603 276Caixa Final do Período 4 42 107 78 28 22 25 33 63 66 59 661 937

Período fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15 dez/15 jan/16Caixa Início do Período 937 838 865 741 647 663 828 738 757 668 660 542(+/-) Variação de Caixa -99 27 -125 -93 16 165 -90 20 -89 -8 -118 -138Caixa Final do Período 838 865 741 647 663 828 738 757 668 660 542 404

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i. Vendas parciais de Ativos de Petróleo (Premissa A): correspondem à venda (farm-out) da

participação da OGX nos ativos operacionais Tubarão Martelo (US$ 218 milhões por 40%

da participação da OGX, em 2015), e Atlanta e Oliva (US$ 327 milhões por 20% de

participação no Campo, em 2014). O valor de venda supõe como premissa um desconto

de 20% sobre o valor justo para Tubarão Martelo e um desconto de 40% sobre o valor

justo para Atlanta e Oliva, conforme detalhado anteriormente, descontados à taxa de

10,4%, conforme a metodologia de fluxo de caixa descontado;

ii. Venda da OGX Maranhão (Premissa B): R$ 144 milhões de fevereiro de 2014 a janeiro

de 2015 e R$ 255 milhões em julho de 2015;

iii. Empréstimo-ponte (Premissa C): US$ 40 milhões em janeiro de 2014, com custo

financeiro de US$ 10 milhões;

iv. Debtor-In Possession-Financing (Premissa D): US$ 200 milhões entre fevereiro e março

de 2014; e

v. Outras Entradas de Caixa (Premissa E): devolução de equipamento a fornecedor

representando o montante de R$ 60 milhões em abril de 2014 e devolução do Imposto de

Renda retido na fonte, decorrente de pagamentos auferidos em períodos de prejuízo

contábil, no valor de aproximadamente R$ 85 milhões em julho de 2014.

Entre as saídas de caixa não operacionais do período no curto e médio prazo, destacam-se:

i. Pagamentos a fornecedores (Premissa G): total de aproximadamente R$ 5 milhões

divididos entre os meses de janeiro a dezembro de 2015; e

ii. Investimentos (CAPEX): o grupo OGX deverá realizar novos investimentos para

possibilitar o desenvolvimento e produção nos campos Tubarão Martelo e Atlanta e Oliva

na ordem de R$ 529 milhões em 2014 e 812 milhões em 2015.

Uma vez que todo o valor do endividamento será convertido em capital, não haverá novas

saídas de caixa em função de amortizações de dívida, ou pagamento de juros. A conversão do

endividamento em capital se dará da seguinte maneira: a dívida existente até a data do pedido

de Recuperação Judicial representará 25% do capital, a dívida conversível (“DIP Financing”)

será convertida em 65% do capital da Companhia e os atuais acionistas terão direito a 10% do

capital da empresa que vai emergir do processo de recuperação judicial.

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7.2. Análise Financeira de Longo Prazo

Após os efeitos do plano de Recuperação Judicial, a OGX se tornaria geradora de caixa e

saudável financeiramente, segundo as projeções, conforme demonstrado abaixo:

Gráfico 7.2 – Fluxo de Caixa Livre (R$ Milhões)

O fluxo de caixa corresponde à posição consolidada da OGX, através da soma do fluxo de caixa

operacional, do fluxo de caixa de investimentos, e do fluxo de caixa de financiamentos. Os

fluxos negativos no final da projeção ocorrem devido ao fim da produção e a posterior

desmobilização dos ativos produtivos. Como a Companhia passará a operar em uma estrutura

de capital projetada sem endividamento, não há saídas de caixa correspondentes a pagamento

de juros ou amortizações de dívida.

Adicionalmente aos Fluxos de Caixa Livres durante o período de projeção, salientamos a

existência de um Valor Patrimonial de aproximadamente R$ 93 milhões, correspondente aos

campos de propriedade da Companhia nas Bacias de Parnaíba, Bacia de Potiguar e Bacia do

Ceará. No entanto, como mencionado anteriormente no item 4, esses ativos não foram

considerados para efeito de projeções financeiras.

8. Conclusão do Estudo de Viabilidade

O presente Laudo de Avaliação foi elaborado pela LatinFinance Advisory & Research Ltda.

como parte dos documentos requeridos no contexto do plano de recuperação judicial da Óleo e

Gás Participações S.A., OGX Petróleo e Gás S.A., OGX International GmbH e OGX Austria

GmbH, conforme a Lei Nº 11.101/05 de Falência e Recuperação de Empresas.

Este Laudo tem como objetivo atestar a viabilidade econômico-financeira da capacidade

financeira e do plano de recuperação, e não contempla outras dimensões a serem consideradas

na avaliação do plano como a societária, legal e fiscal, entre outras.

Analisamos as premissas informadas pela OGX e consideramos que o plano de recuperação

judicial a ser apresentado possui viabilidade econômico-financeira, uma vez que:

640

-119 -301

631

962 870 728

507 438 464 194

311 200 123 98

-18

19 25 31

-27 -76 -5

0

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

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i. A OGX está tomando medidas financeiras e operacionais para buscar liquidez no curto e

médio prazo;

ii. A OGX continuará realizando os investimentos necessários para possibilitar a

continuação de suas operações no médio e longo prazo; e

iii. As premissas consideradas no plano de recuperação judicial são suficientes para permitir

a continuidade da capacidade de pagamento da OGX, levando-se em conta

principalmente o fato de que a OGX emergirá como uma empresa sem nenhuma dívida

financeira, uma vez que a totalidade dos credores irá converter seu saldo devedor em

capital social.

Este Laudo de Avaliação supõe que todas as premissas nele contidas, incluindo tanto as

premissas apresentadas no plano de recuperação judicial, quanto premissas econômicas,

regulatórias, operacionais e financeiras da OGX, não sujeitas ao plano de recuperação, sejam

atendidas de forma satisfatória.

Esse relatório foi feito com premissas válidas na data de preparação, e não será refeito caso

essas premissas mudem após a submissão do Plano de Recuperação Judicial.

De maneira análoga, o atraso ou insuficiência na entrada de novos recursos para a OGX, em

relação aos prazos esperados e que estão refletidos neste estudo, pode alterar

significativamente a geração futura de caixa da OGX e comprometer sua viabilidade.

Como conclusão do relatório, após a análise das informações apresentadas pela OGX, da

verificação das demonstrações financeiras e das projeções operacionais, e da análise das

premissas do plano de recuperação e suas implicações para a geração de caixa da OGX, a

LatinFinance Advisory & Research Ltda., representada legalmente abaixo por seus diretores,

atesta que o Plano de Recuperação apresenta viabilidade econômico-financeira.

São Paulo, 31 de Janeiro de 2014.

_________________________________ _________________________________

Robert Chalita Adriano de Marchi Fernandes

Diretor Diretor

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36

9. Relação de Anexos

9.1. Anexo 1 – Balanço Patrimonial – Ativo

R$ milhões 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036ATIVO 13.090 12.834 12.858 13.391 14.095 14.527 14.895 15.169 15.383 15.584 15.652 15.741 15.779 15.777 15.769 15.328 15.325 15.304 15.265 15.220 15.074 15.069 15.069

Circulante 2.557 2.481 2.233 2.848 3.960 4.752 5.446 6.016 6.467 6.894 7.130 7.390 7.575 7.689 7.798 7.629 7.682 7.709 7.705 7.699 7.560 7.555 7.555

Caixa e Equivalentes 661 542 241 872 1.834 2.704 3.432 3.939 4.377 4.842 5.036 5.347 5.547 5.670 5.768 5.750 5.769 5.795 5.825 5.798 5.721 5.717 5.717

Depósitos Restringidos 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31

Contas a Receber 0 0 109 62 233 124 62 171 171 171 171 109 109 62 62 0 62 62 0 62 0 0 0

Estoques 61 104 48 80 58 89 117 72 84 47 89 100 85 122 133 44 16 17 45 4 4 4 4

Outros Créditos 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804 1.804

Não Circulante 10.533 10.354 10.625 10.543 10.135 9.776 9.449 9.152 8.916 8.690 8.521 8.351 8.204 8.088 7.972 7.699 7.643 7.596 7.560 7.521 7.514 7.514 7.514

Estoques 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73

Impostos a Recuperar 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188 188

Impostos Diferidos 2.705 2.916 2.911 2.834 2.730 2.653 2.585 2.531 2.501 2.480 2.481 2.472 2.486 2.511 2.527 2.636 2.630 2.626 2.625 2.629 2.633 2.633 2.633

(-) Provisões para Perda de Impostos Diferidos -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686 -1.686

Créditos com Partes Relacionadas 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218 218

Outros Créditos 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228 228

Investimentos 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10

Plantas, Propriedades e Equipamentos 7.211 6.828 7.115 7.113 6.814 6.533 6.277 6.036 5.832 5.629 5.461 5.301 5.141 5.002 4.870 4.495 4.444 4.401 4.366 4.323 4.313 4.313 4.313

Intangíveis 1.586 1.579 1.569 1.564 1.561 1.559 1.557 1.554 1.552 1.550 1.549 1.547 1.546 1.544 1.543 1.538 1.538 1.538 1.538 1.538 1.538 1.538 1.538

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9.2. Anexo 2 – Balanço Patrimonial – Passivo

R$ milhões 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036PASSIVO 13.090 12.834 12.858 13.391 14.095 14.527 14.895 15.169 15.383 15.584 15.652 15.741 15.779 15.777 15.769 15.328 15.325 15.304 15.265 15.220 15.074 15.069 15.069

Circulante 376 371 318 314 336 320 315 304 301 309 299 297 296 296 295 259 259 259 258 258 243 238 238

Fornecedores 50 76 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Obrigações Fiscais 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14

Obrigações Trabalhistas 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58

Contas a Pagar - Partes Relacionadas 58 33 56 57 79 62 61 58 57 64 54 54 53 52 52 16 16 16 15 15 0 0 0

Contas a Pagar - Outros 44 38 38 33 33 33 29 21 20 20 20 18 18 18 18 18 18 18 18 18 18 14 14

Provisões para Despesas de Abandono 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153 153

Empréstimos e Financiamentos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Não Circulante 504 391 393 476 479 482 485 488 491 494 497 501 504 507 510 322 324 325 326 327 229 229 229

Empréstimos e Financiamentos 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Lucro Líquido a Apropriar 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164 164

Provisões - Garantia Mín. de Opç. de Aç. 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65

Provisões - Despesas de Abandono 270 162 164 248 251 254 257 260 263 266 269 272 275 279 282 94 95 96 97 98 0 0 0

Patrimônio Líquido 12.210 12.073 12.147 12.601 13.280 13.726 14.095 14.376 14.591 14.781 14.855 14.944 14.979 14.975 14.964 14.746 14.743 14.721 14.681 14.635 14.603 14.603 14.603

Capital Social 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589 18.589

Reservas de Capital 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161 161

Ajustes de Conversão 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71

Prejuízos Acumulados -6.663 -6.801 -6.727 -6.273 -5.594 -5.148 -4.778 -4.497 -4.283 -4.092 -4.018 -3.930 -3.895 -3.899 -3.910 -4.127 -4.131 -4.153 -4.193 -4.239 -4.271 -4.271 -4.271

Acionistas Minoritários 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52

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9.3. Anexo 3 – Demonstrativo de Resultado do Exercício

R$ milhões 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036Receita Bruta 1.005 435 979 1.598 2.218 1.753 1.567 1.443 1.210 1.210 978 916 916 807 745 378 310 248 186 248 1 0 0

(-) Deduções 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(=) Receita Líquida 1.005 435 979 1.598 2.218 1.753 1.567 1.443 1.210 1.210 978 916 916 807 745 378 310 248 186 248 1 0 0

(-) CPV -591 -299 -458 -440 -584 -562 -537 -625 -553 -590 -583 -518 -598 -574 -533 -250 -194 -169 -144 -205 -1 0 0

(-) Royalties e Participações Especiais -93 -40 -94 -156 -238 -189 -178 -154 -125 -122 -96 -87 -86 -74 -68 -33 -24 -18 -14 -18 0 0 0

(=) Lucro Bruto 322 96 428 1.003 1.396 1.001 852 664 532 498 299 311 232 158 144 94 93 61 28 24 0 0 0

Margem Bruta - % 32% 22% 44% 63% 63% 57% 54% 46% 44% 41% 31% 34% 25% 20% 19% 25% 30% 25% 15% 10% 9% 0% 0%

(-) Despesas Gerais e Administrativas -295 -124 -123 -97 -97 -97 -77 -39 -31 -31 -31 -25 -25 -25 -25 -25 -25 -25 -25 -25 -25 0 0

(=) LAJIDA 26 -28 305 906 1.299 904 774 625 501 467 268 285 207 133 119 69 67 36 4 0 -25 0 0

Margem LAJIDA - % 3% -6% 31% 57% 59% 52% 49% 43% 41% 39% 27% 31% 23% 16% 16% 18% 22% 14% 2% 0% -3507% 0% 0%

(-) Depreciação e Amortização -237 -95 -205 -268 -352 -283 -259 -242 -206 -206 -169 -161 -161 -141 -133 -380 -51 -43 -35 -43 -11 0 0

(=) LAJIR -210 -123 100 638 947 621 516 382 295 261 99 124 45 -8 -14 -311 16 -7 -31 -43 -35 0 0

(+) Alienação de Ativos 1.373 -224 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(+/-) Receitas/Despesas Financeiras -32 -2 -2 -3 -3 -3 -3 -3 -3 -3 -3 -3 -3 -3 -3 -1 -1 -1 -1 -1 0 0 0

(+/-) Outros -1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(=) LAIR 1.130 -349 98 635 944 618 513 379 292 258 96 121 42 -11 -17 -313 15 -8 -33 -45 -35 0 0

(-) Imposto de Renda (IRPJ) -111 155 -17 -133 -195 -126 -105 -72 -57 -50 -16 -24 -5 5 5 70 -14 -10 -6 -1 2 0 0

(-) Contribuição Social (CSLL) -40 56 -6 -48 -70 -46 -38 -26 -20 -18 -6 -9 -2 2 2 25 -5 -4 -2 0 1 0 0

(=) Lucro/Prejuízo Líquido 979 -137 74 454 679 446 370 281 214 191 74 88 35 -4 -11 -217 -4 -22 -40 -46 -32 0 0

Margem Líquida - % 97% -32% 8% 28% 31% 25% 24% 19% 18% 16% 8% 10% 4% -1% -1% -57% -1% -9% -22% -19% -4593% 0% 0%

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9.4. Anexo 4 – Demonstrativo de Fluxo de Caixa

R$ milhões 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036(=) LAJIDA 26 -28 305 906 1.299 904 774 625 501 467 268 285 207 133 119 69 67 36 4 0 -25 0 0

(-) Impostos -124 0 -18 -105 -160 -95 -75 -44 -47 -47 -22 -24 -21 -19 -9 -13 -13 -9 -7 -6 -1 0 0

(+/-) Variação em Capital de Giro -1.220 -48 -105 11 -127 62 29 -74 -15 44 -52 49 14 9 -12 116 -35 -1 34 -21 47 -5 0

(+/-) Derivativos (Fluxo de Caixa) 37 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(+/-) Outros 1.373 -224 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(=) FLUXO DE CAIXA OPERACIONAL 93 -300 181 812 1.012 870 728 507 438 464 194 311 200 123 98 172 19 25 31 -27 22 -5 0

(-) CAPEX -529 -812 -482 -181 -49 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -189 0 0 0 0 -98 0 0

(+) Venda de Ativos 228 997 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(=) FLUXO DE CAIXA DE INVESTIMENTO -301 185 -482 -181 -49 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -189 0 0 0 0 -98 0 0

(+) Adição de Emprést. e Fin. 533 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(-) Amortização de Emprést. e Fin. -9.511 -5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(-) Pagamento de Juros -29 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(+) Aumento de Capital Social 9.855 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(-) Dividendos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(=) FLUXO DE CAIXA DE FINANCIAMENTO 848 -5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(=) FLUXO DE CAIXA DO PERÍODO 640 -119 -301 631 962 870 728 507 438 464 194 311 200 123 98 -18 19 25 31 -27 -76 -5 0

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9.5. Anexo 5 – Weighted Average Cost of Capital

Notas:

1. Custo de capital médio ponderado (WACC) calculado em termos reais;

2. Beta médio da OGXP3 (1,14) no horizonte de 48 meses desalavancado pela estrutura de capital histórica da OGX e realavancado na estrutura

de capital projetada da OGX (100% de capital próprio);

3. Custo de capital de terceiros contemplando benefício fiscal [Kd*(1-T)];

4. Nesse caso como não há alavancagem financeira o custo da dívida não é relevante.

Custo Capital Próprio (Ke ): 10,4%

Taxa Livre de Risco + Risco de

MercadoBeta alavancado² Risco País+

Custo Capital Terceiros (Kd³): X%4

WACC¹: 10,4%

2,7% 5,5% 2,5%0,95

- 11 +

100,0% de Equity 0,0% de Dívida

Yield do US T-Bond 10 Anos – média de

Out/Nov/Dez 2013 (Fonte: Federal Reserve EUA)

USA Market RiskPremium – S&P 500

menos T.Bonds – média aritmética de 1928 - 2010

EMBIMédia últimos 3 meses

(Fonte: CESLA)

Beta médio da OGX no horizonte de 48 meses desalavancado pela

estrutura de capital histórica da OGX e realavancado pela estrutura de capital projetada da OGX (Fonte:

Economática)

(Taxa média Financiamento) x (1 - 34%)

x