Análise da Tendências Pedagógicas

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Análise das Tendências Pedagógicas Universidade/Faculdade: UEMG Curso: Pedagogia Pólo: Ubá Discentes: Marina Espósito e Paola Costa Simiquel Endereço dos Blogs: http://salinhadosaber.blogspot.com.br/; ensinaart.blogspot.com Tutor: Marcelo Mesquita

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Um estudo de tendências usadas nas práticas pedagógicas de educadores as vezes de forma explicita outras implicitamente.

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Análise das Tendências Pedagógicas Universidade/Faculdade: UEMG

Curso: Pedagogia

Pólo: Ubá

Discentes: Marina Espósito e Paola Costa Simiquel

Endereço dos Blogs: http://salinhadosaber.blogspot.com.br/;

ensinaart.blogspot.com

Tutor: Marcelo Mesquita

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A prática escolar foi determinada de acordo com os pressupostos

teórico-metodológicos vigentes na sociedade. Nela são aplicadas as

necessidades e interesses sociais, políticos e econômicos que atuam dentro do

contexto histórico. Cabe ao educador analisa-las e pensar o que eles querem

passar para o educando. As tendências pedagógicas foram classificadas e

subdivididas em Pedagogia Liberal: Tradicional, Renovada progressivista,

Renovada não-diretiva e Tecnicista; e Pedagogia Progressista: Libertadora,

Libertária, Crítico-social dos conteúdos.

A Pedagogia Liberal é uma doutrina empregada pelo sistema capitalista

que defende a ideia de liberdade e individualidade, a tendência liberal explica a

nova organização social de propriedade privada e a formação de classes

sociais.

A Tendência Liberal Tradicional se caracteriza pelo ensino humanístico,

de cultura universal, descontextualizado da realidade social do educando. É

função do educador incentivar o educando a atinge a sua realização pessoal

através de seu próprio esforço, sem se preocupar com as diferenças

individuais. O conhecimento é passado a partir dos conteúdos acumulados

historicamente, sem reconstrução ou questionamento. A aprendizagem se dá

de forma receptiva, automática, de assimilação passiva, o educador é o centro

do processo. É intuitivo, baseado na estimulação dos sentidos e na

observação. Por meio da memorização, da repetição e da exposição verbal, o

educador chega a um interrogatório, instigando o individualismo e a

competição.

A Tendência Liberal Renovada tem o papel de atender as diferenças

individuais, as necessidades e interesses do educando valorizando sua

experiência trazida para as escolas, estima-se os aspectos psicológicos e as

habilidades cognitivas para a adaptação do homem ao meio social. O

educando é, portanto, o centro e sujeito do conhecimento. Essa tendência

segue duas versões distintas: a Renovada Progressivista ou Pragmatista,

inspirada nos Pioneiros da Escola Nova, que emprega o método de Bacon:

observação, generalização e confirmação; e a Tendência Renovada não-

Diretiva, inspirada em Carl Rogers, que se volta para os objetivos de

autorrealização e relações interpessoais.

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A Tendência Liberal Tecnicista surge para suprir os interesses da

sociedade capitalista. Nela a educação é subordinada aos interesses da

sociedade, que preocupa apenas em produzir mão de obra em massa

qualificada para o mercado de trabalho. Não valoriza mais a capacidade metal

do educando. Nega os determinantes sociais, tendo como princípios a

racionalidade, a eficiência, a eficácia, a produtividade e a neutralidade científica

na prática educativa. O educando passa a ser um mero espectador submetido

a um processo de controle do comportamento, a fim de que os objetivos

previamente estabelecidos possam ser alcançados.

A pedagogia progressista tem-se manifestado em três tendências: a

libertadora, mais conhecida como pedagogia de Paulo Freire, a libertária, que

reúne os defensores da autogestão pedagógica; a crítico-social dos conteúdos

que, diferentemente das anteriores, acentua a primazia dos conteúdos no seu

confronto com as realidades sociais.

A Tendência Progressista Libertadora possui educadores engajados no

ensino escolar que vêm adotando pressupostos dessa pedagogia onde

educadores e educandos, mediatizados pela realidade que apreendem e da

qual extraem o conteúdo de aprendizagem, atingem um nível de consciência

dessa mesma realidade, a fim de nela atuarem, num sentido de transformação

social. Os conteúdos de ensino denominados "temas geradores", são extraídos

da problematização da prática de vida dos educandos. O importante não é a

transmissão de conteúdos específicos, mas despertar uma nova forma da

relação com a experiência vivida. Em nenhum momento Paulo Freire, deixa de

mencionar o caráter essencialmente político de sua pedagogia. Daí porque sua

atuação se dê mais em nível da educação extra-escolar.

Para ser um ato de conhecimento o processo de alfabetização de

adultos demanda, entre educadores e educandos, uma relação de autêntico

diálogo. Assim sendo, a forma de trabalho educativo é o "grupo de discussão”,

a quem cabe autogerir a aprendizagem, definindo o conteúdo e a dinâmica das

atividades. Dispensam-se um programa previamente estruturado, trabalhos

escritos, aulas expositivas, assim como qualquer tipo de verificação direta da

aprendizagem. A pedagogia libertadora tem como inspirador e divulgador Paulo

Freire, que tem aplicado suas idéias pessoalmente em diversos países. No

Brasil tem exercido uma influência expressiva nos movimentos populares e

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sindicatos. Embora as formulações teóricas de Paulo Freire se restrinjam à

educação de adultos ou à educação popular, em geral, muitos educadores vêm

aplicando-a em todos os graus de ensino formal.

A Tendência Progressista Libertária espera que a escola exerça uma

transformação na personalidade dos alunos num sentido libertário e

autogestionário. A escola instituirá, com base na participação grupal,

mecanismos institucionais de mudança (assembléias, conselhos, eleições,

reuniões, associações etc.), de tal forma que o aluno, uma vez atuando nas

instituições "externas", leve para lá tudo o que aprendeu. Aproveitando a

margem de liberdade do sistema - criar grupos de pessoas com princípios

educativos autogestionários (associações, grupos informais, escolas

autogestjonárias). Há, portanto, um sentido expressamente político, à medida

que se afirma o indivíduo como produto do social e que o desenvolvimento

individual somente se realiza no coletivo. As matérias são colocadas à

disposição do aluno, mas não são exigidas. Assim, os conteúdos propriamente

ditos são os que resultam de necessidades e interesses manifestos pelo grupo

e que não são necessárias nem indispensáveis as matérias de estudo. É na

vivência grupal, na forma de autogestão, que os alunos buscarão encontrar as

bases mais satisfatórias de sua própria “instituição”, graças à sua própria

iniciativa e sem qualquer forma de poder.

A pedagogia institucional visa em primeiro lugar, transformar a relação

professor-aluno, o professor é o orientador e os alunos são livres, pois a

pedagogia libertária recusa qualquer forma de poder ou autoridade. Entre os

estudiosos e divulgadores da tendência estão Mauricio Tragtemberg e Miguel

Gonzalez Arroyo.

A Tendência Progressista crítico-social dos Conteúdos caracteriza-se

pela difusão de conteúdos concretos. A própria escola pode contribuir para

eliminar a seletividade social e torná-la democrática. A função da pedagogia

dos conteúdos é dar um passo a frente no papel transformador da escola

garantindo a todos um ensino de qualidade. A atuação da escola consiste na

preparação do aluno para o mundo adulto e suas contradições, fornecendo lhe

um instrumental, por meio da aquisição de conteúdos e da socialização, para

uma participação organizada e ativa na democratização da sociedade. Os

métodos de uma pedagogia crítico social dos conteúdos se dão entre a teoria e

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a prática onde o educador é o mediador que busca satisfazer não apenas as

necessidades e carências; mas também despertar outras necessidades,

acelerar e disciplinar os métodos de estudo, exigir o esforço do aluno, propor

conteúdos e modelos compatíveis com suas experiências vividas, para que o

aluno se mobilize para uma participação ativa. Aprender, dentro da visão da

pedagogia dos conteúdos, é desenvolver a capacidade de processar

informações e lidar com os estímulos, do ambiente, organizando os dados

disponíveis da experiência.

BIBLIOGRAFIA:

LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da Escola Pública: a

pedagogia crítico-social dos conteúdos. Coleção Educar 1. Editora Loyola, 19ª

edição.