Análise da produtividade e susceptibilidade das principais...
-
Upload
phunghuong -
Category
Documents
-
view
214 -
download
0
Transcript of Análise da produtividade e susceptibilidade das principais...
Análise da produtividade e susceptibilidade das principais espécies de
pescado comercializadas no Ceará, Brasil.
Centro Desenvolvimento Pesca Sustentável- CeDePesca Brasil1
INTRODUÇÃO
O Brasil possui um extenso litoral com uma grande diversidade de ambientes e as
características das atividades pesqueiras estão diretamente ligadas a estes. A pesca é uma
atividade de reconhecida importância para o desenvolvimento econômico e social do País
(BRASIL, 2006).
O litoral nordestino em 2010 foi a segunda maior região produtora de pescado através
da pesca, com uma produção de 68.783,5 toneladas (BRASIL, 2012). A pesca que
predomina nesta região é a do tipo artesanal, que conta com cerca de 40 mil embarcações
de pequeno porte que estão voltadas para captura de peixes de fundo, pequenos e médios
pelágicos, camarões e lagostas (BRASIL, 2008).
O litoral do estado Ceará conta com 573 km de extensão de linha de costa, e os
pescados (moluscos, crustáceos, peixes e algas) são um dos principais produtos destes
ecossistemas (DIEGUES; ROSMAN 2008). No Estado existem 20 municípios litorâneos
que exploram invariavelmente a pesca extrativa (BRASIL, 2006). As comunidades do
litoral cearense são fortemente dependentes da pesca, sendo ela, na maioria das vezes, a
única fonte de renda das famílias.
Os produtos do mar são tambem populares na mesa cearense. Nos supermercados,
peixarias, mercados e restaurantes se vendem importantes quantidades de vermelhos,
cavalas, lagostas, badejos, pescadas e outros produtos da pesca cearense, ou seja, os
pescados são produtos bastante apreciados e consumidos no Ceará. Cabe saber se medidas
1 Juliana Cavalcante, Vládila Oliveira, Hudson Maia, Sara Andrade, Luzanira Colares, Kamar Porto, Lília Freire, Carlos Júnior, Ernesto Godelman. CeDePesca- Centro Desenvolvimento Pesca Sustentável.
sustentáveis são desenvolvidas para estas espécies, e se o consumo atual delas ajuda em
sua conservação.
A Análise de Produtividade e Susceptibilidade (APS) usada neste trabalho é um
método semi-quantitativo, ampliado e aperfeiçoado pela Comunidade científica e
industrial de pesquisa e organização (CSIRO) na Austrália, com base no método
desenvolvido por Stobutzki et al (2001) para avaliar a "probabilidade de sustentabilidade"
das espécies.
Este trabalho tem como objetivo descrever a APS em sua versão mais simples
apresentada mais amplamente por Hobday (2007) e demonstrar seu funcionamento e
aplicação nas principais espécies comercializadas no Ceará, são estas: Pargo (Lutjanus
purpureus), Cioba (Lutjanus analis), Ariacó (Lutijanus synagris), Dentão (Lutjanus
jocu), Guaiúba (Ocyurus chrysurus), Pescada amarela (Cynoscion acoupa), Pescada
branca (Cynoscion leiarchus), Badejo (Mycteroperca Spp.), Cavala (Scomberomorus
cavalla), Robalo (Centropomus undecimalis), Serra (Scomberomorus brasiliensis),
Sirigado ou Badejo-quadrado (Mycteroperca bonaci), Lagosta vermelha (Panulirus
argus), Caranguejo-uça (Ucides cordatus) e Albacora laje (Thunnus albacares). Bem
como mostrar alguns motivos evidentes de certas espécies possuírem um determinado
nível de risco potencial. Esse enfoque prático pode ser de utilidade dos administradores e
investigadores pesqueiros para melhor gestão dos recursos disponíveis e identificação de
medidas preventivas que ajudem a manejar os níveis de risco no qual estas espécies estão
expostas pela exploração pesqueira.
MATERIAIS E MÉTODOS
A APS se baseia na suposição de que o risco atual para uma espécie impactada
pela pesca depende dos componentes principais: de sua produtividade natural, que se
relaciona com a capacidade de recuperação da espécie; e de sua suscetibilidade a pesca,
que reflete quão exposta ela está as atividades pesqueiras (Stobutzki et al., 2001;
Stobutzki et al., 2002; Hobday et al., 2004; Hobday, 2007; Smith et al., 2007). Estes
componentes se relacionam com distintos atributos que dependem da biologia e ecologia
das espécies, no caso da produtividade e da probabilidade de mortalidade, que depende
das características da pescaria e da arte de pesca.
Na versão da APS utilizada nesse trabalho foram utilizados sete atributos: idade
média de primeira maturação, tamanho médio de primeira maturação, máxima idade
média, máximo tamanho médio, fecundidade, estratégia reprodutiva e nível trófico
(Hobday, 2007; Hobday et al, 2007). Para cada um destes atributos se tem intervalos
associados a níveis de produtividade diferentes como se apresenta na Tabela 1. Se o nível
de produtividade associado com o atributo é alto, a sua pontuação será 1 (baixo risco); se
for médio, 2 (risco médio); e se for baixo, 3 (alto risco). O nível de risco potencial
associado a produtividade de uma espécie particular é dado por:
Onde, Rp é o risco potencial associado a produtividade de uma espécie e PI representa o
pontuação de cada atributo de produtividade.
No caso da susceptibilidade, os atributos são quatro, atendendo a Walker (2005):
acessibilidade, que se refere a porção da distribuição horizontal da espécie que coincide
com as zonas em que se desenvolve a pescaria; vulnerabilidade, que se refere a
sobreposição vertical entra a posição habitual das artes de pesca e da espécie na coluna
d’água; seletividade da arte de pesca; e mortalidade pós-captura (Hobday, 2007; Smith
et al., 2007). Cada atributo recebe uma pontuação de 1, 2 ou 3, dependendo da associação
a uma susceptibilidade baixa (risco baixo), média (risco médio) ou alta (risco alto),
respectivamente, segundo os critérios que se mostram na Tabela 2. O nível de risco
associado da susceptibilidade de uma espécie particular está dado por:
Onde, Rs é o risco potencial associado a susceptibilidade de uma espécie e se representa
a pontuação de cada atributo de susceptibilidade.
Tabela 1. Atributos associados com a produtividade das espécies. (Hobday, 2007)
ATRIBUTOS DE
PRODUTIVIDADE
Baixa
Produtividade,
Alto Risco
(pontuação= 3)
Produtividade
Média,
Risco Médio
(pontuação=2)
Alta Produtividade,
Baixo Risco
(pontuação= 1)
Idade Média de
Primeira Maturação >15 anos 5-15 anos < 5 anos
Máxima idade média > 25 anos 10-25 anos < 10 anos
Fecundidade < 100 ovos por ano
100-20.000 ovos por
ano > 20.000 ovos por ano
Máximo tamanho
médio > 300 100-300 cm < 100 cm
Tamanho Médio de
Primeira Maturação > 200 cm 40-200 cm < 40 cm
Estratégia
Reprodutiva Vivíparo Desova demersal Desova em águas abertas
Nível Trófico > 3.25 2.75- 3.25 < 2.75
Tabela 2. Atribuição de pontuações de susceptibilidade no caso das espécies.
ANÁLISE DE RISCO
ASSOCIADO COM A
SUSCEPTIBILIDADE
Baixa susceptibilidade
(Baixo risco,
pontuação=1)
Susceptibilidade média
(Risco médio,
pontuação=2)
Alta susceptibilidade
(Alto risco,
pontuação=3)
Acessibilidade 1.
Sobreposição da
distribuição da espécie
com a pescaria
<10% sobreposição
horizontal (espacial)
10-30% sobreposição
horizontal (espacial)
>30% sobreposição
horizontal (espacial)
Vulnerabilidade
<10% sobreposição
vertical (na coluna de
água)
10-30% sobreposição
vertical (na coluna de
água)
>30% sobreposição
vertical (na coluna de
água)
Seletividade
Probabilidade de
captura baixa
Probabilidade de captura
média
Probabilidade de
captura alta
Mortalidade pós-captura
das CI
Evidência de liberação e
sobrevivência
Informação disponível
sobre liberação e
sobrevivência
As espécies são retidas,
ou a maioria morre
quando é liberada
O risco total que a espécie enfrenta é dado por:
Que pode ser representado graficamente em um plano coordenado, onde a produtividade
estar no eixo das abscissas e a susceptibilidade no eixo das coordenadas (Hobday, 2007;
Hobday et al., 2007). Ao mesmo tempo, este “espaço de risco” pode se dividir em três
regiões que correspondem a níveis de risco baixo, médio ou alto (Hobday et al., 2004,
Hobday, 2007; Hobday et al., 2007; Smith et al., 2007) (Figura 1).
Figura 1. Eixo de susceptibilidade e produtividade (Hobday, 2007; Hobday et al.,
2007)
As espécies estudadas no presente trabalho foram escolhidas por serem consideradas as
mais importantes na comercialização de pescado no Estado do Ceará.
Para coletar dados correspondentes dos atributos de produtividade e
susceptibilidade de cada espécie se realizou um estudo bibliográfico. Quando não foram
encontrados dados relativos a alguma espécie particular, de acordo ao que prescreve o
método, se utilizarão dados de espécies similares dentro da mesma família. Se isto
também não fosse possível, se assumiu um risco alto (pontuação= 3) de maneira
preventiva.
As pontuações para cada atributo foram carregados em uma planilha do software
Excel 2010, programada com as fórmulas expostas acima para calculas os componentes
de produtividade, suscetibilidade e o risco total para mostrar no espaço de risco.
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
(<-
Lo
w)
Su
sc
ep
tib
ilit
y (
Hig
h -
>)
(<-High Productivity (Low->)
PSA Graph
Este trabalho tem característica introdutória, em alguns dados das espécies há uma
incerteza por causa da escassez de dados disponíveis, que faz parte da metodologia
desenvolvida pelos autores.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
A seguir, apresentamos as pontuações para cada atributo e discutiremos os que
usaram critérios especiais.
Albacora laje (Thunnus albacores)
Os atributos analisados para esta espécie, a pontuação atribuída em cada caso e o resultado
da análise são apresentados abaixo, na Figura 2.
Figura2. Análise de produtividade e susceptibilidade da Albacora laje (Thunnus
albacores).
Segundo Lima e Travassos (2009), o tamanho de primeira maturação sexual é de
140 cm (risco médio), sua idade média reprodutiva começa aos 2 anos e possui uma
estratégia reprodutiva em águas abertas, ou seja, baixo risco para ambas. O tamanho e
idade máximos médios encontrados para Albacora laje foi de 239 cm (risco médio) e 9
anos (baixo risco), respectivamente (Froese; Pauly 2008).
Não se encontram trabalhos relacionados diretamente ligados com a fecundidade
dessa espécie. Para obter uma estimação, usamos como base o trabalho de Figueiredo
(2007), que em seu estudo sobre a Albacora bandolim (Thunnus obesus) verificou uma
fecundidade de 3.971.328,13 ovócitos para esta espécie. O que garante a pontuação 1, ou
seja, baixo risco. O nível trófico segundo o Fishbase, baseado em estudos de dietas, é
4.4, o que lhe atribui um alto risco.
Se considerou que a Acessibilidade das pescarias de atum nas áreas de ocorrência
da especie é alta, dado que numerosas frotas no mundo inteiro capturam esta espécie, o
que lhe atribui um alto risco. Em quanto a Vulnerabilidade, as artes pelágicas tem uma
superposição maior do 30% com a ocupação da coluna d´água pela espécie, então o risco
é alto (3). A respeito da Seletividade, se considerou que as artes de anzol utilizadas
apresentam um risco médio (2) e a mortalidade pós-captura é alta devido ser a espécie
alvo de pescarias (3).
O risco total foi de 2, 89, o que caracteriza um risco médio. A Albacora laje é a
espécie de Atum mais capturada no Brasil e a tendência e se incrementar essa pescaria
que é de grande importância econômica e também ecológica no mundo todo (Lima;
Travassos, 2009). No Oceano Atlântico, os atuns são manejados pela organização
intergovernamental ICCAT (Comissão Internacional para a Conservação do Atum do
Atlântico) . No Brasil, ainda nao existe um plano de manejo e pesquisa para essa espécie,
em concordância com sua relevância.
Ariacó (Lutjanus synagris)
Os atributos analisados para esta espécie, a pontuação atribuída em cada caso e o
resultado da análise são apresentados abaixo, na Figura 3.
Figura 3. Análise de produtividade e susceptibilidade do Ariacó (Lutjanus synagris).
Estudos realizados mostram que o Lutjanus synagris atinge uma idade média
máxima entre 12 e 14 anos e 56 cm de comprimento (ASCHENBRENNER; 2009), e
idade de primeira maturação entre os três primeiros anos de vida com um tamanho médio
que varia entre 13 e 23 cm de comprimento, dependendo da região a qual ele habita
(PASSOS NETO, 2010).
Com relação à sua fecundidade, um indivíduo produz em média 306.815 óvulos/Kg
de peixe, os quais são depositados de forma livre no habitat, estratégia reprodutiva
conhecida como “desova demersal” (PASSOS NETO, 2010).
Segundo a FAO (1985), o Ariacó alimenta-se preferencialmente de pequenos
peixes, caranguejos, camarões, poliquetas, gastrópodes e cefalópodes, apresentando-se
como consumidores de terceira ordem.
Esta espécie é encontrada, geralmente, próximo à costa em meio à coluna d’água,
tornando-lhe bastante acessível e vulnerável à captura, a arte de pesca mais utilizada é a
linha de mão e os espinhéis, segundo o relatório do programa REVIZEE (KLIPPEL;
PERES, 2002).
A partir dessas características podemos concluir que o Lutjanus synagris apresenta
baixo risco quando é levado em consideração a idade média de primeira maturidade, o
tamanho máximo médio e o tamanho de primeira maturação, porém, com relação à idade
média máxima e a estratégia reprodutiva, atribuímos nota dois, que representa nível de
risco médio, e o nível trófico, apresenta alto risco para a espécie, sendo atribuída nota
três.
Avaliando a captura da espécie, observamos que a Acessibilidade é muito grande,
dada sua caraterística costeira e o grande interesse na mesma. A Vulnerabilidade é alta
devido ao conhecimento pelos pescadores sobre as costumes da espécie. Considerando os
cumprimentos pequenos que se observam na comercialização, pode estimar-se a
Seletividade como muito baixa. O Ariacó apresentou risco total alto.
Badejo mira (Mycteroperca acutirostris)
Os atributos analisados para esta espécie, a pontuação atribuída em cada caso e o
resultado da análise são apresentados abaixo, na Figura 4.
Figura 4. Análise de produtividade e susceptibilidade do Badejo mira (Mycteroperca
acutirostris).
O Badejo mira é uma espécie marinha que vive associada aos ambientes recifais
Encontrada no Atlântico ocidental, de Bermudas e noroeste do Golfo do México até o
Brasil, segundo o Fishbase, 2015. Há uma grande escassez de dados e pesquisas
relacionados com essa espécie. O seu tamanho médio de primeira maturação é de 23 cm,
conferindo-lhe um baixo risco (BRASIL, 2005).
Os dados de idade máxima média, fecundidade, tamanho médio de primeira
maturidade e estratégia reprodutiva não foram encontrados e foram deduzidos através das
outras informações e do conhecimento geral da espécie, sempre seguindo o critério
preventivo. Segundo o Fishbase (2015), o tamanho máximo médio encontrado é de 80
cm (baixo risco) e o nível trófico é de 3.4, ou seja, alto risco.
Pelas caraterísticas da pescaria similar a dos vermelhos, a Suceptibilidade é alta,
e o risco total encontrado para o Badejo-mira foi de 3,53, o que lhe coloca em uma
categoria de alto risco.
Caranguejo uçá (Ucides Cordatus)
Os atributos analisados para esta espécie, a pontuação atribuída em cada caso, e o
resultado da análise são apresentados na Figura 5.
Figura 5. Análise de produtividade e susceptibilidade do Caranguejo uca (Ucides
cordatus).
A espécie distribui-se desde o Estado da Flórida, nos Estados Unidos da América,
até o Estado de Santa Catarina no Brasil
A idade média em que a população de cada sexo atinge a maturidade sexual só
ocorre a partir dos 3 anos de vida, quando a carapaça atinge cerca de 5 centímetros de
largura (COSTA, 1972; GESTEIRA, 1999) , o que corresponde a categoria de risco baixo
(menor que 5 anos). Decidiu-se ampliar o tamanho mínimo de captura para 6 centímetros
devido à reduzida taxa de crescimento da espécie.
Os estudos indicaram que os uçás atingem no máximo 9 centímetros de carapaça
e que sua longevidade chega aos 9,2 anos para os machos e 8,3 anos para as fêmeas
(COSTA, 1972; GESTEIRA, 1999), se enquadrando na categoria de risco baixo, com
pontuação 1 (intervalo de 10 a 25 anos).
Quanto aos tamanhos, não foram avaliados com o critério que os invertebrados,
independentemente da sua produtividade, só muito raramente superam o intervalo de
risco baixo e, portanto, esses atributos não fornecem nenhuma informação válida.
Estima-se que no estuário do Rio Ceará a fecundidade do caranguejo uçá varia
entre 64 mil e 195 mil ovos (ALVES,1975; GESTEIRA, 1999). De acordo com Costa
(1972) uma fêmea pode produzir até 183.936 ovos em uma única desova, quanto maior a
fêmea ovígera, maior o número de ovos (LEGAT et al., 2007). Classificando como baixo
risco.
Para a estratégia reprodutiva Holthuis (1959) sugeriu que a eclosão das larvas do
caranguejo uçá ocorre no mar. Nascimento (1993), entretanto, afirma que este fenômeno
deve ocorrer na região do mangue onde a fêmea mantém sua toca, pois constatou-se a
presença de fêmeas ovígeras entocadas e também larvas zoea na coluna d’água.
Quanto a Suscetibilidade, ainda quando a superposição entre a distribução da população
e a atividade pesqueira no Brasil é muito alta, ou seja, alta Acessibilidade, e a coleta no
mangue faz com que essa espécie tenha uma Vulnerabilidade muito alta também. O
modo de captura é o braceamento, no qual os coletores colocam o braço dentro da toca
do caranguejo e os retiram, que gera uma Seletividade alta (risco baixo), atingido em
total uma pontuação de baixo risco.
Cavala (Scomberomorus cavalla)
Os atributos analisados para esta espécie, a pontuação atribuída em cada caso, e o
resultado da análise são apresentados na Figura 6.
Figura 6. Análise de produtividade e susceptibilidade da Cavala (Scomberomorus
cavalla).
Collette e Russo (1984) relatam que a S. cavala é uma espécie nerítica, epipelágica
que ocorre na costa ocidental do Oceano Atlântico, de Massaachusetts, EUA, ao Rio de
Janeiro, Brasil.
Segundo a FishBase (2010), a S. cavala apresenta tamanho máximo médio de 184
cm e tamanho médio da primeira maturidade de 50 cm, apresentando risco médio para
ambos os fatores.
A idade média da primeira maturidade é de 2 a 3 anos para os machos e de 3 a 4
anos para as fêmeas e a idade máxima média é de 32 anos para as fêmeas e 26 para os
machos (IUCN, 2011) o que caracteriza um risco baixo para o primeiro fator e um risco
alto para o segundo.
A fecundidade varia entre 69.000 a 12.207.000 (FINUCANE et al., 1986)
correspondendo a um risco baixo.
Sendo a cavala uma espécie costeira, foi considerado que a Acessibilidade e a
Vulnerabilidade são altas. Não se encontram estudos sobre a seletividade, mas é sabido
que os pescadores utilizam linha de mão, constituída de fio PA monofilamento com um
anzol de médio porte, de numeração 3 ou 4 e eles pescam nas épocas de agregação
reprodutiva dos animais (SALLES, 2010) o que nos leva a conceder um nível 3,
correspondendo a um alto risco.
O risco total para esta espécie é de 3,61, encontrando-se numa região de alto risco.
Cioba (Lutjanus analis)
Os atributos analisados para esta espécie, a pontuação atribuída em cada caso, e o
resultado da análise são apresentados na Figura 7.
Figura 7. Análise de produtividade e susceptibilidade da Cioba (Lutjanus analis).
Para a espécie Lutjanus analis não foram encontrados dados referentes a idade
média de primeira maturação, devido a isso caracterizamos seu risco como sendo alto.
Segundo Allen (1985) o tamanho médio de primeira maturação de Lutjanus analis
é de 41 cm, sendo assim caracterizado como risco médio.
A idade máxima média encontrada para a espécie é de 29 anos, correspondendo
a um nível de risco alto, e seu comprimento máximo médio de 94 cm classificando em
risco baixo.
Com relação a estratégia reprodutiva não foram encontrados informações
científicas referente a cioba, por isso determinou-se que, por ser um Lutjanideo, esta
espécie seria ovulípara, ou seja, com fecundação e desenvolvimento embrionário
externos, com desova demersal, que corresponde um risco médio. O mesmo ocorreu para
a fecundidade e por isto consideramos o mesmo do Lutjanus pupureus, sendo então nível
médio de risco.
Devido a alta pressão do esforço de pesca nas espécies de Lutjanideos,
considerou-se um alto risco para acessibilidade, vulnerabilidade, seletividade e
mortalidade pós-captura. O risco total foi considerado alto.
Dentão (Lutjanus jocu)
Os atributos analisados para esta espécie, a pontuação atribuída em cada caso, e o
resultado da análise são apresentados na Figura 8.
Figura 8. Análise de produtividade e susceptibilidade do Dentão (Lutjanus jocu).
Estudos realizados mostram que o Lutjanus jocu atinge uma idade média máxima
de 25 anos e 85 cm de comprimento, e idade de primeira maturação entre os quatro
primeiros anos de vida com um tamanho médio de 32 cm de comprimento (LESSA;
NOBREGA, 2000).
Não ocorrem estudos nos quais foram observados a quantidade de óvulos, e o risco
foi considerado médio, sendo baixo para outros lutjanideos com fecundidade conhecida.
As ovas são depositadas de forma livre no habitat, estratégia reprodutiva conhecida como
“desova demersal”, considerada como risco médio.
Assim como as outras espécies da família nos Lutjanideos, esta também é
encontrada próximo à costa em meio à coluna d’água, tornando-lhe bastante acessível e
vulnerável à captura, a arte de pesca mais utilizada também é a linha de mão, os espinhéis
e a rede, porém devido á quantidade colocada no mar, causa um esforço importante nessa
espécie. (FERREIRA., et al)
A partir dessas características podemos concluir que o Lutjanus jocu apresenta
baixo risco quando é levada em consideração a idade média de primeira maturidade, e o
tamanho de primeira maturação, porém, com relação à idade média máxima, fecundidade,
tamanho máximo médio e a estratégia reprodutiva, atribuímos nota 2, que representa nível
de risco médio, e o nível trófico, apresenta alto risco para a espécie.
Avaliando a captura da espécie, observamos que o grande interesse na mesma e a
forma como esses indivíduos são capturados, o Dentão apresentou alto risco em todas as
variáveis observadas. O risco total é alto.
Guaiúba (Ocyurus chrysurus)
Os atributos analisados para esta espécie, a pontuação atribuída em cada caso, e o
resultado da análise são apresentados na Figura 9.
Figura 9. Análise de produtividade e susceptibilidade do Guaiúba (Ocyurus
chrysurus).
A Guaiúba, Ocyurus chrysurus, é um lutjanídeo distribuído na costa oeste do
Atlântico, desde a Carolina do Norte até o sudeste do Brasil, encontrando-se em maior
abundância nas Bahamas, sul da Flórida e no Caribe. Forma grandes cardumes geralmente
sobre substratos duros em profundidades entre 10 e 100 metros (ARAÚJO, et al., 2002).
Sobre a sua estratégia reprodutiva, a Guaiúba é um peixe que desova em águas
abertas e apresentam um período restrito de reprodução, sendo na época do verão
(GRIMES, 1987). Segundo MARTINEZ et al., (2010), o tamanho de primeira maturação
das fêmeas dessa espécie é de 20,3 cm aproximadamente, enquanto que o tamanho dos
machos eram de 18,4 cm.
SOLETCHNIK et al., (1989) estudaram a desova de O. chrysurus em cativeiro, e
observaram uma fecundidade de aproximadamente 67.000 ovos.
Igual que para os outros vermelhos, de caraterísticas costeiras, se considera a
Acessibilidade e a Vulnerabilidade altas. Não há trabalhos sobre a seletividade da pesca
da Guaiúba, visto que ela não é uma espécie alvo, porém as artes de pesca que a capturam
não possuem seletividade para o tamanho, como é o caso da pesca de caico, que é um tipo
de pesca com anzol, e como também é o caso da pesca de curral.
O risco total para a espécie também foi considerado alto.
Lagosta (Panulirus argus)
Os atributos analisados para esta espécie, a pontuação atribuída em cada caso, e o
resultado da análise são apresentados na Figura 10.
Figura 10. Análise de produtividade e susceptibilidade da Lagosta (Panulirus
argus).
A Lagosta vermelha leva em média 4 anos para atingir a maturidade sexual
(FONTELES-FILHO; XIMENES; MONTEIRO, 1988), o que atribiu a ela uma
pontuação 1 ou baixo risco. A idade medida máxima pra essa espécie é cerca de 37 anos,
(IVO, 1996). A espécie possui uma fecundidade média de 294.175 ovos (SQUIRES;
RIVEROS, 1978), sendo o risco para esse atributo baixo (1).
Segundo Campos (1995), essa espécie pode atingir até 45 cm de comprimento
total (risco médio). O tamanho médio de primeira maturação da Lagosta é de 20 cm de
comprimento total. Embora não considerarmos o tamanho para avaliar o risco dos
invertebrados. Seu nível trófico é 4, conferindo um alto risco (FONTELES-FILHO,
1979). O tipo de estratégia reprodutiva da Panulirus argus é desova aberta (risco baixo)
(BRASIL, 2006).
Considerando os altos niveis de exploração da lagosta ao longo do litoral
brasileiro, considera-se sua Acessibilidade alta. A Vulnerabilidade, a superposição na
coluna de água com as artes de pesca, é tambem muito alta. E, considerando as
informações disponíveis sobre a pesca de lagosta miúda, podemos dizer que a
Seletividade para essa espécie é muito baixa. Todos esses fatores constituem riscos altos.
O risco total para esta espécie foi de 3,46, o que lhe coloca em uma categoria de alto risco.
Pargo (Lutjanus purpureus)
Os atributos analisados para esta espécie, a pontuação atribuída em cada caso, e o
resultado da análise são apresentados na Figura 11.
Figura 11. Análise de produtividade e susceptibilidade do Pargo (Lutjanus
purpureus).
Segundo Brasil (2006), o tamanho médio de maturação de Pargo (Lutjanus
purpureus), é 43,5 cm que corresponde a idade de aproximadamente 6,1 anos e
caracteriza um risco médio. O tamanho total máximo teórico é 92,9 cm, portanto um
risco baixo.
Com relação a estratégia reprodutiva o Pargo é uma espécie ovulípara, ou seja,
com fecundação e desenvolvimento embrionário externos e de desova demersal, que
corresponde um risco médio. Já para sua fecundidade, por haver uma produção de
130.000 ovos, seu risco foi classificado como baixo.
Devido a alta pressão do esforço de pesca nas espécies de Lutjanideos,
considerou-se um alto risco para acessibilidade, vulnerabilidade, seletividade e
mortalidade pós captura. O risco total para a espécie é alto
Pescada amarela (Cynoscion acoupa)
Os atributos analisados para esta espécie, a pontuação atribuída em cada caso, e o
resultado da análise são apresentados na Figura 12.
Figura 12. Análise de produtividade e susceptibilidade da Pescada amarela
(Cynoscion acoupa).
É encontrada no Atlântico Ocidental, do Panamá a Argentina (Fishbase, 2015). A
espécie possui ciclo de vida por volta de 12 anos, o que corresponde a um risco médio
(entre 10 e 25 anos).
O comprimento infinito estimado pelo modelo de crescimento de von Bertalanffy e
a partir de frequências de comprimento total variou entre 159 e 161 cm para uma taxa de
crescimento de entre 0,15 e 0,19 ano-1 (SOUZA et al., 2003). Atingindo a maturidade
sexual entre 2 e 3 anos de idade, encaixando em um risco baixo.
Indivíduos de 177 cm de comprimento total já foram registrados em amostragens
biológicas do projeto REVIZEE. Assim fazendo parte do risco médio. A espécie possui
um comprimento médio de primeira maturação sexual entre 39 e 41 cm. Nesse caso
admitimos o maior risco, no caso o médio.
Pela distribuição de indivíduos com gônadas maduras e desovadas, pode se afirmar
que esta espécie desova de forma contínua, durante o ano todo, como é comum nos
membros da família Sciaenidae (LOWE-MCCONELL, 1966). Sendo a fecundidade
média maior que 20 mil ovos por ano, e o risco baixo, foi assumida uma desova demersal
com risco médio. Cynoscion acoupa alimenta-se basicamente de peixes e também de
crustáceos, principalmente, camarões da família Penaeidae (SANIO, 1998); seu nivel
trófico é alto, e também seu risco.
Como para as outras pescarias demersais, consideramos os riscos associados com a
Acessibilidade, Vulnerabilidade e Seletividade como altos. Nas espécies alvo, a
Mortalidade pós-captura é sempre alta. O risco total para esta espécie é alto.
Pescada branca (Cynoscion leiarchus)
Os atributos analisados para esta espécie, a pontuação atribuída em cada caso, e o
resultado da análise são apresentados na Figura 13.
Figura 13. Análise de produtividade e susceptibilidade da Pescada branca
(Cynoscion leiarchus).
O único dado encontrado foi o tamanho máximo médio, os indivíduos podem alcançar
até 60 cm de comprimento total (MENEZES; FIGUEIREDO, 1980), assim sendo baixo
risco (menor do que 100 cm).
Nenhum trabalho referente a idade média de primeira maturação foi encontrado, mas
considerando que é um peixe que cresce e se reproduz rapidamente, como é comum nos
membros da família Sciaenidae, é adequado marcar 1 para este atributo, caracterizando
baixo risco.
Quanto a idade média máxima não foram encontrados estudos, portanto admite-se o
3, risco máximo.
Em relação ao comprimento de primeira maturidade admitimos risco 1 devido ao
comprimento máximo, sendo lógico para a especie alcancar a maturidade com menos de
40 cm.
Estratégia reprodutiva, por ser da mesma família Sciaenidae supomos que são peixes
de desova demersal.
Como para as outras pescarias demersais, consideramos os riscos associados com a
Acessibilidade, Vulnerabilidade e Seletividade como altos. Nas espécies alvo, a
Mortalidade pós-captura é sempre alta. E o risco total para a espécie também é alto.
Robalo flecha (Centropomus undecimalis)
Os atributos analisados para esta espécie, a pontuação atribuída em cada caso, e o
resultado da análise são apresentados na Figura 14.
Figura 14. Análise de produtividade e susceptibilidade do Robalo (Centropomus
undecimalis).
C.undecimalis é encontrado no Atlântico Ocidental: sul da Flórida (EUA), costa
do sudeste do Golfo do México, na América Central e do Sul que se estende para o sul do
Rio de Janeiro, Brasil. Também Carolina do Norte e Texas, EUA. (Fishbase, 2015)
Segundo Patrona (1984), o Robalo atinge sua maturação com cerca de 5 anos
(risco médio). Possui um nível trófico 4, ou seja, baixo risco (CERQUEIRA; TSUZUKI,
2009). Verificou que essa espécie possui uma idade máxima média de 29,3 anos (risco
alto) e um comprimento máximo de 140 cm (risco médio) e um tamanho médio de
primeira maturação de 42 cm (baixo médio)(FISHBASE, 2015). Possui desova demersal
como sua estratégia reprodutiva (risco médio) (CERQUEIRA; BALDISSEROTTO;
GOMES, 2005).
Pelas suas caraterísticas costeiras e seu alto interesse comercial, para todas as
variáveis de susceptibilidade avaliadas, essa espécie obteve um risco alto. Sua pontuação
de risco total foi de 3,69, um alto risco.
Serra (Scomberomorus brasiliensis)
Os atributos analisados para esta espécie, a pontuação atribuída em cada caso, e o
resultado da análise são apresentados na Figura 15.
Figura 15. Análise de produtividade e susceptibilidade do Serra (Scomberomonus
brasiliensis).
É encontrado no Atlântico Ocidental, ao longo das costas de Caribe e Atlântico e
América do Sul e Central, de Belize até Rio Grande do Sul, Brasil (Fishbase, 2015).
S. brasiliensis possui uma idade média de primeira maturação de 3,7 anos, baixo
risco (ALCÂNTARA-FILHO, 1977), é uma espécie vive cerca de 40 anos, conferindo
um alto risco e um comprimento máximo de 161,54 cm (risco médio) (XIMENES, 1981).
Possui uma fecundidade de cerca 14.000 ovos por desova (risco médio) (BARBIERI;
BARBIERI, 1988).
O comprimento médio de primeira maturidade é de 48,6 cm (risco médio)
(ALCÂNTARA-FILHO, 1977). Sua estratégia reprodutiva é em água abertas (risco
baixo) (MOTA ALVES; TOMÉ, 1968), com um nível trófico 4 (alto risco) (MENEZES,
1970).
É uma espécie costeira de grande interesse econômico, portanto, os riscos da
Acessibilidade, Vulnerabilidade e Seletividade foram consideradas altas. Como trata-se
de uma espécie alvo, a Mortalidade pós-captura sempre será alta. O risco total para
Scomberomorus brasiliensis, foi de 3,61 caracterizando um risco alto.
Sirigado ou Badejo quadrado (Mycteroperca bonaci)
Os atributos analisados para esta espécie, a pontuação atribuída em cada caso, e o
resultado da análise são apresentados na Figura 16.
Figura 16. Análise de produtividade e susceptibilidade do Sirigado (Mycteroperca
bonaci).
É encontrado no Atlântico Ocidental, Bermuda e Massachusetts até o sul do
Brasil, incluindo o sul do Golfo do México e Caribe (Fishbase, 2015).
De acordo com a IUCN, Mycteroperca bonaci é um peixe hermafrodita
protândrico e a idade média de primeira maturação é de 5,2 anos para as fêmeas e de 15,5
anos para os machos, levando a um alto risco (FERREIRA, 2008).
O tamanho médio da primeira maturidade é de 82,6 cm para as fêmeas e 103,3 cm
para os machos (FISHBASE, 2015), caracterizando um risco médio.
O tamanho máximo médio para esta espécie é de 150 cm (FISHBASE, 2015),
caracterizando um risco médio.
A M. bonaci se alimenta principalmente de peixes (IUCN, 2008), caracterizando
um nível trófico de alto risco.
Como em outras espécies demersais costeiras, os critérios de Acessibilidade e
Vulnerabilidade são considerados altos, bem como para espécies alvo a Mortalidade pós-
captura sempre será alta.
Os pescadores utilizam linha de mão e compressor para a captura dos animais e
devido as características dos animais, foi decidido que a Seletividade apresenta um alto
risco. Portanto, seu risco total será alto.
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
A análise mostra um cenário de alto risco para a maioria das espécies
comercializadas no Estado de Ceará e no Brasil todo. Essa situação requer alguma classe
de intervenção para mitigar esses riscos, gerando uma maior probabilidade de
sustentabilidade para essas pescarias.
Em uma primera aproximação, pode se observar que simplesmente conseguindo
a informação faltante (destacada em amarelo nas tabelas) nao se resolve a situação dos
riscos altos. Portanto é preciso operar sobre os fatores de Susceptibilidade.
Entre estes, o risco relacionado com a Acessibilidade poderia ser reduzida criando
zonas e temporadas sem pesca, especialmente no período reprodutivo e nas zonas de
recrutamento e crecimento. Não vemos a possibilidade de reduzir a Vulnerabilidade, mas
sim é possivel melhorar a Seletividade, evitando a captura de exemplares pequenos que
não tiveram oportunidade de se reproduzir ainda, atualmente predominantes. Sendo
comercializadas todas as espécies analisadas, a Mortalidade Pós-Captura vai ser sempre
cento por cento.
Com a Seletividade melhorada, a cenária muda substancialmente para uma
predominância de riscos médios (Figura 17):
Figura 17. Cenário de riscos melhorando a Seletividade, evitando a captura de
exemplares nao maturos sexualmente (circulo roxo)
E agora sim, se consegue informação faltante sobre Fecundidade para a Cioba e
o Robalo, os riscos podem se uniformizar em riscos médios e baixos (Figura 18), com
maior probabilidade de atingir produtos marinhos sustentáveis.
SCIENTIFIC_NAME Nombre comun
EP
M EM F LM
LP
M ER NT Rr A V S
MP
C Rq Co
lor
on
PS
A p
lot
Puntaje
PSA
Categoria de
Riesgo
Lutjanus purpureus Pargo 2 3 1 1 2 2 3 2,00 3 3 2 3 2,33 3,07 Med
Lutjanus analis Cioba 3 3 2 1 2 2 3 2,29 3 3 2 3 2,33 3,26 High
Lutijanus synagris Ariacó 1 2 1 1 1 2 3 1,57 3 3 2 3 2,33 2,81 Med
Lutjanus jocu Dentão 1 2 2 2 1 2 3 1,86 3 3 2 3 2,33 2,98 Med
Ocyurus chrysurus Guaiúba 2 2 1 1 1 1 2 1,43 3 3 2 3 2,33 2,73 Med
Cynoscion acoupa Pescada amarela 1 3 1 2 2 2 3 2,00 3 3 2 3 2,33 3,07 Med
Cynoscion leiarchus Pescada branca 1 3 2 1 1 2 3 1,86 3 3 2 3 2,33 2,98 Med
Mycteroperca Spp. Badejo 2 2 2 1 1 2 3 1,86 3 3 2 3 2,33 2,98 Med
Scomberomorus cavalla Cavala 2 2 1 2 2 1 3 1,86 3 3 2 3 2,33 2,98 Med
Centropomus undecimalis Robalo 2 3 2 2 1 2 4 2,29 3 3 2 3 2,33 3,26 High
Scomberomorus brasiliensis Serra 1 3 2 2 2 1 3 2,00 3 3 2 3 2,33 3,07 Med
Mycteroperca bonaci Sirigado (Badejo quadrado) 3 3 1 2 2 1 3 2,14 3 3 2 3 2,33 3,16 Med
Panullirus argus Lagosta 1 3 1 1 3 1,80 3 3 2 3 2,33 2,94 Med
Ucides cordatus Caranguejo 1 2 1 2 3 1,80 3 3 1 3 1,65 2,44 Low
Thunnus albacores Atum 1 1 2 2 2 1 3 1,71 3 3 2 3 2,33 2,89 Med
PSA scores (automatic)Susceptibility Scores [1 3]Productivity Scores [1 3]Species
Figura 18. Cenario de riscos depois de determinar a Fecundidade do Cioba e o
Robalo (ovalos roxa)
Como recomendações, podemos enumerar as seguintes:
1) Determinar áreas e temporadas críticas para a reprodução e o crescimento das
espécies comercializadas para definir defesos adaptativos.
2) Orientar estudos tecnológicos para amelhorar a seletividade das artes de pesca e
estabelecer regulamentações que minimizem a captura de exemplares não
maduros.
3) Orientar pesquisas para obter mais informações biológicas, especialmente sobre
Fecundidade, para a Cioba, o Dentão, a Pescada branca, os Badejos e os
Robalos.
4) Fornecer aos circuitos comerciais informação sobre os tamanhos que devem ser
evitados para reduzir os riscos das espécies comercializadas (Ver Anexo I)
5) Propor as grandes cadeias atacadistas e varejistas adotar uma política de
fornecimentos sustentáveis, requerindo aos fornecedores se envolver com as
melhoras aqui sugeridas como condição para continuar comprando seus
produtos.
6) Desenvolver campanhas educativas nas escolas e na mídia sobre os riscos e as
formas de ajudar a resolver esses riscos desde o consumo.
SCIENTIFIC_NAME Nombre comun
EP
M EM F LM
LP
M ER NT Rr A V S
MP
C Rq Co
lor
on
PS
A p
lot
Puntaje
PSA
Categoria de
Riesgo
Lutjanus purpureus Pargo 2 3 1 1 2 2 3 2,00 3 3 2 3 2,33 3,07 Med
Lutjanus analis Cioba 3 3 1 1 2 2 3 2,14 3 3 2 3 2,33 3,16 Med
Lutijanus synagris Ariacó 1 2 1 1 1 2 3 1,57 3 3 2 3 2,33 2,81 Med
Lutjanus jocu Dentão 1 2 2 2 1 2 3 1,86 3 3 2 3 2,33 2,98 Med
Ocyurus chrysurus Guaiúba 2 2 1 1 1 1 2 1,43 3 3 2 3 2,33 2,73 Med
Cynoscion acoupa Pescada amarela 1 3 1 2 2 2 3 2,00 3 3 2 3 2,33 3,07 Med
Cynoscion leiarchus Pescada branca 1 3 2 1 1 2 3 1,86 3 3 2 3 2,33 2,98 Med
Mycteroperca Spp. Badejo 2 2 2 1 1 2 3 1,86 3 3 2 3 2,33 2,98 Med
Scomberomorus cavalla Cavala 2 2 1 2 2 1 3 1,86 3 3 2 3 2,33 2,98 Med
Centropomus undecimalis Robalo 2 3 1 2 1 2 4 2,14 3 3 2 3 2,33 3,16 Med
Scomberomorus brasiliensis Serra 1 3 2 2 2 1 3 2,00 3 3 2 3 2,33 3,07 Med
Mycteroperca bonaci Sirigado (Badejo quadrado) 3 3 1 2 2 1 3 2,14 3 3 2 3 2,33 3,16 Med
Panullirus argus Lagosta 1 3 1 1 3 1,80 3 3 2 3 2,33 2,94 Med
Ucides cordatus Caranguejo 1 2 1 2 3 1,80 3 3 1 3 1,65 2,44 Low
Thunnus albacores Atum 1 1 2 2 2 1 3 1,71 3 3 2 3 2,33 2,89 Med
PSA scores (automatic)Susceptibility Scores [1 3]Productivity Scores [1 3]Species
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALCÂNTARA-FILHO, P. Sobre a reprodução e fecundidade do serra, Scomberomorus
maculatus (Mitchill), no Estado do Ceará. Arq. Ciên. Mar, Fortaleza, 12 (2). P. 117-
122, 1977.
ALLEN, G.R. FAO Species Catalogue. Vol. 6. Snappers of the world. An annotated and
illustrated catalogue of lutjanid species known to date. FAO Fish. Synop. 125(6):208 p.
Rome: FAO, 1985.
ALVES, M. I. M. Sobre a reprodução do caranguejo uçá, Ucides cordatus (Linnaeus),
em mangues do Estado do Ceará (Brasil). Arq. Ciên. Mar, v. 15, n. 2, 1975. p. 85 – 91.
ARAÚJO, J. N.; MARTINS, A. S.; COSTA, K. G. 2002. Idades e crescimento da
Guaiuba, Ocyurus chrysurus, da costa central do Brasil. Revista Brasileira de
Oceanografia, v. 50, p. 47-57.
ASCHENBRENNER, A. C. Idade, crescimento e mortalidade do Ariocó Lutjanus
synagris (Linnaeus, 1758) capturados pela frota artesanal no Banco de Ilhéus, BA.
UESC, 2009.
BARBIERI, G; BARBIERI, M. C. Curva de maturação, tamanho de primeira maturação
gonadal e fecundidade de Astyanax bimaculatus e Astyanax fasciatus,da represa do
Lobo, Estado de S. Paulo (Osteichthyes, Characidae). Revista Ceres, 35 (197). p.64-77,
1988.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente (MMA). Instrução Normativa MMA n° 53, de
22 de novembro de 2005. Brasília, 5p.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Programa REVIZEE: Avaliação do Potencial
Sustentável de Recursos Vivos na Zona Econômica Exclusiva. MMA - REVIZEE
Brasília. 5p, 2006.
BRASIL. Secretaria Especial de Pesca e Aquicultura da Presidência da República
(SEAP), Fundação de Amparo à Pesquisa de Recursos Vivos na Zona Econômica
Exclusiva (PROZEE) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (IBAMA). Monitoramento da atividade pesqueira no litoral do Brasil. 2006.
Brasília, 327 p.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Programa REVIZEE: síntese sobre
distribuição, abundância, potencial pesqueiro e biologia lagosta-vermelha Panulirus
argus (Latreille) e a lagosta-verde Panulirus laevicauda (Latreille)do nordeste do
Brasil, p.6, 2006.
BRASIL. Secretaria Especial de Pesca e Aquicultura da Presidência da República
(SEAP), Fundação de Amparo à Pesquisa de Recursos Vivos na Zona Econômica
Exclusiva (PROZEE) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (IBAMA). Monitoramento da atividade pesqueira no litoral nordestino-
PROJETO ESTATPESCA. 2008. Tamandaré, 385 p.
BRASIL. Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA). Boletim Estatístico da Pesca e
Aquicultura. 2012. Brasília, 129 p.
CAMPOS, A. A. Crustáceos decápodos do Nordeste brasileiro – Lista sistemática e guia
de identificação das espécies de interesse comercial. Dissertação (Mestrado em
Engenharia de Pesca e Recursos Pesqueiros). Universidade Federal do Ceará,Fortaleza,
p.173, 1995.
CERQUEIRA, V.R.; BALDISSEROTTO, B.; GOMES, L.C. Cultivo de robalo-peva,
Centropomus parallelus. In: Espécies nativas para piscicultura no Brasil. Santa Maria:
Ed. da UFSM. p.403-431, 2005.
CERQUEIRA, V.R.; TSUZUKI, M.Y.A review of spawning induction, larviculture,
and juvenile rearing of the fat snook, Centropomus parallelus. Fish PhysiolBiochem,
Amsterdam, v.35, p.17-28, 2009.
COLLETTE, B. B.; RUSSO, J. L. 1984. Morphology, systematics and biology of the
Spanish mackerels (Scomberomorus, Scombridae). Fish. Bull., U.S. 82:545-692.
CORRÊA, I. C. T; GESTEIRA, T. C. V. "Sinopse das observações sobre a bioecologia
e pesca do caranguejo-uçá, Ucides cordatus cordatus (Linnaeus, 1763), capturado em
estuários de sua área de ocorrência no Brasil." Boletim Técnico científico. CEPENE 7
(1999): 9-51.
COSTA, F.E.S.; BRAGA, F.M.S.; AMORIM, A.F.; ARFELLI, C.A. 2005. Fishery
biology of the yellowfin tuna, Thunnus albacares, in southern Brasil. Col. Vol. Sci. Pap.
ICCAT, 58(1): 309-349
COSTA, R. S. .Biologia do caranguejo-uçá, Ucides cordatus (Linnaeus, 1763)
(Crustácea – Decápado), do nordeste brasileiro. Bola Soc. Cear. Agron., 20, 1979, 1-74.
FERREIRA, B.P. Mycteroperca bonaci. 2008. The IUCN Red List of Threatened
Species. Version 2014.3. Disponível em: <www.iucnredlist.org> Acesso em: 17 de
Maio de 2015.
FIGUEIREDO, M.B. Biologia Reprodutiva da Albacora bandolim Thunnus obesus
(Lowe, 1839) no Oceano Atlântico Oeste Tropical.
FINUCANE, J. H. Reproductive biology of king mackerel, Scomberomorus cavalla,
from the southeastern United States. Fishery Bulletin: v. 84, n. 4, p. 841-850, Abr. 1986.
FISHBASE, World Wide Web electronic publication. Disponível em <
http://www.fishbase.org/summary/9386 > Acesso em 15 de maio de 2015.
FISHBASE. World Wide Web electronic publication. Disponível em:<
www.fishbase.org/Summary/SpeciesSummary.php?ID=120&AT=cavala>. Acesso em:
17 de Maio de 2015.
FISHBASE. World Wide Web electronic publication. Disponível em:<
www.fishbase.org/summary/speciessummary.php?id=345>. Acesso em: 17 de Maio de
2015.
FISHBASE. World Wide Web electronic publication. Disponível em:<
http://www.fishbase.org/summary/1209>. Acesso em: 17 de Maio de 2015.
FISHBASE, World Wide Web electronic publication. Disponível em <
http://www.fishbase.org/summary/345> Acesso em 19 de maio de 2015.
FISHBASE, World Wide Web electronic publication. Disponível em <
http://www.fishbase.org/summary/119> Acesso em 19 de maio de 2015.
FISHBASE, World Wide Web electronic publication. Disponível em <
http://www.fishbase.org/summary/1209> Acesso em 19 de maio de 2015.
FISHBASE, World Wide Web electronic publication. Disponível em <
http://www.fishbase.org/summary/1169> Acesso em 19 de maio de 2015.
FONTELES-FILHO, A.A.; Biologia pesqueira e dinâmica populacional da Lagosta
Panulirus laevicauda (Latreille), no Nordeste setentrional do Brasil. Arq. Ciên. Mar,
Fortaleza, 19 (1/2), p. 1-43,1979.
FONTELES FILHO, A.A.; XIMENES, M.O.C.; MONTEIRO, P.H.M. Sinopse de
informações sobre as lagostas Panulirus argus e Panulirus laevicauda (Latreille), no
Nordeste do Brasil. Arq. Ciên. Mar, Fortaleza, 27: 1-19.1988
FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS
(FAO). FAO Species Catalogue. Snappers of the World: an annotated and illustrated
catalogue of lutjanids species known to date. Rome: FAO, 1985, 208 p. Volume 6.
FROESE, R. e PAULY D. (Editors). 2008. [Online] Recordes de comprimento, peso e
idade. Homepage: www.fishbase.org
GRIMES, C.B. 1987. Reproductive biology of the lutjanidae: a review. Pages 239-294
in J.J. Polovina and S. Ralston (eds.) Tropical Snappers and Groupers: Biology and
Fisheries Management. Westview Press., Boulder, Colorado USA.
HOBDAY, A.J., A. SMITH, y I. STOBUTZKI. Ecological risk assessment for
Australian Commonwealth fisheries, final report. Report R01/0934 to the Australian
Fisheries Management Authority, Canberra, Australia. 2004. 72 p.
HOBDAY, A.J. Including a risk-based component in the MSC certifi cation process: a
solution for data-defi cient and smallscale fi shery assessments. Guidance document for
the Marine Stewardship Council, London, June 2007. 58 p.
HOBDAY, A.J., A. SMITH, H. WEBB, R. DALEY, S. WAYTE, C. BULMAN, J.
DOWDNEY, A. WILLIAMS, M. SPORCIC, J. DAMBACHER, M. FULLER y T.
HOLTHUIS, B. L. The crustacea decapoda of Suriname (Dutch Guiana). Zool.
Vernham, v. 44, p. 1-296, 1979.
IVO, C.T.C. Biologia, pesca e dinâmica populacional das lagostas Panulirus argus e
Panulirus laevicauda (Laterille) (Crustacea; Palinuridae), capturados ao longo da
plataforma continental do Brasil, entre os Estados do Amapá e Espírito Santo.Tese de
Doutorado apresentado ao programa de Pós-graduação em Ecologia e Recursos Naturais
da Universidade Federal de São Carlos,São Carlos. P. 279, 1996.
IUCN. IUCN Red List of Threatened Species. Disponível em:<
http://www.iucnredlist.org/details/170339/0> Acesso em: 17 de Maio de 2015.
KLIPPEL, S.; PERES, M. B. Resultados da avaliação de estoques das dez principais
espécies na pesca de linha de mão da costa central do Brasil. Relatório de Atividades.
Rel. Téc., Programa REVIZEE, Rio Grande, 2002.
LEGAT, J. F. A; LEGAT, A. P; PEREIRA, A. L. M; GOES, J. M; GOES, L. C. F;
ROUTLEDGE, E. A. B. Biologia, ecologia e pesca do caranguejo uca Teresina:
Embrapa Meio- Norte; Brasilia, DF; MAPA. Secretaria Especial de Aquicultura e
Pesca, 2007.
LESSA, R.; NÓBREGA, M. F. Guia de Identificação de peixes marinhos da região
Nordeste. Relatório de atividades, Programa REVIZEE, 2000.
LIMAS, M. A e TRAVASSOS, P. REVISÃO DA BIOLOGIA E PESCA DA
ALBACORA LAJE Thunnus albacares (Bonnaterre, 1788) NO OCEANO
ATLÂNTICO. Universidade Federal Rural de Pernambuco, 2009.
LOWE-McCONELL, R. H. The fishcs of the British Guiana continental shelf or
Atlantic coast of South America, with notes on their natural history. J. LÍnn. Soc., Zoo!
1966. 44(301):669-700.
MENEZES, M. F. Alimentação da serra, Scomberomorus maculatus (Mitchill), em
águas costeiras do estado do Ceará. Arq. Est.Biol. Mar. Univ. Fed. Ceará. 9 (1), p.15-
20, 1970.
MENEZES, N.A.; l.L. FIGUEIREDO. Manual de Peixes Marinhos do Sudeste do
Brasil. IV. Teleostei (3). São Paulo, Museu de Zoologia, Univ. São Paulo, 1980. 96p.
MOTA ALVES, M.I.; TOMÉ, G.S. Observações sobre o desenvolvimento maturativo
das gônadas da serra, Scomberomorus maculatus (Mitchill, 1815). Arq. Est. Biol. Mar.
Univ. Fed. Ceará, 8(1), p.25-30, 1968.
NASCIMENTO, S. A. Biologia do caranguejo-uçá (Ucides cordatus). Aracaju:
ADEMA, 1993, 48 p.
PASSOS NETO, O. P. Avaliação da desova induzida hormonalmente e qualidade dos
ovos de Ariacó Lutjanus synagris (Linnaeus, 1758). Universidade Federal do
Ceará, 2010.
PATRONA, L.D. Contribution à labiologiedu “robalo” Centropomus parallelus (Pisces
Centropomidae) dusud-estdu Brésil: possibilite saquacoles. Institut National
Polythecnique de Toulouse, Tese de Doutorado. 175 p, 1984.
SALES, R.; OSÓRIO, F. M.; MAÍRA, B. Correição: fenômeno de agregação
reprodutiva da cavala, Scomberomorus cavala (CUVIER, 1829), no nordeste do Brasil.
Bol. Téc. Cient. CEPENE, Tamandaré - PE - v. 18, n. 1, p. 87-90, 2010.
SANYO, T. M. Draft Report for the Fishery Resources study of the Amazon ahd
Tocantins Rivers Mouth Áreas in the Federative Republic of Brazil, 1998. 334 p.
STOBUTZKI, I., M. MILLER y D. BREWER. Sustainability of fishery bycatch: a
process for assessing highly diverse and numerous bycatch. Environmental
Conservation. 28:167-181. 2001.
STOBUTZKI, I.C., M.J. MILLER, D.S. HEALES y D.T. BREWER. Sustainability of
elasmobranchs caught as bycatch in a tropical prawn (shrimp) trawl fishery. Fishery
Bulletin 100:800-821. 2002.
SMITH, A.D.M., E.J. FULTON, A.J. HOBDAY, D.C. SMITH, y P. SHOULDER.
Scientific tools to support the practical implementation of ecosystem-based fisheries
management. ICES Journal of Marine Science 64:633-639. 2007.
SOLETCHNIK, P., M. SUSQUET, E. THOUARD, AND J.P. MESDOUZE.1989.
Spawning of the yellowtail snapper (Ocyurus chtysurus Bloch 1791) In captivity.
Aquaculture 77:287-289.
SOUZA, R.; IKEDA, R.; FONSECA, A.; SOUZA, L.; BRITO, C.; FRÉDOU, F. L.;
LIMA, P. R.; CASTRO. A. C. L. & DOURADO, E. Dinâmica populacional da serra
Scomberomorus brasiliensis da costa Norte do Brasil. Relatório de atividades. Programa
REVIZEE, 2003.
SQUIRES, H. J.; RIVEROS, G. Fishery biology of spiny lobsters Panulirus argus of
the Guajira Peninsula of Colombian South America 1969-1970. Proc. NatlShelfish.Ass.
v.68, p. 63-74. 1978
TREJO-MARTÍNEZ, J.; THIERRY BRULÉ; SANCHEZ-CRESPO, M. "Reproduction
in Yellowtail Snapper Ocyurus chrysurus B. 1790, from the Campeche Bank,
Southeastern Gulf of Mexico."2010.
WALKER, T. Chapter 13: Management Measures. Management Technicques for
Elasmobranch fisheries. Ed. J.A. Musick, R. Bonfi l. FAO. Fisheries Technical Paper
474. 2005. 261 p.
WALKER. Ecological risk assessment for the effects of fishing: methodology. Report
R04/1072 for the Australian Fisheries Management Authority, Canberra. 2007. 174 p.
XIMENES, M.O.C. Idade e crescimento da serra, Scomberomorus brasiliensis, no
Estado do Ceará. Arq. Ciên. Mar, Fortaleza, 21(1/2). p. 47-54, 1981
Anexo I
Tamanhos mínimos aceitos pela cadeia de comercialização
SCIENTIFIC_NAME Nome comum
Tamanho mínimo
(cm) Observacões
Lutjanus purpureus Pargo 44
Lutjanus analis Cioba 41
Lutijanus synagris Ariacó 23
Lutjanus jocu Dentão 32
Ocyurus chrysurus Guaiúba 21
Cynoscion acoupa Pescada amarela 41
Cynoscion leiarchus Pescada branca 30 + Pesquisa
Mycteroperca Spp. Badejo 23
Scomberomorus cavalla Cavala 50
Centropomus undecimalis Robalo 50
Scomberomorus brasiliensis Serra 49
Mycteroperca bonaci Sirigado (Badejo quadrado) 100
Panullirus argus Lagosta vermelha 13-20,5 Cauda-Total
Panulirus laevicauda Lagosta verde 11-17,5 Cauda-Total
Ucides cordatus Caranguejo 6 Carapaça
Thunnus albacores Atum 140
As células marcadas em amarelo precisam de mais pesquisa para determinar um
tamanho mínimo seguro.