Analise combinatoria
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INSTITUO FEDERAL DO PARANÁ
NICOLAS CARDOSO MACHADO
PESQUISA: Análise Combinatória
Paranaguá- PR
2014
Sumário
1 PRINCIPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM .................................................... 3
1.1 PRINCIPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM NO COTIDIANO .................. 3
2 FATORIAL ............................................................................................................ 3
2.1 APLICAÇÕES ................................................................................................ 3
3 PERMUTAÇÕES .................................................................................................. 4
3.1 APLICAÇÕES DE PERMUTAÇÕES .............................................................. 4
4 ARRANJOS .......................................................................................................... 5
4.1 NÚMERO DE ARRANJOS SIMPLES ............................................................ 5
4.2 APLICAÇÕES DE ARRANJOS SIMPLES ..................................................... 5
5 COMBINAÇÕES ................................................................................................... 6
5.1 NÚMERO DE COMBINAÇÕES SIMPLES ..................................................... 6
5.2 APLICAÇÕES DE COMBINAÇÕES SIMPLES .............................................. 6
6 BINÔMIO DE NEWTON ....................................................................................... 7
6.1 TERMO GERAL DO BINÔMIO DE NEWTON ............................................... 8
6.2 APLICAÇÃO DO BINÔMIO DE NEWTON ..................................................... 8
7 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 8
3
1 PRINCIPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM
Se eventos 𝐴1, 𝐴2, 𝐴3, …, 𝐴𝑛 puderem ocorrer de, respectivamente, 𝑎1, 𝑎2, 𝑎3, …, 𝑎𝑛
maneiras e se 𝐴1, 𝐴2, 𝐴3, …, 𝐴𝑛 forem todos eventos independentes entre si, então a
quantidade de maneiras distintas em que os 𝑛 eventos ocorrem simultaneamente, isto
é, ao mesmo tempo, é dada pelo produto 𝑎1 ∙ 𝑎2 ∙ 𝑎3 ∙ … ∙ 𝑎𝑛.
1.1 PRINCIPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM NO COTIDIANO
Exemplo 1:
Ao lançarmos uma moeda e um dado temos as seguintes possibilidades:
Moeda: cara ou coroa (duas possibilidades)
Dado: 1, 2, 3, 4, 5, 6 (seis possibilidades)
Observando o ocorrido, vemos que o evento tem duas etapas com 2 possibilidades
em uma e 6 em outra, totalizando 2 ∙ 6 = 12 possibilidades.
Exemplo 2:
Quantos números de 3 algarismos podemos escrever com os algarismos 2, 4 e 6? E
de algarismos distintos?
Podemos escrever 3 ∙ 3 ∙ 3 = 27 números de 3 algarismos.
Três algarismos distintos: 3 ∙ 2 ∙ 1 = 6 números de 3 algarismos distintos.
2 FATORIAL
O fatorial de um número natural 𝑛 é representado por 𝑛! (lemos: “ n fatorial”) e definido
por:
1) 𝑛! = 𝑛 ∙ (𝑛 − 1) ∙ (𝑛 − 2) ∙ … ∙ 2 ∙ 1, para 𝑛 ≥ 2
2) 1! = 1
3) 0! = 1
2.1 APLICAÇÕES
4
Os fatoriais são importantes em análise combinatória. Por exemplo, existem 𝑛!
caminhos diferentes de arranjar 𝑛 objetos distintos numa sequência. (Os arranjos são
chamados permutações) E o número de opções que podem ser escolhidos é dado
pelo coeficiente binomial.
(𝑛
𝑘) =
𝑛!
𝑘! (𝑛 − 𝑘)!
Os fatoriais também aparecem em cálculo. Por exemplo, no teorema de Taylor, que
expressa a função 𝑓(𝑥) como uma série de série de potências em 𝑥. A razão principal
é que o 𝑛 derivativo de 𝑥𝑛 é 𝑛!. Os fatoriais também são usados extensamente na
teoria da probabilidade.
Os fatoriais são também frequentemente utilizados como exemplos simplificados de
recursividade, em ciência da computação, porque satisfazem as seguintes relações
recursivas: (se 𝑛 ≥ 1):
𝑛! = 𝑛(𝑘 − 1)!
3 PERMUTAÇÕES
Permutações simples são definidas como maneiras de organizarmos 𝑛 objetos
distintos em uma fila. O número total de permutações simples é denotado 𝑃𝑛 e é
verificada a igualdade 𝑃𝑛 = 𝑛!.
3.1 APLICAÇÕES DE PERMUTAÇÕES
Exemplo 1:
De quantas maneiras diferentes podemos organizar um número com 4 algarismos
(sem repeti-los) utilizando os algarismos 6, 7, 8, 9?
Veja que há 4 possibilidades para dispor os números e 4 números para organizar.
Com isso, podemos afirmar que estamos utilizando todos os elementos disponíveis.
De tal modo que teremos 4 possibilidades para o primeiro algarismo do número, 3
possibilidades para o segundo algarismo, 2 possibilidades para o terceiro e 1
possibilidade para o quarto.
5
Ao multiplicarmos estas possibilidades, obtemos a seguinte expressão:
4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1 = 4! (Este resultado nos dará a quantidade de possibilidades que temos
para formar um número com 4 algarismos utilizando os números 6, 7, 8, 9)
Exemplo 2:
Determine o número de anagramas formados a partir da palavra ESCOLA.
Note que não temos nenhuma letra repetida, afinal, na permutação todos os
elementos do conjunto devem ser distintos.
Com isso, o conjunto a ser permutado é o seguinte: {E,S,C,O,L,A}. 6 elementos que
devem ser permutados entre si.
𝑃𝑛 = 𝑛! → 𝑃6 = 6! = 6 ∙ 5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1 = 720 possibilidades
4 ARRANJOS
Dado um conjunto com 𝑛 elementos, chama-se arranjo simples dos 𝑛 elementos,
tomados 𝑝 a 𝑝, qualquer agrupamento ordenado (sequência) de 𝑝 elementos distintos,
escolhidos entre os 𝑛 possíveis.
4.1 NÚMERO DE ARRANJOS SIMPLES
𝐴𝑛,𝑝 =𝑛!
(𝑛 − 𝑝)!
4.2 APLICAÇÕES DE ARRANJOS SIMPLES
Exemplo 1:
Em um colégio, dez alunos candidataram-se para ocupar os cargos de presidente e
vice-presidente do grêmio estudantil. De quantas maneiras distintas a escolha poderá
ser feita?
6
Temos dez alunos disputando duas vagas, portanto, dez elementos tomados dois a
dois.
𝐴𝑛,𝑝 =𝑛!
(𝑛 − 𝑝)!→ 𝐴10,2 =
10!
(10 − 2)!→ 𝐴10,2 =
10 ∙ 9 ∙ 8!
8!→ 𝐴10,2 = 10 ∙ 9 = 90
Exemplo 2
Otávio, João, Mário, Luís, Pedro, Roberto e Fábio estão apostando corrida. Quantos
são os agrupamentos possíveis para os três primeiros colocados?
Obviamente, como em qualquer corrida, a ordem de chegada é um fator diferenciador
dos agrupamentos. Como temos 7 corredores e queremos saber o número de
possibilidades de chegada até a terceira posição, devemos calcular 𝐴7,3:
𝐴7,3 =7!
(7 − 3)!→ 𝐴7,3 =
7!
4!→ 𝐴7,3 =
7 ∙ 6 ∙ 5 ∙ 4!
4!→ 𝐴7,3 = 7 ∙ 6 ∙ 5 = 210
5 COMBINAÇÕES
Dado um conjunto de 𝑛 elementos , chama-se combinação simples dos 𝑛 elementos,
tomados 𝑝 a 𝑝, qualquer agrupamento não ordenado (subconjunto) de 𝑝 elementos
escolhidos entre os 𝑛 possíveis.
5.1 NÚMERO DE COMBINAÇÕES SIMPLES
𝑐𝑛,𝑝 =𝑛!
𝑝! ∙ (𝑛 − 𝑝)!
5.2 APLICAÇÕES DE COMBINAÇÕES SIMPLES
Exemplo 1:
Lucas vai realizar uma viagem e quer escolher quatro entre nove camisetas. De
quantos modos distintos ele pode escolher as camisetas?
7
Temos nove camisetas tomadas quatro a quatro.
𝑐𝑛,𝑝 =𝑛!
𝑝! ∙ (𝑛 − 𝑝)!→ 𝑐9,4 =
9!
4! ∙ (9 − 4)!→ 𝑐9,4 =
9!
4! ∙ 5!→ 𝑐9,4 =
3024
24= 126
Exemplo 2:
As 14 crianças de uma família serão separadas em grupos de 5, para que elas
arrecadem prendas para a quermesse da fazenda onde vivem. De quantas maneiras
as crianças poderão ser agrupadas?
Identificamos neste exemplo um caso de combinação simples, pois a ordem das
crianças é irrelevante, não causando distinção entre os agrupamentos com elementos
distintos. Vamos calcular 𝐶14,5.
𝑐14,5 =14!
5! ∙ (14 − 5)!→ 𝑐14,5 =
14!
4! ∙ 9!→ 𝑐14,5 = 2002
6 BINÔMIO DE NEWTON
Binômio de Newton foi definido pelo físico e matemático Isaac Newton, esse estudo
veio para complementar o estudo de produto notável.
Produto notável diz que um binômio elevado ao quadrado é igual ao quadrado do
primeiro monômio mais duas vezes o primeiro, vezes o segundo monômio mais o
quadrado do segundo monômio.
(𝑎 + 𝑏)2 = 𝑎2 + 2𝑎𝑏 + 𝑏2
Essa forma só é válida se o binômio for elevado ao quadrado (potência 2), se ele
estiver elevado à potência 3, devemos fazer o seguinte:
(𝑎 + 𝑏)3 é o mesmo que (𝑎 + 𝑏)2 . (𝑎 + 𝑏), como sabemos que
(𝑎 + 𝑏)2 = 𝑎2 + 2𝑎𝑏 + 𝑏2 ,basta substituirmos:
(𝑎 + 𝑏)3 =
(𝑎 + 𝑏)2 . (𝑎 + 𝑏) =
(𝑎2 + 2𝑎𝑏 + 𝑏2) . (𝑎 + 𝑏) =
8
𝑎 3 + 3𝑎2𝑏 + 3𝑎𝑏2 + 𝑏3
E se for elevado à quarta, à quinta, à sexta potência, devemos utilizar sempre o
binômio elevado à potência anterior para resolver.
O binômio de Newton veio pra facilitar esses cálculos, pois com ele calculamos a
enésima potência de um binômio.
(𝑥 + 𝑦)𝑛 = (𝑛
0) ∙ 𝑥𝑛 ∙ 𝑦0 + (
𝑛
1) ∙ 𝑥𝑛−1 ∙ 𝑦1 + ⋯ + (
𝑛
𝑛 − 1) ∙ 𝑥1 ∙ 𝑦𝑛−1 + (
𝑛
𝑛) ∙ 𝑥0 ∙ 𝑦𝑛
(𝑥 + 𝑦)𝑛 = ∑ (𝑛
𝑘)
𝑛
𝑘=0
∙ 𝑥𝑛−𝑘 ∙ 𝑦𝑘
6.1 TERMO GERAL DO BINÔMIO DE NEWTON
𝑇𝑘+1 = (𝑛
𝑘) ∙ 𝑥𝑛−𝑘 ∙ 𝑦𝑘
com 0 ≤ 𝑘 ≤ 𝑛
6.2 APLICAÇÃO DO BINÔMIO DE NEWTON
O binómio de Newton pode ser usado para derivar diversas expressões
matemáticas, através da escolha adequada de 𝑥 e 𝑦.
7 REFERÊNCIAS
<pt.wikipedia.org>
<www.brasilescola.com>
<www.somatematica.com.br>
<clubes.obmep.org.br>
<www.matematicadidatica.com.br>
<www.alunosonline.com.br>
9
CONEXÕES COM A MATEMÁTICA vol.2, Barroso Juliane Matsubara, Editora
Saraiva.