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Página 1 XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia e Rural Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento Julho, 2006 – Livro de Resumos ANAIS DO XLIV CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL “Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento” Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Universidade Federal do Ceará Universidade de Fortaleza Banco do Nordeste Embrapa Agroindústria Tropical Fortaleza, Julho de 2006

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ANAIS DO XLIV CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL

“Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento”

Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia RuralUniversidade Federal do CearáUniversidade de FortalezaBanco do NordesteEmbrapa Agroindústria Tropical

Fortaleza, Julho de 2006

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Margareth de Figueirêdo Nogueira Mesquita – Bibliotecária/UFC

C74c

Congresso Brasileiro de Economia e Sociologia Rural (44: 2006: Fortaleza,Ce)

Anais do 44º Congresso Brasileiro de Economia e Sociologia Rural /Editado

por Joaquim Bento de Souza Ferreira Filho, Maria Irles de Oliveira Mayorga e

Francisco Casimiro Filho.- Fortaleza: SOBER/BNB, 2006.

000p. 21 cm.

ISBN - 859857101-6

1.Questões agrárias. 2.Educação e desenvolvimento. 3. Economia rural. 4. Sociologia rural. 5. Agricultura familiar. 6. Agronegócio. I. Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural. II. Universidade Federal do Ceará, Departamento de Economia Agrícola. III. Banco do Nordeste do Brasil. IV. Universidade de Fortaleza V. Embrapa Agroindústria Tropical. VI. Ferreira Filho, J. B. S. VII. Casimiro Filho, F. VIII. Mayorga, M. I. O. Título.

CDD – 338.1

XLIV Congresso da SOBER

A SOBER é uma sociedade civil sem fi ns lucrativos que congrega profi ssionais com interesse em economia e sociologia rural, hoje com mais de 600 sócios ativos e sede em Brasília. O Congresso da SOBER está em sua 44° edição e esse ano será real-izado pela terceira vez na ensolarada Fortaleza-CE.

Os Congressos da SOBER reúnem professores, pesquisadores, alunos de pós-grad-uação e agentes econômicos com interesse no desenvolvimento social e econômico do Brasil rural. Neles, são apresentados os trabalhos técnicos e científi cos mais re-centes e relevantes referentes aos temas do Congresso.

Além da elevada quantidade de trabalhos apresentados, destaca-se a qualidade e nível técnico dos trabalhos da SOBER, os quais são resultados das pesquisas dos técnicos brasileiros e estrangeiros. É comum a presença de pesquisadores e profes-sores de outros países, principalmente Portugal e América Latina. Assim, a SOBER é uma instituição vitoriosa em sua missão de congregar os profi ssionais com interesse no desenvolvimento do Brasil rural.

A Comissão Organizadora do Congresso é constituída pelos seguintes membros:

Comissão Nacional (Atuais)PresidenteElísio Contini - MAPA/Embrapa - DF

Vice-PresidentesAntônio Salazar P. Brandão - UERJ Sérgio Schneider - UFRGSMaria Odete Alves - BNBFlávio Borges Botelho Filho - UnBMarco Antonio Montoya - UPF

Diretor ExecutivoJoaquim Bento de Souza Ferreira Filho - USP

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Comitê Organizador Local Maria Irles de Oliveira Mayorga - UFC (Coordenadora)Francisco Casimiro Filho - UFC (Coordenador Científi co)Maria Odete Alves - BNBMargarida Lima - BNBAhmad Saeed Khan - UFCRuben Dario Mayorga - UFCSuely Salgueiro Chacon - UNIFORAdriano Albuquerque - EMBRAPA/Agricultura TropicalLydia Ma. Fernandes Pessoa - Secret. de Agri. e Pecuária - SEAGRIPaulo Roberto Fontes Barquete - INCRA/CE

GRUPOS DE PESQUISA

Grupos de Pesquisa e seus Coordenadores

1 - Comercialização, Mercados e Preços AgrícolasGeraldo Sant’Ana de Camargo Barros

2 - Administração Rural e Gestão do AgronegócioRicardo Pereira Reis

3 - Comércio InternacionalViviani Silva Lírio

4 - Sistemas Agroalimentares e Cadeias AgroindustriaisPery Francisco Assis Shikida

5 - Políticas Setoriais e MacroeconômicasRogério Edivaldo de Freitas

6 - Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento SustentávelFlávio Borges Botelho Filho

7 - Agricultura FamiliarSérgio Schneider

8 - Mercado de Trabalho AgrícolaLauro Francisco Mattei

9 - Instituições e Organizações na AgriculturaCarlos Eduardo de Freitas Vian

10 - Reforma Agrária e Outras Políticas de Redução da PobrezaSonia Maria P. Pereira Bergamasco

11 - Desenvolvimento Territorial e RuralidadeAmilcar Baiardi

12 - Ciência, Inovação Tecnológica e PesquisaAntonio Flávio Dias Ávila

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XLIV CONGRESSO DA SOBER – FORTALEZACOMISSÃO DE AVALIAÇÃO DOS PRÊMIOS SOBER

COORDENADOR GERALMarcelo José BragaProfessor AdjuntoBolsista do CNPqUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de Economia Rural

XLIV CONGRESSO DA SOBER – FORTALEZACOMISSÃO DE AVALIAÇÃO DO PRÊMIO SOBER – MELHOR DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM SOCIOLOGIA RURAL.

COORDENADOR:Josefa Salete Barbosa Cavalcanti (Coordenadora da Comissão)Universidade Federal de Pernambuco, Centro de Filosofi a e Ciências Humanas, Departamento de Ciências Sociais.

Edgard AlencarUniversidade Federal de Lavras, Departamento de Administração e Economia. DAE/UFLA

Deis Elucy SiqueiraBolsista de Produtividade Em Pesquisa do CNPq - Nível 1CUniversidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Sociologia.

Amilcar BaiardiBolsista de Produtividade Em Pesquisa do CNPq - Nível 1DUniversidade Federal da Bahia.

XLIV CONGRESSO DA SOBER – FORTALEZACOMISSÃO DE AVALIAÇÃO DO PRÊMIO SCHUH – MELHOR

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM ECONOMIA RURAL

COORDENADOR:Decio Zylbersztajn Bolsista de Produtividade Em Pesquisa do CNPq - Nível 1DUniversidade de São Paulo, Faculdade de Economia Administração e Contabilidade, Departamento de Administração.

Alfredo Kingo Oyama HommaBolsista de Produtividade Em Pesquisa do CNPq - Nível 2Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Centro de Pesquisa Agrofl orestal da Amazônia Oriental.

Tales Wanderley VitalUniversidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Letras e Ciências Humanas, Curso de Mestrado Em Administração Rural e Comunicação Rural.

Moises de Andrade Resende FilhoProfessor AdjuntoUniversidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Economia, Departamento de Análise Econômica.

XLIV CONGRESSO DA SOBER – FORTALEZACOMISSÃO DE AVALIAÇÃO DO PRÊMIO JOSÉ GOMES

DA SILVA – MELHOR TESE DE DOUTORADO NA ÁREA DE SOCIOLOGIA RURAL

COORDENADOR: Flávio Sacco dos AnjosBolsista de Produtividade Em Pesquisa do CNPq - Nível 2Universidade Federal de Pelotas, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Departamento de Ciências Sociais Agrárias.

Aldenor Gomes da Silva Bolsista de Produtividade Em Pesquisa do CNPq - Nível 2Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências Humanas Letras e Artes, Departamento de Ciências Sociais.

Jose Norberto MunizUniversidade Federal de Viçosa, Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Economia Rural.

Dalva Maria da MotaEmpresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Centro de Pesquisa Agrofl orestal da Amazônia Oriental, Cpatu.

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POTSCH – MELHOR TESE DEDOUTORADO EM ECONOMIA RURAL

COORDENADOR: Celso Leonardo Weydmann Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico, Departamento de Ciências Econômicas.

Ahmad Saeed KhanBolsista de Produtividade Em Pesquisa do CNPq - Nível 1AUniversidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Economia Agrícola.

Marco Antonio Montoya RodriguesUniversidade de Passo Fundo, Faculdade de Economia e Administração, Centro Regional de Economia e Administração.

Heloisa Lee BurnquistUniversidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Departamento de Economia Administração e Sociologia.

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RUI MILLER PAIVA – MELHOR ARTIGO NA ÁREA DE ECONOMIA RURAL

COORDENADOR: Gervásio Castro de Rezende Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.

Yony de Sa Barreto SampaioUniversidade Federal de Pernambuco, Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Departamento de Ciências Econômicas.

Pery Francisco Assis ShikidaBolsista de Produtividade Em Pesquisa do CNPq - Nível 2Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Departamento de Economia.

Jose Roberto VicenteInstituto de Economia Agrícola.

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TÍTULO E GRUPO PAG1 • COMERCIALIZAÇÃO, MERCADOS E PREÇOS AGRÍCOLASSSD 202 • A IMPORTÂNCIA DO PÓLO FRUTÍCOLA BANDEIRANTE NO AGRONEGÓCIO PAULISTA.

SCD 031 • A INTERDEPENDÊNCIA ENTRE OS PREÇOS DO CAFÉ BRASILEIRO E COLOMBIANO: UMA ANÁLISE EMPÍRICA. SSD 077 • A LOGÍSTICA COMO GARANTIA DE ALIMENTOS MAIS BARATOS: UM ESTUDO DE CASO SOBRE A MOVIMENTAÇÃO DE ARROZ. SCD 034 • A REGRA ÓTIMA DE ARMAZENAMENTO DE ARROZ NO BRASIL ATRAVÉS DE UM MODELO DINÂMICO DE EXPECTATIVAS RACIONAIS. SSD 076 • ALTERNATIVAS DE INVESTIMENTOS PARA O CERTIFICADO DE DEPÓSITO AGROPECUÁRIO / WARRANT AGROPECUÁRIO (CDA/WA). SCD 033 • ANALISANDO OS RELACIONAMENTOS DURADOUROS NO CANAL DE DISTRIBUIÇÃO DA MAÇÃ BRASILEIRA: UMA VISÃO DOS PRODUTORES. SCD 140 • ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DOS MERCADOS FUTUROS DE COMMODITIES AGRÍCOLAS BRASILEIRAS UTILIZANDO CO-INTEGRAÇÃO. SSD 207 • ANÁLISE DA FORMAÇÃO DOS PREÇOS RECEBIDOS PELOS SOJICULOTORES DOS ESTADOS DO RIO GRANDE DO SUL, PARANÁ E MATO GROSSO. SSD 083 • ANÁLISE DA TRANSMISSÃO ENTRE OS PREÇOS DOS CORTES DE SUÍNOS NO VAREJO E OS PREÇOS RECEBIDOS PELOS PRODUTORES NO ESTADO DE SÃO PAULO. SSD 086 • ANÁLISE DA VOLATILIDADE DO PREÇO DO CACAU NO MERCADO DE FUTUROS DE NOVA YORK (CSCE):UMA APLICAÇÃO DO MODELO GARCH. SSD 199 • ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DOS PREÇOS HISTÓRICOS DO ARROZ NO RIO GRANDE DO SUL DE 1973 A 2005. SSD 324 • ANÁLISE DO TRADE-OFF NA PRODUÇÃO DE AÇÚCAR E ÁLCOOL NAS USINAS DA REGIÃO CENTRO-SUL DO BRASIL. SCD 086 • ANÁLISE DOS RETORNOS SOCIAIS ORIUNDOS DE ADOÇÃO TECNOLÓGICA NA CULTURA DO AÇAÍ NO ESTADO DO PARÁ. SSD 322 • ANÁLISE DOS TERMOS DE TROCA E AS MODIFICAÇÕES ESTRUTURAIS DA COTONICULTURA NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL. SCD 141 • ANÁLISE ESPACIAL DA PRODUTIVIDADE AGRÍCOLA NO ESTADO DO PARANÁ: IMPLICAÇÕES PARA O SEGURO AGRÍCOLA. SSD 071 • APONTAMENTOS SOBRE AS TENDÊNCIAS DO PREÇO DO FRANGO DE CORTE NO BRASIL. SSD 075 • AS ALTERAÇÕES NA COFINS E PIS E SEUS REFLEXOS SOBRE A CADEIA ORIZÍCOLA GAÚCHA. SSD 070 • ASSIMETRIA NA TRANSMISSÃO DE PREÇOS DE PRODUTOS HORTIFRUTÍCOLAS NO ESTADO DE SÃO PAULO. SSD 087 • ATITUDE DOS CONSUMIDORES E PERCEPÇÃO DO RISCO ASSOCIADO AO CONSUMO DE CARNE DE VACA EM PORTUGAL. SSD 330 • AVALIAÇÃO DA PREVISIBILIDADE DOS PREÇOS DA MADEIRA DE EUCALIPTO UTILIZANDO REDES NEURAIS ARTIFICIAIS. SSD 085 • CAUSALIDADE DE PREÇO DO MERCADO DE CARNE DE BOI GORDO PARA SEIS ESTADOS BRASILEIROS, 1994 A 2003. SSD 072 • CAUSALIDADE E CO-INTEGRAÇÃO NO MERCADO DE CAFÉ ENTRE A BM&F E A NYBOT. SSD 325 • COMERCIALIZAÇÃO E COMPORTAMENTO DE PREÇOS DA MADEIRA SERRADA NOS ESTADOS DE SÃO PAULO E PARÁ. SSD 082 • COMPORTAMENTO DE COMPRA DOS CONSUMIDORES DE FRUTAS, LEGUMES E VERDURAS (FLV) NA REGIÃO CENTRAL DO RIO GRANDE DO SUL.

1 - Comercialização, Mercados e Preços AgrícolasGeraldo Sant’Ana de Camargo Barros

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TÍTULO E GRUPO PAG TÍTULO E GRUPO PAGSSD 081 • COMPORTAMENTO DOS PREÇOS NOS MERCADOS BRASILEIROS DE SUINOS, MILHO E SOJA. SCD 030 • DAS PREOCUPAÇÕES FISIOCRÁTICAS E CLÁSSICAS AO CUSTEIO AGRÍCOLA MODERNO: O PENSAMENTO ECONÔMICO E SUA APLICAÇÃO AO SISTEMA NACIONAL DE CRÉDITO RURAL (SNCR). SCD 139 • ESTAGNAÇÃO DA PECUÁRIA BOVINA NO AGRESTE DE PERNAMBUCO. SSD 209 • ESTRATÉGIAS COM CONTRATOS FUTUROS E PREVISÃO DOS PREÇOS DE CAFÉ ARÁBICA: UMA ABORDAGEM DE CO-INTEGRAÇÃO. SSD 333 • ESTUDO DA CADEIA PRODUTIVA DE FLORES: MUNICÍPIO DE GRAVATÁ • PERNAMBUCO. SSD 331 • EVOLUÇÃO DAS ELASTICIDADES-RENDA DOS DISPÊNDIOS DE LEITE E DERIVADOS NO BRASIL. SCD 029 • EXPECTATIVA DE RENTABILIDADE NA CAFEITURA BRASILEIRA: SITUAÇÃO NAS REGIÕES GEOGRÁFICAS. SCD 083 • EXPORTAÇÕES AGRÍCOLAS BRASILEIRAS E O ACORDO MERCOSUL-UNIÃO EUROPÉIA. SSD 205 • FEIRAS LIVRES DO BREJO PARAIBANO: CRISE E PERSPECTIVAS. SSD 080 • FLUXO DE COMERCIALIZAÇÃO DE HORTALIÇAS PRODUZIDAS NA REGIÃO ALTO CABECEIRAS DO TIETÊ. SSD 084 • FLUXOS DE ALGODÃO EM PLUMA PARA EXPORTAÇÃO NO ESTADO DA BAHIA: UMA APLICAÇÃO DE PROGRAMAÇÃO LINEAR. SSD 201 • FLUXOS DE EXPORTAÇÃO DE SOJA DO ESTADO DO MATO GROSSO: UMA APLICAÇÃO DE PROGRAMAÇÃO LINEAR. SSD 210 • FONTES DE CRESCIMENTO DO VALOR DA PRODUÇÃO DE COMMODITIES DO AGRONEGÓCIO EM MINAS GERAIS NO PERÍDO 1994 A 2004: CAFÉ, CANA-DE-AÇÚCAR E SOJA. SSD 073 • FORMAÇÃO DO FRETE NO BRASIL: SUBSÍDIOS PARA ESTRATÉGIAS DE NEGOCIAÇÃO EM CADEIAS DE SUPRIMENTOS. SCD 088 • INDICADORES DE EFICIÊNCIA E ECONOMIAS DE ESCALA NA PRODUÇÃO DE LEITE: UM ESTUDO DE CASO PARA PRODUTORES DOS ESTADOS DE RONDÔNIA, TOCANTINS E RIO DE JANEIRO. SSD 200 • INTEGRAÇÃO ESPACIAL DO MERCADO DE BOI GORDO ENTRE OS ESTADOS DE MINAS GERAIS E SÃO PAULO NA PRESENÇA DO EFEITO THRESHOLD. SSD 326 • INTEGRAÇÃO ESPACIAL E CAUSALIDADE DE PREÇOS NO MERCADO BRASILEIRO DE BOI GORDO: RESULTADOS PRELIMINARES. SCD 143 • MARGENS DE COMERCIALIZAÇÃO DO PESCADO GAÚCHO: EM ANÁLISE O MUNICÍPIO DO RIO GRANDE. SCD 084 • MODELAGEM ARIMA NA PREVISÃO DO PREÇO DA ARROBA DO BOI GORDO. SCD 142 • MODELO DE PREVISÃO UNIVARIADO PARA PREÇOS DE LEITE PAGOS AOS PRODUTOS NAS PRINCIPAIS REGIÕES BRASILEIRAS. SSD 203 • MOVIMENTAÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCAR NUMA AGROINDÚSTRIA CANAVIEIRA EM CONDIÇÕES ADVERSAS DE OPERAÇÃO. SSD 327 • OPERAÇÕES DE “CASH-AND-CARRY ARBITRAGE” NA BM&F: UMA DESAGREGAÇÃO DOS CUSTOS.

SSD 079 • OUTSOURCING NA GESTÃO DA CADEIA DO FRIO, O PAPEL DO OPERADOR LOGÍSTICO COMO SOLUÇÃO DE ARMAZENAGEM, DISTRIBUIÇÃO E CLIMATIZAÇÃO: O CASO TRU LOGÍSTICA. SSD 078 • PADRÕES SAZONAL E CÍCLICO PARA PREÇO DE BOI GORDO NO ESTADO DE SÃO PAULO. 1976-2004. SCD 032 • PREVISÃO PARA O PREÇO FUTURO DO CACAU ATRAVÉS DE UMA SÉRIE UNIVARIADA DE TEMPO: UMA ABORDAGEM UTILIZANDO O MÉTODO ARIMA. SSD 328 • PREÇOS DE TERRAS NO BRASIL, FINANCIAMENTO E PRODUTIVIDADE TOTAL DOS FATORES. SCD 085 • PRODUTIVIDADE DO CAFÉ EM MINAS GERAIS: UMA ANÁLISE ESPACIAL. SSD 206 • RELAÇÕES DE PREÇOS NOS MERCADOS INTERNO E INTERNACIONAL DE SOJA E DERIVADOS. SSD 332 • REPASSE DAS VARIAÇÕES DA TAXA DE CÂMBIO NOS PRECOS DO VAREJO: UMA ANALISE COM DADOS DO ÍNDICE DE PREÇOS AO CONSUMIDOR DE CAMPO GRANDE. SCD 087 • RISCO E RETORNO NO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO: UM ESTUDO DAS EMPRESAS LISTADAS NA BOVESPA. SSD 204 • SAZONALIDADE, MARGEM DE COMERCIALIZAÇÃO E TRANSMISSÃO DE PREÇOS DO TOMATE DE MESA NO ESTADO DE SÃO PAULO. SSD 074 • SPREAD: UMA AVALIAÇÃO DOS CONTRATOS FUTUROS DO ALGODÃO NA BM&F E NA NYBOT. SSD 323 • UM ESTUDO EXPLORATÓRIO SOBRE OS EFEITOS ESPACIAIS NA AGROPECUÁRIA PARANAENSE. SCD 027 • UM ESTUDO SOBRE O VALOR DO SISTEMA DE RASTREABILIDADE ANIMAL NOS EUA. SSD 329 • UMA ANÁLISE APLICADA DE DECISÃO COM OPÇÃO DE VENDA UTILIZANDO CADEIAS DE MARKOV. SCD 028 • UMA METODOLOGIA PARA AVALIAR A EXPECTATIVA DE RENTABILIDADE NA AGRICULTURA BRASILEIRA: UM ESTUDO DAS REGIÕES GEOGRÁFICAS. SSD 208 • USO DA ANÁLISE DE COMPONENTES PRINCIPAIS PARA A CRIAÇÃO DE CLUSTERS COMO MECANISMO DE DIVERSIFICAÇÃO DE CARTEIRA DE ATIVOS DO SETOR AGROINDUSTRIAL. 2 • ADMINISTRAÇÃO RURAL E GESTÃO DO AGRONEGÓCIO SSD 162 • ABERTURA DE CAPITAL COMO UMA OPÇÃO DE FINANCIAMENTO DAS ATIVIDADES DAS EMPRESAS DO AGRONEGÓCIO. SSD 283 • AGROINDÚSTRIA FAMILIAR ORGÂNICA E ESTRATÉGIAS DE MARKETING E COMERCIALIZAÇÃO. SCD 011 • ANÁLISE COMPARATIVA SOBRE CUSTOS AGROINDUSTRIAIS: UMA APLICAÇÃO DE TESTES NÃO-PARAMÉTRICOS ENTRE EMPRESAS DA PARAÍBA E DE PERNAMBUCO. SSD 029 • ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DE ALGUNS FATORES SOCIOECONÔMICOS E DEMOGRÁFICOS NO CONSUMO DOMICILIAR DE CARNES NO BRASIL. SSD 288 • ANÁLISE DAS ESTRATÉGIAS DE MARKETING DAS INDÚSTRIAS DE PROCESSAMENTO DE AMENDOIM DA REGIÃO DE TUPÃ-SP.

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TÍTULO E GRUPO PAGSSD 024 • ANÁLISE DO DESEMPENHO COMPETITIVO DAS AGROINDÚSTRIAS DE FRUTAS DO ESTADO DO PARÁ. SSD 033 • ANÁLISE ECONOMICA DA PRODUÇÃO DE ARROZ NO MUNICIPIO DE VÁRZEA ALEGRE / CE. SCD 122 • ANÁLISE ESTRATÉGICA DE OPERAÇÕES AGROINDUSTRIAIS: UM ESTUDO DE CASO NO SETOR ARROZEIRO. SSD 151 • ANÁLISE SOCIOECONÔMICA DO IRRIGANTE DA BACIA HIDROGRÁFICA METROPOLITANA, ESTADO DO CEARÁ. SSD 285 • APURAÇÃO E CONTROLE DE CUSTOS: UM ESTUDO NO SETOR AVÍCOLA DO MUNICÍPIO DE SÃO BENTO DO UNA – PE. SSD 156 • AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE DE UM PROCESSO PRODUTIVO AUTOCORRELACIONADO: ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA FABRICANTE DE CAFÉ SOLÚVEL. SCD 124 • AVALIAÇÃO DE AÇÕES PARA A CRIAÇÃO DE UM NOVO MODELO DE GESTÃO PARA O SETOR BRASILEIRO DE BATATA IN NATURA. SSD 152 • AVALIAÇÃO ECONÔMICA COMPARATIVA DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE NA REGIÃO DE AQUIDAUANA-MS. SCD 006 • AVALIAÇÃO ECONÔMICA EM SISTEMAS PECUÁRIOS DE CICLO COMPLETO NO ESTADO RIO GRANDE DO SUL. SCD 065 • CANAIS QUE NÃO FUNCIONAM: O CASO DA CO-GERAÇÃO DE ENERGIA COM O USO DO BAGAÇO DE CANA. SCD 120 • CARACTERIZAÇÃO DA ATIVIDADE PECUÁRIA NOS MUNICÍPIOS DO MATO GROSSO DO SUL: BRASILÂNDIA, CHAPADÃO DO SUL, PARANAÍBA E RIBAS DO RIO PARDO. SSD 027 • CENTRO DE CUSTOS E ESCALA DE PRODUÇÃO NA PECUÁRIA LEITEIRA DOS PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES DO BRASIL. SSD 287 • CENÁRIOS DE LONGO PRAZO PARA A CAFEICULTURA BRASILEIRA: 2006-2015. SCD 123 • COMPETITIVIDADE DA PRODUÇÃO DE ALGODÃO E SOJA NO ESTADO DE MATO GROSSO – SAFRA 2004/05. SSD 025 • COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR DE FRUTAS EM RONDÔNIA: UM ESTUDO DE CASO. SSD 155 • COMPREENDENDO A TOMADA DE DECISÃO DO PRODUTOR RURAL. SCD 012 • CUSTOS DA CADEIA PRODUTIVA DO FRANGO: PARCERIA ENTRE COOPERATIVA E PEQUENOS PRODUTORES FAMILIARES NO ESTADO DE SANTA CATARINA. SSD 028 • DECISÕES DE DISTRIBUIÇÃO: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO EM UMA COOPERATIVA. SCD 007 • DESEMPENHO AGROECONÔMICO DO CONSÓRCIO ALFACE-BETERRABA SOB SISTEMA ORGÂNICO. SSD 159 • DISPOSIÇÃO DE PAGAR POR ALIMENTOS SEGUROS: O CASO DOS HORTIFRUTÍCOLAS SEM RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS.

2 - Administração Rural e Gestão do AgronegócioRicardo Pereira Reis

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TÍTULO E GRUPO PAG TÍTULO E GRUPO PAGSSD 031 • DO CERRADO À AMAZÔNIA: AS ESTRUTURAS SOCIAIS DA ECONOMIA DA SOJA EM MATO GROSSO. SSD 280 • ECONOMIA DE ESCALA NA PRODUÇÃO DE SOJA NO BRASIL. SSD 161 • EFEITO DO NÍVEL DE ESCOLARIDADE NO CONSUMO DE CARNE BOVINA E HORTALIÇAS NO BRASIL. SCD 063 • EFICIÊNCIA COMBINADA DOS FATORES DE PRODUÇÃO: APLICAÇÃO DE ANÁLISE ENVOLTÓRIA DE DADOS (DEA) À PRODUÇÃO LEITEIRA. SCD 009 • EM BUSCA DE UM NOVO PARADIGMA PARA O SEGURO RURAL NO BRASIL. SSD 036 • ESCOLHA DA LÂMINA ÓTIMA DE IRRIGAÇÃO PARA FEIJÃO, DE ACORDO COM O NÍVEL DE AVERSÃO AO RISCO POR PARTE DO PRODUTOR. SSD 289 • ESTRATÉGIAS DE MARKETING EM LATICÍNIOS: UM ESTUDO EM EMPRESAS DA REGIÃO DE TUPÃ • SP. SSD 158 • ESTUDO DA VIABILIDADE FINANCEIRA DA IMPLANTAÇÃO DE PIVÔ CENTRAL COM A UTILIZAÇÃO DE ROTAÇÃO DE CULTURAS NO OESTE BAIANO. SSD 150 • ESTUDO DA VIABILIDADE FINANCEIRA DA IMPLANTAÇÃO DE UM APIÁRIO PARA A PRODUÇÃO DE PRÓPOLIS E MEL. SSD 149 • ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA PARA A PRODUÇÃO DE BIODIESEL DE SOJA E MAMONA NA REGIÃO NORTE DO PARANÁ. SCD 013 • GESTÃO DO AGRONEGÓCIO DA CERA DE CARNAÚBA: CUSTOS DE PRODUÇÃO, RENTABILIDADE E LUCRATIVIDADE. SSD 038 • IDENTIFICANDO ESTRATÉGIAS DE MARKETING NAS REDES DE SUPERMERCADOS PARA FRUTAS E HORTALIÇAS NO BRASIL. SCD 067 • INDICADORES DE DESEMPENHO NÃO-FINANCEIROS NO AGRONEGÓCIO: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO. SCD 121 • INVESTIMENTO EM INDÚSTRIA FRIGORÍFICA: IMPACTO DOS RISCOS DE MERCADO NA DETERMINAÇÃO DO VALOR DO NEGÓCIO. SSD 284 • MARKETING METRICS EM COMUNICAÇÃO NO AGRONEGÓCIO:UM ESTUDO DE CASO NO PÓLO REGIONAL DE VIÇOSA ATRAVÉS DO MODELO DE AMBLER. SSD 157 • MARKETING VERDE COMO UMA ABORDAGEM ESTRATÉGICA FRENTE AO NOVO PERFIL DE CONSUMO. SSD 026 • METODOLOGIAS DE CUSTOS DE PRODUÇÃO NA PECUÁRIA LEITEIRA: UM ESTUDO NOS PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES DO BRASIL. SSD 148 • MODELO PARA AVALIAÇÃO DOS LIMITES DA VIABILIDADE DO BIODIESEL NO BRASIL. SSD 281 • NICHOS DE MERCADO COMO ESTRATÉGIA COMPETITIVA: O CASO DA PRODUÇÃO DE LEITE DE CABRAS E OVELHAS NA REGIÃO DE BENTO GONÇALVES, RS. SCD 008 • O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR DE ÁGUA MINERAL: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO SOBRE AS VARIÁVEIS QUE INFLUENCIAM O CONSUMO. SSD 153 • O CULTIVO DA GRAVIOLEIRA EM PROPRIEDADES PRODUTORAS DE CACAU DA REGIÃO SUDESTE DA BAHIA: UM ESTUDO DA VIABILIDADE FINANCEIRA DA CULTURA.

SCD 010 • O GOVERNO FEDERAL E O MERCADO DE SEGURO AGRÍCOLA: APRENDENDO COM O PASSADO E CONSTRUINDO O FUTURO. SSD 030 • O IMPACTO DA CERTIFICAÇÃO PIF E EUREPGAP, NO PROCESSO DE COMERCIALIZAÇÃO DA UVA PRODUZIDA POR PEQUENOS PRODUTORES DO VALE DO SÃO FRANCISCO: UM ESTUDO DE CASO. SSD 282 • O IMPACTO DA INSTRUÇÃO NORMATIVA 51 NO SISTEMA AGROINDUSTRIAL DO LEITE NO RIO GRANDE DO SUL: UMA ANÁLISE NA ELEGÊ ALIMENTOS S/A E NA COOPERATIVA LANGUIRI LTDA. SSD 286 • O PROCESSO DE INOVAÇÃO E DE ESTRATÉGIA DE COOPERAÇÃO COMPETITIVA PARA A OBTENÇÃO DA INDICAÇÃO DE PROCEDÊNCIA VALE DOS VINHEDOS: O CASO DA VINÍCOLA CORDELIER • SERRA GAÚCHA- RS/BRASIL. SSD 039 • OPERAÇÕES EM REDES DE SUPRIMENTO GLOBAIS E ALTA-CONFIABILIDADE. SSD 160 • PERFIL DO CONSUMIDOR BRASILEIRO DE CARNE BOVINA E DE HORTALIÇAS. SCD 014 • PERFIL DO CONSUMIDOR DOMICILIAR DE AÇAÍ NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM • PA. SSD 034 • PONTOS DE VENDA DE ALIMENTOS: UMA ANÁLISE DO PERFIL DE COMPRA DOS CONSUMIDORES DE CARNE BOVINA E FLV. SSD 037 • POTENCIAL DAS PRINCIPAIS REGIÕES BRASILEIRAS PARA ABASTECIMENTO DE SANGUE DE BOVINOS E SUÍNOS – MELHORIA DA RENTABILIDADE E OPORTUNIDADE DE INVESTIMENTO. SCD 066 • PRÁTICAS DE GESTÃO DE CUSTOS NO AGRONEGÓCIO: UMA ABORDAGEM MULTIVARIADA. SSD 023 • RETORNO E RISCO EM SISTEMAS DE SUCESSÃO DE SOJA NO ESTADO DE SÃO PAULO, 2005. SSD 035 • RETORNOS À ESCALA E DESEMPENHO ECONÔMICO DOS PRODUTORES DE LEITE EM MINAS GERAIS. SSD 032 • SIMULAÇÃO DA VIABILIDADE INDUSTRIAL DO PROCESSAMENTO DE AMÊNDOAS DE CACAU EM PEQUENA ESCALA: O CASO DA CACAUICULTURA DE MEDICILÂNDIA NO ESTADO DO PARÁ. SCD 064 • SISTEMAS DE PRODUÇÃO E CUSTOS NA PRODUÇÃO DE SOJA ORGÂNICA, CONVENCIONAL E TRANSGÊNICA. SCD 119 • UM EXAME DA RELAÇÃO ENTRE A INDÚSTRIA DA MODA E VARIÁVEIS SÓCIO-ECONOMICAS NO ESTADO DE PERNAMBUCO. SSD 154 • UMA AVALIAÇÃO PROSPECTIVA DOS EFEITOS ECONÔMICOS DA ADOÇÃO DE SOJA TRANSGÊNCIA NO MATO GROSSO. SCD 068 • UTILIZAÇÃO DE INDICADORES DE DESEMPENHO EM AGROINDÚSTRIAS PARAIBANAS. SSD 022 • VIABILIDADE ECONÔMICA DE CONTRATOS DE INTEGRAÇÃO NA CRIAÇÃO DE FRANGOS DE CORTE NA MICRORREGIÃO DE VIÇOSA – MG. 3 • COMÉRCIO INTERNACIONALSSD 342 • A COMPETITIVIDADE DA BORRACHA NATURAL NO BRASIL. SSD 339 • A EVOLUÇÃO DAS EXPORTAÇOES E DA COMPETITIVIDADE DO COMPLEXO SOJA NO BRASIL E NO PARANÁ: 1990 • 2004. SSD 089 • A IMPORTÂNCIA DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO NAS RELAÇÕES COMERCIAIS ENTRE BRASIL E CHINA. SCD 091 • A MODERNIZAÇÃO DOS PORTOS E O COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL. SSD 343 • A RODADA DO MILÊNIO: IMPACTOS SOBRE O AGRONEGÓCIO BRASILEIRO.

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TÍTULO E GRUPO PAG TÍTULO E GRUPO PAGSSD 095 • ABERTURA ECONÔMICA E CRESCIMENTO: ABORDAGEM DE THIRLWALL PARA ESTUDOS DO DESEMPENHO DA BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA. SSD 213 • ACORDOS COMERCIAIS E O SETOR PRODUTIVO DE CARNE BOVINA: ESTIMATIVAS DE GANHOS PARA O MERCOSUL. SCD 035 • ANÁLISE ECONÔMICA DAS BARREIRAS TARIFÁRIAS AO CAFÉ SOLÚVEL BRASILEIRO. SSD 096 • ARBITRAGEM NO MERCADO CAMBIAL E DE TÍTULOS NO BRASIL: UM TESTE ECONOMÉTRICO DA PARIDADE DE JUROS E DA MOBILIDADE DE CAPITAL. SSD 094 • AS BARREIRAS TÉCNICAS AO COMÉRCIO: IDENTIFICANDO ALGUMAS TENDÊNCIAS. SSD 224 • AS EXPORTAÇÕES COMO DETERMINANTE DE CRESCIMENTO: O CASO DO ESTADO DO PARANÁ NO PERÍODO DE 1990 A 2005. SSD 088 • AS EXPORTAÇÕES E A COMPETITIVIDADE DO COMPLEXO CAFEEIRO BRASILEIRO E PARANAENSE. SCD 036 • AS POTENCIALIDADES E DISTORÇÕES COMERCIAIS NO MERCADO INTERNACIONAL DA MANGICULTURA BRASILEIRA. SSD 226 • BRAZILIAN FRUIT TRADE: THE EXPORT AGENT TRANSACTION ARRANGEMENT. SSD 344 • CANAIS DE EXPORTAÇÃO PARA AS FLORES TROPICAIS DE PERNAMBUCO:ANÁLISE DA INSERÇÃO NO MERCADO EUROPEU. SSD 097 • COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA DE FRANGOS DE CORTE NO COMÉRCIO INTERNACIONAL. SSD 212 • COMPETITIVIDADE DA PRODUÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCAR NO BRASIL. SSD 218 • COMPETITIVIDADE DO CAFÉ VERDE BRASILEIRO NO MERCADO INTERNACIONAL. SSD 334 • COMPETITIVIDADE DO COMPLEXO SOJA BRASILEIRO NO CONTEXTO DO COMÉRCIO INTERNACIONAL. SSD 340 • CONCENTRAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES E VULNERABILIDADE NO NORDESTE BRASILEIRO. SSD 227 • EFEITOS DO FIM DO ACORDO MULTIFIBRAS NA PRODUÇÃO E NO EMPREGO DOS SETORES TÊXTIL E DE VESTUÁRIO NO BRASIL. SSD 216 • ESTIMATIVA DA DEMANDA DE IMPORTAÇÃO BRASILEIRA DE LEITE EM PÓ, 1980-2002. SSD 215 • ESTIMAÇÃO DA EQUAÇÃO DE OFERTA DE EXPORTAÇÃO PARA O AGRONEGÓCIO BRASILEIRO (1995-2004). SCD 090 • EVOLUÇÃO DA PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA NO MERCADO SUCROALCOOLEIRO INTERNACIONAL. SSD 214 • EVOLUÇÃO E CONTRIBUIÇÃO DO COMÉRCIO INTRA-INDÚSTRIA PARA O CRESCIMENTO DO COMÉRCIO TOTAL ENTRE BRASIL E ARGENTINA. SSD 223 • EVOLUÇÃO E POTENCIAL DOS MERCADOS DO ORIENTE MÉDIO PARA A CARNE BOVINA BRASILEIRA. SSD 090 • EXPORTAÇÕES AGROPECUÁRIAS, MODELO GRAVITACIONAL, E CARACTERÍSTICAS DOS PAÍSES IMPORTADORES. SSD 219 • EXPORTAÇÕES AGRÍCOLAS BRASILEIRAS: O PARADOXO DO SUCESSO. SSD 338 • EXPORTAÇÕES AGRÍCOLAS E DESINDUSTRIALIZAÇÃO: UMA CONTRIBUIÇÃO AO DEBATE. SSD 211 • EXPORTAÇÕES DE MANGA DO PÓLO PETROLINA/JUAZEIRO: UMA ANÁLISE DO DESEMPENHO NO PERÍODO DE 1990-2002.

SSD 228 • EXPORTAÇÕES E CRESCIMENTO ECONÔMICO DO CEARÁ NO PERÍODO 1985-2002. SSD 217 • EXPORTAÇÕES NO AGRONEGÓCIO DA CACHAÇA: UM ESTUDO DE CASO DA CACHAÇA DE ALAMBIQUE GAÚCHA. SSD 225 • GRIPE AVIÁRIA: PRIMEIROS IMPACTOS NAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS. SSD 335 • IMPACTO DA FEBRE AFTOSA NA POSIÇÃO COMPETITIVA DO BRASIL NO MERCADO INTERNACIONAL DE CARNE BOVINA. SCD 094 • IMPACTO DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS PARA O MERCOSUL, UNIÃO EUROPÉIA E NAFTA SOBRE PRODUÇÃO E EMPREGO: UMA ANÁLISE DE INSUMO-PRODUTO PARA 1997 -2001. SCD 148 • IMPACTO DOS ROYALTIES NA COMERCIALIZAÇÃO NACIONAL DE FLORES: UM ESTUDO MULTI-CASO. SSD 093 • IMPACTOS DA FEBRE AFTOSA NO SETOR DE ABATE DE ANIMAIS: UMA ANÁLISE DE EQUILÍBRIO GERAL. SCD 089 • IMPACTOS DA ÁREA DE LIVRE COMERCIO DAS AMÉRICAS (ALCA), COM GRADUAL DESGRAVAÇÃO TARIFÁRIA, SOBRE A ECONOMIA BRASILEIRA. SCD 146 • IMPACTOS DO PROTOCOLO DE CARTAGENA SOBRE O COMÉRCIO DE COMMODITIES AGRÍCOLAS. SCD 093 • IMPACTOS DOS ACORDOS INTERNACIONAIS SOBRE AS EXPORTAÇÕES DAS COOPERATIVAS AGROPECUÁRIAS BRASILEIRAS. SSD 345 • IMPACTOS ECONÔMICOS DE MEDIDAS TÉCNICAS IMPOSTAS SOBRE AS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE LEITE CONDENSADO. SSD 091 • INDICADORES DE COMPETITIVIDADE DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE SOJA EM GRÃO, 1986 A 2004. SSD 336 • INTENSIDADE E ORIENTAÇÃO REGIONAL DO COMÉRCIO ENTRE OS PAÍSES DO MERCOSUL NO PERÍODO DE 1990-2004. SCD 037 • MERCADO DE CARNES: ASPECTOS DESCRITIVOS E EXPERIÊNCIAS COM O USO DE MODELOS DE EQUILÍBRIO PARCIAL E DE ESPAÇO DE ESTADOS. SSD 222 • MERCADO MUNDIAL DE CARNE BOVINA: PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA E BARREIRAS À EXPORTAÇÃO. SSD 099 • MODELOS DE SÉRIES TEMPORAIS APLICADOS AO SETOR DE EXPORTAÇÃO BRASILEIRA DE FLORES DE CORTE. SCD 144 • O COMÉRCIO INTERNACIONAL DA CARNE BOVINA E A INDÚSTRIA FRIGORÍFICA EXPORTADORA. SSD 098 • O CRÉDITO BANCÁRIO COMO ESTRATÉGIA DE INSERÇÃO DAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS NO MERCADO INTERNACIONAL. SCD 145 • O CUSTO DE TRANSPORTE COMO BARREIRA AO COMÉRCIO NA INTEGRAÇÃO ECONÔMICA: O CASO DO NORDESTE. SSD 221 • O PASS-THROUGH DAS VARIAÇÕES DA TAXA DE CÂMBIO PARA OS PREÇOS DE EXPORTAÇÃO DE SOJA. SSD 337 • O POTENCIAL DO AGRONEGÓCIO NO CEARÁ: A SUSTENTABILIDADE DAS EXPORTAÇÕES DO ABACAXI. SSD 341 • O REFLEXO DA CULTURA ORGANIZACIONAL NAS NEGOCIAÇÕES INTERNACIONAIS DA EMPRESA TANAC. SSD 220 • OS IMPACTOS DA EXPANSÃO DA UNIÃO EUROPÉIA DE 2004 NO SETOR DE CARNE BOVINA BRASILEIRO. SCD 038 • PANORAMA COMPETITIVO DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO, LOGÍSTICA DE TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO E A IMPLEMENTAÇÃO DO PROTOCOLO DE CARTAGENA. SSD 092 • POSSIBILIDADE DE OBTER LUCROS COM ARBITRAGEM NO MERCADO DE CÂMBIO NO BRASIL.

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TÍTULO E GRUPO PAG TÍTULO E GRUPO PAGSCD 147 • QUOTAS TARIFÁRIAS E ACESSO AOS MERCADOS AGRÍCOLAS. SCD 039 • THE DOHA DEVELOPMENT AGENDA AND BRAZIL: A CLOSER LOOK INTO THE DISTRIBUTIONAL IMPACTS INSIDE AGRICULTURE. SCD 040 • VANTAGENS COMPARATIVAS REVELADAS E ORIENTAÇÃO REGIONAL DA SOJA BRASILEIRA FRENTE A UNIÃO EUROPÉIA E AO FORO DE COOPERAÇÃO ECONÔMICA NA ÁSIA E NO PACIFÍCO (1992-2004).

SCD 092 • VANTAGENS MERCADOLÓGICAS E EXIGÊNCIAS DOS IMPORTADORES DE CERA DE CARNAÚBA. 4 • SISTEMAS AGROALIMENTARES E CADEIAS AGROINDUSTRIAISSCD 168 • A AGROINDÚSTRIA CANAVIEIRA DO PARANÁ PÓS-DESREGULAMENTAÇÃO. SCD 167 • A CADEIA PRODUTIVA DE CARNE SUÍNA NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL E NA SERRA GAÚCHA. SSD 138 • A DESREGULAMENTAÇÃO NO MERCADO DE CAFÉ TORRADO E MOÍDO E A EMERGÊNCIA DE CAMPOS ORGANIZACIONAIS: UMA ANÁLISE PROSPECTIVA E UMA AGENDA DE PESQUISA. SCD 002 • A DINÂMICA DE UMA PEQUENA PROPRIEDADE DENTRO DE UMA ANÁLISE DE FILIÈRE. SSD 253 • A EVOLUÇÃO DAS RELAÇÕES COMERCIAIS ENTRE CITRICULTORES E INDÚSTRIAS PROCESSADORAS DE SUCO NA FORMAÇÃO DOS PREÇOS E SUA EXPRESSÃO NO DESENVOLVIMENTO SETORIAL. SSD 006 • A EXPANSÃO DA CADEIA DA SOJA NA AMAZÔNIA: OS CASOS DO PARÁ E AMAZONAS. SSD 269 • A GESTÃO DA CADEIA PRODUTIVA AGROINDUSTRIAL DO LEITE E O MAPEAMENTO DO ARRANJO PRODUTIVO LOCAL: CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DE RONDÔNIA. SCD 005 • A NEGOCIAÇÃO DA QUASE-RENDA ENTRE PRODUTOR E AGROINDÚSTRIA: UMA DISCUSSÃO TEÓRICA E APLICADA NA AVICULTURA DE CORTE PARANAENSE. SSD 134 • A QUESTÃO DA QUALIDADE NO DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA AGROINDUSTRIAL DO LEITE. SSD 128 • ANÁLISE COMPETITIVA DA CADEIA PRODUTIVA DA CARCINICULTURA NO ESTADO DO PARÁ: O CASO DO LITOPENAEUS VANNAMEI (BOONE, 1931). SSD 381 • ANÁLISE DA ADOÇÃO DE SISTEMAS DE RASTREABILIDADE BOVINA NO BRASIL: ESTUDOS DE CASO NOS SEGMENTOS DE PRODUÇÃO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO. SSD 377 • ANÁLISE DA GOVERNANÇA DA CADEIA DA SOJA. SSD 132 • ANÁLISE DAS CONFIGURAÇÕES INTERORGANIZACIONAIS NA PECUÁRIA DE CORTE GAÚCHA. SSD 257 • ANÁLISE DE COMPETITIVIDADE DA COTONICULTURA NA REGIÃO DO TRIÂNGULO MINEIRO/MG – APLICAÇÃO DA MATRIZ DE ANÁLISE DE POLÍTICA. SSD 003 • ANÁLISE DE DESEMPENHO NA CADEIA BOVINA NO ESTADO DE SÃO PAULO. SSD 126 • ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS ESPONTÂNEOS: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO EM UMA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES RURAIS DO SETOR LEITEIRO. SSD 254 • CADEIA PRODUTIVA DA ALGAROBA NO PÓLO DE PRODUÇÃO DA BACIA DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO. SSD 005 • CARACTERIZAÇÃO DA CADEIA PRODUTIVA DO LÁTEX/BORRACHA NATURAL E IDENTIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS GARGALOS PARA O CRESCIMENTO. SSD 260 • CARACTERIZAÇÃO DA PRODUÇÃO DE MANDIOCA E FORMAS DE INSERÇÃO NO MERCADO DA REGIÃO ALTA PAULISTA. SCD 115 • CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE DA CADEIA PRODUTIVA DE CAFÉ ORGÂNICO DO SUL DE MINAS GERAIS: SUBSÍDIOS PARA O AUMENTO DAS EXPORTAÇÕES. SSD 262 • CARACTERIZAÇÃO E INSERÇÃO DA ATIVIDADE LEITEIRA NA REGIÃO ALTA PAULISTA. SCD 116 • CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA E PRODUTIVA DA BOVINOCULTURA DE CORTE NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. SSD 266 • CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA DE PRODUTORES DE FRANGO DE CORTE NO BRASIL: UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE REGIÕES BRASILEIRAS.

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TÍTULO E GRUPO PAG TÍTULO E GRUPO PAGSSD 258 • COMPETITIVIDADE E CONCENTRAÇÃO DE MERCADO: UMA ANÁLISE DA AVICULTURA NAS MESORREGIÕES OESTE E SUDOESTE PARANAENSE. SSD 265 • CONCORRÊNCIA E ESTRATÉGIAS DE PRECIFICAÇÃO NO SISTEMA AGROINDUSTRIAL DO LEITE. SSD 264 • CONSTRUÇÃO DA CADEIA PRODUTIVA DO TURISMO EM BONITO/MS. SCD 114 • CONTRATOS ENTRE PEQUENOS PRODUTORES E EMPRESA EXPORTADORA DE MANGA NO RIO GRANDE DO NORTE: UMA ANÁLISE PELA ABORDAGEM PRINCIPAL-AGENTE. SSD 004 • COORDENAÇÃO E CUSTOS DE TRANSAÇÃO NOS CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO CITRÍCOLA NO BRASIL. SSD 007 • CÂMARAS SETORIAIS DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO: UMA ABORDAGEM VOLTADA À NOVA ECONOMIA INSTITUCIONAL. SSD 375 • DA FRENTE PARA TRÁS: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À AGROPECUÁRIA E ESPECIALIZAÇÃO REGIONAL NO BRASIL. SSD 256 • DESEMPENHO DOS FRUTICULTORES DA ÁREA DE ATUAÇÃO DO BANCO DO NORDESTE DO BRASIL • BNB. SSD 135 • DETERMINANTES DA RELAÇÃO COMERCIAL ENTRE PECUARISTAS E FRIGORÍFICOS: O CASO DOS PECUARISTAS E FRIGORÍFICOS DA REGIÃO DE TUPÃ. SSD 129 • DIAGNÓSTICO DA MALACOCULTURA NO MUNICÍPIO DE SÃO FRANCISCO DO SUL (SC). SSD 012 • DINÂMICA DA CADEIA PRODUTIVA E A ESTRATÉGIA PARA O ALINHAMENTO DAS DEMANDAS POR PESQUISA AGROPECUÁRIA NA REGIÃO CAFEIRA DO SUL DE MINAS GERAIS: UM ESTUDO SOBRE A GESTÃO INTERINSTITUCIONAL DO CONSÓRCIO BRASILEIRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DO CAFÉ. SCD 003 • EFEITOS SISTÊMICOS EM RELAÇÕES CONTRATUAIS: UM ESTUDO DO COMÉRCIO DA SOJA ENTRE CHINA E BRASIL EM 2004. P 020 • EFICÁCIA DA ROTULAGEM OBRIGATÓRIA EM UM CANAL DE DISTRIBUIÇÃO DE BANANA: ESTUDO DE CASO NA CENTRAL DE ABASTECIMENTO DE MINAS GERAIS. SSD 371 • ELEMENTOS HISTÓRICOS E EVOLUÇÃO RECENTE DO DESEMPENHO DA RIZICULTURA NO MERCADO MUNDIAL, E NOS PAÍSES DO MERCOSUL. SSD 136 • ESTIMATIVA DO CONSUMO DE FERTILIZANTES PELA LARANJA EM SÃO PAULO AO LONGO DAS ÚLTIMAS DÉCADAS. SSD 125 • ESTRATÉGIA E COORDENAÇÃO NO SETOR AGROINDUSTRIAL: UMA ABORDAGEM NEO-INSTITUCIONALISTA DAS ESTRATÉGIAS DE SUPRIMENTO DE UM MOINHO PAULISTA. SSD 259 • ESTRATÉGIAS ADMINISTRATIVAS E OPERACIONAIS UTILIZADAS PELAS USINAS DE AÇÚCAR E ÁLCOOL DA REGIÃO DE RIBEIRÃO PRETO (SP). SSD 137 • ESTRUTURA DE MERCADO E COMPETITVIDADE DAS EMPRESAS PRODUTORAS DE SEMENTES DE SOJA DA REGIÃO SUL DE MATO GROSSO. SCD 058 • ESTUDO DA COMPETITIVIDADE DA CADEIA PRODUTIVA APÍCOLA DE SANTA CATARINA: ÊNFASE NA ANÁLISE DA DINÂMICA COMPETITIVA DO SEGMENTO PRODUTOR E PROCESSADOR DA CADEIA. SSD 002 • ESTUDO DA INFLUÊNCIA TECNOLÓGICA NO SEGMENTO PROCESSADOR DA CADEIA AGROINDUSTRIAL DE CARNES BOVINA E SUÍNA. SSD 267 • ESTUDO DE IMPACTO ECONÔMICO (EIS) PARA O SETOR AGROINDUSTRIAL CANAVIEIRO PAULISTA E ALAGOANO: CONJUNTURA E AGENDA DE PESQUISA. SSD 270 • EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DE MAÇÃ EM SANTA CATARINA: NOVAS ESTRATÉGIAS EM BUSCA DA COMPETITIVIDADE. SSD 376 • EVOLUÇÃO DO DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO DAS MAIORES EMPRESAS DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO, 1990-2003. SCD 060 • EXIGÊNCIAS DOS CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO PARA AQUISIÇÃO DE FLV: UMA COMPARAÇÃO ENTRE A TEORIA E ALGUNS CASOS ESTUDADOS.

SSD 001 • FATORES EXPLICATIVOS PARA A DIMINUIÇÃO DA PRODUÇÃO DE CACAU NO BRASIL: UMA ANÁLISE UTILIZANDO O MODELO SHIFT-SHARE. SSD 010 • FILTROS INSTITUCIONAIS E ENTRAVES ORGANIZACIONAIS NA CITRICULTURA PAULISTA. SSD 268 • FLRORICULTURA EM PERNAMBUCO: PERSPECTIVAS DE CRESCIMENTO PARA 2020.

SSD 378 • FRUTICULTURA IRRIGADA NO NORTE DE MINAS GERAIS. SSD 374 • GESTÃO DA QUALIDADE EM LATICÍNIOS: UM ESTUDO MULTICASO E PROPOSTAS PARA MELHORIA. SSD 131 • IMPACTOS FINANCEIROS DA INTEGRAÇÃO VERTICAL: UM ESTUDO NA INDÚSTRIA CANAVIEIRA. SSD 263 • INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA NO SEGMENTO DE PRODUÇÃO DO CAFÉ EM MINAS GERAIS. P 084 • MEIO AMBIENTE, INOVAÇÃO E COMPETITIVIDADE NA AGROINDÚSTRIA BRASILEIRA: A CADEIA PRODUTIVA DO BIODIESEL. SSD 139 • O AGRONEGÓCIO DO SUCO DE LARANJA CONCENTRADO CONGELADO (SLCC) DO ESTADO DO PARANÁ. SSD 372 • O SETOR FLORESTAL E MADEIRA E MOBILIÁRIO NA ECONOMIA PARAENSE A PARTIR DE UMA VISÃO INTERSETORIAL. SSD 141 • OS MERCADOS DE TERRA E TRABALHO NA (RE)ESTRUTURAÇÃO DA CATEGORIA SOCIAL DOS FORNECEDORES DE CANA DAS REGIÕES DE PIRACICABA E RIBEIRÃO PRETO: ANÁLISE DE DADOS DE CAMPO. SSD 011 • PERFIL DA FLORICULTURA NO NORDESTE BRASILEIRO. SSD 140 • PERFIL ESTRATÉGICO E COMPETITIVO DO SEGMENTO DE TORREFAÇÃO E MOAGEM DE CAFÉ EM MINAS GERAIS. SSD 127 • PERSPECTIVAS DO PROGRAMA DE ÁLCOOL COMBUSTÍVEL BRASILEIRO. SSD 380 • PERSPECTIVAS E PROSPECTIVAS DA AVICULTURA NAS REGIÕES SUL E CENTRO-OESTE: UMA ANÁLISE BASEADA NAS VANTAGENS COMPARATIVAS. SSD 124 • PERSPECTIVAS PARA A CAPRINOCULTURA NO BRASIL: O CASO DE PERNAMBUCO.

SSD 261 • PERSPECTIVAS PARA A CULTURA DA MAMONA NO NORDESTE EM 2006. SSD 009 • POTENCIALIDADES DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO DE AMENDOIM. SSD 133 • PROJETO CAJU: ORGANIZAÇÃO PRODUTIVA ORIENTADA PARA O DESENVOLVIMENTO DA CAJUCULTURA CEARENSE. SSD 373 • RACIONALIDADE LIMITADA E OPORTUNISMO NA CADEIA DO CAFÉ: IMPACTOS NAS FORMAS CONTRATUAIS. SCD 004 • REFORMA AGRÁRIA E USINAS PÚBLICAS: UMA ALTERNATIVA DE SUSTENTABILIDADE PARA A PRÇODUÇÃO DE BIODIESEL NO SERTÃO PERNAMBUCANO. SSD 370 • SISTEMA DE ANÁLISE DE PERIGOS E PONTOS CRÍTICOS DE CONTROLE NA INDÚSTRIA DE ERVA-MATE:UMA VISÃO DA NOVA ECONOMIA INSTITUCIONAL. SSD 255 • SITUAÇÃO DO SETOR SUCROALCOOLEIRO NO NORDESTE: ESTRUTURAÇÃO DA CADEIA PRODUTIVA, PRODUÇÃO E MERCADO. SSD 130 • TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E RASTREABILIDADE: RELAÇÕES SISTÊMICAS DOS AMBIENTES E A ESTRUTURA DE GOVERNANÇA DO SISTEMA AGROINDUSTRIAL DA CARNE BOVINA BRASILEIRA. SCD 059 • TENDÊNCIA DAS ESTRUTURAS DE MERCADO A MONTANTE E A JUSANTE DA AGRICULTURA BRASILEIRA NO PERÍODO DE 1990 A 2002. SSD 008 • TENDÊNCIAS MUNDIAIS NO CONSUMO DE ALIMENTOS. SCD 001 • TEORIA DOS CUSTOS DE MENSURAÇÃO – ALGUMAS VALIDAÇÕES EMPÍRICAS. SCD 166 • UMA ANÁLISE ECONOMÉTRICA DAS OFERTAS DE AÇÚCAR E ÁLCOOL PARANAENSES.

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TÍTULO E GRUPO PAG TÍTULO E GRUPO PAG

SSD 379 • UMA ANÁLISE SISTÊMICA DA INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA BRASILEIRA. 5 • POLÍTICAS SETORIAIS E MACROECONÔMICASSCD 053 • (RE)NEGOCIAÇÕES DAS DÍVIDAS AGRÍCOLAS. SSD 118 • A ESTIMAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES DE CAFÉ CRU EM GRÃO BRASILEIRAS NO PERÍODO DE 1997 A 2003. SSD 119 • A IMPORTÂNCIA DO CRÉDITO AGRÍCOLA E DA EDUCAÇÃO NA DETERMINAÇÃO DO PRODUTO PER CAPITA RURAL: UM ESTUDO DINÂMICO EM PAINÉIS DE DADOS DOS MUNICÍPIOS PARANAENSES. SCD 054 • A PARTICIPAÇÃO DO AGRONEGÓCIO NO PIB BRASILEIRO: CONTROVÉRSIAS CONCEITUAIS E PROPOSTAS METODOLÓGICAS. SSD 249 • ANÁLISE DE CICLOS NA ECONOMIA BRASILEIRA. SSD 251 • ANÁLISE DO IMPACTO DOS INVESTIMENTOS NA AGROPECUÁRIA SOBRE A GERAÇÃO DE PRODUTO, EMPREGO E IMPORTAÇÕES NO ESTADO DO CEARÁ. SSD 121 • ANÁLISE DOS PRINCIPAIS TRIBUTOS INCIDENTES NA CADEIA DE CARNE BOVINA BRASILEIRA. SCD 108 • ASPECTOS ALOCATIVOS E DISTRIBUTIVOS DA REDUÇÃO NA TRIBUTAÇÃO INDIRETA SOBRE INSUMOS AGROPECUÁRIOS: UMA ANÁLISE DE EQUILÍBRIO GERAL INTER-REGIONAL. SSD 122 • AVALIAÇÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE FORTALECIMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR-PRONAF GRUPO B EM MINAS GERAIS. SCD 160 • DIMENSIONANDO O PIB DO AGRONEGÓCIO EM PERNAMBUCO. SCD 109 • DIREÇÃO DA CAUSALIDADE ENTRE DESENVOLVIMENTO FINANCEIRO E CRESCIMENTO ECONÔMICO NO BRASIL. SSD 252 • FATORES DETERMINANTES DA INADIMPLÊNCIA DO CRÉDITO RURAL NAS ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO DE FRUTEIRAS NO ESTADO DO CEARÁ. SSD 248 • FINANCIAMENTO DA AGRICULTURA BRASILEIRA: OS NOVOS INSTRUMENTOS DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS PRIVADOS. SSD 250 • IMPACTO DA POLÍTICA CAMBIAL NAS EXPORTAÇÕES DE FRANGO APÓS A IMPLANTAÇÃO DO PLANO REAL (1994-2004). SSD 123 • INSTRUMENTOS SE SUSTENTAÇÃO DE PREÇOS DE ARROZ: A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA. SCD 162 • MODERNIZAÇÃO E DIVERSIFICAÇÃO COM MINIMIZAÇÃO DE RISCOS NA AGRICULTURA FAMILIAR: A EXPERIÊNCIA DO PROJETO DE ASSENTAMENTO BOM CONSELHO NO MUNICÍPIO DE MACAÍBA/RN. SSD 120 • O CRÉDITO RURAL OFICIAL E A AGRICULTURA DE MATO GROSSO: 1993 A 2001. SCD 110 • O FINANCIAMENTO PARA A AQUISIÇÃO DE INSUMOS NAS REVENDAS DO PARANÁ. SCD 161 • POLÍTICAS PÚBLICAS DE FOMENTO À PRODUÇÃO FAMILIAR NO BRASIL: O CASO RECENTE DO PRONAF. SSD 247 • SÍNTESE TEÓRICA DA CREDIBILIDADE E CONSISTÊNCIA DA POLÍTICA MONETÁRIA E SEUS CUSTOS EM TERMOS DE DESEMPREGO NO BRASIL. 6 • AGRICULTURA, MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVELSSD 181 • A CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL DE FLORESTAS, COMPETITIVIDADE E AMBIENTALISMO RENOVADO: UM ESTUDO DE CASO NA AGROINDÚSTRIA ERVATEIRA PUTINGUENSE – RIO GRANDE DO SUL. SSD 314 • A IMPORTÂNCIA DO ICMS ECOLÓGICO COMO INSTRUMENTO DE COMPENSAÇÃO FINANCEIRA NA APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO PROTETOR • RECEBEDOR. SCD 077 • A INTEGRAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS NA ESCALA TERRITORIAL: REFLEXÕES A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DO RIO GRANDE DO NORTE. SSD 308 • A POLÍTICA DE GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO RIO GRANDE DO SUL: SUA ESTRUTURA E PERCEPÇÃO DOS COMITÊS DE BACIA HIDROGRÁFICA.

SCD 130 • A REVISÃO DA POLÍTICA DE TARIFAS DE ÁGUA NO USO AGRÍCOLA: UM ESTUDO DE CASO NO SUL DE PORTUGAL. SCD 021 • A SUSTENTABILIDADE DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE BOVINOCULTURA DE CORTE DO RIO GRANDE DO SUL. SSD 312 • A THEORETICAL FRAMEWORK ON SUSTAINABILITY BASED ON THE MAINTENANCE OF NATURAL CAPITAL STOCKS. SSD 057 • AGRICULTURA ALTERNATIVA E SUSTENTABILIDADE: O CASO DO ASSENTAMENTO NOVAS VIDAS EM OCARA, CEARÁ. SSD 189 • ALGUMAS POSSIBILIDADES DE ESTUDO DE CONFLITOS SÓCIO-AMBIENTAIS A PARTIR DA SOCIOLOGIA DOS REGIMES DE AÇÃO. SCD 020 • AMPLIANDO O CONCEITO DE RASTREABILIDADE: EM BUSCA DE SUSTENTABILIDADE NAS CADEIAS PRODUTIVAS. SCD 134 • ANÁLISE COMPARATIVA DO BALANÇO ENERGÉTICO DO MILHO EM DIFERENTES SISTEMAS DE PRODUÇÃO. SSD 303 • ANÁLISE ECONÔMICA DA EXPLORAÇÃO DE CUPUAÇU EM SISTEMAS AGROFLORESTAIS. SSD 186 • APLICAÇÃO DO DASHBOARD OF SUSTAINABILITY NA AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE DO DESENVOLVIMENTO RURAL LOCAL. SSD 311 • AS ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS (ONGS) PROMOTORAS DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL. SSD 020 • AS POLÍTICAS AMBIENTAIS E OS OBJECTIVOS DOS AGRICULTORES: O CASO DOS AGRICULTORES DO SUL DE PORTUGAL. SCD 076 • ATIVIDADE AGRÍCOLA E EXTERNALIDADE AMBIENTAL: UMA ANÁLISE A PARTIR DO USO DE AGROTÓXICOS NO CERRADO BRASILEIRO. SSD 307 • AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DO USO DE ÁGUA PELO TOMATEIRO SOB IRRIGAÇÃO POR SULCOS. SSD 301 • AVALIAÇÃO ECONÔMICA DA POLUIÇÃO DO AR NA AMAZÔNIA OCIDENTAL: UM ESTUDO DE CASO DO ESTADO DO ACRE. SSD 054 • BIODIESEL: UMA PROPOSTA ECONÔMICA, SOCIAL E AMBIENTALMENTE CORRETA. SCD 135 • CARACTERÍSTICAS DA TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO DA PESCA ARTESANAL EM CABO VERDE. SSD 053 • CERTIFICAÇÃO DA CASTANHA-DO-BRASIL NA REGIÃO DO ALTO ACRE: UMA EXPERIÊNCIA DE SUSTENTABILIDADE. SSD 300 • COBRANÇA PELO USO DA ÁGUA NA SUB-BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARDINHO: PERSPECTIVAS E IMPACTOS ECONÔMICOS SOBRE OS USUÁRIOS. SSD 055 • CONDIÇÕES DO TEMPO E PRODUTIVIDADE TOTAL DE FATORES NA AGRICULTURA PAULISTA, 1962-2002. SSD 182 • CONSIDERAÇÕES SOBRE A IMPLEMENTAÇÃO DE COMITÊS DE BACIAS HIDROGRÁFICAS DE RIOS FEDERAIS • O CASO DO COMITÊ DE BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARANAÍBA. SSD 021 • CONTRIBUIÇÃO DAS POLÍTICAS AGRÍCOLAS PARA A SUSTENTABILIDADE DO AMBIENTE NUM SISTEMA AGRÍCOLA MEDITERRÂNEO. SCD 131 • CUSTOS AMBIENTAIS DA PRODUÇÃO DA SOJA EM ÁREAS DE EXPANSÃO RECENTE NOS CERRADOS BRASILEIROS – O CASO DE PEDRO AFONSO • TO. SSD 063 • DA ABUNDÂNCIA DO AGRONEGÓCIO À CAIXA DE PANDORA AMBIENTAL: A RETÓRICA DO DESENVOLVIMENTO (IN) SUSTENTÁVEL DO MATO GROSSO. SCD 025 • DEMANDA POR PESCADOS NO BRASIL ENTRE 2002 E 2003. SSD 192 • DESENVOLVIMENTO LOCAL SUSTENTÁVEL NA ZONA DA MATA • PE: ASPECTOS ESTRUTURANTES DO PROMATA NO MUNICÍPIO DE PAUDALHO. SCD 024 • DINÂMICA DO ESTOQUE DE RECURSOS PESQUEIROS EM CABO VERDE, NO PERÍODO DE 1982 A 2001.

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TÍTULO E GRUPO PAG TÍTULO E GRUPO PAGSCD 022 • ECONOMIC GROWTH AND ENERGY CONSUMPTION: A SUR REGRESSION MODEL APPLICATION IN BRAZIL FOR SEVERAL SOURCES OF FUEL. SCD 023 • EMISSÕES DE CO2 NA ECONOMIA BRASILEIRA: UMA ANÁLISE DE DECOMPOSIÇÃO ESTRUTURALPARA OS ANOS 1990 E 2003. SSD 313 • FATORES CRÍTICOS À PRODUÇÃO FLORESTAL EM SANTA CATARINA: UM ESTUDO DE PROSPECÇÃO. SSD 184 • GESTÃO DO LIXO: UM ESTUDO SOBRE AS POSSIBILIDADES DE REAPROVEITAMENTO DO LIXO DE PROPRIEDADES HORTÍCOLAS. SSD 315 • GESTÃO INTEGRADA E MEIO AMBIENTE EM UM EMPREENDIMENTO DE FRUTICULTURA. SCD 075 • GRUPOS DE ESTABELECIMENTOS SUINÍCOLAS E POTENCIAL POLUIDOR NO ALTO URUGUAI CATARINENSE. SSD 059 • INDICADOR DE QUALIDADE DE PRODUÇÃO DA CULTURA DO TOMATE, NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. SSD 191 • LEGISLAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS E O TRATAMENTO DE DEJETOS NA SUINOCULTURA PAULISTA. SCD 133 • NOTAS SOBRE O AMBIENTALISMO, (AGRO)ECOLOGIA, CIÊNCIA E CAPITALISMO. SSD 058 • O DESAFIO DA “REDE ARROZEIRAS DO SUL” DIANTE DA PERSPECTIVA DE UMA GESTÃO SUSTENTÁVEL. SSD 061 • O DILEMA NA ACACICULTURA BRASILEIRA: GLOBALIZAÇÃO X DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. SCD 080 • O MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO LIMPO COMO ALTERNATIVA DE POLÍTICA PÚBLICA AMBIENTAL. SSD 305 • O MERCADO DE CARBONO NA AMAZÔNIA LEGAL: UMA ESTIMATIVA DOS GANHOS ECONÔMICOS PARA O ESTADO DO TOCANTINS. SCD 079 • O PAPEL DA PECUÁRIA BOVINA DE CORTE NO BRASIL E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O EFEITO ESTUFA. SSD 183 • O SISTEMA DE LICENCIAMENTO DE PROPRIEDADES RURAIS COMO ESTRATÉGIA DE CONTROLE DO DESMATAMENTO ILEGAL: A EXPERIÊNCIA DO MATO GROSSO. SSD 302 • OS RECURSOS NATURAIS E O PENSAMENTO ECONÔMICO. SSD 187 • PERCEPÇÃO AMBIENTAL DE PRODUTORES DE CACHAÇA NA REGIÃO DE OURINHOS – SP. SSD 056 • PESCA E AQÜICULTURA COMO TECONOLOGIA DE BACKSTOP. SCD 026 • PESCA PREDATÓRIA DA LAGOSTA NO BRASIL: UM MODELO INSUSTENTÁVEL. SSD 306 • PRODUÇÃO MAIS LIMPA: UMA RESPONSABILIDADE EMPRESARIAL. SCD 078 • PROGRESSO TÉCNICO, RELAÇÕES DE TRABALHO E QUESTÕES AMBIENTAIS NA AGROINDÚSTRIA CANAVIEIRA. SSD 188 • PROTOCOLOS DE RELACIONAMENTOS SOCIAIS PARA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS IMPACTADAS POR ATIVIDADES PETROLÍFERAS. SCD 019 • THE COMMONS DILEMMA REVISITED: EXPANDING RATIONALITY AND ANIMATING INSTITUTIONAL ANALYSIS. SSD 310 • TRANSFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS E AMBIENTAIS NA REGIÃO DOS CAMPOS DE CIMA DA SERRA (RS): O MANEJO ADEQUADO DO CAMPO NATIVO COM ALTERNATIVA DE SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA E AMBIENTAL. SSD 304 • UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE AS POLÍTICAS FLORESTAIS DO BRASIL E PARAGUAI. SSD 019 • UMA POLÍTICA DE C&T PARA O SETOR PRIMÁRIO NA AMAZÔNIA. SSD 190 • UMA VISÃO PANORÂMICA SOBRE A CASTANHA-DE-CAJU “IN NATURA” E PROCESSADA NOS PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES. SCD 132 • USO E CONSERVAÇÃO DOS REMANESCENTES DE MANGABEIRA POR POPULAÇÕES TRADICIONAIS.

SSD 185 • VALOR ECONÔMICO E SOCIOCULTURAL DO ECOTURISMO E DAS ATIVIDADES RECREACIONAIS PROVIDAS PELA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL SERRA DE SÃO JOSÉ (MG). SCD 018 • VALORAÇÃO CONTINGENTE DA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (APA) SÃO JOSÉ – MG: UM ESTUDO DE CASO. SSD 309 • VALORAÇÃO ECONÔMICA DO MEIO AMBIENTE E UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS: O CASO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARDINHO – RS. SSD 060 • VALORAÇÃO MONETÁRIA DE BENEFÍCIOS AMBIENTAIS: O CASO DO TURISMO NO LITORAL DO MUNICÍPIO DE CANAVIEIRAS – ESTADO DA BAHIA. SSD 062 • VIABILIDADE ECONÔMICA DO BIODIESEL E IMPACTO DO SEU USO NO PREÇO DA TARIFA DE ÔNIBUS NA CIDADE DE ITABUNA, BAHIA. SSD 052 • ÁGUA E AGROTÓXICOS? ISSO NÃO SE MISTURA. ESTUDO SOBRE A MICROBACIA HIDROGRÁFICA DO CÓRREGO DA LAGOA, SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, SP. 7 • AGRICULTURA FAMILIARSSD 168 • A AGRICULTURA ORGÂNICA COMO FONTE DE EMPREGO E RENDA: UM ESTUDO DE CASO DA PRODUÇÃO VITIVINÍCOLA. SSD 164 • A IMPORTÂNCIA DA AGRICULTURA FAMILIAR NO CONTEXTO DO AGRONEGÓCIO CAFÉ EM RONDÔNIA. SSD 294 • A IMPORTÂNCIA DA AGROINDUSTRIALIZAÇÃO NAS ESTRATÉGIAS DE REPRODUÇÃO DAS FAMÍLIAS RURAIS. SSD 277 • A INSERÇÃO DA FRUTICULTURA IRRIGADA COMO ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO: UM ESTUDO NA REGIÃO DA CAMPANHA NO RS. SSD 296 • A PEQUENA PROPRIEDADE RURAL NO ESPÍRITO SANTO: CONSTITUIÇÃO. SSD 293 • A PLURATIVIDADE E A VIABILIZAÇÃO DA PEQUENA PROPRIEDADE: UM ESTUDO DE CASO DOS PRODUTORES RURAIS NO MUNICÍPIO DE TOLEDO – PR. SSD 042 • A PLURIATIVIDADE E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A QUALIDADE DE VIDA DOS AGRICULTORES FAMILIARES: APROXIMAÇÕES PARA O CASO DO RIO GRANDE DO SUL. SSD 179 • AGRICULTURA E PECUÁRIA EM ÁREAS DE FRONTEIRA: DIFERENÇAS E SUSTENTABILIDADE. SSD 165 • AGRICULTURA FAMILIAR E TURISMO RURAL NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. SSD 298 • AGRICULTURA FAMILIAR EM BOA ESPERANÇA/ES: PATRIMÔNIO FUNDIÁRIO, ESTRATÉGIAS FAMILIARES E ORGANIZAÇÃO DO. SSD 291 • AGRICULTURA FAMILIAR NO SEMI-ÁRIDO: FATALIDADE DE EXCLUSÃO OU RECURSO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. SCD 072 • AGRICULTURA FAMILIAR: PECUÁRIA LEITEIRA COMO LÓCUS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS PARANAENSES. SSD 047 • ANÁLISE DA IMPORTÂNCIA DO PROJETO GARANTIA-SAFRA NA PRODUÇÃO DE GRÃOS: O CASO DO CEARÁ. SCD 069 • ANÁLISE DAS LIBERAÇÕES DOS RECURSOS DO PRONAF – DESCENTRALIZAÇÃO DAS APLICAÇÕES DO CRÉDITO RURAL? SSD 046 • ANÁLISE DOS ASPECTOS SOCIAIS E PRODUTIVOS DA MAMONA COM VISTAS A PRODUÇÃO DO BIODIESEL: UM ESTUDO DE CASO. SSD 279 • ANÁLISE ECONÔMICA DA CULTURA DE ALGODÃO EM SISTEMAS AGRÍCOLAS FAMILIARES. SCD 015 • AS RECENTES TRANSFORMAÇÕES NAS AGRICULTURAS FAMILIARES PARANAENSES: ANÁLISE A PARTIR DAS INFORMAÇÕES DE OCUPAÇÕES E RENDAS DO PERÍODO 2001-2004. SSD 163 • ASPECTOS ECONÔMICOS DA SUBSTITUIÇÃO DE FONTES CONVENCIONAIS DE ENERGIA POR BIOGÁS EM ASSENTAMENTO RURAL DO ESTADO DE SÃO PAULO. SSD 175 • AÇÕES COLETIVAS ENVOLVENDO PEQUENOS PRODUTORES: DA EXCLUSÃO À INCLUSÃO NOS MERCADOS.

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TÍTULO E GRUPO PAG TÍTULO E GRUPO PAGSSD 297 • BOA ESPERANÇA/ES: FORMAÇÃO SOCIESPACIAL E CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR. SSD 172 • CAFÉ E COM A CORAGEM: 20 ANOS DE MONITORAMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR NA AMAZÔNIA. SSD 050 • CAPITAL SOCIAL E DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL: UMA ABORDAGEM SISTÊMICA DA VERTICALIZAÇÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR. SSD 278 • CARACTERIZAÇÃO DOS PRODUTORES FAMILIARES DE LEITE DE MONÇÕES (SP) . SSD 041 • CARACTERÍSTICAS DAS POTENCIAIS CULTURAS MATÉRIAS-PRIMAS DO BIODIESEL E SUA ADOÇÃO PELA AGRICULTURA FAMILIAR. SCD 126 • CONSUMO DE ÁGUA, ESTRATÉGIAS PRODUTIVAS E ESCASSEZ HÍDRICA: UM LEVANTAMENTO PRELIMINAR COM FAMÍLIAS RURAIS NO ALTO JEQUITINHONHA. SCD 073 • CONTRIBUIÇÕES DO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DE COMUNIDADE – SUDESUL – NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE UMA SOCIEDADE RURAL NO SUL DO RIO GRANDE DO SUL: UM OLHAR ALÉM OU AQUÉM DOS INDICADORES ECONÔMICOS. SSD 290 • CULTIVO DO MILHO NO ESTADO DO CEARÁ: MILHO HÍBRIDO OU MILHO VARIEDADE? SCD 017 • DEMANDAS E GARGALOS TECNOLÓGICOS DA AGRICULTURA FAMILIAR NO PARANÁ: A VISÃO DAS ENTIDADES REPRESENTATIVAS. SSD 167 • DESEMPENHO DE PRODUTORES AGRÍCOLAS COM BASE EM MEDIDAS DE PRODUTIVIDADE: UMA ABORDAGEM MULTICRITERIAL. SSD 169 • E AGORA JOSÉ... PARA ONDE? IMPASSES EM TORNO DA IDENTIDADE E PROJETO DO MOVIMENTO DE AGRICULTORES EM CONSTANTINA-RS. SCD 125 • ENTRE A MONOCULTURA E A DIVERSIDADE: OS CAMINHOS DOS AGRICULTORES ASSENTADOS NA REGIÃO DE ARARAQUARA-SP. SCD 074 • ESTABELECIDOS E OUTSIDERS NO CRÉDITO RURAL: O CASO DO PRONAF B. SCD 128 • ESTUDO DO PERFIL DOS MUNICÍPIOS RECEPTORES DE RECURSOS DO PRONAF CRÉDITO – UMA COMPARAÇÃO ENTRE AS CAPTAÇÕES DA REGIÃO SUL E DA REGIÃO NORDESTE. SSD 044 • EVOLUÇÃO DO ESPAÇO AGRÁRIO DO MUNICÍPIO DE QUEVEDOS-RS. SSD 040 • EXTENSÃO RURAL: POLISSEMIA E RESISTÊNCIA. SCD 016 • IMPACTOS DAS FEIRAS DE PRODUTORES RURAIS NO COMÉRCIO URBANO EM MUNICÍPIOS DO VALE DO JEQUITINHONHA. SSD 292 • MODO DE PRODUÇÃO E REFORMA AGRÁRIA: COMO EVOLUI A FORMA DE PRODUÇÃO DOS COMUNITÁRIOS DO ASSENTAMENTO GROSSOS? SSD 170 • NOVAS FORMAS DE INSERÇÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR AO MERCADO COMO ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO RURAL. SSD 051 • NOVOS SUJEITOS POLÍTICOS: AUTO-ORGANIZAÇÃO DAS TRABALHADORAS RURAIS. SSD 049 • O CRÉDITO DO PROGRAMA NACIONAL DE FORTALECIMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR (PRONAF) E A EFICIÊNCIA TÉCNICA AGRÍCOLA BRASILEIRA: UMA ANÁLISE PARA O PERÍODO DE 1996 A 2003. SSD 043 • O PROGRAMA NACIONAL DE FORTALECIMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR (PRONAF): UM ENFOQUE NA PERSPECTIVA DEMOCRÁTICA DE ALAIN TOURAINE. SSD 177 • O QUE SE COMPRA NA FEIRA? PERFIL E FATORES DE DECISÃO DO CONSUMIDOR EM LAVRAS, MG. SCD 070 • PLURIATIVIDADE E SUCESSÃO HEREDITÁRIA NA AGRICULTURA FAMILIAR. SCD 127 • POTENCIALIZANDO APOIOS INSTITUCIONAIS E PARCERIAS NA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS PARA ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL: O CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL EM UNAÍ/MG. SSD 174 • PROPOSTA METODOLÓGICA PARA A CAPACITAÇÃO GERENCIAL DE AGRICULTORES FAMILIARES.

SSD 180 • QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO: PERSPECTIVAS PARA A. SSD 299 • REDES SOCIAIS DE RECIPROCIDADE NOS ESPAÇOS LOCAIS DO MEIO RURAL E INICIATIVAS DE DESENVOLVIMENTO: ALGUMAS POSSIBILIDADES DE INTERAÇÃO. SSD 171 • RESGATANDO E PRESERVANDO A BASE GENÉTICA DA BACIA DO RIO CURU, CEARÁ: ALGUNS RESULTADOS E CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES. SSD 295 • SIMULAÇÃO DE CENÁRIOS PARA A PECUÁRIA LEITEIRA DE ECONOMIA FAMILIAR EM MINAS GERAIS. SCD 129 • SISTEMAS DE PRODUÇÃO FAMILIAR NO MUNICÍPIO DE LAPÃO, BAHIA. SSD 176 • SISTEMAS E CUSTOS DE PRODUÇÃO DE MANDIOCA NO ESTADO DE ALAGOAS. SSD 173 • SUBSÍDIOS PARA A ELABORAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS COM RECORTE DE GÊNERO E RAÇA NA AGRICULTURA FAMILIAR. SSD 166 • SUSTENTABILIDADE SOCIAL E ECONÔMICA: INOVAÇÃO TECNOLÓGICA VISANDO À INCLUSÃO SOCIAL DE PRODUTORES DE BASE FAMILIAR. SSD 045 • TRANSFERÊNCIA E APROPRIAÇÃO DE TECNOLOGIAS ATRAVÉS DA UNIDADE DE TESTE E DEMONSTRAÇÃO – UTD, NO CULTIVO DO ALGODÃO PARA A AGRICULTURA FAMILIAR NO SUDOESTE DE GOIÁS, COM ENFOQUE NO MUNICÍPIO DE RIO VERDE, SAFRA 2004/2005. SSD 048 • TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS RECENTES NO ESPAÇO RURAL DO OESTE DE SANTA CATARINA: MIGRAÇÃO, SUCESSÃO E CELIBATO. SCD 071 • UMA ESTIMATIVA PRELIMINAR DAS RECEITAS MONETÁRIAS E NÃO-MONETÁRIAS DE AGRICULTORES FAMILIARES DO VALE DO JEQUITINHONHA. SSD 178 • VIABILIDADE ECONÔMICA DE SISTEMAS AGROFLORESTAIS ORGÂNICOS NO BAIXO SUL DA BAHIA – O CASO DO PROJETO ONÇA. 8 • MERCADO DE TRABALHO AGRÍCOLASSD 364 • A AGROINDÚSTRIA CANAVIEIRA PARAIBANA: IMPLICAÇÕES DA CRISE NO EMPREGO E NA ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA NA DÉCADA DE 1990. SCD 107 • A EVOLUÇÃO DAS ATIVIDADES E RENDAS NÃO-AGRÍCOLAS NA PARAÍBA NOS ANOS 90. SCD 050 • A EXACERBAÇÃO ROMÂNTICA NA PESQUISA SOCIAL E A ANÁLISE DA MIGRAÇÃO CAMPO-CIDADE EM PERNAMBUCO NO SÉCULO XX. SCD 052 • A PLURIATIVIDADE NO NORDESTE E NO SUL DO BRASIL. SSD 242 • COMPARAÇÃO ENTRE OS SISTEMAS DE PREVIDÊNCIA SOCIAL RURAL NO BRASIL, SUÉCIA E CANADÁ. SSD 365 • CONDIÇÕES E ACESSO À SAÚDE ENTRE OS OCUPADOS NOS SETORES AGRÍCOLA, INDUSTRIAL E SERVIÇOS: UMA ANÁLISE REGIONAL EM ANOS RECENTES, 1998 E 2003. SSD 366 • CRESCIMENTO DO PRODUTO AGROPECUÁRIO: UMA APLICAÇÃO DO VETOR AUTO-REGRESSIVO (VAR). SSD 241 • DIFERENÇAS SALARIAIS POR COR NO MERCADO DE TRABALHO DA REGIÃO SUL DO BRASIL. SSD 367 • EMPREGO RURAL NA FRUTICULTURA PARAIBANA NO PERÍODO 1990-2003. SSD 243 • MERCADO DE TRABALHO FORMAL EM ATIVIDADES AGROPECUÁRIAS PAULISTAS, 1995-2004. SSD 246 • MUDANÇAS RECENTES NO EFEITO DA ESCOLARIDADE SOBRE O SALÁRIO DO TRABALHADOR AGRÍCOLA GAÚCHO. SCD 106 • MUDANÇAS RECENTES NO MERCADO DE TRABALHO RURAL. SSD 369 • O COMPORTAMENTO DA MÃO-DE-OBRA OCUPADA NO NORDESTE BRASILEIRO: UMA ANÁLISE PARA OS ANOS DE 1995 E 2003. SSD 368 • O PROGRAMA DOCUMENTO NORDESTE E AS NOVAS FORMAS DE ABORDAR A GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA NAS REGIÕES DO RIO SÃO FRANCISCO E NA SERRA DA CAPIVARA NO PIAUÍ. SSD 244 • OCUPAÇÕES AGRÍCOLAS E NÃO AGRÍCOLAS: TRAJETÓRIA E RENDIMENTOS NO MEIO RURAL BRASILEIRO.

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TÍTULO E GRUPO PAG TÍTULO E GRUPO PAG

SCD 051 • POLÍTICAS TRABALHISTA, FUNDIÁRIA E DE CRÉDITO AGRÍCOLA E POBREZA NO BRASIL. SSD 245 • TECNOLOGIA E RELAÇÕES DE PRODUÇÃO NO EXTRATIVISMO DA CARNAÚBA NO NORDESTE BRASILEIRO. 9 • INSTITUIÇÕES E ORGANIZAÇÕES NA AGRICULTURASSD 117 • ILUMINANDO SINGULARIDADES E SENTIDOS EM UMA EXPERIÊNCIA DE OCUPAÇÃO E DE ACAMPAMENTO. SSD 107 • A ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES DE LEITE DE ÁGUAS BELAS COMO AGENTE DE DESENVOLVIMENTO. SCD 157 • A ECONOMIA INSTITUCIONAL: EM BUSCA DE UMA TEORIA DO DESENVOLVIMENTO RURAL. SSD 237 • A IMPORTÂNCIA DO AUTOFINANCIAMENTO PARA O FINANCIAMENTO DO PROCESSO DE EXPANSÃO DAS COOPERATIVAS AGROPECUÁRIAS. SSD 239 • ABERTURA DIRETA DO CAPITAL DAS COOPERATIVAS AGROPECUÁRIAS PELA EMISSÃO DE TÍTULOS DE DÍVIDA. SSD 240 • AGRONEGÓCIO COOPERATIVO: A TRANSIÇÃO E OS DESAFIOS DA COMPETITIVIDADE. SSD 112 • ALGUMAS REFLEXÕES ACERCA DO ESPAÇO DE INVESTIGAÇÃO SOBRE O \\\\\\\\. SCD 048 • ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS EM ESPAÇOS RURAIS DO NORDESTE: O CASO DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ASSU-MOSSORÓ (RN). SSD 111 • ATORES SOCIAIS RURAIS, GOVERNANÇA LOCAL E DESENVOLVIMENTO RURAL NA AMÉRICA LATINA. SSD 116 • AUTONOMIA E DEPENDÊNCIA NA ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS AGRICULTORES DO PROJETO CINTURÃO VERDE DE ILHA SOLTEIRA. SSD 115 • AVALIAÇÃO DE PROGRAMA PÚBLICO DE DESENVOLVIMENTO NO. SSD 361 • CAPITAL SOCIAL E ACESSO AO CRÉDITO NA AGRICULTURA FAMILIAR. SSD 114 • CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS E LIMITES A AÇÃO ESTRATÉGICA: REDES DE RECURSOS DE PODER EM PERSPECTIVA COMPARADA. SCD 104 • CONSTRUÇÃO DE REDES E INCLUSÃO SOCIAL NO TERRITÓRIO CITRÍCOLA PAULISTA. SCD 049 • CONTRACTING UNDER WEAK. SCD 156 • COOPERATIVAS NO AGRONEGÓCIO DO LEITE: TENDÊNCIAS INTERNACIONAIS. SSD 358 • DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES DE PRODUTORES NA REGIÃO DE PRESIDENTE PRUDENTE – SP. SSD 113 • DISCUTINDO A MUDANÇA DE PARADIGMA NA ATUAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES SINDICAIS DE TRABALHADORES RURAIS. SSD 236 • EFICIÊNCIA DOS PRINCÍPIOS COOPERATIVISTAS NA COAPIL PARA PROMOVER O DESENVOLVIMENTO SÓCIO-ECONÔMICO DOS COOPERADOS E COLABORADORES. SSD 363 • ESTRATÉGIAS DAS COOPERATIVAS DE LATICÍNIOS NO ESTADO DE SÃO PAULO: CASO COOPERATIVA DE LATICÍNIOS DE SOROCABA: COLASO. SSD 235 • EXTENSÃO RURAL NO ESTADO DE GOIÁS: PRODUÇÃO FAMILIAR E MODERNIDADE REFLEXIVA. SCD 101 • GRUPOS DE PRESSÃO E A TRAMITAÇÃO DO PROJETO DE LEI DE BIOSSEGURANÇA NO CONGRESSO NACIONAL. SCD 047 • HABILIDADES E COMPETÊNCIAS DOS ADMINISTRADORES DA COOPERATIVA MISTA DOS PRODUTORES RURAIS DO SUDESTE GOIANO. SSD 360 • INOVAÇÃO E PRÁTICAS ENDÓGENAS NA ATIVIDADE PESQUEIRA DO BAIXO TOCANTINS: UMA ALTERNATIVA FACE À DIFICULDADE DE OFERTA. SSD 362 • INVESTIGAÇÃO DO DESEMPENHO DAS COOPERATIVAS DE CRÉDITO DE MINAS GERAIS POR MEIO DA ANÁLISE ENVOLTÓRIA DE DADOS (DEA).

SCD 103 • INVESTMENT CONSTRAINTS IN AGRICULTURAL COOPERATIVES: THEORY, EVIDENCE AND SOLUTIONS. SCD 102 • O CAPITAL SOCIAL NO ESTADO DO CEARÁ: O CASO DO MUNICÍPIO DE ITAREMA. SSD 238 • O DESENVOLVIMENTO DAS FONTES INFORMAIS DE CRÉDITO NA DÉCADA DE 1990 E A MUDANÇA DE RELAÇÃO DOS NOVOS AGENTES – O CASO DA CARAMURU ALIMENTOS LTDA.

SSD 110 • O PROGRAMA SAI E SEU EFEITO NA CAPACITAÇÃO DO EMPRESÁRIO RURAL DO ALTO TIETÊ • SP. SCD 105 • OS CONSÓRCIOS DE PRODUTORES DIFERENCIADOS NO TERRITÓRIO CITRÍCOLA PAULISTA E SEUS RECURSOS DE PODER. SCD 158 • PLANTAÇÕES E POLÍTICA FLORESTAL NO BRASIL: ANÁLISE DA FORMAÇÃO E DA INSTITUCIONALIZAÇÃO DE DEMANDAS (1960-2000). SSD 109 • PRINCIPAIS CAUSAS DO NÃO ASSOCIATIVISMO ENTRE AGRICULTORES FAMILIARES DO MUNICÍPIO DE NOVA PALMA (RS, BRASIL) E ESTRATÉGIAS DE EXTENSÃO. SSD 359 • PROPOSTA DE METODOLOGIA DE RATING PARA COOPERATIVAS AGROPECUÁRIAS.

SCD 155 • REFLEXÕES SOBRE O PAPEL DAS COOPERATIVAS AGROPECUÁRIUAS NO FINANCIAMENTO DA AGRICULTURA BRASILEIRA. SSD 106 • RISCO DE LIQUIDEZ EM COOPERATIVAS DE CRÉDITO: UMA ABORDAGEM A PARTIR DO MODELO LOGIT MULTINOMIAL. SSD 108 • TITULO: A ORGANIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DE P&D AGRÍCOLA EM CUBA A PARTIR DOS ANOS 90: CONFRONTOS E DESAFIOS NO SECULO XXI. SCD 159 • UTILIZAÇÃO DA FUNÇÃO DE ANÁLISE DISCRIMINANTE LINEAR E O MODELO DE REGRESSÃO LOGÍSTICA NA PREVISÃO DE INSOLVÊNCIA DE COOPERATIVAS AGRÍCOLAS DO ESTADO DO PARANÁ. 10 • REFORMA AGRÁRIA E OUTRAS POLÍTICAS DE REDUÇÃO DA POBREZASSD 272 • A BUSCA PELA ESTABILIDADE ECONÔMICA E OS SEUS EFEITOS SOBRE O PROJETO FOME ZERO NO BRASIL. SCD 111 • A ESCOLA EM ASSENTAMENTOS DE REFORMA AGRÁRIA: IMPASSES E POSSIBILIDADES NO PROCESSO DE RESSOCIALIZAÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS. SSD 271 • ANÁLISE DA POLÍTICA DE ASSENTAMENTOS RURAIS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: O CASO DO ASSENTAMENTO ASSOCIAÇÃO MUTIRÃO DA CONQUISTA – VALENÇA / RJ. SCD 165 • AS VILAS RURAIS NA REGIÃO OESTE DO ESTADO DO PARANÁ: UMA POLÍTICA PÚBLICA DE DESENVOLVIMENTO E SEU IMPACTO NA VIDA DOS TRABALHADORES RURAIS VOLANTES. SCD 113 • CARACTERIZAÇÃO DAS FAMÍLIAS E DA PRODUÇÃO DE QUATRO ASSENTAMENTOS DA REGIÃO DE ANDRADINA-SP. SSD 145 • COOPERATIVAS DE PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA DO MST: POSSIBILIDADES E LIMITES COMO INDUTORA DA SUSTENTABILIDADE DOS ASSENTAMENTOS. SSD 274 • EVOLUÇÃO DAS ATIVIDADES PRODUTIVAS DO ASSENTAMENTO ANHUMAS: LUTAS E PERCALÇOS. SSD 142 • FOME ZERO:EVOLUÇÃO DESDE O CONCEITO DE SEGURANÇA ALIMENTAR ATÉ O PROJETO (VERSÃO DE 2001). SSD 273 • INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO EM ASSENTAMENTOS RURAIS E PERIFERIA URBANA: ESTUDO DE CASO DOS ASSENTAMENTOS DE CÓRREGO RICO (JABOTICABAL-SP), REAGE BRASIL (BEBEDOURO-SP) E ÁREA PERIFÉRICA URBANA (JARDIM ALVORADA) JABOTICABAL-SP. SSD 146 • MEDIDAS DE POBREZA FGT DAS PESSOAS OCUPADAS COM ATIVIDADE PRINCIPAL NA AGRICULTURA: UMA ANÁLISE SEGUNDO A POSIÇÃO NA OCUPAÇÃO NOS ESTADOS DA REGIÃO NORDESTE.

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TÍTULO E GRUPO PAG TÍTULO E GRUPO PAGSCD 055 • O ARRENDAMENTO DE TERRAS NO BRASIL: UMA ABORDAGEM REGIONAL. SCD 163 • O ARRENDAMENTO NOS LOTES DOS PROJETOS DE ASSENTAMENTO DE TRABALHADORES RURAIS: UMA POSSIBILIDADE A CONSIDERAR? SSD 143 • O PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO COMO INSTRUMENTO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. O CASO DO ASSENTAMENTO DANDARA DOS PALMARES • CAMAMU/BA. SCD 164 • POBREZA RURAL NO BRASIL: DIFERENTES ABORDAGENS GERAM RESULTADOS DIFERENTES? SCD 112 • PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS: UMA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL. SCD 057 • REFORMA AGRÁRIA E DESENVOLVIMENTO RURAL NO NORDESTE: A EXPERIÊNCIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE. SSD 144 • REFORMAS INSTITUCIONAIS E O FINANCIAMENTO DA AGROPECUÁRIA. SSD 276 • SISTEMAS DE PRODUÇÃO E COMPOSIÇÃO DA RENDA EM ÁREAS DE REFORMA AGRÁRIA: O CASO DE DOIS ASSENTAMENTOS EM ILHÉUS (BA). SSD 147 • TRABALHADORES ASSENTADOS E TRABALHADORES ACAMPADOS EM MATO GROSSO DO SUL, NO PERÍODO DE 1983 A 2003. SSD 275 • TRABALHO E PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NAS DECISÕES EM DOIS ASSENTAMENTOS DA REGIÃO DE ANDRADINA-SP. SCD 056 • VULNERABILIDADE ALIMENTAR E POBREZA DOMICILIAR:CASO DE SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA • RJ. 11 • DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL E RURALIDADESCD 099 • A ABORDAGEM TERRITORIAL DO DESENVOLVIMENTO RURAL – MUDANÇA INSTITUCIONAL OU \”INOVAÇÃO POR ADIÇÃO\”? SSD 232 • A INFLUÊNCIA DOS SETORES DE ATIVIDADE ECONÔMICA NO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO-SOCIAL DOS MUNICÍPIOS PAULISTAS NA DÉCADA DE 1990. SSD 103 • A MODERNIZAÇÃO AGRÍCOLA NOS MUNICÍPIOS DA MESORREGIÃO CAMPO DAS VERTENTES: UMA APLICAÇÃO DE MÉTODOS DE ANÁLISE MULTIVARIADA. SCD 149 • A MODERNIZAÇÃO DA AGRICULTURA E OS BRASIGUAIOS NO PARAGUAI. SSD 356 • A ORGANIZAÇÃO DE REDES DE UNIDADES PRODUTIVAS COMO INSTRUMENTO DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL RURAL: UMA EXPERIÊNCIA NO ESTADO DO PARANÁ. SCD 095 • A PLURIATIVIDADE NO BRASIL: PROPOSTA DE TIPOLOGIA E SUGESTÃO DE POLÍTICAS. SCD 153 • ALGUNS COMENTÁRIOS SOBRE AS MUDANÇAS NA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA E O PAPEL DO CENTRO-OESTE. SCD 096 • ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO TERRITORIAL DA SOJICULTURA NO BRASIL: 1991 – 2003. SSD 234 • ANÁLISE DO TRANSPORTE ESCOLAR RURAL DA CIDADE DE TOLEDO – PR. SSD 233 • AS AGROINDÚSTRIAS RURAIS TRADICIONAIS E O TURISMO NA QUARTA COLÔNIA-RS: INTERFACES E SINERGIAS. SSD 229 • AS CONTRIBUIÇÕES DO PODER PÚBLICO PARA O DESENVOLVIMENTO PARTICIPATIVO DO TURISMO. SSD 349 • AS DESIGUALDADES ECONÔMICAS REGIONAIS E O SETOR AGROPECUÁRIO DO RIO GRANDE DO SUL. SCD 151 • AS IMPLICAÇÕES DA DELIMITAÇÃO DE RURAL E URBANO PARA AS PRÁTICAS DAS INSTITUIÇÕES DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL EM CIDADES RURAIS. SSD 357 • ATIVIDADE PESQUEIRA NA AMZÔNIA: LIMITES E POSSIBILIDADES PARA O DESENVOLVIMENTO LOCAL. SCD 043 • AVALIANDO A INTENSIDADE DA MODERNIZAÇÃO DA AGROPECUÁRIA GAÚCHA: UMA APLICAÇÃO DE ANÁLISE FATORIAL E CLUSTER. SCD 154 • CAPITAL HUMANO, SOCIAL E EMPREGO EM MUNICÍPIOS AGRÍCOLAS.

SSD 350 • CARACTERIZAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO RURAL DOS MUNICÍPIOS PARANAENSES. SSD 352 • COMPOSIÇÃO DE CULTURAS E OCUPAÇÃO DO ESPAÇO NA AGROPECUÁRIA PAULISTA DE 1969-1971. SCD 098 • DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA PRODUTIVISTA OU AGROECOLÓGICO? UMA REFLEXÃO ACERCA DO CARÁTER TUTELAR DA EXTENSÃO RURAL. SSD 351 • DETERMINANTES DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL DOS MUNICÍPIO DA REGIÃO OESTE DO PARANÁ: HIERARQUIZAÇÃO E REGIONALIZAÇÃO. SSD 104 • DIAGNÓSTICO SOCIO-ECONÓMICO Y AMBIENTAL DE LA REGION DEL CAMPO EXPERIMENTAL DE LA UNIVERSIDAD NACIONAL DE RIO CUARTO • CÓRDOBA – ARGENTINA. SSD 101 • ESPECTRO ESTRUTURAL DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL NAS MICRORREGIÕES DE VALENÇA, ILHÉUS-ITABUNA E PORTO SEGURO, ESTADO DA BAHIA. SSD 353 • EVOLUÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DA RENDA E DA POBREZA DAS FAMÍLIAS OCUPADAS E RESIDENTES NO MEIO RURAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS, DE 1981 A 2003. SCD 041 • EXTRATIVISMO EM SERGIPE:A VULNERABILIDADE DE UM MODO DE VIDA? SCD 097 • FONTES DE CRESCIMENTO DAS PRINCIPAIS CULTURAS TEMPORÁRIAS NO ESTADO DA BAHIA. SCD 044 • GESTÃO DO TURISMO NO ESPAÇO RURAL. SSD 102 • GESTÃO TERRITORIAL DO AGRONEGÓCIO • O CASO DA REGIÃO NORDESTE DO ESTADO DE S. PAULO. SSD 348 • GRAU DE MODERNIZAÇÃO DO SETOR AGROPECUÁRIO NA REGIÃO NORTE DO BRASIL. SCD 045 • MODERNIZAÇÃO AGRÍCOLA E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO: REAVALIANDO OS MODELOS DE SCHULTZ E PAIVA. SCD 042 • MOVIMENTO RECENTE DA AGRICULTURA FAMILIAR. SSD 346 • O COMPORTAMENTO LOCACIONAL DA MÃO-DE-OBRA NA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL: NOTAS COMPARATIVAS A PARTIR DOS INDICADORES DE ANÁLISE REGIONAL. SSD 105 • O DESENVOLVIMENTO DO TURISMO E SEUS EFEITOS EM COMUNIDADES RECEPTORAS: UM ESTUDO NO MUNICÍPIO DE CARRANCAS-MG. SCD 046 • O NOVO RURAL: TEORIA E ESTUDO DE CASO. SSD 355 • O PROBLEMA DA NÃO DEFINIÇÃO DA UNIDADE ECONÔMICA BÁSICA NA AGRICULTURA. SCD 150 • O PROCESSO DE MERCANTILIZAÇÃO DO CONSUMO DE ALIMENTOS NA AGRICULTURA FAMILIAR. SSD 230 • REVESES À QUESTÃO TERRITORIAL NA REGIÃO DE IRECÊ, BAHIA. SCD 100 • SEMÂNTICA E FORMAÇÃO DISCURSIVA: A PROPÓSITO DO DEBATE SOBRE PLURIATIVIDADE E MULTIFUNCIONALIDADE. SSD 231 • TRANSFORMAÇÕES DA AGROPECUÁRIA DA AGROPECUÁRIA PARANAENSE: UM ESTUDO NA AMUSEP NO PERÍODO DE 1970 A 1995/1996. SSD 347 • TURISMO E DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL • PERFIL DA ESTRUTURA DE HOSPEDAGEM RURAL NA REGIÃO CENTRAL DO RS. SSD 100 • TURISMO E MUDANÇAS SOCIOCULTURAIS EM CONCEIÇÃO DE IBITIPOCA, MG: DA REESTRUTURAÇÃO DA ESFERA PRODUTIVA À CHEGADA DE NOVOS ATORES SOCIAIS, UM ESPAÇO RURAL EM TRANSFORMAÇÃO. SSD 354 • TURISMO EM ÁREAS RURAIS • PERSPECTIVAS DA ORGANIZAÇÃO LOCAL NO CASO DAS TERRAS ALTAS DA MANTIQUEIRA (MG). SCD 152 • UMA INTERPRETAÇÃO POLÍTICA DA INTRODUÇÃO DA SOJA NO CERRADO DE MATO GROSSO. 12 • CIÊNCIA, INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E PESQUISA.SSD 317 • A AMÊNDOA DA CASTANHA-DE-CAJU: COMPOSIÇÃO E IMPORTÂNCIA DOS ÁCIDOS GRAXOS – PRODUÇÃO E COMÉRCIO MUNDIAIS.

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TÍTULO E GRUPO PAG TÍTULO E GRUPO PAGSCD 138 • A PESQUISA PÚBLICA E A INDÚSTRIA SEMENTEIRA NOS SEGMENTOS DE SEMENTES DE SOJA E MILHO HÍBRIDO NO BRASIL. SSD 067 • ANÁLISE DOS FATORES CONDICIONANTES DA REESTRUTURAÇÃO AGRÍCOLA NO NO ESTADO DE MATO GROSSO. SSD 065 • ANÁLISE DOS FATORES QUE AFETAM O DESEMPENHO ESCOLAR NAS ESCOLAS DAS ÁREAS URBANAS E RURAIS DO BRASIL. SSD 320 • AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS ECONÔMICOS, SOCIAIS E AMBIENTAIS DA PESQUISA DA EMBRAPA: A EXPERIÊNCIA DO PERÍODO 2001/2004. SSD 316 • COMUNICAÇÃO RURAL ENTRE TRÊS ATORES NAS ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO DE FRUTEIRAS NO NORDESTE BRASILEIRO:. SSD 198 • DEBATES ATUAIS SOBRE A SEGURANÇA DOS ALIMENTOS TRANSGÊNICOS E OS DIREITOS DOS CONSUMIDORES. SSD 197 • DETERMINANTES SOCIOECONÔMICOS DA SITUAÇÃO NUTRICIONAL DAS FAMÍLIAS DA CIDADE DE CRATO • CE. SSD 195 • EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NO BRASIL: O CASO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO.

SSD 064 • FORMAS DE APRENDIZAGEM E PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO EM UM ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA SOJA NO CERRADO. SSD 193 • IMPACTOS DOS INVESTIMENTOS EM PESQUISA AGRÍCOLA NO ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL, 1960-2000. SSD 319 • INDÚSTRIA DE ALIMENTOS NO BRASIL E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. SCD 136 • INOVAÇÃO NOS INSTITUTOS PÚBLICOS DE PESQUISA E INSTITUTOS DE PESQUISA MISTOS, NO AGRONEGÓCIO FLORESTAL: ANÁLISE COMPARATIVA. SCD 081 • MEDIDA DE EFICIÊNCIA ECONÔMICA DOS CENTROS DE PESQUISA DA EMBRAPA: UMA ABORDAGEM DE PAINEL DINÂMICO PARA AVALIAÇÃO DE COVARIÁVEIS. SSD 196 • O GRAU DE CONHECIMENTO DO TRABALHADOR RURAL SOBRE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS NA REGIÃO DO ALTO TIETÊ - SP ANTES E APÓS TREINAMENTOS DIRECIONADOS.

SSD 069 • PADRÕES DE UTILIZAÇÃO E EXPECTATIVAS DE CAFEICULTORES EM RELAÇÃO À WEBSITES DE INFORMAÇÃO SOBRE CAFÉ. SSD 066 • PERSPECTIVA DO USO DE SEMENTES TRANSGÊNICAS NA PRODUÇÃO DE MILHO NO BRASIL. SSD 068 • PROGRAMA DE MILHO HÍBRIDO: NÍVEL TECNOLÓGICO, GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA NO ESTADO DO CEARÁ. SCD 137 • RESIDÊNCIA AGRÁRIA: PROJETO UNIVERSITÁRIO E CAMPONÊS COMO FATOR DE DESENVOLVIMENTO DO CAMPO. SSD 194 • TOMADA DE DECISÃO: O SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS COMO FERRAMENTA DE APOIO À GESTÃO DE PROPRIEDADES RURAIS. SCD 082 • TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA DE ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS DE PESQUISA: UMA ANÁLISE DAS PERCEPÇÕES DE EMPRESAS AGROINDUSTRIAIS NO BRASIL. SSD 318 • TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIAS AGROPECUÁRIAS: FATOR DE COMPETITIVIDADE NA MICRORREGIÃO DE PETROLINA – PE. SSD 321 • UM ESTUDO DOS FATORES QUE AFETAM A FREQÜÊNCIA E O ATRASO ESCOLAR, NOS MEIOS URBANO E RURAL, DE SÃO PAULO E PERNAMBUCO. 13 • SOCIOECONOMIA SOLIDARIA E DESENVOLVIMENTO LOCALSCD 118 • A ECONOMIA SOLIDÁRIA COMO INSTRUMENTO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: O CASO DE PINTADAS. SCD 062 • A ECONOMIA SOLIDÁRIA PARA ALÉM DO TRABALHO E DA PRODUÇÃO. SSD 014 • A GESTÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR E O DESENVOLVIMENTO LOCAL.

SSD 016 • ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA E DO DESENVOLVIMENTO HUMANO DAS FAMÍLIAS DAS BORDADEIRAS DE ITAPAJÉ – CE (*). SCD 117 • AS INCUBADORAS TECNOLÓGICAS DE COOPERATIVAS POPULARES: UMA PRIMEIRA TENTATIVA DE CONSTRUÇÃO DE MODELO. SCD 061 • COMÉRCIO JUSTO E SOLIDÁRIO EM TERRITÓRIO KALUNGA. SSD 018 • DA IDENTIDADE DE RESISTÊNCIA À IDENTIDADE DE PROJETO NO TERRITÓRIO DO SISAL, (BAHIA): O CASO DA APAEB-VALENTE. SSD 015 • DIMENSÕES DA ECONOMIA SOLIDÁRIA NO BRASIL. SSD 017 • POLÍTICAS PÚBLICAS DE EMPREGO URBANO EM BELÉM: A INSERÇÃO DE TRABALHADORES EM COOPERATIVAS POPULARES. SSD 013 • SOCIOECONOMIA SOLIDÁRIA, ESTADO E SOCIEDADE CIVIL: AÇÕES PARA A GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA.

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SSD 001 - FATORES EXPLICATIVOS PARA A DIMINUIÇÃO DA PRODUÇÃO DE CACAU NO BRASIL: UMA ANÁLISE UTILIZANDO O MODELO SHIFT-SHARE. JAQUELINE SEVERINO DA COSTA; MICHELE MERÉTICA MILTONS; ALEXANDRE FLORINDO ALVES; JOSÉ LUIZ PARRÉ; UEM, MARINGÁ, PR, BRASIL; Palavras-chave: Cacau; Produtividade; Shift-Share; agronegócio; brasil

O presente trabalho permitiu verifi car os fatores que explicam a redução da produção de cacau no Brasil, ocorrida principalmente a partir do ano de 1995 e que fi zeram com que o país saísse da condição de exportador líquido para importador do produto a partir de 1997. Procurou-se ainda, através do modelo shift-share analisar se os efeitos área, produtividade e localização geográfi ca tiveram papel expressivo neste sentido. O que se verifi cou foi que o efeito-produtividade teve maior participação, indicando que os fatores apontados pela literatura, como a disseminação da doença “Vassoura-de-Bruxa” e alterações nas condições climáticas, tais como a distribuição de chuvas no período, provocaram principalmente alterações na produtividade, e não tanto na área plantada ou na localização das lavouras.

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SSD 002 - ESTUDO DA INFLUÊNCIA TECNOLÓGICA NO SEGMENTO PROCESSADOR DA CADEIA AGROINDUSTRIAL DE CARNES BOVINA E SUÍNA.JOSÉ PAULO SOUZA; DÉRCIO BERNARDES SOUZA; LAÉRCIO BARBOSA PEREIRA;UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ, MARINGÁ, PR, BRASIL;Palavras-chave: ambiente tecnológico; competitividade; inovação tecnológica na cadeia de carne bovina e suína; inovação tecnológica; paradigma teconológico.

A aplicação e a exploração de novas tecnologias, bem como as transformações decorrentes desse processo, passaram a constituir a base de um novo paradigma tecnológico para o ambiente competitivo mundial. Sua trajetória indica profundas e continuas transformações em produtos e processos, com impacto direto na dinâmica do ambiente competitivo em que se insere qualquer organização. Nas cadeias produtivas elos de otimização e coordenação têm forte orientação nos aspectos tecnológicos tanto em segmentos primários como de apoio, orientando seu posicionamento dentre os padrões competitivos identifi cados. Dessa forma, nesse trabalho, com fundamento em pressupostos da pesquisa qualitativa, buscou-se como objetivo caracterizar como esse avanço tecnológico infl ui na dinâmica e no desempenho operacional do segmento de abate e processamento da cadeia agroindustrial de carne bovina e suína, e como afeta seu desempenho competitivo. Observou-se que, as inovações em produtos, no caso do segmento bovino, são mais incrementais e não afetam as características fundamentais do produto, estando relacionadas a cortes específi cos e a embalagens. Por outro lado, no segmento suíno, as inovações tanto podem envolver mudanças ou não nas características fundamentais do produto. Dessa forma, nessa cadeia, as inovações em produtos vêm possibilitando ganhos de competitividade e as inovações de processos vêm contribuindo para efi cácia da produção

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SSD 003 - ANÁLISE DE DESEMPENHO NA CADEIA BOVINA NO ESTADO DE SÃO PAULO. CARLOS ANDRÉ DA SILVA MÜLLER; JAIR CARVALHO DOS SANTOS; DANILO ROLIM DIAS DE AGUIAR; UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL; Palavras-chave: Desempenho; Cadeia Bovina; São Paulo; concentração; VAR

Na década de 90, a cadeia produtiva de carne bovina experimentou mudanças signifi cativas no que tange a relação entre os seus elos. Observou-se a elevação do poder de mercado do varejo frete ao segmento de abate/processamento, bem como este setor elevou seu poder frente ao segmento pecuário. Contudo, as mudanças incidiram de forma diferenciada entre os elos que a compõe, e assim sendo, um estudo que mensure seus efeitos reveste-se de importância. Os resultados comprovam a elevação do desempenho do varejo após a concentração deste mercado, em parte transferindo renda do segmento de abate/processamento, o mesmo ocorrendo com o segmento pecuário que, com o Plano Real, teve parte de sua renda transferida para os demais segmentos. De uma forma geral, o segmento varejista é o maior benefi ciado com as mudanças da década de 90.

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SSD 004 - COORDENAÇÃO E CUSTOS DE TRANSAÇÃO NOS CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO CITRÍCOLA NO BRASIL. ANA CLAUDIA VIEIRA; LUIZ FERNANDO PAULILLO; LUIZ MANOEL ALMEIDA; UFSCAR, SÃO CARLOS, SP, BRASIL; Palavras-chave: coordenação; custo de transação; citricultura; rede citrícola; comercialização

Este artigo apresenta os diversos canais de comercialização da rede citrícola no Brasil, com os respectivos custos de transação. O objetivo central é analisar se os custos de transação têm sido relevantes e em que sentido eles interferem no desempenho dos agentes produtores. Diante de um ambiente cada vez mais complexo e das difi culdades do segmento agrícola em adquirir habilidade para a negociação, a coordenação da rede fi ca sob o domínio da grande indústria processadora. Nesse sentido, verifi ca-se, através de pesquisa de campo com os citricultores, qual é o custo de transação e procura-se analisar como eles infl uenciam as escolhas desses produtores, não apenas quanto ao canal de comercialização mas quanto à própria permanência no setor. Essas escolhas são importantes quando se considera que a rede citrícola vem apresentando difi culdades cada vez maiores para os produtores agrícolas (especialmente os pequenos), diante do domínio das quatro grandes empresas processadoras.

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SSD 005 - CARACTERIZAÇÃO DA CADEIA PRODUTIVA DO LÁTEX/BORRACHA NATURAL E IDENTIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS GARGALOS PARA O CRESCIMENTO. CARLOS OMINE; MÁRCIA AZANHA FERRAZ DIAS DE MORAES; BANCO BRASIL, SÃO PAULO, SP, BRASIL; Palavras-chave: cadeia produtiva borracha; seringueira; látex; preços; gargalos

Realizou-se uma caracterização da cadeia produtiva da borracha do Brasil, considerando-se três elos principais: a produção agrícola (seringueira), a produção de látex e seu benefi ciamento. O Brasil responde atualmente por 1% da produção mundial de látex, sendo importador do produto. A crescente produção no estado de São Paulo com melhores condições edafoclimáticas pode alterar este cenário. Analisou-se o valor necessário para investimentos para implementação de seringais, a forma de fi xação de preços da borracha natural e do látex. Procedeu-se ao levantamento de dados primários e entrevistas com agentes do setor para identifi car os principais gargalos para a expansão da atividade.

Observou-se que o custo de implantação de um hectarede seringueira, incluindo o cumprimento de legislação específi ca chega a R$ 6.000, 00, que é difícil de ser arcado pelos pequenos produtores, considerando-se a ausência de linhas de crédito ofi ciais compatíveis com o retorno da atividade. No que refere à formação de preços, observou-se que a legislação pertinente e os acordos entre os intervenientes especifi ca que os preços pagos são ajustados aos valores do látex importado. Deste modo, os preços nacionais estão alinhados com o mercado internacional, e sofrem o impacto da taxa de câmbio. Praticamente 70% do preço fi ca com o produtor de látex e 30% com a indústria benefi ciadora, conforme entendimento entre os agentes da cadeia produtiva.

As perspectivas são positivas do lado da demanda, de modo que há uma clara necessidade de maior produção, que dependerá da superação dos gargalos apresentados. As linhas de crédito recém constituídas exigem requisitos de difícil cumprimento por parte dos produtores (tais como a constituição de reserva ambiental de 20% do total da área, fato que reduz a rentabilidade da cultura). Outra necessidade levantada pelos agentes é a equiparação da seringueira com árvore de refl orestamento, que solucionaria o problema de acesso às linhas de crédito.

Quanto às usinas de látex verifi cou-se da mesma forma a necessidade de giro e instrumentos de comercialização, como EGF, o que as possibilitaria a formação de estoques para venda em períodos mais vantajosos. As usinas benefi ciadoras, que dependem de investimentos, capital de giro e recursos de comercialização, cada vez mais tornam-se obsoletas e fi nanceiramente inviáveis, e também requerem linhas de crédito apropriadas.

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SSD 006 - A EXPANSÃO DA CADEIA DA SOJA NA AMAZÔNIA: OS CASOS DO PARÁ E AMAZONAS. GEORGES G. FLEXOR; SANDRO AUGUSTO VIÉGAS LEÃO; MARIA DO SOCORRO LIMA; CPDA/UFRRJ, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL; Palavras-chave: cadeia agroalimentar; Soja; Amazônia; globalização; estratégia

Desde o início da década de 1990, a Amazônia legal brasileira vem sendo palco da expansão do plantio de soja e da atuação de empresas esmagadoras de grãos. Nos últimos anos a logística instalada pelo complexo agroindustrial sojicultor, a partir de produtores, fornecedores de insumos, processadores de matérias primas, assume um caráter estratégico e promove o avanço de novas fronteiras agrícolas no interior da região. A abundância de terras agriculturáveis, juntamente com a facilidade de escoamento via transporte fl uvial através dos rios que cortam a bacia amazônica para o oceano Atlântico e daí para mercados consumidores na América do Norte, Europa e Ásia, são elementos que chamam a atenção das grandes tradings internacionais, e de empresas nacionais, que visam o mercado interno, mas principalmente o agronegócio exportador. Esses grupos empresariais criam vínculos econômicos entre o espaço regional e o comércio internacional. Neste sentindo este artigo busca analisar o contexto mais geral desta discussão, discutindo o lugar estratégico da cadeia de soja no processo de inserção global do sistema agroalimentar brasileiro, mas centrado foco em dois estudos de caso na região amazônica: Santarém no Pará e Humaitá no Amazonas.

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SSD 007 - CÂMARAS SETORIAIS DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO: UMA ABORDAGEM VOLTADA À NOVA ECONOMIA INSTITUCIONAL. CLAUCIR ROBERTO SCHMIDTKE; DALIANA CARLA VIEIRA; JEFFERSON ANDRONIO RAMUNDO STADUTO; WEIMAR FREIRE DA ROCHA JUNIOR; UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ - UNIOESTE, TOLEDO, PR, BRASIL; Palavras-chave: neocorporativismo; câmaras setoriais; organizações; instituições; políticas públicas

Este artigo realiza uma abordagem referente às Câmaras Setoriais do agronegócio brasileiro, utilizando os conceitos da Nova Economia Institucional. O que se pretende mostrar é que essas câmaras consistem em organizações que agem de forma preponderante, em sinergia com o Estado, na busca por um ambiente institucional favorável à atuação de seus representados, não objetivando somente a perseguição da efi ciência das relações econômicas, mas também a legitimidade das políticas públicas.

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SSD 008 - TENDÊNCIAS MUNDIAIS NO CONSUMO DE ALIMENTOS. ELISIO CONTINI; JOSÉ GARCIA GASQUES; ELIANA TELES BASTOS; MAPA, BRASÍLIA, DF, BRASIL; Palavras-chave: Consumo; alimentos; tendências; mundo; agroindústria

O trabalho analisa o consumo de alimentos para um grupo de países desenvolvidos e em desenvolvimento no período 1961 a 2003. Tem como principal fonte de informações a FAO. Os grupos de produtos analisados são cereais, vegetais/frutas e carnes. Nesses grupos analisam-se os principais produtos consumidos nos países considerados. Uma das conclusões, é que o crescimento populacional, a urbanização e o aumento de renda, têm provocado acentuadas mudanças no consumo, com a substituição de cereais por outros tipos de alimentos. As evidências mostraram, também, que há um grande potencial de mercado para vegetais e frutas, pois o crescimento do consumo desses alimentos tem-se dado de maneira forte em países muito populosos como China e Índia. As carnes, em especial de aves e suína, mostram-se em expansão nos países considerados, o que representa um potencial para países exportadores como o Brasil.

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SSD 009 - POTENCIALIDADES DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO DE AMENDOIM. WAGNER LUIZ LOURENZANI; ANA ELISA BRESSAN SMITH LOURENZANI; UNESP, TUPÃ, SP, BRASIL; Palavras-chave: amendoim; agronegócio; análise SWOT; potencialidades; desafi os

Considera-se que o agronegócio do amendoim tenha grande relevância e potencial no agronegócio brasileiro. Esta relevância pode ser evidenciada pela sua importância econômica e social. Entretanto este setor enfrentou problemas em sua competitividade devido aos atrasados padrões tecnológicos de cultivo e colheita até então utilizados, e à estrutura de comercialização. Observa-se que esse cenário tem sido revertido nos últimos anos. A cultura do amendoim passa atualmente por um período de transição. Soluções tecnológicas estão sendo disponibilizadas para o produtor, cooperativas e demais agentes envolvidas no setor. Estudos relacionados ao setor são escassos, por isso analisar o agronegócio do amendoim no Brasil, bem como as principais barreiras e oportunidades existentes nesse setor, é o primeiro passo para fornecer informações que contribuirão para o aumento da sua competitividade. Para alcançar esse objetivo, foram utilizados um levantamento de dados secundários e entrevistas com agentes-chaves. Os dados foram sistematizados por meio da análise de SWOT. Os resultados indicam que o agronegócio do amendoim apresenta um grande potencial de crescimento devido à crescente demanda por esse produto, além disso, apresenta condições adequadas para sua produção. Por outro lado, a carência de pesquisa, a falta de investimentos em infra-estrutura de armazenamento consistem suas barreiras à competitividade desse setor.

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SSD 010 - FILTROS INSTITUCIONAIS E ENTRAVES ORGANIZACIONAIS NA CITRICULTURA PAULISTA. LUIZ FERNANDO PAULILLO; LUIZ MANOEL ALMEIDA; ANA CLAUDIA VIEIRA; FABIANA ORTIZ MELLO; UFSCAR, SÃO, SP, BRASIL; Palavras-chave: instituições; citricultura; organização; entrave; competitividade

Este artigo visa apresentar um diagnóstico dos principais fi ltros institucionais da citricultura paulista, analisando as possibilidades de incorporar novas operações para os produtores de laranja nos canais de comercialização em que atuam. A preocupação ocorreu no sentido de identifi car os fi ltros institucionais e os principais entraves organizacionais dos citricultores, tanto para a comercialização, quanto para alcançar programas e políticas de apoio para a colocação de seus produtos nos mercados. Diante dos entraves diagnosticados por meio de uma pesquisa de campo com 120 citricultores, torna-se possível ter uma visão mais aprofundada de alguns dos problemas de adaptação dos produtores de laranja na organização agroindustrial citrícola brasileira, além de possibilitar que sejam lançados alguns pontos para refl exão a respeito de alternativas de comercialização e de políticas públicas para a citricultura no país.

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SSD 011 - PERFIL DA FLORICULTURA NO NORDESTE BRASILEIRO. MARIA SIMONE DE CASTRO PEREIRA BRAINER; ALFREDO AUGUSTO PORTO OLIVEIRA; BANCO DO NORDESTE DO BRASIL SA, FORTALEZA, CE, BRASIL; Palavras-chave: NORDESTE; FLORICULTURA; CADEIA AGROINDUSTRIAL; SEGMENTO PRODUTIVO; SEGMENTO VAREJISTA

A partir da última década do século XX a fl oricultura no Nordeste Brasileiro tem apresentando acentuado desenvolvimento, passando a repercutir nas ações do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), que já conta com vários projetos fi nanciados para produção e pesquisa tecnológica. Como principal órgão de desenvolvimento e de crédito do Nordeste, tornou-se necessário conhecer as características e os problemas da fl oricultura na Região, de forma a contribuir para o seu crescimento equilibrado. O objetivo geral desta pesquisa foi subsidiar a política do BNB e de outras agências de desenvolvimento para a atividade, caracterizando-a, de modo a possibilitar a geração de planos de ação a partir das sugestões contidas no estudo elaborado. As fontes de informações para a realização do trabalho foram entrevistas com técnicos de instituições públicas, produtores, varejistas, fornecedores de insumos, revisão bibliográfi ca da literatura especializada, páginas da Internet; além da aplicação de 2 tipos diferentes de questionários com questões abertas aplicados aos produtores e varejistas. Os resultados da pesquisa permitem concluir que a Região apresenta grande potencial para o desenvolvimento da atividade, mas existem ainda muitas barreiras que precisam ser eliminadas: Pequena oferta de insumos nas áreas produtoras, com refl exos na elevação dos custos de produção; Embora exista mão-de-obra abundante na Região, são pouco qualifi cadas; Grande quantidade de produtores informais atuando na Região, desorganizando o mercado; Produtores com pouca profi ssionalização e especialização; Concorrência dos produtos de outras regiões; Pequena dimensão do mercado regional, com grande disputa pela demanda; Baixo nível organizacional e associativo do produtor; Carência de técnicos com conhecimentos especializados; Poucas pesquisas sobre as espécies produzidas e estudos de mercado.

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SSD 012 - DINÂMICA DA CADEIA PRODUTIVA E A ESTRATÉGIA PARA O ALINHAMENTO DAS DEMANDAS POR PESQUISA AGROPECUÁRIA NA REGIÃO CAFEIRA DO SUL DE MINAS GERAIS: UM ESTUDO SOBRE A GESTÃO INTERINSTITUCIONAL DO CONSÓRCIO BRASILEIRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DO CAFÉ. MARCELO MÁRCIO ROMANIELLO; CRISTHIANE OLIVEIRA AMÂNCIO; ROBSON AMANCIO; EMBRAPA PANTANAL, CORUMBÁ, MS, BRASIL; Palavras-chave: cadeia produtiva; café; demanda; gestão; agronegócio

Com o objetivo de solucionar os problemas enfrentados pelos cafeicultores brasileiros em diversas regiões cafeeiras, foi implantado o Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café (CBP&D-Café), que tem como fi nalidade o desenvolvimento dos trabalhos de pesquisa agropecuária, em consonância com as demandas das diversas regiões produtoras. Conduziu-se este trabalho com o objetivo de analisar o CBP&D-Café, considerando-se uma abordagem metodológica para averiguar se as demandas tecnológicas proveniente da região Sul do estado de Minas Gerais, estão sendo incorporadas pelo CBP&D-Café. Nessa orientação, pretendeu-se contribuir para a construção de conhecimentos e refl exões em torno da gestão de programas de pesquisa agropecuária com uma estratégia de aliança coordenada pelas agências públicas de desenvolvimento regional, além de procurar oferecer aos gestores deste Consórcio informações sobre a maneira pela qual esse programa vem sendo conduzido e, com base nessas averiguações, poder oferecer-lhes subsídios para a implementação de mecanismos de redirecionamento, melhoria e retroalimentação.

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SSD 013 - SOCIOECONOMIA SOLIDÁRIA, ESTADO E SOCIEDADE CIVIL: AÇÕES PARA A GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA. LUCIANA ROSA DE SOUZA; UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLANDIA, UBERLâNDIA, MG, BRASIL; Palavras-chave: Socioeconomia solidária; Estado; Sociedade Civil; Geraçao de Emprego e renda; experiências

Resumo: O Objetivo deste artigo é apresentar a importância da participação da sociedade civil na busca pela geração de postos de trabalhos, tendo em vista novas concepções acerca do desenvolvimento. Ressalta-se, no contexto destas novas concepções de desenvolvimento, a economia solidária como uma alternativa para gerar emprego e renda e, principalmente, para reduzir a exclusão social. Especifi camente espera-se apresentar a potencialidade dos projetos de geração renda propostos pela economia solidária como uma alternativa para diminuir o desemprego e exclusão social, ao mesmo tempo buscou-se apresentar as limitações presentes nestas propostas.

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SSD 014 - A GESTÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR E O DESENVOLVIMENTO LOCAL. WALTER BELIK; NURIA A. CHAIM; IE UNICAMP, CAMPINAS, SP, BRASIL; Palavras-chave: Merenda Escolar ; desenvolvimento Local ; Educação

O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), maior programa de alimentação do Brasil, serve cerca de 37 milhões de refeições por dia e conta com repasses do Governo Federal da ordem de 1 bilhão de reais anuais. A partir de 1994, este programa passou a ser gerido de forma descentralizada, ou seja, fi cou a cargo dos estados e municípios a compra dos alimentos para a merenda escolar. A aquisição descentralizada foi um grande avanço, pois além de racionalizar a logística e os custos de distribuição, essa medida proporcionou o respeito à cultura alimentar da população nas diferentes localidades do país. Do ponto de vista do desenvolvimento local, a compra descentralizada constituiu um importante fator na medida em que as aquisições feitas de produtores locais podem gerar trabalho e renda para as populações dos municípios envolvidos.

Do ponto de vista da participação da sociedade civil, a descentralização permitiu a inserção de pais de alunos, professores e membros da comunidade nos processos decisórios e de acompanhamento da gestão do PNAE. A sociedade civil organizada em Conselhos de Alimentação Escolar (CAE) passou a exercer o poder deliberativo e atualmente constitui o principal instrumento de fi scalização da atuação municipal nesta área.

Esses e outros aspectos da gestão do Programa foram analisados em 2004 e 2005 a partir da inscrição de 729 municípios no Prêmio Gestor Efi ciente da Merenda Escolar organizado pela ONG Ação Fome Zero. As informações obtidas geraram uma base de dados das iniciativas desenvolvidas e permitiram traçar um perfi l do PNAE em relação a aspectos orçamentários, nutricionais, assim como sobre a promoção do desenvolvimento local e a participação social.

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SSD 015 - DIMENSÕES DA ECONOMIA SOLIDÁRIA NO BRASIL. CARLOS ALBERTO FRANCO COSTA; MARIA NEZILDA CULTI; ARMANDO LIRIO SOUZA; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ, MARINGÁ, PR, BRASIL; Palavras-chave: Economia Solidária; Incubadoras de Cooperativas; Empreendimentos Solidários

O trabalho traça uma panorâmica sobre a evolução recente do movimento da Economia Solidária no Brasil e de seus principais apoiadores, apresentando dados dos emprendimentos solidários e suas principais características.

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SSD 016 - ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA E DO DESENVOLVIMENTO HUMANO DAS FAMÍLIAS DAS BORDADEIRAS DE ITAPAJÉ – CE (*). ARAGUACY PAIXÃO ALMEIDA FILGUEIRAS; ROSEMEIRY MELO CARVALHO; FRANCISCO CASIMIRO FILHO; UNIVERSIDADE DO MINHO, GUIMARÃES, PORTUGAL; Palavras-chave: ARTESANATO; MODA; ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS; DESENVOLVIMENTO HUMANO; QUALIDADE DE VIDA

A produção do artesanato pode ser questionada em virtude do crescimento acelerado da industrialização. Para alguns autores as características do mesmo vêm sofrendo, ao longo do tempo, alterações na sua apresentação em virtude da concorrência com produtos industrializados. Porém, convém ressaltar que o artesanato pode se tornar competitivo em relação ao similar industrializado por apresentar personalização de suas peças, bem como aspectos artísticos e culturais intrínsecos a sua concepção e produção.

Todavia, percebe-se, ainda, algumas disparidades do artesanato diante das inovações tecnológicas e das exigências do mercado consumidor, tendo em vista, as incipientes formas de criação, de produção, de administração e de comercialização.

Tendo em vista a relação – artesanato, moda, economia e cultura –, o presente estudo analisa os aspectos socioeconômicos do artesanato em comunidade rural do estado do Ceará, enfocando a qualidade de vida e o desenvolvimento humano das famílias envolvidas. A comunidade de Itapajé foi escolhida como objeto deste estudo por ser um local tradicional em bordados, que vem tentando explorar todas as potencialidades de inserção no mercado de forma a melhorar seu contexto socioeconômico. Assim, pretendeu-se analisar a importância do artesanato como elemento propulsor na produção tanto sob os aspectos da preservação da cultura popular, da mão-de-obra utilizada, como também o fator econômico que favorece as unidades produtoras, calculando-se os índices de qualidade de vida -IQV e de desenvolvimento humano –IDH.

Tendo em conta o contexto no qual a pesquisa foi realizada, seus resultados podem fornecer parâmetros para os Projetos de Qualifi cação e Melhoria do Artesanato Cearense, que poderão ser implementados por Instituições como CEART, SEBRAE-CE, SETE – Secretaria de Trabalho e Empreendedorismo do Estado, Prefeitura Municipal e outras políticas públicas.

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SSD 017 - POLÍTICAS PÚBLICAS DE EMPREGO URBANO EM BELÉM: A INSERÇÃO DE TRABALHADORES EM COOPERATIVAS POPULARES. RICARDO BRUNO SANTOS; ARMANDO LIRIO SOUZA; FACULDADE IDEAL, BELÉM, PA, BRASIL; Palavras-chave: Cooperativas populares; Economia solidária; Geração de emprego e renda; Políticas públicas; Região Metropolitana de Belém

Trata-se da apresentação do estudo sobre a organização econômica e social das cooperativas populares originadas do Programa de Geração de Emprego e Renda da Prefeitura Municipal de Belém na gestão 1994-2002.

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SSD 018 - DA IDENTIDADE DE RESISTÊNCIA À IDENTIDADE DE PROJETO NO TERRITÓRIO DO SISAL, (BAHIA): O CASO DA APAEB-VALENTE. GUSTAVO BITTENCOURT MACHADO; INSTITUTO NACIONAL AGRONÔMICO PARIS-GRIGNON (INA-PG), PARIS, FRANçA; Palavras-chave: desenvolvimento local; território; identidade; sistema agrário; sisal

O presente texto baseia-se na historia de consolidação do projeto APAEB-Valente, salientando o processo histórico de aumento da complexidade e da pluralidade regionais, quando as comunidades rurais passaram a participar, deliberar e decidir sobre as ações a serem implementadas; entretanto hoje ao se estudar o sistema agrário gado-policultura com sisal, é possível conceber a institucionalidade da APAEB como modelo de desenvolvimento para as demais experiências dos agricultores familiares e como política publica de intervenção do Estado. No processo histórico de reestruturação da economia sisaleira, esse desenvolvimento em curso e a busca da complexidade são sinônimos de multifuncionalidade no espaço rural. Trata-se da passagem de uma agricultura monofuncional centrada principalmente na exploração do sisal, para uma agricultura multifuncional, destacando-se a industria de benefi ciamento e processamento de sisal, produção de carpetes e tapetes da APAEB.

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SSD 019 - UMA POLÍTICA DE C&T PARA O SETOR PRIMÁRIO NA AMAZÔNIA. ALFREDO KINGO OYAMA HOMMA; EMBRAPA AMAZÔNIA ORIENTAL, BELÉM, PA, BRASIL; Palavras-chave: Amazônia; Ciência; Tecnologia; Desenvolvimento; Meio ambiente

Evidencia-se um atraso tecnológico e científi co na região amazônica, que caminha para irreversibilidade, pela incapacidade de competição com centros mais dinâmicos do país e do mundo. A pesquisa científi ca e tecnológica na Amazônia precisa avançar no modelo fabril de produtividade científi ca e avaliação administrativa, adotando procedimentos tayloristas e de fordismo, sem vetar a criatividade dos pesquisadores. Na região amazônica a comunidade acadêmica não tem alcançado o grande impacto que a sociedade dela está esperando. Realça a fraqueza da comunidade acadêmica local e do desvio de suas funções, necessitando de maiores investimentos na formação de recursos humanos no sentido amplo. Ressalta-se que soluções tecnológicas previstas que ainda não aconteceram estão prejudicando seriamente os rumos dos acontecimentos na Amazônia. A perspectiva da visão empresarial da importância da geração de conhecimentos práticos, baseada muito no processo de erro-acerto, sobretudo no hinterland, mostra que a colaboração da comunidade acadêmica tem sido ainda muito acanhada. Há necessidade de maior integração dos centros de pesquisa com o setor empresarial, que apresentam grandes limitações tecnológicas, sobretudo de “natureza biológica” para a criação de novas alternativas de renda e emprego. As tecnologias “mecânicas” são facilmente transferíveis, como fábricas, motosserras, tratores, colheitadeiras, celulares etc. quase simultâneas, com as áreas mais dinâmicas do país e do mundo. No campo da biodiversidade, a C&T na Amazônia deveria aproveitar os conhecimento dos atores amazônicos, como indígenas, populações tradicionais e extrativistas promovendo a sua modernização. Deveria aproveitar a biodiversidade do passado e do presente e de planos concretos com relação à biodiversidade futura, no qual reserva a C&T grandes possibilidades de descobertas de novas opções para a geração de renda e emprego.

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SSD 020 - AS POLÍTICAS AMBIENTAIS E OS OBJECTIVOS DOS AGRICULTORES: O CASO DOS AGRICULTORES DO SUL DE PORTUGAL. MARIA LEONOR SILVA CARVALHO; UNIVERSIDADE DE ÉVORA, ÉVORA, CE, BRASIL; Palavras-chave: políticas agro-ambientais; erosão; programaçao multi critério; risco; mediterrâneo

As decisões económicas e ambientais são particularmente difíceis na região Mediterrânica do sul de Portugal e requerem um conhecimento multidisciplinar. A aridez desta zona associada a solos pobres e delgados torna a actividade agrícola difícil e a produtividade das culturas muito incerta. A degradação e a erosão dos solos são um problema importante, conduzindo a uma crescente desertifi cação e despovoamento do território. A Comunidade Europeia introduziu um conjunto de medidas de politica agrícola, as medidas agro-ambientais, com os objectivos de manter um conjunto sistemas agrícolas tradicionais ameaçados de extinção, eliminar os efeitos negativos da agricultura sobre o ambiente e simultaneamente manter os rendimentos dos agricultores. No entanto, o sucesso destes esquemas depende não só das características das explorações agrícolas mas também das preferências do agricultor. Assim os agricultores, na sua tomada de decisão, têm em consideração vários objectivos em simultâneo. No caso dos agricultores da zona Mediterrânea, parecem ser particularmente importantes os objectivos de maximização do rendimento, de redução da variabilidade desse rendimento e de manutenção do nível de produtividade do solo. A metodologia multi-critério, em que são dados pesos relativos aos vários objectivos do agricultor, maximizar o rendimento e minimizar o risco e a erosão), simula com maior precisão as decisões reais dos agricultores se comparada com a metodologia em que é apenas maximizado o rendimento.

Quando o fi m das medidas agro-ambientais é simulado pode-se observar uma reconversão das culturas de sequeiro em pastagens naturais com um ligeiro aumento do encabeçamento pecuário e um ligeiro aumento do nível de erosão do solo. Contudo, o aumento da erosão seria maior se os efeitos do pisoteio dos animais no solo, isto é, se a degradação do solo provocada por elevados encabeçamentos, fossem contabilizados. As medidas agro-ambientais também parecem ser efi cazes na manutenção de sistemas culturais tradicionais, baseados na produção extensiva de cereais e forragens de sequeiro, na manutenção de um rendimento agrícola sustentável e na adopção de tecnologias de conservação do solo.

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SSD 021 - CONTRIBUIÇÃO DAS POLÍTICAS AGRÍCOLAS PARA A SUSTENTABILIDADE DO AMBIENTE NUM SISTEMA AGRÍCOLA MEDITERRÂNEO. MARIA DE LURDES FERRO GODINHO; MARIA LEONOR SILVA CARVALHO; UNIVERSIDADE DE ÉVORA, ÉVORA, CE, BRASIL; Palavras-chave: política agrícola; erosão; programação matemática; risco; mediterrâneo

A erosão dos solos é um problema importante e a desertifi cação está a aumentar na região Mediterrânica. Os sistemas produtivos baseados na gestão tradicional dos cereais de Inverno, olivais e vinhas podem agravar a degradação dos solos. Para estes sistemas agrícolas, o solo pode ser gerido utilizando novas tecnologias desenvolvidas para melhorar o seu potencial e promover a sua sustentabilidade. A agricultura mediterrânea de sequeiro está sujeita a uma grande variabilidade na produção, consequência da irregular distribuição da precipitação. Esta variabilidade da produção de sequeiro leva a instabilidade no rendimento dos agricultores. Os agricultores têm, normalmente, um comportamento de aversão ao risco. Nas últimas décadas, tornou-se evidente para os políticos que a agricultura tem um papel importantíssimo no ambiente natural. A nova reforma (2003) da Política Agrícola Comum visou a criação do regime do pagamento único, para manter uma estabilidade no rendimento dos agricultores, completamente desligado da produção, e, simultaneamente, manteve as Medidas Agro-ambientais com o objectivo de proteger o ambiente e conservar a paisagem evitando o abandono das terras.

Usando um modelo de programação estocástica discreta sequencial associada a uma estrutura MOTAD e a um modelo de simulação de erosão (EPIC), analisou-se o impacto de medidas agro-ambientais nos sistemas produtivos e tecnologias de produção de uma exploração da região Mediterrânea, situada no Alentejo, Sul de Portugal. O efeito destas medidas é também analisado relativamente à erosão do solo. Os resultados mostram um aumento da extensifi cação das actividades pecuárias e a implementação da sementeira directa, com a consequente diminuição dos níveis de erosão. Mostram também um aumento do rendimento total da exploração e do rendimento esperado da produção, bem como uma diminuição da variabilidade relativa do rendimento, com a adopção das medidas agro-ambientais.

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SSD 022 - VIABILIDADE ECONÔMICA DE CONTRATOS DE INTEGRAÇÃO NA CRIAÇÃO DE FRANGOS DE CORTE NA MICRORREGIÃO DE VIÇOSA – MG. ADELSON MARTINS FIGUEIREDO; PEDRO ANTÔNIO DOS SANTOS; ROBERTO SALVADOR SANTOLIN; BRÍCIO DOS SANTOS REIS; UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL; Palavras-chave: frango de corte; contrato de integração; viabilidade econômica; risco; microrregião de Viçosa-MG

A criação de frango de corte via contratos de integração com a PIF-PAF S/A Indústria e Comércio tornou-se fonte adicional de renda para as propriedades rurais de pequeno e médio porte, na microrregião de Viçosa – MG. Assim, este trabalho visou verifi car a viabilidade de contratos de integração nessa região; especifi camente, pretendeu-se elaborar e analisar um projeto de implantação de um aviário, determinar a rentabilidade do investimento, mensurar os riscos da atividade sob o ponto de vista do integrado e auxiliar a tomada de decisão. Para isso, calcularam-se indicadores de viabilidade econômica do projeto, como Valor Presente Líquido, Taxa Interna de Retorno e razão benefício/custo; além disso, foi feita uma análise de sensibilidade para posterior análise de risco. Os resultados apontaram para a viabilidade econômica do projeto; ademais constatou-se que a sua lucratividade é mais sensível aos componentes da receita do que dos custos, sendo o preço recebido por ave a variável de maior sensibilidade. Percebeu-se também que os contratos de integração não eliminam totalmente o risco da atividade e que a integradora transfere parte do risco de preços ao produtor.

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SSD 023 - RETORNO E RISCO EM SISTEMAS DE SUCESSÃO DE SOJA NO ESTADO DE SÃO PAULO, 2005. MAURA SEIKO TSUTSUI ESPERANCINI; ALEXANDRE BOCHICHIO KUROSAKI; DIOGO LEITÃO MIRANDA; ANDREA REGINA PAES; UNESP, BOTUCATU, SP, BRASIL; Palavras-chave: sucessão de culturas; retorno econômico; risco.

O objetivo geral deste estudo foi avaliar o retorno econômico e o risco de implementar combinações de culturas anuais, em particular sistemas de sucessão de culturas com soja no estado de São Paulo. Foram analisados três sistemas em sucessão: sucessão soja verão em plantio convencional seguido de milho safrinha em sistema de preparo reduzido de solo - EDR de Orlândia; sucessão soja verão em plantio direto seguido de milho safrinha em sistema de plantio direto - EDR de Assis; sucessão soja verão em plantio convencional seguido de sorgo granífero de inverno em sistema de preparo reduzido de solo - EDR de Orlândia. Foi utilizado o método de simulação estocástica ou de Monte Carlo, por envolver elementos aleatórios, referentes aos riscos de variação em determinadas variáveis. Foram utilizadas três variáveis de risco: preços, produtividade e custos de produção. Os preços, tanto dos produtos quanto dos insumos, foram defl acionados pelo IGPM, com base em agosto de 2005. De uma forma geral, verifi ca-se que não existe um padrão que rege o retorno e o risco em sucessão de culturas, nas situações analisadas. Em alguns sistemas como soja e milho nas regiões de Orlândia e Assis, a introdução do cultivo de inverno, no caso o milho safrinha, tem o efeito de reduzir o retorno médio e aumentar o risco do sistema. No sistema em sucessão soja e sorgo verifi ca-se aumento do retorno econômico e pouco impacto no risco do sistema, em razão dos menores custos de produção do sorgo em relação ao milho safrinha. Embora não seja possível extrapolar totalmente os resultados apresentados para previsão de resultados econômicos futuros, a pesquisa podem fornecer subsídios tanto para a tomada de decisão do produtor individual, quanto para formulação de políticas públicas de redução de riscos para o segmento agrícola.

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SSD 024 - ANÁLISE DO DESEMPENHO COMPETITIVO DAS AGROINDÚSTRIAS DE FRUTAS DO ESTADO DO PARÁ. ANTÔNIO CORDEIRO SANTANA; ; UFRA, BELéM, PA, BRASIL; Palavras-chave: Desempenhocompetitivo; Agroindústria; Frutas; Pará; Análise fatorial

As agroindústrias de frutas do Estado do Pará estão enfrentando a concorrência de novas empresas que entraram recentemente no mercado de frutas local e da ameaça de novas entrantes de médio e grande porte. O grau de competitividade das agroindústrias paraense não era conhecido, daí o objetivo do trabalho de desenvolver um indicador de desempenho competitivo para essas agroindústrias de frutas. Utilizaram-se as técnicas de análise fatorial e de regressão múltipla para estimar o índice de desempenho competitivo (IDC) das agroindústrias de frutas paraenses. Os resultados mostraram que, das 27 empresas analisadas, apenas uma empresa apresentou alto IDC e três IDC intermediários. Os resultados permitiram identifi car as fraquezas das agroindústrias em cada fator representativo das forças competitivas. Finalmente, observou-se uma relação positiva entre as variáveis margens de lucro e número de fornecedores e o IDC das empresas.

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SSD 025 - COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR DE FRUTAS EM RONDÔNIA: UM ESTUDO DE CASO. CALIXTO ROSA NETO; CLÓVIS OLIVEIRA DE ALMEIDA; DANIELA GARCIA COLLARES; CLAUDITE AGDA DOS SANTOS; EMBRAPA, PORTO VELHO, RO, BRASIL; Palavras-chave: Comportamento do consumidor; Alimentos; Frutas

O estudo do comportamento do consumidor tem sido tema cada vez mais presente nas estratégias mercadológicas das empresas, haja vista a mudança dos hábitos de consumo, proporcionada por uma oferta cada vez maior de produtos. O setor de alimentos no Brasil, seguindo esta tendência, vem passando por grandes transformações, que partem de seu elemento-chave, que é o consumidor fi nal. Dentro do setor alimentício, o mercado de frutas vem apresentando constante evolução, motivado, sobretudo pela busca de hábitos alimentares mais saudáveis por parte da população. Partindo do pressuposto de que o conhecimento do perfi l do consumidor de frutas constitui-se em fator importante para a estratégia mercadológica das empresas do setor, realizou-se estudo de caso, utilizando uma amostra de 212 consumidores de frutas em quatro municípios do estado de Rondônia, visando conhecer suas preferências de compra e perfi l de consumo. Mesmo mais presente no mercado de trabalho, a mulher é a principal responsável pelas compras de frutas do domicílio, ou seja, é ela quem, em tese, decide o que chega à mesa da família. De modo geral, os consumidores valorizam o consumo de frutas por associá-lo com alimentação saudável. Em função disso, entendem que os pontos de venda deveriam fornecer mais informações sobre as frutas, principalmente quanto às suas características nutricionais e os benefícios que trazem para a saúde.

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SSD 026 - METODOLOGIAS DE CUSTOS DE PRODUÇÃO NA PECUÁRIA LEITEIRA: UM ESTUDO NOS PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES DO BRASIL. PATRICK FERNANDES LOPES; RICARDO PEREIRA REIS; LUIZ CARLOS TAKAO YAMAGUCHI; CASSIO FERNANDES LOPES; UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS, LAVRAS, MG, BRASIL; Palavras-chave: Metodologia de custos; pecuária leiteira; centros de custos; custos de produção; comparativo de custos

O sistema agroindustrial de leite brasileiro encontra-se inserido em um cenário em que ocorrem situações típicas de concorrência imperfeita, sendo exigido do segmento de produção desempenho que resulte na disponibilidade de matéria-prima a baixos custos. O presente trabalho teve como objetivo comparar duas metodologias de apuração de custos de produção na pecuária leiteira dos principais estados produtores de leite no Brasil, ou sejam, os estados de Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Estimaram-se os custos de produção na pecuária leiteira dos referidos estados considerando-se as duas diferentes metodologias, defi nidas por “custo da atividade leiteira” e “centro de custo leite”. Para tanto, analisaram-se dados técnicos e econômicos de 162 propriedades rurais localizadas nesses estados produtores, abrangendo o período de agosto de 2000 a julho de 2001. Os resultados indicaram que a apuração de custos pela metodologia “centro de custo leite” possibilitou uma maior precisão em relação às análises do custo total médio na pecuária leiteira, evidenciando que, quando apurados somente os custos relacionados ao subsistema leite, os preços recebidos foram sufi cientes para remunerar o produtor nos estados avaliados.

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SSD 027 - CENTRO DE CUSTOS E ESCALA DE PRODUÇÃO NA PECUÁRIA LEITEIRA DOS PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES DO BRASIL. PATRICK FERNANDES LOPES; LUIZ CARLOS TAKAO YAMAGUCHI; RICARDO PEREIRA REIS; CASSIO FERNANDES LOPES; UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS, LAVRAS, MG, BRASIL; Palavras-chave: Pecuária leiteira; centro de custo; economia de escala

O presente trabalho teve como objetivo estimar os custos de produção e identifi car escala na pecuária leiteira dos principais estados produtores de leite no Brasil, ou sejam, Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Estimaram-se os custos de produção, considerando-se a metodologia de “centro de custo”, e as funções de custos da pecuária leiteira nestes estados. Foram analisados dados técnicos e econômicos de 162 propriedades rurais localizadas nesses estados, no período de agosto de 2000 a julho de 2001. Ficou evidente a ocorrência de ganhos com a escala de produção, tendo em vista a redução dos custos médios para maiores níveis de produção, bem como os indicadores de rendimentos à escala crescentes e de economias de escala, indicando ganhos com o crescimento da produção. Os resultados evidenciam que o estudo é composto por produtores que buscam maior efi ciência e que possuem possibilidades de ganho no que se refere a melhor combinação, alocação e aproveitamento dos recursos produtivos e gerenciais.

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SSD 028 - DECISÕES DE DISTRIBUIÇÃO: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO EM UMA COOPERATIVA. RUBIA NARA RINALDI; ANDREA LAGO DA SILVA; MÁRIO OTÁVIO BATALHA; WEIMAR FREIRE DA ROCHA JUNIOR; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS, SÃO CARLOS, SP, BRASIL; Palavras-chave: Decisões de Distribuição; canais; estratégia; vantagem competitiva; cooperativa

Ao longo dos anos a maior parte das empresas tem focado sua atenção em novas formas de desenvolver negócios com o objetivo de garantir maior competitividade, o que as leva a considerar cada vez mais seu ambiente de atuação e o ajuste necessário às ações de seus concorrentes. Neste cenário, as organizações empresariais começaram a perceber a importância do gerenciamento efi caz de seu canal de distribuição. Mais precisamente, a estratégia de canal de distribuição surge como fi losofi a para orientar a organização na busca por uma vantagem competitiva sustentável. Desta forma, o objetivo geral deste artigo é compreender a estratégia de canal de distribuição de uma cooperativa da região oeste do Paraná para seus produtos destinados ao mercado interno, com o objetivo de avaliar e propor alternativas que estimulem o desenvolvimento da cooperativa.

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SSD 029 - ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DE ALGUNS FATORES SOCIOECONÔMICOS E DEMOGRÁFICOS NO CONSUMO DOMICILIAR DE CARNES NO BRASIL. MADALENA MARIA SCHLINDWEIN; ANA LÚCIA KASSOUF; ESALQ-USP, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: Consumo de carne; Fatores socioeconômicos; Procedimento de Heckman; Brasil; Grandes Regiões

O objetivo deste trabalho é fazer uma análise da infl uência de alguns fatores socioeconômicos e demográfi cos no padrão de consumo de carnes da população brasileira. O enfoque da análise é o Brasil com uma diferenciação para as Grandes Regiões e para o meio urbano e rural. Os dados utilizados são oriundos da Pesquisa de Orçamentos Familiares - (POF) 2002-2003, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE). Utilizou-se os microdados da referida pesquisa e se aplicou um modelo econométrico – o procedimento em dois estágios de Heckman, para analisar a infl uência dos fatores socioeconômicos no consumo domiciliar de carne bovina, suína e de frango. Os resultados mostram que os fatores socioeconômicos e demográfi cos possuem uma infl uência signifi cativa nos padrões de consumo domiciliar de carnes no Brasil.

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SSD 030 - O IMPACTO DA CERTIFICAÇÃO PIF E EUREPGAP, NO PROCESSO DE COMERCIALIZAÇÃO DA UVA PRODUZIDA POR PEQUENOS PRODUTORES DO VALE DO SÃO FRANCISCO: UM ESTUDO DE CASO. LILIAN COSTA GOMES; BRAS LOMATO NETO; MARIA REGINA DE SANTANA SENTO-SE; PEDRO TASSO DE SOUZA FILHO; WALDENIR SIDNEY FAGUNDES BRITTO; UFRPE/FACAPE, PETROLINA, PE, BRASIL; Palavras-chave: Certifi cação; Comercialização; PIF e EurepGAP; Vale do São Francisco; uva

O cenário mercadológico internacional sinaliza para grandes mudanças nos sistemas de produção de frutas, exigindo dos produtores a adoção de critérios de qualidade, produção certifi cada e cumprimento de normas internacionais relacionadas à segurança alimentar, rastreabilidade e respeito ao meio ambiente e ao homem. Estas exigências, por sua vez, impuseram ao produtor duas situações, ou adaptar-se e cumprir com as exigências para obtenção dos selos de qualidade, para assim garantir sua permanência no mercado, ou arriscar-se a perder espaços em tradicionais e em novos mercados. Neste sentido, o trabalho buscou verifi car, através de um estudo de caso, se o processo de certifi cação implantado no Vale do São Francisco, fruto da tendência mundial, impactou de forma positiva a comercialização da uva produzida por um pequeno produtor da região. Para tanto, foram utilizados dados secundários obtidos por meio de revisões bibliográfi cas, assim como também foram obtidas informações a partir de entrevista semi-estruturada realizada com um típico pequeno produtor de uva do Vale do São Francisco. Assim, pode-se afi rmar que apesar de não ter trazido ainda grandes benefícios em termos de comercialização (o que é esperado em um futuro próximo), a certifi cação proporcionou benefícios em termos de gestão do empreendimento para este produtor, o que acaba indiretamente por favorecer o processo de comercialização do mesmo.

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SSD 031 - DO CERRADO À AMAZÔNIA: AS ESTRUTURAS SOCIAIS DA ECONOMIA DA SOJA EM MATO GROSSO. ANTONIO JOÃO CASTRILLO FERNÁNDEZ; PGDR/UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: Agricultura; Soja; Mato Grosso; Confl itos; Agronegócio

O volume de produção e área cultivada com lavouras de soja nas áreas de cerrado em direção à fl oresta amazônica vem passando por um rápido crescimento nas últimas duas décadas, fenômenos amplamente divulgados pelas estatísticas ofi ciais e imprensa nacional, procurando dar visibilidade ao “amadurecimento” do “agronegócio” brasileiro, indicado pelos elevados índices de produtividades, uso de “tecnologias sofi sticadas” e atuação no mercado de futuro. Este estudo tem por objetivo apresentar elementos das estruturas sociais deste “agronegócio”, procurando destacar de que maneira e em quais situações a sua dimensão econômica é construída na relação de interdependência que mantém com as dimensões sociais, políticas e ambientais. Em outras palavras, este trabalho inscreve-se numa tentativa de se afastar das análises que abstrai do mundo social (do cotidiano vivenciado pelas pessoas) as possibilidades de realização das práticas econômicas, como se elas fossem autônomos, com hierarquias próprias e desprovidas de uma historicidade; para, por outro lado, identifi car as formações sociais específi cas que potencializam e dinamizam, pelo uso de recursos diversos, a consolidação e expansão das relações sociais de produção na agricultura.

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SSD 032 - SIMULAÇÃO DA VIABILIDADE INDUSTRIAL DO PROCESSAMENTO DE AMÊNDOAS DE CACAU EM PEQUENA ESCALA: O CASO DA CACAUICULTURA DE MEDICILÂNDIA NO ESTADO DO PARÁ. EDSON LOPES LIMA; FERNANDO TEIXEIRA MENDES; CEPLAC, BELÉM, PA, BRASIL; Palavras-chave: Cacau; Verticalização; Industrialização; Amazônia; Brasil Novo

Esta pesquisa teve como objetivo indicar a possibilidade de verticalização da produção de cacau na Transamazônica, estado do Pará, buscando-se formas de comercialização com maior valor agregado. Assim, a partir de simulações demonstrou-se como a substituição da venda amêndoa por subprodutos da indústria chocolateira (liquor, manteiga e pó de cacau), podem melhorar a receita nesta atividade. Usou-se como metodologia a análise de indicadores econômicos (relação benefício custo, valor presente líquido e taxa interna de retorno), tendo como base o orçamento para implantação de cada uma das fases do processamento industrial, fazendo as comparações, para uma mesma medida (150 toneladas de matéria-prima), aferindo-se o melhor resultado. Complementou-se o estudo com uma análise de sensibilidade, fazendo-se variações positivas nos custos, negativas nas receitas e custo de oportunidade do capital. Os resultados mostraram que existe viabilidade econômica para a utilização de pequenas plantas industriais, vislumbrando-se que no médio prazo venha a ser produzido o chocolate com a marca Amazônia, também um fator de agregação de valor ainda pouco utilizado pelos produtores locais.

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SSD 033 - ANÁLISE ECONOMICA DA PRODUÇÃO DE ARROZ NO MUNICIPIO DE VÁRZEA ALEGRE / CE. ELIANE PINHEIRO SOUSA; ANTÔNIO FLÁVIO OLIVEIRA MENESES; URCA, CRATO, CE, BRASIL; Palavras-chave: análise econômica; produção de arroz; características socieoconômicas; predominância tecnológica; Várzea Alegre / CE

A orizicultura é um dos segmentos mais promissores deste importante setor da economia varzealegrense, que é a agricultura. O município de Várzea Alegre / CE não dispõe de dados concretos sobre as características socioeconômicas e a predominância tecnológica, referente à produção de arroz no município, sejam de caráter ofi cial ou não. Sendo assim, este trabalho objetivou descrever o perfi l socioeconômico dos produtores de arroz varzealegrenses e conhecer a efi ciência na utilização de fatores de produção e a predominância tecnológica nas propriedades rurais do município. Para a realização deste trabalho, foram utilizadas pesquisas de caráter secundário e realizadas pesquisas de campo com aplicação de questionários junto aos orizicultores pertencentes às áreas 1 e 2 de Várzea Alegre. Para alcançar os objetivos propostos, foi utilizado o método da estatística descritiva e a análise de regressão múltipla, empregando a função de produção do tipo Cobb-Douglas. Os resultados da pesquisa evidenciam que a área 1 é mais produtiva que a área 2 e que no município prevalece uma agricultura de subsistência. Os resultados ainda demonstram que os produtores da área 2 utilizam o fator gasto com insumos de modo menos efi ciente do que os produtores da área 1, ressaltando que os produtores da área 2 apresentam uso excessivo do fator gastos com insumos. Verifi ca-se também a falta de mão-de-obra qualifi cada; o setor não conta com assistência técnica especializada e não existem políticas públicas voltadas para a produção. Portanto, sugere-se a implantação de políticas governamentais direcionadas para tal produção, que é de suma importância para a alimentação e renda desta região.

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SSD 034 - PONTOS DE VENDA DE ALIMENTOS: UMA ANÁLISE DO PERFIL DE COMPRA DOS CONSUMIDORES DE CARNE BOVINA E FLV. THAÍS LACAVA DE MOURA; ANDREA LAGO DA SILVA; ADRIANA BACKX NORONHA VIANA; MÁRIO OTÁVIO BATALHA; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS, SÃO CARLOS, SP, BRASIL; Palavras-chave: pontos-de venda; perfi l do consumidor; alimentos; carne bovina; frytas, legumes e verduras

As variáveis sócio-demográfi cas são um dos fatores que mais infl uenciam a escolha dos formatos de varejo do consumidor para a compra de alimentos. Ao analisar essas variáveis e a provável associação com a compra de alimentos, é possível desenhar um perfi l dos consumidores que freqüentam os formatos de varejos de alimentos. O propósito deste artigo é identifi car o perfi l dos consumidores que freqüentam os diversos formatos de varejo de alimentos em 4 capitais brasileiras para a compra de carne bovina e frutas, legumes e verduras (FLV). Após a identifi cação do perfi l de compra dos consumidores será possível saber a preferência de compra de carne bovina e FLV por gênero, faixa etária, nível de renda, formação educacional, número de pessoas por domicílio e no caso da mulher trabalhar fora.

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SSD 035 - RETORNOS À ESCALA E DESEMPENHO ECONÔMICO DOS PRODUTORES DE LEITE EM MINAS GERAIS. ADRIANO PROVEZANO GOMES; ROBERTO SERPA DIAS; ANTÓNIO JOSE MEDINA DOS SANTOS BAPTISTA; UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL; Palavras-chave: Leite; Métodos não-paramétricos; Eficiência; Retornos à Escala; Rentabilidade

Este trabalho teve como objetivo medir o nível de efi ciência técnica e de escala da produção de leite no estado de Minas Gerais. Para isso, foi utilizada a técnica de análise envoltória de dados em uma amostra de 1000 produtores. Inicialmente, os produtores foram separados em grupos, segundo o tipo de retorno à escala. Os resultados indicam que 33% dos produtores operam com retornos crescentes à escala, enquanto 32% estão na faixa de retornos decrescentes. Em seguida, realizou-se a caracterização dos grupos, em termos de recursos disponíveis e de indicadores de desempenho técnico e econômico da atividade. Observou-se que os produtores com retorno crescente são aqueles caracterizados como pequenos, estando de acordo com os princípios microeconômicos. Esse grupo de produtores apresenta margem líquida negativa, característica que fatalmente os expulsará do mercado. Por fi m, foi feita uma simulação do que ocorreria com os produtores que apresentaram inefi ciência técnica, caso esta inefi ciência fosse eliminada. Em média, se todos os produtores estivessem operando com máxima efi ciência técnica, o custo operacional total da atividade poderia ser reduzido em 39%, sem que houvesse redução no volume produzido. Mesmo corrigindo as inefi ciências técnicas, fi cou comprovado que a taxa média de remuneração do capital do grupo de produtores que operam com retorno crescente ainda permaneceria abaixo da remuneração da caderneta de poupança. Esse fato evidencia a necessidade de aumentar o volume de produção, eliminando os problemas de inefi ciência de escala.

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SSD 036 - ESCOLHA DA LÂMINA ÓTIMA DE IRRIGAÇÃO PARA FEIJÃO, DE ACORDO COM O NÍVEL DE AVERSÃO AO RISCO POR PARTE DO PRODUTOR. MARGARIDA GARCIA DE FIGUEIREDO; MARIUSA MOMENTI PITELLI; JOSÉ ANTONIO FRIZZONE; EURO ROBERTO DETOMINI; ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: Irrigação; Otimização; Risco; Receita Líquida; Feijão

Em decorrência da atual pressão econômica sobre os agricultores, da crescente competição pelo uso da água e dos impactos ambientais, deverá ocorrer uma mudança de paradigma no manejo da irrigação, enfocando-se mais a efi ciência econômica do que a exigência de água pela cultura. Desta forma, considerando a importância sócio-econômica que o feijão tem no Brasil, associado ao fato de tratar-se de uma cultura de elevado padrão de risco, devido à grande sensibilidade tanto ao défi cit hídrico quanto ao excesso de água, a realização de trabalhos utilizando-se técnicas de otimização no manejo da irrigação de feijão torna-se cada vez mais interessante. O presente estudo procurou identifi car uma forma de determinar a quantidade ótima de água aplicada, considerando diferentes combinações entre receita líquida esperada para produção de feijão e nível de risco, obtendo como resultado um gráfi co da receita líquida esperada, associada a um certo grau de risco, em função de diferentes lâminas de água.

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SSD 037 - POTENCIAL DAS PRINCIPAIS REGIÕES BRASILEIRAS PARA ABASTECIMENTO DE SANGUE DE BOVINOS E SUÍNOS – MELHORIA DA RENTABILIDADE E OPORTUNIDADE DE INVESTIMENTO. THIAGO BERNARDINO DE CARVALHO; SHIRLEY MARTINS MENEZES; SERGIO DE ZEN; LUIZ RODRIGO TEIXEIRA LOT; CEPEA/ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: sangue; bovinos; suínos; abate; frigorífi cos

O Brasil é reconhecidamente um dos maiores fornecedores mundiais de carnes, responsável por parte do abastecimento de diversos países. Nesse início de 2006 o MAPA relaciona 270 matadouros de bovinos e 123 de suínos distribuídos em todo o território nacional como SIF. De acordo com os dados do IBGE, os abates de bovinos totalizam cerca de 20, 7 milhões de cabeças em 2005 e os de suínos, 21, 8 cabeças, volumes que vêm aumentando ano após ano. O aproveitamento do sangue, assim como de outros subprodutos do abate nem sempre representa alguma forma de lucratividade para a indústria abatedora, embora o conjunto dos subprodutos garanta parte da rentabilidade do setor. O presente estudo aponta o direcionamento atual do sangue resultante dos abates de bovinos e suínos no Brasil. Por meio da quantifi cação do volume de abate e conseqüentemente, de sangue produzido, tem-se o conhecimento do potencial fornecedor desse subproduto, que de modo geral é visto pelos frigorífi cos como um resíduo problemático de seu processo de transformação. Além disso, por intermédio de um mapeamento dessas unidades nas principais praças de abate, é possível detectar regiões com forte representatividade para produção de sangue e também por isso, consideradas promissoras ao fornecimento desse produto. Constatado, portanto, como forma de melhorar a lucratividade das unidades de processamento ou mesmo como maneira de solucionar o problema do resíduo, o aproveitamento do sangue pode e deve ser tratado estrategicamente por frigorífi cos de bovinos e suínos, contribuindo para amenizar alguns dos principais riscos associados à atividade, dentre eles o ambiental. Em última análise, tem-se ainda a transparência do potencial a ser explorado pela indústria que usa o sangue como matéria-prima, o que além de representar uma oportunidade de investimento, poderia contribuir para amenizar problemas de ordem social.

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SSD 038 - IDENTIFICANDO ESTRATÉGIAS DE MARKETING NAS REDES DE SUPERMERCADOS PARA FRUTAS E HORTALIÇAS NO BRASIL. JOÃO PAULO DE MEDEIROS NETO; KÁTIA REJANE DE LUNA MOTA; UFRPE-PADR, RECIFE, PE, BRASIL; Palavras-chave: marketing; estratégias; frutas e hortaliças; supermercados; qualidade

A partir da década de 1970 os programas governamentais de abastecimento dos centros urbanos no setor hortifrutícola passaram a ser feitos principalmente pelas centrais de abastecimento - CEASAS. Hoje essas atividades têm se deslocado em grande parte para as grandes redes de supermercados e incorporado novos padrões de qualidade no fornecimento, embalagem, marca, certifi cação, preço e serviços que caracterizam as ações estratégicas de marketing do varejo. Consumidores mais exigentes e conscientizados provocaram o aparecimento de novos processos agregados ao produto fi nal, tais como frutas processadas, embalagens longa vida, alimentos seguros, alimentos semiprocessados, demandando novas estratégias mercadológicas das redes de distribuição. Esse artigo objetiva realizar uma análise dessas práticas de marketing para distribuição e comercialização dos hortifrutícolas nas redes de supermercados, face novas exigências dos consumidores, identifi cando a motivação destas empresas em adequar suas operações conforme as expectativas dos clientes.

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SSD 039 - OPERAÇÕES EM REDES DE SUPRIMENTO GLOBAIS E ALTA-CONFIABILIDADE. JEOVAN DE CARVALHO FIGUEIREDO; DARIO DE OLIVEIRA LIMA FILHO; JOÃO MÁRIO CSILLAG; EAESP/FGV, SÃO PAULO, SP, BRASIL; Palavras-chave: Estratégia de operações; supply chain management; vulnerabilidades; mudança organizacional; carne bovina

O objetivo deste trabalho é analisar as vulnerabilidades das redes de suprimento da carne bovina no Brasil, suas conseqüências imediatas, e as possíveis estratégias de redesenho da rede. As redes que conformam a cadeia de produção agroexportadora da carne bovina mostram alta performance, sendo responsáveis por tornar o Brasil o maior exportador do produto no mercado global. Os resultados deste estudo de caso indicam que a vulnerabilidade de apenas um nó da rede pode ser responsável pelo comprometimento da performance de toda a rede. Isto é reforçado pela confi guração da rede estudada: uma rede rotinizada, com baixo grau de infl uência da empresa focal. A partir da noção de organização de alta-confi abilidade, um quadro de referência é desenvolvido e discutido, buscando assim ajudar os tomadores de decisão na formulação de estratégias de redesenho da rede.

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SSD 040 - EXTENSÃO RURAL: POLISSEMIA E RESISTÊNCIA. ANGELO BRÁS FERNANDES CALLOU; UFRPE, RECIFE, PE, BRASIL; Palavras-chave: Extensão Rural; Extensão Pesqueira; Comunicação Rural; Desenvolvimento local; Ciências Agrárias

A diversidade de signifi cações atribuídas à Extensão Rural no Brasil possibilitou uma renovação teórica permanente dessa disciplina. E ao renovar-se, resistiu no tempo. No presente trabalho, pontuam-se esses signifi cados sem perder de vista os principais cenários históricos onde eles foram erigidos. Pretende-se, com isso, inferir que o problema do desenvolvimento dos contextos populares rurais através do extensionismo rural, ontem e hoje, não está no caráter polissêmico da Extensão Rural. Mas, sobretudo, nas incipientes interações com suas “zonas vizinhas” de conhecimento, de um lado, e, de outro, na posição política que assumem as organizações e técnicos no contato com o meio rural e pesqueiro.

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SSD 041 - CARACTERÍSTICAS DAS POTENCIAIS CULTURAS MATÉRIAS-PRIMAS DO BIODIESEL E SUA ADOÇÃO PELA AGRICULTURA FAMILIAR. THAISY SLUSZZ; JOÃO A. DESSIMON MACHADO; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: biodiesel; agricultura familiar; energia alternativa; desenvolvimento rural; oleaginosas

Além das vantagens econômicas e dos benefícios ambientais, a produção de biodiesel em larga escala será importante instrumento de geração de renda no meio rural, com impacto signifi cativo sobre a agricultura familiar. Uma das maiores motivações para a produção desse combustível alternativo foi dado pelo governo federal por meio do “Selo Combustível Social”, que prevê que indústrias produtoras comprem matérias-primas do biodiesel oriundas da agricultura familiar. Várias são as culturas viáveis para a pequena propriedade, assim sendo, neste artigo faz-se uma análise das potencialidades de cada cultura matéria-prima de biodiesel, para serem produzidas pela agricultura familiar em pequenas e médias propriedades, nas diferentes regiões brasileiras. No estudo foi utilizada a pesquisa exploratória que visou proporcionar mais familiaridade com a questão biodiesel x agricultura familiar e envolveu levantamento bibliográfi co e entrevistas a especialistas. Várias são as alternativas de cultivos com potencial agronômico positivo que podem promover a inclusão da agricultura familiar na cadeia produtiva do biodiesel, levando em consideração as especifi cidades de cada região brasileira, sendo as oleaginosas de maior destaque: dendê, coco, babaçu, girassol, canola, mamona, pinhão manso e gergelim.

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SSD 042 - A PLURIATIVIDADE E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A QUALIDADE DE VIDA DOS AGRICULTORES FAMILIARES: APROXIMAÇÕES PARA O CASO DO RIO GRANDE DO SUL. MARCELO ANTONIO CONTERATO; LEONARDO RENNER KOPPE; CAROLINA BRAZ DE CASTILHO E SILVA; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: condição de atividade; agricultura familiar; qualidade de vida; pluriatividade; Rio Grande do Sul

O objetivo deste trabalho consiste em refl etir sobre as potencialidades da pluriatividade e suas implicações para a qualidade de vida dos agricultores familiares. Inserido nas discussões sobre a ruralidade, o trabalho focaliza o caso brasileiro e utiliza-se de dados, ainda inéditos, de uma pesquisa recente sobre as famílias pluriativas no estado do Rio Grande do Sul. Busca-se indicar em que medida a combinação das atividades agrícolas e não-agrícolas por parte das famílias rurais poderia ajudar na solução de problemas corriqueiros que afetam as populações rurais tais como a instabilidade e sazonalidade das rendas, a geração de emprego no meio rural, a redução dos fl uxos migratórios, entre outras dimensões da vida dos agricultores familiares através de sua condição de atividade, ou seja, famílias pluriativas ou monoativas. São duas as hipóteses que guiam o trabalho. A primeira hipótese é de que as famílias de agricultores se diferenciam, além da condição de atividade, também quanto à outras importantes dimensões como tamanho da propriedade, número de membros na família, entre outras. A segunda hipótese é de que as famílias pluriativas têm melhores indicadores de qualidade de vida, pois têm rendimentos mais elevados e diversifi cados em relação às famílias monoativas. Conclui-se, através dos dados apresentados, que existe uma certa homogeneidade quanto à qualidade de vida, seja subjetiva ou objetiva, que deve-se ao fato de que os rendimentos das atividades não-agrícolas são utilizados principalmente para o sustento/subsistência da família e investimentos dentro da propriedade. Isso signifi ca que a renda não-agrícola, mesmo que não se materializando em bens ou nos itens selecionados como indicadores de qualidade de vida, são destinadas para o uso familiar em duplo sentido: garantir as condições mínimas de reprodução social e fortalecer a atividade agrícola.

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SSD 043 - O PROGRAMA NACIONAL DE FORTALECIMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR (PRONAF): UM ENFOQUE NA PERSPECTIVA DEMOCRÁTICA DE ALAIN TOURAINE. MAÍSA GOMIDE TEIXEIRA; AGNALDO KEITI HIGUCHI; ELIZA EMÍLIA BERNARDO ROCHA; FRANCISCO GIOVANNI DAVID VIEIRA; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGá, MARINGÁ, PR, BRASIL; Palavras-chave: Agricultura familiar; PRONAF; democracia; Associativismo; Touraine

O pequeno produtor inserido num contexto de concentração fundiária e de renda, em virtude da utilização crescente de tecnologia ou de insumos modernos na atividade agrícola e de sua exclusão dos processos de agregação de valor, realizados nas agroindústrias, situa-se em uma situação desfavorável. Foram diversas as políticas que visaram conter esta condição que se colocava na agricultura para este estrato produtivo e social. O presente estudo procura analisar o impacto de uma política dirigida para os agricultores familiares, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), a partir da perspectiva democrática de Alain Touraine, cujo conceito de democracia se baseia não em uma noção procedural da participação, mas sim na ênfase de que os atores sociais sejam capazes de dar sentido à sua ação, sendo esta participação o pressuposto de sua autonomia política. O estudo realizou-se nas propriedades familiares produtoras de uva fi na de mesa da cidade de Marialva-PR. Através de entrevistas dirigidas a dois técnicos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER), e junto a uma amostra de agricultores familiares da Comunidade do Iti, coletou-se dados que, após analisados, levam a inferir que o PRONAF, fomentando o associativismo, contribuiu para atenuar as condições desfavoráveis que se apresentavam. Isto se deu quando da aquisição da consciência de sujeito, em que os agricultores familiares passam a participar na formulação de reivindicações que alteram as condições a seu favor. No caso analisado, isso pode ser percebido quando da concessão da anistia da dívida para com a agência fi nanciadora o que proporcionou a continuidade das atividades de seus negócios e, quando da obtenção da fi scalização, por parte do órgão municipal, da qualidade do produto comercializado, garantindo assim um fortalecimento de sua posição na cadeia produtiva.

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SSD 044 - EVOLUÇÃO DO ESPAÇO AGRÁRIO DO MUNICÍPIO DE QUEVEDOS-RS. EVELINE FAVERO; LUCIANE DE MOURA; PEDRO SELVINO NEUMANN; DEAER-UFSM, SANTA MARIA, RS, BRASIL; Palavras-chave: Espaço Agrário; Sistemas de Produção; Zoneamento Agroecológico; Tipologia de Produtores; Desenvolvimento Rural

O artigo propõe-se a discutir a evolução do espaço agrário do município de Quevedos-RS, sua herança histórica, características agroecológicas e socioeconômicas, bem como a diferenciação entre os tipos de produtores nele presentes, descrevendo-se, por fi m, um sistema de produção típico do espaço agrário. A Análise Diagnóstica de Sistemas Agrários (DSA) considera a complexidade do meio rural por meio de variáveis geográfi cas, ecológicas e históricas e seus refl exos na composição tipológica dos diferentes agentes sociais da produção. Caracteriza-se por utilizar o enfoque sistêmico em cada nível de análise, baseando-se em passos progressivos que partem do geral para o particular, a fi m de manter sempre uma visão global do objeto de estudo. Por meio do zoneamento agroecológico da região foram identifi cadas três zonas distintas: a zona alta (ao Norte), localizada na região do Planalto, a zona baixa (ao Sul) no Rebordo da Serra e uma zona intermediária. Na parte Norte a criação de gado associada ao cultivo de soja é predominante. Na parte Sul, observa-se o cultivo de feijão, milho, soja e fumo somados a pecuária de corte familiar. A tendência evolutiva da região é distinta para cada uma de suas microrregiões.

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SSD 045 - TRANSFERÊNCIA E APROPRIAÇÃO DE TECNOLOGIAS ATRAVÉS DA UNIDADE DE TESTE E DEMONSTRAÇÃO – UTD, NO CULTIVO DO ALGODÃO PARA A AGRICULTURA FAMILIAR NO SUDOESTE DE GOIÁS, COM ENFOQUE NO MUNICÍPIO DE RIO VERDE, SAFRA 2004/2005. CINÁRA LOPES DE MORAES; DIVINA LUNAS LIMA; JUNE FARIA SCHERRER NEVES; PAULO CÉSAR DIAS DO NASCIMENTO; RICARDO FRANCISCHINI; UNIVERSIDADE DE RIO VERDE - FESURV, RIO VERDE, GO, BRASIL; Palavras-chave: Algodão; agricultura familiar; viabilidade técnica; viabilidade econômica; UTD

O projeto de implantação da cultura do algodão no município de Rio Verde foi desenvolvido através do fi nanciamento do Fundo de Incentivo à Cultura do Algodão – FIALGO e em parceria com a Embrapa Algodão – Paraíba e Fesurv. O projeto utilizou-se da metodologia da Unidade Teste e Demonstração – UTD para demonstrar aos produtores rurais os manejos e a condução da cultura. A UTD implantada foi de 4, 84 hectares. O custo total da produção fi cou em R$ 4. 040, 95 (quatro mil e quarenta reais e noventa e cinco centavos). O principal item na composição do custo foi a mão-de-obra com operações manuais, que totalizaram 45, 28% do custo. Este resultado indica que, com este tipo de utilização de mão-de-obra, a cultura não tem viabilidade econômica para o produtor familiar. Por isso, para que haja a implantação da cotonicultura em regime de agricultura familiar no Sudoeste de Goiás, de forma sustentável, é necessário políticas de incentivos e fi nanciamento para o desenvolvimento da cultura, através de um modelo de associação entre os produtores familiares.

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SSD 046 - ANÁLISE DOS ASPECTOS SOCIAIS E PRODUTIVOS DA MAMONA COM VISTAS A PRODUÇÃO DO BIODIESEL: UM ESTUDO DE CASO. JOSE WELLINGTON SOUSA; PAMELA CAROLINE MAIA; MARIA IRLES DE OLIVEIRA MAYORGA; UFC, FORTALEZA, CE, BRASIL; Palavras-chave: mamona; biodiesel; meio ambiente; agricultura familiar; ceará

A mamoneira é uma cultura industrial explorada em função do óleo contido em suas sementes. No Brasil, a região nordeste se destaca como potencial produtora de biodiesel de mamona, podendo utilizar-se desta alternativa para incluir no processo pequenos agricultores desprovidos de alternativas rentáveis. O objetivo deste trabalho foi analisar os aspectos sociais e produtivos da Mamona com vistas a Produção do Biodiesel nos municípios de Crateús e Novo Oriente no Estado do Ceará. Os municípios foram escolhidos para o estudo devido os mesmos serem indicados, segundo o zoneamento feito pela EMBRAPA. Foram utilizados dados primários e secundários. Nos municípios estudados prevalecem os produtores donos de suas terras, assentados e rendeiros. Os produtores na sua maioria não utilizam o fogo, mobilizam o solo, não adubam, realizam capinas, não fazem pós-colheita e recebem assistência técnica. Grande parte dos mesmos é associado, recebem incentivo à produção, mas não melhoraram sua renda. Dos fi lhos de produtores com idade escolar quase 100% freqüenta a escola. As produtividades obtidas pelos produtores fi cou bem abaixo da esperada, principalmente em Crateús.

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SSD 047 - ANÁLISE DA IMPORTÂNCIA DO PROJETO GARANTIA-SAFRA NA PRODUÇÃO DE GRÃOS: O CASO DO CEARÁ. VERÔNICA SOUSA FERREIRA; JULIANA VIANA JALES; LYDIA MARIA FERNANDES PESSOA; MARIA IRLES DE OLIVEIRA MAYORGA; UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE, BRASIL; Palavras-chave: Agricultura familiar; Garantia-Safra; produção de grãos; política pública; agricultura de sequeiro

Entre os agricultores brasileiros, os familiares são os que mais geram empregos e fortalecem o desenvolvimento local, pois distribuem melhor a renda, são responsáveis por uma parte signifi cativa da produção nacional, respeitam mais o meio ambiente e, principalmente, potencializam a economia nos municípios onde vivem. Mais da metade do território nordestino está localizado na região semi-árida, onde o Estado do Ceará representa 9, 6% do espaço geográfi co desta região. O semi-árido cearense ocupa quase sua área total sendo, portanto, vulnerável aos efeitos da seca. Em 2003, o governo do Estado, na tentativa de garantir a sobrevivência dos agricultores familiares em períodos de seca, lança o Projeto Garantia-Safra. Este artigo tem como objetivo analisar o projeto e sua importância em minimizar os efeitos da seca para produtores de grãos. A verifi cação do objetivo foi feita de modo descritivo e tabular através da análise de dados secundários obtidos da SEAGRI-CE e da FUNCEME. Apesar do curto período de lançamento do projeto, este vem a ser uma importante política pública, pois permite aos agricultores uma garantia de renda. Porém, deve ser feito uma análise de sua efi ciência, efi cácia e efetividade, a fi m de atender a todos os agricultores sujeitos aos problemas ocasionados pela seca.

<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>SSD 048 - TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS RECENTES NO ESPAÇO RURAL DO OESTE DE SANTA CATARINA: MIGRAÇÃO, SUCESSÃO E CELIBATO. MÁRCIO ANTONIO MELLO; EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA E EXTENSÃO RURAL DE SANTA CATARINA, CHAPECÓ, SC, BRASIL; Palavras-chave: Agricultira Familiar; Desenvolvimento Rural; Migração; Sucessão; Celibato

O Oeste de Santa Catarina caracteriza-se pela forte presença da agricultura familiar e o papel central que ela historicamente tem desempenhado no desenvolvimento da região. Entretanto, diversas pesquisas têm apontado que o modelo de desenvolvimento, baseado na inserção ao mercado através da articulação agroindustrial e a produção de commodities tem levado a uma situação de crise socioeconômica e ambiental que provoca profundas transformações e precarizações nas relações sociais e econômicas. Este trabalho utiliza os resultados de duas pesquisas realizadas no Oeste de Santa Catarina e uma terceira que ainda está em fase de execução. O objetivo é analisar as transformações no processo sucessório; o surgimento do fenômeno do celibato masculino no meio rural que é provocado devido a forte migração feminina, bem como, a infl uência da escola e a “violência simbólica” que ela representa na transformação da identidade da agricultura familiar.

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SSD 049 - O CRÉDITO DO PROGRAMA NACIONAL DE FORTALECIMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR (PRONAF) E A EFICIÊNCIA TÉCNICA AGRÍCOLA BRASILEIRA: UMA ANÁLISE PARA O PERÍODO DE 1996 A 2003. AURÉLIO JOSÉ MARTINS; JÚNIA RODRIGUES DE ALENCAR; ELVINO DE CARVALHO MENDONÇA; UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA - UCB, BRASÍLIA, DF, BRASIL; Palavras-chave: Pronaf; crédito rural; fronteira de produção estocástica; inclusão social; política econômica e social

A agricultura familiar vem se tornando nos últimos anos um importante instrumento de política econômica e social, fazendo com que o governo brasileiro crie em 1995 o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que visa oferecer crédito e apoio técnico a esse público. A agricultura familiar é uma forma de produção agrícola em que o trabalho e o capital são gerenciados pelo agricultor e sua família. O presente trabalho teve como objetivo estimar o impacto do crédito do Pronaf sobre a produção agrícola brasileira, ou seja, observar se o credito é ou não efi ciente. O período de estudo é de 1996 a 2003. A metodologia adotada foi a da fronteira de produção estocástica que permite verifi car em que medida os agricultores estão distantes de sua fronteira de efi ciência e como o crédito do Pronaf que modela a equação de inefi ciência pode explicar essa distância. Também foram realizadas comparações estatísticas com objetivo de verifi car como é distribuído o crédito do Pronaf nas regiões ao longo do período em estudo e se o mesmo constitui instrumento de inclusão econômica e social. Os resultados obtidos mostraram que o crédito do Pronaf apresenta-se efi ciente tecnicamente, de acordo com o método utilizado, pois os impactos negativos são provocados por variáveis aleatórias, ou seja, outras variáveis que não estão expressas no modelo, tais como: fatores climáticos, controle de pragas, interrupção no suprimento de insumos e incapacidade gerencial, e não por efeitos de inefi ciência técnica, outra questão é que, mesmo mantendo-se fi xas as demais variáveis do modelo, o crédito continua contribuindo para o crescimento do produto da agricultura e, portanto, constitui-se como importante ferramenta de inclusão social, gerando renda e emprego no campo, embora seja mal distribuído entre as regiões do país, privilegiando as regiões mais desenvolvidas e benefi ciando aos de maior faixa de renda.

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SSD 050 - CAPITAL SOCIAL E DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL: UMA ABORDAGEM SISTÊMICA DA VERTICALIZAÇÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR. LEONARDO FRANCISCO FIGUEIREDO NETO; FABIO DA SILVA RODRIGUES FABIO; ELCIO GUSTAVO BENINI; JAIR JUNIOR SANCHES SABES; UFMS, CAMPO GRANDE, MS, BRASIL; Palavras-chave: Agricultura Familiar; Desenvolvimento sustentável; Capital Social; Verticalização; Políticas Públicas

O artigo tem como objetivo discutir sobre a verticalização da agricultura familiar, pois a partir dela cria-se uma rede entre os agentes da sociedade, uma nova prática social, que vai além da melhoria da renda do produtor. Busca-se realizar essa refl exão para que se possam apresentar alternativas que tenham maior poder de contraposição a modelos excludentes, pois frente às turbulências da globalização (alta tecnologia, redução de emprego e desigualdade social) a valorização da agricultura familiar ameniza a questão social que assola o País. Diante disto, discorrer acerca da possibilidade da verticalização da agricultura familiar, tornam-se relevantes os conceitos de capital social e abordagem sistêmica, como elementos-chave para essa refl exão. Dessa forma, foi realizada uma revisão teórica sobre capital social, desenvolvimento rural sustentável, abordagem sistêmica e, por fi m, apresenta-se a discussão sobre a verticalização da agricultura familiar.

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SSD 051 - NOVOS SUJEITOS POLÍTICOS: AUTO-ORGANIZAÇÃO DAS TRABALHADORAS RURAIS. ALDENOR GOMES DA SILVA; LAETICIA MEDEIROS JALIL; THALITA COSTA DA SILVA; UFRN, NATAL, RN, BRASIL; Palavras-chave: FEMINISMO; TRABALHADORAS RURAIS; AUTO-ORGANIZAÇÃO; AGRICULTURA FAMILIAR; DESIGULADADE

Numa visão do feminismo, observar e problematizar as condições materiais da existência de mulheres e homens é fundamental para compreender de que forma as mulheres se colocam na sociedade e como as desigualdades se materializam, sem ignorar as especifi cidades de cada grupo que, neste caso, guardam como mulheres trabalhadoras rurais. Ao trazer esta discussão para as questões das mulheres, o movimento feminista se propõe a questionar a base material em que esta desigualdade se cristaliza, pois seria impossível realizar alguma transformação social substantiva e radical sem acabar com as bases de sustentação da sociedade capitalista, entre elas as desigualdades nas relações de gênero. Numa pesquisa qualitativa e comparativa, acompanhou-se dois grupos de mulheres que eram orientados pela AACC (Associação de Apoio as Comunidades do Campo) na região do Mato Grande, Município de São Miguel do Gostoso- RN. São eles: “Mulheres Decidas a Vencer” da Agrovila Paraíso; “Grupo de Mulheres Maria” da Agrovila Arizona. Num período de cinco meses, com visitas regulares aos grupos realizaram-se uma série de atividades, tais como: aplicação de questionários, ofi cinas, seminários, encontros e troca de experiências, tomando como referencial os princípios propostos pela Marcha Mundial das Mulheres, que visa fortalecer os movimentos sociais e possibilitar a auto-organização das mulheres como “sujeito político”. Ao fi nal do período de convivência com os grupos de mulheres explicitaram-se algumas respostas para questões que se levantaram na caminhada de organização daquelas mulheres. Uma delas refere-se à não efi ciência dos projetos produtivos no que diz respeito à geração de renda, levando a mudança de suas realidades econômicas.

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SSD 052 - ÁGUA E AGROTÓXICOS? ISSO NÃO SE MISTURA. ESTUDO SOBRE A MICROBACIA HIDROGRÁFICA DO CÓRREGO DA LAGOA, SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, SP. GILMAR LAFORGA; UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO - UNEMAT, TANGARÁ DA SERRA, MT, BRASIL; Palavras-chave: microbacia hidrográfi ca; agrotóxicos; agricultura familiar

A bacia hidrográfi ca do Turvo Grande está localizada na região norte-noroeste do Estado de São Paulo e apresenta uma área de drenagem de 15. 975 km2 onde os principais cursos de água são os rios São Domingos, da Onça, Turvo, Preto, Grande e da Cachoeirinha. Abrange a área de 64 municípios e uma população em torno de 1, 2 milhão de pessoas, possui uma intensa atividade agropecuária e uma expressiva atividade industrial. No Estado de São Paulo, juntamente com as bacias hidrográfi cas do Rio Piracicaba e Alto Tietê são consideradas críticas por possuírem uma disponibilidade menor de 1500 m3/habitante/ano. A do Turvo Grande possui uma disponibilidade em torno de 960m3/habitante/ano, e tem sua situação agravada pelo despejo de esgoto urbano (em média menos de 18% recebe tratamento adequado), rejeitos industriais e pelo impacto da atividade agropecuária tais como a erosão e a contaminação por agrotóxicos. Esse trabalho desenvolveu-se na microbacia hidrográfi ca do Córrego da Lagoa, um dos principais mananciais que abastecem a cidade de São José do Rio Preto. Juntamente ao Córrego dos Macacos e ao Rio Preto abastecem em torno de 40% das necessidades de uma população estimada em 372 mil habitantes. A microbacia do Córrego da Lagoa possui uma área de 2. 340 ha onde existem aproximadamente 56 propriedades, em sua maioria pequenas e que estão organizados em torno de uma associação de produtores. Objetivou-se nessa investigação, identifi car o impacto da atividade agropecuária sobre a qualidade da água, em especial, a questão da contaminação por agrotóxicos na microbacia do Córrego da Lagoa e oferecer, a partir desses resultados, subsídio à execução do programa estadual de manejo de bacias hidrográfi cas. A metodologia desse trabalho está baseada no levantamento de dados secundários na literatura disponível, nos dados disponíveis no Comitê da Bacia Hidrográfi ca Turvo Grande (CBH-TG) e nas agências de assistência técnica ofi cial. A coleta de dados primários foi realizada através da aplicação de um extenso questionário a todos os produtores e da georeferenciação das áreas de produção em relação ao curso de água. A conclusão desse trabalho aponta para uma situação preocupante quanto ao uso e manejo dos agrotóxicos que podem afetar a água captada e servida a população urbana e afetar a qualidade de vida da população local.

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SSD 053 - CERTIFICAÇÃO DA CASTANHA-DO-BRASIL NA REGIÃO DO ALTO ACRE: UMA EXPERIÊNCIA DE SUSTENTABILIDADE. CARLOS ALBERTO FRANCO COSTA; LUCAS ARAUJO CARVALHO; RONALD POLANCO RIBEIRO; UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE, RIO BRANCO, AC, BRASIL; Palavras-chave: Certifi cação; Amazônia; Catanha do Brasil

O trabalho faz uma exposição de uma experiência de certifi cação orgânica e fair trade em três associações de seringueiros na Região do Alto Acre, no Estado do Acre, mostrando que o processo de certifi cação contribuiu para a melhoria da renda dos produtores e a conservação de 20 mil hectares de fl oresta na região da Reserva Extrativista Chico Mendes.

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SSD 054 - BIODIESEL: UMA PROPOSTA ECONÔMICA, SOCIAL E AMBIENTALMENTE CORRETA. JOSÉ CLAUDIO FREITAS CRUZ; SILVÉRIO EGON ARNS; UEM, MARINGÁ, PR, BRASIL; Palavras-chave: Biodiesel; Bio-combustíveis; energia renovavel

O crescente aumento no consumo de combustíveis fósseis, aliado aos choques do petróleo e guerras nos maiores países produtores têm aumentado as incertezas quanto ao suprimento futuro de petróleo. Assim, a utilização de óleos vegetais em adição ao diesel vêm sendo pesquisado como alternativa “limpa” à oferta mundial. Alem disso, a existência no Brasil de fronteiras agrícolas a serem desbravadas possibilita um aumento da produção de óleos vegetais e a possibilidade de obter um aumento de produtividade, permitindo assim, aumentar a produção de energia sem reduzir a produção de alimentos. Biodiesel é um combustível obtido a partir de óleos vegetais como o de girassol, nabo forrageiro, algodão, mamona, soja e canola, é uma energia renovável e, portanto, uma alternativa aos combustíveis tradicionais não renováveis. Reduz determinadas emissões poluentes e emissões de dióxido de carbono e promove o desenvolvimento da agricultura nas zonas rurais mais desfavorecidas, criando empregos e evitando a desertifi cação. Este combustível apresenta inúmeras vantagens em relação ao diesel comum. Reduz a dependência energética do País e a saída de divisas pela poupança feita na importação do petróleo bruto. O biodiesel pode ser utilizado em motores diesel, puro ou misturado com diesel fóssil numa proporção que vai de 1 a 99%.

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SSD 055 - CONDIÇÕES DO TEMPO E PRODUTIVIDADE TOTAL DE FATORES NA AGRICULTURA PAULISTA, 1962-2002. JOSÉ ROBERTO VICENTE; RENATA MARTINS; INSTITUTO DE ECONOMIA AGRíCOLA, SãO PAULO, SP, BRASIL; Palavras-chave: produtividade agrícola; quebras de safras; adversidades climáticas; defi ciência hídrica; geada

O objetivo desse trabalho foi o de mensurar os efeitos das condições do tempo sobre a produtividade agrícola no estado de São Paulo, para o período de 1962 a 2002. Para tanto, a produtividade total de fatores foi relacionada à ocorrência de defi ciência hídrica e geada. Outros fatores foram representados por tendências especifi cadas de maneira a permitir alterações de nível e de inclinação nas diferentes décadas analisadas. Diagrama de previsão-realização, coefi cientes de desigualdade de Theil e testes do tipo Dickey-Fuller Aumentado foram utilizados para verifi cara a acurácia e a adequação dos modelos ajustados. Os resultados mostraram que os níveis de defi ciência hídrica a que estiveram submetidas as lavouras do estado de São Paulo, apresentaram tendência de crescimento entre 1962 e 2002. Defi ciências hídricas e geadas apareceram sempre com coefi cientes negativos e signifi cativos nos modelos explicativos da produtividade agrícola. As elasticidades dos índices de produtividade em relação às defi ciências hídricas, variaram entre -0, 016 e -0, 070, nas décadas analisadas. Esse resultado indica perdas de produtividade entre 3, 2% e 14, 2%, com os níveis máximos de defi ciência hídricas observados em cada década. Nas simulações das perdas de safras devidas às defi ciências hídricas, as médias fi caram entre 1, 9 e 4, 5 pontos percentuais do índice de produtividade. As perdas máximas situaram-se entre 9, 8 e 14, 8 pontos percentuais no índice de produtividade, todos no período de 1991 a 2002. Em valores de 2004, as perdas de safras relacionadas às defi ciências hídricas fi caram, em média, entre R$ 142 milhões e 333 milhões; no período de 1991 a 2002, as perdas médias mais do que dobraram em relação ao período de 1970 a 1980. Com relação às geadas, os cálculos apontaram perdas entre R$ 341 milhões e R$ 1. 020 milhões em cada uma das oito ocorrências desse fenômeno entre 1970 e 2002.

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SSD 056 - PESCA E AQÜICULTURA COMO TECONOLOGIA DE BACKSTOP. JACQUES RIBEMBOIM; UFRPE, RECIFE, PE, BRASIL; Palavras-chave: pesca sustentável; aqüicultura; carcinicultura; backstop technology; meio ambiente

A intensifi cação da pesca extrativa fez com que muitos dos estoques pesqueiros locais e internacionais fossem reduzidos a patamares não sustentáveis ou simplesmente desaparecessem. Por outro lado, o consumo de pescados e frutos do mar em geral tem aumentado com o aumento da renda per capita em praticamente todos os países. Estes fenômenos resultaram em uma alta do preço destes alimentos, propiciando o desenvolvimento de tecnologias de domesticação de espécies e reprodução em cativeiro, tornando atrativa a produção por meio de aqüicultura, limitando o preço e tornando-o relativamente mais estável. Neste sentido, a produção de peixes em cativeiro confi gura-se como um tipo de “tecnologia de backstop”, que acontece quando se consegue substituir um recurso natural por um produto fabricável a custos constantes e oferta ilimitada, substituto próximo do recurso natural. Para as economias de alguns países emergentes e, no caso específi co do Brasil, a produção a custos constantes e preços competitivos no mercado mundial pode se constituir em alternativa das mais interessantes para o país como um todo e para o Nordeste, em especial, dadas as suas vantagens naturais de que dispõe. Além de apresentar a aqüicultura sob este enfoque, este artigo mostra as possibilidades da carcinicultura em estados como Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco.

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SSD 057 - AGRICULTURA ALTERNATIVA E SUSTENTABILIDADE: O CASO DO ASSENTAMENTO NOVAS VIDAS EM OCARA, CEARÁ. LUIZ ARTUR CLEMENTE SILVA; CRISTIANE MOREIRA DA SILVA; JOSÉ DE SOUZA NETO; ROGÉRIO CÉSAR PEREIRA DE ARAÚJO; UFC, FORTALEZA, CE, BRASIL; Palavras-chave: modernização da agricultura; agricultura familiar; sutentabilidade; análise econômica; viabilidade fi nanceira

O presente estudo procurou analisar as implicações da agricultura alternativa no assentamento Novas Vidas - Ocara – CE, considerando os aspectos sociais, ambientais e econômicos, visto que tal área representa um local de diferenciação, pois foi um dos primeiros assentamentos de reforma agrária do Ceará a converterem a produção convencional em alternativa, através da agricultura orgânica. O método utilizado na pesquisa levou em conta variáveis sociais, ambientais e econômicas, através de um processo de investigação, onde foram aplicados e posteriormente tabulados 17 questionários dentre as 20 famílias assentadas. Segundo os dados obtidos, os assentados utilizam 34, 5ha com agricultura de subsistência e 4, 2ha com hortas, ambas produzidas de forma orgânica. Porém, mesmo possuindo terra e água para irrigação a área explorada é pequena, visto que, o assentamento possui uma área total de 693, 67ha. Os resultados indicam que, dentre os aspectos sociais, observa-se que os problemas de saúde não são constatados com grandes freqüências e que há a valorização da educação, o que demonstra avanços na melhoria da qualidade de vida. De acordo com as variáveis ambientais, constata-se que o abandono de práticas que degradam o meio ambiente é presente no local. Já no que diz respeito aos aspectos econômicos, a análise aponta a necessidade de se encontrar mecanismos de uma maior geração de renda e resoluções para a questão econômica, visto que, torna-se um ponto negativo a ser solucionado. A agricultura do assentamento representa um modelo de desenvolvimento mais equilibrado, pelo menos no que diz respeito à questão ambiental, porém é necessário que se crie iniciativas para torná-la mais efi caz na geração de renda. Resolvidos tais problemas, o modelo poderia representar uma saída para o problema da insustentabilidade da produção agrícola, mediante a aplicação de uma agricultura alternativa que vislumbre a sustentabilidade da vida no campo.

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SSD 058 - O DESAFIO DA “REDE ARROZEIRAS DO SUL” DIANTE DA PERSPECTIVA DE UMA GESTÃO SUSTENTÁVEL. VANIA DE FÁTIMA BARROS ESTIVALETE; LÚCIA REJANE ROSA GAMA MADRUGA; EUGÊNIO ÁVILA PEDROZO; TANIA NUNES DA SILVA; CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM AGRONEGÓCIOS-CEPAN/UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: Sustentabilidade; Redes; Indústrias Orizícolas; Gestão; Desenvolvimento Sustentável

O presente artigo se propõe a elucidar as ações estratégicas empreendidas pelas indústrias orizícolas, participantes da Rede Arrozeiras do Sul, tendo em vista a perspectiva da sustentabilidade e identifi car os desafi os a serem enfrentados por essas indústrias para que as mesmas possam se inserir no contexto da gestão sustentável. Visando alcançar os objetivos propostos realizou-se um estudo de caráter exploratório, utilizando-se o método de “estudos de casos múltiplos”, pois a pesquisa foi realizada junto às organizações participantes da Rede Arrozeiras do Sul que foi formada com o apoio do Programa Redes de Cooperação do Estado do Rio Grande do Sul. No total foram entrevistadas nove pessoas, ou seja, oito gestores das organizações participantes da rede e mais o consultor do Programa Redes de Cooperação responsável em acompanhar o desenvolvimento e a evolução da rede ao longo do tempo. A coleta dos dados foi realizada através de fontes documentais, entrevistas individuais em profundidade e questionários, e a análise é de cunho qualitativo tendo como base o referencial teórico utilizado no estudo. Os resultados encontrados permitem inferir que as ações desenvolvidas pelas indústrias pertencentes à Rede Arrozeiras do Sul encontram-se num estágio intermediário entre a lógica econômico-fi nanceira e a lógica da sustentabilidade. O processo de evolução para o paradigma sustentável consistirá na busca de práticas que priorizem a idéia do coletivo, da interação e ação por parte das organizações incorporando uma visão de longo prazo que contemple as três dimensões envolvidas no tripé da sustentabilidade – social, ambiental e econômica. Essa evolução exigirá esforços de todos os envolvidos no sentido de colocar em prática, coletivamente, as decisões que estão sendo deliberadas pelas indústrias participantes da rede analisada.

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SSD 059 - INDICADOR DE QUALIDADE DE PRODUÇÃO DA CULTURA DO TOMATE, NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. CARLOS THADEU PACHECO; IBGE, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL; Palavras-chave: agrotóxico; intoxicação; tomate; qualidade; produção

A aplicação incorreta dos agrotóxicos, freqüentemente, apresenta graves riscos para o homem. A contaminação do ar, das águas e do solo é freqüente. São inúmeras as conseqüências no meio ambiente e na saúde humana do uso intensivo dos agrotóxicos, tendo em vista o impacto econômico negativo, com nítidas repercussões sociais. No presente artigo pretende-se analisar as características das lavouras de tomate, no Estado do Rio de Janeiro, apontando os municípios que se destacam quanto à utilização de agrotóxicos. Foram utilizados os microdados do Censo Agropecuário, em 1995/1996, que trazem informações sobre os estabelecimentos agropecuários que cultivam tomate. Somando-se a isso, foi possível construir um indicador sintético, que avalia a qualidade de produção, levando em conta variáveis como produtividade, uso de agrotóxico, assistência técnica, irrigação, controle de pragas e doenças e conservação do solo. Os resultados sugerem que nem sempre alta produtividade esta associada à qualidade de produção, e que nenhum município do Estado apresentou ótima qualidade em produção. Por último, concluímos que é necessário avaliar conjuntamente a produtividade e alguns impactos sobre o meio ambiente e a saúde das populações, uma vez que a atividade agrícola convencional, que utiliza intensivamente os agrotóxicos, transfere alguns custos ambientais para toda sociedade.

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SSD 060 - VALORAÇÃO MONETÁRIA DE BENEFÍCIOS AMBIENTAIS: O CASO DO TURISMO NO LITORAL DO MUNICÍPIO DE CANAVIEIRAS – ESTADO DA BAHIA. CARLA REGINA FERREIRA FREIRE; FRANCISCO CASIMIRO FILHO; GILBERTO DE SOUZA GUIMARÃES JUNIOR; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ, ILHÉUS, BA, BRASIL; Palavras-chave: Custos de viagem; áreas litorâneas; atividade turística; Valor; ambiente

Este artigo tem por objetivo estimar a função de demanda por turismo das praias no município de Canavieiras, Estado da Bahia, bem como o valor recreacional das mesmas, que permitirá fazer uma estimativa dos benefícios do turismo nessa área. A estimativa dos parâmetros da equação de demanda por turismo no município de Canavieiras foi realizada através da técnica da regressão linear múltipla. Para estimar os benefícios utilizou-se o método do custo de viagem. Os procedimentos metodológicos utilizados nesta pesquisa para coleta de dados compreendem o processo não probabilístico simples, ou seja, o critério de exaustão para amostragem. A pesquisa foi feita através de questionários aplicados aos turistas do município de Canavieiras, no período de 10 a 15 de fevereiro de 2004, que se encontravam nas praias. De cada família, apenas uma pessoa foi entrevistada, no total foram aplicados 163 questionários, sendo que apenas 140 apresentaram consistência para estimar a função de demanda. Os resultados empíricos mostraram que a quantidade de dias que os turistas permanecem na praia é positivamente relacionada com os custos de transporte por viagem e inversamente relacionada com os custos incorridos no local de recreação (custos de viagem). Integrando a curva de demanda estimada em relação aos custos de viagem, chegou-se a um excedente do consumidor de aproximadamente R$ 872, 71 por dia por turista. Como a extensão do litoral é de 50 km, pode-se concluir que o valor do turismo de um quilômetro de praia é de R$ 17, 45 por dia por turista. Pode-se concluir que as praias do litoral de Canavieiras são importante fonte de geração de benefícios ambientais para a sociedade brasileira e que por isso devem ser conservadas. Dessa forma, por se tratar de um recurso ambiental, e que possui características de bens públicos, devem ser fornecidas (conservadas) pelo poder público.

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SSD 061 - O DILEMA NA ACACICULTURA BRASILEIRA: GLOBALIZAÇÃO X DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. KEITILINE RAMOS VIACAVA; LESSANDRA MEDEIROS DE OLIVEIRA; UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: ACÁCIA NEGRA; ACACICULTURA; GERENCIAMENTO; DESENVOLVIMENTO; SUSTENTABILIDADE

A Acacia mearnsii De Wild, conhecida regionalmente por Acácia Negra é uma árvore de origem australiana que chegou ao Brasil em 1918 no estado do Rio Grande do Sul. Atualmente, cerca de 40. 000 produtores familiares plantam fl orestas de Acácia Negra para fi ns comerciais, totalizando algo em torno de 150 mil hectares de refl orestamento, concentrados unicamente na região Sul do Brasil. Esta produção alimenta duas indústrias fl orestais no Brasil, a TANAC S. A. e a SETA S. A. Estas indústrias desenvolvem produtos que servem como matéria-prima para atender a diversos setores industriais, especialmente no mercado internacional. Neste contexto percebem-se grande parte das ações orientadas pelo paradigma econômico que, tendo a sua frente o desafi o da globalização acaba atendendo a um número cada vez mais restrito de stakeholders e gerando preocupações em termos de sustentabilidade. No trabalho analisou-se como está sendo feita a gestão das propriedades rurais dos produtores fl orestais de Acácia Negra com base na proposição de Shrivastava (1995), que propõe duas lógicas de gerenciamento: o modelo tradicional e o modelo ecocêntrico. O resultado é a verifi cação de uma orientação predominantemente econômica, com alta dependência do segmento industrial e valores antropocêntricos. Contudo, foram evidenciadas variações por parte dos acacicultores em termos de valores, objetivos, necessidades e interesses. As motivações e implicações das escolhas gerenciais dos produtores são discutidas a partir da inclusão de outros agentes como: sindicatos rurais, associações e indústrias.

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SSD 062 - VIABILIDADE ECONÔMICA DO BIODIESEL E IMPACTO DO SEU USO NO PREÇO DA TARIFA DE ÔNIBUS NA CIDADE DE ITABUNA, BAHIA. GEOVÂNIA SILVA DE SOUSA; MÔNICA DE MOURA PIRES; CEZAR MENEZES ALMEIDA; JAÊNES MIRANDA ALVES; JOSÉ ADOLFO DE ALMEIDA NETO; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ, ILHÉUS, BA, BRASIL; Palavras-chave: biocombustível; energia renovável; indicadores econômicos; impacto ambiental; energia

O biodiesel é um combustível com propriedades fi sico-químicas semelhantes ao diesel, obtido a partir do processo de transesterifi cação de óleos vegetais e gorduras residuais, capaz de substituí-lo em motores automotivos, estacionários e para geração de energia. Nesse sentido, buscou-se neste trabalho analisar a viabilidade econômica da produção de biodiesel a partir dos óleos de mamona e dendê no estado da Bahia e dimensionar o impacto das misturas B2 e B5 no custo da tarifa de ônibus urbano em Itabuna, Bahia. Para análise de viabilidade econômica foram calculados os indicadores VPL, TIR e relação B/C, da engenharia econômica. A análise do impacto do uso do biodiesel no preço do transporte urbano, partiu do pressuposto de que os combustíveis representam 35% dos custos totais com transporte, estruturando-se cinco cenários de aumento do preço do biodiesel puro (B100) em relação ao diesel. De acordo com os resultados o biodiesel pode ser competitivo sob determinadas condições de custo de produção e em função das variações de preço do diesel.

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SSD 063 - DA ABUNDÂNCIA DO AGRONEGÓCIO À CAIXA DE PANDORA AMBIENTAL: A RETÓRICA DO DESENVOLVIMENTO (IN) SUSTENTÁVEL DO MATO GROSSO. ANDREA AGUIAR AZEVEDO; CDS/ UNIVERSIDADE DE BRASILIA, BRASILIA, DF, BRASIL; Palavras-chave: desenvolvimento; sustentabilidade; indicadores sociais, economicos e ambientais; desmatamento; fronteira agrícola

O objetivo do texto é discutir o desenvolvimento do estado do Mato Grosso nos últimos anos, bem como avaliar o papel do desmatamento na geração de riquezas que possam se converter em ganhos para a sociedade regional. A hipótese principal é a da insustentabilidade, em todas as suas dimensões, desse “novo” ciclo agrícola que ora ocorre no estado, bem como a de que os desmatamentos, para além das perdas de biodiversidade e serviços ambientais, não mostraram ter correlação direta e positiva com o aumento da renda e da qualidade de vida para a população dos municípios analisados. Por meio de um exercício empírico é revelado, num panorama inicial, que não existem diferenças socioeconômicas muito marcantes entre os municípios que foram desmatados, com maior ou menor intensidade, sobretudo entre aqueles onde a atividade econômica predominante é a pecuária (bovinocultura de corte extensiva), caindo por terra a idéia de que “desmatamento signifi ca progresso”. Por outro lado, há ainda uma forte assimetria em relação aos municípios onde a agricultura (sojicultura) é o principal produto. Nesses municípios, a dicotomia da modernidade, crescimento versus conservação, parece estar bem viva.

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SSD 064 - FORMAS DE APRENDIZAGEM E PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO EM UM ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA SOJA NO CERRADO. ALESSANDRA CRISTINA CONFORTE; CLEONICE ALEXANDRE LE BOURLEGAT; UCDB, CAMPO GRANDE, MS, BRASIL; Palavras-chave: INOVAÇÃO; APRENDIZAGEM; CONHECIMENTO; APL; CERRADO

A lógica que move as inovações entre os produtores de soja de Chapadão do Sul relaciona-se com o aumento da produtividade e redução de custos, visando garantia de preço e qualidade perante um mercado exigente e, que pressiona os preços para baixo. Portanto, a possibilidade do conhecimento a priori da direção da inovação determinada pelo mercado pode fomentar um conjunto de opções de inovações e um conjunto conhecido de resultados, qualquer que seja a escolha feita e que, geralmente, não são consideradas inovações radicais. O desafi o dessa pesquisa também se constituiu em saber como os conhecimentos inovadores produzidos fora da unidade de produção agrícola de soja, são incorporados pelos produtores e disseminados no território local, no caso de Chapadão do Sul.

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SSD 065 - ANÁLISE DOS FATORES QUE AFETAM O DESEMPENHO ESCOLAR NAS ESCOLAS DAS ÁREAS URBANAS E RURAIS DO BRASIL. MÁRCIO GARCIA BEZERRA; ANA LÚCIA KASSOUF; USP/ESALQ, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: Desempenho escolar; SAEB; ensino fundamental; rural; urbano

O objetivo do trabalho foi avaliar os fatores que afetam o desempenho escolar, comparando alunos de escolas localizadas em áreas urbanas com os que estudam em localidades rurais. Utilizando o método de mínimos quadrados e os microdados do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB) de 2003, que possui informações de testes padrões de Língua Portuguesa e de Matemática para alunos da 4ª série do fundamental, concluiu-se que dentre as variáveis mais signifi cativas na determinação do desempenho dos estudantes das áreas urbanas estavam a escolaridade da mãe, a renda familiar, a rede de ensino, o atraso escolar e o trabalho infantil. Já no meio rural, foi mais signifi cativo para o desempenho dos alunos a rede de ensino pública, a renda familiar, a região onde a escola se localiza, a oferta de recursos educacionais (computadores, biblioteca, etc), o número de pessoas no domicílio, o fato de o aluno gostar de estudar as disciplinas e o atraso escolar.

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SSD 066 - PERSPECTIVA DO USO DE SEMENTES TRANSGÊNICAS NA PRODUÇÃO DE MILHO NO BRASIL. JOÃO CARLOS GARCIA; JASON DE OLIVEIRA DUARTE; EMBRAPA, SETE LAGOAS, MG, BRASIL; Palavras-chave: Milho; transgênicos; biotecnologia; sementes; pesquisa

O desenvolvimento da agricultura tem se caracterizado pelo surgimento de tecnologias que alteram profundamente a situação de equilíbrio previamente alcançada. Mais recentemente considerações de caráter ambientais e sobre a apropriação privada dos benefícios passaram a permear as discussões sobre os benefícios do progresso tecnológico na agricultura. Neste ambiente é que está se desenvolvendo a mais recente das mudanças de amplitude global na agricultura: os produtos resultantes de processos de transformação biotecnológica. O objetivo deste artigo é explorar as possibilidades de expansão da utilização de sementes de milho geneticamente modifi cadas no Brasil. Das espécies com maior penetração dos transgênicos, o milho é a que apresenta a menor taxa de adoção. Fato similar aconteceu quando da difusão das novas cultivares dentro da “Revolução Verde”, quando as sementes de novas cultivares de trigo e arroz apresentaram uma taxa de difusão mais expressiva do que a do milho. A tecnologia de modifi cação genética com maior possibilidade de aceitação no caso do milho tem sido a das cultivares transgênicas com Bt. A difusão desta tecnologia está na dependência da política de preços adotada pelos detentores da propriedade intelectual desta tecnologia, frente a probabilidade de ocorrência de ataque de pragas e das alternativas já existentes de seu controle. O adicional de preço pelo uso dos produtos transgênicos seria mais factível de ser absorvido pelos produtores que atualmente plantam cultivares com alto potencial produtivo. Para evitar a implantação de métodos de competição oligopolista no mercado brasileiro de sementes de milho, que poderia favorecer a implantação de padrões tecnológicos não desejados por parte dos agricultores, o fortalecimento dos programas públicos de pesquisa em melhoramento genético representa uma forma de manter a diversidade da oferta e atender aos agricultores que não considerem a necessidade de utilizar cultivares geneticamente modifi cados.

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SSD 067 - ANÁLISE DOS FATORES CONDICIONANTES DA REESTRUTURAÇÃO AGRÍCOLA NO NO ESTADO DE MATO GROSSO. MARCOS TANGANELLI DA SILVA; MARLENE ZÜGE; ELERI HAMER; FACULDADE DO SUL DE MATO GROSSO, RONDONÓPOLIS, MT, BRASIL; Palavras-chave: reestruturação agrícola; abertura da economia; inovações tecnológicas; PESQUISA; Mato Grosso

Este artigo analisa o processo de reestruturação agrícola no estado do Mato Grosso a partir do processo de desconcentração regional da renda ocorrido na economia brasileira nos anos 70, com a marcha dos sulistas ao cerrado mato-grossense, o reordenamento espacial produtivo no Estado e as mudanças no fl uxo migratório decorrido da utilização dos cerrados. Além disso, discorre acerca dos fatores indutores da modernização agrícola a partir da década de 90. A economia agrícola do estado de Mato Grosso sofreu importantes transformações com os programas de interiorização da economia brasileira. O artigo registra o papel destes programas para o processo de ocupação e modernização da agricultura no Estado, bem como das instituições de pesquisa no Estado no desenvolvimento de cultivares para os solos do cerrado. Os preços internacionais e o câmbio, junto com os créditos agrícolas, controlados e não controlados, completam os fatores condicionantes do processo de modernização agrícola da última década, acelerado pelo processo de maior integração da economia. A abertura da economia trouxe além do acesso à tecnologia, a possibilidade de fi nanciamento com recursos oriundos de instituições internacionais, a atração de novos atores da cadeia agrícola – multinacionais – e o desenvolvimento da biotecnologia a partir das especifi cidades da região por instituições internacionais.

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SSD 068 - PROGRAMA DE MILHO HÍBRIDO: NÍVEL TECNOLÓGICO, GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA NO ESTADO DO CEARÁ. AHMAD SAEED KHAN; DENISE MICHELE FURTADO DA SILVA; SECRETARIA DE AGRICULTURA E PECUÁRIA, FORTALEZA, CE, BRASIL; Palavras-chave: milho; tecnologia; emprego, ; renda; Ceará

O Programa do Milho Híbrido criado pelo governo do Estado do Ceará é executado pela Secretaria de Desenvolvimento Rural desde o ano de 1999 até o presente momento, tem revelado um crescimento médio de 60% ao ano em sementes distribuídas. O objetivo geral deste estudo é analisar o programa de milho híbrido junto aos agricultores familiares considerando-se o nível tecnológico, a geração de emprego e renda no Estado do Ceará. A pesquisa foi realizada nos municípios com maiores produções de milho híbrido na região do Estado do Ceará (Iguatú, Milagres e Capistrano). Os dados utilizados foram obtidos junto aos produtores de milho, através de entrevistas diretas. Foram calculados os índices tecnológicos de cada tecnologia utilizada pelos produtores de milho híbrido e variedade. Para comparar os níveis tecnológicos adotados pelos produtores de milho foram defi nidos três padrões tecnológicos: padrão I: se 0, 80 < índice 1, 00; padrão II; se 0, 50≤tecnológico < 0, 80 e padrão≤índice tecnológico III; se 0, 0 < 0, 50. Os resultados da pesquisa permitem≤índice tecnológico concluir que a maioria dos produtores de milho híbrido e variedade da amostra total são analfabetos ou possuem ensino fundamental incompleto, e está associado às cooperativas ou sindicatos ou associações. Considerando a tecnologia de preparo de solo, a maioria dos produtores de milho híbrido está no padrão III de tecnologia. No caso de tecnologia de semente, a grande maioria dos produtores de milho híbrido e milho variedade está nos padrões I e III da tecnologia, respectivamente. A renda média, por hectare, com milho híbrido em todos os municípios é superior a do milho variedade, o que refl ete as maiores produtividades deste tipo de milho. O incremento na renda, em razão da substituição da área do milho variedade por milho híbrido é elevado.

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SSD 069 - PADRÕES DE UTILIZAÇÃO E EXPECTATIVAS DE CAFEICULTORES EM RELAÇÃO À WEBSITES DE INFORMAÇÃO SOBRE CAFÉ. RENATO HORTÉLIO FERNANDES; ALTAIR DIAS DE MOURA; DENIS TEIXEIRA ROCHA; BEATRIZ DE ASSIS JUNQUEIRA; UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL; Palavras-chave: café; tecnologia da informação; sites da web; tomada de decisão; grupos de foco

Com vistas em caracterizar a utilização da internet por produtores de café, focando a interação entre os usuários e os sites sobre a cadeia produtiva e o grau de percepção da utilidade destes como fonte de informação de apoio à decisão, foram constituídos cinco grupos de foco em algumas das principais regiões produtoras. Os resultados indicaram que maior número de produtores tinha acesso esporádico e dedicado à solução de problemas mais prementes e uma minoria apresentava padrão de acesso diário e o hábito de acompanhar o mercado de café. A disponibilidade do acesso à internet por meio de banda larga, os hábitos de navegação dos familiares dos produtores e a baixa atratividade dos sites interferiam na freqüência de uso destes. Os usuários que, além de produtores, são agrônomos foram reticentes quanto à busca de informações técnicas sobre a cultura. Observou-se baixo nível de utilização de ferramentas ou de serviços oferecidos nos sites. A não aceitação da idéia de pagamento pelo uso dos sites fi cou fortemente evidenciada e sua preponderância bloqueia a interação entre produtores e sites. Os sites deveriam focar a disponibilização de informações que englobem aspectos da cadeia e abra espaço para a interação entre os elos. Não foi evidenciada a existência de processos sistemáticos de análise das informações. Ou seja, os dados e as informações não recebem o tratamento devido para que gerem o conhecimento e se desenvolva inteligência gerencial. Percebe-se, portanto que, ainda que tenha acesso à informação e a valorize, o usuário nem sempre tem consciência de sua aplicabilidade ou consegue tornar possível sua aplicação.

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SSD 070 - ASSIMETRIA NA TRANSMISSÃO DE PREÇOS DE PRODUTOS HORTIFRUTÍCOLAS NO ESTADO DE SÃO PAULO. NILTON MARQUES OLIVEIRA; VALDINEI APARECIDO OLIVEIRA; CARLOS ANTONIO FERREIRA DIAS; FACULDADE CENECISTA DE BRASILIA-FACEB, BRASILIA, DF, BRASIL; Palavras-chave: Preços; Varejo; Produtor; Assimetria; Hortifrutículas

Este trabalho tem por objetivo analisar a assimetria na transmissão de preços entre os níveis de produtor e varejo de produtos hortifrutícolas no Estado de São Paulo. O período de análise foi de Junho de 1994 a Abril de 2002, após o Plano Real. O modelo teórico se baseia na transmissão de preços, desenvolvido por Gardner e Heien. Admite-se que os preços sejam ajustados com certa rapidez após a determinação do preço ao produtor, é uma indicação de efi ciência de mercado, já que as informações são transmitidas rapidamente. Verifi cou-se, que as elasticidades de todos os produtos foram estatisticamente menores que um, dada a perecibilidade do produto e do receio de perdas dos comerciantes, estes não transmitem toda a variação de preço. Na análise da assimetria foi constatado para alguns produtos (laranja, tomate), que os varejistas transmitem mais acréscimos do que os decréscimos de preços, enquanto que os produtos batata e banana, os decréscimos de preços foram transmitidos mais que os acréscimos, o que está de acordo com a hipótese de que maior perecibilidade se correlaciona com maior transmissão de decréscimos.

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SSD 071 - APONTAMENTOS SOBRE AS TENDÊNCIAS DO PREÇO DO FRANGO DE CORTE NO BRASIL. JANDIR FERRERA DE LIMA; CARLOS ALBERTO PIACENTI; LUCIR REINALDO ALVES; MOACIR PIFFER PIFFER; UNIOESTE, TOLEDO, PR, BRASIL; Palavras-chave: Economia agricola; Preços futuros; series temporais; avicultura; mercado

O objetivo desse artigo é analisar o acompanhamento e previsão dos preços futuros do frango de corte através do modelo ARIMA de previsão de séries temporais. Assim, esse artigo fornece subsídios para produtores sobre as tendências de mercado e na minimização de situações de risco e incerteza no planejamento da produção. Com base nos resultados obtidos de previsão de preços a partir do modelo ARIMA, concluiu-se que o modelo apresentou um bom desempenho de predição. Isso resultou numa diferença média de 0, 71%, nos seis meses analisados, percentual esse considerado satisfatório em modelos de previsão de preços.

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SSD 072 - CAUSALIDADE E CO-INTEGRAÇÃO NO MERCADO DE CAFÉ ENTRE A BM&F E A NYBOT. MARCELO LUIZ CAMPOS VALENTE; MARCELO JOSÉ BRAGA; UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA - UFV, VIÇOSA, MG, BRASIL; Palavras-chave: mercados futuros; comportamento dos preços; causalidade; co-integração; Lei do Preço Único

O café apresenta alta volatilidade de preços, assim acredita-se que os preços futuros geram maior instabilidade no preço a vista, acarretando em perdas de bem estar para a economia. Uma tentativa de reduzir a instabilidade no preço consiste na contratação em mercados futuros, pois estes fornecem um mecanismo no qual especuladores assumem o risco de preço de agentes que detêm uma mercadoria sujeita à fl utuação de preços. Em se tratando de preços nos mercados interno e externo deve-se verifi car se tais preços são altamente relacionados, o que signifi ca que são bons indicadores e podem ser considerados como referências seguras na tomada de decisão dos agentes, além de observar sua causalidade e sentido. De maneira geral, o presente estudo buscou avaliar o comportamento dos preços futuro de café do Brasil, negociado na BM&F, e dos Estados Unidos da América, negociado na NYBOT, no período de janeiro de 1994 a outubro de 2005. A teoria que embasa o trabalho é a Lei do Preço Único. A fi m de confi rmar as pressuposições da Lei do Preço Único investigou-se a relação que os preços futuros têm, utilizando os testes de causalidade de GRAGER (1969) para determinar a direção de causação entre estes preços, e os testes de ENGLE e GRAGER (1987) para observar as noções de co-integração. Verifi cou-se a existência de uma relação bi-causal entre os preços, observou-se também a existência de uma relação de longo prazo entre as variáveis, verifi cada através da co-integração entre os dois preços, corroborando o que diz a Lei do Preço Único. A rapidez na transmissão e a grande magnitude da relação entre os preços da BM&F e da NYBOT indicam que a bolsa internacional pode ser considerada uma boa referência para os preços domésticos e vice-versa.

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SSD 073 - FORMAÇÃO DO FRETE NO BRASIL: SUBSÍDIOS PARA ESTRATÉGIAS DE NEGOCIAÇÃO EM CADEIAS DE SUPRIMENTOS. LUIZ ALBERTO CYPRIANO LUIZ CYPRIANO; RICARDO SILVEIRA MARTINS; SEGIO SILVEIRA MARTINS; MARCELO BRONZO BRONZO; HELOISA KOSSE FURUTA IIJIMA; UNIOESTE, TOLEDO, PR, BRASIL; Palavras-chave: logística; estratégias de cadeias de suprimentos; frete; transporte rodoviário; cargas agrícolas

RESUMO - Este trabalho discutiu aspectos da formação dos fretes rodoviários no Brasil, dando ênfase aos aspectos teóricos e práticos evidenciados do mercado e de outras pesquisas já delineadas. Além de importante custo logístico e de signifi cativo comprometimento do faturamento das empresas, os transportes desempenham funções estratégicas na gestão de cadeias de suprimentos. Ficou caracterizado que a distância é uma das principais variáveis na formacão do frete, tendo importância relativa bastante diferenciada por cargas e regiões no mercado brasileiro. Depreende-se também que as difi culdades da gestão dos transportes nas cadeias de supriemtnos têm signifi cativo impacto nos relacionamentos entre elos. A difícil compreensão do elenco de variáveis explicativas na formação dos fretes, por parte de embarcadores e de transportadores, representa um importante óbice ao desenvolvimento pleno da competitividade de cadeias de suprimento.

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SSD 074 - SPREAD: UMA AVALIAÇÃO DOS CONTRATOS FUTUROS DO ALGODÃO NA BM&F E NA NYBOT. CLAILTON ATAÍDES DE FREITAS ATAÍDES FREITAS; BRUNA DE CARVALHO PERLINGEIRO; CLAILTON ATAÍDES FREITAS; UFSM, SANTA MARIA, RS, BRASIL; Palavras-chave: mercado de capitais; algodão; spread; BM&F; NYBOT

Este trabalho tem por objetivo avaliar a lucratividade de uma posição padrão de spread, utilizando-se dados dos últimos vencimentos do Contrato Futuro de Algodão em Pluma, negociado na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) e do Contrato Futuro do Algodão No. 2, negociado na New York Board of Trade (NYBOT), no período de abril a dezembro de 2005 para a Bolsa brasileira e julho de 2004 a dezembro de 2005 para a dos EUA. Os resultados demonstram que não há grande diferença entre os ganhos (ou perdas, como predominou nas operações de ambas as Bolsas) com spread efetuado na BM&F e na NYBOT, a Bolsa de maior liquidez. Todavia, esses resultados (em sua maioria) de perdas devem ser considerados com cautela, pois a signifi cância estatística proveniente de algumas operações (em maior magnitude na NYBOT), é consistente com a Lei do Preço Único, verifi cando-se que o diferencial na obtenção de ganhos possui a capacidade de proporcionar lucro de arbitragem, mas em pequeno grau, pois as duas Bolsas não possuem diferença signifi cativa na lucratividade das posições adotadas nos contratos. Na BM&F a maioria dos meses é consistente com rendimento de posições supondo risco zero.

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SSD 075 - AS ALTERAÇÕES NA COFINS E PIS E SEUS REFLEXOS SOBRE A CADEIA ORIZÍCOLA GAÚCHA. SILVIO CEZAR AREND; KÁRIN TERESINHA GEIGER; UNISC, SANTA CRUZ DO SUL, RS, BRASIL; Palavras-chave: arroz; mercados agrícolas; comercialização agrícola; política fi scal; PIS/COFINS

Este artigo tem por objetivo mostrar o impacto da carga tributária para a cadeia produtiva orizícola gaúcha e mensurar os refl exos que as alterações recentes na legislação trouxeram ao setor, a partir da construção de dois cenários: o primeiro antecede as alterações recentes e o segundo as inclui. O artigo expõe a carga tributária que compõe o preço fi nal do arroz, bem como identifi ca em que medida estes tributos interferem nos custos de produção e nos preços dos produtos intermediários nas diferentes etapas da cadeia produtiva até chegar ao consumidor fi nal. Concluiu-se que o impacto da alteração das alíquotas de Cofi ns e Pis embutidas de forma indireta nos elementos de estruturação de custos para a cadeia produtiva orizícola gaúcha foi superior à soma do efeito da redução de custos devido à isenção dos mesmos tributos para alguns elementos essenciais do elo de produção (dentre eles fertilizantes, defensivos e sementes) e do efeito resultante das modifi cações de regime tributário (passagem do regime cumulativo para o regime não-cumulativo).

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SSD 076 - ALTERNATIVAS DE INVESTIMENTOS PARA O CERTIFICADO DE DEPÓSITO AGROPECUÁRIO / WARRANT AGROPECUÁRIO (CDA/WA). GUSTAVO DE SOUZA E SILVA; PEDRO VALENTIM MARQUES; ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: Agronegócio; Mercados futuros; Financiamento agrícola; Mercado físico; CDA/WA

A Lei no 11. 076, de 30 de dezembro de 2004, ofi cializou cinco títulos de créditos que deverão ser utilizados pelo agronegócio para captar recursos privados para o seu fi nanciamento: Certifi cado de Depósito Agropecuário (CDA), Warrant Agropecuário (WA), Certifi cados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA), Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) e Certifi cado de Recebíveis do Agronegócio (CRA). Este trabalho apresenta esses novos instrumentos de fi nanciamento e busca alternativas de investimento para o CDA/WA nos mercados físicos e futuros de janeiro a outubro de 2005. Duas situações foram consideradas: 1) especulações com o CDA/WA, onde o investidor adquire o papel e especula com cada produto, sendo seu resultado comparado a quatro investimentos tradicionais do mercado fi nanceiro brasileiro: 1) rendimento da poupança; 2) taxa de juros Selic; 3) dólar americano; e 4) índice Bovespa. ; e 2) operação de spread, onde o investidor compra o CDA/WA e trava o rendimento numa operação com o mercado futuro, sem fi car exposto a variações de preço. A partir disso, concluiu-se que a especulação com os produtos agrícolas não teve um bom resultado no período. Já as operações de spread ofereceram boas oportunidades de rentabilidade ao investidor que conseguiu captar o momento correto para a operação.

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SSD 077 - A LOGÍSTICA COMO GARANTIA DE ALIMENTOS MAIS BARATOS: UM ESTUDO DE CASO SOBRE A MOVIMENTAÇÃO DE ARROZ. JOSÉ ADRIAN PINTOS PAYERAS; MOISÉS VILLALBA GONZÁLES; JONAS IRINEU DOS SANTOS FILHO; ESALQ/ USP, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: pobreza; fome; custo de transporte; programação linear; arroz

O tema da fome ganhou amplo destaque político nos últimos anos, tendo estado presente em diversos debates sobre o desenvolvimento nacional e mundial. No Brasil, estudos foram efetuados sobre o tema visando identifi car os seus fatores determinantes. Estes estudos comprovam que o problema da fome no Brasil está relacionado à impossibilidade demanda e não a falta de oferta de alimentos. Desta forma, este artigo buscou investigar, por meio de um modelo de programação linear aplicado na movimentação do arroz, como o estudo logístico pode propiciar melhoria de bem-estar para a população de baixa renda, uma vez que ajuda a observar alternativas que reduzem o custo de transporte. O pressuposto utilizando neste estudo é de que reduções no custo de comercialização são transferidas aos preços pagos pelos consumidores. O estudo de caso envolveu os municípios gaúchos de Itaqui, Cachoeira do Sul, Camaquã, São Sepé, Pelotas e Guaíba como ofertantes de arroz e como demandantes os municípios de Salvador, Maceió, Recife, Fortaleza e Manaus. A escolha dos municípios estudados decorreu da disponibilidade de informações e do fato do estado do Rio Grande do Sul ser o mais importante produtor nacional de arroz. O estudo apontou que, ceteris paribus, a cabotagem é capaz de reduzir, consideravelmente, o custo de transporte do arroz do Sul do país para as cidades selecionadas do Norte e Nordeste. A utilização da cabotagem diminuiu em aproximadamente 40% o custo de transporte. Desta forma, levando-se em consideração o preço praticado nas regiões demandantes, seria possível, com o uso da cabotagem, diminuir o preço do arroz para a população demandante em aproximadamente 10%.

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SSD 078 - PADRÕES SAZONAL E CÍCLICO PARA PREÇO DE BOI GORDO NO ESTADO DE SÃO PAULO. 1976-2004. JAIR CARVALHO DOS SANTOS; SÉRGIO CASTRO GOMES; EMBRAPA, RIO BRANCO, AC, BRASIL; Palavras-chave: preço; boi gordo; sazonalidade; variação cíclica; série temporal

Os preços de boi gordo em São Paulo servem de referência para praticamente todas as regiões do Brasil A caracterização do comportamento tendencial e oscilatórios desses preços pode orientar as tomadas de decisão de investidores privados e formuladores de políticas públicas, assim como, estudos referentes a previsões de preços e outras variáveis. O objetivo deste estudo foi detectar a existência e identifi car as características das variações sazonais e cíclicas do preço de boi gordo, no estado de São Paulo, durante as décadas de 1970 a 2000. Neste estudo foi empregado um modelo univariado de séries temporais, que corresponde a análise da série de preços médios mensais de boi gordo para o estado de São Paulo. A análise de estacionariedade e de tendência foi feita com o emprego do Teste ADF. O método da média móvel foi utilizado para modelar a sazonalidade da série, enquanto que a análise espectral modelou o ciclo e, novamente, a sazonalidade. A análise permitiu verifi car que as cotações de boi gordo apresentaram tendência de queda pouco acentuada no período de 1976 a 2004, com maior estabilidade nas décadas de 1990 e 2000. Detectou-se sazonalidade anual nos preços, com redução no primeiro e elevação no segundo semestre do ano. Essa sazonalidade mostrou-se menos acentuada no período 1990-2004. Constatou-se a existência de um período cíclico de longo prazo nas cotações, correspondente a 7 anos, o que pode ser atribuído aos efeitos dos processos de investimentos e desinvestimentos pecuários, em resposta ao comportamento dos preços.

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SSD 079 - OUTSOURCING NA GESTÃO DA CADEIA DO FRIO, O PAPEL DO OPERADOR LOGÍSTICO COMO SOLUÇÃO DE ARMAZENAGEM, DISTRIBUIÇÃO E CLIMATIZAÇÃO: O CASO TRU LOGÍSTICA. SOLANO MINEIRO DE SOUSA FILHO; BRENDA MORAES DO AMARAL; LUIS ANDREA FAVERO; UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO, RECIFE, PE, BRASIL; Palavras-chave: Cadeia do Frio; Cadeia de Suprimento ; Outsourcing Logística; Climatização; Distribução

A abertura econômica seguida da estabilização da economia e a queda da infl ação aumentaram o acesso dos brasileiros aos bens de consumo. A abertura do mercado ampliou e diversifi cou a oferta e o fi m da infl ação aumentou do poder de compra dos brasileiros.

As mudanças nos hábitos dos consumidores atingiram em diferentes níveis todos os setores de bens de consumo principalmente o do setor de alimentos. Estas mudanças nos hábitos dos brasileiros direcionam o segmento atacadista-distribuidor ao aperfeiçoamento de seus modelos de atuação para se adaptar às mudanças impostas pela globalização e as novas perspectivas do mercado interno, através da redução dos custos fi xos e aumento da efi ciência na prestação de serviços.

A partir da década de 1990, o paradigma econômico globalizado e a notória diversifi cação de produtos na mesa do consumidor, colocou também para a agroindústria e o setor de distribuição de alimentos, a necessidade da terceirização da logística de suprimento e de distribuição. Tal fato gerou um incremento no número de variáveis complicadoras no que se refere à gestão de suprimentos para o mercado varejista como um todo, haja vista, a ampla necessidade de investimentos em estrutura, armazenagem, estocagem, distribuição e climatização. Tais condições criaram a estrutura necessária para o desenvolvimento de outsourcings estratégicos para Cadeia do Frio, sendo assim, o presente trabalho é um estudo de caso, no qual, procura-se caracterizar a gestão da cadeia do frio através de uma Operadora Logística, por meio de uma análise qualitativa da logística integrada da empresa TRU Logística. A empresa pertence ao Grupo Karne Keijo e está localizada em Recife – Pernambuco. A TRU Logística é uma das maiores operadoras de outsourcing estratégico para o segmento de refrigerados e congelados no Nordeste, sendo caracterizada como uma operadora logística, por prestar os seguintes serviços: gestão de estoques, armazenagem, distribuição e climatização.

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SSD 080 - FLUXO DE COMERCIALIZAÇÃO DE HORTALIÇAS PRODUZIDAS NA REGIÃO ALTO CABECEIRAS DO TIETÊ. GENI SATIKO SATO; SÔNIA SANTANA MARTINS; YARA MARIA CHAGAS DE CARVALHO; ALINE A. MILANI; RODRIGO PINHEIRO CUNHA; INSTITUTO DE ECONOMIA AGRICOLA, SÃO PAULO, SP, BRASIL; Palavras-chave: hortaliças; comercialização ; Alto Cabeceiras do Tietê; alface; brócolis

O artigo analisa o fl uxo de comercialização de hortaliças produzidas na região Alto Cabeceiras do Tietê, no cinturão verde, próximo à cidade de São Paulo. A metodologia utilizada foi o levantamento de campo junto à varejistas próximos à região produtora através de questionário estruturado. As hortaliças são vendidas diretamente ao pequeno varejo, a supermercados, para atacadistas regionais e intermediários. Observou-se que para os casos da alface e brócolis, a participação do produtor no preço fi nal é em média maior quando vendido diretamente ao pequeno varejo ou àcentral de compras de supermercados. A venda no mercado local também apresentou ser uma opção de melhor remuneração para o produtor. O crescimento de vendas às centrais de compra de supermercados ainda é limitado, devido às exigências de padronização e qualidade requeridas, que os produtores locais não conseguem cumprir.

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SSD 081 - COMPORTAMENTO DOS PREÇOS NOS MERCADOS BRASILEIROS DE SUINOS, MILHO E SOJA. PATRÍCIA LOPES ROSADO; MARÍLIA FERNANDES MACIEL GOMES; ADELSON MARTINS FIGUEIREDO; UFV, VIÇOSA, MG, BRASIL; Palavras-chave: Tedência; sazonalidade; preços agrícolas; teste raiz unitária sazonal; suínos

O comportamento das séries históricas de preços de suínos e dos principais insumos usados no seu processo produtivo como, milho e soja, pode apresentar oscilações que o produtor, geralmente, não consegue prever, o que contribui para elevar o risco da atividade. Destarte, como forma de fornecer subsídios teóricos e empíricos aos agentes econômicos envolvidos em operações com suínos, milho e soja, buscou-se, neste trabalho, detectar a existência dos componentes estocásticos e, ou, determinísticos de tendência e sazonalidade nos preços dessas mercadorias no mercado brasileiro. Para isso, utilizou-se o modelo clássico de séries temporais combinados com testes de raízes unitárias sazonais. Os resultados mostram que, de maneira geral, existem tendências determinísticas e estocásticas nas séries de preços analisadas e que não há sazonalidade estocástica nestas séries, apenas determinística. Assim, foi possível elaborar índices sazonais para as séries de preços de suínos, milho e soja, por meio do uso de variáveis dummies. Portando, pode-se inferir que os produtores de suínos devem estar atentos ao comportamento tanto dos preços de suínos quanto dos preços dos insumos soja e milho, pois estes últimos apresentam tendência de elevação. Além disso, os preços desses produtos apresentam oscilações mensais signifi cativas, razão pela qual produtores mais efi cientes e capazes de acompanhar o comportamento sazonal dos preços de suínos e dos insumos soja e milho, possivelmente obterão melhor desempenho no mercado.

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SSD 082 - COMPORTAMENTO DE COMPRA DOS CONSUMIDORES DE FRUTAS, LEGUMES E VERDURAS (FLV) NA REGIÃO CENTRAL DO RIO GRANDE DO SUL. RENATO SANTOS DE SOUZA; ALESSANDRO PORPORATTI ARBAGE; ALEXANDRE DA SILVA; EDNER BAUMHARDT; RODRIGO DA SILVA LISBOA; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA, SANTA MARIA, RS, BRASIL; Palavras-chave: pesquisa de mercado; comportamento de compra; hortigranjeiros; mercado de alimentos; FLV

O objetivo do presente artigo é identifi car as preferências dos consumidores de FLV em termos de estabelecimentos de varejo por eles escolhidos, seus hábitos de consumo e principais critérios considerados nas suas decisões de compra. Trata-se de um survey realizado em 11 municípios localizados na região central do Rio Grande do Sul, nos quais foram entrevistados 266 consumidores acima de 18 anos, que fi zeram parte de uma amostra sistemática e estratifi cada por região, sexo, idade e renda. Concluiu-se que nos principais centros urbanos da região a maioria dos consumidores tem optado por adquirir os produtos em supermercados ou hipermercados, sendo a freqüência de compra de maior incidência entre duas e três vezes por semana. Na escolha do estabelecimento os consumidores levam em conta preferencialmente a qualidade dos produtos, a variedade de produtos e a agilidade no check-out, o que denota que qualidade e tempo são as variáveis mais importantes nas decisões de compra. Da mesma forma, os dados indicam que dos cinco principais aspectos dos produtos considerados pelos consumidores na escolha de FLV, quatro referem-se à qualidade (aparência, sabor, aspectos nutricionais e durabilidade), sendo que o preço aparece apenas em terceiro lugar. Por fi m, a pesquisa identifi cou três grupos de produtos segundo o potencial de consumo, medido pela parcela dos consumidores que manifestam consumi-los regularmente. O grupo com maior potencial é composto por cebola, laranja, tempero verde, tomate, alho e alface.

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SSD 083 - ANÁLISE DA TRANSMISSÃO ENTRE OS PREÇOS DOS CORTES DE SUÍNOS NO VAREJO E OS PREÇOS RECEBIDOS PELOS PRODUTORES NO ESTADO DE SÃO PAULO. THIAGO BERNARDINO DE CARVALHO; GUILHERME BELLOTTI DE MELO; SERGIO DE ZEN; CEPEA/ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: Transmissão; Preços; Produtor; consumidor; suino

Historicamente, o mercado agrícola tem sido caracterizado por grandes variações nos preços dos produtos, o que possibilita a transferência de renda entre os elos das cadeias agroindustriais envolvidos, tais como produtores rurais, atacadistas, varejistas e consumidores. Neste cenário inclui-se o setor suinícola nacional, que nos últimos anos apresentou crescimento tanto no mercado externo, como no mercado interno, gerando divisas para a economia nacional. Diante do problema de transferência de renda e tendo em vista a importância da produção de suínos como gerador de renda e fi xador de mão de obra no campo, o presente trabalho através de modelos econométricos e utilizando séries de preços cotadas pelo CEPEA/ESALQ/USP entre 2004 e 2005, tem por objetivo analisar a intensidade e a duração com que as oscilações de preços são transmitidas do consumidor ao produtor no estado de São Paulo. Os resultados indicaram que variações semanais nos preços da carne suína no varejo impactam contemporaneamente os preços do quilo do suíno vivo recebidas pelos produtores, porém, essas variações não são transmitidas integralmente, apenas uma pequena parcela.

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SSD 084 - FLUXOS DE ALGODÃO EM PLUMA PARA EXPORTAÇÃO NO ESTADO DA BAHIA: UMA APLICAÇÃO DE PROGRAMAÇÃO LINEAR. SHEILA CRISTINA FERREIRA LEITE; MARGARIDA GARCIA DE FIGUEIREDO; ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: Algodão ; Logística; Bahia; Exportação; Custo

Os ganhos de produtividade na agricultura brasileira vêm apresentando crescimentos expressivos, dessa forma o Brasil deveria estar se inserindo no contexto internacional com grande competitividade. No entanto, observa-se que a estrutura logística brasileira é um gargalo que vem reduzindo a competitividade agrícola do país. Como exemplo desta problemática, tem-se a cotonicultura brasileira que vem passando por profundas transformações que resultaram na posição do país como importante exportador mundial, mas que altos custos logísticos afetam seu desempenho. Analisando-se o fl uxo de algodão em pluma para exportação no Estado da Bahia, segundo maior produtor, verifi ca-se que o quantum exportado pelo estado não é escoado pelos Portos baianos em razão da falta de infra-estrutura adequada para o escoamento do produto. Dado este cenário buscou-se avaliar alternativas de escoamento do algodão baiano destinado à exportação, avaliando diferentes cenários. Como principais resultados, o modelo indica que considerando a não implantação de infra-estrutura nos Portos baianos a produção deveria ser escoada via Porto de Santos e Vitória, o que representaria uma redução de 2, 08% quando comparado com os atuais custos de escoamento. Numa alternativa, considerando a implantação da infra-estrutura necessária para o escoamento do algodão pelos Portos da Bahia, o modelo indica que cerca de 84% da produção deveria ser escoada via Porto de Aratu e o restante via Porto de Ilhéus, o que representaria uma redução de 28, 39% sobre os atuais custos de escoamento. Ainda, teve-se como resultado que optando por implantar a infraestrutura necessária para exportar algodão em pluma em um Porto da Bahia, a opção que minimizaria custos de escoamento seria a implantação no Porto de Aratu.

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SSD 085 - CAUSALIDADE DE PREÇO DO MERCADO DE CARNE DE BOI GORDO PARA SEIS ESTADOS BRASILEIROS, 1994 A 2003. GISALDA CARVALHO FILGUEIRAS CARVALHO FILGUEIRAS; JOAQUIM CARLOS BARBOSA QUEIROZ; RICARDO BRUNO SANTOS; MARCELO BENTES DINIZ; MARCIA JUCÁ TEIXEIRA DINIZ; BANCO DA AMAZôNIA S/A, BELÉM, PA, BRASIL; Palavras-chave: MERCADO DE BOI GORDO; GRAU DE INTERAÇÃO; CO-INTEGRAÇÃO; TESTE DE CAUSALIDADE; MERCADO BRASILEIRO

Resumo

O setor agropecuário têm sido um dos mais dinâmicos e contribuído de forma signifi cativa na formação do PIB brasileiro. Dentre as conexões existentes nesse setor, o mercado de boi gordo brasileiro é um dos mais importantes, sendo o segundo maior produtor de carne bovina no mundo, fi cando atrás apenas dos EUA. Este trabalho tem por objetivo analisar dentre os principais mercados produtores de carne bovina no Brasil qual deles se comporta como mercado primário, ou seja, quem determina o preço e, neste sentido, averiguar a direção da causalidade entre eles (mercados) e se os mesmos são co-integrados. Para tanto, serão analisados os mercados da Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e São Paulo, fazendo uso dos modelos para avaliar o grau de integração, testes de co-integração e causalidade.

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SSD 086 - ANÁLISE DA VOLATILIDADE DO PREÇO DO CACAU NO MERCADO DE FUTUROS DE NOVA YORK (CSCE): UMA APLICAÇÃO DO MODELO GARCH. LEILA DE FÁTIMA DE OLIVEIRA MONTE; MARIO MIGUEL AMIN; UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA- UNAMA, BELÉM, PA, BRASIL; Palavras-chave: GARCH; VOLATILIDADE; MERCADO DE FUTUROS; CACAU; RETORNOS DE PREÇOS

O presente artigo discute a volatilidade do preço do cacau no Mercado de Futuros de Nova York - Coffe, Sugar, Cocoa Exchange (CSCE) aplicando o modelo econométrico GARCH, numa série histórica que compreende o período de 01/03/1989 a 31/12/2005. O objetivo deste estudo é demonstrar as distorções de preços do cacau em decorrência do processo especulativo, inerente ao próprio funcionamento dos mercados de futuros, no qual o mercado do cacau é considerado o mais volátil, uma vez que as freqüentes altas e baixas dos preços internacionais, conjuntas, com as atividades especulativas formam a volatilidade deste mercado. Para analisar a volatilidade no retorno de preços do cacau, se aplicou o modelo GARCH. Esses retornos de preços do cacau estão relacionados à segunda posição cotada no mercado de futuro de Nova York (CSCE). A escolha desta posição se deve, ao fato, da mesma apresentar o maior volume de contratos fechados no período analisado. A aplicação do teste ARCH demonstrou a presença de heterocedasticidade condicional auto-autoregressiva nos retornos de preços do cacau no período proposto. A aplicação do modelo GARCH na série de retorno do cacau apresentou, em seu coefi ciente, forte persistência da volatilidade signifi cando que, a sua dinâmica aumenta o risco para os agentes do mercado de futuros ao negociarem contratos de cacau no CSCE, uma vez que qualquer turbulência que ocorra no mercado ocasiona fl utuações nos retornos desta commodity, dado que períodos de grandes retornos do cacau acompanham períodos de baixa volatilidade e, períodos de baixos retornos do cacau tendem a acompanhar períodos de alta volatilidade.

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SSD 087 - ATITUDE DOS CONSUMIDORES E PERCEPÇÃO DO RISCO ASSOCIADO AO CONSUMO DE CARNE DE VACA EM PORTUGAL. ; MARIA RAQUEL LUCAS; RUI TOSCANO; MARIA BELÉM MARTINS; FERNANDA PEIXE; UNIVERSIDADE DE ÉVORA, FORTALEZA, CE, BRASIL; Palavras-chave: Segurança Alimentar; Carne de Vaca; Percepção; Consumidor; Probit

O mercado alimentar europeu, em geral e o português em particular, tem vindo a sofrer variadas crises alimentares, das quais se destacam a da BSE (encefalopatia espongiforme bovina), a das dioxinas e a dos nitrofuranos. Com uma cobertura mediática intensa, estas crises transformaram, em muitas ocasiões, as preocupações dos consumidores em alarmismo generalizado. Como resultado, os sistemas de controlo de qualidade vieram a ser reforçados, os métodos de rastreabilidade e certifi cação a ser implementados e em consequência, aumentados os custos de produção assim como os preços ao consumidor. Por seu lado, o consumidor está cada vez mais exigente e consciente da qualidade e segurança alimentares, discrédito relativamente aos alimentos comercializados e aos riscos percebidos, desejoso de maior transparência na cadeia alimentar e, para muitos produtos, desconfi ado dos processos produtivos. Assim, dependendo da percepção que têm dos riscos associados ao produto em questão, os consumidores reagem de forma diferenciada.

Com base num modelo probit estimado, o objectivo do artigo é analisar as attitudes e percepção do consumidor em relação à carne de vaca em Portugal. Os resultados obtidos indicam que a infl uência dos meios de comunicação são relevantes para explicar a atitude face à segurança alimentar assim como a confi ança dos consumidores acerca da informação contida no rótulo. A percepção da segurança alimentar parece variar com o género do consumidor e a fonte de informação utilizada, tendo os homens uma atitude mais positiva relativamente à segurança da carne de vaca do que as mulheres. Quanto ao risco percebido, a experiência de consumo de carne de vaca é importante embora não jogue o papel principal.

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SSD 088 - AS EXPORTAÇÕES E A COMPETITIVIDADE DO COMPLEXO CAFEEIRO BRASILEIRO E PARANAENSE. VANDERLEI JOSÉ SEREIA; MARCIA REGINA GABARDO DA CÂMARA; MARCELA VASQUES CINTRA; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA, LONDRINA, PR, BRASIL; Palavras-chave: Comércio Internacional; Constant-Market-Share; Competitividade; Complexo Cafeeiro; Mercados

O objetivo deste artigo é analisar os determinantes da competitividade das exportações do complexo cafeeiro paranaense entre 1990 e 2003. O estudo pretende sistematizar: a literatura recente sobre o tema, enfocando a competitividade de um dos principais produtos da pauta de exportações brasileira e do Paraná. Realizou-se a revisão crítica da literatura das teorias do comércio internacional e da competitividade e em seguida, caracterizou-se a dinâmica do complexo cafeeiro do brasileiro e paranaense. O artigo identifi ca as vantagens competitivas do café paranaense (verde, torrado, solúvel e especial) em relação aos países concorrentes; discute as barreiras às importações impostas ao café brasileiro pelos países importadores; e fi naliza com as possíveis políticas públicas e privadas favoráveis à competitividade das exportações de café.

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SSD 089 - A IMPORTÂNCIA DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO NAS RELAÇÕES COMERCIAIS ENTRE BRASIL E CHINA. HENRIQUE DA SILVEIRA SARDINHA PINTO FILHO; JÚNIA RODRIGUES DE ALENCAR; EMBRAPA, BRASÍLIA, DF, BRASIL; Palavras-chave: comércio internacional; commodities; produtos básicos; produtos manufaturados; China

A entrada da China na Organização Mundial do Comércio, assim como seu evidente crescimento econômico tornam o gigante asiático um parceiro comercial atraente para todo o mundo. Enquanto a China vai-se estabelecendo como potência mundial, o Brasil se esforça para aumentar as relações com os chineses. O presente trabalho teve como objetivo analisar a importância do agronegócio brasileiro nas relações comerciais entre Brasil e China, entre os anos de 2002 a 2005. Com base na análise comparativa das exportações e importações de cada pólo, foram considerados, na exportação, os grupos de alimentos, bebidas, bens de consumo de alta tecnologia, bens de consumo, exceto alimentos, bens de consumo que utilizam insumos minerais, commodities do agronegócio, insumos industriais, material de transporte e bens de capital; na importação, o estudo foi feito nos setores de pele e artefatos de couro, pneumáticos, material plástico, brinquedos, transporte e moveleiro. Os resultados obtidos mostraram que, a exportação brasileira para a China, composta principalmente por produtos básicos, consistiu dos commodities e de insumos industriais. Por sua vez, a China exporta principalmente produtos manufaturados para o Brasil, nos setores de brinquedos, material de plástico e material de transporte. A China e o Brasil se revelaram economias complementares: enquanto um fornece produtos manufaturados, o outro contribui com produtos básicos. Apesar de que, a partir de 2003, as exportações brasileiras de commodities do agronegócio aumentaram em mais de 65%, conclui-se que, o Brasil ainda encontra um mercado restrito na China. O interesse brasileiro de diversifi car sua pauta de exportação não tem alcançado os resultados desejados, enquanto a China consegue ampliar seu mercado no Brasil com produtos manufaturados de maior valor agregado.

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SSD 090 - EXPORTAÇÕES AGROPECUÁRIAS, MODELO GRAVITACIONAL, E CARACTERÍSTICAS DOS PAÍSES IMPORTADORES. DANIEL FERREIRA DA MATA; ROGÉRIO EDIVALDO FREITAS; IPEA, BRASíLIA, DF, BRASIL; Palavras-chave: Exportações; Equação gravitacional; Produtos agropecuários

Este trabalho visa estudar os determinantes das exportações agropecuárias brasileiras, com ênfase no posicionamento geográfi co dos países compradores dos produtos ofertados pelo Brasil.

Nesses termos, utilizou-se uma especifi cação econométrica do modelo gravitacional, incorporando na análise variáveis que identifi cassem a localização dos países importadores da produção agropecuária nacional.

Como principais resultados da pesquisa, identifi caram-se como fatores determinantes das exportações agropecuárias do Brasil: o Produto Interno Bruto (PIB) dos países compradores, a distância em relação a tais mercados, e a localização do país importador. Ao mesmo tempo, a taxa de câmbio real e o nível de atividade da economia doméstica não mostraram impactos signifi cativos sobre as exportações brasileiras de produtos agropecuários no período analisado.

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SSD 091 - INDICADORES DE COMPETITIVIDADE DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE SOJA EM GRÃO, 1986 A 2004. TALLES GIRARDI DE MENDONÇA; LUIZ EDUARDO VASCONCELOS ROCHA; UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL; Palavras-chave: Indicadores ; Mercado Internacional; Soja; Competitividade; Exportações

O Brasil, ao longo de todo seu processo de formação econômica, mostrou vocação incontestável para a agricultura. Atualmente, o setor continua sendo de vital importância para a economia nacional, uma vez que permite ao país atrair divisas através das exportações e a geração de empregos nas áreas produtoras. Um importante setor que tem se destacado neste cenário é o complexo soja, composto pela soja em grão, farelo e óleo de soja. Dentro do complexo as exportações de soja em grão tem ganhado importância crescente. No período de 1986 a 2004 a produção nacional e as exportações cresceram 297, 16% e 1. 749% respectivamente. O país é um dos principais produtores mundiais juntamente com Estados Unidos e Argentina. O presente trabalho tem por objetivo analisar a posição competitiva do Brasil no mercado internacional de soja em grão. Para tanto, utilizou-se o modelo de Balassa, pelo qual é possível identifi car se determinado país apresenta, ou não, Vantagem Comparativa Revelada – VCR na comercialização de certo produto em determinado mercado, e os de Lafay, que possibilitam identifi car a Posição Relativa – POS e a Vantagem Comparativa Revelada – VCR (Lafay) do país no mercado internacional do produto em questão. A análise dos resultados mostrou que, apesar das defi ciências de infra-estrutura e dos subsídios agrícolas dos países ricos, as exportações de soja em grão são altamente competitivas e que ainda há espaço para melhorar a posição competitiva do país com relação aos seus principais competidores.

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SSD 092 - POSSIBILIDADE DE OBTER LUCROS COM ARBITRAGEM NO MERCADO DE CÂMBIO NO BRASIL. FRANCISCO CARLOS CUNHA CASSUCE; CARLOS ANDRÉ DA SILVA MÜLLER; ANTÔNIO CARVALHO CAMPOS; UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, CARIBE; Palavras-chave: arbitragem; Brasil; câmbio a vista; câmbio futuro; volatilidade

O trabalho objetivou determinar a presença de volatilidade nas taxas de câmbio a vista e futura, detectando, assim, a presença de risco. Detectada a volatilidade procurou modelar esta volatilidade e construir modelos capazes de prever as taxas de câmbio a vista e futura. Diante das previsões procurou detectar se tais taxas convergiam, ou não, na data dos vencimentos dos contratos futuros, identifi cando a oportunidade de obter ganhos com arbitragem. Para isso utilizou-se modelos GARCH e TARCH, modelando a volatilidade das taxas de câmbio. Os resultados mostraram que as taxas de câmbio futura e a vista são muito voláteis e que o mercado de câmbio a vista apresenta assimetria sendo mais afetada por impactos negativos. A análise de volatilidade também mostrou que os choques nas taxas de câmbio a vista e futura perduram por um longo período de tempo. Finalmente, diante das previsões, realizadas para ambas as taxas, detecta-se a possibilidade de obter ganhos com arbitragem no mercado de câmbio brasileiro.

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SSD 093 - IMPACTOS DA FEBRE AFTOSA NO SETOR DE ABATE DE ANIMAIS: UMA ANÁLISE DE EQUILÍBRIO GERAL. ROSANE NUNES FARIA; HELOISA LEE BURNQUIST; ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIRÓZ /USP, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: febre aftosa; restrições sanitárias; exportações; carne ; bovina

Com o aparecimento da febre aftosa no estado do Mato Grosso do Sul e, posteriormente, no Paraná, em 2005, 52 países estabeleceram embargos à importação de carne bovina brasileira. O objetivo deste trabalho foi avaliar o impacto dessas medidas, considerando o setor Abate de Animais e seus refl exos na economia brasileira. Para tanto, utilizou-se um modelo de Equilíbrio Geral Computável e como base de dados fez-se uso da Matriz de Insumo Produto de 1996 calculada pelo IBGE. Os resultados da simulação sugerem que os embargos impostos à carne bovina brasileira teriam pequeno impacto na economia brasileira em termos agregados. Ou seja, a simulação de uma queda de 5% nas exportações do setor Abate de Animais, não chega a causar impactos negativos na balança comercial, no emprego e no produto. Quando se considera os resultados em termos setoriais, no entanto, tanto a produção, como o emprego no setor Abate de Animais apresentam retração. Os resultados também indicam que os efeitos negativos dos embargos não fi cariam restritos à indústria de carnes, mas se estenderiam para um outro setor da economia brasileira: a Agropecuária, uma vez que a demanda pelo produto desse setor é afetada.

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SSD 094 - AS BARREIRAS TÉCNICAS AO COMÉRCIO: IDENTIFICANDO ALGUMAS TENDÊNCIAS. FRANCINE ROSSI RODRIGUES; MAURÍCIO JORGE PINTO DE SOUZA; SILVIA HELENA GALVÃO DE MIRANDA; ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: REGULAMENTAÇÕES TÉCNICAS; ACORDO DE BARREIRAS TÉCNICAS (TBT); TENDÊNCIAS; NOTIFICAÇÕES; NORMALIZAÇÃO

Nos últimos anos observa-se o crescimento de uma nova forma de protecionismo, onde o emprego de instrumentos de regulamentação e normalização, vêm caracterizando um novo tipo de barreira comercial. Neste contexto, o trabalho tem por objetivo apresentar as tendências que as barreiras técnicas ao comércio vêm assumindo nos últimos anos e identifi cá-las através da análise das notifi cações do acordo TBT da OMC. Os resultados evidenciam que apesar do setor agroindustrial ser mais afetado pelas medidas de natureza sanitária e fi tossanitária, tem crescido em atenção também no escopo do Acordo sobre Barreiras Técnicas. À medida que as populações se tornam mais exigentes e preocupadas com temas como meio ambiente e segurança dos alimentos, crescem os requisitos, em número e intensidade, sobre a regulação de embalagens, rotulagens e até sobre os processos de produção no que tange a instituir procedimentos que garantam aos consumidores os padrões de qualidade e segurança que desejam. Uma outra tendência observada decorrente deste novo ambiente é o aumento de medidas que tratam não mais apenas do produto em si comercializado, mas de medidas que impõem exigências sobre os processos produtivos e de distribuição. Ademais, na atividade de normalização dos principais parceiros comerciais do Brasil pôde ser constatado que os produtos das indústrias agro-alimentares são bastante afetados, o que é de se considerar relevante dada a importância das exportações do agronegócio para o saldo comercial brasileiro.

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SSD 095 - ABERTURA ECONÔMICA E CRESCIMENTO: ABORDAGEM DE THIRLWALL PARA ESTUDOS DO DESEMPENHO DA BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA. SINEZIO FERNANDES MAIA; DANIELLA NOBREGA NUNES; UFPB/PPGE, JOÃO PESSOA, PB, BRASIL; Palavras-chave: Crescimento Econômico; Exportações; Lei de Thirlwall; Abertura Econômica; BALANÇA COMERCIAL

Este trabalho tem como objetivo verifi car o impacto da abertura econômica sobre o crescimento da economia brasileira a partir de uma análise da Balança Comercial, de 1990 até 2004. A abordagem está baseada na Lei de Thirlwall que versa sobre a restrição externa como a real inibidora do crescimento de alguns países. Especifi camente estima-se um modelo econométrico que permite mensurar a taxa de crescimento do País em relação ao resto do mundo a partir das elasticidades-renda das exportações e das importações. Observam-se as exportações do setor agrícola em relação ao setor não-agrícola apresentou desempenho favorável ao crescimento econômico. Além disso, observou-se também que a partir da mudança do regime cambial brasileiro, a contribuição das exportações para o crescimento econômico, é signifi cativa.

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SSD 096 - ARBITRAGEM NO MERCADO CAMBIAL E DE TÍTULOS NO BRASIL: UM TESTE ECONOMÉTRICO DA PARIDADE DE JUROS E DA MOBILIDADE DE CAPITAL. DANIELLA NOBREGA NUNES; SINEZIO FERNANDES MAIA; UFPB/PPGE, JOAO PESSOA, PB, BRASIL; Palavras-chave: Condição Paridade de Juros; Arbitragem no Mercado Cambial; Taxa de Juros; Taxa de Cambio; Mobilidade de Capital

A relação entre a taxa de juros e a taxa de câmbio tem sido um dos temas mais investigados na literatura empírica de macroeconomia e fi nanças. As vantagens que estimulam os poupadores internacionais a canalizarem recursos para além de suas fronteiras é o incentivo de construção de um portfório onte o gtrade off entre risco e retorno esperado é mais favorável do que aquele alcançável em uma autarquia. Um dos arcabouços utilizado na literatura é o teste da condição paridade de juros. O modelo é utilizado para permitir, aos agentes, a possibilidade de arbitragem em tais mercados, bem como é utilizado para medir a mobilidade de capital. O Brasil tem apresentado taxa de juros doméstico muito alta, o que sugere um estímulo aos poupadores internacionais. O objetivo do trabalho é verifi car se a condição paridade de juros se mantém para o Brasil e se existe livre mobilidade de capital. O modelo econométrico segue a tradição da literatura: onde E é o operador de esperança matemática, que representa a expectativa de desvalorização/valorização cambial. Se os resíduos são i. i. d., implica a aceitação da condição paridade de juros e da expectativa proposta. é uma constante que capta a possibilidade da existência de diferenciais de juros (capta uma medida de risco), mesmo na presença de plena mobilidade de capitais que não dão margens a ganhos de arbitragem. A presença de autocorrelação nos resíduos indica que erros do passado infl uenciam erros cometidos atualmente e que podem implicar em mercado de câmbio inefi ciente. O teste da condição paridade de juros, desta forma, deverá conter testar se o parâmetro (isto é, testar a validade da condição paridade de juros). Além disso, quando o modelo dá a informação de mobilidade perfeita de capital. Os resultados obtidos sugerem a não constatação da PDJ no caso brasileiro, observando também a pouca correlação empírica para o teste desta condição no período analisado.

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SSD 097 - COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA DE FRANGOS DE CORTE NO COMÉRCIO INTERNACIONAL. GIULIANA APARECIDA SANTINI; GESSUIR PIGATTO; UNESP, TUPÃ, SP, BRASIL; Palavras-chave: competitividade internacional; indústria de frango; vantagens competitivas; exportação; estratégia

O Brasil alcançou em 2004 a liderança nas exportações de carne de frango, com um volume de 2, 4 milhões de toneladas, ultrapassando os Estados Unidos. Essa liderança foi obtida por meio da somatória de fatores que levaram as empresas brasileiras a melhorarem sua competitividade, frente aos concorrentes internacionais. Se a infl uenza aviária permitiu que o país alcançasse mercados, que até então eram atendidos pelos países afetados pela doença, a manutenção de vendas a esses mercados e o incremento de vendas para outros países, deveu-se a muitas variáveis. É verdade sim, que o Brasil possui vantagens competitivas na dotação de recursos naturais e na disponibilidade de mão-de-obra, o qual lhe permite obter custos de produção mais baixos. Entretanto, muitos outros fatores que explicam o menor custo – como a própria economia de escala na produção – são mantidos também pelos seus concorrentes. O que faz do país o maior exportador mundial, com crescimento signifi cativo em termos de produção, consumo e comércio internacional, nos últimos dez anos, são inclusive, as ações estratégicas das empresas, que asseguram condições de confi abilidade em relação ao cliente externo, com atendimento de especifi cações peculiares, manutenção do padrão de qualidade, dentre outros fatores.

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SSD 098 - O CRÉDITO BANCÁRIO COMO ESTRATÉGIA DE INSERÇÃO DAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS NO MERCADO INTERNACIONAL. EVELINE BARBOSA CARVALHO; BANCO DO BRASIL/UNIFOR, FORTALEZA, CE, BRASIL; Palavras-chave: crédito bancário; pequenas e médias empresas; estratégia de exportação ; crédito nos EUA; crédito na Itália

Trata-se de estudo de caso comparativo entre Brasil, Estados Unidos e Itália sobre o crédito bancário como fator estratégico para a participação mais efetiva das pequenas e médias empresas, no valor das exportações. Análisa do crédito bancário, com sua conceituação, principais características e sua utilização pelos três países, compara a estratégia de utilização do crédito e as estratégias de apoio governamental nos três países e analisa como as pequenas e médias empresas respondem a esses estímulos. Descrição das principais linhas de crédito para exportação no Brasil, com seus facilitadores e entraves burocráticos, que difi cultam o acesso para as pequenas e médias empresas. Com base em análise estatística e apresentação de estudos de caso são sugeridas estratégias para tornar o crédito, no Brasil, mais acessível e capaz de trazer resultados mais expressivos para as exportações brasileiras.

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SSD 099 - MODELOS DE SÉRIES TEMPORAIS APLICADOS AO SETOR DE EXPORTAÇÃO BRASILEIRA DE FLORES DE CORTE. LILIAN CRISTINA ANEFALOS; MARIO ANTONIO MARGARIDO; INSTITUTO DE ECONOMIA AGRÍCOLA, SÃO PAULO, SP, BRASIL; Palavras-chave: fl oricultura; exportação; programa Florabrasilis; série temporal; modelo VAR

O objetivo principal deste trabalho é analisar as exportações brasileiras de fl ores de corte no período de 1996 a 2005, com o intuito de verifi car as relações entre o volume exportado, o preço doméstico e a taxa de câmbio. Para isso foram estimados parâmetros de transmissão de informações que compõem esse mercado, a fi m de estudar o relacionamento entre essas variáveis, por meio de função de resposta de impulso e decomposição da variância dos erros de previsão empregando-se o Modelo Auto-regressivo Vetorial (VAR) com variável exógena (para captar os possíveis efeitos do programa Florabrasilis sobre o volume exportado de fl ores de corte). Os resultados mostraram que há relações de causalidade unidirecional em que o volume exportado de fl ores é infl uenciado pelo comportamento da taxa de câmbio, conforme era esperado, e em que as exportações de fl ores de corte interferem nos preços domésticos, porém não se verifi cou infl uência do programa Florabrasilis diretamente sobre as exportações no período analisado. Com relação aos efeitos de choques não antecipados na quantidade exportada, na taxa de câmbio e nos preços domésticos sobre a quantidade exportada pôde-se verifi car que nos três casos houve ajuste mais turbulento nos doze primeiros meses após o choque, revelando difi culdade de adaptação desse mercado nesse período devido a fatores internos e externos.

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SSD 100 - TURISMO E MUDANÇAS SOCIOCULTURAIS EM CONCEIÇÃO DE IBITIPOCA, MG: DA REESTRUTURAÇÃO DA ESFERA PRODUTIVA À CHEGADA DE NOVOS ATORES SOCIAIS, UM ESPAÇO RURAL EM TRANSFORMAÇÃO. BRUNO PEREIRA BEDIM; DRA. MARIA APARECIDA DOS SANTOS TUBALDINI; UFMG - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL; Palavras-chave: Turismo; Comunidade Rural; Tranformações; Cultura local; Ibitipoca

Tendo em vista as particularidades que permeiam a trajetória histórico-social do povoado rural de Conceição de Ibitipoca e seu entorno, o artigo discute as mudanças socioculturais decorrentes da implementação do turismo na região, a partir da análise de dois aspectos de organização social da comunidade: a reestruturação da esfera produtiva e a chegada de novos atores sociais. Para tanto, lança-se mão da história oral de agentes locais envolvidos no processo, relacionando tais relatos à pesquisa documental. Os resultados revelam que a diferenciação ocorrida na estrutura ocupacional da comunidade, aliada à intensifi cação dos confl itos entre os antigos moradores “nativos” e os recém-chegados “forasteiros”, alteram signifi cativamente aspectos da dinâmica social local, reconfi gurando assim as estratégias de reprodução social das famílias no espaço rural.

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SSD 101 - ESPECTRO ESTRUTURAL DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL NAS MICRORREGIÕES DE VALENÇA, ILHÉUS-ITABUNA E PORTO SEGURO, ESTADO DA BAHIA. HENRIQUE TOMÉ DA COSTA MATA; VALTER ALVES NASCIMENTO; RONDINELI SANTOS CALDAS; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ DA BAHIA - UESC, ILHÉUS, BA, BRASIL; Palavras-chave: Desenvolvimento regional; desenvolvimento econômico; regiões econômicas; estrutura regional; Economia regional

O artigo faz parte de uma proposta de trabalho inicial que visa aproveitar a base de dados da Superintendência de Desenvolvimento Econômico e Social do Estado da Bahia em estudos e textos de refl exão sobre o panorama de desenvolvimento regional no Estado. Os dados disponíveis permitem a elaboração em diferentes níveis de agregação no plano geo-espacial, cultural, social, econômico e ambiental, de espectros sobre a economia regional. Nesta perspectiva, neste primeiro instante, o objetivo visou à realização de uma abordagem estrutural do padrão de desenvolvimento das microrregiões de Valença, Ilhéus-Itabuna e Porto Seguro, todos componentes das Regiões Econômicas Litoral e Extremo Sul. A metodologia adotada constou da delimitação dos espaços microrregionais e seus respectivos municípios, e, através de procedimentos de tabulação e descrição, a análise em agregado de alguns indicadores da atividade produtiva. Recorreu-se para isso, às informações da atividade agrícola, em termos de culturas permanentes e temporárias, área colhida, valor da produção, consumo de energia elétrica, fi nanciamentos agropecuários e tributos federais e estaduais arrecadados e distribuídos nos anos 2000 e 2001. Os resultados obtidos conduziram à conclusão de que, atrelado à questão distributiva e ao problema de concentração das atividades econômicas existe um conjunto relevante de variáveis que provavelmente determina o padrão desigual de desenvolvimento regional. Observou-se uma elevada concentração no padrão de consumo regional de energia e diferenças marcantes nos valores médios dos agregados usados nas comparações. A microrregião de Porto Seguro composta de 21 municípios foi a que apresentou o melhor padrão geral de desenvolvimento regional.

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SSD 102 - GESTÃO TERRITORIAL DO AGRONEGÓCIO - O CASO DA REGIÃO NORDESTE DO ESTADO DE S. PAULO. EVARISTO EDUARDO DE MIRANDA; CRISTINA CRISCUOLO; CARLOS FERNANDO QUARTAROLI; MARCELO GUIMARÃES; EMBRAPA MONITORAMENTO POR SATÉLITE, CAMPINAS, SP, BRASIL; Palavras-chave: GESTÃO TERRITORIAL; AGRONEGOCIO; USO DAS TERRAS; ABAG; GEOTECNOLOGIA

A região nordeste do Estado de São Paulo concentra parcela signifi cativa do agronegócio brasileiro. Seu PIB, superior a 25 bilhões de dólares, é maior que o do Uruguai e sua renda per capita é o dobro da Argentina. São 125 municípios que ocupam 51. 725 km2, 20, 83% da área do Estado. O agronegócio regional busca cada vez mais participar da formulação das políticas públicas territoriais e necessita de informações atualizadas sobre a dinâmica espacial do uso e ocupação das terras. Para atender essas necessidades, a Embrapa Monitoramento por Satélite, em parceria com o projeto temático ECOAGRI, fi nanciado pela FAPESP e com o apoio da Associação Brasileira do Agronegócio de Ribeirão Preto – ABAG-RP, estruturou um sistema de gestão territorial do agronegócio para essa região.

O trabalho incluiu o mapeamento do uso e cobertura das terras em 1988 e 2003, com base em imagens de vários satélites e trabalhos de campo, além de uma base de dados com indicadores agro-sócio-econômicos para cada classe de uso agrícola das terras. Grande parte dessa informação está disponível na Embrapa Monitoramento por Satélite (www. cnpm. embrapa. br). O sistema de gestão territorial está sendo utilizado pela ABAG-RP para espacializar dados sócio-econômicos e simular cenários evolutivos para o agronegócio e seus impactos, em função de possíveis políticas públicas para agricultura e meio ambiente. Este trabalho exemplifi ca os métodos desenvolvidos e o seu potencial para apoiar a formulação de políticas públicas de impacto territorial. Ele analisa a retração, a manutenção e a expansão de culturas e os impactos sócio-econômicos decorrentes sobre emprego, renda e arrecadação de impostos, a partir do caso da cana-de-açúcar. A perspectiva de estender esta pesquisa para o conjunto do Estado de São Paulo está sendo considerada por agentes do agronegócio comprometidos com a sustentabilidade no uso e ocupação das terras e com a formulação das políticas públicas requeridas para tal objetivo.

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SSD 103 - A MODERNIZAÇÃO AGRÍCOLA NOS MUNICÍPIOS DA MESORREGIÃO CAMPO DAS VERTENTES: UMA APLICAÇÃO DE MÉTODOS DE ANÁLISE MULTIVARIADA. FABRÍCIO OLIVEIRA CRUZ; CLAUDINEY GUIMARÃES RIBEIRO; IVIS BENTO DE LIMA; UNIVERDIADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI - UFSJ, SÃO JOÃO DEL REI, MG, BRASIL; Palavras-chave: modernização; agricultura; Campo das Vertentes; análise fatorial; análise de cluster

A atividade agrícola brasileira é historicamente grande geradora de divisas e empregadora de mão-de-obra para o país. Dada sua importância, estudos com o intuito de mensurar ou classifi car variáveis do setor primário ganham importância no cenário econômico. A modernização agrícola está associada a uma produção apoiada no uso combinado e intensivo de insumos modernos, tais como máquinas e tratores, fertilizantes químicos e corretivos e controle químico de pragas e doenças, que resulta em alta produtividade do trabalho e da terra. Esse estudo visou fazer um diagnóstico do nível de modernização agrícola dos municípios que compõem a mesorregião Campo das Vertentes a qual é constituída por três microrregiões que englobam um total de 36 municípios. Nesse sentido, foram selecionadas 17 variáveis que formaram um conjunto de 21 indicadores de modernização. A metodologia utilizada para o estudo foi a análise fatorial e a análise de cluster. O processo de análise fatorial foi efi caz na redução dos dados e considerado factível para a realização do estudo dada a aceitação dos testes de KMO e Bartlett. Foram considerados quatro fatores que explicaram 78, 91% da variância total, os quais foram defi nidos como uso da terra (F1), relação capital/trabalho (F2), fi nanciamentos e despesas gerais (F3) e despesas com assistência técnica e insumos (F4). A partir dos escores fatorias, a análise de cluster possibilitou a formação de cinco grupos de modernização. Para a hierarquização e classifi cação dos mesmos criou-se um índice bruto de modernização, a partir dos escores fatoriais médios de cada grupo. Conclusivamente, pode-se dizer que a mesorregião apresentou nível de modernização relativamente baixo, uma vez que cerca de 59% dos municípios encontram-se no grupo de menor nível de modernização.

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SSD 104 - DIAGNÓSTICO SOCIO-ECONÓMICO Y AMBIENTAL DE LA REGION DEL CAMPO EXPERIMENTAL DE LA UNIVERSIDAD NACIONAL DE RIO CUARTO - CÓRDOBA – ARGENTINA. ROBERTO TORMES MACHADO; CARLOS COWAN ROS; ALCIDES JUVENAL RICOTTO; LENADRO SABANÉS; MARIA VILLABERDE; UNRC, RIO CUARTO, ARGENTINA; Palavras-chave: Diagnostico; Meio Ambiente; Desenvolvimento ; sustentabilidade; geração de renda

El área de infl uencia del Campo Experimental de la UNRC, es un territorio de especial interés para estudiar procesos de transformación de la estructura agraria y para pensar el papel que la Universidad pudiera cumplir. Esta investigación busca identifi car las transformaciones ocurridas en la última década con relación a la estructura agraria, el uso del suelo, la percepción de los agricultores respecto al medio ambiente y a las relaciones sociales. El territorio de estudio se encuentra ubicado en el Departamento Río Cuarto y esta conformado por las colonias La Aguada, Rodeo Viejo, La Piedra, y La Barranquita. A través de la implementación de entrevistas a agricultores e informantes califi cados y analizando información secundaria podemos observar que el Departamento Río Cuarto, ha sufrido una fuerte disminución en el número de establecimientos agropecuarios, al mismo tiempo en que los pool de inversiones concentran el control de grandes extensiones de tierra, lo cual resultaría en una importante disminución del protagonismo de los agricultores locales. En cuanto al territorio en estudio se evidenciaría la transformación de una realidad caracterizada (al inicio de 1990) por una heterogeneidad de agricultores que disponían de diferentes recursos (tierra y capital) e implementaban una diversidad de estrategias productivas, para una realidad de menor diversidad con relación al tipo de agricultores (ya que mucha tierra está en manos de los pool de siembra) y con relación a las estrategias productivas, ya que la soja se habría difundido masivamente desplazando a otras actividades tradicionales de la región. Además, los asuntos ambientales aparecen como una cuestión importante, siendo la erosión hídrica el principal problema mencionado.

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SSD 105 - O DESENVOLVIMENTO DO TURISMO E SEUS EFEITOS EM COMUNIDADES RECEPTORAS: UM ESTUDO NO MUNICÍPIO DE CARRANCAS-MG. BRUNO MARTINS AUGUSTO GOMES; MARCELO MÁRCIO ROMANIELLO; MARCELO ALEXANDRE CORREIA SILVA; ANTÔNIO CARLOS DOS SANTOS; UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS, LAVRAS, MG, BRASIL; Palavras-chave: Desenvolvimento; Turismo; Efeitos; Comunidades; Carrancas

O turismo nos moldes em que se apresenta atualmente vem despertando um crescente interesse da sociedade desde o século XIX. Porém, apenas no século XX, com os avanços tecnológicos que a atividade se consolidou. Com o crescimento no número de pessoas viajando a lazer no século passado, pesquisadores interessados no fenômeno passaram a refl etir sobre seus efeitos não só econômicos, como também sociais, ecológicos e culturais. Fundamentando-se nestas abordagens teóricas que enfatizam não apenas os efeitos econômicos do turismo, mas o compreende de maneira sistêmica, esse trabalho busca analisar as infl uências do turismo em comunidades receptoras. Para tanto foi feita uma revisão de literatura sobre o tema e em seguida buscou-se identifi car esses efeitos através de um estudo de caso no município de Carrancas, sul de Minas Gerais. Pode-se constatar que o turismo traz uma série de efeitos para a comunidade receptora, porém de acordo com o estágio de evolução da atividade estes efeitos não são percebidos por esta. Constatou-se também que ao aplicar as proposições teóricas em uma determinada realidade é possível identifi car nesta, indicadores que sinalizam o estágio de desenvolvimento da atividade e conseqüentemente os efeitos que ela está gerando ou que tende a gerar.

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SSD 106 - RISCO DE LIQUIDEZ EM COOPERATIVAS DE CRÉDITO: UMA ABORDAGEM A PARTIR DO MODELO LOGIT MULTINOMIAL. ROSIANE MARIA LIMA GONÇALVES; MARCELO JOSÉ BRAGA; UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL; Palavras-chave: cooperativas de economia e crédito mútuo; risco de liquidez; logit multinomial; Minas Gerais; indicadores fi nanceiros

O risco de liquidez nas instituições fi nanceiras está associado ao desequilíbrio entre os ativos negociáveis e passivos exigíveis. Outros fatores também afetam a liquidez das cooperativas de crédito, como a maior utilização da cooperativa para empréstimos do que para depósitos e a incapacidade em promover a diversifi cação geográfi ca e de produtos. Nesse sentido, esse estudo objetivou verifi car, a partir de indicadores fi nanceiros, se as cooperativas de economia e crédito mútuo de Minas Gerais estão em risco de liquidez e quais os determinantes desse risco. Foi utilizado o modelo de regressão logit multinomial, sendo as cooperativas classifi cadas em muito baixo, baixo, médio, alto e muito alto risco de liquidez. Os resultados analisados indicaram que valores menores dos indicadores utilização de capital de terceiros e provisionamento e valores maiores dos indicadores depósito total/operações de crédito e logaritmo do total de ativos tornam essas instituições mais líquidas.

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SSD 107 - A ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES DE LEITE DE ÁGUAS BELAS COMO AGENTE DE DESENVOLVIMENTO. DANIELA MOREIRA CARVALHO; GILVANDO SÁ LEITÃO RIOS; UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO, RECIFE, PE, BRASIL; Palavras-chave: Associativismo; Desenvolvimento Local; Pecuária Leiteira ; Atores locais; Pequena Produção

O Desenvolvimento Local ganha espaço dentro das análises de desenvolvimento por propor um desenvolvimento mais calibrado às diferenças culturais, econômicas, políticas e sociais de cada região. No meio rural brasileiro o agronegócio desponta como um dos mais efi cientes e competitivos do mundo, mas também a pobreza rural como uma das maiores mazelas da sua sociedade e nessa realidade a pecuária leiteira é uma atividade importante, social e economicamente por abranger uma grande parcela de pequenos produtores. Dentro deste contexto o objetivo do trabalho foi analisar e desvendar o papel da Associação de Produtores de Leite de Águas Belas como agente de desenvolvimento local na ótica dos atores envolvidos. A metodologia utilizada foi estudo de caso, utilizando observação, entrevistas semi-estruturadas e conversas informais. O estudo evidencia que a Associação cumpre uma série de indicadores de desenvolvimento, geração de emprego e renda, acesso a crédito rural, acesso a novas tecnologias, parcerias institucionais importantes, que demonstram um papel fundamental no desenvolvimento local. Entretanto a abrangência da associação ainda é muito limitada aos associados, a sustentabilidade social é frágil (incidência de participação objetiva e baixa participação subjetiva).

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SSD 108 - TITULO: A ORGANIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DE P&D AGRÍCOLA EM CUBA A PARTIR DOS ANOS 90: CONFRONTOS E DESAFIOS NO SECULO XXI. LAZARO CAMILO RECOMPENZA; UFMT, CUIABá, MT, BéLGICA; Palavras-chave: INOVAÇÃO NA AGROPECUARIA; CIÊNCIA E TECONOGIA; PESQUISA E DESENVOLVIMENTO; DESENVOLVIMENTO LOCAL; AGRONEGOCIO

O objetivo deste trabalho é analisar a organização das atividades de P&D agropecuária em Cuba e os principais procedimentos metodológicos utilizados para este fi m no período pós- revolução, especifi camente a partir dos anos 90 após o “derrumbe” ou derrubada do campo socialista e da URSS. Discute-se o modelo linear de organização das atividades de P&D aplicado em Cuba (a partir, da experiência dos países socialistas) e os principais confrontos e desafi os a enfrentar a partir das mudanças ocorridas na economia cubana em função do desaparecimento do bloco socialista. Assim para cumprir o objetivo proposto o trabalho é divido em três etapas: a primeira de 1959-1974 nomeada: “Etapa de promoção dirigida da ciência”, a segunda abarca o período de 1975-1989 chamada: “O modelo de direção centralizado das atividades de P&D”, e a última de 1990 até os dias de hoje, batizada: “O novo Sistema Nacional de Ciência, e Inovação Tecnológica”.

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SSD 109 - PRINCIPAIS CAUSAS DO NÃO ASSOCIATIVISMO ENTRE AGRICULTORES FAMILIARES DO MUNICÍPIO DE NOVA PALMA (RS, BRASIL) E ESTRATÉGIAS DE EXTENSÃO. ADRIANO LAGO; PEDRO DE HEGEDUS; JOÃO A. DESSIMON MACHADO; SILMARA FAGAN; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: ASSOCIATIVISMO; COOPERAÇÃO; METODOLOGIA Q

Este estudo busca tecer avaliações sobre as causas do não associativismo entre agricultores familiares do município de Nova Palma, RS, Brasil. Inicialmente trabalhou-se com informantes qualifi cados a fi m de construir as afi rmações necessárias para a condução da metodologia. De posse das afi rmações aplicou-se estas a 32 agricultores familiares de diferentes comunidades de Nova Palma, a fi m de buscar a subjetividade dos mesmos. Com os resultados em mãos partiu-se para a análise, contando com o auxílio de um programa estatístico denominado PCQ. Os resultados obtidos apontam a existência de três tipologias de agricultores: favoráveis ao associativismo; não favoráveis ao associativismo; independentes. Baseado nestas tipologias e seus fatores, percebe-se que os agricultores estudados não se associam por: a) características das pessoas (o individualismo; as pessoas que não se adaptam a esta modalidade de trabalho) e b) características das associações (as associações não possuem objetivos claros). Desta forma, procurou-se tecer algumas estratégias de extensão a fi m de superar estas causas do não associativismo. Em essência as associações devem possuir objetivos claros, principalmente no que se refere a aspectos econômico, e demonstrar aos agricultores que é necessário trabalharem juntos para alcançar esses objetivos. Evidenciou-se ainda a necessidade das associações interagirem mais com a cooperativa local e com outras entidades de apoio.

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SSD 110 - O PROGRAMA SAI E SEU EFEITO NA CAPACITAÇÃO DO EMPRESÁRIO RURAL DO ALTO TIETÊ - SP. EMERSON MORAIS VIEIRA; THOMAS NITZSCHE; ADRIANI KOLLER DA SILVA; SEBRAE SP, MOGI DAS CRUZES, SP, BRASIL; Palavras-chave: CADEIA PRODUTIVA; PROGRAMA SAI; Empresário Rural; Treinamento Rural; Alto Tietê

A região do Alto Tietê caracteriza-se por uma das mais produtivas regiões agrícolas do país, concentrando sua produção nas cadeias das hortaliças folhosas, cogumelos comestíveis, caqui, nêspera e fl ores. Com uma concentração de aproximadamente 80% de pequenos produtores rurais com áreas de até 20 hectares, exige dos atores locais um elevado grau de sinergia para que possam efetivamente implantar seus recursos fi nanceiros, econômicos, produtos e serviços em prol do desenvolvimento territorial.

O estudo aborda a importância do esforço coletivo do SEBRAE/SP, Sindicato Rural de Mogi das Cruzes e CATI/EDR Mogi das Cruzes, que implantaram um programa conjunto para atuarem no setor agrícola a partir de 1997. Mostra, também, que a partir do ano de 2001, por meio do Programa SAI, convênio realizado entre estes parceiros, o acesso do produtor rural a capacitação é ampliado, refl etindo numa mudança da rede de atores locais, com a organização de novos grupos de produtores.

Observou-se, também, a importância de disponibilizar um conjunto de meios para o produtor se capacitar, não só através de cursos, mas também, no intercâmbio com outros elos da cadeia.

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SSD 111 - ATORES SOCIAIS RURAIS, GOVERNANÇA LOCAL E DESENVOLVIMENTO RURAL NA AMÉRICA LATINA. ANTONIO CÉSAR ORTEGA; UFU, UBERLÂNDIA, MG, BRASIL; Palavras-chave: atores sociais; representação de interesses; desenvolvimento rural; governança local; descentralização

Procura-se, neste artigo, destacar toda multiplicidade de interesses que emergem nas comunidades rurais da América Latina em geral, e de três países em particular (Brasil, México e Chile), para que apreender o ambiente local em que as políticas agropecuárias, particularmente as de caráter descentralizadas, se inserem. Assim, foi importante resgatarmos as raízes recentes dos processos que criaram um aparente consenso em torno da descentralização das políticas públicas em geral, e agropecuária em particular, com vistas ao desenvolvimento rural para, depois, verifi car as particularidades em cada país. Dessa maneira, concluímos que essas políticas de descentralização vêm reservando espaços cada vez mais signifi cativos para a participação social, com a construção de novos modelos de governança, em que a ação coletiva facilita a articulação em torno de projetos comuns de desenvolvimento rural. Inclusive, procura-se enfatizar que, essa maior organização social local, favorece a inserção produtivo nos mercados de produtos e serviços.

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SSD 112 - ALGUMAS REFLEXÕES ACERCA DO ESPAÇO DE INVESTIGAÇÃO SOBRE O \\\\\\\\. ANGELICA MASSUQUETTI; UNISINOS, SÃO LEOPOLDO, RS, BRASIL; Palavras-chave: campo acadêmico; ciências sociais; produção do conhecimento; rural; confl itos sociais

Resumo: O campo acadêmico das Ciências Sociais, no Brasil, foi institucionalizado por meio da criação, da expansão e da consolidação dos centros de pós-graduação destas ciências no país, principalmente, a partir dos anos sessenta. Estes centros de produção do conhecimento produziram, ao longo do tempo, os produtores e os produtos vinculados a vários temas, como os estudos sobre o “rural” brasileiro. A existência de um conjunto de pesquisadores e da produção destas pesquisas confi rma o interesse dos mesmos, bem como de instituições de fi nanciamento destas investigações, na construção de um espaço de refl exão sobre o “rural”, num sentido amplo, e de temas específi cos, como os confl itos sociais no campo no Brasil. O objeto de estudo deste artigo foi a constituição do espaço de produção do conhecimento a respeito do “rural” realizada no campo acadêmico das Ciências Sociais.

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SSD 113 - DISCUTINDO A MUDANÇA DE PARADIGMA NA ATUAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES SINDICAIS DE TRABALHADORES RURAIS. PAULO AGUIAR DO MONTE; ANA ELIZABETE DA S. PEREIRA; UFPB, JOAO PESSOA, PB, BRASIL; Palavras-chave: ORGANIZAÇÕES SINDICAIS; TRABALHADOR RURAL; NEGOCIAÇÕES; CENTRAIS SINDICAIS; CONTAG

A análise desenvolvida neste trabalho tem como objetivo discutir a trajetória do sindicalismo rural no Brasil, com ênfase no movimento sindical dos trabalhadores e as mudanças no paradigma de suas reivindicações.

As recentes transformações observadas na economia brasileira (o desenvolvimento tecnológico e a mecanização no campo, a reestruturação industrial, o crescimento do desemprego rural, da precarização e da informalização das relações de trabalho) trouxeram implicações no mercado de trabalho que refl etiram diretamente nas organizações sindicais dos trabalhadores rurais.

Até os anos oitenta, a greve era o principal instrumento de reivindicação às políticas de correção salarial e de reforma agrária. Em seguida, tem se verifi cado uma mudança no paradigma de atuação dos movimentos sindicais. A pauta de negociação passou a acrescentar novas questões, afastando-se da prática de confrontação, sua marca registrada, para se transformar em um sindicalismo de negociação. Em decorrência, os sindicatos rurais perderam representatividade e tornaram-se cada vez mais dependentes de Governo.

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SSD 114 - CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS E LIMITES A AÇÃO ESTRATÉGICA: REDES DE RECURSOS DE PODER EM PERSPECTIVA COMPARADA. JEOVAN DE CARVALHO FIGUEIREDO; LUIZ FERNANDO PAULILLO; UFSCAR, SÃO CARLOS, SP, BRASIL; Palavras-chave: Institucionalismo; estratégia; pecuária de corte; pecuária leiteira; estudo de caso

O objetivo deste trabalho é determinar como as características estruturais das diferentes redes de poder na pecuária de Mato Grosso do Sul infl uenciam a ação estratégica dos atores nelas inseridos. Para tanto, foi empreendido um estudo de múltiplos casos. No caso da rede láctea, adotou-se como unidade de análise o processo político que resultou a inclusão do leite pasteurizado tipo C nas aquisições do Governo Estadual de Mato Grosso do Sul, destinadas a um programa social específi co, o Programa de Segurança Alimentar e Nutricional (PSAN). Por sua vez, a unidade de análise da rede da bovinocultura de corte foi o Programa de Melhorias na Cadeia Produtiva da Carne, orquestrado pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Mato Grosso do Sul. Os resultados indicam que a rede de poder territorial da bovinocultura de corte pode ser vista como uma comunidade política, arranjo em rede já conhecido na literatura, e que a rede de poder láctea, fracamente integrada e com múltiplos participantes, confi gura um outro tipo específi co, que se aproxima do modelo ideal de rede difusa. Os resultados deste estudo indicam que os diferentes tipos estruturais das redes, geram diferentes possibilidades para os atores que agem estrategicamente nas redes.

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SSD 115 - AVALIAÇÃO DE PROGRAMA PÚBLICO DE DESENVOLVIMENTO NO. LUIZ HENRIQUE SILVESTRE; HENRI CÓCARO; EXZOLVILDRES QUEIROZ NETO; EDUARDO MAGALHAES RIBEIRO; UFLA, LAVRAS, MG, BRASIL; Palavras-chave: politica publica; desenvolvimento; segurança alimentar; vale do Jequitinhonha; Minas Gerais

O presente estudo tem como objetivo avaliar o Prosan – Programa Mutirão de Segurança Alimentar e Nutricional implantado no estado de Minas Gerais em 2003, buscando identifi car o seu nível de adaptação à realidade local, às especifi cidades de cada região e os elementos que garantem esta condição. A região estudada foi o Alto e Médio Jequitinhonha, sendo entrevistados membros da comissão coordenadora do programa na região e benefi ciários relacionados a sete projetos apoiados. Verifi cou-se que o programa usa uma metodologia inovadora, baseada na valorização das iniciativas existentes na região e que a maior parte dos recursos são aplicados em atividades fi ns (apoio à projetos de desenvolvimento). Para que estes resultados sejam atingidos, o programa conta com um modelo de gestão baseado na participação de atores locais e também com uma estrutura de suporte aos projetos que envolve poder público e sociedade civil, minimizando os riscos dos empreendimentos.

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SSD 116 - AUTONOMIA E DEPENDÊNCIA NA ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS AGRICULTORES DO PROJETO CINTURÃO VERDE DE ILHA SOLTEIRA. CARLOS AUGUSTO MORAES E ARAUJO; ROSÂNGELA ROSÂNGELA; LUIS ANTONIO BARONE; MARIA APARECIDA TARSITANO; FACULDADE DE ENGENHARIA DE ILHA SOLTEIRA - UNESP, ILHA SOLTEIRA, SP, BRASIL; Palavras-chave: associação de produtores; autonomia; dependência; assentamento; Cinturão Verde de Ilha Solteira

Implantado em 1984, o Projeto Cinturão Verde de Ilha Solteira é o único projeto de assentamento rural da Cesp, uma vez que todos os demais são projetos de reassentamento, e caracteriza-se pela tentativa de constituição, em Ilha Solteira, de um pólo de produção de alimentos como uma das medidas de transformação do núcleo urbano / alojamento provisório em cidade. Em novembro de 1987, a partir de um trabalho conduzido pela equipe técnica da Cesp, foi criada a Associação dos Pequenos Agricultores do Projeto Cinturão Verde de Ilha Solteira, a qual ao longo dos 18 anos de existência passou por diversos momentos e vicissitudes. Graças à atuação de diferentes mediadores, a Associação conseguiu reunir uma signifi cativa quantidade de máquinas e implementos agrícolas, o que a caracteriza, na prática, como uma Associação de Máquinas. Apesar desta expressiva patrulha agrícola, que confere à organização uma aparência de instituição sólida e estável economicamente, a gestão da Associação é bastante dependente do aporte de recursos provenientes do poder público municipal, os quais por sua vez, apesar de garantidos por mecanismos legais, estão condicionados às relações políticas entre os dirigentes da associação e os ocupantes do poder público municipal, evidenciando os limites e fragilidades da autonomia da Associação.

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SSD 117 - ILUMINANDO SINGULARIDADES E SENTIDOS EM UMA EXPERIÊNCIA DE OCUPAÇÃO E DE ACAMPAMENTO. GEMA GALGANI S. L. ESMERALDO; UFC, FORTALEZA, CE, BRASIL; Palavras-chave: ocupação; acampamento; singularidade; agricultura; singularidade na agricultura

Este artigo propõe-se a construir uma cartografi a dos sentidos atribuídos por trabalhadores rurais às experiências de ocupação e de acampamento. Para isso realizo um estudo de caso junto ao Assentamento José Lourenço, situado no município de Chorozinho, Estado do Ceará. Este trabalho acompanha a formação e dinâmica dessas conexões e problematiza as tentativas de ruptura desses agentes com o modelo molar de representação da sociedade e as produções moleculares como invenção social. Trata ainda de identifi car as condições nas quais se gestam a ocupação e o acampamento; de descobrir as singularidades produzidas e vivenciadas em cada etapa da luta pela terra; de dar visibilidade às criações para a gestão dos confl itos oriundos do fora e do dentro e de perceber no interior da insubordinação lutas pelo reconhecimento da diferença.

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SSD 118 - A ESTIMAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES DE CAFÉ CRU EM GRÃO BRASILEIRAS NO PERÍODO DE 1997 A 2003. DIONE FRAGA DOS SANTOS; MARIA ISABEL AZEVEDO ALVIM; UFJF - FEA, JUIZ DE FORA, MG, BRASIL; Palavras-chave: séries temporais; diagrama “back to back”; exportação

Com o intuito de avaliar o efeito das exportações de café sobre algumas variáveis macroeconômicas: quantidade exportada, preço de exportação, preço interno, PIB (Produto Interno Bruto) real e taxa de câmbio real foi especifi cado um modelo econométrico para a oferta de exportação compreendendo o período de janeiro de 1997 a dezembro de 2003. A metodologia empregada para medir os impactos das exportações de café nas variáveis macroeconômicas foi a de séries temporais. Incorporou-se uma análise gráfi ca a partir do diagrama back to back analisado por Barros (2003). Utilizou-se ainda a equação de excesso de oferta para defi nir a oferta por exportação de café.

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SSD 119 - A IMPORTÂNCIA DO CRÉDITO AGRÍCOLA E DA EDUCAÇÃO NA DETERMINAÇÃO DO PRODUTO PER CAPITA RURAL: UM ESTUDO DINÂMICO EM PAINÉIS DE DADOS DOS MUNICÍPIOS PARANAENSES. DARLAN CHRISTIANO KROTH; JOILSON DIAS; FABIO AUGUSTO GIANNINI; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGA-PR, MARINGA, PR, BRASIL; Palavras-chave: Política agrícola; crédito rural; educação; painel de dados; causalidade

O principal objetivo deste trabalho é o de verifi car a importância da política de crédito agrícola, especialmente os créditos de investimento e de custeio, bem como da educação para o produto per capita rural. Juntamente verifi camos de forma indireta duas variáveis estruturais importantes que podem afetar a produtividade rural que são as cooperativas e as ferrovias. Como inovação estimamos um modelo econométrico em painéis de dados dos municípios parananenses para o período 1999 – 2003. Nos testes econométricos verifi camos que não existe diferença substancial entre os efeitos fi xos e aleatórios, no entanto estes modelos assumem a priori que o crédito agrícola e o nível educacional são estritamente exógenos. Como existe a possibilidade de efeito causalidade inversa, optamos por estimar um modelo dinâmico em painel de dados, onde exige-se somente a condição de que as variáveis explicativas não estejam correlacionadas com a condição inicial. Nossas estimativas demonstraram que somente o crédito agrícola para custeio possui exogeneidade contemporânea e explica grande parte das variações no produto per capita rural. A presença de cooperativas e ferrovias também demonstrou não ser signifi cante no modelo dinâmico. Acreditamos que a insignfi cância encontrada no modelo dinâmico da variável nível de escolaridade dos munícipes como um todo, deve-se a proxy utilizada.

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SSD 120 - O CRÉDITO RURAL OFICIAL E A AGRICULTURA DE MATO GROSSO: 1993 A 2001. JANICE ALVES LAMERA; SANDRA CRISTINA DE MOURA BONJOUR; ADRIANO MARCOS RODRIGUES FIGUEIREDO; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO/ECONOMIA, CUIABA, MT, BRASIL; Palavras-chave: crédito rural ; Mato Grosso; agricultura; concentração; custeio

Este trabalho analisou a distribuição dos recursos disponíveis do crédito rural para a produção agrícola em Mato Grosso entre 1993 e 2001, e a relação entre o crédito rural em diferentes fi nalidades e esta produção. Perceberam-se relações fortes entre área colhida e produção, e pouco efeito do crédito ofi cial de custeio, refl etindo a mudança das fontes do crédito de custeio que migraram para o crédito informal. Observaram-se as variações do crédito de investimento e de comercialização no estágio de desenvolvimento das culturas, comprovando a importância destes nos últimos anos. Os indicadores de concentração de Herfi ndahl-Hirschman evidenciaram oscilações signifi cativas entre os anos e fi nalidades, com relativa desconcentração nos três últimos anos. A análise econométrica, com dados de seção cruzada e série temporal, possibilitou a obtenção de resultados desagregados para as diferentes regiões do Estado, mas não confi rmou a importância do crédito formal para a produção agrícola de Mato Grosso.

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SSD 121 - ANÁLISE DOS PRINCIPAIS TRIBUTOS INCIDENTES NA CADEIA DE CARNE BOVINA BRASILEIRA. MARIUSA MOMENTI PITELLI; CARLOS JOSÉ CAETANO BACHA; ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: cadeia da carne bovina; tributos; sonegação; Brasil; São Paulo

RESUMO: O objetivo desse trabalho é analisar os principais tributos incidentes sobre a cadeia de carne bovina brasileira, ressaltando as formas de sua sonegação. Os tributos considerados neste trabalho são: ITR, PIS/COFINS, ICMS, FUNRURAL, INSS, IRPJ, CSLL e CPMF. A metodologia utilizada é a análise tabular e gráfi ca dos dados primários e secundários. Os dados primários foram obtidos através de entrevistas com alguns agentes que operam na cadeia em análise. Os dados secundários são, principalmente, de órgãos públicos. Constata-se que o sistema tributário brasileiro é complexo, ocorrendo a incidência de tributos em cascata o que, juntamente com a alta carga tributária incidente e a fraca fi scalização, induz os agentes à sonegação. Conclui-se, através das entrevistas, que as práticas de sonegação mais comuns se referem ao ICMS. O trabalho encerra com algumas sugestões para reverter esse quadro.

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SSD 122 - AVALIAÇÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE FORTALECIMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR-PRONAF GRUPO B EM MINAS GERAIS. FÁTIMA MARÍLIA ANDRADE DE CARVALHO; ANA BÁRBARA CARDOSO ALVARENGA; UFV, VIÇOSA, MG, BRASIL; Palavras-chave: PRONAF; POLÍTICAS PÚBLICAS; AGRICULTURA FAMILIAR; MICROCRÉDITO; FINANCIAMENTO RURAL

Este estudo trata da análise de uma das linhas de crédito do Programa Nacional de Apoio á Agricultura Familiar – o Pronaf “B”, no município de Porteirinha, Estado de Minas Gerais, como instrumento de desenvolvimento socioeconômico do público benefi ciário. Foi analisada a evolução dos indicadores econômicos e sociais e dos efeitos indiretos do Programa, além da capacidade de pagamento do crédito obtido. Os resultados mostram pequenos acréscimos de produtividade na pecuária leiteira, avicultura e suinocultura, atividades diretamente benefi ciadas pelo microcrédito do Pronaf “B”. Constatou-se que, em todas as três atividades que receberam crédito – leite, suínos e aves, ocorreu elevação da relação Margem Líquida Média Auferida e Crédito Médio Obtido, de 2000 a 2004, tendência importante para as perspectivas de manutenção e ampliação do Programa.

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SSD 123 - INSTRUMENTOS SE SUSTENTAÇÃO DE PREÇOS DE ARROZ: A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA. ANDRÉIA CRISTINA ADAMI; GERALDO SANT´ANA DE CAMARGO BARROS; ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: opção de venda; arroz em casca; AGF; armazenamento; sustentação de preços

Um modelo econômico que explica a alocação das disponibilidades do produto entre os períodos de safra e entressafra foi desenvolvido para avaliar o impacto dos instrumentos de sustentação de preços utilizados pelo Governo Federal sobre o mercado de arroz em casca. O modelo é aplicado para analisar a experiência da safra 2004/2005. Os resultados mostram que através das compras diretas o governo é capaz de reduzir a oferta dentro do ano safra, o que faz com que os preços do mercado se elevem. Os contratos de opção de venda, tanto públicos como privados, têm um importante papel na redução do risco de retenção da produção após a safra, garantindo assim, que os preços sigam trajetória compatível com o armazenamento competitivo. A crise que o mercado de arroz viveu na safra 2004/2005 mostra que as difi culdades do governo em liberar os recursos para assegurar a garantia de preços em tempo hábil e na programação dos leilões permanecem.

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SSD 124 - PERSPECTIVAS PARA A CAPRINOCULTURA NO BRASIL: O CASO DE PERNAMBUCO. BRENO RAMOS SAMPAIO; YONY DE SÁ BARRETO SAMPAIO; RICARDO CHAVES LIMA; AMANDA AIRES VIEIRA; GUSTAVO RAMOS SAMPAIO; UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, RECIFE, PE, BRASIL; Palavras-chave: Caprinocultura; Cadeia Produtiva; Perspectivas; Pernambuco; Análise de Mercado

A caprinocultura é citada, freqüentemente, como das atividades mais indicadas para regiões semi-áridas, sendo, portanto, bastante explorada no nordeste brasileiro. Em Pernambuco, que detém o segundo maior rebanho nordestino, a atividade é de extrema importância para sua economia, pois se apresenta como alternativa na oferta de carne, pele e leite e seus derivados, contribuindo signifi cativamente para um aumento da renda do produtor e, assim, para a melhoria das condições de vida da população. Neste artigo foram estimados as produções de carne, leite e pele e o valor dessa produção. Estimou-se também a participação no emprego em Pernambuco e foi analisado o mercado nacional e internacional desses produtos. Foram enumerados os principais problemas para a expansão da cadeia, como manejo inadequado, problemas sanitários, limitações das instalações e das tecnologias. Concluiu-se que a caprinocultura é das poucas atividades que se prestam adequadamente ao semi-árido preservando a cobertura vegetal e mantendo a biodiversidade. Com manejo melhorado, pode ser praticada por pequenos e médios produtores, sendo sustentável no semi-árido, do ponto de vista ambiental, econômico e social. O mercado de carne apresenta crescimento da demanda tanto nacional como internacional e défi cit de oferta. O mercado de peles é outro mercado em expansão, com grandes perspectivas tanto internas, devido ao Brasil vir-se constituindo em importante pólo calçadista, como para a exportação. E o mercado de leite, ainda está por ser descoberto e pode se tornar o mais dinâmico. Sua produção é muito pequena e o número de laticínios que processam leite de cabra no Estado é pequeno, embora esteja em expansão.

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SSD 125 - ESTRATÉGIA E COORDENAÇÃO NO SETOR AGROINDUSTRIAL: UMA ABORDAGEM NEO-INSTITUCIONALISTA DAS ESTRATÉGIAS DE SUPRIMENTO DE UM MOINHO PAULISTA. BRUNO BENZAQUEN PEROSA; LUIZ FERNANDO PAULILLO; UFSCAR, SAO CARLOS, SP, BRASIL; Palavras-chave: Coordenação; Economia dos Custos de Transação; Redes de Poder; Moinhos; Mercado de Trigo

Aportes teóricos oriundos do neo-institucionalismo têm sido amplamente utilizados na análise de cadeias agroindustriais brasileira nos últimos anos. Concentrando-se nas relações verticais entre agentes econômicos, a Economia dos Custos de Transação (ECT) propõe um modelo de análise que explora a forma como compradores e vendedores fazem suas escolhas organizacionais buscando minimizar os custos de transação. Essas escolhas, denominadas estruturas de governança no jargão ECT, seriam feitas com base em características específi cas da transação, aqui chamadas atributos das transações.

Buscando explicar as relações que se formam entre os atores de um mesmo segmento produtivo, o aporte de Redes de Poder auxilia na investigação das dinâmicas organizacionais presentes em um determinado setor. Dessa forma, o modo como os atores privados se relacionam entre si, com suas associações de representação e com as agências governamentais são explorados buscando identificar que elementos determinam a capacidade de um ator coordenar e exercer infl uência nas operações da cadeia produtiva ou na formulação de políticas publicas e privadas para o setor.

Apresentando uma boa capacidade descritiva e normativa, esses dois aportes possibilitam o entendimento das estruturas organizacionais e dos processos de decisão de um determinado setor.

Este artigo buscara a integração dos dois aportes acima mencionados com o objetivo de analisar as estratégias de compra de trigo por um moinho atuante no estado de São Paulo. Assim, serão analisadas tanto as relações dessa empresa com seus fornecedores (tradings, produtores e cooperativas) no que se veio a chamar coordenação vertical, como as relações com os demais moinhos e associações de representação que atuam no setor, a chamada coordenação horizontal. Este trabalho defende que a análise dessas formas de coordenação auxilia no entendimento de como a empresa estudada traçou suas estratégias de compra de trigo.

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SSD 126 - ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS ESPONTÂNEOS: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO EM UMA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES RURAIS DO SETOR LEITEIRO. MARCOS TANURE SANABIO; LUIZ MARCELO ANTONIALLI; UFJF, JUIZ DE FORA, MG, BRASIL; Palavras-chave: Arranjos; Estrategias; Associação de Produtores Rurais

O objetivo da presente pesquisa foi discutir sobre as vantagens competitivas dos Arranjos Produtivos Locais (APLs) como forma de organização em rede de Micro e Pequenas Em-presas (MPEs), com base no estudo de caso da Associação de Produtores Rurais de Pires (APRP), localizada no distrito de Monte Verde no município de Juiz de Fora-MG. A partir dos recortes teóricos sobre competitividade, clusters e arranjos produtivos; da teoria dos custos de transação e teoria da agência serão desenvolvidos estudos para o aprofundamento do conhecimento científi co sobre arranjos produtivos locais (APLs) compostas exclusiva-mente por pequenas empresas e pequenos produtores rurais. Ainda, o artigo apresenta uma refl exão teórica e epistemológica contextualizada aos fenômenos sociais e econômicos. Com base nos resultados da pesquisa, evidenciou-se que a Associação de Produtores Ru-rais de Pires (APRP) pode ser considerada como um APL horizontal e espontâneo do setor leiteiro. Ou seja, apesar da ausência de políticas governamentais (governo estadual e fede-ral) estabeleceu o seu próprio caminho, com acertos e erros, mas, sobretudo com dedicação e efi cácia vem conquistando vantagens competitivas para seus associados. Ressalta-se que o único e importante fator impulsionador para o desenvolvimento desse APL foi o apoio institucional, em âmbito municipal, do Programa Pró-Leite da Secretaria de Abastecimento e Agricultura da Prefeitura de Juiz de Fora-MG, que tem ajudado os produtores rurais com ações de incentivo à produtividade e na implantação de tanques de resfriamento.

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SSD 127 - PERSPECTIVAS DO PROGRAMA DE ÁLCOOL COMBUSTÍVEL BRASILEIRO. SÉRGIO RANGEL FIGUEIRA; HELOISA LEE BURNQUIST; ESALQ, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: Alcool; anidro; hidratado; Brasil; perspectivas

O presente trabalho teve como objetivo delinear cenários para os consumos de álcool hidratado e anidro, utilizados como combustível no Brasil, considerando-se um horizonte entre 2006 e 2012. Para a realização das projeções, utilizou-se o modelo Box-Jenkins de séries temporais univariado para o consumo de álcool hidratado, e de função de transferência, inserindo a variável Produto Interno Bruto, para efetuar as projeções do consumo de álcool anidro, misturado na gasolina. Quanto ao consumo de álcool hidratado, estimou-se um consumo de aproximadamente 12 bilhões de litros em 2012. No que se refere ao consumo de álcool anidro, misturado na gasolina. Tomou-se como base a projeção do consumo de gasolina e posteriormente a mistura de 25% do álcool na gasolina. Foram elaborados três cenários, relacionados ao crescimento do Produto Interno Bruto. No primeiro, crescimento do PIB de 1, 22% ao ano, estimou-se um consumo de aproximadamente 3, 9 bilhões de litros de álcool anidro no ano de 2012; no segundo, crescimento do PIB de 2, 9%, estimou-se um consumo de 5, 5, bilhões de litros; e, no terceiro, crescimento de 4, 6%, estimou-se um consumo de 7, 75 bilhões de litros.

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SSD 128 - ANÁLISE COMPETITIVA DA CADEIA PRODUTIVA DA CARCINICULTURA NO ESTADO DO PARÁ: O CASO DO LITOPENAEUS VANNAMEI (BOONE, 1931). ELLEN CHRISTINE DE BARROS TAVARES; MARCOS ANTÔNIO SOUZA DOS SANTOS; BANCO DA AMAZÔNIA (BASA) E INSTITUTO DE ESTUDOS SUPERIORES DA AMAZÔNIA, BELÉM, PA, BRASIL; Palavras-chave: Economia pesqueira; Cadeia produtiva; Competitividade; Carcinicultura; Estado do Pará

A carcinicultura brasileira é desenvolvida em 997 fazendas, sendo 71, 41% enquadrados na categoria de pequenos aqüicultores. Apesar da participação do país ainda ser pequena comparativamente aos principais produtores mundiais de camarão cultivado, existem interessantes perspectivas de expansão da atividade. Nas últimas décadas foram realizadas experiências com várias espécies de camarão em cativeiro no Brasil, sendo que uma das que apresentou maior destaque, foi o camarão exótico Litopenaeus vannamei (Boone, 1931). O Estado do Pará, por ser um berçário natural de várias espécies de camarão marinho e por ter sua costa caracterizada por estuários, ideais para o cultivo do camarão, vem se constituindo numa área potencial para a implantação de novos projetos com esta espécie. O trabalho analisa a cadeia produtiva da carcinicultura no Estado do Pará, enfatizando a espécie Litopenaeus vannamei. O instrumental teórico utilizado para a análise competitiva foi o modelo das cinco forças de Michael Porter, consubstanciado na ameaça de entrantes potenciais, dos concorrentes existentes, de produtos substitutos, do poder dos fornecedores e dos clientes. O principal objetivo desta pesquisa é caracterizar o ambiente de ameaças e oportunidades que permeia a cadeia produtiva e mostrar que a pesca extrativa está atingindo um ponto de saturação para várias espécies, enquanto a aqüicultura oferece, tanto para o produtor quanto para o consumidor, a segurança de oferta no espaço e no tempo, assim como promove o desenvolvimento sustentável.

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SSD 129 - DIAGNÓSTICO DA MALACOCULTURA NO MUNICÍPIO DE SÃO FRANCISCO DO SUL (SC). LUIZ CARLOS CARVALHO JÚNIOR LUIZ CARLOS; JULIO CESAR SANTI; UFSC, FLORIANÓPOLIS, SC, BRASIL; Palavras-chave: Malacocultura; Aglomerado produtivo; Competitividade; Cultivo de moluscos; Maricultura

Este trabalho objetivou fazer um diagnóstico da malacocultura no município de São Francisco do Sul, a partir de entrevista realizada com 31 produtores, tendo sido observado que a atividade é recente no município, sendo realizada por pessoas de idades variadas, que possuem, em sua maioria, como grau de instrução o ensino médio. Foi ainda verifi cado que a dimensão mais freqüente da área de cultivo fi ca entre 500 e 2500 m2; o cultivo de mexilhões é predominante, sendo o produto vendido in natura e os equipamentos mais utilizados pelos produtores são o barco sem guincho e bomba para limpeza do produto, tendo chamado atenção a indisponibilidade de rancho para armazenar ou limpar o produto. Entre as instituições que atuam na atividade em Santa Catarina, a EPAGRI recebeu uma avaliação bastante positiva, o mesmo não acontecendo com o Laboratório de Cultivo de Moluscos Marinhos. A participação dos produtores em cursos relacionados à malacocultura é baixa, porém os produtores que participaram têm opinião positiva sobre os mesmos. O associativismo é limitado e o principal canal utilizado para a venda do produto são os atravessadores. Quanto à existência de ações e programas para a atividade, é elevado o grau de conhecimento sobre as fontes existentes de crédito, cujo acesso é considerado difícil, devido a exigência de aval e garantias e a grande burocracia. Quanto a outros programas, foi constatado um elevado desconhecimento dos mesmos.

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SSD 130 - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E RASTREABILIDADE: RELAÇÕES SISTÊMICAS DOS AMBIENTES E A ESTRUTURA DE GOVERNANÇA DO SISTEMA AGROINDUSTRIAL DA CARNE BOVINA BRASILEIRA. LEONARDO BARROS REZENDE; MAYRA BATISTA BITENCOURT; RENATO DOS SANTOS GONÇALVES; PUC, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL; Palavras-chave: Rastreabilidade; Tecnologia de Informação; sistema agroalimentar; pecuária de corte; Brasil

O objeto de estudo deste trabalho é a analise dos efeitos da rastreabilidade e da tecnologia da informação a partir dos conceitos da Nova Economia Institucional (NEI), sobre a competitividade da carne bovina brasileira. Utilizam-se, como referencial teórico, as vertentes da Economia dos Custos de Transação (Williamson, 1989) e Economia Institucional (North, 1993). Verifi ca-se que quanto ao ambiente organizacional da carne bovina brasileira não existe uma coordenação das mesmas. As relações são coordenadas exclusivamente via mercado, gerando, com isso, baixa especifi cidade do ativo, que aumenta os custos de transação na cadeia produtiva. Analisa-se que a taxa de câmbio bem como a política de juros infl uencia diretamente as exportações da cadeia bovina brasileira e o consumo interno. No ambiente tecnológico bem como sua estrutura é a matéria-prima da rastreabilidade. No mercado externo, o Brasil é o maior exportador mundial em carcaça, liderança conquistada no ano de 2003; no entanto, em faturamento, não se tem obtido ganhos signifi cativos em comparação com os concorrentes. No que se refere às estratégias individuais avalia-se, que a carne bovina brasileira, as economias, e a busca da diferenciação do produto são baixas. Resultantes da falta de coordenação da cadeia, manifestada pela relação via mercado e heterogeneidade da atualização tecnológica da indústria e a baixa produtividade, em nível de produtor. Como conseqüência, a competitividade da cadeia está limitada a raros esforços, reduzindo os ganhos em todos os níveis.

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SSD 131 - IMPACTOS FINANCEIROS DA INTEGRAÇÃO VERTICAL: UM ESTUDO NA INDÚSTRIA CANAVIEIRA. MARCELO HENRIQUE CONSOLI; MATHEUS ALBERTO CONSOLI; PUC-SP, SÃO PAULO, SP, BRASIL; Palavras-chave: Economia de Custos de Transação; Organização Industrial; Verticalização; Liquidez; Rentabilidade

O objetivo deste trabalho consiste em avaliar os impactos fi nanceiros em termos de rentabilidade e liquidez gerados na empresa em função das decisões tomadas quanto à defi nição do grau de integração vertical adotado por ela, no que se refere à obtenção de suprimentos.

Para tanto, abordou-se questões referentes ao processo decisório de obtenção de suprimentos no que tange a teoria dos custos de transação e a teoria de organização industrial, relacionando os impactos dessas decisões na gestão fi nanceira da empresa avaliados por indicadores extraídos da Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) e do Retorno sobre Investimento (ROI).

Finalizando, elaborou-se um estudo de caso em duas empresas do setor sucroalcooleiro situadas na região de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, com diferentes graus de integração vertical, para verifi car e comparar o impacto dessas organizações na gestão fi nanceira de cada uma das empresas estudadas.

O resultado do estudo não apresentou correlação entre o grau de integração vertical e os indicadores fi nanceiros utilizados, contudo, foi possível destacar alguns problemas que levaram a esse resultado.

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SSD 132 - ANÁLISE DAS CONFIGURAÇÕES INTERORGANIZACIONAIS NA PECUÁRIA DE CORTE GAÚCHA. GUILHERME CUNHA MALAFAIA; CARLA SIMONE RUPPENTHA NEUMANN; PETER BENT HANSEN; JULIO OTAVIO JARDIM BARCELLOS; CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM AGRONEGOCIO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: relacionamentos interorganizacionais; bovinocultura de corte; competitividade sistêmica; governança; estratégias

Inicialmente este artigo apresenta uma discussão sobre a contextualização, a governança, as estratégias e a competitividade dos relacionamentos interorganizacionais. Num segundo momento esses relacionamentos são caracterizados e analisados na bovinocultura de corte no RS. Observa-se, por fi m, que as relações na bovinocultura de corte gaúcha que possuem uma certa coordenação, tornam-se capazes de desenvolver estratégias coletivas, gerando resultados mais atrativos aos agentes.

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SSD 133 - PROJETO CAJU: ORGANIZAÇÃO PRODUTIVA ORIENTADA PARA O DESENVOLVIMENTO DA CAJUCULTURA CEARENSE. GARDÊNCIA MAIA ARAÚJO; MARIA IRLES DE OLIVEIRA MAYORGA; LUCAS ANTONIO DE SOUSA LEITE; RUBEN DARIO MAYORGA; UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, FORTALEZA, CE, BRASIL; Palavras-chave: Cajucultura; Modernização; caju; desenvolvimento; Ceará

A cajucultura cearense, apesar de toda a sua importância econômica, condições de área, tecnologia disponível e demanda em expansão, se encontra ameaçada em decorrência de um impasse envolvendo preço e qualidade. O propósito principal do trabalho é analisar as atuações do Projeto Caju, no intuito de detectar se os resultados alcançados servem como uma sinalização de mudança da atual situação em que se encontra a cajucultura cearense. O que se espera, é que os resultados alcançados pelos produtores dos três municípios envolvidos inicialmente no Projeto (Beberibe, Cascavel e Ocara), despertem o interesse de um número de produtores cada vez maior, fazendo com que a cajucultura cearense saia da situação em que se encontra atualmente.

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SSD 134 - A QUESTÃO DA QUALIDADE NO DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA AGROINDUSTRIAL DO LEITE. MAÍRA BACHA LOPES; MATHEUS ALBERTO CONSOLI; MARCOS FAVA NEVES; PENSA, RIBEIRÃO PRETO, SP, BRASIL; Palavras-chave: cadeia produtiva; transações; pagamento por qualidade; competitividade; diferenciação de produto

O mercado do leite tem passado por grandes mudanças desde a década de 90 devido à abertura de mercado, queda do tabelamento dos preços e mudanças que ocorreram com os consumidores que cada vez mais se preocupam com a qualidade dos alimentos, com o bem estar animal e com o desenvolvimento sustentável, principalmente o consumidor externo. Essas mudanças conjunturais geraram um aumento da concorrência, por conseguinte, as empresas passaram a desenvolver estratégias de diferenciação de produtos e de preços baixos para atrair os consumidores que são cada vez mais exigentes. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi estudar a inserção do programa de melhoria da qualidade do leite e do pagamento por qualidade deste, no sistema agroindustrial, visando identifi car como que esses fatores podem contribuir com o setor. Com este intuito, foi feito um estudo exploratório buscando levantar dados importantes a respeito da cadeia, do Programa de Melhoria Nacional da Qualidade e do Programa de Pagamento por Qualidade do Leite. Esses fatores foram relacionados com conceitos de cadeias produtivas, custos de transação e ações coletivas. Pode-se verifi car a importância e o impacto da qualidade do leite para os diversos agentes, destacando-se os produtores, indústrias e laticínios e consumidores. Além disso, discute-se as principais vantagens e desvantagens de alguns tipos de programas de pagamento por qualidade, os desafi os para a cadeia, a inserção de pequenos produtores no mercado, as oportunidades de melhoria da qualidade do leite e transações na cadeia com o desenvolvimento de estratégias coletivas.

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SSD 135 - DETERMINANTES DA RELAÇÃO COMERCIAL ENTRE PECUARISTAS E FRIGORÍFICOS: O CASO DOS PECUARISTAS E FRIGORÍFICOS DA REGIÃO DE TUPÃ. GESSUIR PIGATTO; DIANA LOURENÇO LUIZ; JANAINA FERREIRA DE SOUZA; UNESP, TUPA, SP, BRASIL; Palavras-chave: relações comerciais; pecuária de corte; indústria frigorífi ca; pecuarista; confl ito

A relação entre comprador (frigorífi co) e vendedor (produtor rural), é bastante complexa, havendo interesses comuns entre os dois agentes, e simultaneamente uma série de confl itos. Tradicionalmente os agentes da cadeia da carne bovina recorrem ao mercado para efetuar suas transações, no qual produtores de gado de corte, e frigorífi cos alternam seus fornecedores e clientes, em busca das melhores condições de negociação, caracterizando uma coordenação da cadeia via mercado.

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SSD 136 - ESTIMATIVA DO CONSUMO DE FERTILIZANTES PELA LARANJA EM SÃO PAULO AO LONGO DAS ÚLTIMAS DÉCADAS. MARGARIDA GARCIA DE FIGUEIREDO; ALEXANDRE LAHÓZ MENDONÇA DE BARROS; ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: Laranja; Fertilizantes; Produtividade; São Paulo; Modelo Econométrico

O Brasil, além de representar sozinho cerca de 75% do total de suco de laranja concentrado e congelado comercializado no mercado internacional, juntamente com os EUA responde por cerca de 50% da produção mundial de laranja. O Estado de São Paulo, por sua vez, responde por cerca de 80% da produção nacional de laranja e 98% das exportações brasileiras de suco concentrado. A relevância econômica dessa atividade tem estimulado inúmeras pesquisas no sentido de analisar diversos aspectos relacionados ao sistema de produção da cultura. Dentre os diversos fatores de produção, o fertilizante é um insumo de grande importância para a cadeia citrícola, especialmente na composição dos custos. Desta forma, o presente estudo procurou estimar o consumo de fertilizantes pela cultura da laranja em São Paulo ao longo das três últimas décadas. Os resultados encontrados foram satisfatórios, seguindo tendência condizente com a realidade do Estado. Além disso, foram desenvolvidos modelos teóricos para estimar o consumo dos nutrientes N, K2O e P2O5, em função da produtividade dos pomares, bem como a produtividade em função da idade do pomar. Os modelos fi caram bem ajustados, atendendo a todos os requisitos exigidos do ponto de vista econométrico.

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SSD 137 - ESTRUTURA DE MERCADO E COMPETITVIDADE DAS EMPRESAS PRODUTORAS DE SEMENTES DE SOJA DA REGIÃO SUL DE MATO GROSSO. LUCIEL HENRIQUE DE OLIVEIRA; REINALDO MESQUITA CASSIANO; UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE, SÃO PAULO, SP, BRASIL; Palavras-chave: Concentração de Mercado; concorrência; soja; sementes; Mato Grosso

Este artigo analisa a estrutura de mercado e a competitividade das empresas produtoras de sementes de soja da região Sul de Mato Grosso. Após analisar a estrutura de mercado, o estudo objetivou analisar e classifi car as estratégias utilizadas e a competitividade das empresas produtoras de sementes de soja da região Sul de Mato Grosso, por meio das estratégias genéricas de Porter (1986), identifi cando os principais fatores de infl uência na competitividade e na elaboração destas estratégias. Para um melhor entendimento da estrutura de mercado faz-se necessário a mensuração do seu grau de concentração, por meio do Índice de Hirschman–Herfi ndahl (IHH). Os resultados observados, quanto ao nível de concentração das empresas produtoras de sementes de soja da região Sul de Mato Grosso, evidenciam uma concentração de mercado, com uma tendência de uma concorrência oligopolista, com conseqüente aumento da competitividade.

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SSD 138 - A DESREGULAMENTAÇÃO NO MERCADO DE CAFÉ TORRADO E MOÍDO E A EMERGÊNCIA DE CAMPOS ORGANIZACIONAIS: UMA ANÁLISE PROSPECTIVA E UMA AGENDA DE PESQUISA. TIAGO BOISCHIO VOTTA; CARLOS EDUARDO VIAN; MARIUSA MOMENTI PITELLI; ESALQ USP, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: Café; desregulamentação; Campos Organizacionais; Estratégias; Certifi cação

Este trabalho analisa os efeitos da alteração no padrão institucional do complexo agroindustrial do café sobre a indústria de café torrado e moído, em que se discutem as fases de regulamentação, tanto no âmbito interno como no externo, e de desregulamentação pelas quais o setor tem passado e a conseqüente formação dos campos organizacionais.

Parte-se de exame da literatura sobre as históricas relações institucionais do mercado com o Estado, para posterior comparação das atuais características deste mercado com o ambiente da desregulamentação, utilizando o Campo Organizacional como arcabouço teórico.

Com o fi m da coordenação que o Estado exercia sobre todo o sistema, o setor em análise (à força das necessidades de mercado) se modifi cou consideravelmente. Atuando com uma postura focada nos anseios do consumidor, o setor se reorganizou, iniciando um processo de diferenciação do produto, que por sua vez fez surgir os Campos Organizacionais no setor.

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SSD 139 - O AGRONEGÓCIO DO SUCO DE LARANJA CONCENTRADO CONGELADO (SLCC) DO ESTADO DO PARANÁ. LEONARDO FRANCISCO FIGUEIREDO NETO; FABIO DA SILVA RODRIGUES FABIO; ELCIO GUSTAVO BENINI; JAIR JUNIOR SANCHES SABES; UFMS, CAMPO GRANDE, MS, BRASIL; Palavras-chave: Agronegócio Paranaense; Desenvolvimentos Regional; SLCC (Suco de Laranja Concentrado Congelado); Competitividade; Análise Swot.

Dentre os estados brasileiros que produzem e exportam Suco de Laranja Concentrado Congelado (SLCC) está o estado do Paraná. No ano de 2005, as agroindústrias paranaenses de SLCC produziram mais de 25 mil toneladas de produto, a maioria tendo como destino o mercado internacional. Já a movimentação econômico-fi nanceira deste setor ultrapassou a cifra de R$ 59 milhões. Este trabalho propõe-se a estudar o agronegócio paranaense do suco de laranja a partir do estudo de três agroindústrias produtoras de suco de laranja concentrado congelado instaladas no estado do Paraná. Os dados primários foram colhidos por meio de entrevistas semi-estruturadas junto aos gerentes gerais de cada uma das agroindústrias. A partir do trabalho, verifi ca-se a incipiência do agronegócio paranaense do SLCC e a importância de implementar ações que contribuam com o processo de crescimento e desenvolvimento desse segmento do agronegócio paranaense.

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SSD 140 - PERFIL ESTRATÉGICO E COMPETITIVO DO SEGMENTO DE TORREFAÇÃO E MOAGEM DE CAFÉ EM MINAS GERAIS. LUIZ ANTONIO ABRANTES; MARCO AURÉLIO MARQUES FERREIRA; RICARDO PEREIRA REIS; MARCOS SPÍNOLA NAZARETH; UFV, VIÇOSA, MG, BRASIL; Palavras-chave: Café; competitividade; Estratégia; Agronegócio; Cadeia Agroindustrial

A atividade cafeeira desempenha um enorme papel socioeconômico no Brasil, envolvendo uma complexa cadeia que vai desde a indústria de insumos até o varejo nacional e internacional, em que a indústria de torrefação e moagem que compõe o segmento processador é responsável pela industrialização do café, a fi m de torná-lo apto a ser consumido. Em razão de ser voltado para o consumo interno, esse segmento é fortemente afetado pelo desempenho da economia nacional, pelo nível de preços da economia, pelas taxas de juros e por uma série de fatores que condicionam a competitividade das empresas que nele atuam. Entre os principais fatores condicionantes do perfi l estratégico e competitivo do setor, destacam-se a proliferação de pequenas empresas, pouco comprometidas com a qualidade, em dissonância com a existência de poucas empresas já consolidadas que detêm parcela signifi cativa do mercado, avigorando a estrutura de concentração do setor. Entre os fatores notoriamente positivos destacam-se o alto nível de educação e profi ssionalização dos dirigentes e a sinalização de novos investimentos voltados, principalmente, à qualidade do produto e ao mercado externo, visando maior crescimento e expansão do setor.

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SSD 141 - OS MERCADOS DE TERRA E TRABALHO NA (RE)ESTRUTURAÇÃO DA CATEGORIA SOCIAL DOS FORNECEDORES DE CANA DAS REGIÕES DE PIRACICABA E RIBEIRÃO PRETO: ANÁLISE DE DADOS DE CAMPO. ELIANA TADEU TERCI; ALICE MIGUEL DE PAULA PERES; SEBASTIÃO NETO RIBEIRO GUEDES; UNIMEP, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: desenvolvimento regional; agroindustria canavieira ; Fornecedor de cana ; mercado de terras ; mercado de trabalho

Este trabalho faz parte de uma proposta maior articulada numa parceria multinstitucional (envolvendo um grupo de pesquisadores) com o propósito de identifi car, diagnosticar e analisar as modifi cações recentes nas relações econômicas entre usinas e fornecedores de cana dos estados de São Paulo e Paraná no contexto das modifi cações organizacionais, tecnológicas e do ambiente institucional da agroindústria canavieira brasileira, via aplicação de questionários e entrevistas. O objetivo é investigar as transformações institucionais e do progresso técnico sobre os fornecedores de cana de S. Paulo e do Paraná. Na etapa atual há resultados consolidados sobre o Paraná (Shikida, P. et alli: 2005) e um conjunto enorme de dados e informações sobre as regiões de Piracicaba e Ribeirão Preto, no Estado de São Paulo. As refl exões apresentadas neste artigo referem-se as microregiões de Piracicaba e Ribeirão Preto e seu objetivo é o de discutir o papel dos mercados de terras e de trabalho na viabilização/transformação da agricultura familiar canavieira nestes espaços e no contexto da nova onda de modernização resultante da desregulamentação da agroindústria canavieira a partir dos anos 90 do século XX

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SSD 142 - FOME ZERO: EVOLUÇÃO DESDE O CONCEITO DE SEGURANÇA ALIMENTAR ATÉ O PROJETO (VERSÃO DE 2001). LUCIANA ROSA DE SOUZA; NIEMEYER ALMEIDA FILHO; UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLANDIA, UBERLâNDIA, MG, BRASIL; Palavras-chave: projeto fome zero; segurança alimentar; agricultura; processo de desenvolvimento; política social de desenvolvimento

Resumo: Este artigo tem como propósito recuperar a evolução histórica do conceito de segurança alimentar no intuito de relacioná-la com o Projeto Fome Zero, em sua versão de 2001. Para isso, foi feita uma pesquisa teórico-histórica acerca do tema, e, a leitura crítica de documentos sobre o tema além do Projeto Fome Zero - uma proposta de Segurança Alimentar para o Brasil, versão de outubro de 2001. O objetivo do trabalho será apreender a evolução do conceito de segurança alimentar e sua relação com a proposição do Projeto Fome Zero (2001) buscando apresentar a relevância deste projeto na redefi nição das bases do processo de desenvolvimento brasileiro a partir de um redesenho da participação da agricultura no processo de desenvolvimento.

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SSD 143 - O PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO COMO INSTRUMENTO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. O CASO DO ASSENTAMENTO DANDARA DOS PALMARES - CAMAMU/BA. SÉRGIO RICARDO REZENDE; INCRA, SALVADOR, BA, BRASIL; Palavras-chave: reforma Agrária; Agricultura Sustentável; Agroecologia; Planejamento Participativo; Assentamento

A visão hegemônica do que seja desenvolvimento ainda tem uma forte dimensão etnocentrista, onde o modelo de sociedade e o estilo de vida ocidental, de caráter produtivista e consumista, continua sendo o referencial para traçar a linha divisória entre desenvolvidos e subdesenvolvidos. Porém, principalmente a partir da metade da década de 80, um novo enfoque passa a fazer parte do desenvolvimento: a sustentabilidade. O fator que mais diferencia o modelo de desenvolvimento convencional para o sustentável é a capacidade deste último de estar mais próximo da realidade uma vez que utiliza uma abordagem sistêmica multidimensional, que valoriza o conhecimento e a identidade local. Especifi camente em relação à agricultura, diversos autores tem defendido a agroecologia como caminho para se atingir a sustentabilidade, pois ela abre a porta para o desenvolvimento de novos paradigmas, não só porque incorpora uma nova relação entre agricultura e ecologia, mas também porque valoriza o conhecimento local e empírico dos agricultores, a socialização desse conhecimento e sua aplicação ao objetivo comum da sustentabilidade. Verifi cou-se que o Plano de Desenvolvimento Sustentável do Assentamento Dandara dos Palmares serviu para iniciar as discussões e pensamentos sobre os caminhos para se alcançar uma agricultura sustentável. Porém, para se avançar, é preciso antes uma articulação do que foi proposto no Plano com a capacitação dos atores envolvidos, em especial da comunidade, além da garantia de uma assistência técnica apropriada, do desenvolvimento de tecnologias, destinação de créditos e outras políticas públicas, os quais devem incorporar a visão agroecológica.

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SSD 144 - REFORMAS INSTITUCIONAIS E O FINANCIAMENTO DA AGROPECUÁRIA. JOSÉ SIDNEI GONÇALVES; THOMAZ FRONZAGLIA; JOSÉ RICARDO CARDOSO DE MELLO JUNQUEIRA; INSTITUTO DE ECONOMIA AGRÍCOLA(IEA-APTA), SÃO PAULO, SP, BRASIL; Palavras-chave: REFORMA INSTITUCIONAL; PROPRIEDADE DA TERRA; TÍTULOS FUNDIÁRIOS; FINANCIAMENTO DO INVESTIMENTO; PATRIMONIALISMO

O trabalho discute a agenda de reformas institucionais necessárias para a consolidação de um novo ciclo sustentável de desenvolvimento da agropecuária brasileira, permitindo ultrapassar os constrangimentos culturais derivados do patrimonialismo que confi gura a propriedade da terra como um elemento determinante da estrutura legal. Buscando dar vida ao capital “morto” representado pela renda capitalizada na terra, propugna-se mudanças constitucionais e na legislação complementar afeta à propriedade, em particular no concernente à propriedade da terra, como exigência da consolidação de mercado secundário de títulos fundiários, de direito líquido e certo e com execução extra-judicial, lastreando o fi nanciamento do investimento.

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SSD 145 - COOPERATIVAS DE PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA DO MST: POSSIBILIDADES E LIMITES COMO INDUTORA DA SUSTENTABILIDADE DOS ASSENTAMENTOS. PEDRO CARLOS SCHENINI; ANGELA MARIA PINHEIRO; LIANE CARLY HERMES ZANELLA; FERNANDO AMORIM DA SILVA; ALEXANDRE MARINO COSTA; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, FLORIANÓPOLIS, SC, BRASIL; Palavras-chave: Reforma Agrária; Cooperativismo; Meio Ambiente; Sustentabilidade; Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-terra

Este trabalho foi elaborado com o objetivo de avaliar a atuação de uma Cooperativa de Produção Agropecuária como possível indutora da sustentabilidade econômica, social e ambiental dos assentamentos de reforma agrária do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra. Para atender aos objetivos dessa pesquisa foi realizado estudo de caso no Assentamento de 30 de Maio, localizado na cidade de Charqueadas/RS, no qual funciona a Cooperativa de Produção Agropecuária dos Assentados de Charqueadas Ltda – COPAC. A pesquisa demonstrou a viabilidade da cooperativa como indutora da sustentabilidade econômica, social e ambiental do assentamento. Os resultados evidenciaram que a sustentabilidade do assentamento está relacionada a preservação dos recursos naturais, especialmente solo, e que a opção pela agricultura orgânica decorreu desta constatação. Nesse contexto, o cooperativismo é reconhecido pelos assentados, como a melhor forma encontrada para viabilizar a sustentabilidade destas famílias no campo.

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SSD 146 - MEDIDAS DE POBREZA FGT DAS PESSOAS OCUPADAS COM ATIVIDADE PRINCIPAL NA AGRICULTURA: UMA ANÁLISE SEGUNDO A POSIÇÃO NA OCUPAÇÃO NOS ESTADOS DA REGIÃO NORDESTE. LUIZ EDUARDO VASCONCELOS ROCHA; GILNEI COSTA SANTOS; PATRICIA DE MELO ABRITA BASTOS; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI, SÃO JOÃO DEL REI, MG, BRASIL; Palavras-chave: Agricultura nordestina; Pobreza; Posição na Ocupação; FGT; Agroindústria

A modernização da agricultura nordestina intensifi cou-se, em 1974, com a criação do Programa de Agroindústria do Nordeste (PDAN). O trabalho, diante da forma desigual em que se deu o processo de modernização da agricultura brasileira entre regiões e produtores, tem o objetivo de analisar a evolução da pobreza das pessoas ocupadas na agricultura da região, no período de 1981 a 2003. A utilização da permitiu a decomposição das medidas deαfamília de índices parametrizados FGT pobreza para os estados e para as posições na ocupação: empregados, autônomos e empregadores.

Na década de 80, o nível de pobreza das pessoas com rendimento positivo aumentou em todas as medidas. Na década seguinte, a pobreza, em geral, apresentou tendência de queda, devido, principalmente, à estabilização econômica e à adoção de programas de desenvolvimento regional. A análise desagregada dos FGTs detectou que o Estado da Bahia detém o maior peso na composição dos índices de pobreza e o Estado de Sergipe o menor. Dentre as ocupações, os empregados apresentaram os maiores pesos em todos os indicadores de pobreza.

Em síntese, pode-se concluir que o processo de modernização da agricultura nordestina, composta preponderantemente pela agricultura familiar, foi concentrador e excludente. Esperava-se, com a implantação do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), na década de 90, reduções mais signifi cativas nos indicadores de pobreza, contudo isto não foi verifi cado.

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SSD 147 - TRABALHADORES ASSENTADOS E TRABALHADORES ACAMPADOS EM MATO GROSSO DO SUL, NO PERÍODO DE 1983 A 2003. ELCIA ESNARRIAGA ARRUDA; DARIO DE OLIVEIRA LIMA FILHO; CÍCERO ANTÔNIO DE OLIVEIRA TRDEZINI; GIOVANE SILVEIRA DA SILVEIRA; UFMS, CAMPO GRANDE, MS, BRASIL; Palavras-chave: Reforma agrária; Trabalhador rural; Assentamento rural; Política agrária; Sem terra

O objetivo deste artigo é identifi car o número de famílias assentadas e acampadas no Estado de Mato Grosso do Sul(MS), no período de 1983 a 2003. Especifi camente pretende-se: indicar o número de famílias acampadas e assentadas, analisar a população economicamente ativa, identifi car a população urbana e rural, apresentar a produtividade do setor da pecuária e da agricultura e elaborar a relação investimento industrial e geração de emprego. O procedimento metodológico privilegiou o levantamento de dados secundários junto ao Governo do Estado de MS e INCRA/MS. Os resultados apontam que a capacidade de o Estado responder à demanda tem sido muito inferior às necessidades apresentadas pela classe trabalhadora.

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SSD 148 - MODELO PARA AVALIAÇÃO DOS LIMITES DA VIABILIDADE DO BIODIESEL NO BRASIL. OMAR INÁCIO BENEDETTI SANTOS; RÉGIS RATHMANN; ANTONIO DOMINGOS PADULA; UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: cadeia produtiva; biodiesel ; combustíveis

O crescimento das sociedades, associado à industrialização desenfreada e necessidade de crescimento econômico tem mostrado haver quase que uma obrigatoriedade na busca por alternativas renováveis. Neste cenário se introduz o biodiesel como provável substituto do petróleo, dada a previsão de que as reservas deste último irão se esgotar antes do fi nal deste século. O objetivo deste trabalho é avaliar quais são os elementos determinantes da viabilidade econômica do programa brasileiro de produção de biodiesel. A partir da revisão bibliográfi ca e tendo como ferramenta às técnicas de pesquisa operacional será proposto um modelo que tente captar as modifi cações nas variáveis pré-escolhidas, na tentativa de avaliar alguns cenários. Quais são os limites de viabilidade do biodiesel? Que variáveis são importantes de ser avaliadas? Será que o biodiesel é uma alternativa a ser introduzida na matriz energética? Quais as atuais necessidades do programa? Qual a atual situação no Brasil e no Mundo?

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SSD 149 - ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA PARA A PRODUÇÃO DE BIODIESEL DE SOJA E MAMONA NA REGIÃO NORTE DO PARANÁ. MARCELO FARID PEREIRA; FERNANDO SERGIO DE TOLEDO FONSECA; RICARDO ALMEIDA MULLER; UEM, MARINGÁ, PR, BRASIL; Palavras-chave: Biodiesel; Viabilidade econômica; soja; mamona; Paraná

Existe uma grande expectativa para o surgimento de combustíveis alternativos viáveis para o uso em escala, o biodiesel é um destes casos. Sendo assim, este trabalho visa avaliar a viabilidade técnica e econômica acerca da produção de biodiesel da soja e mamona na região norte do Paraná. Neste contexto a análise de viabilidade contempla os aspectos tecnológicos que compõem o processo produtivo na conversibilidade de óleos vegetais em biodiesel, as atuais políticas públicas de incentivo ao biodiesel levando-se em consideração os aspectos regulatórios que norteiam as atividades do setor e os principais determinantes de viabilidade econômica. Os resultados apontam que os custos de produção do biodiesel são mais elevados do que o seu substituto perfeito mais próximo – o Diesel mineral. Verifi cou-se também que o preço de bomba do biodiesel é mais elevado do que o óleo Diesel, o que o torna menos competitivo frente a outros combustíveis comprometendo assim a sua viabilidade.

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SSD 150 - ESTUDO DA VIABILIDADE FINANCEIRA DA IMPLANTAÇÃO DE UM APIÁRIO PARA A PRODUÇÃO DE PRÓPOLIS E MEL. CRISTIANE ANDRÉA DE LIMA; ADILSON JAYME DE OLIVEIRA; ANA JÚLIA LEMOS ALVES PEDREIRA; SERGIO AUGUSTO DE CAMPOS CASTIGLIONI; UPIS - FACULDADES INTEGRADAS, PLANALTINA, DF, BRASIL; Palavras-chave: EUCALIPTO ; ALECRIM DO CAMPO; ASSA-PEIXE; APICULTURA; PRODUÇÃO ORGÂNICA

Estudo da viabilidade fi nanceira da implantação de um apiário para a produção de própolis, mel silvestre e mel sob fl orada de Eucalipto (Eucalyptus urophylla, E. melliodora e E. microcorys), Alecrim do Campo (Baccharis dracunculifolia) e Assa-peixe (Vernonia polyanthes). Foi projetado um fl uxo de caixa para determinar as entradas (receitas) e saídas (despesas) oriundas do planejamento proposto. Foi considerada a entrada do investimento com o capital próprio sem aquisição de fi nanciamento, utilizando a Taxa Mínima de Atratividade (TMA) de 6%. A principal atratividade deste projeto refere-se ao montante reduzido para investimento (R$30. 210, 54), que apesar do período relativamente longo para o retorno do capital (7 anos e 3 meses), fornece durante os 22 anos restantes resultados operacionais de aproximadamente R$ 16. 000, 00 por ano. Trata-se de uma atividade que agregará valor aos 12 hectares sub-aproveitados do Sítio Oliveira de 150 hectares, associado a produção orgânica de mel e própolis que garantirá a sustentabilidade ambiental do empreendimento.

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SSD 151 - ANÁLISE SOCIOECONÔMICA DO IRRIGANTE DA BACIA HIDROGRÁFICA METROPOLITANA, ESTADO DO CEARÁ. KILMER COELHO CAMPOS; ROBERIO TELMO CAMPOS; JOSÉ CÉSAR VIEIRA PINHEIRO; UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, FORTALEZA, CE, BRASIL; Palavras-chave: Análise socioeconômica; Irrigante; Irrigação; Guaibua; Ceará

Objetiva-se identifi car aspectos sociais, técnicos e econômicos do produtor irrigante do Município de Guaiúba, Estado do Ceará. Os dados utilizados são de natureza primária obtidos através da aplicação de questionários. Fazem-se as análises tabular e descritiva dos dados, para em seguida calcular indicadores de rentabilidade. Os irrigantes têm um baixo nível de escolaridade. A maioria dos agricultores (90, 48%) se dedica a irrigação há mais de 6 anos. Com relação à condição legal da propriedade, quase três quartos dos produtores são proprietários e o restante não apresenta o título de posse da terra. Em sua maioria, o produtor é quem decide o que e quanto produzir sem seguir nenhum plano proposto ou orientação de técnicos da EMATERCE/Cooperativas. Predomina a utilização de sistemas de irrigação pouco poupadores de água tais como, aspersão convencional, sulco, inundação e pivô central. Para muitos produtores da amostra, as atividades geraram retornos positivos, enquanto que sete apresentaram-se com prejuízos. Contudo, dentre estes, quase todos adquiriram margens líquidas positivas, signifi cando que a atividade está remunerando a mão-de-obra familiar, as depreciações e, até mesmo, parte do capital empatado.

Análise socioeconômica, Irrigante, Ceará

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SSD 152 - AVALIAÇÃO ECONÔMICA COMPARATIVA DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE NA REGIÃO DE AQUIDAUANA-MS. ANDRE ROZEMBERG PEIXOTO SIMÕES; FELIPE FONSECA CALEPSO GAMA; NELSON GUIMARÃES DANTAS CANUTO; DANIEL MARINO GUEDES DE CARVALHO; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL, AQUIDAUANA, MS, BRASIL; Palavras-chave: GADO DE CORTE; CUSTO DE PRODUÇÃO; AVALIAÇÃO ECONÔMICA; PECUÁRIA; SISTEMA DE PRODUÇÃO

A pecuária de corte tem passado por intensas modifi cações a partir da década de noventa e anos 2000, neste sentido, tem ocorrido uma maior profi ssionalização e especialização nos sistemas de produção. Em um contexto de queda dos termos de troca da pecuária, todas as fases de criação devem priorizar as tomadas de decisão com base em avaliações econômicas detalhadas. Assim, este trabalho objetivou fazer uma análise comparativa da efi ciência econômica dos sistemas de produção de gado de corte nas fases de cria, recria e engorda. Como principais resultados observou-se que todos os sistemas foram lucrativos, entretanto o perfi l de composição dos custos e receitas da fase de cria foi diferenciado das demais. Notou-se também que a atividade de engorda é a mais competitiva em termos de rentabilidade por hectare. Ressalva-se que estratégias de gestão diferenciadas devem ser tomadas quando se analisa comparativamente os sistemas de cria, recria e engorda.

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SSD 153 - O CULTIVO DA GRAVIOLEIRA EM PROPRIEDADES PRODUTORAS DE CACAU DA REGIÃO SUDESTE DA BAHIA: UM ESTUDO DA VIABILIDADE FINANCEIRA DA CULTURA. ANTONIO CARLOS ARAUJO; LÚCIA MARIA RAMOS SILVA; LEONARDO VENTURA ARAÚJO; CEPLAC, ILHÉUS, BA, BRASIL; Palavras-chave: Graviola; Viabilidade Financeira; Propriedade Produtora de Cacau; Mata Atlântica; Região Sudeste da Bahia

A região Sudeste da Bahia vem buscando formas de superar a crise da cacauicultura. Assim a fruticultura desponta como uma importante alternativa de geração de emprego e renda. A graviola é uma fruta que se adaptou bem às condições locais de solo e clima, o que levou ao aumento da área cultivada no setor, transformando-se, o cultivo dessa fruta, em um fator favorável à diversifi cação agrícola da região. Outro aspecto positivo da cultura é o aumento da área cultivada, em propriedades produtoras de cacau, com o aproveitamento de fatores de produção ociosos da cacauicultura, proporcionando um incremento da renda, o que tem contribuído na redução do número de produtores de cacau que comercializam madeiras da Mata Atlântica como forma de sustento da família. Sendo assim, considera-se necessário a elaboração de estudos do cultivo da gravioleira, em propriedades de cacau, com a fi nalidade de determinar o retorno fi nanceiro da atividade, o que poderá subsidiar os cacauiculturores na decisão de investir na cultura na referida região. Os dados para a pesquisa são de origem primária. Utilizaram-se indicadores da análise de investimento, tais como, Valor Presente Líquido, Relação Benefício/Custo, Taxa Interna de Retorno e Período de Recuperação do Capital. Os resultados permitem concluir que a graviola é uma cultura viável e estável fi nanceiramente, na situação em que foi realizado o estudo, embora apresente um período relativamente longo para recuperar o capital investido.

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SSD 154 - UMA AVALIAÇÃO PROSPECTIVA DOS EFEITOS ECONÔMICOS DA ADOÇÃO DE SOJA TRANSGÊNCIA NO MATO GROSSO. RENATO LUIZ SPROESSER; MARILÂNDIA MARSARO PIZZATO; CÍCERO ANTÔNIO DE OLIVEIRA TRDEZINI; PATRICIA CAMPEÃO; DARIO DE OLIVEIRA LIMA FILHO; UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL, CAMPO GRANDE, MS, BRASIL; Palavras-chave: soja transgênica; Mato Grosso; tecnologia; excedente do consumidor; excedente do produtor

Este estudo avalia os efeitos econômicos da adoção de soja transgênica em Mato Grosso. Cabe mencionar que os cálculos de custos de produção do cultivo de soja transgênica seguem uma abordagem ex-ante. Utilizou-se o procedimento de cálculo dos excedentes econômicos. Para calcular o excedente econômico, o mercado brasileiro de soja é analisado em termos de contexto doméstico e mercado internacional, respectivamente. Para a análise do mercado doméstico, utiliza-se um modelo que considera uma expansão da oferta, como resultado da adoção de tecnologia de sementes de soja transgênica, o que resulta em uma queda dos preços. A análise das exportações de soja é conduzida com o emprego de um modelo da exportação. Os resultados indicam que no mercado interno, a variação dos ganhos de excedente econômico apresenta-se mais favoráveis aos consumidores. A variação do excedente econômico dos produtores também aumenta com a adoção da soja transgênica resistente ao herbicida glifosato. Nesse modelo, em apenas uma simulação os produtores tiveram perdas com a soja modifi cada geneticamente. O segundo modelo leva em consideração a soja exportada pelo estado de Mato Grosso. Adotou-se a hipótese que o preço da soja é dado no mercado internacional, de forma que os consumidores domésticos não têm ganhos de excedentes. Os produtores conseguem ganhos com o plantio de soja transgênica.

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SSD 155 - COMPREENDENDO A TOMADA DE DECISÃO DO PRODUTOR RURAL. JOÃO A. DESSIMON MACHADO; LESSANDRA MEDEIROS DE OLIVEIRA; ADALBERTO SCHNORRENBERGER; UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: Decisão; Comportamento; Informação; Estratégia; Sistemas

Tendo em vista a complexidade das relações entre os mais diversos agentes nos mercados atuais, cresce de importância o conhecimento a respeito do processo decisório desses agentes. A partir de uma revisão de literatura busca-se uma maior compreensão desse processo em termos macro e mais especifi camente do setor agropecuário. Percebe-se a necessidade de fazê-lo a partir de uma visão holística, uma vez que o processo de tomada de decisão empresarial pode ser evidenciado por uma racionalidade que tende a incluir fatores sociais, políticos e culturais, ampliando a abrangência puramente econômica. Evidencia-se ainda a importância do elemento informação disponível e utilizada para o processo.

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SSD 156 - AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE DE UM PROCESSO PRODUTIVO AUTOCORRELACIONADO: ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA FABRICANTE DE CAFÉ SOLÚVEL. ROBERTO MAX PROTIL; LUCIANA SANTOS COSTA; WESLEY VIEIRA DA SILVA; ALCEU SOUZA; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ, CURITIBA, PR, BRASIL; Palavras-chave: Gráfi co de controle; Estabilidade do processo; Produção de café

Este trabalho tem por objetivo avaliar a estabilidade de um processo de fabricação de café solúvel em uma indústria no Estado do Paraná. A metodologia utilizada na avaliação da estabilidade do processo foi à carta de controle para a média e desvio padrão (cartas de Shewhart) para processos autocorrelacionados. A amostra coletada corresponde 3. 900 observações do peso de latas de 50g e 200g de café instantâneo em pó. O processo de coleta foi feito de forma automática durante o período de 1º de Setembro de 2004 a 20 de dezembro de 2004. Os modelos que melhor descrevem o processo de produção provém de uma estrutura autoregressiva do tipo ARMA(2, 1) para latas de 50g e AR(5) para as latas de 200g. Os resíduos provenientes destes modelos foram avaliados usando-se a carta de controle de Shewhart para a média e o desvio padrão e evidenciaram uma fragilidade do processo no que tange à garantia de produtos conformes, principalmente para o produto envasado em latas de 200g que, em média, apresentou peso 8, 31% acima do mínimo exigido pela legislação.

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SSD 157 - MARKETING VERDE COMO UMA ABORDAGEM ESTRATÉGICA FRENTE AO NOVO PERFIL DE CONSUMO. PEDRO CARLOS SCHENINI; VALENTINA SCHMITT; FERNANDO AMORIM DA SILVA; MAURICIO FERNANDES PEREIRA; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, FLORIANÓPOLIS, SC, BRASIL; Palavras-chave: Estratégia Mercadológica; Marketing Verde; Comportamento do Consumidor; Produtos Orgânicos; Sustentabilidade

Este artigo teve como objetivo o de verifi car a aplicação de conceitos do marketing verde, no comércio de produtos orgânicos, em negócios atuantes em feiras e sacolões no mercado de hortifrutigranjeiros de Florianópolis. No trabalho foram apresentadas diferentes formas de aplicação de elementos da gestão mercadológica - como imagem de negócio, comportamento do consumidor em relação à comercialização de produtos orgânicos e estratégia mercadológica – no marketing verde de produtos orgânicos. A metodologia partiu de um estudo de casos múltiplos, de natureza descritiva, realizado com comerciantes de hortifrutigranjeiros de Florianópolis- SC. A etapa de coleta de dados foi fundamentada principalmente na coleta de dados primários, através das técnicas de observação e realização de entrevista estruturada, com comerciantes de hortifrutigranjeiros em feiras e sacolões de Florianópolis-SC, escolhidos de forma aleatória. A análise fundamentou-se em análise de conteúdo. Os principais resultados foram: 1. o consumidor adepto ao marketing verde e produtos orgânicos é um indivíduo informado e formador de opinião, o que aumenta a probabilidade de sucesso, a longo prazo, de negócios adotantes de tal estratégia que apliquem de forma efetiva; 2. um aspecto crucial para o crescimento do mercado de orgânicos é o esclarecimento entre características, vantagens e benefícios entre produtos orgânicos e inorgânicos. O atual contexto aponta para uma situação em que o produto inorgânico, ou com “veneno”, é o mesmo denominado “normal”.

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SSD 158 - ESTUDO DA VIABILIDADE FINANCEIRA DA IMPLANTAÇÃO DE PIVÔ CENTRAL COM A UTILIZAÇÃO DE ROTAÇÃO DE CULTURAS NO OESTE BAIANO. GUSTAVO DE CAMARGO FACCIONI; ADILSON JAYME DE OLIVEIRA; CÍCERO CÉLIO DE FIGUEIREDO; ERNANI DO ESPÍRITO SANTO; UPIS - FACULDADES INTEGRADAS, PLANALTINA, DF, BRASIL; Palavras-chave: IRRIGAÇÃO; FITOTECNIA; AGRICULTURA; CERRADO; FINANCIAMENTO

O presente trabalho objetivou estudar a viabilidade fi nanceira da implantação de pivô central com a utilização de rotação de culturas no Oeste Baiano. A irrigação pode entrar em um sistema já existente como forma de garantia de produção, maior produtividade, exploração dos preços, aumento de produtividade e diluição de custos. Foi projetado um fl uxo de caixa após a implantação de 3 pivôs centrais de 130 hectares cada, na região do Oeste da Bahia, utilizando as culturas do algodão, milho, feijão e trigo para justifi car as entradas e saídas. Foram feitos 2 fl uxos, um considerando a aquisição de fi nanciamento (TMA = 15, 27 %) e outro sem (TMA = 19, 75 %). No caso da avaliação do investimento, os indicadores analisados apresentaram as seguintes respostas: sem fi nanciamento (VPL = R$ 192. 371. 10; TIR = 20, 83 %; Prêmio de Risco = 1, 08 %; Payback = 4 anos e 6 meses; B/C = 1, 04); com fi nanciamento (VPL = R$ 1. 536. 977. 87; TIR = 27, 46 %; Prêmio de Risco = 12, 19 %; Payback = 3 anos e 4 meses; B/C = 1, 56).

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SSD 159 - DISPOSIÇÃO DE PAGAR POR ALIMENTOS SEGUROS: O CASO DOS HORTIFRUTÍCOLAS SEM RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS. CARLOS MAGNO MENDES MAGNO CARLOS; UFMT, CUIABÁ, MT, BRASIL; Palavras-chave: COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR; DISPOSIÇÃO DE PAGAR; SEGURANÇA DO ALIMENTO; AGROTÓXICOS; HORTIFRUTICOLAS

O objetivo deste estudo foi investigar os possíveis determinantes da disposição de pagar (DDP) mais por produtos hortifrutícolas in natura sem agrotóxicos (HSA) de uma amostra aleatória de 314 consumidores no município de Piracicaba, no Estado de São Paulo. As entrevistas foram realizadas nos locais de compra de hortifrutícolas distribuídos pela cidade, durante os meses de abril e maio de 2002. Os entrevistados apresentaram alto grau de escolaridade e alto nível de renda familiar per capita comparativamente ao Censo, o que era esperado dada a localização da área de estudo. O modelo lógite estimado mostrou que os coefi cientes das variáveis ‘preço dos hortifrutícolas’ e ‘governo como certifi cador dos HSA’ diminuem enquanto a atitude e a existência ‘grupos de risco’ na família aumentam a DDP dos consumidores por HSA. A renda familiar per capita, a idade, a escolaridade e a percepção dos entrevistados não foram estatisticamente signifi cativas.

Palavras-chave: comportamento do consumidor, disposição de pagar, segurança do alimento, agrotóxicos, hortifrutícolas.

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SSD 160 - PERFIL DO CONSUMIDOR BRASILEIRO DE CARNE BOVINA E DE HORTALIÇAS. RENATO LUIZ SPROESSER; AMILTON LUIZ NOVAES; MÁRIO OTÁVIO BATALHA; JEAN LOUIS LAMBERT; DARIO DE OLIVEIRA LIMA FILHO; UFMS, CAMPO GRANDE, MS, BRASIL; Palavras-chave: comportamento do consumidor; hortaliças; carne bovina; sociologia da alimentação; princípio de imitação-distinção

Diversas mudanças interferem no comportamento do consumidor que encontra-se em constante alteração, assim os estudos buscam identifi car tendências futuras para as intenções, hábitos e atitudes dos consumidores. Sendo assim, o objetivo geral deste estudo é avaliar o comportamento de consumo de carne bovina e hortaliças no Brasil verifi cando os tipos de perfi s dos consumidores. O estudo tem como método uma pesquisa descritiva e quantitativa, cuja abordagem faz uso de questionário estruturado, com um pré-teste aplicado em 40 indivíduos, decidindo-se realizar um survey. Foram escolhidas 4 cidades, sendo São Paulo, Porto Alegre, Recife e Goiânia. A amostragem baseou-se na técnica probabilística e estratifi cada, por local e classe social. O número de questionários válidos totalizaram 1545, com um intervalo de confi ança de 95%. As análises estatísticas foram desenvolvidas com o auxílio do software SPAD (versão 5. 5). A técnica utilizada é a análise do teste de média, objetivando uma descrição de variáveis contínuas (freqüência de consumo). Como resultado deste trabalho, foram identifi cados o perfi l dos consumidores orientados para o consumo de carne bovina e o perfi l dos consumidores orientados para o consumo hortaliças.

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SSD 161 - EFEITO DO NÍVEL DE ESCOLARIDADE NO CONSUMO DE CARNE BOVINA E HORTALIÇAS NO BRASIL. AMILTON LUIZ NOVAES; RENATO LUIZ SPROESSER; PAULO AUGUSTO RAMALHO DE SOUZA; CAMILA BENATT MOURAD; CÍCERO ANTÔNIO DE OLIVEIRA TRDEZINI; UFMS, CAMPO GRANDE, MS, BRASIL; Palavras-chave: sociologia da alimentação; comportamento do consumidor; princípio da imitação-distinção; obesidade; forma física

Este artigo analisa a evolução da freqüência declarada de consumo de carne bovina e de hortaliças no Brasil. Para tal, utilizou-se o método dedutivo de pesquisa, e a pesquisa documental e de campo (survey) como métodos de procedimento. Foram aplicados 1545 questionários em quatro capitais brasileiras. Os resultados apontam para um maior consumo de hortaliças à medida que aumentam os capitais econômico e cultural, este último medido, neste trabalho, pelo nível de escolaridade, da população. Uma maior freqüência de consumo de carne bovina é declarada por consumidores com renda familiar entre 8 e 10 salários mínimos mensais, no entanto com menor nível de escolaridade. Pois, conforme observado, quando comparado indivíduos com o mesmo nível de renda, os de maior grau de escolaridade consomem menos carne bovina e mais hortaliças. O princípio de imitação-distinção, defendido por Bourdieu (1996), como um dos fatores determinantes da evolução dos hábitos alimentares pôde ser verifi cado.

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SSD 162 - ABERTURA DE CAPITAL COMO UMA OPÇÃO DE FINANCIAMENTO DAS ATIVIDADES DAS EMPRESAS DO AGRONEGÓCIO. SABRINA SOARES SILVA; ANTÔNIO THIAGO BENEDETE DA SILVA; PATRÍCIA APARECIDA FERREIRA; UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS, LAVRAS, MG, BRASIL; Palavras-chave: fi nanciamento do agronegócio; abertura de capital; exigências do mercado; Bolsa de Valores; governança corporativa

O Brasil possui grande potencial agrícola, e uma imensa parte deste ainda não foi explorada devido, entre outros fatores, à precária oferta de recursos para o setor. Apesar do aumento nos gastos governamentais com o custeio das atividades do agronegócio nos últimos anos, eles têm sido insufi cientes para suprir as necessidades de investimento do setor, o que torna necessária a busca de novas fontes de recursos. Assim, buscou-se, neste estudo, apresentar a abertura de capital como uma alternativa para as empresas do agronegócio captarem recursos para fi nanciar suas atividades e investimentos. Foram analisadas duas empresas desse setor que abriram seus capitais, a Renar Maças e a Avipal, e constatou-se que ambas enfatizavam as boas práticas de governança corporativa. Notou-se que a abertura de capital pode ser uma alternativa viável para empresas do agronegócio, principalmente as de grande porte, e que a adoção de padrões elevados de governança corporativa pode ser uma importante estratégia para aumentar a aceitação dos títulos de novas empresas na Bolsa de Valores.

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SSD 163 - ASPECTOS ECONÔMICOS DA SUBSTITUIÇÃO DE FONTES CONVENCIONAIS DE ENERGIA POR BIOGÁS EM ASSENTAMENTO RURAL DO ESTADO DE SÃO PAULO. MAURA SEIKO TSUTSUI ESPERANCINI; FERNANDO. COLEN; OSMAR DE CARVALHO BUENO; ELIAS JOSÉ SIMON; UNESP, BOTUCATU, SP, BRASIL; Palavras-chave: biodigestores; aspectos econômicos; assentamentos rurais; biogás; biofertilizante

Existem hoje diversas alternativas tecnológicas de aproveitamento da biomassa para geração de energia, tecnicamente viáveis para pequenas e médias produções. Uma destas alternativas que vem despertando grande interesse é a tecnologia de biodigestão anaeróbia de resíduos animais, e particularmente de resíduos suínos e bovinos, pela implantação de biodigestores. O objetivo deste estudo foi avaliar aspectos econômicos da implantação de biodigestor com o uso de dejetos animais no assentamento rural de Pirituba II, município de Itaberá/SP, no ano de 2005, para a produção de biogás e biofertilizantes. Foram avaliadas as economias de custos referentes ao fornecimento de energia elétrica e térmica, a partir do biogás, para cinco domicílios situados no assentamento, comparativamente aos custos de construção e operação de um biodigestor. Os resultados indicam que a receita advinda do biogás para o uso domiciliar apresenta vantagem comparativa em relação ao uso de fontes tradicionais como energia elétrica e o gás liquefeito de petróleo (GLP). As receitas totais do sistema resultaram em R$3. 698, 00 frente aos custos de implantação rateados ao longo da vida útil do biodigestor e custos de operação, que foram de R$1. 000, 7 ao ano. Nestas condições verifi ca-se que os investimentos no biodigestor podem ser amortizados num prazo de 3 anos. Os resultados apresentados podem ser utilizados na formulação de políticas públicas no sentido de implementar assistência técnica para a utilização de biodigestores em assentamentos rurais. Os resultados também podem ser utilizados para subsidiar propostas de programas de fi nanciamento de aproveitamento de biomassa para fi ns de produção de energia, voltados a este segmento da agricultura tendo em vista a economia de custos gerada no processo, bem como as inequívocas vantagens ambientais.

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SSD 164 - A IMPORTÂNCIA DA AGRICULTURA FAMILIAR NO CONTEXTO DO AGRONEGÓCIO CAFÉ EM RONDÔNIA. CALIXTO ROSA NETO; DANIELA GARCIA COLLARES; EMBRAPA, PORTO VELHO, RO, BRASIL; Palavras-chave: Café; Qualidade; Agricultura familiar; Rondônia; Agronegócio

Estudou-se os fatores condicionantes que interferem no processo de inserção dos pequenos agricultores no agronegócio café em Rondônia, partindo-se do pressuposto básico de que aspectos ligados ao modelo de produção utilizado por eles são os maiores limitantes para a sua consolidação. A revisão de literatura aborda as questões ligadas ao agronegócio café no Brasil e em Rondônia, ressaltando aspectos socioeconômicos, de produção e de comercialização. Utilizando o método do estudo de caso foram realizadas entrevistas com 122 produtores dos principais municípios produtores de café. Os resultados mostram que a atividade cafeeira no estado é explorada, predominantemente, por agricultores de base familiar, constituindo a base de sustentação econômica destes, e se caracteriza por apresentar baixos níveis tecnológicos que redundam em baixos preços e qualidade defi ciente dos grãos, fazendo-se necessário estabelecer ações articuladas entre todos os atores envolvidos no negócio café (pesquisa, extensão, órgãos de fi nanciamento, produtores, empresários etc. ), visando garantir que o produto possa atingir os padrões de qualidade requeridos, de forma a ser competitivo tanto no mercado interno quanto externo.

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SSD 165 - AGRICULTURA FAMILIAR E TURISMO RURAL NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. GLAUCIO JOSÉ MARAFON; MIGUEL ANGELO RIBEIRO; UERJ, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL; Palavras-chave: Agricultura Familiar; Pluriatividade; Turismo Rural

O desenvolvimento de atividades turísticas no espaço rural está associado ao processo de urbanização que ocorre na sociedade e no transbordamento do espaço urbano para o espaço rural (GRAZIANO DA SILVA, 1997) e, para esse autor, “novas” formas de ocupação passaram a proliferar no campo. Entre elas são destacadas: conjunto de profi ssões tidas como urbanas (trabalhadores domésticos, mecânicos, secretárias etc); moradias de segunda residência; atividades de conservação; áreas de lazer (hotéis-fazenda, fazendas-hotel, pesque-pague etc). Essas “novas” atividades demandaram um número crescente de pessoas para dar sustentação à expansão das atividades turísticas no espaço rural, o que possibilitou que os membros das famílias, liberados das atividades rotineiras da exploração agrícola, pudessem ocupar as vagas geradas na expansão do turismo rural.

As atividades associadas ao turismo rural têm contribuído para a complementação da renda familiar das unidades de produção, familiar ou não, pois o seu incremento gera a demanda por novos postos de trabalho, além de contribuir na melhoria da logística que proporciona suporte ao fl uxo de turistas. A EMBRATUR (1994) considera que o turismo rural inclui todas as atividades – alternativas, domésticas, agroturismo, turismo – organizado para e pelos habitantes do país e é “compreendido como sendo toda maneira turística de visitar e conhecer o ambiente rural, enquanto se resgata e valoriza a cultura regional” (MENDONÇA et al. 2002). O turismo rural designa atividades diversas como, hotéis-fazenda, fazendas-hotel, agroturismo, turismo de aventura, e que Rodrigues (2001) classifi ca como tradicional (de origem agrícola, pecuária e colonização) e contemporâneo (hotéis-fazenda, spas rurais, segunda residência) e Cavaco (2001, p. 28-29) faz uma importante observação ao afi rmar que o turismo em “espaço rural tem pouco signifi cado em termos de turismo e seus efeitos econômicos”.

A constatação da referida autora é um item importante para refl exão, uma vez que nos leva a indagar até que ponto os agricultores familiares se benefi ciam dos resultados dessas atividades de turismo no espaço rural na atualidade? As suas atividades são somente uma possibilidade de uma “nova” ocupação, que permite sua inserção no mercado de trabalho através de ocupações como diaristas, caseiros, jardineiros, etc? São atividades que complementam a renda familiar, mas são efetuadas fora de sua propriedade, em hotéis-fazenda, fazenda-hotéis e nas áreas que proliferam as casas de segunda residência, e que caracterizam o turismo rural contemporâneo e de modo diferente do que ocorre com o turismo rural tradicional, no qual o turista vivencia as atividades desenvolvidas na propriedade rural.

O Interior Fluminense vem se destacando, não somente em termos de crescimento demográfico (ainda pequeno), mas no abastecimento de produtos agropecuários (hortigranjeiros, leite e produtos com nicho de mercado especializado como orgânicos, ervas-fi nas, leite de cabra, trutas etc), além de estar servindo como área de lazer para a prática de turismo rural, de ordem contemporânea, com a proliferação de hotéis-fazenda, pousadas, spas e casas de segunda residência. A prática desse turismo rural segue, em boa medida, os eixos de urbanização do estado, e é uma prática alternativa ao turismo intenso que ocorre na Costa Fluminense (Costa Verde e do Sol).

Destarte, no nosso entendimento, o turismo rural se afi rma como mais uma alternativa que se coloca para os agricultores familiares venderem sua força de trabalho e complementar sua renda, reforçando o caráter pluriativo das unidades familiares de produção e inseridos no processo de produção do espaço, no qual, de acordo com Lefebvre (1999), estaríamos sob o signo de uma sociedade urbana, e que essa urbanização estruturaria o território; e que Santos (1993) aponta como passagem da urbanização da sociedade para a urbanização do território. A prática do turismo rural contemporâneo refl ete essa prática, uma vez que os hotéis-fazenda, spas rurais e casas de segunda residência se localizam, preferencialmente, próximas às grandes concentrações urbanas.

Referências Bibliográfi cas

CAVACO, Carminda. O mundo rural português: desafi os e futuros. In: RODRIGUES, A (org. ) Turismo Rural São Paulo: Contexto, 2001. p. 15-34.

GRAZIANO DA SILVA, José. O novo rural brasileiro. Nova Economia, Belo Horizonte, v. 7, n. 1, p. 43-81, 1997.

LEFEBVRE, Henri. A Revolução Urbana. Belo Horizonte: Humanitas, 1999.

MENDONÇA, Maria C et al. Turismo no Espaço Rural: debate e tendência. Disponível na Internet. http: //dae2. ufl a. Br/revista2002. htm

RODRIGUES, Adyr. (Org. ). Turismo Rural. São Paulo: Contexto, 2001.

SANTOS, M. A Urbanização Brasileira. São Paulo: Hucitec, 1993.

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SSD 166 - SUSTENTABILIDADE SOCIAL E ECONÔMICA: INOVAÇÃO TECNOLÓGICA VISANDO À INCLUSÃO SOCIAL DE PRODUTORES DE BASE FAMILIAR. JULIO ROBERTO PINTO FERREIRA DA COSTA; ELIZABETH SANTOS BRANDÃO; FABIO ZAMBERLAN; GENEROSA OLIVEIRA SILVA; JOSÉ RONALDO DE MACEDO; EMBRAPA, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL; Palavras-chave: Pesquisa participativa; desenvolvimento; sustentabilidade; -; -

Este trabalho retrata a realização de uma ampla pesquisa participativa no município de São José de Ubá, Estado do Rio de Janeiro, visando ações de intervenção a serem realizadas no município, em prol do desenvolvimento sustentável local. Procurou-se abordar os diversos aspectos da realidade de modo sistêmico, realizando-se atividades que propiciavam o protagonismo dos produtores locais, com trabalhos de pesquisa, organização social, otimização da produtividade e conscientização ambiental. Esses fatores viabilizaram espaços de cidadania, com maior integração dos produtores em busca dos seus interesses comuns, e consideração pelo bem comum das comunidades do município. Foram incorporadas novas técnicas de uso e manejo de solo e água, criadas fi guras organizacionais para fornecer suporte à integração e sinergia dos agricultores (Grupo Gestor), e pesquisado um diferencial competitivo para o tomate produzido na região, consolidando-se o “Tomate Ecologicamente Cultivado – TOMATEC”.

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SSD 167 - DESEMPENHO DE PRODUTORES AGRÍCOLAS COM BASE EM MEDIDAS DE PRODUTIVIDADE: UMA ABORDAGEM MULTICRITERIAL. JOÃO ALFREDO DE CARVALHO MANGABEIRA; ELIANE GONÇALVES GOMES; JOÃO CARLOS CORREIA BAPTISTA SOARES DE MELLO; EMBRAPA, BRASÍLIA, DF, BRASIL; Palavras-chave: Produtividade; Multicritério; Método de Copeland; Agricultura familiar; -

Medidas de produtividade são os indicadores mais usuais para medir desempenho em agricultura. Neste artigo, ao invés dos modelos usuais tipo TFP, econométricos ou DEA, propõe-se uma abordagem multicritério (método de Copeland) para a avaliação conjunta de medidas de produtividade da terra e do trabalho. A avaliação da evolução do desempenho foi para um grupo de agricultores familiares de Machadinho d’Oeste. O estudo centrou-se em cada agricultor, com suas características individuais, de modo a acompanhar o sucesso e a evolução de cada agricultor. Os resultados podem contribuir para a avaliação de projetos de assentamento, indicando quais os casos individuais melhor sucedidos e, em uma etapa posterior, tentar identifi car as razões do sucesso como subsídio a novos projetos.

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SSD 168 - A AGRICULTURA ORGÂNICA COMO FONTE DE EMPREGO E RENDA: UM ESTUDO DE CASO DA PRODUÇÃO VITIVINÍCOLA. REGINA VEIGA REGINA; MIRIAN BEATRIZ S. BRAUN; JANDIR FERRERA DE LIMA; JEFFERSON ANDRONIO RAMUNDO STADUTO; UNIOESTE, TOLEDO, PR, BRASIL; Palavras-chave: AGRICULTURA ORGÂNICA; ECONOMIA AGRÍCOLA; ATIVIDADE PRODUTIVA; VIABILIDADE; AGRICULTURA FAMILIAR

Esse artigo analisa a transição do modelo de agricultura convencional para orgânica a partir do estudo de um projeto de pomar vitivinícola implantado em 2002 na propriedade de Carlinhos Fornari, localizada no distrito de Nova Concórdia, interior do município de Toledo, Estado do Paraná. Por isso, essa análise fornece subsídios para o estudo da viabilidade de conversão de áreas cultivadas de maneira convencional para um método de cultivo orgânico. A metodologia utilizada para a efetivação e conclusão do estudo foi de caráter exploratório e estudo de caso. Foram coletadas informações por meio de pesquisa de campo exploratória, realizada diretamente com o produtor, bem como fornecedores de insumos e materiais, utilizando-se um roteiro com os tópicos principais acerca dos custos fi xos, custos operacionais e receitas. No caso do cultivo orgânico de uvas, analisado no presente estudo, comparado com o cultivo convencional mostrou-se viável. Essa viabilidade advém do menor custo produção, devido a um menor uso de insumos em todo o processo, desde o preparo do solo aos tratos culturais onde não são utilizadas aplicações de produtos químicos. Para este sistema, a produção média esperada para o 2º ano é de 7 toneladas por hectare, no 3º ano, 25 toneladas, e a partir do 4º ano, 42 toneladas por hectare. Considerando um preço de R$ 1, 00 ao quilo, a receita no 2º ano será de R$ 7. 000, 00, no 3º ano será de R$ 25. 000, 00 e a partir do 4º ano de R$ 42. 000, 00. Assim, a estrutura produtiva vitivinícola analisada é viável economicamente. Como o seu custo de produção é inferior ao custo da agricultura convencional, além de não agredir o meio ambiente torna-se uma excelente fonte de emprego e renda para a agricultura familiar.

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SSD 169 - E AGORA JOSÉ... PARA ONDE? IMPASSES EM TORNO DA IDENTIDADE E PROJETO DO MOVIMENTO DE AGRICULTORES EM CONSTANTINA-RS. EVERTON LAZZARETTI PICOLOTTO; VIVIEN DIESEL; UFSM, SANTA MARIA, RS, BRASIL; Palavras-chave: movimentos sociais; transformação social; agricultura familiar; agricultura camponesa; Constantina

As contradições sociais no campo se fazem “terreno fértil” para mobilização de agentes questionadores da ordem e propagadores da transformação social. Partindo das contribuições teóricas de Castells, analisou-se a trajetória política do movimento dos agricultores em Constantina, os processos de formação de identidade e de projeto conduzidos pelas organizações gerais de agricultores e manifestos ao nível local. Desvendou-se que existem diferenças substanciais na identidade, projeto e estratégias da FETRAF-Sul (Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul) e da Via Campesina. Estas diferenças manifestam-se, principalmente, quanto a integração ou resistência ao capital.

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SSD 170 - NOVAS FORMAS DE INSERÇÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR AO MERCADO COMO ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO RURAL. DANIELA OLIVEIRA; MÁRCIO ANTONIO MELLO; PROGRAMA DE POS-GRADUACAO EM DESENVOLVIMENTO RURAL (PGDR/UFRGS), PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: Desenvolvimento rural; Agricultura familiar; Agroecologia; agroindustrializacao familiar; insercao mercado

Desde o fi nal dos anos 1980 a natureza o desenvolvimento da agricultura brasileira tem sido objeto de um crescente debate. Constata-se que o processo histórico de modernização da agricultura não foi capaz de impulsionar o desenvolvimento rural e cuja conseqüência indesejável foi o elevado nível de exclusão social e, em muitos casos, a degradação ambiental. A homogeneização do padrão tecnológico que vem caracterizando o modelo da grande agroindústria cria, crescentemente, fortes barreiras à entrada e a inserção ao mercado da maioria dos agricultores familiares. Em contraposição a esse a esse modelo diversos autores têm elaborado perspectivas teórica e formulado propostas de políticas públicas voltadas ao fortalecimento da agricultura familiar como indutora do desenvolvimento rural. Este artigo tem o objetivo de discutir e analisar a perspectiva teórica e as proposições de políticas públicas que permitam a agricultura familiar desenvolver iniciativas autônomas de verticalização da produção (mercados de nicho, produtos orgânicos e agroecológicos, artesanais e que apresentem atributos diferenciados de qualidades, etc. ) e de estabelecer novas formas organizacionais de relacionamento e inserção ao mercado.

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SSD 171 - RESGATANDO E PRESERVANDO A BASE GENÉTICA DA BACIA DO RIO CURU, CEARÁ: ALGUNS RESULTADOS E CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES. MARCELO RENATO ALVES DE ARAÚJO; HELENIRA ELLERY MARINHO VASCONCELOS; FRANCISCO BENI DE SOUSA; EMBRAPA CAPRINOS, SOBRAL, CE, BRASIL; Palavras-chave: AGRICULTURA FAMILIAR; MELHORAMENTO GENÉTICO; RESGATE DE GERMOPLASMA; AMBIENTES ADVERSOS; FEIJÃO MACASSAR

O acesso à alimentação é um direito universal da humanidade, devendo se sobrepor a qualquer fator de ordem econômica, política ou cultural que impeça a sua obtenção. Um dos aspectos mais relevantes do conceito de segurança alimentar é garantir aos agricultores (as) a conservação da base genética do sistema agroalimentar, permitindo-lhes permanente acesso Um levantamento e coleta de diferentes variedades crioulas de feijão, em uso pelos (as) agricultores (as) familiares, foi realizado no Vale da Bacia do Curu. Dezesseis das variedades coletadas foram avaliadas em três locais do Vale, em experimentos com delineamento de blocos ao acaso com três repetições. A análise conjunta da variância, para os ambientes estudados, revelou a existência de diferenças signifi cativas para todas as fontes de variação analisadas. Este resultado indica que existem genótipos com adaptação específi ca. A produtividade média de Tejuçuoca foi superior àquela apresentada em General Sampaio que, por sua vez, foi superior aos resultados obtidos em Apuiáres. As variedades Barrigudo, Cabecinha e Jatobá apresentaram produtividade superior a média geral em cada ambiente. Merecedoras de destaque foram às variedades Azulão e Feijão do Brejo com boas produtividades em dois dos locais testados. Finalmente, em cumprimento parcial aos objetivos pretendidos por este estudo, coloca-se como um aspecto positivo a persistência de uma cultura que evidencia a capacidade de preservar, conservar e manejar o germoplasma do feijão Vigna que estão sob domínio dos agricultores e agricultoras familiares do território da Bacia do Curu.

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SSD 172 - CAFÉ E COM A CORAGEM: 20 ANOS DE MONITORAMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR NA AMAZÔNIA. EVARISTO EDUARDO DE MIRANDA; JOÃO ALFREDO DE CARVALHO MANGABEIRA; JOSÉ ROBERTO MIRANDA; EMBRAPA MONITORAMENTO POR SATÉLITE, CAMPINAS, SP, BRASIL; Palavras-chave: Amazônia; Agricultura familiar; Rondonia; Sustentabilidade; Dinâmica temporal

Há mais de vinte anos, pesquisadores da Embrapa Monitoramento por Satélite, apoiados por outras instituições, vêm acompanhando um grupo de 438 propriedades rurais familiares em Machadinho d’Oeste, Rondônia. Nessas terras da fronteira agrícola amazônica, as atividades de produção familiar vêm sendo avaliadas através de métodos e procedimentos modernos, baseados na utilização de imagens de satélite, sistemas de informações geográfi cas e tratamentos estatísticos de dados coletados em campo. As extensas bases de dados constituídas durante vinte anos estão sendo valorizadas, com o objetivo de analisar a evolução da pequena agricultura familiar, em termos de sustentabilidade agroecológica e socioeconômica. Elas possibilitam ainda descrever os agricultores e a agricultura da região, abordando sua origem, taxas de ocupação e implementação das propriedades, níveis de capitalização, formas de ocupação e uso das terras, recursos disponíveis para a agricultura e os sistemas de produção praticados.

Ao contrário dos cenários alarmistas propostos por muitos nos anos oitenta sobre a inviabilidade da agricultura na Amazônia, sobre o risco dos solos tornarem-se improdutivos e as áreas desmatadas um deserto, o exemplo de Machadinho d´Oeste em Rondônia mostra situações muito diferenciadas. Houve uma queda pronunciada das áreas dedicadas a culturas anuais, alimentares nas propriedades. O arroz, presente em 87% das propriedades rurais em 1986, caiu para 44% em 2005. Os agricultores especializaram-se. Quem cultiva, cultiva áreas maiores. O tamanho das áreas cultivadas em arroz passaram de 2, 9 ha em 1986 para 10 ha em 2005. Nas culturas perenes, o café ampliou sua presença, de 48% das propriedades em 1986 para 61 % em 2005. O café é hoje a grande cultura de renda para os produtores rurais. Os investimentos em tecnologia e o uso de herbicidas tem aumentado e já existe até exemplos de café irrigado. A região responde por cerca de 15% do café produzido em Rondônia. No geral a produtividade dos cultivos foram mantidas e houve uma expansão da pecuária bovina. Os dados mostram o nível crescente de capitalização dos agricultores, a diferenciação dos sistemas produtivos e a busca constante de estratégias mais sustentáveis.

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SSD 173 - SUBSÍDIOS PARA A ELABORAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS COM RECORTE DE GÊNERO E RAÇA NA AGRICULTURA FAMILIAR. KELMA CHRISTINA MELO DOS SANTOS CRUZ KELMA; UPIS FACULDADES INTEGRADAS, PLANALTINA, DF, BRASIL; Palavras-chave: comunidades quilombolas; etnodesenvolvimento; políticas públicas; agricultura familiar ; gênero

Neste artigo são apresentados subsídios para a elaboração e implementação de políticas públicas com recorte de gênero e raça na agricultura familiar. Em meio à diversidade da estrutura agrária brasileira, destaca-se a presença das comunidades quilombolas, refl etindo sobre o lugar ocupado pelas mulheres nesse contexto. Tal proposição justifi ca-se pela falta de avaliação e reconhecimento do papel deste segmento, na preservação dos valores étnicos, do patrimônio material e imaterial, dos cuidados com a manutenção da biodiversidade e da segurança alimentar. Para a elaboração deste trabalho foram utilizadas informações obtidas pelo projeto Gênero, raça e atividades produtivas para o Etnodesenvolvimento (UNIFEM/DFID/MDA). Inicialmente, apresenta-se um breve nivelamento conceitual que busca introduzir a discussão. Considera-se que além de reconhecer a divisão sexual do trabalho, como elemento estruturador da organização do trabalho, também é fundamental reconhecer as especifi cidades dos grupos étnicos. Em seguida, são apresentados dados referentes às atividades produtivas desenvolvidas pelas mulheres quilombolas. E fi nalmente, na terceira parte, busca-se refl etir sobre a elaboração e implementação de políticas públicas voltadas a um maior empoderamento econômico e social das mulheres quilombolas, levando em consideração o seu papel no desenvolvimento rural.

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SSD 174 - PROPOSTA METODOLÓGICA PARA A CAPACITAÇÃO GERENCIAL DE AGRICULTORES FAMILIARES. WAGNER LUIZ LOURENZANI; LEONARDO DE BARROS PINTO; UNESP, TUPÃ, SP, BRASIL; Palavras-chave: agricultura familiar; capacitação; gestão; extensão rural; metodologia

O segmento da agricultura familiar assume papel sócio-econômico de grande importância no agronegócio brasileiro. Seu desenvolvimento é entendido como uma das pré-condições para uma sociedade economicamente mais efi ciente e socialmente mais justa. Existe uma série de fatores que afetam signifi cativamente o desempenho dos empreendimentos rurais. Muitas dessas variáveis fogem ao controle da unidade de produção, mas outras, como a gestão da produção, estão mais diretamente vinculadas ao seu controle. Problemas relacionados à sua sustentabilidade revelam a forte defi ciência na administração de estabelecimentos rurais em geral e, em particular, na produção familiar. Assim, a proposta de um curso de extensão rural, na área gerencial, atua especifi camente sobre esta defi ciência, articulando as diversas ferramentas gerenciais de apoio à produção familiar. Neste contexto, este trabalho busca propor uma estrutura metodológica de capacitação gerencial de agricultores familiares de forma a contribuir para a sustentabilidade econômica da agricultura familiar, bem como para a melhoria da qualidade de vida no campo.

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SSD 175 - AÇÕES COLETIVAS ENVOLVENDO PEQUENOS PRODUTORES: DA EXCLUSÃO À INCLUSÃO NOS MERCADOS. ANA ELISA BRESSAN SMITH LOURENZANI; ANDREA LAGO DA SILVA; UFSCAR, SÃO CARLOS, SP, BRASIL; Palavras-chave: ações coletivas; exclusão; pequeno produtor; recomendações; inserção em mercados

A busca por efi ciência frente à crescente importância do agronegócio tem provocado processos de exclusão de pequenos produtores rurais. De forma a oferecer produtos em conformidade com os padrões desenvolvidos pelas grandes redes de auto-serviço, os fornecedores tiveram que se adaptar a exigências como qualidade, regularidade no fornecimento, escala mínima de fornecimento, preço e agilidade logística. No entanto, observa-se que essas mudanças se refl etiram, de forma bastante abrupta, nos pequenos produtores rurais, representando desafi os e até mesmo exclusão de pequenos produtores rurais em toda a América Latina. Estes se mostraram incapazes de atender às novas demandas do mercado devido às características intrínsecas à pequena unidade de produção. Essa situação aumentou o risco de ocorrência de processos de exclusão de pequenos produtores da atividade agrícola. Uma possibilidade que se apresenta é a adoção de ações coletivas, buscando garantir a inserção destes produtores no processo de aquisição de produtos das grandes redes varejistas e de outros importantes canais de distribuição. Dessa forma, torna-se relevante analisar as exigências impostas pelos diferentes canais de distribuição e a capacidade de resposta de pequenos empreendimentos agrícolas que atuam de forma colaborativa com outros agentes do mesmo elo (horizontalmente) e em parceria com elos a montante ou a jusante (verticalmente). Nesse contexto, essa pesquisa teve como objetivo efetuar recomendações que permitissem a inserção de pequenos produtores em canais de distribuição. Para tal, foram identifi cados pontos de alavancagem no processo de estabelecimento e manutenção de ações coletivas visando o acesso a mercados.

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SSD 176 - SISTEMAS E CUSTOS DE PRODUÇÃO DE MANDIOCA NO ESTADO DE ALAGOAS. CARLOS ESTEVÃO LEITE CARDOSO; ANTONIO DIAS SANTIAGO; EMBRAPA MANDIOCA E FRUTICULTURA TROPICAL, CRUZ DAS ALMAS, BA, BRASIL; Palavras-chave: Rentabilidade; Efi ciência econômica; Farinha de mandioca; Casa de farinha; Mandiocultura

Este trabalho apresenta os resultados do estudo de custo de produção e de rentabilidade de diversos sistemas de produção de mandioca e de processamento de farinha na Região Agreste de Alagoas. Os dados para a avaliação foram levantados por meio de visitas às unidades de produção típicas e por meio de painéis. A análise econômica dos sistemas de produção foi realizada com base nos tradicionais métodos de avaliação econômica de projetos e/ou alternativas tecnológicas. Além desses tradicionais indicadores usou-se, alternativamente, o cálculo da razão entre a diferença da receita bruta menos o custo de todos os insumos (exceto mão-de-obra) e o total de mão-de-obra, aqui denominado valor agregado pela mão-de-obra (R$/h/D). Considerou-se, a partir da renda da família, também o número de salários mínimos que são gerados por hectare. Tanto os sistemas de produção da matéria-prima de mandioca como as unidades de processamento estudadas apresentaram-se rentáveis. No tocante às unidades de processamento, embora os resultados apontem na direção da melhor efi ciência daquelas unidades de maior capacidade instalada, as unidades de pequeno porte são de vital importância, considerando-se o seu papel como unidade, geralmente familiar, que supri a demanda de farinha local e ocupa mão-de-obra, geralmente, de baixo custo de oportunidade. Independentemente da capacidade instalada recomenda-se, no curto prazo, a redução dos custos de produção e a melhoria da qualidade. A médio e longo prazos deve-se perseguir a diferenciação e a diversifi cação de produtos.

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SSD 177 - O QUE SE COMPRA NA FEIRA? PERFIL E FATORES DE DECISÃO DO CONSUMIDOR EM LAVRAS, MG. LUIZ HENRIQUE SILVESTRE; EXZOLVILDRES QUEIROZ NETO; JULIANA SENA CALIXTO; ROSANA VIEIRA RAMOS; LUIZ MARCELO ANTONIALLI; UFLA, LAVRAS, MG, BRASIL; Palavras-chave: feiras ; consumo; agricultura familiar; Minas Gerais; análise multivariada

O mercado local não é apenas um espaço de venda de produtos, mas também de garantia da segurança alimentar, de fortalecimento da pequena agricultura e de dinamização econômica por reter por mais tempo o recurso no município, fazendo-o circular entre a população local, possibilitando a satisfação das necessidades. Mas o que os consumidores compram na feira? A opção de ir a feira está ligada apenas a aquisição de alimentos ou há outras características que os consumidores também compram? Quais são estes fatores que interferem nesta escolha? O objetivo deste estudo é identifi car o perfi l dos consumidores e os fatores de decisão de compra na feira de forma a orientar programas de estímulo ao consumo neste espaço. Para atender estes objetivos foram entrevistados 127 consumidores, e a partir das respostas obtidas foram realizadas: análise fatorial, análise de cluster e discriminante. Os resultados mostraram que as variáveis originais podem ser agrupadas em quatro fatores capazes de explicar 57% da variância: fatores sociais, atributos físicos/químicos do produto, diversidade no espaço da feira e interesse/consumo político. A analise de cluster permitiu identifi car dois grupos de consumidores, que foram denominados “menos infl uenciados pelas variáveis de decisão” e “mais infl uenciados pelas variáveis de decisão”. A análise discriminante possibilitou identifi car grupo de variáveis que permitem segmentar os grupos formados a partir da análise de cluster. Ao fi nal dos textos são propostos caminhos para o uso destas informações para dinamizar a feira e apresentadas sugestões para novos estudos.

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SSD 178 - VIABILIDADE ECONÔMICA DE SISTEMAS AGROFLORESTAIS ORGÂNICOS NO BAIXO SUL DA BAHIA – O CASO DO PROJETO ONÇA. GILCA GARCIA DE OLIVEIRA; ELOINA NERI DE MATOS; ALEXANDRA PEREIRA DOS SANTOS; UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, SALVADOR, BA, BRASIL; Palavras-chave: viabilidade econômica; sistemas agrofl orestais; agricultura familiar; produção orgânica; Bahia

O sistema agrofl orestal é uma combinação ecológica e econômica de no mínimo dois cultivos, sendo um deles, uma espécie lenhosa perene, incluindo as palmeiras, em função do tempo e do espaço para incrementar e otimizar a produção agrícola ou agropecuária de forma sustentável. Esta forma de cultivo é encontrada com freqüência na região do Baixo Sul da Bahia e tem como vantagem ao agricultor maior diversifi cação da renda e ao bioma uma maior conservação. No entanto, a sustentabilidade dessa forma de cultivo depende em muito da rentabilidade, que seja possível identifi car pela viabilidade econômica das combinações utilizadas pelo agricultor. Neste estudo foram consideradas 8 combinações de cultivos para análise. Destas combinações a combinação mais utilizada na Comunidade, guaraná e piaçava, foi a que apresentou os piores indicadores econômicos, com B/C de 1, 15, TIR de 0, 10 e VPL (12%) de R$38. 105, 23. Enquanto que a combinação mais diversifi cada, guaraná-cupuaçu-piaçava-seringa-frutas, foi aquela com os melhores resultados, com B/C de 2, 81, TIR de 0, 60 e VPL (12%) R$261. 114, 59.

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SSD 179 - AGRICULTURA E PECUÁRIA EM ÁREAS DE FRONTEIRA : DIFERENÇAS E SUSTENTABILIDADE. ROSANGELA MARIA CARNEVALE CARVALHO; IBGE, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL; Palavras-chave: agricultura familiar ; sustentabilidade ; Rondônia ; áreas de fronteira ; políticas públicas

Resumo

O artigo trata da “agricultura familiar” em áreas de fronteira tendo como referência o estado de Rondônia.

O processo de ocupação de Rondônia, marcado pela pecuária e pelo desmatamento acelerado, se insere no padrão convencional de ocupação da fronteira agrícola e, ao mesmo tempo, vem sendo atravessado por “diferenças” pontuais afi ns com aquele contexto particular. Por um lado, políticas públicas de integração e modernização reproduzem as formas convencionais de ocupação e utilização das áreas de fronteira no Brasil -produção especializada, e em escala; uso de tecnologia intensiva em capital e poupadora de mão de obra; e acesso ao mercado mundial de carnes e grãos-. Por outro, políticas públicas localizadas e legitimadas pelo qualitativo de sustentável valorizam práticas sociais características do modo de produzir da agricultura familiar em áreas de fronteira -agricultura diversifi cada integrada a pecuária leiteira; baixo uso de insumos químicos e maquinário agrícola; uso predominante da mão de obra familiar; produção de alimentos para o auto-consumo e integração parcial ao mercado formal.

A análise dos dados da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) e da Pesquisa Agrícola Municipal (PAM) do IBGE nos permite propor uma caracterização da pecuária em Rondônia - pecuária familiar, pecuária empresarial e pecuária de fronteira – para pontuar “similaridades” e “diferenças” no processo de ocupação das terras da região. Mostramos que enquanto a “pecuária familiar” responde melhor aos parâmetros de sustentabilidade, a “pecuária empresarial” e a “pecuária de fronteira” atendem aos objetivos de “modernização” e integração dessas áreas ao mercado mundial.

Finalmente sugerimos a importância de atentar para “diferenças ” localizadas enquanto possíveis mudanças na sociedade e nos modos como esta produz a natureza, tendo em vista as principais questões sociais e ambientais que limitam a reprodução das economias modernas na atualidade.

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SSD 180 - QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO: PERSPECTIVAS PARA A. LORAINE RODRIGUES GARRIDO; DANIELE BERNARDI; UNOESC, SÃO MIGUEL DO OESTE, SC, CANADÁ; Palavras-chave: QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO; UNIDADE PRODUTORA DE LEITE; PRODUTIVIDADE; SATISFAÇÃO; AGRICULTURA FAMILIAR

RESUMO

A pesquisa objetivou conhecer as condições que devem existir para o alcance de melhores índices de produtividade, na interface da qualidade de vida no trabalho, em unidades produtoras de leite. A pesquisa foi realizada junto quinze produtores, fornecedores de leite a indústria Gran Padania do Brasil Ltda., localizada no município de Guaraciaba, no Extremo-Oeste de Santa Catarina. Para atender ao propósito da investigação, buscou-se caracterizar as unidades produtoras de leite; identifi car o perfi l dos produtores; levantar as condições existentes para o desenvolvimento das atividades de produção de leite; identifi car indicadores de qualidade de vida no trabalho; identifi car índices de produtividade na atividade leiteira; e relacionar os indicadores de qualidade de vida no trabalho com os índices de produtividade. Foi realizado um estudo teórico com verifi cação empírica. A pesquisa foi do tipo descritiva, sendo realizada na forma de levantamento, com enfoque qualitativo e quantitativo. Os dados foram coletados junto aos produtores de leite, através da aplicação de questionário na forma de escala Likert, junto ao Supervisor de Campo da agroindústria, através de entrevista. O estudo aborda temas como, organização rural e agronegócios, gestão do empreendimento rural, agricultura familiar, produção leiteira, qualidade de vida no trabalho, satisfação e produtividade do trabalho. A conclusão do estudo aponta as condições que devem existir para a consecução de melhores índices de produtividade do trabalho: melhorar signifi cativamente o local de trabalho e suas condições de bem-estar e organização, buscando melhorar o desempenho; reduzir a possibilidade de estresse a que é submetido o produtor em sua jornada de trabalho; buscar o equilíbrio entre jornada de trabalho e o tempo de lazer da família; melhorar a remuneração para viver dignamente dentro das necessidades pessoais e dos padrões culturais, sociais e econômicos da sociedade em que vive; melhorar as perspectivas de avanço salarial; melhorar o grau de segurança quanto a manutenção no seu trabalho. Acrescenta-se ainda, a necessidade de melhorar o nível de escolaridade dos produtores bem como a capacidade de gestão do empreendimento.

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SSD 181 - A CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL DE FLORESTAS, COMPETITIVIDADE E AMBIENTALISMO RENOVADO: UM ESTUDO DE CASO NA AGROINDÚSTRIA ERVATEIRA PUTINGUENSE – RIO GRANDE DO SUL. DEBORA NAYAR HOFF; RONI BLUME; EUGÊNIO ÁVILA PEDROZO; CEPAN/UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: desenvolvimento sustentável; certifi cação; competitividade; erva mate; mata nativa

Novos padrões de consumo vêm sendo impostos no mercado diante da crescente tendência do consumidor em adotar uma postura preocupada com as questões ecológicas. Assim pressionados pelos concorrentes e pelas demandas ambientais da sociedade tornou-se premente para os gestores repensar determinados processos produtivos em função deste maior envolvimento com a cultura da preservação ambiental. O presente trabalho tem por propósito discutir como a gestão ambiental para os negócios agroindustriais, no manejo sustentado dos recursos fl orestais, tende a oportunizar diferenciais competitivos nos mercados de commodities agrícolas. Alem disso, se a postura adotada visando este maior engajamento com a causa ambiental pode ser considerado como uma prática de ambientalismo renovado. Neste sentido foi realizado um estudo de caso em uma empresa produtora de erva-mate situada no interior do Rio Grande do Sul – Brasil, que obteve a fl orestal do Forest Stewardship Council- FSC. Como conclusão do estudo se observa que práticas visando a causa ambiental podem gerar vantagens competitivas para os negócios agroindustriais, principalmente, pelos efeitos positivos obtidos junto aos consumidores. No que se refere ao caso estudado as práticas empregadas seguindo a certifi cação agregaram valor ao processo produtivo gerando renda diferenciada para a empresa e que o tipo de gestão com foco no uso racional dos recursos ambientais pode ser apreciado como uma forma de ambientalismo renovado.

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SSD 182 - CONSIDERAÇÕES SOBRE A IMPLEMENTAÇÃO DE COMITÊS DE BACIAS HIDROGRÁFICAS DE RIOS FEDERAIS - O CASO DO COMITÊ DE BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARANAÍBA. GRACIELA LUZIA VEDOVOTO; MÁRIO DINIZ DE ARAÚJO NETO; LUÍS FERNANDO MARTINS RIBEIRO; UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, BRASÍLIA, DF, BRASIL; Palavras-chave: Gestão dos Recursos Hídricos; Articulação Institucional ; Comitês de Bacias Hidrográfi cas; Participação Social; Usos múltiplos da água

O objetivo desse artigo foi analisar como a articulação institucional interfere no processo de implementação e funcionamento dos Comitês de Bacias Hidrográfi cas estabelecidos pela Lei n° 9433, que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos. A área utilizada como estudo foi a bacia do rio Paranaíba, cujo curso principal do rio compreende o Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Trata-se de uma bacia onde a crescente pressão sobre os recursos hídricos tem provocado situações confl ituosas devido ao incremento do uso da água para múltiplas atividades. A abordagem com ênfase na dimensão institucional demonstrou ser interessante por permitir a análise da interação entre diversas variáveis: legislação, regulação; estruturas administrativas; arranjos econômicos; estruturas políticas e valores tradicionais. O estudo abrangeu pesquisa na literatura sobre gestão hídrica, análise de dispositivos legais e entrevistas aplicadas aos atores envolvidos na implementação daquele Comitê. As refl exões sobre as informações obtidas levaram à conclusão de que as principais difi culdades para a implementação de um Comitê naquela região são a falta de articulação e fragilidade institucional além da fragmentação de responsabilidades. Procurou-se analisar os recursos hídricos num contexto mais amplo, o ambiental, para posteriormente oferecer subsídios à gestão desse recurso na bacia do rio Paranaíba.

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SSD 183 - O SISTEMA DE LICENCIAMENTO DE PROPRIEDADES RURAIS COMO ESTRATÉGIA DE CONTROLE DO DESMATAMENTO ILEGAL: A EXPERIÊNCIA DO MATO GROSSO. ANDREA AGUIAR AZEVEDO; RICHARD PASQUIS; CIRAD/ CDS- UNB, BRASíLIA, DF, BRASIL; Palavras-chave: desmatamento; licenciamento; propriedades rurais; avaliaçao; politica ambiental

O objetivo do trabalho é avaliar os limites e as possibilidades de um instrumento de política pública com abordagem de Comando e Controle para combater o desmatamento ilegal no Estado do Mato Grosso, situado na Amazônia Legal. Mais especifi camente, trata-se da avaliação do sistema de licenciamento ambiental de propriedades rurais (SLAPR). Ele foi avaliado sob duas óticas: operacional e estrutural, e escrito a partir da releitura crítica da primeira avaliação feita pelo Ministério do Meio Ambiente sobre o SLAPR no Mato Grosso. Além disso, foi complementado com outras abordagens trazidas na literatura sobre licenciamento, descentralização e instrumentos econômicos. Verifi cou-se que o instrumento não tem sido efi caz e apresenta limitações tanto operacionais quanto estruturais. As operacionais se situam em diversos níveis que vão desde a falta de fortalecimento institucional, falta de técnicos capacitados até a completa desarticulação com outros órgãos e políticas, aliadas à falta de transparência nos processos. As limitações estruturais são mais substanciais, pois elas restringem o potencial de ação do instrumento em um nível macro e micro. Essa coleção de fatores é reforçada pela própria natureza dos instrumentos de comando e de controle que não são equânimes, nem estimulantes para os agentes que querem ser mais pró-ativos na questão ambiental. Nesse sentido, os instrumentos econômicos, como a venda de serviços ambientais, poderiam ser uma alternativa, mesmo que temporária para melhorar a conformidade dos agentes ao sistema.

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SSD 184 - GESTÃO DO LIXO: UM ESTUDO SOBRE AS POSSIBILIDADES DE REAPROVEITAMENTO DO LIXO DE PROPRIEDADES HORTÍCOLAS. RODRIGO MARTINI; CAROLINA DALLA COSTA; MARGARETE BOTEON; CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM ECONOMIA APLICADA - CEPEA/ESAL/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: lixo rural; frutas; hortaliças; reaproveitamento; reciclagem

O presente trabalho analisa a gestão do lixo nas propriedades rurais, principalmente para as principais áreas de produção de nove hortícolas: banana, batata, cebola, citros, mamão, manga, melão, tomate e uva. Partindo da análise do panorama geral da situação do lixo rural no País, observou-se a inefi ciência do sistema atual, visto que uma parcela muito pequena da área rural brasileira é atendida pelo sistema público de coleta de lixo, deixando muitos produtores à mercê de técnicas de eliminação e/ou reutilização do lixo inefi cientes e perigosas para a produção, o ambiente e a saúde humana. Posteriormente, analisou-se a situação específi ca das principais regiões nacionais de cultivo dos hortícolas elencados acima, analisando a efi ciência da gestão do lixo nessas áreas, a atuação do sistema de coleta pública de lixo e as demais formas de eliminação ou reaproveitamento utilizadas pelos horticultores, frente ao panorama geral das áreas rurais. Finalmente, foram analisadas formas de reaproveitamento para o lixo produzido nas propriedades hortícolas.

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SSD 185 - VALOR ECONÔMICO E SOCIOCULTURAL DO ECOTURISMO E DAS ATIVIDADES RECREACIONAIS PROVIDAS PELA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL SERRA DE SÃO JOSÉ (MG). ENEIDA MARIA GODDI CAMPOS; PATRÍCIA FERNANDA DA SILVA PEREIRA; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI, SÃO JOÃO DEL-REI, MG, BRASIL; Palavras-chave: ecoturismo; serviços ecossistêmicos; atividades recreacionais; custo de viagem; valoração contingente

Este trabalho estimou o valor econômico e sociocultural de alguns componentes de mercado e fora de mercado dos serviços ecossistêmicos providos pela Serra de São José (MG), pelos métodos da valoração indireta de mercado (Custo de Viagem) e da Valoração Contingente. Abrangendo cidades históricas como Tiradentes (valores morais, estéticos e patrimoniais) e próxima a uma universidade (ensino de ciências biológicas, dentre outras), a Serra oferece relevante quantidade de bens e serviços para o bem-estar humano. Estão incluídos elementos naturais como antigas quedas d’água e um lugar agradável para descanso e atividades recreacionais (camping e ecoturismo). Também é habitat natural de 50% de todas as espécies de libélulas conhecidas no Estado de Minas Gerais, e cerca de 18% do total encontrado no Brasil. As espécies raras de orquídeas e outras plantas oferecem oportunidades de educação ambiental e laboratório para pesquisas científi cas. Porém, vem sendo degradada pela urbanização desordenada, venda ilícita de orquídeas, queimadas, incêndios criminosos e furtos aos visitantes. Através de social survey questionnaire e cálculos originais, o valor anual do ecoturismo e atividades recreacionais (uso, opção e existência) está estimado em pelo menos R$ 1. 025. 595, 35. Uma variável identifi cada foi o trabalho voluntário para conservar este ecossistema, revelada de forma espontânea pelos entrevistados (disposição ao trabalho voluntário). O valor positivo da disposição a pagar e a trabalhar voluntariamente revela as preferências por bem-estar não-material como saúde física e mental, diversidade cultural e contemplação de paisagens bucólicas. Alguns usos importantes deste valor são: auxílio aos tomadores de decisão na atribuição do peso adequado a este ecossistema, composição do PIB “verde” e do ICMS ecológico, avaliação e proposição de políticas públicas e criação de sistemas de pagamentos por serviços ecossistêmicos.

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SSD 186 - APLICAÇÃO DO DASHBOARD OF SUSTAINABILITY NA AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE DO DESENVOLVIMENTO RURAL LOCAL. ALEXANDRE GERVÁSIO DE SOUSA; ALETHÉIA FERREIRA DA CRUZ; FRANCIS LEE RIBEIRO; UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, GOIÂNIA, GO, BRASIL; Palavras-chave: Desenvolvimento Sustentável; Indicadores de Sustentabilidade; Dashboard of Sustainability; Desenvolvimento Rural Local; Sustentabilidade Agrícola

O modelo agrícola implementado na agricultura brasileira a partir da década de 1960, mostrou-se altamente excludente favorecendo a agricultura de grande porte. Os programas de reforma agrária e de apoio à agricultura familiar representam tentativas de se amenizar as discrepâncias promovidas por esse modelo que se mostra incompatível com a manutenção da capacidade produtiva, com a eqüidade social e com o equilíbrio ambiental. Este estudo mostra que o desenvolvimento deve ser sustentável sob três dimensões: econômica, social e ambiental. Os indicadores de sustentabilidade, ferramentas que mensuram e monitoram o desenvolvimento, permitem que os tomadores de decisão reavaliem seus objetivos e políticas em prol da sustentabilidade das comunidades rurais, sendo fundamentais para a correção de falhas nesses sistemas. O dashboard of sustainability é um indicador que pode avaliar a sustentabilidade sob três ou quatro dimensões (quando se inclui a dimensão institucional) e sob a esfera local/comunitária, podendo, teoricamente, prestar-se à análise do desenvolvimento rural local. Entretanto, verifi ca-se que os testes com o indicador ainda não foram estendidos aos sistemas subnacional e comunitário, representando uma área ainda desprovida de estudos empíricos.

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SSD 187 - PERCEPÇÃO AMBIENTAL DE PRODUTORES DE CACHAÇA NA REGIÃO DE OURINHOS – SP. LUIZ AUGUSTO NOGUEIRA PERINO; JOSÉ MATHEUS PEROSA; SEBRAE, OURINHOS, SP, BRASIL; Palavras-chave: percepção ambiental; educação não formal; cachaça; cadeia de produção; impacto ambiental

Em poucos anos os valores ambientais evoluíram de um interesse marginal para um nível considerável de preocupação das sociedades. Um dos refl exos dessa preocupação foi o desenvolvimento de importantes segmentos de mercado de produtos considerados ambientalmente saudáveis. Para que atividades agroindustriais se desenvolvam em equilíbrio com o meio ambiente, torna-se cada vez mais necessário atuar em educação, mostrando os benefícios para as empresas e para a sociedade como um todo. O objetivo deste estudo foi analisar a percepção ambiental de produtores de cachaça, visando subsidiar propostas de atuação em educação ambiental. Foram entrevistados dez produtores de cachaça da região de Ourinhos-SP. O estudo apontou para a inexistência de trabalhos voltados à educação ambiental e diagnosticou relevante percepção ambiental dos produtores.

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SSD 188 - PROTOCOLOS DE RELACIONAMENTOS SOCIAIS PARA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS IMPACTADAS POR ATIVIDADES PETROLÍFERAS. BRENDA MORAES DO AMARAL; HENRIQUE OSWALDO DE BARROS; PATRICÍA RIBEIRO DE SOUZA; UNIVERSIDAE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO, RECIFE, PE, BRASIL; Palavras-chave: Stakeholders; Atividades Petrolíferas ; Recuperação Ambiental; Problemas Ambientais; Protocolos de Relacionamentos Sociais

Este estudo propõe procedimentos orientados para a maximização de benefícios socioeconômicos associados a processos de recuperação de áreas impactadas por atividades petrolíferas. Os benefi ciários dos procedimentos propostos são entendidos como as partes interessadas – stakeholders – nos processos de recuperação, em particular: (i) A empresa responsável pela exploração de petróleo; A comunidade científi ca envolvida com os processos de recuperação; (ii) A comunidade ambientalista; (iii) Órgãos governamentais de gerenciamento ambiental; (iv) Governos; (v) Comunidade localizada próximo às áreas impactadas e dependente dos resultados do processo de recuperação. Os procedimentos propostos são dirigidos a setores da empresa responsável pela recuperação, em pela contratação de serviços, em particular: Gerentes de projeto; Gestores de projeto; Gerentes de campo; Assessoria de comunicação social. Os procedimentos propostos incluem: (i) Recomendações quanto a atitudes corporativas em relação ao impacto da atividade petrolífera em geral e a impactos causados localmente; (ii) Recomendações para a implantação de sistemas de relacionamento de curto e longo prazos com os diversos níveis de partes interessadas identifi cados e (iii) Recomendações e conceitos para a implementação de ações capazes de maximizar benefícios positivos de natureza socioeconômica.

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SSD 189 - ALGUMAS POSSIBILIDADES DE ESTUDO DE CONFLITOS SÓCIO-AMBIENTAIS A PARTIR DA SOCIOLOGIA DOS REGIMES DE AÇÃO. FRANCINEI BENTES TAVARES; EMANOEL MARCIO NUNES MÁRCIO NUNES; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: SOCIOLOGIA PRAGMÁTICA; REGIMES DE AÇÃO; TEORIA DA JUSTIFICAÇÃO; CONFLITOS SÓCIO-AMBIENTAIS; DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Procuramos no presente trabalho abordar, de forma sucinta, algumas das principais contribuições que, em nossa perspectiva, apresenta a teoria social dos regimes de ação, uma postura teórica que busca enfocar diferentes situações vivenciadas pelos seres humanos em sociedade, e em relação com os seres do mundo natural. Primordialmente, procuramos destacar nesse trabalho o regime de ação das disputas por justiça, onde o processo de crítica são utilizados atores sociais em momentos que estes visam argumentar acerca dos seus pontos de vista e, eventualmente, encontrar maneiras de promover um consenso legítimo entre as partes confl ituosas.. A aplicação de tal abordagem no recorte dos contextos sociais onde ocorrem os confl itos sócio-ambientais poderia contribuir para trazer posturas e questões diferenciadas, de forma a contribuir com o debate acerca da problemática envolvendo as questões acerca da regulamentação do uso dos recursos naturais, e das discussões realizadas para garantir sua legitimidade.

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SSD 190 - UMA VISÃO PANORÂMICA SOBRE A CASTANHA-DE-CAJU “IN NATURA” E PROCESSADA NOS PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES. JOSÉ VANGLESIO AGUIAR; FRANCISCO OTÁVIO PIRES; JOSÉ CESAR VIEIRA PINHEIRO; UFC, FORTALEZA, CE, BRASIL; Palavras-chave: Castanha; caju; lcc; rendimento; perdas

O IBGE - por intermédio dos Grupos de Coordenação de Estatísticas Agropecuárias dos Estados do Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte - desde 1992 vem levantando a situação da indústria da castanha-de-caju nos seus respectivos Estados. O trabalho se reporta ao período 1993-2004 e em suas preliminares descreve de forma sumária a situação da produção de castanha-de-caju no Ceará, Piauí e R. G. do Norte e a sua posição no mercado internacional, enfatizando algumas tentativas governamentais de implementação de políticas para a melhoria da produção e da industrialização da castanha-de-caju. O levantamento aborda aspectos técnicos da capacidade de armazenagem e processamento das industrias; os diversos sistemas de extração da amêndoa e do Líquido da Casca da Castanha (LCC); assim como a variação dos estoques anuais nas unidades industriais. São estudados também os coefi cientes de rendimento de extração de amêndoas, perdas, etc. Além disso, mostra a sazonalidade, a procedência e o volume de castanha ingressada nas indústrias, dos três Estados citados. O trabalho também procura mostrar o comportamento evolutivo do parque industrial quantifi cando o percentual de empresas que tiveram suas atividades paralisadas ao longo do período, objeto do estudo.

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SSD 191 - LEGISLAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS E O TRATAMENTO DE DEJETOS NA SUINOCULTURA PAULISTA. DANIELA BACCHI BARTHOLOMEU; MARCELO BACCHI BARTHOLOMEU; THIAGO BERNARDINO DE CARVALHO; SILVIA HELENA GALVÃO DE MIRANDA; ESALQ, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: suinocultura; recursos hídricos; legislação; dejetos; São Paulo

O Estado de São Paulo vem apresentando grande evolução na produção nacional de suínos, passando de uma participação de 3, 5% do total produzido no Brasil em 2004 para mais de 7% em 2005, segundo a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de carne Suína (Abipecs). A grande maioria da produção do estado de São Paulo é destinada ao abastecimento do mercado consumidor interno, signifi cativo na região Sudeste. Além disso, diante da concentração das indústrias exportadoras na região Sul do país, a participação de São Paulo nas exportações brasileiras é relativamente inexpressiva.

Predomina, no estado, o sistema de produção independente, no qual o produtor se responsabiliza por todos os ciclos de produção do suíno, desde a compra dos insumos (medicamentos e rações) até a manutenção do controle sanitário da granja.

A atividade suinícola, entretanto vem sendo considerada pelos órgãos ambientais como potencialmente causadora de degradação ambiental. O desenvolvimento da suinocultura nas últimas décadas trouxe a produção de grandes quantidades de dejetos, que pela falta de tratamento adequado, transformaram-se numa importante fonte poluidora dos mananciais de água.

Neste contexto, o presente estudo faz parte de um trabalho mais amplo, no qual busca-se analisar as práticas dos suinocultores em relação ao tratamento dos dejetos e à questão dos recursos hídricos no estado de São Paulo. De maneira semelhante à pesquisa realizada por Assis (2004), na Bacia do rio Quilombo, em Santa Catarina, foram entrevistados dois produtores independentes, localizados nas maiores regiões produtoras do estado. Os principais resultados, encontrados até então, sugerem que o produtor desconhece as leis sobre a proteção e gerenciamento dos recursos hídricos que afetam suas atividades. Independentemente deste conhecimento, verifi ca-se que o produtor com certo nível de informação e conhecimento sobre os usos alternativos dos dejetos, acaba adotando práticas que diminuem os impactos negativos sobre o meio ambiente e, especifi camente, sobre os recursos hídricos. Assim, os dejetos são reaproveitados como compostos orgânicos, bem como para irrigação nas pastagens da propriedade, não sendo lançados diretamente nos rios/lagos.

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SSD 192 - DESENVOLVIMENTO LOCAL SUSTENTÁVEL NA ZONA DA MATA - PE: ASPECTOS ESTRUTURANTES DO PROMATA NO MUNICÍPIO DE PAUDALHO. EURICO ARAÚJO NOBLAT NETO; JOSÉ DE LIMA ALBUQUERQUE; ANA MAIRA NAVAES DA SILVA; UFRPE, RECIFE, PE, BRASIL; Palavras-chave: Desenvolvimento local; sustentabilidade; políticas públicas; zona da mata; meio ambiente

Este trabalho procura analisar em que medida os instrumentos de políticas públicas, neste caso específi co, o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável da Zona da Mata de Pernambuco (PROMATA), criado a partir de 2001, com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), contribuem como instrumento de desenvolvimento local em economias periféricas, neste caso no município de Paudalho. Observou-se que, apesar das amplas estratégias englobadas pelo PROMATA, pouco se obteve em termos de resultados concretos para o desenvolvimento do município. Os aspectos relativos ao diagnóstico das potencialidades e prioridades para o desenvolvimento local não foram alcançados e muito menos combatidos pelo programa, além do que, restando muito pouco tempo para a conclusão do programa, este não resultou em projetos que efetivamente resultassem em melhoria de qualidade de vida para os habitantes do município.

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SSD 193 - IMPACTOS DOS INVESTIMENTOS EM PESQUISA AGRÍCOLA NO ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL, 1960-2000. JOSÉ ROBERTO VICENTE; RENATA MARTINS; INSTITUTO DE ECONOMIA AGRíCOLA, SãO PAULO, SP, BRASIL; Palavras-chave: produtividade agrícola; pesquisa agropecuária; impactos da pesquisa; investimentos púbicos em pesquisa; retornos de investimentos em pesquisa

O objetivo principal deste estudo foi o de mensurar os efeitos dos investimentos em pesquisa na produtividade agrícola do Estado de São Paulo, no período 1960-2000. A produtividade agrícola foi representada por índices de produtividade total de fatores calculados por fórmulas superlativas. Um modelo de defasagem polinomial quadrática foi utilizado na estimação dos parâmetros. Os resultados indicaram infl uência signifi cativa dos investimentos em pesquisa sobre a produtividade da agricultura paulista, do terceiro ao vigésimo sexto ano subseqüentes às aplicações. O produto marginal do estoque de pesquisa foi bastante elevado: estimou-se um valor de 15, 3 como média do período 1995-2000. Foi constatada alta sensibilidade dos índices de produtividade às condições do tempo, representadas por defi ciências hídricas e geadas.

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SSD 194 - TOMADA DE DECISÃO: O SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS COMO FERRAMENTA DE APOIO À GESTÃO DE PROPRIEDADES RURAIS. RONI BLUME; JOÃO A. DESSIMON MACHADO; PPG-AGRONEGÓCIOS-CEPAN/UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: Tomada de decisão; Sistema de Informação Geográfi co; Gestão Rural; Informações; Inovação Tecnológica

A busca de instrumentos capazes de gerar informação com qualidade para auxiliar nos processo de tomada de decisão é um atraente desafi o tanto para as organizações, quanto para os pesquisadores na área dos negócios. Na gestão das propriedades rurais as decisões quanto ao uso dos recursos produtivos agregam desde fatores ligados à lógica da otimização da produtividade até a preocupação dos gerentes com crescente importância da preservação dos recursos ambientais. Neste contexto, este trabalho tem por objetivo promover uma refl exão sobre o uso do instrumental analítico do Sistema de Informação Geográfi co - SIG, como uma ferramenta gerenciadora do espaço nas propriedades rurais, com o propósito de monitorar processos, projetar e simular ambientes. Embora a proposta seja delimitada pelo caráter embrionário os indicativos descritos tendem a incitar o debate sobre a importância deste tipo de tecnologia de informação como alternativa à difícil tarefa da tomada decisão nas propriedades rurais.

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SSD 195 - EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NO BRASIL: O CASO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. ROBERTA HELENA FIOROTTO RODRIGUES BACHA; ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: extensão universitária; relação pesquisa-ensino-extensão; USP; dimensão; diversidade

Resumo: O objetivo deste trabalho é analisar a dimensão e a diversidade da atividade de extensão universitária na Universidade de São Paulo (USP), ressaltando a extensão em ciências agrárias. A extensão universitária é defi nida como um processo educativo, cultural e científi co que articula o ensino e a pesquisa de forma indissociável e viabiliza a relação transformadora entre a universidade e a sociedade. Na USP, assim como em outras grandes universidades brasileiras, a extensão universitária é realizada através da prestação de serviços e da transmissão de conhecimento científi co à comunidade externa à universidade. Utilizando dados do Anuário Estatístico da USP de 1997 a 2002 e fazendo a análise tabular e gráfi ca dos mesmos, o artigo ressalta a grandiosidade dos serviços de extensão nas áreas de saúde, jurídico e de educação prestados por algumas faculdades da USP. Esses serviços se viabilizam, em parte, pelas atividades de pós-graduação e pesquisa que a USP executa. Também se destacam as atividades de transferência de conhecimento via participação em bancas e cursos de extensão universitária feitas por professores da USP. Como uma das principais conclusões do trabalho está o fato de que a própria USP não tem o registro total de suas atividades de extensão, bem como seus dirigentes precisam dar a essas atividades uma maior divulgação, como é o caso da extensão feita pela tradicional Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”. Aliás, são essas atividades de extensão que permitem a USP retribuir, em parte, à sociedade os recursos públicos investidos nessa universidade pública.

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SSD 196 - O GRAU DE CONHECIMENTO DO TRABALHADOR RURAL SOBRE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS NA REGIÃO DO ALTO TIETÊ - SP ANTES E APÓS TREINAMENTOS DIRECIONADOS. EMERSON MORAIS VIEIRA; THOMAS NITZSCHE; ADRIANA MASCARETTE LABINAS; ROBERTO ARAÚJO; ANGELO YOSHIMURA; SEBRAE SP, MOGI DAS CRUZES, SP, BRASIL; Palavras-chave: agrotóxico; controle químico; inseticida; treinamentos; uso seguro

A agricultura, desde o início de sua prática até agora, tem passado por profundas modificações, no entanto, elas não vieram acompanhadas pela implementação de programas de qualifi cação da força de trabalho, sobretudo nos países em desenvolvimento. O objetivo deste trabalho foi levantar dados referentes ao grau de conhecimento do trabalhador rural sobre defensivos agrícolas na região do Alto Tietê paulista antes e após treinamentos direcionados para “Uso correto e Seguro de Produtos Fitossanitários” e “Saúde e Segurança do Trabalhador”. Este trabalho foi realizado de março de 2005 a março de 2006, junto aos trabalhadores rurais (proprietários e aplicadores de defensivos agrícolas) da região do Alto Tietê paulista, através da participação de diversas instituições, governamentais e privadas, ligadas ao setor. Foram visitadas 205 propriedades rurais com objetivo único de obter dos proprietários e/ou aplicadores informações à respeito do uso de defensivos agrícolas, através da aplicação de questionários fechados (pré e pós-testes), cujos dados foram organizados, tabulados, posteriormente, transformados em freqüências relativas (%) e dispostos em gráfi cos comparativos. O grau de conhecimento dos aplicadores rurais com relação ao uso de defensivos agrícolas na região do Alto Tietê não era tão pequeno quanto poderia se achar, no entanto, este nível aumentou depois da realização dos treinamentos quanto a uso correto e seguro dos defensivos agrícolas e saúde e segurança do trabalhador.

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SSD 197 - DETERMINANTES SOCIOECONÔMICOS DA SITUAÇÃO NUTRICIONAL DAS FAMÍLIAS DA CIDADE DE CRATO - CE. WELLTON CARDOSO PEREIRA; ELIANE PINHEIRO SOUSA; URCA, CRATO, CE, BRASIL; Palavras-chave: Variáveis socioeconômicas; consumo de nutrientes; FAO/OMS; famílias; Crato

A realidade nutricional da cidade de Crato / CE é um problema de largo alcance social por afetar grande parte da população, que vive em condições críticas de fome e desnutrição. Desta forma, torna-se relevante a realização de um estudo que ofereça o diagnóstico da situação nutricional da população de Crato / CE e identifi que as variáveis socioeconômicas que podem afetar o consumo dos nutrientes pelas famílias residentes nessa cidade. Os dados utilizados nesta pesquisa foram dados primários, colhidos através da aplicação de 107 questionários junto aos chefes das famílias residentes no perímetro urbano do município de Crato, por meio de uma amostragem estratifi cada por renda. Os métodos de análise adotados neste estudo foram: análise tabular e gráfi ca, as quais permitiram melhor visualização das características socioeconômicas das famílias, bem como uma comparação do comportamento nutricional dessas famílias em relação ao recomendado pela FAO/OMS, análise de regressão e determinação das elasticidades-renda da demanda por nutrientes. Os resultados mostraram que há uma relação positiva entre o consumo dos nutrientes analisados (energia, proteínas, retinol, ácido ascórbico, cálcio e ferro) e as variáveis renda total familiar, escolaridade da mãe, idade da mãe e tamanho da família e uma relação negativa com a variável situação da mãe quanto ao trabalho. Os resultados também evidenciaram que as familias entrevistadas tiveram maior defi ciência de retinol e cálcio e que a situação é ainda mais grave para as familias que pertencem aos estratos de renda I e II. Ademais, a pesquisa identifi cou que a demanda para todos os nutrientes analisados é inelástica à renda.

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SSD 198 - DEBATES ATUAIS SOBRE A SEGURANÇA DOS ALIMENTOS TRANSGÊNICOS E OS DIREITOS DOS CONSUMIDORES. ADRIANA C. P. VIEIRA; ANTONIO MARCIO BUAINAIN; FERNANDO DE LIMA; PEDRO ABEL VIEIRA JUNIOR; VIVIAN HELENA CAPACLE; INSTITUTO ECONOMIA / UNICAMP, CAMPINAS, SP, BRASIL; Palavras-chave: organismos geneticamente modifi cados; biossegurança; consumidor; direito de informação; principio da precaução

A polêmica sobre os transgênicos é um terreno fértil para o surgimento de mitos, mesmo nos países desenvolvidos, porque o processo e os impactos não são de domínio público, além do interesse econômico de empresas que produzem sementes transgênicas e das que atuam na área de defensivos agrícolas. A alegação de que os transgênicos contribuirão para reduzir o problema da fome mundial, deve ser interpretada com bastante sensatez. A fome não é um problema de insufi ciência na quantidade de alimentos produzidos, mas sim da má distribuição de renda entre a população. A técnica da transgenia deve ser interpretada como uma alternativa adicional aos processos de melhoramento clássico, que tem sido o principal responsável pelo aumento da produtividade das espécies cultivadas e, conseqüentemente da oferta mundial de alimentos, entre outras funcionalidades. Com o surgimento da chamada sociedade de massa, o direito começa a se preocupar com as relações entre o consumidor e o fornecedor. Assim, na área jurídica, os operadores do direito devem estar preparados para esta situação que se encontra a sociedade, a falta de informação. Deve ser realizado um trabalho árduo de esclarecimento, despertando a consciência das pessoas para a nova tecnologia dos alimentos transgênicos, as suas implicações jurídicas: os direitos dos consumidores, os riscos e benefícios, os debates e a cautela necessária (princípio da precaução), em todas as áreas tecnológicas (saúde, meio ambiente e jurídica).

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SSD 199 - ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DOS PREÇOS HISTÓRICOS DO ARROZ NO RIO GRANDE DO SUL DE 1973 A 2005. JOÃO GARIBALDI ALMEIDA VIANA; RENATO SANTOS DE SOUZA; UFSM, SANTA MARIA, RS, BRASIL; Palavras-chave: preços agrícolas; lavoura de arroz; séries temporais de preços

A lavoura de arroz gaúcha se destaca no âmbito nacional e há muitos anos tem incrementado sua produtividade, promovendo desenvolvimento econômico e social. Várias mudanças produtivas, comerciais e governamentais que ocorreram ao longo das últimas décadas modifi caram os preços agrícolas do produto, alterando a rentabilidade da atividade. Assim, o objetivo do presente trabalho é analisar o comportamento dos preços reais pagos ao produtor de arroz do Rio Grande do Sul de 1973 a 2005, observando as características de tendência, sazonalidade e ciclos, além de analisar a evolução da margem de comercialização do produto. O estudo foi realizado com base em duas séries históricas de preços nominais mensais de arroz no Rio Grande do Sul, a de preços pagos ao produtor e a de preços pagos pelo consumidor fi nal, obtidas junto à EMATER/RS e ao IEPE/UFRGS respectivamente. Os preços nominais foram defl acionados para dezembro de 2005 pelo IGP-DI da Fundação Getulio Vargas. Calculou-se também os Índices de Preço ao consumidor e ao produtor. Para a análise dos componentes ciclo e sazonalidade, calculou-se os Índices de Estacionalidade para cada década e os relativos de ciclo de cada período. Por fi m, calculou-se a Margem de Comercialização do produto. Concluiu-se, no estudo, que os preços pagos ao produtor têm apresentado uma persistente tendência de queda desde a década de 70, confi gurando uma taxa média de crescimento de –3, 53% ao ano. Observou-se, também, que o mercado de arroz apresenta ciclos de preço mais ou menos regulares, nunca ultrapassando três anos de duração, e que a variação estacional dos preços pagos ao produtor aumentou a partir da década de 90. Os índices de preços ao produtor e ao consumidor mostraram que no longo prazo estes preços tiveram o mesmo comportamento, com pequenos intervalos de descolamento, o que fez com que as margens de comercialização situassem-se entre 60% e 72%, sem apresentar tendência visível no longo prazo.

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SSD 200 - INTEGRAÇÃO ESPACIAL DO MERCADO DE BOI GORDO ENTRE OS ESTADOS DE MINAS GERAIS E SÃO PAULO NA PRESENÇA DO EFEITO THRESHOLD. LEONARDO BORNACKI DE MATTOS; JOÃO EUSTÁQUIO DE LIMA; UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL; Palavras-chave: integração de mercado; custos de transação; boi gordo; modelo TVEC; Minas Gerais e São Paulo

As análises de integração dos mercados de commodities agrícolas, que são baseadas apenas em informações sobre preços, são limitadas, por desconsiderarem os efeitos dos custos de transação no processo de ajustamento dos preços. O objetivo principal deste estudo foi estimar os prováveis efeitos dos custos de transação sobre a integração do mercado de boi gordo entre os estados de Minas Gerais e São Paulo. Foi estimado um Modelo de Correção de Erro Vetorial com Threshold (Modelo TVEC), sendo utilizados dados mensais dos preços dessa commodity referentes ao período de janeiro de 1972 a agosto de 2005. Os resultados obtidos indicam que os custos de transação entre os mercados estudados são signifi cativos. Choques de preços, inferiores a cerca de 10% do preço médio, não são transmitidos entre os mercados.

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SSD 201 - FLUXOS DE EXPORTAÇÃO DE SOJA DO ESTADO DO MATO GROSSO: UMA APLICAÇÃO DE PROGRAMAÇÃO LINEAR. ANDRÉA LEDA RAMOS DE OLIVEIRA OJIMA; INSTITUTO DE ECONOMIA AGRÍCOLA, SÃO PAULO, SP, BRASIL; Palavras-chave: soja; logística; transporte; mato grosso; progamação linear

A proposta deste artigo é estimar os fl uxos das principais alternativas para a exportação da soja mato-grossense. As estimativas foram feitas através da aplicação de um modelo matemático baseado no instrumental associado às matrizes origem-destino e avaliou-se três cenários. Como principais resultados, o modelo indicou que as opções intermodais deveriam ser utilizadas para o escoamento da soja, em especial a rota rodo-hidroviária via Porto de Santarém que deteve 60% das exportações e seguida pela opção rodo-ferroviária via Porto de Santos com 21%. O artigo também aponta que a iniciativa de novos estudos neste sentido, podem trazer benefícios sobre a racionalização da infra-estrutura de transporte, assim como, sobre as potencialidades do setor.

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SSD 202 - A IMPORTÂNCIA DO PÓLO FRUTÍCOLA BANDEIRANTE NO AGRONEGÓCIO PAULISTA. PRISCILLA ROCHA SILVA; ANDRÉA LEDA RAMOS DE OLIVEIRA OJIMA; ADRIANA RENATA VERDI; VERA LÚCIA DOS SANTOS FRANCISCO; INSTITUTO DE ECONOMIA AGRÍCOLA, SÃO PAULO, SP, BRASIL; Palavras-chave: fruticultura; valor da produção; preço da terra; sustentabilidade; comercialização

A proposta deste artigo é caracterizar a fruticultura no principal pólo produtor do Estado de São Paulo, denominado Pólo Bandeirante. A fruticultura tem grande importância para o desenvolvimento da região, no entanto, tem sofrido diversas pressões que podem colocar em risco sua sustentabilidade. As análises concentraram-se na relevância econômica e social da atividade na região, na tentativa de proporcionar subsídios que possam nortear próximos estudos a fi m de garantir a sustentabilidade da fruticultura local, a fi xação do fruticultor no campo e promover novas perspectivas aos produtores da região.

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SSD 203 - MOVIMENTAÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCAR NUMA AGROINDÚSTRIA CANAVIEIRA EM CONDIÇÕES ADVERSAS DE OPERAÇÃO. REGINALDO JOSÉ CARLINI JUNIOR; TALES WANDERLEY VITAL; WALDECK LISBOA FILHO; ALEXANDRE BARROS FONSÊCA; ANDRE QUEIROZ DOURADO; UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO - UFRPE, RECIFE, PE, BRASIL; Palavras-chave: transporte rodoviário; condições adversas; cana-de-açúcar;. ;.

Esse artigo tem como objetivo demonstrar a utilização do transporte rodoviário para movimentação de cana-de-açúcar na usina Trapiche. Essa encontra-se em condições adversas de operação por dois motivos. O primeiro pelo fato de 70% da cana plantada encontrar-se em encostas e o segundo pelos altos índices de pluviosidade durante a safra. Ambos os motivos impossibilitam a captação e transferência da matéria-prima para a indústria. A usina Trapiche, objeto de estudo deste trabalho, encontra-se localizada no município de Sirinhaém, na Zona da Mata Sul do Estado de Pernambuco numa área de 25. 000 hectares. Essa é uma das principais agroindústrias canavieiras do estado, tendo produzido na safra de 2004/2005 um total de 2. 296. 805 sacos de açúcar. É importante destacar que a escolha pelo setor a ser pesquisado deu-se pelo fato de ser a cana-de-açúcar e derivados um dos principais produtos do agronegócio nacional, e por ser o principal produto da pauta de exportações de Pernambuco e, também, em especial, a principal fonte econômica da Zona da Mata deste estado.

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SSD 204 - SAZONALIDADE, MARGEM DE COMERCIALIZAÇÃO E TRANSMISSÃO DE PREÇOS DO TOMATE DE MESA NO ESTADO DE SÃO PAULO. WALDEMIRO ALCÂNTARA DA SILVA NETO; MARIA ANDRADE PINHEIRO; JOSÉ LUIZ PARRÉ; ALEXANDRE FLORINDO ALVES; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGá, MARINGá, PR, BRASIL; Palavras-chave: tomate de mesa; produtor; atacado; varejo; comercialização agrícola

O tomate é um produto muito consumido no Brasil e o estudo de sua cadeia agroindustrial vem ganhando espaço. O presente estudo faz uma análise da sazonalidade, margem de comercialização e da transmissão de preços do tomate de mesa de janeiro de 1995 a junho de 2005 no Estado de São Paulo nos três níveis: produtor, atacado e varejo. A hipótese estudada e confi rmada pelos resultados é que o produtor é o mais afetado pelos efeitos da sazonalidade nos preços devido à grande distância até o consumidor e por também haver poucos atacadistas, grande força da rede varejista e os riscos pertinentes à agricultura.

<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>SSD 205 - FEIRAS LIVRES DO BREJO PARAIBANO: CRISE E PERSPECTIVAS. EDILMA PINTO COUTINHO; HALANNA CAVALCANTE DA NÓBREGA NEVES; HAMANDA CAVALCANTE DA NOBRÉGA NEVES; EURIDES MARCÍLIO GINU DA SILVA; UFPB, BANANEIRAS, PB, BRASIL; Palavras-chave: feira livre; comercialização de alimentos; tradição; artesanato; Brejo Paraibano

Grupo de Pesquisa: Comercialização, Mercados e Preços Agrícolas

RESUMO: Historicamente, as feiras livres se consolidaram como importante estrutura de suprimento de alimentos das cidades, especialmente as interioranas. No Nordeste, a feira é uma relevante atividade que promove o desenvolvimento econômico, social e cultural, facilitando o escoamento da produção familiar, comercializando alimentos com preços reduzidos, valorizando a produção artesanal, promovendo a integração social e preservando hábitos culturais. O crescimento das redes de supermercado e as novas exigências do consumo moderno ameaçam a sobrevivência das feiras livres, que apresentam graves problemas ligados à higiene, apresentação e qualidade dos alimentos, colocando em risco a saúde do consumidor. Tal fato repercute no tamanho das feiras e nas oportunidades de negócio: muitos comerciantes reduzem seus lucros ou até abandonam a atividade. Diante do cenário, o presente trabalho objetivou traçar um perfi l dos feirantes que comercializam gêneros alimentícios nas principais feiras livres do Brejo Paraibano, enfocando suas condições de trabalho. Foram realizadas visitas às feiras dos municípios de Bananeiras, Solânea, Remígio, Esperança, Guarabira e João Pessoa, locais onde foram realizadas entrevistas e aplicados questionários. A comercialização em feiras livres apresenta baixa lucratividade, mesmo assim, observou-se intensa contratação de empregados. O trabalho é caracterizado pela informalidade, baixa remuneração, carga horária elevada e muito desconforto.

Palavras-chaves: feira livre, comercialização de alimentos, tradição, artesanato, Brejo Paraibano.

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SSD 206 - RELAÇÕES DE PREÇOS NOS MERCADOS INTERNO E INTERNACIONAL DE SOJA E DERIVADOS. DAIANE DIEHL; MIRIAN RUMENOS PIEDADE BACCHI; ESALQ, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: soja; farelo de soja; óleo de soja; comercialização; transmissão de preços

O objetivo deste trabalho foi identifi car relações causais e estimar elasticidades de transmissão entre preços de soja, farelo e óleo nos mercados interno e externo e entre os preços desses produtos no mercado interno. Para tanto, foram utilizadas seis séries de dados semanais, obtidas a partir de séries diárias de preços, para o período de 2000 a 2004. Para as cotações internas do preço da soja em grão, farelo e óleo, utilizou-se os indicadores de preços levantados pelo CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada/ESALQ/USP) e, para as cotações externas, os valores do primeiro vencimento do contrato futuro negociado na Bolsa de Chicago (CBOT). Os procedimentos econométricos realizados incluíram critérios de Akaike (AIC) e Schwarz (SC), testes de raiz unitária, testes de co-integração, correlação cruzada e análise de regressão. Foram observadas relações causais no caso do farelo e do óleo, sendo que os preços internos são antecipados pelos preços externos, com variações transmitidas com até uma semana de defasagem. No caso da soja em grão, não se observou relação causal entre os preços interno e externo. No mercado interno, foram observadas relações bicausais entre os preços do grão e do farelo.

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SSD 207 - ANÁLISE DA FORMAÇÃO DOS PREÇOS RECEBIDOS PELOS SOJICULOTORES DOS ESTADOS DO RIO GRANDE DO SUL, PARANÁ E MATO GROSSO. JOELSIO JOSÉ LAZZAROTTO; ADELSON MARTINS FIGUEIREDO; UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL; Palavras-chave: comércio internacional; econometria; complexo soja; séries temporais; MCE

Os preços do setor soja, bem como dos demais setores agropecuários, são sensíveis aos fatores que promovem choques de oferta e de demanda, sobretudo os de ordem tecnológica, climática, de políticas macroeconômicas e comerciais. Assim, os preços recebidos pelos produtores brasileiros de soja dependem de vários fatores internos e externos. Dessa maneira, o objetivo geral desta pesquisa foi analisar as principais variáveis que afetam os preços pagos pela soja produzida nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso. Em termos teóricos, adotou-se um modelo onde o preço interno da soja é função das variáveis preço externo, taxa de câmbio e despesas líquidas com exportação, bem como do efeito sazonal. Após aplicação de testes de estacionaridade e de co-integração, optou-se pela utilização do Mecanismo de Correção de Erros (MCE) na estimação dos modelos. Dentre os principais resultados observou-se que os preços internos recebidos pelos produtores de soja em grão sofrem infl uências signifi cativas de todas as variáveis explicativas contidas nos modelos, destacando-se como principais as variáveis taxa de câmbio e preço externo. Portanto, fl utuações inesperadas nos preços internacionais de soja, bem como, fl utuações da taxa de câmbio podem afetar signifi cativamente a rentabilidade dos agricultores brasileiros.

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SSD 208 - USO DA ANÁLISE DE COMPONENTES PRINCIPAIS PARA A CRIAÇÃO DE CLUSTERS COMO MECANISMO DE DIVERSIFICAÇÃO DE CARTEIRA DE ATIVOS DO SETOR AGROINDUSTRIAL. LUIZ FERNANDO OHARA KAMOGAWA; RICARDO MENDONÇA FONSECA; JOSÉ CÉSAR CRUZ JÚNIOR; VITOR AUGUSTO OZAKI; ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: Análise de componentes principais; análise de cluster ; diversifi cação de carteira; agriculture derivatives ; BOVESPA

O presente trabalho teve como objetivo a criação de clusters de comportamento de ativos relacionados à agroindústria (derivativos agropecuários e ações BOVESPA) baseados na análise de componentes principais; utilizando este resultado como ferramental de tomada de decisão na construção de carteiras de investimento. Isso, baseado no princípio que a redução da volatilidade da carteira via diversifi cação depende da baixa covariância entre eles, ou seja, que os ativos pertençam a diferentes clusters.

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SSD 209 - ESTRATÉGIAS COM CONTRATOS FUTUROS E PREVISÃO DOS PREÇOS DE CAFÉ ARÁBICA: UMA ABORDAGEM DE CO-INTEGRAÇÃO. CARLOS ANDRÉ DA SILVA MÜLLER; FRANCISCO CARLOS CUNHA CASSUCE; ALTAIR DIAS DE MOURA; UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL; Palavras-chave: mercados futuros; café arábica; commodities; previsão; co-integração

Preços de commodities agrícolas via de regra estão sujeitas a forte variabilidade nos seus preços, motivo pelo qual os seus agentes têm em mercados futuros a possibilidade de redução de risco desta variação de preços. Por outro lado, sabe-se que em economias abertas, os preços internos de ativos estão atrelados a mercados internacionais, bem como em contratos futuros internos e externos. Assim, procurou-se testar se a incorporação de integração entre mercados é relevante na previsão de preços à vista do mercado físico e de contratos futuros do café arábica. Para tal, foi estimado um modelo VEC, considerando a co-integração entre o mercado futuro e a vista, enquanto que a série de contratos futuros externos foi tratada como exógena. Os resultados mostraram uma boa previsibilidade do modelo em todo o período, embora estratégias em mercados futuros tenham demonstrado algumas restrições. Conclui-se, portanto, que o reconhecimento de co-integração de mercados é relevante para previsão dos preços a vista e de contratos futuros de café arábica.

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SSD 210 - FONTES DE CRESCIMENTO DO VALOR DA PRODUÇÃO DE COMMODITIES DO AGRONEGÓCIO EM MINAS GERAIS NO PERÍDO 1994 A 2004: CAFÉ, CANA-DE-AÇÚCAR E SOJA. LUCIENE RODRIGUES; MARIA ELIZETE GONÇALVES; JOAO CLEPS JUNIOR; SIDINEIA MARIA DE SOUZA ABRANCHES; UNIMONTES, MONTES CLAROS, MG, BRASIL; Palavras-chave: café; soja; caca-de-açúcar; valor da produção; modelo shift share

O objetivo deste trabalho é analisar o comportamento do valor da produção do café, cana-de-açúcar e soja em Minas Gerais, no período de 1994 a 2004 e decompor as fontes de crescimento/decrescimento segundo os efeitos área, rendimento e preço. Os produtos agrícolas sob análise foram selecionados pela sua importância econômica e social no Estado. A fonte dos dados foi a Produção Agrícola Municipal (PAM), do Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE). De acordo com a PAM de 2004, Minas Gerais é o primeiro produtor nacional de café, o quarto na produção de cana-de-açúcar e o sexto na produção de soja. O método utilizado é o shift-share adaptado. Ele foi utilizado por MAGRINI & CANEVER, (2003); FILGUEIRAS et al. (2004); YOKOYAMA & IGREJA (1992); ARAUJO & CAMPOS (1998); PATRICK (1975) entre outros. O valor dos bens produzidos de determinada unidade geográfi ca constitui um dos indicadores de desenvolvimento. No Brasil, no ano de 2004, o valor da produção da soja, cana-de-açúcar e café correspondeu a cerca de 47% do valor da produção agrícola. Em Minas Gerais essas três culturas representaram aproximadamente 58% do valor da produção agrícola, sendo a maior participação do café (38%), seguido da soja (14%) e cana-de-açúcar (6%). O estudo mostra que, no período analisado, o café foi a cultura que mais apresentou taxas de crescimento do valor da produção negativas, em função, sobretudo, dos efeitos rendimento e preço. A cana-de-açúcar teve taxas de crescimento da produção negativas para os anos de 1996, 1999 e 2002. Para os demais anos, os efeitos preço e área foram os principais responsáveis pelas taxas de crescimento positivas. À exceção do biênio 1995-96, constatou-se que a soja apresentou taxas de crescimento da produção positivas, devido, principalmente, aos efeitos rendimento e área.

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SSD 211 - EXPORTAÇÕES DE MANGA DO PÓLO PETROLINA/JUAZEIRO: UMA ANÁLISE DO DESEMPENHO NO PERÍODO DE 1990-2002. MARTA AURÉLIA DANTAS DE LACERDA; UERN, ASSÚ, RN, BRASIL; Palavras-chave: pólo Petrolina /Juazeiro; manga ; produção; exportação; tecnologia

No pólo de Petrolina/Juazeiro encontra-se o maior exemplo de desenvolvimento agrícola em bases irrigadas da região Nordeste. Com a crescente adoção de tecnologias a região transformou-se no principal pólo frutícola exportador do Nordeste. O objetivo do trabalho foi analisar o desenvolvimento das exportações da manga no pólo, no período de 1990 a 2002. Fez-se também uma aplicação econométrica com a fi nalidade de explicar o comportamento das exportações brasileiras de manga, tendo como variáveis explicativas a taxa real de câmbio efetiva, a renda externa, preço internacional da manga e uma variável binária a fi m de captar o impacto da adoção de tecnologia. Os dados foram coletados junto à Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO) e ao Instituto Brasileiro de Geografi a e estatística (IBGE). No período de 1997 a 2002, o total de 183. 320t de mangas exportadas pelo Brasil, 90% foram colhidas em pomares do pólo Juazeiro/Petrolina – o que demonstra a importância do mesmo. De acordo com os resultados da modelagem econométrica contatou-se que o valor das exportações brasileiras é afetado pelas variações conjuntas das variáveis usadas no modelo. Quanto ao desempenho da mangicultura brasileira, embora o Brasil tenha ainda um papel pequeno nas exportações mundiais, obteve um crescimento signifi cativo (2. 136%) no período de analise.

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SSD 212 - COMPETITIVIDADE DA PRODUÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCAR NO BRASIL. JOSÉ FERREIRA NETO; MARÍLIA FERNANDES MACIEL GOMES; PATRÍCIA LOPES ROSADO; UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL; Palavras-chave: CANA-DE-AÇÚCAR; PRODUTIVIDADE; MATRIZ DE ANÁLISE POLÍTICA

Este estudo objetivou analisar a efi ciência e a competitividade da produção de cana-de-açúcar nos estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Pernambuco. Tal análise foi realizada com base nos diferentes sistemas de produção desenvolvidos, ou seja, de acordo com o nível tecnológico empregado na produção da cana-de-açúcar entre as distintas regiões produtoras; a região Centro-Sul, com alto nível tecnológico, e a região Norte-Nordeste, com baixo nível tecnológico empregado na produção. Dentre os fatores que motivaram esta avaliação, destacam-se a identifi cação da importância relativa da cana-de-açúcar para a economia brasileira e o potencial aumento na sua demanda mundial, devido as suas características peculiares na geração de energia (com baixos índices de poluição) e as condições propícias do país na expansão da produção deste produto. A teoria utilizada neste trabalho está fundamentada nos conceitos econômicos relacionados com lucratividade, custos sociais e privados de fatores, competitividade de sistemas de produção (diferenciados por níveis tecnológicos) e política comercial. Os princípios analíticos desses conceitos foram baseados na Teoria da Firma e na Teoria do Comércio Internacional. O instrumental utilizado nesta análise foi a Matriz de Análise Política (MAP), e os dados secundários foram obtidos de diversas instituições, como EMATER-MG, CONAB, CNA, SEAB, FAO, dentre outras. Os resultados obtidos, de forma geral, confi rmam a ligação positiva existente entre a inovação tecnológica e as teorias econômicas de comércio e desenvolvimento. Constatou-se que os estados que adotavam maior nível tecnológico na produção de cana-de-açúcar foram mais competitivos e menos expostos aos efeitos negativos das políticas públicas sobre esse setor.

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SSD 213 - ACORDOS COMERCIAIS E O SETOR PRODUTIVO DE CARNE BOVINA: ESTIMATIVAS DE GANHOS PARA O MERCOSUL. PAULO DABDAB WAQUIL; AUGUSTO MUSSI ALVIM; UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: livre comércio; integração regional; problema de complementaridade mista; carne bovina; mercosul

Este estudo identifi ca os efeitos de acordos de livre comércio de caráter multilateral (no âmbito da OMC) e regional (ALCA e MERCOSUL-UE) sobre os mercados de carne bovina nas diversas regiões analisadas. Para avaliar os efeitos destas negociações, utilizamos um modelo de alocação espacial, apresentado como um Problema de Complementaridade Mista (PCM). Como resultados, o presente estudo identifi ca as variações nos níveis de produção e consumo, assim como as variações nos excedentes do produtor e do consumidor, em quatro possíveis cenários. Em termos gerais, os ganhos para os produtores de carne bovina nos países do MERCOSUL são esperados em todos os cenários. No entanto, estes ganhos são maiores quando simulada a liberalização de mercados no âmbito multilateral, com a eliminação ou não dos subsídios.

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SSD 214 - EVOLUÇÃO E CONTRIBUIÇÃO DO COMÉRCIO INTRA-INDÚSTRIA PARA O CRESCIMENTO DO COMÉRCIO TOTAL ENTRE BRASIL E ARGENTINA. ADRIANA FERREIRA SILVA; ORLANDO MONTEIRO DA SILVA; VIVIANI SILVA LIRIO; UNIVERDIADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL; Palavras-chave: Mercosul; comércio intra-indústria; fl uxo comercial; Brasil; Argentina

O presente trabalho analisa a evolução do Comércio Intra-Indústria (CII), bem como, sua contribuição para o crescimento do fl uxo comercial entre o Brasil e Argentina, no período de 1990 a 2004. Os procedimentos propostos por Menon e Dixon (1995 e 1997), foram adotados para avaliar o fl uxo do comércio intra-indústria e a sua contribuição para o crescimento do comércio total entre os países. Os resultados indicaram que, para muitos setores, com a formação do Mercosul, o comércio entre Brasil e Argentina, antes caracterizado por relações comerciais do tipo interindústria passaram a ser caracterizados por fl uxos comerciais intra-indústrias. Ainda há muita especialização produtiva entre essas economias, de tal forma que a contribuição do comércio intra-indústria para o comércio total, na maioria dos períodos, mostrou-se inferior a contribuição do comércio interindústria.

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SSD 215 - ESTIMAÇÃO DA EQUAÇÃO DE OFERTA DE EXPORTAÇÃO PARA O AGRONEGÓCIO BRASILEIRO (1995-2004). LUIZ FERNANDO SATOLO; MIRIAN RUMENOS PIEDADE BACCHI; ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: Agronegócio; Oferta; Exportação

Este estudo tem como objetivo principal estimar a função de oferta de exportação parcialmente agregada no Complexo do Agronegócio brasileiro. Para essa análise foi utilizado um modelo teórico uniequacional, que fundamentou a especifi cação dos modelos econométricos testados, no qual a oferta de exportação é derivada das funções de oferta e demanda internas. Os modelos foram ajustados por Mínimos Quadrados Ordinários e incluíam o termo de correção de erro, já que os testes de cointegração apresentaram certa dualidade. As elasticidades apresentaram os sinais esperados de acordo com o modelo econômico defi nido. Em geral, a renda doméstica é a variável que exerce maior infl uência sobre o total exportado pelo agronegócio brasileiro, enquanto a taxa de câmbio, o nível de preços doméstico e o nível de preços internacional foram signifi cativos, simultaneamente, apenas quando foi considerada a hipótese de homogeneidade entre os mesmos.

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SSD 216 - ESTIMATIVA DA DEMANDA DE IMPORTAÇÃO BRASILEIRA DE LEITE EM PÓ, 1980-2002. CAMILA RAFAELA BRAGANÇA DE LIMA E SILVA; MARCELO JOSÉ BRAGA; UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL; Palavras-chave: importação; leite em pó; Mecanismo de Correção de Erros; comércio; internacional

Neste trabalho estimou-se a função de demanda de importação de leite em pó no período de 1980 a 2002, utilizando-se o Modelo de Correção de Erros. Especifi camente, analisou-se o efeito da variação na quantidade importada do produto como resposta às variações na quantidade produzida internamente, no preço médio de importação, na renda interna, na taxa de câmbio, na taxa de crescimento da população e os impactos provocados pela abertura comercial de 1994. As variáveis que se apresentaram signifi cativas foram apenas o PIB per capta, o preço médio de importação e a produção interna. As demais variáveis como taxa de câmbio, taxa de crescimento da população e a Dummy referente à abertura comercial não foram signifi cativas. Concluiu-se que mudanças tanto no câmbio quanto no crescimento populacional não interferem na quantidade importada de leite em pó.

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SSD 217 - EXPORTAÇÕES NO AGRONEGÓCIO DA CACHAÇA: UM ESTUDO DE CASO DA CACHAÇA DE ALAMBIQUE GAÚCHA. ROBERTA DALLA PORTA GRÜNDLING ROBERTA; LISIANE CELIA PALMA; PALOMA MATTOS; TANIA NUNES DA SILVA; UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: exportações; cachaça; barreiras comerciais; agronegócios; produção

Cada vez mais valorizada no mercado das grandes cidades brasileiras, a cachaça também está conquistando o interesse de consumidores no exterior. Para isso, o Brasil tem criado programas que visam a implementação de políticas que impulsionem o crescimento do setor, através do aumento da produção e a expansão comercial nos mercados interno e externo. Nesse contexto, o objetivo do artigo é trazer um panorama da produção da cachaça no Brasil, enfatizando a exportação deste produto. Os objetivos específi cos são: destacar algumas barreiras comerciais impostas ao produto pelos países importadores e observar o comportamento de uma empresa do setor, criada recentemente no estado do Rio Grande do Sul, que pretende exportar seus produtos – qual seja a F. B. Agroindústria e Turismo, produtora da cachaça Dom Braga. Para tanto, foram coletados dados junto ao Programa Brasileiro de Desenvolvimento da Cachaça (PBDAC) e à Secretaria do Comércio Exterior (SECEX), e foram feitas visitas técnicas à F. B. Agroindústria e Turismo, à Cachaçaria Água Doce e à Cachaçaria do Mercado, além de entrevistas com profi ssionais qualifi cados e representativos no setor da cachaça. Ao fi nal, considera-se que as barreiras comercias são restritivas às exportações de bebidas alcoólicas e, portanto às exportações de cachaça. No entanto o setor possui grande potencial a ser explorado, podendo este, vir a ser um produto com participação signifi cativa na pauta das exportações brasileiras, na medida em que a cachaça tem tido crescente aceitação no mercado internacional.

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SSD 218 - COMPETITIVIDADE DO CAFÉ VERDE BRASILEIRO NO MERCADO INTERNACIONAL. ROSANGELA A. S. FERNANDES; ANTÔNIO CARVALHO CAMPOS; UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIçOSA, MG, BRASIL; Palavras-chave: CAFE VERDE; ELASTICIDADE DE SUBSTITUIÇÃO; COMPETITIVIDADE; COMERCIO INTERNACIONAL; BRASIL

O presente estudo analisa a competitividade das exportações brasileiras de café verde frente a seus principais concorrentes no mercado internacional (Colômbia, Vietnã e Indonésia), no período de 1980 a 2003. Para tanto, utiliza–se dos coefi cientes de elasticidade de substituição (ES) que foram estimados pelo Método dos Mínimos Quadrados Ordinários (MQO). Pode-se observar que o Brasil tem conseguido manter sua posição de maior produtor e exportador mundial de café verde, porém, isso não tem sido sufi ciente para impedir os elevados crescimentos das exportações do Vietnã, um de seus principais concorrentes no mercado internacional. A partir das estimativas, observa-se que as exportações brasileiras não são competitivas em relação às exportações da Colômbia, Vietnã e Indonésia, caracterizando o produto brasileiro como diferenciado, relativamente a esses países. No que diz respeito aos ajustamentos defasados, os coefi cientes se mostram signifi cativos em todos os casos analisados, confi rmando a hipótese de rigidez nas exportações de café verde de um ano e outro. Finalmente, conclui-se que há diferenciação do café verde por país de origem e, dessa forma, ao invés de substitutos perfeitos, os cafés originários dos diversos países são complementares no mercado internacional.

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SSD 219 - EXPORTAÇÕES AGRÍCOLAS BRASILEIRAS: O PARADOXO DO SUCESSO. CÉSAR ROBERTO LEITE DA SILVA; IEA, SÃO PAULO, SP, BULGáRIA; Palavras-chave: comércio agrícola; desindustrialização; modelo de correção de erro vetorial; agricultura brasileira; vantagens comparativas

A liberalização comercial e desregulamentação dos mercados levaram a forte mudança na composição da pauta de exportação brasileira, com crescimento da participação da agricultura, setor em que tradicionalmente o país apresenta vantagens comparativas. Paradoxalmente, os superávits comerciais da agricultura vêm sendo apontados como problema, na medida que contribuem para a apreciação da moeda doméstica e conseqüente perda de competitividade do setor industrial. Este trabalho teve o objetivo de contribuir para esse debate, buscando estimar os fatores determinantes do valor das exportações agrícolas. Por meio da estimação de um modelo de correção de erro vetorial se chegou à conclusão que o crescimento econômico mundial pouco infl uenciou o desempenho das exportações agrícolas. A taxa de câmbio, que esteve apreciada por grande parte do período analisado, tampouco mostrou importância signifi cativa. Pelo contrário o modelo sugere que as exportações agrícolas têm infl uência sobre as variações cambiais, resultado que reforça o argumento dos que consideram o sucesso comercial da agricultura uma das principais causas da desindustrialização brasileira.

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SSD 220 - OS IMPACTOS DA EXPANSÃO DA UNIÃO EUROPÉIA DE 2004 NO SETOR DE CARNE BOVINA BRASILEIRO. SAMUEL JOSÉ M OLIVEIRA; JOAQUIM BENTO DE SOUZA FERREIRA FILHO; USP-ESALQ, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: comércio internacional; equilíbrio geral; integração econômica; pecuária de corte; bovinocultura

O comércio internacional tem adquirido crescente importância para a economia brasileira, em particular para o agronegócio. Dentro do agronegócio, a produção e a exportação de carne bovina são destaques. Deste modo, o entendimento de políticas públicas de outros países que afetem o comércio internacional e o impacto das mesmas em nosso país é de grande importância. A União Européia é um dos principais parceiros comerciais do Brasil e é conhecida pela profunda interferência que impõe ao seu setor agropecuário. Tal fato tem impacto em outros países, inclusive o Brasil, que tem despontado como competidor no mercado internacional de produtos que a UE subsidia. A expansão da União Européia em 2004 e a reforma de sua Política Agrícola Comum têm sido estudadas em diferentes regiões do mundo. Utilizando o modelo de equilíbrio geral GTAP, este trabalho pretende analisar o impacto da expansão da União Européia no agronegócio da carne bovina brasileiro. Os resultados mostram que as diferentes políticas da UE impactam o setor, diminuindo suas exportações.

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SSD 221 - O PASS-THROUGH DAS VARIAÇÕES DA TAXA DE CÂMBIO PARA OS PREÇOS DE EXPORTAÇÃO DE SOJA. GILBERTO JOAQUIM FRAGA; CINTIA DA SILVA ARRUDA; ALEXANDRE FLORINDO ALVES; JOSÉ LUIZ PARRÉ; UEM, MARINGÁ, PR, BRASIL; Palavras-chave: pass-through; câmbio; soja; agronegócio; preços

Este trabalho tem como objetivo estimar o coefi ciente de pass-through das variações da taxa de câmbio para os preços de exportação da soja no Brasil, no período compreendido entre 1994 a 2004. Para chegar aos resultados se utiliza instrumental econométrico para estimar os coefi cientes de pass-through da taxa de câmbio para os preços de exportação. O resultado revelou um grau de pass-through incompleto, da ordem de 0, 39. Indicando que uma política cambial pode ocasionar impactos positivos sobre o volume das exportações.

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SSD 222 - MERCADO MUNDIAL DE CARNE BOVINA: PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA E BARREIRAS À EXPORTAÇÃO. ANDRÉIA DE ABREU; VÂNIA ÉRICA HERRRA; MÁRCIO ANTONIO TEIXEIRA; CENTRO UNIVERSITÁRIO EURÍPIDES DE MARÍLIA - UNIVEM, MARÍLIA, SP, BRASIL; Palavras-chave: GADO DE CORTE; MERCADO MUNDIAL DE CARNE BOVINA; BARREIRAS ÀS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS; COMPETITIVIDADE; COMÉRCIO INTERNACIONAL

O presente trabalho tem como objetivo demonstrar o mercado mundial de carne bovina, a participação do Brasil nesse mercado e as barreiras impostas pelos países no comércio internacional para a exportação da carne bovina brasileira. Para tanto, realizou-se uma revisão bibliográfi ca acerca do tema proposto, levantamento de dados secundários e posterior análise dos mesmos. A revisão bibliográfi ca traça um panorama sobre o processo de abertura comercial e a inserção internacional do agronegócio brasileiro. Posteriormente, são tratados temas sobre a pecuária de corte no país destacando o histórico e os participantes da cadeia produtiva do gado de corte. Por meio do levantamento e análise dos dados secundários, são traçadas as principais características do mercado mundial de carne bovina, a participação do Brasil nesse mercado, os maiores concorrentes do país e as principais barreiras de exportação impostas por outros países na compra da carne bovina brasileira. As evidências demonstram que, embora o enorme potencial competitivo brasileiro nesse mercado, o Brasil ainda deve se empenhar nas negociações internacionais, buscando parcerias e abrindo os mercados, assim como continuar apoiando, através de planos de incentivo, tecnologias, informação e mão-de-obra qualifi cada, a busca pela excelência na produção nacional.

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SSD 223 - EVOLUÇÃO E POTENCIAL DOS MERCADOS DO ORIENTE MÉDIO PARA A CARNE BOVINA BRASILEIRA. THAIS MENEZES ZIMBRES; SILVIA HELENA GALVÃO DE MIRANDA; CEPEA-ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: comércio; exportação; potencial; carne bovina; Oriente Médio

Este trabalho tem como objetivo apresentar a importância e a evolução do comércio de carne bovina do Brasil com o Oriente Médio, analisando as características comerciais que distinguem esta região dos mercados tradicionais. Pretende-se com isto, analisar o potencial importador dos países que compõem essa região, no contexto dos denominados novos mercados, ou mercados não tradicionais, os quais embora não sejam prioritários, podem apresentar algum potencial para expansão das vendas brasileiras.

Para atingir os objetivos propostos, utilizam-se instrumentos da estatística descritiva básica, que auxiliam na análise de características comerciais relevantes, tais como, evolução e padrão das exportações, participação brasileira nas exportações mundiais, preços médios das vendas, índice de sazonalidade das vendas, existência de acordos regionais de comércio na região do Oriente Médio, pauta de fornecedores de carne bovina desses países, indicadores de crescimento econômico, dentre outros. O período analisado compreende os anos entre 1996 e 2005.

A diversidade econômica do Oriente Médio, em especial no que se refere ao nível de renda per capita de alguns países, indica que há potencial de aumento das importações de carne bovina por algumas economias dessa região. Destaca-se ainda o progresso da reforma de liberalização comercial destes países, que pode favorecer o aumento das exportações brasileiras, mas também de outros fornecedores, além da necessidade de intensifi car acordos comerciais com a região à semelhança do que vem sendo feito pela União Européia há algum tempo.

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SSD 224 - AS EXPORTAÇÕES COMO DETERMINANTE DE CRESCIMENTO: O CASO DO ESTADO DO PARANÁ NO PERÍODO DE 1990 A 2005. ANTONIO CARLOS CAMPOS; TOBIAS FREITAS PRANDO; VINÍCIUS GONÇALVES VIDIGAL; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ, MARINGÁ, PR, CANADá; Palavras-chave: Exportação; PIB; Paraná; Crescimento; Comércio exterior

Este artigo procura analisar o desempenho positivo das exportações paranaense como determinante do crescimento econômico do Estado, no período de 1990 a 2005. Como ferramenta de análise, foi utilizado indicadores de desempenho, dentre eles, o índice de Vantagem Comparativa Revelada (VCR), as relações das exportações e importações com o PIB, elasticidades das exportações em relação ao PIB, taxas médias de crescimento, todas no sentido de demonstrar o grau de associação existente entre exportações e PIB. Como resultado, foi verifi cado que o Paraná apresentou vantagem comparativa revelada nos principais produtos da sua pauta de exportação, sendo a maioria desses produtos básicos, especialmente no conjunto “grãos”. No entanto, não foi deixado de lado à participação crescente do setor automobilístico, o que contribuiu para o em aumento do nível de inserção nos mercados nacional e internacional. Foi verifi cado também que a taxa média de crescimento das exportações do Paraná foi superior a do Brasil. No entanto, as elasticidades das exportações em relação ao Pib foram às mesmas, tanto para o Paraná quanto para o Brasil, demonstrando que a resposta do incremento no Pib, dado uma elevação nas exportações, são semelhantes. Concluiu-se, portanto, que o desempenho positivo das exportações, revelaram um maior dinamismo da economia e determinaram grandemente o aumento no nível do produto do estado do Paraná durante o período analisado.

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SSD 225 - GRIPE AVIÁRIA: PRIMEIROS IMPACTOS NAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS. DANUSA DE PAULA SOUSA; MAURO OSAKI; CEPEA/ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: gripe; aviária; exportação; consumo; frango

O Brasil consolidou-se como líder no mercado mundial de carne de frango em 2005. Segundo a Secex (2006), as exportações acumuladas em 2005 superaram em 14% o total embarcado no ano anterior. O País é hoje responsável por 40, 7% das exportações globais do produto, seguido pelos Estados Unidos, que abastecem 35, 3%, segundo dados do USDA (2006). No entanto, os casos de gripe aviária na Europa, Oriente Médio e África vêm provocando declínio de consumo de produtos avícolas, principalmente nos países afetados, e forte queda dos preços internacionais das carnes de aves, além de inúmeras restrições ao comércio internacional. Assim, este trabalho tem como objetivo, descrever os primeiros efeitos da gripe aviária nas exportações de carne de frango, e responder questões importantes para o posicionamento do Brasil no cenário internacional. É fundamental o conhecimento do mercado consumidor, dos principais concorrentes e suas potencialidades, bem como suas exigências, aliado a um forte controle sanitário interno para que o País se mantenha como líder no comércio externo de carne de frango. As informações-base foram levantadas junto a bancos de dados da Associação Brasileira dos Exportadores de Frango (Abef), Secretaria do Comércio Exterior (Secex), Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e Centro de Pesquisa em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP), com dados elaborados pelos autores.

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SSD 226 - BRAZILIAN FRUIT TRADE: THE EXPORT AGENT TRANSACTION ARRANGEMENT. JOSÉ MÁRCIO CARVALHO; UNB, BRASÍLIA, DF, BRASIL; Palavras-chave: Fruit ; International trade; Transaction arrangements; Fruit exports; Commerce

This study analyses the fresh fruit trade between the United Kingdom and Brazil using Transaction Cost Economics as the main theoretical framework. Particular attention was given to the technical aspects that affect commercial strategies employed by fruit traders. The study has disclosed the Export Agent Transaction Arrangement employed by Brazilian fruit exporters and British fruit importers in order to make viable their commercial activities.

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SSD 227 - EFEITOS DO FIM DO ACORDO MULTIFIBRAS NA PRODUÇÃO E NO EMPREGO DOS SETORES TÊXTIL E DE VESTUÁRIO NO BRASIL. DANIEL FURLAN AMARAL; ESALQ - USP, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: Têxteis; Vestuário; Quotas; Modelos de Equilíbrio Geral Computável; OMC

O Acordo Multifi bras, vigente durante o período 1970 – 1994, foi substituído pelo Acordo sobre Têxteis e Vestuário (ATV) da OMC, que por sua vez vigorou de 1995 a 2005. O ATV, por sua vez, disciplinou a eliminação completa das quotas de importação e demais barreiras não-tarifárias (BNT) sobre esses produtos, medidas que distorciam o comércio internacional e geravam perdas de efi ciência alocativa. Contudo, a entrada da China na OMC foi aprovada mediante a possibilidade de continuidade de imposição dessas medidas sobre as mercadorias chinesas até 2008 pelos membros, o que foi feito pelo Brasil, EUA e UE. Dessa forma, a literatura analisa os efeitos do fi m do ATV sobre o comércio internacional e sobre as economias nacionais, devendo esses efeitos serem avaliados para a economia brasileira.

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SSD 228 - EXPORTAÇÕES E CRESCIMENTO ECONÔMICO DO CEARÁ NO PERÍODO 1985-2002. MARIA ELOISA BEZERRA DA ROCHA; AUGUSTO MARCOS CARVALHO DE SENA; IPECE, FORTALEZA, CE, BRASIL; Palavras-chave: Exportações; Crescimento Econômico; Economia do Ceará; Importações; Comércio Exterior

O presente trabalho analisa o impacto das exportações internacionais no Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará. O suporte teórico usado no estudo dá ênfase à teoria de crescimento de Grossman & Helpman (1990, 1991) que coloca o comércio externo como variável-chave na explicação de como uma economia pode crescer. No período investigado (1985-2002) mostra-se que as exportações de produtos industrializados do Ceará têm ganho espaço nas exportações totais do estado, tendência em nítido contraste com a queda verifi cada nas exportações de produtos primários. Na maioria dos anos, as exportações, com grande peso dos industrializados, têm um importante papel para o incremento do PIB do estado, principalmente na década de 90 quando o Ceará intensifi ca sua inserção no comércio internacional. O método estatístico de regressão linear é usado, defi nindo-se como variável dependente a série de valores do PIB absoluto e como variável explicativa a série de valores das exportações internacionais do estado. A evidência empírica mostra que as exportações internacionais só têm efeito positivo e signifi cante quando introduz-se uma variável dummy para anos de ocorrência de seca no estado. Sem esse controle os resultados não evidenciam qualquer impacto das exportações internacionais no PIB do estado.

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SSD 229 - AS CONTRIBUIÇÕES DO PODER PÚBLICO PARA O DESENVOLVIMENTO PARTICIPATIVO DO TURISMO. BRUNO MARTINS AUGUSTO GOMES; EDGARD ALENCAR; JÚLIO CÉSAR BENFENATTI FERREIRA; UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS, LAVRAS, MG, BRASIL; Palavras-chave: Desenvolvimento; Turismo; Participação; Poder Público; Planejamento

O presente trabalho tem por objetivo abordar o planejamento do turismo enfocando a importância do Estado para o provimento de uma atividade que gere menos custos. Para tanto defende-se que o poder público lance mão do planejamento participativo. Nesta forma de planejamento os interesses das comunidades receptoras terão prioridade. Na busca pela compreensão do planejamento participativo, a partir da realidade do turismo no Brasil, o trabalho inicia-se situando as várias formas que o turismo vem sendo abordado ao longo século XX. Em seguida discute-se as necessidades dos turistas e as suas relações com os empreendimentos turísticos e conseqüentemente com as comunidades receptoras. É feita então uma conceituação de planejamento, com o enfoque no turismo e na abordagem participativa, atentando-se para o papel do Estado. Concluindo-se, são feitas algumas sugestões que emergiram ao longo da elaboração do trabalho, as quais acredita-se que podem contribuir para a implementação de um turismo mais humano, partindo-se de um enfoque participativo e com a colaboração do Estado.

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SSD 230 - REVESES À QUESTÃO TERRITORIAL NA REGIÃO DE IRECÊ, BAHIA. VITOR DE ATHAYDE COUTO; ALYNSON DOS SANTOS ROCHA; UFBA, SALVADOR, BA, BRASIL; Palavras-chave: Desenvolvimento; Território; Questão territorial; Irecê; Bahia

O uso da expressão território ganha espaço no Brasil com a nova orientação política federal, a partir de 2003. Nesse contexto, as ações estratégicas do Estado para o desenvolvimento tendem a não mais considerar o município isoladamente. Como estímulo, tem-se a liberação de recursos vinculados ao território pelas instituições públicas de crédito e fi nanciamento. No entanto, a permanência de práticas como a liberação de recursos mediante o grau de articulação política dos municípios causa desconfi ança e desmotivação quanto à manutenção do território. Surgem grupos de municípios que se articulam entre si de forma independente. Neste artigo analisam-se esses fatos apresentados como reveses à questão territorial. A partir das experiências na região de Irecê (Bahia) observa-se que ainda existem ações objetivando a melhor compreensão e funcionamento do território, como por exemplo, a capacitação dos representantes municipais e a imparcialidade das instituições internas com poder de decisão. Percebe-se que, executando-se tais ações, tornam-se possíveis a viabilidade administrativa e a manutenção do território.

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SSD 231 - TRANSFORMAÇÕES DA AGROPECUÁRIA DA AGROPECUÁRIA PARANAENSE: UM ESTUDO NA AMUSEP NO PERÍODO DE 1970 A 1995/1996. MARCELO FARID PEREIRA; JULIANA FRANCO; UEM, MARINGÁ, PR, BRASIL; Palavras-chave: Transformações ; Produtividade Total dos Fatores; Agropecuária; Paraná; Noroesta

Este trabalho se concentra na análise das transformações ocorridas na agropecuária paranaense, mais especifi camente na região da AMUSEP no período de 1970 a 1996, procura mostrar as principais mudanças referentes à produtividade total dos fatores de produção, utilizando o índice de Tornqvist. Além dos índices de produtividade total, foram construídos indicadores parciais de produtividade da terra e trabalho, que trazem informações adicionais para a compreensão do processo de transformação ocorrido na agropecuária da região em estudo. Os resultados da pesquisa evidenciaram que a modernização da agropecuária brasileira acarretou um processo generalizado de transformações na agropecuária paranaense e nos municípios pertencentes a Amusep (Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense), que se expressam pela trajetória crescente da PTF e pela variação na composição da produção, e na utilização de insumos.

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SSD 232 - A INFLUÊNCIA DOS SETORES DE ATIVIDADE ECONÔMICA NO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO-SOCIAL DOS MUNICÍPIOS PAULISTAS NA DÉCADA DE 1990. SIGISMUNDO BIALOSKORSKI NETO; MILENA KARLA SOARES; FEA-RP/USP, RIBEIRÃO PRETO, SP, BRASIL; Palavras-chave: pobreza; renda per capita; desenvolvimento; concentraçlão de renda; agricultura

Este artigo estabelece uma relação entre os setores de atividade econômica –primário, secundário e terciário - e o desenvolvimento econômico-social dos municípios paulistas. Para tanto considerou-se a totalidade dos municípios como a população a ser pesquisada, e, de acordo com o setor de atividade predominante em cada um deles, separaram-se quatro amostras intencionais de municípios: municípios com predominância de atividade agropecuária, industriais, de serviços e por último aqueles que não apresentaram nenhum setor predominante. Por meio de testes estatísticos, foi possível verifi car a infl uência dos setores sobre a evolução dos seguintes indicadores econômico-sociais selecionados: índice de Gini (medida de concentração de renda), renda per capita e percentual de pobres.

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SSD 233 - AS AGROINDÚSTRIAS RURAIS TRADICIONAIS E O TURISMO NA QUARTA COLÔNIA-RS: INTERFACES E SINERGIAS. VIVIEN DIESEL; JOSÉ MARCOS FROEHLICH; PEDRO SELVINO NEUMANN; PAULO ROBERTO SILVEIRA; FERNANDA LERNER; UFSM, SANTA MARIA, RS, BRASIL; Palavras-chave: agroindústrias Rurais; Turismo Rural; Agricultura Familiar; Desenvolvimento Territorial; Desenvolvimento Rural

O objetivo do presente trabalho é identifi car e discutir fatores que condicionam a efi cácia dos programas de turismo rural na ativação das agroindústrias familiares, realizando tal análise a partir do estudo dos casos das agroindústrias familiares de vinho e aguardente de cana-de-açúcar (cachaça) da Quarta Colônia de Imigração Italiana, na região central do Rio Grande do Sul. Considera-se a existência potencial de uma relação sinérgica positiva entre turismo rural e agroindústria familiar rural, passível de realizar-se desde que ocorra um repensar das estratégias das políticas públicas em relação à produção artesanal, pois esta deve permanecer como capaz de ofertar produtos diferenciados dos produtos da grande indústria, visando manter o apelo de consumo idealizado pelo turista rural. Sugere-se que as expectativas dos turistas devem ser consideradas, operando-se uma “recriação” das agroindústrias rurais tradicionais.

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SSD 234 - ANÁLISE DO TRANSPORTE ESCOLAR RURAL DA CIDADE DE TOLEDO – PR. WEIMAR FREIRE DA ROCHA JUNIOR; SANDRA MARA PEREIRA; DÉBORA DA SILVA LOBO; UNIOESTE, TOLEDO, PR, BRASIL; Palavras-chave: transporte escolar rural; espaço rural; custos dos transportes; tarifas; qualidade do transporte

O trabalho tem a intenção de abordar o tema transporte escolar rural, analisando a forma como é realizado e os custos atuais, com estudo de caso realizado no município de Toledo–PR. A forma de planejamento urbano (de transportes e sistemas viários), a classifi cação dos transportes, o transporte rural, os custos de transportes (e formas de cálculo) e as características dos veículos utilizados são os principais pontos da revisão bibliográfi ca. Como metodologia, serão utilizadas além das pesquisas bibliográfi cas, consultas ao departamento responsável pelo transporte escolar rural na Prefeitura Municipal de Toledo. Como prosseguimento espera-se elaborar uma planilha (com base nos dados conseguidos) para analisar o valor da tarifa atualmente praticada no município. Um dos objetivos do estudo contribuir para a melhoria do serviço de transporte escolar rural, indicando caminhos ao poder público e às empresas de transporte, melhorando a qualidade e reduzindo custos do sistema.

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SSD 235 - EXTENSÃO RURAL NO ESTADO DE GOIÁS: PRODUÇÃO FAMILIAR E MODERNIDADE REFLEXIVA. ELOISA PIO DE SANTANA; FAUSTO MIZIARA; UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, GOIÂNIA, GO, BRASIL; Palavras-chave: EXTENSÃO RURAL; PRODUÇÃO FAMILIAR; MODERNIDADE REFLEXIVA; AGRICULTURA; PONTO DE ACESSO

O ponto de partida desta pesquisa é o pressuposto teórico que a Extensão Rural constitui a porta de acesso dos produtores rurais à modernidade. Para tanto adotamos o modelo teórico de Giddens e consideramos a Extensão Rural como ponto de acesso aos sistemas peritos. Particularmente nos interessa refl etir sobre o papel desempenhado pelos extensionistas, agentes fundamentais desse processo, indagando como os mesmos percebem sua atividade. Para tanto, realizamos um estudo de caso, tendo como objeto de análise a EMATER-GO no período de 1975 a 1999. Foi possível constatar a recorrente referência, por parte dos extensionistas, à noção de confi ança, categoria central que explica a adesão dos indivíduos a um projeto de modernidade que os mesmos não controlam.

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SSD 236 - EFICIÊNCIA DOS PRINCÍPIOS COOPERATIVISTAS NA COAPIL PARA PROMOVER O DESENVOLVIMENTO SÓCIO-ECONÔMICO DOS COOPERADOS E COLABORADORES. CLEONICE MARIA SILVA; FÁBIO HENRIQUE CORDEIRO; MAURO CÉSAR DE PAULA; UNIVERSIDADE CATóLICA DE GOIáS, GOIANIA, GO, BRASIL; Palavras-chave: COAPIL; PRINCÍPIOS COOPERATIVISTAS; DESENVOLVIMENTO SÓCIO ECONÔMICO; ;

Esse estudo buscou identificar a aplicabilidade dos princípios cooperativistas, especifi camente pretendeu-se fazer uma análise mais aprofundada sobre a efi ciência e funcionalidade destes princípios a fi m de explicitar os benefícios sócio-econômicos e o grau de satisfação que uma cooperativa pode promover para seus cooperados e colaboradores. Para a pesquisa, tomou-se como estudo de caso a Cooperativa Agropecuária Mista de Piracanjuba (Coapil), que está localizada no município de Piracanjuba/GO, e utilizou-se de levantamentos bibliográfi cos, análise de documentos específi cos da cooperativa e pesquisa de campo realizada junto à diretoria. Ao fi nal do estudo constatou-se que a Coapil atende aos interesses maiores do cooperativismo, aplicando com efi ciência os princípios do cooperativismo para o alcance de resultados sócio-econômicos para seus membros - cooperados e trabalhadores.

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SSD 237 - A IMPORTÂNCIA DO AUTOFINANCIAMENTO PARA O FINANCIAMENTO DO PROCESSO DE EXPANSÃO DAS COOPERATIVAS AGROPECUÁRIAS. ISABEL CRISTINA GOZER; REGIO MARCIO TOESCA GIMENES; GERVALDO RODRIGUES CAMPOS; AMATI PRICILA; ROMEU FERRARI JUNIOR; UNIPAR, UMUARMA, PR, BRASIL; Palavras-chave: capacidade de autofi nanciamento; gestão fi nanceira; cooperativismo; Cooperativas agropecuárias; proceso de expansão

Este artigo tem como objetivo analisar a gestão fi nanceira de cooperativas agropecuárias através da utilização de indicadores elaborados fundamentados na teoria da estrutura de capital e autofi nanciamento, evidenciando a capacidade de autofi nanciamento e o autofi nanciamento. A metodologia proposta foi uma pesquisa descritiva de vinte cooperativas agropecuárias do Estado do Paraná, e o referencial teórico contemplou a importância do cooperativismo para o Estado do Paraná, a geração de poupança e crescimento das empresas, estrutura de capital e autofi nanciamento e o autofi nanciamento cooperativista. Após a análise e discussão dos resultados, mesmo considerando as limitações de uma análise descritiva, percebe-se que a orientação para o fi nanciamento do processo de expansão através do autofi nanciamento não é oposta propósito cooperativista, mas sim, uma condição para que a cooperativa possa cumprir sua missão e manter-se no mercado prestando serviços aos seus associados e remunerando melhor. conclui-se que a formação do autofi nanciamento é um fator relevante ao desenvolvimento econômico das cooperativas, mas observa-se que as cooperativas analisadas não conseguem ter uma política de captação interna de recursos, que são necessários para diminuir a dependência do mercado fi nanceiro, pois os juros acabam corroendo a rentabilidade das empresas.

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SSD 238 - O DESENVOLVIMENTO DAS FONTES INFORMAIS DE CRÉDITO NA DÉCADA DE 1990 E A MUDANÇA DE RELAÇÃO DOS NOVOS AGENTES – O CASO DA CARAMURU ALIMENTOS LTDA. FERNANDA FARIA SILVA; WESLEY LEMES CARDOSO; UNIVERSIDADE, ESTADUAL, GO, BRASIL; Palavras-chave: crédito rural; fontes semi-formais de recursos; fontes informais de recursos; novas relações produtores-agroindústrias; Caramuru Alimentos Ltda.

O objetivo deste trabalho é o de levantar as mudanças que ocorreram no âmbito do fi nanciamento agrícola brasileiro, principalmente após a redução de recursos dirigidos pelas fontes ofi ciais. A partir daí, desenvolve-se uma nova institucionalidade, envolvendo as fontes semi-formais e informais de recursos (de caráter eminentemente privado), no sentido de complementar e até mesmo substituir o crédito formal. Além do aumento da participação das fontes informais no fi nanciamento agrícola, outra constatação importante de ser destacada, refere-se à maior diversifi cação dos agentes concessores de crédito rural, destacando a participação de novos agentes como as tradings, agroindústrias e revendas de insumos. Por fi m, foi utilizado como estudo-de-caso para demonstrar esta nova realidade, a Empresa Caramuru Alimentos Ltda. Esta empresa, voltada para as atividades agroindustriais, atua também no fi nanciamento de recursos e insumos para os agricultores principalmente na região sul do estado de Goiás, retratando assim, o papel que outras empresas e instituições têm feito, no sentido de fornecer fontes alternativas de recursos para custear a produção.

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SSD 239 - ABERTURA DIRETA DO CAPITAL DAS COOPERATIVAS AGROPECUÁRIAS PELA EMISSÃO DE TÍTULOS DE DÍVIDA. ISABEL CRISTINA GOZER; REGIO MARCIO TOESCA GIMENES; ALMIR FERREIRA SOUZA; FATIMA MARIA PEGORINI GIMENES; GERVALDO RODRIGUES CAMPOS; UNIPAR, UMUARMA, PR, BRASIL; Palavras-chave: Cooperativismo agropecuário; Abertura de capital; Debêntures. ; Cooperativas; governança cooperativa

A presente pesquisa teve como objetivo verifi car se a abertura direta do capital das cooperativas agropecuárias, pela emissão de títulos de dívida (debêntures), possui viabilidade econômica. Para tanto, faz uma revisão crítica da literatura, expondo os problemas de capitalização e fi nanciamento das cooperativas agropecuárias e a emissão das debêntures como uma opção às restrições de crédito. Quanto à metodologia, a pesquisa utilizou a tipologia do estudo de caso, tendo como objeto de estudo, uma cooperativa agropecuária localizada no estado do Paraná. Pelos resultados apurados, verifi cou-se que a abertura direta do capital pela emissão das debêntures não pode ser realizada por toda e qualquer cooperativa. É necessário que estudos preliminares identifi quem seu equilíbrio econômico-fi nanceiro, sua capacidade de pagamento e a transparência de sua gestão (governança corporativa cooperativa). Se os pré-requisitos forem atendidos, a cooperativa agropecuária poderá auferir as vantagens da emissão, dentre as quais se destacam: o planejamento sob medida para atender determinado projeto de investimento, o alongamento da dívida e custos menores de captação, a depender da taxa básica de juros da economia brasileira.

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SSD 240 - AGRONEGÓCIO COOPERATIVO: A TRANSIÇÃO E OS DESAFIOS DA COMPETITIVIDADE. ISABEL CRISTINA GOZER; REGIO MARCIO TOESCA GIMENES; ALMIR FERREIRA SOUZA; FATIMA MARIA PEGORINI GIMENES; GERVALDO RODRIGUES CAMPOS; UNIPAR, UMUARMA, PR, BRASIL; Palavras-chave: Cooperativismo; Estrutura de capital; Agronegócio cooperativo; Desenvolvimento rural; governança cooperativa

A intensifi cação da concorrência entre países e blocos econômicos faz com que a sobrevivência fi que mais difícil para empresas menos efi cientes e gestores despreparados. Para sobreviver e crescer, empresas cooperativas ou não necessitam garantir um bom desempenho econômico por estratégias diferenciadoras e uma gestão mais efi caz de seus negócios, atuando com vantagem competitiva nos mercados globais. Esse ambiente de negócios conduz os dirigentes cooperativistas a um momento de refl exão: se, por um lado, apresentam-se desafi os e oportunidades; por outro, o estímulo à cultura da competição nas sociedades contemporâneas representa uma ameaça ao modelo atual de gestão cooperativista. O objetivo deste artigo é demonstrar a importância do cooperativismo agropecuário na cadeia de valor do agronegócio nacional, bem como levantar os principais desafi os que lhe são impostos pelos mercados globalizados. A metodologia utilizada na pesquisa perseguiu as seguintes etapas: revisão do referencial teórico sobre os elementos que explicam a origem da sociedade cooperativa, as diferenças entre essa sociedade e as fi rmas de capital; suas contribuições para os desenvolvimentos econômico e social; e seus principais desafi os, especialmente aqueles relacionados à capitalização e ao fi nanciamento do seu processo de expansão. Por fi m, percebe-se que os desafi os estão concentrados nos seguintes pontos: equilíbrio entre os aspectos econômico e o social; gestão democrática e a morosidade do processo decisório; separação da propriedade e do controle (profi ssionalização da gestão); oportunismo dos cooperados (fi delização); excessiva dependência de recursos de terceiros; elevados custos de coordenação; transação e governança corporativa.

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SSD 241 - DIFERENÇAS SALARIAIS POR COR NO MERCADO DE TRABALHO DA REGIÃO SUL DO BRASIL. IANDRA DE SOUZA MALDANER; KEILA RODRIGUES DE SOUZA; SILVIA CRISTINA BENDER GRECO; PERY FRANCISCO ASSIS SHIKIDA; JEFFERSON ANDRONIO RAMUNDO STADUTO; UNIOESTE, TOLEDO, PR, BRASIL; Palavras-chave: diferenças salariais; cor; região sul; teste qui-quadrado; mercado de trabalho

Este trabalho objetivou analisar, por meio do Teste Qui-quadrado, as diferenças salariais por cor (brancos e não brancos) no mercado de trabalho da Região Sul do Brasil, no ano de 2002. Como corolário, foi verifi cada a existência de diferenças salariais dos trabalhadores envolvidos no mercado de trabalho, em que os efeitos de interação social refl etem diretamente nos salários dos indivíduos, constatando, assim, fatores de discriminação e/ou preconceito salarial por cor. À guisa desta conclusão, faz-se mister a ação pública que possibilite a inserção no mercado de trabalho em condições mais justas.

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SSD 242 - COMPARAÇÃO ENTRE OS SISTEMAS DE PREVIDÊNCIA SOCIAL RURAL NO BRASIL, SUÉCIA E CANADÁ. ANA CECÍLIA DE MEDEIROS KRETER; CARLOS JOSÉ CAETANO BACHA; ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: previdência social; comparação; Brasil; Canadá; Suécia

Resumo: Este trabalho analisa os sistemas previdenciários rurais no Brasil, Canadá e Suécia, destacando os benefícios que contribuem para a redução da pobreza. Estes países foram escolhidos por utilizarem o mesmo modelo dentro da tipologia de cobertura previdenciária, a saber, o modelo universal básico. Nesse modelo, o cidadão tem direito, em certas condições, a receber benefícios previdenciários sem a obrigatoriedade da prévia contribuição monetária e compulsória. Este mecanismo é executado através da intervenção direta do Estado, seja pela cobrança de impostos, ou seja pela redistribuição inter-grupos das despesas e funciona de maneira efi caz como uma política de redução da pobreza. Apesar de similar quanto à tipologia de cobertura previdenciária, os três países analisados benefi ciam segmentos distintos da população – os trabalhadores rurais idosos no caso do Brasil, os indígenas no caso Canadá e os idosos no caso da Suécia –, concedendo benefícios e valores distintos. O trabalho destaca estas diferenças.

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SSD 243 - MERCADO DE TRABALHO FORMAL EM ATIVIDADES AGROPECUÁRIAS PAULISTAS, 1995-2004. CARLOS EDUARDO FREDO; MALIMIRIA NORICO OTANI; MARIA CARLOTA MELONI VICENTE; CELMA DA SILVA LAGO BAPTISTELLA; INSTITUTO DE ECONOMIA AGRÍCOLA, SÃO PAULO, SP, BRASIL; Palavras-chave: MERCADO DE TRABALHO FORMAL; SETOR AGROPECUÁRIO; BANCO DE DADOS; RAIS; CAGED

Este trabalho organizou as informações da RAIS e CAGED para o setor agropecuário, agregando o número de estabelecimentos e trabalhadores para cada uma das atividades deste setor contempladas no banco de dados. Analisou-se a evolução e sazonalidade das dez atividades que mais empregaram mão-de-obra formal no Estado de São Paulo no período de 1995 a 2004. A análise dos dados da RAIS possibilitou observar a evolução do mercado de algumas culturas como cana-de-açúcar, frutas ou a criação de bovinos, bem como alterações nos processos produtivos que afetaram as relações do mercado de trabalho.

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SSD 244 - OCUPAÇÕES AGRÍCOLAS E NÃO AGRÍCOLAS: TRAJETÓRIA E RENDIMENTOS NO MEIO RURAL BRASILEIRO. BRANCOLINA FERREIRA; OTAVIO VALENTIM BALSADI; ROGÉRIO EDIVALDO FREITAS; ALEXANDRE NUNES ALMEIDA; IPEA/EMBRAPA, BRASíLIA, DF, BRASIL; Palavras-chave: Ocupação; Rendimentos; Desenvolvimento rural; Mercado de trabalho; Agrícola e não agrícola

O presente trabalho foi elaborado com o intuito de melhor compreender a trajetória da ocupação agrícola e não agrícola no meio rural brasileiro e de avaliar nuances sócio-econômicas e geográfi cas associadas aos rendimentos das respectivas ocupações.

Utilizando-se dos dados da PNAD/IBGE no período 1993-2004, com ênfase nos anos extremos, foram estimadas as fl utuações da PEA rural ocupada (agrícola e não agrícola) no Brasil. Além disso, identificaram-se por meio de procedimentos econométricos diferenciais de rendimentos em favor das ocupações não agrícolas, dos trabalhadores brancos, dos chefes de domicílio e empregadores e das atividades localizadas na região Centro-Oeste.

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SSD 245 - TECNOLOGIA E RELAÇÕES DE PRODUÇÃO NO EXTRATIVISMO DA CARNAÚBA NO NORDESTE BRASILEIRO. MARIA ODETE ALVES; JACKSON DANTAS COELHO; BNB, FORTALEZA, CE, BRASIL; Palavras-chave: CARNAÚBA; EXTRATIVISMO; TECNOLOGIA; RELAÇÕES DE PRODUÇÃO; NORDESTE

RESUMO – Analisam-se os aspectos relacionados com a tecnologia e as relações sociais de produção de todos os elos da cadeia do extrativismo da carnaúba no Nordeste brasileiro. A pesquisa foi realizada nos principais centros de ocorrência da carnaúba nordestinos (Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte), utilizando o levantamento bibliográfi co, a entrevista aberta, a observação e o registro fotográfi co. Verifi cou-se que a cadeia de serviços do setor abrange os trabalhos direcionados para a produção e exportação da cera, por um lado (manutenção, corte, secagem da folha, extração do pó, transformação em cera, exportação), e trabalhos artesanais derivados da palha, por outro. A atividade oferece uma série de benefícios à população nordestina, pelo signifi cativo número de ocupações geradas. No entanto, o setor enfrenta sérios problemas tecnológicos, principalmente nas etapas de corte e extração do pó, o que gera baixa produtividade e elevação do custo fi nal dos produtos. Verifi cou-se, também, sérios problemas nas relações sociais de produção estabelecidas no setor, promovendo concentração da renda gerada, em detrimento, principalmente, daqueles que trabalham no campo.

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SSD 246 - MUDANÇAS RECENTES NO EFEITO DA ESCOLARIDADE SOBRE O SALÁRIO DO TRABALHADOR AGRÍCOLA GAÚCHO. VALTER JOSÉ STULP; PUCRS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: salários agrícolas; agricultura gaúcha; qualifi cação da mão de obra; Logit; mudanças de tecnologia

O estudo analisa como o nível de escolaridade do trabalhador agrícola infl uencia a sua probabilidade de obter maiores salários dentro do setor agropecuário do Rio Grande do Sul e se houve mudanças nesta probabilidade no período de 1996 a 2002. Para esta análise são utilizados os dados da RAIS. Os resultados indicam que as chances de um trabalhador agrícola de auferir um salário acima de quatro salários mínimos somente se elevam se ele tem o 2o grau completo ou curso superior e que para dois salários mínimos é sufi ciente a 8a série completa. De 1996 a 2002 diminuíram as probabilidades de um trabalhador agrícola com uma escolaridade entre 4a série completa e 8a série incompleta de auferir qualquer nível de rendimento do trabalho acima de dois salários mínimos, mas não mudaram as chances dos trabalhadores com curso superior. Portanto, as mudanças tecnológicas que tenham ocorrido, neste período, na agricultura gaúcha, talvez ainda em função da liberalização econômica, requerem mão de obra mais qualifi cada, mas cujo nível de qualifi cação ainda não exija o curso superior.

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SSD 247 - SÍNTESE TEÓRICA DA CREDIBILIDADE E CONSISTÊNCIA DA POLÍTICA MONETÁRIA E SEUS CUSTOS EM TERMOS DE DESEMPREGO NO BRASIL. CLAUDINEY GUIMARÃES RIBEIRO; MARIA APARECIDA SILVA OLIVEIRA; IVIS BENTO DE LIMA; UFSJ - DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS, SÃO JOÃO DEL REI, MG, BRASIL; Palavras-chave: POLÍTICA MONETÁRIA; METAS DE INFLAÇÃO; LEI DE OKUN; CURVA DE PHILLIPS; DESEMPREGO

Este trabalho apresenta uma síntese teórica sobre a credibilidade e consistência da política monetária, buscando estimar os custos da tentativa de manter a credibilidade dessa no governo Lula, em termos de variações na taxa de desemprego. Para isso, usou-se a Lei de Okun e estimativas da taxa de desemprego não aceleradora da infl ação (TDNAI). A partir da TDNAI estimada foi simulado um cenário alternativo de acordo com as metas infl acionárias estabelecidas pelas autoridades monetárias brasileiras para 2005. Dos resultados estimados foi possível concluir que a meta da infl ação para 2005, estabelecida pelo Banco Central em 4, 5%, não será cumprida e que a política monetária no Brasil tem baixa credibilidade, revertida em custos elevados em termos de desemprego – cerca de 0, 85 pontos percentuais de desemprego para cada 1 ponto percentual de redução da infl ação, conforme taxa de sacrifício estimada.

<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>SSD 248 - FINANCIAMENTO DA AGRICULTURA BRASILEIRA: OS NOVOS INSTRUMENTOS DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS PRIVADOS. CLESIANE OLIVEIRA; GLAUCO RODRIGUES CARVALHO; CPDA/UFRRJ, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL; Palavras-chave: Financiamento rural; crédito rural; desenvolvimento da agricultura; títulos agropecuários; política agrícola

A transição de um sistema basicamente sustentado pelo Estado, para um sistema cujos recursos sejam em grande parte, gerados pelo setor privado, tem levado o governo a buscar alternativas para o fi nanciamento da agricultura. Apoiando a criação de novos instrumentos de captação, com o objetivo de atrair novos capitais para a aplicação no setor rural. Em dezembro de 2004, o governo brasileiro decidiu abrir novas portas para que os agentes do agronegócio fossem buscar recursos no mercado e criou novos títulos para o setor: o CDA (Certifi cado de Depósito Agropecuário), o WA (Warrant Agropecuário), CDCA (Certifi cado de Direitos Creditórios do Agronegócio), LCA (Letras de Crédito do Agronegócio) e CRA (Certifi cado de Recebíveis Agropecuários). Esses títulos têm como objetivo tornar viável o acesso do produtor a recursos de mercado, aumentando sua disponibilidade para o setor, contribuindo para a redução dos custos desses recursos. No âmbito dos investidores institucionais surge mais uma opção de aplicação. A criação desses títulos completa mais de um ano, avaliar seu desempenho e quais os principais desafi os colocados para sua expansão, torna-se importante para um melhor entendimento desses instrumentos na construção de um novo padrão de fi nanciamento setorial.

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SSD 249 - ANÁLISE DE CICLOS NA ECONOMIA BRASILEIRA. CRISTIANE MÁRCIA SANTOS; JOÃO EUSTÁQUIO DE LIMA; FLÁVIO DIAS LEAL; ANTÓNIO JOSE MEDINA DOS SANTOS BAPTISTA; UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIçOSA, MG, BRASIL; Palavras-chave: PIB; PIB Industrial; PIB Agrícola; Economia Brasileira; Análise Espectral

O presente trabalho tem por objetivo identifi car, através da análise espectral, a relação de longo prazo entre as variáveis, a tendência e os ciclos observados no comportamento das séries anuais do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no período de 1900 a 2002, do PIB Industrial e do PIB Agropecuário brasileiro, série trimestral entre 1995 e 2002. Para tanto, foi realizado um teste para a verifi cação da ordem de integração das séries analisadas, sendo que esta etapa é de fundamental importância por permitir que se determine se a série possui raiz unitária ou se é estacionária. Após a identifi cação da ordem de integração foi empregado o método de análise espectral no qual salienta a característica de domínio de freqüência das séries temporais. Os resultados indicaram que a análise espectral foi efi ciente na detecção de ciclos do PIB, do PIB Industrial e do PIB Agropecuário brasileiro. Detectaram-se, na série do PIB apenas dois ciclos médios de nove anos e outro de dois anos. Na série PIB Industrial foi detectado apenas um ciclo de quatro trimestres, ou seja, um ciclo sazonal, e na série PIB Agropecuário foi detectado dois ciclos, sendo o maior de aproximadamente trinta trimestres e um menor de aproximadamente quatro. Pode-se concluir que o PIB Industrial e o PIB Agropecuário apresentam o mesmo período, ou seja, quatro trimestres.

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SSD 250 - IMPACTO DA POLÍTICA CAMBIAL NAS EXPORTAÇÕES DE FRANGO APÓS A IMPLANTAÇÃO DO PLANO REAL (1994-2004). FRIDA LILIANA CARDENAS DIAS; JOSÉ GILBERTO DE SOUZA; FCAV-UNESP, JABOTICABAL, SP, BRASIL; Palavras-chave: Política Cambial; Avicultura de Corte; Exportações; Política Macroeconômica; Estruturação Produtiva

O trabalho procura analisar os fatores que infl uenciaram as exportações de frango a partir da implementação do plano real, enfocando como ponto principal a política cambial no período de 1994 a 2004. A produção de frango no Brasil é a atividade que em termos absolutos apresentou o maior crescimento no setor agropecuário nas últimas três décadas, diante dos avanços em genética, nutrição e sanidade, alcançando ganho de competitividade. Além disso a produção de frango obteve estruturação contratual, fatores que estiveram acompanhados do aumento do consumo de frango no Brasil e no mundo. Nos primeiros anos da década de 90 iniciou-se a abertura comercial que ampliou o volume de exportações, mas teve sua maior infl exão após os primeiros anos do plano de estabilização econômica, que operou, no período de 1994-1998, com um câmbio fi xo-ajustável (banda de fl utuação móvel) passando a partir de 1999, com a desvalorização de Real, para um câmbio fl exível, contribuindo com o perfi l de competividade deste produto no mercado internacional, permitindo ao Brasil atingir o status de primeiro exportador de carne frango, em que pese o processo de valorização cambial vivenciado no país a partir de 2005.

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SSD 251 - ANÁLISE DO IMPACTO DOS INVESTIMENTOS NA AGROPECUÁRIA SOBRE A GERAÇÃO DE PRODUTO, EMPREGO E IMPORTAÇÕES NO ESTADO DO CEARÁ. CLEYCIANNE SOUZA ALMEIDA; FRANCISCO CASIMIRO FILHO; PATRICIA SALES LIMA; UFC, FORTALEZA, CE, BRASIL; Palavras-chave: Agropecuária; Investimentos; emprego; importações; Ceara

O conhecimento do impacto da variação na demanda fi nal da agropecuária na geração de produto, emprego e importações reveste-se de grande relevância para o desenvolvimento econômico do Ceará. Este trabalho tem como objetivo geral analisar o impacto da política de investimentos na agropecuária sobre os demais setores da economia cearense, utilizando como instrumental analítico a teoria de insumo-produto. As conclusões apontam a importância da agropecuária para a economia do Estado em termos de geração de produto e de emprego, chamando a atenção para o caráter multiplicador da expansão dos investimentos voltados para este macro setor. Quanto às importações, observou-se elevada capacidade de geração de importações por parte da economia do Ceará, a partir dos investimentos aplicados na agropecuária, podendo representar um indício da fragilidade da estrutura produtiva cearense para fornecer insumos necessários à realização do seu processo produtivo. Ademais, a dependência de insumos importados pode ser prejudicial à expansão da agropecuária, caso a competitividade de seus produtos seja afetada negativamente. Por outro lado, o mesmo resultado pode representar oportunidades de negócios a serem aproveitadas, com a verticalização da produção. Para que a agropecuária cearense cumpra seu papel como indutora do desenvolvimento econômico, é imprescindível uma remodelação das políticas agrícolas vigentes.

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SSD 252 - FATORES DETERMINANTES DA INADIMPLÊNCIA DO CRÉDITO RURAL NAS ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO DE FRUTEIRAS NO ESTADO DO CEARÁ. FELIPE MUNIZ GADELHA SALES; PATRICIA SALES LIMA; AHMAD SAEED KHAN; JOSÉ AILTON NOGUEIRA DOS SANTOS; UFC, FORTALEZA, CE, BRASIL; Palavras-chave: Credito rural; inadimplência; fruteiras; ceara; produtores

O objetivo deste estudo foi identifi car os fatores de inadimplência dos produtores inseridos nas áreas de concentração de fruteiras no Estado do Ceará e comparar a inadimplência da agricultura irrigada com a sequeiro. Para identifi car os fatores da inadimplência utilizou-se um modelo econométrico – PROBIT. Os resultados mostraram que os principais fatores da inadimplência nas áreas de concentração de fruteiras no Estado do Ceará foram: nível de escolaridade, uso de irrigação, não participação do produtor na elaboração do projeto, inobservância dos princípios básicos do crédito rural (oportunidade, adequação e sufi ciência) e receitas obtidas abaixo do esperado. Sugere-se, assim uma política mais efetiva para a fruticultura, atrelada à capacitação dos produtores; tornar a irrigação, com ênfase nos mini e pequenos produtores, mais organizada e articulada, de modo a transformar essa prática agrícola em um dos instrumentos de melhoria de rentabilidade da atividade; fomentar a organização dos produtores (associação ou cooperativa), baseado nas experiências exitosas, para as áreas concentradoras de fruteiras do Estado e desenvolver estratégias visando contemplar os fruticultores que estiverem fora do perfi l adequado, uma vez que o crédito rural constitui um dos instrumentos de diversifi cação e modernização da fruticultura.

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SSD 253 - A EVOLUÇÃO DAS RELAÇÕES COMERCIAIS ENTRE CITRICULTORES E INDÚSTRIAS PROCESSADORAS DE SUCO NA FORMAÇÃO DOS PREÇOS E SUA EXPRESSÃO NO DESENVOLVIMENTO SETORIAL. MARIE ANNE NAJM CHALITA; IEA, SÃO PAULO, SP, BRASIL; Palavras-chave: citricultura; contratos; preços; desenvolvimento; confl itos

Este trabalho tem como objetivo analisar as relações comerciais entre citricultores e indústria processadora do suco concentrado e congelado (SLCC) como mediações signifi cativas da estrutura social no estabelecimento dos preços das frutas. Estas relações comerciais são relações de força que determinam a direção central do desenvolvimento setorial enquanto expressão dos interesses hegemônicos compratilhados entre as partes. A análise, a partir da de´cada de 1970, dos confl itos em torno das bases contratuais de venda das frutas que afetam a defi nição do preço das frutas a ser pago pela indústria e, postanto, as margens de remuneração dos produtores, mostra o importante papel que ele têm na defnção e evolução do padrão de estruuração do mercado.

Estes confl itos mudam de natureza: de um forte antagonismo para a constituição de um consenso relativo em torno de uma representação sobre os pressupostos da competitividade e, fi nalmente, para a atual fragmentação do mercado baseada na formação de nichos privilegiados e privativos ed comercialização das frutas. Paralelamente, verifi cam-se mudanças no complexo aparato institucional composto por sindicatos e associações civis, e defensores de distintas concepções de desenvolvimento da citricultura, aparato que tem sua ação política progressivamente fraglizada, ao longo do processo de desregulamentação da intervenção pública no setor.

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SSD 254 - CADEIA PRODUTIVA DA ALGAROBA NO PÓLO DE PRODUÇÃO DA BACIA DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO. JOSÉ LINCOLN PINHEIRO ARAUJO; REBERT COELHO CORREIA; EDILSON PINHEIRO ARAUJO; PAULO CESAR FERNANDES LIMA; EMBRAPA, PETROLINA, PE, BRASIL; Palavras-chave: ENERGETICOS FLORESTAIS; AGRICULTURA FAMILIAR; CADEIA PRODUTIVA; ALGAROBA; NORDESTE

Esta pesquisa teve como objetivo analisar a cadeia produtiva da algaroba no pólo de produção da Bacia do Submédio São Francisco, principal zona de exploração dessa arbórea no país, buscando identifi car os circuitos de mercado dos produtos oriundos da algaroba, detectar os problemas prioritários dos componentes da cadeia e indicar alternativas para soluciona-los. A metodologia para a realização do estudo foi a do diagnóstico rápido (rapid assessment ou quick appraisal), procedimento muito utilizado em análises de sistemas agroalimentares. Os resultados do estudo apontaram que essa arbórea, mesmo expandindo-se de forma subespontânea, praticamente sem a participação do produtor, traz signifi cativos impactos sócio-econômicos para a região. Constatou-se que a vagem é o produto de maior importância social e econômica da algaroba, vindo em seguida a lenha e o carvão. A fragilidade mais marcante do sistema em análise é a falta de organização dos produtores, enquanto a maior fortaleza é a capacidade produtiva que tem a algaroba para suprir a demanda por energéticos fl orestais.

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SSD 255 - SITUAÇÃO DO SETOR SUCROALCOOLEIRO NO NORDESTE: ESTRUTURAÇÃO DA CADEIA PRODUTIVA, PRODUÇÃO E MERCADO. FATIMA VIDAL FATIMA; JOSÉ AÍLTON NOGUEIRA DOS SANTOS; MARCOS ANTONIO DOS SANTOS; BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S. A, FORTALEZA, CE, BRASIL; Palavras-chave: SETOR; SUCROALCOOLEIRO; NORDESTE; MERCADO; PRODUÇÃO

O setor sucroalcooleiro do Brasil é o mais competitivo do mundo. Possui maiores níveis de produtividade, rendimento e menores custos de produção. A tendência de crescimento do preço mundial do petróleo, aliada a necessidade de redução de emissão de poluentes na atmosfera e ao alto volume de vendas dos veículos bicombustíveis deverá impulsionar de forma crescente a demanda interna e externa por álcool, sendo necessário grande volume de investimento para atender essa demanda. Com relação ao açúcar a perspectiva também é de demanda mundial crescente, infl uenciada diretamente pelo crescimento do consumo mundial de açúcar ao nível de 2% ao ano e pela perspectivas de redução da produção em países que estão investindo na produção de álcool combustível em detrimento de incrementos na produção agrícola. O objetivo geral da pesquisa foi caracterizar o setor sucroalcooleiro através da análise do mercado e da cadeia produtiva com foco na produção nordestina. O estudo foi realizado com base em pesquisa exploratória a partir de levantamento bibliográfi co, entrevista aberta aos seguimentos representativos do setor e observação direta no decorrer das visitas. Os resultados encontrados permitem concluir que: o setor sofreu uma profunda reestruturação na gestão de produção, nas relações de trabalho, além de inovações tecnológicas; o setor sucroalcooleiro nordestino apresenta competitividade no mercado externo visto que o seu custo de produção fi ca acima apenas do obtido na região Centro-Sul do Brasil; o crescimento da produção na zona da Mata nordestina depende do aumento dos níveis de produtividade por meio da ampliação da área irrigada e do aumento do rendimento industrial; e, a ampliação da fronteira da cana-de-açúcar no Nordeste deverá centrar-se no Maranhão e Piauí.

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SSD 256 - DESEMPENHO DOS FRUTICULTORES DA ÁREA DE ATUAÇÃO DO BANCO DO NORDESTE DO BRASIL - BNB. FRANCISCO RAIMUNDO EVANGELISTA; JOSÉ AILTON NOGUEIRA DOS SANTOS; MARCOS ANTÔNIO DOS SANTOS; MARIA ODETE ALVES; JOSÉ INÁCIO BESSA PIRES; BANCO DO NORDESTE DO BRASIL, FORTALEZA, CE, BRASIL; Palavras-chave: Fruticultura; Nordeste; Fruticultura irrigada; Fruticultura de sequeiro; Irrigação

As condições climáticas da sub-região semi-árida do Nordeste, que representam um obstáculo para o cultivo dos grãos e a prática da pecuária, transformam-se numa vantagem quando se trata da fruticultura irrigada. Daí a produção dos perímetros irrigados do Nordeste ter se voltado para o cultivo das frutas. Mas o Nordeste conta ainda com outras localidades onde se pratica a fruticultura de sequeiro. Por isso, a fruticultura alcançou participação importante dentro das aplicações do Banco do Nordeste do Brasil (BNB). Entretanto, constata-se que os impactos da aplicação do crédito rural na fruticultura são modestos e incompatíveis com as potencialidades da fruticultura regional, em termos de benefícios socioeconômicos e ambientais gerados. Em 2004/2005, o BNB realizou estudo com o intuito de conhecer melhor a fruticultura regional, as razões dos desempenhos constatados e especialmente as suas vulnerabilidades para, a partir disso, modifi car os procedimentos do Banco no apoio à fruticultura.

A pesquisa, resumida neste artigo, confi rma a hipótese de que as condições materiais e de conhecimento dos fruticultores, bem assim a sua integração com os meios agroecológico e socioeconômico estão fortemente correlacionadas com os resultados por eles obtidos. Os fruticultores que apresentaram melhor desempenho contam com uma base material superior à dos demais, têm uma maior dotação de conhecimento formal, contam com uma assistência técnica mais assídua e sabem buscar melhor as informações. Os resultados reforçam a importância da dotação de capital físico para uma fruticultura de sucesso mas destacam a necessidade de uma escala mínima. Destacam ainda que o fortalecimento do capital humano, na forma de educação voltada para a produção, a comercialização e a gestão da propriedade deveria ter tanta importância quanto o capital físico.

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SSD 257 - ANÁLISE DE COMPETITIVIDADE DA COTONICULTURA NA REGIÃO DO TRIÂNGULO MINEIRO/MG – APLICAÇÃO DA MATRIZ DE ANÁLISE DE POLÍTICA. RENATO DOS SANTOS GONÇALVES; MAYRA BATISTA BITENCOURT; LEONARDO BARROS REZENDE; FUNEDI/UEMG, DORES DO INDAIÁ, MG, BRASIL; Palavras-chave: Cotonicultura; MAP; Triângulo Mineiro; polít ica agrícola; competitividade

Neste início do século XXI, a cotonicultura mineira vem reconquistando espaço e apostando numa retomada de crescimento, objetivando a auto-sufi ciência no abastecimento da indústria têxtil do estado. Desta forma, o objetivo geral deste trabalho consiste em analisar a competitividade da cotonicultura na região do Triângulo Mineiro/MG. Para tanto, utilizou-se como metodologia a Matriz de Análise de Políticas (MAP), desenvolvida por MONKE E PERSON (1989). Os resultados da MAP mostram que a cotonicultura mineira não é competitiva a nível internacional. E ainda, revela-se uma desproteção de 57%, isto signifi ca, que os produtores da região, precisam de benefício desta mesma ordem, para conceder a competitividade ao produto. Portanto, através deste estudo, nota-se que a não competitividade do produto se deve principalmente por parte do governo. Para a região em estudo ser competitiva não basta só ter tecnologia de ponta, mas também ações públicas que vêem a benefi ciar e dar competitividade ao produto.

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SSD 258 - COMPETITIVIDADE E CONCENTRAÇÃO DE MERCADO: UMA ANÁLISE DA AVICULTURA NAS MESORREGIÕES OESTE E SUDOESTE PARANAENSE. NATALINO HENRIQUE MEDEIROS; DIANE APARECIDA OSTROSKI; FASUL, TOLEDO, PR, BRASIL; Palavras-chave: Avicultura paranaense; competitividade; concentração de mercado; índice CR4; índice CR8

Este artigo apresenta uma análise da competitividade e concentração de mercado agroindustrial avícola nas mesorregiões oeste e sudoeste paranaense, visando verifi car o grau de concentração existente no segmento de abate de carne de frango. Os dados coletados permitiram analisar a dinâmica competitiva nesse agronegócio, a partir do abate anual de frangos, processamento, mercados interno e externo. Como metodologia utilizou-se o índice razão de concentração (CR) para verifi car o desempenho das maiores empresas abatedouras e processadoras de frangos, nas mesorregiões oeste e sudoeste paranaense. Os resultados conclusivos permitiram evidenciar a participação da Sadia como empresa líder nesse segmento avícola, com característica de um oligopólio concentrado-diferenciado.

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SSD 259 - ESTRATÉGIAS ADMINISTRATIVAS E OPERACIONAIS UTILIZADAS PELAS USINAS DE AÇÚCAR E ÁLCOOL DA REGIÃO DE RIBEIRÃO PRETO (SP). MARCELO DAMUS ABDO; CARLOS EDUARDO VIAN; ROBERTO ARRUDA DE SOUZA LIMA; ESALQ USP, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: Açúcar e álcool; Estratégias Administrativas; Financiamento. ; Mercados Futuros; Concorrência

Até o início dos anos 90, a agroindústria canavieira foi um dos setores em que a intervenção estatal foi mais intensa. Recursos de crédito ofi cial cobriam mais de 80% dos investimentos fi xos em destilarias e na produção de cana-de-açúcar. Com o esgotamento da capacidade de fi nanciamento do Estado e a desregulamentação ocorrida no setor, houve a necessidade das empresas buscarem fontes alternativas de fi nanciamento. Este artigo, através de estudo de multicaso, apresenta uma análise das condutas fi nanceiras das empreses do Complexo Canavieiro da região de Ribeirão Preto – SP. Para verifi car semelhanças e diferenças entre condutas fi nanceiras adotadas pelas empresas dessa região, foram realizadas entrevistas estruturadas com representantes das usinas e destilarias. Constatou-se que existe pouca diferença nas gestões das usinas da região de Ribeirão Preto, independentemente do porte das empresas. Observa-se a necessidade de mudança cultural dos profi ssionais que atuam no seguimento para que as operações de mercado futuro e opções sejam mais utilizadas, sendo que, atualmente, as empresas pertencentes ao setor sucroalcooleiro limitam-se a utilizar operações de Trade Finance tradicionais no gerenciamento fi nanceiro.

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SSD 260 - CARACTERIZAÇÃO DA PRODUÇÃO DE MANDIOCA E FORMAS DE INSERÇÃO NO MERCADO DA REGIÃO ALTA PAULISTA. LEONARDO DE BARROS PINTO; SANDRA CRISTINA DE OLIVEIRA; ELIAS JOSÉ SIMON; GESSUIR PIGATTO; UNESP, TUPÃ, SP, BRASIL; Palavras-chave: cadeia agroindustrial da mandioca; mandioca; competitividade; agronegócio;.

A cultura da mandioca, sobretudo na última década, assumiu posição de destaque no agronegócio. Nota-se o esforço dos agentes envolvidos na cadeia agroindustrial para que a mesma se torne mais competitiva assegurando e buscando ampliar os resultados sociais e econômicos possíveis nesta atividade. Tais preocupações surgem de maneira particular na Região Alta Paulista, principalmente, a partir da instalação de duas fecularias nos municípios de Arco-Íris e Tupã. Portanto, o presente trabalho buscou caracterizar a inserção dos distintos agentes envolvidos neste processo, nesta região. Para tanto, além de explorar dados secundários, foram aplicados questionários semi-estruturados junto aos agentes institucionais da região. Notou-se a preocupação dos produtores quanto à necessidade do emprego de sistemas efi cientes de controle, como por exemplo, aqueles relativos aos custos de produção. Outro fator relevante foi a gestão dos recursos naturais, sobre o qual os entrevistados declararam sentir falta de programas de capacitação e conscientização sobre os riscos ambientais inerentes à atividade. A difi culdade de acesso ao crédito, pelo excesso de burocracia, foi outro fator apontado como inibidor da competitividade. Além disso, o encarecimento da produção, sobretudo do valor dos arrendamentos de terra; a instabilidade das relações de mercado, devido ao descumprimento dos contratos, ora pelas empresas ora pelos produtores, caracterizaram-se como entraves para inserção no mercado. As empresas ainda enfrentam desafi os quanto ao tratamento de efl uentes, todo caso, apresentam bom nível de gestão, tradição no setor, boa localização das plantas industriais, além de declararem baixo nível de endividamento, o que sugere capacidade de investimento.

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SSD 261 - PERSPECTIVAS PARA A CULTURA DA MAMONA NO NORDESTE EM 2006. FRANCISCO LEANDRO DE PAULA NETO; RODRIGO MAGALHÃES NEIVA SANTOS; JOSÉ MARIA MARQUES DE CARVALHO; BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S. A., FORTALEZA, CE, BRASIL; Palavras-chave: mamona; biodiesel; agricultura familiar; sementes; viabilidade econômica

A cultura da mamona tem tido grande espaço nas discussões no meio rural. Tal fato se deve ao seu uso promissor no Programa Biodiesel, um dos programas prioritários do Governo Federal. Acredita-se que a referida cultura possa dar importante contribuição para alavancar a geração de emprego e renda no semi-árido nordestino, tendo massiva participação do agricultor familiar nesse processo. O presente documento tem como objetivos: levantar o volume de produção de sementes certifi cadas produzidas em 2005, estimar a área a ser plantada em 2006, discutir os preços do grão praticados para o produtor, analisar os preços do óleo praticados no mercado internacional e avaliar as perspectivas para a cultura da mamona frente à questão do biodiesel no Brasil. Como resultado do estudo, espera-se que os baixos preços apresentados em 2005 infl uam na área cultivada em 2006. Portanto, a área a ser plantada na safra 2005/2006 deve cair, fi cando próxima a 130 mil hectares em todo o país, sendo a Região Nordeste responsável por quase toda a produção nacional, com cerca de 125 mil hectares plantados. Essa queda na área plantada deverá ocorrer mesmo com a elevação da demanda de grãos de mamona em decorrência necessidade do cumprimento dos contratos estabelecidos nos leilões da ANP e dos contratos de exportação do produto, dando margem para possíveis aumentos no preço do grão. Apensar da redução da área plantada total, alguns estados na Região, como o Ceará, o Rio Grande do Norte e a Paraíba, devem obter um pequeno incremento em sua produção.

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SSD 262 - CARACTERIZAÇÃO E INSERÇÃO DA ATIVIDADE LEITEIRA NA REGIÃO ALTA PAULISTA. SANDRA CRISTINA DE OLIVEIRA; LEONARDO DE BARROS PINTO; ELIAS JOSÉ SIMON; GESSUIR PIGATTO; UNESP, TUPÃ, SP, BRASIL; Palavras-chave: leite; competitividade; mercado; laticinios; produção

A atividade leiteira sempre esteve presente na Região Alta Paulista, desempenhando um papel relevante na geração de emprego e renda. Esta atividade passou por mudanças na década de 1990 que ocorreram em âmbito nacional, e que trouxeram modifi cações no seu modo de produção e de inserção no mercado. Este trabalho tem por objetivo caracterizar a pecuária leiteira na Região Alta Paulista, bem como as formas de inserção dos diferentes agentes envolvidos na mesma. Foram aplicados questionários semi-estruturados às empresas e produtores listados por agentes institucionais da região. Observou-se que a ação coletiva aparece como uma estratégia fundamental para minimizar os problemas enfrentados pelo setor de produção, uma vez que a dinâmica de mercado vem atuando no sentido de selecionar os produtores de leite por escala de produção, qualidade da matéria-prima e profi ssionalismo na gestão dos negócios. As empresas entrevistadas apresentam carência de programas de acompanhamento de mão-de-obra, planejamento estratégico, tecnologia de informação e investimento em marketing. A falta de conhecimento sobre os benefícios (ou existência) de algumas ferramentas de gestão pode justifi car tais resultados, e comprometem seriamente a competitividade da empresa. Porém, a solução está sob controle direto da própria empresa. Tais iniciativas mostram-se como alternativas para uma melhor inserção da produção e da indústria de laticínios no mercado.

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SSD 263 - INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA NO SEGMENTO DE PRODUÇÃO DO CAFÉ EM MINAS GERAIS. LUIZ ANTONIO ABRANTES; RICARDO PEREIRA REIS; CARLOS ANTONIO MOREIRA LEITE; MARCO AURÉLIO MARQUES FERREIRA; UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL; Palavras-chave: CAFÉ; TRIBUTAÇÃO; CADEIA AGROINDUSTRIAL; PRODUÇÃO RURAL; IMPOSTOS INDIRETOS

Este trabalho busca estimar o montante da incidência tributária na composição do preço fi nal do café no segmento primário da cadeia agroindustrial em Minas Gerais e suas principais implicações na formação do custo de produção. Para tanto adotou, como espaço de análise, o conjunto de agentes representativos do segmento produtor da cadeia agroindustrial do café, considerando-se as fases do processo de produção, benefi ciamento e comercialização dos produtos, numa visão contábil-fi nanceira. Os resultados mostram que apesar da política de desoneração explícita, principalmente relacionada ao ICMS, PIS e Cofi ns, esse segmento é de fato signifi cativamente tributado. Essa desoneração acabou transformando-se numa medida paliativa, visto que grande parte dos tributos pagos nas etapas anteriores, referentes aos insumos e bens de capital, incide em cascata e onera o processo de produção e circulação de mercadorias e serviços. Considerando a estrutura de custos adotada, observa-se que o impacto conjunto do ICMS, do PIS/Cofi ns, CPMF e das contribuições previdenciárias onerou o custo de produção em 8, 66%. Agregando-se a esta a carga tributária relativa à comercialização e computando-se o efeito da CPMF, a carga efetiva tem seu valor alterado para 11, 64%.

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SSD 264 - CONSTRUÇÃO DA CADEIA PRODUTIVA DO TURISMO EM BONITO/MS. ANDERSON TEIXEIRA BENITES; ANDRÉ KOUTCHIN DE ALMEIDA; LIS DAMASCENO DE OLIVEIRA; JORDANA DUENHA RODRIGUES; FUNDAÇÃO CÂNDIDO RONDON, CAMPO GRANDE, MS, BRASIL; Palavras-chave: Cadeia Produtiva; Turismo; Desenvolvimento Regional; Mato Grosso do Sul; Bonito

Este trabalho apresenta um modelo para o desenho da cadeia produtiva do turismo em Bonito/ MS. Demonstra os antecedentes que sustentaram a iniciativa de se realizar o presente estudo. Parte de análises conceituais acerca da atividade turística e identifi ca, de forma preliminar, a articulação dos elos do ecoturismo bonitense. Com essas refl exões espera-se estar contribuindo com o debate sobre a questão das estratégias para o planejamento do setor turístico e o desenvolvimento da região.

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SSD 265 - CONCORRÊNCIA E ESTRATÉGIAS DE PRECIFICAÇÃO NO SISTEMA AGROINDUSTRIAL DO LEITE. PAULO FURQUIM DE AZEVEDO; RICARDO POLITI; FGV-EESP, SÃO PAULO, SP, BRASIL; Palavras-chave: concorrência; leite; preços; supermercados; laticínios

O objetivo deste artigo é caracterizar o padrão de concorrência no mercado de leite fl uido (longa vida e pasteurizado) na cidade de São Paulo a partir de evidências sobre os movimentos de preços no varejo e do comportamento das margens de mercado. O período analisado foi de dezembro de 1999 à dezembro de 2005 com dados de preços ao consumidor da FIPE e dados de preços ao produtor da CEPEA/ USP. Identifi cou-se que o padrão de concorrência do leite longa vida é bastante diverso do encontrado para o leite pasteurizado. Enquanto para o longa vida o padrão de concorrência é próximo do modelo competitivo, para o leite pasteurizado o padrão encontrado foi de pouca concorrência. Para compreender essas diferenças, foi discutido o aspecto locacional do varejo e a importância do mercado geográfi co relevante. Utilizou-se o modelo originalmente proposto por Houck (1977) acrescido das observações feitas por Carman e Sexton (2005). Essa abordagem separa as variáveis explicativas entre aumentos e diminuições de preços pagos ao produtor. Além de maior clareza na sua estrutura, essa construção permite comparar a defasagem entre esses dois movimentos e estudar a estratégia de preços dos agentes a partir das margens dos intermediários. Os resultados permitem algumas inferências para análises setoriais e de políticas públicas voltadas à produção leiteira. O vertiginoso crescimento das vendas de leite longa vida, absorvendo grande parte do mercado antes abastecido pelo leite pasteurizado, trouxe maior concorrência nos segmentos de indústria e distribuição, assim como maior velocidade de transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva. Entretanto, a precifi cação com markups com percentual fi xo, observada no leite longa vida, indica que indústria e distribuição gozam de algum poder de mercado e que variações de custo da matéria-prima são repassadas mais que proporcionalmente, em termos absolutos, ao consumidor fi nal.

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SSD 266 - CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA DE PRODUTORES DE FRANGO DE CORTE NO BRASIL: UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE REGIÕES BRASILEIRAS. LUÍS ALBERTO FERREIRA GARCIA; UNIOESTE, CASCAVEL, PR, BRASIL; Palavras-chave: Complexo Avícola; Frangos de Corte; Produtores de Frango; Caracterização ; Sócio-Econômica

Este trabalho apresenta os principais resultados de pesquisa de campo, realizada de em uma amostra de 229 (duzentos e vinte e nove) produtores de frangos de corte dos principais estados produtores do Brasil. Com esse instrumento de pesquisa básica, identifi cam-se as principais variáveis econômicas, sociais e ambientais visando à caracterização dos produtores, de acordo com as regiões onde estão inseridos. Esta caracterização sócio-econômica dos produtores de frango de corte se confi gura a partir da identifi cação de uma região tradicional produtora, compreendendo os estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais e de uma região de expansão abrangendo os estados do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. Conclui-se que a amostra de produtores de frango pesquisada representa bem as realidades regionais, com o predomínio de produtores com pequenas propriedades e menor capacidade produtiva no Sul do país e Minas Gerais e produtores com propriedades maiores e níveis de produção mais elevados nos estados do Centro-Oeste brasileiro. Nas regiões Oeste do Paraná e no Triângulo Mineiro (regiões tradicionais produtoras de soja e milho) encontramos os produtores com maiores áreas de terra e com as maiores capacidades de alojamento de aves da amostra da região tradicional. No Centro-Oeste, os produtores visitados no estado do Mato Grosso do Sul foram os que apresentaram menores áreas de terra e menores estratos de capacidade de produção de frangos de corte, enquanto os produtores pesquisados do estado de Goiás foram os que apresentaram os maiores estratos de capacidade de produção da região.

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SSD 267 - ESTUDO DE IMPACTO ECONÔMICO (EIS) PARA O SETOR AGROINDUSTRIAL CANAVIEIRO PAULISTA E ALAGOANO: CONJUNTURA E AGENDA DE PESQUISA. CARLOS EDUARDO VIAN; ROBERTO ARRUDA DE SOUZA LIMA; ARAKEN ALVES LIMA; ESALQ USP, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: Açúcar e álcool; Estratégias Competitivas; Organização Industrial; Políticas Públicas; Emprego

Este Economic Impact−artigo apresenta uma aplicação do método EIS (Policy Research Study) no complexo Agroindustrial Canavieiro. Parte-se do Paradigma Estrutura-Conduta-Desempenho, considerando as mudanças no ambiente de mercado e os impactos no comportamento de seus participantes. Observa-se que a estrutura da indústria teve uma evolução diferenciada nas duas regiões analisadas no pós desregulamentação estatal nos anos 1990. Foi favorável em São Paulo, com redução da concentração técnica e com aumento da competição, via segmentação da produção, diferenciação de produto e centralização de capitais. Em Alagoas ocorreu concentração técnica, conjugadas com as mesmas estratégias adotadas no Centro-Sul. O lado ruim deste processo foi o crescente desemprego, impactos ambientais negativos e a manutenção da concentração de renda no setor.

Este panorama demonstra questões que ainda não estão consolidadas, são tendências do segmento que precisam ser acompanhadas para se analisar os seus desdobramentos futuros, visando à formulação de propostas de políticas consistentes de combate aos problemas do setor.

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SSD 268 - FLRORICULTURA EM PERNAMBUCO: PERSPECTIVAS DE CRESCIMENTO PARA 2020. AMANDA AIRES VIEIRA; GUSTAVO RAMOS SAMPAIO; YONY DE SÁ BARRETO SAMPAIO; UFPE, RECIFE, PE, BRASIL; Palavras-chave: Floricultura; Cadeia Produtiva; Flores; Exportação; Perspectivas para Pernambuco

A fl oricultura em Pernambuco teve início na região agreste há cerca de 30 anos. Nessa época, as fl ores tradicionais ou temperadas despertavam o interesse de diversos produtores pela potencialidade do mercado e pelas condições climáticas favoráveis da região. Com uma área cultivada em expansão e movimentando cerca de R$ 30 milhões/ano em toda cadeia de produção e comercialização, o estado de Pernambuco desponta como o maior produtor de fl ores tropicais e o quinto de fl ores temperadas do Brasil. As projeções apontam para uma ampliação no cultivo de fl ores tropicais, uma vez que o estado possui um grande diferencial, tanto em qualidade quanto em durabilidade para essas espécies. Fatores como o cultivo durante todo o ano e possibilidades de suprir os mercados estrangeiros nas janelas de quedas de oferta marcarão a produção do estado. Do lado da oferta, as perspectivas contemplam uma pequena variedade de fl ores a ser produzida em Pernambuco, estando essas já, razoavelmente, estabelecidas. A área cultivada com fl ores tropicais deverá ser ampliada. Com esse alargamento, a oferta tenderá a ser mais contínua, saindo do caráter sazonal. Do lado da demanda, as projeções vão no sentido de uma ampliação do consumo tanto a nível local quanto a nível internacional, uma vez que a procura interna e externa vem crescendo ao longo dos anos. O cenário mais imediato é balizado por um mercado bastante competitivo para as fl ores temperadas. No caso da fl oricultura tropical, as perspectivas imediatas são, comparativamente, melhores, tendo em vista a boa qualidade das fl ores e a pequena quantidade de produtores, quando comparado com o mercado das fl ores tradicionais. Tend em vista tal contexto, é possível observar a necessidade urgente de estudos de mercado que permitam dar orientações à oferta, principalmente tendo em vista as áreas já implantadas no estado, para que não venha a ocorrer, no curto prazo, restrições e perdas em um mercado que se afi gura bastante promissor no longo prazo.

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SSD 269 - A GESTÃO DA CADEIA PRODUTIVA AGROINDUSTRIAL DO LEITE E O MAPEAMENTO DO ARRANJO PRODUTIVO LOCAL: CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DE RONDÔNIA. MARILUCE PAES SOUZA; THEOPHILO ALVES SOUZA FILHO; NARA ELIANA MILLER SERRA; MOACYR BORIS; FABIANA RODRIGUES RIVA; UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDôNIA, PORTO VELHO, RO, BRASIL; Palavras-chave: Cadeia Produtiva; Agronegócio; Arranjo Produtivo; Rondônia; Amazônia

A partir do mapeamento do Arranjo Produtivo do Leite na Região Central de Rondônia, o estudo da cadeia produtiva agroindustrial possibilitou que se compreendesse a sua estrutura e o seu funcionamento, favorecendo a analise de cada um dos segmentos – fornecedores de insumos, produtores, indústrias processadoras, distribuidores (atacado e varejo) –, bem como as formas de interações intra e inter-empresas situadas na cadeia. No entanto, o estudo do Arranjo Produtivo Local do Leite – APLLeite, possibilitou que se conhecesse a formação e trajetória das empresas, considerando a sua identifi cação, formação e, sua experiência inicial e vantagens associadas ao ambiente local, o que privilegia as formas de cooperação e interação entre os distintos segmentos econômicos, sociais e políticos que formam o ambiente institucional do arranjo produtivo local da pecuária de leite na Região Central de Rondônia, as quais condicionam o processo local de aprendizagem, e também o contexto político e histórico-cultural de seu desenvolvimento.

Análise da gestão da cadeia produtiva agroindustrial do leite em Rondônia concentra-se nas suas características regionais e tem como base empírica os segmentos encontrados no Estado.

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SSD 270 - EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DE MAÇÃ EM SANTA CATARINA: NOVAS ESTRATÉGIAS EM BUSCA DA COMPETITIVIDADE. LAÉRCIO BARBOSA PEREIRA; FLÁVIO JOSÉ SIMIONI; SILVIO ANTONIO FERRAZ CARIO; UFSC, FLORIANÓPOLIS, SC, BRASIL; Palavras-chave: Produção de maçã; Estratégias Competitivas; Fatores Limitantes; Evolução; Competitividade

A cadeia produtiva de maçã apresentou nos últimos anos, uma signifi cativa evolução na produção de maçã, que possibilitou a conquista de uma posição mais competitiva no mercado nacional e internacional. Neste sentido, o objetivo neste trabalho foi caracterizar a evolução da produção e do mercado de maçã, buscando identifi car as estratégias que foram responsáveis pela conquista desta posição competitiva. As principais conclusões foram: a) a produção de maçã cresceu signifi cativamente nos últimos anos, deslocando a participação da maçã importada no mercado interno e conquistando espaço no mercado externo; b) as principais estratégias responsáveis por esta conquista estão relacionadas às tecnologias de produção aplicadas nos pomares com o intuito de aumento da produtividade, redução do uso de defensivos agrícolas e aumento da qualidade da maçã, especialmente a Produção Integrada de Maçã (PIM); e c) o principal fator crítico é a falta de estrutura de produção, conservação e comercialização da produção em pequena escala.

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SSD 271 - ANÁLISE DA POLÍTICA DE ASSENTAMENTOS RURAIS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: O CASO DO ASSENTAMENTO ASSOCIAÇÃO MUTIRÃO DA CONQUISTA – VALENÇA / RJ. DANIELLE BARBOSA DA SILVA DE OLIVEIRA; GLAUCIO JOSÉ MARAFON; UERJ, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL; Palavras-chave: Reforma Agrária; Assentamentos rurais; assentamento Associação Mutirão da Conquista ; Valença; Rio de Janeiro

A temática da reforma agrária tornou-se alvo de inúmeros estudos e debates ao longo dos últimos anos. Este debate está presente no cenário político brasileiro, de maneira bastante intensa ao longo de toda a história, aparecendo, no entanto, com contornos e representações diferentes.

O debate sobre a reforma agrária encontra-se cada vez mais acirrado no Brasil, porém, a melhor maneira de se realizar a reforma agrária, é hoje, um grande desafi o tanto para aqueles que estão diretamente ligados ao processo de luta pela terra, quanto para os estudiosos do assunto. Analisar a questão, levando em consideração as inúmeras transformações sofridas pela agricultura, bem como situar o tema na atualidade, sem deixar de lado todo o histórico da luta pela terra no Brasil e a grande dimensão territorial do país, torna o tema cada vez mais complexo.

Entender como o estado do Rio de Janeiro encontra-se inserido em todo esse movimento em prol da reforma agrária, desperta interesses, uma vez que este apresenta características peculiares como a intensa metropolização e urbanização, que podem se tornar entraves a uma política de reforma agrária.

O estado do Rio de Janeiro possui variados projetos de assentamentos de responsabilidades distintas, sendo alguns criados pelo governo estadual (ITERJ) e outros originários da ação do governo federal (INCRA). Desta forma, procuramos entender o papel diferentes órgãos governamentais enquanto realizadores de uma política de reforma agrária, tendo como estudo de caso o Assentamento Associação Mutirão da Conquista, que se localiza no município de Valença, na Região do Médio Vale do Paraíba Fluminense.

Assim, entendemos que o debate sobre a reforma agrária deve estar associado à discussão a respeito de soluções para se construir uma sociedade mais justa e democrática. Para tanto, torna-se necessário repensar a reforma agrária para que esta volte a ser analisada enquanto política de combate às desigualdades no meio rural.

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SSD 272 - A BUSCA PELA ESTABILIDADE ECONÔMICA E OS SEUS EFEITOS SOBRE O PROJETO FOME ZERO NO BRASIL. NIEMEYER ALMEIDA FILHO; LUCIANA ROSA DE SOUZA; INSTITUTO DE ECONOMIA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLâNDIA, UBERLâNDIA, MG, BRASIL; Palavras-chave: Fome Zero; política social; desenvolvimento capitalista; política de desenvolvimento; estabilidade

Resumo: este artigo visa apreender a evolução da política social no Governo Lula, em específi co do programa Fome Zero, que é uma proposta de segurança alimentar. A hipótese é de que a primazia dada à estabilidade econômica contaminou como um vírus letal a política de desenvolvimento de Governo, transformando-a numa política de transferência de renda. O propósito é mostrar como a gestão de Governo deu encaminhamento ao Plano Plurianual 2004-2007, e, em especial, ao FOME ZERO, programa síntese das ações sociais de desenvolvimento.

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SSD 273 - INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO EM ASSENTAMENTOS RURAIS E PERIFERIA URBANA: ESTUDO DE CASO DOS ASSENTAMENTOS DE CÓRREGO RICO (JABOTICABAL-SP), REAGE BRASIL (BEBEDOURO-SP) E ÁREA PERIFÉRICA URBANA (JARDIM ALVORADA) JABOTICABAL-SP. NATALIA FREIRE BELLENTANI; JOSÉ GILBERTO DE SOUZA; FCAV-UNESP, JABOTICABAL, SP, BRASIL; Palavras-chave: Reforma Agrária; Política Assistencial; Periferia Urbana; Desenvolvimento; Política Pública

O trabalho realiza uma análise dos principais indicadores de composição do Indice de Desenvolvimento Humano em Assentamentos Rurais de Córrego Rico (Jaboticabal-SP) e Reage Brasil (Bebedouro-SP) e Jardim Alvorada, área periférica do município de Jaboticabal. Com base nos levantamentos de campo verifi cou-se que as áreas de assentamento apresentam maiores níveis de escolaridade, longevidade e renda, em relação aos apresentados na árera urbana. Constatou-se ainda que nos assentamentos rurais o percentual de participação das rendas oriundas de programas sociais na composição das rendas familiares é inferior à área urbana, destacando que as políticas públicas de reforma agrária diante de sua característica de ocupação, trabalho e renda, minimizam a importância de política exógena e de carater meramente assistencial.

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SSD 274 - EVOLUÇÃO DAS ATIVIDADES PRODUTIVAS DO ASSENTAMENTO ANHUMAS: LUTAS E PERCALÇOS. THAYS FLORIANO BEZERRA; ANTONIO LÁZARO SANT ANA; UNESP, ILHA SOLTEIRA, SP, BRASIL; Palavras-chave: assentamento rural; caracterização da produção; evolução da produção; Anhumas; região de Andradina-SP

Este trabalho faz parte de um projeto mais amplo que visa estudar as experiências relativas à produção e à comercialização relevantes para melhorar a renda e/ou a percepção de bem estar das famílias dos assentamentos da região de Andradina. Neste caso está sendo estudado o Assentamento Anhumas, no município de Castilho (SP). Foi elaborado um questionário, em duas versões, uma para os produtores individuais e outra para os grupos, e aplicado no início de 2005 junto a 20 famílias (31, 7% do total). Em seguida foram realizadas entrevistas, visando o resgate do histórico de lutas e para compreender as estratégias dos produtores. Em janeiro de 2006 foi realizada a atualização dos dados do questionário. A atividade principal do Assentamento Anhumas é a pecuária de leite e, embora pouco tecnifi cada, apresentou aumento da produtividade no decorrer do período de análise (um ano). As culturas anuais, quando semeadas visando a comercialização, apresentaram problemas de rentabilidade. Os produtores que haviam feito fi nanciamento tiveram difi culdade de saldar as dívidas e na safra seguinte ocorreu uma diminuição signifi cativa da área cultivada de algodão e milho. Os produtores têm buscado alternativas de produção/comercialização, como o plantio de olerícolas diversas, a comercialização direta ao varejo ou ao consumidor, visando aumentar e diversifi car a renda do lote. A produção para o autoconsumo é signifi cativa e embora não gere renda monetária, é um importante mecanismo de reprodução social. Um dos grupos (Associação) tem sido mais dinâmico, tendo adquirido um tanque de expansão e tentado articular outras ações para melhorar a produção dos assentados. De modo geral, ocorreu uma melhoria considerável da qualidade de vida das famílias e a maioria tem conseguido evoluir em termos de produção e infra-estrutura do lote, mas ainda basicamente utilizando recursos públicos recebidos via crédito.

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SSD 275 - TRABALHO E PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NAS DECISÕES EM DOIS ASSENTAMENTOS DA REGIÃO DE ANDRADINA-SP. JULIANA MORENO TRIGO; ANTONIO LÁZARO SANT ANA; UNESP, ILHA SOLTEIRA, SP, BRASIL; Palavras-chave: trabalho feminino; família e relações de gênero; participação nas decisões; assentamentos rurais; região de Andradina-SP

Este texto analisa o trabalho da mulher, sua participação ou exclusão em certos espaços e decisões, nos assentamentos Timboré e Orlando Molina da região de Andradina (SP). A seleção das mulheres pesquisadas foi realizada a partir do banco de dados de um projeto mais amplo que estuda as experiências que tem contribuído para melhoria da renda e/ou da percepção bem estar das famílias nestes assentamentos. Pesquisou-se 50% das mulheres, cujas famílias participaram do projeto mais amplo, totalizando 28 mulheres (18 do Timboré e 10 do Orlando Molina). Os critérios para a seleção das mulheres buscaram expressar a diversidade existente em termos de idade, grau de escolaridade, número de fi lhos, tipo de trabalho realizado, participação (ou não) em ações grupais. O questionário aplicado junto às mulheres (responsáveis ou co-responsáveis pelo lote) levantou dados sobre a participação das mulheres no trabalho do lote e na compra e venda de produtos agropecuários; a participação e a distribuição das decisões dentre os membros da família em atividades relacionadas a agentes externos na área de saúde, educação, política e capacitação técnica; a percepção das mulheres em relação ao seu trabalho, à sucessão da propriedade e as expectativas para o futuro; e a participação destas em organizações coletivas. Verifi cou-se que a maioria das mulheres acumula as funções de trabalho doméstico e agropecuário, e algumas ainda desenvolvem outras atividades remuneradas. Esta participação relevante da mulher no trabalho e na renda, não lhes proporciona, na mesma proporção, participação nas decisões, especialmente aquelas referentes a produtos destinados à comercialização e em ações que envolvem agentes externos à família e/ou ao assentamento. Este fato mostra que a mulher continua sendo excluída de alguns espaços decisórios, pois embora possa ser consultada sobre diversos assuntos, a decisão fi nal cabe ao marido, evidenciando que prevalece a idéia hierárquica de autoridade ligada ao masculino.

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SSD 276 - SISTEMAS DE PRODUÇÃO E COMPOSIÇÃO DA RENDA EM ÁREAS DE REFORMA AGRÁRIA: O CASO DE DOIS ASSENTAMENTOS EM ILHÉUS (BA). ANA MÔNICA HUGHES DE PAULA; SEI, SALVADOR, BA, BRASIL; Palavras-chave: reforma agrária; assentamentos; sistemas de produção; tipologia; renda

O trabalho analisa os diferentes sistemas de produção implementados por famílias em dois projetos de assentamento no município de Ilhéus, na Bahia. A metodologia empregada baseia-se na abordagem sistêmica, reconstituindo-se a evolução do sistema agrário do território, identifi cando e quantifi cando as rendas agrícolas e não-agrícolas. Caracteriza os sistemas de produção praticados pelos assentados e suas famílias, bem como apresenta a sua tipologia. As informações foram obtidas através de dados secundários e de uma pesquisa de campo realizada junto a 35 famílias. Trata-se especifi camente de comparar a renda de 23 famílias de um assentamento (Frei Vantuy), em implantação, com a de 12 famílias de outro assentamento (Fábio Henrique), em consolidação. Os dois assentamentos contavam com equipe de assistência técnica, infraestrutura e crédito instalação liberado. Os resultados evidenciaram 04 sistemas de produção típicos entre os diversos atualmente trabalhados pelos assentados no município, em grande parte relacionados com as culturas de cacau, sistema agrofl orestal e sistema quintal, além de evidenciar a importância das rendas não-agrícolas na composição da renda total dos agricultores familiares de um território fortemente marcado pela pluriatividade.

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SSD 277 - A INSERÇÃO DA FRUTICULTURA IRRIGADA COMO ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO: UM ESTUDO NA REGIÃO DA CAMPANHA NO RS. RÉGIS RATHMANN; DEBORA NAYAR HOFF; OMAR INÁCIO BENEDETTI SANTOS; ANTONIO DOMINGOS PADULA; DANIEL ARRUDA CORONEL; UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: desenvolvimento; economia regional; diversificação; agricultura; fruticultura

As mais recentes discussões acerca da pobreza mostram uma predominância na metade sul do Rio Grande do Sul de uma situação de subdesenvolvimento, não sendo incomum relacionar-se essa situação com a crise da pecuária e da orizicultura. Estes são setores que sofrem com as políticas econômicas ligadas à abertura da economia, bem como pela pressão por ampliação da competitividade. Tal processo faz com que a região venha apresentando desempenhos inferiores à média estadual quando analisados indicadores como PIB e renda per capita. Visando minimizar esta situação, os mais diversos setores governamentais elaboram estratégias de desenvolvimento. Uma destas é a do Programa de Desenvolvimento da Fruticultura Irrigada na Metade Sul/RS. Este artigo, neste contexto, tem como objetivo apresentar os resultados observados no PIB e no IDH de dois municípios localizados na Região da Campanha do RS, além de apresentar os efeitos observados sobre a qualidade de vida dos produtores após a implantação da fruticultura em suas propriedades. Com base nos dados coletados e na metodologia escolhida pode-se dizer que a diversifi cação produtiva das propriedades rurais contribui para melhorar a qualidade de vida dos produtores, havendo efeitos positivos no PIB per capita e no IDH dos municípios estudados.

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SSD 278 - CARACTERIZAÇÃO DOS PRODUTORES FAMILIARES DE LEITE DE MONÇÕES (SP). MARIA APARECIDA TARSITANO; JULIANO ALARCON FABRICIO; ÉRCIO ROBERTO PROENÇA; UNESP, ILHA SOLTEIRA, SP, BRASIL; Palavras-chave: Pecuária leiteira; Tecnologia; Renda; Agricultura familiar; problemas

A importância da pecuária leiteira na agricultura familiar do município de Monções motivou a realização desta pesquisa com o objetivo de caracterizar e analisar esta atividade. A metodologia foi um levantamento primário de dados realizado junto a todos os produtores rurais do município de Monções. O instrumento de coleta de dados foi um questionário elaborado visando levantar as principais características dos produtores, de suas famílias e das propriedades. Como o objetivo central da pesquisa é estudar a agricultura familiar, após a tabulação e análise dos dados levantados por meio do questionário, realizou-se entrevista com todos os produtores familiares, visando investigar, com maior profundidade, a produção leiteira, a tecnologia utilizada, a quantidade de leite, os preços médios obtidos, as expectativas e as difi culdades destes produtores. Os resultados obtidos na pesquisa evidenciam a importância da pecuária leiteira, que representa a maior fonte de renda para a agricultura familiar do município de Monções, indicando que ações mais específi cas, direcionadas a estes pequenos produtores, poderão resultar em maior êxito nas políticas públicas e privadas de desenvolvimento local e regional.

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SSD 279 - ANÁLISE ECONÔMICA DA CULTURA DE ALGODÃO EM SISTEMAS AGRÍCOLAS FAMILIARES. MARÍA GLORIA CABRERA ROMERO; OSMAR DE CARVALHO BUENO; FCA/UNESP, BOTUCATU, SP, BRASIL; Palavras-chave: análise econômica; efi ciência econômica; agroecossistema; algodão; indicador

O presente trabalho objetivou avaliar a efi ciência econômica por de área do agroecossistema algodão, em sistema de produção familiar. Utilizou-se a categorização realizada pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF). Foram utilizados dados primários e secundários de três explorações familiares do município de Leme/SP. Na avaliação da efi ciência econômica, considerou-se os valores médios dos coefi cientes técnicos, em função destes agricultores apresentarem o mesmo itinerário técnico e estarem dentro da tipifi cação utilizada neste trabalho. O indicador de efi ciência econômica e a relação entre renda bruta e custo operacional foram apresentados na forma de distribuição de freqüência e probabilidade. Verifi cou-se que os indicadores de efi ciência econômica foram elevados. No que diz respeito ao indicador econômico relacionado aos meses de colheita, ou seja, março, abril e maio, o indicador de máxima efi ciência econômica foi atingido no mês de maio (1, 33), no entanto, a uma freqüência reduzida, de apenas 0, 30%.

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SSD 280 - ECONOMIA DE ESCALA NA PRODUÇÃO DE SOJA NO BRASIL. LUCIANE CONTE; JOAQUIM BENTO DE SOUZA FERREIRA FILHO; ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: Soja; Economia de escala; Função Custo; Economia de tamanho; agronegócio

Com o intuito de atender uma demanda interna e externa crescente, a produção de soja tem se expandido. Nos estados do centro-oeste, observa-se que produtores possuem áreas de terra maiores e produzem em maior escala. A evolução dos dados dos censos agropecuários brasileiros mostra uma tendência de redução do número de pequenos estabelecimentos produtores de soja na região sul. Justifi ca-se assim o objetivo desse estudo de determinar o tamanho ótimo da atividade de produção de soja, a fi m de inferir sobre a existência de economias de escala no setor. O referencial teórico é o da teoria da dualidade da função custo e de produção. Os dados foram obtidos através de uma pesquisa de campo, em uma amostra de duzentos e dezoito produtores de soja nos cinco principais estados produtores. As estimativas de economias de escala obtidas apontam uma escala ótima de produção de aproximadamente 9. 000 toneladas de soja, que pode ser obtida em propriedades com aproximadamente 3. 000 hectares de área de produção de soja. Os resultados sugerem que as economias de escala estejam determinando uma nova confi guração para o setor de produção de soja no Brasil.

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SSD 281 - NICHOS DE MERCADO COMO ESTRATÉGIA COMPETITIVA: O CASO DA PRODUÇÃO DE LEITE DE CABRAS E OVELHAS NA REGIÃO DE BENTO GONÇALVES, RS. DEBORA NAYAR HOFF; KELLY LISSANDRA BRUCH; LUCIANE ALVES FERNANDES; FLÁVIO JOSÉ SIMIONI; CEPAN/UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: segmentação de mercado; laticínios de cabras e ovelhas; carne de cabra; leite de ovelha; competitividade

Entendendo que um dos grandes desafi os para os pequenos empreendimentos terem sucesso dentro de mercados competitivos é encontrar espaços no mercado que possam oferecer grandes retornos fi nanceiros e possibilidades de construção de barreiras a entrada aos concorrentes. Neste contexto, as estratégias de nicho de mercado são adequadas para situações nas quais existam, dentro do mercado total, bolsões defi nidos e rentáveis mas mal-atendidos e onde a empresa possa oferecer vantagem diferencial real para atendimento de demandas reprimidas. O estudo aqui apresentado se propõe a verifi car como os produtores de leite e derivados de cabras e ovelhas e produtos estão usando a estratégia de nicho como uma forma de posicionar seu empreendimento e produto no mercado, a partir de um estudo de casos situados na região de Bento Gonçalves no Rio Grande do Sul. A identifi cação do tipo de estratégia e quais vantagens competitivas as empresas estão buscando desenvolver neste posicionamento também é envolvida nos objetivos do trabalho. Durante o estudo foi possível identifi car que as empresas estão usando as seguintes estratégias: a) segmentação de mercado e defi nição de mercado-alvo; b) desenvolvimento de nichos de mercado; c) estratégia junto ao consumidor, usando a pesquisa de mercado para entender o comportamento e as necessidades do consumidor, e consequentemente desenvolver produtos; d) desenvolvimento de vantagens competitivas a partir da elaboração de produtos diferenciados e de difícil imitação em função dos custos envolvidos.

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SSD 282 - O IMPACTO DA INSTRUÇÃO NORMATIVA 51 NO SISTEMA AGROINDUSTRIAL DO LEITE NO RIO GRANDE DO SUL: UMA ANÁLISE NA ELEGÊ ALIMENTOS S/A E NA COOPERATIVA LANGUIRI LTDA. THAISY SLUSZZ; ANA CLAUDIA MACHADO PADILHA; PALOMA MATTOS; TANIA NUNES DA SILVA; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: agronegócios; leite; qualidade; legislação; estratégia

O trabalho tem como objetivo analisar o impacto da IN 51 nas indústrias de laticínios: Elegê Alimentos S/A e Cooperativa Languiru Ltda., ambas localizadas no Estado do RS, destacando as ações que estas indústrias estão desenvolvendo para instruir seus fornecedores de leite, de forma que estes venham a se adequar às atuais normas vigentes em termos de produção, identidade, qualidade, coleta e transporte do leite tipo A, B, C, Pasteurizado e Cru Refrigerado. A pesquisa é de caráter exploratório, realizada através do levantamento de dados, com variáveis previamente determinadas e coletadas por meio de visita técnica e aplicação de questionário às duas indústrias laticinistas. Através desta investigação foi possível compreender as práticas de adequação das indústrias de laticínios à IN 51, sendo que o grande desafi o das empresas e produtores, que realmente querem permanecer na atividade/mercado, é a busca do conhecimento e da informação e, o empenho na tentativa de alcançar melhorias na qualidade do produto fi nal, que está diretamente relacionada com cuidados na sanidade do rebanho, higiene da produção e coleta do leite.

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SSD 283 - AGROINDÚSTRIA FAMILIAR ORGÂNICA E ESTRATÉGIAS DE MARKETING E COMERCIALIZAÇÃO. IRAN CARLOS LOVIS TRENTIN; PAULO ROBERTO PAIM PADILHA; CENTRO AGRPECOLÓGICO VALE DO RIO URUGUAI, CRISSIUMAL, RS, BRASIL; Palavras-chave: Agroindústria Familiar ; Políticas Públicas ; Estratégias de Comercialização; Mercados; Ecológicos

São vários os exemplos de agroindústrias familiares com características semelhantes à agroindústria da Colônia Nova, no Vale do Rio Uruguai/RS, que estão buscando se inserir no mercado de produtos orgânicos e muitas vezes, superar problemas econômicos ligados à formulação de estratégias de produção e comercialização. O objetivo deste estudo foi identifi car as estratégias de marketing formadas e formuladas no processo de agroindustrialização, os quais estão voltados para o processo produtivo e de comercialização da produção das unidades agroindustriais familiares. Bem como, o porquê da utilização de novos produtos com potenciais agrícolas, agroindustriais e comerciais e que apresentam alternativas viáveis para o aumento da produção e da renda dos agricultores familiares. O trabalho apresenta as estratégias desenvolvidas e utilizadas pela agroindústria para a produção, a distribuição, a promoção e a apresentação dos produto ao mercado consumidor. Com a identifi cação das estratégias de marketing utilizadas desde a produção até a comercialização da cachaça orgânica produzida na agroindústria, este trabalho, apresenta dados que poderão contribuir para que estabelecimentos com problemas e potencialidades semelhantes possam desenvolver-se de forma mais integrada. E auxiliar a formulação de políticas públicas mais abrangentes quanto à agregação de valor no meio rural.

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SSD 284 - MARKETING METRICS EM COMUNICAÇÃO NO AGRONEGÓCIO: UM ESTUDO DE CASO NO PÓLO REGIONAL DE VIÇOSA ATRAVÉS DO MODELO DE AMBLER. MAÍSA GOMIDE TEIXEIRA; AGNALDO KEITI HIGUCHI; FRANCISCO GIOVANNI DAVID VIEIRA; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGá, MARINGÁ, PR, BRASIL; Palavras-chave: marketing; medidas de marketing; comunicação; marca; agronegócio

Este trabalho busca apresentar uma análise da utilização de Marketing Metrics em comunicação em uma empresa brasileira atuante no agronegócio, particularmente na Zona da Mata mineira, à partir do modelo proposto por Ambler (2000). A questão de pesquisa contida no trabalho está relacionada à adoção de medidas de desempenho por parte desta empresa no acompanhamento de atividades de marketing. O estudo dessa questão tem se caracterizado como relevante para praticantes e acadêmicos devido à difi culdade de se mensurar o retorno sobre o investimento em marketing, principalmente na diferenciação da marca, bem como por se subestimar os seus benefícios para as empresas. Os procedimentos metodológicos adotados para a condução do estudo envolveram o emprego de pesquisa descritiva com corte transversal e a realização de entrevistas semi-estruturadas junto ao executivo principal de marketing da empresa localizada no pólo regional de Viçosa, área escolhida como referência empírica para a pesquisa. Os resultados da pesquisa indicam a presença de parâmetros de medição não-fi nanceiros, tanto internos quanto externos. Porém, a presença de critérios pouco precisos para discriminar a contribuição das atividades de comunicação em marketing nos lucros também foi detectada.

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SSD 285 - APURAÇÃO E CONTROLE DE CUSTOS: UM ESTUDO NO SETOR AVÍCOLA DO MUNICÍPIO DE SÃO BENTO DO UNA – PE. ALEXANDRE BARROS FONSÊCA; REGINALDO JOSÉ CARLINI JUNIOR; ANDRE QUEIROZ DOURADO; FACULDADE BOA VIAGEM (FBV), RECIFE, PE, BRASIL; Palavras-chave: contabilidade de custos; setor avícola; competitividade;. ;.

Este trabalho tem como objetivo descrever a importância e a utilização da contabilidade de custos dentro do setor avícola Pernambucano. A pesquisa foi realizada no município de São Bento do Una, localizado na região Agreste desse estado. Essa discussão destaca a importância de tal consideração, como pressuposto obrigatório para a competitividade em qualquer segmento de atividade econômica, de forma efetiva, com as mudanças ocorridas no cenário mundial na última década. Identifi cou-se que a gestão de custos se constitui numa ferramenta crucial, dado o grau de concorrência neste setor.

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SSD 286 - O PROCESSO DE INOVAÇÃO E DE ESTRATÉGIA DE COOPERAÇÃO COMPETITIVA PARA A OBTENÇÃO DA INDICAÇÃO DE PROCEDÊNCIA VALE DOS VINHEDOS: O CASO DA VINÍCOLA CORDELIER - SERRA GAÚCHA- RS/BRASIL. SILVANA SAIONARA GOLLO; ALBERTO WILLIAM VIANA DE CASTRO; UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO, PASSO FUNDO, RS, BRASIL; Palavras-chave: Agronegócio; Inovação; Estratégia; Indicação Geográfi ca; Vinicultura

O Rio Grande do Sul é responsável por, aproximadamente, 90% da produção de vinhos do país caracterizado hoje com 42. 902. 608 litros de vinhos fi nos e 313. 962. 284 de vinhos comuns. O grande desafi o do arranjo vitivinícola do estado é o aumento da competitividade dos vinhos fi nos nacionais. Isso poderá ocorrer por medidas de reduções tributárias, pelo aumento do consumo per capita brasileiro de vinho e, principalmente pela implementação de inovações e estratégias que promovam a melhoria da qualidade dos vinhos e por meio de medidas jurídicas que atestem essa qualidade como as indicações geográfi cas. Constata-se que na região do Vale dos Vinhedos, na Serra Gaúcha/RS/Brasil, as vinícolas estão implementando inovações e estratégias de competição e cooperação com vistas à obtenção anual da indicação de procedência para os vinhos fi nos. Nesse contexto, esse paper tem como objetivo identifi car as inovações e estratégias que têm sido desenvolvidas por uma vinícola do arranjo vitivinícola gaúcho para a obtenção da Indicação de Procedência Vale dos Vinhedos - IPVV. Para a análise do processo de inovação aplica-se um framework proposto com base nos modelos adaptados de Giget (1997), Henderson e Clark (1990), Afuah e Bahram (1995) e Nalebuff e Brandenburger (1996), o qual permite o estudo dos tipos, intensidades e impactos das inovações na rede de valor da empresa focal. Para o estudo das estratégias aplica-se o framework de Dagnino e Padula (2002) que possibilitam classifi car as estratégias de cooperação competitiva. O método da pesquisa é o estudo de caso aplicado a Vinícola Cordelier, uma das maiores vinícolas produtoras de vinhos, localizada no Vale dos Vinhedos, na Serra Gaúcha-RS/Brasil. Os dados foram coletados através de quatro entrevistas realizadas como os gestores e enólogos. Constata-se que a empresa desenvolve inovações de produto, processo, distribuição e gestão, em diferentes níveis de intensidade, dimensionados num continuum entre incremental e radical. Percebe-se também que estas inovações geram diferentes impactos sobre os stakeholders que compõem a rede de valor da empresa. A estratégia de cooperação competitiva predominante é a em rede simples, representada pela associação de empresas de vinhos fi nos, a qual possibilitou a outorga da IPVV.

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SSD 287 - CENÁRIOS DE LONGO PRAZO PARA A CAFEICULTURA BRASILEIRA: 2006-2015. GLAUCO RODRIGUES CARVALHO; ARYEVERTON FORTES DE OLIVEIRA; CLESIANE OLIVEIRA; EMBRAPA MONITORAMENTO POR SATÉLITE, CAMPINAS, SP, BRASIL; Palavras-chave: café; elasticidade-renda; projeções; consumo; exportação

O Brasil é o maior produtor mundial de café, seguido pelo Vietnã e pela Colômbia, nessa ordem. Ao contrário de outros países produtores, que pela própria extensão têm menor área cultivada, no Brasil também existem diferentes espécies e cultivares que possibilitam a fabricação de variados blends. A dinâmica dos preços internacionais está atrelada aos movimentos de oferta nestes grandes produtores. A formulação de políticas cafeeiras no Brasil podem afetar os ciclos de produção e de preços internacionais carecendo assim, de ações bem coordenadas em prol da cadeia agroindustrial do café. O café é um dos mais tradicionais produtos da agricultura brasileira teve grande infl uência no processo de industrialização. Também contribui para a geração de receitas cambiais, transferência de renda a outros setores da economia, formação de capital do setor agrícola e emprego de mão-de-obra, este principalmente em regiões inaptas a mecanização da lavoura. Nas últimas três safras a produção de mundial de café fi cou aquém do consumo, que tem crescido mais fortemente nos últimos anos. O Brasil precisa pensar nesta expansão e desenvolver estratégias de aumento de participação no mercado mundial. O objetivo deste trabalho foi elaborar projeções de longo prazo para a cafeicultura brasileira e mundial. Foram feitas hipóteses de crescimento e distribuição de renda e estudos de elasticidade-renda para a estimativa de demanda interna de café. Para as exportações de café, foram adotadas algumas premissas de participação do Brasil no mercado mundial. Por fi m, foram elaborados cenários de produção e área plantada com café no Brasil. Espera-se, dessa forma, contribuir para o planejamento de longo prazo da política cafeeira. Estes resultados também podem ser úteis para a cadeia de fornecedores, auxiliando na identifi cação de demanda de insumos para o médio e longo prazo.

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SSD 288 - ANÁLISE DAS ESTRATÉGIAS DE MARKETING DAS INDÚSTRIAS DE PROCESSAMENTO DE AMENDOIM DA REGIÃO DE TUPÃ-SP. JOÃO GUILHERME DE CAMARGO FERRAZ MACHADO; UNESP, TUPÃ, SP, BRASIL; Palavras-chave: Estratégias; composto mercadológico; competitividade; indústria; amendoim

A cultura do amendoim já teve uma posição de destaque no cenário agrícola brasileiro e atualmente passa por um período de transição, voltando a ser uma cultura lucrativa para o produtor e de grande interesse para a indústria de alimentos, principalmente no estado de São Paulo, o maior produtor desse grão. Diante desse cenário, o objetivo desse trabalho é analisar as estratégias de marketing das indústrias de processamento de amendoim na região de Tupã-SP, visando melhorar a competitividade do setor e de toda a cadeia produtiva. A coleta de dados se deu por meio de entrevistas semi-estruturadas, aplicadas em indústrias de alimentos instaladas nos limites dos EDRs de Tupã e Marília, que utilizam o amendoim como matéria-prima ou o comercializam como produto fi nal. Foi observado que as estratégias do composto mercadológico das empresas do setor sofrem poucas variações, em função das características dos produtos e do público-alvo dessas empresas. Duas instituições possuem papel de destaque no desenvolvimento do setor na região, podendo contribuir para seu crescimento. Também foi verifi cado um distanciamento entre as empresas e o consumidor fi nal, podendo ser responsável por um desconhecimento, por parte das empresas, das necessidades e dos hábitos de consumo do consumidor fi nal. Entretanto, a análise dos resultados apresentados nesse estudo revelou a existência de um ambiente propício para o aumento da competitividade das indústrias processadoras de amendoim da região de Tupã-SP.

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SSD 289 - ESTRATÉGIAS DE MARKETING EM LATICÍNIOS: UM ESTUDO EM EMPRESAS DA REGIÃO DE TUPÃ-SP. JOÃO GUILHERME DE CAMARGO FERRAZ MACHADO; ANDRÉA ROSSI SCALCO; UNESP, TUPÃ, SP, BRASIL; Palavras-chave: Estratégias; composto mercadológico; competitividade; laticínios; leite e derivados

Nas últimas décadas, a postura do consumidor em relação aos produtos que adquire tem sido mais consciente. No setor de alimentos, essa evolução pode ser observada na busca pela qualidade de vida, agregando à dieta questões de saúde, incluindo produtos menos gorduras e calorias, e rico em fi bras. No mercado de laticínios, aspectos demográfi cos e sócio-culturais, qualidade e preço dos produtos ofertados, são importantes para que as empresas se ajustem a essa realidade. A partir dessa constatação, o objetivo desse trabalho é analisar as estratégias de marketing dos laticínios da região de Tupã-SP, visando melhorar a competitividade do setor e de toda a cadeia produtiva. A coleta de dados se deu por meio de entrevistas semi-estruturadas, aplicadas a dois laticínios instalados nos limites do EDR de Tupã. De um modo geral, foi observado que as estratégias do composto mercadológico das empresas sofrem poucas variações em função das características dos produtos e do público-alvo dessas empresas. Entretanto, outros aspectos se diferenciam em função da natureza das organizações, principalmente àquelas referentes à comunicação e o desenvolvimento de produtos. Apesar dessa constatação, a análise dos resultados revelou a existência de um ambiente propício para o aumento da competitividade dos laticínios estudados.

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SSD 290 - CULTIVO DO MILHO NO ESTADO DO CEARÁ: MILHO HÍBRIDO OU MILHO VARIEDADE?AHMAD SAEED KHAN; DENISE MICHELE FURTADO DA SILVA; SECRETARIA DE AGRICULTURA E PECUÁRIA, FORTALEZA, CE, BRASIL; Palavras-chave: milho híbrido; milho variedade; nível tecnológico; rentabilidade; Ceará

O Programa do Milho Híbrido criado pelo governo do Estado do Ceará é executado pela Secretaria de Desenvolvimento Rural desde o ano de 1999 até o presente momento, tem revelado um crescimento médio de 60% ao ano em sementes distribuídas. O objetivo geral deste estudo é analisar o programa de milho híbrido junto aos agricultores familiares considerando-se o nível tecnológico, a rentabilidade no Estado do Ceará. A pesquisa foi realizada nos municípios com maiores produções de milho híbrido na região do Estado do Ceará (Iguatú, Milagres e Capistrano). Os dados utilizados foram obtidos junto aos produtores de milho, através de entrevistas diretas. Foram calculados os índices tecnológicos de cada tecnologia e conjunto de tecnologias utilizado pelos produtores de milho híbrido e variedade. Foram calculados os indicadores de rentabilidade como margem bruta, lucro operacional e índices de lucratividade. Os resultados da pesquisa permitem concluir que para a amostra total as tecnologias de controle de mato, semente, e desbaste apresentaram maior contribuição no índice tecnológico geral da produção de milho híbrido e milho variedade, enquanto a tecnologia de pós-colheita teve menor participação neste índice. Não há diferença no nível tecnológico médio dos produtores nos municípios de Iguatú e Milagres, Capistrano e Milagres, Capistrano e Iguatú. A renda média, por hectare, com milho híbrido em todos os municípios é superior a do milho variedade, o que refl ete as maiores produtividades deste tipo de milho. Os indicadores de rentabilidade mostram que as culturas de milho híbrido e milho variedade são rentáveis. Entretanto, o plantio de milho híbrido tem maior índice de lucratividade em relação ao cultivo de milho variedade.

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SSD 291 - AGRICULTURA FAMILIAR NO SEMI-ÁRIDO: FATALIDADE DE EXCLUSÃO OU RECURSO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. AMILCAR BAIARDI; JANUZIA MENDES; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECôNCAVO BAIANO, CRUZ DAS ALMAS, BA, BRASIL; Palavras-chave: Semi-Árido; Desenvolvimento Rural Sustentável; Agricultura Familiar

A melhoria do padrão de vida das populações rurais do Semi-Árido por meio do desenvolvimento rural sustentável continua sendo um desafi o para o Estado e para a sociedade civil. A intervenção considerada de maior êxito que é a irrigação em perímetros públicos, requer investimentos ingentes, longo prazo de maturação, além de disponibilidade combinada de água e solos adequados. Recentes abordagens associando a ação coletiva no manejo os recursos naturais com o emprego da pequena irrigação, sugerem intervenções de baixo custo e mais generalizáveis no espaço do Semi-Árido. Este trabalho focaliza as condicionantes e possibilidades das ações coletivas dos agricultores familiares do Semi-Árido e sua propensão para conceber e conduzir arranjos produtivos locais, passíveis de serem implantados com o uso de técnicas de convivência com a seca.

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SSD 292 - MODO DE PRODUÇÃO E REFORMA AGRÁRIA: COMO EVOLUI A FORMA DE PRODUÇÃO DOS COMUNITÁRIOS DO ASSENTAMENTO GROSSOS?ELANE MARIA DE CASTRO COUTINHO; ROBERIO TELMO CAMPOS; UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, FORTALEZA, CE, BRASIL; Palavras-chave: agricultura familiar; reforma agrária; modo de produção; assentamentos; Ceará

objetiva-se analisar a evolução do modo de produção dos produtores do Assentamento Grossos em Canindé-Ceará. A pesquisa tem como delineamento o estudo de caso, recorrendo as concepções das pesquisas etnográfi ca e participava. Os dados, de origem primária, foram coletados mediante aplicação de questionários. Os dados secundários são provenientes de documentos ofi ciais. Para análise dos dados recorreu-se a uma abordagem qualitativa. Os resultados mostraram que, à época da Fazenda, como moradores, os agricultores estavam submetidos a um modo de produção que os explorava. Historicamente, a passagem da fazenda Grossos para Assentamento Grossos alterou o modo de produção, pois o assentado conquistou o seu espaço agrário, a terra, adquiriu novos instrumentos de trabalho e as relações de produção passaram de morador/patrão para agricultor proprietário de sua terra. Como destaques práticos, ressalta-se a importância de se analisar a evolução no modo de produção antes de qualquer intervenção, assim como forma de melhor adequar as políticas públicas voltadas para as comunidades rurais, considerando-se o modo de produção praticado. Para um modo diferente de produzir, exigem-se políticas diversifi cadas que levem em conta essas particularidades.

Palavras chaves: agricultura familiar, reforma agrária, modo de produção

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SSD 293 - A PLURATIVIDADE E A VIABILIZAÇÃO DA PEQUENA PROPRIEDADE: UM ESTUDO DE CASO DOS PRODUTORES RURAIS NO MUNICÍPIO DE TOLEDO – PR. SALETE POLONIA SALETE; LIGIA MARIA HEINZMANN; PERY FRANCISCO ASSIS SHIKIDA; UNIPAR, TOLEDO, PR, BRASIL; Palavras-chave: Propriedades; rurais; Pluriatividade; município de ; Toledo/PR

Este trabalho tem por objetivo fazer um levantamento das principais atividades econômicas desenvolvidas nas propriedades rurais do município de Toledo/PR, bem como a importância da pluriatividade na viabilização dessas propriedades. Como corolário, este estudo aponta para o fato de que as propriedades rurais têm diversifi cado suas atividades a fi m de obterem maior rentabilidade. Ademais, a adoção de técnicas de gestão e planejamento é um fator determinante para a redução de custos de produção e para a rentabilidade da propriedade rural, porque a pequena propriedade, oriunda, em sua maioria, de herança, é predominante entre os entrevistados. Neste estudo, constatou-se que a predominância dos proprietários rurais pesquisados é de homens, casados, com idade média de 48 anos, com ensino fundamental e que atuam na atividade há mais de 20 anos. A mão-de-obra utilizada é essencialmente familiar.

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SSD 294 - A IMPORTÂNCIA DA AGROINDUSTRIALIZAÇÃO NAS ESTRATÉGIAS DE REPRODUÇÃO DAS FAMÍLIAS RURAIS. VALDEMAR JOÃO WESZ JUNIOR; IRAN CARLOS LOVIS TRENTIN; EDUARDO ERNESTO FILIPPI; GEPAD/PGDR/UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: AGROINDUSTRIALIZAÇÃO FAMILIAR; DESENVOLVIMENTO RURAL; REPRODUÇÃO SOCIAL

Com as mudanças sociais e produtivas ocorridas até então na agricultura familiar brasileira, geralmente descapitalizada pela adoção de monoculturas exportadoras, a viabilidade de inserção de novos paradigmas se faz relevante, principalmente, na tentativa de revitalizar a diversidade de valores que o meio rural contempla. Neste cunho, vem aumentando sucessivamente as formas de agregação de valor dentro do espaço rural, no entanto, são escassos os estudos que se debruçam sobre esta temática. Todavia, ressaltar a globalidade e importância das agroindústrias familiares dentro dos propósitos do desenvolvimento territorial rural vem a ser uma das fi nalidades e premissas deste documento, uma vez que, crescem ininterruptamente os números e a variabilidade destes empreendimentos. Neste sentido, compreender-se-á a heterogeneidade e complexidade destas agroindústrias, já que a implantação se da em diferentes realidades e situações, movimentando-as por circunstâncias exógenas e internas as propriedades familiares de processamento.

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SSD 295 - SIMULAÇÃO DE CENÁRIOS PARA A PECUÁRIA LEITEIRA DE ECONOMIA FAMILIAR EM MINAS GERAIS. JOSÉ LUIZ BELLINI LEITE; HUMBERTO RESENDE; ; EMBRAPA GADO DE LEITE, JUIZ DE FORA, MG, BRASIL; Palavras-chave: modelagem matemática; produção de leite; sistemas bioeconômicos; agricultura familiar; -

Apresenta-se a adaptação e os resultados de uma aplicação de modelo de sistema bioeconômico de produção com ênfase na pecuária leiteira de economia familiar em Minas Gerais. O modelo baseado em Leite (2000 e 2005) oferece fl exibilidade para simular cenários para sistemas especializados de produção de leite, produção de leite e carne e consorciação lavoura–pecuária. Sua função objetivo é a maximização da renda que é utilizada na verifi cação de quatro hipóteses (a) diferente tecnologia pode aumentar a renda (efi ciência técnica); (b) diferente alocação de recursos pode elevar a renda (efi ciência alocativa); (c) integração lavoura–pecuária pode melhorar a renda (diversifi cação versus especialização) e (d) o conjunto das hipóteses acima pode melhorar a renda. O modelo foi aplicado utilizando informações de 55 fazendas da microrregião de Juiz de Fora na Zona da Mata de Minas Gerais.

Os resultados mostraram que, na comparação com os resultados econômicos existentes na região de estudos, todas as hipóteses são verifi cadas, ou seja, permitem a melhoria da renda dos produtores. Mostrou ainda que considerando à aptidão das terras da região e sua otimização a pecuária leiteira não teria condições de concorrer com a fruticultura.

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SSD 296 - A PEQUENA PROPRIEDADE RURAL NO ESPÍRITO SANTO: CONSTITUIÇÃO. MARCIA CRISTINA BERGAMIM; COOPEMULT, VITÓRIA, ES, BRASIL; Palavras-chave: agricultura familiar; cafeicultura; imigraçao europeia; consituição; Espírito Santo

O presente trabalho aborda a constituição, a consolidação e a crise de uma estrutura produtiva predominantemente assentada na agricultura familiar. O recorte temporal inicia-se por volta de 1850, com a emergência da cultura cafeeira no Espírito Santo e encerra-se nos anos 1960, quando a agricultura familiar entra em crise. Baseado no processo de formação de diferentes regiões produtivas no estado analisa-se a expansão da cafeicultura e a constituição e difusão da agricultura familiar. Como a lógica de produção do espaço capixaba estabeleceu um processo inverso ao verifi cado na maioria dos estados brasileiros, pois enquanto nestes consolidava-se o latifúndio, no Espírito Santo, a formação espacial caracterizava-se pela hegemonia da agricultura familiar, com o predomínio de uma estrutura produtiva fundada na pequena propriedade, no trabalho familiar e na ausência de recursos técnicos. Essa forma de organização da produção deixou evidente seus limites no desenvolvimento socioeconômico estadual.

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SSD 297 - BOA ESPERANÇA/ES: FORMAÇÃO SOCIESPACIAL E CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR. MARCIA CRISTINA BERGAMIM; COOPEMULT, VITÓRIA, ES, BRASIL; Palavras-chave: Boa Esperança; formação socioeconômica; agricultura familiar; produção; comercialização

Esse trabalho aborda o processo de formação socioespacial do município de Boa Esperança, com ênfase para a constituição da agricultura familiar e os fl uxos migratórios que deram origem ao município. Analisa os impactos da crise da estrutura produtiva da agricultura no município, bem como a forma como se manifestou a modernização da agricultura no município por meio de indicadores de incorporação tecnológica, estrutura fundiária e relações de trabalho. Essas informações permitiram contextualizar o ambiente no qual os agricultores familiares estão inseridos. Objetiva compreender as condições de produção e comercialização no presente, por meio de entrevistas realizadas com os agricultores familiares que abordam questões como o acesso ao crédito rural, a incorporação de tecnologias, a diversifi cação da produção, a assistência técnica, a infra-estrutura dos estabelecimentos, as condições de comercialização, etc.

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SSD 298 - AGRICULTURA FAMILIAR EM BOA ESPERANÇA/ES: PATRIMÔNIO FUNDIÁRIO, ESTRATÉGIAS FAMILIARES E ORGANIZAÇÃO DO. MARCIA CRISTINA BERGAMIM; COOPEMULT, VITÓRIA, ES, BRASIL; Palavras-chave: Boa Esperança; Agricultura Familiar; Organização; Patrimônio Fundiário ; Estratégias

Esse texto analisa, de um lado, a trajetória da agricultura familiar no Brasil, desde a sua constituição à margem do latifúndio até a sua inserção recente nas políticas agrícolas que veio desembocar na criação do Pronaf e, de outro, o debate acadêmico, que passou a girar em torno da agricultura familiar como um conceito genérico. A análise em questão permitiu contextualizar o ambiente em que se reproduziu e se reproduz a agricultura familiar no Brasil e, do qual, o município de Boa Esperança-ES também está inserido. Por meio de entrevistas realizadas com os agricultores familiares de Boa Esperança foi possível identifi car os principais aspectos da reprodução social desses sujeitos sociais, com ênfase para a organização do trabalho e dos agricultores, o patrimônio fundiário e estratégias familiares.

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SSD 299 - REDES SOCIAIS DE RECIPROCIDADE NOS ESPAÇOS LOCAIS DO MEIO RURAL E INICIATIVAS DE DESENVOLVIMENTO: ALGUMAS POSSIBILIDADES DE INTERAÇÃO. FRANCINEI BENTES TAVARES; MÁRCIO ANTONIO MELLO; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: RECIPROCIDADE; REDES SOCIAIS; POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO; DESENVOLVIMENTO LOCAL; DESENVOLVIMENTO RURAL

A partir da identifi cação de um sistema trinitário de regulação social (a reciprocidade, a redistribuição e o intercâmbio), uma gama muito variada de autores vem discutindo ultimamente quais as conseqüências do domínio cada vez mais amplo do intercâmbio mercantil nas sociedades contemporâneas, principalmente para as práticas dos espaços locais baseadas em lógicas de reciprocidade, que estruturam a organização social e produzem valores humanos, como a confi ança e a justiça. Para a construção desse artigo, consideramos que a reciprocidade foi e continua sendo uma dimensão importante de ser levada em consideração, principalmente nas áreas rurais, mesmo na atualidade, e que a confi guração de redes locais – parentesco, amizade, compadrio, vizinhança, de trabalho, entre outras – a partir do estabelecimento de relações e vínculos sociais baseados no princípio da reciprocidade, pode ser interessante não apenas para uma compreensão mais abrangente da realidade rural atual, mas também para moldar ações e estratégias locais de desenvolvimento. O grande desafi o, no entanto, parece ser como fazer com que as possibilidades trazidas a partir da abordagem conjunta de reciprocidade e de redes sociais possam permitir a junção de características de modelos de desenvolvimento endógenos e exógenos, possibilitando a utilização dos recursos locais como base das políticas de desenvolvimento.

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SSD 300 - COBRANÇA PELO USO DA ÁGUA NA SUB-BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARDINHO: PERSPECTIVAS E IMPACTOS ECONÔMICOS SOBRE OS USUÁRIOS. AUGUSTO MUSSI ALVIM; ANDRÉ. CARRARO; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: recursos hídricos; multi-usuários ; cobrança pelo uso da água

O presente trabalho faz parte de uma série de estudos que busca contribuir para a implantação de um sistema de cobrança pelo uso da água na Sub-Bacia Hidrográfi ca do Rio Pardinho. A fi m de quantifi car o quanto deve ser cobrado pelo uso da água para os diversos usuários foram utilizadas as estimativas de demanda por água disponíveis em Alvim (2005). Com base nestas informações e na simulação de tarifas diferenciadas por usuário foram defi nidos dez cenários alternativos onde são estimadas as receitas prováveis e avaliados os impactos sobre os usuários da bacia (excedente do consumidor). Por fi m, observamos que os cenários mais vantajosos são aqueles que apresentam uma situação intermediária de cobrança, onde os impactos sobre o bem-estar dos consumidores são reduzidos e as receitas obtidas a partir da cobrança pelo uso da água permitirão reduzir os efeitos negativos sobre o meio ambiente.

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SSD 301 - AVALIAÇÃO ECONÔMICA DA POLUIÇÃO DO AR NA AMAZÔNIA OCIDENTAL: UM ESTUDO DE CASO DO ESTADO DO ACRE. RUBICLEIS GOMES SILVA; JOÃO EUSTÁQUIO DE LIMA; UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL; Palavras-chave: Amazônia; poluição do ar; método de valoração contingente; estado do Acre; QUEIMADAS

Os problemas ocasionados pela poluição do ar em razão das queimadas existentes dentro e fora do Estado do Acre têm causado sérios prejuízos à saúde da população. Como as queimadas provocam malefícios à sociedade, a mensuração do valor monetário esta está disposta a pagar para diminuir esses impactos constitui importante informação para avaliar se um projeto de despoluição é viável economicamente. De forma geral, objetivou-se analisar os impactos da poluição do ar pelas queimadas sobre a sociedade acreana. Especifi camente, a) determinar quanto a sociedade está disposta a pagar pela diminuição dos malefícios ocasionados pelas queimadas; e b) comparar o valor da disposição a pagar (DAP) agregada com o custo das morbidades respiratórias ocasionados pelas queimadas no ano de 2004. A teoria das externalidades foi utilizada para referenciar este trabalho. A partir de referendum with follow-up, estimou-se o valor dos benefícios da melhoria da qualidade do ar no Estado do Acre, cujos resultados indicaram que cada dólar aplicado em despesas de internações ocasionadas por morbidades respiratórias à melhoria do ar acarreta um benefício de R$ 21, 08, o que representa que a melhoria dessa característica ambiental é viável economicamente. Por fi m, o valor máximo que a sociedade se dispõe a contribuir para a melhoria da qualidade do ar no estado do Acre pode ser utilizado para o fi nanciamento de projetos de desenvolvimento de tecnologia e extensão rural que possibilitem criar condições objetivas para o produtor rural incorporar em seu processo de produção agropecuária práticas alternativas às queimadas no preparo do solo.

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SSD 302 - OS RECURSOS NATURAIS E O PENSAMENTO ECONÔMICO. FERNANDA GENE NUNES BARROS; MARIO MIGUEL AMIN; UNAMA, BELéM, PA, BRASIL; Palavras-chave: DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ; ECONOMIA; ECONOMIA ECOLÓGICA

A natureza se perpetuou no inconsciente coletivo da humanidade como uma fonte inesgotável de recursos; assim, na tentativa de satisfazer necessidades ilimitadas, seu uso foi sendo cada vez mais intensifi cado e ampliado. Esse uso, conjugado com um incessante incremento populacional, intensifi ca ainda mais a rota de crescimento, de maneira que a natureza tende a chegar a um ponto de exaustão, em que já não pode mais responder aos anseios do sistema econômico, porque alguns recursos naturais estão se tornando escassos e impróprios para utilização, como resposta ao mau uso que conduz à degradação, à poluição e à alteração dos ecossistemas naturais. A proposta do desenvolvimento sustentável é a de reverter esse quadro; para tal procura criar um modelo econômico capaz de gerar riqueza e bem-estar sem destruir o meio ambiente, preservando-o para as gerações futuras, o que diverge do pensamento clássico e neoclássico. A teoria econômica, nesse contexto, buscando uma aliança entre economia e ecologia, desponta com duas novas vertentes: a economia dos recursos naturais e a economia ecológica, pois acima de qualquer pressuposto entende que os recursos naturais são essenciais à vida na Terra.

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SSD 303 - ANÁLISE ECONÔMICA DA EXPLORAÇÃO DE CUPUAÇU EM SISTEMAS AGROFLORESTAIS. BEATRIZ STUART SECAF; GUSTAVO SANTA´ANA; JULIA GUIMARAES BRISO; MARINA CROMBERG; RICARDO SHIROTA; ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: Sistemas Agroflorestais (SAFs); Cupuaçu; Análise de Viabilidade Econômica; Região Amazônica; Itaiatuba/PA

O baixo nível de renda, pobreza, falta de acesso aos sistemas de saneamento e saúde e o desmatamento são alguns dos problemas comumente encontrados na região Amazônica brasileira. Frente a esta realidade, foi proposta a aplicação de um Sistema Agrofl orestal com os objetivos de minimizar os impactos do plantio e da exploração de recursos no interior da fl oresta e incrementar a renda e qualidade de vida da população local. O objeto de estudo é a região de Itaituba/PA (médio Tapajós), utilizando o cupuaçu (Theobroma grandifl orum (Willd. ex Spreng. ) Schum) e seus diversos potenciais de uso (da polpa, semente e casca) e o benefi ciamento da polpa como maneira de agregar valor ao produto. O presente trabalho teve como objetivo realizar um estudo de viabilidade econômica deste Sistema Agrofl orestal pelos métodos do valor presente líquido (VPL) e da taxa interna de retorno. A uma taxa de desconto 18, 2% a. a. o resultado indicou um VPL de R$ 6. 179, 00 e uma TIR de 18, 63% a. a. Indicando a viabilidade do projeto.

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SSD 304 - UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE AS POLÍTICAS FLORESTAIS DO BRASIL E PARAGUAI. MOISÉS VILLALBA GONZÁLES; CARLOS JOSÉ CAETANO BACHA; ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: política fl orestal; legislação fl orestal; direitos de propriedade; áreas fl orestais; desmatamento

Resumo: O objetivo do artigo é comparar as políticas fl orestais do Brasil e do Paraguai, em especial as suas legislações fl orestais. Para tanto, foi realizada uma análise comparativa das normas e procedimentos legais sobre as áreas restritivas para alteração da vegetação nativa, as autoridades ambientais e suas funções, as exigências de autorização para desmatamento e reposição da fl oresta, e as multas e punições de cada país. O estudo demonstra que as legislações adotadas pelo Brasil e o Paraguai têm normativas similares que buscam defi nir os direitos de propriedade relativos a áreas fl orestais dos seus respectivos territórios. Não obstante, em ambos os países persiste o desmatamento (em grande parte ilegal) e a conseqüente diminuição das áreas cobertas por fl orestas, evidenciando que suas legislações não são plenamente efi cazes.

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SSD 305 - O MERCADO DE CARBONO NA AMAZÔNIA LEGAL: UMA ESTIMATIVA DOS GANHOS ECONÔMICOS PARA O ESTADO DO TOCANTINS. MARCUS FINCO; UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS, PALMAS, TO, BRASIL; Palavras-chave: Amazônia Legal; mercado de carbono; ganhos econômicos; Tocantins; Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL)

O presente artigo visa a estimativa dos ganhos econômicos que poderiam ser obtidos pelo Estado do Tocantins, situado na Amazônia Legal Brasileira, caso o mesmo investisse em projetos de mudança climática, sobretudo os de enfoque fl orestal, como o refl orestamento e a conservação das Unidades de Conservação. O carbono seqüestrado (absorvido) nessas Unidades seria comercializado em um mercado não Quioto – mercado paralelo de carbono – visto que não seriam elegíveis no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Os resultados com esse comércio sugerem um ganho signifi cativo para o Estado do Tocantins caso tais projetos de fato ocorressem nas Unidades de Conservação.

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SSD 306 - PRODUÇÃO MAIS LIMPA: UMA RESPONSABILIDADE EMPRESARIAL. PEDRO CARLOS SCHENINI; FRANCINI RENSI; ANDRE LUIZ MONTAGNA DA ROSA; HANS MICHAEL VAN BELLEN; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, FLORIANÓPOLIS, SC, BRASIL; Palavras-chave: Desenvolvimento Sustentável; Gestão Ambiental; Tecnologias Limpas; Produção Mais Limpa; Responsabilidade Empresarial

Este artigo teve como objetivo propor o uso das técnicas de produção mais limpa em uma fábrica de rações para aves. Para alcançar este objetivo, foi feito um estudo de caso com abordagem qualitativa, sendo norteado por pesquisas bibliográfi cas e pesquisa de campo, caracterizado como exploratório descritivo. Os dados foram coletados por meio de arquivos, entrevista e observação. Com base nos resultados, a pesquisa pode constatar uma possível melhoria no processo produtivo da fábrica. Embora a empresa necessite saber a viabilidade econômica fi nanceira para investimentos, as sugestões não se resumiram em trocas de equipamentos ou aquisições, assim a organização pode ter um processo produtivo mais responsável tendo consciência dos seus atos e buscando uma solução, mesmo que temporária, aos problemas causados ao meio ambiente.

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SSD 307 - AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DO USO DE ÁGUA PELO TOMATEIRO SOB IRRIGAÇÃO POR SULCOS. JANE MARIA CARVALHO SILVEIRA; LUIZ ANTONIO DANIEL; EDSON EIJI MATSURA; APTA REGIONAL, MOCOCA, SP, BRASIL; Palavras-chave: impactos ambientais; recursos hídricos; irrigação; tomate; percolação

A irrigação como a maior usuária de recursos hídricos necessita melhorar a efi ciência do uso da água para produção de alimentos. Neste contexto, o objetivo do trabalho foi avaliar a efi ciência do uso da água pela cultura do tomate sob irrigação por sulcos. O estudo foi realizado no Município de Estiva Gerbi/SP com o sistema de irrigação por sulcos conduzido por bandeira, o qual é amplamente utilizado na cultura de tomate. Os resultados mostraram que a efi ciência de uso da água pela cultura do tomate foi baixa (3, 3 kg. m-3), onde apenas 30% da água captada foi efetivamente utilizada pela cultura, e mais de 70% foi desperdiçado. Das perdas, o transporte de água até os talhões irrigados foi o principal responsável pelo desperdício. Foi constatada uma perda de água por percolação nos sulcos de irrigação ao redor de 80%. A alta perda por percolação foi conseqüência do dimensionamento e manejo inadequados deste sistema de irrigação por sulcos.

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SSD 308 - A POLÍTICA DE GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO RIO GRANDE DO SUL: SUA ESTRUTURA E PERCEPÇÃO DOS COMITÊS DE BACIA HIDROGRÁFICA. ELIANE GRACIOLI RODRIGUES; SILVIO CEZAR AREND; UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL, SANTA CRUZ DO SUL, RS, BRASIL; Palavras-chave: Política de recursos hídricos; Rio Grande do Sul; comitês de bacia; economia do meio ambiente; participação da sociedade

Este trabalho faz uma análise descritiva da estrutura e do atual estágio de implementação da Política de Gestão dos Recursos Hídricos no Rio Grande do Sul a partir do contexto em que foi planejada e criada, bem como a percepção do processo de gestão pelo comitês de bacia. Os resultados são subsidiados por uma pesquisa realizada com os comitês de bacia no terceiro trimestre de 2005. Observa-se que no decorrer destes anos a Política de Gestão dos Recursos Hídricos no Rio Grande do Sul evoluiu de forma lenta e gradativa. Sua base principal está na participação da sociedade da bacia hidrográfi ca fazendo uma gestão descentralizada através dos comitês. Observa-se, porém, que a efetiva implementação desta política e seus instrumentos previstos ainda tem um longo caminho para ser percorrido e exigirá dialogo e aprendizado da sociedade.

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SSD 309 - VALORAÇÃO ECONÔMICA DO MEIO AMBIENTE E UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS: O CASO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARDINHO – RS. SILVIO CEZAR AREND; WILLIAM GOMEZ SOTO; ANDRÉ. CARRARO; UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL, SANTA CRUZ DO SUL, RS, BRASIL; Palavras-chave: economia do meio ambiente; recursos hídricos; bacia hidrográfi ca do Rio Pardinho; demanda de água; práticas ambientais

A água é um dos recursos naturais mais preciosos. Ela é essencial para o uso agrícola e industrial, bem como para o transporte de produtos e geração de energia elétrica. Apesar de fundamental nas atividades básicas da população, ainda não é usual a valoração deste recurso pelas comunidades. É importante salientar que o mercado da água na região do Vale do Rio Pardo ainda não foi defi nido, principalmente em função das difi culdades de mensurar algumas variáveis no mercado e do desrespeito aos direitos de propriedade. Por fi m, é necessário salientar a importância de mensurar o valor econômico da água, como uma forma de incentivar o uso efi ciente dos recursos naturais disponíveis no presente e de manter estes recursos para as próximas gerações. O uso correto (efi ciente) da água no presente determinará o futuro da região, colocando-a no rumo do desenvolvimento sustentável.

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SSD 310 - TRANSFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS E AMBIENTAIS NA REGIÃO DOS CAMPOS DE CIMA DA SERRA (RS): O MANEJO ADEQUADO DO CAMPO NATIVO COM ALTERNATIVA DE SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA E AMBIENTAL. TANICE ANDREATTA; UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: campo nativo; queimadas; desenvolvimento sustentável; transformações socieconômicas; meio ambiente

Este trabalho analisa a transformações socioeconômicas e ambientais na região dos Campos de Cima da Serra (RS). Baseado nos pressupostos da Economia Ecológica e Nova Economia Institucional é feito uma análise crítica da prática “queimada controlada” como um modo de manejar o campo nativo. Amparado por dados de pesquisas, experimentos e projetos desenvolvidos na região apresenta-se um sistema de produção de bovinos baseado no “ajuste de carga animal” e melhoramento de campo nativo”como alternativas viáveis do ponto de vista socioeconômico e ambiental. Como resultados constata-se que os usos de tais práticas permitem elevar a produtividade média da bovinocultura de corte. A passagem de 70 kg/ha/ano média do Estado para 200 a 230 kg/ha/ano pode ser obtida somente com o ajuste da carga animal, a custo zero para o pecuarista. Além disso, tais práticas contribuem de forma efetiva para sustentabilidade ambiental, visto que, guardada as devidas proporções, estas tendem a preservar a resguardar o patrimônio genético riquíssimo representado pelas pastagens naturais da região. Mesmo com sua efi cácia comprovada, os pecuaristas são resistentes a sua implementação, reforçando a tese de que a tradição, hábitos e rotinas adotadas são fatores que infl uenciam na tomada de decisão dos agentes.

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SSD 311 - AS ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS (ONGS) PROMOTORAS DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL. MARIA ERONDINA SILVEIRA DA SILVA; RITA INÊS PAULI PRIEB; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA - UFSM, SANTA MARIA, RS, BRASIL; Palavras-chave: DESNVOLVIMEWNTO SUSTENTÁVEL; CIDADANIA; Organizações Não Governamentais; Globalização; Estado-nação

Através de análise exploratória, este artigo trabalha aspectos referentes ao desenvolvimento sustentável e a autonomia do Estado-Nação, analisando dentro desse contexto, o papel desempenhado pelas ONGs, em especial no Mercado Comum do Sul (Mercosul), e em que medida esses são instrumentos efi cazes para propiciar cidadania e democracia participativa, e a capacidade de inserir socialmente alguns segmentos que encontram difi culdades para participar do processo produtivo. Para isso, é preciso defi nir desenvolvimento sustentável como socialmente justo, economicamente viável, ecológica e culturalmente aceito; que considere as diferentes expectativas individuais para todo o conjunto da população, levando em conta as diferenças de gênero, idade, renda, cultura e de acesso aos direitos básicos, etc. A partir da atuação participativa dos indivíduos, os avanços passam a confi gurar conquistas e não mais concessões dos detentores do poder. Daí a relevância das novas ações sociais como instrumento de construção de uma cidadania qualifi cada, por ser fruto da conquista e ter como cerne a capacidade de criar padrões de convivência social não excludentes, mas que promovam e respeitem as diversidades. Como as novas ações dos Estados nacionais estão na defi nição de políticas domésticas crescentemente articuladas em nível de blocos regionais, alternativas locais podem representar a criação de novos espaços de politização e construção democrática. E a sociedade civil pode, através das ONGs, gerar arenas de negociação, nas quais as decisões sejam em prol do bem-estar social, ou seja, não apenas relegando aos Estados o monopólio das decisões.

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SSD 312 - A THEORETICAL FRAMEWORK ON SUSTAINABILITY BASED ON THE MAINTENANCE OF NATURAL CAPITAL STOCKS. AUGUSTO MARCOS CARVALHO DE SENA; UNIVERSIDADE DE FORTALEZA, FORTALEZA, CE, BRASIL; Palavras-chave: Sustainability; Natural Resources; Natural Capital; Nonrenewable Resources; Renewable Resources

Today’s production activities are closely related to the uses of natural resources. It has been emphasized that rapid production growth has led to the depletion of both renewable and nonrenewable natural resources, i. e., the entire stock of natural capital. The issues related to the depleting use of nonrenewable natural resources, such as fossil fuel and mineral deposits, have not yet been addressed in a way to allow reinvesting part of the prospects obtained in these uses in order to increase the stock of renewable natural resources, as a compensation. If renewable natural resources, such as a population of trees or fi shes, or even the fresh air, can have their stocks augmented, according to any pattern of sustainable criterion, it would be possible to obtain a situation in which the entire stock of natural resources remains at least unchanged. In this way, sustainability could be obtained. The objective of this article is twofold. First, to offer a clear defi nition of natural capital and connect it with the concept of sustainability. Second, to offer a theoretical frame to allow both bounded depletion of nonrenewable natural resources and increased accumulation of renewable natural resources, in a way to have the entire stock of natural capital at least at an unchanged level. The formal analysis points that balancing a higher consumption of depletable nonrenewable natural resources with a decreasing level of pollution generation, by devoting more resources to clean the environment (fresh air as a renewable natural resource), is a feasible way to maintain unchanged the entire stock of natural capital.

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SSD 313 - FATORES CRÍTICOS À PRODUÇÃO FLORESTAL EM SANTA CATARINA: UM ESTUDO DE PROSPECÇÃO. FLÁVIO JOSÉ SIMIONI; DEBORA NAYAR HOFF; UNIPLAC, LAGES, SC, BRASIL; Palavras-chave: Produção Florestal; Prospecção; Fatores Críticos; Fatores Ambientais; Desenvolvimento

O objetivo deste artigo foi identifi car os fatores críticos ao desenvolvimento da produção fl orestal em Santa Catarina, seu comportamento futuro e as demandas para a solução destes. Utilizou-se como metodologia os estudos de prospecção, utilizando a técnica da opinião de especialistas através da realização de um workshop, com reuniões de grupos e apresentação em plenária. Os principais fatores críticos, em ordem decrescente de importância, são: problemas relacionados a legislação ambiental; tecnologia de produção, pesquisa & desenvolvimento; defi ciências relacionadas a produção fl orestal; problemas com a imagem do setor; mercado concentrado; difi culdades de crédito; e pouca integração entre os diversos segmentos da cadeia produtiva. A análise dos fatores críticos permitiu identifi car a tendência de maior agravamento dos problemas relacionados a legislação ambiental. Os demais fatores não sofrerão alterações ou serão amenizados. Pode-se destacar a demanda por realização de novas pesquisas com espécies alternativas ao Pinus, esforços na difusão das tecnologias para produtores não integrados à indústria, a necessidade de um planejamento da produção fl orestal para a região e maior atuação dos organismos representativos no intuito de melhorar a imagem do setor.

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SSD 314 - A IMPORTÂNCIA DO ICMS ECOLÓGICO COMO INSTRUMENTO DE COMPENSAÇÃO FINANCEIRA NA APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO PROTETOR - RECEBEDOR. WILCA BARBOSA HEMPEL; MARIA IRLES DE OLIVEIRA MAYORGA; MARIZETE DANTAS DE AQUINO; NÁJILA REJANE ALENCAR JULIÃO CABRAL; UFC, FORTALEZA, CE, BRASIL; Palavras-chave: ICMS ECOLÓGICO; INSTRUMENTO ECONÔMICO; COMPENSAÇÃO FINANCEIRA; PRINCÍPIO PROTETOR - RECEBEDOR; POLÍTICA PÚBLICA AMBIENTAL

O século vinte testemunhou o início de mais um grande evento de extinção da história da vida na Terra e o causador, desta vez, é o próprio Homem. A emergência e a gravidade dos problemas ambientais fi zeram com que inúmeros cientistas e estudiosos começassem a discutir e a pensar um novo tipo de desenvolvimento, capaz de fomentar o progresso humano em todo o planeta e por tempo indeterminado. O Desenvolvimento Sustentável surge tendo como um dos seus alicerces o Princípio Protetor-Recebedor, que compensa fi nanceiramente, como incentivo pelo serviço prestado, àquele que protege um bem natural, representando um símbolo de justiça econômica. Passadas mais de duas décadas da instituição da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6938 de 31/08/1981), avalia-se que sua efi cácia ainda é questionável, pois as ações degradadoras da qualidade ambiental são vistas com freqüência em quase todo o país, possivelmente como decorrência da fragilidade das estruturas de controle que têm permitido, por inefi ciência, incompetência ou falta de estrutura, a ocorrência dessas ações lesivas. Torna-se, portanto, de vital urgência a busca de alternativas que possam superar essas defi ciências. O ICMS Ecológico, resultante de uma redistribuição do ICMS arrecadado pelo Estado, para os municípios, sem aumento da carga tributária, adapta-se aos instrumentos econômicos já existentes, representando uma das mais convenientes opções de fi nanciamento das políticas ambientais no contexto atual. O desenvolvimento de políticas públicas aliadas à implementação do ICMS Ecológico, com respaldo no Princípio Protetor-Recebedor, refl ete para Tupiassu (2004), a concretização da idéia de que a preocupação com o meio ambiente não se restringe apenas a manutenção das áreas verdes, mas, principalmente, a elevação da qualidade de vida da população que com ele interage, que necessita de saúde, educação, higiene, saneamento e, acima de tudo, cidadania, obtida por meio da real efetivação do princípio da dignidade da pessoa humana.

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SSD 315 - GESTÃO INTEGRADA E MEIO AMBIENTE EM UM EMPREENDIMENTO DE FRUTICULTURA. PEDRO CARLOS SCHENINI; FERNANDO AMORIM DA SILVA; ROBERTO ARI GUINDANI; FRANCINI RENSI; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, FLORIANÓPOLIS, SC, BRASIL; Palavras-chave: Meio Ambiente; Desenvolvimento Sustentável; Sistema de Gestão Ambiental; NBR ISO 14000; Gestão Integrada

A atividade humana nas últimas décadas resultou em níveis inimagináveis de destruição e degradação, produzindo impactos negativos no meio ambiente e na qualidade de vida das pessoas. Em contrapartida a isso, governos, empresas, organizações sociais e outros membros da comunidade em geral têm-se preocupado em minimizar ou eliminar essa problemática sócio-ambiental. Diante desse contexto, o presente artigo teve por objetivo identifi car a sistemática que permite a implantação da Gestão Integrada em um empreendimento de fruticultura, visando a conformidade em matéria de meio ambiente. Assim, foi realizado um estudo de caso com abordagem qualitativa, no qual foram identifi cados e analisados processos, legislação, normas e documentação necessária para implantar o uso da gestão integrada, visando a obtenção da conformidade na gestão ambiental, através de ações éticas e tecnicamente responsáveis. Os resultados obtidos apresentaram recomendações de documentos com os procedimentos, instruções e formulários para registro e demonstração do cumprimento efetivo das leis e normas de qualidade ambiental.

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SSD 316 - COMUNICAÇÃO RURAL ENTRE TRÊS ATORES NAS ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO DE FRUTEIRAS NO NORDESTE BRASILEIRO:. MARIA ODETE ALVES; AIRTON SABOYA VALENTE JÚNIOR; BNB, FORTALEZA, CE, BRASIL; Palavras-chave: COMUNICAÇÃO; EXTENSÃO RURAL; ASSISTÊNCIA TÉCNICA; FRUTICULTURA; NORDESTE

RESUMO – Analisa-se o nível de comunicação entre agricultores, suas organizações e extensionistas rurais, a partir da análise do nível de concordância sobre potencialidades ou problemas percebidos como relevantes por cada um deles, a partir de um estudo de caso nas áreas de concentração de fruteiras no Nordeste do Brasil. A abordagem teórica é fundamentada na concepção humanizadora. As informações foram extraídas de um banco de dados resultante de uma pesquisa de campo realizada durante o ano de 2005, ano de 2005, coordenada pelo ETENE, por meio da aplicação de questionários estruturados a pequenos agricultores (fruticultores), organizações de agricultores e extensão rural. Verifi cou-se que a atuação das ATER’s apresenta pouco avanço na direção da concepção dialógica e humanizadora da comunicação, o que pode ser atestado nas diversas contradições observadas nas falas dos atores e na insatisfação de parte dos agricultores com os serviços prestados, sugerindo, assim, a necessidade de avaliação das metodologias adotadas em suas atividades de campo, principalmente no tocante à forma como vêm trabalhando as estratégias de comunicação.

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SSD 317 - A AMÊNDOA DA CASTANHA-DE-CAJU: COMPOSIÇÃO E IMPORTÂNCIA DOS ÁCIDOS GRAXOS – PRODUÇÃO E COMÉRCIO MUNDIAIS. JUSSARA GAZZOLA; ROSAURA GAZZOLA; CARLOS HENRIQUE MOTTA COELHO; ALCIDO ELENOR WANDER; JOSE EDNILSON DE OLIVEIRA CABRAL; DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO-UFSC, EMBRAPA SEDE, ARROZ E FEIJÃO E AGROINDÚSTRIA TROPICAL, FLORIANOPOLIS, SC, BRASIL; Palavras-chave: amêndoa da castanha-de-caju; ácidos graxos e nutrição; taxas anuais de crescimento ; produção, exportação e importação; ômega 3 e ômega 6

Nesse trabalho foram analisados os últimos 19 anos, de 1986 a 2004 (importação e exportação) e 1987 a 2005 (produção) da amêndoa de castanha-de-caju. Os dados utilizados foram acessados em da FAO no ano de 2006. Os dados referentes à participação do agronegócio brasileiro nas exportações e da amêndoa de castanha-de-caju no agronegócio brasileiro foram obtidos no Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior –Secex, 2006. A partir destes dados básicos, foram calculadas a evolução da participação da amêndoa de castanha-de-caju no agronegócio brasileiro e a evolução do valor das exportações da amêndoa de castanha-de-caju, considerando-se o ano 1989 como ano zero. Também foram calculadas as taxas de crescimento da produção, importação e exportação mundial da amêndoa de castanha-de-caju. Os resultados mostram uma clara desvantagem nesse mercado para o Brasil, que se mantém como terceiro exportador mundial dessa fruta, porém com taxas de crescimento bastante abaixo de seus principais competidores: Índia e Vietnã. Com relação à produção também ocorre a mesma desvantagem para o Brasil, com um parco crescimento da produção quando comparado com seus principais competidores. Com relação ao aspecto nutricional da amêndoa de castanha-de-caju, apresentam-se neste artigo, sua composição, uma tabela com as recomendações diárias de ácidos graxos nas diferentes fases de crescimento (Marques, 2006) e a essencialidade dos ácidos graxos que a compõem (quase 50% do fruto)

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SSD 318 - TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIAS AGROPECUÁRIAS: FATOR DE COMPETITIVIDADE NA MICRORREGIÃO DE PETROLINA - PE. TALES WANDERLEY VITAL; MIZAEL FELIX DA SILVA NETO; PADR-UFRPE, RECIFE, PE, BRASIL; Palavras-chave: Embrapa Semi-Árido; Tecnologias; Conhecimentos; Transferência ; Fruticultura

Este artigo identifica os principais mecanismos de transferência de tecnologias, conhecimentos e inovações agropecuárias geradas e /ou adaptadas pela Embrapa Semi-Árido, na microrregião de Petrolina, para cadeia produtiva da fruticultura irrigada, na perspectiva empresarial e da agricultura familiar. No plano metodológico, utiliza o modelo de triângulo de Sábato que prioriza essas transferências como resultado da articulação cooperativa entre empresários / produtores, governo e centros de pesquisa. Identifi ca os arranjos institucionais elegidos pela Embrapa para proceder essa atividade dentro da fruticultura irrigada das empresas e da agricultura familiar. Finaliza mostrando a diferenciação de modelos institucionais de transferência e as práticas que são adotadas para esses dois segmentos desse agronegócio.

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SSD 319 - INDÚSTRIA DE ALIMENTOS NO BRASIL E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. JUNIA RODRIGUES CONCEIÇÃO; MANSUETO F. DE ALMEIDA JUNIOR; IPEA, BRASÍLIA, DF, BRASIL; Palavras-chave: Inovação; Tecnologia; indústria de alimentos; pintec; P&D

Resumo: O presente trabalho teve como objetivo identifi car as características das empresas da indústria de alimentos no que se refere às inovações tecnológicas. Os resultados do trabalho demonstram que há, ainda, grande espaço para que as fi rmas do setor agroalimentar melhorem seu desempenho inovador. Como foi visto, o percentual de adoção de inovações é ainda pequeno. Do ponto de vista dos condicionantes microeconômicos à inovação, os resultados indicam que o tamanho da fi rma, a escolaridade do trabalhador, os esforços em P&D apresentam um impacto positivo sobre a probabilidade da fi rma inovar.

Palavras-chave: Inovação tecnológica; indústria de alimentos; Pintec.

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SSD 320 - AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS ECONÔMICOS, SOCIAIS E AMBIENTAIS DA PESQUISA DA EMBRAPA: A EXPERIÊNCIA DO PERÍODO 2001/2004. GRACIELA LUZIA VEDOVOTO; MARÍLIA CASTELO MAGALHÃES; MIRIAN OLIVEIRA DE SOUZA; ANTONIO FLAVIO DIAS AVILA; EMBRAPA, BRASÍLIA, DF, BRASIL; Palavras-chave: Avaliação de pesquisa; Impactos Econômicos; Impactos Sociais; Impactos Ambientais; Metodologia

Este trabalho apresenta a experiência da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa na avaliação de impactos econômicos, sociais e ambientais das suas tecnologias no período 2001/2004. Neste período foi avaliada, anualmente, uma amostra contendo mais de uma centena de tecnologias. O trabalho discute a metodologia utilizada tomando como referência uma revisão bibliográfi ca sobre o tema e análisa documentos recentes e relatórios de avaliação disponibilizados pelas Unidades Descentralizadas da Embrapa. Os resultados apontaram, do ponto de vista econômico, a alta rentabilidade dos investimentos realizados na Embrapa. Em relação a avaliação de impactos sociais verifi cou-se a criação de novos empregos e melhorias em outros aspectos sociais relacionados a saúde, nutrição, renda e qualidade dos empregos. Ainda em relação a dimensão social o trabalho apresenta ainda a metodologia Ambitec-Social, que começou a ser utilizada em 2004. A avaliação de impactos ambientais demonstrou resultados positivos na amostra de tecnologias analisadas. Um produto importante de todo este processo foi a internalização da necessidade de avaliar os impactos da pesquisa da Embrapa em um enfoque multidimensional.

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SSD 321 - UM ESTUDO DOS FATORES QUE AFETAM A FREQÜÊNCIA E O ATRASO ESCOLAR, NOS MEIOS URBANO E RURAL, DE SÃO PAULO E PERNAMBUCO. ROSANGELA MARIA PONTILI; ANA LÚCIA KASSOUF; ESALQ, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: educação; meio urbano; meio rural; políticas públicas; frequência e atraso escolar

Diversos trabalhos, da literatura econômica, têm mostrado a infl uência da educação na melhoria de renda das pessoas e no desenvolvimento econômico de um país. Entretanto, para melhorar o nível médio de escolaridade de um país é importante elevar a freqüência escolar e garantir à criança o avanço nos estudos. Preocupado com essa questão o Governo Federal brasileiro realizou diversas reformas no sistema educacional, especialmente a partir da década de 1990. Em vista disso, o presente trabalho fez uma análise da infl uência que variáveis associadas a características pessoais e familiares de uma criança, bem como variáveis de infra-estrutura escolar exercem sobre a freqüência e o atraso escolar no ensino fundamental, comparando-se as áreas urbana e rural, de Pernambuco e São Paulo. Os resultados mostraram que políticas voltadas para melhorar a escolaridade do chefe de família e/ou a renda familiar per capita podem aumentar a freqüência e reduzir o atraso escolar. Entretanto, iniciativas voltadas para melhorar a infra-estrutura escolar deverão levar em conta a realidade econômica do estado ou região e o objetivo fi nal a ser alcançado. Além disso, os indicadores educacionais estudados são mais precários na área rural e merecem a elaboração de políticas públicas especialmente voltadas para essa realidade.

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SSD 322 - ANÁLISE DOS TERMOS DE TROCA E AS MODIFICAÇÕES ESTRUTURAIS DA COTONICULTURA NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL. ANDRE ROZEMBERG PEIXOTO SIMÕES; ARYLDO SANTANA SCHULTZ; ANDERSON TEIXEIRA BENITES; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL, AQUIDAUANA, MS, BRASIL; Palavras-chave: algodão; termos de troca; mato grosso do sul; produção; produtividade

Resumo

A cultura do algodão no Brasil passou por mudanças estruturais signifi cativas na década de 90 e anos 2000, principalmente no que diz respeito ao uso de tecnologias e regionalização da produção. Tais modifi cações trouxeram maiores níveis de competitividade para o algodão nacional. Para que se possa entender as alterações estruturais que levaram a elevação da competitividade desta cultura, deve-se levar em consideração a análise de fatores macroeconômicos e aqueles fatores relacionados a rentabilidade das empresas, especialmente a relação de preços pagos e preços recebidos pelos cotonicultores. Este trabalho objetivou mensurar comparativamente a evolução dos termos de troca do cotonicultor do Estado de Mato Grosso do Sul e do Brasil, bem como avaliar as mudanças em termos de aumento de produção e produtividade. A principal conclusão foi que a partir de 1997 o algodão se estruturou de forma mais competitiva e com ganhos de produtividade, apesar de ter sido observada uma tendência de queda nos termos de troca.

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SSD 323 - UM ESTUDO EXPLORATÓRIO SOBRE OS EFEITOS ESPACIAIS NA AGROPECUÁRIA PARANAENSE. MARIA ANDRADE PINHEIRO; JOSÉ LUIZ PARRÉ; RICARDO LUIS LOPES; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGá, MARINGá, PR, BRASIL; Palavras-chave: função de produção espacial; valor bruto da produção; agropecuária; dependência espacial; heterogeneidade espacial

Este trabalho tem por objetivo estimar a função de produção espacial do estado do Paraná para o ano de 2002, contemplando as suas microrregiões, considerando os efeitos de dependência e heterogeneidade espaciais. Para tanto utiliza-se como variável dependente o valor bruto da produção agropecuária e explicativas o capital, trabalho, área, eletricidade, precipitação e temperatura. Os resultados preliminares apresentaram que o capital é o principal fator de produção na formação do valor bruto da produção agropecuária do estado e verifi cou-se, também, a ausência de efeitos espaciais na agropecuária do estado.

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SSD 324 - ANÁLISE DO TRADE-OFF NA PRODUÇÃO DE AÇÚCAR E ÁLCOOL NAS USINAS DA REGIÃO CENTRO-SUL DO BRASIL. WAGNER MOURA LAMOUNIER; MÁRIO FERREIRA CAMPOS FILHO; AURELIANO ANGEL BRESSAN; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL; Palavras-chave: Agroindústria Canavieira; Açúcar; Álcool; Preços; Modelo SUR

O estudo do trade-off na produção de açúcar e álcool nas usinas da região Centro-Sul do Brasil demonstra como ocorreu a decisão alocativa de produção nas unidades que produziram conjuntamente estes dois produtos nas safras 2001-2002, 2002-2003, 2003-2004 e 2004-2005. Os produtos açúcar e álcool são oriundos da cana-de-açúcar que representa cerca de 80% do custo de produção desses dois produtos (plantio, colheita, moagem e preparo do caldo). O Brasil é o maior produtor e exportador desses produtos no mundo e o único que produz açúcar e álcool em grande escala e derivados do mesmo insumo produtivo. O estudo demonstrou como ocorreu a composição do mix de produção de acordo com os sinais de mercado representados pelos preços dos produtos.

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SSD 325 - COMERCIALIZAÇÃO E COMPORTAMENTO DE PREÇOS DA MADEIRA SERRADA NOS ESTADOS DE SÃO PAULO E PARÁ. PATRÍCIA LOMBARDI PEREZ; CARLOS JOSÉ CAETANO BACHA; ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: COMERCIALIZAÇÃO; PREÇOS; MADEIRA; SÃO PAULO; PARÁ

RESUMO: O objetivo deste trabalho é analisar a comercialização e o comportamento dos preços das madeiras serradas, em especial as questões relacionadas à sazonalidade, causalidade e margens de comercialização. Para tanto, apenas os preços de madeiras nos estados de São Paulo e Pará são considerados dada a disponibilidade de dados. A sazonalidade foi analisada para produtos in natura e semi-processados de exóticas no estado de São Paulo e para pranchas de essências nativas em São Paulo e Pará. A ordem de causalidade é avaliada entre os preços de pranchas de mesmo tipo de árvore entre São Paulo e Pará. Esses mesmos preços são utilizados para analisar margens de comercialização. Nas análises de estacionalidade verifi cou-se que os preços dos produtos fl orestais são afetados principalmente pelo aumento dos custos de produção aos consumidores fi nais, como o aumento do salário mínimo e o pagamento do 13o salário. Constatou-se, também, a existência de efeito bi-causal na relação entre grande parte dos preços das pranchas de essências nativas no estado de SP e os preços destes produtos no estado do Pará. As margens relativas de comercialização calculadas para as diferentes pranchas de essências nativas comercializadas entre os estados do Pará e São Paulo apresentam dois grupos: um em ascensão e outro em redução.

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SSD 326 - INTEGRAÇÃO ESPACIAL E CAUSALIDADE DE PREÇOS NO MERCADO BRASILEIRO DE BOI GORDO: RESULTADOS PRELIMINARES. JOSÉ FREDERICO BARBATO SALOMOM; MARCELO LACERDA REZENDE; ANDRÉ LUIZ MEDEIROS; UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBá, ITAJUBÁ, MG, BRASIL; Palavras-chave: boi gordo; teste de raiz unitária; integração espacial; causalidade de preços; mercados agrícolas

Este trabalho tem o objetivo de analisar os dados de séries de preços nos mercados de boi gordo nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, e desta forma verifi car se os mesmos são estacionários ou não estacionários. Para isso, utilizou-se o Teste de Dickey-Fuller Aumentado que tem como objetivo verifi car a presença de raiz unitária. Através de análises de séries de preços do período de janeiro de 1994 a dezembro de 2004, verifi cou-se, que o teste aplicado com equações com tendência, apresenta todas as séries de dados como não estacionárias. O mesmo resultado foi obtido nas equações sem intercepto e sem tendência. Já nas equações com intercepto e com tendência, apenas a série de preços de Mato Grosso do Sul apresentou-se não estacionária. Todas as análises foram feitas a 1% e em nível. Estes resultados são importantes, pois com eles é possível através do Teste de Johansen e Teste de Causalidade de Granger, verifi car se existe co-integração entre os mercados estudados, e aferir a transmissão de preços, e assim, podem-se criar mecanismos que ajudem o comprador de commodities agropecuário a analisar o mercado com maior segurança, auxiliando na tomada de decisões.

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SSD 327 - OPERAÇÕES DE “CASH-AND-CARRY ARBITRAGE” NA BM&F: UMA DESAGREGAÇÃO DOS CUSTOS. GUSTAVO DE SOUZA E SILVA; PEDRO VALENTIM MARQUES; ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: mercado futuro; armazenagem; spread; custos; BM&F

A explosão dos mercados futuros se deve a eventos da economia mundial que resultaram num maior e mais volátil cenário de preços e taxas de juros, surgindo possibilidades para obtenção de lucros através de diversas operações. Uma dessas operações é conhecida como “Cash and Carry Arbitrage”. Conhecer os custos desta operação e a respectiva participação no custo total é fundamental para que os agentes possam aumentar a possibilidade de captar o maior retorno de cada operação, travando-a no momento mais apropriado. O custo da operação de “Cash and Carry Arbitrage” pode ser desagregado em quatro custos gerais: 1) custo do dinheiro no tempo; 2) custo da armazenagem; 3) custo para operar na BM&F; e 4) custos dos impostos incidentes. Os custos de armazenagem e o do dinheiro no tempo registraram as maiores participações no custo total das operações, sendo estes altamente relacionados com o tempo da operação.

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SSD 328 - PREÇOS DE TERRAS NO BRASIL, FINANCIAMENTO E PRODUTIVIDADE TOTAL DOS FATORES. JOSÉ GARCIA GASQUES; LAURENT PAUWELS; ELIANA TELES BASTOS; JOSÉ JORGE GEBARA; MAPA, BRASILIA, DF, BRASIL; Palavras-chave: Preços; Financiamento; Produtividade; terras; Brasil

O trabalho analisa o comportamento dos preços de terras no Brasil num período longo de tempo, 1977 a 2005, mas a preocupação maior é com o período mais recente, que combinou forte crescimento da agricultura e anos de menor crescimento. As seguintes partes fazem compõem a análise: comportamento dos preços de terras no Brasil; comparação entre os preços de terras no Brasil e Estados Unidos; modelo de regressão para analisar os principais determinantes dos preços de venda de terras de lavouras e conclusões.

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SSD 329 - UMA ANÁLISE APLICADA DE DECISÃO COM OPÇÃO DE VENDA UTILIZANDO CADEIAS DE MARKOV. JOSÉ CÉSAR CRUZ JÚNIOR; RICARDO MENDONÇA FONSECA; LUIZ FERNANDO OHARA KAMOGAWA; ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: Cadeias de Markov; Mercados futuros; Opções sobre Futuro; Café; Derivativos Agropecuários

Pretende-se neste trabalho apresentar uma ferramenta de análise de decisão para o caso de uma opção de venda de café arábica na BM&F explorando as cadeias de Markov. Os resultados probabilísticos quando confrontados com a cotação do contrato de café arábica na BM&F, no momento do vencimento da opção indicam que se pode tomar a melhor decisão a partir da metodologia adotada. Finalmente, algumas ressalvas do mercado de derivativos agropecuários podem ser extraídas a partir do resultado fi nal.

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SSD 330 - AVALIAÇÃO DA PREVISIBILIDADE DOS PREÇOS DA MADEIRA DE EUCALIPTO UTILIZANDO REDES NEURAIS ARTIFICIAIS. ROBERTO MAX PROTIL; LEANDRO DOS SANTOS COELHO; WESLEY VIEIRA DA SILVA; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ, CURITIBA, PR, BRASIL; Palavras-chave: Eucalipto; Series temporais; Previsão; Redes neurais; Preço da madeira

As ferramentas computacionais de identifi cação de sistemas e previsão de séries temporais permitem a concepção de modelos matemáticos baseados em dados numéricos. O problema essencial nestes casos é determinar um modelo matemático adequado. Este artigo apresenta o projeto de uma rede neural artifi cial baseada em método de agrupamento de Gustafson-Kessel e procedimento de otimização por evolução diferencial. O projeto da rede neural é validado para previsão em curtíssimo prazo (um passo à frente) do preço de madeira de eucalipto para celulose. O desempenho do projeto de rede neural baseado nos resultados de previsão do preço de madeira de eucalipto é apresentado e discutido no artigo.

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SSD 331 - EVOLUÇÃO DAS ELASTICIDADES-RENDA DOS DISPÊNDIOS DE LEITE E DERIVADOS NO BRASIL. ARYEVERTON FORTES DE OLIVEIRA; GLAUCO RODRIGUES CARVALHO; EMBRAPA GADO DE LEITE, JUIZ DE FORA, MG, BRASIL; Palavras-chave: elasticidade-renda; modelo de regressão poligonal; produtos lácteos; consumo familiar; consumo regional de leite e derivados

Este trabalho apresenta uma análise sobre o consumo de produtos lácteos no Brasil, focalizando a relação entre esse e o rendimento nas famílias. O objetivo geral do estudo consistiu em estimar e compreender como se alterou a elasticidade-renda do dispêndio com produtos lácteos em diferentes regiões e instantes do tempo, a partir dos dados da Pesquisa de Orçamento Familiar, do IBGE. Não foi constatada mudança substancial nos valores das elasticidades-renda do dispêndio com produtos lácteos. Diferenças regionais foram observadas entre elasticidades das regiões Norte e Nordeste em relação às regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Foi também observada uma redução dos valores de elasticidade à medida que aumentou o nível de rendimento entre as classes estudadas na Pesquisa de Orçamento Familiar.

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SSD 332 - REPASSE DAS VARIAÇÕES DA TAXA DE CÂMBIO NOS PRECOS DO VAREJO: UMA ANALISE COM DADOS DO ÍNDICE DE PREÇOS AO CONSUMIDOR DE CAMPO GRANDE. CATIANA SABADIN; MARA HUEBRA GORDIM; JAIMW JORDAM; CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CAMPO GRANDE - UNAES, CAMPO GRANDE, MS, BRASIL; Palavras-chave: Trnsmissão de preços; Repasse cambial; Preço do óleo; Consumidor; Índice de Preços

O Objetivo deste trabalho é analisar o repasse cambial do preço a varejo do óleo comestível na cidade de Campo Grande. Utiliza-se um modelo de formação de preços no varejo baseado na tendência da taxa de cambio pela transformação de Koyck. Estatisticamente foi utilizado o método de series temporais entre preços do óleo e a taxa de câmbio e se estabeleceu que existe uma relação de co-integração entre os preços do óleo e a taxa de câmbio no médio prazo aplicou-se o Método de Correção dos Erros e foram obtidos os seguintes resultados: (a) a elasticidade do repasse cambial nos preços do óleo ao varejo no curto prazo é muito reduzida (b) no médio prazo o repasse cambial é parcial (c) o repasse cambial explica uma redução dos preços de óleo comestível de -2, 77% em 2005 mas a queda do preço do óleo comestível é de -7, 25%.

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SSD 333 - ESTUDO DA CADEIA PRODUTIVA DE FLORES: MUNICÍPIO DE GRAVATÁ - PERNAMBUCO. FÁBIO DE OLIVEIRA MEDEIROS; LUIS ANDREA FAVERO; MANOEL XAVIER PEDROSA FILHO; UFRPE, RECIFE, PE, BRASIL; Palavras-chave: Flores de Clima Temperado; Cadeia Produtiva; Custos de Produção; Margens de Comercialização; Diferenciação do produto

Este artigo decorre de um trabalho de pesquisa mais abrangente cujo objetivo geral foi identifi car e estruturar a Cadeia Produtiva de Flores Temperadas no Estado de Pernambuco. De uma maneira mais específi ca enfocamos aqui os segmentos produção e distribuição no atacado, tendo como referência o município de Gravatá, o maior produtor de fl ores temperadas e o principal mercado atacadista a CEASA/PE, onde através do Programa Recifl or são comercializadas as principais espécies de fl ores produzidas em Pernambuco ou provenientes de outros estados. O uso limitado de tecnologias de produção em estufas explica a grande oscilação da oferta. As fl ores produzidas por pequenos produtores são cultivadas essencialmente em campo aberto submetendo o mercado e os preços aos efeitos da incerteza sazonal. No primeiro trimestre do ano a oferta local é pequena e os demais períodos sofrendo intervalos de pico de demanda intercalando meses de forte oferta com períodos mais retraídos. Além das oscilações da oferta os produtores têm que conviver com contínua elevação dos custos de produção. A média dos preços praticados no mercado atacadista da CEASA/PE apresentou no período estudado poucas variações. Os custos para produzir um hectare de fl ores, incluindo instalações, mão-de-obra, fertilizantes, embalagens e outros variam de espécie para espécie. A região produtora do agreste pernambucano (Gravatá) apresenta, em sua matriz de custos, valores que, também, variam de produtor para produtor. Constatou-se a necessidade de organização dos produtores em associações ou em cooperativas para negociar com os fornecedores de insumos, volumes e preços mais adequados. Os custos de produção e as margens de comercialização identifi cados neste estudo revelaram os diferentes níveis de difi culdades que ocorrem na produção, pós-colheita e comercialização no atacado, decorrentes da extrema variabilidade e descontinuidade da quantidade ofertada, resultando em signifi cativa variação dos preços e das margens entre os segmentos estudados.

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SSD 334 - COMPETITIVIDADE DO COMPLEXO SOJA BRASILEIRO NO CONTEXTO DO COMÉRCIO INTERNACIONAL. RAFAEL PENTIADO POERSCHKE; RITA INÊS PAULI PRIEB; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA, SANTA MARIA, RS, BRASIL; Palavras-chave: COMPLEXO SOJA; COMPETITIVIDADE; VANTAGEM COMPARATIVA; BRASIL; ARGENTINA

De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) o Produto Interno Bruto do Agronegócio vem crescendo ano a ano. Conforme o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a soja vem aumentando sua participação nas exportações do Brasil fi gurando como uma das principais commodities da pauta de exportações do agronegócio. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é verifi car o desempenho do complexo soja brasileiro frente ao seu principal concorrente intra-bloco, Argentina, de 1994 a 2004. No intuito de estimar a competitividade da soja brasileira frente à Argentina utilizou-se, como cerne o índice de vantagem comparativa revelada (VCR) proposto por Balassa, em 1965, a partir do trabalho precursor de Ricardo sobre a Lei das Vantagens Comparativas. Contudo, o trabalho de David & Nonnenberg (1997) serviu como base da escolha dos indicadores utilizados. Os dados para calcular estes índices foram coletados junto à Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO), a Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) e Organização Mundial de Comércio (OMC). Os índices estudados confi rmaram a importância do complexo soja para Brasil e Argentina. Constatou-se que a soja apresenta vantagem comparativa em todos os produtos do complexo analisados para ambos os países. Em específi co, o caso do grão in natura brasileiro denotou substancial progressão ao longo do período analisado. Os resultados, também corroboram para o grande potencial exportador nos diferentes itens que compõem o complexo soja, da Argentina e Brasil, e, mais, a variável responsável pelo desempenho e competitividade brasileira não se restringiu apenas a estabilidade infl acionária do período analisado.

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SSD 335 - IMPACTO DA FEBRE AFTOSA NA POSIÇÃO COMPETITIVA DO BRASIL NO MERCADO INTERNACIONAL DE CARNE BOVINA. LENILMA VERA NUNES MACHADO; MARIO MIGUEL AMIN; UNAMA, BELÉM, PA, BRASIL; Palavras-chave: carne bovina; febre aftosa; Brasil; mercado internacional; exportações

O trabalho analisa o impacto dos focos febre aftosa na posição competitiva do Brasil no mercado mundial de carne bovina. A teoria da vantagem competitiva foi utilizada como suporte teórico ao estudo. A febre aftosa afeta o comércio internacional da carne bovina in natura, o qual é limitado por barreiras sanitárias. A reintrodução da doença em dois estados da federação reconhecidos como livres de aftosa com vacinação indica falhas no sistema de defesa sanitária do país. O ressurgimento da doença nessas áreas causou prejuízos ao longo da cadeia da pecuária de corte. Com o embargo da carne in natura por alguns importadores o país deixou de obter ganhos e os esforços para ampliação e conquista de novos mercados foram prejudicados. A análise ressalta a necessidade da efetiva implementação das medidas de controle da doença para que o Brasil mantenha a liderança no mercado mundial.

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SSD 336 - INTENSIDADE E ORIENTAÇÃO REGIONAL DO COMÉRCIO ENTRE OS PAÍSES DO MERCOSUL NO PERÍODO DE 1990-2004. ORLANDO MONTEIRO DA SILVA; ADRIANA FERREIRA SILVA; ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: Mercosul; Fluxo Comercial ; Intensidade de Comércio; Orientação Regional; Grubel-Lloyd

Paralelo aos processos de integração econômica e expansão comercial tem-se observado que, vários países, muitos deles parceiros comerciais, vem se tornando crescentemente semelhantes em seus níveis de tecnologia e na disponibilidade de recursos, o que vem proporcionando o aumento nas trocas em duas vias dentro de uma mesma indústria, que confi gura no chamado comércio intra-indústria. Diante desse contexto, o presente trabalho buscar avaliar em que medida o Mercosul tem apresentado efeitos sobre o comércio regional. Para tanto foram utilizados, o Índice de Intensidade de Comércio (IIC), o Índice de Orientação Regional (IOR) e o Índice Grubel-Lloyd (GL) de comércio intra-indústria. O índice de intensidade de comércio indicou que as trocas comerciais entre Brasil e os países do Bloco aumentaram com a formação do Mercosul. O índice de orientação regional, apresentou valores crescentes e sempre superiores a 1, indicando tendência favorável a expansão comercial dentro do bloco. Com relação ao índice GL, verifi cou-se aumento no valor dos índices de comércio intra-indústria em várias seções e também no número de seções com índices GL acima de 0, 50 Tais resultados indicaram diferenças produtivas condizentes com o maior relacionamento intra-setorial multilateral, entre os países membros do Mercosul. Indicaram, também, o maior potencial competitivo da indústria brasileira nas seções que envolvem atividades industriais mais complexas.

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SSD 337 - O POTENCIAL DO AGRONEGÓCIO NO CEARÁ : A SUSTENTABILIDADE DAS EXPORTAÇÕES DO ABACAXI. WILTON FREITAS; AIRTON SABOYA VALENTE; UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE, BRASIL; Palavras-chave: Comércio Internacional; Exportações; Agronegócio

Uma das principais conseqüências da mundialização da economia diz respeito ao aumento dos fl uxos do comércio internacional. O Brasil vem constantemente demonstrando interesse em aumentar as vendas externas e reduzir a dependência das importações, de forma a permitir que o comércio exterior possa colaborar com o desenvolvimento nacional. Para realização do presente trabalho considerou-se o potencial exportador do Estado do Ceará, e através da busca de informações sobre a balança comercial desse Estado foi identifi cado o abacaxi como sendo um produto com potencial de vendas externas. A introdução do abacaxi na pauta de exportação cearense contribuiu para posicionar esse Estado na condição de maior exportador de frutas tropicais do país e o único com exportações regulares dessa fruta para a Europa. Assim, as observações relativas ao crescimento das vendas do abacaxi para o mercado europeu e norte-americano estimularam a realização do presente estudo na forma de um plano de exportação para empresas agrícolas ou agricultores familiares interessados em explorar essa cultura. O estudo apresenta ainda as principais oportunidades e os obstáculos enfrentados pelas empresas que exportam abacaxi, bem como detalha algumas sugestões de políticas objetivando o incremento da exportação de frutas por parte do Ceará. Metodologicamente utilizou-se de investigação explicativa, bem como pesquisa de campo, pesquisa de dados secundários, entrevistas e pesquisa bibliográfi ca. Os resultados obtidos confi rmam o potencial exportador da fruticultura no Ceará. Seguem-se recomendações de políticas.

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SSD 338 - EXPORTAÇÕES AGRÍCOLAS E DESINDUSTRIALIZAÇÃO: UMA CONTRIBUIÇÃO AO DEBATE. MARIA AUXILIADORA DE CARVALHO; IEA, SÃO PAULO, SP, BRASIL; Palavras-chave: exportação agrícola; desindustrialização; constant market share; competitividade; agricultura

Resumo: O objetivo do trabalho é contribuir para o debate sobre desindustrialização no Brasil, atribuído à apreciação cambial, que para vários autores, decorre do aumento das exportações agrícolas. Do emprego do método constant market share sobre as informações de comércio exterior procedentes da FAO, para o período 1991-2003, chegou-se à conclusão que a exportação agrícola brasileira cresceu a taxa bem superior à potencial, resultado de aumento expressivo da competitividade. Depois da mudança do regime cambial, em 1999, o aumento em competitividade foi em parte neutralizado pelo aumento da participação na pauta de produtos cuja demanda mundial está em declínio. A decomposição do valor exportado mostrou que prevaleceu o efeito do aumento da quantidade, fato mais evidente depois da adoção do câmbio fl utuante, porque nessa fase o efeito preço foi negativo. Mesmo descontando o efeito da depreciação real do câmbio, a mudança nos preços internacionais foi desfavorável à agricultura brasileira. O efeito fl exibilidade da pauta apresentou sinal negativo em todo o período, o que indica grande participação de produtos em desacordo com a lei geral da oferta, fato mais grave no período recente, quando a maior parte dos produtos cujas exportações aumentaram em volume estava com preço em baixa no mercado internacional.

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SSD 339 - A EVOLUÇÃO DAS EXPORTAÇOES E DA COMPETITIVIDADE DO COMPLEXO SOJA NO BRASIL E NO PARANÁ: 1990 - 2004. CARLOS EDUARDO CALDARELLI; MARCIA REGINA GABARDO DA CÂMARA; VANDERLEI JOSÉ SEREIA; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA, LONDRINA, PR, BRASIL; Palavras-chave: Complexo soja; Comércio Internacional; Moedlo Constant Market-Share; Competitividade; Vantagens Comparativas

A sojicultura brasileira tem apresentado resultados promissores nos últimos anos, assumindo papel atuante na pauta de exportações brasileiras. O artigo analisa o comportamento das exportações da oleaginosa e demais produtos derivados da soja do Brasil e do Paraná no período de 1990 a 2004, a relação com o mercado internacional e a tendência futura das exportações. Os procedimentos metodológicos são descritos a seguir; primeiramente foram identifi cados os produtos mais representativos da cadeia - a soja em grão, o farelo de soja e óleo de soja; em segundo lugar calculou-se o índice de Herfi ndahl-Hirschman (IHH), para verifi car a evolução da concentração dos mercados para os quais o Brasil e o Paraná exportam e para as exportações mundiais totais, como um indicador sintético de concorrência mundial; em seguida utilizou-se o modelo “Constant Market-Share” (CMS), com o objetivo de decompor as fontes de crescimento das exportações em quatro componentes, sendo estes: o crescimento do comércio mundial, composição da pauta de exportação, destino das exportações sendo a parcela residual o efeito competitividade. O complexo no período como um todo diversifi cou seus parceiros comerciais, houve desconcentração das exportações brasileiras e paranaenses, mas verifi cou-se a concentração do mercado exportador de soja e o conseqüente acirramento da concorrência internacional. As grandes fontes do crescimento do complexo soja no Brasil e no Paraná foram à competitividade e o comércio mundial no período I, proporcionados pela abertura comercial pós 90 e a competitividade no período III, fruto dos investimentos em P&D. O grande gargalo para o crescimento das exportações pode ser salientado como a infra-estrutura e o protecionismo, além da carência de políticas de interação entre diferentes segmentos de diferentes complexos, gerando assim maiores sinergias.

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SSD 340 - CONCENTRAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES E VULNERABILIDADE NO NORDESTE BRASILEIRO. EVELINE BARBOSA CARVALHO; RODRIGO SABOYA CASTRO ALVES; UNIFOR, FORTALEZA, CE, BRASIL; Palavras-chave: cONCENTRAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES; EXPORTAÇÕES NORDESTINAS; GRAU DE CONCENTRAÇÃO; VULNERABILIDADE EXTERNA; PODER DE MERCADO

Esta pesquisa objetiva avaliar o grau de concentração das exportações nordestinas por produto e país de destino no período compreendido entre 1996 a 2004 e seus efeitos para a região. Como objetivos específi cos, tem-se a identifi cação dos destinos das exportações dos principais produtos da pauta de exportação nordestina, analisando à luz do referencial teórico, as possíveis conseqüências que um elevado grau de concentração pode propiciar. Trata-se de pesquisa aplicada e quantitativa que propõe e aplica índice para o cálculo do grau de concentração a partir da participação das exportações de cada estado da região por produto e país de destino. O estudo conclui que os estados de Pernambuco e Alagoas apresentam elevado grau de concentração das exportações em cana de açúcar destinada à Rússia. O Rio Grande do Norte apresenta alta concentração das exportações de óleos brutos de petróleo destinados à Trinidade e Tobaco, e Sergipe elevada concentração de suco de laranja para a Holanda. Dois terços das exportações do estado do Maranhão, segundo maior estado exportador da região, foram realizadas pela Companhia Vale do Rio Doce. O estudo constatou que as economias dos estados de Pernambuco e Alagoas estão dependentes e vulneráveis à economia russa e esse poder de monopsônio exercido pela Rússia pode representar um custo social elevado para as economias vendedoras.

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SSD 341 - O REFLEXO DA CULTURA ORGANIZACIONAL NAS NEGOCIAÇÕES INTERNACIONAIS DA EMPRESA TANAC. LESSANDRA MEDEIROS DE OLIVEIRA; KEITILINE RAMOS VIACAVA; LETÍCIA DE OLIVEIRA; LÚCIA REJANE ROSA GAMA MADRUGA; TANIA NUNES DA SILVA; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISA NO AGRONEGÓCIO, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: Cultura organizacional; mudança organizacional; comércico internacional; exportação; agronegócio

O presente trabalho procura responder: como a cultura organizacional interfere nas relações internacionais demandadas pelo processo de exportação da empresa TANAC? Dessa forma, busca elucidar como a diversidade cultural de outros países interfere na estratégia de exportação da TANAC; como a cultura organizacional contribuiu para o perfi l exportador da empresa ao longo do tempo e como os aspectos culturais externos interferem nos aspectos culturais internos e vice-versa. A abordagem teórica demonstra como a relação entre os aspectos culturais e o comércio internacional se estabelece, destacando a infl uência da cultura nas negociações internacionais, os elementos e as peculiaridades da cultura organizacional e o processo de adaptação às mudanças a serem inseridas nas organizações por conta dos relacionamentos internacionais. O trabalho caracteriza-se como um estudo exploratório com abordagem qualitativa na análise. A amostragem foi não-probabilística do tipo intencional ou de seleção racional. Para a coleta de dados incluiu os dados primários obtidos por meio de entrevista em profundidade com a aplicação de um questionário semi-estruturado, conversas informais, reuniões e palestras, que envolveu diretores e gerentes da empresa e dados secundários obtidos em publicações do setor, documentos da empresa, materiais de divulgação fornecidos pela empresa, internet e bibliografi a. Como conclusão, observa-se que seu perfi l exportador infl uencia e é infl uenciado pela cultura e que a necessidade de adaptação a uma grande diversidade cultural decorrente dos mais de 70 países com os quais a empresa negocia é marcante e interfere diretamente na consolidação de sua cultura organizacional. Assim, a preocupação ambiental, as certifi cações e a atualização permanente são valores sedimentados por conta da sua atividade intensa no mercado externo. A cultura, como preocupação dos stakeholders, é manifestada nas ações educacionais em prol de seus funcionários, no desenvolvimento regional e social proporcionado por suas atividades e nas questões ambientais. Além disso, a empresa convive com a diversidade cultural, procurando adaptar-se a ela, e buscando conhecimento e contatos que auxiliem na percepção cultural.

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SSD 342 - A COMPETITIVIDADE DA BORRACHA NATURAL NO BRASIL. ELAINE APARECIDA FERNANDES; PATRÍCIA LOPES ROSADO; UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIçOSA, VIçOSA, MG, BRASIL; Palavras-chave: BORRACHA; COMPETITIVIDADE; EXPORTAÇÃO; RAIZ UNITÁRIA; BRASIL

Dado a grande importância da borracha natural para o país, o presente trabalho procura analisar o seu nível de competitividade face a outras economias, também produtoras de borracha, na tentativa de buscar soluções para melhorar a sua efi ciência produtiva, dado que, a exploração da borracha possui grande potencial na solução de problemas econômicos, sociais e ambientais. Em termos gerais, busca-se avaliar, para a economia brasileira, o comportamento das variáveis determinantes das demandas de importação e de exportação da borracha natural, no período de 1974 a 2004. No que se refere especifi camente a borracha natural, os resultados mostram, de forma clara, como o Brasil vem perdendo competitividade na sua exportação. Foi constado que quando a renda nacional aumenta, a quantidade importada de borracha aumenta consideravelmente, entretanto, quando a renda mundial aumenta, o quantum exportado permanece quase inalterado. Nesse sentido, o fato das exportações não apresentarem as mesmas sensibilidades às variações da renda no exterior quando comparada com as sensibilidades das importações às modifi cações na renda nacional, gera sérias discussões sobre o tema do desequilíbrio da balança comercial. A preferência do mercado doméstico sinaliza que a produção nacional deve-se reestruturar com base em novas técnicas e métodos de produção industrial. Assim, o desenvolvimento da economia brasileira estaria em maior sintonia com o crescimento da economia mundial.

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SSD 343 - A RODADA DO MILÊNIO: IMPACTOS SOBRE O AGRONEGÓCIO BRASILEIRO. MAURÍCIO JORGE PINTO DE SOUZA; HELOISA LEE BURNQUIST; ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: LIBERALIZAÇÃO COMERCIAL; RODADA DOHA; AGRONEGÓCIO; EQUILÍBRIO GERAL; MINIMAL

O presente trabalho procura avaliar os possíveis impactos sobre o agronegócio brasileiro de diferentes cenários de liberalização comercial resultantes da Rodada Doha. Para isso é utilizado o Modelo Minimal de Equilíbrio Geral. Os resultados sugerem que tanto no curto quanto no longo prazo, os setores ligados ao agronegócio brasileiro responderam positivamente aos choques de liberalização comercial simulados. Porém os ganhos para os setores ligados ao agronegócio são signifi cativamente mais altos no longo prazo e quando a liberalização completa é considerada. Dentre os setores mais benefi ciados estão o Abate de Animais, a Indústria de Laticínios e a Indústria do Açúcar.

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SSD 344 - CANAIS DE EXPORTAÇÃO PARA AS FLORES TROPICAIS DE PERNAMBUCO: ANÁLISE DA INSERÇÃO NO MERCADO EUROPEU. MANOEL XAVIER PEDROSA FILHO; LUIS ANDREA FAVERO; UFRPE, RECIFE, PE, BRASIL; Palavras-chave: Flores Tropicais; Canais de Exportação; Mercado Europeu; Pernambuco; Logística

O presente trabalho tem por objetivo analisar os principais canais de exportação existentes na cadeia produtiva de fl ores tropicais do estado de Pernambuco, tendo como foco central a avaliação dos fatores que infl uenciam no nível de inserção no mercado europeu. A União Européia representa o principal mercado mundial de fl ores. Este mercado é o principal destino das exportações de fl ores tropicais de Pernambuco representando 99, 98 % da receita total exportada em 2004. A metodologia de análise proposta toma como referência conceitual o enfoque sistêmico de produto, sendo este complementado pelo enfoque de supply chain management. Além de dados secundários, foram pesquisados dados e informações de fontes primárias mediante a condução de entrevistas com “atores chave” no âmbito do setor estudado, incluindo o Veiling Holambra. Os fl oricultores pernambucanos têm buscado realizar as exportações através de ações cooperativas entre diversos produtores e demais agentes do setor, a fi m de viabilizar volume e regularidade, buscando diminuir os custos de exportação. Neste contexto os produtores têm utilizado como canais de exportação os Consórcios de exportação, as Empresas comerciais exportadoras e a Cooperativa Veiling Holambra. Os canais de exportação analisados apresentam uma série de aspectos favoráveis e desfavoráveis no que se refere à sua inserção no mercado europeu. No entanto, percebeu-se que em todos os canais analisados o aspecto colaborativo entre os agentes envolvidos é de extrema importância para a obtenção de uma maior competitividade no mercado externo, através de ganhos de escala no volume de fl ores exportadas, e de maior efi ciência no atendimento aos importadores.

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SSD 345 - IMPACTOS ECONÔMICOS DE MEDIDAS TÉCNICAS IMPOSTAS SOBRE AS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE LEITE CONDENSADO. MAURÍCIO JORGE PINTO DE SOUZA; FRANCINE ROSSI RODRIGUES; HELOISA LEE BURNQUIST; ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: MEDIDAS TÉCNICAS; AGRO-ALIMENTARES; LEITE CONDENSADO; EQUILÍBRIO GERAL; MINIMAL

Este trabalho apresenta as principais exigências técnicas impostas ao leite condensado pelos principais importadores do produto, Angola, Estados Unidos e Trinidad e Tobago e a simulação, através de um modelo de equilíbrio geral, dos impactos de um banimento das exportações brasileiras de leite condensado para os estes mercados como conseqüência da hipótese do setor exportador do Brasil não cumprir as exigências técnicas impostas por esses países. O leite condensado foi selecionado para a análise por se constituir em um dos produtos de maior expressão na exportação brasileira de lácteos, com potencial para ampliar mercado. Os resultados sugerem que os efeitos de um banimento das exportações de leite condensado, considerando cada um dos três países isoladamente, são negativos para a economia brasileira. Em termos setoriais, a indústria de laticínios é afetada na forma de uma redução do emprego e da produção.

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SSD 346 - O COMPORTAMENTO LOCACIONAL DA MÃO-DE-OBRA NA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL: NOTAS COMPARATIVAS A PARTIR DOS INDICADORES DE ANÁLISE REGIONAL. JANDIR FERRERA DE LIMA; LUCIR REINALDO ALVES; ELVANIO COSTA DE SOUZA; SANDRA MARA PEREIRA; ÉDERSON JUNIOR RODRIGUES; UNIOESTE, TOLEDO, PR, BRASIL; Palavras-chave: Análise regional; Economia regional; Localização; Brasil; Emprego

O objetivo deste artigo é analisar o comportamento locacional da mão-de-obra ocupada nas atividades produtivas na região Sudeste do Brasil. A análise regional compara os Estados da região Sudeste internamente e também com o Brasil. Em ambas as análises os resultados apontaram o “peso” do Estado de São Paulo nas atividades do setor secundário. Rio de Janeiro e São Paulo foram expressivos a ocupação da mão-de-obra em atividades ligadas ao setor terciário. Espírito Santo, Minas Gerais e o “resto do Brasil” apresentaram maior destaque para o emprego nas atividades primárias. Os resultados apontaram uma maior diversifi cação da ocupação da mão-de-obra em todos os Estados da região Sudeste do Brasil no decorrer do tempo.

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SSD 347 - TURISMO E DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL - PERFIL DA ESTRUTURA DE HOSPEDAGEM RURAL NA REGIÃO CENTRAL DO RS. JOSÉ MARCOS FROEHLICH; PAULO ROBERTO DULLIUS; LETÍCIA - CAVALHEIRO; UFSM, SANTA MARIA, RS, BRASIL; Palavras-chave: Multifuncionalidade do rural; turismo rural; desenvolvimento territorial; desenvolvimento rural; multifuncionalidade da agricultura

Nas dinâmicas sociais contemporâneas, os territórios rurais vêm assumindo novas funções que vão além da sua histórica função agrícola. No âmbito da chamada multifuncionalidade do rural, tem sido notável o crescimento de serviços e estabelecimentos voltados ao turismo e ao lazer. O presente trabalho buscou identifi car e caracterizar os estabelecimentos e as ocupações rurais envolvidas na oferta das diversas formas de hospedagem disponíveis no rural da região central do RS, como Pousadas Rurais, Hotéis-Fazenda e Fazendas-Hotel. Levantou-se um conjunto de oito(8) estabelecimentos que oferecem um total de 227 leitos, onde predomina a mão-de-obra feminina e contratada, com escolaridade de nível médio e proveniente do próprio município onde se localiza o empreendimento.

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SSD 348 - GRAU DE MODERNIZAÇÃO DO SETOR AGROPECUÁRIO NA REGIÃO NORTE DO BRASIL. JAIR CARVALHO DOS SANTOS; CRISTIANE MÁRCIA SANTOS; JOÃO EUSTÁQUIO DE LIMA; UFV, VIÇOSA, MG, BRASIL; Palavras-chave: Modernização agropecuária; Análise multivariada; Amazônia; Análise fatorial; Cluster

O objetivo deste estudo foi identifi car o grau de modernização do setor agropecuário nas microrregiões homogêneas da Região Norte do Brasil e classifi cá-las. Foi utilizada a técnica multivariada de análise fatorial aplicada a um conjunto de indicadores relacionados ao emprego de insumos modernos, para identifi cação dos fatores de modernização, e também a técnica de análise de cluster e a construção de um índice de multicausas para classifi cação das microrregiões em cinco agrupamentos ou classes de intensidade de modernização. Os resultados demonstraram a predominância do baixo grau de modernização, exceto em algumas regiões próximas à Belém, capital do Estado do Pará, e à Manaus, capital do Estado do Amazonas. O índice de modernização construído mostrou-se consistente para ordenar as microrregiões.

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SSD 349 - AS DESIGUALDADES ECONÔMICAS REGIONAIS E O SETOR AGROPECUÁRIO DO RIO GRANDE DO SUL. INAJARA MARTINS BATISTA; VICENTE C. P. SILVEIRA; FLAMARION DUTRA ALVES; UFSM, SANTA MARIA, RS, BRASIL; Palavras-chave: Desigualdades Regionais; Setor Agropecuário; Produto Interno Bruto; Valor Adicionado Bruto da agropecuária; Desenvolvimento territorial

Do ponto de vista do desenvolvimento econômico, o Rio Grande do Sul apresenta uma realidade bastante particular, quando considera-se o Estado dividido em duas regiões, Metade Sul e Norte. A Metade Sul, que antes detinha o poder econômico acaba, a partir da metade século XX, por entrar em um período de estagnação econômica que persiste até os dias atuais. A Metade Norte, por sua vez, passa de condição de “atrasada” para a Região economicamente mais desenvolvida do Estado. Este processo teve continuidade na medida em que se observa a concentração econômica em uma área da Metade Norte, defi nido por Alonso et al (1994) como Região Nordeste. Assim considera-se no presente trabalho o Estado dividido em três Regiões: Nordeste, Norte e Sul. Vários fatores contribuíram para essa condição de concentração econômica, porém destaca-se o processo de ocupação, de urbanização e industrialização do Estado. A importância do Setor Agropecuário para Rio Grande do Sul é amplamente reconhecida e as desigualdades regionais, à medida que se acentuam, atingem diretamente as atividades deste setor. A Região Nordeste, com apenas 8, 98% da área, representa 53, 44% do PIB Total e participa com 15, 53% do VAB da Agropecuária do Estado. Porém, em termos monetários por área a participação da Região é superior as Regiões Sul e Norte, as quais participam em uma área de 86, 45% com 84, 47% do VAB da agropecuária estadual. A Região Nordeste apresenta algumas vantagens sobre as demais Regiões, onde destaca-se a estrutura do mercado consumidor, com maior poder aquisitivo. Também o fato das atividades agropecuárias desenvolvidas serem mais dinâmicas, além das oportunidades para industrialização e comercialização, diferentemente das Regiões Sul e Norte. A partir desta análise, verifi ca-se a importância do estudo da dinâmica deste processo, a fi m de que sejam elaboradas políticas efi cientes de modo que sejam minimizados os efeitos das desigualdades econômicas regionais sobre o Setor Agropecuário do Rio Grande do Sul

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SSD 350 - CARACTERIZAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO RURAL DOS MUNICÍPIOS PARANAENSES. CARMEM OZANA DE MELO; JOSÉ LUIZ PARRÉ; UEM, MARINGA, PR, BRASIL; Palavras-chave: Desenvolvimento rural; Paraná; Estatística Multivariada; Desenvolvimento Agricola; Agronegocio

O setor agrícola paranaense inseriu-se no processo de modernização, apresentando alterações signifi cativas na sua estrutura produtiva, com refl exos econômicos e sociais importantes no meio rural. Neste sentido, este trabalho objetivou mensurar o índice de desenvolvimento rural dos municípios paranaenses, identifi cando os fatores determinantes. Os resultados mostraram que o índice médio de desenvolvimento rural situou-se em 43, 63, o que resultou num total de 179 municípios (44, 86%) acima deste valor e 220 municípios (55, 14%) abaixo deste índice. O fato de que mais da metade dos municípios se encontra nos níveis baixo, muito baixo e muitíssimo baixo de desenvolvimento rural sugere a necessidade de medidas no sentido de minimizar os efeitos gerados pelos aspectos que devem ser trabalhados de forma mais intensa, no sentido de melhorar a vida no campo e, por conseguinte, a situação dos municípios.

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SSD 351 - DETERMINANTES DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL DOS MUNICÍPIO DA REGIÃO OESTE DO PARANÁ: HIERARQUIZAÇÃO E REGIONALIZAÇÃO. GERSON HENRIQUE DA SILVA; CARMEM OZANA DE MELO; MAURA SEIKO TSUTSUI ESPERANCINI; UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA- UNESP, BOTUCATU, SP, BRASIL; Palavras-chave: DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO; MUNICÍPIOS; PARANÁ; ANÁLISE MULTIVARIADA; FATORES

O desenvolvimento constitui uma meta perseguida pelos povos e deve englobar aspectos econômicos, sociais e educacionais. Neste sentido, este trabalhou tem por objetivo analisar o desenvolvimento dos municípios da região oeste do Paraná, empregando as técnicas de análise fatorial e de cluster, a fi m de identifi car os fatores determinantes e agrupar os municípios de acordo com suas características face ao fenômeno. Os resultados permitiram identifi car cinco grupos de municípios, além dos aspectos que devem ser trabalhados, na busca pelo desenvolvimento.

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SSD 352 - COMPOSIÇÃO DE CULTURAS E OCUPAÇÃO DO ESPAÇO NA AGROPECUÁRIA PAULISTA DE 1969-1971. JOSÉ SIDNEI GONÇALVES; ANDRÉA LEDA RAMOS DE OLIVEIRA OJIMA; SUELI ALVES MOREIRA SPUZA; JOSÉ ALBERTO ANGELO; INSTITUTO DE ECONOMIA AGRÍCOLA (IEA-APTA), SÃO PAULO, SP, BRASIL; Palavras-chave: AGROPECUÁRIA PAULISTA; AGRICULTURA PAULISTA; TRNSFORMAÇÕES ECONÔMICAS; CADEIAS DE PRODUÇÃO; COMPOSIÇÃO DE CULTURAS

A agropecuária paulista realizou consistente processo de transformações estruturais no período posterior a 1970, sendo que isso ocorre numa realidade de esgotamento da fronteira agrícola estadual. As síntese das mudanças na composição de culturas da agropecuária paulista pode ser representada pelo avanço da cana para industria sobre áreas de pastagens numa estrutura que revela intenso progresso técnico. O aumento de produtividade em si não garante poder de expansão de dada cultura uma vez que a cana para indústria com o menor aumento nesse indicador dentre as atividades que realizaram intensa inovação foi a que mais ganhou em expressão espacial. Já a pecuária de corte cujo incremento percentual de produtividade da terra foi mais de quatro vezes maior que o da cana, foi a que mais cedeu espaço cultivado. No tocante à regionalidade verifi ca-se o avanço das lavouras no sentido do Oeste, num processo puxado pela cana e pela soja, com o que eleva-se de forma expressiva a proporção das áreas de lavouras como proporção da área agropecuária total. Os resultados produzidos pela transformação da agropecuária paulista desde 1970 consistem na preponderância de culturas que no plano externo de demanda e de preços relativos tiveram estímulos esternos e, no plano interno consolidaram consistentes cadeias de produção que irradiaram de forma intensa e precisa esses estímulos para a estrutura produtiva.

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SSD 353 - EVOLUÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DA RENDA E DA POBREZA DAS FAMÍLIAS OCUPADAS E RESIDENTES NO MEIO RURAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS, DE 1981 A 2003. LUIZ EDUARDO VASCONCELOS ROCHA; PATRICIA DE MELO ABRITA BASTOS; GILNEI COSTA SANTOS; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI, SÃO JOÃO DEL REI, MG, BRASIL; Palavras-chave: rural mineiro; desigualdade; pobreza; pluriatividade; perfi l ocupacional

O presente artigo discute a evolução da distribuição da renda e pobreza das famílias rurais de Minas Gerais diante da nova conformação do espaço rural a partir da década de oitenta, onde observa-se a interseção cada vez menor entre o meio rural e o setor agrícola. Isso ocorre, segundo Graziano da Silva, com a modernização da agricultura, onde as atividades do setor não mais demandam dedicação exclusiva, propiciando o processo de “mercantilização do tempo livre”, que atua modifi cando o perfi l ocupacional destas famílias e por conseguinte a renda das mesmas. Neste contexto, a pesquisa, ao descrever a nova conformação do espaço rural mineiro, em termos de ocupação e renda, pretende contribuir com a implementação de políticas públicas que contemplem as especifi cidades regionais concernentes ao novo rural. A base de dados utilizada é a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), nas quais foram realizadas adaptações metodológicas para que haja comparabilidade entre os anos que a pesquisa abarca. Isto posto, realizou-se a decomposição das famílias segundo o ramo de atividade (agrícola, pluriativa e não-agrícola) e condição na ocupação (empregadora, conta-própria, assalariado) constituindo-se nove grupos de análise. Para analisar a distribuição de renda utilizou-se duas medidas: relação da renda média dos 10% mais ricos e dos 40% mais pobres e o índice de Gini. Quanto a análise da pobreza, utilizou-se a família dos índices parametrizados FGT. Os resultados obtidos demonstram que as atividades não-agrícolas apresentam-se como uma alternativa efetiva de ocupação para as famílias rurais. Outrossim, as famílias que mesclaram atividades agrícolas e não-agrícolas foram responsáveis pelos melhores rendimentos médios, concedendo à pluriatividade lugar de destaque neste novo rural. Contudo, as “novas” atividades ainda não foram capazes de diminuir o quadro negativo da concentração de renda. Quanto a pobreza, observou-se queda, principalmente para as famílias de empregados.

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SSD 354 - TURISMO EM ÁREAS RURAIS - PERSPECTIVAS DA ORGANIZAÇÃO LOCAL NO CASO DAS TERRAS ALTAS DA MANTIQUEIRA (MG). YUMI KAWAMURA; UNICAMP, CAMPINAS, SP, BRASIL; Palavras-chave: turismo; desenvolvimento territorial; participação; política pública; organização local

Este trabalho enfoca o desenvolvimento turístico em áreas rurais, através de um estudo de caso na região das Terras Altas da Mantiqueira (TAM) no sul do Estado de Minas Gerais, onde este processo está sendo considerado como elemento essencial para o desenvolvimento regional e para a preservação do meio ambiente. Destaca-se uma iniciativa de organização do setor privado, que procurou reunir os hoteleiros e atores afi ns, criar uma identidade regional e articular-se com o poder público visando o desenvolvimento sustentável do turismo na região e a dinamização econômica regional impulsionada pela atividade turística. A análise do processo de organização do turismo implementado pela Associação Terras Altas de Mantiqueira (ATAM) revelou os êxitos e as defi ciências de tal iniciativa. Os principais fatores que limitaram sua atuação estão ligados a problemas de planejamento, gerenciamento e participação, assim como ao contexto político-institucional.

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SSD 355 - O PROBLEMA DA NÃO DEFINIÇÃO DA UNIDADE ECONÔMICA BÁSICA NA AGRICULTURA. PEDRO SELVINO NEUMANN; VIVIEN DIESEL; VIVIEN DIESEL; UFSM, SANTA MARIA, RS, BRASIL; Palavras-chave: Unidade de Produção Agrícola; Estabelecimento Rural; Imóvel Rural; Propriedade Agrícola; desenvolvimento rural

O presente trabalho tem como objetivo identifi car e comparar as estimativas geradas pelo uso das diferentes unidades básicas nos levantamentos rurais, como é caso do conceito de “Estabelecimento Agrícola” utilizado pelo IBGE, de “Imóvel Rural” utilizado pelo INCRA, de “Propriedade Agrícola” pelo Código Florestal e pelo Estatuto da Terra, de “Unidade de Produção” por algumas instituições de pesquisa, entre outros. A confusão existente entre estes termos é constantemente percebida por quem necessita de informações precisas da realidade rural para elaborar suas estratégias de ação. Assim, amparado na simulação da aplicação desses diferentes conceitos à realidades de municípios da região Central do RS, o estudo aponta para a necessidade, no seio da própria agricultura, da utilização de ferramentas adequadas às novas exigências e a noção de Unidade Produção Agrícola deveria ser examinada neste contexto. Afi nal, no momento em que as políticas buscam objetivos que ultrapassam as estritas funções produtivas, deveria ser possível precisar quais populações estão envolvidas e que tipo de dados são mais adequados.

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SSD 356 - A ORGANIZAÇÃO DE REDES DE UNIDADES PRODUTIVAS COMO INSTRUMENTO DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL RURAL: UMA EXPERIÊNCIA NO ESTADO DO PARANÁ. DIMAS SOARES JÚNIOR; RODNE DE OLIVEIRA LIMA; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA, LONDRINA, PR, BRASIL; Palavras-chave: redes interorganizacionais; desenvolvimento territorial rural; agricultura familiar; Paraná; pesquisa e desenvolvimento

O presente texto discute as possibilidades da organização de redes de unidades produtivas como instrumento de apoio ao desenvolvimento territorial rural (DTR), tomando como objeto de análise empírica o projeto Redes de Referências para a Agricultura Familiar, conduzido no Estado do Paraná, Brasil, sob responsabilidade do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) e Empresa Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER/PR). Partindo do referencial teórico analisado e de informações coletadas junto a especialistas envolvidos com o tema, o trabalho discute a pertinência da organização de redes em ações de DTR, bem como os ajustes necessários no atual projeto para a sua adoção nessa perspectiva. Considerando aspectos relativos à formação de capital social, à valorização de atributos para a construção de territórios e ao incentivo do desenvolvimento endógeno, a pesquisa aponta a adoção da estratégia de redes de unidades produtivas como instrumento adequado às ações de DTR. Constata também que as perspectivas da inovação tecnológica e gerencial; de aumento da competitividade territorial; de aprimoramento institucional associado à transformação dos sistemas produtivos; e a possibilidade de validação e transferência de inovações surgidas no meio rural, todos elementos presentes no projeto Redes de Referências para a Agricultura Familiar, qualifi cam-no como potencialmente útil às ações desenvolvidas sob o enfoque do DTR. O texto aborda ainda as perspectivas futuras para o projeto Redes de Referências, considerando sobretudo os aspectos necessários para a sua adequação ao enfoque do desenvolvimento sob a ótica territorial. Tais aspectos são discutidos considerando o escopo atual do projeto, as mudanças de ordem metodológica e/ou operacional pertinentes e, ainda, os ajustes necessários no plano institucional para a sua implementação, oferecendo assim, elementos que devem permitir uma melhor adequação da proposta às ações de DTR.

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SSD 357 - ATIVIDADE PESQUEIRA NA AMZÔNIA: LIMITES E POSSIBILIDADES PARA O DESENVOLVIMENTO LOCAL. MARCELO BENTES DINIZ; MARCIA JUCÁ TEIXEIRA DINIZ; RICARDO BRUNO SANTOS; GISALDA CARVALHO FILGUEIRAS CARVALHO FILGUEIRAS; UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ, BELÉM, PA, BRASIL; Palavras-chave: Pesca; Desenvolvimento; Local; Amazônia; Norte

A atividade pesqueira é considerada uma dessas atividades tradicionais da Amazônia, enquanto ligada ao próprio modo de vida região. É uma atividade muito importante, mas que não tem sido capaz de criar um dinamismo interno para o desenvolvimento local, especialmente quanto mecanismo endógeno. Assim sendo, propõe-se neste artigo estudar as suas características, enquanto capazes ou não de dinamizar esse desenvolvimento local na região da Amazônia Legal. Isto implica verifi car suas especifi cidades na região, indicando seus limites e potencialidades. A metodologia empírica principal utilizada neste estudo será os estudos de Arranjos Produtivos Locais – APL realizados pela Agência de Desenvolvimento da Amazônia – ADA, concomitante a uma análise com base na Matriz Insumo-Produto e de Contabilidade Social para os Estados do Pará, Amazonas e Amapá.

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SSD 358 - DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES DE PRODUTORES NA REGIÃO DE PRESIDENTE PRUDENTE – SP. ROSÂNGELA ROSÂNGELA; FCT/UNESP, PRESIDENTE PRUDENTE, SP, BRASIL; Palavras-chave: Estratégias; ação coletiva; associativismo; participação; Região de Presidente Prudente

A pesquisa teve como objetivo principal identifi car e analisar as características das associações de produtores rurais existentes nos vinte e um (21) municípios que integram o Escritório de Desenvolvimento Rural – EDR de Presidente Prudente. Para se alcançar esse objetivo procedeu-se, além da revisão bibliográfi ca sobre a organização coletiva no meio rural, o levantamento de dados de fonte secundária (LUPA, 1997) e primária, por meio da elaboração e aplicação de questionário aos presidentes das associações de produtores rurais. A escolha desta área para a realização da pesquisa se deve ao fato de concentrar um grande número de pequenas unidades produtivas rurais que, embora apresentem signifi cativa importância econômica e social, têm enfrentado inúmeras difi culdades de ordem tecnológica, econômica e social para se manterem no campo. Nesse contexto, as associações de produtores poderiam se constituir numa estratégia importante para garantir a manutenção da propriedade, bem como a reprodução econômica e social da família. Todavia, em virtude da falta de comprometimento e de participação mais efetiva dos produtores, as associações têm encontrado difi culdades para se constituírem como um espaço de discussão dos problemas e de busca de alternativas bem como a sua efetivação como um canal de representação dos interesses dos produtores na escala local, impossibilitando a articulação com outros agentes e/ou órgãos, o que poderia melhorar as condições de produção e de reprodução social e econômica dos produtores.

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SSD 359 - PROPOSTA DE METODOLOGIA DE RATING PARA COOPERATIVAS AGROPECUÁRIAS. DAVI ROGÉRIO DE MOURA COSTA; SIGISMUNDO BIALOSKORSKI NETO; FUNDAÇÃO GERTULIO VARGAS, SÃO PAULO, SP, BRASIL; Palavras-chave: Cooperativas agropecuárias; Rating; Economia da Informação; Cooperativismo; Assimetria de Informação

A partir do inicio da década de noventa ocorreram diversas mudanças no ambiente institucional do cooperativismo brasileiro, dentre eles a extinção do Banco Nacional de Crédito Cooperativo (BNCC) e problemas macroeconômicos na agricultura elevaram a necessidade das cooperativas obter recursos fi nanceiros junto a terceiros. Diante do novo cenário e baseado em teorias econômicas que apontam que a existência de assimetria de informações, manifestadas nas formas de seleção adversa ou risco moral (moral hazard), gera inefi ciência no funcionamento do mercado procurou-se estudar mecanismos de sinalização para reduzir essa assimetria entre gestores das cooperativas e mercado. Assim foi desenvolvida e testada uma metodologia por meio de um estudo de caso. Os resultados obtidos permitem concluir que a metodologia criada é aplicável e que seus resultados seriam mais signifi cativos se houvesse a discussão sobre os pesos dos indicadores e das notas dos tópicos e grupos, nos denominados comitês de rating, a exemplo do que é feito pelas agências que os elaboram. Como sugestão, é apresentada a necessidade de que novas aplicações da metodologia sejam realizadas para testá-la junto a outras organizações, de forma a consolidá-la como um sinalizador a ser usado pelo mercado e cooperado.

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SSD 360 - INOVAÇÃO E PRÁTICAS ENDÓGENAS NA ATIVIDADE PESQUEIRA DO BAIXO TOCANTINS: UMA ALTERNATIVA FACE À DIFICULDADE DE OFERTA. GISALDA CARVALHO FILGUEIRAS CARVALHO FILGUEIRAS; JOSÉ NAZARENO ARAÚJO DOS SANTOS; NAEA-UFPA, BELÉM, PA, BRASIL; Palavras-chave: Pesca e economia; Baixo Tocantins; acordo de pesca; inovação; endogeneidade

A atividade pesqueira desenvolvida no âmbito da região do Baixo Tocantins acaba sendo de grande valia, principalmente para as populações ribeirinhas, tanto na composição de sua dieta alimentar, mas também por permitir que, por meio da ocupação de força de trabalho, se obtenha renda para realizar os chamados consumos complementares. Este artigo tenta mostrar como as comunidades mais afetadas com os impactos contraproducentes na pesca estão reagindo ao problema de redução de oferta de pescado. Procura elucidar que as praticas endógenas aliadas as inovativas são um meio potencial de superação desta crise. Finalmente, apresenta resultados importantes obtidos a partir destas práticas, bem como análises dos prováveis benefícios daí vindouros.

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SSD 361 - CAPITAL SOCIAL E ACESSO AO CRÉDITO NA AGRICULTURA FAMILIAR. CLAUDIA ANDREOLI GALVÃO; LUIZ FERNANDO DE MATTOS PIMENTA; VIOLETA DE FARIA PEREIRA; MARIÂNGELA DA SILVA DUARTE; UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, BRASíLIA, DF, BRASIL; Palavras-chave: Capital social; Crédito Rural; Agricultura Familiar; Associativismo; Cooperativismo

O capital social insere as relações sociais na agenda do desenvolvimento, estabelece ligações entre as relações sociais e os resultados econômicos, auxilia os excluídos das áreas rurais, ampliando a sua participação no processo de desenvolvimento, através da sua participação na tomada de decisões. O capital social se constitui em um bem público, enquanto o capital convencional se constitui em um bem privado. O capital social é produzido como um subproduto das relações sociais, sendo a confi ança um componente essencial.

As organizações governamentais e não governamentais, o setor privado, os grupos comunitários, as cooperativas, os grupos religiosos e outros, são atores importantes na formação de capital social. A prosperidade econômica geralmente ocorre quando os grupos primários se conectam a outros grupos por meio de laços transversais. Quando os grupos primários estão desconectados, os grupos mais poderosos passam a agir sobre as estruturas sociais, de forma a excluí-los.

Para os propósitos deste artigo o capital social é defi nido como as normas e relações sociais enraizadas na estrutura social que torna possível que atores coordenem suas ações no sentido de atingir os fi ns que se propuseram

Assim o objetivo deste trabalho foi tentar estabelecer as correlações entre a existência de capital social entre os agricultores familiares e sua capacidade de acesso e uso às linhas de crédito do Programa Nacional de Agricultura Familiar (PRONAF).

Através da utilização de dados e informações secundárias sobre o acesso ao crédito nas diferentes regiões geográfi cas do Brasil, foram estabelecidas hipóteses de suas relações com os tipos e elementos de capital social.

O trabalho se inicia pelo Referencial Teórico, onde se fará uma breve retrospectiva das diferentes abordagens teóricas do capital social, revisando em maiores detalhes a abordagem teórica de Lin (1999) e Fox (1996). Em seguida são apresentados e discutidos os Resultados da Análise dos Dados de Acesso e Uso das Linhas de Crédito do Programa Nacional de Agricultura Familiar (PRONAF), a Metodologia e as Considerações Finais.

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SSD 362 - INVESTIGAÇÃO DO DESEMPENHO DAS COOPERATIVAS DE CRÉDITO DE MINAS GERAIS POR MEIO DA ANÁLISE ENVOLTÓRIA DE DADOS (DEA). MARCO AURÉLIO MARQUES FERREIRA; ROSIANE MARIA LIMA GONÇALVES; UFV, VIÇOSA, MG, BRASIL; Palavras-chave: Cooperativas; Efi ciência; Microcrédito; Microfi nanças; Cooperativismo

O trabalho buscou investigar o desempenho das Cooperativas de Economia e Crédito Mútuo de Minas Gerais, fundamentando-se nas bases conceituais de efi ciência, contextualizadas no papel dessas organizações, enquanto instituições de intermediação fi nanceira entre os cooperados. A mensuração da efi ciência se deu por meio da Análise Envoltória de Dados (DEA), construída na égide das informações contábeis e fi nanceiras de 105 cooperativas de crédito que compuseram o escopo da pesquisa, no ano de 2003. Os resultados expõem as limitações de efi ciência das cooperativas de crédito, principalmente no que se refere à subutilização dos recursos produtivos, ao passo que se assevera a importância de se acompanhar o desempenho dessas organizações como fator de manutenção e sustentabilidade desses empreendimentos.

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SSD 363 - ESTRATÉGIAS DAS COOPERATIVAS DE LATICÍNIOS NO ESTADO DE SÃO PAULO: CASO COOPERATIVA DE LATICÍNIOS DE SOROCABA: COLASO. RALPH PANZUTTI; UNIVERSIDADE PAULISTA (UNIP/SP), SÃO PAULO, SP, BRASIL; Palavras-chave: Cooperativa Agrícola; Estratégias Cooperativas; Cooperativismo; Complexo Leiteiro Cooperativo; Complexo Leiteiro

RESUMO:

Este estudo analisa de que forma o empreendimento cooperativo pode atuar para atender às exigências do mercado externo competitivo e também do seu próprio mercado formado pelos seus fornecedores. Privilegia-se a perspectiva do investimento e do processo de fi delização dos cooperados. Tomando como fonte básica de dados os documentos internos da cooperativa COLASO, foram levantados os investimentos realizados no período de 1970 a 2004 para a industrialização do leite e seus derivados. Os resultados obtidos indicam que, no que se refere ao denominado problema do horizonte, não se sustenta a afi rmação de que as cooperativas tendem a rejeitar estratégias que impliquem investimentos por longos períodos para viabilizar projetos de diferenciação de produtos. Também não se sustenta a idéia de que o desvio da produção pode promover a perda do valor dos investimentos realizados.

Palavras-Chave: Cooperativa Agrícola, Estratégias Cooperativas, Cooperativismo

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SSD 364 - A AGROINDÚSTRIA CANAVIEIRA PARAIBANA: IMPLICAÇÕES DA CRISE NO EMPREGO E NA ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA NA DÉCADA DE 1990. KEYNIS CÂNDIDO SOUTO; GUILHERME DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI; MÉRCIA SANTOS DA CRUZ; PPGE/UFPB, JOÃO PESSOA, PB, BRASIL; Palavras-chave: agroindústria; cana de açúcar; Paraíba; desemprego; arrecadação tributária

A cultura da cana-de-açúcar foi implantada na Paraíba em 1586. Desde então, o desenvolvimento do setor, apresentou momentos de crescimento e de crise. Porém, a partir de 1986, observou-se com mais intensidade, uma tendência recessiva que se agravou na década de 1990. Sendo assim, o objetivo do trabalho é identifi car as implicações sócio-econômicas da crise na agroindústria canavieira paraibana na década de 1990. Os dados foram obtidos junto ao IBGE, ASPLAN-PB, SEPLAN-PB e IPEA. Os dados referentes à arrecadação tributária do setor, os valores de 1990 a 1993 foram convertidos para o Real e depois, todos de 1990 a 2000 foram defl acionados utilizando o IGP-DI. Os resultados mostram que as principais conseqüências da crise na agroindústria canavieira paraibana foram, a queda no número de empregos, que estimularam o êxodo rural e a redução na renda, dada pelo encerramento das atividades de seis unidades industriais. Com o encerramento das atividades destas unidades industriais a produção diminuiu e a arrecadação tributária do Estado apresentou uma diminuição signifi cativa principalmente, nos setores primário e secundário.

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SSD 365 - CONDIÇÕES E ACESSO À SAÚDE ENTRE OS OCUPADOS NOS SETORES AGRÍCOLA, INDUSTRIAL E SERVIÇOS: UMA ANÁLISE REGIONAL EM ANOS RECENTES, 1998 E 2003. FABÍOLA CRISTINA DE OLIVIEIRA; ANGELA MARIA CASSAVIA JORGE CORRÊA; UNIMEP - ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: Condição de saúde; Acesso à saúde; Agricultura; Indústria; Serviços

O estudo efetua análise da evolução do perfi l das condições de saúde e acesso a serviços em saúde entre as pessoas ocupadas no setor agrícola, industrial e serviços, para o agregado do Brasil e suas grandes regiões entre os anos de 1998 e 2003, procurando destacar as diferenças regionais. A base de dados se constitui de informações extraídas da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), que nos anos de 1998 e 2003 contemplou em seu Suplemento Especial o tema da Saúde. A análise da condição da saúde e do perfi l de acesso e utilização dos serviços em saúde é desenvolvida através de análise exploratória de dados, fundamentada em métodos da estatística descritiva. De um modo geral, verifi cou-se que não houve substanciais diferenças intersetoriais e regionais quanto ao estado de saúde, obtido através do ponto de vista da própria pessoa. Entre 1998 e 2003 houve um aumento relativo do número de pessoas que declararam possuir o hábito de procurar pelo mesmo serviço de saúde, indicando que uma maior parcela de pessoas foram incorporadas ao sistema de saúde brasileiro, seja privado ou público, em todas as regiões do país. Com relação ao perfi l da utilização e fi nanciamento por serviços de saúde, as regiões Norte e Nordeste colocam-se em direções opostas ao estado de São Paulo e regiões Sul e Centro-Oeste. São Paulo, o estado que mais se benefi ciou de todo o processo de expansão industrial do país, destaca-se por apresentar fi nanciamento de seus serviços de internação hospitalar através de planos de saúde e pela maior concentração de pessoas possuidores de planos e seguros de saúde. Segue-se a esse estado a região Sul, os demais estados do Sudeste e Centro-Oeste. De modo geral é preciso destacar a inequívoca dependência dos trabalhadores ocupados nos setores industrial e serviços, e principalmente, entre os agricultores, relativamente ao sistema público de saúde, o que implica que o SUS é essencialmente importante no fi nanciamento de saúde entre esses trabalhadores, pois percentuais elevados de pessoas recorrem a esse sistema para atendimento básico de saúde e atendimento de média e alta complexidade.

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SSD 366 - CRESCIMENTO DO PRODUTO AGROPECUÁRIO: UMA APLICAÇÃO DO VETOR AUTO-REGRESSIVO (VAR). LÉO DA ROCHA FERREIRA; CARLOS ALBERTO GONÇALVES DA SILVA; PAULO FERNANDO CIDADE DE ARAÚJO; UERJ, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL; Palavras-chave: produtividade dos fatores; produto agropecuário; mão-de-obra agrícola; vetor auto-regressivo; agricultura brasileira

O trabalho examina os efeitos da área agricultável, mão-de-obra, capital e insumos sobre o valor da produção agropecuária para o período 1970/1995. Seu principal objetivo é estimar a produtividade dos fatores de produção na agricultura utilizando a metodologia de Auto-regressão Vetorial. As propriedades de integração e co-integração das séries utilizadas no modelo foram consideradas na análise, bem como análise de decomposição de variâncias e análise de funções de resposta a impulso.

O modelo de correção de erro estimado mostra que o efeito de curto prazo das variações do capital, mão-de-obra e insumos indicam variações signifi cativas no produto agropecuário. Para os coefi cientes estimados de curto prazo das variáveis capital e insumos, os sinais positivos estão coerentes com o processo de modernização da agropecuária brasileira.

Os resultados obtidos mostraram que, as variáveis são co-integradas, ainda assim, as elasticidades de longo prazo, mão-de-obra e capital são menores que a unidade, ou seja, são relativamente inelásticas.

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SSD 367 - EMPREGO RURAL NA FRUTICULTURA PARAIBANA NO PERÍODO 1990-2003. ANA PAULA LOPES DE SOUZA; GUILHERME DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI; MÁRCIA BATISTA FONSECA; UFPB, JOAO PESSOA, PB, BRASIL; Palavras-chave: emprego; fruticultura; agricultura; paraiba; tecnologia

Resumo

A fruticultura movimenta no Brasil um PIB de US$ 1, 5 bilhão, ocupando uma área de 2, 6 milhões de hectares, equivalente a 5% da área cultivada, onde são gerados 4 milhões de empregos e no estado da Paraíba caracteriza-se como uma importante alternativa na geração de emprego e renda. A literatura existente sobre a fruticultura no estado revela que há poucos estudos sobre o emprego da mão-de-obra na produção de frutas, principalmente no que diz respeito a informações estatísticas que revelem a evolução do emprego gerado pela fruticultura da Paraíba. Desta forma, a preocupação desse trabalho de pesquisa é contribuir para o preenchimento desta lacuna através da discrição da situação geral do emprego em algumas importantes fruteiras cultivadas internamente. Serão utilizadas como referencial de estudo as frutas de maior importância para a economia paraibana entre 1990 e 2003, quais sejam: abacaxi, banana, coco-da-baía, laranja, mamão e manga. O objetivo deste estudo é estimar o número de empregos gerado na produção de frutas na Paraíba, destacando sua evolução recente e a justifi cativa para este estudo encontra-se no fato de que este esforço de pesquisa contribui para conhecer aspectos do emprego na fruticultura do Estado. A estimação é feita com base em dados secundários junto ao IBGE e ao BNB. O marco teórico tem como referencial de estudo teorias que versem sobre o mercado de trabalho. Os resultados indicam que dentre as frutas estudadas a maior demanda de empregos/ano encontra-se nas lavouras de banana, coco-da-baía e abacaxi, respectivamente, em função de possuírem uma área colhida relativamente elevada. Percebe-se ainda que fatores sazonais, como a seca e institucionais, como a cobrança do ICMS provocam redução no nível de emprego. Conclui-se que a fruticultura paraibana foi responsável, em média, entre 1990-2003, pela geração de 66. 099 empregos/ano, revelando-se como uma atividade de grande importância social e econômica para o Estado.

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SSD 368 - O PROGRAMA DOCUMENTO NORDESTE E AS NOVAS FORMAS DE ABORDAR A GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA NAS REGIÕES DO RIO SÃO FRANCISCO E NA SERRA DA CAPIVARA NO PIAUÍ. ANA ELIZABETE DA S. PEREIRA; PAULO AGUIAR DO MONTE; FACULDADE MARISTA, RECIFE, PE, BRASIL; Palavras-chave: Novas Ruralidades; Comunicação rural; Desenvolvimento Local; Imaginário; Culturas populares

Este artigo pretende analisar a existência de aspectos ligados a questões que estão acontecendo hoje, no cenário rural nordestino, em termos das “novas ruralidades”, e se as idéias expostas através do Programa Documento Nordeste reforçam as concepções estereotipadas sobre o homem rural do Nordeste.

Para a realização da pesquisa analisamos os títulos programa Documento Nordeste, veiculado pela Tv Cultura para todo o País. Desta forma, analisamos: Francisco, um rio ameaçado e Os segredos da Serra, além de realizar entrevistas com toda a equipe que trabalhou na produção dos programas. Observou-se que o Programa Documento Nordeste atua como um agente da Comunicação Rural, pois as informações contribuem para a formação do imaginário social dos telespectadores e interferem de alguma maneira na contrução de conceitos sobre o que é o rural para eles. Acredita-se que, tomando conhecimento das mudanças que estão acontecendo, a população poderá participar, mais lucidamente, do processo, colaborando na gestão de um desenvolvimento local.

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SSD 369 - O COMPORTAMENTO DA MÃO-DE-OBRA OCUPADA NO NORDESTE BRASILEIRO: UMA ANÁLISE PARA OS ANOS DE 1995 E 2003. NILSON MACHADO VIEIRA JUNIOR; FRANCISCO CASIMIRO FILHO; LÚCIA MARIA RAMOS SILVA; UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE, BRASIL; Palavras-chave: mão-de-obra ocupada; setor agrícola; nordeste brasileiro; especialização; estruturação

O presente trabalho tem como objetivo analisar o comportamento setorial da mão-de-obra ocupada nos estados da região Nordeste do Brasil, nos anos de 1995 e 2003. Utilizando-se medidas de localização e especialização, como o quociente locacional, o coefi ciente de especialização e o coefi ciente de reestruturação, procurou-se analisar os principais setores da economia, visando determinar aqueles que seriam os mais dinâmicos e ou aquele(s) estado(s) que apresentaram alguma reestruturação setorial. Por meio dos coefi cientes de localização e especialização, nota-se que a estrutura produtiva dos estados nordestinos é bastante homogênea, fato que é confi rmado pela análise do quociente locacional, que mostrou uma concentração relativa dos setores 1 e 7 (Agrícola e Outras atividades), juntamente com o coefi ciente de especialização, que apresentou uma baixa variação entre os estados, com a exceção da Paraíba, que apresentou uma expressiva variação interperíodos. A Bahia, com exceção do setor 1, possui os setores mais dinâmicos da região (2, 3, 4, 5, 6 e 7), o segundo maior coefi ciente de especialização e o maior coefi ciente de reestruturação, o que indica alguma modifi cação na composição setorial deste estado

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SSD 370 - SISTEMA DE ANÁLISE DE PERIGOS E PONTOS CRÍTICOS DE CONTROLE NA INDÚSTRIA DE ERVA-MATE: UMA VISÃO DA NOVA ECONOMIA INSTITUCIONAL. DENISE PASTORE DE LIMA; WEIMAR FREIRE DA ROCHA JUNIOR; UNIOESTE, TOLEDO, PR, BRASIL; Palavras-chave: erva-mate; análise de perigos e pontos críticos de controle; nova economia institucional

O estudo avalia os perigos microbiológicos, físicos e químicos existentes no processo de industrialização de erva-mate para chimarrão, determinando as medidas preventivas aos perigos, e defi nindo os limites críticos, as etapas de monitoramento e os registros necessários para o controle do processo, como as medidas de verifi cação dos Pontos Críticos de Controle e do Plano APPCC. O estudo enfoca também o sistema de segurança do alimento na visão da Nova Economia Institucional. Na questão da segurança do alimento, na visão da NEI, o estudo permite caracterizar a integração das relações entre ambiente institucional, organizações e indivíduo. No caso dos alimentos, em que os compradores não podem verifi car por si próprios o atendimento aos padrões de qualidade desejada, torna-se necessária a adoção de estratégias que venham a ressaltar essas características. Isso tem levado as instituições públicas e privadas à adoção de ferramentas da qualidade como o sistema APPCC. A implantação do sistema APPCC pode ajudar a inspeção por órgãos reguladores e promover o comércio internacional, uma vez que promove a confi ança do consumidor. O trabalho se baseou em pesquisa descritiva na modalidade de estudo de caso. Aponta como principais perigos microbiológicos: os coliformes a 45oC, bolores e Salmonella sp. ; perigos químicos: herbicidas utilizados na lavoura; perigos físicos: fragmentos de substâncias estranhas. As etapas do processo consideradas como Pontos Críticos de Controle são a etapa de recebimento da matéria-prima, considerado como um PCC químico, e a etapa de secagem, considerada como um PCC microbiológico. Os limites para esses dois perigos são haver ausência de herbicidas e a umidade do produto, após a etapa de secagem, estar entre 5 a 8%. Para isso é necessário o controle da temperatura e do tempo de secagem da erva-mate folha na etapa de secagem, o monitoramento da umidade após a etapa de secagem e o controle da matéria-prima na etapa de recebimento, considerando que a segurança da erva-mate para chimarrão envolve diretamente o comprometimento das instituições, organizações e consumidor.

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SSD 371 - ELEMENTOS HISTÓRICOS E EVOLUÇÃO RECENTE DO DESEMPENHO DA RIZICULTURA NO MERCADO MUNDIAL, E NOS PAÍSES DO MERCOSUL. CLAILTON ATAÍDES DE FREITAS ATAÍDES FREITAS; ÁLVARO LUÍZ MACHIAVELLI FILHO; UFSM, SANTA MARIA, RS, BRASIL; Palavras-chave: Mercosul; exportação de arroz; Importação de arroz; Consumo de arroz; Produção de arroz

o presente trabalho estuda a atividade orizícola sobre três vertentes. A primeira discute a provável origem do arroz e a sua incorporação na dieta do homem; a segunda e a terceira buscam tanto diagnosticar, quanto identifi car as causas dos desempenhos da produção, consumo exportação e importação do arroz em nível mundial e no âmbito de cada País do Mercosul, respectivamente, a partir de 1990 até 2004. Mostrou-se que a provável origem do arroz seja a Ásia Sul-Oriental. Atualmente, predomina no mercado mundial do arroz o comércio de grãos longos, sendo que apenas, 5% do total produzido no mundo se destina à exportação. A China e a Índia são os principais produtores e responderam por mais de 50% da produção mundial, sendo que toda a produção do arroz chinês destina-se ao mercado interno. Os maiores exportadores de arroz são a Índia, a Tailândia e o Vietnã responsáveis, por cerca de 60% do total das exportações mundiais. Pode-se constatar, também, que o consumo mundial desse produto vem crescendo relativamente mais que a produção, em torno de 5 milhões de toneladas/ano, o que tem ocasionado retração nos estoques mundiais. Entre os fatores que ajudam a explicar o desempenho cíclico da rizicultura entre os países do Mercosul estão: os edafo-climáticos, que proporcionam diferenças signifi cativas favoráveis à Argentina e Uruguai no custo de produção; o deslocamento de produtores brasileiros de arroz para a Argentina e Uruguai, atraídos pelos baixos preços e grande fertilidade natural das terras nos países vizinhos; o grande mercado consumidor brasileiro e não auto-sufi ciente; as alterações na política cambial brasileira que ora estimulou, ora difi cultou as exportações de arroz dos demais parceiros do Brasil no Mercosul; menores taxas de juros cobrados para o fi nanciamento agrícola na Argentina e Uruguai vis-à-vis o Brasil, menor carga tributária, e menores custos com o transporte, entre outros.

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SSD 372 - O SETOR FLORESTAL E MADEIRA E MOBILIÁRIO NA ECONOMIA PARAENSE A PARTIR DE UMA VISÃO INTERSETORIAL. RICARDO BRUNO SANTOS; ANTÔNIO CORDEIRO SANTANA; UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZôNIA, BELéM, PA, BRASIL; Palavras-chave: setor fl orestal; setor madeira e mobiliário; Pará; efeitos encadeamento; matriz de contabilidade social

Este trabalho procura analisar as relações intersetoriais entre o setor fl orestal e de madeira e mobiliário frente aos demais setores da economia paraense. Para tanto, foi utilizada a Matriz de Contabilidade Social (MCS) do Estado do Pará para o ano de 1999, e os setores foram agrupados em um total de doze. A análise utilizou a alise clássica da teoria da localização através de indicadores como efeitos multiplicadores, ligações para frente e para trás entre os setores. O resultado das análises demonstra que o setor fl orestal e madeira e mobiliário são considerados setores-chave para o desenvolvimento da economia paraense, seno um a montante e outro a jusante no que tange a essas relações intersetoriais.

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SSD 373 - RACIONALIDADE LIMITADA E OPORTUNISMO NA CADEIA DO CAFÉ: IMPACTOS NAS FORMAS CONTRATUAIS. GABRIEL MURAD VELLOSO FERREIRA; PAULO DABDAB WAQUIL; WILSON MAGELA GONÇALVES; FABE, MARAU, RS, BRASIL; Palavras-chave: CONTRATOS; OPORTUNISMO; RACIONALIDADE LIMITADA; GOVERNANÇA; CAFÉS ESPECIAIS

O presente trabalho objetivou analisar os impactos do comportamento oportunista e da racionalidade limitada na forma contratual adotada pelo Consórcio Agrícola de Fazendas Especializadas (C. A. F. E). Para isso, realizou-se um estudo de caso com o intuito de abranger as características mais importantes do tema que se pesquisou, bem como seu processo de desenvolvimento. O referencial teórico que sustentou a pesquisa foi a Economia dos Custos de Transação (ECT). Mediante a análise das variáveis abordadas pela ECT, mais especifi camente: racionalidade limitada, oportunismo e formas contratuais, concluiu-se que: a existência do oportunismo interfere de certo modo na confi ança no caso estudado e dessa forma aumenta os custos de transação. No mesmo sentido, a assimetria informacional reforça a limitação da racionalidade dos agentes e, portanto, aumenta os custos de transação. Isto deixa claro a importância destes elementos na defi nição da forma contratual. No caso estudado verifi cou-se a necessidade de uma estrutura contratual formalizada mais especifi cada e detalhada para que se possa reduzir os custos de transação gerados pelas ações oportunísticas e pela racionalidade limitada dos agentes. Este último elemento se mostrou mais presente nos produtores, enquanto que o oportunismo foi observado como estando em mesmo nível em ambas as partes. De acordo com as características observadas no Consórcio a forma contratual que mais se adequa é a relacional, onde o ponto de referência principal é a própria relação das partes e a autonomia entre estas é mantida. No entanto é importante ressaltar a possibilidade do comportamento oportunista nesse tipo de contrato, o que é contrabalançado pela confi ança.

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SSD 374 - GESTÃO DA QUALIDADE EM LATICÍNIOS: UM ESTUDO MULTICASO E PROPOSTAS PARA MELHORIA. SANDRA MARA SCHIAVI BANKUTI; FERENC ISTVAN BANKUTI; JOSE CARLOS DE TOLEDO; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS - UFSCAR, SÃO CARLOS, SP, BRASIL; Palavras-chave: Sistema Agroindustrial do Leite; Gestão da Qualidade Total; Modelo de referência; Laticínios; leite

A gestão da Qualidade nos laticínios é especialmente importante dada sua relação com a segurança do alimento. Este artigo apresenta uma análise comparativa entre as iniciativas próprias e programas voltados à Gestão da Qualidade em dois laticínios da região de São Carlos/SP. Adicionalmente, são apresentadas propostas para melhoria da Qualidade nos laticínios em geral, e um modelo de referência para Qualidade, a ser seguido no longo prazo, em direção à Gestão da Qualidade Total. Como aporte teórico utilizou-se teoria relativa à gestão da Qualidade em industrias de alimento.

Os resultados mostram que entre os problemas relacionados à Qualidade sua manutenção nos produtos fi nais devem-se à má utilização dos caminhões refrigerados e a imposição de elevados volumes de produtos por vendedores comissionados. Em se tratando dos problemas de Qualidade durante a coleta do leite, os principais encontrados foram: (1) postura não adequada dos motoristas de caminhões, ao qual o pagamento depende da quilometragem percorrida, e (2) a falta de treinamento para os motoristas dos caminhões em relação à manutenção da Qualidade da matéria-prima. Além do mais, observou-se também, comportamento oportunista de parte dos produtores rurais relativos à adulteração do leite.

A falta de sistematização e padronização em relação à Qualidade do processo; a ausência de uma estrutura de incentivos para os trabalhadores; a ausência de um canal de comunicação adequado com fornecedores; e a relação confl ituosa com os varejistas são indicativos de que os laticínios adotam ações muito mais reativas do que pró-ativas em termos de gestão da Qualidade.

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SSD 375 - DA FRENTE PARA TRÁS: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À AGROPECUÁRIA E ESPECIALIZAÇÃO REGIONAL NO BRASIL. ROGÉRIO EDIVALDO FREITAS; PATRICK FRANCO ALVES; IPEA, BRASíLIA, SP, BRASIL; Palavras-chave: Serviços; Concentração; Agropecuária; Escolaridade; Regional

O presente artigo dedicou-se a melhor compreender os serviços prestados às atividades agropecuárias e de exploração vegetal no Brasil. No caso brasileiro, os serviços de extensão rural e assistência técnica, dantes ofertados por empresas públicas ou paraestatais, experimentaram certa desorganização no cenário de reestruturação fi scal do Estado pós 1990.

Dada a grande carência de trabalhos sobre a prestação de serviços relacionados à agropecuária brasileira, foram delineados dois objetivos: traçar um perfi l dos serviços relacionados à agropecuária e extração vegetal, tanto em termos de variáveis reais e fi nanceiras quanto relativamente aos demais setores prestadores de serviços, bem como mapear uma possível realocação espacial das empresas de interesse.

Com base nos dados da Pesquisa Anual de Serviços (PAS) do IBGE, identifi caram-se cerca de 4. 000 empresas prestadoras de serviços à agropecuária e extração vegetal no Brasil, com ênfase nas regiões Sul (número de empresas) e Sudeste (mão de obra). A mão de obra presente nessas empresas mostrou-se, em regra, de baixa qualifi cação. Além disso, não foram detectados sinais de concentração espacial dessas empresas no sentido da fronteira agrícola do Centro-Oeste.

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SSD 376 - EVOLUÇÃO DO DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO DAS MAIORES EMPRESAS DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO, 1990-2003. PRISCILA DE-STEFANI AGUIAR; MARIA MADALENA ZOCOLLER BORBA; PAULO ROBERTO CORREIA DA SILVA; UNESP, JABOTICABAL, SP, BRASIL; Palavras-chave: Desempenho econômico fi nanceiro; Agronegócio; Brasil; Economia; Governos

A presente pesquisa procurou analisar o agronegócio do ponto de vista das empresas, verifi cando a trajetória econômico-fi nanceira das maiores empresas do agronegócio brasileiro, no período 1990-2003 em que mudanças importantes ocorreram na econômica nacional e mundial. O estudo foi desenvolvido com as 10 maiores empresas do agronegócio, em 2003 selecionadas da publicação: “Melhores e Maiores: as 500 maiores empresas do Brasil”, da Editora Abril/BR. As empresas do agronegócio que compuseram a amostra foram: Bunge Alimentos, Cargill, Nestlé, Sadia, Perdigão Agroindustrial, CBB/Ambev, Souza Cruz, Pão de Açúcar, Carrefour e Bunge Fertilizantes. Os indicadores econômico-fi naceiros estudados foram: vendas, lucro, patrimônio líquido, rentabilidade do patrimônio, liquidez e endividamento gerais, no período 1990-2003. Os valores monetários anuais foram expressos em valores reais de dezembro/2003. A análise foi realizada de forma agregada e individualizada com as cinco maiores empresas de alimento dentre as 10 maiores. As maiores empresas do agronegócio, no geral, apresentaram menor escala de operação e oscilação dos indicadores que refl etem mudanças quer nas estruturas, quer nas estratégias, visando acompanhar o período conturbado de reformas no cenário nacional. Experimentaram uma trajetória ascendente das vendas, com crescimento de 93% em 14 anos, cabendo destaque para as empresas de alimentos em que o aumento foi de 165%; porcentagem superior aos 138% observado nas 10 maiores empresas do país (Petrobrás, Petrobrás Distribuidora, Telemar, Telefônica, CBB/Ambev, Ipiranga, Volkswagen, Shell, GM e Brasil Telecom) em 2003. Mostraram o lucro líquido médio oscilando entre R$16 milhões e R$500 milhões ano, enquanto nas maiores variou do negativo de R$187milhões ao positivo de R$3. 000 milhões. Demonstraram dinamismo em se adaptar às novas realidades, concentrando as suas atuações em segmentos que vislumbravam grande potencial de crescimento e condições reais de liderança.

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SSD 377 - ANÁLISE DA GOVERNANÇA DA CADEIA DA SOJA. PEDRO ABEL VIEIRA JUNIOR; ADRIANA C. P. VIEIRA; ANTONIO MARCIO BUAINAIN; FERNANDO DE LIMA; VIVIAN HELENA CAPACLE; INSTITUTO ECONOMIA/UNICAMP, CAMPINAS, SP, BRASIL; Palavras-chave: soja; governança; barreira à entrada; teoria oligopolio; ambiente institucional

O presente trabalho objetivou analisar a cadeia da soja com fundamento na Teoria dos Oligopólios de Bain e Labini, destacando os aspectos de governança além das fusões e aquisições recentes das empresas processadoras. Os componentes da cadeia estão relacionados a um ambiente institucional (leis e normas) e a um ambiente organizacional (instituições públicas e privadas de crédito, pesquisa e assistência técnica) que, em conjunto, infl uenciam o complexo soja compondo um sofi sticado sistema de interesses públicos e privados, nacionais e internacionais. A cadeia da soja é bastante complexa e heterogênea e, apesar de haver concentração em alguns segmentos, a exemplo da produção e comercialização de sementes, esses segmentos apresentam características próprias que limitam seu poder de mercado. Já o segmento dos produtores rurais é desorganizado quanto a representatividade, pois, apesar da representação de classe, a exemplo da CNA, não há um órgão especifi co para defender interesses relacionados à cultura. O segmento de insumos, fornecedor de máquinas, fertilizantes, corretivos e defensivos, apesar de sua concentração e organização tem pouca liderança na cadeia da soja em razão da difusividade de interesse com outras culturas e sua dependência internacional, fato demonstrado por sua balança comercial defi citária. Nesse caso, há necessidade de estimular as industrias nacional para reduzir o défi cit da balança comercial de produtos químicos e garantir a competitividade do segmento. No segmento da indústria de processamento há concentração, pois, as quatro maiores empresas que atuam no Brasil detêm 35% do mercado nacional e suas controladoras respondem por 60% do mercado internacional. Ainda nesse setor observa-se representatividade, pois, a ABIOVE com suas 11 associadas representa 72% do mercado nacional. Portanto, a governança do complexo soja é da industria processadora, sugerindo que mudanças nesse complexo, a exemplo dos transgênicos, devem atender primariamente aos interesses desse segmento. Há que se considerar ainda que o aumento da participação do capital estrangeiro nesse segmento sem que isso resulte, a não ser num primeiro momento, em ganhos para a nação.

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SSD 378 - FRUTICULTURA IRRIGADA NO NORTE DE MINAS GERAIS. FATIMA VIDAL FATIMA; FRANCISCO RAIMUNDO EVANGELISTA; BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S. A, FATIMAVIDAL@BNB. GOV. BR, CE, BRASIL; Palavras-chave: Fruticultura; irrigada; Norte ; Minas; Gerais

Apesar das expectativas de que os perímetros irrigados do Norte de Minas se transformariam em importantes vetores de desenvolvimento sócio-econômicol, tem-se observado um índice elevado de insucesso, mesmo com a boa dotação de capital físico à disposição dos fruticultores. A banana é a principal fruta explorada na região, no entanto, após uma vertiginosa expansão no início da década de noventa, a área cultivada com a bananeira estacionou.

O presente trabalho objetivou analisar alguns fatores que podem ajudar a explicar a situação atual dos fruticultores do Norte de Minas. Para a elaboração do artigo, foram utilizados dados primários obtidos através de entrevistas diretas aplicadas a 40 fruticultores dos projetos de irrigação Jaíba e Gorutuba. Os fruticultores foram separados em três grupos (A, B e C), com base na renda, na produtividade agrícola, na adimplência e na participação da fruticultura na receita total. Os grupos A e C representaram os produtores de melhor e de pior resultado. Em seguida analisaram-se as condições das bases material e conceitual e a integração dos fruticultores com os meios agroecológicos e socioeconômicos para os grupos A e C.

Portanto, a simples dotação de infra-estrutura, proporcionada indistintamente a todos os irrigantes é insufi ciente para assegurar-lhes sucesso e produzir os resultados esperados. As condições de base material, conceitual, e a integração dos fruticultores com os meios agroecológico e socioeconômico correlacionam-se fortemente com os resultados obtidos. O porte dos produtores, a tecnologia utilizada, a assistência técnica, a experiência com a fruticultura e o grau de instrução dos fruticultores (dentre outras) são características que explicam e reforçam os relacionamentos com o mercado e com os agentes fi nanceiros e, conjuntamente, infl uem no resultado da atividade. Conclui-se que os aspectos ligados aos capitais humano e social devem também ser objeto das políticas públicas e não somente o capital físico.

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SSD 379 - UMA ANÁLISE SISTÊMICA DA INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA BRASILEIRA. DÊNIS ANTÔNIO DA CUNHA; ROBERTO SERPA DIAS; ADRIANO PROVEZANO GOMES; UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL; Palavras-chave: Economia Brasileira; Indústria Alimentícia; Concentração Industrial; Poder de Mercado; Dinâmica Setorial

Esse trabalho teve como objetivo analisar a indústria de alimentos brasileira. Buscou-se avaliar a estrutura e o padrão de concorrência entre suas empresas no período compreendido entre 1992 e 2004. A análise fundamentou-se na Teoria de Organização Industrial (OI) cuja preocupação central são as causas e conseqüências do poder de mercado. A fi m de fornecer um indicador da concentração e concorrência existentes no setor, o referencial analítico baseou-se nos índices Razão de Concentração (CRk), Hirschman-Herfi ndahl (HHI). A dinâmica de competição do mercado foi avaliada através da análise de turnover, defi nida como a mudança nas posições das empresas em certo ranking, dentro de um período. A Razão de Concentração foi calculada para as quatro e oito maiores empresas exportadoras e indicou um pequeno aumento da parcela de mercado dominada pelas fi rmas líderes nos dois níveis, em comparação ao ano inicial – 1992. O índice HHI seguiu a mesma tendência. Entretanto, observou-se que é grande a competição entre as principais empresas, uma vez que cada uma delas possui parcelas relativamente igualitárias de mercado. Desse modo o aumento na concentração não tem se traduzido em perda de bem-estar por parte da sociedade.

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SSD 380 - PERSPECTIVAS E PROSPECTIVAS DA AVICULTURA NAS REGIÕES SUL E CENTRO-OESTE: UMA ANÁLISE BASEADA NAS VANTAGENS COMPARATIVAS. VANDERLEI CENCI; EDSON TALAMINI; UPF/FABE/UFRGS, PASSO FUNDO/MARAU/PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: Avicultura; Vantagens Comparativas; Região Sul; Região Centro-Oeste; Mobilidade de capital

Nos últimos anos, a avicultura industrial mostrou uma migração da Região Sul para à Centro-Oeste, o que pode ser confi rmado pelos últimos investimentos realizados pelas grandes empresas do setor naquela região. O presente estudo tem como objetivo principal analisar o setor avícola de forma perspectivas e prospectivas para as duas regiões. Baseando-se na teoria econômica das vantagens comparativas e em dados secundários, foram empregadas técnicas estatísticas para a descrição perspectiva do setor e análise de regressão na estimação de valores para os próximos cinco e dez anos. Os principais resultados mostram um cenário favorável à expansão ainda mais acentuada da avicultura na Região Centro-Oeste para os próximos anos, sem deixar de ressaltar que a Região Sul também apresenta crescimento do setor e mantém seu status de principal Região produtora. Contudo, as vantagens comparativas apresentadas pela Região Centro-Oeste, podem implicar perda de futuros investimentos do setor na Região Sul e, consequentemente, transferência de postos de trabalho e renda.

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SSD 381 - ANÁLISE DA ADOÇÃO DE SISTEMAS DE RASTREABILIDADE BOVINA NO BRASIL: ESTUDOS DE CASO NOS SEGMENTOS DE PRODUÇÃO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO. VICTOR MUIÑOS BARROSO LIMA; CLÁUDIO THOMAS BORNSTEIN; CLÁUDIO NÁPOLIS COSTA; JOSÉ LUIZ BELLINI LEITE; EMBRAPA, JUIZ DE FORA, MG, BRASIL; Palavras-chave: SISBOV ; Controle de Qualidade; Bovinocutura; Bubalinocultura; Rastreabilidade

O Sistema Brasileiro de Identifi cação e Certifi cação de Origem Bovina e Bubalina, o SISBOV, completou no início de 2006 quatro anos de existência. Criado principalmente como uma resposta às exigências européias, o SISBOV já passou por uma série de ajustes e modifi cações em sua estrutura de funcionamento. A partir da análise de estudos de caso envolvendo bovinocultores de corte e leite, bubalinocultores, frigorífi cos e empresas de comércio varejista, o presente trabalho tece um panorama sobre a implementação da rastreabilidade na produção brasileira de bovinos, verifi cando, por exemplo, que o sistema ainda apresenta problemas, sendo pouco adotado por médios e pequenos produtores, principalmente da atividade leiteira. O resultado da pesquisa ressalta ainda que a rastreabilidade e a certifi cação de origem são usadas com pelo menos cinco propósitos diferentes: como requisitos à exportação, como ferramentas para melhoria da qualidade do produto, como estratégias de diferenciação do produto, como instrumentos para a gestão dos rebanhos ou ainda como suporte à coordenação da cadeia produtiva.

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SCD 001 - TEORIA DOS CUSTOS DE MENSURAÇÃO – ALGUMAS VALIDAÇÕES EMPÍRICAS. SILVIA MORALES DE QUEIROZ CALEMAN; RENATO LUIZ SPROESSER; DARIO DE OLIVEIRA LIMA FILHO; CÍCERO ANTÔNIO DE OLIVEIRA TRDEZINI; UNIVERSIDDAE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL, CAMPO GRANDE, MS, BRASIL; Palavras-chave: Teoria dos Custos de Mensuração; Custos de Transação; Sistemas Agroindustriais; Yoram Barzel; Governança

A mensuração dos custos de transação constitui uma relevante lacuna teórica, para a qual se voltam as agendas de pesquisa. Trata-se, no entanto, de uma árdua tarefa, dada a complexidade envolvida – amplitude de conceitos, defi nição do corte analítico, efeito sinérgico entre custos de transação, custos de produção e ambiente institucional. Desta constatação emerge a possibilidade de se aplicar os preceitos da Teoria dos Custos de Mensuração (TCM) para a identifi cação dos mecanismos de governança em sistemas produtivos. Este artigo tem por objetivo identifi car algumas aplicações empíricas da Teoria dos Custos de Mensuração (TCM), abrindo espaço para uma refl exão mais apurada sobre a aplicabilidade desta corrente teórica no estudo dos sistemas agroindustriais. Metodologicamente, faz-se uma revisão bibliográfi ca sobre a Economia dos Custos de Transação (ECT) e a Teoria dos Custos de Mensuração (TCM). Posteriormente, desenvolve-se uma revisão das validações empíricas da TCM. Dado o interesse do tema e a carência de um maior número de pesquisas voltadas à validação empírica desta corrente teórica, entende-se que os pesquisadores estão frente a uma oportunidade de trabalho, tendo os sistemas agroindustriais como importante campo de estudo.

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SCD 002 - A DINÂMICA DE UMA PEQUENA PROPRIEDADE DENTRO DE UMA ANÁLISE DE FILIÈRE. AUGUSTA PELINSKI; DALIANE RAHMEIER DA SILVA; PERY FRANCISCO ASSIS SHIKIDA; UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ, TOLEDO, PR, BRASIL; Palavras-chave: Pequena propriedade; fi lière; agregação de valor

O foco deste trabalho é a dinâmica de uma pequena propriedade dentro de uma análise de fi lière, identifi cando as suas relações internas e externas por meio da agregação de valor em cada elo da cadeia, além de calcular a sua contribuição na agregação total de valor. Buscando auferir tais resultados, foi feito um estudo de caso e estruturada uma matriz insumo-produto, utilizando-se dos valores de produção de uma pequena propriedade (12 ha). Como corolário, a propriedade está inserida em três fi lières (soja, leite e suinocultura), demonstrando a mudança da característica de auto-sufi ciência para a de integração em cadeias de produção. Quanto a agregação de valor (da produção total) oriunda da propriedade (R$ 3. 044. 570), resultou um produto fi nal de R$ 1. 278. 925, demonstrando que os demais elos multiplicaram em 9, 4 a produção inicial da propriedade. A participação da propriedade no produto fi nal foi de 10, 7% desse valor. Pode-se inferir que esta unidade está inserida nesta nova dinâmica de produção.

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SCD 003 - EFEITOS SISTÊMICOS EM RELAÇÕES CONTRATUAIS: UM ESTUDO DO COMÉRCIO DA SOJA ENTRE CHINA E BRASIL EM 2004. KELLY LISSANDRA BRUCH; DEBORA NAYAR HOFF; HOMERO DEWES; CEPAN/UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: contratos; teoria sistêmica; soja; comércio internacional; relações comerciais

A busca pela compreensão leva o homem a níveis de especifi cidade jamais imaginados nos primórdios da ciência. Porém a especifi cidade sozinha não explica todas as coisas e o homem volta a buscar o todo e sua complexidade para entender as interações e, através delas, entender melhor as coisas, os movimentos que o cercam. Este exercício Lorenzetti (2000a) faz ao trazer elementos da teoria geral dos sistemas, da economia e de outras áreas do conhecimento para compreender os contratos celebrados em um ambiente pós-moderno. Classicamente o contrato é entendido como um acordo bilateral, com objeto defi nido, poucas obrigações essenciais, imutável, isolado e resultante de uma declaração consensual de vontade. Contudo, essa tratativa não abarca a complexidade de relações presentes nos contratos contemporâneos. O presente trabalho busca em elementos da teoria dos sistemas e no uso desta teoria para a compreensão dos contratos a explicação para a identifi cação de efeitos sistêmicos oriundos de relações contratuais localizadas. Para se chegar aos resultados apresentados, usou-se o método de pesquisa bibliográfi co e documental, bem como dados secundários. Para levar a discussão teórica para a prática, busca-se um fato específi co ocorrido nas relações comerciais entre Brasil e China no mercado de soja, no ano de 2004. Para este evento é demonstrado o efeito em cascata que pode se originar de uma relação contratual ocorrida no mercado internacional, fato que vai impactar sobre os preços praticados para um produto no mercado local. Os resultados apontam para a necessidade de ampliação dos elementos considerados pela justiça na análise contratual, principalmente quando se trata de rupturas destes entre os contratantes. Esta compreensão sistêmica possibilita que, em uma ação judicial, onde as partes foram infl uenciadas por repercussões econômicas como a descrita acima, o julgador possa compreender a dinâmica das redes contratuais, a infl uência das instituições nacionais e internacionais, e possa proferir uma decisão com base em mais que um contrato de compra e venda, ou um contrato de empréstimo entre um banco e um produtor rural, e que sua decisão também tenha repercussão sistêmica, auxiliando no reencontro do equilibro dinâmico do mercado quando este tiver sido abalado por uma desarmonia no sistema.

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SCD 004 - REFORMA AGRÁRIA E USINAS PÚBLICAS: UMA ALTERNATIVA DE SUSTENTABILIDADE PARA A PRÇODUÇÃO DE BIODIESEL NO SERTÃO PERNAMBUCANO. ANA MAIRA NAVAES DA SILVA; JOSÉ DE LIMA ALBUQUERQUE; ISNALDO FRANCISCO DA SILVA; LUISA MATOS BARROS CORREIA; HUGO FEITOSA CARVALHO; UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO, RECIFE, PE, BRASIL; Palavras-chave: biodiesel; reforma agrária; cadeia produtiva; mamona; usina pública

A implantação de usinas públicas para produção de biodiesel no Semi-Árido Pernambucano, com incentivos do Programa Nacional de Produção do Biodiesel (PNBIO), veio fi nalizar o desenho para a inserção de agricultores familiares, benefi ciários do programa nacional da reforma agrária, do Assentamento Libertação, município de Itaíba, na cadeia produtiva da mamona.

No caso em análise, a participação dos agricultores foi facilitada através das ações do projeto reforma agrária e biodiesel, fi nanciado pelo CNPq e desenvolvido pelo GRADES – Grupo de Pesquisa Reforma Agrária e Desenvolvimento Sustentável – no biênio 2005/2006, que resultaram na formação de um grupo produtivo, constituído por 50 famílias, após a imersão dos agricultores em processo de capacitação objetivando a apropriação de conhecimentos sobre o sistema produtivo da oleaginoso e gestão da produção.

Neste trabalho são apresentados resultados da pesquisa destacando-se o processo de desenvolvimento em assentamentos de reforma agrária, a formação da cadeia produtiva da mamona em Pernambuco e os impactos no preço fi nal da matéria-prima em função da participação do Estado com a implantação das usinas públicas de produção do biodiesel.

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SCD 005 - A NEGOCIAÇÃO DA QUASE-RENDA ENTRE PRODUTOR E AGROINDÚSTRIA: UMA DISCUSSÃO TEÓRICA E APLICADA NA AVICULTURA DE CORTE PARANAENSE. CHRISTIAN LUIZ DA SILVA; MARIA SYLVIA MACCHIONE SAES; UNIFAE - CENTRO UNIVERSITáRIO, CURITIBA, PR, BRASIL; Palavras-chave: quase-renda; negociação; avicultura; Paraná; custo de transação

A cadeia de frango de corte no Paraná se consolidou, principalmente, no interior do Estado, onde concentra 79% da produção. Esta atividade contribui signifi cativamente para a geração de superávits na balança comercial. O objetivo deste artigo foi discutir a distribuição da quase-renda na cadeia de frango de corte paranaense por meio da análise do custo de transação visando avaliar o incentivo dos produtores e abatedouros a permanecer na atividade. A produção avícola no estado é realizada por duas estruturas de governança distintas - fi rmas integradoras ou cooperativas. Acredita-se que cada uma delas estabelece diferentes padrões de apropriação dos resultados. Verifi cou-se que as diferentes estruturas de governança refl etem particularidades nas transações, sejam referentes à característica própria do tipo de organização (cooperativa ou não), à capacidade de inovação (inovadora ou imitadora) ou ao direcionamento de mercado (apenas interno ou interno e externo). As particularidades da transação e a vinculação da mesma com as demais etapas da cadeia permitem a existência, no longo prazo, da quase-renda em uma disputa confl ituosa entre o oportunismo, por parte dos abatedouros, e da permanência na atividade, por parte dos produtores.

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SCD 006 - AVALIAÇÃO ECONÔMICA EM SISTEMAS PECUÁRIOS DE CICLO COMPLETO NO ESTADO RIO GRANDE DO SUL. JOÃO GARIBALDI ALMEIDA VIANA; VICENTE C. P. SILVEIRA; ADRIANA FERREIRA VARGAS; UFSM, SANTA MARIA, RS, BRASIL; Palavras-chave: Custo variável; bovinos de corte; analise econômica; margem bruta; fl uxo de caixa

A pecuária de corte no estado do Rio Grande do Sul apresenta inúmeras difi culdades, tanto no ponto de vista produtivo como econômico. Uma das ferramentas mais utilizadas para a verifi cação da rentabilidade econômica das propriedades rurais é a análise de custos que permite diagnosticar a condição fi nanceira enfrentada pelas empresas rurais. O objetivo do presente trabalho é confrontar a renda bruta e o fl uxo de caixa, em duas propriedades que desenvolvem a pecuária de corte de ciclo completo no estado do Rio Grande do Sul, nos anos de 2003, 2004 e 2005 além de analisar a composição percentual dos componentes de seus custos variáveis. As duas propriedades apresentaram saldo positivo no fi nal dos três anos pesquisados, com a fazenda 1 obtendo margem bruta ha-1 de R$1, 21, R$1, 01 e R$ 4, 05 e a fazenda 2 de R$4, 58, R$6, 44 e R$6, 56 nos anos de 2003, 2004 e 2005 respectivamente. Ao observarmos o fl uxo de caixa da fazenda 1, podemos visualizar que a propriedade trabalhou com saldo negativo durante 6 meses nos três anos pesquisados. A fazenda 2 apresentou apenas 3 meses em cada ano de saldo negativo no fl uxo de caixa. A fazenda 1 concentrou seu custo, nos dois primeiros anos analisados, em mão de obra, insumos veterinários, comissões e compra de touros. Durante o ano de 2005 obteve custo maior com o arrendamento e o pagamento de empréstimos adquiridos nos dois anos anteriores. A Fazenda 2 apresenta seu custo distribuído principalmente na lavoura de arroz, na parte pecuária os gastos com mão de obra e a nutrição representaram o maior percentual. Os resultados mostram que sem modernização na pecuária, ou uma integração com a agricultura, torna-se difícil remunerar todos os fatores de produção. O planejamento permite uma melhor distribuição de obtenção de receitas reduzindo os meses de fl uxo de caixa negativo.

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SCD 007 - DESEMPENHO AGROECONÔMICO DO CONSÓRCIO ALFACE-BETERRABA SOB SISTEMA ORGÂNICO. JOSÉ PAULO DE SOUZA; MARCELO ALVARO DA SILVA MACEDO; CAMILA GUIMARÃES DE SOUZA; ANTONIO CARLOS DE SOUZA ABBOUD; UFRURALRJ, SEROPÉDICA, RJ, BRASIL; Palavras-chave: DESEMPENHO AGROECONÔMICO; CONSÓRCIO; SISTEMA ORGÂNICO; AVALIAÇÃO; DECISÃO

Com o objetivo de avaliar o desempenho dos consórcios de olerícolas, cultivados em diferentes densidades populacionais, sob sistema orgânico de produção, foram instalados dois experimentos, no ano 2000, com o consórcio de alface com beterraba. O consorcio de alface com beterraba foi estudado em duas regiões com condições edafoclimáticas diferentes, na Região Médio Serrana e na Baixada Fluminense, ambas no estado do Rio de Janeiro. Para todos os experimentos o delineamento experimental foi de blocos ao acaso e os tratamentos constaram dos respectivos monocultivos e quatro diferentes densidades populacionais, de cada par de olerícola estudado, com quatro repetições. As culturas de alface com beterraba, em ambas as regiões, apresentaram o Índice de Efi ciência de Área (IEA) superior a 1, 0, para quase todos os tratamentos em consórcio, indicando a efi ciência dos sistemas, pois possibilita um maior aproveitamento da área cultivada. Ao considerar a cultura da alface como principal do consórcio, constata-se que a cultura da beterraba poderá proporcionar um incremento substancial, na renda fi nal do produtor, entretanto, ao considerar-se a cultura da beterraba como principal, a alface mostrou uma maior lucratividade no monocultivo, quando comparada com os tratamentos de consórcios.

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SCD 008 - O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR DE ÁGUA MINERAL: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO SOBRE AS VARIÁVEIS QUE INFLUENCIAM O CONSUMO. CHRISTIANE PITALUGA CHRISTIANE; PAULO SERGIO MIRANDA MENDONÇA; UFMS, CAMPO GRANDE, MS, BRASIL; Palavras-chave: Comportamento do consumidor; água mineral; infl uência das variáveis; atributos; alimento

A água mineral foi o produto que mais apresentou crescimento em consumo entre as famílias brasileiras nos últimos trinta anos, ultrapassando 0, 320 litros per capita/ano em 1974/1975 e alcançando a marca de 18, 541 litros em 2002/2003. Dentre os produtos de maior consumo alimentar, somente o leite fi ca à frente da água mineral. No âmbito mundial, o consumo de água envasada deverá continuar crescendo nos próximos anos, passando de um volume de 155 bilhões de litros em 2003 para 206 bilhões em 2008. O presente estudo, no âmbito do comportamento do consumidor, tem como objetivo principal investigar os fatores que infl uenciam o consumo de água mineral em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Para o alcance dos objetivos propostos no trabalho foram aplicados questionários a uma amostra de consumidores de água mineral na referida cidade. Verifi cou-se, que o consumidor da bebida acredita, entre outros fatores, que a água mineral possui uma qualidade superior e grande parte dos consumidores consome este produto tendo em vista a preocupação com aspectos ligados à saúde, estilo de vida, corpo e estética. A partir destas informações conclui-se que o consumidor imprime um comportamento semelhante, independentemente de sua localização geográfi ca.

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SCD 009 - EM BUSCA DE UM NOVO PARADIGMA PARA O SEGURO RURAL NO BRASIL. VITOR AUGUSTO OZAKI; JOSÉ CÉSAR CRUZ JÚNIOR; RICARDO MENDONÇA FONSECA; LUIZ FERNANDO OHARA KAMOGAWA; ESALQ, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: seguro rural; novo paradigma; subvenção governamental; desenvolvimento agrícola; mercado securitário

A implementação de um programa de seguro rural é uma reivindicação antiga do setor agropecuário no país. Após a malsucedida experiência da Companhia Nacional de Seguro Agrícola (CNSA), o Governo voltou a tomar medidas para incentivar o mercado securitário rural. No fi nal de 2003, foi sancionada a Lei que, entre outras atribuições, subvenciona parte do prêmio pago pelo produtor. O artigo mostra as principais iniciativas, tanto privadas como governamentais, para o estabelecimento e o desenvolvimento do seguro rural abrangendo aspectos jurídicos, operacionais e institucionais. A natureza deste trabalho é essencialmente teórico-analítica, de forma que não foi apresentado nenhum modelo econométrico. Embora, no atual governo, o seguro agrícola seja uma das principais medidas de política agrícola voltada à gestão do risco, nota-se que sua implementação tem ocorrido de forma acelerada, sem o nível adequado de planejamento, possibilitando desta forma, que medidas equivocadas possam resultar em prejuízos para todos os agentes envolvidos.

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SCD 010 - O GOVERNO FEDERAL E O MERCADO DE SEGURO AGRÍCOLA: APRENDENDO COM O PASSADO E CONSTRUINDO O FUTURO. VITOR AUGUSTO OZAKI; JOSÉ CÉSAR CRUZ JÚNIOR; RICARDO MENDONÇA FONSECA; LUIZ FERNANDO OHARA KAMOGAWA; ESALQ, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: desenvolvimento agrícola; economia do seguro agrícola; subvenção governamental; política pública; gestão de risco

A teoria econômica mostra que o mercado de seguro agrícola em moldes puramente privados não é possível. O apoio governamental é fundamental para o desenvolvimento deste mercado. Embora o Governo Federal tenha tentado implementar o seguro em meados da década de 50, a inexperiência e os sucessivos erros administrativos determinaram seu completo fracasso. Nos dias atuais, o Governo voltou a incentivar o mercado por meio da subvenção ao prêmio. Embora importante tal iniciativa não é sufi ciente. Neste sentido é elaborado um conjunto de recomendações – com base nos principais avanços da teoria econômica e nas experiências passadas – que merecem destaque na implementação de um programa de seguro agrícola.

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SCD 011 - ANÁLISE COMPARATIVA SOBRE CUSTOS AGROINDUSTRIAIS: UMA APLICAÇÃO DE TESTES NÃO-PARAMÉTRICOS ENTRE EMPRESAS DA PARAÍBA E DE PERNAMBUCO. ANTÔNIO ANDRÉ CUNHA CALLADO; ALDO LEONARDO CUNHA CALLADO; MOISÉS ARAÚJO ALMEIDA; NEFI/PROPAD/UFPE, RECIFE, PE, BRASIL; Palavras-chave: GESTÃO AGROINDUSTRIAL; AGRONEGÓCIO; CUSTOS RURAIS; ECONOMIA REGIONAL; GESTÃO DE SETORES ESPECÍFICOS

Este trabalho busca realizar um estudo comparativo sobre os principais fatores relativos ao registro e análise de informações sobre os custos de produção agroindustrial entre empresas agroindustriais localizadas nos estados da Paraíba e Pernambuco. Foi utilizado o método de sobreposição das estatísticas descritivas relativas aos estados analisados. Para testar a signifi cância dos resultados foram utilizados os testes estatísticos não-paramétricos de Mann-Whitney U e Kolmogorov-Smirnov. Os resultados obtidos apresentaram evidências empíricas que existem diferenças signifi cativas relativas aos fatores inibidores sobre o registro e análise das informações fi nanceiras, aos métodos de avaliação dos estoques e à freqüência de divulgação dos relatórios. Todas estas variáveis se mostraram estatisticamente signifi cativas para 0, 05.

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SCD 012 - CUSTOS DA CADEIA PRODUTIVA DO FRANGO: PARCERIA ENTRE COOPERATIVA E PEQUENOS PRODUTORES FAMILIARES NO ESTADO DE SANTA CATARINA. DIRCEU DUARTE TALAMINI; FRANCO MULLER MARTINS; ANTONIO JORGE OLIVEIRA; EMBRAPA SUINOS E AVES, CONCÓRDIA, SC, BRASIL; Palavras-chave: Cadeia Produtiva; Custos de produção; produção de frangos; coordenação; custos de transação

O trabalho teve como objetivo determinar o custo de todos os elos da cadeia de produção do frango inteiro congelado do corredor Oeste do Estado de Santa Catarina ao porto de Itajaí no mesmo estado. A etapa inicial, ou seja, a produção do frango vivo é realizada em parceria entre pequenos produtores familiares e uma cooperativa que coordena todas as ações. A etapa de transporte dos animais vivos até a indústria é terceirizada, assim como a do transporte do frango congelado até o porto. A etapa de abate e preocessamento das aves é feita em planta da cooperativa. Observou-se a grande participação do custo do frango vivo, seguido do custo do abate e processamento no custo do produto pronto e que a cadeia apresenta um estrutura de custos competitiva tanto em relação a outras regiões brasileiras como em relação a outros países produtores. Os indicadores técnicos, por outro lado, indicam uma adequada governança e coordenação da cadeia e que a especifi cidade dos ativos estimula o compromisso dos agentes econômicos no uso de novas tecnologias de produção e de gestão visando manter a atividade competitiva no longo prazo.

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SCD 013 - GESTÃO DO AGRONEGÓCIO DA CERA DE CARNAÚBA: CUSTOS DE PRODUÇÃO, RENTABILIDADE E LUCRATIVIDADE. JAÍRA MARIA ALCOBAÇA GOMES; KARLA BRITO DOS SANTOS; MARIA DE FÁTIMA VIEIRA CRESPO; MARCOS SOARES DA SILVA; UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ, TERESINA, PI, BRASIL; Palavras-chave: cera de carnaúba; cadeia produtiva; custos de produçaõ; rentabilidade; lucratividade

Para revitalizar a cadeia produtiva da cera de carnaúba, é indispensável o conhecimento dos custos de produção e da rentabilidade, de cada atividade envolvida, verifi cando sua viabilidade econômica, visto que os estudos científicos sobre essa temática praticamente são inexistentes, exceto o trabalho do Banco do Nordeste na década de 1970. Especifi camente, objetiva-se calcular o custo fi xo e custo variável na produção do pó cerífero e cera de carnaúba, produtos de maior importância da cadeia, estimar a rentabilidade, lucratividade, composição do valor adicional e margem de comercialização. A metodologia utilizada consiste em análise diagnóstica, em que o cálculo dos custos de produção foi uma adaptação daquela adotada pela CONAB que busca contemplar todos os itens de dispêndio. Os cálculos dos custos de produção, rentabilidade e lucratividade do pó de carnaúba e da cera de carnaúba foram efetuados a partir de pesquisa direta com questionários com os agentes econômicos. A etapa com maior participação relativa na composição do custo de produção do pó é o corte das folhas, correspondendo em média metade do custo total. Todos os carnaubais com batição própria apresentaram rentabilidade e lucratividade positivas. Os carnaubais com batição arrendada apresentaram prejuízo. A cera de carnaúba é um negócio atrativo, sendo rentável, pois possui uma demanda internacional estável, com possibilidades de pequenas variações ascendentes, visto que essa cera vegetal concede ao Brasil, o título de único produtor e as pesquisas poderão levar a descoberta de novas aplicações, além do que é um produto com externalidades negativas ao meio ambiente suportáveis a capacidade de suporte dos ecossistemas. As recomendações para gestão do agronegócio da cera de carnaúba são capacitação dos produtores de pó de carnaúba para implantação de registro sistemático dos custos de produção e comercialização, construção de indicadores econômico-fi nanceiros para acompanhamento ao longo do tempo da cadeia produtiva. As empresas devem implementar medidas baseadas nos elementos de ecoefi ciência.

Palavras-chave: Cera de Carnaúba. Cadeia produtiva. Custos de Produção. Lucratividade.

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SCD 014 - PERFIL DO CONSUMIDOR DOMICILIAR DE AÇAÍ NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM - PA. ISMAEL MATOS DA SILVA; FRANCILENE MACIEL DA SILVA; UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA, BELÉM, PA, BRASIL; Palavras-chave: Açaí; Perfi l do Consumidor; Mercado Local; Novas Tendências; Belém - PA

A presente pesquisa tem por objetivo defi nir o perfi l do consumidor fi nal de açaí, na Região Metropolitana de Belém, por tratar-se do maior mercado consumidor do Estado do Pará. O estudo abarca não apenas seus hábitos, comportamento social e econômico, mas busca descortinar os seus desejos de consumo ainda não revelados e realizados em relação aos produtos, e a partir dos resultados obtidos emitir aos segmentos do sistema produtivo os sinais que nortearão e impulsionarão as mudanças e transformações necessárias para a conquista e consolidação de novos mercados. Foram entrevistados cerca de 400 consumidores em relação a renda, hábito de consumo e desejos não revelados em relação ao produto. Os resultados mostraram que o açaí está adentrando às classes nobres de consumidores que utilizam o açaí por motivações outras, como estética e saúde. Além disso, constatou-se a preocupação do consumidor com aspectos vinculados ao meio ambiente e á responsabilidade social. Concluiu-se ademais que o consumidor está disposto a praticar fair trade, ou seja, preferir açaí proveniente de comunidades mais pobres, desde que atenda aos quesitos de higiene e qualidade.

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SCD 015 - AS RECENTES TRANSFORMAÇÕES NAS AGRICULTURAS FAMILIARES PARANAENSES: ANÁLISE A PARTIR DAS INFORMAÇÕES DE OCUPAÇÕES E RENDAS DO PERÍODO 2001-2004. MARCELINO DE SOUZA; CARLOS ALVES NASCIMENTO; UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA, UBERLÂNDIA, MG, BRASIL; Palavras-chave: Ocupações agrícolas e rurais; rendas familiares; novo rural; agricultura familiar; desenvolvimento rural

Este trabalho é uma atualização de artigo anteriormente apresentado onde se analisa o comportamento das ocupações e das fontes de rendas das famílias rurais e agrícolas paranaenses utilizando-se como base Tabulações Especiais elaboradas a partir do processamento dos microdados das Pesquisas Nacionais de Amostras de Domicílios (PNADs) dos anos de 2001 e 2004. As estimativas mostraram que houve uma redução signifi cativa do número de famílias pertencentes ao universo da agricultura familiar; crescimento do número de famílias de agricultores familiares com os menores estratos de áreas que residem em áreas urbanas com atividade agrícola e pluriativos, ou seja, que combinam atividades agrícolas e não-agrícolas, o que se confi gura num novo aspecto da ruralidade. Em relação às rendas verifi cou-se um aumento da participação das rendas agrícolas entre as famílias pluriativas da agricultura familiar e fi nalmente, as rendas de aposentadorias/pensões continuam a representar maior signifi cado nas famílias de conta-própria agrícolas, mas agora também nos grupos de famílias de empregados e conta-própria não-agrícolas. Infere-se que, de um lado, o reduzido dinamismo econômico dos municípios rurais paranaenses pode estar causando a redução do universo da agricultura familiar. Os resultados apontam para a necessidade de continuar as pesquisas tendo em vista a confi rmação ou não das tendências apontadas.

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SCD 016 - IMPACTOS DAS FEIRAS DE PRODUTORES RURAIS NO COMÉRCIO URBANO EM MUNICÍPIOS DO VALE DO JEQUITINHONHA. THIAGO RODRIGO DE PAULA ASSIS; ROSÂNGELA DE OLIVEIRA SILVA; ALINI FERNANDA BICALHO NORONHA; EDUARDO MAGALHÃES RIBEIRO; UFLA, LAVRAS, MG, BRASIL; Palavras-chave: Feira de produtores rurais; vale do Jequitinhonha; comércio urbano; agricultura familiar; consumo

Este artigo estuda a relação entre a feira de produtores rurais e o consumo urbano em 5 municípios do vale do Jequitinhonha, nordeste de Minas Gerais. A partir de entrevistas em estabelecimentos comerciais desses municípios traz uma análise de como os comerciantes percebem a infl uência da feira em seus estabelecimentos: épocas de maior consumo, estimativa dos gastos, vantagens oferecidas, entre outros. Como resultados observa-se um aumento das vendas que pode chegar a até 50% em dias de feiras, dependendo do setor comercial, o que afi rma a importância das feiras de produtores para a dinamização da economia local. Comerciantes também apontam as épocas em que os feirantes mais consomem, identifi cadas principalmente com o ultimo trimestre do ano (outubro/novembro/dezembro). Quanto às vantagens comerciais observa-se uma relação de confi ança entre produtores feirantes e comerciantes, mas em termos gerais não são oferecidas vantagens signifi cativas.

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SCD 017 - DEMANDAS E GARGALOS TECNOLÓGICOS DA AGRICULTURA FAMILIAR NO PARANÁ: A VISÃO DAS ENTIDADES REPRESENTATIVAS. TIAGO PELLINI; MOACYR DORETTO; GIL MARIA MIRANDA; MARISA SUGAMOSTO; JOAO TORRENS; IAPAR, LONDRINA, PR, BRASIL; Palavras-chave: agricultura familiar; demandas tecnológicas; produção vegetal; pecuária; agroindústria

O objetivo da pesquisa foi identifi car as demandas e gargalos tecnológicos da agricultura familiar, contemplando a produção vegetal, animal, agroindústria e infraestrutura de moradia. O estudo foi realizado no Estado do Paraná, em 2004, através de questionário estruturado junto às entidades representativas da agricultura familiar e, depois complementado com sugestões daquelas entidades em relação às propostas de diretrizes para políticas públicas para esse segmento de agricultores. Constatou-se que na produção vegetal os problemas informados eram sobretudo relacionados com pragas e doenças, baixa produção, manejo e conservação do solo e melhoramento genético. Na criação de animais foram identifi cadas demandas principalmente em alimentação, genética e reprodução, infraestrutura de instalações e falta de capacitação do produtor e sanidade. Nas atividades de agroindústria familiar os problemas mais evidentes foram: qualidade dos produtos, transformação, e a legislação/gestão. Quanto à infraestrutura de moradia foram destaques problemas relacionados ao abastecimento de água, destinação do lixo e esgoto. As propostas de diretrizes a partir dos resultados do trabalho e de sua discussão estão fundadas nos seguintes pontos: fortalecimento e ajuste da pesquisa agropecuária e dos serviços de ATER; capacitação em agroecologia; programas de treinamento e educação; adequação de aspectos da legislação e envolvimento participativo dos agricultores familiares no desenho, planejamento e execução das políticas públicas.

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SCD 018 - VALORAÇÃO CONTINGENTE DA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (APA) SÃO JOSÉ – MG: UM ESTUDO DE CASO. JADER FERNANDES CIRINO; JOÃO EUSTÁQUIO DE LIMA; DEPARTAMENTO DE ECONOMIA RURAL/ UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL; Palavras-chave: APA São José; valoração contingente; disposição a pagar; gestão ambiental; economia dos recursos naturais

A Área de Proteção Ambiental (APA) São José – MG apresenta um rico patrimônio natural e histórico. Apesar de tal fato e de ser uma área de proteção desde 1981, vem sofrendo na atualidade com degradações ambientais. Dentro desse contexto, emergiu a questão de se valorar a APA São José com o objetivo de fornecer subsídios para a elaboração e consecução de políticas públicas e de projetos públicos e privados de conservação ou exploração sustentável do referido ativo. Como método de valoração, utilizou-se a valoração contingente, por meio da abordagem de HANEMANN (1984) e do método do bootstrapping, para obter uma disposição a pagar (DAP) mensal individual por habitante dos cinco municípios que compreendem a APA São José de R$22, 88, com um desvio-padrão relativamente baixo de R$3, 25. Quanto à confi abilidade da medida estimada, destaca-se a preocupação do presente trabalho em adotar procedimentos visando evitar ou minimizar os vieses que geralmente ocorrem em pesquisas de valoração ambiental.

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SCD 019 - THE COMMONS DILEMMA REVISITED: EXPANDING RATIONALITY AND ANIMATING INSTITUTIONAL ANALYSIS. LEANDRO FREDERICO FERRAZ MEYER; UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA, BELÉM, PA, BRASIL; Palavras-chave: commons dilemma; experimental economics; institutional analysis; psychological stage theory; tragedy of the commons

The classical theoretical prediction for the “commons dilemma” is as tragedy. The situation popularized as “the tragedy of the commons” became intriguing because beneath this unfortunate and surely undesired result of collective action laid the model of “rational actor”. Yet, the messiness of alternative theories of human behavior has been motive of hesitation to adopt more realistic assumptions than those of the rational choice to address collective action. Still, a deeper understanding of the interplay among cognition, values systems, and institutions should be the starting point for any discussion of societal change. In this paper, we present a new approach to advance the theory of collective action by combining the framework of institutional analysis with Clare Graves’s theory of adult biopsychosocial development. Moreover, we sketch an empirical strategy for investigating the behavioral hypotheses resulting from the Graves’ model using experimental CPR (common-pool resource) games. The results from the suggested approach promise to be a valuable improvement toward a more integral approach to collective action problems and sustainability.

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SCD 020 - AMPLIANDO O CONCEITO DE RASTREABILIDADE: EM BUSCA DE SUSTENTABILIDADE NAS CADEIAS PRODUTIVAS. LUCIANO BARIN CRUZ; NATALIA AGUILAR DELGADO; HERON SERGIO MOREIRA BEGNIS; EUGÊNIO ÁVILA PEDROZO; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: Desenvolvimento Sustentável; Cadeias Produtivas; Rastreabilidade; Estratégias Sustentáveis; Cooperação

Atualmente, já se fala em rastreabilidade e certifi cação como alternativas para que as cadeias produtivas atendam as exigências de segurança do alimento, colocadas pelo mercado e pelo consumidor. Ao praticarem a rastreabilidade, as empresas conseguem controlar os diversos elos da cadeia produtiva, para que o produto fi nal chegue ao consumidor de forma segura. Do ponto de vista do consumidor, este se sente mais seguro, pois tem a certeza de que terá um alimento com garantia de sanidade e de qualidade. Do ponto de vista das empresas, estas mantêm sua lucratividade e passam a ter um controle mais rigoroso de todo o processo ao longo da cadeia produtiva.

Analisando a lógica que está por trás da aplicação da rastreabilidade, atualmente, percebe-se que o foco está no aumento de competitividade. Na verdade, se os atores de uma cadeia produtiva não entenderem que precisam se ajustar a estas regras, eles estão fadados a perder mercado. Ou seja, os atores cooperam para que possam se manter competitivos no mercado. Porém, diante de todos os problemas que se verifi cam atualmente, do ponto de vista social e ambiental, será que a rastreabilidade deveria permanecer restrita a uma estratégia empresarial de aumento de competitividade? Será que este conceito não deveria ser ampliado de forma a considerar estes problemas?

Diante destas questões, este artigo objetiva ampliar a compreensão do conceito de rastreabilidade, a partir da constatação de que esta prática pode e deve ampliar a responsabilidade das empresas quando se pensa em cadeias produtivas orientadas para a sustentabilidade. Assim, o artigo estrutura-se a partir da discussão de alguns conceitos sobre cooperação e a coopetição em cadeias produtivas, estratégias orientadas para a sustentabilidade e rastreabilidade. Por fi m, são apresentadas algumas relações entre estes conceitos e proposições, além das considerações fi nais, apontando para oportunidades de futuras pesquisas.

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SCD 021 - A SUSTENTABILIDADE DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE BOVINOCULTURA DE CORTE DO RIO GRANDE DO SUL. CHRISTIANE MARQUES SEVERO; LOVOIS ANDRADE MIGUEL; PGDR/UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: bovinocultura; sustentabilidade; sistema de produção; rio grande do sul; desenvolvimento sustentável

A bovinocultura de corte tem suas origens nos primórdios da ocupação do espaço agrário gaúcho e está presente em todas as regiões agroecológicas do Estado do Rio Grande do Sul. Fundamental para a formação da sociedade gaúcha, tanto do ponto de vista econômico como social, esta atividade vive atualmente um período marcado por incertezas e por um importante e vigoroso processo de reestruturação. Apesar da profusão de estudos e pesquisas, raros são os estudos que analisam a sustentabilidade, tanto do ponto de vista econômico como social e ambiental, desta atividade produtiva. Este trabalho busca, através da formatação de indicadores e índices relativos de sustentabilidade, avaliar o grau de sustentabilidade dos sistemas de produção de bovinocultura de corte do Rio Grande do Sul. A partir de entrevistas realizadas junto a 540 produtores de gado de corte no decorrer do ano de 2004, obteve-se um conjunto de informações relativas tanto as dimensões ambiental, social e econômica, como relativas aos critérios de produtividade, estabilidade/resiliência, equidade e autonomia apresentados pelos bovinocultores de corte. A análise conteve-se na comparação entre os Índices Relativos das Dimensões (IRD), dos Critérios (IRC) e de Sustentabilidade (IRS) de cada tipo de sistema de produção. Os resultados apontam a existência de oito tipos de sistemas de produção relevantes para esta análise. Os índices de sustentabilidade apontam o sistema de produção do tipo cinco como mais sustentável, seguido pelos tipos sete, três, seis, quatro, dois, e, por último os tipos oito e um, os quais estão mais próximos do que se poderia chamar de situação de insustentabilidade.

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SCD 022 - ECONOMIC GROWTH AND ENERGY CONSUMPTION: A SUR REGRESSION MODEL APPLICATION IN BRAZIL FOR SEVERAL SOURCES OF FUEL. LUIZ FERNANDO OHARA KAMOGAWA; RICARDO SHIROTA; ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: EKC (Environmental Kuznets Curve); Consumo de Energia; Emissão de Carbono; Crescimento Econômico; SUR

Apesar de uma série argumentos teóricos e evidências empíricas demonstrarem que a partir de certos níveis de renda ocorre a chamada EKC (Environmental Kuznets Curve), i. e., uma relação em “U” invertido entre renda e degradação ambiental (ou consumo dos recursos naturais) estudos aplicados demonstraram que para o caso do consumo de energia no Brasil, esta relação não se verifi ca. A melhoria na qualidade ambiental poderia, no entanto, estar ocorrendo pela troca de uma matriz energética mais intensiva na emissão de poluentes por uma menos agressiva. Para verifi car este efeito foram estimadas várias EKC’s para diferentes tipos de fonte primárias de energia (petróleo, álcool de cana-de-açúcar, gás natural, carvão mineral e vegetal, hidroeletricidade residencial e industrial e lenha). Como a princípio as demandas são correlacionadas entre si, foi utilizado um modelo de regressão do tipo SUR (Seemingly Unrelated Regressions). O resultado obtido confi rma a hipótese de que as funções são correlacionadas contemporaneamente e que o nível de consumo da maioria das fontes de energia é crescente em função da renda (algumas com elasticidade também crescente). Outros resultados extraídos indicam que a participação das fontes renováveis tende a decair ao longo do processo de crescimento econômico; e, há um aumento exponencial nas emissões de carbono no longo-prazo (tanto originário de fontes renováveis quanto não-renováveis).

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SCD 023 - EMISSÕES DE CO2 NA ECONOMIA BRASILEIRA: UMA ANÁLISE DE DECOMPOSIÇÃO ESTRUTURALPARA OS ANOS 1990 E 2003. ALYSON FIDELIS DE MORAIS; JAQUELINE SEVERINO DE COSTA; RICARDO LUIS LOPES; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ, MARINGÁ, PR, BRASIL; Palavras-chave: Decomposição; Insumo-Produto; Emissões; Poluição; CO2

Com a intensifi cação do processo de industrialização e todos os avanços econômicos advindos com ele o mundo passou a enfrentar também os problemas decorrentes da diversifi cação industrial. O aumento desenfreado do consumo, de novas tecnologias implica em mais indústrias, o que signifi ca mais produção de resíduos descartados na natureza e mais emissão de gases poluentes. Diante disso, estudos que visam adequar crescimento econômico e preservação ambiental são de suma importância. Neste trabalho é feita uma Análise de Decomposição Estrutural para o Brasil nos anos de 1990 e 2003, identifi cando a contribuição de fatores como efi ciência ecológica, estrutura de produção, composição da demanda fi nal e volume de demanda fi nal na variação total do volume de emissões de CO2. A ordenação dos setores mais intensivos em energia, através dos índices de ligações para trás e para frente, complementa o trabalho. Verifi cou-se que o volume de emissões de CO2 aumentou signifi cativamente durante o período analisado e setores como transportes, siderurgia e minerais não-metálicos foram os que mais contribuíram para isso.

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SCD 024 - DINÂMICA DO ESTOQUE DE RECURSOS PESQUEIROS EM CABO VERDE, NO PERÍODO DE 1982 A 2001. ANTÓNIO JOSE MEDINA DOS SANTOS BAPTISTA; ADRIANO PROVEZANO GOMES; UNIVERSIDADE JEAN PIAGET DE CABO VERDE, PRAIA, PORTUGAL; Palavras-chave: PESCA; CABO VERDE; ESTOQUE DE RECURSOS; SUSTENTABILIDADE; ANALISE FATORIAL

Neste estudo, pretendeu-se analisar a dinâmica do estoque dos recursos pesqueiros em Cabo Verde, no período de 1982 a 2001. Os resultados indicaram que, no geral, o estoque desses recursos tem diminuído em relação ao do início do período analisado. Entretanto, pôde-se notar que houve leve recuperação, principalmente na década de 1990. Tendo em vista que o Indice Geral de Disponibilidade de Estoque - IGDE (que indica o estoque dos recursos no agregado) não indica as dinâmicas individuais de cada espécie que compõe o estoque de recursos em Cabo Verde, procedeu-se à rotação dos fatores extraídos, de modo que foi possível identifi car a evolução individual de cada espécie.

Os resultados foram coerentes, principalmente pelo fato de corroborarem a idéia sobre a sobrexploração dos Tunídeos no mundo todo. Por ser uma espécie de alto valor comercial, o seu estoque tem sofrido grande pressão ao longo do tempo, e grande parte das embarcações estrangeiras licenciadas em Cabo Verde tem essa espécie como alvo. Em relação aos demais recursos (espécies), observou-se que os estoques já estiveram em níveis nitidamente maiores do que os atuais. Entretanto, apresentaram uma situação de renovação ao longo do período analisado.

Cabe ressaltar que o conceito de Captura Por Unidade de Esforço - CPUE utilizado na construção dos indicadores parciais de produtividade possui alguns pressupostos que podem ser irrealistas, podendo-se citar, como exemplo, a idéia de que a tecnologia é constante. Uma consideração importante é o fato de que, se houve progresso tecnológico no período da década de 1990, devem-se interpretar os resultados deste estudo com cautela, pelo fato de que o progresso tecnológico pode ter “mascarado” a queda no estoque dos recursos.

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SCD 025 - DEMANDA POR PESCADOS NO BRASIL ENTRE 2002 E 2003. RICARDO SHIROTA; DANIEL YOKOYAMA SONODA; ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: Pescado; Oferta; Preço; Demanda; AIDS

O Brasil é um país que possui baixo consumo per capita de pescados. Alguns dos fatores que explicam este fenômeno estão ligados à sua oferta como por exemplo: a sobre pesca, a baixa produção nacional, a distância entre centros produtores e consumidores etc. Este trabalho, porém, aborda as questões ligadas à demanda de pescados no Brasil. Inicialmente, procuro-se caracterizar a problemática da oferta de pescados no Brasil, descreveu-se o método de cálculo da função demanda desenvolvido por Deaton e Muelbauer (1980), o Almost Ideal Demand System (AIDS), a partir dos microdados da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) 2002-2003, em seguida fez-se uma breve análise descritiva da demanda por pescados no Brasil e fi nalmente estimou-se uma função demanda por pescados no Brasil para a qual se considerou apenas o subgrupo proteína animal para o cálculo. Os principais resultados apontam que o consumo per capita de pescados é baixo porque poucos brasileiros consomem pescados. O padrão de consumo de pescado das Regiões Norte e Nordeste diferem do padrão de consumo das Regiões do Centro-Sul do país. Os principais produtos substitutos aos pescados no país são as proteínas mais elaboradas e não as carnes mais tradicionais como a de aves e as vermelhas. O principal desafi o para o setor seria de inserir os pescados no hábito alimentar do brasileiro. Algumas alternativas poderiam ser sugeridas: o aumento da oferta natural de pescados e sua redução de seu preço e/ou a produção de pescados a baixo custo em confi namento; e o desenvolvimento de produtos a base de pescados mais elaborados para competir no mercado de proteínas prontas.

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SCD 026 - PESCA PREDATÓRIA DA LAGOSTA NO BRASIL: UM MODELO INSUSTENTÁVEL. ANDREA S. S. DE A. MELO; ANDRÉ DOURADO DE BARROS; UFPE, RECIFE, PE, BRASIL; Palavras-chave: lagosta; comércio internacional; queda de produtividade; pesca predatória; políticas de prevenção

A lagosta é um dos principais produtos do comércio internacional mundial de pescados, dado o seu alto valor de mercado. É crescente a sua comercialização no mercado mundial, sendo Estados Unidos e Canadá os principais países importadores. Entretanto, é possível observar queda na taxa de crescimento da produção deste crustáceo no mundo, e queda absoluta de sua produção no Brasil. Para estes dois casos a principal explicação é a pesca predatória. No Brasil, os principais fatores de sustentação da predação são as condiçoes sócio-econômicas da população que dela vive. Devido ao grande potencial de mercado, resolver o problema da pesca predatória no Brasil signifi ca não só melhorar as condições de vida desta população, mas também e principalmente possibilitar uma grande fonte de divisas.

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SCD 027 - UM ESTUDO SOBRE O VALOR DO SISTEMA DE RASTREABILIDADE ANIMAL NOS EUA. MOISÉS DE ANDRADE RESENDE FILHO; UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA, JUIZ DE FORA, MG, BRASIL; Palavras-chave: ratreabilidade animal; sistema de equações de demanda; segurança dos alimentos; EUA; Índice de notícias

: Esse artigo investiga o valor do sistema nacional de identifi cação animal (NAIS) a ser implantado nos EUA. Assume-se que os benefícios para o setor de carnes nos EUA virão como conseqüência do efeito do NAIS sobre a percepção do consumidor fi nal em relação ao risco de consumir carne e derivados impróprios para consumo. Sistemas de demanda dos tipos “generalized almost ideal” (GAI) e “generalized quadratic almost ideal” (GQUAIDS) foram estimados incorporando-se índices de reportagens negativas em relação a segurança de alimentos derivados das carnes de boi, porco e aves. Diversas especifi cações dos modelos são testadas umas contra as outras. Verifi cou-se que tais índices de “food safety” infl uenciam em pequena magnitude e de forma contemporânea (sem efeito defasado) a demanda fi nal por carnes nos EUA. Três cenários são construídos, um para o caso em que o sistema não é implementada, um para o caso em que o NAIS é implementado somente para o setor de carne bovina e fi nalmente um cenário em que o NAIS é implementado para o setor de carne bovina e de carne suína. Utiliza-se as diferenças entre a receita total estimada para os setores de carne bovina, suína e de aves para os diferentes cenários como uma aproximação do benefício do sistema nacional de rastreabilidade animal nos EUA. Conclui-se que se for assumido que a maior parte dos benefícios com tal sistema de rastreabilidade virá do seu potencial em promover deslocamentos para cima das funções de demanda para as carnes de boi e porco, o governo dos EUA necessitará subsidiar o NAIS de modo a torna-lo economicamente viável.

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SCD 028 - UMA METODOLOGIA PARA AVALIAR A EXPECTATIVA DE RENTABILIDADE NA AGRICULTURA BRASILEIRA: UM ESTUDO DAS REGIÕES GEOGRÁFICAS. ABEL CIRO MINNITI IGREJA; MARINA BRASIL ROCHA; SÔNIA SANTANA MARTINS; FLÁVIA MARIA DE MELLO BLISKA; GEOVANA TIRADO; INSTITUTO DE ZOOTECNIA, NOVA ODESSA, SP, BRASIL; Palavras-chave: Agricultura regional; Expectativa de rentabilidade agrícola; Remanejamento de áreas; Renda Bruta agrícola; Variações cíclicas

Por meio do uso de Metodologia de Análise da Substituição de Áreas conjugada com a aferição de mudanças na densidade econômica do uso do solo foi possível avaliar a expectativa de rentabilidade da agricultura brasileira, em suas regiões geográfi cas, no período após 1990. A metodologia comprovou ser efi caz em descrever, de forma sumarizada, as principais características do desenvolvimento agrícola regional brasileiro. Captou a conjuntura cíclica da variação na renda agrícola, e fatores que a deprimiram, como a sobrevalorização da moeda, o desça-samento entre os custos fi nanceiros, de insumos e de bens de capital, e a tendência de queda nos preços de alguns produtos, que geraram a crise da dívida da agricultu-ra, afetando tanto as regiões mais desenvolvidas, quanto, e sobretudo, as mais de-pendentes da agricultura, entre 1993 e 1996. O método mostrou-se capaz, também, de evidenciar a acentuada diferenciação da Região Centro-Oeste quanto à expecta-tiva de rentabilidade da agricultura e, para as regiões Nordeste e Norte foi possível verifi car características estruturais de renda mais deprimida, enquanto para as regi-ões Sul e Sudeste, além da crise da dívida, já mencionada, captou também um mo-vimento de perda relativa maior de rentabilidade no período recente, principalmente a primeira, mais exposta à concorrência do Mercosul.

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SCD 029 - EXPECTATIVA DE RENTABILIDADE NA CAFEITURA BRASILEIRA: SITUAÇÃO NAS REGIÕES GEOGRÁFICAS. ABEL CIRO MINNITI IGREJA; FLÁVIA MARIA DE MELLO BLISKA; MARINA BRASIL ROCHA; SÔNIA SANTANA MARTINS; CELSO LUÍS RODRIGUES VEGRO; INSTITUTO DE ZOOTECNIA, SÃO PAULO, SP, BRASIL; Palavras-chave: Análise regional; Cultura do café; Modelo Shift-Share; Rentabilidade agrícola; Substituição de culturas

Por meio do uso de Metodologia de Análise da Substituição de Áreas conjugada com aferição de mudanças na densidade econômica do uso do solo para a cafeicultura foi possível obter o comportamento alocativo das áreas de cafeicultura em um conjunto de lavouras, como um indicador de expectativa de rentabilidade da lavoura cafeeira no Brasil, o qual, cotejado com o efetivo resultado da variação de relativos da densidade-valor do café em relação ao conjunto de lavouras considerado, fornece uma indicação da rentabilidade. O estudo foi realizado para as regiões geográfi cas (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul), no período após 1990. A metodologia de análise da expectativa da rentabilidade comprovou ser efi caz em descrever, de forma sumarizada, as principais características do desenvolvimento da cultura em cada região. Captou a acentuada diferenciação da Região Sudeste, por sua signifi cativa importância no cenário da cafeicultura nacional, concentrando entre 70% e 80% da produção, no período analisado. A metodologia permitiu também visualizar um descompasso maior entre decisões de investimento em uma lavoura perene como a de café em relação às culturas temporárias. Por se tratar de lavoura perene, não raras vezes os resultados de uma sobreexpansão de áreas, devido à renovação dos cafezais e ampliação de área, e de investimentos em intensifi cação tecnológica mostram-se favoráveis em prazos mais dilatados entre as decisões do produtor e os resultados econômicos efetivamente obtidos. Esse foi o caso do fi nal da década dos noventas, em que a maturação dos investimentos se reverteram em ganhos efetivos após 2003/04. Além disso, o Modelo Shift-Share, também utilizado na análise, permitiu avaliar os componentes do crescimento da produção, em termos da área, rendimento e localização geográfi ca. Associar essas metodologias mostrou-se um esforço interessante, uma vez que para todas as regiões foi possível verifi car características similares quanto à importância da evolução.

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SCD 030 - DAS PREOCUPAÇÕES FISIOCRÁTICAS E CLÁSSICAS AO CUSTEIO AGRÍCOLA MODERNO: O PENSAMENTO ECONÔMICO E SUA APLICAÇÃO AO SISTEMA NACIONAL DE CRÉDITO RURAL (SNCR). VALDIR ANTONIO GALANTE; JEFERSON GALVÃO TRINDADE; UNIOESTE, FRANCISCO BELTRÃO, PR, BRASIL; Palavras-chave: Custeio agrícola; Política agrícola; Linhas de fi nanciamento; SNCR; crédito agrícola

Esse artigo aborda o pensamento econômico das escolas fi siocrática e clássica tangentes à agricultura e os refl exos dessas idéias na modulação dos instrumentos de política agrícola praticados na contemporaneidade. Para tanto, avoca o desafi o, pelo método descritivo, de permitir-se uma análise hermenêutica dos excertos cujo bojo ainda se mantém como fundamentador teórico e justifi cador das medidas adotadas na atualidade. Resgatam-se os escritos de François Quesnay, Adam Smith, Thomas Robert Malthus e David Ricardo. Pelo método histórico tem-se a reconstrução sinóptica dos principais eventos cuja combinação ensejou a conjuntura contemporânea que, por sua vez, exigiu ou indicou a adoção das ferramentas de ingerência do custeio agrícola por parte do Estado. De posse desse conhecimento, discute-se os delineamentos promovidos por essa ideologia na evolução do Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR), acompanhados, óbvio, pelo contexto histórico-econômico vigente.

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SCD 031 - A INTERDEPENDÊNCIA ENTRE OS PREÇOS DO CAFÉ BRASILEIRO E COLOMBIANO: UMA ANÁLISE EMPÍRICA. ROBERTO MAX PROTIL; PAULO HENRIQUE PIERIN PACHECO; RICARDO VOGEL DO NASCIMENTO; WESLEY VIEIRA DA SILVA; ALCEU SOUZA; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ, CURITIBA, PR, BRASIL; Palavras-chave: Café; Preços internacionais; Co-integração; Agronegócio;

O objetivo deste trabalho é avaliar a existência de relações de co-integração entre os preços do café colombiano e do café brasileiro pautando-se em dados históricos que cobrem o período de janeiro de 1980 a dezembro de 2005, fazendo o uso do método proposto por Engle e Granger (1987). O estudo caracteriza-se como uma pesquisa quantitativa de natureza descritiva cujos dados amostrados descrevem eventos ao longo do tempo. A realização do teste de raiz unitária confi rmou que as variáveis em análise realmente são não estacionárias. No caso do teste de co-integração, o teste de hipóteses realizado sobre o vetor de resíduos evidenciaram a existência de uma relação de equilíbrio de longo prazo entre os preços dos cafés. Isto é, os preços parecem caminhar para uma situação de equilíbrio, onde essa commoditie nos diferentes mercados possui comportamentos similares.

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SCD 032 - PREVISÃO PARA O PREÇO FUTURO DO CACAU ATRAVÉS DE UMA SÉRIE UNIVARIADA DE TEMPO: UMA ABORDAGEM UTILIZANDO O MÉTODO ARIMA. MARCEL CASTRO DE MORAES; ALDOUS PEREIRA ALBUQUERQUE; UFPB, JOÃO PESSOA, PB, BRASIL; Palavras-chave: Cacau; Modelagem ARIMA; Previsão de Preços; Commodities Agrícolas; Box-Jenkins

Neste artigo realiza-se uma previsão para o preço médio mensal do cacau (recebido pelo produtor brasileiro) a partir de uma série temporal que compreende o período janeiro/1970- agosto/2005, totalizando 428 observações. Para isto, adota-se a metodologia denominada Box-Jenkins – utilizada para análise de séries univariadas de tempo. Identifi ca-se para tal previsão o método autoregressivo integrado com média móvel (ARIMA). Em seguida, são apresentados cinco modelos candidatos para a realização da previsão de dados, onde são adotados os critérios Akaike Information Criterion (AIC), Schwartz Bayesian Criterion (SBC) e Erro Quadrado Médio (EQM), para a escolha do melhor modelo. Verifi ca-se por meio de uma previsão ex-ante, fundamentada nos dados amostrais, uma pequena queda no preço futuro do produto para os próximos doze meses.

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SCD 033 - ANALISANDO OS RELACIONAMENTOS DURADOUROS NO CANAL DE DISTRIBUIÇÃO DA MAÇÃ BRASILEIRA: UMA VISÃO DOS PRODUTORES. CLAUDIO ZANCAN; PAULO HENRIQUE MULLER PRADO; ELERI HAMER; FACSUL/UFPR, RONDONOPOLIS, MT, BRASIL; Palavras-chave: Qualidade no Relacionamento; Relacionamentos Duradouros; Relações business-to-business (B2B); Canal de Distribuição; Marketing de Relacionamento

A QR vem sendo analisada a partir da década de 90, por diferentes abordagens na teoria do Marketing de Relacionamento. Entretanto, devido à complexidade de sua mensuração, alguns estudos acabam simplifi cando a importância que ela possui no processo de estabelecimento/manutenção das trocas relacionais mantidas em um canal de distribuição. Neste sentido, este artigo analisa as relações dos construtos componentes da QR (satisfação, confi ança e comprometimento no relacionamento), tendo como contexto, os relacionamentos duradouros estabelecidos entre produtores e empresas distribuidoras da maçã brasileira, sob o ponto de vista das empresas produtoras. Também, como forma de propor um modelo de análise, são sugeridas associações antecedentes (Custos com o término do Relacionamento, Valores Compartilhados e Comportamento Unilateral) e conseqüentes (Propensão ao abandono do Relacionamento e Cooperação) para a QR. Os resultados obtidos comprovaram as associações propostas, bem como, a infl uência que a QR exerce no processo de estabelecimento/manutenção dos relacionamentos duradouros mantidos neste canal.

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SCD 034 - A REGRA ÓTIMA DE ARMAZENAMENTO DE ARROZ NO BRASIL ATRAVÉS DE UM MODELO DINÂMICO DE EXPECTATIVAS RACIONAIS. CASSIANO BRAGAGNOLO; VANIA DI ADDARIO GUIMARÃES; UFPR, CURITIBA, PR, BRASIL; Palavras-chave: Mercado de arroz; Programação dinâmica; expectativas racionais; armazenamento; comercialização

Este trabalho pretende aplicar um modelo econômico dinâmico de expectativas racionais para armazenamento de arroz no Brasil com o intuito de modelar a decisão de estocagem. Estas quantidades de estoque maximizam os efeitos de bem-estar oriundos da introdução da estocagem como uma atividade econômica competitiva em um mercado com oferta estocástica, onde todos os indivíduos são maximizadores de lucro com expectativas racionais. Os impactos dependem, principalmente, da informação disponível ao produtor antes do armazenamento ser introduzido, da elasticidade da oferta de área, da especifi cação da curva de demanda, dos custos de estocagem, da taxa de juros considerada e do custo de estocagem. Estas funções e valores foram utilizados para a estimação de um modelo dinâmico de expectativas racionais, através de programação dinâmica estocástica, aproximando uma função de preço esperado e área plantada em função do estoque inicial, fazendo uso de polinômio de quarto grau no estoque, onde se encontrou uma disponibilidade crítica, a partir da qual, ocorrerá armazenamento como uma atividade econômica. Em seguida procedeu-se a estimação de simulações de longo-prazo com o intuito de avaliar os impactos de altos e baixos estoques iniciais no mercado. Os resultados demonstraram que estes impactos podem ser percebidos por cerca de 3 ou 4 safras.

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SCD 035 - ANÁLISE ECONÔMICA DAS BARREIRAS TARIFÁRIAS AO CAFÉ SOLÚVEL BRASILEIRO. MARISLEI NISHIJIMA; MARIA SYLVIA SAES; UNIVERSIDADE DE SãO PAULO, SãO PAULO, SP, BRASIL; Palavras-chave: Café solúvel; Tarifas; Dados de painel; demanda; mercado internacional

Este artigo investiga os motivos da redução da participação brasileira nas exportações mundiais de café solúvel a partir da década de 1990. Em especial, verifi ca se a demanda mundial pelo café solúvel brasileiro refl ete a imposição de tarifas discriminatórias pela União Européia e por alguns países do leste europeu. Para esta fi nalidade, foram estimados modelos dinâmicos da demanda mundial pelo café solúvel brasileiro entre 1995 e 2003, utilizando dados de painel, provenientes da Organização Internacional do Café. Os resultados sugerem que a existência de tarifas discriminatórias sobre o café solúvel brasileiro aliada ao recente aumento da oferta de café verde insumo no mercado internacional são elementos signifi cativos para a explicação do fenômeno.

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SCD 036 - AS POTENCIALIDADES E DISTORÇÕES COMERCIAIS NO MERCADO INTERNACIONAL DA MANGICULTURA BRASILEIRA. NILDO FERREIRA CASSUNDÉ JÚNIOR; RICARDO CHAVES LIMA; CARLOS ROBERTO MACHADO PIMENTEL; UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, RECIFE, PE, BRASIL; Palavras-chave: fruticultura; agronegócio; distorções comerciais; oportunidade; manga

A fruticultura apresenta desempenho surpreendente no agronegócio brasileiro, que, graças ao clima privilegiado, cuja oportunidade é um aspecto de diferencial competitivo, o Brasil produz a fruta em diversas épocas do ano. O potencial aumento no consumo de frutas frescas e processadas ajuda a expansão dos negócios brasileiros. Nesse sentido, cor, sabor, aroma e aspecto geral da manga brasileira são alguns importantes argumentos que tem convencido os consumidores internacionais. A região do Submédio do São Francisco possui clima semi-árido tropical, com área de mais de 360 mil hectares irrigáveis dos quais mais de 120 mil são irrigados, onde são cultivadas as frutas, como a manga e uva. As mangas produzidas no Vale do São Francisco representam o principal produto da pauta de exportações brasileiras de frutas in natura. Variedades como Tommy Atkins, Haden, Keitt têm sido cada vez mais apreciados por consumidores europeus, norte-americanos e canadenses, além do oriental. Dessa maneira, o Brasil tem conseguido aumentar suas ofertas e tem se tornado um importante fornecedor internacional de frutas. Por isso, o estabelecimento de uma relação de confi ança com o consumidor deve ser sempre um dos objetivos do exportador. A infra-estrutura de armazenamento e de transporte inadequado parece como um dos principais pontos de estrangulamento interno; ao se tratar das características externas, as restrições fi tossanitárias apontam como as mais importantes para as frutas in natura. Este estudo tem como objetivo caracterizar a situação atual da produção da manga brasileira com relação às oportunidades e distorções comerciais. Nesse sentido, é possível dizer que a produção de manga para exportação no Nordeste brasileiro ainda apresenta perspectivas positivas e tendência de expansão, em função da fruticultura brasileira de modo geral ter tido redução das barreiras comerciais.

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SCD 037 - MERCADO DE CARNES: ASPECTOS DESCRITIVOS E EXPERIÊNCIAS COM O USO DE MODELOS DE EQUILÍBRIO PARCIAL E DE ESPAÇO DE ESTADOS. ROSAURA GAZZOLA; CARLOS HENRIQUE MOTTA COELHO; GERALDO DA SILVA E SOUZA; RENNER MARRA; ANTONIO JORGE DE OLIVEIRA; SECRETARIA DE GESTÃO E ESTRATÉGIA - EMBRAPA SEDE, BRASILIA, DF, BRASIL; Palavras-chave: comércio de carnes ; modelos de equilíbrio parcial ; modelo de espaço de estados; elasticidade de produtos agrícolas ; séries temporais

Neste trabalho, apresentam-se aspectos descritivos do mercado internacional de carnes (bovina, suína e de frango), com ênfase na participação brasileira. O modelo de equilíbrio parcial da OECD (Aglink) é ajustado estatisticamente às observações do mercado brasileiro de carnes. Investiga-se a consistência do Aglink em dois contextos: o da concordância entre elasticidades especifi cadas e estimadas, e do outlook ou previsão, face à evolução temporal das observações disponíveis. Conclui-se dessa análise que existem diferenças marcantes em ambas as dimensões. Há instâncias relevantes em que as observações não suportam as especifi cações e as previsões do modelo. No longo prazo, à medida que séries de tempo maiores se tornem disponíveis, acredita-se que os modelos ajustados via séries de tempo, como o procedimento de espaço de estados, sejam de uso mais expedito quanto ao propósito de previsão ad hoc nos mercados, do que os modelos de equilíbrio parcial. Estes últimos devem ser melhor ajustados à realidade das observações disponíveis através do uso de especifi cações mais aceitáveis das elasticidades presentes nas curvas de oferta e de demanda. Só assim esses modelos se tornam interessantes do ponto de vista da avaliação de choques exógenos e de políticas setoriais específi cas.

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SCD 038 - PANORAMA COMPETITIVO DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO, LOGÍSTICA DE TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO E A IMPLEMENTAÇÃO DO PROTOCOLO DE CARTAGENA. JOSÉ EUSTÁQUIO RIBEIRO VIEIRA FILHO; IZAIAS CARVALHO BORGES; JOSÉ MARIA FERREIRA JARDIM DA SILVEIRA; IE-UNICAMP, CAMPINAS, SP, BRASIL; Palavras-chave: Protocolo de Cartagena; Transgênicos; Competitividade; Logística; Rotulagem

O presente trabalho tem como objetivo analisar o panorama competitivo do agronegócio brasileiro (questões logísticas) diante da implementação do Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança (PC). Em termos gerais, tal protocolo contribui para que o fl uxo transfronteiriço de Organismos Vivos Modifi cados (OVMs) seja transparente, visando medidas de segurança de proteção ao meio ambiente e levando em conta os riscos à saúde humana. No presente estudo, tem-se a confi rmação de que, para os países exportadores, a escolha da identifi cação da carga com OVM em “pode conter” ou “contém” é de fundamental importância, já que tal decisão poderá acarretar custos extras, além aumentar de forma imprevisível os custos de transação, principalmente na interface entre portos do país exportador e importador. Não há, em contrapartida, evidências claras de que a expressão “contém” garanta benefícios correspondentes, que possam ser captados pelas partes envolvidas (produtores, intermediários e consumidores), assim como o cumprimento dos objetivos do Protocolo.

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SCD 039 - THE DOHA DEVELOPMENT AGENDA AND BRAZIL: A CLOSER LOOK INTO THE DISTRIBUTIONAL IMPACTS INSIDE AGRICULTURE. JOAQUIM BENTO DE SOUZA FERREIRA FILHO; MARK HORRIDGE; USP, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: doha round; poverty; distributional effects; agriculture; trade

In this paper we extend previous results about how trade integration can affect poverty and income distribution in Brazil. To assess the impacts of a Doha Development Agenda (DDA) scenario on poverty and income distribution in Brazil, a computable general equilibrium model (CGE) of Brazil was used, linked to a micro-simulation (MS) model. This method was proposed by Ferreira Filho and Horridge, and guarantees consistency between both models. The model comprises 112, 055 Brazilian households and 263, 938 adults, distinguishing 42 activities, 52 commodities, and 27 regions. The Doha round is simulated with the aid of a modifi ed version of the GTAP model, and its impacts upon poverty and income distribution in Brazil analyzed. Results suggest that even a large shock like the one simulated would not greatly reduce poverty in Brazil, although the poorest households benefi t most.

The analysis was extended to look more carefully inside agriculture, splitting the households according to their working status (temporary workers, permanent workers, self-employed and employers), as well as according to their land ownership status (land less workers and farmers holding 5 land size farms).

Model results show an increase of 253, 066 new jobs in the agricultural activities. Most of it (197, 187) would be new jobs creation, or workers coming to agriculture from unemployment, and the other part (55, 882 workers) would be a net attraction of jobs from contracting industries. The job creation benefi ts the poor disproportionately: 57% of the new agricultural workers belong to the fi rst three lowest income classes (78% if only count the previously unemployed are considered). As a result of this job increase, total income increases by 3. 3% in agriculture as a whole, and almost half of this increase (1. 42%) is due to workers coming from unemployment and getting new jobs in agriculture.

The simulated DDA scenario, which was found to be poverty-reducing in previous work by the authors, is shown to also reduce poverty inside Brazilian agriculture. Despite the regional differences, all the players in agriculture seem to gain from the policy change. There are complex region/product/technology interactions to be taken into account, and no simple pattern emerges from the analysis.

Model results, then, contradict the notion that only landlords would gain from trade liberalization in the DDA agenda, an idea that became somewhat popular recently. The strong agricultural employment effect and the distribution of land ownership must be taken into account for this discussion

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SCD 040 - VANTAGENS COMPARATIVAS REVELADAS E ORIENTAÇÃO REGIONAL DA SOJA BRASILEIRA FRENTE A UNIÃO EUROPÉIA E AO FORO DE COOPERAÇÃO ECONÔMICA NA ÁSIA E NO PACIFÍCO (1992-2004). ADAYR DA SILVA ILHA; DANIEL ARRUDA CORONEL; FABIANO DUTRA ALVES; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA, SANTA MARIA, RS, BRASIL; Palavras-chave: Soja; Comércio Internacional; Blocos Econômicos

O trabalho tem como objetivo verifi car a competitividade da soja brasileira frente à União Européia e ao Foro de Cooperação Econômica na Ásia e no Pacífi co (APEC). Para tanto, faz-se uso dos Índices de Vantagens Comparativas Reveladas (IVCR) e do Índice de Orientação Regional (IOR). Os resultados mostram que o Brasil vem apresentando Vantagens Comparativas Reveladas no período analisado, e estas foram crescentes, à exceção de 1995, 1996, 1999 e 2003. As causas para estas quedas podem estar relacionadas à sobrevalorização cambial do período de 1995-1998 e variações nas exportações mundiais e brasileiras de soja. O resultado do IOR, para a União Européia, indica que as exportações estão orientadas para o bloco, embora esse índice venha caindo ao longo do período analisado, as exportações de soja para o bloco vêm aumentando. Isso indica que as exportações de soja, para outros mercados, estão crescendo proporcionalmente mais do que para a União Européia. Já o IOR para a APEC indicou que as exportações estão orientadas extra-APEC, embora países como a China e o Japão, que são membros do bloco, sejam hoje grandes importadores da soja brasileira.

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SCD 041 - EXTRATIVISMO EM SERGIPE: A VULNERABILIDADE DE UM MODO DE VIDA?DALVA MARIA MOTA; EMANUEL OLIVEIRA PEREIRA; INCRA, ARACAJU, SE, BRASIL; Palavras-chave: Populações Tradicionais ; Extrativismo; Desenvolvimento Sustentável; Sergipe; Modo de vida

Este artigo discute como as mudanças na estrutura produtiva das áreas litorâneas do Estado de Sergipe infl uenciam o modo de vida das populações tradicionais, cujas bases econômicas estão centradas na agricultura de subsistência, pesca artesanal, artesanato e extrativismo de produtos vegetais e animais. A valorização do solo, a especulação imobiliária e a conseqüente degradação das áreas de restinga e manguezal, advindas com as atividades turísticas, a expansão urbana e a carcinicultura, representam ameaças para essas populações e suas estratégias de reprodução social fortementes vinculadas ao meio ambiente e, por isso, vulneráveis. Ainda discute-se aqui, a necessidade da intervenção pública visando assegurar o acesso das populações tradicionais aos recursos naturais necessários à garantia da sua sobrevivência.

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SCD 042 - MOVIMENTO RECENTE DA AGRICULTURA FAMILIAR. MAURO EDUARDO DEL GROSSI; JOSÉ GRAZIANO DA SILVA; UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, BRASÍLIA, DF, BRASIL; Palavras-chave: AGRICULTURA FAMILIAR; PLURIATIVIDADE; NOVO RURAL; DESENVOLVIMENTO RURAL; REGIÃO NORTE

Este trabalho apresenta as informações mais recentes sobre as famílias ligadas a agricultura, especialmente sobre as famílias ligadas a agricultura familiar. Observou-se um forte crescimento destas famílias com residência urbana. As rendas não-agrícolas continuam a ter um papel fundamental na composição da renda das famílias rurais, juntamente com as transferências de renda. Por fi m, pela primeira vez, as populações das áreas rurais do Norte do País foram abrangidas pela PNAD em 2004, e os resultados também expressam a presença da pluriatividade nesta região.

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SCD 043 - AVALIANDO A INTENSIDADE DA MODERNIZAÇÃO DA AGROPECUÁRIA GAÚCHA: UMA APLICAÇÃO DE ANÁLISE FATORIAL E CLUSTER. MARLON VIDAL PAZ; CLAILTON ATAÍDES DE FREITAS ATAÍDES FREITAS; DANIELI SCALCON NICOLA; UFSM, SANTA MARIA, RS, BRASIL; Palavras-chave: modernização agropecuária; nível tecnlógico; análise estatística multivariada; Rio Grande do Sul; políticas públicas

O processo de modernização da agricultura brasileira, até a abertura da economia a partir de 1990, teve forte participação do Estado através das políticas agrícolas. Contudo, nem todas as regiões foram benefi ciadas de forma homogênea com o grande avanço tecnológico observado na agropecuária brasileira. Aquelas regiões que tiveram a exploração de produtos mais dinâmicos em termos de competitividade internacional, (soja, açúcar, carnes suco de laranja), ou que se especializaram na exploração de produto agrícola com grande mercado interno, que é justamente o caso do arroz irrigado no Rio Grande do Sul. conseguiram, especialmente, a partir dos anos 70, maior dinamismo econômico. O tratamento formal dos dados através de duas ferramentas da estatística multivariada evidenciou que os municípios de maior nível de desenvolvimento tecnológico na agricultura Estado do Rio Grande do Sul foram aqueles vinculados à utilização da irrigação associada com o uso intensivo da mão-de-obra, ou alta relação capital/trabalho. No Rio Grande do Sul a quase totalidade das áreas irrigadas é destinada ao cultivo do arroz, por essa razão, fi guram como os municípios mais desenvolvidos, em especial, os da Fronteira Oeste do Estado. Ao passo que os municípios de agricultura tecnologicamente menos desenvolvidos são, justamente, aqueles que utilizam a mão-de-obra de forma mais extensiva e baixa intensidade do uso de adubos, corretivos e assistência técnica. Esses municípios estão localizados em grande parte na Região Noroeste do estado, próxima à divisa com Santa Catarina.

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SCD 044 - GESTÃO DO TURISMO NO ESPAÇO RURAL. MARIA CRISTINA ANGÉLICO DE MENDONÇA; MÁRIO OTÁVIO BATALHA; UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS, LAVRAS, MG, BRASIL; Palavras-chave: turismo; rural; gestão; integração; desenvolvimento

RESUMO: O turismo no espaço rural é uma atividade que está em evidencia e se mostrando cada vez mais promissora em várias regiões do Brasil. A região de Bonito, Mato Grosso do Sul, é uma das regiões que está sobressaindo nesta atividade, com a preocupação de atender às exigências de qualidade e a um custo que o consumidor possa e esteja disposto a pagar. Assim, o presente artigo tem o interesse de apresentar informações sobre a gestão do potencial cluster turístico com ênfase rural em Bonito, MS que são: o processo de gestão do turismo tem sido conduzido de forma integrada envolvendo os territórios urbano e rural em um território turístico e ofertando o produto turístico Bonito. Existe um inventário turístico, o envolvimento de todos os setores e seus segmentos, existe coordenação, o respeito ao papel de cada um e existem regras. A integração entre os agentes pôde ser percebida nas ações empreendidas por eles de forma cooperativa e sob coordenação. O resultado da gestão do turismo no espaço rural em Bonito tem sido a estratégia do tipo competitiva, o nascimento do cluster e o crescimento do município. No entanto, em relação ao desenvolvimento e sustentabilidade, existem pontos falhos. Primeiro porque não existe um estudo direcionado para medir tais resultados e, além disso, as informações a respeito das variáveis social e cultural, na percepção dos entrevistados foram identifi cadas como negativas.

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SCD 045 - MODERNIZAÇÃO AGRÍCOLA E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO: REAVALIANDO OS MODELOS DE SCHULTZ E PAIVA. LEONARDO XAVIER DA SILVA; ANA MONTEIRO COSTA; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: agricultura; crescimento; desenvolvimento econômico; insumos de alto rendimento; dualismo tecnológico

Este artigo teve como objetivo analisar a visão neoclássica do desenvolvimento econômico a partir da modernização agrícola, particularmente, para os países em desenvolvimento. Para isso, teve-se como fonte teórico-empírica de análise as abordagens de Schultz e Paiva para o crescimento da agricultura. Constatou-se que, mesmo após anos de apresentação e discussão dos modelos apresentados por esses dois autores, os mesmos permanecem carentes de uma revisão crítica, tendo em vista que suas análises não perderam espaço, tanto no campo de política agrícola e econômica, quanto na realidade dos países em desenvolvimento. Assim, fez-se uma leitura dos escritos desses autores, além de seus críticos. Segundo Schultz, pela análise dos insumos de alto rendimento na agricultura poder-se-ia promover o crescimento de um país. Contudo, essa visão admitia o princípio da racionalidade plena para os agricultores e, logo, desconsiderava os legados da antropologia para a tomada de decisão desses agentes. Paiva apresentou a idéia de manter um setor agrícola moderno e um tradicional, pois o setor não-rural seria incapaz de absorver toda a produção, o que empobreceria o meio rural. Esta interpretação desconsiderou o equilíbrio geral da economia e a possibilidade de absorção da produção pelo mercado externo. Na prática, variáveis exógenas, como a intervenção dos governos no mercado e os conseqüentes efeitos sobre o comércio de bens agrícolas e sobre a renda daqueles que vivem no meio rural, não permitiram averiguar sobre a validade ou não das interpretações desses autores, inspiradas na hipótese neoclássica de mercados perfeitamente competitivos.

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SCD 046 - O NOVO RURAL: TEORIA E ESTUDO DE CASO. EDNALDO MICHELLON; TANIA IZELLI GIMENES; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGá, MARINGÁ, PR, BRASIL; Palavras-chave: Novo Rural; Turismo rural; Fazenda Ubatuba; Apucarana; Paraná

As constantes transformações que vêm se observando no ambiente rural, nos últimos cinqüenta anos, na esteira da modernização agrícola, contribuíram para uma elevação da produção e ao mesmo tempo para o desemprego no campo, levando assim, milhões de trabalhadores rurais a se deslocarem para as grandes cidades, em busca de empregos e melhores condições de vida. É neste ritmo das transformações das relações sociais, econômicas e de trabalho, que surge o que vêm sendo chamado de Novo Rural Brasileiro, onde o campo passa a ser utilizado para novas ocupações agrícolas e não-agrícolas, alterando o modo de vida rural. Nesse sentido, tem-se ampliado o turismo rural, que é o objeto deste trabalho. Ele foi desenvolvido com base em revisão de literatura, e também foi realizado um estudo de caso no Hotel Fazenda Ubatuba. Concluiu-se que os proprietários tomaram as medidas corretas quanto à forma de preservação do patrimônio construído e que, além de ganhos fi nanceiros, tal decisão trouxe ganhos para a história da família.

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SCD 047 - HABILIDADES E COMPETÊNCIAS DOS ADMINISTRADORES DA COOPERATIVA MISTA DOS PRODUTORES RURAIS DO SUDESTE GOIANO. MILTON BERNARDES FERREIRA; MARCIO ROBERTO PALHARES NAMI; ANA ALICE VILAS BOAS; UFRRJ, SEROPÉDICA, RJ, BULGáRIA; Palavras-chave: ADMINISTRAÇÃO; GESTÃO; COOPERATIVISMO; AGRONEGÓCIO; RURALIDADES

Resumo: A complexidade das transformações geradas neste início de século aponta para a tomada de ações inovadoras e para a necessidade de novas habilidades e competências para os gestores nos diversos setores da economia. Por isso, o cooperativismo pode ser visto como um exemplo, se não para solucionar, pelo menos amenizar problemas do setor produtivo agropecuário, dando mais segurança e tranqüilidade aos produtores. Assim sendo, o sucesso do cooperativismo demanda profi ssionais competentes e capacitados para se estabelecer como uma alternativa de desenvolvimento sócio-econômico. Portanto, este estudo visa identifi car as habilidades e competências dos administradores de cooperativas e compará-las às habilidades dos administradores apontadas por uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Administração – CFA, que teve como público alvo administradores de empresas do setor industrial, comercial e de serviços. Para tanto, foi realizada uma pesquisa, através da aplicação de um questionário e entrevistas informais, junto às pessoas que possuem poder de decisão dentro da Cooperativa Mista dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano Ltda – COMIGO. O que permitiu identifi car o perfi l dos mesmos, descrever as suas principais habilidades e competências e depois realizar a comparação citada através do uso do Teste Qui-quadrado. Como resultado, observou-se que relacionamento pessoal, capacidade de assumir risco, motivação pessoal, capacidade de negociação, honestidade, tomada de decisão e responsabilidade foram as habilidades que apresentaram os maiores escores no teste Qui-quadrado, mostrando que estas variáveis são mais importantes para os administradores da COMIGO, do que para os administradores de empresas comerciais e industriais pesquisados pelo CFA. Em suma, pode-se afi rmar que o administrador competente deve ter capacidade de assumir riscos, mesmo atuando em uma cooperativa. Assim sendo, a motivação pessoal e profi ssional para superar estes riscos e a habilidade de negociação também devem estar presentes na bagagem dos administradores efi cazes.

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SCD 048 - ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS EM ESPAÇOS RURAIS DO NORDESTE: O CASO DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ASSU-MOSSORÓ (RN). EMANOEL MARCIO NUNES MÁRCIO NUNES; SERGIO SCNHEIDER SCHNEIDER; EDUARDO ERNESTO FILIPPI; MÁRCIO ANTONIO MELLO; UERN / (PGDR-UFRGS), PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: Arranjos Produtivos; Instituições; Atores Sociais; Agricultura Familiar; Desenvolvimento

Este trabalho tem como fi nalidade apresentar evidências teóricas e empíricas acerca da agricultura familiar, de suas estratégias e de sua reconfi guração no espaço rural do Pólo de Desenvolvimento Integrado Assu-Mossoró (RN). Além disso, pretende mostrar as relações funcionais em um contexto regional mais amplo no qual se inserem, a partir da lógica do desenvolvimento endógeno, arranjos produtivos locais, tendo em vista as transformações e impactos resultantes da globalização e de processos de localização. Baseando-se em princípios da Nova Economia Institucional e em interpretações de autores que tratam da reestruturação capitalista da agricultura e das estratégias de reprodução social e econômica adotadas pela agricultura familiar, o objetivo aqui é demonstrar, em seu alcance, qual direção vem tomando o desenvolvimento rural do Pólo Assu-Mossoró e quais os caminhos e as formas de reação praticadas por parte dos agricultores familiares frente aos impactos da globalização. E, neste contexto, busca-se ainda compreender o papel das instituições e a ação do Estado.

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SCD 049 - CONTRACTING UNDER WEAK. DECIO -- ZYLBERSZTAJN; CLÁUDIO PINHEIRO MACHADO FILHO; USP, SÃO PAULO, SP, BRASIL; Palavras-chave: direitos de propriedade; sementes; gmo; custos de transação; informalidade

Abstract: After many years of debate, in 2005 Brazilian environmentalists, religious groups, scientists, farmers and seed companies reached an agreement on the rules for biotechnology research in general and of genetic modifi ed crops in particular. While the debate at the two houses of congress was carried, Brazilian soybean growers have already adopted genetic modifi ed soybean varieties since 1999 especially in the state of Rio Grande do Sul. Long lasting discussions in the congress offered no solution to the question of the legality of the adoption of GMO seeds particularly the cost saving technology owned by MONSANTO. Most farmers have taken the decision to buy uncertifi ed seeds in the shadow market originated from Argentina creating a de facto situation where the illegal use of proprietary technology was predominant. Since Brazil recognizes property rights of plant varieties as well as of utility patents, in case of adoption the legal owner has the right to collect royalties. However how to harvest the rights if the transaction was carried in the shadow market? How to write contracts to bound transactions in the absence of law? The focus of this paper is the description of the institutional arrangement designed to collect royalties in a situation of weak property rights. The paper describes how a private solution has been designed, however at a higher transaction cost.

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SCD 050 - A EXACERBAÇÃO ROMÂNTICA NA PESQUISA SOCIAL E A ANÁLISE DA MIGRAÇÃO CAMPO-CIDADE EM PERNAMBUCO NO SÉCULO XX. JACQUES RIBEMBOIM; FRANCISCO GILVAN LIMA MOREIRA; UFRPE, RECIFE, PE, BRASIL; Palavras-chave: migração; êxodo rural; retirantes; Pernambuco; população

A migração campo-cidade ainda é reconhecida por muitos como o resultado inequívoco da deterioração social e ambiental no meio rural decorrentes da reordenação latifundiária ou, no Nordeste brasileiro, do advento das Secas. Sem alternativas, as famílias são obrigadas a migrar. Os cientistas sociais não raro aludem ao fenômeno do “êxodo rural” para caracterizar a perene e volumosa transferência do homem do interior para a cidade grande. Contudo, uma investigação mais acurada levanta contestações à esta hipótese como explicação para a urbanização acelerada do país no século XX. Embora menos romântico que a primeira explicativa, as famílias decidem migrar para melhorar de vida. Enxergam a cidade como alternativa para escapar da pobreza atávica de seu meio. Não se trata de um expulsionismo determinista, mas um atrativismo possibilista o que prepondera a médio e longo prazo. Neste sentido, procura-se enfocar a questão durante a segunda metade do século XX, aplicada a Pernambuco, tomando-o como emblemático para outros estados brasileiros, inclusive para a migração inter-regional. Como será demonstrado, muito embora a imagem do retirante da seca ainda se constitua a típica representação do homem migrante nordestino - ao encontro do imaginário urbano-burguês – são a roda do trem, o chão da fábrica, o emprego doméstico, as luzes da cidade, as economias de aglomeração urbana, os determinantes principais da mudança de contingentes populacionais tão grandes.

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SCD 051 - POLÍTICAS TRABALHISTA, FUNDIÁRIA E DE CRÉDITO AGRÍCOLA E POBREZA NO BRASIL. GERVÁSIO CASTRO REZENDE; UERJ E IPEA, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL; Palavras-chave: Pobreza no Brasil; Política trabalhista; Política fundiária; Política de crédito agrícola; Mecanização

Este trabalho discute as causas do padrão concentrador do desenvolvimento agrícola brasileiro recente, expresso no predomínio da produção em grande escala, elevado índice de mecanização e baixa absorção de mão de obra não qualifi cada. Cita, inicialmente, a existência de duas posições antagônicas que procuram explicar esse fato: uma, que culpa a herança latifundiária de nossa agricultura, e a outra, que vê nisso um determinismo tecnológico, não havendo, assim, possibilidade de atuar sobre esse problema sem incorrer numa perda de efi ciência econômica. Este trabalho, contudo, atribui às políticas trabalhista agrícola, fundiária e de crédito agrícola, instituídas na década de 1960, a responsabilidade maior por esse problema. Conforme a análise apresentada, essas políticas inviabilizaram o mercado de trabalho agrícola temporário e a agricultura familiar, ao mesmo tempo em que fomentaram a mecanização agrícola e o predomínio da produção em grande escala. O trabalho termina propondo uma desregulamentação dos mercados de trabalho e de terra na agricultura brasileira, assim como uma redução drástica do subsídio ao crédito rural.

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SCD 052 - A PLURIATIVIDADE NO NORDESTE E NO SUL DO BRASIL. CARLOS ALVES NASCIMENTO; UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA, UBERLÂNDIA, MG, BRASIL; Palavras-chave: Pluriatividade; Famílias rurais; Agricultura familiar; Atividade agrícola; Atividade não agrícola

Apoiado nos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios o artigo procura contribuir com o debate sobre a pluriatividade mostrando que, no Brasil, o número de famílias rurais pluriativas tende a crescer em regiões pobres (caso do Nordeste), ao contrário do que ocorre em regiões que passaram por processos de modernização tecnológica na agricultura e de industrialização difusa confi gurando uma rede urbana mais dinâmica (caso da região Sul). Por esta razão, ao contrário do que se poderia pensar, o crescimento da pluriatividade em áreas rurais de uma determinada região acha-se associado muito mais à presença de entornos pobres do que à existência de entornos com melhores oportunidades de ocupação não agrícola. No Nordeste a pluriatividade entre as famílias conta-próprias pobres não consegue reverter a combinação ‘proletarização com empobrecimento’ em ‘proletarização com superação do empobrecimento’. No Sul as famílias de conta-próprias agrícolas e pluriativas estão se proletarizando completamente ao se converterem, ano a ano, em famílias assalariadas agrícolas ou não agrícolas.

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SCD 053 - (RE)NEGOCIAÇÕES DAS DÍVIDAS AGRÍCOLAS. JOSÉ GRAZIANO DA SILVA; MAURO EDUARDO DEL GROSSI; ERICK BRIGANTE DEL PORTO; FAO, SANTIAGO, CHILE; Palavras-chave: DÍVIDAS AGRÍCOLAS; CRÉDITO RURAL; SISTEMA FINANCEIRO; GASTOS PÚBLICOS; ORÇAMENTO GOVERNO

Nas últimas duas décadas, especialmente após a drástica redução do crédito rural subsidiado dos anos 70, observa-se um ciclo decenal de grandes reivindicações por parte dos produtores agrícolas para equacionamento de suas dívidas com o sistema fi nanceiro. Em geral, esse movimento tem sido seguido pela adoção de amplas medidas por parte do governo federal, com a repactuação destas dívidas em melhores condições, além de alongar seus prazos. Somente nos anos 90, entre outras medidas, ocorreram dois grandes programas de renegociação (Securitização e PESA), com a transferência do risco para a União. Via de regra, o gasto para a rolagem dessas dívidas tem sido maior que os gastos, por exemplo, com Pesquisa Agropecuária ou Reforma Agrária. A despeito das condições vantajosas das renegociações mencionadas, os indicadores de gestão desses programas indicam um elevado índice de inadimplência, mesmo nos anos de crescimento da renda agrícola, o que implica em uma série de conseqüências negativas para o sistema nacional de crédito rural. A partir de 2005, a questão voltou à cena política e merece maior atenção por parte dos estudiosos da área.

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SCD 054 - A PARTICIPAÇÃO DO AGRONEGÓCIO NO PIB BRASILEIRO: CONTROVÉRSIAS CONCEITUAIS E PROPOSTAS METODOLÓGICAS. MAURO VIRGINO DE SENA E SILVA; MAURO VIRGINO DE SENA E SILVA; MARCELO JOSE BRAGA NONNENBERG; IPEA, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL; Palavras-chave: Agronegócio; PIB; Mensuração; nova proposta; metodologia

O objetivo do presente trabalho é apresentar uma análise da dimensão econômica do agronegócio no Brasil tomando como referência o tamanho de seu PIB. Para tanto, buscou-se discutir e comparar as diversas metodologias existentes para a mensuração do PIB do agronegócio, ressaltando as difi culdades em fazê-lo e as possíveis limitações presentes nas atuais estimativas. Finalmente, propõe-se uma nova metodologia de cálculo da participação do PIB do agronegócio na economia brasileira. Mostrou-se que a forma mais comumente utilizada para quantifi car a participação do PIB do agronegócio no PIB total é através da adição ao PIB da agropecuária de todo o valor adicionado das atividades industriais a jusante agropecuária e de parcela do valor adicionado das indústrias fornecedoras de insumos à agropecuária e do setor de serviços e distribuição. Em linhas gerais, esse foi o método presente em Furtuoso (1998), Guilhoto et al. (2000), Furtuoso & Guilhoto (2003) e IICA (2003). Seguindo metodologia bastante próxima à proposta pelo Banco Mundial (2005), o presente estudo propõe adicionar ao PIB da agropecuária não todo o valor adicionado das atividades a jusante da agropecuária, mas apenas uma parcela do valor adicionado dessas atividades com base no seu grau de dependência em relação à atividade agropecuária. Como resultado, para o ano de 2003, a participação do agronegócio no PIB brasileiro foi de 20, 3% utilizando-se a metodologia proposta pelo presente estudo e de 30, 6% utilizando-se a proposta de Guilhoto et al. (2000).

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SCD 055 - O ARRENDAMENTO DE TERRAS NO BRASIL: UMA ABORDAGEM REGIONAL. PATRÍCIA JOSÉ ALMEIDA; JOSÉ MARIA SILVEIRA; ANTONIO MARCIO BUAINAIN; UNICAMP, CAMPINAS, SP, BRASIL; Palavras-chave: Arrendamento de Terras; Relações Contratuais; Políticas Públicas; Pobreza Rural; Desenvolvimento Regional

Sabe-se da presença histórica do arrendamento no Brasil, entretanto, seu desenvolvimento como forma de acesso à terra por parte de pequenos produtores sem ou com pouca terra para produzir, continua sendo o maior desafi o para os formuladores de Políticas Públicas, particularmente, das políticas de redução da pobreza rural. A experiência de vários países (Índia, México, por exemplo) indica que o desajuste entre a demanda e a disponibilidade de terras ociosas foi parcialmente reduzido por meio de diversos instrumentos de cessão do uso da terra (arrendamento, parceria). O objetivo central deste trabalho é fazer uma análise da distribuição e da dinâmica do arrendamento de terras no país. Especifi camente, pretende-se traçar o perfi l do arrendatário presente nas cinco regiões do Brasil a fi m de buscar identifi car e analisar a dinâmica do arrendamento em cada uma delas. Parte-se da hipótese de que o arrendamento no país caracteriza-se pela presença de basicamente dois tipos de produtores: pequeno arrendatário e arrendatário capitalista. Admite-se que o modo de inserção do produtor no mercado de arrendamento, o acesso aos demais mercados (serviços de assistência técnica, comercialização, fi nanceiro, etc. ), a qualifi cação e a experiência do arrendatário, o nível de riqueza, o poder de barganha (negociação) estão fortemente vinculados ao seu desempenho e à própria dinâmica do arrendamento de terras na região. Todavia, o problema central permanece: por que o arrendamento de terras no Brasil ainda é um fenômeno localizado, e, cada vez mais, restrito aos produtores mais capitalizados e qualifi cados? Os proprietários não estariam interessados em correr riscos relacionados aos contratos com garantias precárias? Quais são os estímulos e os desestímulos para os arrendatários? Os dados dos Censos Agropecuários, sobretudo, de 1995-6, valer-nos-á no levantamento de informações quantitativas; e, os textos, livros, revistas pertinentes ao assunto, na parte qualitativa.

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SCD 056 - VULNERABILIDADE ALIMENTAR E POBREZA DOMICILIAR: CASO DE SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA - RJ. LAVÍNIA DAVIS PESSANHA; PAULO VICENTE MITCHELL; ENCE/IBGE, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL; Palavras-chave: pobreza; insegurança alimentar; vulnerabilidade alimentar; políticas públicas; renda domiciliar

O artigo apresenta os resultados da Pesquisa sobre Segurança Alimentar e Domiciliar – PESAD, realizada através de amostra representativa da área urbana do distrito sede do município fl uminense de Santo Antônio de Pádua, em 2004. A vulnerabilidade alimentar foi considerada o não-atendimento completo das necessidades de acesso aos alimentos nos domicílios, decorrente da falta de dinheiro, sendo tratada como sendo a resposta afi rmativa às seguintes questões: a preocupação com a falta de alimento; a redução da variedade; a queda na qualidade, ou na quantidade; a redução do número de refeições, ou número de pessoas que se alimentam; ou a vivência de passar fome. A pesquisa pretendeu identifi car também as estratégias adotadas pelos moradores para evitar a vulnerabilidade alimentar: a alimentação habitual de morador fora do domicílio; o consumo de alimentos oriundos de produção própria regular; a existência de morador benefi ciário de programa social; e o recebimento de doação de alimentos. O artigo descreve o perfi l dos domicílios e dos moradores atingidos pela vulnerabilidade alimentar e conclui que a vulnerabilidade alimentar afeta 56, 3% dos domicílios de baixa renda do município, particularmente aquelas com renda inferior a meio salário mínimo per capita.

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SCD 057 - REFORMA AGRÁRIA E DESENVOLVIMENTO RURAL NO NORDESTE: A EXPERIÊNCIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE. EMANOEL MARCIO NUNES MÁRCIO NUNES; KARLA DA SILVA QUEIROZ; CARLOS ADALBERTO MIELITZ; KALIANNE FREIRE GODEIRO; UERN/PGDR-UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: Reforma agrária; desenvolvimento rural; agricultura familiar; Localização; Globalização

O presente trabalho tem como objetivo apresentar evidências teóricas e empíricas acerca da experiência de reforma agrária e do desenvolvimento no espaço rural do estado do Rio Grande do Norte. Além disso, cabe demonstrar como se dão as relações funcionais em um contexto mais amplo no qual assentamentos rurais e comunidades locais se inserem em mercados, tendo em vista as transformações e impactos resultantes da globalização. À luz das contribuições dos clássicos brasileiros dos anos 1950 e de autores recentes nos anos 1980 e 1990 acerca do debate brasileiro da necessidade da reforma agrária, o objetivo aqui é demonstrar, em seu alcance, qual a contribuição da experiência da reforma agrária desenvolvida no estado do Rio Grande do Norte para a discussão em torno do desenvolvimento rural e local, e quais suas formas de reação e reconfi guração frente aos impactos da globalização neste contexto.

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SCD 058 - ESTUDO DA COMPETITIVIDADE DA CADEIA PRODUTIVA APÍCOLA DE SANTA CATARINA: ÊNFASE NA ANÁLISE DA DINÂMICA COMPETITIVA DO SEGMENTO PRODUTOR E PROCESSADOR DA CADEIA. CÍNTIA MAÍSA BENDER; LAÉRCIO BARBOSA PEREIRA; JOSÉ PAULO DE SOUZA; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, FLORIANÓPOLIS, SC, BRASIL; Palavras-chave: cadeia produtiva agroindustrial; cadeia apícola; cadeia agroindustrial; competitividade agroindustrial; cadeia produtiva

No presente artigo estudam-se as principais características da cadeia apícola de Santa Catarina, Estado que ocupa o segundo lugar na produção nacional de mel. Observou-se que esta cadeia possui características naturais favoráveis à produção apícola, e que houve avanços signifi cativos dos agentes em busca de maior qualidade dos produtos e incremento da produtividade, com destaque para o aumento de cursos e treinamentos para os apicultores, visando o manejo mais adequado; esforços para o aumento da interação entre os diferentes segmentos que compõe a cadeia; e utilização de equipamentos, máquinas e embalagens mais apropriados. No entanto, ainda existem vários gargalos, como o manejo inadequado na produção, grande dependência do mercado externo, demanda interna insufi ciente, fi nanciamento inadequado, carência de pesquisas sobre fl ora apícola e genética das abelhas visando o aumento da produtividade, entre outros. No âmbito das transações, destaca-se a governança via mercado na cadeia, e um esforço para o aumento da interação e cooperação na produção de mel orgânico.

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SCD 059 - TENDÊNCIA DAS ESTRUTURAS DE MERCADO A MONTANTE E A JUSANTE DA AGRICULTURA BRASILEIRA NO PERÍODO DE 1990 A 2002. ALBERTO SILVA DUTRA; MARCO ANTONIO MONTOYA; RÉGIS RATHMANN; ANTONIO DOMINGOS PADULA; ; UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: agronegócio; estruturas de mercado; conduta; desempenho; fi rma

Considerando que as estruturas de mercado determinam a conduta e o desempenho da empresa, este trabalho tem como objetivo caracterizar as estruturas de mercado dos setores a montante e a jusante da agricultura brasileira, no período de 1990 a 2002. Para isso, foram mensurados índices de concentração e desigualdade com base na receita operacional líquida das empresas. Apesar da abertura econômica ocorrida no Brasil nos anos 90, verifi cou-se que os índices de concentração e desigualdade no período aumentaram. A mobilidade da posição relativa das empresas que apresentam as maiores receitas operacionais líquidas mostrou que, por um lado, houve apenas uma alternância quanto às primeiras posições e por outro, que as novas empresas que fi guram no ranking das maiores, na maioria dos casos, são resultado de fusões e aquisições de grandes multinacionais presentes no mercado brasileiro, que já fi guravam entre as maiores empresas antes mesmo da realização destas operações. Portanto, conclui-se que existe uma inequívoca tendência oligopolista geral nos mercados com os quais negocia o produtor rural, cabendo apenas uma distinção entre oligopólios concentrados, diferenciados ou competitivos.

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SCD 060 - EXIGÊNCIAS DOS CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO PARA AQUISIÇÃO DE FLV: UMA COMPARAÇÃO ENTRE A TEORIA E ALGUNS CASOS ESTUDADOS. MARCOS HIDEYUKI YOKOYAMA; ANDREA LAGO DA SILVA; ANA ELISA BRESSAN SMITH LOURENZANI; UFSCAR, SÃO CARLOS, SP, BRASIL; Palavras-chave: CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO; CADEIA; PRODUTOR RURAL; EXIGÊNCIA; FLV

Nas últimas décadas, o mercado varejista nacional tem passado por um processo de concentração caracterizado por fusões e aquisições de empresas supermercadistas. Acompanhando estas mudanças, a distribuição de Frutas, Legumes e Verduras (FLV) no Brasil – que é realizada principalmente através das grandes redes varejistas e dos atacadistas da CEASA – vêm apresentando novas exigências de produto, de processos e de relações inter-organizacionais. Estas exigências estão relacionadas principalmente com a busca pela efi ciência na comercialização e vêm provocando a exclusão de pequenos produtores rurais no acesso aos canais de distribuição devido à incapacidade de atendê-las. Neste contexto, o presente artigo busca verifi car a existência de iniciativas que possibilitem o aumento de vendas e mecanismos que auxiliem o produtor na tomada de decisão do quê, como, quando e para quem produzir, para que estes estejam inseridos no mercado. Desta forma, este trabalho traz informações a respeito dos pontos que envolvem a comercialização de FLV e identifi ca alguns indicadores que possam ajudar os produtores rurais na tomada de decisões gerenciais.

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SCD 061 - COMÉRCIO JUSTO E SOLIDÁRIO EM TERRITÓRIO KALUNGA. ANA LÚCIA EDUARDO FARAH VALENTE; BRENO ARAGÃO TIBURCIO; UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, BRASÍLIA, DF, BRASIL; Palavras-chave: Território Kalunga; Alternativa de renda; Comércio Justo e Solidário

Apresentam-se os principais resultados e discussões de dissertação de mestrado, cujo objeto é a experiência desenvolvida no empreendimento Kalunga Mercado Justo (KMJ), município de Cavalcante (GO), considerando-o, metodologicamente, como manifestação singular da conformação atual da sociedade capitalista. Com base em estudo de caso, na construção do objeto perseguiram-se os seguintes objetivos: compreender o surgimento, a evolução e os princípios do movimento de comércio justo; conhecer a estratégia utilizada pelo empreendimento KMJ, para prática do comércio justo; compreender de que maneira os quilombolas do Território Kalunga estão inseridos nessa alternativa comercial; identifi car as potencialidades e as difi culdades de inserção dos produtos quilombolas no comércio justo; verifi car a diferença de renda entre os quilombolas parceiros e os não parceiros do empreendimento. Dentre os resultados, destacam-se: a) os kalungas encontram-se abaixo da linha da pobreza e alguns abaixo da linha de indigência; b) há a necessidade de serem encontradas alternativas de geração de renda para a sobrevivência comunitária; c) o KJM é um empreendimento voltado para a economia de mercado e está longe de se constituir numa experiência de comércio justo ou comércio ético e solidário; d) o KJM proporciona uma alternativa para a comercialização dos produtos kalungas e a relação estabelecida com o empreendimento garante um incremento signifi cativo na renda familiar; e) o desafi o para a construção de uma nova forma de organizar a produção, a distribuição e o consumo de bens socialmente produzidos, e o exercício de experiências alternativas pode ser enfrentados pelos kalungas, desde que contem com o apoio de políticas públicas que, mesmo universais, não percam de vista as características singulares do grupo étnico.

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SCD 062 - A ECONOMIA SOLIDÁRIA PARA ALÉM DO TRABALHO E DA PRODUÇÃO. ARTHUR YAMAMOTO; UFC, FORTALEZA, CE, BRASIL; Palavras-chave: ADAO; economia solidária; mercado; agricultura orgânica; consumidor

Estudos recentes sobre a economia solidária privilegiam o enfoque nos processos de produção e nas relações de trabalho, pouco se atendo aos vínculos dos empreendimentos com o mercado (comercialização da produção ou de serviços). O presente trabalho apresenta uma experiência protagonizada por agricultores de produtos orgânicos e consumidores urbanos do Ceará, organizados numa mesma associação (ADAO), proporcionando rico material para refl exão sobre os diversos aspectos dessa relação, com amplas possibilidades para discussão sobre produção e mercado solidários, políticas públicas, relações urbano-rural, agricultura familiar e desenvolvimento sustentável e agroecologia.

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SCD 063 - EFICIÊNCIA COMBINADA DOS FATORES DE PRODUÇÃO: APLICAÇÃO DE ANÁLISE ENVOLTÓRIA DE DADOS (DEA) À PRODUÇÃO LEITEIRA. MARCELO ALVARO DA SILVA MACEDO; MARINÊS STEFFANELLO; CARLOS AUGUSTO DE OLIVEIRA; UFRURALRJ, SEROPÉDICA, RJ, BRASIL; Palavras-chave: EFICIÊNCIA; FATORES DE PRODUÇÃO; DEA; DESEMPENHO DE CONVERSÃO; PRODUÇÃO LEITEIRA

A avaliação da efi ciência do uso de insumos na produção de produtos é um dos mais importantes temas em gestão de qualquer negócio, pois é cada vez mais importante o combate a desperdícios num contexto de recursos escassos e alta competitividade. No agronegócio isto não poderia ser diferente. As empresas precisam cada vez mais se preocupar em quão efi cientes são seus processos na transformação de insumos em produtos. Neste sentido, este trabalho procura contribuir apresentando e discutindo uma metodologia de análise e avaliação do desempenho organizacional, através da utilização de Análise Envoltória de Dados (DEA) com base em informações de múltiplos inputs e outputs de 20 produtores de leite da região sudeste ao longo de quatro meses. Percebe-se que a metodologia proposta possui características multicriteriais que a tornam mais capaz de modelar a complexidade dos processos produtivos. Além disso, pode-se obter um ferramental de apoio gerencial baseado em benchmarking, que proporciona aos produtores a possibilidade de buscar a melhoria contínua de seus processos de transformação.

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SCD 064 - SISTEMAS DE PRODUÇÃO E CUSTOS NA PRODUÇÃO DE SOJA ORGÂNICA, CONVENCIONAL E TRANSGÊNICA. ARNO PAULO SCHMITZ; ELIANA MARIA KAMMER; UNIOESTE, FRANCISCO BELTRÃO, PR, BRASIL; Palavras-chave: sistemas de produção; soja; custos; sistemas agrários; gestão

A evolução tecnológica tem modifi cado as relações produtivas em diversas regiões produtivas da agricultura mundial, bem como brasileira. Dentre as regiões produtoras no Brasil, destaca-se a região sul e, mais especifi camente o sudoeste do estado do Paraná. Detalhadamente, os produtores da região são grandes produtores de grãos, avicultura e suinocultura integradas à agroindústria. Entretanto, são as novidades quanto a produção orgânica e transgênica que são objeto de dúvidas para os produtores. Boa parte destes tradicionalmente produz alguma área de soja em suas propriedades e, a grande questão é qual é a produção mais rentável em termos fi nanceiros (uma vez que a produção orgânica tem preços diferenciados no mercado). Além disso, a preocupação com os custos de produção tem sua própria razão de ser em virtude do desconhecimento prévio a respeito do sistema de produção a ser posto em prática; decorrente muitas vezes de informações gerais que não se aplicam às condições locais. Para análise deste problema, utilizou-se o método análise-diagnóstico de sistemas agrários abordando produtores que cultivam soja, seja orgânica, convencional ou transgênica. Os resultados conferem a agricultura familiar uma certa vantagem na produção convencional e orgânica (em virtude do domínio das técnicas produtivas e da diversifi cação produtiva – leite, aves, suínos, etc. ) e para produtores capitalistas o cultivo de transgênicos; contudo, a na produção transgênica incorre-se em custos muito superiores à produção orgânica e relativamente maiores que a produção convencional. Isto confere um risco muito maior a produtores transgênicos em caso de frustração de safra.

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SCD 065 - CANAIS QUE NÃO FUNCIONAM: O CASO DA CO-GERAÇÃO DE ENERGIA COM O USO DO BAGAÇO DE CANA. DIEGO MANGABEIRA DE JESUS; MARCOS FAVA NEVES; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, RIBEIRÃO PRETO, SP, BRASIL; Palavras-chave: Análise Swot; Setor Sucroalcooleiro; Energia; Bagaço de Cana; Tecnologia

O presente trabalho tem como objetivo geral estudar as razões que impedem o funcionamento do mercado do co-geração de energia com aproveitamento do bagaço da cana-de-açúcar no Brasil. Para tanto, essa intenção inicial se desdobra em objetivos específi cos: i) verifi car a importância e o uso do bagaço nas diferentes cadeias agroindustriais brasileiras; ii) estudar o funcionamento do mercado de energia no Brasil e a importância relativa da co-geração de energia com o uso do bagaço; iii) levantar os potenciais econômico, social e ambiental desta fonte de energia; iv) coletar dados sobre os projetos desta natureza no setor sucroalcooleiro brasileiro; e v) desenhar um mapa de potencialidades e fragilidades/ ameaças e oportunidades para este produto. A presente pesquisa tem caráter qualitativo exploratório, utilizando ferramentas como: levantamento de fontes secundárias e levantamento de experiências por meio de entrevistas em profundidade com especialistas do setor. As principais difi culdades encontradas para o desenvolvimento deste mercado: falta de uma política governamental clara de incentivo à produção de energia renovável proveniente do bagaço; concorrência com outras fontes de energia mais competitivas; contratos defasados não remunerando adequadamente a etapa de geração da energia; processo de crise e falência das distribuidoras; falta de capacidade técnica e gerencial por parte dos agentes do setor sucroalcooleiro para operar no mercado de energia. Uma conclusão parcial que pode ser obtida é a necessidade de ações conjuntas por todos os agentes deste sub-sistema produtivo para uma inserção real desta energia renovável na matriz energética brasileira.

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SCD 066 - PRÁTICAS DE GESTÃO DE CUSTOS NO AGRONEGÓCIO: UMA ABORDAGEM MULTIVARIADA. ANTÔNIO ANDRÉ CUNHA CALLADO; ALDO LEONARDO CUNHA CALLADO; MOISÉS ARAÚJO ALMEIDA; NEFI/PROPAD/UFPE, RECIFE, PE, BRASIL; Palavras-chave: GESTÃO AGROINDUSTRIAL; AGRONEGÓCIO; CUSTOS RURAIS; ECONOMIA REGIONAL; GESTÃO DE SETORES ESPECÍFICOS

O objetivo deste trabalho foi identifi car a estrutura e padrões de relações existentes entre as principais variáveis da gestão de custos em organizações agroindustriais paraibanas. Esta pesquisa foi realizada através da coleta de dados junto a vinte agroindústrias sediadas no Estado da Paraíba. A análise de agrupamentos e a análise fatorial foram os procedimentos utilizados. O núcleo do principal agrupamento é composto por variáveis relativas à estrutura e tamanho da organização. A capacidade instalada, o processo de registro, os formulários utilizados, o processo de estruturação dos custos e a freqüência da atualização dos dados referentes aos custos indicam que há uma relação baseada no grau de sofi sticação organizacional. Os resultados obtidos através da análise fatorial corroboram aos resultados gerados a partir da análise de agrupamentos.

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SCD 067 - INDICADORES DE DESEMPENHO NÃO-FINANCEIROS NO AGRONEGÓCIO: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO. ANTÔNIO ANDRÉ CUNHA CALLADO; ALDO LEONARDO CUNHA CALLADO; MOISÉS ARAÚJO ALMEIDA; NEFI/PROPAD/UFPE, RECIFE, PE, BRASIL; Palavras-chave: GESTÃO AGROINDUSTRIAL; AGRONEGÓCIO; AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO; INDICADORES NÃO-FINANCEIROS; ECONOMIA REGIONAL

Este trabalho busca identifi car a estrutura e padrões de relações existentes entre os principais indicadores de desempenho não-fi nanceiros no âmbito das organizações agroindustriais paraibanas. Para a realização dessa pesquisa foram analisadas 21 agroindústrias e investigadas 18 variáveis. O instrumento utilizado para a coleta de dados foi o questionário. Para atingir o objetivo proposto, foram utilizadas três abordagens metodológicas multivariadas complementares: a análise de agrupamentos, o escalonamento multidimensional e a análise fatorial. Os resultados apontaram evidências empíricas da existência de relações entre indicadores não-fi nanceiros a partir da identifi cação de três grupos distintos

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SCD 068 - UTILIZAÇÃO DE INDICADORES DE DESEMPENHO EM AGROINDÚSTRIAS PARAIBANAS. ANTÔNIO ANDRÉ CUNHA CALLADO; ALDO LEONARDO CUNHA CALLADO; MOISÉS ARAÚJO ALMEIDA; NEFI/PROPAD/UFPE, RECIFE, PE, BRASIL; Palavras-chave: GESTÃO AGROINDUSTRIAL; AGRONEGÓCIO; AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO; INDICADORES DE DESEMPENHO; ECONOMIA REGIONAL

A tomada de decisões dentro do âmbito empresarial consiste na escolha de uma opção dentre cursos alternativos que melhor se enquadre dentro de seus interesses. Este trabalho teve por objetivo identifi car a utilização de indicadores de desempenho nas agroindústrias paraibanas. A pesquisa envolveu um estudo empírico com 21 empresas do setor da agroindústria pertencentes a oito subatividades industriais. Foram analisadas as seguintes variáveis: o perfi l das empresas investigadas e a utilização das informações sobre mensuração de desempenho. O instrumento utilizado para a coleta de dados foi o questionário. E para a análise dos resultados foi utilizado o método da análise descritiva. Observou-se que não existe um perfi l dominante em relação ao tempo de atividade no mercado. Quanto ao porte das empresas, identifi cou-se um percentual representativo de micro e pequenas empresas. Constatou-se que além de adotarem estratégias de diversifi cação na fabricação dos produtos, as empresas exploram outros mercados além de seus mercados locais. Foi levantado que 52, 4% das empresas investigadas utilizam algum tipo de sistema de medição de desempenho e que 47, 6% não utilizam nenhum sistema. Os indicadores fi nanceiros e os não-fi nanceiros são utilizados em 61, % das empresas investigadas. Dentre os indicadores fi nanceiros mais utilizados foram destacados o custo unitário e o preço de venda, e dentre os indicadores não-fi nanceiros mais utilizados são destacados a qualidade dos produtos e a participação das empresas nos mercados em que elas participam.

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SCD 069 - ANÁLISE DAS LIBERAÇÕES DOS RECURSOS DO PRONAF – DESCENTRALIZAÇÃO DAS APLICAÇÕES DO CRÉDITO RURAL?JÂNIA MARIA PINHO SOUSA JÂNIA SOUSA; AIRTON SABOYA VALENTE JÚNIOR; BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S. A., FORTALEZA, CE, BRASIL; Palavras-chave: PRONAF; agricultura familiar; crédito rural; -; -

O PRONAF foi instituído com a fi nalidade de promover o desenvolvimento sustentável do segmento rural constituído pelos agricultores familiares. Estes agricultores, protagonistas na luta para a criação do referido Programa, parece não estarem tendo êxito quanto à descentralização regional dos recursos, como forma de tornar mais equânime o fi nanciamento entre as regiões brasileiras. À região Sul do Brasil tem sido destinada a maior parcela dos recursos e assim tem sido até os dados mais recentes analisados nesta pesquisa, apesar de outras regiões, a exemplo da região Nordeste, concentrarem um maior número de estabelecimentos familiares. O objetivo deste trabalho é o de analisar a distribuição dos recursos do PRONAF entre as regiões brasileiras, no sentido de verifi car se houve alterações no desempenho do Programa, no período de 2001 a 2004, no que se refere à concentração dos créditos aplicados.

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SCD 070 - PLURIATIVIDADE E SUCESSÃO HEREDITÁRIA NA AGRICULTURA FAMILIAR. FLÁVIO SACCO DOS ANJOS; NÁDIA VELLEDA CALDAS; MARIA REGINA CAETANO COSTA; UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, PELOTAS, RS, BRASIL; Palavras-chave: agricultura familiar; estratégias de sucessão; pluriatividade; herança; reprodução social

Nesse artigo os autores dedicam-se a examinar a questão da sucessão na agricultura familiar. Discutem fundamentalmente a infl uência da pluriatividade do ponto de vista das possíveis mudanças operadas nas estratégias de transmissão do patrimônio fundiário. A primeira secção é dedicada a uma rápida abordagem sobre a pluriatividade enquanto categoria de análise, bem como sobre seus vínculos com a dinâmica da agricultura familiar no sul do Brasil. Na segunda secção, os autores esclarecem o marco metodológico que embasou a investigação, que se desenvolveu entre os anos 2002 e 2004 em quatro regiões da geografi a gaúcha. Existe uma literatura específi ca que trata sobre as práticas tradicionais de transferência do patrimônio fundiário na agricultura familiar, entre as quais fi guram a herança impartível, o minorato ou o maiorazgo. É este o objeto da terceira secção deste trabalho, ao passo que é na quarta secção onde são apresentados e discutidos os resultados da presente pesquisa. Os autores coincidem com a opinião de outros estudiosos no sentido de apontar um conjunto de transformações que modifi cam o padrão sucessório dominante até meados dos anos sessenta. Em algumas das regiões, regidas pela escassez de oportunidades de renda (agrícola e não-agrícola) e por reiteradas difi culdades na agricultura, há verdadeiramente uma crise de sucessão. Tudo indica que o processo sucessório na agricultura familiar é bastante mais afetado pelo grau de dinamismo das atividades econômicas na região em que esta se encontra inserida, e pelo tamanho do negócio familiar, do que em virtude da maior ou menor incidência da pluriatividade. O nível mais baixo das rendas (agrícolas e não-agrícolas) não é sufi ciente para explicar esse quadro mas, sem dúvida alguma, é parte da explicação.

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SCD 071 - UMA ESTIMATIVA PRELIMINAR DAS RECEITAS MONETÁRIAS E NÃO-MONETÁRIAS DE AGRICULTORES FAMILIARES DO VALE DO JEQUITINHONHA. EDUARDO MAGALHÃES RIBEIRO; DANIEL PRADO ARAÚJO; FLAVIA MARIA GALIZONI; CAMILA SILVA FREITAS; EDUARDO BARBOSA AYRES; UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS, LAVRAS, MG, BRASIL; Palavras-chave: agricultura familiar, ; vale do Jequitinhonha; Minas Gerais; rendas ; autoconsumo

O propósito deste artigo é analisar a composição das receitas de um segmento particular da agricultura familiar do vale do Jequitinhonha: os agricultores feirantes, que fazem uma comercialização regular da sua produção nos pequenos mercados das sedes dos municípios onde residem. O artigo investiga as origens desses diversos recursos, a contribuição da comercialização, da produção do autoconsumo, das transferências e das atividades não-agrícolas para o sustento dessas famílias rurais. Conclui-se que as rendas produtivas ocupam um lugar destacado nas receitas familiares. O artigo revela que as rendas de transferência têm um papel virtuoso em relação à produção, na medida em que criam condições para o investimento de pequenos produtores. A transferência de rendas em montantes importantes, além dos óbvios efeitos sobre a qualidade de vida, sugerem pensar sobre os rumos da agricultura tradicional. Percebe-se que transferências desestruturam o “ótimo” de reprodução familiar, ao criar um hiato de produção na faixa dos 50 aos 60 anos do casal nuclear e invalidar temporariamente a relevância da capacitação originária da escolaridade como determinante na geração de rendas. De outro lado as transferências de rendas estruturam a agricultura familiar da região por colocar recursos exatamente no idoso, reforçando a tradicionalidade das relações internas da família.

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SCD 072 - AGRICULTURA FAMILIAR: PECUÁRIA LEITEIRA COMO LÓCUS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS PARANAENSES. TIAGO PELLINI; JULIA MIDORI UEDA TANAKA; TIAGO SANTOS TELLES; MARILÉA ROBERTA DE LIMA; LUIZ GUSTAVO ANTONIO DE SOUZA; IAPAR, LONDRINA, PR, BRASIL; Palavras-chave: agricultura familiar; políticas públicas; leite; Paraná; programas sociais

Este trabalho analisa a efetividade de políticas públicas paranaenses recentes ligadas à pecuária leiteira no sentido de apoiar a agricultura familiar, tendo como base o programa estadual Leite das Crianças. A partir de um contexto histórico-econômico verifi cam-se quais as oportunidades que o setor lácteo oferece à agricultura familiar no Estado do Paraná, caracterizando-o na pauta das ações do governo estadual, visando reparar em parte à exclusão do segmento durante a “modernização conservadora” da agricultura. Os resultados indicam que há substanciais benefícios aos produtores e populações carentes oriundos de políticas publicas de apoio à agricultura familiar que garantem a compra de produtos de primeira necessidade, como o leite.

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SCD 073 - CONTRIBUIÇÕES DO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DE COMUNIDADE – SUDESUL – NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE UMA SOCIEDADE RURAL NO SUL DO RIO GRANDE DO SUL: UM OLHAR ALÉM OU AQUÉM DOS INDICADORES ECONÔMICOS. MARCO ANTÔNIO VERARDI FIALHO; UFRGS/PGDR, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: Desenvolvimento de Comunidade Rural; Agricultura Familiar; Políticas Públicas; Sociedades Rurais; Rio Grande do Sul

Este artigo tem por objetivo analisar o processo de desenvolvimento de uma comunidade rural do município de Canguçu – Metade Sul – RS. Comunidade que na década de 1970 era estigmatizada (origem étnica: português e índio) e identifi cada como uma das mais pobres do município, mas que atualmente é reconhecida pelo dinamismo. A análise centra atenção no Programa de Desenvolvimento de Comunidade (SUDESUL) que esteve presente na localidade rural do Rincão dos Maia no início da década de 1980, não deixando de abordar fatores anteriores e externos que participaram do processo de transformação. As transformações observadas dizem respeito à mudança de comportamento (da desunião para a coesão social – de estigmatizado para contra-estigmatizado – de valor humano inferior para a auto-estima elevada), de sistema de produção (do extrativismo e das pequenas lavouras de subsistência para a produção para as agroindústrias – de plantador para produtor), e de condições de vida (da casa de pau-a-pique para de tijolos – do “sacrifi coso” para o agradável). Os resultados desse artigo são frutos da análise do discurso, do comportamento, das inter-relações sociais internas e externas, da paisagem e de documentos fornecidos pela sociedade local. De modo geral, esse trabalho teve como preocupação principal mostrar, por outro prisma (para além ou aquém do enfoque econômico), as contribuições do Programa de Desenvolvimento de Comunidade (SUDESUL). Demonstrando que ações de políticas públicas podem ser pensadas de uma forma mais complexa, articulando outros campos do viver para alcançar resultados que contemplem melhoria nos indicadores econômicos e de condições de vida, mas, também, contribuam para o bem-estar das pessoas (referindo-se a auto-estima).

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SCD 074 - ESTABELECIDOS E OUTSIDERS NO CRÉDITO RURAL: O CASO DO PRONAF B. FERNANDO BASTOS COSTA; UFRN, NATAL, RN, BRASIL; Palavras-chave: INSTITUIÇÕES; POLÍTICAS PÚBLICAS ; AGRICULTURA FAMILIAR; PRONAF B; POLITICA AGRÍCOLA

Este trabalho tem por objetivo estudar o ambiente institucional para a implementação de políticas de fi nanciamento direcionadas à agricultura familiar. A hipótese central é que, apesar de todas as mudanças ocorridas nas normas de crédito, no sentido de reduzir os obstáculos existentes para o acesso dos outsiders, permanece o mesmo ambiente institucional que deu apoio à modernização – cristalizador de estruturas reforçadoras dessa exclusão. O pressuposto mais relevante é que os agricultores pobres são os mais expostos às limitações institucionais. Os conceitos de arranjo institucional e de ambiente institucional utilizados neste trabalho foram construídos com apoio da escola institucional, contemplando-se a dimensão econômica, a sociologia das organizações e a ciência política. Na relação das mudanças institucionais com a atuação estatal, foi importante a leitura de estudiosos do Estado Brasileiro. A parte empírica constou de uma pesquisa em que foram aplicados questionários com agricultores benefi ciados e não benefi ciados com o PRONAF B, em treze municípios do Rio Grande do Norte. Em cada município, foram realizadas entrevistas com quatro de seus principais mediadores. Os resultados da pesquisa ratifi caram a hipótese do trabalho de que a concepção das políticas públicas não leva em conta o papel das instituições no comportamento e nas escolhas dos agentes individuais e coletivos, depreendendo-se que essa política, como outras, carece de mediações que transcendam a racionalidade dos marcos legais.

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SCD 075 - GRUPOS DE ESTABELECIMENTOS SUINÍCOLAS E POTENCIAL POLUIDOR NO ALTO URUGUAI CATARINENSE. MARCELO MIELE; ARLEI COLDEBELLA; PAULO DABDAB WAQUIL; EMBRAPA SUíNOS E AVES, CONCÓRDIA, SC, BRASIL; Palavras-chave: suínos; potencial poluidor; segmentos de concorrência; tipologia; meio ambiente

A cadeia produtiva de carne suína no Brasil apresenta um dos melhores desempenhos econômicos no cenário internacional, o qual se deve a avanços tecnológicos e organizacionais incorporados nas últimas décadas. Na produção primária vêm ocorrendo mudanças estruturais com o aumento da escala, especialização, tecnifi cação e contratualização, facetas do processo mais amplo de industrialização da agricultura. Concomitante a esse desempenho, a suinocultura se constitui em uma das atividades agrícolas de maior impacto ambiental em função do volume de dejetos produzidos, apesar de diversas tecnologias terem sido desenvolvidas e dos avanços na legislação ambiental. O estado de Santa Catarina e, mais especifi camente, a região do Alto Uruguai Catarinense são exemplos emblemáticos dessa contradição, visto que alcançaram a posição de liderança nacional e de consolidada presença no mercado internacional de carne suína. Assim, os objetivos do trabalho são mensurar o potencial poluidor dos suinocultores dessa região, bem como caracterizar os segmentos de concorrência entre esses suinocultores em função de dimensões ambientais, organizacionais e econômicas. Para tanto, utiliza-se como referencial teórico contribuições da microeconomia e organização industrial, da literatura sobre estratégia e cadeias produtivas, bem como das abordagens sobre economia e meio ambiente. O método de pesquisa empírico-analítico utiliza como técnica de investigação a pesquisa quantitativa com dados secundários de um levantamento com 3. 739 estabelecimentos suinícolas, através de uma análise de agrupamento e de componentes principais dos dados padronizados, bem como, a comparação dos grupos discriminados através de análise da variância e teste de Tukey. Como resultado caracterizou-se 12 grupos de estabelecimentos suinícolas da região em estudo em função de dimensões ambientais, organizacionais e econômicas, bem como se apontou para a relação entre essas dimensões e o potencial poluidor da atividade.

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SCD 076 - ATIVIDADE AGRÍCOLA E EXTERNALIDADE AMBIENTAL: UMA ANÁLISE A PARTIR DO USO DE AGROTÓXICOS NO CERRADO BRASILEIRO. WAGNER LOPES SOARES; MARCELO FIRPO PORTO; ENSP/FIOCRUZ, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL; Palavras-chave: agrotoxicos; externalidades; cerrado; contaminacao ambiental; MUNIC

Esse artigo tem como objetivo discutir as externalidades negativas associadas à contaminação do solo e da água devido ao uso de agrotóxicos nos municípios do cerrado brasileiro, área em franca expansão da atividade agrícola, cujo modelo produtor baseia-se no uso intensivo de agroquímicos (agrotóxicos e fertilizantes). Embora, no presente trabalho, não se valore as externalidades provenientes do uso dos agrotóxicos, aponta alguns fatores preditores da contaminação na água e no solo por esses produtos nos municípios do cerrado brasileiro. Os dados foram obtidos por meio da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (MUNIC/IBGE), cujo ano de 2003 veio a campo com um questionário suplementar com questões atinentes ao meio ambiente dos municípios brasileiros. Adicionalmente, procurou-se associar, por meio de mapas, áreas contaminadas e o grau de atividade agrícola dos municípios, captado pela Pesquisa Agrícola Municipal (PAM/IBGE 2003). Por meio de uma regressão logistica, foi possível encontrar alguns fatores de risco da contaminação no solo e na água por agrotóxicos e fertilizantes. Caraterísticas como aumento da área de lavoura temporária, poluição no ar por queimadas e por atividade agropecuária, proliferação de pragas e municípios situados nas Regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste aumentam as chances de contaminação, ao passo que municípios que promovem a educação ambiental reduzem as chances de ocorrência desse problema. Conclui-se que o presente trabalho serve como referência para os formuladores de políticas no sentido de auxiliar o desenho dos instrumentos de regulação e o diagnóstico das áreas em que essas ações devem ser tomadas como prioritárias.

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SCD 077 - A INTEGRAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS NA ESCALA TERRITORIAL: REFLEXÕES A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DO RIO GRANDE DO NORTE. JOÃO MATOS JOÃO; UFRN, NATAL, RN, BRASIL; Palavras-chave: desenvolvimento territorial; gestão pública; políticas públicas; desenvolvimento sustentável; atores sociais

Apresenta os antecedentes das políticas de desenvolvimento territorial e das formas de gestão pública. Identifi ca, para tanto, as principais contribuições teóricas contemporâneas no campo do desenvolvimento e da análise de políticas públicas. Explora as atuais experiências de integração de políticas e de atores sociais - nas escalas regional, micro-regional e comunitária no estado do Rio Grande do Norte. Elabora estudo de casos, a saber, o Plano de Desenvolvimento Sustentável da Região do Seridó e mais 04 (quatro) experiências de projetos micro-territoriais fi nanciados pelo Projeto de Combate à Pobreza Rural (PCPR) e por outras políticas, de forma integrada. Analisa os principais atores, as organizações participantes e os arranjos institucionais utilizados nos processos de formulação e implementação, em cada um desses casos. Conclui que os arranjos institucionais descentralizados e participativos e a existência de lideranças e assessores técnicos qualifi cados e comprometidos com as questões do desenvolvimento e da governança local foram decisivos para o êxito das experiências analisadas. Verifi ca que, apesar disso, os gestores públicos ainda utilizam pouco as lições que podem ser tiradas, tanto do legado histórico - principalmente no campo da formação e da qualifi cação de lideranças e técnicos -, quanto das experiências bem sucedidas, que podem ser replicadas com sucesso. É possível e desejável que estas últimas experiências se reproduzam, em face de sua ausência e/ou viabilidade, naquele contexto regional.

<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>SCD 078 - PROGRESSO TÉCNICO, RELAÇÕES DE TRABALHO E QUESTÕES AMBIENTAIS NA AGROINDÚSTRIA CANAVIEIRA. CARLOS EDUARDO VIAN; MÁRCIA AZANHA FERRAZ DIAS DE MORAES; DANIEL BERTOLI GONÇALVES; ESALQ USP, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: Meio-Ambiente; Complexo Agroindustrial Canavieiro; Políticas Públicas; Progresso Técnico; relações de trabalho

Este artigo analisa a modernização da agricultura e da agroindústria canavieira a partir da segunda metade do Século XX, mostrando as principais inovações técnicas adotadas, seus impactos na elevação da produtividade agrícola e industrial, na geração de emprego no campo, e sua relação com o meio-ambiente. Este processo foi desigual nas duas principais regiões produtoras, Norte e Nordeste e Centro-Sul, e não foi capaz de eqüalizar o desenvolvimento técnico e social das mesmas, persistindo a convivência de estruturas produtivas atrasadas e modernas. Apesar dos avanços econômicos obtidos nos últimos anos, a agroindústria canavieira continua sendo apontada como responsável por problemas sociais e ambientais nas regiões produtoras, onde proliferam-se ações trabalhistas e civil-públicas contra as atividades deste setor.

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SCD 079 - O PAPEL DA PECUÁRIA BOVINA DE CORTE NO BRASIL E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O EFEITO ESTUFA. THELMO VERGARA DE ALMEIDA MARTINS-COSTA; UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO, PASSO FUNDO, RS, BULGáRIA; Palavras-chave: pecuária de corte; efeito-estufa; mitigação; emissões de metano; fermentação entérica

A criação bovina participa de maneira signifi cativa nas emissões de gases efeito-estufa (GEE) no Brasil, sendo majoritariamente extensiva. A expansão da pecuária bovina extensiva na Amazônia se traduz pelo desfl orestamento (e novas emissões de GEE). Além disso, representa um setor importante no desenvolvimento do país, destinado, provavelmente, a crescer ainda mais num futuro próximo. As dinâmicas espontâneas de intensifi cação continuam observáveis entre alguns grandes proprietários de terras e arriscam de fortalecer o processo de concentração rural. Certas práticas de intensifi cação são suscetíveis de reduzir a contribuição da criação bovina nas emissões de metano do país. O presente artigo busca colaborar na refl exão da importância da pecuária bovina brasileira e suas contribuições para as emissões de gases-efeito estufa. Para tanto, a partir dados de efetivos do rebanho brasileiro do IBGE e de parâmetros técnicos de emissões obtidos pela Embrapa estimou-se as emissões de metano por grandes regiões do Brasil até o ano de 2002. Verifi cou-se uma forte variação nas emissões observadas na região norte provavelmente como conseqüência do avanço da pecuária nesta região, embora a mesma não seja a mais representativa em termos de emissões quando comparada a outras regiões do país. Entretanto, existe uma série de manejos que permite uma produção mais efi ciente e uma redução na emissão de GEE que podem reverter, ou, reduzir estas tendências Entre estas práticas pode-se destacar a melhoria das pastagens como estratégia para a redução das emissões no rebanho brasileiro

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SCD 080 - O MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO LIMPO COMO ALTERNATIVA DE POLÍTICA PÚBLICA AMBIENTAL. THELMO VERGARA DE ALMEIDA MARTINS-COSTA; UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO, PASSO FUNDO, RS, BRASIL; Palavras-chave: Mecanismo de desenvolvimento limpo; meio-ambiente; Estado-rede; matriz de políticas; políticas públicas ambientais

Atualmente, há a preocupação de elaboração de políticas conjuntas sobre mudanças climáticas na escala global. No âmbito das Nações Unidas, o Brasil propôs o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). O MDL objetiva a redução de emissões de gases que provocam o efeito estufa e visa apoiar iniciativas que promovam o desenvolvimento sustentável em países em desenvolvimento. Entretanto, a proposta do MDL ainda passa por um processo de regulamentação e provoca diversos questionamentos, tais como: o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo é uma política pública ou mais um instrumento do mecanismo de mercado? Sendo um instrumento multilateral, é possível considerá-lo como uma política pública interna? O presente artigo busca contribuir para este debate através de uma abordagem conceitual sobre o Estado, sobre questões relativas ao meio ambiente, bens públicos e governança. Para tanto, apresenta-se uma matriz de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável e relaciona-se o MDL com relações de mercado e políticas públicas ambientais. Constatou-se que, embora o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo possa ser considerado mais um mecanismo de mercado para a compra e venda de direitos de emissões e ser interpretado como um instrumento multilateral, é possível enquadrá-lo numa política mais ampla de desenvolvimento sustentável.

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SCD 081 - MEDIDA DE EFICIÊNCIA ECONÔMICA DOS CENTROS DE PESQUISA DA EMBRAPA: UMA ABORDAGEM DE PAINEL DINÂMICO PARA AVALIAÇÃO DE COVARIÁVEIS. GERALDO DA SILVA E SOUZA; ELIANE GONÇALVES GOMES; MARÍLIA CASTELO MAGALHÃES; ANTÔNIO FLÁVIO DIAS ÁVILA; EMBRAPA, BRASÍLIA, DF, BRASIL; Palavras-chave: Efi ciência econômica; Avaliação da pesquisa agropecuária; DEA; Covariáveis; Painel dinâmico

Neste artigo é medida a efi ciência econômica dos centros de pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). É usado o modelo de Análise de Envoltória de Dados (DEA) BCC, cuja medida de efi ciência é modelada, para o período 2001-2003, como função linear das variáveis contextuais capacidade de geração de receita, intensidade de parcerias, melhoria de processos administrativos, racionalização de custos, tamanho e tipo de centro. O modelo é do tipo painel dinâmico, assume correlação intra-temporal estruturada entre os centros de pesquisa e inter-temporal não estruturada. Para desempatar as unidades efi cientes é usado um índice heurístico de efi ciência que agrega os resultados de efi ciência em relação às fronteiras DEA clássica e invertida, com base no critério de variância mínima para o índice. Os resultados estatísticos obtidos indicam diferenças signifi cantes entre tipos e tamanhos de centros, correlação intra-temporal não signifi cante e que o bom desempenho nas variáveis melhoria de processos administrativos, racionalização de custos, capacidade de geração de receita e intensidade de parcerias implica em maior efi ciência. O efeito positivo das parcerias na medida de efi ciência mostrado neste artigo, invalida as críticas de que o processo de avaliação prejudica a integração e cooperação entre os centros de pesquisa da Embrapa. A melhoria de processos administrativos é a variável mais importante do ponto de vista da signifi cância estatística das variáveis contextuais.

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SCD 082 - TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA DE ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS DE PESQUISA: UMA ANÁLISE DAS PERCEPÇÕES DE EMPRESAS AGROINDUSTRIAIS NO BRASIL. ANDRÉ YVES CRIBB; MARCOS LUIZ LEAL MAIA; SANDRA LUCIA DE SOUZA PINTO CRIBB; EMBRAPA AGROINDÚSTRIA DE ALIMENTOS, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL; Palavras-chave: Transferência de tecnologia; Organização pública de pesquisa; Empresa agroindustrial; Política pública de C&T; Financiamento de pesquisa

No Brasil, há uma evidente preocupação em relação ao crescente sub-investimento público em pesquisa agroindustrial. Tal tendência, decorrente da crise fi nanceira da década de 80, tem obrigado as organizações públicas de pesquisa a reavaliar freqüentemente suas estratégias de fi nanciamento. O objetivo deste trabalho exploratório foi analisar as percepções de empresas agroindustriais sobre a transferência de tecnologia como estratégia de fi nanciamento de pesquisa. Foi realizado um levantamento de dados e informações por meio de um questionário enviado às 61 empresas que se benefi ciaram de tecnologias e serviços gerados pela Embrapa Agroindústria de Alimentos nos dois anos anteriores ao início deste trabalho. O questionário abordou aspectos como porte das empresas, percepção da imagem da Embrapa Agroindústria de Alimentos, aquisição de conhecimentos tecnológicos, fi nanciamento participativo de pesquisa agroalimentar, cooperação interorganizacional, direitos de propriedade intelectual e barreiras à transferência de tecnologia. Pelos resultados, observou-se que todas as empresas (100%) estavam prontas a procurar recursos para adquirir e colocar em prática tecnologias consideradas efi cientes pela Embrapa Agroindústria de Alimentos; entretanto, apenas 53% das empresas estavam dispostas a participar do fi nanciamento de atividades de pesquisa. Menos de um terço das empresas declarou que desejava cooperar com seus concorrentes para fi nanciar uma atividade voltada ao desenvolvimento ou à aquisição de novos conhecimentos tecnológicos. A grande maioria dos informantes (87%) acreditou que a tecnologia gerada pela Embrapa Agroindústria de Alimentos deve ser pública e portanto disponível a todas as empresas agroindustriais. Também observou-se que as principais barreiras à transferência de tecnologia como a falta de capital disponível, a falta de comunicação interorganizacional e a regulação jurídico-sanitária afetam amplamente o desempenho das empresas. As opiniões a respeito da transferência de tecnologia apontam a necessidade de modifi cações nas estratégias e nos procedimentos atualmente empregados. Nesse sentido, é importante modelar e implementar novos canais e mecanismos criativos de transferência de tecnologia, procurando sobretudo melhorar as relações entre as entidades governamentais, organizações de pesquisa e empresas agroindustriais envolvidas.

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SCD 083 - EXPORTAÇÕES AGRÍCOLAS BRASILEIRAS E O ACORDO MERCOSUL-UNIÃO EUROPÉIA. RICARDO LUIS CHAVES FEIJÓ; FEARP-USP, RIBEIRÃO PRETO, SP, BRASIL; Palavras-chave: Acordo comercial; União Européia; Mercosul; agricultura; alíquotas

O objetivo desta pesquisa é investigar as possibilidades de expansão das exportações agrícolas do Brasil para a União Européia (UE) estimuladas pelo rebaixamento de barreiras protecionistas deste mercado no contexto das negociações do Acordo Mercosul-União Européia. Em especial, analisa-se o comportamento das exportações de alguns produtos em que a agricultura familiar brasileira participa da oferta. Por meio de exercício de simulação em cenários com redução de alíquotas, a pesquisa explora possíveis vantagens que a agricultura nacional poderá angariar para si com as negociações em curso. Por fi m, discutem-se os benefícios da liberalização do comércio com a União Européia para a agricultura familiar no Brasil.

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SCD 084 - MODELAGEM ARIMA NA PREVISÃO DO PREÇO DA ARROBA DO BOI GORDO. ANDRÉ LUIZ MEDEIROS; JOSÉ ARNALDO BARRA MONTEVECHI; MARCELO LACERDA REZENDE; RICARDO PEREIRA REIS; UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ, ITAJUBÁ, MG, BRASIL; Palavras-chave: Previsão; ARIMA; Preço; Boi gordo; Metodologia

Com o maior rebanho comercial do mundo, a pecuária de corte vem colocando o país entre os maiores produtores e exportadores de carne. Apesar da importância econômico-social do setor, a maior parte dos pecuaristas não possui gestão profi ssional. Isso os tem levado ao uso de regras de decisão muitas vezes inadequadas para a maximização dos lucros. E uma forma de minimizar o risco na comercialização do boi seria por meio da previsão dos preços a serem recebidos. Assim, o objetivo principal deste trabalho é, por meio de uma abordagem metodológica, usar a modelagem ARIMA na previsão do preço a ser recebido pela arroba de boi gordo. Além disso, pretende-se, especifi camente, prever o preço a ser recebido pela a arroba de boi gordo e comparar o resultado obtido com o mercado físico. O resultado é que, sob o ponto de vista teórico, o modelo apresenta coefi cientes estatisticamente signifi cantes, com indicadores de erro pequenos e com boa explicação da variação dos dados originais. Sob o ponto de vista prático, ele revela um processo de previsão acurado, produzindo resultados signifi cativos e próximos aos valores de mercado.

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SCD 085 - PRODUTIVIDADE DO CAFÉ EM MINAS GERAIS: UMA ANÁLISE ESPACIAL. EDUARDO SIMÕES DE ALMEIDA; GISLENE DE OLIVEIRA PACHECO; ANA PAULA BENTO PATROCÍNIO; SIMONE MOURA DIAS; FEA/UFJF, JUIZ DE FORA, MG, BRASIL; Palavras-chave: análise espacial; autocorrelação espacial ; produtividade; café; clusters espaciais

O objetivo do trabalho é analisar a produtividade média do café nas 66 microrregiões do Estado de Minas Gerais nos anos de 2000 e 2004 através da análise espacial dos dados. O auxílio de instrumentos de análise exploratória de dados espaciais (AEDE) permitirá uma visualização de possíveis autocorrelações espaciais existentes em relação à efi ciência produtiva das microrregiões e seu comportamento ao longo dos anos em questão.

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SCD 086 - ANÁLISE DOS RETORNOS SOCIAIS ORIUNDOS DE ADOÇÃO TECNOLÓGICA NA CULTURA DO AÇAÍ NO ESTADO DO PARÁ. ISMAEL MATOS DA SILVA; PRISCILLA WELLIGTON GOMES; CARLA CUNHA DA SILVA; FRANCILENE MACIEL DA SILVA; UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA, BELÉM, PA, BRASIL; Palavras-chave: Açaí; Mercado; Tecnologia; Retornos Sociais; Estado do Pará

A presente pesquisa tem por objetivo defi nir e analisar o perfi l do consumidor institucional de óleo de andiroba, na Região Metropolitana de Belém, Estado do Pará, com o intuito e subsidiar a tomada de decisão de pequenos produtores agro-extrativistas de comunidades ribeirinhas do Estado, quanto às exigências e características intrínsecas do mercado de produtos naturais da Amazônia, em especial, o óleo de andiroba (Carapa guianenses). Foram entrevistadas 17 empresas que utilizam o óleo de andiroba como matéria-prima para elaboração de cosméticos, medicamentos, ou mesmo o óleo em sua forma natural, buscando-se conhecer a origem, fornecedores e matéria-prima, demanda de óleo, alianças estratégicas, dentre outras variáveis. Constatou-se que a qualidade do produto é a principal característica que defi ne seu preço, o qual pode chegar a R$ 60, 00/kg. Além disso, observou-se que as empresas estão dispostas a realizar parcerias com os agro-extrativistas, fi rmando-as por meio de contratos formais, uma vez que há mercado para produtos certifi cados e que explorem uma marca local e que identifi que uma comunidade carente.

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SCD 087 - RISCO E RETORNO NO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO: UM ESTUDO DAS EMPRESAS LISTADAS NA BOVESPA. AURELIANO ANGEL BRESSAN; DÉBORA CRISTIANE SANTOS; WAGNER MOURA LAMOUNIER; ROBERT ALDO IQUIAPAZA; UFMG, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL; Palavras-chave: agronegócio; CAPM; GARCH-M; Volatilidade; Retornos

O objetivo geral da pesquisa consiste na estimação do nível de sensibilidade do risco das empresas de capital aberto das empresas do agronegócio em relação ao risco da economia brasileira, através do coefi ciente beta das ações de empresas selecionadas do agronegócio brasileiro, via modelo CAPM (Capital Asset Pricing Model) e sua extensão que incorpora a dependência na volatilidade, representada no modelo GARCH-M (Generalized Autoregressive Conditional Heterosketasticity in Means). A amostra original envolveu 36 empresas, analisando os retornos diários entre janeiro e dezembro de 2004. Na defi nição da amostra foram selecionadas as empresas que estivessem enquadradas em algum dos três subsetores do agronegócio brasileiro, a saber: i) o setor de produção agropecuária; ii) setor fornecedor de insumos e fatores de produção e iii) setor de processamento e distribuição, com base em classifi cação da CNA (CNA, 2003). Os resultados sugerem que a incorporação da volatilidade como termo explicativo evita o viés de alta nos betas estimados via CAPM tradicional, trazendo contribuições para a gestão de carteiras de investimento que têm em sua composição empresas do agronegócio brasileiro.

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SCD 088 - INDICADORES DE EFICIÊNCIA E ECONOMIAS DE ESCALA NA PRODUÇÃO DE LEITE: UM ESTUDO DE CASO PARA PRODUTORES DOS ESTADOS DE RONDÔNIA, TOCANTINS E RIO DE JANEIRO. ALEXANDRE LOPES GOMES; JOAQUIM BENTO DE SOUZA FERREIRA FILHO; ESALQ, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: Agronegócio; Alocação de recursos; Custo de produção; Economia de escala; Leite

O Brasil possui 4, 8 milhões de estabelecimentos agrícolas dos quais 80% têm menos de 100 hectares. Estes produtores, se não forem incentivados a permanecerem no campo com uma remuneração digna com seu trabalho, deixarão seus estabelecimentos. Neste trabalho foi enfatizado o problema de sobrevivência no longo prazo de produtores leite. Foram analisados estabelecimentos nos estados de Rondônia, Tocantins e Rio de Janeiro. O que se pode notar é um signifi cativo grupo que se mantém por longos anos produzindo pouco, sendo que possui capacidade para aumentar a produção. As restrições que impedem este grupo de se especializar, estão ligadas à uma série de imperfeições inerentes ao mercado e, que acabam fazendo dos produtores, principalmente os pequenos, vítimas deste sistema. A hipótese é que os produtores amostrados encontram-se na faixa de economias de escala da curva de custo médio de longo prazo. O objetivo principal do trabalho é verifi car a existência economias de escala entre os produtores de leite dos estados de Rondônia, Tocantins e Rio de Janeiro. Para isso foram estimadas cinco funções custo com diferentes níveis de restrições. A função que apresentou melhor aderência aos dados foi a de custo translog. Os fatores de produção considerados são capital, terra, trabalho e os dispêndios diretos. A análise econômica mostra a difi culdade de sobrevivência dos estabelecimentos no longo prazo. Isto ocorre porque a relação capital imobilizado/produção é muito alta. Entre os estados, nenhum deles conseguiu taxa de retorno maior que 6%, mesmo quando o custo da terra era excluído do cálculo. O estado do Rio de Janeiro foi o que apresentou maiores taxas de retorno. Quando as amostras dos estados foram estratifi cadas, a situação é amenizada. Observa-se que o estrato com mais de 200 litros por dia apresenta taxas de retorno maiores que 6%, sendo assim mais atrativas aos produtores. Isto ocorre em função deste grupo utilizar maior grau de tecnologia e, consequentemente, maior produção. Portanto, faz melhor uso do capital imobilizado na atividade e reduz o custo médio deste capital no custo total. Os resultados da regressão mostram que a grande maioria dos produtores da amostra está na faixa de economias de escala. Apenas 3, 4% do total da amostra está na faixa de deseconomias de escala. O ponto de custo médio mínimo foi obtido na faixa de 178 mil litros por ano, ou seja, média diária de 487 litros por dia. Outro grupo composto por 10% da amostra está mais próximo do ponto de custo médio mínimo e apresenta produção diária entre 183 e 487 litros por dia. E fi nalmente, o último grupo que aparece em situação mais dramática com menos de 180 litros/dia. Estes podem reduzir de forma signifi cativa os custos se aumentarem a produção, pois estão na faixa mais acentuada da curva de custo médio de longo prazo e podem crescer bastante na atividade usufruindo das economias de escala.

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SCD 089 - IMPACTOS DA ÁREA DE LIVRE COMERCIO DAS AMÉRICAS (ALCA), COM GRADUAL DESGRAVAÇÃO TARIFÁRIA, SOBRE A ECONOMIA BRASILEIRA. ERLY CARDOSO TEIXEIRA; EDSON ZAMBON MONTE; BANDES, VITÓRIA, ES, BRASIL; Palavras-chave: ALCA; GTAP; DESGRAVAÇÃO TARIFÁRIA GRADUAL; BEM ESTAR; PIB

As barreiras comerciais protegem as economias da concorrência internacional, mas distorcem as relações comerciais entre elas, e reduzem os benefícios que poderiam advir dos acordos de livre comércio. O objetivo deste trabalho é avaliar os impactos da criação da ALCA, com desgravação tarifaria gradual, sobre os principais indicadores da economia brasileira. O modelo GTAP é adotado como instrumento metodológico. Somente alguns setores do agronegócio mostraram-se competitivos. O setor de manufaturados não foi competitivo em nenhum dos cenários. Setores como fl orestais, têxteis e calçados tiveram aumento signifi cativo de produção e exportação. Os indicadores de crescimento econômico e bem-estar foram favoráveis ao Brasil em todos os cenários, mesmo que o crescimento tenha sido pequeno.

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SCD 090 - EVOLUÇÃO DA PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA NO MERCADO SUCROALCOOLEIRO INTERNACIONAL. VIVIANI SILVA LIRIO; MICHELLE MOUTINHO VENÂNCIO; EVERALDO ALVES FELIPE; UFV, VIÇOSA, MG, BRASIL; Palavras-chave: competitividade; sucroalcooleiro; internacional; brasileiro; desempenho

A cana-de-açúcar, historicamente, sempre ocupou papel de destaque na economia brasileira. Ao longo do tempo, seus dois principais subprodutos – açúcar e álcool – vêm oscilando em termos de representatividade nacional e internacional, com destaque indubitável para o açúcar brasileiro. Considerando a relevância do setor e a crescente expressividade da demanda mundial de álcool, este trabalho propôs avaliar a inserção do Brasil no mercado sucroalcooleiro internacional, no período de 1994 a 2002, por meio de indicadores selecionados. Os resultados obtidos evidenciam que, embora em termos absolutos o açúcar brasileiro opere com maior estabilidade, em termos de desempenho (taxas de crescimento) o dinamismo do setor alcooleiro tem sido maior, no período analisado. Ademais, foi evidenciado que o Brasil, em virtude de suas características territoriais, tem grande potencial para alcançar posição de destaque ainda maior no mercado sucroalcooleiro internacional.

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SCD 091 - A MODERNIZAÇÃO DOS PORTOS E O COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL. MARIA PERPETUO SOCORRO SANTOS PEREIRA; MARCIO SANTOS TEIXEIRA; MEDITERRANEAN SHIPPING DO BRASIL LTDA, SANTOS, SP, BRASIL; Palavras-chave: Lei 8. 630/93; modernização; portos; comércio ; exterior

A promulgação da Lei de Modernização dos portos (Lei 8. 630/93) visa primordialmente à inserção dos portos nacionais no âmbito altamente competitivo do comércio global no transporte marítimo, elevando-os à categoria de principal elo da cadeia logística, atraindo o capital privado para as operações de embarque e desembarque de mercadorias, imprimindo um modelo de gestão que objetiva a maximização dos portos como um dos elementos mais importantes na manutenção do crescimento do comércio exterior brasileiro, vivenciado na última década. A partir dessas observações o trabalho analisa como a Lei de Modernização dos Portos, importante instrumento legal ao modelo proposto, coaduna-se ou não com a real situação de todos os portos brasileiros, baseando-se em dados ofi ciais e empíricos quanto ao aspecto da política de comércio exterior brasileiro, destacando ainda de que modo a nova Lei está sendo aplicada do ponto de vista governamental, comparando-se inclusive com modelos internacionais de sucesso e fi nalizando com a presente situação dos portos nacionais, após concluída a pesquisa foi considerado que, os investimentos praticados até então ainda são inefi cientes diante da capacidade logística dos portos nacionais, contribuindo para o não o crescimento da economia.

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SCD 092 - VANTAGENS MERCADOLÓGICAS E EXIGÊNCIAS DOS IMPORTADORES DE CERA DE CARNAÚBA. ALYNE MARIA SOUSA OLIVEIRA; JAÍRA MARIA ALCOBAÇA GOMES; UFPI, TERESINA, PI, BRASIL; Palavras-chave: Cera de Carnaúba; Mercado Interno; Mercado Externo; Barreiras Comerciais; Exigências

A cera de carnaúba é um dos principais produtos da pauta de exportações piauienses, apresentando matéria-prima natural e abundante, signifi cativa demanda interna e amplo espectro de utilização como insumo industrial. Sua exportação representou um dos mais importantes ciclos econômicos do Estado, com auge entre a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais; entretanto a partir de 1947, ocorreu retração da demanda internacional, seguida da descoberta de novos usos na atualidade. O objetivo deste artigo é analisar o agronegócio da cera de carnaúba, destacando sua importância para a economia piauiense, as etapas de sua comercialização, bem como o comportamento da oferta e demanda do produto, no tocante às vantagens mercadológicas e exigências praticadas pelos mercados internacional e doméstico. O estudo comparativo das vantagens da cera de carnaúba sobre os produtos concorrentes e os aspectos referentes às exigências dos mercados consumidores foram obtidos através de pesquisa direta a uma empresa em cada um dos 10 principais países importadores do produto e 10 Estados brasileiros, que importaram consecutivamente o produto nos últimos 16 anos. Os resultados indicam que não existem barreiras ambientais à comercialização da cera de carnaúba, embora Formosa, Argentina e Índia apliquem tarifas ao produto. Entre os principais usos, destacou-se o emprego nas indústrias da tecnologia de informação, farmacêutica, cosméticos, além da utilização como desmoldante e revestimento e a fabricação de polidores para alimentos, couro, piso e rochas ornamentais. As principais vantagens da cera de carnaúba são cor, ponto de fusão e brilho, ao passo que as exigências apontadas pelos mercados consumidores concentram-se na cor o mais clara possível, o baixo índice de acidez e percentual mínimo de impurezas.

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SCD 093 - IMPACTOS DOS ACORDOS INTERNACIONAIS SOBRE AS EXPORTAÇÕES DAS COOPERATIVAS AGROPECUÁRIAS BRASILEIRAS. SIGISMUNDO BIALOSKORSKI NETO; ANGELO COSTA GURGEL; MARCIO BOBIK BRAGA; CAROLINA BALLIEIRO; FEA-RP/USP, RIBEIRÃO PRETO, SP, BRASIL; Palavras-chave: Cooperativas; Comercio internacional; Modelos de equilibrio geral; abertura comercila; negociações

O presente estudo tem como objetivo mensurar os efeitos quantitativos de cenários diversos baseados nas possibilidades de negociação comercial se colocam para o Brasil tendo como objeto de análise os setores onde há uma maior infl uência do movimento cooperativo. Um modelo computável de equilíbrio geral é utilizado para simular cenários alternativos de abertura comercial para a economia brasileira e seus impactos sobre os setores de interesse. Buscou-se identifi car quais seriam os interesses maiores para as cooperativas do Brasil nas negociações desses acordos, considerando os impactos esperados sobre produção e fl uxos comerciais.

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SCD 094 - IMPACTO DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS PARA O MERCOSUL, UNIÃO EUROPÉIA E NAFTA SOBRE PRODUÇÃO E EMPREGO: UMA ANÁLISE DE INSUMO-PRODUTO PARA 1997 -2001. FERNANDO SALGUEIRO PEROBELLI; JOAQUIM GUILHOTO; WESLEM RODRIGUES FARIA; FACULDADE DE ECONOMIA E ADMINISTRAÇÃO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA, JUIZ DE FORA, MG, BRASIL; Palavras-chave: COMÉRCIO INTERNACIONAL; INSUMO-PRODUTO; ECONOMIA AGRÍCOLA; IMPACTOS SETORIAIS; EMPREGO SETORIAL

No período recente as exportações brasileiras têm aumentado, assim como o grau de abertura da economia brasileira. O Brasil tem procurado diversifi car os seus parceiros comerciais a fi m de obter maior participação no comércio internacional. Este trabalho tem por objetivo analisar os impactos desta estratégia sobre a produção e o emprego. Para alcançar esse objetivo utilizam-se as matrizes de insumo-produto estimadas por Guilhoto e Sesso (2005) com a abertura do componente exportação da demanda fi nal para 4 blocos de comércio.

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SCD 095 - A PLURIATIVIDADE NO BRASIL: PROPOSTA DE TIPOLOGIA E SUGESTÃO DE POLÍTICAS. SERGIO SCNHEIDER SCHNEIDER; UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: pluriatividade; politicas públicas; desenvolvimento

O objetivo deste trabalho consiste em apresentar argumentos em favor das potencialidades da pluriatividade como uma das formas para promover estratégias sustentáveis de diversificação dos modos de vida das famílias rurais. Acredita-se que através da pluriatividade os agricultores familiares possam estabelecer iniciativas de diversifi cação das suas ocupações interna e externamente à unidade de produção assim como aumentar as fontes e as formas de acesso à rendas. Na primeira seção apresenta-se uma defi nição da pluriatividade. Na segunda discute-se os fatores que afetam e determinam a emergência da pluriatividade. Na terceira apresenta-se os diferentes tipos de pluriatividade que podem ser encontrados no meio rural. Na quarta indica-se que há diferenças importantes a serem consideradas em relação à pluriatividade e as atividades não-agrícolas. Na quinta analisa-se a importância da pluriatividade no meio rural. Na sexta discute-se a relação da pluriatividade com uma estratégia de desenvolvimento rural que seja capaz de garantir a sustentabilidade e a coesão social no meio rural. Na sétima seção avalia-se a importância da pluriatividade para as políticas públicas no Brasil. Na última seção aponta-se alguns encaminhamentos e sugestões de políticas que poderia estimular e apoiar a pluriatividade no Brasil.

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SCD 096 - ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO TERRITORIAL DA SOJICULTURA NO BRASIL: 1991 – 2003. MURILO CORREA DE SOUZA; FERNANDO SALGUEIRO PEROBELLI; FACULDADE DE ECONOMIA E ADMINISTRAÇÃO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA, JUIZ DE FORA, MG, BRASIL; Palavras-chave: desenvolvimento territorial; análise espacial; convergência; economia agrícola; complexo da soja

O presente artigo tem por objetivo central analisar a distribuição espacial da soja para as 558 microrregiões brasileiras no período 1991-2003. Pode-se apontar como objetivos secundários: a) analisar a evolução temporal da dinâmica espacial; b) identifi car a formação de cluster; c) classifi car a base produtiva das microrregiões; d) verifi car a incidência de convergência do QL da soja, ou seja, testar se a produção de soja está fi cando distribuída de forma mais homogênea no país. Para atingir o objetivo delineado neste trabalho, serão implementadas uma análise exploratória de dados espaciais (AEDE), que serve para identifi car a formação de clusters e analisar a evolução temporal da dinâmica espacial, e uma análise de convergência, que visa inferir se as microrregiões de menor produção de soja, estão tendo sua produção elevada de forma mais acelerada que as produtoras de grande escala.

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SCD 097 - FONTES DE CRESCIMENTO DAS PRINCIPAIS CULTURAS TEMPORÁRIAS NO ESTADO DA BAHIA. PAULO NAZARENO ALVES ALMEIDA; VINICIUS CORREIA SANTOS; ANDRÉIA FERRAZ CHAVES; UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA - UESB, VITÓRIA DA CONQUISTA, BA, BRASIL; Palavras-chave: Bahia; crescimento; shift-share

O presente trabalho tem como objetivo determinar as fontes de crescimento das lavouras temporárias no Estado da Bahia. Pois, com grandes alterações ocorrendo no meio rural ocorrida principalmente a partir de 1990 com o incremento tecnológico, abertura comercial, perda de capacidade de fi nanciamento da agricultura pelo estado e a carência quase que total de informações no tocante ao cultivo das lavouras temporárias, é de grande valia estudos que demonstrem essas alterações de forma sistematizada. Com esse intuito, utilizou-se a metodologia “shift-share”, conhecida como diferencial – estrutural, na mensuração das fontes de crescimento das atividades agrícolas, tendo como fatores explicativos da evolução da produção os efeitos área, rendimento e localização geográfi ca. As alterações na área cultivada das culturas foram desmembradas em efeitos escala e substituição. Apesar da importância da pecuária na Bahia, as pastagens não foram incluídas no estudo devido à ausência de dados estatísticos. Verifi ca-se um grande crescimento da soja nos períodos em estudo. O efeito rendimento não se mostrou marcante no crescimento da produção das culturas, apontando um possível baixo nível tecnológico para algumas culturas. O fator área foi mais percebido no crescimento da produção das culturas, indicando um uso extensivo do solo. Percebe-se que a soja foi a cultura que obteve maiores ganhos em área no estudo, em detrimento da redução da área de outras culturas. O algodão, a cana, o feijão, o milho e a soja obtiveram crescimento da produção de 1985 a 2002, mas a mamona e a mandioca tiveram decréscimo da produção.

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SCD 098 - DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA PRODUTIVISTA OU AGROECOLÓGICO? UMA REFLEXÃO ACERCA DO CARÁTER TUTELAR DA EXTENSÃO RURAL. ANA LOUISE FIUZA; NEIDE MARIA DE ALMEIDA PINTO; NORA BEATRIZ PRESNO AMODEO; UFV, VIÇOSA, MG, BRASIL; Palavras-chave: Desenvolvimento social; extensão rural como projeto político; crise do paradigma produtivista; sistema agrícola produtivista; agroecologia

Este texto apresenta uma refl exão acerca do processo de mediação exercido pelos “agentes de desenvolvimento rural”, mais comumente, designados de extensionistas rurais, à luz do novo paradigma agroecológico que vem sendo incorporado nas políticas, programas e projetos de assistência técnica e extensão rural, em substituição ao paradigma produtivista. A inquietação que motivou esta refl exão se dá, justamente, no sentido de percebermos se a mudança de orientação de um modelo produtivista de intervenção para outro agroecológico possibilita a construção de um processo de mediação ou se tal mudança continua a perpetuar um parâmetro tutelar de extensão rural, dentro do qual os agricultores ainda seriam percebidos como “fi éis” em potencial para uma nova seita redentora, estando aqueles outrora alijados do processo de modernização, mais próximos, agora, da “terra prometida”, bastando adequar, um pouco, suas práticas ao modelo salvador.

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SCD 099 - A ABORDAGEM TERRITORIAL DO DESENVOLVIMENTO RURAL – MUDANÇA INSTITUCIONAL OU “INOVAÇÃO POR ADIÇÃO”?ARILSON FAVARETO; USP, SÃO PAULO, SP, BRASIL; Palavras-chave: desenvolvimento rural; desenvolvimento territorial; mudança institucional; path dependence; ruralidade

Assim como para os anos 90 a emergência da noção ´agricultura familiar´ foi um traço marcante, tanto no debate acadêmico como no campo das políticas públicas, o mesmo acontece na presente década com a chamada ́ abordagem territorial´ do desenvolvimento rural. Os signifi cados desta nova maneira de conceber os destinos do espaço rural e as políticas a ele destinadas têm sido explorados em trabalhos de diferentes autores. Neste artigo, pretende-se iluminar um aspecto ainda pouco tratado e que consiste em saber se os moldes em que a disseminação desta abordagem vem se dando signifi ca um processo de mudança, ou se, diferente disso, trata-se de mais um processo onde os termos são incorporados ao vocabulário dos agentes sem a criação de novas instituições capazes de sustentá-la. Esta segunda perspectiva é a que informa a hipótese que guia a exposição e pode ser resumida na afi rmação de que a tal movimento corresponde uma “inovação por adição”, na qual pesam elementos típicos daquilo que parte da literatura chama de ‘path dependence’(dependência de caminho). O artigo, parte da tese de doutorado do autor, faz um breve resgate de como tal abordagem é incorporada no âmbito dos organismos multilaterais dando origem à “nova visão do desenvolvimento rural” e de como, posteriormente, ela é incorporada no rol de políticas para o rural em países da América Latina. Sob o ângulo teórico, o artigo discute ainda os limites da explicação da mudança pela nova economia institucional, mostrando o que se poderia chamar de “embeddedness da dependência de caminho”.

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SCD 100 - SEMÂNTICA E FORMAÇÃO DISCURSIVA: A PROPÓSITO DO DEBATE SOBRE PLURIATIVIDADE E MULTIFUNCIONALIDADE. FLÁVIO SACCO DOS ANJOS; NÁDIA VELLEDA CALDAS; UFPEL, PELOTAS, RS, CORéIA; Palavras-chave: multifuncionalidade; pluriatividade; formação discursiva; ruralidade; território

Nesse trabalho analisam-se os vínculos existentes entre duas importantes noções recentemente incorporadas à agenda de investigação sócio-política brasileira, quais sejam a multifuncionalidade e a pluriatividade. A primeira delas designa, no entender dos autores, uma formação discursiva nos termos propostos por Foucault e outros autores, a qual emerge, em pleno século XXI, no contexto das transformações atinentes a uma sociedade regida pelo chamado pós-produtivismo. A pluriatividade, por seu turno, exprime um tipo de exploração plenamente identifi cada com o discurso da multifuncionalidade, no qual dá-se a combinação de atividades remuneradas agrícolas e não-agrícolas por parte de seus membros. A multifuncionalidade tem a ver com o reconhecimento de que a agricultura é capaz de produzir externalidades positivas para a sociedade, assumindo, como o nome indica, inúmeros papéis (preservação do patrimônio cultural e paisagístico, conservação dos recursos naturais, etc. ), mais além da produção agropecuária de per si. Destarte, no intervalo compreendido entre as décadas de 1950 a 1970, apogeu da modernização agrária, a exploração pluriativa, chamada então de part time farming, era considerada como entrave ao desenvolvimento agrário, sendo condenada, entre outros fatores, por oferecer uma concorrência desleal com estabelecimentos que viviam exclusivamente das atividades agropecuárias.

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SCD 101 - GRUPOS DE PRESSÃO E A TRAMITAÇÃO DO PROJETO DE LEI DE BIOSSEGURANÇA NO CONGRESSO NACIONAL. GUSTAVO HENRIQUE FIDELES TAGLIALEGNA; PAULO AFONSO FRANCISCO DE CARVALHO; UNB, BRASÍLIA, DF, BRASIL; Palavras-chave: grupos de pressão; políticas públicas; biossegurança

O presente trabalho analisa a atuação de grupos de pressão na formulação de políticas públicas no Congresso Nacional. Mais especifi camente, faz o estudo de caso da tramitação do Projeto de Lei de Biossegurança, que deu origem à Lei n° 11. 105, de 2005, a nova Lei de Biossegurança. O objetivo geral deste trabalho é discutir o papel desempenhado pelos grupos de pressão na formulação da nova Lei de Biossegurança, em face das teorias que tratam do processo de construção de políticas públicas, que é dividido nas fases de construção da agenda, formulação, implementação e avaliação. O estudo de caso da tramitação do Projeto de Lei de Biossegurança mostra que houve forte atuação de grupos de pressão, tanto contrários quanto favoráveis à liberação dos organismos geneticamente modifi cados, e que estes grupos possuem vínculos com setores do Governo Federal, em consonância com a teoria neocorporativista. O trabalho conclui, ainda, que, conforme preconiza o Neo-institucionalismo, os grupos de pressão utilizam-se do arcabouço institucional que regula o processo legislativo para pautar suas estratégias de atuação.

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SCD 102 - O CAPITAL SOCIAL NO ESTADO DO CEARÁ: O CASO DO MUNICÍPIO DE ITAREMA. RUBEN DARIO MAYORGA; FRANCISCO JOSÉ TABOSA; UFC-CCA-DEA, FORTALEZA, CE, BRASIL; Palavras-chave: Capital Social; Disparidades de Desenvolvimento; Oriente e Porto dos Barcos; Município de Itarema; Estado do Ceará

O município de Itarema vem obtendo, recentemente, elevados níveis de desenvolvimento em relação aos municípios que compõem a Microrregião do Litoral de Camocim e Acaraú. No entanto, esse município vivencia disparidades de desenvolvimento entre suas comunidades devido, em parte, a existência desigual de capita social comunitário. O presente estudo tem como objetivo determinar e analisar as disparidades de desenvolvimento existentes nas comunidades de Porto dos Barcos e Oriente no município de Itarema, decorrentes da presença/ausência de capital social. Elaborou-se um questionário na tentativa de encontrar as características tangíveis do capital social existente nas duas comunidades. A análise do questionário serviu como subsídio para a construção do índice de capital social. Os resultados mostraram que a Comunidade de Oriente, escolhida pelo “Conselho de Conhecedores” como a mais desenvolvida, possui um maior estoque de capital social quando comparada com a Comunidade de Porto dos Barcos, a menos desenvolvida. Isso induz a afi rmar que comunidades com maior estoque de capital social são mais desenvolvidas do que comunidades com menor estoque de capital social.

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SCD 103 - INVESTMENT CONSTRAINTS IN AGRICULTURAL COOPERATIVES: THEORY, EVIDENCE AND SOLUTIONS. FABIO RIBAS CHADDAD; IBMEC-SP, SãO PAULO, SP, BRASIL; Palavras-chave: Cooperativas; investimento; direitos de propriedade; capitalização; estrutura de propriedade

Restrições fi nanceiras são identifi cadas por muitos estudiosos e pesquisadores como uma limitação para o cresimento e sustentabilidade de cooperativas agrícolas em um ambiente de negócios cada vez mais globalizado e competitivo. Essas restrições fi nanceiras têm origem na estrutura de propriedade da organização cooperativa, que não dá incentivos ao aporte de capital pelos associados, fonte única de capital das cooperativas. Ademais, muitas cooperativas têm difi culdade de acesso a capital de terceiros devido ao alto grau de assimetria de informação com o mercado fi nanceiro e também por limitações impostas pela doutrina e legislação cooperativa. Esse trabalho discute as teorias que dão suporte à hipótese de restrições fi nanceiras em cooperativas e analisa criticamente o corpo de evidências empíricas testando essa hipótese. O artigo conclui com uma discussão sobre potenciais soluções organizacionais para o problema de restrições fi nanceiras em cooperativas que desejam continuar a crescer e prestar serviços a seus associados no século 21.

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SCD 104 - CONSTRUÇÃO DE REDES E INCLUSÃO SOCIAL NO TERRITÓRIO CITRÍCOLA PAULISTA. LUIZ MANOEL ALMEIDA; VERA LUCIA SILVEIRA BOTTA FERRANTE; ANA CLAUDIA VIEIRA; UNIARA, ARARAQUARA, SP, BRASIL; Palavras-chave: Redes de Poder; Instituições; Consórcios Rurais; Capital Social; Públicas de Segurança Alimentar

O objetivo principal deste trabalho é apresentar e discutir alternativas no âmbito das políticas públicas e da organização dos produtores que possam se contrapor ao processo de exclusão social dos pequenos produtores de laranja vem sofrendo na dinâmica atual da rede citrícola paulista e, ao mesmo tempo, possam enfrentar o aviltamento das condições de trabalho dos trabalhadores assalariados rurais, o que tem ocorrido através da chamada fl exibilização dos direitos trabalhistas.

Nesse contexto, o presente trabalho aborda o sistema de consórcios de produtores rurais, como novo modelo organizacional coletivo na dinâmica da rede citrícola paulista. Tem como objetivo central analisar a atuação dos consórcios de produtores na estrutura de dominância da rede citrícola paulista tendo como norte sua contribuição para o aumento dos recursos de poder dos atores excluídos. O presente trabalho analisa o conjunto dos recursos de poder de um consórcio localizado na microrregião de Novo Horizonte-SP, que se apresenta como um modelo ideal, pois apresenta elementos que se cristalizam em alternativas efetivas de inclusão social.

Finalmente, remete-se a discussão de redes alternativas de capital social no território citrícola paulista, no âmbito das políticas públicas de segurança alimentar local. Tomo como princípio que a segurança alimentar deve ser tratada de maneira ampla, de forma abarcar não somente as condições de saúde das pessoas, de higiene dos alimentos e da autenticidade da produção, mas também a melhora das condições de renda e emprego de pequenos agricultores e trabalhadores rurais.

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SCD 105 - OS CONSÓRCIOS DE PRODUTORES DIFERENCIADOS NO TERRITÓRIO CITRÍCOLA PAULISTA E SEUS RECURSOS DE PODER. LUIZ MANOEL ALMEIDA; ANA CLAUDIA VIEIRA; LUIZ FERNANDO PAULILLO; UNIARA, ARARAQUARA, SP, BRASIL; Palavras-chave: Citricultura; Consórcios Rurais; Redes de Poder; Instituições; Produtores rurais

: O presente trabalho analisa a chegada do sistema de consórcios de produtores rurais na citricultura paulista. A questão principal é a de verifi car se tais consórcios representam redes de cooperação que resultam no aumento dos recursos de poder dos atores excluídos. A contribuição deste trabalho foi o de avançar nos estudos desenvolvidos sobre a nova dinâmica da rede de poder citrícola paulista, a qual vem passando por profundas mudanças sociais e econômicas e que propiciou um processo árduo de exclusão social entre as categorias de pequenos produtores de laranja e assalariados rurais, e nessa direção, é analisada a alternativa no âmbito do sistema de consórcios de produtores para que este possa se contrapor ao processo de exclusão e, ao mesmo tempo, possa enfrentar o aviltamento das condições de trabalho dos assalariados rurais, o que tem ocorrido através da chamada fl exibilização dos direitos trabalhistas.

Embora as organizações dos consórcios, objeto específi co desse estudo, não autorizem uma generalização e tampouco possam sugerir que as formas de poder referidas sejam únicas, é oportuno examiná-las como redes de poder. No desenvolvimento da pesquisa foram encontrados contrapontos na atuação dos consórcios, que se expressam em duas formas possíveis: modelos ideais de consórcios, os quais abarcam o conjunto de recursos (jurídicos; organizacionais; tecnológicos; econômicos; sociais e simbólicos) de forma intensa, próxima do “ideal”; e práticas espúrias, que não se cristalizam em elementos com suporte, pois se consolidam em alternativas efetivas de inclusão social, porém apresentam um conjunto de recursos ínfi mos de poder. Na investigação empírica foram selecionados dois consórcios diferenciados, os quais abarcam todas as diferenciações de atuações existentes, além disso, também foram delineados os seus respectivos conjunto de recursos de poder.

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SCD 106 - MUDANÇAS RECENTES NO MERCADO DE TRABALHO RURAL. MAURO EDUARDO DEL GROSSI; JOSÉ GRAZIANO DA SILVA; UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, BRASÍLIA, DF, BRASIL; Palavras-chave: OCUPAÇÃO AGRÍCOLA; OCUPAÇÃO NÃO-AGRÍCOLA; NOVO RURAL; PLURIATIVIDADE; DESENVOLVIMENTO RURAL

Este trabalho apresenta as informações mais recentes sobre as pessoas ocupadas em atividades agrícolas, e principalmente das pessoas ocupadas em atividades não-agrícolas e residentes no meio rural. Os ocupados não-agrícolas mantêm a tendência observada nos anos 90, enquanto que os ocupados agrícolas experimentam uma recuperação em número de pessoas ocupadas neste início de década.

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SCD 107 - A EVOLUÇÃO DAS ATIVIDADES E RENDAS NÃO-AGRÍCOLAS NA PARAÍBA NOS ANOS 90. JOAO RICARDO LIMA; UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA, AREIA, PB, BRASIL; Palavras-chave: ORNA; Pluriatividade; Paraíba; Renda; nao-agrícola

O problema central deste trabalho é entender a evolução das ocupações e das rendas das famílias rurais paraibanas nos anos 90. O objetivo é identifi car a importância das atividades e das rendas não-agrícolas, além das transferências públicas/privadas para a melhoria e/ou manutenção das famílias nas áreas rurais. Para isto, analisamos a evolução das famílias rurais agrícolas, das famílias rurais não-agrícolas e das famílias rurais pluriativas nos anos 90, divididas entre empregadores, conta-própria, assalariados e não-ocupados. Estudamos também o comportamento dos rendimentos obtidos (pós plano Real) e a proporção de cada um no total. Comparamos ainda os rendimentos das famílias rurais agrícolas, pluriativas e não-agrícolas, de acordo com o estrato de área dos estabelecimentos. A metodologia utilizada foi uma pesquisa bibliográfi ca baseada em trabalhos produzidos dentro do projeto RURBANO e cálculo das taxas de crescimento com a preocupação de diferenciar os anos secos e chuvosos na análise das informações dos microdados das PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) do IBGE, relativas ao rural paraibano nos anos 90. A exemplo do que fi cou demonstrado na situação nacional e regional, na Paraíba também se constata um crescimento das chamadas ORNA (ocupações rurais não-agrícolas), do aumento no número das famílias pluriativas e não-agrícolas residentes em áreas rurais, além de uma grande disparidade entre as rendas obtidas pelas famílias exclusivamente agrícolas daquelas não-agrícolas e pluriativas, principalmente nos anos secos. As famílias pluriativas dependem menos das transferências públicas e privadas, comparando com as famílias agrícolas. Constatamos que no período pós plano Real, as rendas agrícolas apresentam um movimento de forte queda e as rendas não-agrícolas possuem um movimento inverso, sempre crescendo a cada ano.

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SCD 108 - ASPECTOS ALOCATIVOS E DISTRIBUTIVOS DA REDUÇÃO NA TRIBUTAÇÃO INDIRETA SOBRE INSUMOS AGROPECUÁRIOS: UMA ANÁLISE DE EQUILÍBRIO GERAL INTER-REGIONAL. CÁRLITON VIEIRA SANTOS; UNIOESTE, CASCAVEL, PR, BRASIL; Palavras-chave: política tributária; tributação indireta; agropecuária; equilíbrio geral inter-regional; análise regional

Este artigo analisa aspectos alocativos e distributivos de uma política de redução dos tributos indiretos sobre os principais insumos utilizados na atividade agropecuária. A análise é realizada com o uso de um modelo aplicado de equilíbrio geral inter-regional para a economia brasileira calibrado para o ano de 2001. Os resultados da simulação de redução pela metade nas alíquotas de tributos indiretos sobre tais insumos mostram aumento no nível de atividade econômica nas regiões mais pobres do País e têm o potencial de melhorar o poder de compra dos grupos de rendas mais baixas em todas as regiões, especialmente nas mais pobres: Norte e Nordeste. Os resultados sugerem que políticas tributárias como esta pode, ao mesmo tempo, promover um crescimento no nível de atividade econômica e melhorar a distribuição de renda, especialmente nas regiões mais pobres do País. O impacto negativo sobre a arrecadação dos governos revela-se como a principal restrição à implementação dessa política. Os resultados encontrados revelam também a grande utilidade dos modelos aplicados de equilíbrio geral inter-regional para análise dos impactos de políticas tributárias no Brasil.

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SCD 109 - DIREÇÃO DA CAUSALIDADE ENTRE DESENVOLVIMENTO FINANCEIRO E CRESCIMENTO ECONÔMICO NO BRASIL. ANDRÉ LÚCIO NEVES; MAURICIO VAZ LOBO BITTENCOURT; UFPR, CURITIBA, PR, BRASIL; Palavras-chave: Desenvolvimento Financeiro; Causalidade ; Crescimento Econômico; Brasil; Agricultura

Este trabalho discute as relações causais entre desenvolvimento fi nanceiro e crescimento agropecuário no Brasil sob a ótica da causalidade entre desenvolvimento fi nanceiro e crescimento econômico. Para isso, através de dados para o período de 1975 a 2001, um modelo econométrico foi estimado e aplicado o teste de causalidade de Granger. Resultados confi rmam a existência de causalidade do desenvolvimento fi nanceiro para o crescimento agropecuário, como sugerido pela literatura, indicando que através da intermediação fi nanceira poderia haver um aumento na magnitude do efeito da melhora do desenvolvimento fi nanceiro no crescimento agropecuário e teria refl exo na economia como um todo.

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SCD 110 - O FINANCIAMENTO PARA A AQUISIÇÃO DE INSUMOS NAS REVENDAS DO PARANÁ. EDNALDO MICHELLON; TELMA PELIZER; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGá, MARINGÁ, PR, BRASIL; Palavras-chave: Crédito Rural; Revendas ; Paraná; Financiamento; Maringá

A participação do governo federal no fi nanciamento agrícola começou nos anos de 1930, com a criação, no Banco do Brasil, da Carteira de Crédito Agrícola e Industrial (CREAI). Em 1965 foi criado o Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR), objetivando que, parte dos recursos captados pelos bancos fosse canalizada para a agricultura. Durante as décadas seguintes ocorreram muitas mudanças em relação aos recursos disponíveis para o setor agrícola, fi cando cada vez mais difícil o acesso do produtor a esse recurso. Nesse sentido o presente trabalho tem por objetivo identifi car as causas do difícil acesso ao fi nanciamento nas instituições fi nanceiras e o papel das Revendas como fonte desse recurso. A metodologia utilizada foi a entrevista com as Revendas de várias regiões do Paraná, onde foi constatado que 90% das vendas realizadas são para prazo safra, sendo um canal de fi nanciamento do agricultor paranaense.

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SCD 111 - A ESCOLA EM ASSENTAMENTOS DE REFORMA AGRÁRIA: IMPASSES E POSSIBILIDADES NO PROCESSO DE RESSOCIALIZAÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS. PATRICIA LIMA SILVA; LUIS ANTONIO BARONE; FCT/UNESP, PRESIDENTE PRUDENTE, SP, BRASIL; Palavras-chave: Educação ; Escola; Reforma Agrária; Jovens; Ressocialização

Este trabalho é fruto de uma pesquisa sobre as práticas e projetos pedagógicos que ocorrem num assentamento do município de Presidente Venceslau/SP (região conhecida como Pontal do Paranapanema), sendo parte de um esforço de investigação maior, dedicado a compreender os processos de integração social, política e econômica das populações instaladas em Projetos de Assentamentos na região do Pontal do Paranapanema (extremo Oeste Paulista), historicamente marcada pela ocupação ilegal da terra. A partir do ano de 1990, a região constituiu-se referência no contexto da luta pela terra, tornando-se a área do Estado de São Paulo com maior número de assentamentos rurais. Nesse sentido, os assentamentos rurais, experiências novas nos espaços rurais brasileiros, têm uma importância ímpar no contexto geográfi co da região. Ali, a instalação de inúmeras escolas (sobretudo de ensino fundamental) coloca, imediatamente, a questão da função desses estabelecimentos, suas relações com a realidade específi ca da reforma agrária e com a situação concreta de vida dessas comunidades. O que se propoe é uma analise das práticas e manifestações culturais mediadas pela instituição escolar e outras agências que infl uem no processo de ressocialização dos assentados e de formação de uma possível identidade. A situação da juventude será especialmente analisada, a partir dos impasses e perspectivas desse segmento, dentro realidade empirica estudada.

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SCD 112 - PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS: UMA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL. ALDENOR GOMES DA SILVA; FERNANDO BASTOS COSTA; UFRN, NATAL, RN, BRASIL; Palavras-chave: INSTITUCIONALISMO; SEGURANÇA ALIMENTAR; POLITICA AGRICOLA; PRONAF B; POLITICA AGRÍCOLA

Apresentam-se os resultados da pesquisa de “Avaliação do PAA no estado de Pernambuco”, enfatizando os aspectos mais relevantes na perspectiva de uma avaliação do ambiente institucional nos municípios de Recife, Santa Maria da Boa Vista e Catende. Para isso, foram realizadas entrevistas diretamente nesses três municípios e respectivas modalidades, tendo alguns desdobramentos com entrevistas realizadas, também, nos municípios de Pombos, Cabo de Santo Agostinho, Petrolina e Caruaru. As informações cedidas pela CONAB, mostram como foi tímido o início da implementação do PAA em Pernambuco. Apenas uma modalidade foi utilizada, a CAAF, tendo sido disponibilizado pouco mais de 3 milhões de reais e benefi ciando apenas 1. 562 famílias. Em 2004, o montante de recursos aumentou quase 60%, com a introdução de uma nova modalidade de operação – a CDAF, diversifi cada pelas duas nuances adaptadas ao nível local: a CDEAF – estoque e CDEAF – doação. Problemas institucionais relacionados com a natureza das regras do PAA tiveram implicações muito signifi cativas nos resultados alcançados. Foram produzidos re-arranjos no próprio PAA no transcorrer da implantação, diferente do que estava previsto nos marcos legais, contribuindo para permanência da clássica ambigüidade entre as funções distintas do PAA – de ‘política agrícola’ e de ‘política de segurança alimentar e nutricional’. Por fi m, um dos gargalos que impediu a ampliação da base social do PAA esteve ligado aos precários canais de divulgação utilizados pelo Programa.

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SCD 113 - CARACTERIZAÇÃO DAS FAMÍLIAS E DA PRODUÇÃO DE QUATRO ASSENTAMENTOS DA REGIÃO DE ANDRADINA-SP. ANTONIO LÁZARO SANT ANA; JULIANA CHAVES BUOZO; FRANCINE VERCESE; MARIA APARECIDA TARSITANO; SÍLVIA MARIA ALMEIDA LIMA COSTA; UNESP, ILHA SOLTEIRA, SP, BRASIL; Palavras-chave: assentamentos rurais; estratégias; perfi l das famílias; caracterização da produção; região de Andradina-SP

Este trabalho apresenta os resultados parciais de uma pesquisa que está estudando as experiências de famílias e grupos de assentados da região de Andradina (SP) em relação a processos de produção e de comercialização que têm contribuído para a realização dos projetos de vida das famílias/grupos. A escolha dos assentamentos Esmeralda (Pereira Barreto); Orlando Molina (Murutinga do Sul); São José II (Guaraçaí) e Timboré (Andradina/Castilho) buscou expressar a diversidade existente em termos de atividades produtivas, tamanho e localização (diferentes cidades). Os dados de campo foram colhidos por meio de um questionário aplicado junto a 87 famílias dos quatro assentamentos (20 a 30% do total de famílias de cada área). Constatou-se que para a grande maioria das famílias pesquisadas o acesso à terra signifi cou uma melhoria importante nas suas condições de vida, já estes vinham exercendo trabalhos de baixa remuneração e/ou precários como o de assalariado temporário. A principal atividade desenvolvida nos assentamentos é a pecuária leiteira e embora a produtividade média alcançada pelos assentados é baixa, estes têm procurado melhorar sua efi ciência produtiva, investindo na melhoria da alimentação do rebanho na seca e na implantação de um sistema de pastejo rotacionado intensivo. A comercialização por meio de cooperativas organizadas pelos produtores tem permitido reunir um volume de produção relativamente elevado, capaz de garantir uma melhor remuneração em relação à venda individual. A forte dependência de uma só atividade para os agricultores familiares não é desejável, mas algumas tentativas de diversifi cação da produção têm se mostrado problemáticas, como os casos do algodão e do abacaxi que oferecem riscos devido à oscilação de preços e custos de produção mais elevados. Outras opções ainda são muito incipientes e apresentam mecanismos de mercado frágeis (como a olericultura diversifi cada, o quiabo, a abóbora, a mandioca e outras frutas).

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SCD 114 - CONTRATOS ENTRE PEQUENOS PRODUTORES E EMPRESA EXPORTADORA DE MANGA NO RIO GRANDE DO NORTE: UMA ANÁLISE PELA ABORDAGEM PRINCIPAL-AGENTE. LUCIANO SAMPAIO; UFPB, JOÃO PESSOA, PB, BRASIL; Palavras-chave: contrato; teoria dos jogos; fruticultura; exportações; pequeno produtor

A fruticultura é uma atividade de grande importância na balança comercial brasileira, e mais ainda para a região Nordeste. As exportações de manga frescas do Rio Grande do Norte (RN) cresceram bastante nos últimos anos, passando de cerca de vinte toneladas, em 2003, para quatro mil toneladas, em 2005. As diversas exigências do mercado exportador de frutas, como os certifi cados de qualidade, por exemplo, fi zeram da intermediação das exportações uma prática corrente, com a produção de pequenos produtores sendo exportada por empresas. Para a manga do RN, os acordos entre produtores e empresa exportadora podem ser de exportação consignada ou compra direta da produção dos produtores, a preço de mercado, pela empresa. A análise desses contratos pela teoria dos jogos, mais especifi camente, pelo problema principal - agente mostrou que a escolha feita pela maioria dos produtores de exportações consignadas é ótima para ambas as partes e que, dada à opção de contrato com a empresa, o produtor tem incentivo em aplicar alto esforço. Para a empresa, o valor obtido com as exportações dos produtores (comissão de comercialização cobrada) mais do compensa seus custos de exportação somados a seus custos de oportunidade por operar um packing-house ocioso.

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SCD 115 - CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE DA CADEIA PRODUTIVA DE CAFÉ ORGÂNICO DO SUL DE MINAS GERAIS: SUBSÍDIOS PARA O AUMENTO DAS EXPORTAÇÕES. LUCIEL HENRIQUE DE OLIVEIRA; CARLA NOGUEIRA DE SOUZA; CAROLINE BORBA DA SILVA; ERICA DE MARCO; ERICA PRADO SILVESTRE; UNIVERSIDADE PREBITERIANA MACKENZIE, SÃO PAULO, SP, BRASIL; Palavras-chave: Cadeia produtiva; café; café orgânico; exportações; Sul de Minas

A busca por alimentos saudáveis, isentos de resíduos e contaminantes químicos e a conservação do meio ambiente tornou-se realidade. A agricultura orgânica tornou-se mercado em expansão, com perspectivas de crescimento. O café orgânico destaca-se, no Brasil, devido ao histórico de sucesso do produto convencional. O potencial de exportação para esse tipo de café é promissor. Este trabalho é uma pesquisa qualitativa que descreve e analisa a cadeia produtiva do café orgânico no Brasil dando subsídios para o aumento das exportações brasileiras. Foram realizadas entrevistas com agentes de todos os elos da cadeia, permitindo uma orientação dos aspectos relevantes do problema analisado. Partiu-se dos seguintes problemas de pesquisa: Como está organizada a cadeia produtiva de café orgânico no Brasil? Quais seus pontos fortes e fracos? Que melhorias podem ser implementadas para aumentar as exportações deste produto não commodity? Procurou-se analisar de forma crítica a cadeia produtiva do café orgânico visando identifi car os pontos fortes e fracos com o intuito de impulsionar as exportações brasileiras, assim, parte-se do pressuposto que ao analisar tais questões será possível sugerir melhorias para o incremento das exportações brasileiras de café orgânico. Percebe-se o aumento do consumo de produtos orgânicos acompanhado de conscientização da população em relação a melhoria de qualidade de vida e da percepção da necessidade de diminuir a agressão ao meio-ambiente. A pesquisa permitiu conhecer os principais elos, identifi car os pontos fortes e fracos, sugerir melhorias no processo para dar subsídios ao aumento das exportações brasileiras do produto.

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SCD 116 - CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA E PRODUTIVA DA BOVINOCULTURA DE CORTE NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. LOVOIS ANDRADE MIGUEL; CARLOS ADALBERTO MIELITZ; CARLOS NABINGER; PAULO DABDAB WAQUIL; SÉRGIO SCHNEIDER; PGDR/UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: BOVINOCULTURA DE CORTE; SISTEMAS DE PRODUÇÃO; RIO GRANDE DO SUL; PECUÁRIA; SISTEMAS DE CRIAÇÃO

A bovinocultura de corte no Estado do Rio Grande do Sul tem suas origens nos primórdios da ocupação do espaço agrário gaúcho. Presente em todas as regiões agroecológicas do Rio Grande do Sul e compondo sistemas de produção com as mais diversas formatações (tanto relativamente à sua articulação com as demais atividades agrícolas quanto à sua importância no interior dos sistemas produtivos), a bovinocultura de corte gaúcha apresenta atualmente uma realidade diversifi cada, complexa e, paradoxalmente pouco conhecida. O objetivo principal deste estudo foi identifi car, descrever e caracterizar, do ponto de vista social, econômico e produtivo, os principais sistemas de produção com bovinos de corte existentes no Estado do Rio Grande do Sul. O estudo foi realizado entre 2004 e 2005 e foi baseado em uma pesquisa de campo junto a 540 bovinocultores de corte de 117 municípios do Rio Grande do Sul. Este estudo revelou a existência de 16 sistemas de produção distintos. Os resultados apontam que a bovinocultura de corte, em termos gerais, é uma atividade que proporciona um baixo retorno econômico (signifi cativamente inferior às atividades de lavoura comercial), elevada demanda em capital produtivo e forte dependência de outras atividades produtivas ou de rendas não-agrícolas. A motivação apontada por grande parte dos entrevistados indica um perfi l social tradicional, sendo a criação de bovinos realizada por tradição ou satisfação pessoal. Do ponto de vista produtivo, o nível tecnológico de grande parte dos produtores é baixo assim como o padrão zootécnico dos animais e os indicadores de produtividade da atividade. A análise das questões relativas à comercialização da produção sugerem uma forte incompatibilidade entre as exigências da cadeia produtiva e as aspirações e demandas dos produtores.

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SCD 117 - AS INCUBADORAS TECNOLÓGICAS DE COOPERATIVAS POPULARES : UMA PRIMEIRA TENTATIVA DE CONSTRUÇÃO DE MODELO. ANA MARIA DUBEUX GERVAIS; UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO, RECIFE, PE, BRASIL; Palavras-chave: ITCP; Economia Solidária; Trabalho; Tecnologia Social; Inovação

As incubadoras de empresas de base tecnológica existem desde os anos 50. No Brasil, elas surgem a partir dos anos 70 nos chamados ‘sciences parks’ ou parques tecnológicos. Tais incubadoras têm por objetivo principal hospedar pequenas empresas produtoras de inovação e de alta tecnologia para que, num certo período de tempo possam ser autônomas em sua gestão. Inspiradas deste modelo surgem no Brasil, em meados dos anos 90, as chamadas Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares (ITCP’s) voltadas para um público excluído de um ponto de vista sócio-econômico e de acesso aos mecanismos de exercício da cidadania. Desde esta época temos observado um crescimento signifi cativo das ITCP’s, importante vertente da extensão universitária brasileira que vêm contribuindo para o apoio e fomento à grupos econômicos solidários urbanos e rurais na perspectiva mais ampla de construção da economia solidária. O presente trabalho, resultado de uma pesquisa de tese de doutorado, apresenta um estudo comparativo entre as incubadoras de empresas de base tecnológicas e as ITCP’s na perspectiva de estabelecer semelhanças e diferenças entre as mesmas na perspectiva de sistematizar uma modelização principalmente da experiência das ITCP’s. Analisar a natureza do trabalho das incubadoras e a natureza das empresas criadas foram os nossos objetivos principais. No que se refere à primeira categoria a comparação se dá a partir das instituições promotoras das incubadoras, de suas missões e objetivos, do tipo de projeto ao qual elas se dirigem, do tipo de serviço ofertado, do modelo de fi nanciamento e do contexto (caracterizado pelo entorno onde a incubadora exerce suas atividades). Finalmente na segunda categoria de critérios temos como parâmetros comparativos a idade e o nível de escolaridade dos membros, o ramo de atividade, a estimativa do volume de negócios, o número de associados e o tempo de permanência das empresas na incubadora.

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SCD 118 - A ECONOMIA SOLIDÁRIA COMO INSTRUMENTO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: O CASO DE PINTADAS. JOSÉ CARLOS MORAES SOUZA; AMILCAR BAIARDI; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECONCAVO, CRUZ DAS ALMAS, BA, BRASIL; Palavras-chave: rede pintadas; economia solidária; desenvolvimento sustentável; trabalho; organização comunitária

Neste artigo, utilizando o referencial teórico da economia solidária, far-se-á um estudo da “Rede Pintadas” – organização social do município de Pintadas, que está localizado no semi-árido baiano.

Procura-se explicitar seus antecedentes históricos, suas práticas, mecanismos de participação e de gestão coletiva e também sua racionalidade político-econômica, sócio-cultural e ambiental, buscando o entendimento das inter-relações desenvolvidas pelos diferentes atores que a compõem no processo de construção de alternativas de desenvolvimento sustentável para o município.

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SCD 119 - UM EXAME DA RELAÇÃO ENTRE A INDÚSTRIA DA MODA E VARIÁVEIS SÓCIO-ECONOMICAS NO ESTADO DE PERNAMBUCO. MARIANA CAVALCANTI PINCOVSKY DE LIMA; ANDRÉ DE SOUZA MELO; RICARDO CHAVES LIMA; UFPE/PIMES, RECIFE, PE, BRASIL; Palavras-chave: Indústria da moda; variáveis socioeconômicas; mínimos quadrados ponderados; cadeia têxtil; pólo de confecção de Pernambuco

Este trabalho objetiva identifi car os impactos e as relações da indústria da moda nas variáveis socioeconômicas. Esta indústria engloba fi ação, tecelagem, confecção, calçados, curtimento de couro e acessórios nos municípios do estado de Pernambuco. Para isso, foram estimadas regressões usando dados em cross-section e o método de estimação foi o de mínimos quadrados ponderados. Como resultados relevantes, têm-se um impacto importante do PIB e da população na indústria da moda e uma relevante relação positiva entre a indústria do setor e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) retratando a importância do crescimento deste setor no estado de Pernambuco.

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SCD 120 - CARACTERIZAÇÃO DA ATIVIDADE PECUÁRIA NOS MUNICÍPIOS DO MATO GROSSO DO SUL: BRASILÂNDIA, CHAPADÃO DO SUL, PARANAÍBA E RIBAS DO RIO PARDO. MARCIA MOREIRA AYRES DE SOUZA; SERGIO DE ZEN; LEANDRO AUGUSTO PONCHIO; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: Pecuária de Corte; Índices Zootécnicos; Efi ciência Produtiva; Custo de Produção; Rentabilidade

A atividade pecuária no Brasil é responsável por um terço do Produto Interno Bruto do setor agrícola, de acordo com o PIB agrícola do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) e CNA. Dentro da pecuária, o segmento de pecuária bovina de corte é um destaque pela presença em um grande número de propriedades em todo território nacional. No entanto, algumas regiões tradicionais na atividade há alguns anos vêm perdendo área para a atividade agrícola, principalmente para produção de grãos em geral e cana-de-açúcar.

A maioria dos pecuaristas, pressionada pela agricultura, teve de escolher entre duas opções: abandonar a área e partir para regiões de fronteira agrícola ou intensifi car sua atividade. Portanto, o aumento da produtividade pecuária e a sustentabilidade do sistema produtivo devem ser metas a serem alcançadas pela comunidade produtiva do setor pecuário, sendo que apenas os produtores mais efi cientes terão condições de se manter competitivos.

A pressão sobre as áreas de pecuária torna indispensável estudar os fatores e a forças que estão disponíveis aos produtores para mantê-los na atividade e/ou mesmo forma a de continuidade. Para tanto, este trabalho fará uso de dados secundários e primários. Os dados secundários têm origem em instituições como Secretarias de Agricultura e Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística – IBGE. Os dados primários foram coletados a campo utilizando a metodologia descrita por Plaxico & Tweeten (1963), segundo a qual são defi nidas as propriedades típicas de cada região. Sendo estas utilizadas para a defi nição das unidades de produção.

O objetivo é uma análise comparativa da rentabilidade da produção pecuária em diferentes regiões do Estado de Mato Grosso do Sul (MS). No mesmo sentindo, também serão determinados os principais fatores que contribuem para diferenciação de custos entre os municípios.

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SCD 121 - INVESTIMENTO EM INDÚSTRIA FRIGORÍFICA: IMPACTO DOS RISCOS DE MERCADO NA DETERMINAÇÃO DO VALOR DO NEGÓCIO. MARIA JOSÉ DE CAMARGO MACHADO DE ZEN; FÁBIO FREZATTI; FACULDADE ECONOMIA ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE - FEA -USP, SÃO PAULO, SP, BRASIL; Palavras-chave: AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS; RISCOS; GERENCIAMENTO DE RISCOS; MODELO PROBABILISTICO; INDUSTRIA DE CARNES

Um dos principais objetivos da administração fi nanceira é gerar valor aos proprietários através de decisões que maximizem o valor da empresa. Desta maneira, as decisões de investimento vêm ganhando importância nos meios acadêmicos e empresariais devido a sua importância na criação de valor. Nos investimentos em que o nível de risco é bastante elevado e, principalmente, onde há possibilidades de os gestores interagirem com estes riscos através da aquisição de alguma forma de proteção que minimize as perdas futuras, este gerenciamento pode agregar valor ao negócio, trazendo benefícios percebidos. Neste sentido, este trabalho procurou analisar, através de estudo de caso, um investimento em indústria frigorífi ca considerando os impactos dos fatores de risco na determinação do valor do investimento. Devido a volatilidade dos fatores que afetam a previsão do fl uxo de caixa do projeto, foi possível perceber que o valor do negócio, calculado pela metodologia do Valor Presente Líquido, é muito sensível a estes fatores, o que sugere que uma estratégia de gerenciamento de risco é viável nestes investimentos a fi m de assegurar o valor do negócio.

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SCD 122 - ANÁLISE ESTRATÉGICA DE OPERAÇÕES AGROINDUSTRIAIS: UM ESTUDO DE CASO NO SETOR ARROZEIRO. MARCELO FERNANDES PACHECO DIAS; JAIME EVALDO FENSTERSEIFER; UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: estratégica de operações; análise estratégica; estratégia de negócios; desempenho competitivo; empresas arrozeiras

Este artigo discute como a gestão estratégica de operações pode contribuir para a melhorar o desempenho das empresas de benefi ciamento de arroz, que têm obtido fracos resultados econômicos nos últimos anos, através do aprimoramento das decisões ligadas à área de operações e de seu uso como arma competitiva. Nesse sentido, foi desenvolvido um estudo de caso numa empresa agroindustrial arrozeira que compete em diversos segmentos de mercados. O objetivo do estudo foi realizar uma análise estratégica das operações, bem como identifi car “comunalidades” e especifi cidades competitivas entre os diversos segmentos na formulação de estratégias de operações sinérgicas. As principais conclusões indicam baixa competitividade em todos os segmentos de mercado, “comunalidade” nos critérios competitivos “preço” e “desempenho de entrega”, e especifi cidades nos critérios competitivos “qualidade”, “assistência”, “variedade de modelos” e “imagem”. As implicações destes resultados na formulação de estratégias de operações para empresas do setor agroindustrial arrozeiro são discutidas.

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SCD 123 - COMPETITIVIDADE DA PRODUÇÃO DE ALGODÃO E SOJA NO ESTADO DE MATO GROSSO – SAFRA 2004/05. JOAQUIM BENTO DE SOUZA FERREIRA FILHO; LUCILIO ROGERIO APARECIDO ALVES; MAURO OSAKI; ESALQ/USP, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: Custo agrícola; soja; algodão; competitividade; Mato Grosso

Este trabalho analisa a competitividade da produção de algodão e soja no Estado de Mato Grosso, através do custo de produção agrícola para a safra 2004/05. Os dados foram coletados a campo, com a metodologia de painel. As regiões analisadas foram: Rondonópolis (algodão e soja), Lucas do Rio Verde (algodão), Sorriso (soja) e Campo Novo do Parecis (algodão e soja). Como corolário, as duas culturas apresentaram margens negativas em todas as regiões pesquisadas. Entretanto, a margem negativa da cultura da soja foi menor, comparativamente ao algodão, apontando para sua competitividade, além do menor risco de produção. No caso de CNP e Norte de Mato Grosso (LRV e SOR), o algodão gerou um prejuízo três vezes mais que a soja. Em RNP, a perda por hectare foi 5, 7 vezes mais no algodão em relação à soja. As regiões de CNP e SOR apontaram maior competitividade em relação à RNP. Em termos gerais, os custos variáveis são os maiores gargalos em ambas as culturas, justifi cada pela maior utilização de fertilizantes e defensivos químicos.

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SCD 124 - AVALIAÇÃO DE AÇÕES PARA A CRIAÇÃO DE UM NOVO MODELO DE GESTÃO PARA O SETOR BRASILEIRO DE BATATA IN NATURA. MARGARETE BOTEON; RAFAELA CRISTINA DA SILVA; JOÃO PAULO DELEO; CEPEA, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: bataticultura; gestão; custos; promoção; consumo

No presente trabalho, buscou-se apontar três ações necessárias para a criação de um novo modelo de gestão para a bataticultura nacional e avaliar sua importância. Pois, para reverter o atual cenário da bataticultura nacional, um novo modelo de gestão deve ser seguido pelos agentes do setor com o objetivo de agregar valor ao produto e ampliar a rentabilidade da cultura. As três ações estudadas foram: choque de gestão, modernização da comercialização e promoção do consumo. O choque de gestão busca uma maior efi ciência produtiva e administrativa nas propriedades, principalmente adotando práticas agrícolas que adequem o manejo ao conceito de Boas Práticas Agrícolas. Para modernizar a comercialização é necessário uma maior interação entre produtor e varejo, além de uma aproximação do produtor aos bares e restaurantes, devido à crescente alimentação fora do lar. A promoção do consumo deve ocorrer a partir do aumento da informação ao consumidor sobre as propriedades da batata. Para isso, toda a cadeia deve estar integrada, com parcerias entre o setor produtivo e comercial, visando atender às demandas específi cas do consumidor, promovendo um produto seguro, adequado aos hábitos modernos e que também gere uma distribuição de renda mais equilibrada entre os agentes.

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SCD 125 - ENTRE A MONOCULTURA E A DIVERSIDADE: OS CAMINHOS DOS AGRICULTORES ASSENTADOS NA REGIÃO DE ARARAQUARA-SP. HENRIQUE CARMONA DUVAL; VERA LUCIA SILVEIRA BOTTA FERRANTE; UNIARA - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAQUARA, ARARAQUARA, SP, BRASIL; Palavras-chave: Assentamentos Rurais; Autoconsumo; Dinâmica Regional; Agricultura Familiar; Parcerias

O presente trabalho está alocado no projeto CNPq Poder Local e Assentamentos Rurais: expressões de confl ito, de acomodação e de resistência (2004-2007), coordenado pela profa. Vera Lúcia S. Botta Ferrante. Mais especifi camente em seu segundo eixo temático, que trata das contradições entre as diferentes estratégias familiares e os padrões de organização econômica regionais. Com a portaria nº 075-2002 do Itesp, regulamentam-se as parcerias entre os assentamentos geridos pelo órgão e as agroindústrias. Na região de Araraquara, assentados da fazenda Monte Alegre começam a plantar cana em parceria com a usina Santa Luzia. Esta e outras parcerias com o setor privado são analisadas como impulsionadoras da produção nos lotes por trazerem benefícios no fi nanciamento, plantio, assistência e escoamento das produções. No entanto, há um grande risco de ocorrer o arrendamento da terra e uma perda na autonomia e na liberdade dos produtores assentados dentro das parcerias. O enfoque se dá principalmente no caso da cana devido ao histórico dos trabalhadores neste complexo agroindustrial, pela importância política nacional do setor e também por gerar confl itos internos nos assentamentos. As alternativas produtivas junto ao setor privado contrastam com a diversidade e a agricultura familiar, mas não esgotam essa possibilidade e nem encerram as características específi cas da propriedade familiar. O que se observa atualmente é a divisão do espaço dos lotes entre a monocultura e a diversidade agrícola, possibilitando em alguns casos o progresso econômico e a preservação dos recursos naturais. Fato que vai ao encontro do conceito de sustentabilidade segundo Carmo (1998). A metodologia utilizada são leituras sobre experiências regionais de sustentabilidade em assentamentos, pesquisa de campo, aplicação de questionários, leitura do espaço e descrições em diário de campo.

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SCD 126 - CONSUMO DE ÁGUA, ESTRATÉGIAS PRODUTIVAS E ESCASSEZ HÍDRICA: UM LEVANTAMENTO PRELIMINAR COM FAMÍLIAS RURAIS NO ALTO JEQUITINHONHA. FLAVIA MARIA GALIZONI; EDUARDO MAGALHÃES RIBEIRO; VICO MENDES PEREIRA LIMA; ISAÍAS FERNADES DOS SANTOS; RAFAL EDUARDO CHIODI; DAE/UFLA, LAVRAS, MG, BRASIL; Palavras-chave: agricultura familiar; água; Jequitinhonha. ; Politicas Públicas; desenvolvimento

Os objetivos desse artigo são analisar as estratégias familiares de agricultores com relação à água no alto do Jequitinhonha, no nordeste de Minas Gerais investigando disponibilização para o consumo doméstico e produtivo, percepção de escassez, hierarquias de uso e de corte de atividades em função da restrição da água. Visa também investigar o encontro entre as lógicas comunitárias e de programas públicos sobre água e seus impactos no padrão de consumo familiar. É resultado de pesquisa de campo em sete comunidades rurais. Um resultado importante foi “personalizar” regionalmente a noção de escassez, compreendendo-a a partir de perspectivas culturais, ambientais e econômicas das famílias e comunidades rurais do Jequitinhonha. E nesse sentido, poder dar base para interpretar atitudes e estratégias locais para conviver e ou superar escassez d’água e, principalmente, analisar pontos de convergência ou divergência entre essas estratégias, programas e políticas formuladas para enfrentar a questão da água na região.

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SCD 127 - POTENCIALIZANDO APOIOS INSTITUCIONAIS E PARCERIAS NA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS PARA ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL: O CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL EM UNAÍ/MG. ADRIANA CALDERAN GREGOLIN; CLÁUDIA VALÉRIA DE ASSIS DANSA; ALTAFIN IARA; MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO/SECRETARIA DA AGRICULTURA FAMILIAR, BRASÍLIA, DF, BRASIL; Palavras-chave: Jovens rurais ; Formação; Ater; Agricultura Familiar; Parcerias

A Agricultura Familiar abrange diferentes públicos, entre eles os assentados da Reforma Agrária. A oferta de serviços de assistência técnica e extensão rural – Ater para este público é defi ciente e uma parcela signifi cativa de jovens agricultores, em idade escolar, enfrentam difi culdades para concluir o ensino médio e para se profi ssionalizarem. O Governo vem apoiando Programas e Projetos de educação que qualifi cam a formação de jovens rurais. Os apoios institucionais às iniciativas possibilitam a inclusão da juventude rural em projetos de desenvolvimento e de Ater diferenciada. A partir da análise documental avaliou-se a importância do apoio institucional a iniciativas de educação e capacitação para jovens rurais, apresentando resultados parciais em termos de formação técnica e social, à luz do Curso Técnico em Agropecuária e Desenvolvimento Sustentável. Este Curso realizado entre 2003 e 2006, profi ssionalizou 58 jovens agricultores, mulheres e homens. Constata-se que o apoio institucional foi elemento que potencializou a integração de projetos, numa proposta política pedagógica diferenciada, com ganhos para a formação dos jovens, na linha da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural - Pnater.

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SCD 128 - ESTUDO DO PERFIL DOS MUNICÍPIOS RECEPTORES DE RECURSOS DO PRONAF CRÉDITO – UMA COMPARAÇÃO ENTRE AS CAPTAÇÕES DA REGIÃO SUL E DA REGIÃO NORDESTE. FERNANDA FARIA SILVA; VANESSA PETRELLI CORRÊA; HENRIQUE DANTAS NEDER; INSTITUTO DE ECONOMIA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLâNDIA, UBERLâNDIA, MG, BRASIL; Palavras-chave: pronaf; agricultura familiar; região sul; região nordeste; pronaf crédito

Resumo: Nos anos iniciais da implantação do PRONAF, observou-se forte concentração de recursos nas regiões Sudeste/Sul e nos produtores mais integrado. Recentemente ocorreram algumas mudanças que, teoricamente, estariam alterando o perfi l do Programa no sentido de dirigir os recursos a um número maior de agricultores mais carentes e estimular o “desenvolvimento local”, incorporando o debate do paradigma de Desenvolvimento Territorial. O intuito do nosso artigo é o de questionar esta afi rmação e mostrar, através de alguns dados desagregados que, mesmo tendo em vista alteração recente da legislação o PRONAF visto como um todocontinua preso à lógica concentradora de recursos, defi nida pelas exigências do Sistema bancário. Ademais, a integração das políticas e o esforço de organização continuam efetivamente ausentes do PRONAF Crédito, o principal liberador de recursos. Para chegar a esta análise, destacamos que deve-se analisar o perfi l atual do direcionamento dos recursos do PRONAF Crédito, analisando a sua lógica de distribuição. Para tando, fi zemos um estudo dos municípios captadores de recursos na região Sul e Nordeste e calculamos o Índice de Desenvolvimento rural de cada um deles. Este índice incorpora aspectos extra, além da renda média e o intuito é o de verifi car que tipo de município está recebendo a maioria e a minoria dos recursos. Para completar a análise tomamos os 30 municípios que mais captaram recursos em cada uma das regiões e erifi camos os montantes liberados por Grupo do PRONAF (A, B, C, D, AC).

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SCD 129 - SISTEMAS DE PRODUÇÃO FAMILIAR NO MUNICÍPIO DE LAPÃO, BAHIA. VITOR DE ATHAYDE COUTO; CRISTIANE SANTOS GARRIDO; EDNA MARIA DA SILVA; FERNANDA BENICIO TEIXEIRA; UFBA, SALVADOR, BA, BRASIL; Palavras-chave: Agricultura familiar; sistemas de produção; renda familiar; Lapão; Bahia

Este artigo é um sub-produto do relatório da pesquisa Análise-Diagnóstico de Sistemas Agrários, realizada em quatro comunidades rurais, do município de Lapão, microrregião de Irecê, Bahia. O texto contém 5 itens além da introdução e referências. No item 1 descrevem-se o ecossistema e o sistema agrário em que estão inseridas as comunidades rurais. No item 2 encontram-se os resultados da análise da comunidade Corta Facão. O item 3 refere-se à comunidade Lagoa dos Patos; o item 4, à comunidade Mosquito/ Provisório; e o item 5, à comunidade Volta Grande. Como conteúdo de cada um desses itens, detalham-se os aspectos históricos, a tipologia dos Produtores (Pi) segundo técnicas de leituras de paisagem, entrevistas com informantes-chave, tipologia dos Sistemas de Produção (Spi), onde se identifi cam as diferentes combinações de cultivos, criatórios e sistemas de processamento. Na análise detalhada do principal tipo de Pi e SPi, encontram-se os fl uxogramas representando diferentes níveis de integração interna de cada SP, e gráfi cos representativos dos diferentes níveis de efi ciência dos SP. Como resultado, tem-se o valor da renda agrícola que, somada à renda não-agrícola (RNA) totaliza a renda familiar (RF).

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SCD 130 - A REVISÃO DA POLÍTICA DE TARIFAS DE ÁGUA NO USO AGRÍCOLA: UM ESTUDO DE CASO NO SUL DE PORTUGAL. RUI FRAGOSO; CARLOS MARQUES; UNIVERSIDADE DE ÉVORA, ÉVORA, PORTUGAL; Palavras-chave: Programação Multiperíodo; Alentejo; Tarifa de Água; Regadio; Regadio

Este artigo avalia os efeitos de uma política de revisão de tarifas da água no regadio, em termos do consumo de água, do aproveitamento das áreas benefi ciadas com regadio, do rendimento do produtor agrícola, da recuperação dos custos com a água e do desenvolvimento agrícola.

A metodologia utilizada baseia-se na elaboração de um modelo de programação matemática multiperíodo, adapatado às características específi cas de uma exploração agrícola do Sul de Portugal na Região Alentejo. Este modelo determina a combinação óptima das actividades de produção agrícola, em função do consumo do produtor e da sua distribuição, tendo em conta a probabilidade de ocorrência da dotação bruta de água.

Foram analisadas quatro tipos de tarifas: a tarifa fi xa por área benefi ciada, a tarifa proporcional ou volumétrica por metro cúbico de água consumida, a tarifa binómica; e a tarifa progressiva. As simulações realizam-se no âmbito da Política Agrícola Comum de 2003, considerando o perfi l produtivo tradicional e um perfi l produtivo alternativo, resultante da introdução de culturas de valor acrescentado.

Conclui-se que a política de revisão de tarifas deverá privilegiar a adopção de uma tarifa binómica, dado que este tipo de tarifa permite simultaneamente induzir o uso efi ciente da água na agricultura e o equilíbrio orçamental da oferta de água. Tendo em conta o objecto do uso sustentável da água, esta tarifa é também a que menos penaliza a competitividade e por conseguinte o desenvolvimento agrícola.

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SCD 131 - CUSTOS AMBIENTAIS DA PRODUÇÃO DA SOJA EM ÁREAS DE EXPANSÃO RECENTE NOS CERRADOS BRASILEIROS – O CASO DE PEDRO AFONSO - TO. WALDECY RODRIGUES; GISLANE FERREIRA BARBOSA; UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS, PALMAS, TO, BRASIL; Palavras-chave: Método custo-reposição; custos ambientais; commodities e meio ambiente; Valoração do meio ambiente; Soja

Na década de 90, com o aumento do preço da soja no mercado internacional e a ocupação de áreas produtoras tradicionais, outras glebas nos Cerrados foram intensivamente incorporadas para a produção de soja, com destaque para Luís Eduardo Magalhães – BA, Balsas – MA e Pedro Afonso – TO. Essa expansão pode signifi car a ampliação de impactos ambientais nos solos, nos recursos hídricos, na biodiversidade e nas condições de equilíbrio ecológico dos Cerrados. O estudo valora economicamente, através do Método Custo-Reposição (MCR), os impactos ambientais de tecnologias de plantio de soja em região de expansão recente nos Cerrados, tendo como estudo de caso o município de Pedro Afonso - TO. Na região específi ca do estudo os custos ambientais anuais da produção da soja foram estimados em R$ 82. 726, 84. Porém, a adoção progressiva de mais produtores ao plantio direto pode reduzir este valor para R$ 22. 476, 17 ao ano.

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SCD 132 - USO E CONSERVAÇÃO DOS REMANESCENTES DE MANGABEIRA POR POPULAÇÕES TRADICIONAIS. JANE VELMA DOS SANTOS; DALVA MARIA MOTA; UFS, ARACAJU, SE, BRASIL; Palavras-chave: saberes tradicionais; mangaba; catadores; extrativismo; Barra dos Coqueiros

O estudo objetivou analisar como uma população tradicional usa e conserva os remanescentes de mangabeira em Sergipe e constatou que eles têm conseguido conservar os recursos genéticos dessa espécie a partir de um manejo segundo épocas, forma de acesso ao recurso e manejo tradicional num contexto de crescente valorização da fruta nos mercados local e regional.

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SCD 133 - NOTAS SOBRE O AMBIENTALISMO, (AGRO)ECOLOGIA, CIÊNCIA E CAPITALISMO. MARCOS BOTTON PICCIN; CPDA/UFRRJ, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL; Palavras-chave: agroecologia; ecologia; desenvolvimento sustentável; pequeno patrimônio produtivo; capitalismo

As elaborações entorno da agroecologia na década de 1990 ganharam várias compreensões e sentidos, muitas vezes de forma fragmentada e descontextualizada. O presente texto procura articular o debate agroecológico dentro do desenvolvimento do movimento ambientalista, surgido devido às modifi cações estéticas na sociedade industrial do século XVIII, com o fortalecimento do capitalismo. Os conceitos e noções básicas que orientam grande parte das compreensões atuais sobre a agroecologia irão surgir dos debates que esse movimento construirá ao longo dos séculos XIX e XX, principalmente. A trajetória teórica que sofre o conceito de ecologia durante esses séculos é refl etida sobre as elaborações agroecológicas. Assim, as críticas realizadas às sociedades contemporâneas irão conformar a elaboração da noção de sustentabilidade, popularizada a partir da década de 1970, assumindo diferentes signifi cados a partir de então, orientando, também, as elaborações sobre agroecologia. Nesse sentido, procura-se discutir os limites e potencialidades dos enfoques e compreensões agroecológicas num ambiente de mercados oligopolizados onde a busca pelo mercado de nicho é constante para os setores produtores com pequeno patrimônio produtivo. Com isso, conforma-se uma discussão articulando a economia política e a ecologia política procurando encontrar pontos de convergência e limites de diálogo. Conclui-se, destacando o caráter de síntese que possui o conceito de ecologia como orientador de possíveis estratégias de desenvolvimento e estudo das relações eco-sociais, tentando localizar os desafi os postos pelas sociedades contemporâneas a esta perspectiva epistemológica.

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SCD 134 - ANÁLISE COMPARATIVA DO BALANÇO ENERGÉTICO DO MILHO EM DIFERENTES SISTEMAS DE PRODUÇÃO. SILENE MARIA DE FREITAS; MARLI DIAS MASCARENHAS OLIVEIRA; CARLOS EDUARDO FREDO; INSTITUTO DE ECONOMIA AGRÍCOLA, SÃO PAULO, SP, BRASIL; Palavras-chave: MEIO AMBIENTE; AGROENERGIA; MILHO; ENERGIA NA AGRICULTURA; BALANÇO ENERGÉTICO

A partir da matriz de coefi cientes técnicos produzidas pelo Instituto de Economia Agrícola, de informações fornecidas por fabricantes de máquinas e equipamentos e de fontes bibliográfi cas, analisou o balanço energético da produção agrícola de milho, em sistema de plantio direto, para a safra 2005/2006 no estado de São Paulo. Os resultados foram comparados com os obtidos em plantio convencional, na safra 1987/88 e apresentados por ULBANERE (1988). O consumo energético total no plantio direto é menor que no sistema convencional (cerca de 400. 000kcal. ha-1). Grande parte dos insumos envolvidos na cultura do milho são, ainda, provenientes de energia fóssil, confi gurando grande dependência e vulnerabilidade dos sistema de produção. Assim, avanços na redução do custo energético voltam-se para a questão dos nutrientes e consumo de combustíveis fósseis. Nesses casos, sugere-se como alternativas o uso de nutrientes orgânicos e as práticas de rotação e/ou consórcio de leguminosas e, ressalta-se a importância das pesquisas sobre biodiesel e de sua inclusão em nossa matriz energética. A dependência dos resultados de balanços energéticos à “produtividade” da cultura não o caracteriza como ideal para subsidiar decisões de políticas bioenergéticas que se fundamentem na viabilidade técnica dos cultivos de biomassa.

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SCD 135 - CARACTERÍSTICAS DA TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO DA PESCA ARTESANAL EM CABO VERDE. ANTÓNIO JOSE MEDINA DOS SANTOS BAPTISTA; ADRIANO PROVEZANO GOMES; CRISTIANE MÁRCIA SANTOS; UNIVERSIDADE JEAN PIAGET DE CABO VERDE, PRAIA, PORTUGAL; Palavras-chave: PESCA; CABO VERDE; FUNÇÃO DE PRODUÇÃO; EFICIÊNCIA; ELASTICIDADES DE SUBSTITUIÇÃO

Este estudo pretende analisar as características da tecnologia de produção da pesca em Cabo Verde, no sentido de verifi car o comportamento dos parâmetros de elasticidades de produção, produto marginal, elasticidade de escala e elasticidades de substituição ao longo do tempo. Tendo em vista que as políticas de gestão das pescarias necessitam de informações sobre a facilidade de substituição dos fatores de produção, e respostas da produção em razão de aumentos nos fatores, torna-se necessário estimar e analisar o comportamento desses indicadores.

Utilizando a abordagem não-paramétrica de envoltória de dados, foi possível corrigir os dados de inefi ciências e, dessa forma, estimar uma fronteira de produção intertemporal, ou melhor, uma metafronteira de produção. Os resultados indicam que a elasticidade de produção do estoque tem diminuído consideravelmente ao longo do tempo. Essa constatação pode ser interpretada como evidências de diminuição do estoque no período analisado. A elasticidade de escala tem diminuído no período de forma signifi cativa, tendo nos dois últimos anos apresentado retornos decrescentes à escala, indicando que o aumento na captura foi menos do que proporcional ao aumento nos fatores de produção, indicando que podem existir problemas na sustentabilidade da pesca em Cabo Verde.

As políticas de gestão da atividade pesqueira em Cabo Verde não apresentam muitas difi culdades em termos de restrição nos fatores de produção, porque existe uma limitada possibilidade de substituição dos fatores na média das ilhas. E, ao longo do tempo, a situação tem-se tornado mais favorável para os formuladores de políticas de gestão das pescas, no sentido de que a substituição tem-se tornado mais inelástica. Em relação às ilhas mais efi cientes, a situação dos gestores de recursos não é tão confortável, pelo fato das elasticidades de substituição terem apresentado valores acima de 1, que por sua vez indica facilidade de substituição entre embarcações/pescadores.

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SCD 136 - INOVAÇÃO NOS INSTITUTOS PÚBLICOS DE PESQUISA E INSTITUTOS DE PESQUISA MISTOS, NO AGRONEGÓCIO FLORESTAL: ANÁLISE COMPARATIVA. ALBERTO WILLIAM CASTRO; MANOEL MALHEIROS TOURINHO; NÃO TEM NÃO TEM NÃO TEM; EMBRAPA AMAZÔNIA ORIENTAL, BELÉM, PA, BRASIL; Palavras-chave: agronegócio; inovação tecnológica; transferência de tecnologia; análise comparativa; pesquisa fl orestal

O processo de inovação tecnológica dos Institutos de Pesquisa envolve atividades relacionadas à geração, difusão e a transferência de tecnologia, que tem como produto fi nal tecnologias, produtos e serviços, disponibilizados à sociedade. Isso é bem evidenciado no agronegócio fl orestal na região Sul, com a presença dos Institutos de Pesquisa Mistos (IPMs), os quais prestam serviços diretamente para as empresas associadas. Também atuam neste tipo de atividade, os Institutos Públicos de Pesquisa (IPPs), os quais têm suas atividades de PD&I direcionadas ao atendimento das necessidades de uma clientela ampla e diversifi cada no meio rural. Com o objetivo de identifi car as possíveis diferenças nos modelos de geração, difusão e transferência de tecnologia dos IPPs e IPMs e qual o modelo atualmente em uso por esses institutos é que o presente estudo foi idealizado e implementado. Apoiada em um referencial teórico sobre transferência de tecnologia, PD&I em colaboração e ação dos stakeholders, complementado pela noção do sistema nacional de inovação, foi utilizada a metodologia de estudo de casos para a realização da pesquisa. Os dados foram coletados junto aos principais IPPs e IPMs, atualmente em operação na região Sul. Os resultados alcançados demonstraram a existência de diferenças marcantes na postura desses institutos, principalmente, levando em conta a sua clientela, a postura mais competitiva que colaborativa, tanto entre os usuários das pesquisas como no relacionamento entre os próprios institutos de pesquisa. A análise conjunta do SNI e da ação dos stakeholders, permitiu concluir que, instituição importante desse sistema tem atuado mais de uma forma limitadora que facilitadora das ações dos IPPs e IPMs, principalmente nos aspectos regulatórios e fi scalizadores da atividade fl orestal, em detrimento de ações estimuladoras em prol do desenvolvimento econômico, social e do agronegócio fl orestal da região Sul, resultados que também levam a concluir a infl uência do SNI no direcionamento do modelo de pesquisa desses institutos mais para um modelo mercadológico que tecnológico.

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SCD 137 - RESIDÊNCIA AGRÁRIA: PROJETO UNIVERSITÁRIO E CAMPONÊS COMO FATOR DE DESENVOLVIMENTO DO CAMPO. MARIA INÊS ESCOBAR COSTA CASIMIRO; UNIVERSIDADE DE BRASILIA, BRASILIA, DF, BRASIL; Palavras-chave: Educação do Campo; Assistência Técnica e Extensão Rural; Residência Agrária; Capacitação Técnica; Ciências Agrárias

Este trabalho é um estudo da experiência do Programa Nacional de Educação do Campo: Formação de Estudantes e Qualifi cação Profi ssional para Assistência Técnica, que tem sido chamado de Residência Agrária. Este programa é do Ministério do Desenvolvimento Agrário e é executado pelo Instituto de Colonização e Reforma Agrária-INCRA em parceria com as universidades públicas e movimentos sociais do campo. Mas a pergunta central é qual a necessidade de uma Residência Agrária? E a partir da experiência nascente deste programa avaliar seu desenho, como política pública, sua adequação e coerência com a realidade do campo e das universidades.

Para este trabalho analiso a construção do programa nacional como política pública e escolho tratar de forma mais detalhada o caso da Residência Agrária no Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte. A escolha do tema alicerçou-se na importância e no potencial de transformação que tem o trabalho dos(as) profi ssionais que atuam em Assistência Técnica e Extensão Rural, portanto, sua formação tem um peso quase decisivo neste processo. Tem-se como objetivo geral, demonstrar os possíveis impactos de uma política de educação do campo, focada na formação dos(as) profi ssionais de Ciências Agrárias sobre os assentamentos e áreas de agricultura familiar e sobre as próprias universidades envolvidas.

Em termos de procedimento metodológico, foi imprescindível uma pesquisa bibliográfi ca e uma pesquisa de campo. A pesquisa bibliográfi ca foi realizada em livros, artigos científi cos, publicações da Educação do Campo e formação profi ssional das agrárias disponíveis em bibliotecas e instituições públicas e na Internet, com a fi nalidade de construir um embasamento teórico do tema.

A pesquisa de campo foi realizada mediante observação participante nas reuniões de construção dos cinco projetos de especialização, nos encerramentos dos estágios de vivência no Estado do Piauí e Ceará e nas reuniões de planejamento, monitoramento e acompanhamento da Coordenação Nacional e da Coordenação Tecno-científi ca, ambas sediadas em Brasília.

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SCD 138 - A PESQUISA PÚBLICA E A INDÚSTRIA SEMENTEIRA NOS SEGMENTOS DE SEMENTES DE SOJA E MILHO HÍBRIDO NO BRASIL. MARCOS PAULO FUCK; MARIA BEATRIZ BONACELLI; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, CAMPINAS, SP, BRASIL; Palavras-chave: Pesquisa Agrícola; Inovações Tecnológicas; Arranjos institucionais; Biotecnologia; Mercado de sementes

Os últimos anos têm sido marcados por diversas mudanças na organização da pesquisa agrícola. Neste novo momento, as Instituições Públicas de Pesquisa Agrícola (IPPAs) estão perdendo o espaço ocupado durante a Revolução Verde. Atualmente, em diversos países do mundo, as empresas multinacionais têm sido as principais executoras de pesquisas sobre biotecnologia agrícola e, conseqüentemente, têm ampliado sua participação no mercado de sementes de importantes culturas agrícolas. Porém, entende-se que sem o fortalecimento das instituições de pesquisa locais, os países em desenvolvimento podem vir a ser meros receptores passivos de tecnologias desenvolvidas por tais empresas, não aproveitando as oportunidades a serem exploradas no campo da biotecnologia e não conseguindo se contrapor às estratégias das empresas multinacionais. No caso brasileiro, a forma de atuação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) é um bom exemplo de como um IPPA pode participar de modo competitivo deste novo momento da pesquisa agrícola. Neste artigo será abordada a forma como a Embrapa realiza a pesquisa de novas variedades de soja e milho híbrido. Tratam-se das duas principais commodities produzidas pelo Brasil e também das duas principais lavouras geneticamente modifi cadas plantadas no mundo. Ao participar desses mercados, a Embrapa não só amplia a concorrência, mas também ocupa importantes espaços estratégicos, dada a importância dessas culturas para agricultura nacional. Apresentam-se neste artigo o processo de organização da pesquisa agrícola que se seguiu a Revolução Verde, as principais características dos mercados de sementes de soja e milho híbrido, as formas de proteção da propriedade intelectual nesses segmentos e as relações entre a Embrapa e outros importantes atores privados que atuam nesses mercados.

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SCD 139 - ESTAGNAÇÃO DA PECUÁRIA BOVINA NO AGRESTE DE PERNAMBUCO. JOSÉ MAURÍCIO PEREIRA; MÁRCIO MICELI SOUSA; UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO, RECIFE, PE, CARIBE; Palavras-chave: AGRICULTURA FAMILIAR; PECUÁRIA; MODERNIZAÇÃO; POLÍTICAS PÚBLICAS; ACESSO AOS RECURSOS

Sob a infl uência da expansão do capitalismo na agricultura, na década de 1970, foram implementadas no Agreste de Pernambuco ações que resultaram no processo de expansão do efetivo bovino, e conseqüentemente, no crescimento das áreas cultivadas com pastagens e redução das lavouras destinadas à produção de alimentos básicos. O processo foi viabilizado por investimentos governamentais, favorecendo a média e a grande propriedade e promovendo a concentração fundiária. O trabalho tem por objetivo identifi car como as políticas agrícolas repercutiram na pecuária praticada por pequenos produtores, sobretudo a partir dos anos 1980. Foram consultadas publicações do CONDEPE, do IBGE, associadas à leitura de diversos autores e artigos científi cos ligados à questão da modernização e da globalização e também sobre a pecuária praticada entre os produtores familiares. Foi elaborado um questionário que foi aplicado na microrregião do Médio Capibaribe, com produtores familiares, líderes e dirigentes sindicais, nos municípios de Bom Jardim e João Alfredo. Realizaram-se também entrevistas informais com técnicos da Sociedade Nordestina dos Criadores. O estudo procura mostrar que a produção familiar agrestina, além de enfrentar as estiagens periódicas, encontra-se marginalizada pela não utilização de técnicas modernas na pecuária e desprovida de acesso aos recursos produtivos e do apoio governamental. No período assistiu-se ao esvaziamento dos serviços direcionados à pequena produção, particularmente a assistência técnica. As condições oferecidas pelo Estado a estes pequenos criadores evoluíram mais na direção de transferências fi nanceiras do que propriamente no apoio à atividade agropecuária.

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SCD 140 - ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DOS MERCADOS FUTUROS DE COMMODITIES AGRÍCOLAS BRASILEIRAS UTILIZANDO CO-INTEGRAÇÃO. ANDRÉ DE SOUZA MELO; RICARDO CHAVES LIMA; ANDRÉ STEFFENS MORAES; UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, RECIFE, PE, BRASIL; Palavras-chave: Mercados futuros; commodities agrícolas; efi ciência de mercado; co-integração; prêmio ao risco

Este trabalho testa a presença de efi ciência nos mercados futuros de boi gordo, açúcar cristal, milho e café negociados na Bolsa de Mercadorias de Futuros (BM&F), utilizando técnicas de co-integração. A efi ciência de mercado é resultante de uma hipótese conjunta dos preços futuros correntes serem preditores não viesados dos preços a vista no futuro e do prêmio ao risco ser nulo. Entretanto, a presença de prêmio ao risco é criada quando os agentes de mercado (investidores e produtores) demandam contratos futuros, visto que estes agentes são avessos ao risco. Com isso, objetiva-se analisar a existência de efi ciência de mercado na presença de prêmio ao risco. O principal resultado é que os mercados de boi gordo, açúcar e milho se mostraram efi cientes, ocorrendo convergência de longo prazo mesmo com presença de prêmio ao risco.

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SCD 141 - ANÁLISE ESPACIAL DA PRODUTIVIDADE AGRÍCOLA NO ESTADO DO PARANÁ: IMPLICAÇÕES PARA O SEGURO AGRÍCOLA. VITOR AUGUSTO OZAKI; RICARDO SHIROTA; ROBERTO ARRUDA DE SOUZA LIMA; ESALQ, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: seguro agrícola; gestão de risco; risco sistêmico; correlação espacial; semivariograma

O presente estudo tem como objetivo analisar espacialmente os dados de produtividade agrícola. Através da estatística espacial é possível estimar alguns parâmetros do semivariograma relevantes para estudar o problema do risco sistêmico, com implicações nos programas de seguro agrícola. Em particular estimou-se os parâmetros de alcance, para se verifi car a distância, na qual a correlação espacial tende a zero. Para a análise empírica, utilizou-se dados de produtividade agrícola municipal do IBGE, para a soja e milho, no estado do Paraná, no período de 1990 a 2002. O estudo mostrou que de fato a dependência espacial destes dados existe, tornando-se praticamente nula à distâncias relativamente longas (em km) e pode ser captada em todos os anos, para ambas as culturas.

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SCD 142 - MODELO DE PREVISÃO UNIVARIADO PARA PREÇOS DE LEITE PAGOS AOS PRODUTOS NAS PRINCIPAIS REGIÕES BRASILEIRAS. ARLEI LUIZ FACHINELLO; LEANDRO AUGUSTO PONCHIO; CEPEA, PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: modelos univariados; leite; previsão de preços; MG e GO; PR e SP

Este trabalho visa estimar um modelo de previsão univariado, com horizonte de três meses, para a série preço médio real de leite pago aos produtores nos estados de Minas Gerias, Goiás São Paulo e no Paraná. Foram então testados vários modelos ARIMA e SARIMA, do qual foram selecionados oito modelos, sendo dois modelos para cada estado. A metodologia utilizada foi o modelo de Box-Jenkins. Constatou-se neste trabalho que tanto os modelos ARIMA como SARIMA mostram-se adequados na previsão dos preços reais nos quatro estados pesquisados. Ademais, os modelos univariados demonstram ser uma ferramenta útil para previsões no curto prazo, dada a sua simplicidade e capacidade preditiva.

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SCD 143 - MARGENS DE COMERCIALIZAÇÃO DO PESCADO GAÚCHO: EM ANÁLISE O MUNICÍPIO DO RIO GRANDE. GIBRAN SILVA TEIXEIRA; PATRÍZIA RAGGI ABDALLAH; PAULO RENATO LESSA PINTO; FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE - FURG, RIO GRANDE, RS, BRASIL; Palavras-chave: Pescado; Margens de comercialização; Políticas de Margens; Preço pago ao produtor; Preço pago pelo consumidor

O Rio Grande do Sul é um dos maiores produtores de pescado do Brasil, sendo que dentre os municípios de maior expressão nessa atividade no estado, destaca-se o do Rio Grande. O presente trabalho tem por fi nalidade realizar uma análise das margens de comercialização do pescado no município do Rio Grande, no período de Junho de 2004 a Janeiro de 2006, utilizando-se duas espécies de pescado comumente pescadas e consumidas na região, sendo que uma de maior valor comercial e outra de menor valor. A respeito dessas espécies, são calculadas as margens brutas de comercialização, a tendência e composição das margens, a política de margem adotada e a elasticidade de transmissão de preços. Os resultados encontrados, mostraram uma estabilidade no que diz respeito às margens brutas de comercialização, para ambas espécies de pescado. Mostraram também, que os varejistas trabalham com uma margem de ganho fi xa sobre o preço do produtor, e que os comerciantes fi nais adotam uma política de margem crescente. Quanto à elasticidade de transmissão dos preços, pode-se observar que as variações nos preços dos produtores não são signifi cativas na formação do preço pago pelo consumidor fi nal.

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SCD 144 - O COMÉRCIO INTERNACIONAL DA CARNE BOVINA E A INDÚSTRIA FRIGORÍFICA EXPORTADORA. CATIANA SABADIN; IDO LUÍS MICHELS; CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CAMPO GRANDE - UNAES, CAMPO GRANDE, MS, BRASIL; Palavras-chave: Comércio internacional; Carne bovina; Indústria frigorífi ca; Cadeia Produtiva; Exportações

A pecuária de corte brasileira ocupa posição de destaque na economia e no comércio internacional. O mercado mundial de carnes passou por transformações signifi cativas na última década. A partir de 2003 o Brasil ultrapassa a Austrália e se torna o maior exportador de carne bovina do mundo. Este artigo tem como objetivo principal analisar as principais transformações que estão ocorrendo na indústria frigorífi ca brasileira bem como nos demais elos da cadeia produtiva, em função da inserção global. Os métodos utilizados para o estudo foram o exploratório, através da revisão bibliográfi ca e a pesquisa descritiva, através de entrevista qualifi cada aplicada em quatro grupos frigorífi cos exportadores..

Como principais resultados, conclui-se que a expressiva inserção do Brasil no mercado internacional da carne bovina originou transformações estruturais na indústria frigorífi ca exportadora e por conseqüência na cadeia produtiva. Os frigorífi cos nacionais, de uma forma geral, ainda apresentam baixo nível de profi ssionalização, situação que está se alterando com o avanço das exportações. A indústria frigorífi ca passa por uma série de adaptações para suprir as exigências do mercado mundial, o que está contribuindo para a modernização da gestão produtiva, com avanços em termos logísticos, tecnológicos e da estrutura empresarial.

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SCD 145 - O CUSTO DE TRANSPORTE COMO BARREIRA AO COMÉRCIO NA INTEGRAÇÃO ECONÔMICA: O CASO DO NORDESTE. EDUARDO SIMÕES DE ALMEIDA; JOAQUIM GUILHOTO; FEA/USP, SÃO PAULO, SP, BRASIL; Palavras-chave: integração econômica; modelo de equilíbrio geral aplicado espacial; custos de transporte; Nordeste; eqüidade regional

O foco da estratégia de integração do governo brasileiro nos últimos anos está na tentativa de acordos de integração econômica externa tanto em negociações Norte-Sul quanto Sul-Sul. Contudo, tais negociações – quer no âmbito da Rodada de Doha, quer no âmbito de blocos regionais (Alca, Mercosul etc. ) – enfrentam sérias difi culdades para a sua concretização, além de uma extrema morosidade. Em vista disso, a opção da integração econômica interna pode ser uma saída para esse impasse no sentido de ser uma fonte de ganhos de bem-estar social e de promoção de eqüidade regional. Essa opção depende apenas da disposição do governo brasileiro e a lógica da estratégia de uma integração interna baseia-se na redução dos custos de transporte, entendidos como sendo uma barreira ao comércio interestadual. Uma comparação dos resultados da integração econômica interna com a externa, tendo como foco a economia do Nordeste, mostra-se relevante nesse momento.

Para simular opções de integração econômica, foi elaborado o modelo BRASIL-SPACE, um modelo EGAE para análise de políticas de integração econômica no país e com destaque para a economia do Nordeste. Esse modelo incorpora explicitamente os custos de transporte como uma barreira de comércio. A estrutura teórica do modelo está desenvolvida para as cinco macro-regiões brasileiras e cinco regiões externas (Nafta, Ásia, União Européia com 25 membros, a Alcsa composta pelos países sul-americanos e o resto do mundo). O modelo compreende três fatores de produção, a saber, mão-de-obra, capital humano e outros fatores.

Foram simulados diversos experimentos controlados de políticas de integração econômica tanto externa quanto interna com o objetivo de se analisar quais são as melhores opções de integração abertas ao País e para o Nordeste, avaliadas sob o prisma da efi ciência econômica e da eqüidade regional.

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SCD 146 - IMPACTOS DO PROTOCOLO DE CARTAGENA SOBRE O COMÉRCIO DE COMMODITIES AGRÍCOLAS. IZAIAS CARVALHO BORGES; JOSÉ EUSTÁQUIO RIBEIRO VIEIRA FILHO; JOSÉ MARIA FERREIRA JARDIM DA SILVEIRA; INSTITUTO DE ECONOMIA/UNICAMP, CAMPINAS, SP, BRASIL; Palavras-chave: Protocolo de Cartagena; Transgênicos; Exportações; Custos; Soja

O objetivo deste artigo é analisar os impactos do Protocolo de Cartagena sobre o comércio de commodities agrícolas. O Protocolo visa estabelecer regras de segurança sobre o comércio transfronteiriços de Organismos Geneticamente Modifi cados. Estas regras, dependendo da forma em que elas forem implementadas, implicarão em custos extras para os países exportadores de commodities agrícolas. O objetivo específi co foi calcular estes custos extras no Brasil para dois grupos de commodities: milhos e soja.

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SCD 147 - QUOTAS TARIFÁRIAS E ACESSO AOS MERCADOS AGRÍCOLAS. HONORIO KUME; GUIDA PIANI; PEDRO MIRANDA; IPEA, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL; Palavras-chave: quota-tarifária; renda da quota; importação; exportação; mercosul

Nos últimos 10 anos, o uso de quotas-tarifárias disseminou-se tanto como parte dos compromissos assumidos no Acordo implementado pela Organização Mundial de Comércio, como em vários acordos bilaterais ou regionais, graças à garantia de acesso a exportações agrícolas e à obtenção de rendas extraordinárias geradas pela imposição de quotas.

No entanto, o papel da quota-tarifária como instrumento de proteção ainda não é bem compreendido, pois muitas vezes ignora-se que apenas um dos três instrumentos da quota-tarifária, dependendo da demanda, efetivamente restringe as importações, sendo os demais redundantes.

Nas negociações comerciais, um procedimento comum é a oferta de quotas adicionais que permitem ampliar as importações com tarifa reduzida (intra-quota), induzindo à percepção de que ocorrerá um aumento efetivo na quantidade exportada equivalente à quota adicional concedida. No entanto, esse procedimento ignora o impacto sobre a renda extraordinária proporcionada pela quota.

Este trabalho pretende avaliar os possíveis efeitos da aceitação de quotas-tarifárias pelos países do Mercosul para as exportações brasileiras de determinados produtos agrícolas para o mercado da União Européia, com base na última proposta ofi cial européia de maio de 2004, no âmbito das negociações para um acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Européia.

Os resultados indicam um aumento na receita de divisas de US$ 603, 4 milhões, sendo US$ 115, 8 milhões pela apropriação das rendas das quotas e US$ 487, 6 milhões pelo incremento nas exportações. Esse resultado corresponde a 80, 9% do valor da quota oferecida para esses produtos, a preços correntes. Estes confi rmam ainda que a desconsideração dos elementos que explicam o funcionamento dos regimes de quotas-tarifárias e das condições de demanda dos diferentes produtos pode introduzir um viés na estimação dos ganhos potencialmente gerados pela concessão de quotas adicionais nas negociações comerciais de produtos agrícolas.

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SCD 148 - IMPACTO DOS ROYALTIES NA COMERCIALIZAÇÃO NACIONAL DE FLORES: UM ESTUDO MULTI-CASO. LUCIANO VAN DEN BROEK; TÂNIA VERÔNICA VELDT; THIAGO BERNARDINO DE CARVALHO; UFSCAR, SÃO CARLOS, SP, BRASIL; Palavras-chave: fl ores; royalties; exportações; barreiras; comercialização

No setor de fl ores e na agricultura em geral, uma das formas de se criar barreiras às exportações se dá através recolhimento de royalties, já que muitos produtores propagam variedades protegidas, devem pagar os devidos direitos às empresas detentoras do registro dessas espécies e variedades. A fi scalização em relação ao recolhimento dos royalties está começando a interferir as exportações de fl ores brasileiras. Casos como os de lotes de antúrio e rosa exportados serem rejeitados ou até incinerados ao chegarem nos aeroportos de países como Portugal, Holanda, ou outros países importadores, dado a alegação de falta de comprovante de recolhimento de royalties, vêm se tornando cada vez mais comuns. Além desses impactos, inúmeros outros, envolvendo os produtores e o setor de fl ores e plantas ornamentais de forma geral podem ser descritos. Dessa maneira, o presente trabalho, através de um estudo multi-caso tem como objetivo, identifi car e analisar os impactos do recolhimento de royalties na produção e comercialização de fl ores, para que assim se possa simultaneamente informar e melhorar a performance do setor exportador, bem como servir de subsídios às negociações internacionais que visem à eliminação dos obstáculos comerciais ou acordos relacionados ao recolhimento de royalties.

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SCD 149 - A MODERNIZAÇÃO DA AGRICULTURA E OS BRASIGUAIOS NO PARAGUAI. OSCAR AGUSTIN TORRES FIGUEREDO; LOVOIS ANDRADE MIGUEL; PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO RURAL/ UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: Paraguai; Agricultura; Brasiguaios; Soja; Desenvolvimento Rural

A colonização da região Oriental do Paraguai teve início na década de 70 e foi marcada por uma forte presença de agricultores brasileiros. Este processo determinou uma nova forma de territorialidade, fortemente marcada pela expansão e consolidação de uma agricultura empresarial em bases intensivas. A transformação de paisagens e a formação de uma identidade mista decorrentes da convergência de elementos socioeconômicos e produtivos brasileiros dentro do espaço rural paraguaio instituíram um modelo agro-exportador e o território brasiguaio. Com o advento da democracia em 1989, inicia-se no Paraguai, uma serie de transformações onde se pode ressaltar a forte ênfase dada à agricultura em larga escala e destinada à produção para a exportação. Esta conjuntura acarretou uma crise na agricultura de cunho familiar paraguaia: insufi ciência de políticas públicas, baixos preços, difi culdades de comercialização, etc. Assim, o modelo de desenvolvimento agrário adotado hoje no Paraguai e as relações entre os diferentes atores sociais presentes na área rural têm acarretado transformações socioeconômicas e produtivas com efeitos desiguais e contraditórios. Baseado nestes aspectos, o presente artigo tem como objetivo discutir alguns aspectos das transformações produtivas que ocorreram no Paraguai contemporâneo, colocando em evidência o papel dos agricultores brasileiros e a dicotomia entre agricultura empresarial e a agricultura familiar. Para tanto, foi empregado o método histórico comparativo, baseado em uma literatura referencial complementada por dados empíricos.

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SCD 150 - O PROCESSO DE MERCANTILIZAÇÃO DO CONSUMO DE ALIMENTOS NA AGRICULTURA FAMILIAR. MARCIO GAZOLLA MARCIO; SERGIO SCNHEIDER SCHNEIDER; UFRGS (PGDR), PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: Agricultura familiar; segurança alimentar; Autoconsumo; mercantilização; Alto Uruguai

O artigo aborda a mercantilização do consumo de alimentos básicos na agricultura familiar do Rio Grande do Sul, principalmente na Região Norte do estado, denominada de Alto Uruguai. O objetivo principal é o de demonstrar como o processo de mercantilização social e econômica da agricultura familiar ocorreu a partir dos anos de 1970 e, como se desenvolver na área da produção de alimentos para consumo das famílias rurais. Demonstra-se que este processo fragiliza as famílias desta região, principalmente no que se refere a segurança alimentar que é um dos principais componentes da reprodução social destes agricultores. O estudo usa tanto dados primários como secundários e entrevistas semi-diretivas com agricultores e atores sociais de desenvolvimento. A principal conclusão é a de que a agricultura familiar passou por modifi cações profundas a partir do processo de modernização da agricultura e que uma das esferas das unidades de produção que foram fragilizadas foi a de produção para autoconsumo que cedeu lugar as lavouras e criações animais voltadas para o mercado. Em outros casos, a compra de alimentos em postos de abastecimento urbanos é o símbolo máximo deste processo.

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SCD 151 - AS IMPLICAÇÕES DA DELIMITAÇÃO DE RURAL E URBANO PARA AS PRÁTICAS DAS INSTITUIÇÕES DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL EM CIDADES RURAIS. NEIDE MARIA DE ALMEIDA PINTO; ANA LOUISE DE CARVALHO FIÚZA; SILVANE GUIMARÃES SILVA GOMES; UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL; Palavras-chave: RURALIDADE; CIDADE; CAMPO; SENAR; NOVO RURAL

O presente trabalho apresenta uma refl exão acerca das representações que sustentam os critérios demarcatórios de cidade e campo utilizados pelas instituições de assistência técnica e extensão rural. Deter-nos-emos, especifi camente, em analisar as representações de urbano e rural utilizadas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), e as conseqüências do mesmo para as práticas de capacitação junto ao público por ele selecionado. O que desejamos problematizar na prática do SENAR, mas deixando claro que isto não está restrito à atuação do mesmo, é como seu pressuposto de demarcação espacial do rural e do urbano se baseia em critérios do senso comum, marcados por uma concepção ideologizada hierarquizante da relação campo/cidade, que em nada corresponde à dinamicidade das relações sociais e econômicas do embricamento rurbano.

Defendemos, que a delimitação que o SENAR e outras instituições de assistência técnica e extensão rural utilizam para selecionar o “público rural” para seus cursos e atividades extensionistas impede que muitas pessoas que vivem em uma “cidade rural” sejam \\\”capacitadas\\\” e possam dinamizar o tecido social local, com iniciativas de geração de renda e retenção do capital econômico em nível local. Chamamos a atenção neste artigo, também, para a forma como a própria concepção dos conteúdos dos cursos promovidos pelo SENAR acaba por ser afetada por este binarismo socioespacial. Neste sentido, privilegiamos a análise das conseqüências desta concepção binária e antagônica de rural nas diretrizes estabelecidas pelo SENAR para a seleção dos participantes para os seus cursos, lançando como questionamento a suposta adequação dos conteúdos propostos para os cursos, face às necessidades dos habitantes de uma cidade rural. Segundo a nossa perspectiva, a consideração acerca do que o SENAR considera como rural afetaria, inclusive, a noção de trabalho rural, que não pode ser compreendida somente considerando as atividades rurais como correspondendo à atividade agrícola, o que justifi ca a necessidade de se buscar novas teorias e visões acerca do rural e da ruralidade.

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SCD 152 - UMA INTERPRETAÇÃO POLÍTICA DA INTRODUÇÃO DA SOJA NO CERRADO DE MATO GROSSO. JOSE MANUEL CARVALHO MARTA; ADRIANO MARCOS RODRIGUES FIGUEIREDO; UFMT, CUIABA, MT, BRASIL; Palavras-chave: SOJA; MODERNIZACAO; AGRICULTURA; CAPITAL; MATO GROSSO

O artigo questiona alguns elementos convencionais de análise na literatura econômica rural e no senso comum dos técnicos e procura explicar a entrada e expansão da soja em mato grosso à parte da questão preços x quantidades de insumos e produtos. Fundamentalmente propõe na discussão, a identifi cação de alguns elementos da modernização do campo, como pré-condição do processo de migração dos agricultores do sul do país para mato grosso. Também procura mostrar como os agricultores produtores da soja se tornaram reféns do sistema internacional de preços e insumos modernos, além, naturalmente do sistema fi nanceiro. Indica que o sojicultor se tornou refém do capital agroindustrial, do mercado e de suas instituições. Indica-se inicialmente que a introdução da soja foi provocada por políticas governamentais em conjunto com ações de empresas comerciais que se benefi ciam do processo.

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SCD 153 - ALGUNS COMENTÁRIOS SOBRE AS MUDANÇAS NA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA E O PAPEL DO CENTRO-OESTE. JOSE MANUEL CARVALHO MARTA; UFMT, CUIABÁ, MT, BRASIL; Palavras-chave: desenvolvimento regional; geografi a econômica; história econômica; Centro-Oeste; agricultura

O objetivo deste artigo é discutir os aspectos econômico-culturais que determinam a produção de milho e de arroz na região Centro-Oeste, considerando a cultura de abertura de lavouras temporárias. Utilizou-se o método histórico-analítico, considerando aspectos da interpretação antropológica de outros autores e a própria vivência do autor. O artigo procura mostrar a necessidade da pesquisa de campo regional em face da generalização estatística que omite aspectos importantes. Dessa maneira, mostra como a produção de milho se desenvolveu principalmente em Goiás, considerando os aspectos culturais decorrentes da origem da população. Ao mesmo tempo procura realçar a produção do arroz de sequeiro como “amansadora” das terras de Mato Grosso, no processo de abertura da fronteira do cerrado. O artigo diferencia a ocupação em Goiás com o milho daquela de Mato Grosso com o arroz, considerando componentes culturais entre outras.

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SCD 154 - CAPITAL HUMANO, SOCIAL E EMPREGO EM MUNICÍPIOS AGRÍCOLAS. ELAINE MENDONCA BERNARDES; PAULA REGINA DE JESUS PINSETTA PAVARINA; FERNANDO CURI PERES; UNESP E USP, ILHA SOLTEIRA, FRANCA E PIRACICABA, SP, BRASIL; Palavras-chave: capital humano; capital social; desenvolvimento econômico; desenvolvimento regional; emprego

A modernização da agricultura aumenta a importância da geração de empregos em atividades não agrícolas, em áreas rurais e municípios nos quais a agricultura é a principal atividade empregadora da mão-de-obra – em grande parte de baixa escolaridade. Este estudo teve por objetivo geral analisar a importância do capital humano e do capital social no número de empregos. Mais especifi camente trata-se de aprofundar a análise, iniciada em trabalho anterior, da relação entre os estoques de capital humano, capital social e o emprego em “municípios agrícolas” do estado de São Paulo. As variáveis originalmente consideradas mostraram-se correlacionadas e optou-se por realizar uma análise de componentes principais, seguida de análise de regressão linear múltipla. Dois foram os componentes principais obtidos e explicaram 61, 145% da variância total dos dados de 625 municípios paulistas. O primeiro componente é formado principalmente de variáveis de escolaridade da população e do índice de concentração industrial (IHH) e o segundo, de variáveis de “vida associativa”. A regressão que se seguiu incluiu, dentre as variáveis explicativas, além dos dois componentes, uma variável binária para distinguir os “municípios agrícolas” (selecionados com base no quociente locacional) e do número de empregados por habitantes no início do período (1994). A variável dependente foi o número de empregados per capita no município em 1999. A variável binária fez parte da segunda solução apresentada, na qual um número mais reduzido de municípios (97), em relação à primeira regressão, foi considerado agrícola. Logo, os resultados sugerem que tais municípios têm sim particularidades em relação ao número de empregos que geram. Quanto ao capital social, não fez parte das soluções obtidas, ao contrário do capital humano que mais uma vez sempre esteve presente. Nas duas regressões apresentadas, o fator que refl ete a escassez de capital humano reduz o número de empregos per capita.

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SCD 155 - REFLEXÕES SOBRE O PAPEL DAS COOPERATIVAS AGROPECUÁRIUAS NO FINANCIAMENTO DA AGRICULTURA BRASILEIRA. TEREZINHA FERNANDES GOMES; REGIO MARCIO TOESCA GIMENES; ISABEL CRISTINA GOZER; FATIMA MARIA PEGORINI GIMENES; GERVALDO RODRIGUES CAMPOS; UNIPAR, UMUARAMA, PR, BRASIL; Palavras-chave: CRÉDITO-RURAL; COOPERATIVISMO-AGROPECUÁRIO ; RISCO-FINANCEIRO; -; -

Este artigo tem como objetivo analisar a evolução do crédito rural no Brasil e o papel das cooperativas agropecuárias no sistema formal como no informal de crédito. Com relação aos procedimentos metodológicos esta pesquisa é de natureza analítica, portanto não foi utilizado nenhum modelo estatístico para testar ou correlacionar os dados apresentados. Após analisar as informações obtidas na revisão da literatura percebe-se que: a) o montante de recursos ofertados pelo Sistema Nacional de Crédito Rural aos produtores e suas cooperativas não atende a demanda existente e a sua escassez constitui-se num entrave ao desenvolvimento sustentável do agronegócio brasileiro; b) há uma resistência dos agentes fi nanceiros em conceder crédito às cooperativas, devido às imperfeições existentes no mercado agropecuário e ao paternalismo com que são dirigidas; c) é inegável a importância das cooperativas agropecuárias como um elo de ligação entre os produtores rurais e as instituições fi nanceiras, permitindo através de sua capilaridade, uma maior efi cácia na análise individual do risco dos empréstimos concedidos aos seus associados, tendo como conseqüência, a provável redução das taxas de juros cobradas nestas operações, uma vez que diminuiria o risco de default no sistema como um todo.

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SCD 156 - COOPERATIVAS NO AGRONEGÓCIO DO LEITE: TENDÊNCIAS INTERNACIONAIS. FABIO RIBAS CHADDAD; IBMEC-SP, SãO PAULO, SP, BRASIL; Palavras-chave: Cooperativas; estratégia; estrutura; direitos de propriedade; tendências

Entre os maiores países produtores de leite, o Brasil destaca-se por ter uma baixa participação de cooperativas na captação e comercializão de leite e derivados. A participação de mercado das cooperativas brasileiras está ao redor de 23% do volume total e 40% do leite formal. Vários fatores podem ser identifi cados para se explicar as diferenças observadas entre países no que tange a participação de mercado das cooperativas leiteiras, incluindo: política agrícola do país, regulamentação do setor leiteiro, barreiras à importação de leite e derivados, estrutura do setor produtivo, políticas de apoio a organizações cooperativas, nível tecnológico e educacional dos produtores, ambiente institucional, entre outros. Este artigo discute aspectos relacionados à estrutura interna e comportamento estratégico das cooperativas de lácteos. Com base em projetos de pesquisa, estudos de caso, entrevistas com dirigentes e observações do autor, o trabalho analisa pontos comuns às cooperativas leiteiras nos EUA, Europa e Oceania, que contribuem para sua competitividade, incluindo-se: consolidação através de fusões e incorporações, formação de alianças estratégicas, adoção de sistema profi ssional e representativo de governança corporativa, estrutura centralizada, esforços de fi delização do cooperado, novos mecanismos de capitalização e estratégia competitiva alinhada com estrutura corporativa. As estratégias e estruturas adotadas por cooperativas em outros países serve de base para uma análise sobre o futuro do cooperativismo de lácteos no Brasil.

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SCD 157 - A ECONOMIA INSTITUCIONAL: EM BUSCA DE UMA TEORIA DO DESENVOLVIMENTO RURAL. EDUARDO ERNESTO FILIPPI; RENILDES FORTUNATO SIMAN; OCTÁVIO AUGUSTO CONCEIÇÃO; PGDR/UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: Nova Economia Institucional; Economia do Desenvolvimento; Desenvolvimento Rural; Nova Economia Evolucionária; Instituições

Este artigo aborda a questão do desenvolvimento rural a partir de enfoques contemporâneos, dentro da teoria econômica do desenvolvimento, em um esforço de tornar esta teoria mais realista, e que dê conta de explicar os processos econômicos ou as diferentes trajetórias econômicas em contextos históricos diferenciados. Dentre tais abordagens destacam-se a Nova Economia Institucional e a Nova Economia Evolucionária as quais buscam demonstrar a necessidade de mudanças na teoria neoclássica do desenvolvimento, na medida em esta omite importantes elementos que explicam as distintas trajetórias ou performances econômicas dos países. O objetivo deste trabalho é o de demonstrar como as referidas abordagens podem ajudar a compreender os também distintos processos de desenvolvimento rural.

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SCD 158 - PLANTAÇÕES E POLÍTICA FLORESTAL NO BRASIL: ANÁLISE DA FORMAÇÃO E DA INSTITUCIONALIZAÇÃO DE DEMANDAS (1960-2000). MUCIO TOSTA GONÇALVES; FEAD, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL; Palavras-chave: política fl orestal; interesses agroindustriais; celulose; siderurgia; política ambiental

Iniciando com uma revisão do processo de formação da política fl orestal brasileira e a sua evolução até a década de 1990, o presente artigo discute algumas das principais causas da fragilidade institucional que marcaram a política fl orestal brasileira a partir do processo de redemocratização iniciado na década de 1980. Partindo da constatação que essa situação foi causada pelas formas como ocorreu e se desenvolveu um tipo particular de articulação entre as agências governamentais e os interesses dos grupos particulares consumidores de madeira plantada e de alguns de seus subprodutos (em especial as fi rmas produtoras de ferro gusa, de aço e de pasta celulósica), o artigo relaciona algumas das conseqüências do processo de evolução da política fl orestal com questões afeitas à preservação e à produção fl orestal no país e suas articulações com a política ambiental.

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SCD 159 - UTILIZAÇÃO DA FUNÇÃO DE ANÁLISE DISCRIMINANTE LINEAR E O MODELO DE REGRESSÃO LOGÍSTICA NA PREVISÃO DE INSOLVÊNCIA DE COOPERATIVAS AGRÍCOLAS DO ESTADO DO PARANÁ. ROBERTO MAX PROTIL; WESLEY VIEIRA DA SILVA; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ, CURITIBA, PR, BRASIL; Palavras-chave: modelos de previsão; insolvencia; risco; cooperativas agropecuarias;

Área em crescimento no mercado fi nanceiro, gerenciar riscos tornou-se questão primordial para o bom desempenho organizacional. Saber a probabilidade de insolvência torna-se um instrumento poderoso na tomada de decisões estratégicas. O presente trabalho realizou uma análise comparativa entre modelos estatísticos de previsão de insolvência nas cooperativas agrícolas paranaenses, analisando se as diferentes técnicas levam a resultados desiguais. Os modelos preditivos foram construídos utilizando-se a função de Análise Discriminante Linear e o modelo de Regressão Logística (Logit). O trabalho traz uma breve descrição sobre os modelos estatísticos de previsão de inadimplência mais utilizados atualmente, mostra os principais estudos realizados com o objetivo de construir modelos de previsão de insolvência empresarial e descreve algumas técnicas estatísticas relevantes para o estudo prático que foi realizado. Comparativamente o modelo Logit foi superior ao modelo Discriminante tanto no percentual de previsão geral como no percentual de acerto tipo II (prever corretamente que a empresa será solvente). Mas é preciso observar, que como este trabalho destinava-se a comparar as duas técnicas utilizando exatamente a mesma base de dados, não foi possível atender a todos os pressupostos iniciais da análise Discriminante.

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SCD 160 - DIMENSIONANDO O PIB DO AGRONEGÓCIO EM PERNAMBUCO. ECIO DE FARIAS COSTA; DJALMA LEITE DE ARAÚJO NETO; PIMES / UFPE, RECIFE, PE, BRASIL; Palavras-chave: Dimensionamento; PIB do Agronegócio; Pernambuco; CAI; Montante e Jusante

Este estudo é realizado devido à importância do cálculo do PIB (Produto Interno Bruto) para a formulação e direcionamento de políticas, e, também, por conta da abertura dos mercados, que forçou o agronegócio, e todos os demais setores da economia, a otimizarem as suas unidades produtivas a fi m de se tornarem mais competitivas. O presente trabalho conceitua e faz a caracterização setorial do que venha a ser o complexo agroindustrial (CAI), ou, em outras palavras, o agronegócio. Também trás à tona toda a metodologia usada no dimensionamento do CAI pernambucano. Na análise, a classifi cação setorial do CAI pernambucano e a mensuração do PIB do CAI são apresentadas. Nestas participam as mensurações dos setores que fi cam a montante e a jusante, do núcleo (produto agropecuário) e dos impostos. Além de outros resultados relacionados à participação dos setores a montante, a jusante e sobre o núcleo do agronegócio, aponta-se que o PIB do agronegócio de Pernambuco representa 21, 2% do PIB total do Estado, contra 7, 7% apontados por estatísticas ofi ciais para o setor primário.

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SCD 161 - POLÍTICAS PÚBLICAS DE FOMENTO À PRODUÇÃO FAMILIAR NO BRASIL: O CASO RECENTE DO PRONAF. LAURO MATTEI; UFSC, FLORIANÓPOLIS, SC, BRASIL; Palavras-chave: Pronaf; Agricultura; familiar; Desenvolvimento; rural

O trabalho faz uma análise da evolução do crédito destinado aos agricultores familiares atendidos pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) no Brasil, resgatando a concepção, objetivos, principais instrumentos operacionais e mudanças institucionais recentes do programa. A análise dos indicadores de expansão do crédito é dividida em duas fases distintas: a primeira diz respeito ao período que vai do início do Pronaf até 1999. A partir deste ano o público benefi ciário passou a ser diferenciado pelo nível de renda bruta das unidades familiares de produção. Assim, a segunda fase engloba as safras agrícolas subseqüentes a 1999 até 2005, último ano com informações disponíveis. Dentre as principais conclusões do estudo, destaca-se que o programa continua concentrado na região Sul do país e, em termos dos grupos benefi ciários, prevalece uma concentração dos recursos nos grupos C e D, que são considerados os agricultores mais bem posicionados no sistema agropecuário familiar brasileiro.

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SCD 162 - MODERNIZAÇÃO E DIVERSIFICAÇÃO COM MINIMIZAÇÃO DE RISCOS NA AGRICULTURA FAMILIAR: A EXPERIÊNCIA DO PROJETO DE ASSENTAMENTO BOM CONSELHO NO MUNICÍPIO DE MACAÍBA/RN.. JOÃO MATOS JOÃO; SEBASTIÃO FRANCISCO DE MENEZES; UFRN, NATAL, RN, BRASIL; Palavras-chave: política agrária; crédito fundiário; assentamento rural; agricultura familiar; política pública

Analisa a experiência com a implementação do Projeto de Crédito Fundiário e Combate à Pobreza Rural (PCF), tomando, como estudo de caso, o Projeto de Assentamento Bom Conselho, no município de Macaíba, estado do Rio Grande do Norte. Resume as principais contribuições teóricas sobre o processo recente de modernização da agricultura brasileira e destaca as formas de organização da produção que emergiram desse processo de modernização, entre as quais se inclui a agricultura familiar modernizada e integrada aos circuitos de produção e de mercado. Os dados empíricos para elaboração do estudo de caso foram obtidos em pesquisa documental e em levantamento de campo, durante o qual foram realizadas observações diretas dos plantios e criações existentes no assentamento, além entrevistas com os gestores da associação responsável pelo projeto. A análise dos dados empíricos mostrou que a implementação do PCF – integrada com o Programa de Combate a Pobreza Rural (PCPR) e o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) – teve efeitos bastante signifi cativos, tanto do ponto de vista da renda, quanto do emprego e da segurança alimentar no assentamento pesquisado. Além disso, fi cou evidente que a agricultura familiar é capaz de incorporar progresso técnico, diversifi car a produção, participar dos mercados de produtos agrícolas diretamente ou por intermédio de uma empresa âncora. Por último, mas não menos importante, fi cou comprovado que a reestruturação fundiária não é um programa meramente social, mas um elemento estratégico da mais alta relevância para o desenvolvimento rural em bases sustentáveis.

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SCD 163 - O ARRENDAMENTO NOS LOTES DOS PROJETOS DE ASSENTAMENTO DE TRABALHADORES RURAIS: UMA POSSIBILIDADE A CONSIDERAR?PEDRO RAMOS; IE/UNICAMP, CAMPINAS, SP, BRASIL; Palavras-chave: arrendamento ; lotes; políticas públicas; cana; reforma agrária

O artigo discute a conveniência ou não do arrendamento parcial de áreas de lotes de projetos de assentamento de trabalhadores rurais (PA’s), tendo em conta a insufi ciência das políticas públicas de apoio à tais projetos/assentados. Considera a questão da produção de cana, seja com base no arrendamento, seja como atividade explorada pelos próprios assentados. Relaciona esta discussão com dados e informações levantadas em publicações da Orplana e em entrevistas realizadas com assentados e usinas/destilarias próximas a três PA’s localizados no Estado de São Paulo. O objetivo é contribuir para o debate acerca da sustentação e viabilidade do programa de reforma agrária no Brasil.

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SCD 164 - POBREZA RURAL NO BRASIL: DIFERENTES ABORDAGENS GERAM RESULTADOS DIFERENTES?ELY JOSÉ MATTOS; PAULO DABDAB WAQUIL; UFRGS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; Palavras-chave: pobreza; abordagem monetária; Abordagem das Capacitações; análise multidimensional; análise fatorial

A pobreza, segundo o Banco Mundial, afeta quase a metade dos 6 bilhões de habitantes do planeta. Apesar de apresentar uma realidade distinta daquela de vários países africanos ou asiáticos, o Brasil também convive com indicadores de pobreza elevados. Estes indicadores, por sua vez, são fundamentados em uma abordagem monetária, onde a renda é o principal critério para classifi cação dos indivíduos como pobres ou não-pobres. Todavia, mesmo utilizando uma metodologia de mensuração já consolidada no meio acadêmico (e político), uma pergunta parece persistir: o que é, de fato, ser pobre? O que propomos neste artigo é traçar um comparativo entre a abordagem tradicional (monetária) e uma abordagem multidimensional, a Abordagem das Capacitações, de Amartya Sen, para discutir esta pergunta contextualizada no ambiente rural. Enquanto a abordagem tradicional aponta como pobre o indivíduo que não tem renda, a Abordagem das Capacitações leva em consideração os aspectos qualitativos da vida das pessoas, aquilo que as pessoas são capazes de ser e fazer (funcionamentos). Os resultados mostram diferenças consideráveis entre as duas abordagens. Um delas diz respeito à importância da renda na avaliação do bem-estar (que é bastante diversa nas duas abordagens) e a outra está relacionada com a importância das estruturas multidimensionais avaliadas pela Abordagem das Capacitações.

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SCD 165 - AS VILAS RURAIS NA REGIÃO OESTE DO ESTADO DO PARANÁ: UMA POLÍTICA PÚBLICA DE DESENVOLVIMENTO E SEU IMPACTO NA VIDA DOS TRABALHADORES RURAIS VOLANTES. JOVIR VICENTINI ESSER; YONISSA MARMITT WADDI; JEFFERSON ANDRONIO RAMUNDO STADUTO; MARCELINO DE SOUZA; UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ, TOLEDO, PR, BRASIL; Palavras-chave: Vila Rural; Trabalhador rural volante; Política Pública; desenvolvimento; Pobreza

Esse trabalho teve como objetivo avaliar o impacto do Programa Vila Rural, enquanto política pública de desenvolvimento, nas condições de vida dos assentados, especialmente dos trabalhadores rurais volantes. No contexto de políticas públicas de desenvolvimento rural, as Vilas Rurais implantadas no Paraná são consideradas um programa inédito no país. Para alcançar-se o objetivo proposto neste trabalho foi realizado um estudo de caso das Vilas Rurais dos municípios de Corbélia e Anahy - Região Oeste do Paraná -, onde se identifi cou o impacto do programa na vida dos assentados. A avaliação é de que, se não houve mudança signifi cativa em termos econômicos, entretanto, no aspecto de qualidade de vida houve sensível transformação. Observou-se in loco, através de entrevistas com os vileiros, o aumento na auto-estima e satisfação das famílias de maneira geral, especialmente no tocante à casa própria e ao terreno para produção voltada à subsistência, e a redução de risco social desses assentados. Para uma efetiva melhoria nas condições socioeconômicas as vilas rurais necessitam ainda de projetos de geração de renda e assistência técnica, direcionados à mão-de-obra desqualifi cada como a do “bóia-fria”.

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SCD 166 - UMA ANÁLISE ECONOMÉTRICA DAS OFERTAS DE AÇÚCAR E ÁLCOOL PARANAENSES. LUCILIO ROGERIO APARECIDO ALVES; PERY FRANCISCO ASSIS SHIKIDA; ELVANIO COSTA DE SOUZA; ELIZÂNGELA MARA CARVALHEIRO; UNIOESTE, TOLEDO, PR, BRASIL; Palavras-chave: cana-de-açúcar; Paraná; modelagem econométrica; Brasil; Vetor Autoregressivo

Este trabalho analisa as ofertas de açúcar e de álcool paranaenses, a partir de uma modelagem econométrica. Como corolário, a quantidade ofertada de açúcar varia inversamente ao preço do álcool, assim como a quantidade ofertada de álcool varia inversamente ao preço do açúcar, mas este último foi não signifi cativo estatisticamente. Outrossim, considerando apenas os resultados signifi cativos, uma variação de 1% no preço médio do açúcar gera uma variação positiva de 1, 2% na quantidade ofertada deste produto, e se o preço médio do álcool se eleva em 1% a quantidade ofertada de açúcar sofre uma queda de 2, 0%. Um aumento de 1% no preço médio da cana-de-açúcar gera um acréscimo menos que proporcional na oferta do açúcar (0, 79%). Diante de tais resultados, pode-se dizer que o dinamismo da agroindústria canavieira do Paraná tem sido dado, mormente, pela oferta de açúcar, sendo a oferta de álcool mais residual (comparativamente à produção de açúcar).

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SCD 167 - A CADEIA PRODUTIVA DE CARNE SUÍNA NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL E NA SERRA GAÚCHA. DIVANILDO TRICHES; RENILDES FORTUNATO SIMAN; ALEXANDRE MONTEIRO SILVA; VALTER JOSÉ STULP; UNISINOS, SÃO LEOPOLDO, RS, BRASIL; Palavras-chave: cadeia produtiva da carne de suíno; integração vertical; modelos estruturais de série de tempo; serra gaúcha; custo de transação

O presente estudo objetiva defi nir e analisar a cadeia produtiva da carne suína no estado do Rio Grande do Sul e na serra gaúcha, sob a ótica da teoria dos custos de transação, além ter como referência a suinocultura mundial e nacional. Emprega-se ainda o modelo estrutural de série de tempo para analisar os componentes principais, a tendência e sazonalidade, das séries preço do milho e preço do suíno recebido pelo produtor. Os resultados indicam que a cadeia é altamente estruturada e que os principais atores estão organizados numa linha de integração vertical. A produção nacional de carne de suíno está concentrada nos estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. A suinocultura gaúcha, que representa 13% do rebanho do país, é desenvolvida, sobretudo em pequenas propriedades, em conjunto com outras culturas como fruticultura e olericultura. A análise dos componentes principais permite concluir que tanto a tendência quanto a variabilidade sazonal são mais elevadas na série preço do suíno recebido pelo produtor gaúcho do que na série preço do milho.

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S C D 1 6 8 - A A G R O I N D Ú S T R I A C A N AV I E I R A D O PA R A N Á P Ó S -DESREGULAMENTAÇÃO:. DARCY JACOB RISSARDI JR. ; PERY FRANCISCO ASSIS SHIKIDA; UNIOESTE, TOLEDO, PR, BRASIL; Palavras-chave: Agroindústria canavieira; Referencial neoschumpeteriano; Inovação

O trabalho tem como escopo analisar os principais condicionantes da evolução da agroindústria canavieira paranaense após a desregulamentação setorial, à guisa do instrumental neoschumpeteriano. A utilização da abordagem neoschumpeteriana, por meio, principalmente, dos trabalhos de Nelson e Winter, Rosenberg, Freeman, Dosi e Cochrane, deve-se ao fato de que, segundo esta corrente do pensamento econômico, existe uma dinâmica competitiva na qual a inovação é um elemento central de diferenciação entre as empresas. Este trabalho se confi gura como de natureza qualitativa e para a coleta de dados nos levantamentos utilizou-se o questionário como técnica de interrogação. Deve-se enfatizar o fato de as empresas paranaenses que compõem o setor agroindustrial canavieiro estarem, desde a desregulamentação setorial, ocorrida em 1990, inseridas no paradigma tecnológico vigente no setor, em que importa estar atento a atributos importantes para a maior competitividade setorial, tais como: maior apuração de custos; introdução de inovação em produtos e processos; e aquisição e construção de competências e habilidades no desenvolvimento de capacitações produtivas, tecnológicas e organizacionais.

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COMERCIALIZAÇÃO, MERCADOS E PREÇOS AGRÍCOLAS

SSD 202 - A IMPORTÂNCIA DO PÓLO FRUTÍCOLA BANDEIRANTE NO AGRONEGÓCIO PAULISTA. 652

SCD 031 - A INTERDEPENDÊNCIA ENTRE OS PREÇOS DO CAFÉ BRASILEIRO E COLOMBIANO: UMA ANÁLISE EMPÍRICA. 154

SSD 077 - A LOGÍSTICA COMO GARANTIA DE ALIMENTOS MAIS BARATOS: UM ESTUDO DE CASO SOBRE A MOVIMENTAÇÃO DE ARROZ.

P 022 - A RASTREABILIDADE BOVINA SOB O PONTO DE VISTA DE PRODUTORES E FRIGORÍFICOS.

SCD 034 - A REGRA ÓTIMA DE ARMAZENAMENTO DE ARROZ NO BRASIL ATRAVÉS DE UM MODELO DINÂMICO DE EXPECTATIVAS RACIONAIS.

SSD 076 - ALTERNATIVAS DE INVESTIMENTOS PARA O CERTIFICADO DE DEPÓSITO AGROPECUÁRIO / WARRANT AGROPECUÁRIO (CDA/WA).

SCD 033 - ANALISANDO OS RELACIONAMENTOS DURADOUROS NO CANAL DE DISTRIBUIÇÃO DA MAÇÃ BRASILEIRA: UMA VISÃO DOS PRODUTORES.

SCD 140 - ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DOS MERCADOS FUTUROS DE COMMODITIES AGRÍCOLAS BRASILEIRAS UTILIZANDO CO-INTEGRAÇÃO.

SSD 207 - ANÁLISE DA FORMAÇÃO DOS PREÇOS RECEBIDOS PELOS SOJICULOTORES DOS ESTADOS DO RIO GRANDE DO SUL, PARANÁ E MATO GROSSO.

SSD 083 - ANÁLISE DA TRANSMISSÃO ENTRE OS PREÇOS DOS CORTES DE SUÍNOS NO VAREJO E OS PREÇOS RECEBIDOS PELOS PRODUTORES NO ESTADO DE SÃO PAULO.

SSD 086 - ANÁLISE DA VOLATILIDADE DO PREÇO DO CACAU NO MERCADO DE FUTUROS DE NOVA YORK (CSCE):UMA APLICAÇÃO DO MODELO GARCH.

SSD 199 - ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DOS PREÇOS HISTÓRICOS DO ARROZ NO RIO GRANDE DO SUL DE 1973 A 2005.

P 006 - ANÁLISE DO DÉFICIT DE ARMAZENAGEM DE GRÃO NA REGIÃO SUDESTE.

SSD 324 - ANÁLISE DO TRADE-OFF NA PRODUÇÃO DE AÇÚCAR E ÁLCOOL NAS USINAS DA REGIÃO CENTRO-SUL DO BRASIL.

SCD 086 - ANÁLISE DOS RETORNOS SOCIAIS ORIUNDOS DE ADOÇÃO TECNOLÓGICA NA CULTURA DO AÇAÍ NO ESTADO DO PARÁ.

SSD 322 - ANÁLISE DOS TERMOS DE TROCA E AS MODIFICAÇÕES ESTRUTURAIS DA COTONICULTURA NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL.

SCD 141 - ANÁLISE ESPACIAL DA PRODUTIVIDADE AGRÍCOLA NO ESTADO DO PARANÁ: IMPLICAÇÕES PARA O SEGURO AGRÍCOLA.

SSD 071 - APONTAMENTOS SOBRE AS TENDÊNCIAS DO PREÇO DO FRANGO DE CORTE NO BRASIL.

SSD 075 - AS ALTERAÇÕES NA COFINS E PIS E SEUS REFLEXOS SOBRE A CADEIA ORIZÍCOLA GAÚCHA.

P 098 - ASPECTOS TEÓRICOS DO DATA MINING E APLICAÇÃO DAS REDES NEURAIS EM

PREVISÕES DE PREÇOS AGROPECUÁRIOS.

SSD 070 - ASSIMETRIA NA TRANSMISSÃO DE PREÇOS DE PRODUTOS HORTIFRUTÍCOLAS NO ESTADO DE SÃO PAULO.

SSD 087 - ATITUDE DOS CONSUMIDORES E PERCEPÇÃO DO RISCO ASSOCIADO AO CONSUMO DE CARNE DE VACA EM PORTUGAL.

SSD 330 - AVALIAÇÃO DA PREVISIBILIDADE DOS PREÇOS DA MADEIRA DE EUCALIPTO UTILIZANDO REDES NEURAIS ARTIFICIAIS.

SSD 085 - CAUSALIDADE DE PREÇO DO MERCADO DE CARNE DE BOI GORDO PARA SEIS ESTADOS BRASILEIROS, 1994 A 2003.

SSD 072 - CAUSALIDADE E CO-INTEGRAÇÃO NO MERCADO DE CAFÉ ENTRE A BM&F E A NYBOT.

SSD 325 - COMERCIALIZAÇÃO E COMPORTAMENTO DE PREÇOS DA MADEIRA SERRADA NOS ESTADOS DE SÃO PAULO E PARÁ.

SSD 082 - COMPORTAMENTO DE COMPRA DOS CONSUMIDORES DE FRUTAS, LEGUMES E VERDURAS (FLV) NA REGIÃO CENTRAL DO RIO GRANDE DO SUL.

P 075 - COMPORTAMENTO DO PREÇO DO CACAU EM AMÊNDOAS NO ESTADO DO PARÁ E BAHIA: UMA ANÁLISE DAS DIFERENÇAS.

P 096 - COMPORTAMENTO DOS PREÇOS DA RAIZ DE MANDIOCA NO ESTADO DA BAHIA.

SSD 081 - COMPORTAMENTO DOS PREÇOS NOS MERCADOS BRASILEIROS DE SUINOS, MILHO E SOJA.

SCD 030 - DAS PREOCUPAÇÕES FISIOCRÁTICAS E CLÁSSICAS AO CUSTEIO AGRÍCOLA MODERNO: O PENSAMENTO ECONÔMICO E SUA APLICAÇÃO AO SISTEMA NACIONAL DE CRÉDITO RURAL (SNCR).

P 078 - DETERMINAÇÃO DA BASE DO MILHO EM DIFERENTES MUNICÍPIOS DO BRASIL.

P 011 - EFICIÊNCIA PRODUTIVA DO SETOR ATACADISTA/DISTRIBUIDOR NO BRASIL.

SCD 139 - ESTAGNAÇÃO DA PECUÁRIA BOVINA NO AGRESTE DE PERNAMBUCO.

SSD 209 - ESTRATÉGIAS COM CONTRATOS FUTUROS E PREVISÃO DOS PREÇOS DE CAFÉ ARÁBICA: UMA ABORDAGEM DE CO-INTEGRAÇÃO.

SSD 333 - ESTUDO DA CADEIA PRODUTIVA DE FLORES: MUNICÍPIO DE GRAVATÁ - PERNAMBUCO.

SSD 331 - EVOLUÇÃO DAS ELASTICIDADES-RENDA DOS DISPÊNDIOS DE LEITE E DERIVADOS NO BRASIL.

SCD 029 - EXPECTATIVA DE RENTABILIDADE NA CAFEITURA BRASILEIRA: SITUAÇÃO NAS REGIÕES GEOGRÁFICAS.

P 046 - EXPECTATIVA DE RENTABILIDADE NA LAVOURA DE MILHO NO BRASIL: SITUAÇÃO NAS REGIÕES GEOGRÁFICAS.

SCD 083 - EXPORTAÇÕES AGRÍCOLAS BRASILEIRAS E O ACORDO MERCOSUL-UNIÃO EUROPÉIA.

P 092 - FATORES INTERNOS QUE LEVARAM A ALTERAÇÃO NO PROCESSO DE PRODUÇÃO E

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COMERCIALIZAÇÃO DA PECUÁRIA DE CORTE BRASILEIRA.

SSD 205 - FEIRAS LIVRES DO BREJO PARAIBANO: CRISE E PERSPECTIVAS.

SSD 080 - FLUXO DE COMERCIALIZAÇÃO DE HORTALIÇAS PRODUZIDAS NA REGIÃO ALTO CABECEIRAS DO TIETÊ.

SSD 084 - FLUXOS DE ALGODÃO EM PLUMA PARA EXPORTAÇÃO NO ESTADO DA BAHIA: UMA APLICAÇÃO DE PROGRAMAÇÃO LINEAR.

SSD 201 - FLUXOS DE EXPORTAÇÃO DE SOJA DO ESTADO DO MATO GROSSO: UMA APLICAÇÃO DE PROGRAMAÇÃO LINEAR.

SSD 210 - FONTES DE CRESCIMENTO DO VALOR DA PRODUÇÃO DE COMMODITIES DO AGRONEGÓCIO EM MINAS GERAIS NO PERÍDO 1994 A 2004: CAFÉ, CANA-DE-AÇÚCAR E SOJA.

SSD 073 - FORMAÇÃO DO FRETE NO BRASIL: SUBSÍDIOS PARA ESTRATÉGIAS DE NEGOCIAÇÃO EM CADEIAS DE SUPRIMENTOS.

SCD 088 - INDICADORES DE EFICIÊNCIA E ECONOMIAS DE ESCALA NA PRODUÇÃO DE LEITE: UM ESTUDO DE CASO PARA PRODUTORES DOS ESTADOS DE RONDÔNIA, TOCANTINS E RIO DE JANEIRO.

P 012 - INTEGRAÇÃO DOS PREÇOS DE CAFÉ NO BRASIL: O REPASSE DE VERBAS AOS CAFEICULTORES BRASILEIROS.

SSD 200 - INTEGRAÇÃO ESPACIAL DO MERCADO DE BOI GORDO ENTRE OS ESTADOS DE MINAS GERAIS E SÃO PAULO NA PRESENÇA DO EFEITO THRESHOLD.

SSD 326 - INTEGRAÇÃO ESPACIAL E CAUSALIDADE DE PREÇOS NO MERCADO BRASILEIRO DE BOI GORDO: RESULTADOS PRELIMINARES.

SCD 143 - MARGENS DE COMERCIALIZAÇÃO DO PESCADO GAÚCHO: EM ANÁLISE O MUNICÍPIO DO RIO GRANDE.

P 016 - MARGENS DE COMERCIALIZAÇÃO E TRANSMISSÃO DE PREÇOS DA GOIABA PRODUZIDA NA REGIÃO NORTE FLUMINENSE.

SCD 084 - MODELAGEM ARIMA NA PREVISÃO DO PREÇO DA ARROBA DO BOI GORDO.

SCD 142 - MODELO DE PREVISÃO UNIVARIADO PARA PREÇOS DE LEITE PAGOS AOS PRODUTOS NAS PRINCIPAIS REGIÕES BRASILEIRAS.

SSD 203 - MOVIMENTAÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCAR NUMA AGROINDÚSTRIA CANAVIEIRA EM CONDIÇÕES ADVERSAS DE OPERAÇÃO.

P 023 - MUDANÇAS NOS MODAIS DE TRANSPORTES: ÓBICE AO DESENVOLVIMENTO DA AGROINDÚSTRIA DA SOJA EM MATO GROSSO?

P 069 - O CONSUMO E COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS ORGÂNICOS: O CASO DA ASSOCIAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA AGROPECUÁRIA ORGÂNICA - FORTALEZA.

P 064 - O PROCESSO DE COMERCIALIZAÇÃO DO PEDÚNCULO E DA AMÊNDOA DA CASTANHA DE CAJU BRASILEIRA.

SSD 327 - OPERAÇÕES DE “CASH-AND-CARRY ARBITRAGE” NA BM&F: UMA DESAGREGAÇÃO DOS CUSTOS.

SSD 079 - OUTSOURCING NA GESTÃO DA CADEIA DO FRIO, O PAPEL DO OPERADOR LOGÍSTICO COMO SOLUÇÃO DE ARMAZENAGEM, DISTRIBUIÇÃO E CLIMATIZAÇÃO: O CASO TRU

LOGÍSTICA.

SSD 078 - PADRÕES SAZONAL E CÍCLICO PARA PREÇO DE BOI GORDO NO ESTADO DE SÃO PAULO. 1976-2004.

SCD 032 - PREVISÃO PARA O PREÇO FUTURO DO CACAU ATRAVÉS DE UMA SÉRIE UNIVARIADA DE TEMPO: UMA ABORDAGEM UTILIZANDO O MÉTODO ARIMA.

SSD 328 - PREÇOS DE TERRAS NO BRASIL, FINANCIAMENTO E PRODUTIVIDADE TOTAL DOS FATORES.

SCD 085 - PRODUTIVIDADE DO CAFÉ EM MINAS GERAIS: UMA ANÁLISE ESPACIAL.

P 074 - RELAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DOS MERCADOS FUTURO E FÍSICO DA SOJA: EVIDÊNCIAS PARA O MERCADO BRASILEIRO.

SSD 206 - RELAÇÕES DE PREÇOS NOS MERCADOS INTERNO E INTERNACIONAL DE SOJA E DERIVADOS.

P 030 - RELAÇÕES DE TROCA, SAZONALIDADE E MARGENS DE COMERCIALIZAÇÃO DE CARNE DE FRANGO NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM NO PERÍODO 1997-2004.

SSD 332 - REPASSE DAS VARIAÇÕES DA TAXA DE CÂMBIO NOS PRECOS DO VAREJO: UMA ANALISE COM DADOS DO ÍNDICE DE PREÇOS AO CONSUMIDOR DE CAMPO GRANDE.

SCD 087 - RISCO E RETORNO NO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO: UM ESTUDO DAS EMPRESAS LISTADAS NA BOVESPA.

P 037 - SAZONALIDADE E CICLOS DE PRODUÇÃO E PREÇOS DO AÇAÍ COMERCIALIZADO NO MUNICÍPIO DE BELÉM NO PERÍODO DE 1995 A 2004.

SSD 204 - SAZONALIDADE, MARGEM DE COMERCIALIZAÇÃO E TRANSMISSÃO DE PREÇOS DO TOMATE DE MESA NO ESTADO DE SÃO PAULO.

SSD 074 - SPREAD: UMA AVALIAÇÃO DOS CONTRATOS FUTUROS DO ALGODÃO NA BM&F E NA NYBOT.

P 087 - UM ESTUDO DOS PRINCIPAIS ASPECTOS PRODUTIVOS E MERCADOLÓGICOS DA PECUÁRIA DE CORTE BRASILEIRA.

SSD 323 - UM ESTUDO EXPLORATÓRIO SOBRE OS EFEITOS ESPACIAIS NA AGROPECUÁRIA PARANAENSE.

SCD 027 - UM ESTUDO SOBRE O VALOR DO SISTEMA DE RASTREABILIDADE ANIMAL NOS EUA.

SSD 329 - UMA ANÁLISE APLICADA DE DECISÃO COM OPÇÃO DE VENDA UTILIZANDO CADEIAS DE MARKOV.

SCD 028 - UMA METODOLOGIA PARA AVALIAR A EXPECTATIVA DE RENTABILIDADE NA AGRICULTURA BRASILEIRA: UM ESTUDO DAS REGIÕES GEOGRÁFICAS.

SSD 208 - USO DA ANÁLISE DE COMPONENTES PRINCIPAIS PARA A CRIAÇÃO DE CLUSTERS COMO MECANISMO DE DIVERSIFICAÇÃO DE CARTEIRA DE ATIVOS DO SETOR AGROINDUSTRIAL.

P 051 - UTILIZAÇÃO DE MODELOS DE SÉRIES TEMPORAIS UNIVARIADAS NO APOIO À TOMADA DE DECISÃO: UM ESTUDO DE CASO.

P 050 - VOLATILIDADE NO MERCADO FUTURO DE BOI GORDO NA BM&F: UM ESTUDO EMPÍRICO UTILIZANDO MODELOS DA CLASSE ARCH.

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ADMINISTRAÇÃO RURAL E GESTÃO DO AGRONEGÓCIO

P 034 - A CERTIFICAÇÃO DE PRODUTORES DE ORGÂNICOS NO BRASIL : UM ESTUDO EXPLORATÓRIO.

P 063 - A IMPORTÂNCIA DA CERTIFICAÇÃO E DA RASTREABILIDADE PARA GARANTIA DE COMPETITIVIDADE NO AGRONEGÓCIO: CONCEITOS E PROPOSTA DE UM MODELO ANALÍTICO.

P 019 - A INOVAÇÃO COMO ESTRATÉGIA DE DIFERENCIAÇÃO NA AGRICULTURA: O ESTUDO DA DOMAINE ILE DE FRANCE.

SSD 162 - ABERTURA DE CAPITAL COMO UMA OPÇÃO DE FINANCIAMENTO DAS ATIVIDADES DAS EMPRESAS DO AGRONEGÓCIO.

SSD 283 - AGROINDÚSTRIA FAMILIAR ORGÂNICA E ESTRATÉGIAS DE MARKETING E COMERCIALIZAÇÃO.

SCD 011 - ANÁLISE COMPARATIVA SOBRE CUSTOS AGROINDUSTRIAIS: UMA APLICAÇÃO DE TESTES NÃO-PARAMÉTRICOS ENTRE EMPRESAS DA PARAÍBA E DE PERNAMBUCO.

P 032 - ANÁLISE DA CADEIA DE VALOR DO MARACUJÁ AMARELO (PASSIFLORA EDULIS SIMS F. FLAVICARPA DEG.), NO MUNICÍPIO DE IGARAPÉ-AÇU, ESTADO DO PARÁ.

P 017 - ANÁLISE DA EFICIENCIA DE PRODUÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCAR NO PERÍMETRO IRRIGADO CURU-PARAIPABA NO ESTADO DO CEARÁ.

SSD 029 - ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DE ALGUNS FATORES SOCIOECONÔMICOS E DEMOGRÁFICOS NO CONSUMO DOMICILIAR DE CARNES NO BRASIL.

P 107 - ANÁLISE DA PRODUÇÃO SUINÍCOLA: UM ESTUDO DE CASO DE PRODUTORES EFICIENTES E INEFICIENTES NO SISTEMA DE UPL.

SSD 288 - ANÁLISE DAS ESTRATÉGIAS DE MARKETING DAS INDÚSTRIAS DE PROCESSAMENTO DE AMENDOIM DA REGIÃO DE TUPÃ-SP.

P 001 - ANÁLISE DE UMA EMPRESA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS:.

SSD 024 - ANÁLISE DO DESEMPENHO COMPETITIVO DAS AGROINDÚSTRIAS DE FRUTAS DO ESTADO DO PARÁ.

P 067 - ANÁLISE DO PROCESSO DE CONCESSÃO DE CRÉDITO EM DISTRIBUIDORES DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS.

SSD 033 - ANÁLISE ECONOMICA DA PRODUÇÃO DE ARROZ NO MUNICIPIO DE VÁRZEA ALEGRE / CE.

P 059 - ANÁLISE ECONOMICA DO CULTIVO DE MEXILHÕES (PERNA PERNA), EM DOIS SISTEMAS, PENHA/SC.

SCD 122 - ANÁLISE ESTRATÉGICA DE OPERAÇÕES AGROINDUSTRIAIS: UM ESTUDO DE CASO NO SETOR ARROZEIRO.

SSD 151 - ANÁLISE SOCIOECONÔMICA DO IRRIGANTE DA BACIA HIDROGRÁFICA METROPOLITANA, ESTADO DO CEARÁ.

SSD 285 - APURAÇÃO E CONTROLE DE CUSTOS: UM ESTUDO NO SETOR AVÍCOLA DO MUNICÍPIO DE SÃO BENTO DO UNA – PE.

SSD 156 - AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE DE UM PROCESSO PRODUTIVO

AUTOCORRELACIONADO: ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA FABRICANTE DE CAFÉ SOLÚVEL.

SCD 124 - AVALIAÇÃO DE AÇÕES PARA A CRIAÇÃO DE UM NOVO MODELO DE GESTÃO PARA O SETOR BRASILEIRO DE BATATA IN NATURA.

SSD 152 - AVALIAÇÃO ECONÔMICA COMPARATIVA DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE NA REGIÃO DE AQUIDAUANA-MS.

SCD 006 - AVALIAÇÃO ECONÔMICA EM SISTEMAS PECUÁRIOS DE CICLO COMPLETO NO ESTADO RIO GRANDE DO SUL.

P 033 - BENEFICIAMENTO DE CAFÉ EM UNIDADES MÓVEIS NA REGIÃO DO ALTO PARANAÍBA-MG.

SCD 065 - CANAIS QUE NÃO FUNCIONAM: O CASO DA CO-GERAÇÃO DE ENERGIA COM O USO DO BAGAÇO DE CANA.

P 079 - CAPACIDADES DIFERENCIADORAS COMO VANTAGEM COMPETITIVA NAS EMPRESAS TORREFADORAS DE CAFÉ.

SCD 120 - CARACTERIZAÇÃO DA ATIVIDADE PECUÁRIA NOS MUNICÍPIOS DO MATO GROSSO DO SUL: BRASILÂNDIA, CHAPADÃO DO SUL, PARANAÍBA E RIBAS DO RIO PARDO.

SSD 027 - CENTRO DE CUSTOS E ESCALA DE PRODUÇÃO NA PECUÁRIA LEITEIRA DOS PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES DO BRASIL.

SSD 287 - CENÁRIOS DE LONGO PRAZO PARA A CAFEICULTURA BRASILEIRA: 2006-2015.

SCD 123 - COMPETITIVIDADE DA PRODUÇÃO DE ALGODÃO E SOJA NO ESTADO DE MATO GROSSO – SAFRA 2004/05.

SSD 025 - COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR DE FRUTAS EM RONDÔNIA: UM ESTUDO DE CASO.

P 118 - COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR DE MEL DE ABELHA NAS CIDADES CEARENSES DE CRATO E JUAZEIRO DO NORTE.

SSD 155 - COMPREENDENDO A TOMADA DE DECISÃO DO PRODUTOR RURAL.

P 105 - CUSTO DA PRODUÇÃO DE ABACAXI NA REGIÃO DO RECÔNCAVO BAIANO.

P 052 - CUSTO DE PRODUÇÃO E IMPACTO DA POLÍTICA PÚBLICA NA PISCICULTURA EM TANQUE-REDE NO ESTADO DE SÃO PAULO.

P 066 - CUSTO E RENTABILIDADE DA PRODUÇÃO DE JUVENIS DE PACU <1>PIARACTUS MESOPOTAMICUS, PIUAÇU <1>LEPORINUS SP. E CURIMBA <1>PROCHILODUS LINEATUS: ESTUDO DE CASO.

SCD 012 - CUSTOS DA CADEIA PRODUTIVA DO FRANGO: PARCERIA ENTRE COOPERATIVA E PEQUENOS PRODUTORES FAMILIARES NO ESTADO DE SANTA CATARINA.

SSD 028 - DECISÕES DE DISTRIBUIÇÃO: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO EM UMA COOPERATIVA.

SCD 007 - DESEMPENHO AGROECONÔMICO DO CONSÓRCIO ALFACE-BETERRABA SOB SISTEMA ORGÂNICO.

SSD 159 - DISPOSIÇÃO DE PAGAR POR ALIMENTOS SEGUROS: O CASO DOS HORTIFRUTÍCOLAS SEM RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS.

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SSD 031 - DO CERRADO À AMAZÔNIA: AS ESTRUTURAS SOCIAIS DA ECONOMIA DA SOJA EM MATO GROSSO.

SSD 280 - ECONOMIA DE ESCALA NA PRODUÇÃO DE SOJA NO BRASIL.

SSD 161 - EFEITO DO NÍVEL DE ESCOLARIDADE NO CONSUMO DE CARNE BOVINA E HORTALIÇAS NO BRASIL.

SCD 063 - EFICIÊNCIA COMBINADA DOS FATORES DE PRODUÇÃO: APLICAÇÃO DE ANÁLISE ENVOLTÓRIA DE DADOS (DEA) À PRODUÇÃO LEITEIRA.

P 043 - EFICIÊNCIA PRODUTIVA DE FRIGORÍFICOS E LATICÍNIOS NO BRASIL.

P 081 - EFICIÊNCIA TÉCNICA E DE ESCALA DE COOPERATIVAS DE LATICÍNIOS.

SCD 009 - EM BUSCA DE UM NOVO PARADIGMA PARA O SEGURO RURAL NO BRASIL.

SSD 036 - ESCOLHA DA LÂMINA ÓTIMA DE IRRIGAÇÃO PARA FEIJÃO, DE ACORDO COM O NÍVEL DE AVERSÃO AO RISCO POR PARTE DO PRODUTOR.

P 013 - ESTIMATIVA DE CUSTO DE COLETA E RENTABILIDADE PARA SISTEMA EXTRATIVO DE LÁTEX DE SERINGUEIRA NA AMAZÔNIA.

SSD 289 - ESTRATÉGIAS DE MARKETING EM LATICÍNIOS: UM ESTUDO EM EMPRESAS DA REGIÃO DE TUPÃ-SP.

SSD 158 - ESTUDO DA VIABILIDADE FINANCEIRA DA IMPLANTAÇÃO DE PIVÔ CENTRAL COM A UTILIZAÇÃO DE ROTAÇÃO DE CULTURAS NO OESTE BAIANO.

SSD 150 - ESTUDO DA VIABILIDADE FINANCEIRA DA IMPLANTAÇÃO DE UM APIÁRIO PARA A PRODUÇÃO DE PRÓPOLIS E MEL.

SSD 149 - ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA PARA A PRODUÇÃO DE BIODIESEL DE SOJA E MAMONA NA REGIÃO NORTE DO PARANÁ.

SCD 013 - GESTÃO DO AGRONEGÓCIO DA CERA DE CARNAÚBA: CUSTOS DE PRODUÇÃO, RENTABILIDADE E LUCRATIVIDADE.

SSD 038 - IDENTIFICANDO ESTRATÉGIAS DE MARKETING NAS REDES DE SUPERMERCADOS PARA FRUTAS E HORTALIÇAS NO BRASIL.

P 018 - IDENTIFICAÇÃO DE SEGMENTOS NO MERCADO CONSUMIDOR DE CAFÉ NA CIDADE DE SÃO PAULO.

P 048 - IMPACTO ECONÔMICO, SOCIAL E AMBIENTAL DO USO DO METODO ALTERNATIVO DE DETERMINAÇÃO DE FIBRA EM DETERGENTE ÁCIDO E FIBRA EM DETERGENTE NEUTRO.

SCD 067 - INDICADORES DE DESEMPENHO NÃO-FINANCEIROS NO AGRONEGÓCIO: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO.

SCD 121 - INVESTIMENTO EM INDÚSTRIA FRIGORÍFICA: IMPACTO DOS RISCOS DE MERCADO NA DETERMINAÇÃO DO VALOR DO NEGÓCIO.

SSD 284 - MARKETING METRICS EM COMUNICAÇÃO NO AGRONEGÓCIO:UM ESTUDO DE CASO NO PÓLO REGIONAL DE VIÇOSA ATRAVÉS DO MODELO DE AMBLER.

SSD 157 - MARKETING VERDE COMO UMA ABORDAGEM ESTRATÉGICA FRENTE AO NOVO PERFIL DE CONSUMO.

SSD 026 - METODOLOGIAS DE CUSTOS DE PRODUÇÃO NA PECUÁRIA LEITEIRA: UM ESTUDO

NOS PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES DO BRASIL.

SSD 148 - MODELO PARA AVALIAÇÃO DOS LIMITES DA VIABILIDADE DO BIODIESEL NO BRASIL.

SSD 281 - NICHOS DE MERCADO COMO ESTRATÉGIA COMPETITIVA: O CASO DA PRODUÇÃO DE LEITE DE CABRAS E OVELHAS NA REGIÃO DE BENTO GONÇALVES, RS.

SCD 008 - O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR DE ÁGUA MINERAL: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO SOBRE AS VARIÁVEIS QUE INFLUENCIAM O CONSUMO.

SSD 153 - O CULTIVO DA GRAVIOLEIRA EM PROPRIEDADES PRODUTORAS DE CACAU DA REGIÃO SUDESTE DA BAHIA: UM ESTUDO DA VIABILIDADE FINANCEIRA DA CULTURA.

SCD 010 - O GOVERNO FEDERAL E O MERCADO DE SEGURO AGRÍCOLA: APRENDENDO COM O PASSADO E CONSTRUINDO O FUTURO.

SSD 030 - O IMPACTO DA CERTIFICAÇÃO PIF E EUREPGAP, NO PROCESSO DE COMERCIALIZAÇÃO DA UVA PRODUZIDA POR PEQUENOS PRODUTORES DO VALE DO SÃO FRANCISCO: UM ESTUDO DE CASO.

SSD 282 - O IMPACTO DA INSTRUÇÃO NORMATIVA 51 NO SISTEMA AGROINDUSTRIAL DO LEITE NO RIO GRANDE DO SUL: UMA ANÁLISE NA ELEGÊ ALIMENTOS S/A E NA COOPERATIVA LANGUIRI LTDA.

P 101 - O PERFIL TECNOLÓGICO DO PRODUTOR LEITEIRO DO MUNICÍPIO DE BODOCÓ / PE.

P 076 - O PROCESSO DE ESTRATÉGIA EM EMPRESAS AGROPECUÁRIAS: PROPOSIÇÃO DE UMA METODOLOGIA DE FORMULAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO.

SSD 286 - O PROCESSO DE INOVAÇÃO E DE ESTRATÉGIA DE COOPERAÇÃO COMPETITIVA PARA A OBTENÇÃO DA INDICAÇÃO DE PROCEDÊNCIA VALE DOS VINHEDOS: O CASO DA VINÍCOLA CORDELIER - SERRA GAÚCHA- RS/BRASIL.

SSD 039 - OPERAÇÕES EM REDES DE SUPRIMENTO GLOBAIS E ALTA-CONFIABILIDADE.

SSD 160 - PERFIL DO CONSUMIDOR BRASILEIRO DE CARNE BOVINA E DE HORTALIÇAS.

SCD 014 - PERFIL DO CONSUMIDOR DOMICILIAR DE AÇAÍ NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM - PA.

P 055 - PERFIL TECNOLÓGICO E SOCIOECONÔMICO DA FLORICULTURA NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM: ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE BENEVIDES.

SSD 034 - PONTOS DE VENDA DE ALIMENTOS: UMA ANÁLISE DO PERFIL DE COMPRA DOS CONSUMIDORES DE CARNE BOVINA E FLV.

P 100 - POSICIONAMENTO ESTRATÉGICO EM COOPERATIVAS AGROPECUÁRIAS DE LEITE: O CASO DA COOPERATIVA DE LORENA E PIQUETE NO VALE DO PARAÍBA.

SSD 037 - POTENCIAL DAS PRINCIPAIS REGIÕES BRASILEIRAS PARA ABASTECIMENTO DE SANGUE DE BOVINOS E SUÍNOS – MELHORIA DA RENTABILIDADE E OPORTUNIDADE DE INVESTIMENTO.

P 110 - PROCESSO DE SUCESSÃO EM UNIDADES DE PRODUÇÃO FAMILIARES EM SÃO LUIZ GONZAGA, RS.

P 027 - PRODUÇÃO DE AÇÚCAR MASCAVO EM MICRO AGROINDÚSTRIA: UMA ALTERNATIVA VIÁVEL PARA OS PEQUENOS PRODUTORES DE CANA DA REGIÃO NORTE FLUMINENSE.

P 091 - PROPOSTA DE MODELO DE MENSURAÇÃO DE RESULTADO PARA EMPRESA RURAL.

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SCD 066 - PRÁTICAS DE GESTÃO DE CUSTOS NO AGRONEGÓCIO: UMA ABORDAGEM MULTIVARIADA.

SSD 023 - RETORNO E RISCO EM SISTEMAS DE SUCESSÃO DE SOJA NO ESTADO DE SÃO PAULO, 2005.

SSD 035 - RETORNOS À ESCALA E DESEMPENHO ECONÔMICO DOS PRODUTORES DE LEITE EM MINAS GERAIS.

SSD 032 - SIMULAÇÃO DA VIABILIDADE INDUSTRIAL DO PROCESSAMENTO DE AMÊNDOAS DE CACAU EM PEQUENA ESCALA: O CASO DA CACAUICULTURA DE MEDICILÂNDIA NO ESTADO DO PARÁ.

SCD 064 - SISTEMAS DE PRODUÇÃO E CUSTOS NA PRODUÇÃO DE SOJA ORGÂNICA, CONVENCIONAL E TRANSGÊNICA.

P 082 - TENDÊNCIAS E INCERTEZAS PARA A CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS NA SUINOCULTURA.

SCD 119 - UM EXAME DA RELAÇÃO ENTRE A INDÚSTRIA DA MODA E VARIÁVEIS SÓCIO-ECONOMICAS NO ESTADO DE PERNAMBUCO.

SSD 154 - UMA AVALIAÇÃO PROSPECTIVA DOS EFEITOS ECONÔMICOS DA ADOÇÃO DE SOJA TRANSGÊNCIA NO MATO GROSSO.

SCD 068 - UTILIZAÇÃO DE INDICADORES DE DESEMPENHO EM AGROINDÚSTRIAS PARAIBANAS.

SSD 022 - VIABILIDADE ECONÔMICA DE CONTRATOS DE INTEGRAÇÃO NA CRIAÇÃO DE FRANGOS DE CORTE NA MICRORREGIÃO DE VIÇOSA – MG.

P 071 - VIABILIDADE ECONÔMICA E DE RISCO NA CULTURA DO MAMÃO (CARICA PAPAYA L.): UM ESTUDO DE CASO NO NORTE DO ESPÍRITO SANTO.

COMÉRCIO INTERNACIONAL

SSD 342 - A COMPETITIVIDADE DA BORRACHA NATURAL NO BRASIL.

P 086 - A COMPETITIVIDADE DA BRASILEIRA NO MERCADO MUNDIAL DE CARNE BOVINA.

SSD 339 - A EVOLUÇÃO DAS EXPORTAÇOES E DA COMPETITIVIDADE DO COMPLEXO SOJA NO BRASIL E NO PARANÁ: 1990 - 2004.

SSD 089 - A IMPORTÂNCIA DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO NAS RELAÇÕES COMERCIAIS ENTRE BRASIL E CHINA.

SCD 091 - A MODERNIZAÇÃO DOS PORTOS E O COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL.

SSD 343 - A RODADA DO MILÊNIO: IMPACTOS SOBRE O AGRONEGÓCIO BRASILEIRO.

P 004 - ABERTURA COMERCIAL E PRODUTIVIDADE TOTAL DOS FATORES NA AGRICULTURA PAULISTA.

SSD 095 - ABERTURA ECONÔMICA E CRESCIMENTO: ABORDAGEM DE THIRLWALL PARA ESTUDOS DO DESEMPENHO DA BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA.

SSD 213 - ACORDOS COMERCIAIS E O SETOR PRODUTIVO DE CARNE BOVINA: ESTIMATIVAS DE GANHOS PARA O MERCOSUL.

P 029 - ANÁLISE COMPARADA DA COMPETITIVIDADE DA SOJA BRASILEIRA, ARGENTINA E

NORTE-AMERICANA.

P 093 - ANÁLISE DOS PRINCIPAIS ENTRAVES NA EXPORTAÇÃO DE FRUTAS BRASILEIRAS.

P 065 - ANÁLISE E FATORES CONDICIONANTES DO DESEMPENHO DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE BANANA NO PERÍODO DE 1990 A 2003.

SCD 035 - ANÁLISE ECONÔMICA DAS BARREIRAS TARIFÁRIAS AO CAFÉ SOLÚVEL BRASILEIRO.

SSD 096 - ARBITRAGEM NO MERCADO CAMBIAL E DE TÍTULOS NO BRASIL: UM TESTE ECONOMÉTRICO DA PARIDADE DE JUROS E DA MOBILIDADE DE CAPITAL.

SSD 094 - AS BARREIRAS TÉCNICAS AO COMÉRCIO: IDENTIFICANDO ALGUMAS TENDÊNCIAS.

SSD 224 - AS EXPORTAÇÕES COMO DETERMINANTE DE CRESCIMENTO: O CASO DO ESTADO DO PARANÁ NO PERÍODO DE 1990 A 2005.

SSD 088 - AS EXPORTAÇÕES E A COMPETITIVIDADE DO COMPLEXO CAFEEIRO BRASILEIRO E PARANAENSE.

SCD 036 - AS POTENCIALIDADES E DISTORÇÕES COMERCIAIS NO MERCADO INTERNACIONAL DA MANGICULTURA BRASILEIRA.

P 003 - ASPECTOS ATUAIS DO DIREITO NO COMÉRCIO INTERNACIONAL: UMA ABORDAGEM CRÍTICA.

P 056 - BARREIRAS NÃO-TARIFÁRIAS SOBRE AS EXPORTAÇÕES DE LEITE E LATICÍNIOS BRASILEIROS.

SSD 226 - BRAZILIAN FRUIT TRADE: THE EXPORT AGENT TRANSACTION ARRANGEMENT.

SSD 344 - CANAIS DE EXPORTAÇÃO PARA AS FLORES TROPICAIS DE PERNAMBUCO:ANÁLISE DA INSERÇÃO NO MERCADO EUROPEU.

SSD 097 - COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA DE FRANGOS DE CORTE NO COMÉRCIO INTERNACIONAL.

SSD 212 - COMPETITIVIDADE DA PRODUÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCAR NO BRASIL.

P 060 - COMPETITIVIDADE DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE MILHO: 1990 / 2004.

P 112 - COMPETITIVIDADE DO AGRONEGÓCIO CEARENSE NO MERCADO INTERNACIONAL : O CASO DA AMÊNDOA DA CASTANHA DE CAJU E MELÃO.

SSD 218 - COMPETITIVIDADE DO CAFÉ VERDE BRASILEIRO NO MERCADO INTERNACIONAL.

SSD 334 - COMPETITIVIDADE DO COMPLEXO SOJA BRASILEIRO NO CONTEXTO DO COMÉRCIO INTERNACIONAL.

P 119 - COMPETITIVIDADE DO SISTEMA PRODUTIVO DE CANA-DE-AÇÚCAR EM MINAS GERAIS: ABORDAGEM MATRIZ ANÁLISE POLÍTICA.

SSD 340 - CONCENTRAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES E VULNERABILIDADE NO NORDESTE BRASILEIRO.

P 045 - DETERMINANTES DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE CARNE SUÍNA NO PERÍODO DE 1999 A 2005.

SSD 227 - EFEITOS DO FIM DO ACORDO MULTIFIBRAS NA PRODUÇÃO E NO EMPREGO DOS SETORES TÊXTIL E DE VESTUÁRIO NO BRASIL.

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P 094 - ELASTICIDADE DE SUBSTITUIÇÃO PARA A CARNE BOVINA BRASILEIRA E DO MERCOSUL NO MERCADO INTERNACIONAL.

SSD 216 - ESTIMATIVA DA DEMANDA DE IMPORTAÇÃO BRASILEIRA DE LEITE EM PÓ, 1980-2002.

SSD 215 - ESTIMAÇÃO DA EQUAÇÃO DE OFERTA DE EXPORTAÇÃO PARA O AGRONEGÓCIO BRASILEIRO (1995-2004).

SCD 090 - EVOLUÇÃO DA PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA NO MERCADO SUCROALCOOLEIRO INTERNACIONAL.

SSD 214 - EVOLUÇÃO E CONTRIBUIÇÃO DO COMÉRCIO INTRA-INDÚSTRIA PARA O CRESCIMENTO DO COMÉRCIO TOTAL ENTRE BRASIL E ARGENTINA.

SSD 223 - EVOLUÇÃO E POTENCIAL DOS MERCADOS DO ORIENTE MÉDIO PARA A CARNE BOVINA BRASILEIRA.

SSD 090 - EXPORTAÇÕES AGROPECUÁRIAS, MODELO GRAVITACIONAL, E CARACTERÍSTICAS DOS PAÍSES IMPORTADORES.

SSD 219 - EXPORTAÇÕES AGRÍCOLAS BRASILEIRAS: O PARADOXO DO SUCESSO.

SSD 338 - EXPORTAÇÕES AGRÍCOLAS E DESINDUSTRIALIZAÇÃO: UMA CONTRIBUIÇÃO AO DEBATE.

P 111 - EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE BANANA: UM ESTUDO DE COMPETITIVIDADE NO MERCADO INTERNACIONAL.

SSD 211 - EXPORTAÇÕES DE MANGA DO PÓLO PETROLINA/JUAZEIRO: UMA ANÁLISE DO DESEMPENHO NO PERÍODO DE 1990-2002.

SSD 228 - EXPORTAÇÕES E CRESCIMENTO ECONÔMICO DO CEARÁ NO PERÍODO 1985-2002.

SSD 217 - EXPORTAÇÕES NO AGRONEGÓCIO DA CACHAÇA: UM ESTUDO DE CASO DA CACHAÇA DE ALAMBIQUE GAÚCHA.

P 036 - FUNÇÕES DE EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO DOS SETORES PRIMÁRIOS E SECUNDÁRIOS DA REGIÃO NORDESTE, PERIODO 1990-2002: UMA ANALISE ECONOMÉTRICA.

SSD 225 - GRIPE AVIÁRIA: PRIMEIROS IMPACTOS NAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS.

SSD 335 - IMPACTO DA FEBRE AFTOSA NA POSIÇÃO COMPETITIVA DO BRASIL NO MERCADO INTERNACIONAL DE CARNE BOVINA.

SCD 094 - IMPACTO DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS PARA O MERCOSUL, UNIÃO EUROPÉIA E NAFTA SOBRE PRODUÇÃO E EMPREGO: UMA ANÁLISE DE INSUMO-PRODUTO PARA 1997 -2001.

SCD 148 - IMPACTO DOS ROYALTIES NA COMERCIALIZAÇÃO NACIONAL DE FLORES: UM ESTUDO MULTI-CASO.

SSD 093 - IMPACTOS DA FEBRE AFTOSA NO SETOR DE ABATE DE ANIMAIS: UMA ANÁLISE DE EQUILÍBRIO GERAL.

SCD 089 - IMPACTOS DA ÁREA DE LIVRE COMERCIO DAS AMÉRICAS (ALCA), COM GRADUAL DESGRAVAÇÃO TARIFÁRIA, SOBRE A ECONOMIA BRASILEIRA.

SCD 146 - IMPACTOS DO PROTOCOLO DE CARTAGENA SOBRE O COMÉRCIO DE COMMODITIES AGRÍCOLAS.

SCD 093 - IMPACTOS DOS ACORDOS INTERNACIONAIS SOBRE AS EXPORTAÇÕES DAS COOPERATIVAS AGROPECUÁRIAS BRASILEIRAS.

SSD 345 - IMPACTOS ECONÔMICOS DE MEDIDAS TÉCNICAS IMPOSTAS SOBRE AS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE LEITE CONDENSADO.

SSD 091 - INDICADORES DE COMPETITIVIDADE DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE SOJA EM GRÃO, 1986 A 2004.

SSD 336 - INTENSIDADE E ORIENTAÇÃO REGIONAL DO COMÉRCIO ENTRE OS PAÍSES DO MERCOSUL NO PERÍODO DE 1990-2004.

SCD 037 - MERCADO DE CARNES: ASPECTOS DESCRITIVOS E EXPERIÊNCIAS COM O USO DE MODELOS DE EQUILÍBRIO PARCIAL E DE ESPAÇO DE ESTADOS.

SSD 222 - MERCADO MUNDIAL DE CARNE BOVINA: PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA E BARREIRAS À EXPORTAÇÃO.

SSD 099 - MODELOS DE SÉRIES TEMPORAIS APLICADOS AO SETOR DE EXPORTAÇÃO BRASILEIRA DE FLORES DE CORTE.

SCD 144 - O COMÉRCIO INTERNACIONAL DA CARNE BOVINA E A INDÚSTRIA FRIGORÍFICA EXPORTADORA.

SSD 098 - O CRÉDITO BANCÁRIO COMO ESTRATÉGIA DE INSERÇÃO DAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS NO MERCADO INTERNACIONAL.

SCD 145 - O CUSTO DE TRANSPORTE COMO BARREIRA AO COMÉRCIO NA INTEGRAÇÃO ECONÔMICA: O CASO DO NORDESTE.

P 053 - O IMPACTO DE RESTRIÇÕES NÃO-TARIFÁRIAS NAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE CARNE DE FRANGO.

SSD 221 - O PASS-THROUGH DAS VARIAÇÕES DA TAXA DE CÂMBIO PARA OS PREÇOS DE EXPORTAÇÃO DE SOJA.

SSD 337 - O POTENCIAL DO AGRONEGÓCIO NO CEARÁ : A SUSTENTABILIDADE DAS EXPORTAÇÕES DO ABACAXI.

SSD 341 - O REFLEXO DA CULTURA ORGANIZACIONAL NAS NEGOCIAÇÕES INTERNACIONAIS DA EMPRESA TANAC.

SSD 220 - OS IMPACTOS DA EXPANSÃO DA UNIÃO EUROPÉIA DE 2004 NO SETOR DE CARNE BOVINA BRASILEIRO.

SCD 038 - PANORAMA COMPETITIVO DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO, LOGÍSTICA DE TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO E A IMPLEMENTAÇÃO DO PROTOCOLO DE CARTAGENA.

SSD 092 - POSSIBILIDADE DE OBTER LUCROS COM ARBITRAGEM NO MERCADO DE CÂMBIO NO BRASIL.

SCD 147 - QUOTAS TARIFÁRIAS E ACESSO AOS MERCADOS AGRÍCOLAS.

SCD 039 - THE DOHA DEVELOPMENT AGENDA AND BRAZIL: A CLOSER LOOK INTO THE DISTRIBUTIONAL IMPACTS INSIDE AGRICULTURE.

SCD 040 - VANTAGENS COMPARATIVAS REVELADAS E ORIENTAÇÃO REGIONAL DA SOJA BRASILEIRA FRENTE A UNIÃO EUROPÉIA E AO FORO DE COOPERAÇÃO ECONÔMICA NA ÁSIA E NO PACIFÍCO (1992-2004).

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SCD 092 - VANTAGENS MERCADOLÓGICAS E EXIGÊNCIAS DOS IMPORTADORES DE CERA DE CARNAÚBA.

SISTEMAS AGROALIMENTARES E CADEIAS AGROINDUSTRIAIS

SCD 168 - A AGROINDÚSTRIA CANAVIEIRA DO PARANÁ PÓS-DESREGULAMENTAÇÃO:.

SCD 167 - A CADEIA PRODUTIVA DE CARNE SUÍNA NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL E NA SERRA GAÚCHA.

P 044 - A CADEIA PRODUTIVA DO ARTESANATO EM AIMORÉS, MG: CARACTERÍSTICAS, CONDICIONANTES DE COMPETITIVIDADE E PROPOSTAS DE AÇÃO.

SSD 138 - A DESREGULAMENTAÇÃO NO MERCADO DE CAFÉ TORRADO E MOÍDO E A EMERGÊNCIA DE CAMPOS ORGANIZACIONAIS: UMA ANÁLISE PROSPECTIVA E UMA AGENDA DE PESQUISA.

SCD 002 - A DINÂMICA DE UMA PEQUENA PROPRIEDADE DENTRO DE UMA ANÁLISE DE FILIÈRE.

SSD 253 - A EVOLUÇÃO DAS RELAÇÕES COMERCIAIS ENTRE CITRICULTORES E INDÚSTRIAS PROCESSADORAS DE SUCO NA FORMAÇÃO DOS PREÇOS E SUA EXPRESSÃO NO DESENVOLVIMENTO SETORIAL.

SSD 006 - A EXPANSÃO DA CADEIA DA SOJA NA AMAZÔNIA: OS CASOS DO PARÁ E AMAZONAS.

SSD 269 - A GESTÃO DA CADEIA PRODUTIVA AGROINDUSTRIAL DO LEITE E O MAPEAMENTO DO ARRANJO PRODUTIVO LOCAL: CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DE RONDÔNIA.

SCD 005 - A NEGOCIAÇÃO DA QUASE-RENDA ENTRE PRODUTOR E AGROINDÚSTRIA: UMA DISCUSSÃO TEÓRICA E APLICADA NA AVICULTURA DE CORTE PARANAENSE.

SSD 134 - A QUESTÃO DA QUALIDADE NO DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA AGROINDUSTRIAL DO LEITE.

SSD 128 - ANÁLISE COMPETITIVA DA CADEIA PRODUTIVA DA CARCINICULTURA NO ESTADO DO PARÁ: O CASO DO LITOPENAEUS VANNAMEI (BOONE, 1931).

SSD 381 - ANÁLISE DA ADOÇÃO DE SISTEMAS DE RASTREABILIDADE BOVINA NO BRASIL: ESTUDOS DE CASO NOS SEGMENTOS DE PRODUÇÃO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO.

SSD 377 - ANÁLISE DA GOVERNANÇA DA CADEIA DA SOJA.

SSD 132 - ANÁLISE DAS CONFIGURAÇÕES INTERORGANIZACIONAIS NA PECUÁRIA DE CORTE GAÚCHA.

SSD 257 - ANÁLISE DE COMPETITIVIDADE DA COTONICULTURA NA REGIÃO DO TRIÂNGULO MINEIRO/MG – APLICAÇÃO DA MATRIZ DE ANÁLISE DE POLÍTICA.

SSD 003 - ANÁLISE DE DESEMPENHO NA CADEIA BOVINA NO ESTADO DE SÃO PAULO.

SSD 126 - ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS ESPONTÂNEOS: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO EM UMA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES RURAIS DO SETOR LEITEIRO.

P 077 - AS ALTERAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO LOCAL DO ESTADO DO PARANÁ DESENCADEADAS PELA AGROINDÚSTRIA CANAVIEIRA.

P 070 - AS ORGANIZAÇÕES DE PRODUÇÃO FAMILIAR DA CADEIA PRODUTIVA DE TILÁPIAS NA

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Abel Ciro Minniti Igreja ........................................... P 001, P 046, SCD 028, SCD 029Adalberto Schnorrenberger ............................................................................SSD 155Adayr da Silva Ilha..........................................................................................SCD 040Adelmo Golynski.......................................................................................P 016, P 071Adelson Martins Figueiredo .................... P 004, P 047, SSD 022, SSD 081, SSD 207Ademir Francisco Girotto .....................................................................................P 082Adilson Jayme de Oliveira .................................................. P 033, SSD 158, SSD 150Adley Camargo Ziviani ........................................................................................P 033Adna Oirideia Rabelo dos Santos ....................................................................... P 116Adriana Backx Noronha Viana .......................................................................SSD 034Adriana C.P. Vieira ........................................................................ SSD 198, SSD 377Adriana Calderan Gregolin .............................................................................SCD 127Adriana Carla Passoni .........................................................................................P 093Adriana Fernandes Adriana .................................................................................P 066Adriana Ferreira Silva .................................................................... SSD 214, SSD 336Adriana Ferreira Vargas .................................................................................SCD 006Adriana Mascarette Labinas ...........................................................................SSD 196Adriana Renata Verdi .....................................................................................SSD 202Adriani Koller da Silva .................................................................................... SSD 110Adriano Lago ..................................................................................................SSD 109Adriano Marcos Rodrigues Figueiredo .......................................... SCD 152, SSD 120Adriano Provezano Gomes .......................... SSD 035, SCD 135, SCD 024, SSD 379Agnaldo Keiti Higuchi .................................................................... SSD 284, SSD 043Ahmad Saeed Khan ...........................................P 005, SSD 290, SSD 068, SSD 252Airton Saboya Valente ....................................................................................SSD 337Airton Saboya Valente Júnior ........................................................ SCD 069, SSD 316Alan Figueiredo de Arêdes .......................................................................P 017, P 051Alan Martins de Oliveira ...........................................................................P 024, P 097Alberto Silva Dutra..........................................................................................SCD 059Alberto William Castro ....................................................................................SCD 136Alberto William Viana de Castro .....................................................................SSD 286Alceu Souza .................................................................................. SSD 156, SCD 031Alcides Juvenal Ricotto ..................................................................................SSD 104Alcido Elenor Wander .....................................................................................SSD 317Alcione de Paiva Oliveira.....................................................................................P 098Aldenor Gomes da Silva ................................................................ SSD 051, SCD 112Aldo Leonardo Cunha Callado ..................... SCD 011, SCD 066, SCD 067, SCD 068Aldous Pereira Albuquerque ...........................................................................SCD 032Alessandra Cristina Conforte..........................................................................SSD 064Alessandro de Assis Santos Oliveira Alessandro .....................................P 017, P 051Alessandro Porporatti Arbage.........................................................................SSD 082Alethéia Ferreira da Cruz ................................................................... P 038, SSD 186

Alexandra Pereira dos Santos .............................................................P 113, SSD 178Alexandra Pereira Martins ................................................................................... P 119Alexandre Barros Fonsêca ............................................................ SSD 285, SSD 203Alexandre Bochichio Kurosaki ........................................................................SSD 023Alexandre Couto Cardoso ...................................................................................P 020Alexandre da Silva..........................................................................................SSD 082Alexandre Florindo Alves ...............................................SSD 204, SSD 221, SSD 001Alexandre Gervásio de Sousa ............................................................ P 038, SSD 186Alexandre Lahóz Mendonça de Barros .............................................. P 063, SSD 136Alexandre Lopes Gomes ................................................................................SCD 088Alexandre Marino Costa .................................................................................SSD 145Alexandre Monteiro Silva................................................................................SCD 167Alexandre Nunes Almeida ..............................................................................SSD 244Alfredo Augusto Porto Oliveira ....................................................................... SSD 011Alfredo Kingo Oyama Homma ........................................................................SSD 019Alice Miguel de Paula Peres...........................................................................SSD 141Alicia Ruiz Olalde .....................................................................................P 113, P 120Aliel Freitas Corrêa .............................................................................................. P 110Aline A. Milani .................................................................................................SSD 080Aline de Freitas Veloso .............................................................................P 029, P 045Alini Fernanda Bicalho Noronha .....................................................................SCD 016Almir Antonio Gnoatto...............................................................................P 040, P 091Almir Ferreira Souza...................................................................... SSD 239, SSD 240Altafi n Iara ......................................................................................................SCD 127Altair Dias de Moura ...................................................................... SSD 069, SSD 209Álvaro Luíz Machiavelli Filho ..........................................................................SSD 371Alvaro Salim Silveira............................................................................................P 033Alyne Maria Sousa Oliveira ............................................................................SCD 092Alynson dos Santos Rocha ............................................................................SSD 230Alyson Fidelis de Morais.................................................................................SCD 023Amanda Aires Vieira ...................................................................... SSD 124, SSD 268Amati Pricila....................................................................................................SSD 237Amilcar Baiardi ................................................................... P 026, SSD 291, SCD 118Amilton Luiz Novaes ...................................................................... SSD 160, SSD 161Amira Rachid Amira .............................................................................................P 015Ana Alice Vilas Boas .......................................................................................SCD 047Ana Bárbara Cardoso Alvarenga ....................................................................SSD 122Ana Cecília de Medeiros Kreter......................................................................SSD 242Ana Claudia Machado Padilha .......................................................................SSD 282Ana Claudia Vieira ........................................ SCD 104, SCD 105, SSD 004, SSD 010Ana Elisa Bressan Smith Lourenzani ............................SSD 175, SCD 060, SSD 009Ana Elizabete da S. Pereira ...........................................................SSD 113, SSD 368

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Ana Júlia Lemos Alves Pedreira .....................................................................SSD 150Ana Laura dos Santos Sena................................................................................P 055Ana Louise de Carvalho Fiúza .......................................................................SCD 151Ana Louise Fiuza ............................................................................................SCD 098Ana Lucia Carvalho Santos .................................................................................P 072Ana Lúcia Eduardo Farah Valente ..................................................................SCD 061Ana Lúcia Kassouf.........................................................SSD 029, SSD 065, SSD 321Ana Maira Navaes da Silva ........................................................... SSD 192, SCD 004Ana Margarete Rogrigues Martins Ferreira .........................................................P 009Ana Maria Dubeux Gervais ............................................................................SCD 117Ana Mônica Hughes de Paula ........................................................................SSD 276Ana Monteiro Costa ........................................................................................SCD 045Ana Paula Bento Patrocínio ...........................................................................SCD 085Ana Paula Lopes de Souza ............................................................................SSD 367Ana Paula Souza ................................................................................................. P 011Ana Rita Araújo Nogueira ....................................................................................P 048Ana Tereza Bittencourt Passos ................................................................P 028, P 062Anderson Teixeira Benites ............................................................. SSD 322, SSD 264André . Carraro .............................................................................. SSD 300, SSD 309André Assis Pires ................................................................................................P 016André de Souza Melo .................................................................... SCD 119, SCD 140André Dourado de Barros...............................................................................SCD 026André Koutchin de Almeida .................................................................P 117, SSD 264André Lúcio Neves .........................................................................................SCD 109André Luis Ribeiro Lima ...........................................................................P 050, P 087André Luiz Medeiros...................................................................... SCD 084, SSD 326Andre Luiz Montagna da Rosa .......................................................................SSD 306Andre Queiroz Dourado................................................................. SSD 285, SSD 203André Ribeiro de Oliveira .........................................................................P 050, P 087Andre Rozemberg Peixoto Simões ............................................... SSD 152, SSD 322André Steffens Moraes ...................................................................................SCD 140André Yves Cribb ............................................................................................SCD 082Andrea Aguiar Azevedo ................................................................. SSD 183, SSD 063Andrea Lago da Silva ................................... SSD 028, SSD 034, SSD 175, SCD 060Andréa Leda Ramos de Oliveira Ojima .........................SSD 201, SSD 202, SSD 352Andrea Maria Narciso Andrea .............................................................................P 080Andrea Regina Paes ......................................................................................SSD 023Andréa Rossi Scalco ......................................................................................SSD 289Andrea S. S. de A. Melo .................................................................................SCD 026Andréia Cristina Adami ...................................................................................SSD 123Andréia de Abreu ............................................................................................SSD 222Andréia Ferraz Chaves...................................................................................SCD 097

Angela Maria Cassavia Jorge Corrêa.............................................................SSD 365Ângela Maria Frata .............................................................................................. P 117Angela Maria Pinheiro ....................................................................................SSD 145Angelica Massuquetti ..................................................................................... SSD 112Angélica Yabusame Utima ..................................................................................P 025Angelo Brás Fernandes Callou.......................................................................SSD 040Angelo Costa Gurgel ......................................................................................SCD 093Angelo Yoshimura...........................................................................................SSD 196Antônio André Cunha Callado ...................... SCD 011, SCD 066, SCD 067, SCD 068Antonio Carlos Araujo .....................................................................................SSD 153Antonio Carlos Campos..................................................................................SSD 224Antonio Carlos de Souza Abboud...................................................................SCD 007Antônio Carlos dos Santos .............................................................................SSD 105Antonio Carlos Giuliani ........................................................................................P 034Antonio Carlos Miranda ............................................................................P 006, P 044Antônio Carvalho Campos.......................................P 060, P 094, SSD 092, SSD 218Antonio César Ortega ..................................................................................... SSD 111Antônio Cordeiro Santana ............................................................. SSD 024, SSD 372Antonio Dias Santiago ....................................................................................SSD 176Antonio Domingos Padula .............................................SCD 059, SSD 148, SSD 277Antonio Fernando da Silva Viana ........................................................................P 062Antonio Flavio Dias Avila ................................................................................SSD 320Antônio Flávio Dias Ávila ................................................................................SCD 081Antônio Flávio Oliveira Meneses ....................................................................SSD 033Antonio João Castrillo Fernández ..................................................................SSD 031Antonio Jorge de Oliveira ...............................................................................SCD 037Antonio Jorge Oliveira ....................................................................................SCD 012António Jose Medina dos Santos Baptista ... SSD 035, SCD 135, SCD 024, SSD 249Antonio Lázaro Sant Ana ............................................... SCD 113, SSD 274, SSD 275Antonio Marcio Buainain................................................SSD 198, SCD 055, SSD 377Antonio Marcos Campoi ......................................................................................P 085Antônio Thiago Benedete da Silva .................................................................SSD 162Araguacy Paixão Almeida Filgueiras ..............................................................SSD 016Araken Alves Lima ..........................................................................................SSD 267Arilson Favareto .............................................................................................SCD 099Arlei Coldebella ..............................................................................................SCD 075Arlei Luiz Fachinello .......................................................................................SCD 142Armando Lirio Souza ..................................................................... SSD 015, SSD 017Arno Paulo Schmitz ........................................................................................SCD 064Arthur Yamamoto ............................................................................................SCD 062Aryeverton Fortes de Oliveira ........................................................ SSD 287, SSD 331Aryldo Santana Schultz ..................................................................................SSD 322

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Augusta Pelinski .............................................................................................SCD 002Augusto Hauber Gameiro ....................................................................................P 058Augusto Marcos Carvalho de Sena ............................................... SSD 312, SSD 228Augusto Mussi Alvim ..................................................................... SSD 300, SSD 213Aureliano Angel Bressan ............................................................... SCD 087, SSD 324Aurélio José Martins .......................................................................................SSD 049Beatriz de Assis Junqueira ................................................................. P 094, SSD 069Beatriz Stuart Secaf........................................................................................SSD 303Benedito Dias Pereira................................................................... P 023, P 061, P 095Brancolina Ferreira .........................................................................................SSD 244Bras Lomato Neto...........................................................................................SSD 030Brenda Moraes do Amaral ............................................................. SSD 188, SSD 079Breno Aragão Tiburcio ....................................................................................SCD 061Breno Ramos Sampaio ..................................................................................SSD 124Brício dos Santos Reis ...................................................................................SSD 022Bruna Boaretto Rodrigues ...................................................................................P 093Bruna de Carvalho Perlingeiro .......................................................................SSD 074Bruno Benzaquen Perosa ..............................................................................SSD 125Bruno Martins Augusto Gomes...................................................... SSD 105, SSD 229Bruno Pereira Bedim ......................................................................................SSD 100Calixto Rosa Neto.......................................................................... SSD 025, SSD 164Camila Benatt Mourad ....................................................................................SSD 161Camila Guimarães de Souza..........................................................................SCD 007Camila Rafaela Bragança de Lima E Silva.....................................................SSD 216Camila Silva Freitas........................................................................................SCD 071Carine Massierer .................................................................................................P 054Carla Cunha da Silva......................................................................................SCD 086Carla Nogueira de Souza ...............................................................................SCD 115Carla Regina Ferreira Freire...........................................................................SSD 060Carla Simone Ruppentha Neumann...............................................................SSD 132Cárliton Vieira Santos .....................................................................................SCD 108Carlos Adalberto Mielitz ................................................................. SCD 057, SCD 116Carlos Alberto Franco Costa ......................................................... SSD 053, SSD 015Carlos Alberto Gonçalves da Silva .................................................................SSD 366Carlos Alberto Piacenti ....................................................................... P 051, SSD 071Carlos Alves Nascimento...............................................................SCD 015, SCD 052Carlos André da Silva Müller .........................................SSD 209, SSD 092, SSD 003Carlos Antonio Ferreira Dias ..........................................................................SSD 070Carlos Antonio Moreira Leite ..........................................................................SSD 263Carlos Augusto de Oliveira .............................................................................SCD 063Carlos Augusto Moraes E Araujo.................................................................... SSD 116Carlos Cowan Ros..........................................................................................SSD 104

Carlos Eduardo Caldarelli...............................................................................SSD 339Carlos Eduardo Fredo ................................................................... SCD 134, SSD 243Carlos Eduardo Vian .................................... SCD 078, SSD 259, SSD 138, SSD 267Carlos Estevão Leite Cardoso ................................................. P 096, P 105, SSD 176Carlos Fernando Quartaroli ............................................................................SSD 102Carlos Henrique Motta Coelho ...................................................... SSD 317, SCD 037Carlos José Caetano Bacha ..........................SSD 304, SSD 325, SSD 242, SSD 121Carlos Magno Mendes Magno Carlos ............................................................SSD 159Carlos Marques ..............................................................................................SCD 130Carlos Nabinger..............................................................................................SCD 116Carlos Omine..................................................................................................SSD 005Carlos Otávio Constantino...................................................................................P 102Carlos Roberto Machado Pimentel.................................................................SCD 036Carlos Thadeu Pacheco .................................................................................SSD 059Carmem Ozana de Melo ............................................................... SSD 350, SSD 351Carolina Ballieiro ............................................................................................SCD 093Carolina Braz de Castilho E Silva...................................................................SSD 042Carolina Dalla Costa.......................................................................................SSD 184Carolina Netto de Almeida ................................................................................... P 115Caroline Borba da Silva ..................................................................................SCD 115Cassiano Bragagnolo .....................................................................................SCD 034Cassio Fernandes Lopes............................................................... SSD 026, SSD 027Catiana Sabadin ............................................................................ SCD 144, SSD 332Celicina M. B. de Azevedo...................................................................................P 062Celma da Silva Lago Baptistella .....................................................................SSD 243Celso Eduardo Pereira Ramos ............................................................................P 040Celso Luís Rodrigues Vegro ...........................................................................SCD 029César Roberto Leite da Silva..........................................................................SSD 219Cezar Menezes Almeida.................................................................................SSD 062Christian Luiz da Silva ....................................................................................SCD 005Christiane Marques Severo ............................................................................SCD 021Christiane Pitaluga Christiane ........................................................................SCD 008Cícero Antônio de Oliveira Trdezini ... P 025, SSD 154, SSD 161, SCD 001, SSD 147Cícero Célio de Figueiredo .............................................................................SSD 158Cícero Nertan Siqueira Rodrigues.......................................................................P 101Cinára Lopes de Moraes ................................................................................SSD 045Cintia da Silva Arruda .....................................................................................SSD 221Cíntia Maísa Bender .......................................................................................SCD 058Clailton Ataídes de Freitas Ataídes Freitas....................SSD 074, SCD 043, SSD 371Clailton Ataídes Freitas...................................................................................SSD 074Claucir Roberto Schmidtke .............................................................................SSD 007Claudia Andreoli Galvão .................................................................................SSD 361

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Cláudia Valéria de Assis Dansa ......................................................................SCD 127Claudiney Guimarães Ribeiro........................................................ SSD 103, SSD 247Cláudio Becker ....................................................................................................P 035Cláudio Nápolis Costa ....................................................................................SSD 381Cláudio Pinheiro Machado Filho.....................................................................SCD 049Cláudio Thomas Bornstein .............................................................................SSD 381Claudio Zancan ..............................................................................................SCD 033Claudite Agda dos Santos ..............................................................................SSD 025Cleonice Alexandre Le Bourlegat ...................................................................SSD 064Cleonice Maria Silva .......................................................................................SSD 236Clesiane Oliveira ........................................................................... SSD 287, SSD 248Cleycianne Souza Almeida .............................................................................SSD 251Clóvis Oliveira de Almeida ..............................................................................SSD 025Cristhiane Oliveira Amâncio ............................................................... P 106, SSD 012Cristiane Andréa de Lima ...............................................................................SSD 150Cristiane Aparecida Cândido Silva ......................................................................P 053Cristiane Cardoso Pessoa ...................................................................................P 042Cristiane Márcia Santos .................................... P 002, SCD 135, SSD 348, SSD 249Cristiane Mesquita ............................................................................................... P 115Cristiane Moreira da Silva ..............................................................................SSD 057Cristiane Santos Garrido ................................................................................SCD 129Cristina Criscuolo ...........................................................................................SSD 102Daercy Maria Monteiro de Rezende Ayroza ........................................................P 052Daiane Diehl ...................................................................................................SSD 206Daliana Carla Vieira ........................................................................................SSD 007Daliane Rahmeier da Silva .............................................................................SCD 002Dalva Maria Mota ..........................................................................SCD 132, SCD 041Daniel Arruda Coronel ................................................................... SCD 040, SSD 277Daniel Bertoli Gonçalves ................................................................................SCD 078Daniel Ferreira da Mata ..................................................................................SSD 090Daniel Furlan Amaral ......................................................................................SSD 227Daniel Marino Guedes de Carvalho ...............................................................SSD 152Daniel Prado Araújo........................................................................................SCD 071Daniel Yokoyama Sonoda ..............................................................................SCD 025Daniela Bacchi Bartholomeu ..........................................................................SSD 191Daniela Garcia Collares................................................................. SSD 025, SSD 164Daniela Maria Pozzobon .....................................................................................P 076Daniela Moreira Carvalho ...............................................................................SSD 107Daniela Oliveira ..............................................................................................SSD 170Daniele Bernardi .............................................................................................SSD 180Danieli Scalcon Nicola ....................................................................................SCD 043Daniella Nobrega Nunes ............................................................... SSD 095, SSD 096

Danielle Barbosa da Silva de Oliveira ............................................................SSD 271Danilo Rolim Dias de Aguiar ...........................................................................SSD 003Danusa de Paula Sousa .................................................................................SSD 225Darcy Jacob Rissardi Jr. .................................................................................SCD 168Dario de Oliveira Lima Filho .........SSD 154, SSD 160, SSD 039, SCD 001, SSD 147Darlan Christiano Kroth .................................................................................. SSD 119Davi Rogério de Moura Costa ........................................................................SSD 359Débora Cristiane Santos ................................................................................SCD 087Débora da Silva Lobo .....................................................................................SSD 234Debora Nayar Hoff ........................SSD 281, SSD 181, SSD 313, SCD 003, SSD 277Decio -- Zylbersztajn.......................................................................................SCD 049Décio Souza Cotrim.............................................................................................P 054Dênis Antônio da Cunha .................................................................................SSD 379Denis Teixeira Rocha .......................................................................... P 045, SSD 069Denise Michele Furtado da Silva ................................................... SSD 290, SSD 068Denise Pastore de Lima .................................................................................SSD 370Dércio Bernardes Souza ................................................................................SSD 002Diana Lourenço Luiz.......................................................................................SSD 135Diane Aparecida Ostroski ................................................................... P 107, SSD 258Diego Duque Guimaraes .....................................................................................P 060Diego Mangabeira de Jesus ...........................................................................SCD 065Dimas Soares Júnior ......................................................................................SSD 356Diogo Leitão Miranda .....................................................................................SSD 023Dione Fraga dos Santos ................................................................................. SSD 118Dirceu Duarte Talamini ...................................................................................SCD 012Divanildo Triches ............................................................................................SCD 167Divina Lunas Lima ..........................................................................................SSD 045Djalma Leite de Araújo Neto ...........................................................................SCD 160Dra. Maria Aparecida dos Santos Tubaldini ...................................................SSD 100Ecio de Farias Costa ......................................................................................SCD 160Éderson Junior Rodrigues ..............................................................................SSD 346Edgard Alencar ...............................................................................................SSD 229Edilene de Jesus Santos .....................................................................................P 105Edilma Pinto Coutinho ....................................................................................SSD 205Edilson Pinheiro Araujo ..................................................................................SSD 254Edna Maria da Silva .......................................................................................SCD 129Ednaldo Michellon ......................................................................... SCD 046, SCD 110Edner Baumhardt ...........................................................................................SSD 082Edson Eiji Matsura..........................................................................................SSD 307Edson Lopes Lima ..........................................................................................SSD 032Edson Talamini ................................................................................... P 100, SSD 380Edson Zambon Monte ....................................................................................SCD 089

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Eduardo Barbosa Ayres ..................................................................................SCD 071Eduardo Ernesto Filippi .................................................SSD 294, SCD 157, SCD 048Eduardo Magalhaes Ribeiro ........................................................................... SSD 115Eduardo Magalhães Ribeiro ......................................... SCD 071, SCD 126, SCD 016Eduardo Simões de Almeida .........................................................SCD 085, SCD 145Elaine Aparecida Fernandes ..........................................................................SSD 342Elaine Mendonca Bernardes ..........................................................................SCD 154Elane Maria de Castro Coutinho ....................................................................SSD 292Elcia Esnarriaga Arruda ..................................................................................SSD 147Elcio Gustavo Benini ..................................................................... SSD 050, SSD 139Eleri Hamer.................................................................................... SSD 067, SCD 033Eliamar José de Oliveira...................................................................................... P 117Eliana Maria Kammer .....................................................................................SCD 064Eliana Tadeu Terci ..........................................................................................SSD 141Eliana Teles Bastos ....................................................................... SSD 328, SSD 008Eliane Gonçalves Gomes .............................................................. SSD 167, SCD 081Eliane Gracioli Rodrigues ...............................................................................SSD 308Eliane Pinheiro Sousa .............................................P 101, P 118, SSD 033, SSD 197Elias José Simon ...........................................................SSD 163, SSD 260, SSD 262Elisio Contini ...................................................................................................SSD 008Eliza Emília Bernardo Rocha..........................................................................SSD 043Elizabeth Regina Tschá ............................................................................P 021, P 086Elizabeth Santos Brandão ..............................................................................SSD 166Elizângela Mara Carvalheiro .............................................................. P 077, SCD 166Ellen Christine de Barros Tavares ..................................................................SSD 128Eloina Neri de Matos ...........................................................................P 113, SSD 178Eloisa Pio de Santana ....................................................................................SSD 235Elvanio Costa de Souza ................................................................ SSD 346, SCD 166Elvino de Carvalho Mendonça........................................................................SSD 049Ely José Mattos ..............................................................................................SCD 164Emanoel Marcio Nunes Márcio Nunes ..........................SSD 189, SCD 048, SCD 057Emanuel Oliveira Pereira................................................................................SCD 041Emerson Morais Vieira ...................................................................SSD 196, SSD 110Enéas Santos Melo .............................................................................................P 096Eneida Maria Goddi Campos .........................................................................SSD 185Enelde Elena Piaceski ..............................................................................P 040, P 091Ércio Roberto Proença ...................................................................................SSD 278Erica de Marco ...............................................................................................SCD 115Erica Prado Silvestre ......................................................................................SCD 115Erick Brigante Del Porto .................................................................................SCD 053Erly Cardoso Teixeira ......................................................................... P 010, SCD 089Ernani do Espírito Santo.................................................................................SSD 158

Eugênio Ávila Pedrozo ..................................................SCD 020, SSD 181, SSD 058Eurico Araújo Noblat Neto ..............................................................................SSD 192Eurides Marcílio Ginu da Silva .......................................................................SSD 205Euro Roberto Detomini ...................................................................................SSD 036Evaristo Eduardo de Miranda ........................................................ SSD 172, SSD 102Eveline Barbosa Carvalho ............................................................. SSD 340, SSD 098Eveline Favero................................................................................................SSD 044Everaldo Alves Felipe .....................................................................................SCD 090Everton Lazzaretti Picolotto ............................................................................SSD 169Exzolvildres Queiroz Neto ..............................................................SSD 177, SSD 115Fabiana Ortiz Mello ........................................................................................SSD 010Fabiana Rodrigues Riva .................................................................................SSD 269Fabiano Dutra Alves .......................................................................................SCD 040Fabio Augusto Giannini .................................................................................. SSD 119Fabio da Silva Rodrigues Fabio .................................................... SSD 050, SSD 139Fábio de Oliveira Medeiros.............................................................................SSD 333Fábio Frezatti..................................................................................................SCD 121Fábio Henrique Cordeiro ................................................................................SSD 236Fabio Ribas Chaddad ....................................................................SCD 103, SCD 156Fabio Zamberlan ............................................................................................SSD 166Fabíola Cristina de Olivieira ...........................................................................SSD 365Fabrício Khoury Rebello ......................................................................................P 030Fabrício Oliveira Cruz .....................................................................................SSD 103Fatima Maria Pegorini Gimenes ....................................SCD 155, SSD 239, SSD 240Fátima Marília Andrade de Carvalho ..............................................................SSD 122Fatima Vidal Fatima ....................................................................... SSD 255, SSD 378Fausto Miziara ................................................................................................SSD 235Felipe Fonseca Calepso Gama ......................................................................SSD 152Felipe Muniz Gadelha Sales...........................................................................SSD 252Ferenc Istvan Bankuti .....................................................................................SSD 374Fernanda ____________ Lerner ....................................................................SSD 233Fernanda Benicio Teixeira ..............................................................................SCD 129Fernanda Cardozo Miziara .................................................................................. P 115Fernanda de Paiva Badiz Furlaneto .........................................................P 052, P 090Fernanda Faria Silva ..................................................................... SCD 128, SSD 238Fernanda Gene Nunes Barros .......................................................................SSD 302Fernanda Novo da Silva ......................................................................................P 035Fernanda Peixe ..............................................................................................SSD 087Fernando . Colen ............................................................................................SSD 163Fernando Amorim da Silva ............................................SSD 157, SSD 315, SSD 145Fernando Bastos Costa ................................................................. SCD 074, SCD 112Fernando Curi Peres ......................................................................................SCD 154

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Fernando de Lima ......................................................................... SSD 198, SSD 377Fernando Rodrigues Moreira...............................................................................P 102Fernando Salgueiro Perobelli ........................................................SCD 094, SCD 096Fernando Sergio de Toledo Fonseca .............................................................SSD 149Fernando Teixeira Mendes ................................................................. P 075, SSD 032Flamarion Dutra Alves ....................................................................................SSD 349Flávia Alexandre Costa........................................................................................P 074Flávia Castelo Batista Magalhães Flávia.............................................................P 089Flávia Maria de Mello Bliska ..........................................................SCD 028, SCD 029Flavia Maria Galizoni .....................................................................SCD 071, SCD 126Flavia Rover Leão ............................................................................................... P 117Flávio Dias Leal ..............................................................................................SSD 249Flávio José Simioni........................................................SSD 281, SSD 313, SSD 270Flávio Sacco dos Anjos ......................................................P 035, SCD 070, SCD 100Flávio Silva de Santana ............................................................................P 096, P 105Francilene Maciel da Silva.............................................................SCD 014, SCD 086Francine Rossi Rodrigues ............................................................. SSD 345, SSD 094Francine Vercese............................................................................................SCD 113Francinei Bentes Tavares .............................................................. SSD 299, SSD 189Francini Rensi................................................................................ SSD 306, SSD 315Francis Lee Ribeiro ............................................................................ P 038, SSD 186Francisca Nadja Almeida Carmo .........................................................................P 062Francisco Beni de Sousa................................................................................SSD 171Francisco Carlos Cunha Cassuce ................................................. SSD 209, SSD 092Francisco Casimiro Filho ...............................SSD 060, SSD 369, SSD 251, SSD 016Francisco das Chagas Silva Souza .....................................................................P 008Francisco Gilvan Lima Moreira .......................................................................SCD 050Francisco Giovanni David Vieira ................................................... SSD 284, SSD 043Francisco José Tabosa ...................................................................................SCD 102Francisco Leandro de Paula Neto ..................................................................SSD 261Francisco Otávio Pires ...................................................................................SSD 190Francisco Raimundo Evangelista .................................................. SSD 256, SSD 378Franco Muller Martins .....................................................................................SCD 012Frida Liliana Cardenas Dias ...........................................................................SSD 250Gabriel Murad Velloso Ferreira........................................................... P 100, SSD 373Gabriel Rodrigo Gomes Pessanha ...........................................................P 050, P 087Gardência Maia Araújo ...................................................................................SSD 133Gema Galgani S. L. Esmeraldo ...................................................................... SSD 117Generosa Oliveira Silva ..................................................................................SSD 166Geni Satiko Sato.............................................................................................SSD 080Georges G. Flexor ..........................................................................................SSD 006Geovana Tirado .......................................................................P 001, P 046, SCD 028

Geovânia Silva de Sousa ...............................................................................SSD 062Geraldo da Silva E Souza .............................................................SCD 081, SCD 037Geraldo Sant´Ana de Camargo Barros ..........................................................SSD 123Geraldo Soares de Oliveira Filho ........................................................................ P 114Gerson Henrique da Silva ..............................................................................SSD 351Gervaldo Rodrigues Campos ....................... SCD 155, SSD 237, SSD 239, SSD 240Gervásio Castro Rezende ..............................................................................SCD 051Gessuir Pigatto ..............................................SSD 097, SSD 135, SSD 260, SSD 262Gibran Silva Teixeira .......................................................................................SCD 143Gil Maria Miranda ...........................................................................................SCD 017Gilberto Batista Souza .........................................................................................P 048Gilberto Caetano Manzoni ...................................................................................P 059Gilberto de Souza Guimarães Junior .............................................................SSD 060Gilberto Joaquim Fraga ..................................................................................SSD 221Gilca Garcia de Oliveira........................................................... P 113, P 120, SSD 178Gileno Fernandes Marcelino ...............................................................................P 070Gilmar Laforga ................................................................................................SSD 052Gilnei Costa Santos ....................................................................... SSD 353, SSD 146Gilvando Sá Leitão Rios .................................................................................SSD 107Giovane Silveira da Silveira............................................................................SSD 147Gisalda Carvalho Filgueiras Carvalho Filgueiras ..........SSD 085, SSD 357, SSD 360Gislane Ferreira Barbosa ...............................................................................SCD 131Gislene de Oliveira Pacheco ..........................................................................SCD 085Giuliana Aparecida Santini .............................................................................SSD 097Glaucio José Marafon.................................................................... SSD 165, SSD 271Glauco Rodrigues Carvalho ..........................................SSD 287, SSD 331, SSD 248Graciela Luzia Vedovoto................................................................ SSD 182, SSD 320Graziela Oste Graziano .......................................................................................P 034Guida Piani .....................................................................................................SCD 147Guilherme Bastos Lyra ........................................................................................P 071Guilherme Bellotti de Melo .............................................................................SSD 083Guilherme Cunha Malafaia .............................................................................SSD 132Guilherme de Albuquerque Cavalcanti .......................................... SSD 364, SSD 367Guilherme Jacob Miqueleto .................................................................................P 074Guiomar Inez Germani ........................................................................................P 120Gustavo Bittencourt Machado ........................................................................SSD 018Gustavo de Camargo Faccioni .......................................................................SSD 158Gustavo de Souza E Silva ............................................................. SSD 327, SSD 076Gustavo Henrique Fideles Taglialegna ...........................................................SCD 101Gustavo Ramos Sampaio.............................................................. SSD 124, SSD 268Gustavo Santa´Ana ........................................................................................SSD 303Halanna Cavalcante da Nóbrega Neves ........................................................SSD 205

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Hamanda Cavalcante da Nobréga Neves ......................................................SSD 205Hans Michael Van Bellen ................................................................................SSD 306Helenira Ellery Marinho Vasconcelos .............................................................SSD 171Hélio Júnior de Souza Crespo .............................................................................P 027Heloisa Kosse Furuta Iijima ............................................................................SSD 073Heloisa Lee Burnquist ...................................SSD 093, SSD 343, SSD 345, SSD 127Henri Cócaro .................................................................................................. SSD 115Henrique Carmona Duval ...............................................................................SCD 125Henrique da Silveira Sardinha Pinto Filho ......................................................SSD 089Henrique Dantas Neder ..................................................................................SCD 128Henrique Oswaldo de Barros .........................................................................SSD 188Henrique Tomé da Costa Mata ........................................................... P 103, SSD 101Heron Sergio Moreira Begnis .........................................................................SCD 020Homero Dewes ...............................................................................................SCD 003Honorio Kume.................................................................................................SCD 147Hugo Feitosa Carvalho ...................................................................................SCD 004Humberto Resende ........................................................................................SSD 295Humberto Santiago Pazzini .......................................................... P 006, P 044, P 065Iandra de Souza Maldaner .............................................................................SSD 241Ido Luís Michels..............................................................................................SCD 144Ilaine Schuch .......................................................................................................P 042Inajara Martins Batista ....................................................................................SSD 349Iran Carlos Lovis Trentin..................................................... P 009, SSD 283, SSD 294Isabel Cristina Gozer .................................... SCD 155, SSD 237, SSD 239, SSD 240Isabel Fernandes Pinto Viegas ............................................................................P 056Isaías Fernades dos Santos ...........................................................................SCD 126Ismael Matos da Silva ...................................................................SCD 014, SCD 086Isnaldo Francisco da Silva..............................................................................SCD 004Israel Santos de Freitas.......................................................................................P 039Ivair Pedro Fiorentin ............................................................................................P 107Ivis Bento de Lima ......................................................................... SSD 103, SSD 247Izaias Carvalho Borges .................................................................SCD 146, SCD 038Jackson Dantas Coelho..................................................................................SSD 245Jacqueline Cunha de Vasconcelos Martins ..............................................P 024, P 097Jacques Ribemboim ...................................................................... SSD 056, SCD 050Jader Fernandes Cirino ..................................................................................SCD 018Jaênes Miranda Alves ....................................................................................SSD 062Jaime Evaldo Fensterseifer ............................................................................SCD 122Jaimw Jordam ................................................................................................SSD 332Jair Carvalho dos Santos ...................................P 013, SSD 078, SSD 348, SSD 003Jair Junior Sanches Sabes ............................................................ SSD 050, SSD 139Jaíra Maria Alcobaça Gomes ........................................................SCD 013, SCD 092

James Diego Roth ...............................................................................................P 009Janaina Ferreira de Souza .............................................................................SSD 135Jandir Ferrera de Lima ..................................................SSD 168, SSD 071, SSD 346Jane Kelly Holanda Melo .....................................................................................P 028Jane Maria Carvalho Silveira..........................................................................SSD 307Jânia Maria Pinho Sousa Jânia Sousa ...........................................................SCD 069Janice Alves Lamera ......................................................................................SSD 120Januzia Mendes ................................................................................. P 026, SSD 291Jaqueline Severino da Costa..........................................................................SSD 001Jaqueline Severino de Costa..........................................................................SCD 023Jason de Oliveira Duarte ................................................................................SSD 066Jean Louis Lambert ........................................................................................SSD 160Jeferson Bruno Ferreira Martins ..........................................................................P 067Jeferson Galvão Trindade ..............................................................................SCD 030Jefferson Andronio Ramundo Staduto .......... SSD 168, SSD 241, SCD 165, SSD 007Jeovan de Carvalho Figueiredo......................................................SSD 039, SSD 114João A. Dessimon Machado ..........................SSD 155, SSD 041, SSD 194, SSD 109João Alfredo de Carvalho Mangabeira .......................................... SSD 167, SSD 172João Benigno Mesquita Filho ..............................................................................P 083João Carlos Correia Baptista Soares de Mello...............................................SSD 167João Carlos Garcia .........................................................................................SSD 066João Carlos Souza Maia .....................................................................................P 095Joao Cleps Junior ............................................................................... P 080, SSD 210João Eustáquio de Lima ....P 041, SCD 018, SSD 301, SSD 200, SSD 348, SSD 249João Garibaldi Almeida Viana ....................................................... SCD 006, SSD 199Joao Gomes Martines ..............................................................................P 074, P 078João Guilherme de Camargo Ferraz Machado ............................. SSD 288, SSD 289João Mário Csillag ..........................................................................................SSD 039João Matos João ...........................................................................SCD 077, SCD 162João Paulo Bernardes Deleo...............................................................................P 104João Paulo de Medeiros Neto ........................................................................SSD 038João Paulo Deleo ...........................................................................................SCD 124Joao Ricardo Lima..........................................................................................SCD 107Joao Torrens ...................................................................................................SCD 017Joaquim Bento de Souza Ferreira Filho ......SSD 280, SCD 123, SCD 088, SCD 039,

SSD 220Joaquim Carlos Barbosa Queiroz...................................................................SSD 085Joaquim Guilhoto...........................................................................SCD 145, SCD 094Joelsio José Lazzarotto ...................................................................... P 098, SSD 207Joilson Dias .................................................................................................... SSD 119Jonas Irineu dos Santos Filho ........................................................................SSD 077Jordana Duenha Rodrigues............................................................................SSD 264

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José Adolfo de Almeida Neto..........................................................................SSD 062José Adrian Pintos Payeras............................................................................SSD 077José Ailton Nogueira dos Santos................................................... SSD 252, SSD 256José Aílton Nogueira dos Santos ...................................................................SSD 255José Alberto Angelo ........................................................................................SSD 352José Antonio Frizzone ....................................................................................SSD 036José Antônio Pessoa Neto ..................................................................................P 021José Arnaldo Barra Montevechi......................................................................SCD 084José Augusto Brunoro Costa ....................................................................P 019, P 027Jose Carlos de Toledo ....................................................................................SSD 374José Carlos Moraes Souza ............................................................................SCD 118José César Cruz Júnior ................................ SCD 009, SCD 010, SSD 208, SSD 329José Cesar Vieira Pinheiro .............................................................................SSD 190José César Vieira Pinheiro .............................................................................SSD 151José Claudio Freitas Cruz ..............................................................................SSD 054José da Silva Souza ............................................................................................P 096José de Lima Albuquerque ............................................................ SSD 192, SCD 004José de Souza Neto .................................................................P 036, P 111, SSD 057Jose Ednilson de Oliveira Cabral .............................................P 064, P 111, SSD 317José Eustáquio Ribeiro Vieira Filho ...............................................SCD 146, SCD 038José Ferreira Neto ...............................................................................P 119, SSD 212José Frederico Barbato Salomom ..................................................................SSD 326José Garcia Gasques .................................................................... SSD 328, SSD 008José Gilberto de Souza ................................................................. SSD 250, SSD 273José Graziano da Silva................................................. SCD 042, SCD 106, SCD 053José Inácio Bessa Pires .................................................................................SSD 256José Jorge Gebara .........................................................................................SSD 328José Lincoln Pinheiro Araujo ..........................................................................SSD 254José Luiz Bellini Leite .................................................................... SSD 295, SSD 381José Luiz Parré............................. SSD 204, SSD 323, SSD 221, SSD 350, SSD 001Jose Manuel Carvalho Marta.........................................................SCD 152, SCD 153José Márcio Carvalho .....................................................................................SSD 226José Marcos Froehlich .................................................................. SSD 347, SSD 233José Maria Ferreira Jardim da Silveira ..........................................SCD 146, SCD 038José Maria Marques de Carvalho...................................................................SSD 261José Maria Silveira .........................................................................................SCD 055José Matheus Perosa .....................................................................................SSD 187José Maurício Pereira.....................................................................................SCD 139José Nazareno Araújo dos Santos .................................................................SSD 360José Paulo de Souza......................................................................................SCD 007José Paulo de Souza......................................................................................SCD 058José Paulo Souza...........................................................................................SSD 002

José Ricardo Cardoso de Mello Junqueira.....................................................SSD 144José Roberto Miranda ....................................................................................SSD 172José Roberto Vicente .................................................................... SSD 055, SSD 193José Ronaldo de Macedo ...............................................................................SSD 166José Sidnei Gonçalves .................................................................. SSD 352, SSD 144José Vanglesio Aguiar ....................................................................................SSD 190Jose Wellington Sousa ...................................................................................SSD 046Jovir Vicentini Esser .......................................................................................SCD 165Juan Diego Ferelli Souza ....................................................................................P 025Julia Guimaraes Briso ....................................................................................SSD 303Julia Midori Ueda Tanaka ...............................................................................SCD 072Juliana Aranha Serillo ..........................................................................................P 043Juliana Bonamigo Kobayashi ..............................................................................P 025Juliana Chaves Buozo ....................................................................................SCD 113Juliana Franco ................................................................................................SSD 231Juliana Moreno Trigo ......................................................................................SSD 275Juliana Sena Calixto .......................................................................................SSD 177Juliana Viana Jales .........................................................................................SSD 047Juliano Alarcon Fabricio .................................................................................SSD 278Júlio César Benfenatti Ferreira .......................................................................SSD 229Júlio César de Paiva Júlio ...................................................................................P 025Julio Cesar Santi ............................................................................................SSD 129Julio Otavio Jardim Barcellos .........................................................................SSD 132Julio Roberto Pinto Ferreira da Costa ............................................................SSD 166June Faria Scherrer Neves.............................................................................SSD 045Junia Rodrigues Conceição................................................................ P 063, SSD 319Júnia Rodrigues de Alencar........................................................... SSD 049, SSD 089Jussara Gazzola .............................................................................................SSD 317Kalianne Freire Godeiro .................................................................................SCD 057Kárin Teresinha Geiger ...................................................................................SSD 075Karla Brito dos Santos ....................................................................................SCD 013Karla da Silva Queiroz ....................................................................................SCD 057Karla Oddone Ribeiro ..........................................................................................P 106Karla Patrícia Martins Ferreira............................................................................. P 116Karlin Saori Ishii...................................................................................................P 074Kátia Rejane de Luna Mota ............................................................................SSD 038Kátia Rodrigues de Sousa Ponciano ........................................................P 102, P 103Keila Rodrigues de Souza ..............................................................................SSD 241Keitiline Ramos Viacava ................................................................ SSD 061, SSD 341Kelly Lissandra Bruch .................................................................... SSD 281, SCD 003Kelma Christina Melo dos Santos Cruz Kelma...............................................SSD 173Keynis Cândido Souto ....................................................................................SSD 364

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Kilmer Coelho Campos....................................................................... P 017, SSD 151Laércio Barbosa Pereira ................................................SSD 002, SCD 058, SSD 270Laeticia Medeiros Jalil ....................................................................................SSD 051Laurent Pauwels .............................................................................................SSD 328Lauro Mattei....................................................................................................SCD 161Lavínia Davis Pessanha .................................................................................SCD 056Lazaro Camilo Recompenza ..........................................................................SSD 108Leandro Augusto Ponchio .............................................................SCD 120, SCD 142Leandro dos Santos Coelho ...........................................................................SSD 330Leandro Frederico Ferraz Meyer ....................................................................SCD 019Leandro Pessoa de Lucena................................................................................. P 117Leila de Fátima de Oliveira Monte ..................................................................SSD 086Lenadro Sabanés ...........................................................................................SSD 104Lenilma Vera Nunes Machado .......................................................................SSD 335Léo da Rocha Ferreira....................................................................................SSD 366Leonardo Barros Rezende ............................................................ SSD 257, SSD 130Leonardo Bornacki de Mattos.........................................................................SSD 200Leonardo de Barros Pinto..............................................SSD 174, SSD 260, SSD 262Leonardo Etore do Valle ......................................................................................P 081Leonardo Francisco Figueiredo Neto ................................. P 078, SSD 050, SSD 139Leonardo Renner Koppe ................................................................................SSD 042Leonardo Ventura Araújo ................................................................................SSD 153Leonardo Xavier da Silva ................................................................... P 108, SCD 045Lessandra Medeiros de Oliveira ....................................SSD 155, SSD 061, SSD 341Letícia - Cavalheiro.........................................................................................SSD 347Letícia de Oliveira .................................................................... P 079, P 100, SSD 341Liane Carly Hermes Zanella ...........................................................................SSD 145Ligia Maria Heinzmann ...................................................................................SSD 293Lilian Costa Gomes ........................................................................................SSD 030Lilian Cristina Anefalos ...................................................................................SSD 099Lis Damasceno de Oliveira.............................................................................SSD 264Lisiane Celia Palma ........................................................................................SSD 217Lissandra Luvizão Lazzarotto ..............................................................................P 098Loraine Rodrigues Garrido .............................................................................SSD 180Lovois Andrade Miguel ..................................................SCD 021, SCD 149, SCD 116Lucas Antonio de Sousa Leite ........................................................................SSD 133Lucas Araujo Carvalho ....................................................................... P 002, SSD 053Lucas Oliveira de Sousa......................................................................................P 073Lúcia Maria Ramos Silva .........................................P 069, P 112, SSD 153, SSD 369Lúcia Rejane Rosa Gama Madruga .............................................. SSD 058, SSD 341Luciana Costa Sergeiro .......................................................................................P 084Luciana Rosa de Souza ................................................SSD 013, SSD 142, SSD 272

Luciana Santos Costa ....................................................................................SSD 156Luciane Alves Fernandes ...............................................................................SSD 281Luciane Conte ................................................................................................SSD 280Luciane de Moura ...........................................................................................SSD 044Luciano Barin Cruz .........................................................................................SCD 020Luciano Eduardo Morello Polaquini ..........................................................P 022, P 092Luciano Pereira da Silva...................................................................................... P 118Luciano Sampaio ............................................................................................SCD 114Luciano Van Den Broek ..................................................................................SCD 148Luciel Henrique de Oliveira ........................................................... SCD 115, SSD 137Luciene Rodrigues.............................................................................. P 031, SSD 210Lucilio Rogerio Aparecido Alves ....................................................SCD 123, SCD 166Lucir Reinaldo Alves ...................................................................... SSD 071, SSD 346Luís Alberto Ferreira Garcia ...........................................................................SSD 266Luis Andrea Favero ............................................P 086, SSD 079, SSD 333, SSD 344Luis Antonio Barone .......................................................................SSD 116, SCD 111Luís Fernando Martins Ribeiro .......................................................................SSD 182Luisa Matos Barros Correia ............................................................................SCD 004Luiz Alberto Cypriano Luiz Cypriano ..............................................................SSD 073Luiz Antonio Abrantes ......................................................... P 109, SSD 263, SSD 140Luiz Antonio Daniel .........................................................................................SSD 307Luiz Artur Clemente Silva ...............................................................................SSD 057Luiz Augusto Nogueira Perino ........................................................................SSD 187Luiz Carlos Carvalho Júnior Luiz Carlos ........................................................SSD 129Luiz Carlos Takao Yamaguchi ....................................................... SSD 026, SSD 027Luiz Eduardo Gaio ....................................................................................P 050, P 087Luiz Eduardo Vasconcelos Rocha .................................SSD 091, SSD 353, SSD 146Luiz Fernando de Mattos Pimenta..................................................................SSD 361Luiz Fernando Ohara Kamogawa SCD 009, SCD 010, SCD 022, SSD 208, SSD 329Luiz Fernando Paulillo .................. SCD 105, SSD 114, SSD 125, SSD 004, SSD 010Luiz Fernando Satolo .....................................................................................SSD 215Luiz Gustavo Antonio de Souza .....................................................................SCD 072Luiz Henrique Silvestre...................................................................SSD 177, SSD 115Luiz Manoel Almeida .................................... SCD 104, SCD 105, SSD 004, SSD 010Luiz Marcelo Antonialli .............................................P 018, P 020, SSD 177, SSD 126Luiz Marques da Silva Ayroza .............................................................................P 052Luiz Oliveira Luiz ......................................................................................P 049, P 084Luiz Rodrigo Teixeira Lot ................................................................................SSD 037Lydia Maria Fernandes Pessoa ......................................................................SSD 047Madalena Maria Schlindwein..........................................................................SSD 029Magda Cristina de Sousa .........................................................................P 028, P 062Maíra Bacha Lopes ........................................................................................SSD 134

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Maísa Gomide Teixeira .................................................................. SSD 284, SSD 043Malimiria Norico Otani ....................................................................................SSD 243Manoel Malheiros Tourinho ............................................................................SCD 136Manoel Pedro da Costa Júnior ............................................................................ P 118Manoel Xavier Pedrosa Filho ..................................P 021, P 086, SSD 333, SSD 344Mansueto F. de Almeida Junior ......................................................................SSD 319Manuel Carmo Vieira ...........................................................................................P 081Mara Huebra Gordim ......................................................................................SSD 332Marcel Castro de Moraes ...............................................................................SCD 032Marcela Brandão Vinholis ....................................................................................P 048Marcela Vasques Cintra .................................................................................SSD 088Marcelino de Souza ............................................................P 042, SCD 015, SCD 165Marcello Augusto Dias da Cunha ........................................................................P 033Marcelo Alexandre Correia Silva ....................................................................SSD 105Marcelo Alvaro da Silva Macedo ...................................................SCD 007, SCD 063Marcelo Antonio Conterato .............................................................................SSD 042Marcelo Bacchi Bartholomeu..........................................................................SSD 191Marcelo Bentes Diniz..................................................................... SSD 085, SSD 357Marcelo Bronzo Bronzo ..................................................................................SSD 073Marcelo Costa Marques Neves ...........................................................................P 093Marcelo Damus Abdo .....................................................................................SSD 259Marcelo Farid Pereira .................................................................... SSD 231, SSD 149Marcelo Fernandes Pacheco Dias .................................................................SCD 122Marcelo Firpo Porto ........................................................................................SCD 076Marcelo Guimarães ........................................................................................SSD 102Marcelo Henrique Consoli ..............................................................................SSD 131Marcelo José Braga................................ P 012, P 045, SSD 072, SSD 216, SSD 106Marcelo Jose Braga Nonnenberg ...................................................................SCD 054Marcelo Lacerda Rezende ............................................................ SCD 084, SSD 326Marcelo Luiz Campos Valente ........................................................................SSD 072Marcelo Márcio Romaniello ........................................................... SSD 105, SSD 012Marcelo Miele ..................................................................................... P 082, SCD 075Marcelo Renato Alves de Araújo ....................................................................SSD 171Márcia Aparecida de Paiva Silva .........................................................................P 047Márcia Azanha Ferraz Dias de Moraes ......................................... SCD 078, SSD 005Márcia Batista Fonseca ..................................................................................SSD 367Marcia Cristina Bergamim .............................................SSD 296, SSD 297, SSD 298Marcia Jucá Teixeira Diniz ............................................................. SSD 085, SSD 357Marcia Moreira Ayres de Souza .....................................................................SCD 120Marcia Regina Gabardo da Câmara.............................................. SSD 339, SSD 088Márcio Antonio Mello .................................... SSD 170, SSD 299, SSD 048, SCD 048Márcio Antonio Teixeira ..................................................................................SSD 222

Marcio Bobik Braga ........................................................................................SCD 093Márcio Garcia Bezerra....................................................................................SSD 065Marcio Gazolla Marcio ....................................................................................SCD 150Márcio Miceli Sousa .......................................................................................SCD 139Marcio Ribeiro Silva.............................................................................................P 070Marcio Roberto Palhares Nami ......................................................................SCD 047Marcio Santos Teixeira ...................................................................................SCD 091Marco Antonio Montoya ..................................................................................SCD 059Marco Antônio Verardi Fialho .........................................................................SCD 073Marco Aurélio Marques Ferreira ....................................SSD 362, SSD 263, SSD 140Marcos Antonio dos Santos ............................................................................SSD 255Marcos Antônio dos Santos ............................................................................SSD 256Marcos Antônio Souza dos Santos.......................................... P 030, P 037, SSD 128Marcos Botton Piccin ......................................................................................SCD 133Marcos Costa Holanda ........................................................................................P 036Marcos Fava Neves....................................................................... SCD 065, SSD 134Marcos Hideyuki Yokoyama ...........................................................................SCD 060Marcos Luiz Leal Maia....................................................................................SCD 082Marcos Paulo Fuck .........................................................................................SCD 138Marcos Soares da Silva..................................................................................SCD 013Marcos Spínola Nazareth ................................................................... P 109, SSD 140Marcos Tanganelli da Silva .............................................................................SSD 067Marcos Tanure Sanabio ..................................................................................SSD 126Marcus Finco ..................................................................................................SSD 305Margarete Boteon ....................................................P 093, P 104, SCD 124, SSD 184Margarida Garcia de Figueiredo ....................................SSD 036, SSD 084, SSD 136Margarita Bolós do Amaral Mello.........................................................................P 104Maria Andrade Pinheiro ................................................................. SSD 204, SSD 323Maria Aparecida de Oliveira ................................................................................P 007Maria Aparecida Silva Oliveira............................................................ P 010, SSD 247Maria Aparecida Tarsitano ............................................. SSD 116, SCD 113, SSD 278Maria Auxiliadora de Carvalho........................................................................SSD 338Maria Beatriz Bonacelli ...................................................................................SCD 138Maria Belém Martins.......................................................................................SSD 087Maria Carlota Meloni Vicente .........................................................................SSD 243Maria Célia Portella .............................................................................................P 066Maria Cristina Angélico de Mendonça ............................................................SCD 044Maria Cristina das Neves Silva............................................................................P 032Maria de Fátima Vieira Crespo .......................................................................SCD 013Maria de Lourdes Bernartt ...................................................................................P 040Maria de Lurdes Ferro Godinho .....................................................................SSD 021Maria de Nazaré Alves da Silva...........................................................................P 030

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Maria do Socorro Lima ...................................................................................SSD 006Maria Elizete Gonçalves .................................................................................SSD 210Maria Eloisa Bezerra da Rocha ......................................................................SSD 228Maria Erondina Silveira da Silva..................................................................... SSD 311María Gloria Cabrera Romero ........................................................................SSD 279Maria Inês Escobar Costa Casimiro ...............................................................SCD 137Maria Inez Espagnoli Geraldo Martins ......................................... P 052, P 059, P 066Maria Irles de Oliveira Mayorga......... P 089, SSD 046, SSD 047, SSD 314, SSD 133Maria Isabel Azevedo Alvim............................................................................ SSD 118Maria José de Camargo Machado de Zen ......................................... P 088, SCD 121Maria Leonor Silva Carvalho ......................................................... SSD 020, SSD 021Maria Lúcia Bahia Lopes ..........................................................................P 030, P 037Maria Lúcia de Sousa Moreira............................................................................. P 114Maria Madalena Zocoller Borba .....................................................................SSD 376Maria Nezilda Culti .........................................................................................SSD 015Maria Odete Alves .........................................................SSD 316, SSD 245, SSD 256Maria Perpetuo Socorro Santos Pereira.........................................................SCD 091Maria Raquel Lucas........................................................................................SSD 087Maria Regina Caetano Costa .........................................................................SCD 070Maria Regina de Santana Sento-Se ...............................................................SSD 030Maria Simone de Castro Pereira Brainer........................................................ SSD 011Maria Sylvia Macchione Saes ........................................................................SCD 005Maria Sylvia Saes ...........................................................................................SCD 035Maria Villaberde ..............................................................................................SSD 104Mariana Bombo Perozzi Gameiro .......................................................................P 058Mariana Cavalcanti Pincovsky de Lima ..........................................................SCD 119Mariana Gomes de Freitas Damasceno ..............................................................P 036Mariângela da Silva Duarte ............................................................................SSD 361Marie Anne Najm Chalita ................................................................................SSD 253Marilândia Marsaro Pizzato ............................................................................SSD 154Mariléa Roberta de Lima ................................................................................SCD 072Marília Castelo Magalhães ............................................................ SCD 081, SSD 320Marília Fernandes Maciel Gomes............................P 029, P 119, SSD 081, SSD 212Mariluce Paes Souza......................................................................................SSD 269Marina Brasil Rocha ...........................................................P 046, SCD 028, SCD 029Marina Cromberg............................................................................................SSD 303Marinês Steffanello .........................................................................................SCD 063Mario Antonio Margarido ................................................................................SSD 099Mário Diniz de Araújo Neto .............................................................................SSD 182Mário Ferreira Campos Filho ..........................................................................SSD 324Mario Miguel Amin .........................................................SSD 302, SSD 086, SSD 335Mário Otávio Batalha .................................... SSD 028, SSD 160, SSD 034, SCD 044

Mario Sacomano Neto .........................................................................................P 034Marisa Sugamosto..........................................................................................SCD 017Marislei Nishijima ............................................................................................SCD 035Mariusa Momenti Pitelli .................................................SSD 036, SSD 121, SSD 138Marizete Dantas de Aquino ............................................................................SSD 314Mark Horridge .................................................................................................SCD 039Marlene Züge .................................................................................................SSD 067Marli Dias Mascarenhas Oliveira ....................................................................SCD 134Marlon Vidal Paz ............................................................................................SCD 043Marta Aurélia Dantas de Lacerda ................................................................... SSD 211Matheus Alberto Consoli................................................................ SSD 131, SSD 134Maura Seiko Tsutsui Esperancini .......................P 090, SSD 023, SSD 163, SSD 351Mauri Leodir Löbler..............................................................................................P 076Mauricio Fernandes Pereira ...........................................................................SSD 157Maurício Jorge Pinto de Souza .....................................SSD 343, SSD 345, SSD 094Mauricio Vaz Lobo Bittencourt ........................................................................SCD 109Maurinho Luiz dos Santos ........................................................................P 004, P 047Mauro César de Paula....................................................................................SSD 236Mauro Eduardo Del Grossi ........................................... SCD 042, SCD 106, SCD 053Mauro José Andrade Tereso ................................................................................P 099Mauro Osaki .................................................................................. SCD 123, SSD 225Mauro Virgino de Sena E Silva ......................................................SCD 054, SCD 054Mayra Batista Bitencourt ............................................................... SSD 257, SSD 130Mércia Santos da Cruz ...................................................................................SSD 364Michele Merética Miltons ................................................................................SSD 001Michele Queiroz Moura ....................................................................................... P 111Michelle Moutinho Venâncio ...........................................................................SCD 090Miguel Angelo Ribeiro.....................................................................................SSD 165Milena Karla Soares .......................................................................................SSD 232Milton Bernardes Ferreira ...............................................................................SCD 047Mirian Beatriz S. Braun...................................................................................SSD 168Mirian Oliveira de Souza ................................................................................SSD 320Mirian Rumenos Piedade Bacchi .................................................. SSD 206, SSD 215Mizael Felix da Silva Neto ..............................................................................SSD 318Moacir Piffer Piffer ..........................................................................................SSD 071Moacyr Boris...................................................................................................SSD 269Moacyr Doretto ...............................................................................................SCD 017Moisés Araújo Almeida ................................. SCD 011, SCD 066, SCD 067, SCD 068Moisés de Andrade Resende Filho.................................................................SCD 027Moisés Villalba Gonzáles .............................................................. SSD 304, SSD 077Mônica de Moura Pires...................................................................................SSD 062Mônica do Nascimento Brito................................................................................P 068

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Mucio Tosta Gonçalves ..................................................................................SCD 158Murilo Correa de Souza..................................................................................SCD 096Nadia Kassouf Pizzinatto.....................................................................................P 034Nádia Velleda Caldas .........................................................P 035, SCD 070, SCD 100Nájila Rejane Alencar Julião Cabral ...............................................................SSD 314Não Tem Não Tem Não Tem...........................................................................SCD 136Nara Eliana Miller Serra .................................................................................SSD 269Natalia Aguilar Delgado ..................................................................................SCD 020Natalia Freire Bellentani .................................................................................SSD 273Natalino Henrique Medeiros ...........................................................................SSD 258Neide Maria de Almeida Pinto .......................................................SCD 151, SCD 098Nelson Guimarães Dantas Canuto .................................................................SSD 152Nelson Norio Nishioka .........................................................................................P 078Niemeyer Almeida Filho................................................................. SSD 142, SSD 272Nildo Ferreira Cassundé Júnior ......................................................................SCD 036Nilson Antonio Modesto Arraes ...........................................................................P 015Nilson Machado Vieira Junior .........................................................................SSD 369Nilton Marques Oliveira ..................................................................................SSD 070Niraldo José Ponciano.......................................................P 019, P 027, P 071, P 102Nora Beatriz Presno Amodeo .........................................................................SCD 098Nuria A. Chaim ...............................................................................................SSD 014Octávio Augusto Conceição ...........................................................................SCD 157Odo M.A.S.P.R.B. Primavesi ...............................................................................P 048Omar Inácio Benedetti Santos....................................................... SSD 148, SSD 277Orlando Monteiro da Silva .................................................. P 053, SSD 214, SSD 336Oscar Agustin Torres Figueredo .....................................................................SCD 149Oscar Tupy ........................................................................ P 011, P 043, P 048, P 081Osmar de Carvalho Bueno ............................................................ SSD 163, SSD 279Oswaldo Elias Farah ...........................................................................................P 034Otavio Valentim Balsadi ..................................................................................SSD 244Paloma Mattos............................................................................... SSD 282, SSD 217Pamela Caroline Maia ....................................................................................SSD 046Pamela Yuri Azevedo Morimoto ..........................................................................P 088Patrícia Aparecida Ferreira .............................................................................SSD 162Patricia Campeão ...........................................................................................SSD 154Patricia de Melo Abrita Bastos....................................................... SSD 353, SSD 146Patrícia Fernanda da Silva Pereira.................................................................SSD 185Patrícia José Almeida .....................................................................................SCD 055Patricia Lima Silva .......................................................................................... SCD 111Patrícia Lombardi Perez .................................................................................SSD 325Patrícia Lpoes Rosado .......................................P 119, SSD 081, SSD 212, SSD 342Patrícia Paula dos Santos ...................................................................................P 055

Patricía Ribeiro de Souza ...............................................................................SSD 188Patricia Sales Lima ..................................................P 069, P 112, SSD 251, SSD 252Patrício Borges Maracajá ....................................................................................P 097Patrick Fernandes Lopes............................................................... SSD 026, SSD 027Patrick Franco Alves .......................................................................................SSD 375Patrízia Raggi Abdallah ..................................................................................SCD 143Paula Regina de Jesus Pinsetta Pavarina .....................................................SCD 154Paulo Afonso Francisco de Carvalho .............................................................SCD 101Paulo Aguiar do Monte ...................................................................SSD 113, SSD 368Paulo Augusto Ramalho de Souza .................................................................SSD 161Paulo César Dias do Nascimento...................................................................SSD 045Paulo Cesar Fernandes Lima .........................................................................SSD 254Paulo Dabdab Waquil ...................SCD 075, SSD 213, SCD 164, SSD 373, SCD 116Paulo Fernando Cidade de Araújo .................................................................SSD 366Paulo Furquim de Azevedo ............................................................................SSD 265Paulo Henrique Montagnana Vicente Leme Paulo Henrique P 018Paulo Henrique Muller Prado .........................................................................SCD 033Paulo Henrique Pierin Pacheco......................................................................SCD 031Paulo Henrique Siqueira......................................................................................P 057Paulo Marcelo de Souza ...................................................P 016, P 027, P 068, P 103Paulo Nazareno Alves Almeida ......................................................................SCD 097Paulo Renato Lessa Pinto ..............................................................................SCD 143Paulo Roberto Correia da Silva ......................................................................SSD 376Paulo Roberto Dullius .....................................................................................SSD 347Paulo Roberto Paim Padilha ..........................................................................SSD 283Paulo Roberto Silveira ....................................................................................SSD 233Paulo Sergio Miranda Mendonça ...................................................................SCD 008Paulo Vicente Mitchell ....................................................................................SCD 056Pedro Abel Vieira Junior ................................................................ SSD 198, SSD 377Pedro Antônio dos Santos ..............................................................................SSD 022Pedro Carlos Schenini ...................................SSD 157, SSD 306, SSD 315, SSD 145Pedro de Hegedus..........................................................................................SSD 109Pedro Miranda ................................................................................................SCD 147Pedro Ramos..................................................................................................SCD 163Pedro Selvino Neumann................................................SSD 044, SSD 233, SSD 355Pedro Tasso de Souza Filho ...........................................................................SSD 030Pedro Valentim Marques .................................................... P 078, SSD 327, SSD 076Pery Francisco Assis Shikida .......SSD 293, SSD 241, SCD 166, SCD 168, SCD 002Pessoa Sirlene .........................................................................................P 023, P 061Peter Bent Hansen .........................................................................................SSD 132Poliana Daré Zampirolli ............................................................................P 016, P 019Priscila De-Stefani Aguiar ...............................................................................SSD 376

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Priscilla Rocha Silva .......................................................................................SSD 202Priscilla Welligton Gomes ...............................................................................SCD 086Rachel Silva Almeida ...........................................................................................P 037Rafael Pentiado Poerschke ............................................................................SSD 334Rafaela Cristina da Silva ................................................................................SCD 124Rafal Eduardo Chiodi .....................................................................................SCD 126Ralph Panzutti ................................................................................................SSD 363Ranulfo Corrêa Caldas ........................................................................................P 096Rebert Coelho Correia....................................................................................SSD 254Regina Veiga Regina ......................................................................................SSD 168Reginaldo José Carlini Junior ........................................................ SSD 285, SSD 203Regio Marcio Toesca Gimenes ..................... SCD 155, SSD 237, SSD 239, SSD 240Régis Rathmann ............................................................SCD 059, SSD 148, SSD 277Reinaldo Mesquita Cassiano ..........................................................................SSD 137Renata Martins .............................................................................. SSD 055, SSD 193Renato Alves de Oliveira .....................................................................................P 069Renato dos Santos Gonçalves ...................................................... SSD 257, SSD 130Renato Hortélio Fernandes ............................................................................SSD 069Renato Luiz Sproesser ................................. SSD 154, SSD 160, SSD 161, SCD 001Renato Santos de Souza............................................................... SSD 199, SSD 082Renildes Fortunato Siman .............................................................SCD 157, SCD 167Renner Marra .................................................................................................SCD 037Ricardo Alessandro Petinari ................................................................................P 099Ricardo Almeida Muller...................................................................................SSD 149Ricardo Bruno Santos ...................................SSD 085, SSD 357, SSD 372, SSD 017Ricardo Chaves Lima ................................... SCD 119, SCD 140, SCD 036, SSD 124Ricardo Francischini .......................................................................................SSD 045Ricardo Luis Chaves Feijó..............................................................................SCD 083Ricardo Luis Lopes ........................................................................ SCD 023, SSD 323Ricardo Mendonça Fonseca......................... SCD 009, SCD 010, SSD 208, SSD 329Ricardo Pereira Reis ....................SSD 026, SSD 027, SCD 084, SSD 263, SSD 140Ricardo Politi ..................................................................................................SSD 265Ricardo Sá Candéa Barreto ......................................................... P 005, P 041, P 083Ricardo Shirota .............................................SSD 303, SCD 022, SCD 025, SCD 141Ricardo Silveira Martins..................................................................................SSD 073Ricardo Vogel do Nascimento ........................................................................SCD 031Richard Pasquis .............................................................................................SSD 183Rita Inês Pauli Prieb .......................................................................SSD 311, SSD 334Roberio Telmo Campos ...................................................... P 017, SSD 151, SSD 292Robert Aldo Iquiapaza ....................................................................................SCD 087Roberta Dalla Porta Gründling Roberta..........................................................SSD 217Roberta Helena Fiorotto Rodrigues Bacha.....................................................SSD 195

Roberto Araújo................................................................................................SSD 196Roberto Ari Guindani ......................................................................................SSD 315Roberto Arruda de Souza Lima .....................................SCD 141, SSD 259, SSD 267Roberto de Assumpção .......................................................................................P 090Roberto Max Protil ........................................ SSD 156, SCD 031, SSD 330, SCD 159Roberto Salvador Santolin..............................................................................SSD 022Roberto Serpa Dias ....................................................................... SSD 035, SSD 379Roberto Silva Filho ..............................................................................................P 029Roberto Tormes Machado ..............................................................................SSD 104Robson Amancio ................................................................................ P 106, SSD 012Rodne de Oliveira Lima ..................................................................................SSD 356Rodrigo da Silva Lisboa..................................................................................SSD 082Rodrigo Magalhães Neiva Santos ..................................................................SSD 261Rodrigo Martini ................................................................................... P 104, SSD 184Rodrigo Mendes Coura .......................................................................................P 004Rodrigo Pinheiro Cunha .................................................................................SSD 080Rodrigo Saboya Castro Alves.........................................................................SSD 340Rogério César Pereira de Araújo....................................................................SSD 057Rogério Edivaldo Freitas ...............................................SSD 090, SSD 244, SSD 375Romeu Ferrari Junior......................................................................................SSD 237Ronald Polanco Ribeiro ..................................................................................SSD 053Rondineli Santos Caldas ................................................................................SSD 101Roni Blume .................................................................................... SSD 181, SSD 194Rosalina Camilot .................................................................................................P 095Rosana Vieira Ramos .....................................................................................SSD 177Rosane Nunes Faria.......................................................................................SSD 093Rosangela A.S. Fernandes.............................................................................SSD 218Rosângela de Oliveira Silva ...........................................................................SCD 016Rosangela Maria Carnevale Carvalho............................................................SSD 179Rosangela Maria Pontili..................................................................................SSD 321Rosângela Rosângela ....................................................................SSD 358, SSD 116Rosaura Gazzola ........................................................................... SSD 317, SCD 037Rosemeiry Melo Carvalho ..............................................................................SSD 016Rosiane Maria Lima Gonçalves..................................................... SSD 106, SSD 362Ruben Dario Mayorga ........................................................P 089, SCD 102, SSD 133Rubens Cardoso da Silva Cardoso Rubens ........................................................P 032Rubia Nara Rinaldi .........................................................................................SSD 028Rubicleis Gomes Silva........................................................................ P 002, SSD 301Rui Fragoso ....................................................................................................SCD 130Rui Toscano ....................................................................................................SSD 087Sabrina Soares Silva ......................................................................................SSD 162Salete Polonia Salete .....................................................................................SSD 293

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Samuel José M Oliveira..................................................................................SSD 220Sandra Cristina de Moura Bonjour .................................................................SSD 120Sandra Cristina de Oliveira............................................................ SSD 260, SSD 262Sandra Lucia de Souza Pinto Cribb ...............................................................SCD 082Sandra Mara Pereira ..................................................................... SSD 346, SSD 234Sandra Mara Schiavi Bankuti .........................................................................SSD 374Sandra Maria Wietzikoski ....................................................................................P 091SANDRO AUGUSTO Viégas Leão .................................................................SSD 006Sara Rezende Moss ............................................................................................P 012Sciena Sérvia Viana Araújo ................................................................................. P 112Sebastião Francisco de Menezes ..................................................................SCD 162Sebastião Neto Ribeiro Guedes .....................................................................SSD 141Sebastião Teixeira Gomes ...................................................................................P 073Segio Silveira Martins .....................................................................................SSD 073Sergio Augusto de Campos Castiglioni ..........................................................SSD 150Sérgio Castro Gomes .....................................................................................SSD 078Sergio de Zen ................................................................SCD 120, SSD 037, SSD 083Sérgio Rangel Figueira ...................................................................................SSD 127Sérgio Ricardo Rezende ................................................................................SSD 143Sérgio Schneider ............................................................................................SCD 116Sergio Scnheider Schneider ......................................... SCD 095, SCD 150, SCD 048Sheila Cristina Ferreira Leite ..........................................................................SSD 084Shirley Martins Menezes ................................................................................SSD 037Sidineia Maria de Souza Abranches................................................... P 031, SSD 210Sidiney Cabral Sousa ..........................................................................................P 044Sigismundo Bialoskorski Neto .......................................SCD 093, SSD 232, SSD 359Silene Maria de Freitas...................................................................................SCD 134Silmara Fagan ................................................................................................SSD 109Silvana Saionara Gollo ...................................................................................SSD 286Silvane Guimarães Silva Gomes ....................................................................SCD 151Silvério Egon Arns ..........................................................................................SSD 054Silvia Cristina Bender Greco ..........................................................................SSD 241Silvia Helena Galvão de Miranda ..................................SSD 191, SSD 094, SSD 223Sílvia Maria Almeida Lima Costa ....................................................................SCD 113Silvia Morales de Queiroz Caleman ...............................................................SCD 001Silvio Antonio Ferraz Cario .............................................................................SSD 270Silvio Cezar Arend .........................................................SSD 308, SSD 309, SSD 075Simone Moura Dias ........................................................................................SCD 085Simone Perecmanis ............................................................................................ P 115Sinezio Fernandes Maia ................................................................ SSD 095, SSD 096Solano Mineiro de Sousa Filho.......................................................................SSD 079Sônia Maria Leite Ribeiro do Vale .......................................................................P 051

Sonia Maria Pessoa Pereira Bergamasco...........................................................P 099Sônia Regina Paulino ..........................................................................................P 014Sônia Santana Martins ...................................... P 046, SCD 028, SCD 029, SSD 080Sueli Alves Moreira Spuza..............................................................................SSD 352Sylvan Martins Reis .............................................................................................P 075Tales Wanderley Vital .................................................................... SSD 318, SSD 203Talestre Maria do Carmo Mário ...........................................................................P 018Talles Girardi de Mendonça ............................................................................SSD 091Tania Izelli Gimenes .......................................................................................SCD 046Tania Nunes da Silva .....................................SSD 282, SSD 058, SSD 217, SSD 341Tânia Verônica Veldt.......................................................................................SCD 148Tanice Andreatta .............................................................................................SSD 310Telma Pelizer ..................................................................................................SCD 110Terezinha Fernandes Gomes .........................................................................SCD 155Thais Helena Szabo ............................................................................................P 022Thaís Lacava de Moura ..................................................................................SSD 034Thais Menezes Zimbres .................................................................................SSD 223Thaisy Sluszz ................................................................................ SSD 282, SSD 041Thalita Costa da Silva.....................................................................................SSD 051Thays Floriano Bezerra ..................................................................................SSD 274Thelmo Vergara de Almeida Martins-Costa ...................................SCD 079, SCD 080Theophilo Alves Souza Filho ..........................................................................SSD 269Thiago Bernardino de Carvalho.................... SSD 037, SSD 191, SSD 083, SCD 148Thiago Rodrigo de Paula Assis ......................................................................SCD 016Thomas Nitzsche ............................................................................SSD 196, SSD 110Thomaz Fronzaglia .........................................................................................SSD 144Tiago Boischio Votta .......................................................................................SSD 138Tiago Pellini ...................................................................................SCD 017, SCD 072Tiago Santos Telles ........................................................................................SCD 072Tobias Freitas Prando.....................................................................................SSD 224Ubiranei Marinho ................................................................................................. P 115Uinie Caminha .....................................................................................................P 089Valdemar João Wesz Junior ............................................................... P 009, SSD 294Valdinei Aparecido Oliveira .............................................................................SSD 070Valdir Antonio Galante ....................................................................................SCD 030Valentina Schmitt ............................................................................................SSD 157Valter Alves Nascimento .................................................................................SSD 101Valter José Stulp ............................................................................ SSD 246, SCD 167Vanderlei Cenci ..............................................................................................SSD 380Vanderlei José Sereia .................................................................... SSD 339, SSD 088Vanessa Petrelli Corrêa ..................................................................................SCD 128Vania de Fátima Barros Estivalete .................................................................SSD 058

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Julho, 2006 – Livro de Resumos

Vania Di Addario Guimarães ..........................................................................SCD 034Vânia Érica Herrra ..........................................................................................SSD 222Vânia Lícia Figueirêdo Melo ................................................................................ P 110Vanuza da Silva Pereira Ney ....................................................................P 016, P 019Vera Lúcia dos Santos Francisco ...................................................................SSD 202Vera Lucia Silveira Botta Ferrante .......................... P 014, P 085, SCD 125, SCD 104Verônica Sousa Ferreira .................................................................................SSD 047Vicente C. P. Silveira ..........................................................P 076, SCD 006, SSD 349Vico Mendes Pereira Lima .............................................................................SCD 126Victor Mateus Menezes de Mattos ......................................................................P 009Victor Muiños Barroso Lima ...........................................................................SSD 381Victor Rodrigues Ferreira ....................................................................................P 068Vinicius Correia Santos ..................................................................................SCD 097Vinícius Fialho Reis .............................................................................................P 003Vinícius Gonçalves Vidigal .............................................................................SSD 224Vinicius Pereira Guimaraes .................................................................................P 045Violeta de Faria Pereira ..................................................................................SSD 361Vitor Augusto Ozaki ......................................SCD 009, SCD 010, SCD 141, SSD 208Vitor Caminha Faustino Dias ...............................................................................P 078Vitor de Athayde Couto .................................................................. SCD 129, SSD 230Vivian Helena Capacle .................................................................. SSD 198, SSD 377Viviane Gorgati Viegas ........................................................................................P 065Viviani Silva Lirio .....................................................P 003, P 029, SCD 090, SSD 214Vivien Diesel ..................................................SSD 169, SSD 233, SSD 355, SSD 355Wagner Antonio Jacometi ....................................................................................P 014Wagner Lopes Soares ....................................................................................SCD 076Wagner Luiz Lourenzani ................................................................ SSD 174, SSD 009Wagner Moura Lamounier ............................................................. SCD 087, SSD 324Waldeck Lisboa Filho .....................................................................................SSD 203Waldecy Rodrigues ........................................................................................SCD 131Waldemiro Alcântara da Silva Neto ................................................................SSD 204Waldenir Sidney Fagundes Britto ...................................................................SSD 030Walter Belik ....................................................................................................SSD 014Wanderci Alves Bitencourt ........................................................................P 050, P 087Weimar Freire da Rocha Junior .....................SSD 028, SSD 234, SSD 370, SSD 007Wellington Sampaio dos Santos ..........................................................................P 072Wellton Cardoso Pereira ................................................................................SSD 197Weslem Rodrigues Faria ................................................................................SCD 094Wesley Lemes Cardoso .................................................................................SSD 238Wesley Vieira da Silva .................................. SSD 156, SCD 031, SSD 330, SCD 159Wilca Barbosa Hempel ...................................................................................SSD 314Wildson Justiniano Pinto .....................................................................................P 067

William Gomez Soto .......................................................................................SSD 309Wilson da Cruz Vieira ..........................................................................................P 073Wilson Magela Gonçalves ..............................................................................SSD 373Wilton Freitas..................................................................................................SSD 337Xxxx Xxxx Xxxx ...................................................................................................P 059Yara Maria Chagas de Carvalho ....................................................................SSD 080Yonissa Marmitt Waddi ...................................................................................SCD 165Yony de Sá Barreto Sampaio ........................................................ SSD 124, SSD 268Yumi Kawamura .............................................................................................SSD 354Zulmira Áurea Cruz Bomfi m ................................................................................ P 116