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AMOSTRAGEM DE FOLHA EM CANA-DE-AÇÚCAR SUBMETIDA À ADUBAÇÃO NITROGENADA Danilo Eduardo Rozane I, Renato de Mello Prado 2; Liliane Maria Romualdo 3, Márcio Alexandre Pancelli 4; Claudenir Facincani Franco 5 I Engenheiro Agrônomo, Doutorando, Depto. de Solos e Adubos, Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAVlUnesp). Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/no 14870-000, Jaboticaba1-SP. Bolsista FAPESP. E-mai!: [email protected] 2 Professor Doutor, Depto. de Solos e Adubos, FCAVlUnesp. Bolsista CNPq. E-mail: [email protected] 3 Zootecnista, MSc. Ciência do Solo. E-mai]: [email protected] 4 Graduando em Agronomia da FCA V/Unesp. E-mai!: [email protected] 5 Engenheiro Agrônomo, MSc. Ciência do Solo. E-mai!: [email protected] RESUMO o uso potencial da análise química foliar como método de avaliação do estado nutricional dependerá dos critérios adequados de amostragem de folhas. Assim, objetivou-se avaliar a influência dos tipos de folhas e das épocas de amostragens sobre o teor foliar de nutrientes da cana-de-açúcar, durante dois ciclos, submetida à aplicação de nitrogênio. Para isto, instalou-se um experimento de campo, na Fazenda experimental Santa Terezinha, laboticabal, SP, em soqueira de cana-de-açúcar (SP 79-10 11), cultivada em um Latossolo Vermelho distrófico, com as seguintes doses de nitrogênio (tratamentos): zero; 50; 100; 150 e 200 kg de N ha- 1 Os tratamentos foram aplicados após o corte da cana-planta em junho/2005. Avaliou-se, durante os dois primeiros cortes da soqueira de cana-de-açúcar, o estado nutricional, em folhas + 1 e +3, aos 4 e 9 meses após o corte, além da produção de colmos. As alterações na composição química nas folhas + 1 e +3 da cana-de-açúcar, ocorreram independentemente das doses de nitrogênio empregadas. A amostragem da folha+3, coletada aos quatro meses após o corte da planta, mostrou-se adequada para a diagnose foliar na cultura da cana-de-açúcar. Palavras-chave: Saccharum ojjicinarum, diagnose foliar, nitrogênio, época de amostragem LEAF SAMPLING OF SUGAR CANE TO SUBMITTED THE NITROGEN FERTILIZA TION ABSTRACT The potential use of the foliar chemical analysis as method of evaluation of the nutritional status will depend on the criterion of adequate leaf sampling. Thus, it this paper to evaluates the influence of the types of leaves and the times of samplings on the nutrient foliar contents of the sugar cane, during two cycles, submitted to nitrogen application. A field experiment was set, in the experimental Farm Santa Terezinha, laboticabal, SP, in ratton of sugar cane (SP 79-1011), cultivated in a distrofic Red Latossol, with the following rates of nitrogen (treatments): zero; 50; 100; 150 and 200 kg of N ha- I . The treatments had been applied after the cut of the sugar cane- plant on june/2005. lt was evaluated during the two first cuts of the ratton sugar cane, the nutritional status, in leaves + 1 and +3, 4 and 9 months after the cut, and the production of stalks. The alterations in the chemical composition in leaves + 1 and +3 of the sugar cane, occurred

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AMOSTRAGEM DE FOLHA EM CANA-DE-AÇÚCAR SUBMETIDA ÀADUBAÇÃO NITROGENADA

Danilo Eduardo Rozane I, Renato de Mello Prado 2; Liliane Maria Romualdo 3, MárcioAlexandre Pancelli 4; Claudenir Facincani Franco 5

I Engenheiro Agrônomo, Doutorando, Depto. de Solos e Adubos, Universidade Estadual Paulista, Faculdade deCiências Agrárias e Veterinárias (FCAVlUnesp). Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/no 14870-000,Jaboticaba1-SP. Bolsista FAPESP. E-mai!: [email protected] Professor Doutor, Depto. de Solos e Adubos, FCAVlUnesp. Bolsista CNPq. E-mail: [email protected] Zootecnista, MSc. Ciência do Solo. E-mai]: [email protected] Graduando em Agronomia da FCA V/Unesp. E-mai!: [email protected] Engenheiro Agrônomo, MSc. Ciência do Solo. E-mai!: [email protected]

RESUMO

o uso potencial da análise química foliar como método de avaliação do estado nutricionaldependerá dos critérios adequados de amostragem de folhas. Assim, objetivou-se avaliar ainfluência dos tipos de folhas e das épocas de amostragens sobre o teor foliar de nutrientes dacana-de-açúcar, durante dois ciclos, submetida à aplicação de nitrogênio. Para isto, instalou-seum experimento de campo, na Fazenda experimental Santa Terezinha, laboticabal, SP, emsoqueira de cana-de-açúcar (SP 79-10 11), cultivada em um Latossolo Vermelho distrófico, comas seguintes doses de nitrogênio (tratamentos): zero; 50; 100; 150 e 200 kg de N ha-1

• Ostratamentos foram aplicados após o corte da cana-planta em junho/2005. Avaliou-se, durante osdois primeiros cortes da soqueira de cana-de-açúcar, o estado nutricional, em folhas + 1 e +3, aos4 e 9 meses após o corte, além da produção de colmos. As alterações na composição química nasfolhas + 1 e +3 da cana-de-açúcar, ocorreram independentemente das doses de nitrogênioempregadas. A amostragem da folha+3, coletada aos quatro meses após o corte da planta,mostrou-se adequada para a diagnose foliar na cultura da cana-de-açúcar.

Palavras-chave: Saccharum ojjicinarum, diagnose foliar, nitrogênio, época de amostragem

LEAF SAMPLING OF SUGAR CANE TO SUBMITTED THE NITROGENFERTILIZA TION

ABSTRACT

The potential use of the foliar chemical analysis as method of evaluation of the nutritionalstatus will depend on the criterion of adequate leaf sampling. Thus, it this paper to evaluates theinfluence of the types of leaves and the times of samplings on the nutrient foliar contents of thesugar cane, during two cycles, submitted to nitrogen application. A field experiment was set, inthe experimental Farm Santa Terezinha, laboticabal, SP, in ratton of sugar cane (SP 79-1011),cultivated in a distrofic Red Latossol, with the following rates of nitrogen (treatments): zero; 50;100; 150 and 200 kg of N ha-I. The treatments had been applied after the cut of the sugar cane-plant on june/2005. lt was evaluated during the two first cuts of the ratton sugar cane, thenutritional status, in leaves + 1 and +3, 4 and 9 months after the cut, and the production of stalks.The alterations in the chemical composition in leaves + 1 and +3 of the sugar cane, occurred

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Revista de Agricultura 2008

independently of the employed rates of nitrogen. The sampling of folha+ 3. C

after the cut plants, showed revealed adequate for foliar diagnosis in the culcrop.

Key words: Saccharum officinarum, N, foliar diagnosis, nitrogen, time of SaI~:~;

MATERIAL E

amostragem (Raij & Ctipo de folha que definesua vez, constituiimportante, e istointerpretações do eplanta (Prado et aL _reforça que o teor de n=:::-E:::tii::;::açúcar varia com adevido às taxas dvariáveis da planta ao 1

Assim, na culexiste divergência nasobre a folha dia,-,e:nC-~~:Lamostragem, havenfolha +3, a ser colebrotação (Malavolta.de idade (Trani et aI..a folha + 1, a ser coledesenvolvimento eg& Cantarella 1997)no Havaí, utilizam-+6 (o ponteiro é coos(Clements, 1959) e.+4, +5 e +6 (Samue -

Diante deste cc;;:::s=trabalho será avali ,.de folhas e das épo teor foliar de nutridurante dois ciclo . _de nitrogênio.

oFazenda experimMunicípio de ]aclassificação de K-tipo Cwa subtro .moderado e seco.caracterizando d

INTRODUÇÃO

o uso da análise química foliar é umaferramenta importante, quando se objetivamelhoria no manejo e eficiência na práticada adubação. Assim, conhecer os aspectosnutricionais, para que estes não sejamfatores limitantes à produção é fundamentalpara explorar o potencial genético dacultura.

A análise química foliar parte dapremissa de que o estado nutricional daplanta é retratado pela concentração dosnutrientes presentes no tecido foliar. Estaidéia existe há mais de um século, mas temsido explorada há apenas poucas décadas(Smith, 1966). Assim, existe relação doestado nutricional da cana-de-açúcar e aprodução (Holford, 1968).

A distribuição dos nutrientes na plantae em cada uma de suas partes não éhomogênea e, mesmo ao longo da folha,podem-se observar teores diferenciados,mostrando a necessidade da padronizaçãodas amostras (Jones et aI., 1991). Nestesentido, é importante acrescentar que se aamostra foliar não corresponder à folhaadequada, época certa e número suficiente,ela não será representativa e não refletirácorretamente o estado nutricional da cultura(Malavolta, 1992). Portanto, os doisprimeiros fatores, folha adequada e épocacerta de amostragem, são os maisimportantes na definição dos critérios para adiagnose foliar. Neste sentido, acrescenta-seque o uso da diagnose foliar em cana-de-açúcar é uma técnica que não se firmou, noBrasil, e isso possivelmente, deve-se aosfatores que interferem na composiçãoquímica da folha, a exemplo da época da

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10 Amostragem de folha em cana-de-açúcar submetida à adubação nitrogenada

solo é um Latossolo Vermelho distrófico,textura argilosa.

O delineamento experimental adotadofoi o de blocos casualizados, com cincotratamentos e quatro repetições. A unidadeexperimental foi composta pela cultura dacana-de-açúcar (SP 79-10 11) de segundocorte (primeira soqueira), a partir de parcelastotais com quatro linhas de 20 m decomprimento (espaçamento 1,5 m entrelinhas), sendo as duas linhas centraisconsideradas úteis.

Os tratamentos foram compostos pordoses de nitrogênio, empregando-se doseigual a 100 kg ha-I, indicada como padrãopara a soqueira no estado de São Paulo,considerando-se a produtividade esperada de80-100 t ha-I de colmos, segundo Raij &Cantarella (1997). Assim, foram aplicadas:zero; metade; uma vez; uma vez e meia eduas vezes a dose i~dicada, correspondendo:Do = zero; DI = 50; D2 = 100; D3 = 150 e D4

= 200 kg ha-I. Como fonte de nitrogênio foiutilizada a uréia (44% de N). O adubo foiaplicado ao lado das linhas da soqueira,misturado ao solo, no máximo a 10 cm deprofundidade (Raij & Cantarella, 1997), ummês após o corte da cana-planta. Salienta-se,ainda, que os tratamentos, ou seja, as cincodoses de N foram repetidas, sempre nasmesmas parcelas, nas duas rebrotasconsecutivas.

Para os demais nutrientes, como P e Kforam aplicados junto com a adubaçãonitrogenada, de forma e doses uniformes emtodos os tratamentos na proporção de 30 e130 kg.ha-I de P20S e K20, respectivamente,sendo que as doses foram baseadas naanálise química do solo e em função darecomendação de adubação (Raij &Cantarella, 1997).

O estado nutricional das plantas foideterminado pelas amostragens de folhas.Neste sentido, para a coleta da folha-diagnose, foram considerados os dois tiposde folhas e as duas épocas de amostragem.

Assim, foi coletada a folha +1 (folha maisalta com colarinho visível "TVD"), os 20 cmcentrais, excluída a nervura central, durantea fase de maior desenvolvimento vegetativo,ou seja, aos 4 meses após a brotação (Raij &Cantarella 1997) e, também, a folha +3(folha + 1 = primeira folha com a região dainserção da bainha visível, quatro mesesapós o início da brotação da soca(Malavolta, 1992». As amostragens dasfolhas + 1 e +3 foram realizadas aos 4 e 9meses após a brotação, amostrando-se 20folhas de cada tipo e época, por parcela.

Salienta-se, que após a coleta dasfolhas foram realizados os procedimentos depreparo da amostra e as mesmas foram secasem estufa de circulação forçada de ar, atépeso constante, e as determinações donitrogênio, bem como dos demais macro emicronutrientes no tecido vegetal, segundo ametodologia descrita por Bataglia et aI.(1983). E também, realizou-se a colheita daprimeira (junho/2005) e da segunda(junho/2006) soqueira da cana-de-açúcar,onde se obteve produção de colmos,considerando 4,0 m linear, a partir das duaslinhas centrais da parcela.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

a) Efeitos dos tratamentos no estadonutricional: primeira soqueira

Houve diferença significativa parafatores estudados, entretanto não houveinteração entre doses de N e tipos de folhas,nas duas épocas de amostragem. Deste modo,para o fator dose, observou-se que ostratamentos afetaram o teor de N e Mn, aosquatro meses após o corte e o teor de Mn aosnove meses após o corte (Tabela 1). Assim, asdoses de N promoveram aumento do teor deN e no teor de Mn (dados não apresentados),sendo que o primeiro pode ser explicadopelos tratamentos e o segundo em função dosefeitos indiretos da adubação nitrogenada nareação do solo, pois segundo Malavolta &

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Neptune (1983) ocorre pelo fato que autilização de adubos nitrogenados, diminui ovalor pH do solo, provocando aumento noteor foliar de Mn que pode chegar a atingirníveis tóxicos. Dolinskí et aI. (2005),estudando a adubação nitrogenada em citros,também observaram que a aplicação de Nelevou o teor de Mn foliar

Observou-se aos quatro meses após ocorte da soqueira, que para o fator tipo defolha, os tratamentos afetaram todos osnutrientes analisados, exceto B e Fe (Tabela1). Deste modo, os teores de N, P, K, Ca,Mg, S, Cu, Mn e Zn, foram,respectivamente, para folha + 1 e +3 de: 18,6e 17,6; 1,5 e 1,4; 10 e 7,7; 4 e 5,6; 2,1 e 2,4;1,4 e 1,2 (g kg-I); 4,4 e 4,2; 88 e 100; 14 e 12(mg kg-I) (Tabela 1). Comparando osresultados da folha + 1, com os teoresconsiderados adequados, segundo Raij &CantarelIa (1997) para o mesmo tipo defolha, observa-se que para N, P, K, Ca, Mg,Mn e Zn, os teores estão situados na faixaadequada, ao passo que S e Cu estão abaixodesta faixa. Tais diferenças, provavelmente,ocorreram em função do tipo de solo,condições edafoclimáticas, cultivar etc.Comparando os resultados da folha+3, comos teores considerados sugeridos porMalavolta (1992) para a mesma folha,observa-se, apenas os teores de Ca, Mg eMn, estão dentro da faixa adequada, e osdemais nutrientes, encontram-se abaixodesta faixa, segundo o referido autor. Comreferência ao teor de N (17,1 a 18,2 g kg-1

),

embora seja considerado baixo porMalavolta (1992), mas para Subirós & Salas(1999) está na faixa adequada (14,5 a 22,5 gkg-I) (folha+3). E ainda, os teores de Nobtidos estão acima dos teores que poderiaminduzir deficiência de N na cultura, segundoum levantamento do estado nutricional,realizado pelo IAC em São Paulo, citado porMalavolta et aI. (1997) que é de 10,8 a 16,0g kg-1 (folha +3, aos 4 meses após o corte dasoqueira).

Já aos nove meses após o corte, a aplica. àde N na cana-de-açúcar, provocou diferensignificativa para fator tipo de folha, apenaspara os teores de Ca, Mg, S, Fe e Zn (Tabel1). Assim, os teores médios de Ca, Mg. . Fe Zn, nas folhas +1 e +3, respectivamen .são: 4,4 e 4,1; 1,4 e 1,5; 1,1 e 1,2 (g kg-I :_

e 36; 16 e 10 (mg kg-') (Tabela 1.Comparando os resultados da folha-(Tabela 1), com os teores consideraadequados, segundo Raij & Cantar 1(1997) para o mesmo tipo de folha e éde amostragem, observa-se que para o CMg e Zn, os teores estão situados na ài:adequada, ao passo que S e Fe estão abai: (J

desta faixa. Enquanto, os teores de Ca.. =S, Fe e Zn na folha+ 3 (Tabela 1 .abaixo da faixa considerada adequasegundo Malavolta (1992). Este úl'resultado, deve-se, possivelmente, ade amostragem distinta, sendo que e-teores de nutrientes foram obtidos ao nomeses após a brotação, e Malavolta 19_considera os teores adequados em folh 'coletadas aos quatro meses após brota -oPara os demais nutrientes, N, P, K. B e Cnão houve diferença entre os tipos de folh(Tabela 1). Assim, os resultados médio ar.o teor de N, P, K, B e Cu (folha.!..1 e - ~respectivamente são: 16,2 a 17,0; IA a 1.':9,7 a 9,9 (g kg-J

); 11 a 14 e 3,0 (rng g-(Tabela 1). Conforme, Raij & Cantar 11:(1997) e Malavolta (1992) os teores de ~'.e Cu são considerados baixo. E os teorP e B, estão na faixa considerada adequada I

baixo, segundo Raij & Cantare lIa (199-Malavolta (1992), respectivamente.

De forma geral, salienta-se que ediferenças entre os teores de nutrienteobtidos no trabalho e os da literaturapossivelmente não estão relacionados ao tide amostragem, visto que se utilizou omesmos procedimentos. Assim, surgeroutros fatores que podem influenciar, oseja, desde

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as condições edafoclimáticas e cultivares aténível de produtividade distintos (áreas dealto potencial produtivo pode "diluir" osnutrientes nos tecidos). Deste modo, comreferência a este último fator, salienta-se queé amplamente relatado na literatura o efeitodiluição, ou seja, a concentração dosnutrientes é diluída com maior crescimentoda planta (Jarrell & Beverly, 1981). Deforma geral, verificou-se, que o teor foliar deN e Mg diminuíram, em ambas as folhas,com a idade da planta (Tabela 1). Este fatotambém foi verificado por Clements (1980).Salienta-se, ainda, que na folha mais nova(+ 1), encontrou-se maior teor de N, P, K, S,Cu e Zn aos quatro meses após o corte e teorde Ca e Zn aos nove meses após o corte, aopasso que na folha+ 3, o maior teor obtido foipara Ca, Mg e Mn, coletadas aos quatromeses após o corte, e para Mg, S e Fecoletadas aos nove meses após o corte dassoqueiras aos 9 meses. Normalmente, osnutrientes com maior mobilidade na planta,apresentam os teores maiores nos tecidosmais novos e os com menor mobilidade osmaiores teores situam nos tecidos maisvelhos. Entretanto, não se deve admitir queos nutrientes N, P, K, S, Cu e Zn apresentammaior mobilidade na cultura da cana-de-açúcar, comparado aos nutrientes Ca, Mg eMn, visto a folha +3, não é consideradotecido velho, e sim, recém-maduro. Poroutro lado, as pesquisas recentes, indicaramnova classificação de mobilidade "variável"dos nutrientes nas plantas, uma vez que aespécie de plantas e mesmo o estadonutricional interno pode alterar a dinâmicado nutriente entre os órgãos das plantas(Welch,1999).

b) Efeitos dos tratamentos no estadonutricional: segunda soqueiraDeste modo, para o fator dose, observou-seque os tratamentos afetaram o teor de N, K,Mg, Fe e Mn aos quatro meses após o corte eo teor de N, K, Mn e Zn, aos nove meses após

o corte (Tabela 2). Assim, aos quatro meseapós o corte, verificou-se que as doses deestudadas, aumentou significativamente oteores foliares de N, K e Mn, respectivamenteem: 15,3 à 18,3; 6,7 à 7,0 e 61,4 à 87,5 (g kg-j

e mg kg-'), independentemente do tipo defolha (dados não apresentados). Salienta- e.que os teores de K obtidos aos quatro meapós o corte, estão abaixo dos teoresconsiderados adequados por Raij & Cantarella(1997) (10-16 g kg-I) e por Malavolta et aI.(1992) (13-15 mg kg-I) respectivamente. Oteores de Mn estão na faixa de teoresadequados, segundo Raij & Cantarella (199-(25-250 mg kg-I) e Malavolta et aI. (199-(50-125 mg kg-I). Enquanto, aos nove meapós o corte, as doses de N, aumentou oteores foliares de N e Mn, respectivamenteem: 18,0 à 21,2 g kg-I e 55,4 à 73,5 mg kg-I.independentemente do tipo de folha (dadonão apresentados), e portanto, estes teores deN estão na faixa dos teores consideradoadequados por Raij & Cantarella (1997) (1 -25 g kg-I) e abaixo dos teores considerado-por Malavolta et aI. (1992) (20-22 g kg-I

respectivamente, enquanto, os teores de 1 inestão na faixa de teores adequados, segundoRaij & Cantarella (1997) (25-250 mg kg-I eMalavolta et aI. (1992) (50-125 mg kg-'). E t

efeito da adubação nitrogenada no aumentodo teor foliar de N e Mn, também foi obtidona primeira soqueira (Tabela 1), e asexplicações ditas anteriormente, aplica-setambém nestes resultados da segundasoquelra.

Enquanto, para o tipo de folha, ostratamentos afetaram o teor de N, Mg, S, B.Mn e Zn aos quatro meses e também o teor deN, K, Mn e Zn, aos nove meses após o corte(Tabela 2).Assim, pelos resultados obtidos aos quatromeses após o corte, observou-se que os teoresfoliares de N, Mg, S, B, Mn e Zn, foram,respectivamente, para folha+ 1 e +3 de: 16 8 e16,3; 1,8e2,2; 1,1 e 1,2 (gkg-I); 14,5 e 15,1;67,9 e 76,1; 18,8 e 15,4 (mg kg-I) (Tabela 2).

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14 Amostragem de folha em cana-de-açúcar submetida à

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Revista de Agricultura 2008

c) Relação da produ ãestado nutricional da c

A aplicação de nisignificativamente a psoqueira (dadosentretanto, na seguDincremento linear na(Figura 1). Resultadoobtidos por Muchovejonde estudaram a aducana-planta e na primeobservaram efeitoapenas na segunda so

Deste modo, edo estado nutricionalda segunda soqueiraAssim, observou-seprodução da cana-de-3a::J::4rdoses de N, poderia -foliar de N, visto ado teor de N e a prod:ri::em amostras coletadas9 meses após o cresultados concordam

todas as inferências ditasaplicam-se a estes dados.

Salienta-se, ainda, quenova (+ 1), foi obtido maior t

aos quatro meses após o corte.N, P e K, aos nove meses asoqueira. Enquanto, na folha- _.teor de Mg, S, B e Mn, aos qu.::=:::;::c;;::::o corte, e de Ca, Mg, S, B, fmeses após o corte (Tabela _da mesma forma que oco _soqueira, houve variação D ::dos nutrientes não permisobre a sua mobilidadeDe toda forma, considépocas de amostragem esoqueira, observou que ona folha+ 1, exceto aos 9primeira soqueria, e os ITIl;:n;!!::.:::=:I::;;;;::::ou Fe) apresentaram mai(Tabelas 1 e 2).

Comparando os resultados da folha+ 1, comos teores considerados adequados, segundoRaij & Cantarella (1997) para o mesmo tipode folha, observa-se para o Mg, B, Mn e Zn,os teores estão situados na faixa adequada,ao passo que o N e o S estão abaixo destafaixa adequada. Agora, nesta mesma época,comparando os resultados da Folha+3, com osteores considerados adequados, segundoMalavolta (1992) para a mesma folha,observa-se, apenas que os teores de Mg e Mn,estão dentro da faixa adequada, e os demaisnutrientes, encontram-se abaixo desta faixa,segundo o referido autor. O teor de N (16,3 a16,8 g kg-1

) encontrado no trabalho éconsiderado baixo por Malavolta (1992).

Já aos nove meses após o corte, aadubação nitrogenada alterou os teoresfoliares de N, P, Ca, Mg, S, B, Fe e Mn,foram, respectivamente, para folha+ 1 e +3de: 19,8 e 19,3; 1,7 e 1,6; 3,1 e 4,0; 1,5 e 1,7;0,9 e 1,0 (g kg-'); 6,1 e 8,7; 37,7 e 48,5; 55,8e 65,1 (mg kg-I) (Tabela 2). Comparando osresultados da folha+ 1, com os teoresconsiderados adequados, segundo Raij &Cantarella (1997) para esta folha, observa-separa o N, P, Ca, Mg e Mn, os teores estãosituados na faixa adequada, ao passo que oS, B e o Fe estão abaixo desta faixaadequada. Enquanto, os teores de Mg, S, B eFe na fo1ha+3 (Tabela 2), estão abaixo dafaixa considerada adequada, segundoMalavolta (1992). Para os demais nutrientes,K, Cu e Zn, não houve diferença entre ostipos de folhas (Tabela 2). Assim, osresultados médios (folha+1 e +3) para o K,Cu e Zn, respectivamente são: 10,5 a 9,7 (gkg-'); 5,2 a 4,7; 15,9 a 15,6 (mg kg-1).

Conforme, Ma1avolta (1992) os teores de K,Cu e Zn são considerados baixo.

Assim, observou-se da mesma formaque ocorreu nos resultados da primeirasoqueira, ocorreu na segunda soca, ondehouve variação nos teores dos nutrientes dopresente trabalho e da literatura, e portanto,

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16 Amostragem de folha em cana-de-açúcar submeti

19

- " ~ = 0.68··00 ~=0,71"

80 -. -~

78 - .' 3 =~ 76 -

~ 74 -E072-u~ 70 -o~68 -:J"8 66 -u: •

64-

62 ------------------15 46 7 18

Teorfoliar de .9 9-1

Figura 3. Relação do teor foliar de (médioda folha TI e -3). ao 4 e 9 meses após ocorte e a produção de colmo da 2a soqueira.200150

y = 0,047x + 64,53 R' = 0,85"

100

Dose de N, kg ha-150

64----------------o

76,

(1999) que observaram a relação do N foliare a produção da cana-de-açúcar na CostaRica, entretanto, discordam Yates (1965)em estudos conduzidos na Austrália.

'ro 74-L

:372-Eo~ 70-"O

o'g, 68 1"Oou: 66-

Figura 1. Efeito da aplicação de nitrogêniona produção de colmos da cana-de-açúcar(2a soqueira).

Figura 2. Relação do teor foliar de N (médioda folha +1 e +3), aos 4 e 9 meses após ocorte e a produção de colmos da 2a soqueira.

85

80'roL

-. 75<J)oE 708Ql

"O 65o·roÜ"

-6 60ou: 55

5015

.4 meses

.9 mesesy = 2,9086x + 21,169 R' = 0,70··

Y= 2,9647x + 11,293 R' = 0,66"

17 19Teor faliar de N, 9 kg-1

21

Observa-se, ainda. que a relação entreo teor foliar e a produção apresentou Umcoeficiente de determinação maior emamostras da folha+ 3, em relação a folha+ 1,aos 4 meses (Figura 3) e aos 9 meses após ocorte (Figura 4). Deste modo, estesresultados indicam que a folha diagnóstica+3, mostra-se a mais sensível aos efeitos daadubação e portanto, é mais adequada para adiagnose foliar em soqueiras de cana-de-açúcar. A indicação da folha+ 3, para adiagnose da cana-de-açúcar, também foisugerida por Gallo et aI. (1968) e Malavolta(1992) no Brasil e por Gascho & Thein(1983) nos Estados Unidos. E tendo em vistaa semelhança do teor foliar em explicar aprodução nas duas épocas de amostragem, ouso dos resultados da diagnose foliar deforma mais precoce seria mais interessantedo ponto de vista agronômico, poispermitiria eventual correção de desordemnutricional no mesmo ano agrícola, eportanto auxiliando melhor ajustes emprogramas de adubação para a cultura.

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2221

19 20Teor foliar de N, 9 kg-1

18

• Folha+1 y = 3,1885x + 5,7987 R2 = 0,74"• Folha+3 y = 2,7761x + 15,619 R2 = 0,82"

60 ----,------,---,---------17

Figura 4, Relação do teor foliar de N (médioda folha + 1 e +3), aos 4 e 9 meses após ocorte e a produção de colmos da 23 soqueira.

AGRADECIMENTOSA FAPESP pelo auxílio concedido à

pesquisa (Processo 2004/07787 -7).

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CONCLUSÕESAs alterações na composição química

nas folhas. +1 e +3 da cana-de-açúcar,ocorreram mdependentemente das doses denitrogênio empregadas.

A amostragem da folha+ 3, coletadaaos quatro meses após o corte da planta,mo.strou-se mais adequado para a diagnosefohar na cultura da cana-de-açúcar.

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