Ameopoema outubro 2013 especial a3 pdf

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Transcript of Ameopoema outubro 2013 especial a3 pdf

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AMEOPO MAE

AMEOPO MAE

AMEOPO MAE

DELI-RIO DE JANEIRO, OUTUBRO DE 2013 - ED. 0025 - ESPECIAL

sta parte aqui é dedicada aos velhos e novos zines que Esurgem e dão gás novo a toda

uma produção que sem querer acaba seguindo novas fontes de informação e estéticas. Quem quiser os contatos diretos de cada zine é só mandar um email pra gente que temos aqui, a maioria temos o contato via correios (por isso não disponibilizamos aqui, o espaço é curto), mas tá ai! e pra fechar a tampa do cachão: pedimos aqui aquele foi mal aos que não entraram nesta edição, a coisa continua, e quem não comeu o doce mel da publicação, é só não se desesperar que mais edições como esta estão na beira da areia esperando seu momento certo!

apoi

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centr

o):

ZINESINDEPENDENTES

GALERIA

DE CAPAS

METRÓPOLE METRÓPOLE

Prédio, pressa, asfalto, pistolaPombo, rato, barata, ruídoCigarro, escarro, pigarro, cervejaPobreza, doença, ódio, parede

Paranóia, paranóia, paranóiaLuz alucinanteChão de cicutaOlhar putrefatoRisada atômicaFumaça de medoUrro aprisionadoPavor, pavor, pavor

Descaso com o céuCasamento da carnePasto? De plásticoPeixe? De alumínioPaz? De concretoEngula a pílula

Bomba, boceta e petróleoDeus-papelPuta pátria que me pariuSalve a metrópole

ditorial

imagem 1 conto nelson

expediente

a cara virada do outro lado da nucaem frente a sua

a voz mais alta que a vista que o prédio afunda

por baixo da pele o osso escondeo que somos

lá foramais gente que sombra

no baile a máscarana rua a busca

Fernanda Tatagibabaoba-blog.blogspot.com

Pedro Casarim

www.fantasiabarroca.blogspot.com

Nicolle Cryssabotandoagravidade. blogspot.com

Glauber Silva Lauria - MT

META-DIÁLOGOEssa lágrima não é minha

Tampouco suaEssas palavras existem

E são minhasO instante escorre pela caneta

Dizem que a vida é destinoA vida é nossa, às vezes.

Lua de desembarque para um coração sem porto, são livros, filmes, fugas, cigarros e deslizes; sem narrativa; sem auxílio, ledos fantasmas, pequenas ninfas, páginas arrancadas de um diário oculto onde se festejam nuances, climas, castigos. Agora noite num final de março, eu tentando mergulho uísque, uma cidade no fim de qualquer estágio e ousadias e rubores uma ignorância que driblo, percebendo onde se ocultam coisas simples, não inteiro, nem correto, distante do absoluto, sonhador como um náufrago, marinheiro sem destino, ...lua de desembarque para coração sem porto... cais que mo atravessa, distante príncipe, tragédia calculada por um artífice do abismo, vagas de mistérios insondáveis que não cometem crimes, rumorejando à placidez de eriçar a areia onde branca a onda se dissipa...

Praticar minhas táticas de guerra. Articular novas técnicas, estratégiase pesquisar terrenos. Manifestar-me-ei. Vou me armar. Munir-me de ideias epensamentos. Amar. Desencadear em protesto sangrento.Coração pulsante e sedento. Pegar um papel e caneta e botar pra foratudo o que tá aqui dentro. Gritar palavras ao vento.Chutar o gás lacrimogêneo. Invento. Vou fazer o que dá.Vou criar possibilidades para o momento certo. Criar o momento certo.Olhar de fora pra dentro.Agir de dentro pra fora.Pois a hora…a hora, amigo…tem que ser agoraLeonardo de Castro

Gu

er

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ha

no

w

(...) a arte literária se apresenta com um verdadeiropoder de contágio que a faz facilmente passar de simplesc a p r i c h o i n d i v i d u a l , p a r a t r a ç o d e u n i ã o ,e m f o r ç a d e l i g a ç ã o e n t r e o s h o m e n s ( … ) a l i t e r a t u r a r e f o r m a o n o s s o n a t u r a ls e n t i m e n t o d e s o l i d a r i e d a d e c o m o snossos semelhantes”.

AMEOPO MA

E

MEOPO MA

E

MEOPO MA

E

Edição: Rômulo Ferreira, Nelson Neto, Fernando RodriguesExemplares na praça: Muitos, se puder faça mais...Mendicância: financie novas ediçõese outros trabalhos depositando qualquer quantia em

Banco do Bra$il, Agencia 0473-1 Conta poup. 16197-7PARTICIPE, MANDE SEU MATERIAL PARA:

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Bárbara Barroso - RJGlauber lauria - MT

Nicolle crys - RSLeonardo de Castro - RJ

Fernanda Tatagiba - ESPedro Casarim - RJ

Carole B. - RJAmancio Netto - CE

Nathália Ribeiro - RJRodolfo Amaral - RJ

Fernando Rodrigues - RJNelson Neto - RJ

Álvaro Marcolino - RJIrís Duarte - RJ

Conrado Gonçalves - RJMate Trotamundo - SP

Luiz Balthazar - MGIndianara Alves Siquiera - RJ

Demian Romani - RJLinda Marina - RJ

NESTA EDIÇÃO

As imagens sem créditos foram roubadas da internet

gostou? pode piratear!ISSO PODE SER sua FONTE DE RENDA,NaO DE LUCRO, APOIE A ARTE NAS RUAS

Pague

por este liv

reot

QUANTO

PUDER

Lima Barreto - Se estivesse vivo colaria com a gente!

a vida é feita de pequenos sonhos e momentos. alguns vão adiante outros deixamos para trás e outros ainda fazemos questão de esquecer! Não se sabe o motivo mas sempre queremos algo novo para que a importância da vida não se revele somente na hora da morte, ou num insight bêbado de uma

madrugada qualquer quando o que se quer é somente chegar em algum lugar e dormir... Só dormir e esperar a vida surgir como uma facada na barriga outra vez e totalmente diferente, com o adicional da ressaca. Mas não uma ressaca de beberia, e sim a ressaca de saber que a vida não vai mudar muito se a gente não se movimentar. E dentre estes devaneios, eis que o informativo AMEOPOEMA, após comemorar seus três anos de poesia, ganha adeptos da livre iniciativa em prol de um coletivo que ama um poema ou outro, mas que ama mesmo, e sem dúvida, é ser independente, e sem vergonha alguma ou rabo preso com ninguém, saem por ai catando versos e escorando pessoas em sua arte. Eis que agora conseguimos, enfim, nos organizar para fazer um super sarau delirante, onde ninguém é mais que ninguém, onde todos podem ter voz, onde todos são tão iguais que até parece uma grande árvore que balança e espalha suas folhas por ai, pelos becos, pelas praças e ruas de onde se passa qualquer um desavisado, prestes a ter sua rotina quebrada pela dádiva do poema, do poeta. da PALAVRA.

CONTO

BOA LEITURA!e não deixe de comentarprovavelmente tem algum erro!

rômulo ferreirawww.romulopherreira.blogspot.com

passa tempo

Ainda hoje escutoum latido seco surdoum latido muito mudode um bicho já morto:sua pelagem de veludo

Pude ouvir (nogrito)a cor e o tamanhodo meu manso amigo

Era tão grande (por dentro)que lhe cabia um jardime era também muito azulporque cães azuis existem quando estão muito tranquilose perto do mar

E agora (éverdade…)posso lembrar quenesse jardim moravamalguns bichos menorese alguns bichos maiores queesse cão-moradiamas desconfio que todos também deviam ter jardins dentro de si.

http://alarmefalso.tumblr.com

O Jardim do cão Rodolfo Amaral

Instigantes rompantes de delíriosaciam minha sede de passados gloriosos

acalenta-me futuros tenebrosos decantam meu éter dizem quem sou...

(Nelson Neto)[email protected]

000 E

fanzinotecamutacao.blogspot.com.brfanzinoteka.blogspot.com.bruzinefanzine.blogspot.com.bracervofanzines.tumblr.comugrapress.wordpress.comlivrinhoeditora.blogspot.com.br

FANZINETECAS

SUPLEMENTO LITERÁRIO AMEOPO MA - EDIÇÃO ESPECIAL

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Fernando Rodrigues

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mCarole B.

http://caroleblogue.blogspot.com.br

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Voluntariar-se a sentir da vidasuas refletidas emoçõessecretas e concedidas,que pulsam do âmago desentendidodo medonho exterior amaciado,e que anseiam,como num berro agoniado, desvairado,emitido de um suspiro profundo eintoxicado,trepidar o corpo,com toda sua fadiga e escarro, com contágios inesperados,originados de uma construçãodesiludida e esclarecida,e libertar o comodismoda loucura, a tantos,agradecida.

T e n h o perigo real impõe-se onde nem se me amam, já me acabei... Se sou

p a v o r cinza nem pó nos elevam para os feliz, não me suporto. Hoje estou

quando a abismos ansiados. Ao contrário: triste, pois desconheço outro modo.

consciência nos deixam cada vez mais presos na Nunca alcanço o que me cura, se

não sai de si. Da superfície dos poros, na ardência estou doente; quando estou sã, a

fumaça estrábica já não espero entre os ossos dos olhos na bílis cura vem me molestar, dente por

quase nada – só a perda reincidente santa que não purga o medo, na dente. Meus olhos ferem o que é

do que nunca abandonei. A pele é a espera pífia por espelhos que opaco, mas a verdade nem mesmo

confissão do tempo que se revelem. Estou pregada como a s s o m b r a . A c o n s c i ê n c i a

despedaça. De todo tempo máscara às profundezas dos ossos! descostura a espiral do sagrado. Até

irreparável. Do tempo que, sem A resposta do pó é sempre outra a fumaça é prostituta da norma! A

fumaça alguma, já estaria morto, pergunta - eu só tenho fé na dúvida. fleuma estéril leva ao delírio: há

mas que, como fumaça, caminha Nenhum telefonema. Quando imagens talhadas e sangue aos

para morte. À medida que ligam, não quero falar. Quando meus pés. Telefones criam asas

envelheço, são tão fúteis os desligam, sequer atendi. Quando enquanto o tempo sapateia sobre os

espelhos, incapazes de mostrar escrevem, a língua é outra. Quando vincos da testa – tenho pavor

além do que já pesa. Quando é entendo, não faz sentido. Se me mesmo é de quando me sinto forte.

insuportável estar no corpo, procuram, já me mudei. Quando Viver agora como se morrer

buscamos o élan nas cinzas; o me encontram, não sou mais eu. E chegasse logo ainda vai me matar.

(Nathália Ribeiro)[email protected]

afaga a canção ofertadacom farpas pubianas

escalando dunas insípidas:sonhos anfetamínicos

o tempo devendo vidaao natimorto envelhecido;

ampulheta escorregando vidro.risos joviais,

há quanto não os ouço mais.voam cristais de merda

na secura do vento químico.coito predatório

carniça ao vinho,um derrame genuíno:

renegue seus rinsao fim da canção

que decifraas rugas

em meninos

Amancio [email protected]

água tem cheiro de doce

e não confessa o azedo do toque.

a margem transpira ferrugem,

e o invólucro de plástico

vela o defunto

Luna Descaves©

Ao interno tão próximo que reluzcomo o Sol na multidão de hormônios

confinados por vontade própria.Venho dizer que me sinto perdida.

Completamente perdida!Entregue aos encantos teus,

Estes tão desconhecidos por mim.Me alimento da sua presença nos

momentos mais relaxados doseu dia e mais contraídos do meu.

Toda essa lúdica paixão, temsido muito formidável. Me tira

do massacrante habitual aondesó um sonho tem vez.

Ao interno tão distante que comoa lua brincava de se esconder

na multidão de descontraídos meninose meninas . Muito obrigada pela

inocente menina que ressurgiu emmim nesse mês. Muito obrigada

pelos sete encontros seguidosque tivemos enquanto eu dormia.Obrigada pelas ultimas conversas

da madrugada que eu sonhei aindaacordada. Pena que devo atender

o chamado e me desprenderdesse lazer inventado.

INÍCIO DO DIA

FINAL DO DIA

0004SUPLEMENTO LITERÁRIO AMEOPO MA - EDIÇÃO ESPECIAL

E

LINDA [email protected] face Sinergia Prod Artística

Acelera!

Não!

Todo dia há desembarque,

na plataforma da desunião.

feliz?

Bárbara [email protected]

ME QUEBRARAMMe quebraram aos 8 anos quando me disseram ser eu "diferente"

Me quebraram aos 12 anos quando comecei uma hormonioterapia clandestina sem saber mesmo o que eram hormônios e as consequências futuras

Me Quebraram quando na escola fui agredida, jogado em um muro de chaprisco,tomei um chute no peito e minhas notas escolares caíram vertiginosamente

Me Quebram quando me excluíram do ensino, da meio familiar, do mercado de trabalho,quando me negaram o direito à uma religião

Me Quebraram nos dias que tive que passar em delegacias e viaturas de polícia achicalhada e humilhada por quem tinha obrigação de me proteger e era pago pra isso

Me Quebraram sim, quando agrediram minhas amigas e depois foi minha vez,quando assassinaram minhas amigas com requintes de crueldade

e implantaram em mim o terror obrigando-me a saber que um dia posso ser a próximaMe quebraram ao não me darem direito ao nome que me representa

Me quebraram ao me negarem o direito à saúdeMe quebraram quando sobre ameaças de morte e tentativas de assassinato me obrigaram a me esconder

Me quebraram várias vezes e quantas vezes foi necessárioMe quebraram e desses cacos caídos pelas estradas da vida consegui me refazer, por

mais que guarde dentro de mim as rachaduras das minhas quebraçõesMe Quebram, mais ninguém chorou por mim, nem recuou, nem soltou uma nota

de repúdio ou mesmo para dizer que não me conhecia e que não tinha culpa se me quebraramMe quebram e eu fiz uma festa para comemorar

Me quebram mas eu dancei, representei, fiz sexo por prazer e por dinheiro e procurei a felicidade entre cacosMe quebraram e isso não comoveu ninguém

Me quebraram e quebram uma santa de gesso e pela santa tudo o que foi negado à ela foi dado como direitoMe quebraram, mas as notas de repúdio, pedidos de desculpas, lágrimas e até mesmo medo foram dados à santa,

uma imagem de gesso inanimada, sem vida nem sentimentos, mas que conseguiu quase uma comoção mundialE como a santa tinha grande importância, eu fiz à ela uma homenagem em forma de missa de sétimo dia,

para que não esqueçam que entre humanos excluídos e quebrados das mais infames formas e imagens de gessoinanimadas, mas elevadas ao grau de santidade, quebrar esse gesso causa muita dor até mesmo onde essa dor

não deveria ser sentida nunca.

Indianara Alves Siqueira

Parece bem à noite

quando o dia começa

Um ruído molhado desperta os vivos

É hora de levantar

As ruas ainda estão escuras

Não parece manhã caribenha

Os carros passam ignorantes

As árvores se mostram sérias

O lago mente que nunca foi pântano

Pássaros preguiçosos

ainda sonolentos

não alertam o início do dia

Talvez por ainda ser

o final da noite.

Álvaro [email protected]

Consta

nça

Luca

s

O Excesso, o escasso ... o desiquilíbrio do acaso É Babel construída por incontáveis gerações,negando a construção antecedente para afirmar a novadireção da grande torre. Mas o céu é inalcançável como a paz na vida urbanaIntoxicada de substâncias, idéias – olhos sedentos nas encruzilhadas urinadacom seus despachos feitos de desperdício e covardia. Procurando na cidadeas veias financeiras do “grande esquema” Trombadinhas por miséria.Engravatados por grana Enxugando as lágrimas de alegria com as notas azuis,poderosa arma da discórdia. E no microcosmo da gigantesca esfera que gira nonada eu abria uma garrafa de vinho do despacho com um saca rolha de uma coroa biruta.Ela estava confusa, mas achava que se Deus perdoasse o diabo, as mazelas do mundo desapareceriam.Talvez Prefiro acreditar que nós não podemos nos ater nesses detalhes pois a metafísica já está lotadacom projeções e as verdades sempre vendidas nas barracas da grande feira da Certeza

O DESEQUILÍBRIO DO ACASO

PSICODELIA INVOLUNTÁRIA

Uma piscina cor-de-rosa

E nadadores olímpicos roxos

São os benefícios

de uma antena de TV ruim

Iris Duarte

POUCAS FORAMAS SOBRAS DE TUDO

SUA VONTADE DE MORERESTÁ PERTO DE ACONTECER

O ADEUSJÁ SE PERDEU.

LUIZ BALTHAZAR

Demian Romani

PARA UM FINAL UM POEMA

Nelson Neto©

e se as profissões fossem remuneradas segundo as necessidades reais da sociedade? e se as

profissões fossem remuneradas segundo as necessidades espirituais da sociedade? e se não

fossem remuneradas? e se fossem valorizadas segundo sua antiguidade? e se ninguém mais

fosse pago para receber ordens e executar tarefas? e se não tivéssemos finais de semana, nem,

principalmente, dias de feira? e se o tempo não fosse contado em segundos, mas em

momentos e se a pressa não fosse sinônimo de prestígio? e se a única atividade ilegal fosse o

subjugo de outrem? e se não tivéssemos exércitos? e, sem exércitos e sem instituições

financeiras, e se abolíssemos a escola formal? e se não tivéssemos nem pai nem mãe, mas

pluralmente pais e mães? e se o corpo deixasse de ser segmentado pelas vestes que o

escondem e se o tesão fosse liberado em vias públicas, seja por seios, pênis ou pés? e se a

gente abandonasse o papel de donos do mundo e decidisse opinar só no que, de fato, nos

tange? e se não tivéssemos lixeiros para mandar nosso lixo para longe? e se não pagássemos

por moradia? e se cada casa, prédio ou mansão fosse uma comunidade de gente afim? e se o

objetivo da vida não fosse a realização pessoal, mas a realização do grupo? e se os erros do

auto conhecimento fossem mais valorizados que os acertos do sucesso? e se o constante

desenvolvimento não fosse mais o apelo global? e se o hoje fosse mais valorizado que o

amanhã que nunca vem? e se a liberdade valesse mais que a segurança? Há diversas maneiras

de organizar o povo. Todas que o tingem de uma só cor são opressoras. Precisamos de menos

certezas e mais possibilidades. Hemos de tentar.

- irisduartecunha@gmail

Mate [email protected] matetrotamundo.wordpress.com||||

[email protected]

EIS MINHA ESCOLHA:

“coraçãoqueimavê através dos sentidospulsa enquanto vivoe mudoprecisa do corpopra gritarseus desejossua dorseu amorsem razão”

[email protected] escritor, poeta, observador talvez,

da vida e tudo o mais que valha as penasde uma escrita.

Conrado Gonçalves

“os melhores escritores disseram bem pouco,

e os piores, demais.”

Charles Bukowski