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Entrevista exclusiva com Heloísa Schürmann Volvo Ocean Race no Brasil: Itajaí Stopover Brasileiros condenados em Cabo Verde: justo? Cervejeiros: plantando seu próprio lúpulo PRA QUEM TEM O MAR NA ALMA E QUER MAIS CONTEÚDO! Informativo Brasileiro de Vela e Esportes do Mar Ano VI – nº 36 maio/junho 2018 ISSN: 23577800 36 www.almanautica.com.br Leia nesta edição: E muito mais: Competições pelo Brasil O que acontece nos Clubes Artigos para cruzeiristas Colunistas especializados Diversão e informação

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Entrevista exclusiva com Heloísa SchürmannVolvo Ocean Race no Brasil: Itajaí Stopover

Brasileiros condenados em Cabo Verde: justo?Cervejeiros: plantando seu próprio lúpulo

PRA QUEM TEM O MAR NA ALMA E QUER MAIS CONTEÚDO!Informativo Brasileiro de Vela e Esportes do Mar – Ano VI – nº 36 – maio/junho 2018 ISSN: 23577800 36

www.almanautica.com.br

Leia nesta edição:

ALMANÁUTICA

E muito mais:

Competições pelo Brasil

O que acontece nos Clubes

Artigos para cruzeiristas

Colunistas especializados

Diversão e informação

EDITORIAL

Murillo Novaes é jornalista especializado em náutica. Mantém o blog www.murillonovaes.com

2 MurilloNOVAES

AL

MA

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Olá querido leitor e queridíssima leitora de alma mais que náutica. O tiro de largada que soou às 14h do domingo, 22/04, em frente à barra do rio Itajaí-Açu marcou o começo da oitava etapa da 13ª edição da regata de volta ao mundo, a Volvo Ocean Race, rumo a Newport, nos Estados Unidos. E também mais uma vitoriosa parada na cidade cata-rinense que já virou sinônimo planetário da competição. Foi a terceira vez que a prova aportou em suas águas e a prefeitura do mu-nicípio já manifestou seu interesse em rece-ber a próxima edição da VOR. Maravilha! Em dezoito dias de festa – e que festa! –, de 5 a 22 de abril, mais de 440 mil pes-soas passaram pela vila da regata, gerando um impacto econômico estimado de R$ 82 milhões e superando em mais de 10% a es-timativa inicial dos organizadores locais que já previa um aumento de mais de 40 mil espectadores em relação à edição anterior. Caraca! A cidade bateu o recorde de visi-tação desta edição da regata e superou a marca de visitas em dias de semana de todos os tempos. Demais! Desde que assinou o contrato para receber a prova, a cidade vem passando por trans-formações visíveis aos olhos de todos. Me lembro bem quando desci na vizinha Nave-gantes, do outro lado do rio, pela primeira vez há quase uma década para apresentar a ceri-mônia de assinatura do contrato, ainda sob a

tráfico de drogas feito a par-tir de veleiros não é novidade. Muito embora casos como o dos brasileiros presos e condenados

Fica esperto!Uma Volvo carregada

de Emoções

em Cabo Verde (veja matéria na pág. 07) estejam em evidência agora, há tempos isso ocorre com brasileiros. Há alguns anos troquei mensagens com um, que me confidenciou que tinha sido enganado e contratado para levar um velei-ro muito provavelmente carregado de drogas para a Europa, mas que só ficara sabendo que foi vítima de um traficante mais de um ano depois quando o mesmo traficante foi preso – até então apenas um dono de ve-leiro que precisava de delivery - no mesmo esquema com um outro infeliz comandante. Na época eu quis publicar mas ele não quis assumir a história publicamente com medo de represálias. Num mercado incipiente como o da vela no Brasil, muitas vezes a experiência em navegação do Comandantes de delivery esbarram na inocência e ignorância sobre o tráfico. Mais do que conhecimento técnico e prático na profissão, é preciso cautela e pre-paração para não entrar de gaiato no navio...Nesse aspecto, a advogada dos brasileiros condenados Dra. Tidelly Santana (leia en-trevista na pág. 07) recomenda verificar toda a documentação de registro da embarcação, a vida pregressa de seu proprietário e con-feccionar um contrato de transporte, fazen-do constar declaração de seus proprietários quanto a inexistência de drogas, armas ou quaisquer ilegalidades no barco. Fica a dica. Nos casos específicos, tanto dos brasileiros como do Português, a condena-ção deu-se com base em evidências con-sideradas fracas, principalmente no primeiro caso. Em matéria no site do Almanáutica, reproduzimos alguns trechos do processo. Fica claro até para leigos que o juiz conde-nou os brasileiros e o francês baseado em suposições, já que não se conseguiu saber nem onde, nem quando a droga foi coloca-da a bordo, muito menos se os tripulantes estavam a bordo e cientes do fato. O tal latinesco “in dubia pro réu” (em caso de dú-vidas vota-se pela absolvição do réu), mote advocatício universal foi pro brejo mesmo. Em direito também considera-se indícios para uma condenação, mas eles precisam ser fortes o suficiente para que não existam duvidas quanto a autoria do delito. Não foi o caso. Parece que a notoriedade internacio-nal que o caso ganhou serviu para pesar a mão do juiz para o lado errado. Como um pênalti duvidoso dado ao dono da casa aos 47 do segundo tempo. Torçamos para que nesse caso haja um segundo jogo com um juiz mais imparcial...

Ricardo Amatucci - Editor

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O farol pisca na noite escura e o bar-co segue navegando como uma frágil casquinha de ovo no tapete de mar que se estende ao longe. Um rastro de fosforescência transmite uma visão mágica de vidas imperceptíveis aos olhos humanos. O farol pisca novamente e uma nova claridade começa a delinear o horizonte, com raios tímidos de uma lua que emerge das profundezas do oceano. Nunca estamos sozinhos no mar. Toda luz que brilha ao longe é a certeza que uma vida nos espreita em nosso manso nave-gar. Brilho de vida, brilho de energia, brilho de um farol que teima em mostrar que a terra está ali. Brilho de um barquinho pescador que dorme a espera do peixe. É gostoso estar num barco que nave-ga a muitas milhas da costa, recebendo apenas acenos de faróis e vendo ao longe as luzes de uma cidade que parece adormecida. Fico pensando no que se passa na sombra daquelas luzes de mercúrio que de-lineiam cidades, que parecem adormecidas e embebidas de uma aparente paz. Como seria bom se as cidades tives-sem a paz e a tranquilidade vista do mar. Ado-ro ver as cidades quando estou no mar. Não consigo enxergar suas mazelas sociais, apenas

Memórias do AvoantePor Nelson Mattos Filho

Devaneios de uma velejada

vejo beleza no balanço suave de suas árvores e na beleza de suas arquiteturas e montanhas. Cidades que na maioria das vezes estão sendo viradas pelo avesso, diante da mi-séria e podridão de poderes ocultos, que de-safiam a ordem e denigrem a sociedade. Do mar a visão é outra. Do mar tudo transpira paz, saúde, amor e felicidade. Mais um lampejo do farol e mais uma marcação de rumo naquela estrada de água, ondas e espumas, sobre o brilho esverdeado de plânctons que se iluminam para festejar nossa passagem. A Lua que brotou molhada das pro-fundezas do oceano, agora faz o seu navegar prateado e suave num céu negro de estrelas brilhantes. Estrelas que, assim como os faróis, se transformam em fiéis marcações de nossos rumos. Ao meu lado, Lucia comenta que não consegue mais ver São Jorge montado no ca-valo naquela lua que mais parece um farol no céu negro. No meu íntimo fico pensando: Se ela que tem a felicidade de ter esses momen-tos de paz e harmonia com a natureza não consegue, o que dirá das pessoas que vivem os tormentos e desencantos urbanos? Por que será que o mundo está tão cético? O que será das crianças que ainda não viram à lua e as estrelas, mas já conhecem o fogo vivo das dro-gas? Inebriado pela Lua de São Jorge, vejo um satélite cruzar o céu em sua rota de vigilância. O que procura aquele satélite em seu vôo de silêncio? Será que ele esta a serviço da paz ou engajado em alguma guerra malcriada? Que mundo é esse, que até um silencioso sa-télite cruzando o céu gera desconfiança a um errante velejador? Um olhar mais apurado e

agora são centenas de satélites riscando o céu, num balé de retas cruzadas. - Por que não consigo observar o céu quando estou nas ruas das cidades? - Será que as cidades não têm céu? Mas, o satélite consegue ver as cidades lá do alto. Acho que o mundo precisa navegar mais! O mundo foi mais mundo no tempo das grandes navegações. Hoje o mundo é apenas um mundinho na tela de um computador ou num visor de um GPS. Acabou a beleza das grandes descobertas, ficou apenas a certeza do encontro óbvio. Restaram para serem desco-bertos, os mistérios das estrelas e o fundo dos oceanos, e por eles o homem ainda navega. Novamente olho o céu, escolho uma estrela e sigo em seu rumo. - O que posso dizer daquele farol que insiste em emitir seus fachos de luz? - Será que ainda existe o vigilante faroleiro a me observar ao longe? O barco segue o seu rumo é minha mente vagueia entre ondas, es-trelas, céu, lua, plânctons e sonhos. - Será que ainda faz sentido o farol e seu faroleiro num mundo cercado de satélites, computadores e GPS? - Acho que sim! Aquele farol representa o acerto de todas as minhas marcações náuti-cas. Conheço suas cores, sei os segundos de seus lampejos e sei sua localização. Por mais modernidade que tenha o mundo, no mar as coisas ainda são primitivas. Como é bom o mar!

Nelson Mattos FilhoVelejador

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gestão do prefeito Jandir Bellini, um figuraça que viu na VOR a possibilidade de projetar sua cidade em nível mundial. Deu certo! Desde então, da infraestrutura de transpor-tes e hotelaria, passando pelo crescimento econômico e desenvolvimento comercial, com negócios mais sofisticados e de alto padrão, tudo melhorou. E Itajaí se consolidou como polo náutico do Brasil e passou a fazer parte do imaginário dos amantes do mar no mundo inteiro. Já na primeira vez que a cidade recebeu a Volvo Ocean Race, sua práticas ambientais e sustentáveis fizeram da parada brasileira uma referência no mundo todo. Este ano, com o banimento total de copos, canudos e outros itens de plástico descartável e com a partici-pação de mais de 500 pessoas no seminário científico “O Futuro dos Oceanos: Combate ao Lixo do Mar” nossa parada se destacou mais uma vez. Um legado importantíssimo do seminário foi a assinatura da Carta Compromisso de Mares Limpos pelo atual prefeito Volnei Morastoni. Este documento estabelece uma parceria en-tre a Organização das Nações Unidas (ONU) e o município, o primeiro do Brasil a aderir ao compromisso, para a limpeza e conservação dos oceanos. Muito legal! Mas nem só de números vive um stopver de Volvo Ocean Race. Ver a alegria de um pai orgulhoso abraçando a filha depois da mais dura etapa nos mares do sul de todos os tempos, foi emocionante. Ver esta meni-na, que vi crescer, se tornar além de me-dalhista de ouro olímpica (que privilégio foi poder chamar com minha própria voz ela e Kahena para o pódio olímpico no Rio), uma

consagrada velejadora de oceano também é algo indescritível. E não só eu, mas todos que viram Martine Grael de perto, puderam compartilhar os bons sentimentos e a boa energia que a filha do Torben e da Andrea carrega. Uma estrela. Literalmente. Para a multidão sempre animada, cada saída ou chegada dos barcos era um carna-val, cada entrevista com os comandantes e tripulantes era um gol, cada desfile um de-lírio. E numa nota absolutamente pessoal, pude comemorar mais de dez anos e quatro edições como apresentador oficial da VOR no Brasil com a alegria de, desta feita, ser também o responsável pela locução oficial na língua padrão da regata, o inglês. Com direito a transmissões ao vivo para todo o planeta. Muita emoção para um manza só! Fora o fato de meu amigo Bouwe Bekking ter me passado o leme do Brunel antes da largada da regata-treino por alguns infinitos minutos com todos os panos em cima, para surpresa geral da tripulação. Que incluía a lenda Peter Burling, comandante vencedor da última America’s Cup medalhista de ouro no 49er e duas vezes eleito o melhor velejador do mundo da federação internacional. “Caça esta vela, Pete, estamos orçando caram-ba!”... rsrsrs Quem foi, gostou e aprovou. Quem não foi, perdeu. Mas em 2020 ou 2021, assim que sair o calendário da próxima regata, você pode se preparar e ir com alegria para Itajaí. A cidade vai estar ainda melhor, tenho certe-za. E a festa... Bem, a festa vai ser maravi-lhosa como sempre. Pode apostar!

Acompanhe pelas rádios e pelo Youtube, Facebook... O Almanáutica não é só jornal e site. Temos as chamadas “sonoras”, entradas copm resumos em duas rádios - Metrópole de Salva-dor e Rádio Vozes - que podem ser ouvidas via web, no seu celular, desktop ou pelos apps das rádios. Em nosso site no menu superior cli-que em rádio e veja os links das rádios e os ho-

rários das transmissões. Se preferir ou perder a transmissão ao vivo, ouça o resumo semanal mais recente. Também estamos presentes nas re-des sociais com o Canal Almanáutica no You-tube, com vídeos informativos de eventos espe-ciais. Além disso você pode saber das notícias pelo Facebook.com/Almanautica, assim como pelo Twitter e Instagram (@Almanautica). Viu? Só fica por fora quem quiser...

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Eduardo Sylvestre é Diretor do Programa de Desenvolvimento da CBVela, Expert da ISAF, técnico nível 3 da USSailing e ISAF World Youth Sailing Lead Coach.

Muito se tem falado sobre sustenta-bilidade e meio ambiente no meio náutico, há uma grande preocupação da World Sailing(WS), que é a Federação de Vela Internacional, para maior conscientização em relação ao nosso meio, ou seja, a água. Na própria página oficial da WS existem vários artigos e procedimentos para engajar clubes e federações a promover maior conscientização e prevenção sobre este assunto www.sailing.org/about/environment/index.php. Já faz cerca de dois anos que qual-quer curso ministrado pela WS tem que ter um tópico sobre a sustentabilidade e como prevenir a poluição em nossas águas. Na verdade ao meu ver, temos feito muito pouco em relação a isso. Tenho viajado mundo a fora nestes últi-mos anos e a quantidade de sujeira, poluição e descaso que tenho visto me assusta incrivel-mente. No próprio quintal de casa, a Represa de Guarapiranga em São Paulo, tem recebido uma quantidade absurda de plásticos e detritos que descem rios e morros abaixo contribuindo para a poluição e contaminação de uma das maiores raias de competição do Brasil. Podemos nos lembrar das grandes manchetes giraram o mundo antes das Olimpí-adas do Rio, mostrando a Baía de Guanabara como um grande lixão, onde sofás, tampa de privadas e muito esgoto, corriam baía a dentro na raia olímpica. Então vem a pergunta, o que nós velejadores estamos fazendo? O que podemos fazer? O que nossas escolas de velas, clu-bes, regatas podem fazer em relação ao nosso

Eduardo SylvestreSustentabilidade Cuidando do nosso “campo de jogo”

campo de jogo? Segundo a “www.skyoceanres-cue.com” um milhão de pássaros e cem mil mamíferos marinhos são mortos todos os anos por ingerir ou ficar enroscados em resíduos plásticos nos oceanos, rios e lagos. A organização “The Ocean Cle-anup”, afirma que dos setenta e oito mi-lhões de toneladas de plásticos produzidos no mundo, trinta e dois por cento, ou seja vinte e cinco milhões de toneladas são despejadas nos oceanos e rios como resíduos plásticos todos os anos. Ela também nos alerta que se nada for feito até 2050 teremos nos oceanos mais plásticos que peixe! Parece absurdo, mas é a pura verdade. No último Simpósio da USSai-ling, todos recebemos um kit de garfo e faca de bambú, junto com copo de alumínio, para que pudéssemos usar durante os 3 dias de simpósio. Não foram usados nada de plástico, estavam presentes 450 técnicos e treinadores de vela. Neste mesmo simpósio, foi proposto uma regra para que todos os clubes federa-dos a USSailing excluíssem o uso de canudos de plásticos. Existem cerca de oito bilhões e quinhentos milhões de canudos jogados no lixo por ano e segundo a sky ocean rescue mais de cento e cinquenta milhões destes canudos vão para os oceanos. Países como Inglaterra, Alemanha e Noruega já estão trabalhando para banir o uso de plástico nos próximos vinte e cinco anos. Como podemos ajudar neste pro-cesso de conscientização? Como fazer a di-ferença? Na verdade precisamos mudança de hábitos, quebrar alguns velhos costumes, como por exemplo usar canudos de plástico pra tudo, copos descartáveis, sacos de supermercados

que vão acabar no lixão e demorar 150 mil anos pra se desintegrar... Precisamos engajar nossos clubes, escolas e flotilhas a assumir mudanças positivas para uma conscientização maior. Aqui vão algumas sugestões: Banir canudos de plástico; Banir co-pos e talheres de plastico; Promover o uso de garrafas reutilizáveis de água; levar sacos de lixo dentro dos botes dos treinadores; enfatizar para os pais de Optimistas utilizar potes reci-cláveis, ao invés de saco de papel ou plástico para sanduíches e lanches; dobrar a quantidade de lixos recicláveis ao redor do clube; promover limpeza da praia ou áreas navegada; regatas ecológicas; banir motores 2 tempos... A World Sailing declarou: “Nosso ob-jetivo é garantir que nosso esporte tenha míni-mos impactos negativos sobre o meio ambiente do qual ele depende, bem como promover a conscientização entre todos os envolvidos.” Se cada um fizer a sua parte tenho certeza que contribuiremos e muito para um “campo de jogo” mais limpo e sustentável não só para a nossa geração como para gerações futuras.

As mulheres no Leme

Começamos a coluna de hoje inspirados por um termo que você já deve ter ouvido falar: wanderlust. A palavra tem origem do alemão - wandern: ‘caminhar’’ e lust: ‘desejo’. Em portu-guês é um termo que descreve o forte desejo de viajar, a vontade de explorar o mundo, em uma caminhada que possa levar ao desconhecido proporcionando aprendizado e conhecimento. A nossa coluna de maio traz uma feroz buscadora de sonhos e aventuras. E quantos lugares ca-bem no coração de uma mãe aventureira? Ela vem mostrar que cabe simplesmente o mundo inteiro! Heloísa Schurmann é pedagoga, es-critora e velejadora. Tem em sua bagagem três expedições de volta ao mundo. Em duas delas educou os quatro filhos Pierre, David, Wilhelm e Kat. Pesquisadora, é responsável pelo conte-údo dos projetos globais que desenvolvem nas expedições e autora dos diários de bordo das viagens. Heloísa é autora de três best sellers incluindo o livro que deu origem ao filme, o “Pequeno Segredo”. Perguntamos a Heloísa onde tudo começou...Ela nos contou que sua primeira experiência com a vela foi em St. Thomas, no Caribe, em um catamarã de 40 pés, em 1974. Bastou ape-nas 1 ano para que começassem a construir seu próprio sonho e em 1975 adquiriram seu pri-meiro barco, o Polvo, um Lightning de 18 pés. “Tínhamos nossos 25 anos.” – recorda. E era a bordo de um veleiro sem cabine e sem motor que a família desbravava o litoral de Santa Ca-tarina. Nos finais de semana, feriados e férias, munidos de uma barraca, acampavam nas ilhas da região. “Depois compramos o Sagui, um ve-leiro de 32 pés, e o pagamos em 8 prestações.” – comenta com risos. “E assim fomos mudando de barco até comprar nosso Guapo, em 1983, um German Frers de 44 pés construído na Ar-gentina.” Sobre o sonho da primeira volta ao mun-do e como determinaram o tempo que duraria essa viagem, Heloísa contou: “Planejamos ficar 3 anos, porém depois desse período decidimos que esse seria nosso verdadeiro estilo de vida: viver no mar. Nossas expectativas eram realizar nosso sonho, viver muitas aventuras e conhecer a cultura e os costumes dos povos nos locais por onde passássemos, fazendo novos amigos.” – relata Heloísa. Como foi o planejamento antes da viagem que teria 10 anos de duração? “Tivemos 10 anos para planejar todos os detalhes. Sabe o que era mais incrível, e positivo, nesse processo prepa-ratório? Cada passo que a gente dava em dire-ção à realização do nosso sonho ia eliminando os eventuais desafios da nossa escolha. Tive-mos que aprender a velejar literalmente do zero. Fizemos todos os cursos de navegação, nos habilitamos na prática correndo regatas, lendo centenas de livros e artigos, conversando com velejadores experientes sempre que possível. Vilfredo fez curso de primeiros socorros, eu fiz curso de socorrista de ambulância e as crianças desenvolveram habilidades de natação. Fize-mos também um planejamento financeiro bem minucioso.” – explica. “Vilfredo é economista e administrou essa área das nossas finanças. Economizávamos tudo o que podíamos: traba-lhávamos horas extras – eu, por exemplo, dava aulas até as 22h na época – e cada centavo economizado ia para a nossa ‘caixinha do so-nho’.” – conta Heloísa com detalhes. “Em um dado momento, alugamos as salas do escritório e vendemos a escola de idiomas. Aprendemos o desapego: deixamos nossa casa, carro, bi-cicletas, família e amigos em terra... E com a data marcada, uma unida tripulação marinheira, desapego na alma, espírito wanderlust e cora-gem de olhar além do horizonte soltamos as amarras em 14 de Abril de 1984 e zarpamos!”. Você é professora e pedagoga. Como isso contribuiu para a educação a bordo de seus filhos? “Pesquisamos muito para encontrar um método de ensino para educar nossos filhos

Um pequeno segredo, um enorme coração

Priscilla Marjorie Olivastro é Pediatra, velejadora e Diretora Feminina da ABVC

Velae Batom

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sem irem à escola, a maior de todas as nossas responsabilidades em nossa vida no mar. O pior é que não tínhamos parâmetros no Brasil pois éramos os primeiros “loucos“ a iniciar a aventu-ra de velejar com filhos pequenos ao redor do Mundo.” – constatou Heloísa. “Minha formação foi um fator importante. Mas vejo hoje que os pais velejadores são ótimos educadores. Utilizei a Calvert School, americana, a New Zealand Correspondence School, neozelandesa, e eles frequentaram escolas em alguns países. Uma experiencia incrível!” – reitera. Apenas 3 anos após o retorno ao Brasil re-solveram iniciar nova aventura, agora a bordo

do veleiro Aysso, com a companhia de Kat: a Magalhães Global Adventure. Em que essa nova viagem diferiu da primeira volta ao mun-do da família Schurmann? “Tenho um espírito aventureiro, sempre pronto para novos desafios. A expedição Magalhães nos levou a um roteiro diferente da primeira aventura e tive o privilé-gio de viver essa experiência com minha filha de seus 5 aos seus 8 anos. O que fez essa expedição diferente da primeira foi que dessa vez tínhamos a bordo tecnologia que nos per-mitia compartilhar nossa navegada e aventuras imediatamente com as pessoas.” E a segurança a bordo, principalmente no que se refere aos locais de ancoragem e pernoite, como mudou nesse período? “Atualmente há outros grandes perigos no mar. Dobramos os cuidados con-ferindo com o Centro e Pirataria (ela nos re-comenda o link www.icc-ccs.org/index.php/piracy-reporting-centre/live-piracy-report) e evitamos as áreas que tem ataques de piratas”. Vocês retornaram da segunda volta ao mundo com uma projeção ainda maior sendo recebidos

inclusive pelos presidentes do Brasil e de Por-tugal. O que isso significou para a família? “Veio reforçar nosso lema de que com planejamento e determinação podemos realizar todos os nossos sonhos.” E em que fase você estava como mãe e mulher nesse momento? “Em uma fase linda de mãe de menina. Assim como nossos filhos participaram de nosso estilo de vida, assim foi com Kat. Ela adorava navegar, conhecer lu-gares e pessoas. Era sua vida conosco. Além disso eu estava muito feliz por ter desenvolvido mais minhas aptidões de mulher marinheira.” – acrescenta. Em suas viagens foi notável sua interação com mulheres de diversas culturas. Poderia enunciar que mulheres deixaram um registro marcante em sua memória? “As mulheres da Ilha de Gonu Bala Bala, na Papua Nova Guiné, me impressionaram muito. É uma tribo matriar-cal. As mulheres somente se casam depois que as árvores que plantaram, como abacateiros e laranjeiras, estejam dando frutos. Seu candi-dato a marido deve ser bom pescador, fazer uma casa sólida e saber trabalhar na lavoura. Elas casam depois dos 35 anos e tem só 1 ou 2 filhos para lhes dar uma vida digna. Elas or-ganizam a vida da vila e fiscalizam os homens para que não pesquem durante a reprodução dos peixes e das lagostas. São muito solidárias e cuidam uma das outras, e de suas crianças, em qualquer situação: em um parto, em uma perda na família ou na falta de comida. São independentes e autossuficientes. Na vila não havia água encanada, eletricidade ou sistema de esgoto, mas ela era mantida limpa e as mu-lheres demonstravam muito respeito pelo meio ambiente. Amei conhecer essas mulheres!”. Em suas voltas pelo mundo, eram comuns mulheres velejadoras? Como vê o cenário da mulher no mundo da vela atualmente?“Na primeira viagem sim, depois não tanto. Atualmente a participação das mulheres na-vegadoras voltou a crescer. Participei de uma roda de velejadores há 2 anos e um deles, uma velejadora inglesa de 70 anos que morava em um barco, muito engraçada, comentou: ‘O lobo do mar foi comido pelas menininhas!’ E me contou de como duas meninas, Jessica Parker, australiana, em um barco cor-de-rosa e Laura Dekker, holandesa, ambas com 16 anos, deram

a volta ao mundo pelos piores mares sozinhas. ‘Onde estão os meninos, lobos do mar, com essa coragem?’ disse ela, e rimos muito.” Nessa edição de mês das mães não pode-ríamos deixar de ressaltar e agradecer o pa-pel das mães na formação de cada ser e na construção de cada sonho. Ao olhar para tudo o que viveram em família, que sentimentos to-mam conta como mãe? “Sentimentos de amor pelos meus filhos. Eles cresceram nos mares do mundo e se tornaram pessoas felizes. E tenho um enorme orgulho de suas escolhas profissio-nais, por fazerem aquilo por que têm paixão. E a saudade é eterna de minha estrelinha Kat que viveu uma vida curta, mas imensamente feliz.” – transborda a mãe e velejadora. A família Schurmann tem novos planos em vista? “Temos sim. Nesse momento estou par-tindo a bordo do veleiro Kat para Ushuaia, onde estamos produzindo o projeto Conexão Schurmann – Patagônia, websérie que irá ao ar em breve, em parceria com um canal de TV por assinatura. Será uma semana de desafios e velejadas no fim do mundo sob a garoa de Ushuaia. Faremos também uma nova expedi-ção com foco na sustentabilidade. Sempre com projetos novos! Desejamos continuar a realizar nossos sonhos em família e agora temos Em-manuel Schurmann, nosso neto de 26 anos que há 5 anos faz parte de nossas expedições. É o DNA de aventureiros!” – diverte-se Heloísa. E quais experiências que desejaria a todos aqueles que, como vocês também desejam dar a volta ao mundo? “Que coloquem uma data no seu sonho e comecem a trabalhar com paixão e perseverança para que ele aconteça.” A mensagem de Heloísa para todas as mu-lheres e mães: “O maior presente que você pode dar aos seus filhos é o amor. Dedique tempo para eles, ouça com atenção, converse e cresça com eles, brinque e divirta-se com seus filhos. E você descobrirá que pessoas incríveis eles são. Ame-os incondicionalmente.” A todas as leitoras, mamães e velejadoras, um Feliz Dia das Mães! E caso desejem, nos escrevam: [email protected]. Será um prazer estender esse bate-papo! Bons ventos!

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A regataA Bordo

A Bordo vai ao ar todos os domingos das 10h às 11h pela Metrópole FM de Salvador:

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Além dos Limites

Porto Alegre - RS

A web série “Além dos Limites” mostra de forma inédita o mundo do Motosurf Freeride, esporte radical que impressiona com suas ma-nobras. Acompanhando a rotina do vice-cam-peão mundial 2016 Bruno Jacob durante seus treinamentos, viagens e campeonatos pelo mundo em busca do topo, a série produzida pela Woow Imagens e dirigida por Lucciano Cruz mostrará tudo que rola nos bastidores, que normalmente é pouco visto pelos fãs do esporte.

O Circuito Mundial da IFWA reúne os mais radicais pilotos do planeta e esse ano pas-sará por Portugal (na famosa praia de Naza-ré), França, México, Estados Unidos e Japão. Além das etapas oficiais válidas pelo ranking existem dezenas de eventos extras sanciona-dos pela Associação Internacional em outros países como Austrália e Indonésia. O espor-te está presente em todos os continentes do mundo. E tudo será mostrado na web série. “É muito interessante poder mostrar os bas-tidores de tudo que envolve a vida de um atleta de alta performance em um esporte tão radical quanto o motosurf. São desafios constantes, disputas eletrizantes e em cenários paradisí-acos. Mais de 400 mil pessoas assistiram a primeira temporada e estamos apostando em um público ainda maior nessa”, aponta Bruno Jacob.

Além dos países que sediam o Mundial de Motosurf, a série “Além dos Limites com Bruno Jacob” mostrará também um pouco da vida do atleta aqui no Brasil. Estão programadas gravações na Bahia, Alagoas, Pernambuco e São Paulo. Para conferir visite a fan page do atleta: www.facebook.com/jacobjetski

Sobre Bruno Jacob O atleta de Salvador coleciona dezenas de títulos e hoje é considerado o principal atleta do Brasil e é também o atual Campeão Sul--americano. Seus resultados têm chamado muita atenção pelos principais críticos do es-porte demonstrando a tendência do piloto con-quistar o inédito título de Campeão Mundial do Circuito Profissional para o Brasil. Fotos: Lucciano Cruz

XXIII Copa Cidade de Porto Alegre

Com um belo céu azul e ventos que chegaram próximos aos 20 nós foi realizada a 23ª edição da Copa Cidade de Porto Alegre de Vela de Oceano, uma homenagem à capital gaúcha, que completou seu aniversário de 245 anos. O barco Hobart, do Comandante Airton Schneider, o barco Caulimaran, do Comandante Emilio Strassburger e o barco San Chico 3, do Comandante Francisco Freitas, foram os grandes cam-peões, todos do Clube dos Jangadeiros. Uma das grandes atrações da edição deste ano da Copa Cidade de Porto Alegre foi a presença do medidor chefe internacional da classe ORC-INT, o italiano Nicola Sironi. Graças a sua presen-ça, o cálculo dos resultados das regatas pode ser transmitido ainda com os barcos na água, com muito mais rapidez. Sironi esteve na Capital para dar treinamentos aos medidores do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, além de disponibilizar o programa que elabora a fórmula matemática dos cálculos.

Regata Cidade de Florianópolis

Fazendo parte das comemorações dos 345 anos da capital catarinense, a Rega-ta Cidade de Florianópolis foi realizada no final de março, na Baía Norte, tendo a tripulação do Zeus Team como a grande vencedora. A equipe comandada por Inácio Vandresen con-quistou o troféu Fita Azul, num belo sábado com ventos nordeste de 12 nós. A segunda etapa da temporada con-tou com 16 embarcações para dois tipos de percurso: as classes IRC, ORC, C30, RGS A e Hpe-25 em barla-sota (6 pernas), e RGS Cruzeiro A e B, Multicascos e Bico de Proa percurso triangular. Fita azul, o Zeus, faturou o título geral da etapa e da IRC. O Absoluto foi vice e o Argonauta, terceiro colocado.

Floripa - SC

O título da 6ª Porto Alegre Match Cup foi conquistado pela equipe Marinha do Brasil/VDS, formada por Geison Mendes/Gustavo Thiesen e Martin Rump no Veleiros do Sul. Os gaú-chos derrotaram na fase final a Arrivederci, do Iate Clube do RJ, com Victor Demaison/Fábio Pillar/Guilherme Hamelmann (RJ) por 3 a 0 numa série de melhor de cinco regatas. Na disputa pelo terceiro lugar, o time de Philipp Grochtmann/ Vilnei Goldmeier/ Rodolfo Streibel (Veleiros do Sul) venceu o trio Renata Decnop/ Fernanda Decnop e Tatiana Ribeiro, da Check Mate/Marinha/RJ por 2 a 1 na melhor de três regatas. A dupla da Marinha do Brasil/VDS seguiu para Palma de Mallorca, onde disputarão o 49º Troféu Princesa Sofia na classe 470. Geison e Gustavo integram a Equipe Brasileira Olímpica da CBVela e estão em campanha olímpica para Tóquio 2020. A 6ª Porto Alegre Match Cup contou com oito equipes do RS, DF, RJ e BA. A Copa foi o primeiro evento do circuito International da Match Race Super League, composto por 17 tor-neios em 14 países. A Super League está atrelada a Match Racing Association Inc que promove a modalidade de competição em todo o mundo.

Match Races

SemifinalRenata Decnop (Check Mate/Marinha) 1 X 2 Victor Demaison (Arrivederci)Philipp Grochtmann (VDS) 1 X 2 Geison Mendes (Marinha do Brasil/VDS)

Disputa da terceira colocaçãoPhilipp Grochtmann (VDS) 2 X 0 Renata Decnop (Check Mate/Marinha)

FinalGeison Mendes (Marinha do Brasil/VDS) 3 X 0 Victor Demaison (Arrivederci)

Aconteceu no final de março a 1ª Etapa da Copa Santista da Classe Laser rea-lizada na baía de Santos, resgatando a tradi-cional prova em águas paulistas. Com a presença de 12 velejadores da Classe Standard, Paulos Papadimitriou (YCSA) ficou em primeiro, Paulo Neto em se-gundo e Mercelo Araújo em terceiro, ambos do Internacional de Regatas de Santos.

Santos - SP

Arretado (HPE-25), Corta Vento (C30) e Kiron 4 (ORC) ficaram com os títu-los da etapa em suas respectivas classes. Na classe RGS A deu a embarcação Plancton, seguida por Trinta Reis e Bom Abrigo (terceiro colocado). Na RGS Cruzeiro A o Quival levou a melhor sobre o Zimbrox, mesma situação do Tinguá 2 sobre o Harmonya na classe Bico de Proa. Fechando a competição, Mãe D´Água (RGS Cruzeiro B) e Flying Soul (Multicascos) no rol de campeões.

Porto Alegre Match Cup

Laser Santista

Paulos Papadimitriou (YCSA)

Aracaju - SE

5Angra dos Reis - RJ

Brasileiro da Classe Soling

Guarapiranga - SP

Norte-Nordeste da Classe Dingue

Almanáutica:Jornalista Responsável: Paulo GorabEditor/Publisher: Jornalista Ricardo Amatucci (MTB 79742/SP) Publicação bimestral Distribuição nacionalAno 06, número 36 maio/junho de 2018

Foto da capa

A foto da capa é de Alessandra Jeakelvencedora do concurso de fotos da Volta

da Taputera (veja artigo na pág. 06)

ISSN: 23577800/36Depto. Jurídico: Dra. Diana MelchheierContato: [email protected]: Veja condiçõesno site. Assine e receba emcasa seu Almanáutica!

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A Classe Marreco está mais embalada do que nunca, neste ano de 2018. Com dezoito equipes inscritas, a classe deu início ao seu campeonato com uma regata de percurso em março. A largada aconteceu em frente ao Sai-ling Center, sede da primeira etapa. Márcio Finamore foi o juiz. Após a primeira regata, o Sailing Center recepcionou os velejadores, que puderam sa-borear um delicioso churrasco. Durante a pre-

No dia 10 de março de 2018 foi realizada a 1ª Etapa da 2ª Copa Fernando Pimentel Duarte em Angra. A competição homenageia o filho de José Cândido Pimentel Duarte, Fernando. José foi um baluarte da vela brasileira, responsável em grande parte pelo seu surgimento e de-senvolvimento enquanto competição em nível internacional (Buenos Aires – Rio), e trazendo, por exemplo, o projeto do veleiro “Classe Brasil”, alguns dos quais navegam até hoje, além de fundar a primeira revista brasileira especializada em vela,m a “Yachting Brasileiro” A raia foi montada em um percurso total de 13 mn (milhas náuticas), na baía de Angra. Após a regata, houve a tradicional confraternização e a entrega de prêmios num momento de descontração muito agradável. A segunda etapa acontece em Ilhabela, nos dias 5 e 6 de maio, sediada pelo Pindá Iate Clube com a participação do veleiro Atrevida.

2ª Copa Fernando Pimentel Duarte

A disputa apertada entre três tripula-ções deixou o Campeonato Brasileiro da classe Soling ainda mais emocionante no seu encer-ramento no início de abril, no clube Veleiros do Sul. O título de 2018 ficou com a tripulação do barco Bossa Nova, formada por George Nehm, Marcos Pinto Ribeiro e Alexandre Mueller e em vice, a Equilibrium, de Nelson Ilha, Manfred Flöricke e Vilnei Goldmeier e na terceira colo-cação a Don’t Let Me Down, de Cícero Hart-mann, Frederico Sidou e André Renard. A equipe Bossa Nova já havia venci-do em 2017 os campeonatos Estadual, Brasilei-ro e Sul-americano. Com o resultado, Marcos Ribeiro somou sete títulos brasileiros, George seis e Alexandre dois. O Brasileiro teve sete regatas em quatro dias de campeonato.

Começou oCircuito Marreco

Depois de três dias de competição chegou ao fim no ultimo dia de março o Sul--americano da Classe Snipe. O Clube dos Jan-gadeiros reuniu em Porto Alegre, mais de 100 atletas da Argentina, Brasil, Cuba, Chile, Gua-temala, Peru, Porto Rico e Uruguai, num total de oito regatas disputadas. Bruno Bethlem conquistou o seu se-gundo título no Sul-americano. O título de vice--campeão ficou com a dupla Rodrigo Linck Duarte, o Leiteiro, e Lucas Mazim, do Janga-deiros. O terceiro lugar ficou com René Hor-mazabal e Sidney Bloch, da Escola de Vela de Ilhabela. Em quarto no Open ficou Alexandre Paradeda e Ana Júlia Tenório, dupla campeã no Misto que representou a Escola de Vela de Ilhabela e garantiu para o Brasil vaga nos Jogos Pan-Americanos de 2019, em Lima. O 5º lugar é do Uruguai, conquistado pelo multicampeão Ricardo Fabini e a sua dupla Florencia Panizari. Na categoria Júnior, o 1° lugar é da dupla atual campeã brasileira Felipe Rondina e Christian Shaw, do Iate Clube de Brasília. Os vice-campeões são Philipp Rump e Luis Eduar-do Pejnovic, do Jangadeiros, e o 3° lugar para Matheus Oliveira e Rafael Carpallo, da Escola de Vela de Ilhabela. No Feminino, o título é das gêmeas Amanda e Geórgia Rodrigues, também do Jangadeiros.

Sul-Americano daClasse Snipe

Porto Alegre - RS

Pegando fogo:Circuito Guarapiranga

Vem aí:Semana de Vela de SP

O Campeonato Norte-Nordeste da classe Dingue, terminou no dia 1 de abril em Aracaju/SE. A dupla Leonardo Almeida/Sofia Hutzler brilhou na competição e sagrou-se campeã com quatro primeiros e um segundo lugar, tota-lizando apenas seis pontos. O vice-campeão e o terceiro lugar – a exemplo do primeiro- tam-bém foi do Cabanga Iate Clube de Pernambu-co: Hans e Karina Hutzler e Luciana Raposo/Danielle Cunha. Na competição por categoria, o Cabanga conquistou a classe Mista (Leonardo Almeida/Sofia Hutzler), Feminino (Luciana Raposo/Da-nielle Cunha), Master (Hans e Karina Hutzler) e Sênior (Renê Hutzler/Tiago Holanda). Após o campeonato ficou definido que o Campeonato Regional de Dingue 2019 será re-alizado no Rio Grande do Norte.

Foto: Tsuey Lan Bizzocchi-Cabanga

Os clubes da Guarapiranga, Caste-lo, Itaupu, Asbac, Sailing Center, e Yacht Club Paulista, cada um sediando uma das etapas, organizam este ano o já consagrado Circui-to Guarapiranga. O Jornal Almanáutica entrou como patrocinador. Dividido em 5 etapas este ano (em 2017 foram 9), a característica dessa competi-ção é um rating desenvolvido com a participa-

ção de diversos velejadores de muitas classes, e que permite uma largada única para todas elas. O novo site do Circuito Guarapiranga que fica em www.circuitoguarapiranga.com.br traz diversas informações como o regulamento, o calendário, o rating das classes, a lista dos barcos medidos, as súmulas, a classificação e muito mais. Já foram realizadas a prmeira (Clube Castelo) e a segunda (Itaupu). Em junho tem mais, dessa vez no ASBAC, Fique de olho!

miação forma sorteados 3 vales-brindes cedidos pela Loja Velamar. A segunda etapa foi sediada pelo Clube Castelo em abril e em maio será a vez do Yacht Club Itaupu receber a flotilha A Classe Marreco também recebe apoio do Jornal Almanáutica, LGA Produções Audiovisu-ais, CYF, AFETIAN e da VivantSP. Resultado consolidado das 2 primeiras eta-pas:

1) Falcão Peregrino (4pp)2) Adesso (4 pp)3) Salgadinho (7 pp)4) Argonautas (8 pp)5) P.S. (12 pp)6) Gulliver (13 pp)7) Banzeiro (15 pp)8) Marlin XIV (18 pp)9) Forgada (19 pp)10) Intruso (20 pp)11) Pepei (22 pp) 12) Mestre (23 pp) 13) Blue Moon (23 pp) (14) Macanudo (25 pp) 15) Esconderijo (28 pp) (16) Kawai (31 pp)

A FEVESP – Federação de Vela do Estado de São Paulo quer resgatar a importância que a Semana de Vela de São Paulo já teve no passado. Para isso trabalhou para realizar nos dias 31 de maio e 1,2 e 3 de junho uma nova edição com todos os clubes. Uma grande com-petição utilizando todas as raias da represa de Guarapiranga simultaneamente, e para todas as classes. Em 2017, foi chamada Semana de Vela, uma reunião das competições da 1ª etapa do Paulista de Lightning, a 4ª etapa da Copa e da Copinha de Estreantes, organizadas pelo YC Paulista. Mas no passado, essa competição teve um lugar de mais destaque e aparece nos currículos de velejadores como Robert Scheidt e Bruno Prada. Scheidt por exemplo foi Campeão da Semana de Vela de São Paulo pela Classe Snipe 1990 e 1995 e em 2003, Bruno Prada foi campeão de Star na Semana Internacional de Vela de São Paulo (o termo internacional foi usado em alguns anos desde 2001). Em 2008 cerca de 500 velejadores partici-pam do então tradicional evento. Naquele ano velejadores consagrados como Scheidt, Jorge Zarif, Mario Buckup, Bruno Prada e Adriana Kostiw estavam presentes. E houve a presença de competidores do Rio de Janeiro, Santa Ca-tarina, Paraná e Rio Grande do Sul.

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A Regata Aniversário do Iate Clube de Brasília foi realizada no último final de se-mana (7 e 8/4). O evento contou com a parti-cipação de quase 300 velejadores distribuídos em 76 barcos monotipos e 48 embarcações de oceanos. O barco Maitói 3 comandado pelo Conselheiro Nato Frederico Viegas e sua tripu-lação consagrou-se campeão da Regata Ani-versário pelo Grupo Especial da Regra de De-sempenho do DF de barcos oceanos, figurando ainda o seu nome pela quinta vez consecutiva no troféu transitório da Regata Conselho Deli-berativo. Pela Flotilha Delta 26 o veleiro Sir Peter Blake ficou em 1º lugar.

Marcello Dutra, sócio do Cota Mil Iate Clube, pela primeira vez foi arbitro da Volvo Ocean Race na In Port Race. Apesar de já ter julgado campeonatos importantes, Dutra acha que o maior desafio na hora de arbitrar será a velocidade dos barcos e o fato de exigirem respostas rápidas e ágeis: “Estou muito feliz de participar, foi uma honra bastante grande ter sido convidado para esse evento” comentou.

Pela terceira vez foi realizado o concurso fotográfico Maxx Burger/ Locama-xx, organizado pelo velejador Renato Avelar com apoio da Savaris Fotografia. O concurso fotográfico teve como tema a 64ª regata Volta da Taputera, pro-movido pelo movimento Viva o Centro e com patrocínio exclusivo da Redenetimóveis. Quatro anos se passaram do pri-meiro concurso, realizado pela última vez em 2014. Como todos os anos, participaram fotógrafos amadores e profissionais. A capa desta edição do Jornal Almanáutica traz a grande vencedora Alessandra Jeakel, da ca-tegoria amador (acima). “Taputera” significa “rocha submersa” em tupi guarani, e dá nome a regata mais antiga da cidade - desde 1949 – e que contorna esta rocha localizada em frente ao museu ferroviário.

Sul-Brasileiro (SULCAT)

Os paulistas lideraram o Campeonato Sul-brasileiro da classe HC 16 e 14, que terminou no início de abril no Clube Veleiros do Sul. A abertura aconteceu com a disputa da Regata de Abertura (percurso) em comemoração à Semana dos Esportes das Águas de Porto Alegre (não vá-lida para o evento). Uma série de seis regatas (de nove previstas) definiu o campeonato que contou com 19 barcos apenas da classe 16. Nenhum bar-co da 14 compareceu no campeonato. Em primeiro lugar ficou a dupla do YCSA, Felipe e Geisa Frey, em segundo José R. Jesus e Marina Silva do Grêmio de Vela de Ilhabela e em terceiro João Kraemer e Lawson Beltrame, Clube dos Jangadeiros.

Norte-Nordeste (NORCAT)

Já o 40º campeonato norte-nordeste da classe Hobie Cat (NORCAT) que aconteceu na mesma data, mas em Fortaleza, com sede no Iate Clube, foi uma das mais acirradas dos últimos anos. Os 14 veleiros participantes se revezaram nas primeiras posições inúmeras vezes. No final Robert Bezerra e Gilberto Felix (CE) garantiram o Hexacampeonato, com Igor Guimarães e Ronaldo Barroca (PB) em segundo e Daniel Nottingham e Sculi Emile (CE), na terceira colocação. Na categoria Master, Guilherme Araújo e Ednna Melo (PE) venceram e Alexandre Martins e Douglas Enrique (CE) na categoria Gran Mas-ter. Fábio Espinar e Manolo Espinar (PB) vence-ram na Estreante. O NORCAT conseguiu reunir 28 competidores com idades entre 14 e 65 anos, além de 7 meninas.

Terminou em 1º de abril, o Campeonato Sul-Americano da Classe 29er sediado pelo Club Náutico Albatros em San Fernando, Argentina. Foi um campeonato complicado para as duplas brasi-leiras. Nos dois primeiros dias, com ventos fracos que variaram de 5 a 12 nós eles não conseguiam acompanhar o desempenho do restante da flotilha formada na sua maioria pelos Argentinos (locais). Nos dois últimos dias, com vento mais forte (12 a 21 nós), melhoraram um pouco. A dupla brazuca melhor colocada foi do Yacht Clube da Bahia, a formada por Brito Alves e Oliveira que ficou em 10º lugar. A competição reuniu mais de 100 parti-cipantes da Argentina, Brasil, Chile e Uruguai das classes 29er e 420. No total foram 51 barcos, 29 da 420 e 22 restantes da classe 29er. Nico-las Bernal e Gabriel Michaelis do YCSA (foto ao lado), terminaram em 20º lugar.

10º – Matheus Oliveira / Leo Accioly (YCB) 16º – Rafaela Salles / Fernanda Blyth (ICRJ) 20º – Nicolas Bernal / Gabriel Michaelis (YCSA) 21º – Tiago Monteiro / Vinicius Oliveira (CICP) A Classe 29er contou com a presen-ça de 22 barcos, sendo 17 da Argentina, um do Uruguai e quatro do Brasil. Foram 16 regatas dis-putadas em 4 dias. Uma característica da flotilha argentina é a presença de velejadores adultos, o que propicia uma referência de nível técnico na flotilha, algo que ainda não existe no Brasil. A premiação para a categoria geral foi:Santiago Ducan e Elias Dalli (CVR – ARG)Francisco Cosentino / Martin Cubria (YCA – ARG)Felipe Cosentino / Tomás Fitte (YCA – ARG) O próximo desafio para a dupla é a Copa da Juventude que será realizada em Salva-dor (BA).

Regionais HC Vitória - ES

Hobie Cat deSul a Norte

Concurso fotográficoVolta da Taputera

Outros vencedores: Profissional: 2º lugar Ricardo Galvão (dois barcos e o guindaste); 3º Camilla Baptsitinio (Transcol); 4º AAron Ribas (Tripualação em ação com garoto concentrado); 5º Vinícius Otsuk (Balão vermelho azul e branco); 6º Thiago Mello (Convento); 7º Chico Andrade (Balões azuis). O Prêmio Hour Concours foi para a emocionante foto de Frank Brown. Ele fez uma foto em local fora da regata (e do regulamento), mas que conta um história de 40 anos. A foto mostrava ele com o pai (em 1978) e foi refeita agora, onde ele faz a vez do pai com seu filho... Você pode ver as fotos no blog que fica em vivacentro.blogspot.com.br

Ao lado, o se-gundo lugar para Fagner Marano, “Li-nha d’água com mar azul escuro”. Abai-xo à direita o prê-mio Hours Concours (P&B) para Frank Brown. À esquerda a vencedora da ca-tegoria profissional, Gisele Franco.

San Fernando - AR

Sul-Americano daClasse 29er

Considerando a necessidade de haver mais tempo hábil para treinamentos, a Confederação Brasileira de Vela (CBVela) fixou a data da Copa da Juventude para o próximo ano entre os dias 28 de janeiro e 3 de fevereiro de 2019.

Com isso, o Campeonato Brasileiro da Classe 29er cuja sede será o Yacht Clube da Bahia (YCB) não poderá ser realizado no mesmo período que foi em 2018. A data do campeonato será escolhida em reunião da classe durante o Campeonato Brasileiro In-terclubes da Juventude (Copa da Juventude).

Datas conflitantes na Classe 29er

Nicolas Bernal e Gabriel Michaelis

Alinhados para a largada na Argentina

Brasília - DF

Aniversário do Iate

Cota Mil na Volvo Ocean Race

Na Flotilha Fast 230 o barco Lung Tá, na Ranger 22 a embarcação Jaleco e pelo Grupo B o veleiro Robin Hood. O resultado completo pode ser visu-alizado no site do Clube www.iateclubedebra-silia.com.br/nautica

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Presos por tráfico: dois pesos e duas medidas?

Spring Cup 470

A dupla Geison Mendes e Gustavo Thiesen - Veleiros do Sul - terminou em terceiro lugar na International Spring Cup 470, em Martigues na França, A Copa teve 10 regatas realizadas no Cercle de Voile no lago Berre com a participação de 30 tripulações. Eles competirão na próxima semana da World Cup Series etapa de Hyéres também na França.

O caso dos brasileiros em Cabo Verde

Duas semanas após o julgamento dos três bra-sileiros e um francês, acusados de tráfico inter-nacional de drogas, a sentença foi proferida em 29/3. Os quatro foram condenados a penas de dez anos de prisão, considerados culpados pelo crime de tráfico de drogas em co-autoria. O Mi-nistério Público de Cabo Verde acusou os quatro tripulantes do veleiro Rich Harvest, Daniel Guer-ra, 36 anos, Daniel Dantas, 43 anos, e Rodrigo Dantas, 25 anos, brasileiros, e Olivier Thomas, francês de 49 anos, todos já em prisão preven-tiva desde 2017, há sete meses, por tráfico de drogas agravado por associação criminosa, após a apreensão no mês de agosto do ano passa-do em Mindelo. No veleiro foram encontrados de 1.157 quilos de cocaína. A defesa pediu a absolvi-ção dos três brasileiros e do francês, entendendo que tecnicamente o processo foi mal instruído e que da prova produzida não há nada que possa sustentar a acusação. Apoiado nos documentos oficiais do inquérito e na sentença final fica claro que os tripulantes, porém, foram condenados com base em suposi-ções e sem as devidas provas. No site do Jornal Almanáutica você pode ver os documentos do processo e o detalhamento de todo o caso e tirar suas próprias conclusões. Ao final do inquérito condenatório, perguntas sem respostas como “quem carregou a droga, onde e quando, o que aconteceu nos 32 dias em que não se soube onde estava o veleiro no Brasil entre idas e vindas pela Bahia, Rio Grande do Norte e Vitória (ES)” deixam margem a muitas dúvidas. Na sentença, o juiz decidiu: “Após a data da fiscalização do veleiro (18/7/2017), no dia, hora e local não identificado, George Saul e os seus colaboradores, bem como Daniel Felipe da Silva Guerra, Rodrigo Lima Dantas e Daniel Ribeiro Dantas, participaram no carregamento da droga apreendida, dissimulada em esconderijos criados em espaços do veleiro”. Sem base e sem provas, chegou-se à conclu-são que a droga foi carregada em Natal depois da vistoria da Polícia Federal do Brasil. O rela-tório da Polícia Judiciária de Cabo Verde tam-bém não mostra investigação nesse sentido. O

Enquanto em um caso a polícia brasileira forneceu provas favoráveis aos acusados, no segundo pediu a pri-são. Mas os casos são bem parecidos...

Ministério Público achou que foi em Natal. O juiz teve a certeza e condenou. A Polícia Federal Brasileira, que investigou e forneceu dados às autoridades policiais de Cabo Ver-de, acha que foi no Espírito Santo.

O instrutor do Processo de Inves-tigação da Polícia Judiciária, em de-clarações na audiência de julgamento afirmou que: “A PJ não sabe como, quando e quem carregou a droga”. Outro agente da PJ, também na quali-dade de testemunha e como investiga-dor, defende que “seguramente a nos-sa investigação não conseguiu apurar quem carregou a droga”. Em Cabo Verde, a dúvida que serviu para condenar não serviu para inocen-tar.

O caso do português na Espanha

Em meio à discussão sobre a prisão dos bra-sileiros em Cabo Verde, e da campanha de alguns velejadores brasileiros e da família dos presos por sua liberdade, surge a notícia que a justiça brasileira mandou prender o velejador português Leonel do Nascimento Carvalho, de 68 anos, acusado por transporte de cocaína. Ele foi preso na Espanha há um ano (maio de 2017). No caso em tela, também não houve flagran-te, mas apenas indícios, o que pode explicar a postura do Brasil em relação ao caso de Cabo Verde.

Entenda o caso

Leonel atravessou o Atlântico a partir de Santos, com destino a Lisboa, em 2014. No dia 31 de Julho, já perto de Portugal, foi in-terceptado pelas autoridades portuguesas e espanholas. Houve quatro inspeções na em-barcação de Leonel, e apenas na última de-las realizada em 4 de Setembro de 2014, foi identificada a existência de vestígios de co-caína no seu interior, ficando provado que a droga esteve lá. O Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa arquivou o processo, concluindo que, “não obstante as diligências efetuadas, não se logrou obter indícios sufi-cientes que permitam identificar quem, quando e onde se introduziu ou retirou a droga do ve-leiro, cujos vestígios foram recolhidos através de esfregaço e identificado como sendo de cocaína, e muito menos saber de que quanti-dade se tratava” (texto da petição). Entretanto o processo continuou a correr

na justiça brasileira e em maio de 2017, o ve-lejador foi detido em Cartagena, Espanha, onde está desde então. A Espanha quer extraditar o velejador para o Brasil, mas suas autoridades querem garantias que o Brasil “não aplicará ao português uma pena que não esteja prevista no código penal espanhol ou que seja mais gravo-sa do que a pena máxima em Espanha para o mesmo crime”. A defesa de Leonel conseguiu um Habeas Corpus para sua soltura até o julgamento final junto à justiça brasileira, o que deve acontecer em breve, pagando a quantia exigida pelo Bra-sil como fiança no valor de 30.000 Euros. A família comentou que “ele terá medidas bastan-te restritivas que o obrigarão a permanecer em Lisboa dormindo na prisão, no entanto estará junto da sua família aguardando o resultado do julgamento em liberdade, o que era o nosso maior objetivo”...

Leonel: Brasil mandou prender

Veleiro com brazucas: “inocentes”

A advogada brasileira de Leonel, Dra. Tidelly Santana explicou em entrevista que os traficantes que contrabandearam a droga foram presos em flagrante no Porto de Santos. Nenhum dos integrantes afirmou que Leonel fazia parte da organização. O Brasil o denunciou porque numa das escutas telefôni-cas, um dos traficantes (Sergio, cidadão espa-nhol e dono do veleiro) comunicou à sua esposa que Leonel levaria o barco com 70kg de coca-ína. Desde a denúncia feita pelo Ministério Pu-blico até o presente momento não há qualquer prova sobre a ciência de Leonel quanto à droga. Inclusive, há nos autos a cópia do contrato de prestação de serviços feito entre Sérgio e Leo-nel, o que demonstra que seria apenas mais um

trabalho rotineiro feito por ele.Porque o Brasil não considerou o fato de Por-tugal ter arquivado o inquérito por falta de provas?Tidelly: Porque as autoridades espanholas co-municaram às autoridades brasileiras que um cidadão espanhol de nome Sergio estava sendo investigado por tráfico internacional de drogas e havia ingressado no Brasil com um veleiro, o qual teria por finalidade o transporte de drogas para a Europa. Quando as autoridades brasilei-ras verificaram que o barco havia partido para Portugal e que estava sendo pilotado pelo Se-nhor Leonel, entenderam que ele também fazia parte da organização criminosa. A partir daí, o Ministério Público entendeu que haviam indícios da participação do Senhor Leonel.A droga transportada foi apreendida?Tidelly: Não, ainda que a Interpol e a polícia portuguesa tenham vistoriado o veleiro a droga nunca fora encontrada. Apenas foram encon-trados 200 g de cocaína em um fundo falso e diante disso houve uma ‘correlação’ com a escuta telefônica.

Dra. Tidelly: lutando por Leonel

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AMeteorologiaOceanografia&

Por: Luciano Guerra

Luciano Guerra, é Capitão Amador, es-pecialista em meteorologia pela UFF/RJ e trabalha com modelos meteorológicos.

Olá querido leitor do Almanáutica. Um ano após a passagem do furacão Irma pela ilha de St. Martin, no Caribe, retorno a este paraíso para ver de perto as cicatrizes deixadas por uma das tragédias mais mar-cantes da região, e constatar o que mudou para o povo e para o turismo náutico na ilha após este evento. Em abril de 2017, atraquei em Ma-rigot, no lado francês da Ilha de St. Martin, e encontrei um povo feliz, uma ilha movimen-tada e cheia de festas, restaurantes lotados e um turismo náutico dinâmico. Tudo muito cheio de vida. Encontrei com diversos veleja-dores brasileiros, tais como o Pedro do Ve-leiro Talento e o casal Edna e Eder do veleiro Piatã. Era um ambiente cuja meteorologia e oceanografia esculpiam os sonhos de mui-tos velejadores. Com ventos brandos e águas cristalinas, a ilha tinha uma magia que fazia com que os amantes do mar simplesmente deixassem suas âncoras atolarem no fundo de areias brancas. Era tudo muito perfeito. Foi tudo muito perfeito até a passagem do furacão Irma. Irma foi, historicamente, o primeiro furacão de categoria 5 a atingir as ilhas do Caribe chamadas de Leeward Islands. Tendo nascido próximo ao Cabo Verde, o furacão

despejou no solo caribenho ventos que ultra-passaram os 250 Km/h, com um poder de devastação nunca antes observado na região.Agora em 2018, a bordo do veleiro MM2000 do casal Chico e Nadia, cheguei para mais uma temporada de trabalho, e encontrei um ambien-te quase desolador. Os moradores tentam levar a vida dentro de certa normalidade, mas as cicatrizes são profundas. Muitos dos lugares preferidos por todos estão fechados, ou sim-

Cicatrizes de um furacão chamado Irma: Um ano após a tragédia

Padaria Sarafina’s em 2018

plesmente sumiram. É o caso da padaria Sarafina’s. Além das marcas que podem ser vistas nas ruas, marinas e baías de St. Martin, a carac-terística das pessoas também mudou. Taxistas agora buscam a qualquer custo extrair o que podem dos turistas, cobrando preços absur-dos, inclusive daqueles que já conhecem a

Chegada

A equipe Brunel chegou em primeiro passando a linha de chegada às 11h45min depois de duas semanas de nave-gação pelo Pacífico e Atlântico, desde Auckland (Nova Zelândia). Em seguida, chegou o Dongfeng, com apenas 14 minutos de diferença. Completando o pódio brasileiro o AkzoNobel, com nossa Martine Grael.

Volvo Ocean Race no Brasil

região. Anterior ao furacão, esta era uma atitude quase inexistente. Com águas cristalinas, a região onde se encontra St. Martin deixa visível alguns nau-frágios, no entanto oculta diversos obstáculos que vem se tornando uma dor de cabeça aos ve-lejadores. Não é difícil escutar de alguns a frase: “Não consegui subir minha âncora normalmente, havia uma vela com mastro agarrada nela...”. Seguradoras e o governo local também

tem em suas mãos um grande desafio. Enquanto a administração pública ainda luta para levantar a infraestrutura do País, as seguradoras discutem a respeito da remoção de uma infinidade de sucatas submersas. Este é mais um capítulo de uma história que nos mostra o quão importante é ter atenção e, dar a devida atenção às temporadas de cada re-

gião onde vamos velejar. Correto foram aqueles que escutaram os sinais da Mãe Natureza e saíram, e infeliz-mente, aos que decidiram ficar sobrou a angús-tia e o amargor da perda ou do testemunho de

diversas histórias muito triste, como pôde ser observado nas fotos desta matéria. Com o aumento significativo de re-gistro de eventos naturais extremos ao re-dor do mundo, fica aqui, a partir deste triste episódio, o aprendizado. Bons ventos e boa navegada a todos.

Depois de um ano, ainda destroços

O resumo do que aconteceu por aqui e talvez você não saiba

Itajaí - au au - Stopover

Um vira-latas atraiu a atenção de crianças e adultos na Itajaí Stopover. O cachorrinho apelidado de P2 fixou moradia na Vila da Regata e ganhou uniforme se segurança e foi adotado por Ilário José Furtado é um dos responsáveis em manter a segurança do evento. P2 marcou presença na inauguração da vila da regata e não arredou as patas de lá.

Motor temático

Não poderia ser outro: “Volvo” Penta, como vemos a bordo do Turn the Tide on Plastic: a corajosa Liz Wardley cheirando um filtro racor emplastrado de diesel.

Foto de Sam Greenfield.

Morte

Na segunda-feira, 26 de março pouco antes de chegar ao Brasil, a equipe Scallywag per-deu John Fisher no mar aproximadamente 1.400 milhas náuticas a oeste do Cabo Horn. O dia não tinha clareado, o mar estava com 5-6 me-tros, água com 8 graus de temperatura e 40 nós de vento. Ele ia manobrar uma vela de proa e um jaibe involuntário numa surfada derrubou o velejador que, segundo os outros tripulantes, já caiu desacordado. Apesar de realizar uma busca exaustiva em condições de força de vendaval, ele não foi resgatado.

DNF’s

Por causa da morte do velejador John, o Scallywag dirigiu-se ao Chile e saiu da perna até Itajaí. O Vestas perdeu o mastro a caminho e só chegou às vésperas da largada do Brasil.

Quadro técnico do Iate Clube de Santa Catarina

Cerca de 30 profissionais do Iate Clube de Santa Catarina participam das atividades da VOR atuando nas ações em terra e água. Gerente de Operações Náuticas da VOR, Ricardo Navarro coordena a assistência técnica responsável pelas ações com órgãos externos, segurança e es-trutura. Lucas Reis cuida da logística, parte administrativa e financeira. Alexandre Neves é encarregado de equipamentos e da Comissão de Regatas. Com as atividades da Stopover, 30 membros do ICSC ajudam em terra e água, na In-Port Race, na Volvo Academy e também na largada para Newport.

Limpeza e meio ambiente

Destaque para as ações voltadas ao meio ambiente. Velejadores participaram de uma Limpeza da praia - Combate ao lixo no mar com mais de 100 pessoas parti-cipando do mutirão. Mais que a limpeza em si, o exemplo para o mundo e para os estudantes que também estavam lá. Além disso palestras (inclusive de Martine Grael) sobre a poluição plástica, dentro do projeto Clean Seas da ONU.

OptimistsUma das atrações do último final de semana na parada brasileira foi a Volvo Academy que contou com 24 velejadores de Optimist do ICSC e oito da ANI – Associação Náutica de Itajaí formando oito times de quatro velejadores cada. Cada equipe representou um barco da Volvo Ocean Race.

JumpersCada equipe levou um convidado para velejar

na largada. Mas eles não iam com o veleiro. Assim, a certa altura tinham que pular - literalmente - fora

do barco. Aqui Kahena ”jumper” Kunze ...

9cruzeiro

Notícias dos Açores (e adjacências...)

Retornamos para Dóris em fevereiro, e escolhemos um período difícil. Aqui, as estações são extremamente fiéis e cada previsão se confirma. Pegamos um final de inverno cruel, ventos de 80 km/hora quase constantes, um baita frio, e o barco fora d’água... Rubão sofrendo na lixa, pintura, eu na faxina, escadas e caminhadas para as necessidades que nem sempre obedecem ao horário ideal, mas aí vem a mágica: a primavera e no dia exato, muda tudo!Isso não impede que a navegação continue difícil. Ficamos uns 40 dias preparando o barco na Ilha Terceira, e numa janela favorável, partimos para São Miguel, Ponta Delgada, uma viagem curta de umas 90 milhas. É uma ilha linda, e uma cidade com uma medida ideal de opções de cidade grande e ainda pitoresca, e você acaba sempre com aquele pensamento que as ilhas dos Açores, cada uma com seus encantos trazem: aqui eu moraria! Mas, como nômades que somos, estamos tentando partir para o continente: Lisboa na proa, kkk. Eu, como recém aposentada, tenho que fazer uma “prova de vida” na embaixada Brasileira, senão suspendem meus proventos. A Consul Honorária de Ponta Delgada não é habilitada, e mesmo tendo entrado com o processo a 17 dias aqui, lá em Lisboa para onde a papelada é enviada estão em “reforma de pessoal”. É o Brasil que se repete em locações diferentes, e meu soldo vai para o saco. Mas nesse meio tempo, que delícia aproveitar as maravilhas locais... vinhos bons e baratos, paisagens belíssimas, comidas nos restaurantes locais a preços acessíveis e deliciosas, mas o melhor, no meu aniversário, (22/3!), ganhei minha cataplana*, e que panela!!! Além de linda tem proporcionado jantares maravilhosos no barco. São experiências tão diferentes entre nossos anos de Caribe, Cuba, Bahamas e o que vivenciamos nos Açores e futuramente no continente... O que faz falta em relação ao Caribe:

Algumas marinas tem até banheira! ”

Rita e Rubens estão de volta ao mar desde fevereiro, a caminho de Portugal. Antes, suas ilhas deliciosas...

Acordar com calor e mergulhar Comer o que Rubão caçar no mar Não pagar marina A cor da água Os amigos cruzeiristas... O que me encanta nos Açores e acredito que no restante da experiência na Eu-ropa: As marinas, kkk (banho gostoso nin-guém dispensa, algumas até com banheira!), mas o custo é foguete, embora barato em rela-ção ao Brasil. Nos Açores não vimos água tão translúcida, mas a vegetação, as montanhas, em suma, as belezas naturais são inigualáveis.

A história que reencontrarei na Europa, a possibilidade de visitar lugares novos e revisitar alguns queridos. O povo receptivo

A língua que com minhas dificuldades no inglês me propicia não cozinhar amendoim achando que é feijão vermelho como fiz em Courou, ou passar óleo para cicatrizes no cabelo achando que era silicone para pontas duplas, e acordando “à La black Power”, kkk. Sou gulosa: a comida, a comida, a comida... Na verdade, nessa vida o que é melhor ou não é incomensurável. Quando você deixa tudo para trás, tudo o que vier de novo e surpreendente é o que importa, e todos os dias, mesmo na rotina você sente um pouco das duas coisas: saudades do que deixou e gratidão pelas experiências que nunca teria de outra maneira. Amanhã começaremos a navegação daqui para o continente, pre-visão de uns sete dias, e estamos bastante ansiosos, embora seja pratica-mente 1/4 do tempo que levamos das BVI’s até aqui. Pretendíamos partir na semana passada, mas entrou um ventão, e ondas de até 7 metros, brrrrrrrrrrr... Temos que passar zonas de navegação intensa para entrar em Lisboa, e calcular muito bem os horários para isso. Acho que meus 5.5 de idade me deixaram meio medrosa, e minha grande preocupação é Bebê, minha gatinha tripulante de 13 anos que mareia no começo, aliás, mareamos juntas. Já me preveni: várias comidas prontas, barco impecável, tudo em ordem, e de fato, o medo que atravanca a vida que vá a merda! Na próxima vez, conto sobre essa navegação...

Rita e Rubens

* Nota do editor: A Cataplana da Rita (foto ao lado) é uma panela típica da região do Algarve, em Portugal, feita com duas partes côncavas unidas por uma dobradiça e dois fechos laterais. Uma panela tampa a outra quando fechada.

Foi realizado neste final de semana (21 e 22 de abril) no Yacht Club Santo Amaro (YCSA) a Taça Geraldo Peixoto, que corres-ponde à 2ª etapa de regatas do Grupo Juven-tude da FEVESP. Fazem parte do Grupo Juventude da FEVESP as classes Optimist, RS:X, Techno 293, OpenBic, Holder, Byte, Laser 4.7, Laser Radial, 29er e 420. A classe Optimist realizará suas regatas no dia 5 e 6 de maio. Esta segunda etapa de regatas do Grupo Juventude da FEVESP foram válidas como o Campeonato Paulista (etapa única) para as classes OpenBic e Holder, Campeo-nato Paulista (1ª etapa) para as classes 29er e Techno 293 e Regata de Ranking para as

classes Laser 4.7, Laser Radial e 420. Foram realizadas ao todo 4 re-gatas com vento variando entre 6 e 12 nós. A próxima etapa de regatas do Grupo Juventude da FEVESP será realizada nos dias 19 e 20 de maio no YCSA. Resultados:

OpenBic: 1. Ellion Jesus (NavegaSP-Praia Grande) 2. Giovana Santos (NavegaSP--Praia Grande) 3. Marcos Rodriges (BL3) Holder: 1. José Eugênio Pereira (ICS) 2. Esdras Santana (NavegaSP - P. Grande) 3. Luis Claudio da Silva (NavegaSP -P.Grande)

Guarapiranga - SP

2ª etapa do Grupo Juventude da FEVESP

Laser 1. Mathias Reimer 4.7 (YCSA) 2. Raphael Krunfli 4.7 (YCSA) 3. Albert Lisbona 4.7 (YCP) 1. Christine Reimer Standard (YCSA) 2. André Schwarz Standard (YCSA)

29er 1. Nicolas Bernal/Gabriel Michaelis (YCSA) 2. Felipe Montag/Filip Heike (YCSA)3. Ignacio Alzueta/Rafael de Moricz (YCSA)

Regatas do Grupo Juventude na Guarapiranga

Contravento ...10A

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A

f Manoela D’Avila – Deputada Estadual do RS pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB) anda causando mal estar no Veleiros do Sul. É que o marido dela que é músico tem um veleiro que estava em outro clube e fez uma permuta: um show pelo titulo do VDS. A gauchada colocou a faca nos dentes: disseram que teve até Conselheiro ameaçando renunciar...

f E o caso dos brazucas presos por tráfico de drogas sem provas em Cabo Verde? Aí você pensa que o Brasil-uil-uil-uil vai tomar as dores e... fica sabendo que o Brasil mandou prender um velejador português também sem as devidas provas num caso parecidão??? (Tem a ma-téria aqui no Almanáutica, procura aí...). Todo mundo que tem um mínimo de qualquer coisa, sabe que os traficantes fazer esse tipo maracutaia e ainda tem gente que cai nessa de mula--delivery... Fafavô gente... Vamos ler mais jornal e menos Face?

f Falando em desgraça fica a sugestão: trocar o Stopover de Itajaí pra Bahia e ver se dão uma benzindinha na turma da Volvo Ocean Race. Com o velejador John que foi jaibado pra fora em pleno mar do Cabo Horn, já é o segundo que morre nessa edição (lembra do pescador? Não, pois é, pesquisa que o Google ta aí pra isso...). Tanta tecnologia e o básico fugiu de controle? Vamos rever isso, moçada? Ainda tem muita água pra rolar sob aquelas quilhas...

f O Campeonato Sul-brasileiro da classe HC 16 e 14 aconteceu no Veleiros do Sul e contou com 19 barcos. Apenas da classe 16. Nenhum barco da 14 compareceu ao campeonato. Vixe... Vai ver que foi protesto contra a Manoela...

Getúlio é velejador, bem informado, não tem meias palavras e sim, Vara é o sobrenome...

Caç

a Pa

la

Nesta edição vamos laçar você com os nomes de 10 nós utilizados em náutica.Ache todos: não seja um... nó cego!

OITO - LAIS DE GUIA - MEIA VOLTA - DIREITO - FRADE - ESCOTA PESCADOR - VOLTA DO FIEL - ENCAPELADURA - ALÇA

Há algum tempo há cultivos experimentais de lúpulo no Brasil. Para atender essa demanda, um pessoal de Curitiba (PR) está disponibilizando mudas das variedades Cascade, Chinook e Columbus para venda em todos os estados do Brasil. (Veja www.facebook.com/mudasdelupulo). As mudas já são formadas, com 1,0 - 1,5 metros e o envio é feito pelo correio. São podadas, retiradas da terra e embaladas para chegar em seu ponto de destino em perfeito estado. Basta plantar e aguardar o rebrote. Custam 35 reais cada mais o envio por

Cervejeiros que Navegam

vras

com Getúlio Vara

sedex para que cheguem bem. Patrick Sarnighausen, cervejeiro de Botucatu (SP) nos conta sua experiência: Desde que comecei a fazer minha própria cerveja sempre escutei que lúpulo não cresce no Brasil, que cresce apenas entre os paralelos 35 e 55, que aqui é muito quente e que temos muito poucas horas de sol para a planta se desenvolver. No final de 2015 comecei a me corresponder com algumas pessoas que esta-vam iniciando algum plantio caseiro. Finalmente consegui a primeira muda de Cas-cade no início de 2017, mas pela minha falta de habilidade não cresceu muito e não saíram os tão desejados cones. Achando que havia algo errado com a planta, comprei outra muda de Chinook em abril de 2017, a planta progrediu bem até final de maio, mas as duas mudas murcharam e secaram, uma grande decepção. Contatei o pessoal que tinha algum sucesso com o plantio e me informaram que a planta hiberna no inverno, me deu um certo alívio, mas ainda precisava esperar pra ver. Durante o inverno esqueci um pouco dos vasos com as mudas, mas no começo de agosto tenho uma surpresa, vejo alguns brotos saindo, corri pra transferir as plantas para vasos maiores, adubei e em uma semana as plantas explodiram com força, crescimento de 15 centímetros a cada 24 horas, durante um certo período. Descobri que as plantinhas moribundas na verdade estavam guardando a energia para voltarem com tudo na primavera. Este pequeno sucesso me incentivou a estu-dar mais sobre agricultura, nutrientes, irrigação, incidência solar. O fato de não ter um solo e precisar plantar em vasos é um desafio a parte, como fazer uma trepadeira que pode atingir 6 metros crescer num vaso de 25 litros? O in-teresse aumentou e mesmo sem colher nada comprei mais uma muda, neomexicanus, uma variedade diferente, nativa norte americana, uma variedade desconhecida para a maioria dos cervejeiros, colhida em algum lugar no Novo México. Com o passar dos meses as plantas foram crescendo, ficando encorpadas, folhas grandes, bonitas e saudáveis, e de repente surgem as primeiras flores, que aos poucos iam crescendo e virando os cones que conhecemos. Os cones foram evoluindo e crescendo, coloração linda, enormes, e aos poucos amadurecendo. Aos

Contravento ...

A Nautispecial esteve presente na parada brasileira da Volvo Ocean Race em Itajaí, e entregou às equipes, kits de boas vindas com produtos da linha de produtos de limpeza Ecofrien-dly (Amigos do Meio ambiente). Na foto, o Australiano Fletcher (centro) representante da equipe Clean Seas/Turn the Tide on Plastic. O kit foi entregue pelos técnicos Bruno Noronha e Cristina Pinheiro da Veiga representantes da Nautispecial em Itajaí. O kit Nautispecial é composto por produtos da Linha ECOSEA da Nautispecial que são produzidos com matérias primas de base vegetal de fontes renováveis da Flora Brasileira, pro-dutos eco eficientes e biodegradáveis que preservam a fauna e Flora Marinha.

Nautispecial presente na Volvo Ocean Race

poucos fui me viciando em pegar alguns cones com aquele aroma delicioso e jogando dentro da minha latinha para dar aquele algo mais na cerveja comercial. A partir de fevereiro comecei minha colhei-ta manual apenas das flores maduras, secando e colocando no freezer, mais um processo de aprendizado, pois os óleos essenciais são muito voláteis e são a característica que os cervejeiros buscam. Aprender a secar sem perder o que dá valor às flores de lúpulo é também um desafio. Em março resolvi fazer a minha primeira brassagem com o lúpulo colhido, Chinnok e Cascade. Provavelmente nunca tomei tanto cuidado com uma brassagem, controle total na fermentação e maturação, higienização quase paranóica no engarrafamento e agora estou aguardando a refermentação nas garrafas, mas o pouco que experimentei durante o engarrafa-mento já me deu uma dica, lúpulo no Brasil dá certo, pois o aroma e sabor destas flores tão frescas é superior ao produto importado que encontramos a venda no país com 2, 3 e até 4 anos de idade. Os desafios para a próxima temporada en-volvem uma centena de plantas, com apoio da Unesp de Botucatu e muitas questões a serem respondidas, solo ideal, irrigação correta, como combater pragas, assim como descobrir quais das mais de 250 variedades se adaptam melhor ao nosso país.

Foi descoberta “a maior sepultura em massa nos EUA”, com os restos mortais do famoso pirata Samuel ‘Black Sam’ Bellamy e do seu bando de 100 homens, no local onde o seu navio naufragou há mais de 300 anos. Estes corpos muito provavelmente são da tripulação de piratas do famoso Capitão ‘Bla-ck Sam’ Bellamy, que ficou conhecido como o pirata mais rico de todos os tempos. Entre os ossos estão também os do próprio Bellamy. Eles ficaram sepultados após o naufrágio do navio onde viajavam, o Whydah Gally, em 1717, causado por uma violenta tempestade. Bellamy e os seus piratas roubaram mais de 54 navios, ao longo da costa dos EUA e Caribe. Esses feitos levaram ‘Black Sam’ a tornar-se o pirata mais rico do mundo, com uma fortuna de 131,4 milhões de dólares segundo um estudo de 2008 da Forbes (ao câmbio daquele ano). Em Fevereiro deste ano, os arqueólogos que têm explorado a área do naufrágio encontra-ram os restos mortais do que deve ser o corpo

do Capitão ‘Black Sam’ e também chegaram à vala comum dos piratas, onde estarão sepulta-dos os seus homens. O próximo passo é tentar comparar o DNA retirado do esqueleto com um descendente vivo do capitão pirata. Cientistas forenses da Universidade de New Haven, em Connecticut, EUA, estão trabalhando nesses testes genéticos. “A prova de que é Bellamy é extremamen-te convincente. Estava imediatamente ao lado de uma pistola que ficou provado ser de dele sem qualquer sombra de dúvidas”, salienta o professor Timothy Palmbach, da Universidade de New Haven. “A pistola tinham algumas ca-racterísticas únicas e símbolos e foi-lhe apre-sentada numa fita de seda decorativa. É con-sistente com a pistola de Bellamy“, acrescenta Palmbach. ‘Black Sam’ tinha apenas 28 anos quando morreu ao lado de 140 piratas. Apenas dois sobreviveram, o índio John Julian, que fugiu, e o escocês Thomas Davis, que foi julgado em Boston, relatando muito do que hoje se sabe sobre as aventuras de Bellamy e dos seus ho-mens. “Ele era conhecido como o ‘Príncipe dos Piratas’ devido à sua natureza gentil, mas se-vera, e era capaz de mitigar situações poten-cialmente violetas”, destaca Casey Sherman. ‘Black Sam’ tornou-se pirata por amor, para reunir dinheiro para casar com a mulher da sua vida. Era conhecido como um capitão demo-crático e justo, que distribuía as riquezas pelo seu bando e que ouvia a opinião dos seus piratas quanto às aventuras que deveriam viver a seguir. Isso lhe valeu a alcunha de “Robin Hood dos Mares”.

A cova dos 100 Piratas

Muda de lúpulo (acima)e a flor, usada

na cerva

MBMarinha do Brasil

11

Pesquisadores alertaram que o Programa Antártico Brasileiro (Proantar) está “gravemen-te ameaçado de interrupção” por falta de recursos e pode não sobreviver após 2019, ano em que deverá ser concluída a nova estação.O Brasil corre o risco de inaugurar a nova base sem nenhum cientista dentro. Dezessete lideranças científicas do Programa assinaram uma carta enviada a Gilberto Kassab (ministro da Ciência e Tecnologia) e ao Comandante da Marinha do Brasil na qual de-nunciam que não há recursos financeiros para compra de equipamentos científicos nem para o financiamento de projetos científicos e bolsas de estudos.O Proantar é necessário pois o Tratado da Antártida, do qual o Brasil é signatário, exige a reali-zação de atividades de pesquisa científica para manter seu direito de voto nas deliberações sobre

Programa Antártico Brasileiro ameaçado?

A Mitsubishi Motors anunciou Jorge Zarif como o mais novo reforço do time de atle-tas MIT. O contrato com o velejador, de 25 anos, será válido até o final de 2020, contem-plando um importante período de preparação para a disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio.Filho do também velejador Jorge Zarif, que es-teve nas Olimpíadas de 1984 (Los Angeles) e 88 (Seul), com apenas 20 anos, o novo contra-tado da montadora foi eleito o melhor atleta de 2013 no Prêmio Brasil Olímpico, uma das maio-res coroações do Comitê Olímpico Brasileiro. Além disso, Jorge conquistou o Cam-peonato Mundial de Tallin, na Estônia, título que o Brasil não vencia há 41 anos na catego-ria. No MIT, Jorge Zarif terá a companhia de outras feras do esporte brasileiro, como os surfistas Adriano de Souza (Mineirinho), Car-los Burle e Maya Gabeira, o canoísta Fernando Fernandes, o lutador Helton Machado, entre outros. A Mitsubishi Motors tem uma história longa dentro da vela brasileira. Além de patro-cinar competições, a montadora é responsável pela organização de muitas delas. O acordo com Jorge Zarif apenas ratifica a importância do esporte, e também da modalidade, no DNA da marca.

Zarif e Mitsubishi

Camiranga em St.Barth

A 9ª edição da Les Voiles de St. Barts Richard Mille encerrou neste fim de se-mana na ilha caribenha. O representante do Veleiros do Sul, o Camiranga, comandado por Eduardo Plass ficou em quarto lugar na classificação da classe Max, que abrigou barcos de até 72 pés. O último dia de competição foi deci-sivo e com suspense devido às condições do tempo. Os barcos das classes Maxi e o Mul-ti fizeram o percurso da regata de 28 milhas, com vento forte - entre 25 e 27 nós e até 33 em rajadas - e um mar caótico, que dificultou o trabalho das tripulações. O Camiranga, Soto 65, também teve na sua tripulação os velejadores do VDS, Sa-muel Albrecht, Alexandre da Rosa e Augus-to César Streppel. O próximo compromisso do Camiranga será a Semana de Antigua, também no Caribe.

o uso do continente. A publicação de um edital dedicado ao Programa Antártico Brasileiro (Proantar) é uma das prioridades do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) para este ano, segundo a pasta. Um aporte inicial de R$ 7 milhões já foi aprovado pelo conselho dire-tor do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) na terça-feira, uma semana depois do envio da carta de protesto dos cientistas ao ministério.Ainda não há data para acontecer o repasse. Segundo o pesquisador Jefferson Simões “esse valor mal dá para pagara as bolsas do Proantar, muito menos o custo de operações antárticas”. “Falta dinheiro até para comprar parafuso”, afirma o pesquisador Francisco Aquino, diretor do Centro Polar e Climático da UFRGS.

A relação de Santos com as canoas havaia-nas estará ainda mais evidenciada a partir de agora. Uma lei municipal criada pelo vereador Rui de Rosis instituiu o Dia da Canoa Havaiana na cidade. A comemoração da data foi em março, junto com a realização do 15º Desafio Volta à Ilha de Santo Amaro de Canoas Havaianas, a maior prova da modalidade no Brasil e que terá o recorde de 33 equipes, inclusive com atletas do exterior, largando na Praia da Aparecida.

Canoa Havaiana Santista

Equipe do VDS trouxe um bom resultado de St. Barth

O Campeonato Brasil Centro de Optimist 2018, também válido seletiva para classificação aos campeonatos internacionais, foi realizado em Cabo Frio (RJ) de 16 a 21/04. A Seleti-va Brasil-Centro de Optimist acumulou pontos junto ao Brasileiro, disputado na Bahia, em ja-neiro de 2018 e definiu a delegação do Brasil para as disputas do Mundial, Europeu e Norte--Americano da classe. Dos 170 velejadores que participaram do ranking cumulativo (27 regatas no Brasileiro + Brasil-Centro), apenas 26 con-quistaram vagas. A Flotilha do Cabanga Iate Clube de Per-nambuco fez bonito. A equipe pernambucana garantiu três velejadores nos torneios interna-cionais. Roberto Cardoso, conhecido como Be-beto, se classificou para o Europeu, que será disputado entre os dias 22 e 30 de junho, na Holanda. Marcelo Souza alcançou a colocação necessária, ao ficar em 21º, para disputar o Norte-americano, de 22 de junho a 1º de julho, no México. Júlia Ollivier e João Pedro Cardoso, do Iate Clube de Itamaracá também serão re-presentantes no Norte-Americano.

No Jangadeiros, Lorenzo Balestrin ficou com uma vaga para o Mundial, no Chipre. O veleja-dor ficou em 4° lugar entre 170 atletas brasilei-ros que buscavam as vagas em campeonatos internacionais. Na categoria Feminino, Mano-ela Pereira da Cunha também honrou a cami-seta do Jangadeiros ao se classificar como a segunda melhor velejadora do Brasil no ranking da Seletiva. Luiza Moré encerrou a Seletiva em Cabo Frio como campeã na categoria Juvenil Feminino. As duas atletas garantiram vagas para o Norte-Americano. Classificação:Mundial: Mathias Crespo (ICRJ), Leonardo Crespo (ICRJ), Erick Carpes (VDS), Lorenzo Balestrin (Jangadeiros), Bernardo Martins (Ca-banga). Europeu: Roberto Cardoso (Caban-ga), Pedro Madureira (ICRJ), Alvaro Alvarez (IC Brasília), Sofia Faria (IC Santa Catarina). Norte-Americano: Gustavo Glimm (VDS), Theo Chao (YCSA), Ricardo Coutinho (YC Bahia), Pedro Muricy (ICRJ), Pedro Wlegand (CNC), Germano Santos (VDS), Pedro Cardoso (ICES), Mario Carvakhoi (EV Ilhabela), Newton Passos (ICRJ), João Cardoso (ICI), Miguel Machado (ICES), Marcelo Souza (Cabanga), Manoela Cunha (Jangadeiros), Gabriela Vassel (CCSP), Julia Ollivier (Cabanga), Clara Mateus (ICSC) e Luiza More (Jangadeiros).

Brasil Centro de Optclassifica para internacionais

INFORMATIVO

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE VELEJADORES DE CRUZEIRO

Palavra de

PRESIDENTE

ABVC

Convênios

O Boletim Oficial da ABVC é uma publicação independente. As opiniões e notícias do jornal Almanáutica não representam necessariamente a opinião da entidade, e vice-versa.

2018 tem se mostrado o ano da Vela. A chegada da VOR fez muitos velejadores irem a Itajaí conhecer o mundo da Formula 1 da Vela, e quão grande ela é nos outros países desenvolvidos. O primeiro passo foi dado, que é ter um evento desse porte no nosso país e um espe-lho do que podemos ser numa escala menor, com eventos participativos e principalmente quando o setor se une num propósito maior. A VOR foi embora mas deixou um bom exemplo a todos nós, de organização, de respeito com o meio ambiente e de integra-ção entre pessoas e empresas, do quanto o poder público pode colaborar ativamente. Destaque para a páscoa na Ilha do Ce-dro, esse evento reuniu muitos velejadores esse ano, um trabalho em conjunto da Prisci-la Marjorie, Murilo Pigão e Eduardo Schwery que deu todo apoio pra esse evento mara-vilhoso! Parabéns e obrigado a todos pela presença! E lembrem-se, toda primeira quinta feira do mês o nosso Happy Hour ABVC do nosso Vp Marcelo Rustiguer, convidando a todos que moram em São Paulo a vir petiscar conosco.A ABVC participa das reuniões do Fórum Náutico Paulista e têm colaborado com as iniciativas do Fórum e das câmaras temáti-cas, na melhoria do setor náutico, na segu-rança dos velejadores nas regiões afetadas e no turismo desordenado. Em breve teremos mais uma Edição do Anuário Brasileiro de Vela, do Murillo Nova-es, contando toda nossa trajetória e nossos eventos do biênio. Estamos ansiosos para receber as primeiras edições e claro, a ABVC vai disponibilizar a todos os associados por um preço único. O Encontro Nacional foi passado para o feriado de 7 de setembro, faremos um evento muito bacana, com palestras sensacionais, e a novidade será o transporte via ônibus de turismo, super confortável, assim todos po-derão ir no “mesmo barco”, sem se preocu-par com o trânsito e o cansaço de dirigir no feriado, além de estar junto com os amigos da vela. O renovação da sua associação está dis-ponível no site, qualquer problema com pa-gamento ou seu login e senha, por gentileza basta enviar um breve e-mail a nossa secre-tária, que irá prontamente resolver qualquer problema: [email protected] O processo de migração da plataforma di-gital da ABVC está de vento em popa, assim como o novo site, mais inovador, com novas ferramentas e um layout super acessível. O processamento de dados da ABVC fi-cará mais rápido, preciso e com muito mais agilidade, tanto nos pagamentos como nas respostas aos associados. Não deixem de visitar a nova página da ABVC no Facebook, administrada pela nossa competente Marina Bruschi, acompanhe, cur-ta e compartilhe nossos posts. Confira no calendários, os próximos even-tos da ABVC, mês de maio e junho com mui-tas novidades, palestras e clínicas. Envie a sua sugestão, crítica ou reclama-ções para [email protected] Estamos trabalhando por uma ABVC me-lhor, para todos!

Paulo Fax Presidente da ABVC

Após participar de todas as emoções da Volvo Ocean Race na Itajaí Stopover, única pa-rada da América Latina, tivemos o ápice das emoções da largada da oitava perna a bordo da escuna Capitão Gato que a ABVC disponi-bilizou aos amigos velejadores que estiveram presentes. Lá puderam vivenciar essa magnífi-ca experiência e assistir bem de perto aquelas máquinas que cortam os mares da maior regata do mundo. O embarque aconteceu em um ancoradouro em frente à vila da regata e a turma a bor-do pôde vivenciar as homenagens e cerimônia para saída dos barcos. Acompanhamos a saída até a raia e o Team Brunel nos presenteou com um retorno vele-jando bem em frente a nossa embarcação num lindo dia de sol brilhante e ventos de 10 a 12 nós. A perna vai até New Port, nos Estados Unidos, com cerca de 5.700 mn com previsão de duas semanas. É tradição na saída de cada etapa um con-vidado ir junto com a embarcação e saltar no mar logo após a largada. Kahena Kunze com-panheira de Martine Grael de ouro olímpico foi a convidada do barco Akzonobel para ser a “leg jumper” e no Vestas, Claudio Copelo, velejador

ABVC na Volvo Ocean Race

do Itajaí Sailing Team foi o convidado. Na raia montada em frente à barra de Itajaí, os barcos fizeram uma percurso barla sota e os “leg jumpers” saltaram para o mar e nada-ram até a lancha de apoio. Então os barcos partiram para Newport. Num desempenho espetacular, as equipes demonstraram técnicas de percursos diferentes, mostrando que muito se pode fazer e chegar na frente. O barco espanhol da Mapfre venceu o percurso, que não conta pontos. Na classificação geral, Dongfeng está a fren-te por um ponto da Mapfre, em terceiro Team Brunel, que venceu a 7ª perna na chegada em Itajaí. Akzonobel de Martine Grael em quarto, seguido de Scallywag em quinto, veleiro que chegou somente na ultima quinta por conta da morte do tripulante John Fisher e teve home-nagens em todas as ações que aconteceram em Itajaí. Em sexto lugar, Vestas 11th, tiveram o mastro quebrado no percurso até Itajaí, mas conseguiram consertar tudo, e por ultimo o bar-co da ONU, o Turn The Tide on Plastic.Nossa escuna esteve em uma posição privi-legiada para assistir ao espetáculo, com isso, todos se divertiram muito e agradeceram pela oportunidade única proporcionada pela ABVC! Marina Bruschi Vice-presidente SC

Páscoa

Santos

EDITAL DE CONVOCAÇÃOPrezados associados da Associação Brasileira de Velejadores de Cruzeiro,

De acordo com o Estatuto vigente, o Presidente da Associação Brasileira de Velejadores de Cruzeiro - ABVC convoca todos os associados em dia com suas obrigações a comparecerem dia 24 de maio de 2018 na rua Bela Cintra, 1970, São Paulo – SP, CEP 01415-002 (sede da ABVC), para a realização da Assembléia Geral Extraordinária.

A Assembléia terá início às 17:30 com segunda chamada às 18:00hs para com qualquer quórum deliberar a seguinte ordem do dia:

a) Alteração do Estatuto Social;b) Definição do calendário de eventos de 2018/2019;

c) Outros assuntos de interesse.

Paulo Padilha de Oliveira Presidente

Mais um tradicional Churrasco de Páscoa da ABVC na Ilha do Cedro, Paraty-RJ. O evento promovido por Murilo Junqueira VP de Para-ty e Priscilla Marjorie Olivastro, atual Diretora Feminina e contou com aproximadamente 150 pessoas e 45 veleiros. Os participantes foram recebidos com kits de

boas-vindas que continham orelhas de coelho, chocolates e um lembrete sobre preocupação com a coleta de lixo e cuidados com a limpeza da ilha, acompanhado de um saco descartável para a coleta. A alegria da criançada foi garantida com as brincadeiras durante todo o evento: caça às cenouras, corrida de saco e corrida de colher. Além disso, não faltou diversão para os adul-tos, que participaram de um amigo secreto.

Sucesso na palestra organizada pelo Vice--presidente de Santos, Max Gorissen, sobre a manutenção e conservação de obras vivas dado por Raymond Granthan em 17/3. Novo site

Depois de muitos anos de bons serviços, nosso site está mudando. A evolução da tec-nologia e da própria associação pedia uma mo-dernização não só visual (essa é a mais fácil), mas e principalmente na tecnologia que está “por trás”. Estamos em processo de migração da plataforma digital da ABVC para o novo site, mais inovador, com novas ferramentas e um layout mais moderno e bonito. O processamen-to de dados ficará mais rápido, preciso e com mais agilidade, tanto para pagamentos como no contato com os associados. Aguarde!

Consulte o site para mais detalhes e condições:Iate Clubes e Marinas Aratu Iate Clube, Cabanga Iate Clube, Iate Clube Guaíba, Iate Clube de Rio das Ostras, Iate Clube do Espírito Santo, Marina Bra-cuhy, Marina Porto Imperial: 50% de desconto nas duas primeiras diárias consecutivas em vaga molha-da. Descontos: Brancante Seguros, CSL Marinharia, Geladeiras Elber, SetSail Inteligência Náutica (Iate Clube de Santos), Cusco Baldoso cursos de vela oceânica, entre outros. [email protected]

Visão que a turma teve a partir da escuna

Galera em festa para ver os bólidos da VOR

Após anos de bons serviçoso site será renovado