Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

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ALIMENTOS REGIONAIS BRASILEIROS

ÍNDICE

Apresentação 14Introdução 15

REGIÃO NORDESTE 17REGIÃO NORTE 72REGIÃO CENTRO-OESTE 118REGIÃO SUDESTE 213REGIÃO SUL 246

Tabelas de propriedades 267Alimentos ricos em proteínas 268Alimentos ricos em vitamina A 269Alimentos ricos em vitamina C 270Alimentos ricos em cálcio 272Alimentos ricos em ferro 273Alimentos ricos em fibra 274

Referências bibliográficas 275

TELECAREGAR EN WORDpara reconstruição manual

PDF BROKEN

ARQUIVO FRAGIL FAZER COPIA

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REGIÃO NORDESTE 17

FRUTAS 18

Acerola 19Cacau 20Cajá 23Cajarana 24Caju 25Carambola 27Ciriguela 28Coco 29Dendê 31Fruta-pão 32Gergelim 34Graviola 35Juá 36Pinha 39Pitomba 41Sapotá 43Saputi 44Tamarindo 45Umbu 47

HORTALIÇAS 48

Caruru-do-Pará 49Jerimum 50Jurubeba 51Maxixe 52Palma 53Taioba 55

LEGUMINOSAS 56

Algaroba 57 Feijão-de-corda 59Sorgo 61

TUBERCULOS 63

Batata-doce 64Cará 65Inhame 67Mandioca 68

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REGIÃO NORTE 72FRUTAS 73

Abio (fruta rara) 74Abiu 75Açaí 76Ajuru 78Araçá 79Bacaba 80Bacuri 81Banana-pacovã 82Biribá 83Buriti 84Camapu 86Camu-camu 87Camutim 88Castanha do Brasil 89Cubiu 91Cupuaçu 92Cupuí 94Cutite 95Gogó-de-guariba (fruta rara) 96Guaraná 99Inajá 101Ingá 103Jambo 104Manga 106Mangaba 108Maracujá 110Marajá 111Murta 112Piquiá 113Pupunha 114Sapota-do-Solimões 116Sorva 117Taperebá 118Tucumã 119Umari 120Uxi 121

Hortaliças 124

Alfavaca 125Azedinha 126Bertalha 127Caruru 128Gelosia 130Chicória 131Coentro 132Espinafre africano 133Jambu 134Maxixe peruano 135Vinagreira 136

LEGUMINOSAS 138

Feijão-de-asa 139Feijão-de-metro 140

TUBÉRCULOS 141

Ária 142Feijão-macuco 143

PREPARAÇÕES ESPECIAIS 144

Tucupi 145Farinha de piracuí 146

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REGIÃO CENTRO-OESTE 148

FRUTAS 149Abacaxi-do-cerrado 150Araticum 152Baru 155Cagaita 157Cajuí 159Cambuci (fruta rara) 161Catolé 163Coco-babão 164Coco-cabeçudo 165Coco-indaiá 166Coroa-de-frade 167Curriola 168Grão-de-galo 169Guabiroba 170Guapeva 172Jabuticaba 173Jaracatiá 175Jatobá 177Jenipapo 179Lobeira 181Macaúba 183Mama-cadela 186Mamãozinho-do-mato 188

Marmelada-de-cachorro 190Marmelada-olho-de-boi 192Murici 193Pequi 195Pinha-de-guará 197Pêra-do-cerrado 198Xixá 199

LEGUMINOSAS 201

Mucuna 202

HORTALIÇAS 203

Assa-peixe 204Batata-de-purga 206Dente-de-leão 207Gueroba 209Sralha 211

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REGIÃO SUDESTE 213

FRUTAS 214Abacate 215Amora-do-mato 217Banana 219Brejaúva 221Goiaba 222Jaca 223Jambolão 225Pitanga 226Sapucaia 227

HORTALIÇAS 229Beldroega 230Capeba 233Ora-pró-nóbis 236

LEGUMINOSAS 238Guandu 239

PREPARAÇÕES ESPECIAIS 241Curau de milho verde 242Pamonha 243Queijo minas frescal 244

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REGIÃO SUL 246

FRUTAS 247Feijoa Pinhão 248

HORTALIÇAS 252Almeirão-roxo 253Broto de bambu 255Nira 258Parreira 259

LEGUMINOSAS 260Lentilha 261

TUBÉRCULOS E CEREAIS 263Cará-do-ar 264

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REGIÃO NORDESTE

REGIÃO NORTE

REGIÃO CENTRO-OESTE

REGIÃO SUDESTE

REGIÃO SUL

LISTA DE

FRUTAS , ORTALIÇAS , LEGUMINOSAS, TUBERCULOS, PREPARAÇÕES

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FRUTAS

Abacate 215Abacaxi-do-cerrado 150Abiu 75Abio (fruta rara) 74Açaí 76Acerola 19Ajuru 78Amora-do-mato 217Araçá 79Araticum 152Bacaba 80Bacuri 81Banana 219Banana-pacovã 82Baru 155Biribá 83Brejaúva 221Buriti 84Cacau 20Cagaita 157Cajá 23Cajarana 24Caju 25Cajuí 159Camapu 86Camu-camu 87Cambuti (fruta rara) 161Camutim 88Carambola 27Castanha do Brasil 89Catolé 161Ciriguela 28Coco 29Coco-babão 164Coco-cabeçudo 165Coco-indaiá 166Coroa-de-frade 167Cubiu 91Cupuaçu 92Cupuí 94Curriola 168Cutite 95Dendê 31Feijoa Pinhão 247Fruta-pão 32Gergelim 34Gogó-de-guariba (fruta rara) 96

Goiaba 222Grão-de-galo 169Graviola 35Guabiroba 170Guapeva 172Guaraná 99Inajá 101Ingá 103Jabuticaba 173Jaca 223Jambo 104Jambolão 225Jaracatiá 175Jatobá 177Jenipapo 179Juá 36Lobeira 181Macaúba 183Mama-cadela 186Mamãozinho-do-mato 188Manga 106Mangaba 108Maracujá 110Marajá 111Marmelada-de-cachorro 190Marmelada-olho-de-boi 192Murici 193Murta 112Pequi 195Pêra-do-cerrado 197Pinha 39Pinha-de-guará 198Piquiá 113Pitanga 226Pitomba 41Pupunha 114Sapotá 43Sapota-do-Solimões 116Sapucaia 227Saputi 44Sorva 117Tamarindo 45Taperebá 118Tucumã 119Umari 120Umbu 47Uxi 122Xixá 199

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HORTALIÇAS

Alfavaca 125Almeirão-roxo 253Assa-peixe 204Azedinha 126Batata-de-purga 206Beldroega 230Bertalha 127Broto de bambu 255Capeba 233Caruru 128Caruru-do-Pará 49Celosia 130Chicória 131 Coentro 132 Dente-de-leão 207 Espinafre africano 133Gueroba Serrai ha 208Jambu 134Jerimum 50Jurubeba 51Maxixe 52Maxixe peruano 135Nira 258 Ora-pró-nóbis 236Palma 53Parreira 259Taioba 55Vinagreira 136

LEGUMINOSASAlgaroba 57Feijão-de-asa 139Feijão-de-corda 59Feijão-de-metro 140Guandu 239Lentilha 261Mucuna 202Sorgo 61

TUBERCULOSÁria 141Batata-doce 64Cará 65Cará-do-ar 264Feijão-macuco 143Inhame 67

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Mandioca 68

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PREPARAÇÕES

Farinha de piracuí 145Tucupi 146Curau de milho verde 242Pamonha 243Queijo minas frescal 244

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ALIMENTOS REGIONAIS

Os profissionais e agentes comunitários de saúde, que trabalham nas unidades de saúde e nas comunidades, estão tendo uma enorme participação na melhoria das condições de vida da população brasileira. O trabalho que realizam em localidades urbanas e rurais de mais baixa renda, está servindo não só para cuidar de doenças mas, principalmente, para orientar a população a se proteger delas inclusive por meio de uma alimentação mais digna e saudável.

Porém, em relação à alimentação temos muito ainda o que fazer. Nossa população ainda convive com carências nutricionais, provocadas principalmente pela deficiência de alimentos ou pelo mau uso deles. Neste caso, o papel daqueles que atuam no setor saúde é de apoiar iniciativas que melhorem o acesso aos alimentos e diversifiquem o seu uso, dentro das possibilidades da comunidade em que atuam.

"Alimentos Regionais Brasileiros" foi elaborado para aqueles que promovem a saúde através da alimentação saudável. Tem como objetivo divulgar a imensa variedade de frutas, hortaliças, tubérculos e leguminosas brasileiras. Este trabalho poderá auxiliar na orientação das comunidades no sentido de uma alimentação acessível que utilize recursos locais. Também poderá despertar o interesse para o resgate do cultivo, extração racional, produção, transformação para consumo próprio ou geração de renda. A utilização destes e de outros ali-mentos, poderá contribuir com a segurança alimentar e nutricional de nossas comunidades.

Cláudio Duarte

Secretário de Políticas de Saúde Ministério da Saúde

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INTRODUÇÃO

O Brasil é um país de grandes dimensões, constituído por regiões e estados famosos por sua rica variedade em recursos naturais. A história do Brasil, desde o início da colonização, traz em sua memória relatos da cultura alimentar brasileira: sua cor, aroma e sabor.

A singular culinária brasileira incorpora a cultura original de populações indígenas, assim como um vasto número de tradições, como a africana, portuguesa, espanhola, alemã, polonesa, francesa, holandesa, libanesa, japonesa, entre outras. Muitos alimentos típicos da nossa terra são bem conhecidos, como, por exemplo, a mandioca e a manga. No entanto, existem muitos outros alimentos nutritivos e saborosos, que eram apreciados e faziam parte das refeições familiares, mas que foram, aos poucos, sendo esquecidos ou desvalorizados. Entre as principais razões do abandono gradual desses alimentos está o fato de as pessoas terem migrado para as cidades grandes, passando a consumir uma quantidade maior de alimentos industrializados.

Com este material pretende-se resgatar e despertar o interesse para a vasta quantidade de frutas, hortaliças, grãos, cereais, leguminosas, oleaginosas, sementes, além de animais como peixes, aves, entre outros, presentes em todas as regiões brasileiras e típicos da nossa flora e fauna, de forma a contribuir para a melhoria da alimentação da população.

Segundo relato de Câmara Cascudo, desde o descobrimento "...não houve o aproveita-mento de todas as frutas. Algumas continuaram arreadas dos requintes e amaciamentos. Permanecem insubmissas a Pedro Álvares Cabral e seus sucessores. ^ Oingá, o jatobá, o guajiru, ubaia, camboim, maçaranduba, jabuticabas, juá, cajaranas só permitem aproximação respeitando-se-lhes a personalidade do século XVI. Se mereceram exame, foram reprovadas por inadaptação subseqüente."

É mais do que hora de resgatar o uso destes alimentos ricos em vitaminas e minerais para reverter quadros clínicos de deficiências nutricionais, diminuindo o risco de infecções, principalmente em crianças. Assim, conhecendo os alimentos de sua região e sabendo os que são seguros e boas fontes de nutrientes, muitas deficiências podem ser evitadas.

Além de proteção à saúde e prevenção de doenças, o clima maravilhoso do Brasil permite que muitos destes alimentos sejam de fácil disponibilidade e que proporcionem benefícios especiais para a população como um todo, especialmente as de pouco poder aquisitivo. O conhecimento, a valorização, a produção e a utilização dos alimentos regionais na comunidade encoraja o orgulho e a auto-suficiência da mesma, colaborando para a melhoria da economia local e da qualidade de vida.

Este trabalho constitui um instrumento que deverá contribuir para a capacitação dos profissionais de saúde na elaboração de materiais e atividades relacionados à prática de alimentação saudável junto à população, buscando a valorização dos alimentos existentes em nosso próprio país e, mais do que isso, em nossa própria região.

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REGIÃO NORDESTE

FRUTAS

1. Acerola2. Cacau3. Cajá4. Cajarana5. Caju6. Carambola7. Ciriguela8. Coco9. Dendê10. Fruta-pão11. Gergelim12. Graviola13. Juá14. Pinha15. Pitomba16. Sapotá17. Saputi18. Tamarindo19. Umbu

HORTALIÇAS

1. Caruru-do-Pará2. Jerimum3. Jurubeba4. Maxixe5. Palma6. Taioba

LEGUMINOSAS

1. Algaroba 2. Feijão-de-corda 3. Sorgo

TUBERCULOS

1. Batata-doce2. Cará3. Inhame4. Mandioca

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FRUTAS

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ACEROLA

Nome científico: Malpighia glabra Nome popular: Cereja das antilhas Origem: AméricaFamília: Malpighiaceae Características: Ácida, pequena, redonda, vermelha quando madura, azedinha

A acerola alcançou destaque atualmente a partir da constatação dos altos teores de vitamina C: 100 vezes maiores que a laranja e o limão, 20 vezes mais que a goiaba e 10 vezes mais que o caju e a amora. É largamente cultivada em diversas regiões brasileiras, destacando-se o Norte e o Nordeste.

Este fruto provém de um arbusto de 2,5 m de altura com copa densa, formada por folhas pequenas (2 a 8 cm), de coloração verde-escura e brilhante. Suas flores vão da coloração rósea à violeta.

O tamanho do fruto varia de 3 a 6 cm de diâmetro e a coloração externa, do laranja ao vermelho intenso, quando maduro. A polpa é carnosa, suculenta, com sabor ácido e de cor alaranja-da (5).

A polpa pode ser utilizada na preparação de sucos, sorvetes, vinhos, licores, doces e pastilhas de vitamina C.

Análise química em g/100g

Acerola

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

Se espera resultados para depositar na tabela

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CACAU

Nome científico: Theobroma cação Origem: Continente americano, provavelmente das bacias dos rios Amazonas e OrenocoCaracterísticas: grande oval ou redonda, cor amarela, com polpa branca.

Árvore de altura mediana, com até 6 m de altura e muito ramificada. Possui folhas longas, com até 35 cm de comprimento e pendentes. Flores brancas, amarelas a róseas, reunidas em grupos, surgem do caule. Costuma florecer no período de dezembro a abril.

O fruto é alongado com sulcos longitudinais, de casca dura e coloração desde amarelo-esbranquiçada até vermelho-escuro, atingindo cerca de 20 cm de comprimento. Contém polpa mucilaginosa, branca ou rósea, envolvendo cinco fileiras de sementes avermelhadas.

O cacaueiro nasceu e cresceu nas matas tropicais protegido do sol forte pelas sombras da floresta.

Seus frutos, bastante variados quanto à forma, aparência e coloração, pendem ao longo de todo o tronco da árvore, ficando quase totalmente ao alcance das mãos do homem.

Além disso, com a polpa esbranquiçada que envolve as amêndoas do cacau pode ser feito, industrializado e congelado um delicioso e nutritivo suco, sem prejuízo para o seu processamento posterior.

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O fruto do cacaueiro e os produtos dele obtidos, especialmente o chocolate, estiveram sempre, nos últimos dois mil anos da história ocidental, intimamente ligados ao poderio econômico e à satisfação dos prazeres sofisticados (4).

Análise química em g/100g

Cacau

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

71 2,80 0,30 16,50 1,10 6,00 41,00 0,70 32,00 1,80 0,15 3,20 21,00

Cacau (prototipo)Cacaueiro, cacau-verdadeiroNome científico : Theobroma cacao L. Família :Malvaceae Características morfológicas:Árvore de 4-6 m de altura, ramificada a partir de 1-1,5 m do chão, com grande copa.

Tronco de casca escura, entre o verde-acinzentado e o marrom.

Folhas simples, elípticas, pendentes, finas, rígidas e quebradiças, desprovidas de pelos, de 15-25 cm de comprimento, por 3-5 cm de largura, com haste pubescente de 1-3 cm.

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Flores compostas, aglomeram-se uma flor por haste, em hastes, pubescentes, de 5-15 mm de comprimento, e agarradas ao tronco e galhos. As flores são brancas e pequenas, com 3 pétalas de 3-4 mm de comprimento por 1-2 mm de largura. Os estames, vermelho-vinho, sobressaem com 4-6mm de comprimento.

Fruto entre o esférico e o cilíndrico, reunido em bagas de 25 cm de comprimento agarradas ao tronco. O fruto mede 10-32 cm de comprimento, com 5-10 sulcos e apresenta coloração variada, podendo ser inicialmente branco, verde ou vermelho, e, quando maduro, verde, amarelo, vermelho e até roxo. Cada fruto tem em média 20-60 sementes, arranjadas em fileiras.

Semente oval ou elíptica, de cor entre o branco e o roxo, de 2-4 cm de comprimento, por 1-2 cm de largura, e coberta por uma polpa viscosa e esbranquiçada.

Floração ocorre duas vezes por ano, com maior intensidade nos meses de dezembro-abril. Os frutos amadurecem em duas épocas, sendo o principal período de abril-setembro.

Uso/árvore largamente cultivada na Bahia e na região amazônica para o fim da exportação e da produção do cacau.

Uso/madeira leve, mole, pouco resistente, pouco durável. Utilizada como lenha e carvão em sua região de cultivo.

Uso/outras utilidades os frutos são comestíveis ao natural, em polpas, sucos, licores e chocolate caseiro, mas também podem ser industrializados. As sementes oferecem o principal produto: mundialmente famoso chocolate. A ingestão do suco da polpa das sementes, e da infusão das folhas, trata angina, pressão alta, nervos fracos, prisão de ventre, nefrites e bronquites. O uso tópico (a manteiga de cacau) traz benefícios a pele e lábios ressecados, às unhas quebradiças e fracas, sendo amplamente manipulado pela indústria de cosméticos.

Obtenção de sementes Colher os frutos diretamente da árvore quando maduros. Em seguida cobri-los manualmente e retirar as sementes. Semeá-las sem retirar a película que as envolve. Caso seja do seu interesse armazená-las, então lavar e secar à sombra as sementes.

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Produção de mudas As sementes devem ser postas para germinação logo que colhidas e sem nenhum tratamento. Semeá-las diretamente em recipientes individuais mantidos em ambiente sombreado e contendo solo argiloso enriquecido de matéria orgânica. A emergência ocorre em 3 dias, 1 semana, para a grande parte das sementes frescas. O desenvolvimento das mudas, bem como das plantas no campo é lento.

Referêcia bibliográfica“CACAUEIRO” in PLANTAMED. | LORENZI, Harri. “Árvores Brasileiras Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil”. Vol. I. Editora Plantarum, Nova Odessa, São Paulo, 1992, p.331. | SODRE, George Andrade. A espécie Theobroma cacao: novas perspectivas para a multiplicação de cacaueiro. Rev. Bras. Frutic. [online]. 2007, vol.29, n.2 [cited 2010-09-07], pp. 0-0 .

CAJÁ

Nome científico: Spondias mombim Nomes populares: Taperebá, acajá, cajá-mirim, cajá-pequenoCaracterísticas: redonda, cor amarela, lisa

Pequeno fruto de cor amarelada e casca lisa. É comestível fresco e muito saboroso, prestando-se a sucos, sorvetes, batidas e, após fermentado, licor. Sua polpa já é encontrada congelada.

O cajá, como muitas frutas do Nordeste, é extremamente perecível.Existem várias espécies, dentre eles os mais conhecidos são o cajá-mirim e o cajá-

açaí(18).

Análise química em g/100g

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Acerola

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

Se espera resultados para depositar na tabela

CAJARANA

Nome científico: Cabralea cangerama Nomes populares: Canjerana, canarana, canharana, caiarana ou cedro-canjerana Origem: BrasilCaracterísticas: pequena cor amarela,

Fruta encontrada nas regiões Norte e Nordeste do País. Sua árvore tem uma copa alta com frutos de tom amarelado, lembrando uma pequena manga com casca dura. Possui sabor pouco ácido se consumido ao natural; seu caroço é fibroso e cheio de filamentos. É utilizado na forma de sucos, sorvete e doces. É da mesma família do cajá, assemelhando-se a este no sabor.

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Análise química em g/100g

CAJARANA

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

46 0,20 0,10 12,40 1,1 56,00 67,00 0,30 34,00 0,05 0;02 1,40 36,00

CAJU

Nome científico Anarcadium occidentale Origem: America tropical

Características: fruta vermelha ou amarela quando madura, tendo na ponta uma noz em forma de "C".Características: fruta vermelha ou amarela quando madura, tendo na ponta uma noz em forma de "C".

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Nome oriundo da palavra indígena "acaiu", que em tupi quer dizer "noz que se produz". É facilmente encontrado no Norte e Nordeste do Brasil.

A parte carnosa do caju (que é um pseudofruto formado pelo pedúnculo) é muito apreciada consumida in natura ou na forma de suco (cajuada); sorvete; réfrigerante (cajuína); doces em calda, pasta, cristalizados; vinagre; pratos salgados, além de possuir elevado teor de vitamina C. A castanha (fruto), por sua vez, tornou-se es-peciaria de luxo, indispensável na culinária nordestina e muito difundida em todo o mundo. O seu tamanho varia de 3 a 5 cm e apresenta coloração escura.

O cajueiro é uma árvore de porte médio, podendo alcançar até 20 m de altura. Ra-mificada, tronco inclinado e tortuoso, com copa arredondada que pode alcançar o solo. Folhas onduladas, flores pequenas, esbranqui-çadas e perfumadas. A colheita do caju é de

julho a dezembro, e em alguns casos estende-se até maio.São conhecidas cerca de 20 variedades. Quando maduro, apresenta cor amarela, vermelha

ou roxo-amarelada.Ainda verde, o caju é chamado de "maturi" e é usado na cozinha do Nordeste no preparo

de refogados, ou quando maduro, depois de extraído o suco e o bagaço, que é rico em fibras, pode ser usado na cozinha como nas famosas frigideiras nordestinas (20).

Para seu melhor consumo in natura, o caju deve ser consumido no mesmo dia da compra e a casca deve ter cor firme, sem manchas ou machucados. Pode ficar na geladeira por, no máximo, dois dias.

Análise química em g/100g

Caju

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

46 0,80 0,20 11,60 1,50 4,00 18,00 1,00 40,00 0,03 0,03 0,4 319

CARNE BÂSICA DE CAJU (17)

Ingredlentes: 10 cajus150 g de queijo ralado 2 cebolas médias picadas1 pimentão, sem pele e sementes, picado5 dentes de alho amassados2 tomates, sem pele e sementes, picados2 colheres (sopa) de vinagre Cheiro-verde, colorau e pimenta do reino a gosto 2 colheres (sopa) de óleo de soja

Modo de fazer:

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Corte os cajus em fatias e passe-os no liquidificador.Em seguida, passe na peneira, espremendo muito bem para obter uma fibra enxuta (aproveite o suco para fazer refresco).Levé ao fogo por uns 5 minutes o caju espremido em uma frigideira com óleo.Acrescente os outros ingredientes e continue refogando até que todos os temperas estejam bem homogeneizados.A carne de caju pode ser consumida com refogado ou utilizada no preparo de omeletes, almôndegas, quibes, patês etc.

CARAMBOLA

Nome científico: Averrhoa carambola Origem: Âsia tropicalCaracterísticas: cor verde clara, quando cortada sentido longitudinal adquire formato estrela

A carambola foi introduzida no Nordeste, em 1817, mais precisamente em Pernambuco, de onde se expandiu para praticamente toda a região brasileira. Fruta rica em sais minerais, vita-minas A, C e complexe B, é, ainda, fonte natural de âcido oxâlico. O fruto, quando cortado no sentido transversal, adquire a forma de uma perfeita estrela de cinco pontas, característica que Ihe concedeu o nome mundial de "star fruit". Apresenta coloração

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amarelo-vivo, com polpa aquosa e de sabor doce e âcido, envolvendo a semente de coloraçâo branca. Frutifica de novembre a março.

Pode ser consumida in natura. A polpa pode ser utilizada na preparação de sucos, sorvetes, vinhos, licores ou doces.

A árvore da carambola mede de 8 a 10 m de altura, possui tronco tortuoso com ramos flexíveis e folhas formando uma copa densa. Suas flores pequenas, brancas e purpúreas, freqüentemente estão presas aos ramos (11)

Análise química em g/100g

Carambola

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

29 0,50 0,10 7,30 0,50 30,00 11,00 2,90 30,00 0,04 0,02 0,30 35,00

ClRIGUELA

Nome científico: Spondias purpurea

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Características: cor amarela com tons alaranjados, pequena, com caroço. Polpa bastante suculenta

Este fruto é bastante apreciado pelos brasileiros, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do País. Com tamanho pequeno, semelhante ao da azeitona, casca lisa e fina.

Apresenta colaração amarela ou vermeIha quando madura e a polpa, bastante sucu-lenta, possui coloração amarela. Contém um único caroço de aparência esponjosa.

O sabor do fruto é bastante agradável ao paladar, por ser suave e doce. O maior consume é mesmo in natura, mas também é muito utilizadoem sucos, sorvetes e doces.

Análise química em g/100g

Ciriguela

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

83 0,90 0,10 22,00 0,40 22,00 40,00 0,60 10,00 0,07 0,03 1,00 45,00

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COCO

Nome Científico: cocos nuciferaNome Popular: COCOCaracterísticas: dando em cachos. Cor verde, casca grossa. redongo grande. Descascado, possui uma aparencia de pelos.

O coco apresenta uma camada externa grossa e fibrosa, e possui, no meio arredondado, uma noz que constitui o coco propriamente dito.

Do coco, tudo é economicamente aproveitável: as partes que se destinam à alimentação são sua polpa e o líquido, que podem ser consumidos quando o fruto está verde ou maduro. Da polpa madura extrai-se óleo, que por ser mais rico em gordura saturada, aproxima-se das características da gordura animal, e o leite de coco, que apresenta alto teor de gorduras, sais minerais (como potássio e fósforo) e proteínas.

A polpa pode ser utilizada em diversos pratos da culinária, tanto em doces como em salgados.

A água de coco apresenta um sabor adocicado e refrescante, sendo excelente líquido hidratante oral. Contém glicose e sais minerais, como sódio, potássio e cloro. O coco verde é facilmente encontrado no Nordeste, sendo de grande comercialização em suas praias, mas pode ser visto por todo o Brasil. Já maduro, pode ser encontrado em feiras e supermercados. O coco fresco fechado pode ser guardado em temperatura ambiente por até dois meses. O coco seco também permanece muito tempo sem se alterar. Depois de aberto, se não consumido rapidamente, fica rançoso com facilidade, devido à alta concentração de gorduras (15).

Análise química em g/100g

coco

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

296 3,50 27,20 13,70 3,80 13,00 83,00 1,80 ??? 0,04 0,03 0,60 4,00

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Cocada de Coco Verde

Ingredientes:2 xicaras (chá)de água de coco1 quilo de açucar cristalCoco ralado de dois cocos verdesCravo da índia

Modo de fazer:

Numa panela de fundo grosso, coloque a água de coco, o açucar, os cravos e mexa um pouco.Leve ao fogo e deixe ferver. Adicione o coco ralado e cozinhe em fogo alto por aproximadamente 20 minutes, mexendo de vez em quando.O ponto sera atingido quando a mistura ficar cremosa.

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DENDÊ

Nome Científico: Elaeis guineensisNome popular: Coco-de-dendê Origem: Costa Ocidental da ÂfricaCaracterísticas: Coco pequeno, cor do amarelo ao vermelho. Dando em cachos com bastante frutos.

O óleo originário desta palmeira, o azeite de dendê, é bastante utilizado na culinária baiana. Apresenta três variedades: Dura (fibra dispersa na polpa); Psifera (não possuem casca separando a polpa da amêndoa); Tenera (apresenta um anel fibroso ao seu redor).

O azeite de dendê contém proporções iguais de ácidos graxos saturados (palmfti-co 44% e esteárico 4%) e não saturados (oléico 40% e linoléico 10%). É excelente fonte de vitamina E, tocoferois e tocotrienois, beta caroteno e vitamina A.

Pode ser utilizado na fabricação de margarinas (shortening), pois tem boa consistência e no rancifica. Apropriado para fabricação de pães, bolos, tortas, biscoitos finos, crèmes e pratos típicos, como vatapá e acarajé, entre outros (7).

Análise química em g/100g

Dende

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

544 1,90 58,40 12,50 3,20 82,00 47,00 4,50 10166 0,20 0,10 1,40 12,00

Page 34: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Análise química em g/100g

Azeite de dendê

Energia (kcal)

Lip(g)

Carboidratos(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

878 99,10 0,40 7,00 8,00 5,50 45920

FRUTA-PAO

Nome cientifico: Artocarpus altilisOrigem e dispersão: a verdadeira região de origem da fruteira-pão é ainda motivo de controvérsias, sendo as mais citadas o Sudeste da Ásia (Indonésia e Índia) e a Polinésia. Foi introduzida em São Vicente e Jamaica em 1793 e no BrasilCaracterísticas:Apresenta um tamanho semelhante ao coco, com casca âspera de coloraçào verde mesmo quando maduro. Tem uma polpa branca.

Arvore que alcança 25 a 30 métros de altura, com copa relativamente frondosa e folhas grandes, rígidas e recortadas de cor verde escura. Desenvolve-se bem em clima tropical úmido, preferencialmente em regiões baixas e chuvosas.

Flores amareladas, apétalas, pequeninas, de sexo separado, com inflorescências distintas.Frutos tipo composto, globosos com 20 a 25 cm de diâmetro e 1 a 3 Kg de peso. Polpa branca, farinácea, um pouco esponjosa, aromática e adocicada, com muitas sementes. Pode ser cozido ou assado e consumido como substituto do pão.

A polpa do fruta-pão de massa é rica em calorias, carboidratos, água, vit. B1, B2, C, cálcio, fósforo, ferro e tem baixo teor de gorduras. Industrialmente a polpa foi aproveitada como fruta seca e farinha panificável além de fonte para extração do amido e de farinha granulada semelhante ao "sagu". Em uso caseiro a polpa - quase madura - pode ser cozida, assada, transformada em purê ou cortada em fatias consumidas fritas (como a batatinha) com manteiga, mel ou melaço. Cortada em fatias (de 50-10 mm de espessura) secas ao sol ou em

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fornos a polpa é usada para o preparo de raspas ou crueiras ou aparas e para o preparo de farinhas que, misturadas à farinha de trigo, podem compor o pão caseiro. Madura, a polpa é aproveitada na fabricação de doces.

A madeira, de cerne amarelado que passa a castanho após cortada, é resistente a insetos, é fácil de trabalhar, é utilizada na fabricação de forros, portas, instrumentos musicais e marcenaria; também produz carvão utilizável no preparo da pólvora.

O látex - do fruto e do tronco - por viscosidade, é utilizado para fabricação de colas e em associação com fibras, usado para calefetar barcos.

A farmacopéia popular tem utilizado das seguintes formas: - Raiz: como antidiarréica; seu cozimento torna-a útil contra reumatismo, beribéri e entorpecimento de pernas dos humanos; - Flores novas (frescas): são emolientes e base de conserva acídula e comestível; - Polpa do fruto: reduzida a pasta quente é supurativo para tumores e furúnculos; - Sementes: são tônico para estômago e rins; - Látex: usado como cicatrizante de feridas.

Análise química em g/100g

fruta-pão

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

96 1,30 0,30 24,70 1,30 29,00 40,00 0,70 2,00 0,08 0,06 1,20 12,00

SOPA DE FRUTA-PÃO

Ingredientes:

500 g de fruta-pão 7 xicaras de água 2 xicaras de leite fervido 1 cebola grande Manteiga e sal.

Modo de fazer:

Ferva a fruta-pão até que fique a ponto de passar pela peneira. Feito isso, junte o leite e os demais ingredientes e deixe ferver.

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GERGELIM

Nome científico: Sesamum indicum Nomes popu lares: Gingelim, sésamoCaracterísticas: sementes pequenas

O gergelim é um tipo de semente que se encontra em posição privilegiada, pois, além de apresentar óleo de excelente qualidade para os diverses fins, apresenta-se como uma excelente fonte de proteína végétal para a alimentação.

O óleo e farelo, extraídos em nível artesanal, são usados na produção de doces (como o pé-de-moleque), gersal (sal iodado misturado com gergelim para tempero culinário), adicionado ao fubâ e na fabri-caçâo de pâes em gérai.

As sementes de gergelim possuem, em média, 49% de óleo, que é, praticamente, todo usado na alimentação humana. Sua

utilização em nível industrial envolve a fabricação de doces, balas e óleo na forma de ingrediente culinário. Além disso, pode ter outros usos como: fabricação de tintas (é semi-secativo), perfumes e remédios. Entre os constituintes do óleo de gergelim, encontra-se a sesamina, sesamolina e o sesamol. O sesamol, com suas propriedades antioxi-

dantes, dar ao óleo uma elevada estabilidade (20). A região Nordeste é a grande produtora nacional de gergelim, porém há consumo em todo o País.

Page 37: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Análise química em g/100g

gergelim

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

584 17,60 52,20 21,10 5,30 1212 620,00 10,40 2,00 0,98 0,25 5,00 0

LEITE DE GERCELIM (27)

Ingredientes:1/2 copo de gergelim sem casca3 copos de água fervente 1/2 colher (chá) de sal4 colheres (sopa) de mel

Modo de fazer:Coloque o gergelim no liquificador com todos os ingredientes. Adicione água fervente e bata. Sirva no mesmo dia ou não, quente ou frio.Dicas: os leites végétais, quando sub metidos à fervura, geralmente talham.Caso isso aconteça, basta bater em liquidificador que a mistura volta ao normal.

GRAVIOLA

Nome científico: Anona muricata Nomes populares: GraviolaAraticum-de-comer, araticum manso Origem: America Central

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A graviola é uma fruta tropical e seu cultivo é comum em pomares domésticos de

cidades e sftios das regiões norte e Nordeste. Apresenta casca de cor verde mesmo madura

e polpa branca com caroços no seu interimmmor (10). Pesa de 1,2 a 4 kg.

A árvore mede de 4 a 8 m de altura de tronco reto, com copa pequena, estreita e pouco ramificada. Suas folhas são largas, verde-brilhosas. As flores são isoladas, grandes, amareladas e nascem no tronco ou nos ramos. Frutifica de Janeiro à março ou ainda durante o ano todo. Apresenta falsos espinhos carnosos, curtos e moles, A polpa é branca, macia, fibrosa, aromàtica, agrável ao paladar, doce mas ligeiramente ácida. Pode ser consumida in natura, mas é bastante apreciada em sucos, crèmes e sorvetes.

Análise química em g/100g

Graviola

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

60,00 1,00 0,40 14,90 1,10 24,00 28,00 0,50 2,00 0,07 0,05 0,90 26,00

Page 39: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Juá

Classificação científica:Reino: Plantas.Classe: Magnoliopsida.Ordem: Rosales.Família: Rhamnaceae.Nome Científico: Zizyphus Joazeiro.Divisão: Angiosperma.Habitat: Caatinga.Distribuição Geográfica: do Piauí até o Norte de Minas Gerais.

O Juazeiro (Zizyphus Joazeiro) ou juá, joá, laranjeira-de-vaqueiro é uma espécie de árvore abundante no Nordeste brasileiro. Possui copa larga e alta. Planta que gosta de clima quente, vive em terras semi-úmidas, semi-áridas e cresce melhor em terrenos mais úmidos onde pode chegar aos quinze metros de altura. Suas folhas são verdes, brilhosas, as bordas são serrilhadas e pode chegar a dez centímetros. As flores são pequenas em pequenos ramalhetes tem uma coloração amarela para verde e se assemelham muito a estrelinhas. Os frutos são pequenos, arredondados, doces e amarelos quando maduros, sua polpa é esbranquiçada e doce, podem ser consumidos tanto por humanos quanto pelos animais, as cabras e as emas adoram comer juá. Possui apenas uma semente, que é bastante dura, em cada fruto. Tem um tronco simples ou ramificado e a casa é lisa. Uma característica marcante para conhecer um juazeiro no tempo da seca é só olhar para a paisagem aparentemente sem vida, quando deparar com uma árvore verde-clara então é essa a planta do juá. O estrato do juazeiro é muito usado na indústria, principalmente, na fabricação de cremes dentais.

Fonte: www.focadoemvoce.com

(Ver Região Norte)

Page 40: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Análise química em g/100g

juá

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

79,00 0,60 0,70 19;80 5,10 49,00 33,00 0,90 30,00 0,04 0,04 0,50 33

JUAZEIRO

Juazeiro (Joazeiro ou Juá)

Têm o mesmo caráter os juazeiros, que raro perdem as folhas de um verde intenso, adrede modeladas às reações vigorosas da luz. Sucedem-se meses e anos ardentes. Empobrece-se inteiramente o solo aspérrimo.

Mas, nessas quadras cruéis, em que as soalheiras se agravam, às vezes, com os incêndios espontaneamente acesos pelas ventanias atritanto rijamente os galhos secos e estonados _ sobre o depauperamento geral da vida, em roda, eles agitam as ramagens virentes, alheios às estações, floridos sempre, salpitando o deserto com as flores cor de ouro, álacres, esbatidas no pardo dos restolhos _ à maneira de oásis verdejantes e festivos (...). Caracterizam a flora caprichosa da plenitude do estio.

Euclides da Cunha, Os Sertões, A Terra, IV

De todas as árvores do nordeste brasileiro, o juazeiro é a mais tipicamente sertaneja, a planta símbolo das caatingas. É uma planta perfeitamente adaptada aos climas semi-úmido, sub-úmido e semi-árido. Apesar de ser característica de regiões secas, esta espécie cresce de preferência em locais onde possa tirar água do subsolo: baixadas úmidas e margens de riachos.

Aparece de maneira espontânea no Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e norte de Minas Gerais.

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O juazeiro é uma árvore de crescimento vagaroso e de vida longa, podendo passar de 100 anos. É uma das poucas árvores da caatinga que não perde as folhas durante a estação seca.

Um dado interessante a respeito desta árvore é que, ao contrário das demais pertencentes às caatingas, na sua ocorrência espontânea, não forma mata, aparecendo de forma isolada.

Os frutos e as folhas verdes ou secas são muito apreciados por animais, os ramos servem de alimentos para ovinos, bovinos e caprinos. Devido à baixa digestibilidade de matéria seca e de matéria orgãnica de joazeiro por caprinos e ovinos, essa planta deve ser utilizada apenas como recurso alimentar alternativo durante a época seca, no período de maior escassez.

As ramas de juazeiro são ricas em proteína digestível, em hidratos de carbono e até em celulose digestível. As raspas da entrecasca como são ricas em saponinas, servem de dentifrício. A casca é excelente tônico capilar. A água do fruto serve para clarear e amaciar a pele; as cascas são usadas no tratamento de dermatoses. O produto da maceração da entrecasca é administrado por via oral para tratamento de dispepsia e indigestão.

Esta planta tem sido empregada na medicina popular também como expectorante, no tratamento de bronquites, tosses e de ulceras gástricas. Vários pesquisadores provaram a existência de algumas ações farmacológicas desta planta, como efeito cardiotônico direto, de ação hipotensora.

Seus frutos são adocicados e ricos em vitamina C, sendo consumidos por aves, animais domésticos e pelo homem. Dos frutos secos pode ser feito vinho moscatel..

Como a sua floração ocorre nos meses mais secos do ano (novembro e dezembro), quando a maioria das espécies da caatinga encontra-se desfolhada e sem flores ela é e quase a única espécie a fornecer néctar às abelhas.

O juazeiro também é bastante utilizado como madeira para marcenaria e construções rurais devido a sua durabilidade e resistência.

O juazeiro é a árvore sagrada dos fulni-ô, tribo indígena de Águas Belas, Pernambuco. É em volta dessa árvore que os fulni-ô celebram anualmente seu ritual sagrado do Ouricuri. Para eles o juazeiro tem poderes curativos e de purificação.

Fonte: www.tonomundo.org.br

JUAZEIRO

Capaz de permanecer sempre verde, graças às raízes profundas que exploram quaisquer resquícios de umidade, o juazeiro desafia os períodos de seca e continua a vegetar em solo árido, nos campos abertos ou na caatinga dos sertões nordestinos.

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Também chamado de joá, juá, juá-fruta, juá-espinho ou laranjeira-de-vaqueiro, o

juazeiro (Zizyphus joazeiro) pertence à família das ramnáceas, que inclui a jujuba ou jujubeira e a colubrina, mas está pouco representada no Brasil. É árvore de tronco espinhento, que atinge mais de dez metros de altura, com cerca de sessenta centímetros de diâmetro. As folhas, ovais, serrilhadas, levemente coriáceas, de um verde intenso e com algum brilho, têm nervuras pronunciadas e variam de cinco a dez centímetros de comprimento, por três a cinco centímetros de largura. As flores, bem pequenas, agrupam-se em cimeiras ou cachos.

O juazeiro ocorre do Piauí ao norte de Minas Gerais. Suas frutas, abundantes e amarelas, do tamanho de uma cereja, são um recurso alimentar para o homem quando a escassez o ameaça. As folhas servem de alimento para o gado.

Fonte: biomania.com

PlNHA

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Nome da fruta: Fruta-do-conde ou PinhaNome científico: Annona squamosa L.Família botânica: AnonaceaeCategoria: SemiácidaOrigem: América tropicalCaracterísticas da planta: Árvore de 5 a 8 metros de altura, tronco ramificado desde a base, casca castanho-acinzentada. Folhas verde-escuras, lisas na parte superior e com pêlos na parte inferior. Flores creme-amareladas, isoladas ou em grupos de quatro.Fruto: Tipo baga, quase esférico ou cordiforme, até 12 cm de diâmetro, recoberto por escamas carnosas, esverdeado enquanto jovem e verde-amarelado quando maduro. Polpa branco-amarelada, carnosa, macia, adocicada, aromática, envolvendo numerosas sementes.Frutificação: Verão e durante o ano todo nas áreas irrigadas do Nordeste brasileiro.Propagação: Vegetativa ou por semente

Assim que aportaram no Novo Mundo, no fim do século XV e início do XVI, os europeus depararam com uma grande variedade de plantas e frutos que antes lhe eram totalmente desconhecidos. Era costume dos povos que habitavam o continente recepcionar os visitantes com o oferecimento de alimentos e objetos considerados especiais, como as frutas nativas, de delicado sabor e notórias qualidades nutritivas.

Segundo Clara Inés Olaya, foi assim que os espanhóis puderam provar, pela primeira vez, os frutos das Anonáceas americanas. e, provavelmente, essa descoberta ocorreu em alguma ilha paradisíaca do mar do Caribe.

De acordo com os registros dos viajantes, foi ali, também, que eles aprenderam a identificar esses frutos pelo nome de “anón“. Essa palavra, originária da língua indígena taína, era usada para designar uma determinada variedade de fruta nativa que, mais tarde, ficou conhecida como “el manjar blanco de los espanoles”.

O “anón” descrito pelos navegantes do século XVI nasce em arvoretas, tem cor verde-escura, textura escamosa e verrugosa. Quando maduro, ao contrário do que sua aparência agressiva pode fazer crer, a fruta abre-se em gomos facilmente, bastando, para isso, um leve aperto. Aberta, ela oferece uma polpa branca como nata, suave e cremosa que se desmancha na boca. Essa polpa envolve várias sementes negras, compridas e duras, lisas e brilhantes. Verdadeiro manjar branco!

Essa descrição corresponde, precisamente, à do fruto da Annona squamosa.Hoje, de acordo com a região do Brasil, esse “anón” espanhol tem vários nomes em

português: pode ser ata, no Norte e no Nordeste do país, no interior de São Paulo e em parte de Minas Gerais; pode ser araticum, no Rio Grande do Sul e também em Minas Gerais; ou, então, na Bahia, pode ser fruta-do-conde ou pinha.

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Embora não seja nativa do país, de todas as Anonáceas esta é a mais conhecida e a mais facilmente encontrada nas feiras livres e supermercados brasileiros.

De fato, a introdução dessa fruta no Brasil tem datas históricas precisas: segundo Pio Corrêa, na Bahia corria o ano de 1626, quando o conde de Miranda plantou a primeira árvore dessa variedade; e já em 1811 quando um agrônomo francês a introduziu no Rio de Janeiro, a pedido do rei D. João VI.

Estima-se, no entanto, que algumas variedades silvestres da fruta, originárias das Antilhas, deslocaram-se também até atingir a região amazônica, transformando-se em espécies subsespontâneas antes mesmo da chegada dos europeus.

Atualmente, também em virtude de tantas andanças, seja como ata, pinha ou fruta-do conde, ela é cultivada em todo o Brasil em pomares comerciais e domésticos, desde o Norte até as regiões mais altas do estado de São Paulo. Porém, as frutas à venda nos grandes centros do país são, em geral, provenientes de plantações nas áreas irrigadas do São Francisco, na Bahia, em especial na região de irecê, sendo possível encontrá-las durante todo ano.

A polpa, doce e quase sem acidez, é macia e saborosamente perfumada, além de conter boa quantidade de açúcares e vitaminas C e B, importantes no metabolismo das proteínas, carboidratos e gorduras. De sabor delicioso, a fruta-do-conde é basicamente consumida ao natural, mas sua polpa presta-se muito bem como ingrediente no preparo de refrescos e sucos, cremes doces, sorvetes e musses.

A fruta-do-conde possui as vitaminas B1, B2, B5 e C. Sais minerais: cálcio, ferro e fósforo.

A fruta é uma boa fonte de proteínas. Quando está madura é recomendada para pessoas com anemia, desnutridas e com deficiência intelectual (ou mental). 100 gramas da fruta possuem 128 mg de vitamina C.

Medicina popular, indicações para a fruta-do-condeCâibrasPreparar um chá das folhas sob a forma de infusão e aplicar no local afetado.

ConvulsõesFazer chá das folhas sob a forma de infusão e tomar de 1 a 2 xícaras por dia.Tônico para fortalecer o intestino e o estômago e evitar a desnutriçãoTomar duas xícaras (chá) das folhas da fruta-do-conde por dia, ou ingerir o fruto maduro de 1 a 2 vezes ao dia.

Fontes: Livros Frutas Brasil Frutas e As 50 Frutas e seus Benefícios Medicinais

Análise química em g/100g

Pinha

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

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PITOMBA

Nome da fruta: PitombaNome científico: Talisia esculenta (A. St.-Hil.) RadlkFamília botânica: SapindaceaeCategoria:Origem: BrasilCaracterísticas da planta: Árvore com cerca de 13 metros de altura. Folhas compostas. Flores pequenas, de coloração alva, reunidas em inflorescências terminais.Fruto: Tipo drupa, arredondada, casca subcoriácea, glabra, de coloração amarelo-esverdeada. Polpa comestível, saborosa, envolvendo uma ou duas sementes longas, recoberta por arilo carnoso, branco e de sabor agridoce.Frutificação: Verão, podendo adiantar ou atrasar de acordo com as chuvas.Propagação: Semente

Não é de hoje que a pitomba faz parte do imaginário e da cultura popular no Brasil. No Nordeste brasileiro, a pitomba é também conhecida como “chiclete de pobre”, segundo o folclorista Mário Souto Maior, por poder permanecer longo tempo girando pelo céu da boca. A esse respeito, no entanto, talvez o ditado que mais inspire a diversão do povo nordestino seja aquele que se refere a alguém que “sofre mais do que pitomba em boca de velho banguela”. Há também a expressão “olho de pitomba” para se referir a alguém com globo ocular saliente, e “olho de pitomba lambida”, para aquele que não tem pestana.

Tal é a exaltação popular da fruta que a sua apreciação no folclore já ganhou até festa formalizada: a antiga festa de Nossa Senhora dos Prazeres, que comemora a insurreição e a vitória dos pernambucanos contra os holandeses, no século 17, na Batalha dos Guararapes, hoje em dia é muito mais conhecida como a “Festa da Pitomba“.

Esse evento histórico e religioso coincide com a safra da pitomba em abril, o que tornou a fruta presença obrigatória e protagonista entre as comidas e bebidas típicas daquela comemoração.

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Para completar seu alcance folclórico, tornou-se uma tradição no animado carnaval de rua de Olinda (PE) a saída de um bloco carnavalesco chamado Pitombeiras dos Quatro Cantos, um dos responsáveis pela animação da festa.

Fruta extremamente difundida por todo o Nordeste, onde é cultivada em pomares residenciais e quintais, a pitomba é encontrada com relativa facilidade nas ruas e em feiras nas regiões Nordeste e Norte em em alguns mercados de outras partes do país. Não existem, porém, pomares comerciais da fruta, que não tem importância econômica significativa.

O uso habitual que se faz da pitomba de sua abundante produção, ao menos em Pernambuco, é o de aluguel da árvore. O proprietário de uma pitombeira concede, por uma pequena quantia, o direito de se apanharem todas as pitombas disponíveis naquela árvore, em geral carregadíssima. Colhem-se tanto as que ainda não amadureceram por completo, as mais verdinhas - que embora contenham mais polpa são mais azedas -, quanto aquelas efetivamente maduras, de casca amarronzada. Nesse caso, a polpa transparente é apreciada pelo sabor agridoce, doçura e pela gostosa sensação refrescante de se ter o que chupar sob o sol escaldante do Nordeste.

Por dentro de sua casca amarelo-acinzentada, rompida com os dentes, a pitomba oferece uma polpa relativamente escassa, adstringente (quando verde) e agridoce (quando madura), dividindo o interior com um caroço grande.

A fruta só se presta ao consumo ao natural, raramente sendo empregada na elaboração de sucos, doces ou sorvetes. Há quem diga, todavia, que este uso ampliaria as possibilidades de comercialização da pitomba, inclusive para o mercado internacional.

A pitombeira pertence a família das Sapindáceas, tendo como parente a chinesa lichia. Bonita árvore, de copa robusta e arredondada e tronco bastante ramificado, raramente ultrapassa os 13 metros de altura, o suficiente para dificultar a colheita. Suas flores pequenas e levemente alaranjadas, entremeadas às folhas bem verdes, pouco chamam a atenção. Ao menos quando comparadas às abundantes frutinhas, que revolvem como nenhuma outra fruta a curiosidade e o paladar do povo nordestino.

Fonte: Frutas Brasil Frutas

Análise química em g/100g

Pitomba

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

34 0,40 0,10 8,80 2,00 15,00 9,00 0,80 30,00 0,04 0,04 0,50 33,00

Page 47: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Sapotá

Nome científico: Tontelea micrantha Origem: Cerrado brasileiro

Planta arbustiva de até 3 m de altura com fruto de aspecto externe semelhante à goiaba com uma única semente. A frutificação se dá em outubro e é consumido in natura

Page 48: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Análise química em g/100g

Sapotá

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

Se espera resultados para depositar na tabela

SAPUTI

Nome científico: Achras zapota Origem: America Central

O saputizeiro varia de 6 a 15 m de altura, com ramos numerosos que compõem uma co-pa frondosa, ovalada; o tronco é curto, pardo-acinzentado, folhas alternas verde-escuras, flores isoladas. É mais adaptado ao clima quente e muito apreciado no Nordeste.

O fruto é ovóide, com 6 a 10 cm de comprimento, 3 a 6 cm de diâmetro, peso de 100 a

500 g. Tem casca fina, frágil, áspera ao tato e cor pardo-amarelada; a polpa do fruto maduro é

carnuda, suculenta, amare-lada, de sabor adocicado, sem acidez, que envolve as sementes.

Page 49: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Estas são de cor pardo-escura a preta bri-Ihante, de forma achatada, em número de 4 a 12. Sua

polpa é utilizada na confecção de doces, refrescos, conservas, geléias, xaropes ou consumida

fresca (40).

Análise química em g/100g

Saputi

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

96 0,70 0,10 25,90 9,90 29,00 6,00 1,20 4,00 0,01 0,01 0,20 13,00

TAMARINDO

Nome da fruta: TamarindoNome científico: Tamarindus indica L.

Família botânica: Fabaceae (Leguminosae-Mimosoideae)

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Categoria: ÁcidaOrigem: ÁfricaCaracterísticas da planta: Árvore geralmente com 30 m de altura, folhagem verde-escura. Flores reunidas em inflorescência do tipo cacho, de coloração amarela com manchas vermelhas.Fruto: Tipo vagem, indeiscente, achatado, coloração marrom quando maduro, com extremidades retas, contraídas ao nível das sementes. Polpa espessa, de coloração amarelo-escura a vermelho-escura, sabor adocicado, ácido, envolvendo as sementes.Frutificação: VerãoPropagação: Semente

O tamarindo possui as vitaminas A, B1 e C. Sais minerais: fósforo, cálcio e ferro.A polpa é rica em ácidos málico, tartárico, cítrico. Quando a sua casca não é retirada, ele se conserva por muito tempo. O seu suco deve ser ingerido tão logo preparado, caso contrário ele pode causar distúrbios intestinais. Em 100 gramas de tamarindo encontramos 230 calorias.

O tamarindeiro é uma árvore de porte majestoso e de sombra larga, que pode alcançar mais de 30 m de altura, cujo o tronco chega a 4 m de circunferência. Em termo de frutificação, sua copa frondosa e bem verde fica polvilhada de marrons: são seus frutos longos, retorcidos e chatos, os tamarindos. Com a forma de vagens ou favas e classificados como legumes, eles variam entre 9 e 15 centímetros de comprimento.

Nas feiras, além de a fruta ser frequente em estado natural, sua polpa preparada em pasta pode ser encontrada à venda em latas. De caractrísticas laxativas, a polpa do tamarindo é bastante recomendada para curar males do intestino, sobretudo prisão de ventre. Também se atribuem à fruta outras propriedades terapêuticas, como auxiliar no tratamento de febres biliosas, hemorróidas e diarréias.

O tamarindo pode ser consumido ao natural, mas seu sabor agridoce faz com que se privilegie seus derivados e preparados. Da polpa espessa e amarelo-avermelhada, faz-se todo tipo de subprodutos bastante apreciados: refrescos, sorvetes, doces e conservas. As flores e as folhas do tamarindeiro também são comestíveis.

Medicina popular, indicações para o tamarindo

Obstipação instestinalFazer chá por infusão dos frutos do tamarindeiro utilizando 100 gramas para um litro

de água. Ingerir de 1 a 3 xícaras durante o dia. Não adoçar.

Análise química em g/100g

Tamarindo

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

272 3,10 0,40 71,80 3,00 54,00 108,0 1,0 7,00 0,44 0,16 2,10 6,00

Page 51: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Fontes: Livros As 50 Frutas e Seus Benefícios Medicinais e Frutas Brasil Frutas

Umbú

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Nome Científico: Spondias TuberosaNome popular: Imbu, ambúCaracterísticas: casca verde, polpa verde clara

Fruto que provém de árvore de copa alta. O umbú é um dos que se faz mais presente nos quintais e terrenos do semi-árido nordestino. Possui um formato pequeno e arredondado, apresentando um único caroço, casca fina e lisa com coloração verde clara quando maduro.Com sabor adocicado porém ácido, é bastante consumido in natura, mas também é apreciado na forma de sucos cremosos, que dão origem à umbuzada.

Análise química em g/100g

umbú

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

44 0,60 0,40 71,80 3,00 54,00 108,0 1,0 7,00 0,44 0,16 2,10 6,00

UMBUZADA

Ingredientes:

1 porção de umbus bem maduros Âgua para cozimento Leite e açúcar a gosto

Modo de fazer:

Lave os umbús e leve-os ao fogo para cozinhar por alguns minutos para amolecer a polpa.Retire do fogo e escorra a água, deixe esfriar.Em seguida, despolpe os frutos com as mãos ou com uma colher.Passe a polpa pela peneira grossa ou bata no liquidificador, acrescentando leite e açúcar.Misture até dar consistência de um suco cremoso. Sirva gelado.

Page 53: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

HORTALIÇAS

Page 54: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Caruru-do-pará

Nome científico: Talinum triangulareNomes populares: Joâo Cornes, Imgua-de-vaca (BA), major-gomes, manjogomes

Hortaliça mais conhecida no Norte e Nordeste, onde é consumida refogada, com feijão, omeletes e farofas.

Análise química em g/100g

Caruru-do-parâ

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

5 0,14 0,06 1,00 0 3,00 23,00 0,04 0 20,00 20,00 0,18 5,00

Se espera resultados para depositar na tabela

Page 55: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Jerimum

Nome científico: Curcubita moschataNome popular. Abóbora

Existem várias espécies do je-rimum, que é também chamado de abóbora. Planta anual, rastejante, proveniente tipica-mente de regiões de clima quente, mas que pode tolerar tem-peraturas amenas. Colhidos novos, os frutos são verde-amarelados, e com extremidade alongada ou arredondada onde se alojam as sementes. A polpa é de coloraçâo alaranjada intensa, nos frutos maduros, e é boa fonte de energia.

Produz bem sob altas temperaturas e pluviosidade elevada. Em localidades altas, a época de semeadura vai de agosto a março. O solo ideal é o areno-argiloso, com presença de torrões para fixação das ga-vinhas. Nâo é cultura muito exigente em fer-tilidade, produzindo bem em solos pobres, com adubação.

A permanência do pedúnculo no fruto é uma condição essencial para possibilitar oarmazenamento e não "férir" o fruto .

O jerimum pode ser consumido apenas cozido em água ou utilizado no préparo de sopas, purês, cremes, mingaus e doces varia-dos. Também pode ser preparado cru, na forma de saladas, passade no ralo fino (similar à cenoura). As folhas e talos verdes, assim como os brotos terminais (também conhecidos como cambuquira), sâo consumidos refogados. As sementes da abóbora são consumidas cruas depois de secas ou levemente torradas.

Análise química em g/100g

jerimum

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

40 1,20 0,30 9,80 0,60 12,00 27,00 0,70 350,00 0,05 0,04 0,60 42,00

PURE DE ABOBORA ou JERIMUM

Ingredientes:1 kg de abóbora2 colheres (sopa) de manteiga 1 gema1/2 de copo de leite Sal ou açúcar a gosto

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Modo de fazer:Cozinhar a abóbora com água e sal.Em seguida, amassar bem e, ainda quente, colocar a manteiga, a gema e mexer.Adicione o leite, sal ou o açúcar a gosto.

JURUBEBA

Nome científico: Solanum paniculatum. Nomes populares: Jubeba, jupeba, jurubeba-branca, jurubebinha, juruna, juvena, purupeba Origem: America tropical

Arbusto de até dois métros e meio de altura, é uma planta encontrada em todo o pais, sendo comum na região do cerrado (23). Multiplica-se por meio de sementes.

Seus frutos são pequenas esferas verdes, ou esbranquiçadas quando maduras, que dão em forma de cacho e que apresentam sabor amargo. São utlizados cozidos com arroz ou para fazer conservas e bebidas regionais.

Análise química em g/100g (1 prato de sopa cheia)

jurubeba

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

41 3,40 0,40 8,10 1,20 34,00 54,00 1,60 148,00 0,12 0,10 0,60 43,00

ARROZ COM JURUBEBA

Ingredlentes: Arroz ÔleoAlho amassado e cebola picada Jurubeba a gosto Sal

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Modo de fazer:Prépare o arroz como de costume, utilizando o óleo e os temperos, deixando cozinhar;

lave uma porção de jurubeba e, quando o arroz estiver em fase final de cozimento, adicione os frutos sobre o arroz. Tampe a panela para que seja cozido por 5 minutes. Sirva a seguir.

MAXIXE

Nome científico: Cucumis anguriaNonnes populares: Maxixo, pepino-castanha,pepino espinhoso, cornicâo das antilhas.

Esta leguminosa é bastante consumida no Nordeste, onde é tradicionalmente cozida junto com o feijão. Apresenta formate ovalado com falsos espinhos na sua pele. Para ser consumido, deve estar com coloração bem verde. Contém sementes pequenas e brancas no seu interior. Seu sabor é suave e tem aspecto crocante se consumido cru (lembrando o pepino).

Análise química em g/100g

maxixe

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

Page 58: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

5 0,14 0,06 1,00 0 3,00 23,00 0,04 0 20,00 20,00 0,18 5,00

MAXIXADA

Ingredientes:Maxixes verdesCheiro-verdeLeiteSal e pimenta a gosto

Modo de fazer:Raspe e lave os maxixes; corte-os em rodelas e tempere com sal e pimenta. Coloque-os em uma panela e adicione o leite e o cheiro-verde.Cozinhe-os até ficarem macios e formar um creme.

PALMA

Nome científico: Nopalea cochenilliferaNomes populares: Palma grande, palma comum

Cactácea utilizada como verdura em regiões semiáridas do Brasil e do México por exemplo, sendo que a espécie comestível é chamada popularmente de "palma grande" ou "palma comum". Caracteriza-se pela conformação em raquetes, com raros espinhos. Para utilização culinária, usam-se as folhas mais tenras, com 15 e 20 dias de desenvolvimento, que ainda apresentam poucas fibras. Quando cozida sem tempera, apresenta um sabor intermediário entre o maxixe e o quiabo.

Page 59: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Seja quai for a preparação culinária, a palma deve ser antes cortada em pedacinhos e fervida durante uns 15 minutos com água e sal, para perder um pouco da "secreção viscosa ou baba" que apresenta, à semelhança do quiabo. Também devem ser retirados os espinhos. Pode ser preparado ensopado com carne, refogado, como omelete, suflê, salada crua e até mesmo doces.

Em relação ao seu conteúdo nutricional, o que se ressalta é o teor em pró-vi-taminas A. Para cada 100 g, a palma contém 220 mcg deste nutriente, maior que o de outras vegetais mais utilizados como o tomate (180 mcg), chuchu (25 mcg) e a couve-flor (10 mcg).

A palma pode ser conservada durante 1 semana fora da geladeira e para cultive não necessita de inseticidas ou fungidas

Análise química em g/100g

Palma

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Pro-VitA(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

33 1,20 0,20 7,90 4,70 111,00 19,00 1,60 220,00 0,04 0,04 0,30 17,00

ENSOPADINHO DE PALMA (12)

Ingredientes:

100 g de charque 250 g de palma 2 tomates 1 pimentão1 cebola2 dentes de alho Temperos verdes picadinhos 2 colheres (sopa) de óleo

Modo de fazer:

Page 60: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Corte o charque em pedacinhos, coloque em uma panela com água, deixe cozinhar por 5 minutes e escorra.

Lave a palma, tire os espinhos e corte em cubinhos. Ponha no fogo uma panela com água, sal e vinagre. Quando estiver fervendo, junte o picadinho da palma e deixe cozinhar por 10 minutos e escorra. Leve uma panela ao fogo com óleo, deixe esquentar, acrescente o charque, todos os temperos picados e a palma.

Adicione água aos poucos, baixe o fogo e deixe cozinhar lentamente. Sirva quente.

TAIOBA

Nome científico: Colocasia esculenta

Page 61: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Mais conhecida na zona rural e cidades do interior, dela se aproveitam folhas, talos e o tubérculo. Para quem nâo conhece bem, pode ser confundida com o inhame e aigumas folhagens ornamentais. De verde mais claro que a folha do inhame, a folha da taioba tem abertura até a haste, enquanto no inhame essa fenda se fecha antes. O tubérculo pode ser preparado nas formas adotadas para o prépara do carâ, do inhame e da batata-doce.

Suas folhas e talos podem ser consumidas refogadas ou em omeletes e suflês. Na Bahia, as

folhas da taioba são utilizadas no prépara do "Efo", um prato típico.

Análise química em g/100g

Taioba

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

31 2,40 0,60 5,70 1,50 98,00 49,00 2,00 300,00 0,17 0,35 0,80 11,00

REFOGADO DE TAIOBA

Ingredientes:Folhas e talos de taioba Sal, alho, cebola Cheiro-verde Ôleo, para refogar

Modo de fazer:Lave bem as folhas e pique ou rasgue. Desfie os talos, isto é, retire suas fibras, e pique

em rodelas.Doure, no óleo, o alho socado e a cebola fatiada.Junte as folhas e os talos já preparados.Tempère com sal.Tampe a panela e deixe no fogo até que a taioba fique bem macia.

Page 62: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

LEGUMINOSAS

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ALGAROBA

Nome científico: Prosopis juliflora

Leguminosa arbórea présente em zonas áridas e semi-áridas do nordeste brasileiro. Destaca-se por frutificar no período da estiagem (pouca chuva).

As vagens são comestíveis e podem contribuir para o fortalecimento da economia com a produção de farinha de boa qualidade nutricional.

As flores são consideradas melíferas, ou seja, contribuem para a produção de mel no período da estiagem, além disso, a algarobeira é considerada uma das plantas que poderá contribuir para o reflorestamento, arborização de cidades, alimentaçâo de rebanhos, produção de móveis, carvão e estacas.

Análise química em g/100g

Algaroba

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Vit B1(mg)

Niacina(mg)

199 6,00 0,80 42,00 76,00 48,00 0,09 78,00 2,85

Page 64: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

PREPARO CASEIRO DA FARINHA

Modo de fazer:Separar o suco das vagensde algaroba.O resíduo sólido pode ser amassadono pilão ou passado no liquidificadorcorn um pouco de água.Apos isso, passar na peneirae colocar ao sol para secar.Depois, triturar até aconsistência desejada.

BOLO DE ALGAROBA

Ingredlentes:250 g de manteiga2 xícaras de açúcar3 gemas1 copo de leite2 xícaras de farinha de trigo energizada com ferro 1 xícara de farinha de algaroba 1 colher (sopa) de fermento em po 1 colher (chá rasa) de sal

Modo de fazer:Bate-se a manteiga com o açúcar, acrescentando-se as gemas, uma a uma. Continuar batendo. Põe-se o leite, depois a farinha de trigo e a algaroba, misturando com o fermento e o sal. Finalmente, juntar as claras batidas em neve. Assar em forno médio

Page 65: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

FEIJÃO-DE-CORDA

Nome popular: Feijâo-manteiga Origem: Âfrica

É um tipo de leguminosa que requer pouca exigência em fertilidade do solo, mais resistente à seca e menos afetada por températures elevadas, sendo favoravel as

regiões do Nordeste e da Amazônia. Seu valor nutritivo é semelhante ao do feijão comum em termos de proteínas, carboidratos e minerais.

No seu préparo por cozimento, o caldo é geralmente fino e a casca menos branda, o que résulta em preparações como saladas e sopas. Também é consumido como feijão de mesa.

No Nordeste, o feijão dito "feijão-verde", é colhido maduro, porém não é seco. É utilizado em ensopados, farofas e no folclorico "baião-de-dois", que é o feijão com arroz cozidos juntos.

Nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, o feijão -verde e também o seco são utilizados em saladas, geralmente com a variedade do tipo "fradinho".

Na Bahia, seu uso mais conhecido é no préparo do acarajé (também com o fradinho, que é a base para a massa que ira formar bolinhos fritos no azeite de dendê).

Análise química em g/100g

Feijão-manteiga

Page 66: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

348 20,60 1,20 63,74 5,75 2,50 320,00 166,00 3,00 3,80

FEIJÃO SERTANEJO

Ingredientes:Feijão-de-corda novoSalCheiro-verdeNataTiras de queijo de coalho

Modo de fazer:De véspera, bote o feijão de molho, para amolecer. Leve-o ao fogo, com água e sal, para cozinhar.Quando estiver quase cozido, acrescente o cheiro-verde, a nata e o queijo.Acompanha carnes e aves, assadas, guisadas ou cozidas.Há quem prefira substituir as tiras de queijo por rodelas de caju.

Page 67: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

SORGO

Nome científico: Sorghum sacharatum

A cultura do sorgo é bastante difundida nas regiões semi-áridas e só recentementetem recebido atencão das instituiçôes responsáveis pelo desenvolvimento agrícola do

nordeste do Brasil.Na culinária brasileira, é preparado em forma de farinha. Ressalta-se que 20% da

farinha de sorgo misturada ao de trigo não alteram o gosto e a textura dos produtos. No Nordeste brasileiro, o sorgo já esta substituindo o milho na culinária, em bolos, biscoitos, pães, pudins, sorvetes, cuscuz, angu, pamonha, empadas e pastéis. Arrebentado como o milho, dá uma excelente pipoca (24). Por ser extremamente adaptada as condições de escassez de água, esta cultura desponta como opção natural para as zonas semi- áridas, frequentemente assoladas pelos efeitos danosos das estiagens.

Page 68: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Análise química em g/100g

Sorgo

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

344 11,12 3,74 67,43 20,00 188,00 2,70 3,00 505,00 120,00 3,20

PREPARO DA FARINHA CASEIRA UTILIZANDO OS GRÂOS SECOS

Colocar os grãos de molho nasproporções de 1 parte de grãospara 4 de água.Deixar em infusão durante 3 dias,trocando a água todos os dias.Escorrer a água no fimdo terceiro dia.Pilar um pouco para secar ao sol.Moer os grãos, quebrando-osparcialmente no moinho manualou elétrico.Peneirar, e esta pronta a farinha.

PAO RÁPIDO DE SORGO

Ingredientes:1 xícara de farinha de sorgo 1 xícara de farinha de trigo4 col hères (chá) de fermente em pó3 col hères (sopa) de açúcar1/2 colher (chá) de sal1/2 xícara de leite

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2 colheres (sopa) de margarina1 ovo

Modo de fazer:Peneirar os ingredientes secos. Adicionar o leite, a margarina derretida e o ovo batido (inteiro). Não bater a mistura. Misturar apenas o necessário para umedecer a farinha. Deitar a mistura em forminhas untadas e polvilhadas com farinha de trigo. Assar os pãezinhos em forno quente durante 25 minutos, aproximadamente. O pão deve ficar corado e seco.

TUBERCULOS

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BATATA-DOCE

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Nome científico: Ipomea batatas Nomes populares: Batata-abôbora, batata-jerimum, batata-cenoura

É um dos tubercules comestíveis mais antigos do Brasil, pois, a partir da chegada dos portugueses, já era planta obrigatoria nas roças dos indios. É mais calórica que a batata inglesa devido ao seu menor teor de água. As batatas de polpa alaranjada são excelentes fontes de vitamina A devidoao teor de carotenóides que pode ser mais elevado que o da cenoura.

Plantando-se logo na primavera, essas variedades poderão ser colhidas no verão e no outono, substituindo a cenoura numa época em que ela é escassa. Outras variedades de batata-doce também sâo diferenciadas pela sua cor, como a branca, roxa e roxinha, que podem se referir tanto à polpa como à película. São consumidas cozidas, assadas ou fritas. A polpa

Análise química em g/100g

Batata doce

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

116 1,30 0,30 28,60 0,90 31,00 37,00 1,00 300,00 0,11 0,04 0,80 31,00

BOLO DE BATATA-DOCE (14)

Ingredientes:1/2 quilo de batata-doce cozida1 1/2 xícara de farinha de trigo 1/2 quilo de açúcar6 ovos2 xícaras de leite de coco fresco 4 colheres de sopa de manteiga 1 pires de queijo ralado

Modo de fazer:

Page 72: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Liquidificar a batata cozida com o leite. À parte, bata a manteiga com os ovos e o açúcar até ficar um crème esbranquiçado. Misture tudo delicadamente acrescentando a farinha de trigo. Colocar em uma forma untada e polvilhada. Assar em forno médio.

CARÁ

Nome científico: Dioscorea sp.Nomes populares: Carâ-comum, carâ-inhame

Tubercule do mesmo grupo da mandioca e do inhame, apresentando varias espécies. Tem casca marrom escura, coberta com fibras e polpa fibrosa branca ou amarelada. Pesa cerca de 1 a 3 kg. O cará-comum tem um formato ovalado e pesa de 1 a 3 kg ou até mais e o cará-inhame tem formato comprido e também pesa de cerca de 2 kg ou mais. Muito con-sumido no Nordeste do Brasil, geralmente como substituto do pão. Na cozinha, seu uso é muito variado e pode ser preparado da mesma forma que a batata.

Para o consumo, sua casca não deve apresentar manchas, machucados ou fendas. Não deve ser guardado na geladeira, pois absorve umidade e amo-lece.

Coloque-o em lugar abrigado, seco e escuro. Assim como a batata, o cará pode brotar se ficar exposto à luz do sol .

Análise química em g/100g

Cará

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

Page 73: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

120 2,00 0,10 28,40 1,10 22,00 39,00 1,00 2,00 0,10 0,04 0,70 8,00

BROA DE CARÁ(20)

Ingredientes:1 quilo de cará (cozido e amassado) 3 colheres (sopa) de açúcar3 pires de fubá2 ovos2 tabletes de fermento granulado2 colheres (sopa) de farinha de trigoenriquecida com ferro2 xícaras de leite1 pitada de sal

Modo de fazer:Misture o fermento e a farinha com uma colher de açúcar e um pouco de leite.Deixe crescer.Cozinhe 2 pires de fubá e um pouco de leite, formando um crème.Depois de frio, junte a massa fermentada e os ingredientes.Amasse tudo muito bem.As broas são colocadas em assadeira untada, deixe-as crescer.Em seguida, leve ao forno quente.

Page 74: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

INHAME

Nome científico: Colocasia esculenta Nomes populares: Inhame-taiâ, quicaré, coiô-rosa Origem: Asia

Alimente de fácil digestibilidade e boa fonte de energia. Os tipos mais comuns encontrados no Brasil são o japonês e o chinés. Pesam cerca de 100 a 200 g e tem formate oval e pêlos na casca.

Pode ser consumido sopas, refogados, saladas, pães, bolos e sobremesas. Também pode ser industrializado em forma de farinha.

Análise química em g/100g

Page 75: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Inhame

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

102 1,80 0,10 23,80 1,00 51,00 88,00 1,20 0 0,10 0,03 0,80 8,00

INHAME ASSADO

Ingredientes: InhmeFolhas de louro Pão amanhecido Leite Manteiga

Modo de fazer:Descasque e lave o inhame.Corte em pedaços pequenos e tempère com louro.Misture o pão seco esmigalhado e coloque tudo numa forma.Ponha o leite até cobrir o inhame e polvilhe com pão seco esmigalhado e um pouco de manteiga.Leve ao forno e deixe assar em forno baixo.

MANDIOCA

Classificação científica

Reino: Plantae

Divisão: MagnoliophytaClasse: MagnoliopsidaOrdem: MalpighialesFamília: EuphorbiaceaeGénero: ManihotEspécie: M. esculenta

Nome cientffico: Manihot esculentaNomes populares: Aipim, macaxeira, manivaOrigem: America do Sul

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A mandioca constitui um dos principais alimentos energéticos utilizados no Brasil, pois pode ser cultivada até mesmo em nivel

doméstico, sem necessitar de recursos tecnologicos. Mais de 80 países produzem mandioca e o Brasil participa com mais de 15% da produção mundial. De fácil adaptação, a mandioca é cultivada e consumida em todos os estados brasileiros, situando-se entre os nove primeiros produtos agrícolas do país (28).

Análise química em g/100g

Mandioca

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

149 0,80 0,30 36,00 1,00 35,00 46,00 1,10 2,00 0,06 0,04 0,70 39,00

FARINHAS DERIVADAS DA MANDIOCA

FARINHA DE CARIMÂ

É um tipo de farinha extraída da mandioca mansa (macaxeira ou aipim). É utilizada em preparações típicas da região Norte.

FARINHA DE TAPIOCA

Page 77: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Análise química em g/100g

FARINHA DE CARIMÃ

Energia(kcal)

Proteína(g)

Lipído(g)

Carboidrato(mg)

Fibra(g)

179 0,40 0,10 41,80 2,1

Análise química em g/100g

FARINHA DE TAPIOCA

Energia(kcal)

Proteína(g)

Lipído(g)

Carboidrato(mg)

Fibra(g)

382 0,00 1,10 93,10 0,4

Análise química em g/100g

GOMA DE TAPIOCA

Energia(kcal)

Proteína(g)

Lipído(g)

Carboidrato(mg)

Fibra(g)

229 0,20 1,10 54,60 0,4

BOLO DE MACAXEIRA ou MANDIOCA (14)

Ingredlentes:1 kg de macaxeira (mandioca ou aipim) descascada e ralada no ralo fino3/4 xícara de margarina ou manteiga derretida2 xícaras de açûcar3 ovos1 coco ralado1 colher (sobremesa) de fermentoem pó 1 pitada de sal

Modo de fazer:Misture bem todos os ingredientes com colher de pau. Despeje em uma forma de 24 cm untada.

Page 78: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Leve para assar em forno médio pré-aquecido por aproximadamente 40 minutos ou até que esteja com a superfície dourada.

Page 79: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

REGIÃO NORTE

Page 80: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

FRUTAS

AbiuAçaíAjuruAraçáBacabaBacuriBanana-pacovãBiribáBuritiCamapuCamu-camuCamutimCastanha do BrasilCubiuCupuaçuCupuíCutiteGuaranáInajáIngáJamboMangaMangabaMaracujáMarajáMurtaPiquiáPupunhaSapota-do-SolimõesSorvaTaperebáTucumãUmariUxi

Hortaliças

AlfavacaAzedinhaBertalhaCaruruGelosiaChicóriaCoentroEspinafre africanoJambuMaxixe peruanoVinagreira

LEGUMINOSAS

Feijão-de-asaFeijão-de-metro

TUBÉRCULOS

ÁriaFeijão-macuco

PREPARAÇÕES ESPECIAIS

Farinha de piracuíManiçobaTucupi

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FRUTAS

Page 82: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Abio

Nativo da Amazônia esse fruto elipsóide tem uma coloração amarela, havendo alguns que apresentam várias estrias verdes que riscam o fruto no sentido longitudinal. Sua casca é lisa, sua baga branca, translúcida ou amarela, doce e mucilaginosa, podendo abrigar em seu interior de uma a quatro sementes pretas e lisas. Apesar de um sabor excelente, a abieiro, que amadurece entre maio e novembro, continua sendo uma fruta de quintal ou de pomares não-comerciais.

Análise química em g/100g

Abio

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

Se espera resultados para depositar na tabela

Page 83: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Abiu

Nome científico: Pouteria caimito Origem: Amazon iaTambém pode ser en-contrada em outras regiôes do Brasil, como Centro-Oeste e Sudeste

A fruta é aproveitada quase sempre in natura podendo, porém, ser conservada por até uma semana, quando refrigerada, ou então, processada como geléia.

Como fruta fresca, deve ser consumidaexclusivamente quando estiver bem madura e amarela, pois, do contrario, sua casca

libera um leite branco e viscoso que é aderente à boca. A polpa tem sabor doce e suave. A árvore é de médio porte, com suas folhas de cor verde briIhante com forma ova-lada. Seus frutos aparecem no início do ano.

Análise química em g/100g

Abiu

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

Page 84: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Se espera resultados para depositar na tabela

Açaí

Família botânica – Arecaceae (PalmaeNome da fruta: AçaíNome científico: Euterpe oleraceaFamília: BromeliáceasCategoria: Doce

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Origem do açaizeiro – Brasil – Região Amazônica, Colômbia, Venezuela, Equador e Guianas.

Na região amazônica, o açai exerce um importante papel socio-econômico e cultural, pois a bebida obtida a partir de seus frutos tem consumo régional elevado e sua exportação tem aumentado muito nestes ûltimos anos (2). No estado do Maranhão, é conhecido como Jussara.

No Brasil, existem cerca de nove espé-cies dessa palmeira, que também é encontrada em outros países circunvizinhos (3). A palmeira de estirpe delgado pode atingir até 25 m de altura, possui folhas grandes, finamente recortadas em tiras, de coloração verde-escura e atinge freqûentemente 2 m de comprimento. Flores pequenas, agrupadas em grandes cachos pendentes, de coloração amarelada, surgem predominantemente de setembro a Janeiro, podendo aparecer quase o ano todo. O cultive pode ser propagado por meio de sementes ou pela retirada de brotos da base.

Desenvolve-se bem em varios tipos de solo e clima, preferencialmente em regiões quentes. Cada palmeira produz de 3 a 4 cachos por ano; cada cacho com 3 a 6 kg de fruto.

O açaízeiro se desenvolve bem tanto em terras firmes como em várzeas sujeitas a inundações periódicas, desde que haja renovação constante das águas. De cultura perene e ribeirinha, o açaízeiro torna-se importante, também, na proteção do solo em condições tropicais de grande pluviosidade.

Os frutos que aparecem em cachos são de coloração violácea, quase negra quando maduros. De forma arredondada, apresentam rica polpa comestível e um caniço duro. São produzidos durante boa parte do ano, porém com maior intensidade nos meses de julho a dezembro.

Do açaizeiro tudo se aproveita: frutos, foIhas, raizes, palmito, tronco e cachos frutíferos. As populações ribeirinhas do baixo Amazonas, desde Santarém até a llha de Marajó, utilizam essa palmeira como fonte de renda e para a alimentação de suas famílias praticamente ao longo de todo o ano (4).

Porém, devido à extração do seu palmito de forma indiscriminada, percebe-se a diminuiçâo da palmeira nativa na região amazônica. Dessa forma, é importante estimular o cultiveo do açaí (chamado pelo cultivadores da região Norte de "açaí de planta") e a extração do fruto de maneira racional.

A polpa pode ser utilizada na preparação de sobremesas, sucos, vinhos, licores ou sorvetes. Os nativos extraem sua polpa, que é consumida pura ou acompanhada de farinha de mandioca ou tapioca (daí pode-se fazer o mingau) e também com peixe assado ou camarão seco.

Page 86: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Análise química em g/100g

Açaí

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

262 3,60 2,00 57,40 32,70 118,00 58,00 1,09 11,80 0,36 0,01 0,40 9,00

PUDIM DE AÇAI

Ingredientes:2 colheres (sopa) de amido de milho2 latas de leite condensado2 latas de crème de leite6 ovos2 medidas (da lata de leitecondensado) de açaí bem grosso 1 colher (sopa) de manteiga

Modo de fazer:Bata no liquidificador o leite, os ovos e uma medida do açaf; coloque a mistura em

forma caramelada e levé ao fogo, em banho-maria, até ganhar consistência firme. Faça um crème levando ao fogo o leite condensado, o crème de leite, a outra medida do açaf e o amido de milho e mexa até engrossar. Desenforme o pudim depois de frio e cubra-o com o crème.

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Ajuru

Nome científico: Chrysobalanus tcaro Nomes populares: Guajuru, guajiru, ariu, abajiru, ajuru

Fruto arredondado, de cor diversificada entre o branco-creme, o rosa e o purpura e, algumas vezes quase preto. A polpa é branca, um tanto esponjosa, as vezes adocicada.

Esta présente em todas as Américas e ainda na África Ocidental, do Sénégal a Angola. Na regiào Norte, o período de co-Iheita do fruto e dá-se por volta de agosto a setembro. É consumido in natura, mas pode ser utilizado na produção de conservas e doces em calda.

Análise química em g/100g

Ajuru

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

Page 88: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Se espera resultados para depositar na tabela

Araçá

Nome científico: Psidium Origem: Amazonia

Fruteira arbustiva que esta sendo introduzida na agricultura moderna (1 ). Possui fruto arredondado, de coloração verde, amarela ou vermelha, de acordo com a espécie.

A polpa é branca-amarelada ou avermelhada, mucilaginosa, aromática, contendo muitas sementes.

Existem araçás de vários tipos no Brasil: araçá-branco, araçá-cinzento, araçá-rosa, araçá-vermelho, araçá-verde, araçá-amarelo, araçá-do-mato, araçá-da-praia, araçá-do-campo, araçá-de-festa, araçá-de-minas, araçá-de-pernambuco, araçá-do pará; araçá-de-coroa, araçá-boi, araçá-pêra, araçá-manteiga, araçá-de-folha grande, araçá-de-flor-grande, araçá-miúdo, araçá-mirim, araçá-guaçu, araçá-peba, araçá-piranga, araçá-araçanduba, araçá comum, araçá-verdadeiro ou, simplesmente, araçá.

Algumas espécies de araçazeiros dão frutas muito saborosas e apreciadas para se corner quando amadurecem.

Outros, de frutos adstringentes ou ácidos demais, são utilizados na produção de doces que, justamente por apresentarem sabor azedinho ouagridoce especial, são ótimos ao paladar.

Destacam-se como especialidades produzidas com a fruta, os doces de pasta e de corte (este último também chamado de marmelada de araçá), sendo de sabor semeIhante aos doces de goiaba e as goiabadas.

Análise química em g/100g

ARAÇÂ

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

Page 89: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

62 1,50 0,60 14,30 5,20 48,00 33,00 6,30 48,00 0,06 0,04 1,30 326,00

Bacaba

Nome científico: Oenocarpus multicaulis Nomes populares: Bacabaf, coco-bacaba

Fruto de polpa mucilaginosa comestfvel, com uma semente. Os frutos sâo pequenos e arredon-dados, por fora têm uma cor purpúreo-violácea e, por dentro, apre-sentam uma polpa branco-amarelada que produz um óleo comestível adocicado, de uso culinário corri-queiro, équivalente a cerca de 25% do conteúdo da polpa.

O principal uso que a popu-lação nativa encontrou para os frutos da bacaba-de-leque, em especial na região amazônica, é a bebida.

De cor creme-leitosa e sabor agradável, o "vinho de bacaba" é produzido e empregado mais ou menos da mesma forma que o "vinho de açaí". Ambos assemelham-se até mesmo em termos nutricionais. Utiliza-se o "vinho de bacaba" com alimentos salgados servidos nas refeições

Page 90: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

cotidianas, como liga para fazer uma papa com as farinhas locais ou preparando-o na forma de sucos e refres-cos (4).

Análise química em g/100g

BACABA

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

212 3,12 19,80 6,60

Bacuri

Nome científico: Attalea phalerata Nome popular: Bacuripari

Fruto de forma arredondada, de cor amarelo dourado, contém até quatre sementes envolvidas por uma polpa branca, mucilaginosa, as vezes bastante ácida. Sua árvore é

Page 91: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

encontrada tanto nas matas de terra firme como em várzeas. Frutifica no período de agosto a fevereiro

Análise química em g/100g

Bacuri

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

105 1,90 2,00 22,80 7,40 20,00 36,00 2,20 30,00 0,04 0,04 0,50 33,00

Banana-pacovã

Page 92: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Nome científico: Musa paradisiaca Nomes populares: Banana pacovâo, banana-da-terra, banana-pacava, banana-pacobeira, banana-

pacobuçu, banana-pacarira grande

Fruto muito apreciado na região Norte, utilizado na preparação de pratos típicos doces e salgados. Apresenta um tamanho maior do que as bananas comuns.

Análise química em g/100g

BANANA-PACOVÂ

Energia (kcal) Proteina (g) Lipidios (g) Carboidratos (g)

150 36,44 0,08 0,98

Tiamina : 17 mcgRiboflavina : 90 mcgNiacina : 0,763 mcg

A completar

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Biribá

Nome científico: Rhollinea orthopetalaNomes populares: Biribâ-verdadeiro, beribâ, jaca-de-pobre Origem: Amazônia

Apresenta polpa mole, branca e mucilaginosa que envolve as sementes de coloração castanho-escura.

Trata-se, genericamente, de um fruto que nasce em árvores de tamanho pequeno a médio, que alcançam no máximo 8 metros de altura e germinam com grande facilidade, fruti-ficando em cerca de 4 anos, de janeiro a maio. De polpa suculenta e pouco fibrosa, cor branca a creme, de sabor agradável e doce, o biribá é quase sempre consumido in natura, mas também apreciado na forma de sucos e sorvetes. É uma das frutas mais populares e apreciadas de toda a região amazônica e também do Nordeste brasileiro (4).

Page 94: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Análise química em g/100g

Biribá

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

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Buriti

Nome científico:Mauritia vinfferaNomes populares:Miriti, carandâ-guaçû, carandaf-guaçu,muriti, palmeira-buriti, palmeira-dos-brejos,mariti, bariti, meritiOrigem: Amazonia

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Encontrado nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, os frutos jovens de buriti possuem escamas com coloração marrom-clara e os maduros, escamas escuras, como cobre.

Caem do cacho, de outubro a março, e devem ser coletados no chão.Logo que caem, apresentam escamas muito aderentes à polpa dura. Como o buriti é

típico de área ùmida, é hábito deixar os frutos nas lagoas para amolecer a polpa. Como nem sempre se dispõe desse ambiente, deve-se coletá-los, laválos bem e colocálos em vasilhames com água. Uma técnica mais prática é colocar os frutos em sacos plásticos, sem água, amarra-los e deixá-los em ambiente fechado. Depois de aproximadamente dois a quatro dias, a polpa amolece.

Com essa polpa, pode-se fazer mingaus, adicionar a sopas, fazer bebidas ao natural ou fermentadas, geléia, doces pastosos ou em tabletes, sorvetes e picoles. Também se extrai o óleo e a fécula e da seiva é possível a produção de açúcar.

Page 96: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Fabrica-se, ainda, sabão, a partir do fruto. As folhas são utilizadas para o fabrico de cordas, redes, chapéus e balaios; do pecíolo são feitos brinquedos e utensílios domésticos e, da madeira, trapiches e estivas (16, 30).

Da parte vegetativa extrai-se o palmito; do caule retira-se uma seiva adocicada, que contém cerca de 93% de sacarose e da quai fabrica-se o vinho; da medula do tronco retira-se a ipurana, uma fécula cuja qualidade e sabor assemelham-se ao sagu e farinha de mandioca

Fruto de alto valor nutritive, é uma das maiores fontes de vitamina A que a natureza oferece. O buriti contém béta caroteno no óleo extraído em uma concentração quase 10 vezes maior do que a do óleo de dendê (50.667 mcg por 100 mg).

A efetividade do doce de buriti no tratamento e prevenção da xerofítalmia foi testada em estudo com 44 crianças. Os resultados demostraram que este alimento, naturalmente fonte de vitamina A, pode reverter a xerofítalmia clínica e restaurar réservas hepáticas da vitamina. Sugere-se sua possível utilização em programas de intervenção para combater a hipovitaminose A nas regiões onde a fruta é nativa ou há potencial para cultive (6).

Análise química em g/100g

Buriti

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

145 1,8 8,10 10,20 9,60 156,00 54,00 5,00 4104,00 0,03 0,23 0,70 26,00

FONTE: ** Mariath J. G. R., et al.

Análise química em 100g/100g do doce

Buriti (doce)

Energia (kcal)

Ptn(g)

Carboidratos(g)

Cálcio(mg)

Retinol(mcg)

326 0,90 0,40 67,40 45920

Page 97: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

DOCE EM TABLETE DE BURITI

Ingredientes:Polpa de buritiRapadura ou açûcar (duas medidaspara cada medida de polpa)

Modo de fazer:Passar a polpa do buriti pela peneira.Acrescentar a rapadura ou açúcar naproporção indicada acima.Levar ao fogo e mexer até aparecero fundo da panela.Tirar do fogo e bater até obterconsistência dura.Colocar em superficie lisa e cortarem tabletes.

Camapu

Nome científico: Physalis angulata Nomes populares: Bucho-de-rã, bate-testa

Planta pouco exigente para o seu cultive, sendo vista ao redor das casas e roças, no período de julho a dezembro, em varios lugares do Brasil.

Os frutos apresentam forma arredondada, de sabor ligeiramente ácido e de coloração bem amarela quando maduros. É consumido in natura ou na forma de conserva com vinagre.

Page 98: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Análise química em g/100g

Camapu

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

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Camu-camu

Nome científico: Myrciaria dubia Nonnes populares: Caçari, araçá d'água

Page 99: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Origem: Amazonia

Fruto arredondado, de coloração avermelhada quando jovem e roxa-escura quando maduro. Possui polpa aquosa que envolve a semente de coloração esverdea-da. O camu-camu frutifica de novembre a março.

Présente em arbusto que pode atingir até 3 m de altura, e caule de casca lisa. As folhas avermelhadas quando jovens tornam-se verdes posteriormente, sendo lisas e brilhantes.

Possui flores brancas, aromáticas, aglomeradas em grupos de 3 a 4. É uma espécie silvestre, que ocorre predominantemente ao longo das margens de rios e lagos, com a parte inferior do caule frequentemente submersa.

O camu-camu, de acordo com resultados obtidos em expérimentos realizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), apresenta alta concentração de vitamina C (2.606 mg por 100 g de fruto), valor superior ao encontrado na maioria das plantas comestíveis. Técnicos do INPA estão fazendo expérimentos que procuram viabilizar comercialmente seu cultivo, tornando a planta mais produtiva.

Os frutos do camu-camu são pequenas esferas do tamanho de cerejas, de casca mais resistente do que a acerola, lembrando a jabuticaba: sua casca, ao se romper, deixa escapar o caldo da polpa, que fica envolto em uma semente única.

Atualmente, é na Amazônia peruana que se buscam varias maneiras para a utilização desta fruta. Ali, o camu-camu é pouco consumido in natura.

Por ser bastante ácida, apesar de doce, a fruta é utilizada para o prépare de refrescos, sorvetes, picoles, geléias, doces ou licores, além de acrescentar sabor e cor a diferentes tipos de tortas e sobremesas confeccionadas à base de outras frutas.

O camu-camu é uma espécie tipicamente silvestre, mas com grande potencial econômico capaz de colocála no mesmo nível de importãncia de outras frutíferas tradicionais da região amazônica, como o açaí e o cupuaçu

Análise química em g/100g*

CAMU-CAMU

Energia (kcal) Proteina (g) Lipidios (g) Carboidratos(g) Vit C (mg)

31 0,45 0,23 6,88 2.606,00 FONTE: *INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Manaus, 1998.

Camutim

Page 100: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Fruto encontrado em toda a Amazônia, principalmente as margens de rios e igara-pés, e muito comum na llha de Marajó. Sua pequena árvore (4 a 6 cm de altura) tem a madeira muito dura e populações ribeirinhas e indios aproveitam para fazer pontas de fléchas. Os frutos comestíveis são pequenos e arredondados, de cor amarelada, e são encontrados no período de Janeiro a maio

Análise química em g/100g Camutim

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

Se espera resultados para depositar na tabela

Page 101: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Castanha do Brasil

Nome científico: Bertholletia excelsaNomes populares: Castanha do Para, ouriço, amêndoa-da-América, castanha maranhense Origem: Amazônia

O fruto da castanheira, chamada de ouriço, tem peso médio de 750 g e constitui-se em uma resistente capsula que não se abre espontaneamente, abrigando, em seu interior, um numéro variado de sementes, entre 10 a 25.

As sementes, denominadas castanhas, por sua vez, cujo tamanho varia entre 4 a 7 centímetros de comprimento, representam cerca de 25% do fruto e tem uma casca bastante dura e rugosa e encerram a amêndoa, que é rica em gordura e proteína. O ouriço cai quando maduro e aí são coletados no chão para a extração da castanha.

É um dos produtos da nossa economia extrativista, com significativo valor no mer-cado de exportação. Devido à devastação indiscriminada das matas amazônicas, a castanheira nativa tem sido vista como uma das espécies ameaçadas de extinção.

Porém. tem-se verificado que esta espécie é uma excelente alternativa para reflorestamento (3).

A castanha do Brasil é consumida fresca ou assada, e também é ingrediente da composição de inúmeras receitas de doces e de salgados

Page 102: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Análise química em g/100g

Castanha do Brasil

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

636 14,00 63,90 13,00 3,40 198,00 577,00 3,40 7,00 1,09 0,12 1,70 10,00

FONTE: * ENDEF - Tabela de composlçào de alimentas: IBGE, 1 977.

LEITE DE CASTANHA DO BRASIL

Ingredientes:

1/2 copo de castanha do Brasil1 colher (sopa) de mel1/2 colher (café) de sal21/2 copos de água1/2 colher (sopa) de erva-doce1 colher (sopa) rasa de amido de milho

Modo de fazer:

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Coloque a água para ferver como amido, a erva-doce e o sal.Coe para retirar as sementesde erva-doce.No liquidificador, báta as castanhas,o mel e a água fervida.Coe novamente se desejar.

Cubiu

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Origem: AmazôniaNomes populares: Topiro, tupiro, tomate-de-Indio

Esta espécie esta distribuída em toda a Amazônia, seja a brasileira, a peruana, a colombiana ou a venezuelana. Do ponto de vista agronômico, o cubiu apresenta potencialidades para a agricultura moderna e possibilidades de aproveitamento de seus frutos de formas diversificadas. Esta espécie cresce bem em qualquer tipo de solo árido e pobre da Amazônia e é pouco atacada por pragas e doenças.

Os seus frutos, ricos em ferro, niacina e pectina, assemelham-se ao caqui. São uti-lizados como alimente, consumidos in natu-ra ou nas formas de sucos, doces e geléias, ou ainda acompanhando pratos à base de carne, frango e peixes.

Na procura de alternativas para a agricultura na Amazônia, principalmente quando se trata de desenvolvimento sustentado, o cubiu apresenta-se como importante recurso para quaisquer programas que visem, a curto prazo, à melhoria da alimentação da população.

Análise química em g/100g

Cubiu

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

Page 105: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

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Cupuaçu

Nome científico: Theobroma grandifloum

É uma das frutas mais populares da Amazônia e vem sendo implantada comercialmente também no sudeste da Bahia. Seu fruto mede até 25 cm e pesa até 1 kg. Possui 30% de polpa e cerca 35 sementes.

A polpa é utilizada no préparo de sorvetes, sucos, geléias, doces, mousses, bombons, balas, biscoitos e iogurtes. As sementes, depois de secas, são utilizadas na fabricação de chocolate branco de ótima qualidade. Também se utiliza a casca, que é bastante dura, como adubo orgãnico.

Apresenta très variedades: cupuaçu-redondo (extremidade arredondada, pesando em média 2,5 kg e é o mais comum); cupuaçu mamorama (extremidade alongada, pesando em média 2,5 kg); cupuaçu-mamão (não apresenta sementes, formato redondo) (39).

O Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Úmido -CPATU, na região Norte, desenvolve pesquisas de produção de frutos híbridos com o objetivo de aumentar a resistência à chamada "vassoura de bruxa", praga que assola o cupuaçuzeiro e, também, o cacaueiro (3).

Análise química em g/100g

CUPUAÇU

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

72 1,70 1,60 14,70 0,50 23,00 26,00 2,60 30,00 0,04 0,04 0,50 33,00

Anâlise quimica em g/1 00g* do Chocolaté de Cupuaçu (Cupulate)

CHOCOLATE DE CUPUAÇU

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Energia (kcal) Proteina (g) Lipidios (g) Carboidratos (g)

672 13,10 58,30 23,30FONTE: *INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Manaus. 1998.

BISCOITO DE CUPUAÇU (30)

Ingredientes:1 cupuaçu médio (cerca de 800 g) 1,3 kg de açùcar50 g de manteiga2 ovos1/2 lata de leite condensado (opcional)250 g de farinha de trigo enriquecidacom ferro1 colher (sobremesa) de fermenteem poDoce de cupuaçu para recheio

Modo de fazer:Báta a manteiga e os ovos, um a um, alternando com o leite, sem parar de báter.A seguir, adicione a farinha de trigo até formar uma massa.Espalhe esta massa com espessura de 0,5 cm e corte os biscoitos como desejar.Recheio-os com doce de cupuaçu.Asse-os em forno brando por aproximadamente 20 minutos.

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Cupuí

"Parente" do cupuaçu, porém de menor tamanho. Apresenta uma polpa adoçicada. É encontrado por todo o Para e região amazônica, principalmente nas margens dos igarapés que apresentem grande umidade em seu terreno. Sua produção se dá no período de fevereiro à maio. É consumido principalmente na forma de sucos. (3)

Page 108: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Análise química em g/100g

Cupuí

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

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Cutite

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Nome científico: Pouteria macrophylla Nome popular: Cutitiribâ Origem: Amazônia

Fruto arredondado, de cor amarela na casca e também na polpa. A frutificação ocorre nos períodos de outubro a fevereiro e é encontrado na região amazônica e do nordeste brasileiro ao Mato Grosso (3).

É consumido in natura, mas com a sua polpa podem ser feitos crèmes doces e salgados.

CUTITEAnálise química em g/100g

CUTITE

Energia (kcal) Proteina (g) Lipidios (g) Carboidratos (g)

92 20,27 0,47 1,72

FONTE: *INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Manaus. 1998.

PATE DE CUTITE

Ingredientes:1 porção de polpa de cutiteA mesma quantidade de queijocremosoPimenta do reino, molho inglêse mostarda a gosto

Modo de fazer:Misture o cutite com o queijo cremoso, em seguida acrescente o restante dos temperos. Sirva com bolachas salgadas ou torradas.

Gogó-de-guariba

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NOMENCLATURA DA ESPÉCIEFamília: Hippocrateaceae Juss.Gênero: Salacia L.Nome científico: Salacia sp.

Características botânica do gogó-de-guariba

FRUTEIRA DESCONHECIDA E MUITO RARA É COMERCIALIZADA EM DUAS FEIRAS NA CIDADE DE MANAUS.Trata-se de uma fruteira que pode ser desconhecida até pela própria ciência. Esta planta é chamada de gogó-de-guariba, no entanto, não foi possível identificar a espécie, em decorrência de sua raridade no ecossistema amazônico e, pela falta material herborizado semelhante ao material botânico coletado no campo. Afonso Rabelo-Engenheiro [email protected]

ÁRVORE - O gogó-de-guariba é um cipó lenhoso, muito raro (semelhante a um arbusto), com até 12 metros de altura e caule com 10-15 cm de diâmetro. Possui caule tortuoso, cilíndrico e ritidoma (casca) áspero; na extensão da copa existem várias ramificações e folhagens abundantes. É nativo da Amazônia, onde é encontrado na forma silvestre nos ecossistemas de várzeas baixas, principalmente, no rio Solimões e seus tributários (Figura 1).

Figura 1 - Hábito de crescimento do gógo-de-guariba.

Page 111: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

FOLHAS - São simples, disposições opostas, glabras e com pecíolo curto, este medindo de 1 a 1,5cm de comprimento; lâmina foliar com forma oblonga, ápice e base arredondada, superfície superior brilhosa com coloração verde-escura e a inferior verde-clara, com nervura central e paralelas proeminentes (Figura 2).

Figura 2 - Ramo com folhas do gogó-de-guariba.

INFLORESCÊNCIAS - São panículas vistosas muito ramificadas, formadas nos ramos desnudos; as flores são pequenas e formadas por 5 sépalas e 5 pétalas de coloração marrom (Figura 3).

Figura 3 - Inflorescências paniculadas do gógo-de-guariba.

FRUTOS - São bagas indeiscentes, sem aroma e com forma globosa, medindo em média 8cm de comprimento por 7,97cm; o epicarpo (casca) é carnoso e grosso, este possui a superfície externa levemente áspera com presença de estrias acinzentadas e coloração alaranjada quando maduro. O mesocarpo (polpa) é suculento, possui coloração laranja-escura e rendimento de ±35% do total do fruto. Este mesocarpo (polpa) possui baixa acidez e paladar levemente adocicado; seu consumo é basicamente na forma innatura (Figuras 4).

Page 112: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Figura 4 - Detalhe dos frutos inteiros e descerrados do gógo-de-guariba.

SEMENTES - No interior dos frutos, encerram-se geralmente 4-5 sementes graúdas de formato oblongo, tegumento fino e coloração marrom; o endosperma é sólido e abundante (Figura 5).

Figura 5 - Sementes inteiras e descerrada do gógo-de-guariba.

COMERCIALIZAÇÃO - A comercialização dos frutos de gogó-de-guariba ocorreu em 20% das feiras visitadas, nos meses de maio, junho e julho com pequenas ofertas nas feiras de frutas regionais e da Panair. É efetuada somente no varejo, onde são vendidos por unidade, custando entre R$ 0,50 a 1,00 na feira da Panair, contudo, na feira de frutas regionais, são vendidos em sacolas de náilon contendo 3 unidades, ao preço de R$ 4,00. Esses frutos são resistentes ao transporte, mas perecíveis em poucos dias (Figura 6).

Page 113: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Figura 6 - Detalhe da comercialização dos frutos do gógo-de-guariba.

Análise química em g/100g

Gogó-de-guariba

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

Se espera resultados para depositar na tabela

Guaraná

Nome científico: Paullinia cupana Kunth

Família botânica: SapindaceaeCategoria: Origem: Brasil – região amazônicaCaracterísticas da planta: Trepadeira de caule sulcado, casca escura, que pode atingir grande porte. Folhas compostas. Flores alvas agrupadas ao longo do caule.Fruto: Tipo drupa, de coloração avermelhada, apresenta-se entreaberto quando maduro, exibindo sementes negras com arilo branco e espesso, que lembram pequenos “olhos”.Frutificação: Outubro a dezembroPropagação: Semente

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O guaraná é fruto de uma trepadeira. Quando cresce no interior da mata, dependendo das condições de luz, permanece associado às grandes árvores, convivendo num intrincado mundo de cipós, galhos e folhas para subir bem alto, nos estratos superiores da floresta. Por outro lado, quando cresce em local aberto e ensolarado, o guaraná permanece rasteiro. Tanto num caso como no outro, as folhas características da trepadeira do guaraná são acentuadamente verdes e seus muitos frutinhos aglomeram-se em compridos cachos.

Nativo da floresta amazônica, é ali que ele pode ser encontrado em estado silvestre e em grande concentração na região compreendida pelos rios Amazonas, Maués, Paraná dos Ramos e Negro, e na bacia do rio Orinoco (Venezuela). Ali, por toda parte, em cada beira de rio, encontram-se grandes quantidades de guaranazeiros frutificando, para serem colhidos em festa todo mês de novembro, ano após ano.

Segundo a pesquisadora Sônia Lorenz, toda essa região coincide com o território tradicional dos sateré-maués, localizado a cerca de 356 km de Manaus. E foram os antepassados desse índios que inventaram a cultura do guaraná, ou seja, foram eles que transformaram a trepadeira silvestre em planta cultivada, descobrindo técnicas necessárias para o seu beneficiamento.

E, desde muito tempo, a grande procura pelo produto esteve sempre relacionada com suas propriedades e efeitos medicinais: de acordo com as teorias populares, o guaraná, quando aplicado ao organismo humano, atua como estimulante, regulador intestinal, antiblenorrágico, sudorífero, tônico cardiovascular, retardador da fadiga e, até mesmo, afrodisíaco. É muito empregado na cura de enxaquecas e nos estados de convalescênça.

Muitas dessas propriedades ainda não foram testadas ou comprovadas. No entanto, o que já se sabe é que o guaraná é um forte estimulante, chegando a conter, depois de beneficiado, altos teores de cafeína, às vezes superiores aos chá e do café. A cafeína constitui droga de inúmeras utilidades na farmacopéia. Porém, quando administrada sem controle pode ter sérias contra-indicações e produzir efeitos colaterais indesejáveis.

Os frutos do guaraná são vermelhos como sangue e, quando amadurecem, suas cascas rompem-se, deixando aparecer a semente negra envolvida por uma capa branca, o arilo, cujo conjunto faz lembrar a imagem de um olho humano esbugalhado. A impressão é que, em cada cacho da planta, nasceram dezenas de olhinhos. Mas os índios sabem que, quando o guaraná amadurece no pé, já passou o tempo da colheita. E não se limita apenas nesse ponto a sua sabedoria.

Até hoje existe uma grande distinção regional entre o guaraná beneficiado pelos sateré-maués – considerado de melhor qualidade - e o guaraná beneficiado pelas populações não indígenas da região de Maués. Isto porque os processos de produção utilizados nem sempre incluem os conhecimentos e as práticas tradicionais dos indígenas, desenvolvidas e apuradas ao longo do tempo.

Trata-se de um demorado processo que se inicia com a escolha das mudas na mata, que, depois, são transportadas para um terreno adequado onde serão cultivadas. Dois ou três anos após o plantio, quando o guaraná começa a produzir, os cachos são colhidos “no tempo certo”, os frutos descascados e as sementes lavadas para eliminar o arilo ou “remela”.

Depois de secas, as sementes são torradas lentamente por várias horas. Em seguida, os grãos torrados são batidos dentro de sacos, para que as cascas comecem a se soltar, podendo então ser descascados manualmente e pilados com água.

Page 115: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Depois de pilados por bastante tempo, obtém-se uma massa que é sovada e modelada em forma de bastão, rolo ou barra: são os “pães de guaraná”. Por fim, esses “pães” são bem-lavados pelas mulheres e defumados, durante dois longos meses, em jiraus montados sobre fogueiras de fogo brando, até que possam ser considerados bons para o consumo. Para se

obter o pó de guaraná, os bastões são ralados; para ser consumido, o pó de guaraná é misturado com água, podendo ser bebido a qualquer hora do dia.

Além da forma tradicional em bastão para ralar, o guaraná natural semi-industrializado pode ser encontrado à venda já na forma de pó (acondicionado em frascos, cápsulas gelatinosas ou sachês) ou de xarope concentrado. Ambos podem ser consumidos diretamente como bebida energética (misturados com água), ma a principal utilização do xarope ainda é na produção industrial de bebidas refrigerantes, em pequena, média ou grande escala. Estima-se que 70% da produção nacional atual de ramas de guaraná ou sementes torradas – que gira em torno de 4300 toneladas por ano – seja absorvida pelas indústrias de refrigerantes, enquanto o restante permanece voltado para o consumo interno e exportação.

Muito apreciado por suas qualidades energéticas e gastrônomicas, o guaraná é um produto exclusivamente brasileiro, típico da região amazônica, e um dos mais conhecidos no exterior. O Brasil é, também, praticamente o único produtor de guaraná do mundo.

Apesar de sua incontestável origem amazônica, em particular no município de Maués, no Estado do Amazonas, há algum tempo a região deixou de ser a principal produtora de guaraná em virtude do ataque de doenças e do envelhecimento natural dos guaranizais. Atualmente, A Embrapa trabalha no desenvolvimento de cultivares mais resistentes e produtivos para substituir as árvores nativas doentes e muito velhas.

Desde a década de 1980, a planta adaptou-se muito bem a outras localidades, passando a ser cultivada em grandes empreendimentos privados, especialmente nos minicípios de Apuí e Presidente Figueiredo (AM), no norte do Estado de Mato Grosso e no sul da Bahia, onde se concentram as maiores e mais produtivas plantações do Brasil. A Bahia, hoje, produz seis vezes mais do que o Amazonas.

Mas, no município de Maués, cerca de 2600 pequenos produtores familiares continuam produzindo guaraná com base nos sistemas tradicionais de cultivo, os quais, em 2001 segundo dados do IBGE, resultaram em mais de 200 toneladas comercializadas.

Anâlise qufmica em g/1 00g*

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GUARANÂ EM PÔ

Energia (kcal) Protefna (g) Lipfdios (g) Carboidratos (g)374 16,46 2,76 70,98

FONTE: *INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Manaus. 1998.

Inajá

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Nome científico: Maximiliana regiaNomes populares: Naja, coco-inaja, coco-naiâ, coco-anaiâ, coco-anajâ

Esta palmeira estende-se por toda a Amazônia e circunvizinhanças, porém é abundante do Para ao Maranhão. Dá-se em terras firmes onde haja incidência de solo areno-argiloso, dispersando-se em solos de vegetaçâo aberta ou nos campos. Frutifica no primeiro semestre do ano.

Apresenta um sabor adocicado. O seu fruto é consumido ao natural, acompanhado de farinha de mandioca. A polpa é usada no préparo de mingaus.

As sementes do inajá contêm cerca de 60% de óleo, que é utilizado semelhante ao óleo de babaçu. Também sâo utilizadas outras partes da planta, como suas folhas, para fazer cobertura de casas e a madeira no fabrico de cadeiras (3).

Análise química em g/100g

Inajá

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

Page 118: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Se espera resultados para depositar na tabela

Ingá

Nome científico: Inga capitada Nomes populares: Ingâ cipô, ingâ-xixi, ingâ-xixica, ingâ-mirim, ingai

Existem varias espécies deste fruto na Amazônia brasileira, porém cerca de 4 a 5 sâo comestîveis. Encontrado em ârvore de grande porte que pode atingir 15 m de altura. Possui flores aglomeradas de coloração branco-esverdeada. O fruto é longo, linear, atingindo até 1 m de kcomprimento, de coloração verde-pardacenta. Polpa branca-fibrosa, que envolve sementes negras e brilhantes (5), de consistência macia e sabor adocicado, é consumido in natura (11).

Análise química em g/100g

Ingá

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

60 1,00 0,10 15,50 1,20 21,00 20,00 0,90 0,04 0,06 0,40 9,00

FONTE: * ENDEF - Tabela de composiçào de alimentas: IBGE, 1977

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Jambo

Nome cientifico: Syzygium jambos Nomes populares: Jambo roxo, jambo amarelo, jambo cheiroso, jambo comum, jambo-da-fndia, jambo moreno

Fruto de coloração vermelho-escura, rosa ou branca, apresenta polpa branca perfumada de sabor doce e de consistência esponjosa. É consumido in natura ou sob forma de sucos e de doces em calda.

Page 120: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Análise química em g/100g

Jambo

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

50 0,80 0,20 12,80 1,10 26,00 13,00 1,40 25,00 0,02 0,03 0,60 22,00

DOCE DE JAMBO (3)

Ingredientes:Uma porção de jamboAçúcarCravo-da-fndia

Modo de fazer:Descasque os jambos e reserve as cascas.Retire os caroços e ponha a polpa de molho com âgua suficiente para cobri-los.Cozinhe as cascas com água até que fiquem esbranquiçadas e a água vermelha.Escorra e utilize essa âgua para a calda, adicionando para cada xicara de calda uma xícara de açúcar.Leve a calda ao fogo e quando

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Manga

Nome científico: Mangifera indicaOrigem: Asia

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No Brasil, a fruta foi amplamente disseminada. De acordo com Rio Corrêa, a mangueira foi a árvore asiática que meIhor se adaptou ao clima brasileiro, produzindo inúmeras variedades, tornando-se quase obrigatória na paisagem do norte e do nordeste do pafs, e sendo facilmente encontrada em cultive na Amazônia e nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.

Os frutos apresentam tamanhos, formates, sabores e cores variados: por fora, as mangas podem ser verdes, amareladas, alaranjadas, róseas ou violáceas. Dentro da manga, envolvido por uma polpa de cor amarelada e sabor forte, carnuda, doce e as vezes fibrosa, dependendo da qualidade da fruta, encontra-se o caroço, grande e achatado. Basicamente, por suas excelentes qualidades de textura e sabor, a manga é fruta consumida in natura. Com sua polpa prepara-se, no entanto, um bom numéro de receitas diferentes que resultam em doces, compotas, geléias, pures, sorvetes, saladas e mousses de deliciosos sabores (11).

Análise química em g/100g *

Manga

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

59,00 0,50 0,20 15,40 0,80 12,00 12,00 0,80 210,00 0,05 0,06 0,40 53,00

FONTE: * ENDEF - Tabela de composlçào de alimentas: IBGE, 1977.

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Mangaba

Nome científico: Hancornia speciosa Nomes populares: Mangabeira, mangava, mangabeira-do-norte, fruta-de-doente Origem: Brasil

O nome mangaba, em tupi-guarani, significa "coisa boa de corner". A frutificação pode ocorrer em qualquer época do ano, mas principalmente de Janeiro a abril ou de julho a

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outubro. O caule libéra latex quando ferido, que ao contato com o ar solidifica-se, ficando semelhante à borracha. Por causa do latex que possui, a fruta verde é indigesta, sendo

consumida depois de totalmente madura, quando cai no chão (33).Apresenta casca muito fina e a polpa mole, sendo, portanto, altamente, perecível. 15).

É encontrada no Nordeste, litoral, Centro-Oeste e Amazonia. Quando madura, tem sabor doce e ácido. A polpa é utilizada na fabricação de doces, sorvetes, sucos, licores, vinhos, xaropes, alcool e vinagre.

Análise química em g/100g*

Mangaba

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

43 0,70 0,30 10,50 0,80 41,00 18,00 2,80 30,00 0,04 0,04 0,50 33,00

FONTE: *ENDEF- Tabela de composiçào de alimentas. 2- ediçào. 1981.

Geléia de mangaba

Ingredientes:

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1/2 kg de polpa de frutos maduros sem sementes 100g de açúcar cristal Suco de um limão para cada 500 g de polpa

Modo de fazer:Colocar na panela a polpa com igual peso de açûcar. Juntar o suco de limão. Deixar em repouso por duas horas. Levar ao fogo forte por mais ou menos 15 minutas. Retirar sempre a espuma que se forma na superficie. Abaixar o fogo e deixar cozinhar até o ponto de gota, mexendo de vez em quando. Retirar do fogo e colocar em vidros esterilizados ainda quente. Deixar esfriar e tampar com papel transparente segurando com anel de borracha.

Maracujá

Nome científico: Passiflora ligularis Nome popular: Flor-da-paixâo

Origem: Regiôes tropicais

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Fruta muito utilizada no Brasil, destacando-se o estado do Para como grande produtor e exportador. A polpa pode ser utilizada na preparação de sucos, sonvetes, vinhos, licores ou doces. Das sementes pode ser extraído óleo de aproveitamento industrial. Fruto apresentando casca dura, amarela quando maduro, podendo ser roxo-esverdeada ou avermelhada. Sementes

achatadas, prêtas, envolvidas por um arilo de textura gelatinosa. A polpa é amarela e translùcida.

O maracuja-zeiro é uma trepadeira com gavinhas e caule frequentemente sulcado. Possui folhas arredondadas em algumas espécies e em outras profundamente partidas, com bordos serreados. As flores, grandes e aromáticas, apresentam cor que varia de branco-esverdeada, alaranjada, ver-melha ou arroxeada (10).

Análise química em g/100g

Maracuja

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

90 2,20 0,70 21,20 0,70 13,00 17,00 1,60 70,00 0,03 0,13 1,50 30,00

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Marajá

Nome Científico: Bactris setosaNome Popular: Tucum, coco-de-tucum, coco-de-ticum, coco-de-natal¸Origem: Regiôes tropicais

Onde é encontrada: Encontrada com alguma freqüência, tanto em de matas

fechadas, no sub-bosque, quanto em campos, sempre preferindo áreas alagadas ou úmidas. Eu a vejo principalmente no Parque Florestal do Rio Doce.

Características: Palmeira de pequeno a médio porte, 3 a 8 metros de altura, tronco coberto de espinhos muito finos e agudos. tem folhas prateadas no lado de baixo, frutos redondos, quando verdes contem pequena polpa e água no interior, como o Coco da Bahia. Maduros ficam roxos e tem castanha comestível. Pode ser que as fotos apresentadas mostrem mais de uma especie de Bactris, todas chamadas popularmente de Tucum.

Fruto comestível, encontrado na Ilha de Marajó, nas regiões de várzeas, beira de riose igarapés. É proveniente de uma palmeira coberta de espinhos, com forma pequena earredondada, de coloração negra e que dá em forma de cachos.

Utilidades: Não detectado.Época de floração e frutificação: Frutos de Novembro a Dezembro.

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Análise química em g/100g

Marajá

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

Se espera resultados para depositar na tabela

Murta

Nome científico: Eugenia punicifoliaNome popular: Muta

Planta arbustiva de até 3 m de altura. Com frutos pequenos e arredondados de cor vermelho-alaranjado quando maduro, contendo 1 a 2 sementes (12). Os frutos sâo consumidos in natura.

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Análise química em g/100g

Murta

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

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Piquiá

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Nome científico: Cariocar villosumNomes populares:

Pequi, piqui, amêndoa do BrasilÁrvore grande, dispersa em matas allas, de terra firme, concentra-se principalmente na

região do Rio Amazonas. Apresenta um fruto carnudo lembrando o pequi. É consumido com seus caroços cozidos acompanhado de farinha de mandioca, feijão, cozido de carne e arroz.

A polpa fornece uma gordura branca e fina, bastante utilizada no prépara caseiro, em substituição a outros óleos (3).

O fruto do pequizeiro, por ser rico em óleo já foi muito utilizado na fabricação de sabão caseiro pelos moradores rurais do

Tocantins, que não tinham fácil acesso ao produto industrializado. Na fabricação do sabão, a massa do fruto

era misturada a um líquido retirado das cinzas de uma árvore conhecida popularmente por "Mamoninha", essa mistura era levada ao fogo e produzia um sabão vegetal de cor preta brilhante, bastante macio, que era usado para lavar roupas,utensilios e principalmente para a higiene pessoal,pois segundo as pessoas que o fabricavam o produto fazia bem para a pele e cabelo.

Propriedades do pequi

Recentemente, foi descoberta uma propriedade do óleo de pequi que, antes mesmo de poder ser explorada pelo Brasil, já foi patenteada por japoneses. Ela foi recentemente batizada de CSL (chemical strengthener layer). Segundo as pesquisas, basta adicionar cinquenta mililitros de óleo de pequi a 4l de óleo mineral para que se consiga o efeito da superdureza em qualquer material metálico, aumentando, inclusive, a carga de molas se for aplicado uniformemente. Existem testes em motores com cabeçotes totalmente originais girando mais de 10 000 rotações por minuto sem indícios de fadiga ou quebra

Análise quimica em g/1 00g* PlQUIÂ

Energia (kcal) Proteina (g) Lipîdios (g) Carboidratos (g) Fibra (g)

358 30,40 25,60 1,60 7,60

FONTE: *INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Manaus. 1998.

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Pupunha

Nome científico: Bactris gasipaes Origem: America

A pupunha é um fruto de uma palmeiraque dâ em forma de cachos e apresenta formato e coloração variadas: redondas, ovóides ou cônicas e cores vermelha, amarela, alaranjada e até mesmo verde (3).

Fruta de excelente valor energético e elevado teor de vitamina A, apresenta polpa carnuda, espessa e, as vezes, fibrosa. Tradicionalmente, o fruto da pupunha é consumido de uma única forma na maioria dos lugares onde ocorre: após separados do cacho, os frutos são cozidos em água com sal durante 30 a 60 minutes, em seguida são descascados, partidos pelo comprimento, a semente extraída e estão prontos para o consumo, servidos no lanche ou com café acompanhados com mel, açúcar ou ao natural. Um outro uso para os frutos cozidos é a preparação de diverses comidas caseiras, ou moidos para produção de farinha, que pode ser usada em uma variedade de receitas culinárias.

No estado do Amapá, por meio de um programa governamental de desenvolvimento sustentável, a pupunha esta sendo incluîda nos cardápios escolares no préparo de mingaus ou misturadas a pratos salgados, apresentando boa aceitação.

Page 132: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Tem-se realizado estudos na Universidade de São Paulo, onde verificou-se que a pupunha é uma das maiores fontes de selênio do reino végétal (35 a 55 mcg/100 g), minéral que atua na prevenção do cancer.

O palmito de pupunha é um produto de excelente qualidade que pode ser saboreado tanto fresco como em uma infinidade de receitas. Possui um sabor levemente adocicado e uma textura crocante. O palmito é a principal razão porque a pupunha esta sendo plantada em larga escala, atualmente, na região amazônica e em parte do Nordeste brasileiro, com cerca de 8.000 ha plantados no Brasil, com pelo menos 1.000 ha na Amazônia e Acre (13).

Na Costa Rica, a pupunheira também é cultivada em larga escala e vem-se realizando estudos com vistas à racionalização do cultive e utilização desta planta. Já se descrevem alguns usos do fruto com fins de industrialização de seus produtos, como por exemple: o fruto verde é usado na forma de tempero; o fruto maduro é usado na forma de 1) enlatados em salmoura, vinagre ou azeite; 2) moído ou granulado para recheio de carnes, molhos, crèmes e sopas; 3) farinhas para tortas, pães e sorvetes; 4) ração concentrada para animais; 5) manteiga, vinho, vinagre, alcool e óleo da polpa e da semente (3).

A pupunheira se dá melhor em ambiente quente e úmido e frutifica de Janeiro a março.

Análise química em g/100g

Pupunha

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

164 2.00 9.20 21.70 8.90 164.00 31.00 3.30 1500.00 0.06 0.50 0.50 35.00

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Sapota-do-Solimões

Nome científico: Hamilkana zapota Nome popular: Sopote Origem: Amazonia

Árvore de grande porte que pode atingir até 45 m de altura. Possui folhas grandes, de até 50 cm de comprimento, e flores de coloração branco-rosada que surgem de agosto a novembre.

O fruto possui forma oval, caracteristicamente envolvido por um "capuz", que é uma parte resistente da flor. A polpa amarelo - alaranjada envolve 2 ou 3 sementes verde-

Page 134: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

castanhas, duras e espessas. Cresce espontaneamente em toda a região amazôni-ca, onde também é amplamente cultivada.É bastante apreciada por seus frutos que se distinguem pela arredondada ou ovalada e

por seu grande tamanho, se comparado as demais frutas da região.O fruto da sapota-do-solimões apresenta, por fora, uma grossa casca marrom-

esverdeada e, internamente, oferece uma polpa suculenta e abundante, repleta de finas fibras alaranjadas. Na época da maturação, esses frutos são comumente encontrados nas feiras de algumas cidades amazônicas, uma vez que a polpa, de sabor delicado, doce e saboroso, é muito consumida e apreciada pelas populações locais (4).

Anâlise quimicaemg/100g*

SAPOTA-DO-SOLIMÕES

Energia (kcal) Carboidratos (g) Lipídios (g) Proteíma (g) Fibra (g)

68 15,30 0,40 1,00 5,00FONTE: *INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Manaus. 1998.

Sorva

Nome cientifico: Couma utilisNome popular: Sorvinha Origem: AmazôniaCaracterísticas da planta: Árvore geralmente com 20 metros de altura, copa ampla e densa. Possui látex abundante, leitoso e potável ao longo de toda a planta. Folhas rígidas, de

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coloração verde e brilhante. Flores pequenas, reunidas em inflorescência, de coloração rósea.Fruto: Tipo baga, globoso de coloração verde, passando a castanho-escura quando maduro, casca fina contendo suco leitoso e viscoso. Polpa mucilaginosa e coloração amarelada.Frutificação: Dezembro a marçoPropagação: Semente

O fruto é redondo, de coloração verde, passando a castanho-escura quando maduro, casca fina contendo suco leitoso e viscoso. Apresenta polpa mucilaginosa e de coloração amarelada.As sorveiras ou sorvas brasileiras são diversas e bastante comuns em toda a região amazônica, onde são freqüentes, especialmente, em terras dos estados do Amazonas, Pará, Amapa e Rondônia, chegando até às Guianas, Colômbia e Peru.

Encontram-se sorvas silvestres em meio à floresta densa de matas vir-gens, em terrenos alagados ou de terras firmes. Algumas variedades sâo espontâneas nos campos ou campinas e em matas secund-rias, sendo freqùentemente culti-vadas nos arredores de Manaus.

Os frutos das sorveiras, em todas as suas variedades, sâo do tamanho de limôes, a princfpio verdes, passando depois a uma cor parda e escura. Apesar de apresentarem um sabor bom e adocicado e de constitufrem importante alimento para as popula-çôes regionais, sâo consumidos in natura ou como bebida (tipo réfrigérante).

Do tronco das sorveiras, especialmente das espécies Couma macrocarga (sorva-grande) e Couma utilis (sorva-pequena), é possível extrair boas quantidades de um latex espesso, branco e viscoso, que é co-mestfvel e de paladar adocicado. Esse latex pode ser ingerido diluído em água. Dessa forma, é usado como bebida, acrescido de café ou, ainda, como ingrediente no prépara de mingaus.

Na floresta, por exemple, é co-mum o seringueiro sair para sua jornada de trabalho sem precisar levar nenhum alimento: é em árvores como a sorveira e em seu latex consistente que o habitante da terra encontra parte de seu sustento diário.

Retirado das ârvores por um processo semelhante ao da extração do latex da borracheira, o latex da sorveira tem, também, grande utilidade como matéria-prima industrial, em especial na fabricação de goma de mascar. Apos a extração, o latex se soli-difica e é comercializado em grandes blocos compactes destinados, basicamente, à exportação (4).

Análise quimica em g/1 00g*

SORVA

Energia (kcal) Proteina (g) Lipidios (g) Carboidratos (g) Fibra (g)

122 1,20 2,90 22,90 8,40

FONTE: *INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Manaus, 1998.

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Taperebá

Nome científico: Cabralea canjerana Nomes populares: Acajâ, cajâ-mirim, cajâ-pequeno Origem: America

Sua origem é contro-versa, alguns Ihe originam da Africa e outros da America, mas é encontrada de forma silvestre no Amazonas, São Paulo e litoral brasileiro. Localiza-se em matas de terra firme e de várzea, como também em cidades e povoados, em condições subes-pontâneas.

Fruto arredondado, cheiroso, de casca fina, lisa, amarelo-alaranjada, com sabor mais azedo do que doce e altamente perecível.

E consumido na forma de sucos fermentados e destilados, sorvetes, picoles, bebidas alcoolizadas como "batidas" e

licores, geléia e compota. É do mesmo gênero da ciriguela, do umbu e do cajá-manga. Apresenta um tubercule que é usado no préparo de farinha (9, 30).

Frutifica no período de dezembro a junho.

Análise química em g/100g

Taperebá

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

Page 137: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

70 0,80 2,10 13,80 1,00 26,00 31,00 2,20 23,00 0,08 0,06 0,50 28,00

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Tucumã

Nome científico: Astrocarium tucuma Nome popular: Coco-de-tucumâ

Fruto de palmeira que chega a alcançar 10 m de altura. Essa palmeira produz cachos com numerosos frutos de formate ovoide. Estando maduro, o fruto tem cor alaranjada e polpa grudenta e fibrosa.

A casca amarelo-esverdea-da que reveste uma amêndoa que contém ôleo comestfvel é também utilizada para comésticos. Excelente fonte de energia e vi-tamina A.

Da sua palmeira também se aproveitam as folhas, que sào bastante re-sistentes e

utilizadas para produ-çâo de cordas, redespara pesca e para dormir. Sua madeira é dura e resistente, utilizada na fabri-

caçâo de utensflios em gérai. A palmeira frutifica no primeiro semestre do ano.

Page 138: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Anâlise quimica em g/1 00g*

TUCUMÂ

Energia (kcal) Proteína (g) Lipído (g) Carboidratos (g) Retinol (mcg)* Fibra (g)

474 5,50 47,20 6,80 5.170,00 19,20

FONTE: *INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Manaus. 1998 ** FRANCO, G.

Umari

Nome comum: Umari , guacure , mari , yure ou teechiNome científico: Poraqueiba sericea Andira spinulosa

Origem: Brasil

Lugar de origem : Encontrado selva na Amazônia ocidental não é dada uma área específica para a sua origem , mas a maior diversidade na região está localizado nas fronteiras do Brasil, Peru e Colômbia.

O Umari apresenta cores variadas que vão do amarelo ao preto.

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Este fruto é uma drupa ovóide 5-10 cm de comprimento e 4-8 cm de diâmetro, casca fina , lisa, brilhante , amarelo, preto, vermelho ou verde, polpa comestível de 2-5 mm de espessura, textura semelhante a manteiga gordura amarela e sabor agradável, contém gordura , hidratos de carbono , proteínas , zinco , cálcio e de vitamina A, e contém uma grande semente .

Tem um sabor de fruta exótica muito forte que só a verdadeira Amazônia conhece o gosto desde a infância. Muitos poucos visitantes apreciam este sabor forte.

Esta espécie é típica do chão da floresta e do solo crescente de preferência perto do rio Amazonas

O consumo é localmente.

Geralmente consumido directamente como frutos , sementes descartadas constitui cerca de 74% do fruto. Esta semente tem uma percentagem significativa de amido igual ao de uma tecnologia apropriada pode ser extraída e utilizada como uma alternativa a outros semelhantes e pode , no futuro, ser a base para o desenvolvimento tecnológico , nas áreas em que essas culturas são localizados.

Período de frutificação é de Janeiro a junho (3)

UsaPolpa de fruta fresca: Tem um sabor agradável e forte aroma característico . É

consumida diretamente na natureza, acompanhada por mandioca ou farinha de mandioca cozida com arroz, tradicionalmente manchada a mandioca ( pão de mandioca ) ou outros alimentos como manteiga

Polpa na preparação cahuana , bebida tradicional não-alcoólica, feita de amido de tapioca .

Tall oil : óleo comestível é extraído e usado na preparação de arroz frito.Actualmente industrialmente extraído.Torrado sementes comestíveis.Amido Semente: tradicionalmente misturado com amido de mandioca para preparar a

mandioca. Na industria, a farinha Umari substituição da farinha de trigo e também utilizada na produção de colas para a indústria da madeira laminada. É medicinal para uso dermatológico.

Folhas na medicina popular.Forragem. É utilizado na alimentação de suínos.Madeira e carvão.

Tendo em 55,8 % de humidade , 2,7 % de proteínas , 21,1 % de gordura, hidratos de carbono 20,1 % , 0,2% de fibra, carotenóides 3900 mg por 100 g .

Page 140: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Análise química em g/100g

Umari

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

2,70

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Uxi

Page 141: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Nome científico: Saccoglotis uchi

Origem: Amazônia

Fruto présente no Para, Amazonas e llha de Marajô, originârio de ârvore de grande porte existente em terras firmes da regiâo Morte. Atualmente, a presença de ârvores nativas é bem menor do que hâ tempos, dada à destru-içâo indiscriminada das matas amazônicas. O uxi se reproduz por meio de sementes que demoram de 9 a 10 meses para germinar e frutifica em torno de 15 anos, o que ocorre nos meses de dezembro a junho.

O fruto apresenta polpa gordurosa, além de ser comido in natura (estarâ em ponto de consume se, ao se pressionar a casca, ela céder), utiliza-se na produçâo de sorvetes, licores e doces pastosos (3).O Uxi (Endopleura uchi Huber) pertence à família das Humiriaceae, que é constituída por 8 gêneros (Duckesia, Endopleura, Hylocarpa, Humiria, Humiriastrum, Sacoglottis, Shistostemon e Vantanea) e destes gêneros botânicos há cerca de 50 espécies identificadas.(1)

Os índios utilizam a espécie vantanea peruviana para tratamento de reumatismo sendo o Uxi muito utilizado na medicina popular.

É árvore originária da Amazônia brasileira que pode atingir até 30m de altura, de casca espessa e madeira vermelho-escuro. Ela é encontrada em estado silvestre em mata de terra firme, dispersa por toda a Bacia Amazônica, preferindo os solos arenosos e argilosos, ácidos e bem drenados. É conhecida como – Uxi-amarelo, Uchi-pucu, Axuá, Cumatê, Pururu, Uxi-liso, Uxi-ordinário, Uxi-verdadeiro - considerado um alimento de grande importância para subsistência de muitas comunidades rurais na região.

A polpa do uxi é consumida ao natural ou através de sorvetes, licores e doces em pasta. Os estudos com polpa de frutos de Uxi o indicaram como fonte de ácidos graxos, fibras, esteróides, sais minerais, vitaminas C e E, os ácidos graxos oléico(7,38%) e o palmítico (3,78%). As principais propridades da planta são: antiinflamatória, antimutagênica, antioxidante, antitumoral, antiviral, depurativa, diurética, hipotensora, imunoestimulante, regeneradora celular, vermífuga alívio das inflamações uterinas, distúrbios menstruais, hemorragias, quistos e miomas. Seu uso medicinal é feito através da decocção de sua casca.

Anâlise quimica em g/1 00g*

Uxi

Energia (kcal) Proteina (g) Lipidios (g) Carboidratos (g) Fibra (g)

252 2,20 10,10 38,20 20,50

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FONTE: *INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Manaus. 1998.

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HORTALIÇAS

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Alfavaca

Nome científico: Ocimum tweedianumNomes populares: Alfavaca cheirosa, quioiô, segurelha

A alfavaca é uma planta condimentar aromâtica muito fréquente em varies estados brasileiros. Ocorre também na Âfrica, Âsia tropical, Oriente Médio e em todo o Mediterrâneo.

Conhecida e utilizada desde a antigùidade, a alfavaca tem grande utilidade culinâria. As fo-Ihas sâo usadas como condi-mento, pois conferem agradâ-vel sabor aos molhos, sopas e carnes. No estado do Para, é muito empregada no prépara do tucupi. O linalol, extrafdo das fo-Ihas, é utilizado como aromati-zante pelas indûstrias de bebidas,

Análise química em g/100g

ALFAVACA

Energia(kcal)

Proteína(g)

Lipído(g)

Carboidrato(mg)

70 3,30 1,50 10,89

Page 145: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

FONTE: * INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Manaus. 1998.

Azedinha

Nome científico: Oxalis barretieri Nome popular: Trevo-de-âgua

Planta de caule vermelho e folhas arredondadas, nâo muito grandes, com uma con-sistência que lembra o agriâo. Para consumo, deve estar fresca, com suas folhas viçosas, sem manchas ou marcas de inseto (15).

Análise química em g/100g

Azedinha

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

19 1,60 0,30 3,50 0,60 106,00 39,00 1,60 582,00 0,06 0,17 0,60 86,00

FONTE: ENDEF - Tabela de composiçào de alimentos: IBGE, 1977.

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Bertalha

Nome científico: Basela rubra Nomes populares: Baiano, bretalha, couve gorda, couve de cerca, espinafre indiano Origem: Âsia tropical, fndia ou Indonésia

A procura d opçôes viâveis para o cultivo nos trôpicos, mostrou que a berta-Iha pode substituir efici-entemente o espinafre e o cariru.

Esta espécie desen-volve-se bem no perîo-do chuvoso, que é crftico para as demais folhosas.

No Brasil, é co-nhecida e cultivada no Rio de Janeiro, Minas Gérais e em todos os estados do Nor-deste e Morte, principalmente no estado do Para.

Os ramos tenros e as fo-Ihas podem ser consumidos da mesma forma que o espinafre, em sopas ou saladas (9).

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Análise química em g/100g

Bertalha

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

19 1,60 0,30 3,50 0,60 106,00 39,00 1,60 582,00 0,06 0,17 0,60 86,00

FONTE: * ENDEF - Tabela de composiçào de alimentas: IBGE, 1977.

Caruru

Nome científico: Amaranthus sp.Nomes populares: Bredo, bredo-vermelho, bredo-de-chifre, bredo-de-espinho, caruru-bravo, caruru-roxo, crista-de-galo, caruru-de-mancha, caruru-de-porco, caruru-de-espinho, caruru-verde, caruru-do-pequeno, caruru-de-cuia, chorâo

Sâo diversas as espécies de carurus. No Brasil, o hâbito do seu consume pode ser detectado principalmente nas regiôes Morte

e Nordeste. Na regiâo Norte, os estados do Amazonas e Para sobres-saem-se no cultivo e consume desta hortaliça, seu uso porém encontra-se disseminado em todo o Brasil. Sâo plantas anuais, pequenas, eretas e pouco ramificadas (16).

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Utilizam-se as suas folhas e hastes tenras nos mesmos pratos que o espinafre, preparados de forma similar. Também prepara-se em molho grosso, que serve de acompa-nhamento para o arroz, milho ou tuberosas.

O caruru é ingrediente de destaque no famoso "Efô da Bahia" (prato tfpico).Destaca-se também o alto teor de lisinà nas proteînas de suas folhas e sementes,aminoâcido limitante nos cereais, de modo que a inclusâo do caruru em dietas ba-seadas em

arroz e/ou milho complementaria o valor proteico da alimentaçâo.

Análise química em g/100g

Caruru

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

42 0,60 0,20 8,30 1,80 410,00 103,00 8,90 953,00 0,05 0,42 1,20 64,00

CARURU DE Coco Ingredientes:2 maços de caruru 250 ml de leite de coco 4 tomates1 cebola média picada2 dentés de alho amassados Coentro picado2 col hères (sopa) de azeite de oliva Sal e pimenta a gosto

Modo de fazer:Destaque as folhas do caruru, lave-as e levé para escaldar para tirar o visgo.Escorra e reserve.Faça um molho fritando a cebola e o alho no azeite.Junte os tomates e deixe cozinhar até encorpar.Junte o coentro e tempère com sal e pimenta.Acrescente o caruru e deixe cozinhar cerca de 10 minutos.Junte o leite de coco e assim que levantar fervura apague o fogo.Sirva-o de preferência acompanhado de arroz também cozido no leite de coco.

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Celosia

Nome científico: Celôsia argentea

Planta que também pertence à famîlia das amarantâceas e ao do grupo dos espinafres africanos, é menos difundida que os carurus, embora sejam idênticas no que se réfère ao valor nutritive e nas preparaçôes culinârias. Sâo utilizadas as folhas no prépara de cozidos e refogados assim como o caruru.

Page 150: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Análise química em g/100g

Celosia

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

Se espera resultados para depositar na tabela

Chicória

Nome científico: Cichorium endivia Nomes populares: Chicôria-de-caboclo, coentro brasileiro, chicôria do amazonas e coentro-de-caboclo

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A chicôria é muito utilizada como hortaliça condimentar. Sua origem nâo é definida, mas hâ proposiçôes de que seja uma espécie da America do Sul. Sua dis-tribuiçâo abrange pafses da America do Sul, America Central e Âsia.

A espécie é encontrada nos campos, brejos ou litoral das diversas regiôes brasileiras. Porém, onde ela tem maior importância como condimento, é na Amazônia brasileira. Nesta regiâo, a chicôria é cultivada em escala considerâvel e, juntamente com a cebolinha (Allium fistulo-sum), e o coentro (C. sativum), formam o popular "cheiro-verde". O seu emprego na culinâria régional verifica-se especialmente como tempera de pratos à base de peix-es, pato no tucupi e ta-cacâ.

A cultura dessa hortaliça, na Amazônia, é de significativa importância econômi-ca e social. Por ser um tempero essencial a inûmeros pratos, de grande aceitaçâo popular, as quantidades comercializadas sâo considerâveis, movimentando expressive volume de recursos financeiros.

Constitui valiosa fonte de renda para os pequenos agricultures que se dedicam ao seu cultive, ajudando a suprir algumas necessidades bâsicas de suas famflias e gerando condiçôes para a permanência do homem no campo (9).

Análise química em g/100g

Chicória

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

Page 152: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Se espera resultados para depositar na tabela

Coentro

Nome Científico: Coriandrum sativum Origem: Sul da Europa, regiâo do Méditerranée, mas existem proposiçôes de que essa espécie teve origem no ocidente da Âsia

No Brasil, sua importância esta associ-ada ao consumo das folhas frescas, uti-lizadas como condimento, principalmente no Morte e Nordeste. Embora seja atribuido apenas valor condimentar, as folhas entram na composiçâo de diverses tipos de mo-Ihos, sopas, saladas e no tempero de peixes e carnes.O ôleo essencial, obtido dos frutos secos, é utilizado para perfumes, chocolatés, carnes defumadas, sopas enlatadas, pickles, licores e gim (10).

Análise química em g/100g

Coentro

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

42 3,30 0,70 8,00 1,70 188,00 72,00 3,00 533,00 0,15 0,28 1,60 75,00

Page 153: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Espinafre africano

Desde os tempos pré-histôricos, os espinafres africanos eram conhecidos e cultivados pelo homem. Estas espécies, larga-mente cultivadas na Âfrica e Âsia, foram introduzidas no Brasil e estâo sendo testadas e divulgadas entre os pequenos agricultures do estado do Ama-zonas, visando a aumentar a varia-bilidade na oferta de hortaliças no mercado da cidade de Manaus.

Os espinafres africanos sâo espécies bastante rûsticas, que se adaptam perfeita-mente as condiçôes tropicais. Nâo requerem tra-tos especiais de fertilizan-tes e outros p ro d u to s qu fm icos, to r n a n d o seu custo de produçâo mais barato.

Além das folhas, as sementes podem ser utilizadas na alimentaçâo, quando transformadas em farinhas.

Elas contêm de 12% a 16% de proteina, 7,5% de gordura, 62% de carboidratos, 3% de minerais (P, Mg, K, Ça, Fe) e 15% de vitaminas (C, Niacina, B1, B2).

Análise química em g/100g

Espinafre africano

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

12,0016,00

7,50 62,00 3,00 3,00 3,00 3,00 15,00 15,00 15,00 15,00

Se espera resultados para complementar na tabela

Page 154: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Jambu

Nome Científico: Spilanthes sp. Nomes populares: Agriâo-do-Parâ, agriâo-do-norte, agriâo-do-Brasi I, agriâo-do-mato, erva-de-malaca, gambu, jambu-ranu, pimenteira, agriâozinho, pimenta-d'âgua, pimenta-do-Parâ, abecedâria e jambu-açû Origem: America do Sul

O uso das folhas e talos do

jambu como hortaliça é muito difundido entre os amazo-nenses, por serem indispensâveis na preparaçâo de iguarias regionais como o pato no tucupi e o tacacâ (de origem indfgena, cujos ingredientes sâo o tucupi, goma de mandioca, jambu e camarâo seco). Além disso, a folhagem é utilizada em cozidos e sopas. Em saladas, faz-se uso das folhas cruas.

O jambu é encontrado em hortas domés-ticas e cultivado com finalidade comercial por pequenos agricultures. As técnicas de cultivo prédominantes sâo as tradicionais, herdadas dos nativos da regiâo amazônica (9). Muito parecida com o agriâo, embora suas folhas sejam menores, mais grossas e duras, e de sabor mais forte. Suas folhas devem estar viçosas (sem amarelados ou murchas), sem marcas de insetos ou machu-cados (17).

Page 155: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Análise química em g/100g

Jambu

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

32 1,90 0,30 7,20 1,30 162,00 41,00 4,00 392,00 0,03 0,21 1,00 20,00

Maxixe peruano

Nome Científico: Cyclanthera pedataNomes populares: Boga-boga, caya, cayo, taiuâ-de-comerOrigem: America do Sul

Trata-se de um fruto-hortaliça que pode ser encontrado e cultivado em diverses paises (Brasil, Bolfvia, Chile, Colômbia, Ar-gentina e Peru), mas sua ocorrência na forma cultivada sobressai-se no Peru, onde é cultura de significative valor econômico.

No Brasil, o cultivo dessa hortaliça é rea-lizado em hortas domésticas por pequenos agricultures, que comercializam seus frutos em pequena escala. É facilmente encontrada em Tabatinga, município amazonense localizado na fronteira com Peru e Colômbia, onde é conhecida popularmente como "boga-boga". No estado do Acre, está sempre presente nas feiras livres dos municípios de Rio Branco e Sena Madureira, podendo ser reconhecida pelo

Page 156: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

nome popular de "cayo". Esta denominação pode ser uma forma adaptada de caihua, atribuído a esta hortaliça em castelhano (Amazônia peruana e colombiana).

Os frutos são consumidos recheados, preparados cozidos, em ensopados à base de carnes e aves, bem como ao molho e ao forno.

Outra característica dos frutos é o sabor levemente amargo, semelhante ao da berinjela e do jiló, o que, comumente, tem relação com a presença de compostos fenólicos (9). Quando ainda verdes, os frutos podem ser consumidos crus em saladas.

Análise química em g/100g

Maxixe peruano

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

Se espera resultados para depositar na tabela

VinagreiraNome científico:Hibuscus sabdariffaNomes populares: Azedinha, caruru-da-guiné, azeda, quiabo-de-angola (MG),quiboróseo, quiabo roxo (SP), rosela, groselha (PN), caruru azedo (PA), umeOrigem: África

Seu nome deriva do característico sabor ácido de suas folhas e cálices folhais, que são as principais partes utilizadas. Nos estados da região Sudeste, e também no norte do Paraná, empregam-se seus cálices para sucos e geléias.

Page 157: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

A colônia japonesa, que a chama de "ume", utiliza os cálices para picles. Também está presente no Pará (10).

Sua composição inclui 25,2% de proteína bruta e 21% de lipídios. É fonte de vitaminaA.

Suas folhas cruas podem ser utilizadas em sucos, saladas picadas finamente como couve, temperadas com sal e óleo. As folhas

Os frutos são consumidos recheados, preparados cozidos, em ensopados à base de carnes e aves, bem como ao molho e ao forno.

Outra característica dos frutos é o sabor levemente amargo, semelhante ao da berinjela e do jiló, o que, comumente, tem relação com a presença de compostos fenólicos (9). Quando ainda verdes, os frutos podem ser consumidos crus em saladas.

maduras são consumidas refo-gadas.No Maranhão, costuma-se cozinhá-las, finamente picadas e, então, temperá-las com

gergelim, camarão seco, alfavaca e sal: o cuxá.O fruto é vermelho escuro ou branco (na variedade alba - azedinha-de-guiné) e pode

ser usado na fabricação de geléias, xaropes, conservas, pastas, picles e vinho.

FONTE: * ENDEF - Tabela da composição de alimentos, 3! ed., IBGE, Rio de Janeiro, 1985.

Page 158: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Análise química em g/100g

Vinagreira

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

43 3,30 0,30 9,20 1,60 213,00 93,00 4,80 689,00 0,17 0,45 1,20 5,40

ARROZ DE CuxÁ

Ingredientes:1 maço de vinagreira250 g de gergelim torrados e moído1 k de camarão seco 1/2 k de camarão fresco 4 dentes de alho picado2 cebolas picadas 1 tomate picado1/2 pimentão picado farinha de mandioca a gosto 1 xícara pequena de azeite

Modo de fazer:Cozinhe as folhas de vinagreira na água. Em seguida, bata no liqüidificador com a mesma água do cozimento. Reserve. Descasque os camarões, reservando as cabeças. Lave-os e refoque com os temperos no azeite. Lave as cabeças dos camarões e bata no liqüidificadorcom 1 litro de água. Coe esse caldo e junte ao refogado de camarões, assim como a pasta de vinagreira e o gergelim. Engrosse com farinha. Sirva com arroz branco.

REFRESCO DE FOLHAS DE VINAGREIRA

Ingredientes:Folhas frescas de vinagreira Açúcar, para adoçar Água geladaCubos de gelo

Modo de fazer:Triturar, no liqüidificador, as folhas devinagreira com a água e o açúcar, agosto.Coar e servir com cubos de gelo.

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LEGUMINOSAS

Page 160: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Feijão-de-asa

Nome científico: Psophocarpus tetragonolobusNomes populares: Feijão-alado, feijão-quatro-asas

As raízes tuberosas, levemente adocicadas, contêm cerca de 20% de proteína, conteúdo superior ao de outras raízes tuberosas ou tubérculos como a mandioca (0,8%), batata (2%) ou batata-doce (2%). As sementes têm composição semelhante às da soja, apresentando, em média, 34% de proteína e 17% de gordura.

No estado do Amazonas, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) tem pesquisado e fomentado o uso do fei-jão-de-asa como vagem verde, que é a parte

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mais utilizada como hortaliça. As vagens, de gosto muito semelhante ao do feijão-vagem, podem ser consumidas cruas ou cozidas (15). Os grãos podem ser consumidos ainda verdes ou após a maturação e secagem, substituindo o feijão em todas as suas preparações.

Análise química em g/100g

Feijão-de-asa

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

Se espera resultados para depositar na tabela

Feijão-de-metro

Page 162: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Nome popular: Feijão-verde Origem: África ou sudeste da Ásia

Leguminosa similar ao feijão-de-corda, com vagens longas, tenras e pouco fibrosas. Apresenta sabor semelhante ao da vagem comum.

O feijão-de-metro é uma hortaliça-legume introduzida no Brasil no séc. XVII, pelos colonizadores portugueses e espanhóis e pelos escravos africanos, provavelmente no estado da Bahia. Posteriormente, disseminou-se por outro estados do Nordeste e outras regiões do País, principalmente para o Norte e Centro-Oeste. No Sul, seu uso é menos conhecido, predominando em regiões de concentração oriental. Apresenta-se a tentativa de disseminação de seu uso no estado do Paraná, por meio de projetos da EMATER-PR e o IAPAR, que, no momento, apresenta boa aceitabilidade.

Atualmente, o feijão-de-metro é consumido expressivamente na região Norte, em cozidos, ensopados de carnes e aves, bem como em sopas e saladas. É uma hortaliça de uso popular e suas vagens constituem uma excelente e barata fonte de nutrientes para a população

em geral. Após a colheita, seu consumo deve ser imediato, pois apresenta grande facilidade para murchar. Seu consumo é recomendado em saladas, refogados, sopas, picles e maioneses. Seu cozimento é mais rápido que o da vagem comum (12).

A demanda da região Norte é atendida, principalmente, pelo cultivo realizado por pequenos agricultores, que têm, nesta hortaliça, uma significativa fonte de renda. No estado do Amazonas, onde o consumo é amplamente difundido, predominam os plantios realizados por agricultores das áreas de várzea. O feijão-de-metro poderá transformar-se numa fonte de renda mais expressiva para os agricultores que se dedicam ao seu cultivo se passar a ser industrializado. Neste sentido, estudos preliminares sobre o seu beneficiamento estão sendo projetados pelo Centro de Pesquisa Agroflorestal da Amazônia Ocidental -CPAA, Embrapa, Manaus, AM (9). Análise química em g/100g

Feijão-de-metro

Page 163: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

Se espera resultados para depositar na tabela

TUBERCULOS

Page 164: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Ária

Nome científico: Calathea luteaNomes populares: Cauaçu, batata-aria

Na Amazônia brasileira, até o final da década de 50, o ária era freqüentemente cultivado em pequena escala pelos agricultores em seus quintais; também foi comercializado no Nordeste, principalmente no Ceará. As raízes tuberosas apresentam formato semelhante ao da batata inglesa, sendo consumidas cozidas em caldeiradas, podendo ser utilizadas até mesmo no café da manhã.

Atualmente, mesmo nas comunidades mais distantes dos centros urbanos da Amazônia, não é mais comum encontrar agricultores que conservem o ária em seus quintais. As populações indígenas, por

hábitos culturais, são as que têm mantido ainda o cultivo dessa espécie.As raízes tuberosas cozidas mantêm a textura crocante mesmo após longo tempo de

cozimento, sendo esta característica, em geral, agradável aos consumidores. O cozimento em água pode demorar de 15 a 60 minutos, e o seu sabor lembra o de milho doce cozido. Além do consumo de forma isolada, o ária pode ser um componente para saladas, maioneses ou cozidos e pratos produzidos à base de verduras e carnes.

As raízes tuberosas apresentam, na matéria seca, de 13% a 15% de amido, e cerca de 1,5% de proteína. Esse conteúdo protéico, apesar de ser considerado baixo, apresenta altos níveis de aminoácidos, principalmente os essenciais, como lisina e metionina (9).

FONTE: *INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Análise química em g/100g *

Ária

Energia(kcal)

Proteína(g)

Lipído(g)

Carboidrato(mg)

Fibra(g)

Page 165: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

94 1,50 0,30 21,40 3,40

Raízes de ariá (Calathea allouia) são comestíveis e bastante nutritivas.

Feijão-macuco

Nome científico: Pachyirhizus tuberosus Nomes populares: Jacatupé (região Sul), feijão-chicote, feijão-espargo Origem: Amazonas

A parte comestível desta planta são suas raízes tuberosas que se assemelham à bata-ta-doce. O que torna adequado o uso do fei-jão-macuco como alimento é o conteúdo de proteína, podendo alcançar até mais de 9% do conteúdo feijão.

O consumo da raiz tuberosa pode ser na forma fresca, em saladas. Retira-se a casca e corta-se em pedaços (como se faz com o pepino). Outras utilizações são em forma de farinha ou polvilho para fabricação de pães e biscoitos (9).

Análise química em g/100g*

Feijão-macuco

Energia (kcal) Proteína (g) Lipído (g) Carboidrato (mg) Fibra (g)27,33 1,12 0,05 5,60 0,78

Page 166: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

FONTE: "Cardoso, M.O, Hortaliças não-convencionais da Amazônia, 1997, EMBRAPA-MA, Brasília-DF.

PREPARAÇÕES ESPECIAIS

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Tucupi

Ingredientes:3 kg de mandioca brava (maniva)

4 dentes de alho amassados2 maços de chicória Sal a gostoPimenta de cheiro a gosto.

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Modo de fazer:Descasque a mandioca, lave-a e depois rale no ralador. Coloque numa panela e vá acrescentando água até virar uma massa. Esprema esta massa para extrair um líquido amarelo, que é o tucupi. Deixe este líquido descansar por 12 horas, até que a goma se separe do tucupi (líquido). Reserve a goma que deve ser usada depois na preparação do tacacá. Numa panela grande, ferva o tucupi com o alho, a chicória e o sal por 1 hora e 30 minutos. Rende 2 litros de tucupi.

FARINHA DE PIRACUÍ Farinha feita à base de um peixe cascudo chamado Acari.

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Modo de fazer:Asse a carne do peixe e, em seguida, soque no pilão. Com a farinha são servidos bolinhos típicos ou torta assada no forno. Também éutilizada no preparo de sopas e mujicas (sopa à base de camarões salgados ou sobrasde peixe, caranguejo ou siri).

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REGIÃO CENTRO-OESTE

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FRUTAS

Abacaxi-do-cerradoAraçá (Região Norte)AraticumBaruBuriti (Região Nordeste)CagaitaCajá (Região Nordeste)CajuíCambuci (fruta rara)CatoléCoco-babãoCoco-cabeçudoCoco-indaiáCoroa-de-fradeCurriolaGrão-de-galoGuabirobaGuapevaJabuticabaJaracatiáJatobáJenipapo

LobeiraMacaúbaMama-cadelaMamãozinho-do-matoMarmelada-de-cachorroMarmelada-olho-de-boiMuriciPequiPinha-de-guaráPêra-do-cerradoXixá

LEGUMINOSAS

Mucuna

HORTALIÇAS

Assa-peixeBatata-de-purga Dente-de-leão Gueroba Serrai ha

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FRUTAS

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Abacaxi-do-cerrado

Nome científico: Ananas ananassoides Nomes populares: Ananás, ananaí, ananás-de-raposa

Origem: Cerrado brasileiro

Seu tamanho é menor do que o do abacaxi comum, medindo até 20 cm de comprimento, de coloração amarelada quando maduro.

A planta forma uma touceira de até 70 cm de altura. E consumidoIn natura, pois apresenta polpa doce e suculenta (33).Os frutos inteiros maduros conservam por uma semana ou mais sem sofrer danos

e, se estiverem semi-maduros, prolongam-se por mais tempo.Como são frutos muito rústicos, não apresentam problemas de transporte. Se for

para desidratar, deve-se cortar em fatias finas e levá-las ao sol. O miolo pode ser triturado e aproveitado em sucos e geléias.

Análise química em g/100g

Abacaxi-do-cerrado

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

52_ 0,40 0,20 13,70 18,00 8,00 0,50 5,00 80,00 128 0,82 27,2 52_

FONTE: * FRANCO, Guilherme. Tabela de composição química dos alimentos. 9a edição. Ed. Atheneu. 1992.

SORVETE (1 6)

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Ingredientes:1/2 xícara (chá) de ananás maduro1/2 litro de leite3 xícaras (chá) de açúcar

Modo de fazer:Lavar bem o fruto, descascar,tirar o miolo e picar.Bater tudo muito bemno liqüidificador.Levar ao congeladorpor cerca de quatro horas.

ALUA GOIANO(REFRESCO DE ABACAXI-DO-CERRADO)

Ingredientes:1 ananás com casca4 litros de águaRapadura raspada ou açúcar mascavoa gosto

Modo de fazer:Lave o ananás e corte-o com casca.Coloque-o numa vasilhacom a água e adoce com arapadura ou açúcar.Deixe em infusão por dois diasCoe em pano fino.Sirva como refresco

COMPOTA DE ANANÁS (35)

Ingredientes: 1 ananás Açúcar a gosto 1 xícara de vinho doce (opcional)

Modo de fazer:Descasque o fruto, tirando os "olhos", o miolo e corte-o em rodelas. Faça uma calda usando 1/2 xícara de água para cada xícara de açúcar. Deixe ferver por 10 minutos. Se desejar, adicione uma xícara de vinho. Coloque as rodelas de ananás na calda e deixe cozinhar por cinco minutos. Coloque em vidro próprio, leve ao banho-maria por vinte minutos. Coloque uma ameixa seca no meio das rodelas de ananás para enfeitar.

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Araticum

Nome científico: Rollinia sp. Nomes populares: Arixicum, ariticum, articum, marolo, bruto, cabeça-de-negro, pinha-do-cerrado, pasmada

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No Brasil, é encontrada no cerrado e nos estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mat Grosso do Sul, Pará, Piauí e Tocantins. É fruto comestível, doce, muito chei-roso. Sua folha forrageira é con-siderada venenosa pelo pantaneiro (30).

Os frutos de araticum maduros apresen tam coloração marrom e podem ser coleta dos no chão, de fevereiro a março. Nessa fase, são perecíveis, devendo, portanto, ser imediatamente consumidos ou processados. Podem também ser coletados na árvor, quando apresentarem sinais de abertura na casca.

A vantagem da coleta nessa fase de pré-maturação é que se obtém frutos íntegros após a maturação, uma vez que a queda dos frutos maduros da árvore provoca rachadura, facilitando o ataque de insetos.

A polpa pode ser imediatamente utilizada em doces, sucos, geléias, iogurtes ou conservada em sacos plásticos por meio de congelamento. Foi verificado que, após um ano, nessas condições, a polpa apresentou o mesmo sabor e coloração. Em relação à qualidade da polpa, distinguem-se dois tipos de frutos: o de polpa rósea, mais macio e doce, e o de polpa amarelada, mais claro, ácido e menos macio (30).

Análise química em g/100g

Araticum

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

52 0,40 1,60 10,30 3,80 52,00 24,00 2,30 50,00 0,04 0,07 0,60 21,00

FONTE: *ENDEF - Tabela de composição de alimentos. 2a edição. 1981.

BOLACHA DE ARATICUM (30)

Ingredientes:2 xícaras (chá) de polpa de araticum1 1/2 xícara (chá) de leite

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150 g de margarina1/2 kg de farinha de trigo enriquecidacom ferro 100 g de açúcar1 pitada de sal2 gemas

Modo de fazer:Bata no liqüidificador a polpa do araticum, o leite e as gemas. Numa vasilha, misture todos os ingredientes e sove bem; a seguir, faça uma bola e borrife uma colher (sopa) de água gelada. Cubra a massa com plástico e leve à geladeira por duas horas. Abra a massa em mesa enfarinhada. Corte as bolachas, colocando-as em assadeiras untadas e enfarinhadas. Leve ao forno médio até ficarem tostadas.

COMPOTA DE ARATICUM (30)

Ingredientes:Gomos de araticum sem sementes Calda de açúcar rala (a quantidade deaçúcar deve ser um pouco mais dametade da quantidade de araticum)CravosCaldo de limão

Modo de fazer:Prepare uma calda rala de açúcar. Junte os gomos, os cravos e o caldo do limão à calda de açúcar. Deixe em fogo baixo até dar o ponto. Deixe esfriar e coloque em frascos de boca larga.

IOGURTE DE ARATICUM (30)

Ingredientes:1/2 kg de polpa de araticum 1 litro de leite 1 copo de iogurte natural Açúcar a gosto

Modo de fazer:Ferva o leite e deixe-o ficar morno. Misture-o com o iogurte e deixe descansar por oito horas; acrescente a polpa e o açúcar. Bata tudo no liqüidificador até obter consistência cremosa. Coloque em formas de iogurte e leve à geladeira.

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Baru

Nome científico: Dipteryx alata Nomes populares: Barujó, cumaru, cumbaru, castanha-de-ferro, coco-feijão, cumarurana, cumbary, emburena-brava, feijão-coco, pau-cumaru, meriparajé Origem: Cerrado

O baruzeiro, que é uma leguminosa arbórea, oferece um fruto de casca fina onde se esconde uma amêndoa dura e comestível. Quando maduros, os frutos caem com facilidade da árvore.

O baru tem um alto valor nutricional, superando os 26% de teor de proteínas encontrado no coco-da-Bahia. A amêndoa é rica em cálcio, fósforo e manganês, contém 45% de óleos e o valor proteico se assemelha ao do amendoim e o gosto também (14). Pode ser comida crua ou torrada e, nesse último caso, substitui com equivalência a castanha-de-caju, servindo como ingrediente em receitas de pé-de-moleque, rapadura e paçoquinha.

Apesar de todas as suas qualidades, o baru não é ainda comercializado, sendo muito raro encontrá-lo nas feiras e nas cidades.

Juntamente a outras espécies fruteiras nativas do cerrado brasileiro, desde o final dos anos 80, o baru vem sendo estudado e submetido a variados experimentos por técnicos do Centro de Pesquisas Agropecuárias do Cerrado da EMBRAPA (4).

Descobriu-se, por exemplo, que o baruzeiro, por ser uma árvore de crescimento rápido e pela qualidade e resistência de sua madeira, é uma planta de bastante interesse e indicada para as empresas de reflorestamento. Os frutos de baru maduros apresentam coloração marrom e são coletados no chão ou semi-maduros na árvore, no período de julho a setembro. Após a coleta, lavar bem os frutos e deixar escorrer. Com faca, raspar a polpa que também tem cor marrom, muito doce. Pela textura de cera, torna-se difícil a retirada dessa polpa, que pode ser consumida ao natural ou na forma de geléia e licor. Para retirar a amêndoa do baru, é necessário quebrar o caroço, que é muito duro. Recomenda-se quebrar apenas os frutos cujas amêndoas deslizam no seu interior. As amêndoas são utilizadas também para enriquecer pães, bolos, sorvetes e acompanhar aperitivos.

Análise química em g/100g

Baru

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Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

Se espera resultados para depositar na tabelaPAÇOQUINHA

Ingredientes:

2 xícaras (chá) de amêndoas de barutorradas e sem peles1 1/2 xícara (chá) de farinha de milhoou de mandioca1 xícara (chá) de rapadura (raspa fina)ou açúcar4 a 5 colheres (sopa) de leite

Modo de fazer:Misture e soque os ingredientes no pilão, menos o leite, até conseguir uma massa uniforme. Coloque numa vasilha e umedeça aos poucos com o leite. Coloque numa forma untada com manteiga. Deixe a massa com espessura de 1,5 cm. Corte em pedaços do tamanho desejado (16).

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Cagaita Nome científico: Eugenia dysenterica Nome popular: Cagaiteira

Na época seca, a folhagem que cai é substituída pelas folhas novas averme-lhadas, e pelas flores alvas que são abun-dantes e perfumadas (5).

Os frutos da cagaiteira possuem coloração amarela quando maduros. São coletados da árvore no período de setembro a novembro. São bastante consumidos ao natural, e em grande quantidade e/ou quando fermentados ao sol, possuem efeito laxante. Para obtenção do suco, após a lavagem, deixá-los

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escorrer. A polpa deve ser macera-da e espremida na peneira. Pode ser mantida congelada por até um ano sem perder o sabor. Quando submetida à fermentação, produz vinagre e álcool. O suco pode ser imediatamente utilizado em refrescos, sorvetes, geléias, pudins e pavês.

Também pode ser acondicionado em sacos plásticos e conservado em refrigeração. Os frutos semi-maduros possuem coloração verde-amarelada e são apropriados para fazer doces em compota, adequados para acompanhar sorvetes e pavês.

Depois de lavados e escorridos, são cortados ao meio e retiradas as sementes. Assim, podem também ser conservados em refrigeração (16).

Análise química em g/100g*CAGAITA

Retinol (mcg)

VitB2 (mg)

Niacina (mg)

VitC(mg)

0,0 421 0,37 72

FONTE: FRANCO, Guilherme. Tabela de composição química dos alimentos. 9a edição. Ed. Atheneu. 1992.

COMPOTA DE CAGAITA (16)Ingredientes:1 kg de cagaitas semi-maduras (de vez)1 kg de açúcar Canela em pó

Modo de fazer:Lave bem as frutas e deixe escorrer em peneira.Corte-as ao meio, retirando as sementes (cumbuquinhas).Coloque-as rapidamente em água fervente e logo depois deixe escorrer.Numa panela, faça uma calda em ponto de puxa.Coloque dentro da calda as frutas e deixe no fogo por 15 minutos.Retire do fogo, deixe esfriar. Guarde em frascos de boca larga e esterilizados.

GELÉIA DE CAGAITA (16)

Ingredientes:Polpa de cagaita bem madura

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Mesma quantidade de açúcar cristalizado

Modo de fazer:Lave bem os frutos, esmague-os e passe na peneira fina. Coloque a polpa na panela, com igual peso de açúcar. Leve ao fogo forte por 15 minutos, mexendo bem e retirando sempre a espuma.Abaixe o fogo até o cozimento completo (ponto de gota). Retire do fogo, esfrie um pouco e coloque em vidros, ainda quente. Deixe esfriar e tampe.

CAJUÍ

Nome científico: Anacardium sp.

Fruto aromático, com tamanho menor que o caju do Nordeste, apresenta muito potencial para seu extrativismo. A coleta dos cajuís maduros, seja de árvores ou de tou-ceiras baixas, é de setembro a dezembro. É ácido, pode ser consumido in natura. Para obtenção de

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suco e polpa, separar o pseu-dofruto da castanha. O suco é utilizado em refrescos e bebidas, e a polpa, em compotas e doces.

Para obtenção das amêndoas do cajuí, depois de separadas do pseudofruto, as cas-tanhas são levadas ao sol para secar, colocadas em tabuleiros ou assadeiras, de preferência com orifícios no fundo. Em seguida, assá-la para retirar a amêndoa cozida.

Análise química em g/100g

CAJUÍ

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

Se espera resultados para depositar na tabela

DOCE TIPO DE AMEIXA

Ingredientes:Cajuí sem castanhas Favas de baunilha e açúcar

Modo de fazer:Fure bem os cajuís para sair todo o caldo; deixe-os em água de um dia para o outro, trocando-a de vez em quando. No dia seguinte, leve ao fogo baixo com a água, a baunilha e o açúcar. Coloque, de vez em quando, aos poucos, água fervente, para escurecê-los, até que fiquem cor de ameixa (os cajuís devem ficar flutuando na calda). Coloque-os no escorredor, depois em uma peneira.

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Ccubra-os com um pano, deixando-os assim durante dois dias. Passe os cajuís em calda de açúcar bem grossa e guarde-os em camadas intercaladas com as favas de baunilha em frascos esterilizados e bem fechados.

FRITADA DE MATURI

Ingredientes:Amêndoas de cajuís verdes Tomate, pimentão, cheiro-verde, cebola, alho Pimenta-do-reino Sal, óleo e ovos

Modo de fazer:Retire as amêndoas das castanhas dos cajuís verdes. Junte todos os temperos, refogue no óleo quente e deixe secar a água. Arrume num pirex untado, cubra com ovos batidos e leve ao forno.

AMÊNDOA SALGADINHA

Ingredientes:1 kg de amêndoas torradas 1 xícara (chá) de água 1 colher (chá) de sal

Modo de fazer:Façar a salmoura com água e sal. Borrife-a sobre as amêndoas e leve ao forno brando até secar toda água.

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Cambuci

Nome científico: Campomanesia phaea (sinonímia: Abbevillea phaea, Paivaea langsdorffii)Família: MirtáceasNome comum: cambuci, cambucizeiroOrigem: Brasil – Mata Atlântico da Serra do Mar

Descrição e característica da planta

No passado, o cambucizeiro era encontrado com freqüência nos estados de São Paulo e Minas Gerais e hoje, pela extinção das matas, está se tornando cada vez mais difícil de se ver essa planta. Na cidade de São Paulo, existe um bairro muito conhecido com esse nome, porque era muito comum naquela área.

O cambucizeiro é uma árvore perene, porte médio de 3 a 5 metros de altura e o tronco sofre descamamento periódico, como ocorre com a maioria das plantas da mesma família botânica.

As suas folhas são simples, verdes, bordas lisas e com forma alongada de 7 a 10 centímetros de comprimento por 3 a 4 centímetros de largura.

As flores de cor branca, grandes, são formadas isoladamente na região de inserção das folhas nos ramos. Os frutos arredondados, achatados nas extremidades e na região central, contém um anel saliente. Esse formato lembra um disco voador. Tanto verdes quanto maduros, eles são de cor verde.

Os maduros apresentam polpa carnosa, mole, perfumada, doce e ácida. Cada fruto contém muitas sementes pequenas, brancas e achatadas. As condições favoráveis ao seu desenvolvimento são: temperatura amena a não muito quentee solos não sujeitos à inundação. A propagação é feita por sementes.

O cambuci é da família das mirtáceas e pesquisas apontam que o fruto é rico em vitamina c, além de possuir agentes antioxidantes e adstringentes, que combatem radicais livres, retardam o envelhecimento e fortalecem o sistema imunológico.

Encontrado nas áreas de Mogi das Cruzes, Salesópolis, Biritiba-Mirim, Paraibuna e na região de Paranapiacaba, o cambuci tem uma importância regional muito forte, principalmente na culinária.

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Nas casas dessa região, não é raro encontrar sucos, doces, molhos e geléias que utilizam o fruto em suas receitas. A cachaça curtida no cambuci também é bastante tradicional.

No Parque das Neblinas, os cambucizeiros são, na maioria das vezes, mais velhos do que a própria regeneração da mata. "Isso porque, quando a área era utilizada para a produção do carvão, os cambucizeiros eram poupados do corte por serem árvores frutíferas, ou seja, atraíam animais que poderiam servir como caça", explica Paulo Groke, gerente de projetos ambientais do Instituto Ecofuturo.

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Como se trata de um fruto que não é cultivado, ou seja, só existe na natureza (com exceção de algumas casas da região que têm o cambucizeiro em seus quintais), o Parque recolheu cerca de 200 quilos da fruta e congelou, para que pudessem ser usadas em receitas que oferecidas aos visitantes.

Essa foi a forma que o Parque das Neblinas encontrou para apresentar e preservar essa fruta rara, de sabor intenso, pouco conhecida pelos brasileiros, mas fundamental para a cultura local.Produção e produtividade

A planta floresce no período de agosto a novembro e a maturação dos frutos de janeiro a fevereiro. Como é uma planta nativa e pouco freqüente, os frutos não são encontrados no comércio. Não se encontrou nenhum dado sobre a produtividade.

Utilidade

Os frutos maduros podem ser consumidos ao natural, mas comumente na forma de sucos, geléias, sorvetes e no preparo de licores. Os pássaros apreciam os frutos e são os responsáveis pela disseminação das sementes nas matas.

A árvore é indicada para plantio em parques, praças e para recompor a vegetação em áreas degradadas e como alimento aos animais silvestres.

Ele tem cerca de 5 cm de diâmetro. É parente da goiaba, da pitanga, da jabuticaba e, por incrível que pareça, até do eucalipto. Sua cor varia entre o verde e o verde-amarelado e o sabor é ácido, o que favorece a produção de doces, mas inibe o consumo in natura.

Análise química em g/100g

Cambuci

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

Se espera resultados para depositar na tabela

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Fonte: www.ecofuturo.org.br

CATOLÉ

Nome científico: Attalea exígua Nomes populares: Coco-catolé, indaiá-do-campo, indaiá-do-cerrado, indaiá-mirim, indaiá-rasteiro, piaçaba, piaçava Origem: Cerrado brasileiro

Fruto que provém de uma palmeira existente nos estados da Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Tocantins. Frutifica de julho a janeiro. As folhas, pela sua durabilidade, são usadas para cobertura de casas ou para produção de fibra utilizada na confecção artesanal de redes, balaios, peneiras, cestos, esteiras, bolsas e chapéus. Para alimentação, utiliza-se a amêndoa, da qual também se extrai o óleo de composição semelhante ao do babaçu.

Análise química em g/100g

Catolé

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

Se espera resultados para depositar na tabela

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COCO-BABÃO

Nome científico: Syagrus flexuosaNomes populares: Akumá, aricuri, arikury, coco-de-quaresma,coqueiro-do-campo, palmito-do-campo Origem: Cerrado brasileiro

Palmeira presente nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e no estado da Bahia. Frutifica a partir de janeiro, porém a maturação se dá por volta de setembro, apresentando cor amarelo-esverdeada com uma amêndoa branca e oleaginosa no seu interior.

As amêndoas são consumidas in natura, mas o óleo extraído da polpa são de grande interesse para a indústria de alimentos.

Análise química em g/100g

COCO-BABÃO

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Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

Se espera resultados para depositar na tabela

COCO-CABEÇUDO

Nome científico: Butia capitata Nomes populares: Aricuri, alicuri, nicuri, ouricuri, coco-coronata Origem: Cerrado brasileiro

Palmeira medindo até 4 m de altura. A palha é utilizada para fazer vassoura. Tronco espinhoso, com flores amarelas. O fruto dá em pencas e apresenta forma oval, de coloração amarela quando maduro. A polpa, carnuda e bastante aromática, é consumida em in natura (12).

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Análise química em g/100g

Coco-cabeçudo

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

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COCO-lNDAlÁ

Nome científico: Attalea geraensis

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Palmeira com caule curto ou subterrâneo, apresentando folhas distribuídas reguLarmente. O fruto é suculento, de cor avermelhada, apresentando de 2 a 4 sementes. É consumido in natura ou na fabricação de bolos (13).

Análise química em g/100g

Coco-lndalá

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

Page 194: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Se espera resultados para depositar na tabela

COROA-DE-FRADE

Nome científico: Melocactus paucipinus Origem: Cerrado brasileiro

Erva, de até 20 cm de altura, arredondada, em formato de disco. A ponta dos frutos apresenta espinhos longos de cor acinzenta-da e flores de cor roséa e fruto de cor rósea-pálida.

O miolo da planta é utilizado na fabricação de doce caseiro (12).

Análise química em g/100g

Coroa-de-frade

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

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CURRIOLA

Nome científico: Pouteria ramiflora

Os frutos maduros da curriola possuem coloração esverdeada e são coletados de setembro a dezembro. Para obtenção da polpa, raspe a polpa esbranquiçada, que pode ser utilizada em bebidas doces e geléias (30).

Page 196: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Análise química em g/100g

Curriola

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

Se espera resultados para depositar na tabela

GELÉIA

Ingredientes:1/2 litro de polpa de curriola 1/2 litro de açúcar 1 xícara (chá) de água

Modo de fazer:Leve estes ingredientes ao fogo. Mexa até dar ponto de geléia.

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GRÃO-DE-GALO

Nome científico: Pouteria ramiflora Origem: Cerrado brasileiro

A árvore do grão-de-galo mede até 10 m de altura com fruto de cor esverdeada e amarelada quando maduro, geralmente com uma única semente. Frutifica de janeiro a outubro (12). A polpa do fruto é consumida in natura.

Análise química em g/100g

GRÃO-DE-GALO

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

Se espera resultados para depositar na tabela

Page 198: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

GUABIROBA

Nome científico: Campomanesia sp.Nomes populares: Gabiroba, guavira Origem: Cerrado

Os frutos são bastante con-sumidos in natura ou sob a forma de geléia. São encontrados de setembro a novembro.

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Apresenta uma polpa que é processada de modo semelhante ao da cagaita e que é utilizada em refrescos, sorvetes, geléias, pudins e p a v ê s . Pode ser acondi-cionada em sacos plásticos e conservada em refrigeração.

Análise química em g/100g

Guabiroba

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

64 1,60 1,00 13,90 0,80 38,0 29,0 3,20 30,00 0,04 0,04 0,50 33,00

DOCE EM TABLETE

Ingredientes:2 xícaras (chá) de suco de guabiroba3 1/2 xícaras (chá) de açúcar1 xícara (chá) de água2 xícaras (chá) de leite 5 gemas3 claras

Modo de fazer:fazer uma calda com a água e o açúcar em ponto de mel.Bater ligeiramente as claras e as gemas numa tigela.Adicionar o leite e a calda deixando cozinhar por cinco minutos.

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Acrescentar o suco de guabiroba e mexer até aparecer o fundo da panela.Despejar em tabuleiro polvilhado com açúcar.Cortar os tabletes (30).

Guapeva

Nome científico: Pouteria torta

Os frutos maduros de guapeva possuem coloração amarela e são coletados de outubro a março. Apresenta polpa esbranquiça-da que pode ser utilizada em bebidas doces e geléias. Para conservar, acondicione emsacos plásticos sob refrigeração(30).

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DOCE DE GUAPEVA

Ingredientes:8 copos da polpa de guapeva 8 copos de açúcar 17 copos de água

Modo de fazer.Corte os frutos e retire as sementes. Extraia a polpa com uma colher. Dissolva o açúcar na água e leve ao fogo.Acrescente a polpa e continue no fogo até dar o ponto.

Análise química em g/100g

Guapeva

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

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Jabuticaba

Nome científico: Myrciaria aulífera

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Nomes populares: Jaboticaba, jaboticaba-murta, paulista

É uma fruta silvestre de cor roxa escura ou negra. E interessante ver a sua árvore, porque seus frutos são produzidos no tronco.

Apresenta polpa branca e suculenta. Há três tipos diferentes: jabuticaba gaúcha (jabu-ticaba tuba ou jabuticaba açu), que é grande, de casca fina, roxa escura; jabuticaba de cabinho, reconhecida pelos seus cabinhos compridos; e jabuticaba sabará ou miúda, pequena e de casca grossa. É bastante conhecida nas regiões Centro-Oeste e Sudeste.

Esta fruta pode ser consumida ao natural, mas tem utilização para doces, geléias, licor ou vinho. Deve ser imediatamente consumida, pois tem alto poder de fermentação. O fruto deve estar com consistência firme, brilhante e sem rachaduras (16).

Análise química em g/1 OOg*

JABUTICABA

Energia Ptn Lip Carb Fibra Cálcio Fósforo Ferro VitB1 VitB2 Niacina VitC

(kcal) (g) (g) (g) (g) (mg) (mg) (mcg) (mg) (mg) (mg) (mg)

43 1,00 0,10 10,80 0,30 13,00 14,00 1,90 0,06 0,16 2,40 12,00

FONTE: *ENDEF - Tabela de composição de alimentos. 2a Edição. 1981.

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DOCE DE CASCA DE JABUTICABA (24)

Ingredientes:2 litros de jabuticabas maduras 1 kg de açúcar Água, o suficiente

Modo de fazer:Lave as jabuticabas e, com uma faqui-nha, faça um corte em cada uma delas; esprema para retirar as sementes, escalde as cascas e escorra. Coloque as cascas em um tacho, adicione o açúcar e cubra com água. Leve o tacho ao fogo e deixe cozinhar as cascas e a calda ficar em ponto de fio.

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Jaracatiá

Classificação científicaReino: PlantaeDivisão: MagnoliophytaClasse: RosideaeOrdem: BrassicalesFamília: CaricaceaeGénero: JacaratiaEspécie: J. spinosa

Nome binomial

Jacaratia spinosa

Sinónimos

Carica dodecaphylla Vell. (basiônimo). Carica spinosa Aubl.Jacaratia actinophylla Pohl ex Solms Jacaratia costaricensis I.M. Johnst. Jacaratia dodecaphylla (Vell.) A. DC. Jacaratia dodecaphylla fo. longiflora Hassl. Jacaratia dodecaphylla var. lucida Hassl, Papaya spinosa (Aubl.) A. DC.

Jaracatiá (Jacaratia spinosa ) é uma árvore neotropical da família Caricaceae), a mesma família do mamoeiro. Originária da Mata Atlântica, a distribuição do jaracatiá abrange os estados desde Minas Gerais ao Rio Grande do Sul. Outros nomes populares: Mamoeiro-bravo, Mamoeiro-do-mato, Mamãozinho.

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O jaracatiazeiro é uma árvore nativa das matas da região Centro-Sul do Brasil e não é cultivada comercialmente.

O jaracatiá ocorre também no Paraguai, Bolivia, Peru, Equador, Panamá, Nicarágua, Guiana, Guiana Francesa e Suriname.

Pode atingir 20 metros de altura e o seu tronco não é lenhoso, à semelhança dos mamoeiros comerciais. As folhas são divididas em 8 lóbulos, verdes, brilhantes, bordas lisas e os seus pecíolos são longos. As flores femininas e masculinas são formadas separadamente nas inflorescências e emitidas nas axilas foliares com os ramos.

Seus frutos são ovalados ou piriformes, lactescentes e, ao amadurecerem, tornam-se amarelos a alaranjados. São semelhantes em forma e cor ao mamão papaya, mas seu sabor é algo entre o maracujá e a manga. O tronco e as frutas contêm um leite como o mamão. Tal leite é presente mesmo nos frutos maduros e pode queimar a língua e lábios de pessoas mais sensíveis, quando consumidos in natura.

A propagação pode ser feita por sementes e por enraizamento de estacas dos ramos. A frutificação ocorre após 2 a 5 anos após plantio.

Os frutos bem maduros são comestíveis ao natural e os frutos verdes e o tronco podem ser usados no preparo de doces. A extração total ou parcial do tronco do jaracatiá para o preparo de doce contribuiu para o quase desaparecimento dessa espécie no interior do Brasil. Por isso atualmente poucas pessoas conhecem a árvore e seus frutos.

Análise química em g/100g

Jaracatiá

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

Se espera resultados para depositar na tabela

ROSQUINHA DE JARACATIA

Ingredientes:

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2 xícaras (chá) de polpa de jaracatiá2 xícaras (chá) de manteiga2 xícaras (chá) de açúcar1/2 litro de água morna1 colher (chá) de fermento biológico11/2 kg de farinha de trigo enriquecidacom ferro1 pitada de sal 1 ovo

Modo de fazer:Misture 1/2 kg de farinha de trigo com o leite e o fermento e deixe crescer. Junte os demais ingredientes à massa e sove. Faça as rosquinhas e coloque-as em forma untada. Leve ao forno brando.

Flor feminina Flor masculina

JATOBÁ

Nome científico:Hymenaea altíssimaNomes populares: Jatobeiro, jataí-do-campo, jataí-de-piauí, jatobá-capão,jatobé-de-caatinga, jatobá-do-cerrado, jatobé-da-serra, jatobá-de-casca-fina, jatobeira, jitaé, jutaí, jutaicica

É encontrado no cerrado, Piauí, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Bolívia. É fruto comestível, cru ou cozido com leite. Fornece farinha de ótimo valor nutritivo. Cerca

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de 60 vagens dão 1 kg de farinha. Seu valor protéico e utilização são iguais ao do fubá. Essa polpa fa-rinácea pode ser utilizada em bolos, pães, bolinhos fritos, mingaus, dentre outrasiguarias. Os frutos maduros, de cor escura, são coletados de setembro a dezembro. Pode ser utilizado imediatamente ou conservado em sacos plásticos (30).

Análise química em g/100g

JATOBÁ

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

115 1,00 0,70 29,40 10,40 31,00 24,00 0,80 30,00 0,04 0,04 0,50 33,00

FONTE: *ENDEF - Tabela de composição de alimentos. 2a edição. 1981.

BOLACHAS DE JATOBÁ

Ingredientes:1 xícara (chá) de farinha de jatobá 3 1/2 xícaras (chá) de farinha de trigoenriquecida com ferro 1 1/2 xícara (chá) de açúcar 1 xícara (chá) de maisena 1 lata de creme de leite 3 colheres (sopa) de margarina 1 colher (sopa) de fermento em pó 1 pitada de sal 3 ovos

Modo de fazer:Misture todos os ingredientes. Enrole a massa, formando anéis finos. Passe açúcar com canela em um dos lados. Asse em forno médio (150°C) por aproximadamente 30 minutos.

BOLO DE JABOTÁ COM FUBÁ DE MILHO

Ingredientes:1 1/2 xícara (chá) de farinha de jatobá1 1/2 xícara (chá) de fubá de milho 3 xícaras (chá) de leite2 colheres (sopa) de margarina1 colher (sobremesa) de fermento em pó1 pitada de sal Açúcar a gosto 3 ovos

Modo de fazer:

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Bata no liqüidificador o fubá de milho com o leite. Em outra vasilha, bata o açúcar, as gemas e a margarina. Junte esses ingredientes e acrescente a farinha de jatobá. Por último, adicione as claras em neve e o fermento. Coloque em forma untada com margarina e enfarinhada.

MINGAU DE JATOBÁ

Ingredientes:Frutos de jatobá 1 litro de leite

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Modo de fazer:Quebre os frutos e retire os caroços que estão envolvidos pela polpa amarela; coloque o leite frio numa panela, acrescentando os caroços. Mexa bem com uma colher de pau, até que a polpa solte totalmente e retire os caroços em seguida. Adicio

Jenipapo

Nome científico: Genipa americana Nomes populares: Jenipapo-manso, jenipaba, jenipá

Fruto de sabor doce, que é utilizado no preparo de suco, jenipapada, passas, álcool, vinagre, doce e licor. Pode-se congelar (30). Os frutos são coletados semi-maduros ou maduros, de setembro a dezembro.

Possuem coloração marrom e quandomaduros a pele fina torna-se enrugada.

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Podem ser coletados no chão, mas devem ser selecionados os inteiros e sadios. A parte sólida é a polpa, utilizada em doces, e a líquida, em refrescos, vinhos e licores.

Se o jenipapo for para compota ou doce cristalizado, não se deve macerar a polpa.

Análise química em g/100g

JENIPAPO

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

113 5,20 0,30 25,70 9,40 40,00 58,00 3,60 30,00 0,04 0,04 0,50 33,00

Page 211: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

FONTE: *ENDEF - Tabela de composição de alimentos. 29 edição. 1 981 .

COMPOTA DE JENIPAPO

Ingredientes:5 jenipapos maduros 1 kg de açúcarModo de fazer.Lave os frutos e deixe escorrer. Corte em fatias, retirando a pele e o miolo.Ferva em água com gotas de limão. Deixe escorrer em peneira. Prepare uma calda na proporção de três xícaras (chá) de açúcar para cinco de água.Coloque as fatias na calda, deixando ferver por cerca de cinco minutos. Esfrie e acondicione em frascos de vidro de boca larga, esterilizados.

VITAMINA DE JENIPAPO

Ingredientes:4 jenipapos 1 litro de leite Açúcar a gosto

Modo de fazer:Lave bem os frutos e deixe escorrer. Retire a pele e as sementes e corte os jenipapos em pequenos pedaços. Bata tudo no liqüidificador.

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Lobeira

Nome científico: Solanum lycocarpum Nome popular: Berinjela do cerrado, Lobeira ou Fruta de loboFamília: Solanaceae

Encontrada com freqüência na região, em áreas degradadas e campos.Características: Árvore de pequeno porte, 2 a 7 metros de altura, tronco retorcido,

muitos espinhos, galhos esparsos. Folhas de 20 cm, tomentosas e com espinhos, bordas lobadas. Flor roxa em forma de estrela com miolo amarelo, 5 cm, muito vistosa. Fruto redondo, duro, verde mesmo quando maduro, liso, 15 cm. Muitas sementes pequenas.

Utilidades: Atrativo a fauna. O fruto é o principal alimento do Lobo guará, daí o nome. Considerado medicinal. Pode ser usado na recomposição florestal, por ser pioneira e rústica.

Page 213: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Época de floração e frutificação: Floresce em varias épocas do ano. Frutos principalmente em Dezembro a Janeiro.

Os frutos são coletados de julho a janeiro. Para a fabricação de doces ou geléias, recomenda-se utilizar os frutos bem maduros, pois os verdes ou semi-maduros contêm grande quantidade de tanino (16).

Análise química em g/100g

Loberia

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

Se espera resultados para depositar na tabela

GELÉIA DE LOBEIRA

Modo de fazer:Retire a casca e as sementes do fruto. Ferva a polpa com um pouco de água e bata no liqüidificador; adicione 500 g de açúcar para cada quilograma de polpa. Coloque gotas de limão. Ferva novamente até dar o ponto.

Ingredientes:Frutos maduros de lobeiraAçúcarLimão

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Macaúba

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Nome científico: Acrocomia salerocarpa Nomes populares: Bocaiúva, bacaiuveira, bacaúva, bocaiúva, coco-babão, coco-baboso, coco-de-catarro, coco-de-espinha, coco-xodó, imbocaia, macaiba, macaibeira, macaiá, macajá, macajuba, macaúba, macaúva, macauveira, macujá, macujazeiro, marcová e mucajá

Os frutos maduros da macaúba, de cor amarelo-esverdeada, podem ser coletados no chão, de maio a janeiro. Nessa fase, exalam aroma característico e a casca se solta facilmente. Quando verde, a casca encontra-se muito aderida à polpa. A polpa varia de cor amarelo-alaranjada a amarelo-esverdeada. A extração manual da polpa é difícil, uma vez que apresenta aspecto ceroso e muito aderente. A polpa fresca é consumida ao natural ou usada em batidas, doces, sorvetes, cremes, bolos e geléias.

Apresenta uma amêndoa que também é consumida, semelhante à do coco seco.A polpa tem sabor adocicado e é mucilaginoso; pode ser consumida ao natural ou

cozida, em refrescos e sorvetes. Dela também é extraído um óleo com característica semelhante ao azeite de dendê, além da amêndoa também produzir um fino óleo. A polpa da macaúba também é utilizada na produção de farinha utilizada em bolos, mingaus, vitaminas e sorvetes.

A palmeira que dá a macaúba é muito ornamental, cujas inflorescências, depois de secas, são empregadas em arranjos. As folhas fornecem excelentes fibras têxteis, sedosas, especiais para redes e linhas de pesca. Os espinhos são usados pelas rendeiras como alfinetes. Também fornece ótimo palmito usado na culinária, o tronco produz uma fécula nutritiva e uma seiva doce, que ao ser fermentada, assemelha-se ao mel (5).

Há um centro de produção de farinha de bocaiúva em Corumbá, Mato Grosso do Sul, ligado à Casa do Artesão. É um trabalho

comunitário que desenvolve atividades em bases artesanais valorizando a mão-de-obra local e tem como objetivo sensibilizar a população sobre o valor dos produtos da região. Depois de quebrados os caroços, retiram-se as amêndoas muito duras. O processo de obtenção de óleo, utilizado na alimentação, pode ser o mesmo da amêndoa de baru. Uma variação seria colocar a massa socada numa panela com água, levar ao fogo e deixar ferver bem. Em

Page 216: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

seguida, com uma concha, apanhar todo o óleo que estiver na superfície. Colocar em outra pa-nela e leve ao fogo para apurar (1 6).

Análise química em g/100g

MACAÚBA

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

243 4,40 13,80 27,90 199,0 57,00 0,20 23,00 140,00 90,00 1,00 28,00 243

FONTE: 'FRANCO, Guilherme. Tabela de composição química dos alimentos. 9a edição. Ed. Atheneu. 1992.

Page 217: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

PREPARO CASEIRO

DA FARINHA DE MACAÚBA

Modo de fazer:Colocar os frutos maduros ao sol durante uma semana. Retire a casca e extraia a polpa. (A extração manual da polpa, depois da secagem, torna-se mais fácil.) Em seguida, passe a massa pela peneira.

BOLO DE FARINHA DE MACAÚBA

Ingredientes:1 xícara (chá) de farinha de macaúba 3 xícaras (chá) de farinha de trigo enriquecida com ferro1 xícara (chá) de margarina2 xícaras (chá) de açúcar1 xícara (chá) de leite de soja ou de vaca1 colher (sopa) de fermento em pó 4 ovos

Modo de fazer:Bata a margarina com o açúcar até formar um creme.Coloque a farinha de macaúba e torne a bater.Junte as gemas e bata novamente.Coloque o leite e a farinha de trigo.Por último, adicione o fermento e as claras em neve, batendo novamente.Asse em forma untada e enfarinhada.

PAÇOCA DE MACAÚBA

Ingredientes:Amêndoas de coco macaúba Farinha de mandioca Açúcar, rapadura ou sal

Modo de fazer:Quebre os cocos maduros retirando as amêndoas.Soque as amêndoas no pilão até tornarem-se esfareladas.Acrescente a farinha de mandioca e soque bem.Coloque o açúcar, rapadura ou saí.Torne a socar até a mistura ficar homogênea.

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Mama-cadela

Classificação científicaReino: PlantaeClado: angiospérmicasClasse:MagnoliopsidaOrdem: RosalesFamília: MoraceaeGénero: BrosimumEspécie: B. gaudichaudii

Nome binomialBrosimum gaudichaudii

A mama-cadela (Brosimum gaudichaudii), também conhecida por mamica-de-cadela, algodão-do-campo, amoreira-do-campo, mururerana, apé, conduru, inhoré (no Ceará), é um arbusto lactescente e de pequeno porte muito comum na zona dos cerrados do Centro-Oeste brasileiro. Tem ramos cilíndricos, escuros e estriados e folhas duras, elípticas ou oblongas, sem pêlos na página superior e pubescente na inferior. Tem as flores reunidas em um receptáculo globosos, na axila das folhas, e frutos amarelo-alaranjados, semelhante às mamas de uma cadela, com cerca de dois centímetros de diâmetro.

Page 219: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Os frutos são pequenos e arredondados e, quando maduros, apresentam cor vermelha. São coletados de setembro a novembro. A polpa pode ser utilizada em compotas e doce pastoso. Como o fruto tem casca fina e polpa mole, o transporte requer cuidado.

Propriedades medicinais O princípio ativo encontrado na planta é uma furocumarina, o "bergapteno", presente

nas raízes, cascas e frutos verdes. É utilizado principalmente no tratamento de vitiligo e outras doenças que causam despigmentação.

Usos / Indicações Bronquites, discromia, gripes, má-circulação do sangue, pele despegmentadas pelo

vitiligo ou por outras manchas, úlcera gástrica, resfriados.

Análise química em g/100g

Mama-cadela

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

COMPOTA DE MAMA-CADELA

Ingredientes:Frutos maduros de mama-cadela Suco de limão Açúcar Cravo e canela

Modo de fazer:Lave bem os frutos, deixe-os escorrer e retire as sementes. Ferva por dois minutos em água com um pouco de suco de limão. Prepare uma calda com açúcar e coloque os frutos. Adicione casca de limão, canela ou cravo e deixe em fogo baixo até dar o ponto desejado (30).

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Mamãozinho-do-mato

Mamão-do-mato

Muda de mamãozinho-do-matoClassificação científicaReino: PlantaeDivisão: MagnoliophytaClasse: MagnoliopsidaOrdem: BrassicalesFamília: CaricaceaeGénero: Vasconcella

Nome binomial

Vasconcella quercifolia (A. St.-Hil.) Solms 1889Sinónimos Carica lanceolata (A. DC.) Solms , Carica quercifolia A. St.-Hil.

(basiônimo)É um fruto comestível, de 3 a 6 cm de comprimento. Apresenta potencial para cultivo. É

da família do mamão, que também ocorre, não nativo, mas subespontâneo, em áreas dispersas (roça, estrada), em solos férteis (30).

Page 221: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Análise química em g/100g

mamãozinho-do-mato

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

Se espera resultados para depositar na tabela

Mamãozinho-do-mato

Page 222: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Marmelada-de-cachorro

Nome científico: Alibertia sessilis

Nome popular: Marmelada-preta

Os frutos novos de marmelada-de-cachorro possuem coloração verde, e os maduros, negro-azulada. Nesse estágio, são

coletados de setembro a dezembro. A polpa, de sabor adocicado e coloração escura, pode ser utilizada em geléias e doces (30)

Page 223: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Análise química em g/100g

Marmelada-de-cachorro

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

Se espera resultados para depositar na tabela

Torta de marmelada de cachorro

Ingredientes:3 xícaras (chá) de geléia de marmelada3 xícaras (chá) de farinha de trigo enriquecida com ferro1 xícara (chá) de água

Page 224: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

2 xícaras (chá) de açúcar4 colheres (sopa) de suco de limão 1 colher (sopa) de fermento em pó 6 ovos

Modo de fazer:Bata as gemas com o açúcar, até formar um creme.Adicione a água, a farinha de trigo e o fermento, batendo bem. Acrescente as claras em neve e mexa levemente. Divida a massa em duas partes, colocando-as emtabuleiros untados e enfarinhados. Leve ao forno até dourar. Retire das formas e umedeça levemente os bolos com caldo de limão. Coloque a geléia como recheio, podendo passá-la também na parte superior.

Marmelada-olho-de-boi

Nome científico: Nephelium longana Nomes populares: Marmelada, marmelada-de-bola, bola

Encontrada no cerrado, Amazônia e América Central. Pode ser consumida ao natural e serve para fazer doce (30).

Page 225: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Análise química em g/100g

Marmelada-olho-do-boi

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

460 0,80 15,90 0,30 14,00 34,00 0,40 0,05 0,13 0,30 72,00 460 0,80

FONTE: *ENDEF - TABELA DE COMPOSIÇÃO DE ALIMENTOS. 2- EDIÇÃO. 1981.

Murici

Classificação científica

Nome científico: Byrsomima scrispaReino:PlantaeDivisão: MagnoliophytaClasse: MagnoliopsidaOrdem: MalpighialesFamília: MalpighiaceaeGénero: Byrsonima

Page 226: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Espécie: B. crassifoliaNomes populares: Douradinha-falsa, mirici, muricizinho, orelha-de-burro, orelha-de-veado, semaneira, murici-da-mataNome binomial ; Byrsonima crassifolia

O murici (Byrsonima crassifolia), também conhecido como muruci, murici-da-praia ou murici-do-brejo, é uma árvore da família Malpighiaceae, ordem Malpighiales, nativa do norte e nordeste do Brasil.

Características gerais: Sua altura média é de 6 a 16 m, suas folhas são simples, lisas, e atingem em torno de 13 cm. Suas flores são em forma de cachos amarelos, seu fruto é pequeno, em torno de 0,8 cm e em cacho.

Os frutos de murici possuem coloração amarela quando maduros e são coletados no período de novembro a março. É uma boa fonte de energia, pois apresenta altos teores de gordura.

Suas sementes geralmente atingem o tamanho de 0,5 cm de comprimento, e são de um marrom-claro.

Esta árvore é freqüente nas regiões de terrenos úmidos, em savanas amazônicas, cerrado, campos e matas costeiras , tambem próximos a rios e lagoas (30).

Não é conhecida a utilização em paisagismo, apesar de sua beleza, especialmente quando em floração. Existem outras espécies de murici, inclusive arbustos, e a característica de todas elas é o fruto pequeno e comestível, de sabor ácido.

Fruta nativa do Nordeste brasileiro, é encontrada em regiões serranas e próximas ao litoral. Já conhecida desde 1570 pelos indígenas como mureci. Hoje conhecida como murici, murixi, muruci e fruta de jacu. A cor amarela, quando madura, chama a atenção.

Apesar do tamanho pequeno possui sabor e cheiro intensos e característicos, não se comparando a outro fruto. Pode ser usada na fabricação de sucos, doces, licores, geléias, sorvetes, refrescos, , pudins e pavês.

Os frutos são coletados no período de novembro a março. É uma boa fonte de energia, pois apresenta altos teores de gordura.

Page 227: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Análise química em g/100g

Muruci

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

66 0,90 1,30 14,40 2,20 33,00 17,00 2,00 7,00 0,02 0,04 0,40 84,

FONTE: *ENDEF - Tabela de composição de alimentos. 29 edição. 1981.

DOCE PASTOSO DE MURICI

Ingredientes:1 medida de polpa de murici 1 medida e meia de açúcar

Modo de fazer:Passe os muricis maduros pela peneira, para separar a pele da polpa. Junte o açúcar à polpa e leve ao fogo até soltar da panela. Acondicione em frascos de vidro de boca larga esterilizados.

SORVETE DE MURICI

Ingredientes:1 1/2 litro de polpa de murici 1 lata de leite condensadoModo de fazer:Bata os ingredientes no liqüidificador. Em seguida, leve para o congelador.

PEQUI

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Nome científico: Caryocar brasiliensis

Nomes populares: Pequiá-bravo, piqui, piquiá, piqui-do-cerrado

É encontrado no cerrado, GO, MT, MS,SP e MG e Nordeste. Suas frutas são amarelas e redondas e excelente fonte de

vitamina A. Apresenta casca grossa, de pele verde e com interior amarelo.Ao se partir o caroço, encontram-se espinhos pequenos e de uma a quatro amêndoas.Muito utilizado na alimentação popular, na indústria de licores, cosméticos e sabões.

Sua casca, que representa mais de 60% do fruto, é usada na preparação de tintas de escrever e na tintura de tecidos.

Do pequi também se extrai dois tipos de óleo: um a partir da polpa (40-55%), considerado como verdadeiro substituto da banha e do toucinho e outro, extraído da amêndoa (40%), utilizado no preparo de cosméticos, por ser delicado e perfumado.

A polpa é consumida com arroz, feijão, galinha ou batida com leite e açúcar.Fruto cheiroso que fornece os típicos encontram-se licor, galinhada com pequi e arroz de pequi.

Da casca e das folhas extraem-se corantes amarelos de ótima qualidade, empregado em tinturaria caseira. (5)

Análise química em g/100g

Page 229: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Pequi

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

89 1,20 0,90 21,60 5,50 14,00 10,00 1,20 20000 0,03 0,46 0,40 12,00

FONTE: 'ENDEF - TABELA DE COMPOSIÇÃO DE AUMENTOS. 2a EDIÇÃO. 1981.

ARROZ COM PEQUI (7)

Ingredientes:2 xícaras de arroz 1 porção de pequis 1 cebola média Água fervente Sal

Modo de fazer:Lave e seque o arroz, do modo convencional. Descasque os pequis e refogue-os no óleo, juntamente com a cebola.Adicione o arroz e o sal, mexendo sempre, para refogar.Coloque a água, em quantidade que dê para cobrir a mistura.Abafe a panela e espere que dê o ponto.

Page 230: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Pinha-de-guará

Nome científico: Duguetia furfuraceaNome popular: Bbeladona Origem: Cerrado brasileiro

A pinha-de-guará provém de uma planta arbustiva que mede até 1,5 m de altura.O fruto é arredondado, de cor marrom-amarelada quando maduro e é consumido i n

natura.

Page 231: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Análise química em g/100g

Pinha-de-guará

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

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Durguetia lanceolata

Pêra-do-cerrado

Nome científico: Eugenia klotzschiana Nomes populares: Pêra, pêra-do-campo, cabacinha-do-campo, pereira-do-campo

Os frutos maduros possuem coloração amarelo-esverdeada e são coletados de outubro a dezembro. Quando maduro, o fruto apresenta casca fina e polpa mole com certa adstringência. Podem ser usadas para doce em compota e geléia (30).

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GELÉIA DE PÊRA-DO-CERRADO

Ingredientes:1/2 kg de polpa de pêra-do-cerrado 250 g de açúcar Água o suficiente

Modo de fazer:Cozinhe a polpa com a casca em um pouco de água; depois de cozida, passe a massa pela peneira. Adicione o açúcar à polpa e ferva denovo até o ponto de geléia.

Análise química em g/100g

Pêra-do-cerrado

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

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Xixá

Nome científico: Sterculia striata Nomes populares: Amendoim-da-mata, arachachá, castanha-de-macaco, castanheiro-do-mato, chichá-do-cerrado, chichá-do-norte, mendubiguaçu, pau-rei, pé-de-anta Origem: Cerrado brasileiro

Classificação científica

Page 233: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Reino: Plantae

Divisão: MagnoliophytaClasse: MagnoliopsidaOrdem: MalvalesFamília: MalvaceaeSubfamília: SterculioideaeGénero: Sterculia L.Espécie: S. striata

Sua distribuição ocorre na região Centro-Oeste e nos estados do Maranhão, Bahia,

Piauí, Minas Gerais, São Paulo, Pará e Tocantins. A árvore chega a medir até 25 metros de altura e pode ser plantada em ruas largas, parques e jardins residenciais.

Os frutos surgem de agosto a setembro e são encobertos por folhas grandes, avelu-dadas e de cor vermelha. Apresentam um pequeno formato arredondado, de cor enegrecida quando maduros. Estas sementes podem ser consumidas cruas, cozidas ou

torradas, sendo esta última a mais apreciada pelas populações locais.

Análise química em g/100g

Xixá

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

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LEGUMINOSAS

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Mucuna

Nome científico: Mucuna sp.

Para substituir o café tradicional, produto cada vez mais caro, agricultores da região de Massapê, no Ceará, desenvolveram um processo do qual se obtém café solúvel de mucuna. O processo é o seguinte: colocar as vagens de mucuna para secar ao sol, durante dois dias, mais ou menos. Em seguida, separar os grãos das vagens, batendo com uma vara. Os grãos são

colocados em uma vasilha com água e levada ao fogo, para ferver, por um período de três horas.

Após o cozimento, colocar os grãos em água fria, para facilitar a retirada da película que envolve o grão. Retirada a película, levar ao sol durante dois dias, para secar. Depois de bem secas, colocar em uma panela e levar ao fogo, para torrar, mexendo com colher de pau. Quando os grãos tomarem uma coloração marrom escura, acrescentar açúcar, o suficiente para temperar. Moer e guardar em vidros esterilizados. Utilize o pó da mesma forma que o café tradicional. Não há necessidade de adoçar.

Análise química em g/100g

Mucuna

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

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HORTALIÇAS

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Assa-peixe

Nomes populares: Folha de santana, urtiga mansa

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Da família das urticáceas, suas folhas podem ser utilizadas no preparo de sucos, refogados, sopas, omeletes e recheios diversos. Quando preparadas à milanesa tomam o sabor de peixe.

Análise química em g/100g

Assa-peixe

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

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EMPANADO ASSA-PEIXE (24)

Ingredientes:Folhas de assa-peixe1 colher (sopa) de farinha de trigoenriquecida com ferroSal e pimenta a gostoÁguaÓleo

Modo de fazer:Misture a farinha de trigo, o sal, a pimenta e a água até formar um mingau grosso.Passe as folhas de assa-peixe, uma a uma, nesta mistura e frite-as em óleo quente.

PASTA DE ASSA-PEIXE

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Modo de fazer:Soque uma porção de folhas de assa-peixe lavadas e escorridas. Coloque em um pano fino e retire o sumo das folhas. Junte mel e misture bem. Sirva com torradas.

Batata-de-purga

Nome científico: Ipomoea operculata

Nome popular: Jalaba-de-lisboa Origem: Cerrado

É uma trepadeira robusta, com raízes tuberosas e flores brancas. Utiliza-se a sua raiz para a produção de doces (33).

Análise química em g/100g

Batat de purga

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

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Dente-de-leão

Nome científico: Taraxacum officinale Nomes populares: Amargosa, pára-quedas, taraxaco, dente-de-leão-de-jardim Origem: Europa

Planta vista como invasora dos gramados e jardins de Brasília. Em vários países, suas folhas novas são usadas em saladas. No Brasil, é pouco utilizada na alimentação. De sabor um

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pouco amargo, emprega-se também no preparo de croquetes, sopas, farofas e sucos, misturadas a outras frutas (24). As olhas mais novas são utilizadas em saladas, e as mais velhas, refogadas. As flores e

raízes, são também um pouco amargas, comestíveis (17).

Análise química em g/100g

Dente-de-leão

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

45 2,70 0,70 7,00 105,00 72,00 3,05 45,00 0,25 0,19 0,14 28,00 45

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POLENTA COM DENTE-DE-LEÃO

Ingredientes:1 porção de folhas de dente-de-leão 3 xícaras (chá) de fubá de milho Alho socado1 cebola pequena batidinha2 colheres (sopa) de óleo ou manteiga 1 litro de caldo de carne

Modo de fazer:Corte bem fininhas as folhas de dente-de-leão e cozinhe em pequena quantidade de água e sal, por uns cinco minutos.Em uma panela funda, coloque o óleo, o alho, a cebola e deixe dourar.Junte o cozido de dente-de-leão.Acrescente a água e, quando abrir fervura, junte o fubá, mexendo bem para não empelotar.Deixe cozinhar até soltar do fundo da panela.

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GUEROBA

Nome científico: Syagrus oleracea

Palmeira presente no cerrado brasileiro. Seus frutos maduros, de coloração ama-relo-esverdeada, são coletados no chão, de novembro a janeiro.

Da polpa extraída pode-se fazer vitaminas, sorvetes e refrescos. Também se extrai o palmito da gueroba, a parte mole do caule, bastante apreciado na culinária goiana. O refogado do palmito serve de base para vários pratos, como tortas salgadas, pastéis e empadões.

Verifica-se que, após quatro anos de cultivo, já se pode arrancar a gueroba para extração do palmito.

Nessa época, o rendimento alcança aproximadamente meio quilo de palmito, o que corresponde a menos de 5% da planta. Portanto, deve-se buscar alternativas para o uso racional desta planta (30).

FONTE: * FRANCO, Guilherme. Tabela de composição química dos alimentos. 9a edição. Ed. Atheneu. 1992.

Análise química em g/100g

Gueroba

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

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SORVETE CASEIRO DE GUEROBA

Ingredientes:1/2 copo de polpa de frutos maduros

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de gueroba3 xícaras (chá) de leite1 xícara (café) açúcar

Modo de fazer:Lave os frutos e deixe escorrer.Descasque-os e retire a polpa.Passe pela peneira e bata bemno liqüidificador com os outrosingredientes.Em seguida, leve para congelar.

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SERALHA

Nome científico: Sonchus Oleraceus Nomes populares: Chicória-brava, chicória-lisa, ciúme

São plantas anuais, com folhas recortadas e folhes amarelas. As espécies foram introduzidas no Brasil há mais de um século e fizeram parte da cozinha colonial. De sabor pouco amargo, é usada na culinária, principalmente mineira, em forma de saladas e refogados (13).

Análise química em g/100g

Serralha

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Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

19 2,10 0,30 3,50 0,40 112,00

36,00 3,10 480,00 0,07 0,12 0,60 5,00

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REFOCADO DE SERRALHAIngredientes:Folhas e galhos tenros de serralha Sal, alho, cebola batida, cheiro-verde Óleo, para refogar

Modo de fazer:Lave bem a serralha e deixe escorrer.Doure a cebola e o alho no óleo, adicione a serralha cortada como couve e tempere com sal.Misture bem e junte o cheiro-verde picadinho.Sirva com arroz e feijão.

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REGIÃO SUDESTE

FRUTASAbacate

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Amora-do-matoBananaBrejaúvaGoiabaJacaJambolãoPitangaSapucaia

HORTALIÇASBeldroegaCapebaOra-pró-nóbis

LEGUMINOSASGuandu

PREPARAÇÕES ESPECIAISCurau de milho verdePamonhaQueijo minas frescal

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FRUTAS

Abacate

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Nome científico: Persea americana Origem: América tropical

Presente em regiões colonizadas pelos espanhóis (México, Guatemala e Anti-Ihas), o abacate se espalhou até a América do Sul e

pode ser encontrado em todas as regiões do globo que possuam solos

férteis e onde haja calor que seja suficiente. Produtores e exportadores de abacate distribuem-se entre os vários países da África e das américas do Sul e Central, além de Israel, Espanha e Estados Unidos, na região da Califórnia.

Segundo Pio Corrêa, o abacate foi introduzido no Brasil como espécie cul-tivável apenas no início do século XIX e, atualmente, encontra-se à venda nas feiras livres e supermercados ao longo de quase todo o ano.

As plantações do interior dos estados de São Paulo e Minas Gerais são responsáveis por quase dois terços do total da produção nacional.

Árvore de casca pardacenta, que pode atingir até 20 m de altura, e de folhagem sempre verde, possui flores pequenas e de coloração branco-esverdeadas.

De sabor suave e gosto bom, nem doce nem amargo, o abacate é fruto macio e car-nudo. Sua polpa cremosa, verde-amarelada ou amarela quase branca, assemelha-se a um creme amanteigado, sendo basicamente constituída por ácidos, graxos não-saturados e concentrando apenas 70% de água em sua composição, o que é pouco em comparação com a maioria das frutas existentes.

Por suas qualidades e sua extrema suavidade ao paladar, o abacate é uma das frutas mais versáteis existentes, utilizado em incontáveis e variadas receitas. Pelo sabor de sua polpa pouco açucarada, o abacate pode ser consumido como iguaria doce ou salgada, de acordo com os hábitos e a cultura dos povos das regiões em que é cultivado (4).

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Análise química em g/100g

Abacate

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

1,62 1,80 16,00 6,40 2,00 13,00 47,00 0,70 20,00 0,07 0,24 1,50 12,00

Outra análise química: fonte wiki

Abacate cru(valor nutritivo por 100g)11

água: 73,23 g resíduos totais: 1,58 g fibras: 6,7 gvalor energético: 160 kcal

proteínas: 2,00 g lípidos: 14,66 g glícidos: 8,53 gaçúcares simples: 0,66 g

oligoelementos

potássio: 485 mg magnésio: 29 mg fósforo: 52 mg cálcio: 12 mg

sódio: 7 mg zinco: 640 µg ferro: 550 µg cobre: 600 µg

vitaminas

vitamina C: 10,0 mg

vitamina B1: 67 µg vitamina B2: 130 µg vitamina B3: 1 738 µg

vitamina B5: 1 389 µg

vitamina B6: 257 µg vitamina B9: 0 µg vitamina B12: 0 µg

vitamina A: 146 UI retinol: 0 µg vitamina E: 2,07 µg vitamina K: 20 µg

ácidos graxos

saturados: 2 126 mg

monoinsaturados: 9 799 mg

poliinsaturados: 1 816 mg

colesterol: 0 mg

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Amora-do-mato

Nome científico:Rubus urticaefoliusNomes populares:Amora-preta, amora- vermelha, moranguinho, amora-brava, amora-silvestre, amora-do-campoOrigem: Regiões Sudeste e Sul do Brasil

Verificam-se três espécies no Brasil. A amora-do-mato é proveniente de um arbusto frágil, bastante ramificado, com os caules cobertos de espinhos, de até 2 m de altura, com espinhos nos ramos e nas folhas.

Os frutos dão em forma de cachos que podem atingir até 20 cm de comprimento. De coloração esverdeada, passa de vermelho ao roxo-escuro durante a maturação.

Ocorre abundantemente nas margens das estradas, podendo ser cultivada em terrenos férteis, não necessitando de adubação.

A amora-do-mato é fruta conhecida em grande parte do Brasil, encontrada especial-mente em pastos e beiras de estradas espalhada por todo o Sudeste e Centro-Oeste, de preferência nas áreas de maior altitude e temperaturas mais frias.

Apesar de seu nome, a fruta, semelhante pela forma às verdadeiras amoras européias e norte-americanas, não tem parentesco com estas.

A nossa amora-do-mato é fruta nativa do país e pertence à família das Rosáceas, a mesma das rosas, do morango, das maçãs e de tantas outras espécies de frutos deliciosos e flores perfumadas.

A amora-do-mato, ou moranguinho, nasce em formações arbustivas, sendo freqüente sua ocorrência em vastos e amplos agrupamentos espontâneos.

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Durante o período de frutificação, a amora-do-mato é abundante e, aqueles que tiverem coragem para enfrentar seus muitos espinhos, podem colher "litros" da fruta.

Mais apreciada em seu estado natural, colhida no pé e degustada na hora, a amora-do-mato tem sabor doce e, ao mesmo tempo, um pouco ácido.

Porém, quando a colheita é farta e permite o acúmulo de maiores quantidades, fazem-se com as frutas adocicadas excelentes sucos, tortas, geléias, doces em compota e em calda (4).

Page 256: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Análise química em g/100g

Amora do mato

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

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GELÉIA DE AMORA (17)

Ingredientes: Amoras A mesma quantidade de açúcar

Modo de fazer:Cozinhe as amoras em pouca água até que se desmanchem e passe-as numa peneira. Misture com o açúcar e leve ao fogo; deixe ferver até obter o ponto, que pode ser verificado colocando-se uma colher (chá) de geléia em um pouco de álcool. Se a geléia desmanchar, é porque está pronta.

Banana

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Nome científico: Musa sapientum Origem: Ásia

Planta com caule suculento e subterrâneo, cujo "falso" tronco é formado pelas bases superpostas das folhas, que são grandes, de coloração verde-clara e brilhantes. Possuem flores em cachos que surgem em séries a partir do chamado "coração" da bananeira.

A banana vem se espalhando por todas as regiões tropicais e subtropicais do globo, sendo, nessas localidades, a fruta mais conhecida e cultivada.

Antes da chegada dos europeus à América, ao que tudo indica, existiam algumas espécies de bananeiras nativas. Seus frutos, porém, não eram comidos crus, necessitando de preparo ou de cozimento prévio e não constituíam parte principal da dieta das populações existentes. Presume-se que, apenas a partir do século XV, a banana, seu cultivo e seus usos foram introduzidos no continente americano.

Atualmente no Brasil, encontram-se bananas em qualquer parte, destacando-se as regiões Nordeste e Sudeste como as maiores produtoras nacionais da fruta.

Quando não maduras, as bananas são, em geral, de cor verde.Seu sabor é adstringente e intragável: diz-se que quando a banana está verde ela

"pega" na boca. Isto porque, antes de sua maturação, as bananas se compõem, basicamente, de

Page 258: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

amido e água. Tanto é assim que, com a maioria das bananas verdes, pode-se produzir farinha, que tem aplicações na alimentação, desde o preparo de mingaus até biscoitos.

Em seu processo de amadurecimento, a maior parte do amido contido nas bananas transforma-se em açúcar, glicose e sacarose. E é por isso que, de maneira geral, a banana é uma das frutas mais doces entre todas as frutas.

Bananas de mesa são, por exemplo, as variedades maçã, ouro, prata e nanica que, na verdade, é grande, levando esse nome em virtude da baixa altura da planta em que nasce. Bananas para fritar são as variedades de banana da terra e figo. As banana-chips, novidade deliciosa do Norte do Brasil, é feita com a variedade pacovã. Banana para cozinhar é, especialmente, a variedade da terra; e, também no Norte, a pacovã.

Além disso tudo, as bananas entram como ingrediente em uma grande quantidade de pratos salgados típicos das culinárias regionais brasileiras. No Rio de Janeiro e em Pernambuco, é o famoso cozido, que entre tantos componentes - carnes, tubérculos, legumes e verduras - inclui as bananas da terra e nanica. A especialidade do sul de Minas Gerais é o virado de banana nanica, preparado com farinha de milho e queijo mineiro.

No litoral norte de São Paulo, o prato principal da culinária caiçara chama-se "azul-marinho": postas de peixe cozidas com banana nanica verde sem casca, acompanhado de um pirão feito com o caldo do peixe, banana cozida amassada e farinha de mandioca.

Considerada, por muitos, a fruta perfeita, a banana é fruta de muitas qualidades: amadurece aos poucos, fora do pé, facilitando a colheita, o transporte e o aproveitamento, podendo ser encontrada durante o ano inteiro (4).

Análise química em g/100g

Banana

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

87 1,20 0,40 22,20 0,60 27,00 31,00 1,50 27,00 0,05 0,09 0,60 8,00

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Brejaúva

Nome científico: Astrocaryum aculeatissimum Nomes populares: Coco-brejáuva, airi, brejaúba Origem: Brasil - Mata Atlântica

Fruto que provém de palmeira que cresce em touceiras, atingindo até 10 m de altura. Folhas longas de 2 a 3 m, coloração verde-escura na face superior e verde-clara na face inferior. Os frutos dessas palmeiras, ou melhor, suas amêndoas, destacam-se como parte da alimentação das populações de algumas regiões do Sudeste do Brasil.

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Até hoje é possível encontrar-se cachos do coco-brejaúva à venda nas feiras públicas de cidades dessa região paulista, tais como Guaratinguetá, Taubaté, Pindamonhangaba, Cunha, entre outras (4).

Goiaba

Nome científico: Psidium guajava Myrtaceae)Nomes populares: Guaiava, guaiaba Origem: América tropical

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A árvore, de 3 a 10 metros de altura, possui caule tortuoso, com casca escamosa e flores branco-esverdeadas. A goiabeira é uma das árvores mais familiares do Brasil, sendo encontrada em qualquer região, devido à facilidade com que suas sementes são dispersas por pássaros e pequenos animais.

Planta rústica, podendo ser cultivada até mesmo em regiões subtropicais.A fruta tem forma arrendondada ou ovóide, medindo de 5 a 10 cm.Externamente, quando madura é amarela-esverdea-da e muito aromática. Internamente, a

polpa é abundante, podendo ser róseo-avermelhada ou branca, dependendo da variedade. As sementes são pequenas e numerosas.

A colheita pode ser feita de abril a junho e de novembro a fevereiro.Excelente fonte de vitamina C, o fruto pode ser consumido in natura ou utilizado na

preparação de sucos, sorvetes e doces em geral.

Análise química em g/100g

Goiaba

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

69 0,90 0,40 17,30 5,30 22,00 26,00 0,70 26,00 0,04 0,04 1,00 218,00

FONTE: *ENDEF - Tabela de composição de alimentos. 29 edição. 1981.

Jaca

Nome científico: Artocarpus heterophyla Origem: Ásia

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A jaqueira é uma H? árvore de porte ereto, elevada (atinge 20 a 25 metros), de copa densa e irregular. Sua floração ocorre principalmente na época chuvosa, de janeiro a março, com vários picos de floração ao longo do ano. Produz frutos enormes, que pesam em média 9 kg, mas podendo chegar a 15 kg, brotando principalmente no tronco e galhos mais baixos. Estes frutos são ovalados ou arredondados, de casca amarelada quando maduros e superfície áspera com pequenas saliências. O interior da jaca é formado por vários gomos, sendo que cada gomo contém um grande caroço recoberto por uma polpa cre-

mosa, viscosa e muito aromática. O número de frutos produzidos por planta é em média de 45 frutos e a produtividade é de 475 kg/planta. As sementes são numerosas, até 500 unidades por fruto.

As variedades mais cultivadas são jaca-dura, jaca-mole e jaca-man-teiga. A polpa é consumida in natura, que possui boa quantidade de proteínas e vitamina A; processadas, compõem doces, compotas, polpas congeladas, refrescos, sucos e bebidas (licor). As sementes são ricas em amido, podem ser consumidas assadas, e moídas, produzem farinha utilizada no preparo de biscoitos e doces (32).

Análise química em g/100g

Jaca

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

61 2,70 0,40 13,50 3,40 58,00 39,00 9,70 39,00 0,09 ? ? ?

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Jambolão

Nome científico: Eugenia jambolana

Nomes populares: Jamelão, jalão, azeitona Origem: índia

O jambolão é uma árvore que pode chegar a até 10 metros de altura, com copa ampla e muito ramificada. Possui flores francas e frutos pequenos e arroxeados quando maduros. O fruto ainda possui uma semente única e grande, quando comparada com o tamanho do fruto, envolta por uma polpa carnosa. Apesar de um pouco adstringente, tem um sabor agradável ao paladar. Na índia, o jambolão, além de ser consumido in natura, é usado na confecção de doces e tortas.

No Nordeste do país, essa planta adaptou-se tão bem que se tornou espécie subes-pontânea. A coloração arroxeada do fruto provoca manchas nas mãos, tecidos, calçamentos e pinturas de carros, tornando-o pouco indicado para preencher espaços públicos.

Análise química em g/100g

Jambolão

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

Se espera resultados para depositar na tabela

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Pitanga

Nome científico: Eugenia pitanga Origem: Matas dos estados de Minas Gerais até o Rio Grande do Sul

A pitangueira pode atingir até 10 m de altura com tronco irregular, muito ramificado, de coloração avermelhada e casca que pode desprender-se ocasionalmente. Suas folhas são ovais e avermelhadas quando jovens, e de coloração verde-intensa posteriormente. São brilhantes e apre-sentam aroma característico, quando macera-das. Possui flores brancas aromáticas e frutifica de outubro a janeiro.

Pitanga é uma palavra proveniente da língua tupi, que quer dizer "vermelho-rubro". E ela é, de fato, fruta vermelha, rubra, roxa e, às vezes, quase preta.

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O sabor adocicado da polpa da pitanga, levemente ácido e de perfume característico, tem lugar certo no paiadar brasileiro. O ato de comer pitangas colhidas diretamente no pé tem espaço garantido na cultura nacional.

Nascendo em pequenas ou grandes árvores, a pitanga, quando cultivada, é fruta típica e própria para quintais e pomares de residências urbanas ou sítios, onde a ornamental pitangueira pode compor bonitas cercas-vivas e jardins.Além de consumida in natura, com o sabor da pitanga o brasileiro criou receitas de sucos, refrescos, geléias e doces, além do famoso "licor ou conahque de pitanga" (4, 24).

FONTE: *ENDEF - Tabela de composição de alimentos. 2S edição. 1981.

Análise química em g/100g

Pitanga

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

38 0,30 0,20 9,80 1,80 19,00 20,00 2,30 210,00 0,03 0,06 0,30 14,00

Sapucaia

Nome científico: Lecythis pisonis Nomes populares: Castanha-sapucaia; cumbuca-de-macaco Origem: Brasil -Floresta Pluvial Atlântica

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A sapucaia é árvore característica da floresta pluvial atlântica, ocorrendo desde o Ceará até o Rio de Janeiro, particularmente freqüente no sul da Bahia e no norte do Espírito Santo. Pode ser também encontrada, em estado nativo, na região amazônica. Em alguns casos, na alta floresta, a árvore alcança mais de 30 metros de altura. Suas folhas são caracteris-ticamente róseas quando jovens e verdes posteriormente. Apresenta flores grandes de coloração lilás arroxeada. O fruto é arredondado, com casca rígida e espessa, de coloração castanha. Quando maduros, abrem-se na porção inferior, através de uma característica "tampa", liberando as sementes (castanhas) comestíveis e saborosas. Frutifica nos meses de agosto a setembro e o seu cultivo é feito por meio de propagação de sementes.

Pelo nome de "sapucaia" é conhecido, no Brasil, um grande número de árvores que pertencem à família botânica das Lecitidá-ceas, a mesma à qual pertence a castanheira-do-Brasil ou casta-nheira-do-Pará.

As sapucaias e seus frutos, nativos da terra, já eram bastante conhecidos e aproveitados pelas populações que habitavam o Brasil na época da chegada dos primeiros europeus, no século XVI. Estes, por sua vez, sentiram-se atraídos pelas qualidades da planta, tendo fornecido interessantes descrições e detalhamentos de sua conformação.

As amêndoas aromáticas e oleaginosas da sapucaia podem ser consumidas cruas, cozidas ou assadas, constituindo excelente alimento. Podem substituir, em igualdade de condições, as nozes, amêndoas ou castanhas comuns européias, prestando-se como ingrediente para doces, confeitos e pratos salgados (4).

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HORTALIÇAS

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Beldroega

Nome científico: Portulaca oleracea Nomes populares: Bredo, capanga, porcelana, salada-de-negro, verdoloca, berduega Origem: Europa

Planta invasora de todas as culturas. Reproduz-se através de sementes, folhas ou fragmentos do caule. Nasce em qualquer solo e é resistente às mais extremas mudanças de ambiente. O caule e as folhas são crocantes e têm sabor agridoce. Na culinária, é usada quase que totalmente, com exceção das raízes. Utilizada na forma de saladas cruas, com limão, sal e azeite de oliva. Os talos e folhas, quando adicionados no preparo de sopas, caldos e ensopados, dão consistência cremosa. Também podem ser utilizados em sucos (17, 24).

Outra fonte

Descrição : Planta da família das piperaceae. Arbusto de 1 a 2 metros de altura, com ramos estriados e com pelos. Folhas ovaladas, arredondadas ou em forma de rim. As flores são minúsculas e distribuídas em espigas de até 10 cm de comprimento. Nativa brasileira, ocorre desde a Amazônia até o Rio de Janeiro, em solos estercados e úmidos, próximos ou em bosques. Também conhecida como caena, paiparoba e aguascina.

Habitat: Ocorre em São Paulo, Minas Espírito Santo e sul da Bahia.

História: Muito popular no Brasil como planta medicinal após a introdução no país pelos escravos africanos, tornou-se invasora.

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Partes utilizadas :Raízes.

Propriedades medicinais: Anti-reumática, antianêmica, antiespasmódica, antigonorréica, antiinflamatória, colagogo, desobstruente, desopilante do fígado, diurética, emoliente, estomáquica, febrífuga, hemorróidas, laxativa, sudorífera, tônica, vermífuga.

Indicações : Diurética e desopilante do fígado, combate a febre e regula a menstruação. Usada contra a insuficiência hepática.

Princípios ativos : Óleo essencial, compostos fenólicos, esteróides, mucilagens, chavicina, pariparobina, jamborandina, piperatina, piperina.

Mode de Usar

- Infusão ou decocção de 30grs de folhas em 750 ml de água. Tomar 3 xícaras, das de chá, diariamente: insuficiência hepática, atonias do estômago, hepatite, diurético (no caso de anúria), gonorréia;

- Pó das folhas, Tomar até 2 g por dose, duas vezes ao dia.

- Decocção das raízes: estimulante digestivo;

- Folhas cozidas como cataplasmas: lavagem de feridas, diminuir o inchaço de erisipelas, furúnculos, tumores, feridas, hemorróidas, filárias, machucaduras;

- Infusão ou decocção de folhas e raízes: malária, afecções do baço, fraqueza estomacal, gases, fermentação intestinal, prisão de ventre, resfriados, febres, anemia, escrofulose (tumores ganglionares de origem tuberculosas); - infusão ou suco: 1 colher das de sopa das folhas em ½ litro de água: insuficiência hepática; - vinho: macerar 2 colheres das de sopa de raiz em 1 garrafa de vinho branco por 15 dias. Tomar 1 cálice antes das principais refeições como estimulante da digestão;

- Alinimento: sementes trituradas com óleo de linhaça. Fazer aplicações tópicas sobre furúnculos e abscessos;

- Decocção de casca do tronco: afecções respiratórias; - decocção de raízes: febres, distúrbios gástricos, debilidade orgânica e afecções urinárias;

- Suco: uso tópico sobre queimaduras.

- Folha: preparar "charutos" recheados com carne, cenoura e temperos.

Uso pediátrico: Hepatites virais e síndrome pós hepatite.

Uso na gestação e na amamentação: Não há relatos de contra-indicação. Mas devido à falta de testes conclusivos, deve-se evitar seu uso nos 3 primeiros meses de gestação e na amamentação.

Posologia: Adultos: 10 a 20ml de tintura divididos em 2 ou 3 doses diárias, diluídos em água; 2g de erva seca (1 colher de sopa para cada xícara de água) em infusão até 3 vezes

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ao dia: Crianças de 2 a 5 anos: 2ml 3 vezes ao dia, às refeições: De 5 a 8 anos: 3ml 3 vezes ao dia, às refeições; De 8 a 12 anos: 4 ml 3 vezes ao dia, às refeições.

Superdosagem: Não há relatos de intoxicação por Superdosagem. Caso ocorra deverá ser feito o esvaziamento gástrico por lavagem com soro fisiológico. Uso de sonda gástrica em sifonagem. Recomenda-se hidratação endovenosa para promover diurese abundante.

Toxicologia : Em dose acima da indicada pode provocar náuseas, vômitos, cólicas, diarréia, pequena elevação de temperatura, cefaléia, tremores nos membros que podem evoluir até a paralisia, erupções urticosas na pele, aumento da diurese. Doses muito acima do normal pode causar inflamação colecistica e pielorenal, dores nas regiões, hepato-vesicular, lombar e vesical, ematuria, presença de cristais de oxalato, uratos, de bile e de alguns resíduos celulares, sedimentos e resina na urina.

Farmacologia: Os óleos essenciais, especialmente o carquejol, atuam sobre o hepatócito, aumentando a produção dabile e protegendo contra a peroxidação lipídica da membrana celular. Os princípios amargos estimulam as papilas gustativas, aumento o apetrte e a produção de suco gástrico. Os flavonóides aumentam o débito urinário. Sua farmacologia ainda é pouco pesquisada. Alguns estudos sobre o fígado revelam que seu extraio provoca o aumento da Bile e tem ação em hepatites virais, mas não há estudos clínicos. Impede a absorção de glicose no tubo digestivo, reduzindo a giicemia e causando efeito laxativo or osmose.

Farmacodinâmica: Possui ação colagoga e reduz a mortalidade e a incidência de lesões celulares do hepatócito submetido a agressões químicas e biológicas. Usada como tónica digestiva, estomáquica, vermífuga, colagoga, litogoga, hipoglicemiante, diurética, laxativa discreta e anti-gripal; Usada na indústria de bebidas, substitui o lúpulo na fabricação de cerveja.

Toxicologia: Não apresenta, nas doses recomendadas. A dose tóxica é acima de 5 ml/kg

Análise química em g/100g

Beldroega

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

20 1,60 0,40 2,50 ? 140,00 493,00 3,25 250,00 20,00 100,00 0,50 26,80

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FONTE: 'FRANCO, Guilherme. Tabela de composição química dos alimentos. 9a edição. Ed. Atheneu. 1992.

Capeba Nome científico: Pothomorphe umbellata

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Nomes populares: Caapeba, caapeba-do-norte, catajé, malvarisco, manjerioba, paripaorba Origem: Brasil (nativa da Amazônia até o Rio de Janeiro)

Arbusto medindo de 1 a 2 m de altura, de ramos peludos. Possui folhas ovaladas, arredondas ou em forma de rim. Existente em solos úmidos, florescendo praticamente o ano inteiro. É consumida refogada e em preparados cozidos (17).

Outra fonte

Descrição : Planta da família das piperaceae. Arbusto de 1 a 2 metros de altura, com ramos estriados e com pelos. Folhas ovaladas, arredondadas ou em forma de rim. As flores são minúsculas e distribuídas em espigas de até 10 cm de comprimento. Nativa brasileira, ocorre desde a Amazônia até o Rio de Janeiro, em solos estercados e úmidos, próximos ou em bosques. Também conhecida como caena, paiparoba e aguascina.

Habitat: Ocorre em São Paulo, Minas Espírito Santo e sul da Bahia.

História: Muito popular no Brasil como planta medicinal após a introdução no país pelos escravos africanos, tornou-se invasora.

Partes utilizadas :Raízes.

Propriedades medicinais: Anti-reumática, antianêmica, antiespasmódica, antigonorréica, antiinflamatória, colagogo, desobstruente, desopilante do fígado, diurética, emoliente, estomáquica, febrífuga, hemorróidas, laxativa, sudorífera, tônica, vermífuga.

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Indicações : Diurética e desopilante do fígado, combate a febre e regula a menstruação. Usada contra a insuficiência hepática.

Princípios ativos : Óleo essencial, compostos fenólicos, esteróides, mucilagens, chavicina, pariparobina, jamborandina, piperatina, piperina.

Mode de Usar

- Infusão ou decocção de 30grs de folhas em 750 ml de água. Tomar 3 xícaras, das de chá, diariamente: insuficiência hepática, atonias do estômago, hepatite, diurético (no caso de anúria), gonorréia;

- Pó das folhas, Tomar até 2 g por dose, duas vezes ao dia.

- Decocção das raízes: estimulante digestivo;

- Folhas cozidas como cataplasmas: lavagem de feridas, diminuir o inchaço de erisipelas, furúnculos, tumores, feridas, hemorróidas, filárias, machucaduras;

- Infusão ou decocção de folhas e raízes: malária, afecções do baço, fraqueza estomacal, gases, fermentação intestinal, prisão de ventre, resfriados, febres, anemia, escrofulose (tumores ganglionares de origem tuberculosas); - infusão ou suco: 1 colher das de sopa das folhas em ½ litro de água: insuficiência hepática; - vinho: macerar 2 colheres das de sopa de raiz em 1 garrafa de vinho branco por 15 dias. Tomar 1 cálice antes das principais refeições como estimulante da digestão;

- Alinimento: sementes trituradas com óleo de linhaça. Fazer aplicações tópicas sobre furúnculos e abscessos;

- Decocção de casca do tronco: afecções respiratórias; - decocção de raízes: febres, distúrbios gástricos, debilidade orgânica e afecções urinárias;

- Suco: uso tópico sobre queimaduras.

- Folha: preparar "charutos" recheados com carne, cenoura e temperos.

Uso pediátrico: Hepatites virais e síndrome pós hepatite.

Uso na gestação e na amamentação: Não há relatos de contra-indicação. Mas devido à falta de testes conclusivos, deve-se evitar seu uso nos 3 primeiros meses de gestação e na amamentação.

Posologia: Adultos: 10 a 20ml de tintura divididos em 2 ou 3 doses diárias, diluídos em água; 2g de erva seca (1 colher de sopa para cada xícara de água) em infusão até 3 vezes ao dia: Crianças de 2 a 5 anos: 2ml 3 vezes ao dia, às refeições: De 5 a 8 anos: 3ml 3 vezes ao dia, às refeições; De 8 a 12 anos: 4 ml 3 vezes ao dia, às refeições.

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Superdosagem: Não há relatos de intoxicação por Superdosagem. Caso ocorra deverá ser feito o esvaziamento gástrico por lavagem com soro fisiológico. Uso de sonda gástrica em sifonagem. Recomenda-se hidratação endovenosa para promover diurese abundante.

Toxicologia : Em dose acima da indicada pode provocar náuseas, vômitos, cólicas, diarréia, pequena elevação de temperatura, cefaléia, tremores nos membros que podem evoluir até a paralisia, erupções urticosas na pele, aumento da diurese. Doses muito acima do normal pode causar inflamação colecistica e pielorenal, dores nas regiões, hepato-vesicular, lombar e vesical, ematuria, presença de cristais de oxalato, uratos, de bile e de alguns resíduos celulares, sedimentos e resina na urina.

Farmacologia: Os óleos essenciais, especialmente o carquejol, atuam sobre o hepatócito, aumentando a produção dabile e protegendo contra a peroxidação lipídica da membrana celular. Os princípios amargos estimulam as papilas gustativas, aumento o apetrte e a produção de suco gástrico. Os flavonóides aumentam o débito urinário. Sua farmacologia ainda é pouco pesquisada. Alguns estudos sobre o fígado revelam que seu extraio provoca o aumento da Bile e tem ação em hepatites virais, mas não há estudos clínicos. Impede a absorção de glicose no tubo digestivo, reduzindo a giicemia e causando efeito laxativo or osmose.

Farmacodinâmica: Possui ação colagoga e reduz a mortalidade e a incidência de lesões celulares do hepatócito submetido a agressões químicas e biológicas. Usada como tónica digestiva, estomáquica, vermífuga, colagoga, litogoga, hipoglicemiante, diurética, laxativa discreta e anti-gripal; Usada na indústria de bebidas, substitui o lúpulo na fabricação de cerveja.

Toxicologia: Não apresenta, nas doses recomendadas. A dose tóxica é acima de 5 ml/kg

Análise química em g/100g

Capeba

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

Se espera resultados para depositar na tabela

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Ora-pró-nóbis

Nome científico: Pereskia aculeata mill Nomes populares: Groselheira das antilhas, lobrobó, groselha da América, groselheira de barbado, carne-de-pobre

Planta muito conhecida pela população rural em algumas regiões do país. É uma trepadeira com folhas suculentas. As flores, em cachos, são brancas e, às vezes, tem lis tras róseas. Os frutos são pequenos bagos amarelos. Nos ramos jovens, há pequenos espinhos parecidos com os de roseiras; nos ramos mais velhos e grossos, os espinhos são

longos como agulhas e nascem aglomerados. Seu consumo é disseminado em Minas Gerais, especialmente nas antigas regiões mineradoras. No interior, a combinação mais conhecida é "angu com ora-pro-nóbis". É uma hortaliça de folhas grossas e tenras. Seu cultivo não é muito exigente e o teor protéico é semelhante ao do caruru, couve e espinafre (17, 24). Em algumas regiões, é comum usá-la misturada ao feijão. Apresenta uma característica mucilagi-nosa, aproveitada em sopas, refogados, mistos, mexidos e omeletes.

Análise química em g/100g

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Ora-pró-nóbis

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

Se espera resultados para depositar na tabela

CROQUETE DE ORA-PRO-NÓBIS

Ingredientes:4 espigas de milho verde1 prato de folhas de ora-pro-nóbis cortadas em tirinhás2 copos de leite fervido e frio 1 cebola batidaAlho, sal, pimenta-do-reino, noz-moscada ralada Cheiro-verde picadinho1 colher (sopa) de margarina2 colheres (sopa) de óleo Farinha de trigo enriquecida com ferroFarinha de rosca Óleo para fritura

Modo de fazer:Corte o milho verde. Triture, no liqüidificador, a metade do milho com leite. Leve ao fogo o óleo e a margarina, e doure a cebola e o alho; adicione o milho verde cortado, a noz-moscada, o sal, a pimenta-do- reino, a ora-pro-nóbis e o cheiro-verde. Refogue tudo, junte o milho triturado e misture bem.Aos poucos, ir acrescentando a farinha de trigo e cozinhar, como se fosse um angu, até soltar do fundo da panela. Despeje em uma bacia e deixe esfriar. Enrole os croquetes, passe na farinha de rosca e frite em óleo quente.

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LEGUMINOSAS

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Guandu

Nome científico: Cajanus Cajan Nomes populares: Feijão-andú, guando

Leguminosa provinda de arbusto de grande resistência à seca e à baixa fertilidade e assim sobressaindo como planta de quintal nas regiões Centro-Oeste e Sudeste brasileiro, bem como no norte do Pará e Nordeste do País

No Nordeste tem a denominação de "andu". No Rio de Janeiro, de "guando", e "guandu" em São Paulo. Seus grãos verdes são preparados com carnes, farofas ou mexidos.

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Podem ainda ser conservados em salmoura ou congelados. Os grãos secos são mais apreciados no Nordeste (13).

Análise química em g/100g

Guandu

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

135 7,70 0,60 25,30 3,20 55,00 129,00 2,00 3,00 0,29 0,07 1,00 ?

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PREPARAÇÕES ESPECIAIS

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Curau de milho verde (18) Ingredientes:

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10 espigas de milho verde

2 1/2 xícaras (chá) de leite 1 xícara (chá) de açúcar 1 colher (sopa) de manteiga 1 pitada de salCanela da China em pó a gosto

Modo de fazer:Corte o milho das espigas,em seguida junte-os ao leite e passe aos poucos no liqüidificador.Coloque o milho triturado dentro de um pano fino e esprema bem, desprezando o bagaço.Leve este caldo do milho ao fogo médio, mexendo sempre.Quando começar a engrossar e desgrudar do fundo da panela, acrescente o açúcar, o sal e a manteiga.Mexa por mais alguns minutos até obter um creme consistente e brilhoso.Espalhe o curau numa travessa e polvilhe com canela em pó.

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Pamonha (18)

Ingredientes:12 espigas de milho verde1 copo de leite2 xícaras de açúcar ou sal a gosto2 colheres (sopa) de manteiga derretida Palhas do milho verde para a embalagem

Modo de fazer:Rale as espigas, em seguida acrescente ao creme de milho, o leite,0 açúcar ou o sal, a manteiga derretida e mexa bem.Coloque a massa na palha de milho, fazendo uma trouxinha com a palha, e amarre bem, com fios de palha, cordão ou elástico.Encha uma panela grande de água e deixe ferver.Em seguida, vá colocando as pamonhas, uma a uma, após a fervura completa da água (a água deve estar realmente fervendo para receber as pamonhas, caso contrário elas vão se desfazer).Cozinhe por mais ou menos 40 minutos, retirando as pamonhas com o auxílio de uma escumadeira. Deixe esfriar para poder abri-las.Além de ser preparada doce ou salgada, pode-se acrescentar recheios como o queijo minas em pedaços, lingüiça, cebola, entre outros.

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Queijo minas frescal (18)

Como o próprio nome diz, este queijo é de origem mineira, porém bastante difundido pelo Brasil, principalmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.

Ingredientes e materiais:

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8 litros de leite Coalho pó ou líquido 1/2 copo de fermento lático (quando usar o leite pasteurizado)1 panela com capacidade de 10 litros1 coador de metal ou plástico bem fino1 fôrma própria para queijo minas ou um pedaço de cano plástico (12 cm dediâmetro) furado dos lados

Modo de fazer:Se o leite for cru, coá-lo num coador de aço ou plástico.Aquecer o leite até a temperatura indicada pelo fabricante do coalho (ver rótulo da embalagem do coalho); se o leite for pasteurizado, colocar 1/2 copo de fermento lático (para 8 litros de leite) e mexer bem; para o leite cru, não é preciso o uso de fermento lático quando a produção for pequena.Colocar o coalho na quantidade indicada pelo fabricante e mexer bem durante 1 minuto.Deixar o leite em repouso durante 45 minutos para completa coagulação.Verificar o ponto de coagulação, introduzindo na massa uma faca no sentido inclinado e pressionando com a lâmina da faca a coalhada para cima; se ela quebrar em um só sulco e a faca sair limpa escorrendo somente soro na sua ponta, a coagulação está pronta.Pronta a coagulação, usando uma faca alongada, cortar a massa em três sentidos: longitudinal, transversal e horizontal, formando cubos de 3x3x3 centímetros.Em seguida, mexer cuidadosamente (evitando quebrar os cubos da massa) durante5 minutos e parar 2 minutos, repetindo este processo 4 vezes, completando, assim, 20 minutos.A seguir, retirar a massa e colocá-la na fôrma de queijo para completo dessoramento.Deixar em repouso e colocar o sal sobre a superfície do queijo.Depois de 1 hora, virar o queijo, colocando sal na outra parte.Após 4 horas, levá-lo para a geladeira ou para um lugar fresco.No dia seguinte, retirá-lo da fôrma e o queijo estará pronto para consumo.

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REGIÃO SUL

FRUTAS

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Feijoa Pinhão

HORTALIÇASAlmeirão-roxo Broto de bambu Nira Parreira

LEGUMINOSASLentilha

TUBÉRCULOS E CEREAISCará-do-ar

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FRUTAS

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Feijoa

Nome científico: Feijoa sellowianaNomes populares: Feijoeira; goiaba-do-mato, goiaba-serrana, goiaba-abacaxi Origem: Brasil - Região Sul

Planta que provém de um arbusto de 4 m de altura com tronco ramificado desde a base e de copa densa. Possui folhas de coloração verde-oliva e flores com pétalas brancas (externamente) e purpúreas (no interior).

O fruto tem forma ovóide, casca espessa e dura, de coloração verde-clara quando maduro. A polpa é amarela, de sabor semelhante ao do araçá, que envolve de 20 a 30 sementes. É encontrada de janeiro a março.

O cultivo desta planta necessita de solo argiloso e terrenos rochosos, em clima tem-perado. É uma planta espontânea, podendo ser propagada por sementes. Pode ser utilizada como planta ornamental.

A feijoa ou goiaba-serrana, como tradicionalmente era conhecida no Brasil há tempos, é planta próxima da goiaba comum. Seus frutos são grandes se comparados à primeira, e sua árvore é pequena. A polpa é espessa, aquosa, muito aromática, abundante e saborosa. Seu sabor, próximo ao sabor da goiaba, é considerado por alguns como uma mistura dos sabores da banana, do morango e, especialmente, do abacaxi.

As pétalas também podem ser comestíveis e possuem um agradável suco adocicado. As folhas da feijoeira são também muito bonitas e ornamentais: pequenas e estreitas, verde-escuras na parte superior e prateadas na parte inferior.

Tendo viajado para além-mar, levada provavelmente por algum admirador do perfume de sua polpa, a feijoa deu-se bastante bem em terras e climas estrangeiros. Muito cultivada na Europa desde o final do século passado - com especial atenção na região litorânea do sul da França - e, desde 1900, na costa oeste norte-americana - na Califórnia -, a feijoa praticamente desapareceu do Brasil.

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Em 1981, a Companhia Agrícola Dierberger de Limeira, no interior do estado de São Paulo, trouxe a fruta de volta ao cenário nacional. Tomando a iniciativa de importar da Nova Zelândia três diferentes variedades da feijoa - uma delas desenvolvida nos Estados Unidos começou a produzir mudas para a venda e para reiniciar a propagação da espécie.

Análise química em g/100g

Feijoa

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

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Pinhão

Nome científico: Araucária angustifolia Nome popular: Pinheiro-do-paraná

O pinhão é obtido da araucária.

Segundo o engenheiro florestal Paulo Carvalho, da Embrapa de Colombo, Paraná, já

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ocupou área equivalente a 200 mil quilômetros quadrados no Brasil, predominando nos territórios do Paraná (80.000 km2), Santa Catarina (62.000 km2) e Rio Grande do Sul (50.000 km2), com ocupações esparsas em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, que, juntas, não ultrapassam 4% da área originalmente ocupada pela Araucária angustifolia no país. É uma espécie resistente, tolerando incêndios rasos, devido à casca grossa que faz papel de isolante térmico. A capacidade de germinação é alta e chega a 90% em pinhões recém-colhidos. Espécie pioneira, dissemina-se facilmente em campo aberto.

Árvore de longa vida e muitos nomes, a Araucária angustifolia fornece madeira de excelente qualidade, e também tornou-se famosa pelo pinhão, semente produzida com fartura a cada dois anos. Esse pinhão, que garante a alimentação de muitas espécies animais, principalmente roedores e pás-

saros, tornou-se item obrigatório no cardápio de outono e inverno em milhares de residências do Sul.

O consumo desse fruto pode, inclusive, funcionar como o principal aval para a perpetuação da araucária, que, derrubada sem piedade para a extração de madeira, já esteve ameaçada de extinção. Para o serrano, o pinheiro hoje está valendo mais de pé, produzindo pi-nhas, do que cortado, vendido como madeira. Muitas famílias tiram o sustento da venda do pinhão e até grandes proprietários conseguem bom capital de giro com seu comércio (26).

As duas maneiras mais conhecidas de se cozinhar as sementes da araucária são na brasa e na água. Mas existem muitas outras formas de saborear este alimento, dos ape-ritivos às sobremesas, passando por carnes de panela e farofas.

Análise química em g/100g

Pinhão

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

282 5,30 1,30 62,10 17,10 37,00 70,00 6,50 3,00 1,28 0,23 4jÕ ?

MACARRÃO COM MOLHO DE RÚCULA E PINHÃO

Ingredientes:8 pinhões cozidos sem casca 4 xícaras de rúcula lavada e picada 2 colheres (sopa) de água 1 xícara (café) de azeite1 colher (café) de sal

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2 dentes de alho150 g de queijo ralado 400 g de macarrão furado Rúcula para enfeitar.

Modo de fazer:Bata no liqüidificador o pinhão, a rúcula, a água , o azeite, o sal, o alho e 50 g do queijo.PINHÃO

Cozinhe o macarrão ai dente. Despeje o molho sobre o macarrão. Polvilhe com o restante do queijo.

HORTALIÇAS

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Almeirão-roxo

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Classificação científicaReino: PlantaeDivisão: MagnoliophytaClasse: MagnoliopsidaOrdem: AsteralesFamília: AsteraceaeGênero: CichoriumEspécie: Cichorium intybus

O almeirão, pertencente ao gênero Cichorium, e também conhecido como chicória amarga, é uma planta herbácea perene, nativa da Europa, muito apreciada e cultivada em vários países. Membro da família Asteraceae, da qual fazem parte também às alfaces e as serralhas, o almeirão é uma hortaliça muito nutritiva. As folhas de almeirão são excelentes fontes de vitaminas A, C e do complexo B, além de conterem boas doses de fósforo, ferro e até mesmo cálcio. Seu sabor amargo característico é apreciado em diversos pratos na culinária de diferentes culturas. E os culpados por darem este sabor amargo ao almeirão são principalmente às substâncias denominadas lactucina e lactupicrina, conhecidas por serem substâncias benéficas a saúde, pois possuem propriedades analgésicas.

É uma hortaliça folhosa, com sabor menos amargo que as do almeirão comum. Pode ser consumido cru, em substituição ao alface e também usado em preparações de refogados.É encontrado com freqüência vege-tando espontaneamente nos cafezais do norte do Paraná, porém pode ser encontrado em qualquer região do país, pois suporta temperaturas elevadas e níveis mais altos de umidade de ar. Pode ser cultivado bertalha (ver região norte)Considerada uma planta forte e resistente, que se desenvolve melhor em locais com boa

exposição ao sol, o almeirão possui como características folhas verdes robustas recobertas de pêlos e com formato lanceolado, raiz longa de formato cônico, caule duro e ereto com ramificações, e suas inflorescências são formadas por flores liguladas que possuem coloração que varia do azul ao roxo. O almeirão atinge de 40 cm a 1 m de altura e seu fruto  é do tipo aquênio (seco e indeiscente). Desenvolve-se muito bem em solos bem drenados e quando possui um ambiente propício com solo fértil, enriquecido com matéria orgânica e temperatura ideal (de 20º a 28ºC), formam-se

lindos almeirões que podem ser colhidos após 70 dias do plantio (propaga-se por semente).Consumido de variadas formas, desde cozidos ou ate mesmo crus, os almeirões estão

presentes na alimentação de muitas pessoas. Além da folha de almeirão ser de baixa caloria (100g fornece apenas 20 calorias), é um alimento muito nutritivo e saudável. Por ser rico em vitamina A, tem ação antioxidante, prevenindo assim o envelhecimento precoce. Porém as folhas de almeirão devem ser consumidas frescas e devidamente limpas, pois podem conter alguns parasitas que se ingeridos causam algumas verminoses intestinais causando diarréia, cólica, náuseas e outros sintomas.

Conhecida também por ser uma planta com propriedades medicinais o almeirão já vem sendo usado há muito tempo com este propósito. Desde a época dos antigos romanos ele era utilizado para tratar distúrbios do fígado. Além disto, é um poderoso diurético, laxativo, anti-

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helmíntico e bastante indicado para combater a gastroenterite, icterícia, para limpar os rins e serve também como um estimulador de apetite.

Análise química em g/100g

Almeirão-roxo

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

Se espera resultados para depositar na tabela

Broto de bambu

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Nome científico: Bambusa sp.Nomes populares: Taboca, taquara, bambu-de-espinho, takecoko Origem: Ásia

Possui 45 gêneros e mais de mil espécies em todo o mundo. As mais comuns no em hortas, pois seu cultivo é menos exigente do que o do alface (12).

Brasil são de origem asiática, trazidas pelos colonizadores portugueses, mas existem espécies nativas brasileiras.

Na alimentação, utiliza-se o broto de bambu, que é denominado pelos japoneses como "takecoko", que significa filho do bambu. O hábito de consumo do broto de

bambu veio para o Brasil com os imigrantes orientais.Na culinária, o broto de bambu pode ser utilizado em refogados, com carnes, em

saladas, sopas, suflês, conservas, recheios de tortas e pastéis. É utilizado em substituição ao palmito por possuir sabor e consistência um pouco semelhante.

Para prepará-lo, depois de cortado, é aferventado para que saia o gosto amargo que possui. Para não escurecer, é necessário

colocar um pouco de vinagre na água da fervura.Para a parte folhosa, duas fervuras são o bastante. Já a parte maciça deve ser afer-

ventada mais vezes, trocando a água das fervuras antes de preparar o prato desejado. Para se fazer conserva, depois de fervido é colocado em vidros com uma mistura de água, sal e vinagre. Depois de fechado, o vidro pode ser colocado em banho-maria, para melhor conservação do produto (13).

Análise química em g/100g

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Broto de bambu

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

28 2,50 0,30 5,30 1,21 17,00 47,00 0,90 2,00 0,11 0,09 0,60 9,00

FONTE: * ENDEF - Tabela de composição de alimentos. 2a Edição. 1981.

BROTO DE BAMBU (23)

Ingredientes:

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Brotos de bambu novo.

Modo de fazer:Cortar os brotos de bambu,em rodelas finas.Aferventar até ficarem macios.Se amargar, acrescentar 1 colher(chá) de bicarbonato.Usar como palmito.

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Nira

Nome Científico: Allium tuberosumNome familiar: Nirá (ou alho-japonês)Família: Alliaceae

Características Morfológicas: Suas folhas são verdes, cilíndricas e ocas, e devem ser colhidas antes da abertura das flores (brancas e em forma de estrela, chamada de hana nirá).Origem: Ásia.

O gênero desta planta é Allium, o mesmo ao qual pertencem o alho-comum e a cebola. A sua multiplicação é feita por semeadura, duas vezes ao ano: no outuno e na primavera.

O nirá deve ser consumido, de preferência, in natura. Para guardá-lo por mais tempo, a indicação é congelá-lo (ao invés de deixá-lo secar).

Esta planta, conhecida como alho-japonês ou cebolinha-japonesa, possui talos fortes e longos, de um verde intenso e sabor agradável e suave. Em função dessas características, a sua utilização na culinária é ampla, sobretudo na cozinha japonesa (inclusive para decorar alguns pratos). Suas folhas bem picadinhas, por exemplo, servem para temperar saladas e molhos.

Curiosamente os dois nomes populares que o nirá possui têm a ver com o seu sabor: de cebolinha e alho, só que mais sutil. Seus talos, com cerca de 10 centímetros, são ricos em vitaminas A e C, além de outra série de minerais como potássio, cálcio, fósforo, sódio, ferro, zinco, entre outros.

É uma erva aromática que cresce em touceiras. Suas folhas estreitas e chatas possuem um verde intenso, medindo de 20 a 30 centímetros de altura. Por ser da mesma família do alho, tem um sabor semelhante., quando refogado. Na aparência, lembra a cebolinha. Quando refogada com agrião ou caruru forma uma boa combinação. Dá um toque picante e especial aos molhos para saladas. (24).

Análise química em g/100g

Nira

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Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

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Parreira

O hábito de consumo das folhas de parreira veio para o Brasil com os imigrantes de origem árabe. Na culinária, a parreira é utilizada em refogados, com carnes, sopas, suflês e os tradicionais charutos árabes. Apresenta sabor parecido ao da couve, sendo excelente substituto às preparações que levam esta folhagem.

Análise química em g/100g

Parreira (folhas de)

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

Page 304: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

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LEGUMINOSAS

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Lentilha

Classificação científica Nome científico Lens culinarisReino: PlantaeDivisão: MagnoliophytaClasse: MagnoliopsidaOrdem: FabalesFamília: FabaceaeSubfamília: FaboideaeTribo: VicieaeGénero: LensEspécie: L. culinaris

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A lentilha (Lens culinaris) é uma pequena planta trepadeira anual, da família das leguminosas, subfamília Faboideae. Essa erva de origem asiática é cultivada universalmente e possui folhas penadas, com folíolos minutos. Suas flores são papilionáceas, pequenas, de cor clara e as vagens são curtas, com uma ou duas sementes discóides. Apresenta também largo uso ornamental em vasos, jardineiras ou em cercaduras de canteiros.

ConsumoAs lentilhas eram cozinhadas desde tempos pre-históricos no Oriente Médio, donde se

espalharam para a Europa do sul e central e para o norte de África. 1 A sopa de lentilhas continua a ser uma preparação popular em toda a região.

Segundo algumas fontes, as lentilhas são benéficas para a saúde, principalmente devido às fibras que fornecem ao organismo, mas também devido a vários compostos importantes para o metabolismo, como os folatos e vários minerais. 2

Consumir lentilhas durante a passagem de ano é um hábito comum em países como o Brasil, o Chile e a Venezuela.

Análise química em g/100g *

Lentilha

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

340 23,70 1,30 60,70 3,20 68,00 353,00 7,00 3,00 0,46 0,33 2,40 5,00

FONTE: * ENDEF - Tabela de composição de alimentos. 2a edição. 1981.

CROQUETE DE LENTILHA (17)

Ingredientes:3 xícaras (chá) de lentilha 6 fatias de pão integraltorradas e moídas 2 colheres (chá) de alho moído 2 colheres (sopa) de cebola ralada2 colheres (sopa) de queijo ralado 1 xícara (chá) de castanha do Pará3 colheres (sopa) de azeite de oliva 1 ovoSal a gosto

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Modo de Fazer:Deixe a lentilha de molho por duas ou três horas, em seguida leve para cozinhar.Assim que estiver mole, retire do fogo e escorra (aproveite o caldo para sopa).Triture o pão com as castanhas a seco no liqüidificador. Misture a lentilha, o pão, a castanha e os demais ingredientes. Faça croquetes e coloque em fôrma untada com óleo. Deixe assar até ficar dourado.

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TUBERCULOS

Cará-do-ar

Nome científico: Dioscorea bulbifera Nomes populares: Cará-de-sapateiro, batata-do-ar, batata-de-rama

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Dioscorea bulbifera, ou Inhame do ar, é uma verdadeira espécie de inhame na família Dioscoreaceae.1 O Inhame do Ar é nativo da África e Ásia. É uma espécie invasiva em muitas áreas tropicais.

Distribución geográfica

Originaria de Asia tropical, cultivada en regiones tropicales.

Descripción botánica

Planta trepadora glabra, con tubérculos de forma irregular que se desarrollan en la axila de las hojas. Hojas alternas, ovadas a suborbiculares, de 7 a 19 cm, largo-acuminadas, acorazonadas en la base.

A planta apresenta, ao longo do caule, pequenos bulbos de formatos variados com estrutura

Flores estaminadas solitarias, en espigas de hasta 10 cm, en ocasiones paniculadas; flores pistiladas fasciculadas, en espigas simples de hasta 25 cm. Cápsula oblonga, de 2.2 a 2.5 cm.

Sabor semelhantes aos da batata inglesa. Pode ser preparado como substituto da cará comum e da batata inglesa.

Análise química em g/100g

Cará-do-ar

Energia (kcal)

Ptn(g)

Lip(g)

Carb(g)

Fibra(g)

Cálcio(mg)

Fósforo (mg)

Ferro(mg)

Retinol(mcg)

Vit B1(mg)

Vit B2 (mg)

Niacina(mg)

Vit C(mg)

340 23,70 1,30 60,70 3,20 68,00 353,00 7,00 3,00 0,46 0,33 2,40 5,00

FONTE: * ENDEF - Tabela de composição de alimentos. 2a edição. 1981.

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Page 311: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Ingredientes:1/2 litro de leite fervido e frio2 tabletes de fermento biológico 4 ovos1 pitada de sal3 colheres (sopa) de queijo ralado 1 xícara (chá) de açúcar3 colheres (sopa) de margarina1 kg de cará-do-ar cozido e passadono espremedorFarinha de trigo enriquecida comferro, o suficiente1 xícara (chá) de óleo

Modo de fazer:Bata no liqüidificador os ingredientesacima, exceto a farinha de trigo e o óleo.Despeje em uma bacia e amasse comfarinha de trigo, acrescentando o óleo,sove bem e deixe descansar.Enrole os pães, coloque em tabuleirountado e deixe crescer.

Asse em forno quente.

Page 312: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

TABELAS DE PROPRIEDADES

Vários alimentos regionais apresentados neste livro são ricos em um ou mais nutrientes que, conjuntamente a uma alimentação saudável, beneficiam a saúde de quem os consome, podendo combater, assim, as carências nutri-cionais presentes na população brasileira.

Portanto, nada melhor que consumir alimentos provenientes da região. Pois, em geral,são de baixo custo e de boa qualidade. A seguir estão relacionados os alimentos desta publicação considerados ricos em proteínas, vitaminas A e C, cálcio, ferro e fibras, descritos por porção de consumo usual.

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ALIMENTOS RICOS EM PROTEÍNA

SÓLIDO (acima de 5g/100g)LÍQUIDO (acima de 2,5g/100g

Alimento Quantidade Região Porção Qtd. De Vit. % da IDR de proteína por porção por porção em 100G (g) (g) (g)

Algaroba, farinha 6,00 Nordeste 80 4,80 9,60Baru 26,00 Centro-Oeste 25 6,5 13,00

Castanha do Brasil (ou do Rara)

14,00 Norte 10 1,40 2,80

Chocolate de cupuaçu

13,10 Norte 40 5,24 10,48

Feijão-de-corda 20,60 Nordeste 16 3,20 6,40

Gergelim 17,60 Nordeste 26 4,50 9,00

Guandu 7,70 Sudeste 41 3,10 6,20

Guaraná 16,46 Norte 19 3,10 6,20

Jenipapo 5,20 Centro-Oeste 65 3,38 6,76

Lentilha 23,70 Sul 16 3,80 7,60

Pinhão 5,30 Sul 25 1,33 2,65

Sorgo 11,12 Nordeste 20 2,22 4,45

Tucumã 5,50 Norte 15 0,83 1,65

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ALIMENTOS RICOS VITAMINA ASÓLIDO (acima de 120mg/100g)

Alimento Quantidade Região Porção Qtd. De Vit. % da IDR de proteína por porção por porção em 100G (g) (g) (g)

Azedinha 1 .290,00 Norte 50 645,00 80,63Azeite de dendê 45.920,00 Nordeste 15 6.888,00 861,00

Batata-doce 300,00 Nordeste 130 390,00 48,75

Beldroega 250,00 Sudeste 75 187,50 23,44

Bertalha 582,00 Norte 80 465,60 58,20

Buriti 4.104,00 Nordeste 100 4.104,00 513,00

Caruru 953,00 Norte e Nordeste 40 381,20 47,65

Coentro 533,00 Norte 36 190,30 23,80

Dendê 10.166,00 Nordeste 15 1 .524,90 190,61

Jambú 392,00 Norte 45 1 76,40 22,05

Jerimum 350,00 Nordeste 30 105,00 13,13

Jurubeba 148,00 Nordeste 35 51,80 6,48

Manga 210,00 Norte 120 252,00 31,50

Ora-pro-nóbis 250,00 Sudeste 55 137,50 17,19

Pequi 20.000,00 Nordeste 78 15.600,00 1 .950,00

Pitanga 210,00 Nordeste 180 378,00 47,25

Pupunha 1 .500,00 Norte 40 600,00 75,00

Serra l ha 480,00 Centro-Oeste 80 384,00 48,00

Taioba 300,00 Nordeste 50 150,00 18,75

Vinagreirã 689,00 Norte 35 241,15 30,14

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ALIMENTOS RICOS VITAMINA CSÓLIDO (acima de 9mg/100g)

Alimento Quantidade Região Porção Qtd. De Vit. % da IDR de proteína por porção por porção em 100G (g) (g) (g)

Abacate 12,00 Sudeste 43 5,20 8,60Abacaxi-do-cerrado 27,20 Centro-Oeste 124 33,70 56,20

Abi u 49,00 Norte 75 36,75 61,25

Açaí 9,00 Norte 30 2,70 4,50

Acerola 1400,00 Nordeste 120 1 .680,00 2.800,00

Araçá 326,00 Norte 115 374,90 624,83

Araticum 21,00 Centro-Oeste 135 28,35 47,25

Azedinha 1 1 9,00 Norte 55 65,45 109,08

Bacuri 33,00 Norte 70 23,10 38,50

Batata-doce 31,00 Nordeste 130 40,30 67,16

Beldroega 27,00 Centro-Oeste 75 20,25 33,75

Bertalha 86,00 Norte 80 68,80 114,67

Broto de bambu 9,00 Sul 55 4,95 8,25

Buriti 26,00 Nordeste 50 13,00 21,66

Cacau 21,00 Nordeste 100 21,00 35,00Cagaita 72,00 Centro-Oeste - - -

Cajarana 36,00 Nordeste 152 34,80 91,30

Caju 319,00 Nordeste 120 382,80 638,00

Camu-camu 2606,00 Norte 225 5.863,50 9.772,50Carambola 35,00 Norte 245 85,75 142,92

Caruru 64,00 Nordeste 40 25,60 42,67

Castanha do Brasil.

10,00 Norte 10 1,00 1,67

Cirigüela 45,00 Nordeste 84 38,00 63,30

Coentro 75,00 Norte 35.7 26,78 44,65

Cupuaçu 33,00 Norte 100 33,00 55,00

Page 316: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

Dendê 12,00 Nordeste 15 1,80 3,00

Dente-de-leão 28,00 Centro-Oeste 35 9,80 16,33Fruta-pão 12,00 Nordeste 75 9,00 15,00

Goiaba 218,00 Norte 100 218,00 .363,33

Graviola 26,00 Nordeste 120 31,20 52,00

Guabiroba 33,00 Centro-Oeste 25 8,25 13,75

Ingá 9,00 Norte 120 10,80 18,00

jabuticaba 12,00 Centro-Oeste 165 19,80 33,00

Jambo 22,00 Norte 140 30,80 51,30

Jambú 20,00 Norte 45 9,00 15,00

Jatobá 33,00 Centro-Oeste 65 21,45 35,75

Jenipapo 33,00 Centro-Oeste 65 21,45 35,75

Jerimum 42,00 Nordeste 30 12,60 21,00

Juá 33,00 Nordeste 89 29,20 48,60

Jurubeba 43,00 Nordeste 40 17,20 28,67

Macaúba 28,00 Centro-Oeste 29 8,10 13,50

Mandioca 39,00 Nordeste 101 39,30 65,50

Manga 53,00 Norte 120 63,60 106,00

Mangaba 33,00 Centro-Oeste 165 54,45 90,75

Maracujá 30,00 Norte 80 24,00 40,00

Marmelada oiho-de-boi

72,00 Centro-Oeste 117 84,00 140,00

Mudei 84,00 Centro-Oeste 120 100,80 1 68,00

Ora-pro-nóbis 23,00 Sudeste 55 12,65 21,08

Raima 17,00 Nordeste 45 7,70 12,80

Pequi 12,00 Nordeste 80 9,60 16,00

Pitanga 14,00 Nordeste 180 25,20 42,00

Pitomba 33,00 Nordeste 210 69,30 115,50

Pupunha 35,00 Norte 45 15,75 26,25Saputi 13,00 Nordeste 73 9,50 15,80

Taioba 11,00 Nordeste 50 5,50 9,17

Taperebá 28,00 Norte 100 28,00 46,67

Umbu 33,00 Nordeste 159 52,50 87,50

Vinagrei rã 54,00 Norte 35 18,90 31,50

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ALIMENTOS RICOS EM CÁLCIO

SÓLIDO (acima de 120mg/100g)LÍQUIDO (acima de 60mg/100g)

Buriti 1 56,00 Norte 50 78,00 9,75Caruru ou Bredo 41 0,00 Norte 40 164,00 20,50

Castanha do Brasil 198 Norte 10 19.80 2.48

Coentro 1 88,00 Norte 36 67,13 8,39

Gergelim 1212,00 Nordeste 26 311,50 38,90

Jambú 162,00 Norte 45 72,90 9,11

Macaúba 199,00 Centro-Oeste 29 57,30 7,10

Vinagreira 213,00 Norte 35 74,55 9,32

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ALIMENTOS RICOS EM FERROSÓLIDO (acima de 2,1mg/100g)

Alimento Quantidade Região Porção Qtd. De Vit. % da IDR de proteína por porção por porção em 100G (g) (g) (g)

Algaroba 6,00 Nordeste 80 4,80 9,60

Araçá 6,30 Norte 110 6,93 49,50

Araticum 2,30 Centro-Oeste 135 3,11 22,18

Azeite de dendê 5.50 Nordeste 15 0.83 5.89Bacuri 2.20 Norte 70 1.54 11.00

Beldroega 3,25 Centro-Oeste 75 2,44 17,41

Buriti 5,00 Nordeste 50 2,50 17,86

Carambola 2,90 Norte 245 7,11 50,75

Caruru ou Bredo 8,90 Norte e Nordeste 40 3,56 25,43

Castanha do Brasil 3,40 Norte 10 0,34 2,43

Coentro 3,00 Norte 36 1,08 7,68

Cupuaçu 2,60 Norte 100 2,60 18,57

Dendê 4,50 Nordeste 15 0,68 4,82

Dente-de-leão 3,05 Centro-Oeste 35 1,07 7,63

Fei|ão-de-corda 5,75 Nordeste 16 0,90 6,40

Gergelim 10,40 Nordeste 26 2,70 19,30

Guabiroba 3,20 Centro-Oeste 110 3,52 25,14

Jambú 4,00 Norte 45 1,80 12,86

Jenipapo 3,60 Centro-Oeste 60 2,16 15,43

Lentilha 7,00 Sul 16 1,10 7,80

Mangaba 2,80 Centro-Oeste 165 4,62 33,00

Oa-pro-nóbis 3,60 Sudeste 55 1,98 14,14

Pinhão 6,50 Sul 25 1,63 11,61

Pitanga 2,30 Nordeste 180 4,14 29,57

Pupunha 3,30 Norte 40 1,32 9,43

Serralha 3,10 Centro-Oeste 80 2,48 17,71

Sorgo 2,70 Nordeste 20 0,54 3,86

Taperebá 2,20 Norte 100 2,20 15,71

Vinagreira 4,80 Norte 35 1,68 12,00

ALIMENTOS RICOS EM FIBRASÓLIDO (acima de 3mg/100g)

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Alimento Quantidade Região Porção Qtd. De Vit. % da IDR de proteína por porção por porção em 100G (g) (g) (g)

Abiu 3,00 Norte 75 2,25 9,00

Açaí 32,70 Norte 30 9,81 39,24

Araçá 5,20 Norte 110 5,72 22,88

Araticum 3,80 Centro-Oeste 135 5,13 20,52

Ária 3,40 Norte 160 5,44 21,76

Bacuri 7,40 Norte 70 5,18 20,72

Buriti 9,60 Nordeste 100 9,60 38,40

Castanha do Brasil

3,40 Norte 10 0,34 1,36

Coco 3,80 Nordeste 25 0,95 3,80

Dendê 3,20 Nordeste 15 0,48 1,92Feijão andú ou guandu

3,20 Sudeste 40 1,28 5,12

Gergelim 5,30 Nordeste 26 1,40 5,60

Goiaba 5,30 Norte 100 5,30 21,20

Guandu 3,20 Sudeste 41 1,30 5,20

Jatobá 10,40 Centro-Oeste 65 6,76 27,04

Jenipapo 9,40 Centro-Oeste 65 6,11 24,44

Juá 5,10 Nordeste 87 4,50 18,00

Lentilha 3,20 Sul 16 0,50 2,00

Raima 4,70 Nordeste 45 2,10 8,40

Pequi 5,50 Centro-Oeste 80 4,40 17,60

Piquiá 7,60 Norte 19 1,50 6,00

Pinhão 17,10 Sul 25 4,28 17,10

Pupunha 8,90 Norte 40 3,56 14,24

Sapota 5,00 Norte 100 5,00 20,00

Saputi 9,90 Nordeste 73 7,20 28,80

Sorva 8,40 Norte 60 5,04 20,16

Tamarindo 3,00 Nordeste 25 0,75 3,00

Tucumã 19,20 Norte 15 2,88 11,52

Uxi 20,50 Norte 30 6,15 24,60

Page 320: Alimentos Regionais Brasileiros Ministerio Da Saude (Augmentada) 2013

ReferênciasBibliográficas

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LISTA DE ALGUNS FRUTAS DO BRAZIL( A completar)

1. Acanthosyris spinescens (sombra-de-touro)2. Acca sellowiana (guavasteen)3. Acrocomia aculeata (coyol, macaúaba)4. Aiphanes aculeata (pujamo)5. Alibertia edulis (marmelada-de-cavalo)6. Allagoptera arenaria (guriri)7. Ambelania acida (pepino-do-mato)8. Anacardium giganteum (cajuí)9. Anacardium humile (caju-anão)10. Anacardium microcarpum (caju, cashew)11. Anacardium occidentale12. Ananas comosus (abacaxi, pineapple)13. Annona cacans (araticum-cagão)14. Annona coriacea (fruta-do-conde)15. Annona crassiflora (marolo)16. Annona glabra (corkwood, bobwood)17. Annona montana (mountain soursop)18. Annona salzmannii (annona, beach sugar apple)19. Astrocaryum aculeatum (tucuma)20. Astrocaryum vulgare (tucum, awarra)21. Astrocaryum (murumuru)22. Attalea dubia (indaiá)23. Bactris ferruginea (mané-velho)24. Bactris maraja (marajá)25. Bactris setosa (tucum)26. Bellucia grossularioides (goiaba-de-anta)27. Bellucia imperialis (goiaba-de-anta-vermelha)28. Bertholletia excelsa (castanha-do-pará, Brazil nut)29. Bombacopsis glabra (castanha-do-maranhão)30. Brosimum gaudichaudii (maminha-cadela)31. Butia capitata (butiá, jelly palm, pindo palm)32. Butia eriospatha (butiá-da-serra)33. Butia odorata (butiá-da-praia)34. Butia purpurascens (butiá-jataí)35. Butia yatai (jataí, yataee)

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36. Byrsonima crassifolia (crabú, golden spoon, nance, kraabu)37. Byrsonima verbacifolia (murici-rasteiro)38. Campomanesia adamantium (guabiroba-amarela, guabiroba-verde)39. Campomanesia aurea (guabirobinha-do-campo)40. Campomanesia guazumifolia (sete-capotes)41. Campomanesia lineatifolia (guabiraba)42. Campomanesia neriiflora (guabiroba-branca)43. Campomanesia phaea (cambucí)44. Campomanesia pubescens (guabiroba-peluda)45. Campomanesia schlechtendaliana (guabiroba-rugosa)46. Campomanesia sessiliflora (guabiroba-verde)47. Campomanesia xanthocarpa var. litoralis (guabiroba-da-praia)48. Campomanesia xanthocarpa (guabiroba)49. Cariocar coriaceum (pequiá, piquiá)50. Caryocar brasiliensis (souari nut, pequi)51. Caryocar microcarpum (pequiarana)52. Caryocar villosum (pequiá, piquiá)53. Casearia decandra (cambroé)54. Casearia rupestris (pururuca)55. Cassia leiandra (mari-mari)56. Celtis iguanaea (jamerí)57. Cereus jamacaru (mandacarú)58. Cheilochlinium cognatum (uarutama)59. Chondodendron platyphyllum (jaboticaba-de-cipó)60. Chrysobalanus icaco (ajurú, cocoplum)61. Cocos nucifera (coco, coconut)62. Cordiera elliptica (marmelada-de-pinto)63. Cordiera humilis (marmelada-rasteira)64. Cordiera sessilis (marmelada-de-cachorro)65. Couepia bracteosa (pajura)66. Couepia longipendula (chicken-nut, egg nut, pendula nut)67. Couepia subcordata (umarirana)68. Couma utilis (sorvinha)69. Crataeva tapia (tapia)70. Dicella nucifera (castanha-de-cipó)71. Diospyros brasiliensis (bull's eye)72. Diospyros hispida (caqui-do-cerrado)73. Diospyros inconstans (marmelinho)74. Dipteryx alata (baru, cumbaru, cumbaru)75. Duguetia furfuracea (marolinho-do-cerrado)76. Duguetia lanceolada (pindaíva)77. Endopleura uchi (uxí)78. Eugenia brasiliensis (gumixama, grumichama)79. Eugenia calycina (cerejinha)80. Eugenia candolleana (murtinha, cambuí-roxo, rainforest plum)81. Eugenia copacabanensis (cambuí-amarelo)82. Eugenia dysenterica (cagaita)83. Eugenia florida (guamirim)84. Eugenia involucrata (cereja-do-rio-grande, Rio Grande cherry)85. Eugenia itaguahiensis (grumixama-mirim)

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86. Eugenia klotzschiana (pêra-do-campo)87. Eugenia leitonii (goiabão)88. Eugenia luschnathiana (pitomba)89. Eugenia lutescens (perinha)90. Eugenia multicostata (pau-alazão)91. Eugenia myrcianthes (pêssego-do-mato)92. Eugenia neonitida (pitangatuba)93. Eugenia patrisii (ubaia)94. Eugenia pitanga (pitanga-do-cerrado)95. Eugenia pyriformis (uvaia-piriforme, uvaia-redonda, uvaia-rugosa-doce)96. Eugenia speciosa (laranjinha-do-mato)97. Eugenia stipitata (strawberry-guava, araza, araçá-boi)98. Eugenia uniflora (pitanga, surinam cherry, cayenne cherry)99. Euterpe edulis (juçara)100. Euterpe oleracea (açaí, assaee, açaí-do-para)101. Euterpe precatoria (açaí-da-amazônia)102. Fuchsia regia (brinco-de-princesa)103. Garcinia acuminata (bacuri-azedo)104. Garcinia brasiliensis (bacupari-miúdo)105. Garcinia gardneriana (bacupari)106. Garcinia macrophylla (bacuripari)107. Garcinia madruno (bacuri)108. Gaylussacia angustifolia (camarinha-da-serra)109. Gaylussacia brasiliensis (camarinha)110. Genipa americana (hawa, jagua, huito, genipapo)111. Genipa infudibuliformis (jenipapo-liso)112. Hancornia speciosa var. pubescens (mangaba)113. Hancornia speciosa (mangaba-da-restinga)114. Hymenaea courbaril (jatoba, guapinol, Brazilian cherry)115. Hymenaea stigonocarpa (jatobá-do-cerrado)116. Inga cinnamomea (ingá-chinelo)117. Inga edulis (guama, guaba, ice-cream bean)118. Inga laurina (ingá-branco)119. Inga marginata (ingá-feijão)120. Inga sessilis (ingá-ferradura)121. Inga vera (ingá-banana)122. Inga vulpina (ingá-miúdo)123. Jacaratia spinosa (jaracatia)124. Lecythis lanceolata (sapucaia-mirim)125. Lecythis pisonis (sapucaia, cream nut)126. Licania salzmannii (oití-da-bahia)127. Maclura tinctoria (taiúva, dyer's mulberry)128. Manilkara huberi (maçaranduba)129. Manilkara salzmannii (maçaranduba-preta)130. Manilkara subsericea (maçaranduba)131. Mauritia flexuosa (burití, moriche, ita, ité, aguaje)132. Maximiliana maripa (inajá)133. Melancium campestre (melancia-do-campo)134. Mouriri pusa (puçá)135. Myrcianthes pungens (guabiju)

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136. Myrciaria aureana (jaboticaba-branca)137. Myrciaria cauliflora (jaboticaba-paulista, jaboticaba-ponhema, jaboticaba-

precoce, jaboticaba-vermelha)138. Myrciaria coronata (jaboticaba-coroada)139. Myrciaria dubia (camu-camu, caçari, camocamo)140. Myrciaria floribunda (camboim, rumberry)141. Myrciaria glazioviana (cabeludinha)142. Myrciaria grandifolia (jaboticaba-graúda)143. Myrciaria jaboticaba (jaboticaba-sabarazinha, jaboticaba-cascuda)144. Myrciaria oblongata (jaboticaba-azeda)145. Myrciaria phitrantha (jaboticaba-costada)146. Myrciaria tenella (camboim)147. Myrciaria trunciflora (jaboticaba-de-cabinho)148. Oenocarpus bacaba (bacaba, bacaba-açu, camon, manoco, punama)149. Oenocarpus bataua (pataua, patawa, sehe)150. Oenocarpus distichus (bacaba-de-leque)151. Opuntia paraguayensis (arumbeva)152. Orbignya phalerata (babaçú, babassu, cusi)153. Pachira aquatica (monguba, saba nut, malabar chestnut,)154. Parinari obtusifolia (fruta-de-ema)155. Passiflora alata (wild passionfruit, yellow passionfruit, melon passionfruit)156. Passiflora ambigua (maracujá-doce)157. Passiflora amethystina (maracujá-de-cobra)158. Passiflora caerulea (maracujá-azul, blue passionfruit)159. Passiflora cincinnata (maracujá-mochila)160. Passiflora coccinea (maracujá-poranga)161. Passiflora edulis (maracujá, passionfruit)162. Passiflora eichleriana (maracujá-de-cobra)163. Passiflora elegans (maracujá-de-estalo)164. Passiflora foetida (wild water lemon, wild maracujá, love-in-a-mist, running

pop)165. Passiflora galbana (maracujá-do-mato)166. Passiflora giberti (maracujá-bravo)167. Passiflora laurifolia (water lemon)168. Passiflora loefgreenii (maracujá-de-alho)169. Passiflora mucronata (maracujá-de-restinga)170. Passiflora nitida (bell apple)171. Passiflora picturata (round passionfruit)172. Passiflora quadrangularis (giant tumbo)173. Passiflora serrato-digitata (maracujá-pedra)174. Passiflora setacea (maracujá-sururuca)175. Passiflora tenuiphila (maracujá-de-cobra)176. Passiflora vitifolia (grape leaf passion fruit)177. Paulinia cupana (guaraná)178. Peritassa campestris (bacupari-do-cerrado)179. Physalis pubescens (husk tomato, hairy groundcherry, camapú)180. Pilosocereus arrabidae (pitaia-da-restinga)181. Platonia insignis (bacuri, bacuri-açu)182. Plinia edulis (cambuca)183. Plinia rivularis (guaburiti)

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184. Poraqueiba sericea (umari)185. Porcelia macrocarpa (banana-de-macaco)186. Posoqueria latifolia (baga-de-macaco)187. Pourouma cecropiifolia (mapati, Amazon grape)188. Pouteria bullata (bapeba)189. Pouteria caimito (abiu-ticúna)190. Pouteria gardneriana (aguaí-guaçu)191. Pouteria gardnerii (sapotinha)192. Pouteria grandiflora (bapeba-da-restinga)193. Pouteria macrophylla (cutite)194. Pouteria pachycalyx (bapeba)195. Pouteria ramiflora (curriola)196. Pouteria torta (guapeva)197. Pouteria venosa (aboirana)198. Pradosia brevipes (fruto-de-tatu)199. Pradosia lactescens (marmixa)200. Psidim guajava var. minor (goiaba-miniatura)201. Psidim guajava (goiaba-yonemura, goiaba-amarela, goiaba-cascuda)202. Psidium acutangulum (araçá-pêra)203. Psidium cattleianum (cattley guava, strawberry guava)204. Psidium cinereum (grey araça)205. Psidium firmum (araçá-do-cerrado)206. Psidium guineense (araçá-do-campo)207. Psidium rufum (araçá-roxo)208. Psidium salutare (araçá-rasteiro)209. Quararibea cordata (sapota, sapote)210. Rhamnidium elaeocarpus (saguaraji)211. Rollinia emarginata (araticum-mirim)212. Rollinia mucosa, Rollinia deliciosa (biriba)213. Rollinia salicifolia (cortiça-lisa)214. Rollinia sericea (cortiça)215. Rollinia sylvatica (cortiça)216. Rubus erythrocladus (amora-verde)217. Rubus rosifolius (thimbleberry)218. Rubus sellowii (amora-preto-vermelha)219. Salacia elliptica (siputá)220. Scheelea butyracea (jaci)221. Scheelea phalerata (bacuri)222. Sicana odorifera (cassabanana, musk cucumber)223. Sideroxylon obtusifolium (sapotiaba)224. Solanum sessiliflorum (cubiu, cocona)225. Spondias macrocarpa (cajá-redondo)226. Spondias mombin (golden apple, gully plum, coolie plum, java plum, jobo,

yellow mombin)227. Spondias sp (umbu-cajá)228. Spondias tuberosa (umbú, Brazil plum)229. Spondias venulosa (cajá-grande)230. Sterculia apetala (mandovi)231. Sterculia striata (chicá-do-cerrado)232. Syagrus cearensis (catolé)

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233. Syagrus coronata (licuri)234. Syagrus flexuosa (acumã)235. Syagrus macrocarpa (marirosa)236. Syagrus oleracea (guariroba)237. Syagrus romanzoffiana (jeriva)238. Syagrus schyzophylla (aricuriroba)239. Syagrus vagans (ariri)240. Talisia esculenta (pitomba)241. Theobroma bicolor (pataste)242. Theobroma cacao (cacau, cocoa)243. Theobroma grandiflora (cupuaçu)244. Theobroma speciosum (cacauí)245. Theobroma subincanum (cupuí)246. Tontellea micrantha (bacupari)247. Vasconcella quercifolia (mamãozinho-do-mato)248. Vitex cymosa (jaramantaia)249. Vitex montevidensis (tarumã)250. Vitex polygama (tarumã-do-cerrado)251. Xymenia americana (limãozinho-da-praia)252. Zizyphus joazeiro (joá)253. Zizyphus mistol (mistol)