alimentos fermentados

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Leveduras

apenas algumas associadas à produção de alimentos fermentados

ascomicetas ou membros do género Candida

S. cerevisiae mais frequente em bebidas e

alimentos de origem vegetal

todas fermentam glucose

outras fermentam outros hidratos de carbono de

origem vegetal

sacarose, maltose, rafinose

nenhuma fermenta lactose

Bactérias

sobretudo lácticas

homofermentativas heterofermentativas

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Bactérias lácticas

homofermentativas

produzem quase exclusivamente lactato a partir da glucose

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Bactérias lácticas

heterofermentativas

produzem quantidades semelhantes de lactato, etanol/acetato e CO2 a partir da glucose

Bactérias lácticas

fermentação malo-láctica

sobretudo em vinhos descarboxilação de ácido

L-málico para dar L-lactato

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Iogurte

leite suplementado com sólidos para melhorar textura

adição de leite em pó

adição de gomas para estabilizar

ligam água e espessam o produto

Iogurte

leite aquecido a 80-90 ºC, 30 min

destruição de m.o. competitivos

melhora condições de crescimento – inactiva

imunoglobulinas, expulsa O2, liberta grupos sulfidrilo

melhora viscosidade

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Iogurte

depois arrefecido até 40-43 ºC

T de compromisso entre óptimos dos 2 m.o.

Streptococcus thermophilus (39 ºC) Lactobacillus delbrueckii subsp.

bulgaricus (45 ºC)

inóculo adicionado a 2% (v/v)

106-107 cfu/mL (~metade de cada m.o.)

Iogurte

fermentação na embalagem

iogurte sólido

fermentação em reactor

iogurte agitado

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Iogurte -

inóculo fermenta lactose a ác. láctico (~4 h)

pH passa de ~6.4 a ~4.6 (pI da caseína)

micelas agregam para produzir gel

ác. láctico ajuda a solubilizar iões cálcio e fosfato

desestabilizam complexo de micelas de caseína e proteínas do soro

desnaturadas

Iogurte -

crescimento do inóculo

SL cresce mais rapidamente no início

SL cresce mais lentamente a pH < 5.5

LB começa a predominar

conc. final > 108 cfu/mL

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Iogurte -

crescimento do inóculo

SL e LB crescem mais rapidamente em conjunto

SL requer péptidos e a.a. livres

(baixa conc. no leite)

actividade proteolítica de LB produz péptidos e a.a.

estimula crescimento de SL

SL produz formato, piruvato e CO2

estimulam crescimento de LB

Iogurte -

SL e LB não possuem desidrogenase de álcool

acumulam acetaldeído

não reduzido a EtOH

acetaldeído – volátil mais importante

diacetilo – volátil também presente

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Iogurte

após fermentação arrefece a 15-20 ºC

adição de frutos e/ou flavours

embalado e armazenado < 5 ºC

acidez continua a aumentar durante armazenamento

Iogurte

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Leite acidófilo

fermentado com Lactobacillus acidophilus

probiótico termofílico homofermentativo fermentação

lenta

Leite acidófilo

matéria prima – leite inteiro ou magro

esterilizado em 2 passos (Tyndalização)

1) 90-95 ºC, 1 h

2) 3-4 h paragem – germinação de esporos

3) 90-95 ºC, 1 h

alternativamente, UHT

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Leite acidófilo

leite esterilizado é homogeneizado

arrefecido a 37-40 ºC

inoculado a 2-5%

~24 h, 0.7% acidez

Bio-iogurte

combinar leite acidófilo com iogurte

S. thermophilus dá as características de flavour do iogurte

L. acidophilus, Bifidobacterium spp. crescem no sistema digestivo

propriedades probióticas

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Kefir

bactérias lácticas + leveduras produtoras de EtOH

microflora adicionada na forma de “grãos”

polissacárido (kefiran) produz estruturas globulares

exterior populado por lactobacilos interior contém bactérias lácticas e leveduras

Kefir

Lactobacillus kefiranofaciens (homofermentadora) produz kefiran

L. kefir (heterofermentadora) existe em grande quantidade

contribui para efervescência

Candida kefir, S. cerevisiae, S. exiguus existem em menor quantidade

S. exiguus utiliza preferencialmente galactose

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Kefir

leite homogeneizado e aquecido (85-95 ºC, 3-10 min)

arrefecido a 22 ºC

adição de grãos a ~5%

fermenta 8-12 h

arrefece lentamente (10-12 h) até 8 ºC

desenvolvimento do flavour

Kefir

acidez ~0.8%

EtOH ~0.01-1%

aumenta com tempo

ác. láctico, CO2, acetaldeído, diacetilo

componentes do flavour

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Koumiss

com leite de égua

industrialmente – leite de vaca modificado (menos gordura, mais HC)

1.4% acidez; 2.5% EtOH

flora mista de leveduras fermentadoras de lactose e bactérias lácticas

Leitelho

originalmente líquido que se separa durante fabrico de manteiga

actualmente leite desnatado ou parcialmente desnatado

inóculo misto

Lactococcus lactis produz maioria do ác. láctico

L. lactis subsp. lactis, Leuconostoc mesenteroides subsp. cremoris produzem diacetilo

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Diacetilo

produzido pela maioria das bactérias

a partir de HC, via piruvato

Diacetilo

piruvato é importante aceitador de e- nas bactérias lácticas

não usado para produzir diacetilo

necessária alternativa a HC ou aceitador de e-

citrato existente no leite fresco

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Leitelho

teores de ác. cítrico baixam durante armazenagem do leite

leite suplementado com 0.1-0.2% citrato de sódio

Leitelho

leite pasteurizado e homogeneizado

fermentação a 22 ºC, 12-16 h

final 0.7-0.9% ác. láctico

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Leitelho

Queijo

sólidos do leite

gordura aprisionada em caseína coagulada

coagulação de proteínas devido a enzimas proteolíticas

maioria da água do leite removida

soro

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Queijo

leite pasteurizado

aumentar segurança controlar fermentação

leite arrefecido até temperatura de fermentação

~30 ºC (varia com tipo de queijo)

Queijo

inóculos

maioria mesófilos

Lactococcus lactis e subespécies

alguns termófilos

Lactobacillus helveticus, L. casei, L. lactis, L. delbrueckii subsp. bulgaricus, S. thermophilus

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Queijo

inóculos

fermentação de lactose em ác. láctico

redução em pH

conservação

flavour

redução da estabilidade das caseínas

Ca libertado das micelas

aumenta acção da quimosina

após coagulação das proteínas, ácido ajuda expulsão de soro

Queijo

2 processos metabólicos de lactose em bactérias lácticas

maioria dos lactobacilos e S. thermophilus

lactose absorvida por permease específica

hidrólise intracelular por b-galactosidase

maioria dos lactococos e alguns lactobacilos (L. casei)

lactose absorvida por sistema fosfotransferase dependente do

fosfoenolpiruvato

fosforila lactose

lactose fosfato hidrolisada por fosfo-b-galactosidase

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Queijo

2 processos metabólicos de lactose em bactérias lácticas

maioria dos lactobacilos e S. thermophilus

glucose fermentada pela via EMP

galactose também (convertida em Glu-6-P)

maioria dos lactococos e alguns lactobacilos (L. casei)

glucose entra na via EMP

galactose-6-fosfato convertida em piruvato

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Queijo

utilização da lactose codificada em plasmídeos nos lactococos

característica instável

estirpes de Lactococcus lactis produzidas por transdução

genes integrados no cromossoma

Queijo

lactobacilos termófilos usam permease da lactose e b-galactosidase

usam preferencialmente glucose

podem causar acumulação de galactose

pode afectar cor e flavour em alguns queijos

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Queijo

fermentação de citrato a diacetilo

necessária em alguns queijos

Lactococcus lactis subsp. lactis, Leuconostoc cremoris

também produz CO2

pequenos olhos em alguns queijos (Gouda)

textura que permite crescimento de bolores

(queijos azuis)

Queijo

adição de renina ou quimosina

tempo e quantidade diferem com tipo de queijo

renina retirada do abomaso de ruminantes lactentes

bezerros, …

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Queijo

renina – enzima proteolítica

hidrolisa k-caseína entre Phe 105 e Met 106

proteína responsável pela estabilidade das micelas

perca de um macropeptido

formação de rede entre micelas

captura de humidade e glóbulos de gordura

Queijo

quimosina também produzida por bolores

Mucor miehei, M. pusillus, Endothia parasitica

pouco específica péptidos de sabor amargo

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Queijo

quimosina produzida por E. coli e leveduras

genes clonados idêntica à natural disponíveis

comercialmente

Queijo

queijos não curados

pasta mole

Requeijão

Lactococcus lactis ssp. lactis e cremoris,

Leuconostoc mesenteroides ssp.

cremoris

Mozzarella

S. thermophilus, L. delbrueckii ssp.

bulgaricus

queijos curados

pasta mole

Brie

L. lactis ssp.

Penicillium sp. e leveduras como flora

secundária

pasta semidura

Gouda

L. lactis ssp., Leuconostoc spp.

Propionibacterium como flora secundária

queijos azuis

L. lactis ssp., Leuconostoc spp.

Penicillium roquefortii, leveduras e micrococos como

flora secundária

pasta dura

Cheddar

L. lactis ssp.

lactobacilos e pediococos como flora secundária

queijos suíços

S. thermophilus, L. helveticus,

Propionibacterium spp.

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leite desnatado ou magro

não curado

aroma amanteigado

diacetilo

leite pasteurizado e arrefecido a 22 °C

inoculado

incubado 12 h, pH 4.7

coalho cortado em cubos

cozido a 52 °C, 50 min

remoção de soro

adição de sal

embalado e refrigerado

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inóculo adicionado a 106-107 cfu mL-1

coagulação completa após 30-45 min

inóculo continua a crescer e produzir ácido

mais coagulação

adiciona-se sal

ajuda expulsar soro e ar

maturação ou cura a 10 °C

até 5 meses desenvolvimento de flavour

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microflora durante maturação dominada por lactobacilos

não provenientes do inóculo

reacções enzimáticas e bacterianas

flavour

proteases e peptidases do inóculo proteases da renina

produção de péptidos

leite de vaca pasteurizado

adição de inóculo

incubação a 32 °C até acidez de 0.2%

adição de renina

coagulado, cortado em pedaços e cozido a 52 °C, 1 h

remoção de soro

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blocos colocados em salmoura

13 °C, 1-3 dias

maturado e depois curado

bactérias lácticas produzem ác. láctico

também algum acetato

grandes quantidades de lactato facilitam crescimento de propionibactérias

convertem lactato a piruvato e depois a ác. propiónico, acetato e CO2

proteínas hidrolisadas por renina, proteinases intracelulares e peptidases do inóculo

produção de pequenos péptidos e a. a.

sabor a noz e doce

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Queijo

actividade lipolítica e proteolítica de bolores

Stilton

Penicillium roquefortii

Camembert, Brie

P. camembertii

produzidos a partir de leite inteiro de vaca*

curados com bolores

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leite homogeneizado e pasteurizado

adição de inóculo primário

Lactococcus lactis ssp. cremoris ou lactis, Leuconostoc cremoris ou lactis

incubação a 32 °C

acidez aumenta até 0.2%

adição de renina

incubado até coalhar

coalho cortado e cozido, 38 °C

remoção de soro

coalho escorrido

16 h

colocado em salmoura

7 dias

furos para entrar ar

adição de esporos de bolor (Penicillium roquefortii)

10 °C, forte humidade, 4 semanas

cura 3 meses

4 °C

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bactérias lácticas

lactato, diacetilo, acetato, CO2, acetaldeído

crescimento para no início da cura

Lactococcus – homofermentativa

Leuconostoc - heterofermentativa

bolores

micélio cresce para o interior

crescimento continua durante a cura

furos ajudam saída de CO2 e arejamento do bolor

produzem lipases e proteinases extracelulares

metil cetona, D-lactona, ács. gordos voláteis - flavour

Vegetais fermentados

conservação por fermentação láctica

couves, pepinos, azeitonas outros em menores quantidades

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Vegetais fermentados

kimchi

Coreia

> 65 tipos diferentes

matérias-primas e processamento

principalmente couves e rabanetes

também alho, pimentos, cebola e gengibre

Vegetais fermentados

kimchi

Coreia

fermentação mais curta que choucroute

principalmente Leuconostoc mesenteroides

3 dias pH final ~4.2

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Vegetais fermentados

cultivares especiais de repolho

maior teor de sólidos

menor produção de resíduo líquido durante processamento

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Vegetais fermentados

remoção das folhas exteriores e coração

cortar finamente

adição de sal e colocação em recipientes para fermentação

Vegetais fermentados

teor de sal 2-3% (p/p)

~2.25%

< 2%

produto excessivamente macio

> 3%

não se consegue correcta sequência microbiana

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Vegetais fermentados

funções do sal

extrair humidade do repolho

formação da salmoura para fermentação

ajuda a inibir microflora natural

menor contaminação

selecção de bactérias lácticas

ajuda a manter textura crocante

inibir enzimas pectolíticas endógenas

contribui para flavour

Vegetais fermentados

recipientes selados com plástico

cheios com salmoura

pressão ajuda a expulsar ar

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Vegetais fermentados

- fermentação

flora inicial ~1% bactérias lácticas

após 2 dias ~90% bactérias lácticas

outras não conseguem crescer

produção de ácido (pH < 4)

Vegetais fermentados

- fermentação

fermentação iniciada por Leuconostoc mesenteroides

crescimento mais rápido

hetrofermentação

produz CO2

ajuda condições anaeróbias

impede oxidação de vit. C impede perca de cor

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Vegetais fermentados

- fermentação

L. mesenteroides fermenta frutose

produção de ác. acético – flavour acumulação de manitol

Vegetais fermentados

- fermentação

pH mais baixo inibe L. mesenteroides

substituídos primeiro por lactobacilos heterofermentadores

depois substituídos por lactobacilos homofermentadores

Lactobacillus plantarum, …

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Vegetais fermentados

- fermentação

ác. láctico continua a acumular

pH estabiliza a ~3.8 (pKa ác. láctico)

fermentação dura 4-8 semanas

Vegetais fermentados

crescimento de bolores e leveduras

mau cheiro, perca de acidez, menos crocante, cor rosada

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Vegetais fermentados

processo fermentativo contribui para estabilidade

tipo Espanhol – verdes tipo Grego -pretas

Vegetais fermentados

frutos não maduros tratados com base (~10 h)

1.0-2.6% NaOH

hidrólise oleuropeína responsável por amargor

inibe bactérias lácticas

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Vegetais fermentados

retira-se da base e lava-se com água

coloca-se em salmoura

5-6% sal

fermentação com diversas bactérias

sal aumenta até 8%

Vegetais fermentados

fermentação com bactérias lácticas e algumas leveduras

Lactobacillus plantarum mais importante

fermentação dura diversas semanas

final – pH 3.6-4.2 e 1% ác. láctico

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Vegetais fermentados

frutos maduros mantêm oleuropeína

não têm tratamento com base

salmoura até 10% sal

fermentação muito lenta

Vegetais fermentados

fermentação dominada por leveduras

Saccharomyces, Hansenula, Candida, Torulopsis, Debaryomyces, …

algumas bactérias lácticas se sal < 6-7%

pH final 4.5-4.8; ác. láctico 0.1-0.6%

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Vegetais fermentados

fermentação em salmouras com maior teor de sal ou menor

Vegetais fermentados

salmoura com 5-8% sal

açúcares convertidos em ács. orgânicos e outros produtos

Lactobacillus brevis, L. plantarum, Pediococcus pentosaceus

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Vegetais fermentados

1ª fase de fermentação

2-3 dias

diversas bactérias, leveduras e bolores

ambiente selectivo para bactérias lácticas e leveduras

fermentação ocorre na salmoura e interior dos pepinos

Vegetais fermentados

fermentações heteroláctica e malo-láctica podem levar a acumulação de CO2

purga de CO2

burbulhando N2

adição de inóculos homolácticos

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Vegetais fermentados

salmoura com 3-5% de sal

aromatizados com endro (Anethum graveolens) e especiarias

fermentação dura 3-4 semanas

processo total até 8 semanas

sequência de bactérias lácticas semelhante a choucroute

Vegetais fermentados

fermentação produz ác. láctico, ác. acético, …

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Carnes fermentadas

Mediterrâneo, China, Sueste Asiático

processo de conservação

fermentação láctica, salga e secagem

Carnes fermentadas

ingredientes típicos

carne magra 55-

70%

porco no sul da Europa

vaca, carneiro,

peru noutros locais

gordura 25-40%

sais 3% açúcares

fermentáveis 0.4-2.0%

especiaris e temperos

0.5%

inóculos, acidificante

s, ác. ascórbico, etc. 0.5%

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Carnes fermentadas

carne não pasteurizada antes da fermentação

destrói textura

pode ser pasteurizada no final

Carnes fermentadas

sais contribuem para sabor, cor, textura, estabilidade e segurança

NaCl e NaNO3 ou NaNO2

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Carnes fermentadas

especiarias contribuem para flavour

algumas retardam degradação microbiana e promovem ferm. láctica

teor em Mn2+

ajuda a capturar O‚ʔ

Carnes fermentadas

bactérias lácticas aerotolerantes não possuem dismutase do superóxido

enzima captura anião superóxido

mecanismo alternativo de protecção

acumulação de Mn2+

Mn2+ depois regenerado

aumento do teor de Mn2+ estimula crescimento de bactérias lácticas

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Carnes fermentadas

glucono-d-lactona para produzir ác. glucónico

melhora acidez

ác. ascórbico

melhora cor e estabilidade

glucose

suplementa açúcar fermentável

Carnes fermentadas

ingredientes misturados a baixa temperatura

embalados

tradicional

colagénio dos intestinos

actual

celulose ou colagénio regenerado a partir de peles

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Carnes fermentadas

fermentação natural

mistura de ingredientes selecciona microflora

bactérias lácticas psicrotróficas

Lactobacillus sake, L. curvatus

inóculos

bactérias lácticas e bactérias redutoras de nitrato

podem incluir leveduras e bolores

Debaryomyces hansenii, Candida famata, Penicillium spp.

Lactobacillus plantarum, Pediococcus acidilactici,

P. pentosaceus

Carnes fermentadas

Pediococcus - homofermentativas

metabolizam glucose a ác. láctico (DL)

algum acetato e diacetilo

L. plantarum - heterofermentativa

metaboliza glucose a ác. láctico (DL)

grandes quantidades de acetato, EtOH, diacetilo

3 espécies capazes de produzir H2O2

perca de cor por oxidação da mioglobina

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Carnes fermentadas

bactérias redutoras de nitrato só usadas quando necessário reduzir NO„ a NO‚

Micrococcus varians, Staphylococcus carnosus

Carnes fermentadas

fermentação

15 ºC - > 40 ºC; 20 – 60 h

humidade controlada

secagem lenta

produção de ácido (pH < 5.2) promove coagulação de proteínas

expulsa humidade e desenvolve textura e flavour

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Carnes fermentadas

frequentemente fumados

flavour característico

fenóis do fumo antioxidantes e antimicrobianos

melhoram conservação

pode ocorrer crescimento de fungos na superfície dos não fumados

actividade lipolítica, proteolítica e antioxidante

Carnes fermentadas

secagem final

até 6 semanas

7-15 ºC; 65-85% humidade

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Carnes fermentadas

enchido Tailandês

baixo teor em gordura

Carnes fermentadas

fermentação curta

sem secagem

embalado em plástico impermeável

tradicionalmente folhas de bananeira

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Carnes fermentadas

fermentação provoca redução de pH

carne perde água durante fermentação

água retida na embalagem

Peixe fermentado

típicos do Leste e Sudeste Asiáticos

molhos e pastas de peixe

misturas de peixe e sal

reduzida intervenção microbiana

misturas de peixe, sal e carbohidratos

verdadeira fermentação

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Peixe fermentado

diversos pequenos peixes

colocados em recipientes com sal (~3:1)

aw < 0.75

só conseguem crescer halófilos extremos anaeróbios

Peixe fermentado

produção pode durar mais de 18 meses

autólise do peixe

enzimas do sistema digestivo e cabeça

produz líquido castanho, salgado (molho)

rico em a. a., péptidos solúveis e nucleótidos

pastas têm autólise menos extensa

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Peixe fermentado

fonte externa de açúcar fermentável

diversas receitas com 2 princípios base

maior teor de sal

processo mais longo e melhor conservação

maior teor de açúcar

fermentação mais rápida e flavour mais ácido

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Peixe fermentado

mais comum longe das costas

uso de peixe de água doce

Peixe fermentado

carne de peixe limpa salgada com ~10-20% sal

cerca de 1 dia

após remoção da salmoura, pode ser mais seco ao sol

período curto

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Peixe fermentado

adição de açúcar para iniciar fermentação láctica

arroz, …

possível adição de agentes sacarificantes

enzimas de bolores

koji, …

aceleram fermentação e aumentam produção de ácido

Peixe fermentado

alho contribui para flavour

estimula crescimento de bactérias lácticas

fonte de inulina

carbohidrato fermentável

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Peixe fermentado

fermentação dura ~2 semanas

microflora dominada por leveduras e bactérias lácticas

maioria dos produtos cozinhada antes de consumo

excepto I-sushi

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Bebidas alcoólicas

qualquer matéria-prima que forneça açúcares fermentáveis

mel, cereais, tubérculos, seiva de palmeira, frutos, …

fermentação alcoólica limitada pelo teor de açúcar e tolerância da levedura ao EtOH

fortificação, destilação, rectificação

aumento do teor de EtOH

Bebidas alcoólicas

cevada – principal matéria-prima

trigo, sorgo, milho-painço, …

invólucro da cevada é retido

protege durante armazenamento e transporte; auxilia filtração do mosto

baixa temperatura de gelatinização do amido da cevada maltada

52-59 °C; não inactiva a-amilase

cevada possui b-amilase

conversão rápida de amido e dextrinas em maltose

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Bebidas alcoólicas

conversão de amido em açúcares fermentáveis

método Oriental

utilização de preparados de enzimas

koji, …

método Ocidental

enzimas endógenas produzidas durante maltagem

Bebidas alcoólicas

maltagem

cereal demolhado e deixado a germinar

enzimas hidrolíticas atacam endosperma

germinação parada por secagem

humidade reduzida a 3-5%

ocorrem reacções de acastanhamento não enzimático entre a. a. e açúcares

cor da cerveja

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Bebidas alcoólicas

maltagem

malte triturado e misturado com água quente

teor de cálcio influencia processo

pp como fosfato de cálcio e reduz pH de 6.0 para 5.4

condições optimizadas para enzimas do malte

aumenta rendimento de extrato fermentável

Bebidas alcoólicas

maceração

sistema britânico

infusão num único recipiente a temperatura constante de 65 °C

sistema continental

aquecimento num intervalo de T

porção do macerado aquecido e de novo adicionada ao total

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Bebidas alcoólicas

maceração

actividade enzimática contribui para produção de líquido claro

mosto doce

2 enzimas necessárias para hidrolisar amido a maltose

a- amilase produz dextrinas b-amilase transforma dextrinas em

maltose

Bebidas alcoólicas

maceração

proteinases solubilizam proteínas do malte

nutrientes para levedura

fosfatases libertam fosfato inorgânico

nutriente para levedura; capacidade tampão do mosto

b- glucanases podem hidrolisar b-glucanos

causa de problemas na cerveja

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Bebidas alcoólicas

cocção

mosto doce aquecido

inactiva enzimas pasteuriza pp fosfato de

cálcio desnatura e pp

proteínas e taninos

Bebidas alcoólicas

cocção

adição de lúpulo

cones de Humulus lupulus

sabor amargo

isohumulonas

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Bebidas alcoólicas

cocção

dura 1-2 h

evapora 5-15% volume

retiram-se resíduos de lúpulo e sedimentos

mosto arrefecido até temperatura de fermentação

Bebidas alcoólicas

fermentação

S. cerevisiae var. cerevisiae

ales

fermentação de superfície

S. cerevisiae var. carlsbergensis (uvarum)

lagers

fermentação de fundo

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Bebidas alcoólicas

fermentação

ales

12-18 °C

lagers

8-12 °C

Bebidas alcoólicas

fermentação

conversão de açúcares fermentáveis em EtOH

via EMP

fermentação anaeróbia

favorecida por arejamento antes de inocular

O2 necessário para síntese de ács. gordos insaturados e esteróis da membrana celular da levedura

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Bebidas alcoólicas

fermentação – 1ª fase

mais vigorosa produção de

EtOH redução de pH remoção de N

Bebidas alcoólicas

fermentação – 2ª fase

crescimento da levedura para produção mais lenta de EtOH

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Bebidas alcoólicas

população de leveduras aumenta ~6 vezes durante fermentação

pode ser reciclada

lavagem ácida para remover contaminantes

mais usada para rações e produção de extratos

Bebidas alcoólicas

fermentação secundária durante armazenamento

Lager

1-2 semanas

deposição de leveduras

clarificação dissolução de CO2

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Bebidas alcoólicas

fermentação secundária estimulada por adição de açúcares

em barris

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Bebidas alcoólicas

filtrada e/ou centrifugada

embalada e pasteurizada

pasteurizada e embalada

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Bebidas alcoólicas

contaminantes

Obesumbacterium proteus, Klebsiella, Enterobacter

produzem odores persistentes produzem nitrosaminas

redução de nitrato a nitrito

Bebidas alcoólicas

contaminantes

Acetobacter, Gluconobacter

sobretudo nas lager

turbidez, viscosidade, ác. acético

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Bebidas alcoólicas

contaminantes

Zymomonas mobilis

produz EtOH

turbidez e flavour desagradável

Bebidas alcoólicas

contaminantes

bactérias lácticas

Lactobacillus, Pediococcus

ácido láctico diacetilo

pode ser agradável

polímeros causadores de viscosidade

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72

Bebidas alcoólicas

contaminantes

leveduras selvagens

não usadas na fermentação

turbidez; odores desagradáveis

Saccharomyces não Saccharomyces

Pichia, Hansenula, Brettanomyces, …

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73

Bebidas alcoólicas

fermentação alcoólica de uvas

uvas esmagadas

mosto tratado com sulfito

retarda crescimento de bactérias acéticas, leveduras e bolores

Bebidas alcoólicas

mosto inoculado com Saccharomyces ellipsoideus

fermentação

3-5 dias, 21-32 °C

14-18% EtOH

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Bebidas alcoólicas

vinho fermentado separado dos sedimentos e armazenado

fermentação malo-láctica

bactérias lácticas

reduz acidez e afecta flavour

Bebidas alcoólicas

resultam da destilação de EtOH produzido por fermentação

cereais, melaços, frutos, …

Whisky, Rum, …

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Bebidas alcoólicas

mosto acidificado para controlo microbiano

adição de ácido inocular com bactérias homolácticas

L. delbrueckii subsp. delbrueckii

reduz pH para 3.8 em 6-10 h

Bebidas alcoólicas

m.o. destruídos por aquecimento

arrefecido e inoculado

S. cerevisiae

destilado após fermentação

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fermentação em 2 passos

1) conversão anaeróbia de açúcar em EtOH

leveduras

maximizar produção de EtOH, sem preocupação com flavour

2) oxidação de EtOH a ác. acético

Acetobacter, Gluconobacter

Acetobacter spp. melhores produtoras de ácido

mais comuns em produção comercial

oxidam ác. acético a CO2 + H2O

controlar não exaustão de EtOH durante fermentação

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acetificação habitualmente semi-contínua

quando acetificação quase completa, retira-se uma porção

substituída por solução alcoólica de partida

fermentador retém quantidade substancial de vinagre

mantém cultura e teor elevado de acidez

protege contra contaminação e sobre-oxidação

bactérias acéticas difíceis de cultivar

fermentação iniciada com cultura não definida proveniente de anteriores fermentações

Acetobacter europaeus, A. hansenii, A. acidophilum, A. polyoxogenes, A. pasteurianus

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oxidação de EtOH a ác. acético em 2 passos

mediados por desidrogenase de álcool e desidrogenase de aldeído

técnicas de acetificação

cultura de superfície

bactérias formam película à superfície

mais simples

diversos modos de aplicação

culturas submersas

bactérias suspensas no meio

mais rápido

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acetificação superficial

processo Orleans processo rápido

maior área de película bacteriana

melhor transferência de oxigénio

técnicas de acetificação

superficial - processo Orleans

base alcoólica em barris parcialmente cheios

furos para arejar

deixado a acetificar até valor desejado

retira-se ⅓ a ⅔ pela torneira

substituído por base fresca

cada ciclo demora14 dias

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técnicas de acetificação

superficial - processo rápido

bactérias formam película num material inerte

recipiente de fundo falso

base alcoólica aspergida sobre material inerte

percola contra corrente de ar

líquido vai recirculando até atingir valor de acidez desejado

processo semicontínuo dura 4-5 dias

mantém acidez elevada e maioria da biomassa

técnicas de acetificação

culturas submersas

bactérias crescem em meio suspenso

oxigenação por irrigação com ar

processo semi-contínuo

24-48 h

requer maior controlo

risco de infecção por fagos

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– chá preto fermentado

fermentação à temperatura ambiente

7-10 dias

bactérias e leveduras

Acetobacter xylinum, Brettanomyces, Candida, Pichia, Saccharomyces, Zygosaccharomyces

produto final contém ács. orgânicos, componentes do chá, vitaminas e minerais

ligeiramente carbonatado

fermentação para despolpar

polpa composta por substâncias pécticas

m.o. pectinolíticos

Erwinia dissolvens

bactérias lácticas

Leuconostoc, Lactobacillus

leveduras pectinolíticas

S. ellipsoideus, S. marxianus, S.

bayanus, Schizosaccharomyces

spp.

bolores

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grãos fermentados após extracção das cabaças

2-12 dias

fermentação provoca aquecimento (45-50 °C) e libertação de líquidos

após secagem, grãos são torrados

fermentação tem 2 fases

1ª fase

açúcares da polpa convertidos em EtOH

1º dia (21 ºC)

leveduras

3º dia (49 ºC)

redução de leveduras

7º dia

pH aumenta de 3.9 para 7.1

2ª fase

EtOH oxidado a ác. acético

3º dia

redução de bactérias

algumas bactérias acéticas sobrevivem

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leveduras

sobretudo S. cerevisiae

aumento de pH

3.5 para 4.2 hidrólise de ác. cítrico, na polpa

produção de EtOH, ács. orgânicos

destroem cotilédones

produção de voláteis

redução de viscosidade da polpa

leveduras

sobretudo S. cerevisiae

libertam endoenzimas

desenvolvimento de compostos percursores do chocolate

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Alimentos fermentados por bolores

mais relevantes no Oriente

produzido a partir de soja

outros vegetais e resíduos

Alimentos fermentados por bolores

grãos de soja demolhados para hidratar

ocorre fermentação bacteriana

reduz pH para 4.5-5.3

grãos descascados e cozidos

pasteuriza; destrói inibidor da tripsina e lectinas; liberta nutrientes para bolores

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Alimentos fermentados por bolores

grãos escorridos e ligeiramente prensados

remoção de humidade em excesso

arrefecem em tabuleiros

inoculados

Alimentos fermentados por bolores

inoculação

misturar tempeh com grãos cozidos nebulizar grãos com inóculo de esporos

inóculo preparado por incubação longa de um pedaço de tempeh

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Alimentos fermentados por bolores

inóculos

cultura mista de bolores, leveduras e bactérias

Rhizopus oligosporus mais importante

incubação 2 dias, 30-35 ºC

micélio desenvolve-se, agregando a massa

pH sobe até ~7 proteases fúngicas aumentam teor de

a. a.

lipases hidrolisam >⅓ gordura a ács.

gordos

Alimentos fermentados por bolores

esporulação do bolor descolora produto

produção de odor amoniacal acompanha proteólise

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Alimentos fermentados por bolores

fermentação remove factores antinutricionais

inibidor da tripsina lectinas ác. fítico oligossacáridos indutores de flatulência

Alimentos fermentados por bolores

fermentação promove aumento de vitaminas

B12

associada a crescimento de Klebsiella pneumoniae

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Alimentos fermentados por bolores

flavour a frutos secos

consumido de vários modos

sobretudo após fritura

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Alimentos fermentados por bolores

parecido com tempeh; feito de amendoim

Indonésia

bolor de tempeh como inóculo

também Neurospora intermedia

N. intermedia possui actividade a-galactosidase

redução de oligossacáridos causadores de flatulência

Alimentos fermentados por bolores

fermentação em 2 estágios

1) koji

bolores

2) moromi

leveduras e bactérias lácticas

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Alimentos fermentados por bolores

grãos de soja demolhados e cozidos

misturados com trigo grelhado

proporções idênticas

mistura inoculada com koji

previamente produzido a partir de uma mistura de substratos semelhante

Alimentos fermentados por bolores

koji contém mistura de estirpes de Aspergillus oryzae

bolores crescem através da mistura vegetal

camadas ~5 cm

2-3 dias; 25-30 ºC

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Alimentos fermentados por bolores

koji misturado com volume igual de salmoura

conc. sal 17-20%

condições tornadas anaeróbias

não há crescimento de bolor

actividade enzimática

hidrólise de proteínas, polissacáridos e ács. nucleicos

produz líquido rico em nutrientes

Alimentos fermentados por bolores

na fase moromi predominam leveduras e bactérias lácticas

~metade dos açúcares solúveis convertidos em EtOH e ác. láctico

pH final 4.5-4.9

EtOH 2-3%; ác. láctico 1%

Zygosaccharomyces rouxii, Torulopsis, Tetragenococcus

halophilus

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Alimentos fermentados por bolores

fase moromi pode durar > 1 ano

prensagem separa sólidos de líquido

sólidos podem ser misturados com salmoura

2ª fermentação produz molho de menor qualidade

líquido pasteurizado e filtrado

pode sofrer maturação

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Alimentos fermentados por bolores

(JP) (CN)

pastas de soja

produção semelhante a molho de soja

juntam 40% de arroz ou cevada

usam sal seco em lugar da salmoura

fermentação mais curta

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Alimentos fermentados por bolores

koji preparado com arroz cozido

A. oryzae produtoras de enzimas amilolíticas

junta-se água e S. cerevisiae na fase moromi

Alimentos fermentados por bolores

fase moromi

enzimas do bolor continuam a hidrolisar amido

açúcares fermentáveis convertidos em EtOH pela levedura

teor em EtOH ~20%

fermentação lenta

baixa T (13-18 °C) libertação lenta de açúcares

fermentáveis

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Alimentos fermentados por bolores

elevado teor de sólidos no moromi

ajudam a manter levedura em suspensão e activa

Alimentos fermentados por bolores

fermentação dura ~3 semanas

sake estabilizado, filtrado e misturado (blend)

pasteurizado e engarrafado

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Alimentos fermentados por bolores

à base de arroz doce

consumidos frescos ou adicionados a outros alimentos

vinho e vinagre de arroz

inóculos com base em bolores crescidos em arroz

Rhizopus, Mucor e leveduras amilolíticas

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Alimentos produzidos por bolores

crescer micélio para usar como fonte alimentar

produto comercial - Quorn

micélio de Fusarium venenatum

cultura contínua

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Alimentos produzidos por bolores

cultura em meio com glucose, sais de amónio e factores de crescimento

colhido por filtração e lavado

texturizado para ser mais agradável ao consumo

Alimentos produzidos por bolores

necessário reduzir teor de RNA

aquecimento suave antes da filtração

activa RNAases do bolor

teor final de proteína – 44%

rico em fibra (paredes celulares)