ALGUMAS OBSERVAÇOES BIOECOLOGICAS DOS … utilizando-se apetrechos de pesca, tais como, puçás,...
Transcript of ALGUMAS OBSERVAÇOES BIOECOLOGICAS DOS … utilizando-se apetrechos de pesca, tais como, puçás,...
ALGUMAS OBSERVAÇOES BIOECOLOGICAS DOS MOLUSCOS, CRUSTACEOSE PEIXES DAS ÁREAS DE SALINAS DOS MUNICI-PIOS DE GROSSOS, AREIA
BRANCA E MOSSORO NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL.
JOS~ FAUSTO FILHO*
INTRODUÇÃO1 Os. trabalhos que mais se destacamaté a presente data, tendo em vista darum embasamento a essas pretensas ex-plorações nas citadas regiões, sãoaqueles elaborados por Mesquita (1972),América et alii (1980) e Fausto Filho(1066,1978,1981,1982,1983).
2 - MATERIAL E METODOS
o presente trabalho tem como ob-jetivo principal ampliar os conhecimen-tos existentes sobre a biologia e a eco-logia dos moluscos, crustáceos e peixesque habitam as zonas' estuarinas dosmunicípios salineiros de Gr~sos, AreiaBranca e Mossoró, situados no Estadodo Rio Grande do Norte, Brasil'.
Em 1980, o autor, com outrospesquisadores, elaboraram um relatóriotécnico sobre vários aspectos relaciona-dos com um dos temas deste subsídio ecom algumas observações sobre os pa-râmetros físico-químicos das águas dascitadas áreas. No mencionado relatóriodeu-se mais ênfase ao estudo quantita-tivo e estatístico dos dados coligidos,ao passo que, neste trabalho-, damosprioridade aos aspectos qualitativos.Assim sendo, destacamos a grandeimportância econômica que aquelasáreas estuarinas constituem para osrelacionados municípios, principalmen-te no que diz respeito à exploração dosseus recursos aquáticos biológicos.
A metodologia empregada nestacontribuição constou de trabalhos decampo e de laboratório. Os primeirosrelacionam-se com' aquelas atividadesvoltadas diretamente para as observa-ções in loco na Salina Morro Branco, emMossoró, RN, dos aspectos ecológicos eda coleta de material biológico. Destematerial, principalmente moluscos,peixes e crustáceos eram capturados,utilizando-se apetrechos de pesca, taiscomo, puçás, tarrafas, rangaios, ou porprocesso manual. A duração dessas co-letas foi de três anos (julho/1976 a ju-nho/1979), abrangendo os turnos damanhã, tarde e noite. Todo o material-coligido era posteriormente colocado emvidros e conservado em álcool comer-cial ou em formo I a 10 e 30% para ospeixes menores e maiores, respectiva-mente. Com a intenção de se verificar
Pe~uisador do Conselho Nacional de Desenvol-vimento Científico e Tecnol6gico e Professor Ad-junto do Departamento de Engenharia de Pescada Universidade Federal do Ceará.
1'7Ciên. A2ron.. Fortaleza. 15 (1/2): pá.2. 117-131 - Dezel1lbro. 1984
2)
a distribuição dos peixes e crustáceos nasalina, dividiu-se esta em três estações(I, II e 111), sendo a primeira nas proxi-midades da entrada d'água, a segundano meio, e a terceira próximo ao segun-do tanque da referida salina.
Com o objetivo de detectar osconcorrentes biológicos e os predadoresnaturais dos camarões que entram nassalinas, os trabalhos de laboratório sedesenvolveram neste sentido. Nele iden-tificavam-se as diversas espécies de peixese seus conteúdos estomacais, moluscos,crustáceos e outros organismos, com .0suporte da bibliografia básica disponívele auxílio de uma lupa estereoscópicaadequada.
LISTA DAS ESPÉCIES
CRUSTÁCEOS1 )
FAMI-LIA PENAEIDAE - Penaeusaztecus subtilis Perez-Farfante, ca-marão rosa, camarão rosado, cama-rão vermelho; P. brasiliensis Latrei-le, camarão vermelho, camarãorosa; P. SGhmitti Burkenroad, Ca-marão branco, camarão grande.
3)
FAMI-LIA PALAEMONIDAE - Pa-/aemonetes &carteri Gordon, cama-rão.FAMI-LIA ALPHEIDAE - A/pheuspontederiae Rochebrune, camarãodo mangue.FAMI-LIA PORTUNIDAE - Ca/-/inectes exasperatus Gerstaecker,siri do mangue; C. danae Smith,siri-azul; C. bocourti A. Milne-Edwards, siri-pimenta, siri-malague-ta; C. marginatus A. Milne-Edwards,siri-cachorro.FAMI-LIA GRAPSIDAE - Goniop-sis cruentata (Latreille), aratu.FAMI-LIA XANTHIDAE - Pano-peus herbstii Milne Edwards, caran-guejo do mangue; Eurytium /imo-sum (Say), caranguejo do mangue.FAMI-LIA OCYPODIDAE - Ucidescordatus cordatus (Linnaeus), ca-
ranguejo uçá; Uca rapax (Smith),xié; maracoani (Latreille), te-soureiro; U. thayeri Rathbun, cha-ma-maré; Uca sp. xié.
MOLUSCOS
FAMI-LIA NERITIDAE - Neriti-na virginica Linnaeus, buzo domangue.FAMI-LIA LITTORINIDAE - Lit-torina ziczac Gmelin, bUlO; L. an-gu/ifera Lamarck, bUlO.FAMI-LIA APLYSIIDAE - Ap/y-sia dactl"/ome/a Rang., lesma.FAMI-LIA OSTRAEIDAE - Cras-sostrea rhyzophorae Guilding,ostra.FAMI-LIA MYTILLIDAE - My-te/Ia ta/cata Orbigny, sururu.FAMI-LIA VENERIDAE - Ano-ma/ocardia brasi/iensis Gmelim,bUlO.FAMI-LIA SANGUINOLARIIDAE- Tage//us p~ebeius Solander, unhade velho.
PEIXES
FAMI-LIA ENGRAULIDAE - An-chovia sp. - arenque, sardinha,
manjuba.FAMILIA ARIIDAE - Tachysu-rus sp. bagre.FAMI-LIA BATRACHOIDIDAE -Amphycthys cryptocentrus (Cuvier& Valenciennes), pacamon, paca-mão.FAMI-LIA HEMIRHAMPHIDAE -Hyporhamphus? unifaciatus Raza-ni, peixe agulha.FAMI-LIA CARANGIDAE - O/igo-p/ites saurus (Bloch & Schneider),tibiro; Serio/a /a/andi Valiencien-nes, varapau; Caranx /ugubris(Poey), xaréu preto; Se/ene vomer(Linnaeus), peixe galo; Pepri/usparu (Linnaeus), pampo; Trachy-notus? fa/catus (Linnaeus), carabe-beloFAMI-LIA SCIANIDAE - Ste//ifernassa Jordan, entrique; Synoscionsp. pescada.FAMI-LIA GUERRIDAE - Euci-
118 l'iên. Agron.. Fortaieza.15 (1/2): páR. 117.131 . Dezembro. 19M
3 --- DISCUSSÃO E CONCLUSOES
Obedecendo a seqüência exposta notópico relacionado com a Lista das espé-cies, verificamos que a fauna carcinoló-gica é relativamente rica. Os grupos quemais se destacam são o dos siris e o doscamarões marinhos da fam íl ia Penaeidae,tanto pela sua abundância como pela im-portância econômica que representampara a região. Sob este último aspecto,Mesquita (1972), num trabalho pioneiroe de grande relevância para o conheci-mento e aproveitamento desses crustá-ceos, destaca que a produção de cama-rões em áreas de salinas do Estado doRio Grande do Norte atinge cerca de3.000 quilos por hectare-ano, numaúnica salina (Salineira do Nordeste S/A- SOSAL), nos anos de 1968 a 1981.Este mesmo autor destaca, ainda, que aprodução do camarão cai sensivelmentede janeiro a agosto, e cresce a partirdeste mês até dezembro. I sto demonstraque existe uma forte correlação entre aprodução de camarões e as estações (chu-vosa e seca) climáticas da região, dondese conclui ser a época seca. (verão), quevai de julho a dezembro, o período demaior produção desses organismos. Estesdados são confirmados pelos três anos(julho/76 a junho/79) de coletas e depesqu isas realizadas pelo autor (inAmérica et alii, 1980). Os dados obser-vados nas figo 1, 2 e 3 comprovam estaafirmativa e ainda demonstram queas duas espécies - Penaeus schmitti(camarão branco) e P. aztecus subtilis(camarão rosa) - aumentaram e de-cresceram de produção, simultanea-mente, durante os três anos observa-dos. Com relação ao P. brasiliensis(camarão vermelho), nada de concretose pôde observar, já que a sua produ-ção foi bastante insignificante, hajavista que durante os anos de coletassomente cerca de 885 indivíduos foramcoligidos, sendo 469 no período de1976/77, 201 em 1977/78 e 215 em1978/1979. Daí se conclui que a parti-cipação relativa da prese.nte espécie ébastante pequena e que, segundo Fausto
Ciên. Agroo., Fortaleza, 15 (1/2): pág. 117-131 - Dezembro, 1984 119
nostomus sp. carapicu.FAMILIA SPARIDAE - Archosar-gus proba to cephalus (Walbaun),sargo.FAMILIA BOTHIDAE - Cithari-chthys? spilopterus Günther, so-lha.FAMI-LIA SERRANIDAE - Para-brax dewegeri (Metzelar), sirigado;Rypticus randalli Courtenay, sabão.FAMILIA ELOPIDAE - Elopssau-rus Linnaeus, Ubarana; Tarponatlanticus Valenciennes, camuru-pim.FAMI-LIA MURAENIDAE - Gym-notorax sp. morea.FAMI-LIA TETRAODONTIDAE -Logocephalus laevigatus Linnaeus,baiacu.FAMI-LIA GOBIIDAE - Gobionel-Jus oceanicus (Palias), boca deouro.FAMI-LIA SCORPAENIDAE ..-Scorpaena plumieri (Bloch), buchu-dinho.FAMILIA HAEMULIDAE - Co-nodon nobilis (Linnaeus), sanhoá.FAMI-LIA BELONIDAE - Stron-
gilura marina (Walban), agulhão.FAMILIA POECILIDAE - Poeci-lia' vivipara Bloch & Schneider,timtim.FAMILIA POMADASYIDAE -Haemulon steindachneri (Jordan &Gilbert), cambuba.FAMI-LIA TRIGILLIDAE - Prio-notus caprella Miranda Ribeiro,peixe cabra.FAMI-LIA SIGNATHIDAE - Hip-pocampus hudsonius, cavalo mari-nho.FAMILIA CENTROPOMIIDAE -
Centropomus? undecimalis (Bloch),camurim.FAMI-LIA LUTJANIDAE - Lutja-nus jocu (Bloch & Schneider), ver-melha.FAMI-LIA MUJI LIDAE - Mugilcurema Valencienes, tainha; M. in-silis Hancoch, tamaratana; M. bra-siliensis, Agassiz, tainha, cambão,cacetão.
Filho (1981) ela corresponde a apenas delas como sendo de preferência para os6,2%, quando comparada com as espé- camarões.cies do mesmo gênero que ocorrem na No que diz respeito à salinidade, foiárea estudada. observado o que geralmente ocorre com
relação à abundância das três espécies eo aumento da salinidade. Assim, nosmeses de menor precipitação pluvio-métrica, quando a salinidade sobe, oaumento na produção de camarões foibastante evidente; o inverso ocorrendo,quando a pluviosidade aumenta. (Fig.1,2,3).
O segundo tópico da seqüênciaabrange uma sumária discussão acercada bioecologia dos principais molus-cos gastrópodos e pelecípodos queocorrem na área em estudo. De ummodo geral, observa-se que a fauna ma-lacológica é relativamente pequena emmatéria de diversidade específica. So-mente sete famílias, seis gêneros e oitoespécies se apresentam como as maisabundantes, sendo a família Mytillidaerepresentada pelas espécies Myte//a ta/ca-ta e Crassotrea rhyzophorae, as de maio-res significação sob o ponto de vistaquantitativo; ambas as espécies ofere-cem enorme potencial de exploração,'tanto pelo processo artesanal de coletacomo por mecanismo artificial de cul-tivo. /n América (1980), Mattanewsfaz algumas referências com relação aum experimento de cultivo de ostrasna citada área, tendo em vista a viabi-lização do seu cultivo. Referido autordestaca que problemas com predadoressão por demais evidentes; entre -estes,destacam-se o molusco Thais haemas-toma t/oridana, os crustáceos do grupodos siris e o caranguejo do mangue -Uçá (cardisoma guanhumi). Entre osconcorrentes biológicos Matthews (op.cit) ainda cita os cirrípedes, através doassentamento das suas larvas, ocupan-do espaços vitais para a fixação daslarvas de ostras, o que normalmenteocorrem nos meses de janeiro, julho,novembro e dezembro.
Com relação à fauna ictiológica,esta se apresenta rnais típica e maisvariada sob o ponto de vista específi-co, com cerca de 23 espécies habitan-
o. _\.gron., Fortaleza, 15 (1/2): pág. 117-131 - Dezembro, 19M
Com relação aos aspectos biológi-cos e ecológicos da reprodução, FaustoFilho (1981,1982 e 1983) destaca al-gumas dessas características atinentes àstrês espécies mencionadas. No que serefere a P. brasi/iensis, foi constatadoque esta espécie alcança um tamanhopróximo ao de P. aztecus subti/is,porém sempre menor do que P. schm;t-ti e que parecem entrar em fase de ama-qurecimento sexual com cerca de 80,0- 84,0 mm de comprimento, no mêsde agosto. No que tange a P. aztecussubti/is, esta parece iniciar o seu ama-durecimento sexual com apenas 70,0mm, e também no mês de agosto, ondeos indivíduos alcançam o maior tamanhoe diminuem, a partir daí, até atingiremum menor crescimento em março. Noque concerne a P. schmitti, FaustoFilho (1983) salienta que são osmeses de agosto, janeiro e fevereiro osde maior ocorrência de fêmeas madu-ras e que isto pode ocorrer com espé-cimens de até 55,0 mm de comprimen-to. Com relação ao tamanho da presenteespécie, esta é a que alcança um maiordesenvolvimento, chegando a atingircerca de 165 mm de comprimentototal. Diferindo da espécie anterior-mente citada, o camarão branco alcançaum maior desenvolvimento durante osmeses de março, abril e maio e umcrescimento mínimo de dezembro a fe-vereiro. Tudo isto foi melhor observadodurante o período de 1976 a 1977 ondese coletou maior número de exemplaresda presente espécie.
No que diz- respeito aos turnos dodia, nada indica que haja um períododeste para melhor captura ou que exis-ta uma preferência de localização doscamarões; o número de indivíduos co-letados pela manhã, tarde e noite foimais ou menos o mesmo. Praticamente.com relação às estações de coletas,também não se detectou nenhuma
120 r;pn I
3701\,
\\/
350 \~-r
\
.-L~
'\I\\\\\\\
\\\\\\i\\\\\
II
J1\
I \i
"\ I'\\\\
~
oDEZ FEV. MAR. ABR. MAl. JUNJUL. AGO. SET OUT. NOV. JAN.MESES
-ANOS 19771976
Figura 1 - Pluviosidade e ~otal de indivíduos de Penaeus aztecus subtilis e P. schmitti, capturadosem áreas de salinas do município de Areia Branca, Rio Grande do Norte, Brasil, no período de
julho/1976 a junho/1977.
121Ciên. Agron., Fortaleza, 15 (lf2):pág. 117-131 - Dezembro, 1984
ANOS-1 9 77 19 7 8
Figura 2 - Pluviosidade e total de indivíduos de Penaeus aztecus subtilis e P. schmitti, capturadosem áreas de salinas do município de Areia Branca, Rio Grande do Norte, Brasil, no período de
julho/1977 a junho/1978.
122 Ciên. Agron., Fortaleza, 15 (1/2): pág. 117-131 - Dezembro, 19M
CONVENÇÕES270
f? schmittir- --
.P aztecus /,I ,IIIIII
250 ,"230
210
(I)O:> 190o'>o~ 170
~150-J
~~ 130OQ:W~ 110
1':>
z
901
IIIIIIIIIII
70
50
30
--
JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ. JAN FEV. MAR. ABR. MAl JUL'MESES
--1978 1979ANOS
Figura 3 - Total dos indivíduos de Penaeus aztecus subtilis e P. schmitti, capturados em áreas desalinas do município de Areia Branca, Rio Grande do Norte, Brasil, no período de
julho/1978 a junho/1979.
Ciên. Agron., Fortaleza, 15(1/2): pág. 117-131 - Dezembro 1984 123
Destas, destacamos que a Estação I,a mais próxima da entrada de águ~para o tanque, é a que apresenta umamaior abundância de peixes, tanto nosturnos da manhã, como nos da tardee noite (Tab. 4). A ocorrência de ummaior número de peixes na Estação Ideve-se ao fato dela estar próxima à en-trada de água proveniente do bombea-mento da água da camboa para o tanque.Esta água traz consigo um suprimentonovo e abundante de alimento e oxi-gênio para os peixes. Praticamente,todos os peixes capturados no tanque
do a área estudada. Destas, a mais abun-dante é a manjuba, seguida por ordemdecrescente de ocorrência. do carapicu,o buchudinho, o entrique, o arenque, osanhoá, a carapeba, o varapau, a saúna,o boca-de-ouro, o bagre, a pescada, otimtim, a solha, o caruruca, o xaréu, asardinha, o pacamon e o mero (Fig. 4,Tab. 1,2,3 e 4).
A distribuição dessas espécies nasáreas dos tanques das salinas, bemcomo sua ocorrência durante os trêsturnos do dia, são mostradas na Fig. 4e nas Tabelas acima mencionadas.
ESTAÇ~O }N.o OE INDIVIDUOS
10 30 50 70 90 100I I I I I I I I I I,..L
~STAÇÃO ,lI :N!' DE INDIVIDUOS
10 30 ~ 70.~~,~ I I
I~nlvínlln~ESPÉCIES -
30-5010
7~1
MANJUBA
CARAPICU
BUCHUDIM
~== "'" """ "'" "~.ENTRIOUE
ARENQUE
SANHOA'
CARAPEBA
VARAPAU
SAÚNA ~-BOCA DE OURO
BAGRE
I PESCADA- ~I TIMTIM~ ~
l~
SOLHA
bCURURUCA
XARÉU .SARDINHA
.~PACAMON
MANHÃ. IICONVENÇÕES TARDE' ~~~~~~~ NOITE'
Figura 4 - Distribuição e número dos peixes mais freqüentes e capturados nas estações I, II e 1IIem áreas de salinas do município de Areia Branca, Rio Grande do Norte, nos turnos da manhã,tarde e noite durante os períodos de julho/1976 a junho/1977, de julho/1977 a junho/1978 e de
julho/1978 a junho/1979.
124 Ciên. Agron., Fortaleza, 15 (1/2):pág. 117-131- Dezembro, 19M
ESTA Cio 111N~ DE INDIVIDUOS
Ciên. A
gron., Fortaleza, 15 (1/2):pág.
117-131-Dezem
bro,19M
~'tJSC
o
'- O
):J
r-.1-0)II!'o
oc
.cc0)'
:Jt
-,o
~Z
00
O
r-.
'tJ ~0)--
'tJ O
C
:S~
:J
'- -,
(:) O
)O
'tJ
0- O
)
a:oo,r-.B
O
)C
.-
~--
'- O
00 .cC
~
:J°ã)
-,'-
~<
( r-.
O)
r-.'tJ0)O
'05.
O,-
.cu
-0-
:JC
-,
:J '
~r-.
r-.O
O
)'tJ'---li!
O~
.c
.- C
C
:: :J
<{
~
-,-J
(/) ~
wO
)(Q00
'tJ r-.
<(
~
O)
I-:J'<~E ~
O)
O)
- 'tJ
Ig ~
(.)o'tJ~
O'-
li! '-
W
O)
~
c..C
li!O
li! O
)O
'tJ
C
~
~'-
'-:J
:J
b.c~
'
u-li! Z
O)
~
x O
)0- O
) 0-c..
Oli!
ZO
O
)
'tJ-li!
I-~
~O
):J
'tJ-
'-
O
~:tJ1-<
(-:'li!
~~
~'u
I~C
.c
,O)
C::J
~
g~'-u.
00-r-..'-,caOIr-..t:r-..OOO
;',9Ia:IW! r'r-.
r-.
tOoItO,...
,..;ooQ.Qa:wI' O
J
~--cco
I
a)
!::::~ooc.Qa:~
VI
Q)
'ü'Q)
c.VI
"I I- ., -J~.-oL- 5;
'- 7 -J«I-o'- '5 I- ~ -J~o'-~
e o
:J .I::
Q)
.P:.:J
C
o co
co oS
Q
) C
O
CO
:J:J C
O
-U
oQ).c.c"C
CO
:J.I:: couE
C"
CO
C
O
~
o o
:J Q
).-E
"C
Q)
:J :J
o C
" C:J
"C 2
o;;.0-
c. c
'- '-
c. U
E
c.
CO
C
O
c. ~
.I:: .I::
Q)
C
0- Q
) o
~
:J '
';:. ~
:J
.cCO
:õ E
o~
'-
~:S
~
U
~ ~
U
c 6.
Q)
"E
'- à;
'" '-
Ec
CO
CO
0-
CO
CO
Q)
CO
o C
O o
CO
:J
CO
CO
'- C
O C
O
Q):J
0-w
>~
~~
~m
>U
~~
mu~
m~
m~
~X
~~
u~
~~
oo I
I I
I I~
'-
Mv
CO
NM
~v~
I-I
,N
Vm
II
NM
~-~
N
-
N
N
VN
vi
~O
O-I
I I
I I~
~V
VV
~~
N~
~
IM-M
~V
~~
N
~
~~
~~
N~
~~
~~
Nm
~~
~M
~~
~~
I II
~~
~
~~
~~
~~
~
NN
~O
OM
111-
I ~
OO
MIn.-
~M
M-
IIN
I~
MM
w~
~vm
NV
--l
mN
~
M--
~
N-~
V
-o M
N
-
I I
M.-r--N
OO
OO
ON
M
CO
Ln M
.-VN
Ln.-N.-
Ln-1M
100N
tON
Ll1Ll1tO
M
:::r-.~It)q-N
re I
I I~
I
Ll)<D
OO
OO
q-MN
II
100.-""
NN
Ll)
.-
~~
~
I I
I I
I ~
M~
OO
~
I ~
~
I I
m
I I
I ~
~
"""
OO
VO
O--II
M~
~
~~
NO
- ~
M-
- I
M-N
I- II1II I
I I
I
I I
I I
N~
C)
11-- I
N'-'-~
N~
CO
~C
O
I I
N
I I
I I
~N
~I
II
II
~-N
ON
~--~
~--
I~
-~
- M
-
N-
N
-
OO
NLn--
r
-J«f-of- CX
)co.- NM.- MN MN"""
LC)
00 ~oN <.o
~ tON.- cooN 1f8'- o,...~125
m.-
126
CQ
-o~O
)E
r...:JO
)1-'-----'"
ooo!:c
c.
:JO
J-,+
"'..
CQ
000Z
r...00)-0'-----O
J O
-O
o!:c-C
Q
:J..-,
~
.
o~.-
O)
I:I:.--
CQ
O
uo!:C
C
~
:J
1%)-'
CQ
CQ
.- r...~
r...<
tO)
.--
OJ---
-O
O
o:f.-
:J,e: -,u
..-
r...C
r...
:JO)
~.-----
O
O-O
o!:
N
'" C
CQ
:J
<t
.~-,
-.J -
CQ
W
~C
DI%
) O
Jr...<
t -00)
I- "'~C
Q
OO
Jo!:
<"3E~
OJ-O
- '"
- O
0-0_IC
Q
OU
- '-
CQ
..
+"'
OJ
",c..W
'"
CQ
O
C
OJ
'" +
"'O
C
-O
CQ
CQ
..
.. :J
:JC+
"'c.-:.C
Qz
u-'" O
JO
J +
"'X
.-
.- O
OJz
c..'" O
J0-
-01-",-C
Q
OJ
+"'-0
:J ..
- C
Q
~I-
..0-
<t~",-ro
ICQ
.ü o!:
C
C'O
J C
Q::J
~C
"O
J..
"-
~
OO
O~
~N
II
I~
~1
000~M
~~
mI
I«~
.- ~
.- M
N
m
...
t: o
CO
...
10
I .-
OO
Z
MC
O~
I
I I
I ~
I I
~~
~
I
,...
,...
OO.~
Il) 00 N
N
I
I I ~
~
I M
M
:: M
~Wa..
~
N~
~
I I
I I
I ~
I I
M~
~
.
~~N
~Il)IIIIIS
!111100
O,...
...
8I
~
Ni:::::
I ~
I
I I
I I
I I
I I
I
,...
oog '-~
NIIIIIM
IIII'-~wa..
.-OO
N
Il)~
.-
I I
I I
I I
I I
,
-J« C
O~
OI-
~N
.-o
r-. l-
r-.-..C
OoI
r-.qoMC
O
M.-
~r-.
~R
_M'-
C
I- M
.9: ~wa..
I ~
-
CO
--
i: e
o::I
J::
o o
~
c'"
Q)
ta J::::I
C
'~ta
,- Q
) ta ta
Q)
::I~
c O
::l"'QiU
o~
~.c"tJta::lJ::
tagE'(3
.2' c.
~
~
e c.
U
E
'ã. ta
E
ta c. o~
1. 2.
Q) g
,S
::I o
-g '-
°:i:;.
'8. p
~
::I ta:õ
E
o~
'- ~
=
=
~
U
~
c U
c
5, Q
) "E
~
'- ~
~
E
'" c
ta ta .c
0- ta
ta Q
) ta o
ta o
ta ~
::I ta
ta '-
ta ta
~
Q)
::I 0-
W
w>
~~
~~
m>
u~~
muG
m~
m~
~X
G~
u~
5
-Lt)I
I I
I 1-
- I I
I I
~
I
Ciên. A
gron., Fortaleza. 15 (1/2):páR
.117-131- D
ezembro. 19M
Ln LnLnLnO
)LnMLn.-N
.-.-
I I
N
I I
I
I I
I I
I ':3"~
I
I I
I
..-c>r--r--ONr--
N NO
)O).-N
NN
NO
) .- I
(0..-
I I
I:: I
I
.- ~
I
I
.- I
M
I I
-
LnNN
OO
ON
OO
IIM
NN
v .-
I I
I
LnN.-
I I I
I
('1 II
I I
I
I I
I I
I I
I
r..Mod-
Mil
M
.-MLnN
.-CO
q-q-Lnr--O'-co.-
q- O
OC
Oq-
N
I I
I
~- ~-
.-r...
<DLn
oCX
)-oLI)
MLn- C>
Lt)
00v tO MN MIn-J~l-aI- q-M- coq-
Ciên. A
gron., Fortaleza, 15 (1/2):pág. 117-131- D
ezembro, 19M
"'o>O
r-.
co>'-.-:J
I- oo!:
'" C
o :J
C-,
a>' co
to>O
r-.
zo>O
~"C
o
a>~
"C
:JC
-,co
a>'-"c
(Do a>
.- 00
a:r-.,o>C
O'-
u C O
coo!:'-
ClI)
:Jco-'
'ã; co
'-r-.~
r-.a>
o>"c.-O
O
,- o!:
0,-,-
~u
~
,- -,
C
':Jr-.
~r-.o>0'-
"C
O"'o!:
M
co C
C,- :J
~
--,-J
~
coW
a>
(,OlI)
"Cr-.
~
",o>I-
co.-a>
'-
O
'<{~E
:J
a>-'a>
="C-
'"
O
OIC
O
"C(.)-0co
'-+
" '-
'" a>
wo..
co '"
C
O'"
a>o+
""C
C
co co
'- '-
:J :J
+"0
O,
co-:U
z"'-a>
a>X
+
"'ã;
'õo..z'"O
a>
"C-
",I-co-+
" a>
.2"CO
'-
'" co
.cl-~
-:
'ca~
'g ;;;;
'a> o!:
::J C
C]"C
O~
~u.
co"C
(X)
r-.---coo
Ir-.r-.---r-.ooo.9lI:w" O
)r-.cooI00r-.r-.OOQ.Qa:~r-.r-.---coo
I
cor-.---r-.ooc.9a:~
'"Q)
°ü'Q)
c.'""I -J«l-a'- 5" '- ~ -J<
!l-a~~ '- ., -J«l-aI- ~ I- .,
M~ I
I I
I I
10>(0
NM
NIIIII~
IIM
q-NM
lllllalllN
o...:]o
om
:] ca
.r::] t:m
:]ca t:
-U
o~C
" o.
ca ca
o o
:] m
,
0.-E
'"'
,- ...
... o.
UE
ca ca
... ca
t: ca
,-
Eca
ca.r: ca "
+"'
"':] .c
,-"'... -
U
'"'t:
ca ca.c
,- ca
ca m
ca
o ca
o
w>
(/):)I-a..m>
u(/)a..m
~~
~IIIII~
II'-
..-v..-M r-..M
CX
) - -r
MC
D-
CX
)("! I
I I
v
I v
I I
I I
I I
a)I
I I
I I
I Ln M
I
I
~
I I
I~-
~O
>M
I
I I
I-~
I M
M
M~
I
I I
I I
100Mo-o- M
I I
I
o-NIIIII,C
)o-,N
, ,
It) I
I I
I I~
-I"'"
N
1.C)q-r--.M
N
CO
Lt)r--N
N
.-MN
MN
NN
tO.-O
)!"-
o.J::co
C.c
co .-
w.c"O
a. ::I
::Ico
"-.J::--cuco
co ::I
U~
ID
I M~
NIt)
I N
I cc ~
I r-.
q-
I O
) aJ
I ::
v
1"-<0
I N
.-
.-Ln
,...
M
.-M.-
1.- I
I I
I I
M
1'- I
I I
N
(")1--111(")1(0
~~
~
I I
I~Ln~
Q)ca
caca:J..c:
cauEo
O"
C::J
"C
2 0-
..c: ~
c: 0- Q
) o
ca :J
+;'
c: C
lQ)"E
'-
à; ~
'- E
ca ca '-
ca ca Q
):J 0-
cnro<icnX
~c..O
I-
~
I C
O.-1l)
I I
I I
~.-~
I
v I
I I
I
;.-~q-0)
I I
I I
It) 1t)1t)C
'j
I I
I
I I
I I
I I
I I
I I
I I
I I
I Ç
X)M
I
I I
M
I
..- Ln -.
I I
I'~
~
I ILI)
- ~ -
MLn
O)
o:t
-J~I-oI- oLn
r-.U
')- ov- r--.q-q-
Mo:t
r-.v VN -.t
o;to;t
O>
~..-127
12x
'"ocQ)-
+"'
I..oZ000
"C
r-.Q
)O)
"C~
C
O10.1::
<::5 §O
,.-
10a: r-.
-r-.~
O)
C.-
10 I..
O
aJ:10
~.- ,Q
)~
r-.'r-.Q
)O)
"c.-
O""
.- O
0..1::'-
C.~
~
C,
~
102:<
0O
r-.O
)"C
.- .
"' 0)
10 O
r-.
C.l::O
)~
":5~cn'OQ
)Q).I::
"C
"C
Co:t
'" '"
~
100,~
Q
)"CIO
-J ~
,2 00w
I.. r-.
aJ E
Q)O
)Q
)D
"' f-
-00
=Q
):Q
) +
"' ~
C-10'-
I.. Q
)
-'~"C
)Q
) ,
10-u-z10-
t: Q
)
w
,~'"
O
IOZ
C'" Q
)0-:
"Cf-
10-I..
~
Q)
+"'"C
0.1..10
10U
f-'"
'Q
)-x2:'ã) -D
.. 110.I::
'" C
O
10"C
2:'"
10
~"C
~
'"-
OO
C
'" I..
.c ~
~f-'"10
.(3C'Q)
:~c-Q)
I..LL
Ciên. A
gron., Fortaleza, 15 (1/2): pág. 117-131 - D
ezembro, 19M
o... o
o 5
.c.c:J
c tO
tO
.:: Q
) tO
tO
ã; .~
o ~
~
.c "C
tO
:J
.c tO
3' Ec.
E~
c.:J
:J o
C" C
:J "C
... .-
E
tO
tO
.-.c .c
~
c'- 'Q
) o
~
:J +
;'
",~=
~(.)~
c(.)cc:nQ)"E
"""~"'E
Q)
'" o
tO
o tO
tO
:J
tO
tO
... tO
tO
Q
) Q
) :J.-
>U
cno..Q)u~
Q)cnQ
)<icnX
~o..U
I-
~O
OO
O~
~M
~~
V~
MO
~O
~M
~N
~V
OO
~~
VM
o)~~
~
NV
N
M.~
~
~N
II
OO
~~
NM
M~
~N
~~
NN
M
MN
,=,"
~
NC
OM
MC
OLnO
.;rCO
.-N.-Ln
M
.;r.;r
N~
~~
~N
~~
~~
~~
~I
N~
M
00 ~
~N
~~
~~
~
~
~~
OO
~~
~O
N~
~~
N~
OO
~N
mM
Nm
~~
OO
N~
~~
~m
~N
~
M~
M
~~
M~
N
IN
oo~O
ON
~m
ooooo~~
~m
oooo~
~
~o~
~~
~
~~
1C
)(O'-O
OLnLnooq-q-
1N
q-LnN
N
CO
.-Ll1M
(J)MN
O.-
V
N.-N
IMI
.-MN
.-N.-I
I
IIt)M
'-V(O
(OO
VN
MI
vN
M
(o.- N
00.- ~
.-Ln'-MO
O~
M
~.-
IN
I ~
~
II I
r--tCN'-VOVLnr cn N
NN
Lnr--NLn
.- r-.~r-.M
CO
IM
~M
~O
~M
~oooom
N
~~
M,
NtO
~M
N
N
I~
~
~~
~N
NV
M~
~O
O~
M-
~M
Nr
'-'-~~
N
~
IN.-N
I I
I
r"-.Lnr"-.
N
N lI")
..J~I-oI- .-r-..V ootO MC
C~ Lt)MLt).- Inq-N 00L!)N oo:tN M~ 1:0VN r--~N M.-N coor-..
MtO.-M
são pescados nos três turnos do dia;somente os bagres e os pacamons apre-sentaram-se como de hábito exclusiva-mente noturno. Durante o turno datarde foi o arenque a espécie predo-minante, e pela manhã, a sardinha.
Com relação ao tamanho dos peixesamostrados, foi a salema o que apresen-tou um maior comprimento médio, atin-gindo 20,1 cm. Seguiram-se a esta, emordem decrescente de tamanho, a uba-rana, a cururuca, o boca-de-ouro, a ver-melha, a saúna, o arenque, o timtim, asolha, o pacamon, o entrique, o tibiro, acarapeba, a sardinha, o baiacu, o vara-pau, a manjuba, o sanhoá, e o buchu-dinho com a~enas 3,8 cm de compri-mento méd io.
Com base no estudo do conteúdoestomacal dos peixes coletados, foramconsiderados predadores de camarõesou carcinófagos os seguintes peixes:pescada, entrique, timtim, carapicu,cururuca, manjuba, bagre, vermelha,carapeba, sanhoá, varapau, xaréu, uba-rana, buchudinho e o pacamon. Valeressaltar que dessas espécies, as trêsprimeiras relacionadas são quase queexclusivamente carcinófagas; as ostras,principalmente o pacamon, se alimentamquase que restritamente de lama e deIodo. O conhecimento desses dados nosleva a sugerir aos criadores de camarões,medidas profiláticas no sentido de im-pedir a entrada desses peixes nas áreasde cultivos reservados para os camarõesda família Penaeidae.
Com relação aos organismos planc-tônicos, o autor, juntamente com Ce-licina Borges em 1980 (In América(1980), destacou como principais cons-tituintes do fitoplâncton das águas dostanques de salinas as classes Bacillario-phyceae, Chlorophyceae e Cianophy-ceae. A primeira, com os seguintesgêneros: Actinoptychus, Anplora, An-pliplora, Bacteriastrum, Bidulphia, Chae-toceros, Coscinodiscus, Cymbella, Fra-gillaria, Gramatophora, Gyrasigma, Lep-tocylindrus, Licmophora, Melosira, Na-'/icula, Nitzchia, Pinnularia, Pyxidicula,Rhyzosolenia, Surirella, Synedra, Ske-
Ciên. A2lOD.. Fortaleza. 15 (1/2): pág,. 117-131 - Dezemb
5UMMARY
50me bioecology observations onmollusks, crustaceans and fisheslive in salt ponds of the Grossos,
a Branca and Mossoró, in the State~io Grande do Norte. - This papers with some general observations;ome aspects of the biology and)gy of the mollusks, crustaceans and~s that live in salt pond of theGros-Areia Branca, and Mossoró county
>ns, in the State of R io Grande dote, Northeast Brazil. I n this paper~ collected and identified about~en, eight and twenty three speciescrustaceans, mollusks and fishes.
129
letonema e Thalassiotriz; dentre as cla-rofíceas os que mais se destacaramforam: Cosmarium, Spirogonium, Spiro-gyra e Ulotrix,. e entre as cianofíceas:Lymbia, ascillatoria, Raplidiopsis eSpirulina. Vale salientar que somenteos gêneros Girasigma, Licmophora, Na-vicula, Nitzchia e Keletronema, sãoextremamente abundantes; os demaissão pouco freqüentes, principalmenteas cianofíceas que se apresentaramraras.
Quanto ao zooplâmcton, apenas ostintinídeos do grupo dos protozoáriosmerecem destaque. Do grupo dos celen-terados, apenas larvas destes foram de-tectadas. Dos rot íferos, mu itos orga-nismos não identificados, bem comomuitas larvas de anelídeos poliquetas.Dos crustáceos predominaram os ostra-códeos, copépodos, larvas de cirrípe-des e de decápodos braquiuros. Destesgrupos, o que se detectou como maisabundante foi o dos copépodos. Emresumo, a análise do plâncton revelouuma produtividade alta, capaz de su-portar populações enormes de produ-tores secundários e, conseqüentemen-te, suportar uma criação extensiva esem i-intensiva de camarões marinhos,peixes e mexilhões.
4 -~
c.thethatAreiof Fdealof ~ecolcfishE
sos,regi(Nor1werESixtEof I
:0, 19M
respectively. Some aspects of the repro-duction,l, growth, feedings habits, andproduction of these species were discus-sed, as well as, the plankton and waterproductivity from the studied area.
FAUSTO FILHO, J., COSTA, R. S.& MAT-TEWUS - Lista preliminar dos organis-
mos estuarinos que ocorrem em salinasda região de Grossos, Mossoró e AreiaBranca, no Estado do Rio Grande doNorte (Brasil). Cal. Massar., Mossoró,10 p., 1978.
5. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS FAUSTO FilHO, J. - Sobre os peneídeosdo nordeste brasileiro. Arq. Est. 8iol.Mar. Univ. Fed. Ceará, Fortaleza 6 (1):47-50,1966.
AMÉRICA, F. R. M. et. alii. - Atividades de-
senvolvidas no Projeto de pesquisa: Bio-ecologia de camarões, cultivo de peixesem viveiros e cultivo de ostras na regiãosalineira de Mossoró, Grossos e AreiaBranca, no Estado do Rio Grande doNorte - Convênio Banco Central -
EMBRAPA-ESAM. Período: julho, 1976/julho 1979. RELATÓRIO TÉCNICO188 p., 13 figs., 1980.
--- Sobre a maturação das gõnadas femini-nas do camarão vermelho (Penaeus bra-siliensis Latreille) em áreas de salinasdo Estado do Rio Grande do Norte.(Crustácea, Decapoda, Penaeidae). Ciên.Agron., Fortaleza, 12 (1/2),: 155-160,1981.2 figs.
AL VES, J. O. - Ictiofauna marinha da RegiãoNorte do Brasil. Asses. Div. SUDENE,Recife, 1-25, 1975.
CERVIGON, M. F. - Los peces marínos deVenezuela (Tomos I e 11. Estación deI nvestigaciones Marinas de Margarita.Fundación Ia Salle de Ciências Natura-les, Caracas. 463 p., 181 figs., 1966.
--- Sobre a maturação das gônadas femininasdo camarão-rosa (penaeus aztecus subotilis Perez.Farfante), em áreas de salinasdo Estado do Rio Grande do Norte,Brasil. (Crustácea, Decapoda, Penaeidae).Ciên. Agron., Fortaleza, 13 (1/2): 15-22,1982, 2 figs.
--- Sobre a maturação das gônadas femininasdo camarão-branco (Penaeus schmittiBurkenroad), em áreas de salinas do Es.tado do Rio Grande do Norte, Brasil(Crustácea, Decapoda, Penaeidae). Ciên.Agron., Fortaleza, 14 (1/2): 141-143,1983. 2 figs.
COSTA, R. S. - Fisioecologia do caranguejoUçá, Ucides cordatus (Linnaeus, 1763)Crustáceo Decápode - do nordeste bra-sileiro. Tese de Doutoramento, SãoPaulo, 121 p., 18 figs., 1972.
COELHO, P. A. - Estudo ecológico da LagoaOlho-d'água, Pernambuco, com especialatenç&,o aos crustáceos decápodos. Trabs.Insto Oceanogr. Unive. Fed. Pe., Recife,7/8: 51-70, 1967a.
~-- Os crustáceos decápodos de alguns man-guezais pernambucanos: Trabs. InstoOceanogr. Univ. Fed. Pe., Recife, 7/8:71-90,1976b.
ESKINAZI, A. M. - Lista preliminar dos pei-xes estuarinos de Pernambuco e Estadosvizinhos (Brasil). Trabs. Insto Oceanogr.Pe., Recife, 9/11: 265-275,1 fig., 1970.
c::;-- Peixes do canal de Santa Cruz, Pernam-, buco - Brasil. Trabs. Insto Oceanogr.
Unív. Fed. Pe., Recife, 13: 283-302,1972.
F ARFANTE, I. P. - A new species and tl/IIOnew subspecies of shimos of the genusPenaeus from the Western Atlantic.Proc. Bio/. Soco Wash., Washington, 80:83-100,4 figs., 1967.
HOL THUIS, L. B. - A general revision of the
Palaemonidae (Crustácea Decapoda Na-tantia) of the Americas. II The Subfa-mily Palaemonidae. A//an HancockFoundation Pub/ication, Lo.; Angeles, Oc-casional paper, (12): 1-396, 1952,55 piso
--- The Crustacea Decapoda of Suriname
(Dutch Guiana). Zoo/. Verhande/, Leiden,(44): 1-296,1955,68 figs., 16 piso
LIMA, H. H. - Primeira contribuição ao conhe-
cimento dos nomes vulgares de peixesmarinhos do nordeste brasileiro. Bo/.Ciên. Mar., Fortaleza, 21: 1-20, 1969.
MENEZES, R. S. & MENEZES M. F. - Estudopreliminar sobre a flora e a fauna de águasestuarinas do Estado do Ceará. Arq. Est.Bio/. Mar, Univ. Fed. do Ceará, Fortale-za,8 (1): 101-106, 1968.
MESQUITA, A. L. L. - Produção de camarõesem salinas do Estado do Rio Grande doNorte (Brasil). Bo/. Cear. Agron., Fortale-za, 13: 29-38,1972.4 figs.
1JO Ciên. Agron., Fortaleza, 15 (1/2):pág. 117-131- Dezembro, 19M
Boi. Ciên. Mar, Fortaleza, 29: 1-26,1978.
NEIVA, F. S. & MISTAKIDS M. - Identifica-tion de algLJnos camarones marinos deilitoral Centro-Sur dei Brasil. Seq. Reun.As. Reg. Pesca At/. Sudoc., Mar dei Plata,18: 1-9, 1964. 11 figs.
WARMKE, G. L. & ABBOT R. T. - CaribbeanSeashells, aguide to the marine mollusksof Puerto Rico and other West Islands,Bermude and the Lower Florida Keys.Levingston Publication Publishing Co.,348 pp., 34 figs., 44 pls., 19 maps, Nar-berth, 1962.
OLIVEIRA & A. M. E. - Segunda contribui-ção ao conhecimento dos nomes vulgaresde peixes marinhos do nordeste brasileiro.
Ciên. Agron., Fortaleza, 15 (1/2): pág. 117-131 - Dezembro, 1984 131