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    O MEL

    o alimento primeiro, alimento e bebida ao mesmo tempo, aexemplo do leite, ao qual frequentemente associado, o mel antes de tudo um smbolo vasto de riqueza, de coisa completa esobretudo de doura; ele se ope ao amargor de fel, ele difere doacar, como difere aquilo que a natureza oferece ao homem,daquilo que ela esconde dele. O mel, em algumas culturas, um

    dos agentes principais de fecundao, fonte de vida e deimortalidade. Essa doura melosa pode ser perigosamentesedutora: o caso das palavras do bajulador, dos engodos de todotipo. Enquanto alimento nico, o mel estende a sua aplicaosimblica ao conhecimento, ao saber, sabedoria, e seu consumoexclusivo est reservado aos seres de exceo, neste mundo assimcomo no outro. Algumas tradies associam o mel ao elementoterra e noo de centro, e por isso que alguns pratos servidosaos deuses deviam ter sempre como elemento de ligao o mel. Osensinamentos dos deuses podem ser comparados ao mel por suas

    propriedades de purificar e de conservar. O mel designar a culturareligiosa, o conhecimento mstico, os bens espirituais, a revelaoao iniciado, designando a beatitude suprema do esprito e o estadode Nirvana: smbolo de todas as douras, ele realiza a abolio dador. O mel do conhecimento funda a felicidade do homem e dasociedade. O mel associado doutrina: o incio doce, o meio doce, o final doce. A perfeio do mel faz dele com facilidade umapoderosa oferenda e objeto propiciatrio, um smbolo de proteoe de pacificao. No podemos esquecer que o mel toma parte nosritos de medicina. O mel est ligado imortalidade de sua cor -amarelo ouro - pelo ciclo eterno das mortes e dos renascimentos.Simboliza a sabedoria, a preservao.

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    Fonte de consulta: Smbolos - Alain Gheerbrant.

    MEL DA OXUM

    O texto abaixo traduo de um mito Africano, de uma lenda ,

    parte de um Odu oral do Orculo de If.... e aconteceu que, quando o Criador, Olodumar enviou as 16abelhas trabalhadores, para a Terra, no incio do tempo para ahumanidade civilizada, includas entre elas uma chamada Oxum.Antes de vir para a Terra, foi a If para fazer adivinhao, e oprofeta do Senhor, Orunmila, instruiu-os que sempre honrassemOxum, que ela por sua dor ou pela medicina era extremamenteimportante para ajudar a civilizar a humanidade e orientar na suaevoluo. As 16 abelhas cada um tinha a sua dor, seus talentos ecompetncias que foram usados para o benefcio da humanidade.

    Mas elas no gostaram de Oxum, o orix feminino, por serdiferente. Ela se comportou como uma diva, e ela sabia que ela erabonita e inteligente. Assim, foi excluda de tudo o que elas faziam,e fazia apenas as tarefas que lhe era trivial. Nada eracompartilhado com ela e as vezes brutalizada. Sentia-se isolada,mas por causa de sua virtude, manteve a cabea e no ficoufuriosa. No entanto, ela lanava bnos, bnos como as outrasdeixavam de lanar Ache, porque ela sabia que se devecompartilhar a dor, a energia, com os que merecem isso. E assim,os trabalhadores comearam a perceber que nada que eles fizeram

    no rendeu frutos, a terra no era mais frtil e os seus mtodosno foram mais teis. Sua frustrao levou-os para onde

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    adivinhava Orunmila, para que o profeta visse o que aconteceu.Orunmila ao v-los, disse de imediato: "Onde est Oxum? Por queno est a acompanh-los? Por que no est sendo includa emtudo que fazem, e honra, como eles foram instrudos antes deserem enviados para a Terra?" " porque a nica mulher e tem

    toda a fertilidade", responderam eles. Orunmila ento disse: "Elestornaram-se consumidos pela inveja." Ento ele aconselhou-os aoferecer sacrifcios a Oxum, a trabalhar com muito empenho ecoletar nctar para aliment-la, como fazem as abelhas para a suarainha em todas as grades e aqui que esta tradio tem origemno tipo de que a natureza alimenta a rainha com gelia real. Oxum para todos os ninhos de abelhas que tm uma rainha. Disse oprofeta do Senhor, que se realizasse esses sacrifcios o seutrabalho renderia frutos novamente. Enquanto tudo isso acontecia,Olodumar "Deus olhou com compaixo para Oxum enquanto

    rezava e recordou como ela tinha sido humilhada e obrigada a sesentir envergonhada, e como a haviam maltratado. Deus viu queela estava carregando sua fora e opresso, com dignidade, semperder a cabea e sem o uso de sua magia poderosa para oexerccio da justia, e que no recusou a sua bno para aquelesque cometeram injustias contra ela. Ela se comportava como umarainha. Olodumar, em seguida, decidiu conceder a ela a honra deser a abelha rainha, e deu-lhe uma coroa de contas e declarou amaior parte das abelhas. Quando os 16 trabalhadores sobre anosvoltaram, e viram a sua nova realeza, se sentiram envergonhados.

    Eles imediatamente comearam a oferecer os sacrifcios que tinhamsido instrudos por Orunmila profeta. Eles recolheram nos jardins,nctar reais e colocavam em sua boca de modo servil, e fizeramtodos os tipos de ofertas especficas a rainha, e, finalmente,perguntaram se ela aceitava seus sacrifcios. Bastante confortvelem seu novo estatuto de rainha, ela respondeu: "Eu estou grvida.Se eu parir uma mulher, minha filha e eu vamos ser estril, paramim e minha colnia como os trabalhadores, e a Terra ser umlugar esquecido e sem vida. Se eu parir uma continuao do sexomasculino, em seguida, haver vida, e s ento vou compartilhar

    com vocs a minha dor de costas, e poder continuar a humanidadecivilizada. " Ela queria ensinar-lhes uma lio com isso. Comorainha, Oxum tinha o conhecimento secreto e o poder de escolher osexo de sua criatura, mas eles no sabiam. Ainda hoje, as rainhasem colnias de abelhas tm esse poder e conhecimento. A cada diaas abelhas a alimentavam com o nctar real, e ela rezou e fezsacrifcios para sua barriga para ser um menino. Finalmente chegouo dia do nascimento, e a Rainha esperou cinco dias para ir eanunciar o nascimento de sua criatura. Para a sua concluso, eraum menino. Oche-o foi chamado pelo profeta sbio Orunmila na

    cerimnia de nomeao. Finalmente as abelhas tinham deregressar a sua santa cidade Oxum Seixal, numa carruagem de

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    ouro, enquanto se alimentava de nctar, mel real, e assim que elachegou cidade santa medida e adorada como patrona. Oxumassim salvou o mundo, permitindo que a vida e a fecundidadecontinuasse, que as abelhas se multiplicassem e que poderiamcontinuar o desenvolvimento e civilizao da humanidade. Desde

    ento, cada abelha cuidada para no insultar Oxum e tendo queperdoar a agresso, ainda sendo compassiva com aqueles que somaltratados pelos outros. Este mito tambm explica por que Oxum,apesar de ser a me de todos, no aumentando os seus filhos, tmfuncionrios para fazer todo o trabalho, e ela a rainha. Sua nicafuno dar a fertilidade.

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    quinta-feira, 8 de setembro de 2011

    APETRECHOS RITUALISTICOS - PARTE IV - NAVALHA E CABELO

    O ato de "usar" a navalha numa feitura de iyaw tem significadosmuito sutis e importantes.

    Chamado de sacrifcio (sagrado ofcio), simboliza a passagem deum estado inferior para um superior. o smbolo mais usado para

    exprimir a ruptura de nveis e a penetrao no "outro mundo", nomundo supra-sensvel (seja o dos mortos ou o dos deuses).

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    penoso passar pela lmina afiada da navalha, pela "ponte apertadae perigosa" que exprime a necessidade de transcender oscontrrios, de abolir hbitos que caracterizam a condio humana afim de conseguir alcanar um modelo de vida mais prximo retido do esforo espiritual, colocando-se no eixo de uma outra

    polaridade.

    Os cabelos possuem o dom de conservar "relaes ntimas" com oVodum/Orix/Inkice, mesmo depois de separados do corpo.Simbolizam suas propriedades ao concentrar espiritualmente suasvirtudes: permanecem unidos a quem foi oferecido.

    Na maior parte das vezes, oscabelos representam certas virtudes ou certos "poderes": a fora ea virilidade, por exemplo, no mito de Sanso.

    Os cabelos oferecidos ao Vodum/Orix/Inkice tornam-se imantadose influem "magicamente" sobre o destino de seu proprietrio, oiniciado. O ato de doar o cabelo divindade corresponde no s aum sacrifcio mas tambm a uma rendio: a renncia s virtudes,

    s prerrogativas, enfim prpria "personalidade" para umaestreita relao ao arqutipo dessa divindade.

    Ficar sem fazer uso do pente durante o perodo de resguardo eobrigaes, simboliza a submisso, a concentrao e a ligao comas dividades. Ficar com os "cabelos desgrenhados" j era umcostume dos antigos feiticeiros em seu ofcio e de seus aspirantes.De modo geral trata-se de uma renncia s limitaes e sconvenes do destino individual, da vida comum, da ordem social.

    Os cabelos so considerados como a morada da alma. A queda do

    cabelo (feitura) uma importante cerimonia que requer inmerospreceitos preparatrios e representa que aquele nefito deixa de

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    ser pago recebendo ento, nessa ocasio, seu verdadeiro nome(digina). Considera-se que o abian esteja vunervel s forasnegativas, a partir do momento em que despojado com a perdade seus cabelos, liberta-se dessas energias.

    O elo estabelecido entre o cabelo e a fora vital primria de umabian se renova no ato da feitura, tornando-o, ao mesmo tempo emque perde seus cabelos ligados a sua vida profana, uma novapessoa com um nova fora vital. O conceito de fora vital trazconsigo, forosamente, os de alma e de destino.

    Por tudo que representa o fio da navalha e o cabelo, podemosavaliar o quanto de preceitos uma navalha tem que passar parapoder ser usada em uma feitura.

    texto adaptado e comentado por

    Yatemi Jurema de Yans (in memoriam)

    Ekedi Rovena

    Kwe Ceja Neji

    fonte de consulta - Smbolos - Jean Chevalier

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    quinta-feira, 4 de agosto de 2011

    APETRECHOS RITUALISTICOS - PARTE III - PANO DA COSTA

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    Tambm conhecido como alak, pano-de-alak ou pano-de-cuia, opano-da-costa de origem africana e compe a indumentria daroupa de baiana. Seu uso est intimamente ligado ao mbito dasreligies afro-brasileiras e obedece s cores simblicas dos orixs.Sua denominao faz referncia costa africana, mais

    precisamente a ocidental, local de origem dos muitos produtostrazidos para o Brasil, especialmente para o recncavo baiano.

    De formato retangular o tamanho padro de dois metros decomprimento por 60 centmetros de largura, composto de faixas,tecidas em tear horizontal, depois,costuradas manualmente,formando padres, em geral geomtricos e bicolores, que seguemas texturas dos fios de algodo combinados com os de seda, caroe outros materiais.

    Seguindo esses padres formais, o pano-da-costa usado sobre umombro, pendendo uma das pontas sobre o peito e a outra sobre ascostas adquire sua identidade de produto que integra a roupatradicional de baiana e suas variaes sociais e religiosas. Listrado,liso, estampado ou bordado em richelieu ou renda, por meio deleque a mulher demonstra sua posio hierrquica na organizaoscio-religiosa dos terreiros.

    Em Salvador/BA, mais precisamente no Terreiro Il Ax Op Afonj,a tecelagem tradicional do pano-da-costa est ligada ao uso e aosimbolismo scio-religioso do tecido na composio das roupas

    rituais do candombl.

    Sendo este presena e distintivo do posicionamento feminino nas

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    comunidades religiosas afro-brasileira, o pano-da-costa, no apenas um complemento da indumentria da mulher; a marca dosentido religioso nas aes da mulher como iniciada ou dirigentedos terreiros.

    Observemos a profunda conotao scioreligiosa desse simplespedao de tecido, que atua em to diversificadas situaes,desempenhando papis dos mais significativos e necessrios para asobrevivencia dos rituais africano.

    O pano-da costa assim chamado por ter sido um tipo de tecidovindo da costa dos escravos, Costa Mina, Costa do Ouro.

    O tecido original foi substituido por outros tipos de tecidos, o queno diminui em nada as funes do pano-da-costa.

    O pano-da-costa identifica a mulher feita, mesmo que ela noesteja de roupa de santo completa.

    A situao do pano-da-costa de maior importncia, se colocarmosa presena da mulher como smbolo do poder scio religioso earqutipo dos valores mgicos da fertilidade, isso motivado pelasformas anatmicas caractersticas da mulher.

    O sentido protetor do pano-da-costa outro aspecto que mereceateno. As iyawos, ao terminar o perodo de feitura comeam atravar seus primeiros contatos com o mundo exterior protegidas

    pelo pano-da-costa branco, que representa o prolongamento do Alade Oxala, envolvendo praticamente todo o seu corpo no grandepano-da-costa, procura manter os valores religiosos de sua feituraquando em contato com os valores profanos encontradosextramuros dos terreiros

    Nos sirruns/axexes, a mesma proteo do pano-da-costa, ateadocomo capa envolvente mgica, aparece guardando as mulheres daspresenas de egum.

    O pano-da-costa de uso exclusivo da mulher nos cultos afro-

    brasileiro, porque uma das principais funes do mesmo protegeros orgo reprodutores das mulheres, das Yamis, j que as energiasemanadas das mesmas prejudicam muito todo o aparelhoreprodutor da mulher.

    Nos rituais de sirrum/axexe as mulheres usam dois panos-da-costasbranco: um protegendo seus ventres e outro sobre os ombros comouma capa que envolve todo o seu colo e seios.

    No Rio de Janeiro convencionou-se que o pano-da-costa deve serusado de acordo com a idade de santo, isto , s usa preso acimados seios aquelas que ainda so yaos. Esta errado, pano-da-costa

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    para ser usado dessa forma mesmo independente da idade defeitura.

    De alguns anos para c os homem aderiram o pano-da-costa, masnenhum deles at agora explicou o porque de usa-lo e nem podem

    explicar pois o mesmo de uso exclusivamente feminino.

    Observem que as santas mulheres usam o pano-da-costa, os santoshomens usam o pano-da costa amarrados no ombro.

    Em algumas casas encontramos abians usando pano da costa, esseprocedimento esta errado. As abians ainda no tiveram seuschakras abertos durante uma feitura, portanto as mesmas nonecessitam dessa proteo ainda.

    Texto: Yatemi Jurema de Oya (in memoriam)

    No caso das Egbmis, o pano da Costa deve ser colocado na cinturaelegantemente ou sobre o peito, jamais deve ser enrolado outorcido, feito uma faixa ou Oj, na cintura.

    Uma iniciada deve saber usar o pano da Costa, pois este umapea do vesturio muito importante. Outro fato relevante quanto estampa e cor do tecido. So adequadas as estampas em listras equadros que lembram as formas presentes na indumentrianigeriana. Quando feitos de tecido liso, devem ser de cores claras:branca, bege, rosa ou azul claro.

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    Nunca devem ser de cores quentes, berrantes, de seda ouestampados vivos, o que causaria risos entre as iniciadas maisantigas.

    Pano da Costa na cintura ou no peito demonstrao de trabalho,

    assim usados no barraco, quando em funo religiosa.Casocontrrio, no dia-a-dia do terreiro pode ser jogado sobre o ombrodireito e se mantm esticado ao longo do tronco. No se danasem esta pea da indumentria.

    Mesmo fora do trabalho, para visita ou passeio o seu uso indispensvel. Em casas tradicionais, quando uma iniciada chegasem o pano da Costa comum a proprietria do terreiro emprestarum visitante, que, em sinal de educao ou respeito, coloca-osobre o ombro direito ou, se entrar na roda, usa-o de maneiraadequada sua posio dentro da hierarquia do Candombl;

    O pano da Costa a pea de maior significado histrico dentro dovesturio africano, em conjunto com o torso. O uso de saia, Camisuou bata e pano da Costa so indispensveis dentro do Ax... Amaneira de amarrar, colocar ou enrolar o pano varia de acordocom a situao, o ritual desenvolvido ou a posio hierrquica;

    Iyw no usa o pano na cintura, mas sim enrolado no peito.(Parte do livro Sobre o Signo de Omolu - Samuel Abrantes)

    Pano da Costa a reduo do termo "Pano da Costa do Santo", ereferia-se aos panos de adorno, espcie de xales longos, que

    integravam o traje tpico das africanas e das crioulas da Bahia.Chamam-se panos da costa, aos tecidos artesanais de origem

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    africana. Tais como os demais produtos importados da frica,saboda Costa, limo da Costa, bzio da Costa, e que tinham uso popular,so conhecidos pelo adjetivo "da Costa", muito embora a origem dealguns deles seja vria e ainda controversa.A princpio esta denominao estendia-se a todos os tecidos

    importados da frica, qualquer que fosse a sua aplicao; o uso lhefoi restringindo o campo at a limitao ao xale. O pano da Costa ,portanto, uma pea de vestimenta tecida de algodo, l, seda ourfia s vezes em dupla associao desses elementos que acrioula baiana deita sobre pontos diversos das suas vestes, svezes, ajustando-o ao corpo em formas convencionais e relativas sdiferentes funes que se apresta a desempenharmomentaneamente.

    , em suma, um xale retangular, cuja disposio informa ao que vaia sua portadora. usado de vrias formas: sobre as costas, jogados sobre osombros, usados a tiracolo, cruzados na frente, amarrados sobreo obusto ou na cintura, sobre as saias.Tem uma variedade infinda, seja nas cores ou nas padronagens.A frica negra tem uma longa tradio textil, onde a variedade demateriais to grande quanto os estilos encontrados. Utilizadoscomo roupa, os tecidos serviram tambm de moeda, foramutilizados como mensageiros e objetos estticos.Diz-se com frequncia que os Africanos eram mais escultores quepintores : os tecidos podem ser considerados, na frica, substitutosda pintura.Os primeiros "tecidos" foram realizados com casca de rvorebatida; muito difundidos antigamente numa grande parte do

    continente, eles so encontrados atualmente sobretudo naspopulaes da frica central, onde so, na maioria das vezes,

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    decorados com tintas vegetais.A tecelagem s foi desenvolvida bem mais tarde, a partir do sculo11, mesmo se tecidos ricamente trabalhados j eram importadosdos pases da frica do norte, do Egito e da pennsula arbica paravestir as populaes das grandes cidades porturias das costas

    orientais assim como os membros das classes nobres dos reinos dodeserto do Sahel.Nesta mesma poca, a expanso do isl, introduzindo novoscdigos vestimentrios, desempenhou um papel importante nodesenvolvido que sofreram os tecidos, sobretudo na fricaocidental.Os tecidos de fabricao local constituram durante muito tempobens raros e preciosos; marcas de poder e de riqueza, reservados auma elite, eles foram integrados como moeda para troca, graasaos quais era possvel estimar o preo de uma mercadoria e

    compr-la.Desde sua chegada nas costas do continente, no sculo 15, ostraficantes europeus exploraram as possibilidades comerciais queofereciam esta nova "moeda" e encorajaram indiretamente aproduo textil local devido sua utilizao.A quantidade de tecidos detidos por cada famlia foi consideradadurante muito tempo uma marca de riqueza e de poder em muitassociedades africanas.Nas regies onde o isl se instalou, como em todas as outrasregies onde o tecido se transforma em hbito vestimentar, a

    metragem e o peso do produto so proporcionais fortuna e aopoder daquele que os possui: se este faz parte das pessoasinfluentes da comunidade, chefe poltico ou grande comerciante,sua numerosa corte que o segue quando ele sai deve ser como ele,enrolada em abundantes tecidos.O poder se mede tambm na possibilidade de dispor de seus bens ede distribui-los e, entre eles, os tecidos constituem presentesexcepcionais.Dar tecidos como presente possibilita a soluo de inmerosconflitos e libera as tenses. Esses presentes so feitos em

    momentos importantes da vida de cada um (maioridade,casamento, nascimento dos filhos).A ascenso social ou religiosa ou o pagamento de servios nopode acontecer sem a distribuio de tecidos. Para manter boasrelaes com a famlia, os amigos, os vizinhos, para ser admitidonuma seita, cada pessoa incitada a dar tecidos e a receb-los.A posse de uma grande quantidade de tecidos aumenta o prestgiodo seu proprietrio, o que lhe possibilita uma maior participao navida comunitria, onde o princpio da dvida a base de todarelao social e econmica.

    Mas o tecido no somente moeda ou roupa: ele representatambm, de acordo com seu estampado, uma espcie de texto onde

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    podem ser "lidas" a identidade social e religiosa daquele que o usa:a decorao, seja ela impressa, tingida, pintada, tecida oucosturada, representa os espaos, os objetos, os seres e asmetamorfososes presentes na mitologia.Por este motivo, os tecidos tm um papel importante na vida ritual:

    os mortos, mesmo no seio de sociedades que no possuemteceles, so vestidos ou envolvidos em tecidos, tornando-se assimprotegidos pela palavra dos vivos.http://www.flogao.com.br/czeiger

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    sexta-feira, 22 de julho de 2011

    APETRECHOS RITUALISTICOS - PARTE II - ASSENTAMENTO-IGB

    Significado de um Igb

    Na religio Yorb, Igbs (awn igb) so assentamentos de orix(r). Um assentamento uma representao do orix (r) noespao fsico, no mundo, no ay. Sob o ponto de vista sacro noexistem representaes humanas de orix (r).

    A religio Yorb no tem imagens para representar suasdivindades, o que representa uma divindade o seu Igb, aoolharmos um Igb como se estivssemos olhando para adivindade. Secularmente existem representaes em forma dedesenhos e esculturas mas que so frutos apenas de criatividadede artistas e no tem uso sacro.

    Os orix (awn r) so adequadamente representados porsmbolos e grafismos prprios de cada um e por extenso por

    http://www.blogger.com/profile/05931163427259938571http://vodunabeyemanja.blogspot.com/2011/08/apetrechos-ritualisticos-parte-iil-pano.htmlhttp://vodunabeyemanja.blogspot.com/search/label/APETRECHOS%20E%20MATERIAIShttp://vodunabeyemanja.blogspot.com/2011/07/apetrechos-ritualisticos-parte-ii.htmlhttp://1.bp.blogspot.com/-p_NAQdAq4Ww/TiprHcVpRiI/AAAAAAAABTQ/JRE6PpizNZg/s1600/ajaguna.jpghttp://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=1686350544354932171&postID=1577234028987336689&from=pencilhttp://www.blogger.com/profile/05931163427259938571http://vodunabeyemanja.blogspot.com/2011/08/apetrechos-ritualisticos-parte-iil-pano.htmlhttp://vodunabeyemanja.blogspot.com/search/label/APETRECHOS%20E%20MATERIAIShttp://vodunabeyemanja.blogspot.com/2011/07/apetrechos-ritualisticos-parte-ii.html
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    outros elementos como folhas, arvores, favas e contas. Mas o Igb a sua representao mais adequada.

    Vale refazer a afirmao, j explicada em outro material, de que oorix (r) no so elementos da natureza, assim olhar o vento

    no significa olhar para oya, olhar uma pedra no significa olharpara Xango (ng), olhar para o mar no significa olhar parayemoja, etc..O mesmo sentimento que um catlico tem ao olhar para umaimagem de um santo em sua igreja e altar, o povo de santo tem aoolhar para um igb. muito comum as pessoas, nos seus quartosde santo, vestirem seus Igb com suas roupas de orix (r)como se fosse o prprio orix (r). Contudo, igb so de acessomuito restrito, de uso exclusivamente sacro e ritualstico, no temvisibilidade pblica e ficam guardados dos olhos de todos.

    Dessa maneira, cada Igb representa uma divindade atravs de umcontinente (Vaso, invlucro, recipiente) e seu contedo, e esseconjunto, continente e contedo especfico de cada divindade.Esses continentes podem ser de porcelana (substituindo cabaas),barro ou madeira e sero empregados distintamente para cadadivindade que ele representa. So usados elementos fsicoscomuns, como tigelas, sopeiras, pratos, bacias e alguidares.O iniciado no seu processo de feitura (que distinto de umainiciao mas muitas vezes essas expresses se confundem)poder receber um ou vrios Igb, dependendo do seu status na

    religio e da prpria tradio da casa em conduzir este ritual.Mas o igb no o orix (r) no ay. Essa religio no colocaum orix (r) dentro de uma sopeira, no uma religioanimista. O igb representa apenas a ligao entre os 2 espaos, oespao fsico ay e o espao espiritual o Orun (run). umaponte entre os 2 espaos. Sua funo no trazer o orix (r)para o ay porque os orix (r) j esto presentes em nossavida o tempo todo, no existe secularismo na religio. Sua funo completamente ritualstica.O igb , de fato, dentro de toda a religio Yorb uma doselementos mais importantes e significativos por traduzir a contnuarelao entre o Orun (run) e o ay. Ele representa oreconhecimento da existncia do espao espiritual, o Orun (run), ea ligao perene que existe entre os 2 espaos (run-ay) naforma de um contnuo duplamente alimentado e da circulao,transformao e reposio de ax (). Dessa maneira o seu valorno esta somente na sua existncia como instrumento ritualstico,como foi ressaltado no incio, mas tambm no que ele representa.Toda religio tem smbolos e simbolismos. Uma cruz para oscatlicos representa muito tambm: todo o significado da paixo edo sacrifcio de Jesus. Assim esse smbolo traduz em s muito maisdo que somente a lembrana da crucificao de Jesus e sim umtodo da sua doutrina, poderamos falar muito apenas olhando para

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    uma cruz. O mesmo vale para um Igb. Nada mais sagrado por ss pelo seu uso e nada pode traduzir tanto da doutrina que cobre areligio Yorb como o entendimento da sua funo.O Igb uma manifestao de F, e por isso um reconhecimento denossa F na religio. De acordo com a metafsica Yorb, para tudo

    que existe no ay existe um duplo no Orun (run). O Igb umelemento de ligao entre essas 2 pores e um instrumento deconcentrao de energia. usado para nos ligarmos s divindades,liga o fsico dimenso espiritual, a dimenso ay dimensoOrun (run).O objetivo de um Igb potencializar a ligao Orun-ay (run-ay) sendo o instrumento que no ay representa o duplo do Orun(run). O Igb esta vinculado diretamente uma pessoa no aymas no a representa e sim ao duplo do Orun (run). Como j foidito ele no armazena um orix (r), ele no uma lmpada

    mgica que esfregamos para dali sair um orix (r). Ele aponte de ligao direta entre o ay e o Orun (run) entre o iniciadono ay e suas energias e divindades no Orun (run).Um dos principais usos que se d a ele receber os Ebs (b), queso sacrifcios de todo o tipo, entendendo que o sentido desacrifcio na religio no envolve o uso de sangue em s. Umsacrifcio por ser qualquer oferenda que vai se converter em ax(). Um Obi um sacrificio, um Acaa um sacrifcio e podesubstituir um boi.Esse aspecto de participar ativamente de Ebs (b) uma

    finalidade muito importante, mas no imprescindvel. No seprecisa de uma Igb para fazer uma oferenda, mas, todo sacerdotetem e usa os seus para isso. Isso tem todo o sentido, sendo o Igbum elemento de ligao ou de potencializao dessa ligao comoesta sendo dito realizar isso junto a eles fazer esse instrumentofuncionar.Em outro material esta muito bem explicado essa questo do Ebs(b) mas importante lembrar que um Ebs (b), uma oferenda um parte de um processo de transmisso e reposio de ax ()e os elementos utilizados so transmutados em energia, em ax

    ().Dessa maneira ao se fazer isso atravs de um Igb esta se fazendochegar ao duplo do Orun (run) referenciado por aquele Igb atransmutao da energia dos elementos afins a ele que foramusados no sacrifcio.O ponto que esta sendo ressaltado que o Igb em um Eb (b) o instrumento que direciona, potencializa e agiliza a este asechegar ao Orun (run). O Igb no um instrumento paraalimentar o iniciado no ay.O Igb pode ser coletivo ouindividual. Quando coletiva chama-se Ajob (ajb) e liga uma

    comunidade a sua comunidade espiritual, ao coletivo que ela

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    representa e a divindade que a protege. Quando individual liga apessoa ao seu reflexo no Orun (run).

    Do que feito um Igb?O Igb feito usando materiais que esto ligados divindade queele representa. Assim o material e o seu contedo ajudam aestabelecer a relao, devendo ser utilizados sempre elementoscompletamente afins com a divindade e que traduzem a matriaoriginal do Orun (run). Conhecer essas relaes e afinidades parte do aprendizado de um iniciado durante sua vida e somenteaqueles que as conhecem tero verdadeiro sucesso no seu trabalhoritualstico.O principal elemento dentro de um Igb a pedra, ookuta. Acima de todos os demais componentes ela receber todo otrabalho ritual de preparao e por essa razo muitos dizem que a nica coisa importante, todo o demais apenas decorativo. Opedra para os Yorb significa a longevidade a existncia perene.Os demais elementos fazem parte do enredo do orix (r) demaneira que no so apenas decorativos. Entretanto muitos itensque so colocados em um igb pode ser meramente decorativos.Os demais elementos em um Igb variam entre metais, favas,folhas e outros materiais que remetem ao orix (r) original. Oelemento escolhido para o continente do Igb tambm ter relaodireta com ele. Tudo dentro de um Igb feito para traduzir amatria original do Orun (run) que foi materializada no ayatravs do iniciado ou da comunidade que o Igb representar.A escolha de cada elemento depende de para quem ser feita aligao. Cada orix (r) tem os seus elementos correspondentesno ay. Adornos e enfeites exteriores que apenas agradam ao egode quem faz no ajudam nisso. O importante so as folhas, asfavas, os metais e outros elementos genricos como os bzios.Entendo que moedas, muito presentes, deveriam ser representadasapenas pelos bzios, que eram dinheiro, mas muita gente colocamais como um desejo de prosperidade do que um elemento de

    ligao de fato. O material do recipiente externo escolhido entrealgumas opes. A cabaa substituda pela porcelana branca para

    http://2.bp.blogspot.com/-pjUlJmJNqck/Tipv_ycoqCI/AAAAAAAABTU/t-UZ6iQGiFA/s1600/254px-Assentamento_do_Orixa_Nan%25C3%25A3%252C.JPG
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    os orix (r) fun fun, o barro e excepecionalmente a madeirapara um orix (r) especfico. As cores desses materiais eelementos decorativos vo compor esse conjunto de formaharmoniosa. Para os caso das cores existe muita criativade. OsYorb reconhecem apenas 3 cores, o branco, o vermelho e o

    preto. Todas as demais cores so elementos de uma dessas 2famlias e as representam da mesma maneira. Assim o verde e oazul so elementos da cor preta. O amarelo do vermelho e porassim vai.Todo Igb individualizado composto de um recipientecom tampa (continente) contendo a pedra, okuta, o ncleo do Igbe os demais elementos com gua, leos e outros elementoslquidos. O igb sem tampa so usados em assentos coletivos, noindividualizados, eventualmente casas e ax () podem fazervariaes disso.

    O vnculo run-ay

    Uma questo importante quando falamos de Igb o que eletraduz de fato e a questo de a quem pertence e o que ele traduz .Como explicado, j extensivamente, um elemento de ligao epode ser coletivo ou individualizado, mas, como explicado nunca o orix (r) no ay.

    Os aspecto coletivo-indivduo tambm uma das caractersticasmarcantes da ritualstica da religio. Estamos todo o tempo lidandocom essas 2 faces do divino que coletivo como todo o divino, mas,para os iniciados, os sacerdotes totalmente individualizado em suamanifestao.O exemplo mais individualizado possvel do divino o doIgb ori.Nada mais prprio, pessoa e individualizado do que um Igb Ori.Seguindo o que repetimos a exausto, oIgb a representao noay do duplo no Orun (run), o ori no Orun (run) a divindadepessoal, que esta no Orun (run) e nos protege, guia nossospassos, abre e fecha nossos caminhos e esta acima de qualquerorix (r) em nossa vida. No representa o Ori que est no ayuma vez que esta resida na prpria pessoa. Usamos o Igb ori parachegar ao Ori no Orun (run) o duplo por excelncia. No processoque chamamos de Bori a oferenda ao Ori, o processo de reposiode ax (), duas entidades sero alimentadas com ax () oduplo do Orun (run) e o Ori que esta no ay.O Igb Ori nesse processo e durante o processo, criado e porexcelncia o elemento fundamental na execuo de um Bori maspode no mais existir aps a sua execuo. Uma vez realizado oBori ele pode ser desfeito, despachado junto com os demaiselementos utilizados e oferecidos. Contudo nada impede, comoprovavelmente na maior parte das vezes, ele ser preservado, o

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    tornando mais perene e forte o vnculo Orun-ay (run-ay) . claro que esse vnculo no se perde quando despachamos o Igb,da mesma forma que nenhum vnculo de desfaz quandodespachamos um Igb ou no o temos. O Igb um instrumento deintensificao disso a ser criado e usado por que sabe o que esta

    fazendo.Na tradio do Candombl onde o culto ao Ori se manteve semprepresente e importante no se faz um Bori sem que seja criada arepresentao no ay do Ori. No me interessa tratar aqui daforma como outras tradies religiosas da mesma base fazem issoporque muitas delas no o faziam e adotaram tardiamentecopiando o que viam ou ouviam falar e muito menos o quetradies africanas que perderam a sua origem no processo decristianizao e islamizao tendo que buscar em literatura suasorigens. No Candombl sempre foi feito assim.

    Dessa maneira o Igb Ori um exemplo vivo, conhecido e forte doque foi dito aqui sobre o que um Igb, sua finalidade, seu uso eaplicao prtica.Voltando ao ponto do coletivo individual, no casodos orix (r), na feitura de um olorix o processo de ritual todo voltado para a individualizao. Assim, se inicia com ogenrico que o orix (r) e se faz a individualizao desteatravs da ligao Orun-ay (run-ay) para a pessoa, e isso realizado no momento em que se cria a ligao Orun-ay (run-ay) atravs do Igb. Os animais que sero usados, os elementoscolocados e dispostos, a ritualstica de elaborao. Uma

    determinada qualidade ser feita com o okuta indo ao fogo, etc... Aindividualizao nascer nesse momento e oIgb por excelncia amarcao desse caminho, distinguindo assim um assento coletivode um assento individual atravs da ligao Ori-okuta. O processode individualizao passar pela ritualstica e tambm pormateriais, metais, favas e folhas, especficos daquele orix (r)para aquela pessoa.J o orix (r) genrico ser ligado atravs do Igb genricoaquele que no passar pelo processo de individualizao.Dito isso voltamos ao ponto de que um Igb r criado dentro do

    processo de feitura no um Igb genrico ou coletivo, ele foiindividualizado atravs da ligao Ori-okuta e sempre estar ligadoaquele Ori.Dentro da ritualstica devemos lembrar que a pessoa preparadapara ser ele prprio o receptculo do orix (r), o seu Igb vivo.Um yaw um Igb vivo do seu orix (r). O Igb fsicocomplementa isso ligando no mais o orix (r) genrico massim o orix (r) individualizado no yaw ao orix (r) origemno Orun (run) atravs de uma ligao individualizada, do Igbindividualizado.

    Esse aparato fsico ritualizado na iniciao deixa de ser matriaordinria, barro, metal, ou fava e passa a constituir o caminho

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    metafsico para o orix (r). Mas tambm no mais uma pontepara o ax () genrico do orix (r) e sim a sua fisicalizaoindividualida naquele yaw. Assim temos 2 caminhos, o caminhocoletivo e genrico e o caminho individualizado. Os Igb so osinstrumentos de amplificao dessa relao entre os 2 espaos e o

    acesso ao ase de cada orix (r). Todo o processo de equilbrio erestituio de ax () passara por eles para ir ao duplo no Orun(run) e retornar no ay para quem necessita.Uma pessoa no ser dependente de seus Igb. Acima de tudo arelao desses espaos sempre existir e jamais estamos noassistidos. Podemos no ter o instrumento de amplificao massempre teremos nosso ori e todos os orix (r).A quem pertenceum Igb?Um Igb ori to pessoal que jamais deveria ser mantido no Ile,longe de seu dono. Esse Igb completamente individualizado uma

    vez que no encontraremos no Orun (run) um Ori coletivo massempre individual de forma que ele e s tem sentido e utilidadepelo seu prprio dono. Deveria assim estar junto da pessoa na suacasa. Nos casos em que essa pessoa no tem condies de mant-lo em casa o Il Ax (Il ) o lugar natural.O problema sempre surge em relao aos Igb de orix (r) quedespertam grandes paixes. Esta uma religio praticada em tornodos orix (r) e seu culto assume demais importncia. Deveriaser um culto ao Ori, a famlia e a ancestralidade mas o culto aoorix (r) assume propores muito grandes.

    Uma pessoa durante o seu processo de iniciao poder receber umou muitos Igbs, tudo depende da tradio da casa. Eu entendo queo mnimo que uma pessoa deve ter aps sua iniciao seria, o seuigb ori (que j deveria existir bem antes, muito antes da pessoa seiniciar), o Igb do seu orix (r) e o Igb ou assentamento doExu bara ( bara) do seu orix (r). Esta conjunto Igb orix +Exu bara bsico e imprescindvel.A este conjunto bsico outros elementos podem ser adicionadoscomo o Igb do seu junt que o seu segundo orix (r), e osIgb do seu enredo de orix (r). Deve se entender por enredo o

    conjunto de orix (r) que formam sua energia no ay e istoesta diretamente ligado ao processo de individualizao. Assim aquantidade e qualidade dos Igb que uma pessoa ter como partedo seu enredo depende da sua qualidade de orix (r) e deseu prprio caminho na religio, coisa que s determinadodurante o processo de feitura e consultas ao Orculo.Algumas casas fazem todos esses Igb durante o processo deiniciao, outras vo adicionando isso ao longo das obrigaes de1, 3 e 7 anos. Se a pessoa ter Oye de babalorix (babalr) oudependendo o oye que essa pessoa venha a ter, o conjunto de

    Igbs (awn igb) ser distinto de pessoas que no tero oye cargo sacerdotal. Observe que nem todo mundo que iniciado

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    nessa religio ser um babalorix (babalr) ou iyalorix(yalr). A maior parte sera formada de egbons, mais velhos.Um iniciado em uma casa ter ento uma quantidade significativade Igbs. Mas, a quem pertence isso, a quem pertencem essesIgbs? Digo isso porque todos devem ter conhecimento do

    problema envolvido na posse de Igb orix. Muitas casas nopermitem que nunca a pessoa retire osIgb de dentro dela, nemmesmo quando seria natural que quando a pessoa completa seus7 anos.O mais comum que aps desavenas durante o seu perodo deyaw a pessoa quera deixar o Il Ax (Il ) e naturalmentequeira levar consigo os seus Igbs. Muitos as vezes nemconseguem mais entrar e ficam preocupados tendo deixado paratrs seus Igbs devido a eles representarem um ponto devulnerabilidade.

    De fato, todos tem razo. Um Igb sempre ser um ponto devulnerabilidade, principalmente o igb ori. Esse jamais deveriaestar em um Il Ax (Il ). Mas a primeira coisa que tenho adizer tome cuidado com o que faz da sua vida. Nunca entre emnada sem avaliar tudo antes. Tem que conhecer primeiro a casa, odirigente e as pessoas que frequentam a casa. As pessoas se domal porque se precipitam, colocam a vaidade na frente. Assim se adeciso de iniciao for mais consciente os problema seromenores. Segundo no se sai de um Il Ax (Il ) por qualquermotivo ftil. Se foi seu orix (r) que escolheu aquela casa (essa

    a tradio, o orix (r) que escolhe onde quer ser iniciado eno a pessoa) ento se submeta aos caprichos de outros. Mantenhao seu respeito e sua individualidade mas vaidade por vaidade a suadeve ser a menor.Durante uma feitura no existe apenas um processo deindividualizao existe tambm um processo de ligao com o ax() da casa e do iniciador. Um yaw est fortemente ligado acasa e a pessoa que o iniciou. O processo ritualstico levacomponentes que criam essa ligao, assim o iniciador consideraque aqueles igb no so independentes, eles adicionaram ax

    casa e receberam ax da casa. Foram parte de um conjunto. entendido que seu sentido de existir dentro daquela casa.Se a pessoa sair, que faa seus Igb na sua prxima casa. Demaneira que no estamos discutindo a propriedade de louas ebarro e sim de as. Isso verdade. Se voc deixa para trs os seusIgbs, no se preocupe, faa outros no prximo lugar que vai, oorix (r) vai com voc.Eu entendo que o ningum segura ou fixaum orix (r) na sua casa mantendo o Igb de um iniciado que sefoi. OIgb uma individualizao e s tem sentido, s tem funojunto ao prprio iniciado. Se quiser manter um orix (r) em

    casa que trate melhor as pessoas.

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    O Igb e a morteCom a morte do iniciado o Igb deixa de ter sentido. A ligao nomais existe e se voc no quer conviver com um egun atrs de voc recomendado que despache tudo junto. Existem pessoas queentendem que se deve consultar o Orculo para saber se o orix

    (r) quer ir embora ou no, ou seja, se o Igb vai ou no nocarrego e em vitude dessa consulta muitos Igb ficam no Il Ax(Il ). Entendo que um forma de ver isso. Acho mais naturalque tudo se v, no h motivo para se manter um vnculo Orun-ay(run-ay) com um ori que no mais existe no ay isso vai contrao fundamento do axexe (aee), mas, cada um siga sua conscinciae o que aprendeu.

    APETRECHOS RITUALISTICOS - PARTE I - CABAAS

    IGB A UTILIZAO DA CABAA RITUALSTICA

    http://2.bp.blogspot.com/-osRAAh-CNtI/ThQDQVCFlcI/AAAAAAAABSk/NZXW9aYbN10/s1600/caba%25C3%25A7as1.jpg
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    A cabaa um fruto vegetal com larga utilizao no Candombl. ofruto da cabaceira. Inteira, denominada cabaa; cortada, cuiaou coit; e as maiorias so denominadas cumbucas.

    Nos ritos do Candombl, sua utilizao ampla, tomando nomes

    diferentes de acordo com o seu uso, ou pela forma como cortada.Os yorubas, como todos os outros povos, aproveitavam as igb[cabaas] como vasilhas para uso domstico e ritualstico. Ascabaas, dependendo do seu uso, recebiam nomes diferentes:

    A cabaa inteira denominada krgb, a cortada em forma decuia toma o nome de gb. A cortada em forma de prato o gbj3, ou seja, o recipiente para a comida; a cortada acima do meio,forma uma vasilha com tampa, tomando o nome de gbase4 ou cuiado se, e utilizada para colocar os smbolos do poder aps aobrigao de sete anos de uma yw como a tesoura, navalha,bzios, contas, folhas, etc. que permitiro pessoa ter o seuprprio Candombl. Ado5 - cabaas minsculas so colocadas noSsr de Omolu, como depsito de seus remdios. No g de s,uma representao do falo masculino, as cabaas representam ostestculos.

    6 Usa-se uma das partes da cabaa cortada ao meio, e colocada nacabea das pessoas a serem iniciadas e que no podem serraspadas por serem bk, para nela serem feitas as obrigaesnecessrias.

    Com o corte ao comprido, torna-se uma vasilha com um cabo,chamada de cuia do pd7 e serve para colher o material deoferecimento ou para colher as guas do banho de folhasmaceradas.

    Inteira e revestida de uma rede de malha ser o Agb8, instrumentomusical usado pelos Ogans, durante os toques e cnticos.

    Uma cabaa com o pescoo comprido em forma de chocalho agitada com as suas sementes, fazendo assim o som do Sr9,

    forma reduzida de Skr, instrumento por excelncia de Sng.

    10 A cabaa inteira em tamanho grande substitui nos ritos dess, a cabea de uma pessoa que morreu e que por algunsfatores no possvel realizar as obrigaes de tirar o su.

    Por fim, pode ser lembrado que a cabaa cortada em forma devasilha com tampa conhecida como gbdu11, a cabaa daexistncia e contm os smbolos dos quatro principais Od: j,Ogb, yek Mj, wri Mj e d Mj.

    1 - Akrgb - cabaa de bom tamanho [30 a 50 cm], servindo comovasilha para lquidos.

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    2 - Igb - cabaa cortada em forma de cuia. GB = assentamentode Orix; panela onde se guardam os objetos sagrados dos deuses

    e se faz o sacrifcio

    3 - Ibaj - cabaa cortada em forma de prato. Recipiente para acomida.

    4 - GBASE - Cabaa cortada acima do meio, formando uma vasilhacom tampa

    http://1.bp.blogspot.com/-JBN4oLjjahY/Tg6yzq7KniI/AAAAAAAABQQ/og5kdmFRu68/s1600/caba%25C3%25A7a+ipade.jpghttp://3.bp.blogspot.com/-ODAhGROIhLw/Tg6xkcSwlrI/AAAAAAAABQM/BcYDGgmS-ZE/s1600/igbaje.gifhttp://3.bp.blogspot.com/-0QEVLwo5gzQ/Tg6v2O-GTwI/AAAAAAAABQE/TRjwuK5eVbE/s1600/cuia+02.jpghttp://2.bp.blogspot.com/-XE3DlurRmNs/Tg6mCBHm6GI/AAAAAAAABP0/GWIFTjvtzak/s1600/akeregbe.gifhttp://4.bp.blogspot.com/-hCstUUbHTPE/ThPw7ewjZJI/AAAAAAAABRo/eIzmNfulTkw/s1600/sere.jpg
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    5 - do - pequena cabaa utilizada para armazenar ps ouremdios. aquela que se v nas figuras de Exu, Osaniyn eObaluaiye.

    6 - Cabaa cortada ao meio

    7 - Cabaa do Ipade

    http://4.bp.blogspot.com/-HrpHq6_FsbQ/ThEwZHoTzfI/AAAAAAAABRM/yKMxp1oFnx8/s1600/cuia1.jpghttp://3.bp.blogspot.com/-6raHMr7TqSQ/Tg7EVMQd-tI/AAAAAAAABQw/yl46bKcK1Rg/s1600/ogo+exu.jpghttp://4.bp.blogspot.com/-fILtJyii3VI/Tg7CX6tC5rI/AAAAAAAABQo/2uHNhf6TTCA/s1600/ado.gifhttp://1.bp.blogspot.com/-hi8YYF8W6VE/Tg7Cceu7kzI/AAAAAAAABQs/Z_SFJagLC58/s1600/xaxar.jpghttp://3.bp.blogspot.com/-O3J4wvay4vs/Tg6-U0tt1qI/AAAAAAAABQk/J2NllyYTVw8/s1600/caba%25C3%25A7a+ibase.jpg
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    8 - Agb - Inteira e revestida de uma rede

    Xequere instrumento musical

    9 - Sr - cabaa com um longo e fino pescoo. Quando cortada ao

    meio, serve como uma concha. Quando inteira, serve comochocalho ritualstico para anunciar Xango, sendo chamada ento deSR Sngo.

    http://1.bp.blogspot.com/-0hNjFR7v270/ThPwuorvGzI/AAAAAAAABRk/GfQiwP7GN1o/s1600/sekere1.jpghttp://3.bp.blogspot.com/-QJytQ6pC5aA/ThEw258OXHI/AAAAAAAABRQ/-_ZOLmIjHgU/s1600/caba%25C3%25A7a+ipade.jpg
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    10 - Cabaa Inteira -

    11 - Igbadu

    http://4.bp.blogspot.com/-a9udCGtAp7Y/ThP3m5sQo1I/AAAAAAAABRw/BxLNPzEe82s/s1600/HawaiianWeddingGourdDetail1.JPGhttp://3.bp.blogspot.com/-CFSqJPRFFfY/ThPwT_xP1oI/AAAAAAAABRg/iZv0LQZxsS8/s1600/caba%25C3%25A7a+inteira.jpghttp://3.bp.blogspot.com/-4BwsyD-E0mw/ThE3_pnN26I/AAAAAAAABRc/KrwNeisW8gc/s1600/SERE+SANGO.jpg
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    12 - Ah - pequena cabaa servindo como copo ou xcara paratomar remdios e bebidas.

    13 - At - cabaa pequena e comprida, utilizada para guardarremdios.

    14 - Pko - ou a metade superior ou a inferior de uma cabaa deforma oval.

    http://2.bp.blogspot.com/-s-4czJTQtl8/ThP7XCzEPVI/AAAAAAAABR8/4FXSaBq6r_M/s1600/at%25C3%25B3.gifhttp://4.bp.blogspot.com/-SfBBa9PV8rg/ThP6oP_hKNI/AAAAAAAABR0/0MQtdcjCN9U/s1600/aha.gifhttp://4.bp.blogspot.com/-qoV53eXW5Q0/ThPyzlLmoBI/AAAAAAAABRs/51ovmfFZViI/s1600/igbadu_a_cabaca_da_existencia_250x250.jpg
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    15 - Igb kt - cabaa larga e alta, usada para guardar kO [umbolo de milho] quente. Tem uma tampa que pode ser usada comofunil.

    16 - Koto - cabaa grande e larga, semelhante a um cesto [em

    formato].

    Postado porHunso Sueli de Vodun Abe s 23:45

    COMIDA RITUAL - PARTE IV

    http://www.blogger.com/profile/05931163427259938571http://vodunabeyemanja.blogspot.com/2011/07/apetrechos-ritualisticos.htmlhttp://4.bp.blogspot.com/-jKtdVrBBm7w/ThP_VS4g-oI/AAAAAAAABSU/J8OIuIibepk/s1600/474_CabacaGrande.jpghttp://2.bp.blogspot.com/-JvmsU_Z4bE8/ThP-SLh7wGI/AAAAAAAABSQ/yYNwaOtM63M/s1600/koto.gifhttp://2.bp.blogspot.com/-f3GUBwwf730/ThP8Q3PKyOI/AAAAAAAABSE/CaYZmJce4B4/s1600/igba+koto.gifhttp://2.bp.blogspot.com/-W5qODuwyy4U/ThfNGNeaDLI/AAAAAAAABTA/Vw7H03uHw8o/s1600/AN00180646_001_s.jpghttp://3.bp.blogspot.com/-Z3zeM6BS554/ThP8N18quqI/AAAAAAAABSA/fKfZ33BuLZw/s1600/poko.gifhttp://www.blogger.com/profile/05931163427259938571http://vodunabeyemanja.blogspot.com/2011/07/apetrechos-ritualisticos.html
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    Ipet, um dos pratos da culinria baiana e como o acarajtambm faz parte da comida ritual do candombl, oferecidaespecialmente ao orixa Oxun.

    Inhame, azeite de dend, cebola raladas, camaro sco edefumado, gengibre ralado, camares frescos inteiros e cozidospara enfeitar e sal.

    Tambm oferecido ao Orix Oxaguian, substituindo o dend porazeite doce na festa do Pilo.

    Preparo:

    Tirar a casca do inhame e cortar em pedaos pequenos, cozinhar ao

    ponto de amassar com um garfo, colocar os temperos e umpouquinho de sal e bater com uma colher de pau at ficar no pontode um pur. Colocar em uma tigela e enfeitar com os camaresinteiros.

    Lel iguaria africana, doce feito com quirela de milho vermelho,coco ralado, acar e leite de coco. Oferecido aos Orixs Oba e Ewae Ode. Em uma panela coloque gua e o pacote do milhoquebradinho chamado de xerem, deixe de molho num periodo de

    meia hora. Escorra a gua e coloque outra, (uma quantidade quecubra todo o milho) com o cravo, a canela em pau, acar, sal e

    http://1.bp.blogspot.com/-TlmWFzTYHaM/Tgqkgj9_mcI/AAAAAAAABPE/0astV6MnYkQ/s1600/lele.jpghttp://2.bp.blogspot.com/-tIpb0okWF6I/TglztoTafGI/AAAAAAAABPA/gTnQM5UnG00/s1600/sobremesa_pure_inhame.jpg
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    leve ao fogo ate virar um mingau durinho, quando j estiverdurinho, acrescente o leite do coco.

    Mungunz, mugunz, ou mucunz como chamado pelo povo dosanto o nome da comida ritual votiva, pertinente aos orixsoxal, oxaguian, oxalufan e o ikise lembarenganga, tanto nocandombl como na umbanda. (De mucunz, do quimb. mukunza,milho cozido) Dicionrio Aurlio.

    Alimento ritual feita de gros de milho branco, cozidos em guasem sal e com acar, algumas vezes com leite de coco e de gado,com pequena quantidade de gua de flor de laranjeira, servidoaos adeptos com bastante caldo e aos orixs bem compactada emforma de eb.

    Alu

    Bebida refrigerante feita de milho, de arroz ou de casca de abacaxifermentados com acar ou rapadura, usada tradicionalmente

    como oferenda aos orixs nas festas populares de origem africana.COMIDA RITUAL - PARTE III

    http://2.bp.blogspot.com/-1tfttIuDD78/Tgq1ZFDxo4I/AAAAAAAABPM/I79_KEVYzow/s1600/alua.jpghttp://1.bp.blogspot.com/-daCaa018t2c/TgqoWCiRT5I/AAAAAAAABPI/3pw37647_pU/s1600/munguza.jpg
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    Farofa ou mi-ami-ami um nome comum a vrios tipos de comidasrituais votivas, feita de uma mistura, que tem como base farinha demandioca, farinha de pau ou farinha de guerra. Esta comidaritual sagrada, tambm um alimento ritual e muito apreciada pelamaioria do povo do santo da cultura Nago-Vodum.

    COMIDA RITUAL - PARTE III

    Farofa ou mi-ami-ami um nome comum a vrios tipos de comidasrituais votivas, feita de uma mistura, que tem como base farinha demandioca, farinha de pau ou farinha de guerra. Esta comidaritual sagrada, tambm um alimento ritual e muito apreciada pelamaioria do povo do santo da cultura Nago-Vodum.

    Tipos de Farofas

    Farofa-de-dend, farofa amarela, farofa vermelha, farofa de azeiteou farofa de bamb so nomes comumente chamado pelo povo dosanto em sua variada apresentao a depender do ritual que estejaacontecendo. Normalmente chamada de farofa de dend a farofaservida aos adeptos e participantes do candombl, feita comfarinha, azeite de dend, camaro seco, cebola e sal, vista sempreno ritual do olubaj.Os outros tipos so denominaes para rituais pertinentes alimpeza de corpo, pad de exu, sasanha, afexu, axex etc. Tambmoferecido para alguns orixas e preparadas s com azeite de dende sal.

    http://vodunabeyemanja.blogspot.com/2011/06/comida-ritual-parte-iii.htmlhttp://1.bp.blogspot.com/-Ke6BpR9r3qA/TgesKR69-QI/AAAAAAAABN4/OhV561njaWQ/s1600/farofa.jpghttp://vodunabeyemanja.blogspot.com/2011/06/comida-ritual-parte-iii.html
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    Farofa branca, farofa de agua ou farofa deegum, so farofas preparadas s com gua e sal. Determinadosorixas funfuns apreciam esta iguaria e algus preferem sem sal.

    Farofa de mel ou mi-ami-ami owin uma farofa preparada comfarinha e mel de abelha, muito utilizada nos rituais de er, ibeji,

    osain e oxun, comumente visto nos carurus dos santos gmeos edevoo a So Cosme e So Damio, Crispim e Crispiniano.

    Farofa de cachaa ou mi-ami-ami otin uma farofa preparada comfarinha e cachaa, muito utilizada nos rituais de exu, pad elimpeza de corpo. O povo do santo tambm chamam de farofa decachaa toda farofa feita com aguardentes, vinhos ou qualquerbebida alcolica.

    Fur, bolinhos, ou bola de: arroz, inhame, farinha demandioca, farinha de milho etc. o nome da comida ritual votiva,pertinente vrios rituais e orixas da cultura afro brasileiradenominado de candombl.

    Este alimento ritual muito comum nos rituais de limpeza decorpo, bori, assentamento de cabea, axex, apanan, feitura desanto, sasanha etc.

    http://4.bp.blogspot.com/-du7b5T-Fr7c/TgewmGvW1CI/AAAAAAAABOI/O7HA4Cy1McE/s1600/fura.jpghttp://3.bp.blogspot.com/-HZlLg8QoUOI/Tges0QP7dxI/AAAAAAAABN8/otPIpo6yEj0/s1600/farinha_mandioca.jpg
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    Tipos

    Bolas de arroz. O Arroz cozido na gua sem sal, at ficar pastoso,depois batido com uma colher de pau at soltar da panela, emseguida formar os bolos de forma arredondada com as mos. Estacomida ritual para os orixs funfuns e rituais de bori,assentamento de cabea.

    Bolas de farinha. Em um alguid coloca-se a farinha, depois a guae modela os bolos de forma arredondada com as mos. Esta comidaritual para limpeza de corpo e axex.

    http://1.bp.blogspot.com/-2ZhjQqlD7_s/Tge5XraOrDI/AAAAAAAABOc/DRVfRCbH7Wc/s1600/bola+de+farinha.jpghttp://4.bp.blogspot.com/-4rZ9n2kpNyM/Tge5YDEuSkI/AAAAAAAABOg/X2n3whfXscc/s1600/bolas-arroz.jpg
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    Bolas de inhame. O inhame deve ser bem cozidoem gua sem sal, depois pilado em pilo, ou com a ponta de umgarfo, em seguida sovado para obter uma massa pastosa e modelaos bolos de forma arredondada com as mos. Esta comida ritual muito apreciada pelos orixs oxaguian, oxalufan, oxal, yemanja eentra em vrios rituais como bori, assentamento de cabea, axex,apanan, feitura de santo, sasanha etc.

    Bolinhos de dend. Em um alguidr coloca-se a farinha, depois agua, azeite de dend e modela os bolos de forma arredondadacom as mos. Esta comida ritual para limpeza de corpo, axex eoferenda ao orix Exu.

    http://4.bp.blogspot.com/-ervUAzz9_ms/TglPFpVZGdI/AAAAAAAABOw/df5V9dbJzo8/s1600/bole.jpghttp://3.bp.blogspot.com/-fBHsrg9_fbo/TgfC1-EJPEI/AAAAAAAABOo/OwVCDzFuMgc/s1600/bola+farinha+dende1.jpghttp://3.bp.blogspot.com/-rek-IM-UYSU/TgfBh71IfdI/AAAAAAAABOk/umP74WonZbg/s1600/bola+de+inhame.jpg
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    Bolinhos de egun. Em um alguid coloca-se a farinha, depois a guacom aguardente e modela os bolos de forma arredondada com asmos e acrescenta um pequeno pedao de carvo vegetal. Estacomida ritual para limpeza de corpo, axex e Egum.

    Bolinhos de iemanj. O Arroz ou milho branco cozido na gua semsal, at ficar pastoso, depois batido com uma colher de pau atsoltar da panela, em seguida formar os bolos de formaarredondada com as mos. Esta comida ritual para os orixsfunfuns e rituais de bori, assentamento de cabea, em especialcomo o nome j diz oferecido para o orix Yemanj.

    Bolinho de tapioca. A tapioca e colocada em leite de coco e acarat ficar pastoso, depois batido com uma colher de pau at soltarda panela e depois sova, em seguida formar os bolos de formaarredondada ou alongada com as mos. Esta comida ritual paraos orixs funfuns e rituais de bori, assentamento de cabea.

    Os de formas alongadas so fritos em azeite ou leo, sendocarinhosamente oferendado aos ibejis e apreciados pelo povo do

    http://1.bp.blogspot.com/-Vs8Bg2edNG8/TglareQw_iI/AAAAAAAABO4/wuxj5zuyQCE/s1600/tapioca.jpghttp://1.bp.blogspot.com/-DnGQ1xiHbNw/Tglcxd8KK5I/AAAAAAAABO8/Jx3-OgmM7qo/s1600/boes.jpghttp://1.bp.blogspot.com/-szoYyKQ631o/TglRIiOANfI/AAAAAAAABO0/-PcnEJh1V3A/s1600/bola+can.jpg
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    santo. Nota Este mesmo bolinho vendido nos tabuleiros dasbaianas de acaraj com o nome de punheta ou bolinho deestudante.

    continua.................

    Postado porHunso Sueli de Vodun Abe s 21:520 comentrios

    Marcadores: COMIDA DE SANTO

    domingo, 26 de junho de 2011

    COMIDA RITUAL - PARTE II

    Axox ou Oxox como conhecida a comida ritual dos OrixsOxssi e Ogum no candombl, que consiste em milho vermelhocozido. Quando oferendado para o orixa ogum refogado comcebola ralada, camaro seco defumado, sal e azeite de dend.Quando oferendado para orix oxssi o milho cozido misturadocom melao (Mel de cana de acar), no confundir com mel deabelha que o grande ewo deste orix, enfeitado com fatias decoco sem casca.

    Nota. Esta mesma oferenda pode ser consagrado Olokun.

    http://www.blogger.com/profile/05931163427259938571http://vodunabeyemanja.blogspot.com/2011/06/comida-ritual-parte-iii.htmlhttp://vodunabeyemanja.blogspot.com/search/label/COMIDA%20DE%20SANTOhttp://vodunabeyemanja.blogspot.com/2011/06/comida-ritual-parte-ii.htmlhttp://1.bp.blogspot.com/-unIoALv3mV4/Tga727v2RiI/AAAAAAAABMs/i0bLMIX-RYw/s1600/axoxo.JPGhttp://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=1686350544354932171&postID=6630468192858368219&from=pencilhttp://www.blogger.com/profile/05931163427259938571http://vodunabeyemanja.blogspot.com/2011/06/comida-ritual-parte-iii.htmlhttp://vodunabeyemanja.blogspot.com/search/label/COMIDA%20DE%20SANTOhttp://vodunabeyemanja.blogspot.com/2011/06/comida-ritual-parte-ii.html
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    CARURU: O caruru, servido no rigor dos terreiros, acompanhadode preceitos que viram aes propiciatrias das divindades gmeasque, so filhos de Xang com Ians ou de Xang com Oxum. Ocaruru colocado sobre a esteira. As crianas so convidadas acomer do caruru, e todos, ao mesmo tempo. Ritual que rememorizafartura, ancestralidade e vida sagrada. Consiste de quiabos cortadobem mido, azeite de dend, cebolas raladas, camares secos(alguns modos), castanhas e amendoins torrados e modos, sal,gengibre ralada. No Dahome, segundo o Padre Vicente FerreiraPires, acrescentado frango desfiado.

    Deburu - a comida ritual dos Orixs Obaluaiy e Omolu, o milhode pipoca estourado em uma panela, em alguns lugares com leo,em outros com areia. Nesse ltimo caso, preciso peneirar a areiadessa pipoca depois de pronta. Ao final, a pipoca colocada em umalguidar (vasilha de barro) e enfeitado com pedacinhos de coco

    http://4.bp.blogspot.com/-7Mlk-Y75yFM/TgbOC98vfHI/AAAAAAAABNI/i6Kw5Sfloo8/s1600/pipoca+coco.JPGhttp://4.bp.blogspot.com/-ivcUuh7nqZY/TgbJ1ckf4-I/AAAAAAAABMw/z44e6B10H3o/s1600/caruru+Odoiya.jpg
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    Eb, palavra oriunda do iorub, consiste num alimento religioso evotivo para os orixs funfun (branco) Oxal, dentro das religiesafro-brasileiras. o milho branco cozido sem tempero e sem sal.

    Ebya, eboia ou fava de iemanj uma comida ritual feito com favacozido refogado com cebola, camaro, azeite de dend ou azeite

    doce. A mesma oferenda pode ser preparada com o milho brancona falta da fava, todavia recebe o nome de Dib, possuindo o

    http://1.bp.blogspot.com/-Xohrsf8nwcw/TgdzGSbOfUI/AAAAAAAABNc/e2aka5-zcg0/s1600/comidayemanja.jpghttp://2.bp.blogspot.com/-uRMDFsENL3Q/TgbZuG1QWGI/AAAAAAAABNM/uRl3rDB9jLE/s1600/P1010004.JPG
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    mesmo valor ritual. uma comida oferecida especificamente aoorix Iemanj, podendo ser vista nos rituais de ori, bori eassentamento de cabea, no sentido de dar equilbrio espiritual.

    Er peter, eran peter ousimplesmente peteran como comumente chamado pelo povo desanto o nome da comida ritual votiva, pertinente vrios rituaise orixs da cultura afro brasileira. Preparado com carne fresca depreferncia dos rituais de sacrifcios, sal e rapidamente frita noazeite de dend, em caso do orix ser funfun, deve-se substituir osal pela cebola e o dend por azeite doce e oferecido ao orixregente da obrigao, independente do ix.

    A mesma comida ritual recheada de camaro defumado, chamado

    popularmente xinxin ou moqueca de carne servida normalmenteaos adeptos do candombl nas festas de barraco, sendo umacomida votiva ao orix Akueran (oxossi) por ter ligao ao eran(carne).

    Ekuru umacomida ritual. A massa preparada da mesma forma que a massado acaraj, feijo fradinho sem casca triturado, envolto em folhasde bananeira como o aca e cozido no vapor. A nica diferena que nesta comida substitue o azeite-de-dend por azeite dce

    (Oleo de oliva) ou banha do Ori.

    http://4.bp.blogspot.com/--7bwyw5BYqA/TgeDuLm-QkI/AAAAAAAABNk/yGTyvYipuT8/s1600/ekuru+%25282%2529.jpghttp://2.bp.blogspot.com/-F8cvzEK73oM/TgeDv-ErvhI/AAAAAAAABNo/HGzbG5EGn3M/s1600/ekuru+desen.jpghttp://1.bp.blogspot.com/-rS3yobX6WNw/Tgd3_wL8dlI/AAAAAAAABNg/9ChcYj1HOW4/s1600/eram+petere.jpg
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    continua.......

    Postado porHunso Sueli de Vodun Abe s 13:130 comentrios

    Marcadores: COMIDA DE SANTO

    sbado, 25 de junho de 2011

    COMIDA RITUAL - PARTE I

    COMIDA RITUAL

    ABAR: Bolinho de origem afro-brasileira feito com massa de feijo-fradinho temperada com pimenta, sal, cebola e azeite-de-dend,algumas vezes com camaro seco, inteiro ou modo e misturado massa, que embrulhada em folha de bananeira e cozida em gua.(No candombl, comida-de-santo, oferecida a Ynsn, Ob eIbeji).

    http://www.blogger.com/profile/05931163427259938571http://vodunabeyemanja.blogspot.com/2011/06/comida-ritual-parte-ii.htmlhttp://vodunabeyemanja.blogspot.com/search/label/COMIDA%20DE%20SANTOhttp://vodunabeyemanja.blogspot.com/2011/06/abara-bolinho-de-origem-afro-brasileira.htmlhttp://1.bp.blogspot.com/-_uf7VO7e2bQ/Tf2ih006LzI/AAAAAAAABLo/d1uQK0piyUw/s1600/abar%25C3%25A1.jpghttp://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=1686350544354932171&postID=5340106385981356351&from=pencilhttp://www.blogger.com/profile/05931163427259938571http://vodunabeyemanja.blogspot.com/2011/06/comida-ritual-parte-ii.htmlhttp://vodunabeyemanja.blogspot.com/search/label/COMIDA%20DE%20SANTOhttp://vodunabeyemanja.blogspot.com/2011/06/abara-bolinho-de-origem-afro-brasileira.html
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    ABERM: Bolinho de origem afro-brasileira, feito de milho ou dearroz modo na pedra, macerado em gua, salgado e cozido emfolhas de bananeira secas.(No candombl, comida-de-santo,oferecida a Omulu e Osmr).

    http://3.bp.blogspot.com/-7JjpwWjUwZU/Tf2AvHl9J1I/AAAAAAAABLY/hidWIMTtOpU/s1600/aberem+omulu.jpg
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    ABRAZO:Bolinho da culinria afro-brasileira, feito de farinha demilho ou de mandioca, apimentado, frito em azeite-de-dend.

    ABAL um nome comum a dois tipos de comidas rituais votivas,inerentes aos orixs ob, Xango e Yew, quando feita de massa demilho verde, ou da massa de carim votiva ao orix nan. Estealimento ritual muito apreciado pelo povo do santo e pela maioriados nordestinos e chamado popularmente de pamonha de milho

    verde e pamonha de carim.

    http://3.bp.blogspot.com/-kuWSB8aFmwY/TgeJ3KkHNkI/AAAAAAAABNw/xxhfBEWK5Mk/s1600/-abala_html_m414eee3a.jpghttp://1.bp.blogspot.com/-iZ-PjI7aCek/Tf2jmctdaEI/AAAAAAAABLs/1AMTjO58orY/s1600/abrazo1.jpg
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    Abal de milho O milho verde ralado e massa resultante misturada ao leite de coco com parte do bagao, sal e acar. Estamassa colocada em "palha" da prpria casca do milho, atados nasextremidades. As pamonhas so submetidas a cozimentosubmersas em gua fervente por um perodo de 15 minutos.

    Abal de carim O aipim previamente descascado submergido por um perodo de quatro dias para obter uma massachamada de carim, misturada ao leite de coco com parte dobagao, sal e acar. Esta massa colocada em "palha de agued"(bananeira), atados nas extremidades. As pamonhas sosubmetidas a cozimento submersas em gua fervente por umperodo de 25 minutos.

    ACA uma comida ritual do candombl e da cozinha da Bahia.Feito com milho branco ou vermelho, que fica de molho em gua de

    um dia para o outro, e deve ser depois passado em um moinho paraformar a massa que ser cozida em uma panela com gua, semparar de mexer, at ficar no ponto. Este se adivinha quando amassa no dissolve, se pingada em um copo com gua. Aindaquente, pequenas pores da massa devem ser embrulhadas emfolha de bananeira j limpa, passada no fogo e cortada em pedaosde igual tamanho, para ficar tudo harmonioso. Colocar a folha napalma da mo esquerda e colocar a massa. Com o polegar dobrar aprimeira ponta da folha sobre a massa, dobrar a outra pontacruzando por cima e virando para baixo, fazendo o mesmo do outrolado. O formato que resulta o de uma pirmide retangular.

    http://2.bp.blogspot.com/-jHR48dehhpQ/TgZfRzF7ePI/AAAAAAAABMA/BtkKe6tYHDs/s1600/3929932175_46c4ca11f0.jpghttp://1.bp.blogspot.com/-f5SUj79zu6Y/TgeKljaUeiI/AAAAAAAABN0/87Im3vDGO80/s1600/abalacarima_html_6aca072a.jpg
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    Todos os orixs recebem o aca como oferenda.

    Acaa Amarelo : feito com farinha de milho vermelho enrolado nafolha de bananeira da mesma forma que o acaa branco. servido

    a Exu e Logun-Ede.

    ACARAJE: comida ritual daorix Ians. Na frica, chamado de kr que significa bola defogo, enquanto je possui o significado de comer. No Brasil foramreunidas as duas palavras numa s, acara-je, ou seja, comer bolade fogo.

    O acaraj, o principal atrativo no tabuleiro, um bolinhocaracterstico do candombl. Sua origem explicada por um mitosobre a relao de Xang com suas esposas, Oxum e Ians. O

    bolinho se tornou, assim, uma oferenda a esses orixs. Mesmo aoser vendido num contexto profano, o acaraj ainda considerado,

    http://4.bp.blogspot.com/-tOSN70KFSQ0/TgaPwG6h5II/AAAAAAAABME/6djvHwW40ZQ/s1600/acaraje-776307.jpghttp://3.bp.blogspot.com/-a3Rx0YPx5ME/TgeIiZQjJrI/AAAAAAAABNs/mGC5wryo00k/s1600/aca%25C3%25A7a+amarelo.jpg
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    pelas baianas, como uma comida sagrada. Por isso, a sua receita,embora no seja secreta, no pode ser modificada e deve serpreparada apenas pelos filhos-de-santo.

    O acaraj feito com feijo-fradinho, que deve ser quebrado em

    um moinho em pedaos grandes e colocado de molho na gua parasoltar a casca. Aps retirar toda a casca, passar novamente nomoinho, desta vez dever ficar uma massa bem fina. A essa massaacrescenta-se cebola ralada e um pouco de sal.

    O segredo para o acaraj ficar macio o tempo que se bate amassa. Quando a massa est no ponto, fica com a aparncia deespuma. Para fritar, use uma panela funda com bastante azeite-de-dend ou azeite doce.

    Normalmente usam-se duas colheres para fritar, uma colher para

    pegar a massa e uma colher de pau para moldar os bolinhos. Oazeite deve estar bem quente antes de colocar o primeiro acarajpara fritar.

    Esse primeiro acaraj sempre oferecido a Exu pela primazia quetem no candombl.

    O acar Oferecido ao orix Ians diante do seu Igba orix feitonum tamanho de um prato de sobremesa na forma arredondada eornado com nove ou sete camares defumados, cercado de novepequenos acars, simbolizando mensan orum nove Planetas.

    (Orum-Aye, Jos Benistes).

    O acar de xango tem uma forma Ovalar imitando o cgado que seu animal preferido e cercado com seis ou doze pequenos acarsde igual formato.

    Os seguintes so fritos normalmente e ofertados aos orixs para osquais esto sendo feitos e seus adeptos.

    http://1.bp.blogspot.com/-LgjqzUoEk4E/TgaQ9v0TWNI/AAAAAAAABMI/PplN3GOr9vc/s1600/pacoca-de-amendoim1.jpg
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    ADO - uma Comida ritual feita de milho vermelho torrado e modoem moinho e temperado com azeite de dend e mel, oferecidoprincipalmente Orix Oxum.

    AJAB comida ritual doOrix Xango Ayra

    feito com seis ou doze quiabos cortado em lasca, batido comtrs clara de ovos at formar um musse, regado com gotas de melde abelha e azeite doce. Colocado em uma gamela forrada commassa de aca ou piro de farinha de mandioca, ornado com dozequiabos inteiros, doze moedas circulante, doze bolos de milhobranco e seis Orobs.

    A mesma oferenda pode ser oferecida a outras qualidades de

    Xang, todavia acrescenta-se azeite de dend e substitui os dozebolos de milho branco por doze acarajs ou corta-se o quiabo em

    http://1.bp.blogspot.com/-EaLhu0ChmSo/TgabsZL1xbI/AAAAAAAABMU/AFZe8Fx4Q6k/s1600/oferenda_de_xango.JPG
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    pequenas rodelas, com seis ou doze quiabos, em algumas casascom oito quiabos, coloca-se em uma tigela e acrescenta-se guafresca, bate-se com os dedos at ele espumar e ficar digamosligado, a diferena que ele ofertado em uma tigela ou umagamela redonda.

    AMAL: comidaritual votiva do Orix Xang, Ians, Ob. feito com quiabosfrescos, cortados em jogo da velha (#) levar ao fogo com temperode camarao,cebola, gengibre ralados fritos no dende, ao corar otempero jogar o quiabo, que no poder ter sido molhado antes. Irmisturando sem por agua. Vai pingando vagarosamente gotas deagua, e batendo o amal como se estivesse batendo um bolo, paraque este cresa. Quando estiver bem cozido, servir em gamela

    forrada com pirao de farinha com dende. Este amala serve apenaspara Sango, no caso de Ayr leva tudo acima, menos o dende e opirao que forra a gamela feito de farinha de acas.Aos Amals poderao ser adicionados o Peito de boi cortado emcubos grandes, a rabada, a costela e a garganta, tudo do boi, paracada caso usa-se uma destas carnes. Rabada: prosperidade, Peito:justia, Costela: feitiaria, Garganta: casos de sade. Sempre quefor servir o amala de Sango dever por ao lado uma vasilha brancacom ajab

    continua.........

    Postado porHunso Sueli de Vodun Abe s 19:590 comentrios

    Marcadores: COMIDA DE SANTO

    domingo, 12 de junho de 2011

    ORI - CINCIA DE VIVER

    http://www.blogger.com/profile/05931163427259938571http://vodunabeyemanja.blogspot.com/2011/06/abara-bolinho-de-origem-afro-brasileira.htmlhttp://vodunabeyemanja.blogspot.com/search/label/COMIDA%20DE%20SANTOhttp://vodunabeyemanja.blogspot.com/2011/06/ori-ciencia-de-viver.htmlhttp://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=1686350544354932171&postID=8336493591067844371&from=pencilhttp://4.bp.blogspot.com/-U8_SrxQxkF0/TgapUP-VVwI/AAAAAAAABMc/KnN2x6znD8c/s1600/AMALA3.jpghttp://www.blogger.com/profile/05931163427259938571http://vodunabeyemanja.blogspot.com/2011/06/abara-bolinho-de-origem-afro-brasileira.htmlhttp://vodunabeyemanja.blogspot.com/search/label/COMIDA%20DE%20SANTOhttp://vodunabeyemanja.blogspot.com/2011/06/ori-ciencia-de-viver.html
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    ORI

    I - Atitudes diante da necessidade

    Estar vivo implica ter necessidades. As necessidades soimpositivas, inescapveis. Por isso, fundamental aprender a lidarcom elas. Aqui vo alguns fundamentos prticos para isso;

    (1): preciso cultivar a pacincia, pois, se existem necessidadesque conseguimos satisfazer rapidamente, muitas outras exigemque saibamos esperar.

    (2): Saber esperar exige perseverana, capacidade de no desistir,de no desanimar.(3): Devemos compreender que certas necessidades exigem queacumulemos mritos por muito tempo.

    (4): Outras cobram de ns que nos fortaleamos.

    (5): Outras ainda que nos transformemos.

    (6): E no se esquea de cultivar sempre a autoconfiana, a firmezae a conscincia. Seguindo este cardpio, cedo ou tarde a maioria denossas necessidades ser satisfeita e, para nosso alvio, algumasdelas perdero completamente a importncia. Aprenda a lidar comas necessidades sem se deixar arrastar por elas.

    II - A atitude de educar-se e de educar os outros

    Educar-se ter permanentemente a sua disposio uma fonte de

    gua pura e cristalina. A sede de conhecer, de saber, decompreender deveria ser sempre estimulada, apoiada, pois ela

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    torna os homens verdadeiramente humanos. Na medida em quebebemos das guas do conhecimento, elas podem, por nossointermdio, se alargar, crescer, tornar-se um grande rio fluente queir nutrir um incontvel nmero de seres humanos. Na verdade,quem se educa acaba educando os outros, pois levado a

    beneficiar seus semelhantes de vrias maneiras. Por isso, educar-se no apenas nobre, mas necessrio, imprescindvel mesmo. tambm uma forma de retribuirmos humanidade o que delarecebemos.

    I - A felicidade Lembre-se diariamente que no h caminho para afelicidade; pelo contrrio, a felicidade o caminho. Acreditamos,equivocadamente, que a felicidade um estado que alcanaremosum dia, caso aconteam algumas coisas que desejamos. Com essaatitude, vivemos tensos todos os dias de nossa vida, lutando para

    obter o passaporte para a felicidade. E a experincia nos mostraque os que tiveram a chance de realizar aquilo com que sonhavamlogo se desiludiram e recomearam a procurar a felicidade emalguma outra quimera. Na verdade, a felicidade um estado deesprito, uma disposio interior. uma atitude diante da vida, doimenso privilgio de estar vivo. o agradecimento que se fazdiariamente por poder participar da vida neste planeta que tobelo, embora, muitas vezes, to desafiador. Felicidade gostar desorrir, ser grato por existir. , pois, um estado interior que podeser cultivado diariamente. S depende de sua atitude!

    II - No pense negativamente

    No invista sua energia na idia de crises e infortnios. Em vezdisso, perceba que h, neste planeta, inmeras possibilidades deprogresso, e que so praticamente inesgotveis. Existe, ao nossoredor, um poo sem fundo de novas idias, que esto a nossaespera. Por isso, pense progresso, prosperidade,possibilidades. Fazendo isso, voc naturalmente acessar acriatividade que dormita no fundo do seu ser.

    III - A autoimportncia um problema

    Todos ns temos de procurar encontrar nosso valor especfico comoindivduos que somos. Isso humano e natural. Mas erradoconfundir essa atitude com a auto- importncia. A autoimportncia uma fora insacivel, pois est sempre exigindo que tenhamosmais poder, mais prestgio, mais fama, mais dinheiro, mais afeto,ou seja, mais tudo. Alm disso, a autoimportncia nos isola dosdemais sem perceb-lo, pois nos convence de que somossuperiores a todos, fazendo-nos viver uma fico dolorosa e estril.Dessa forma, vivemos em conflito com tudo e com todos, pois

    vemos em tudo uma ameaa em potencial a nossa autoimportncia.Se refletirmos sobre isso, estaremos preparando terreno para que

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    ela se torne menos tirana em nossa vida. Se acrescentarmos a essaviso o fato de podermos fazer decrescer dentro de ns o medo deno termos valor, nosso processo de libertao avanar a passoslargos. Nade liberto e feliz entre os obstculos da vida.

    I - Saber qual a medida justa

    Saber qual a medida justa para cada coisa, para cada situao,para cada ato uma qualidade importantssima. Precisamoscolocar limites no que precisa ser limitado, abrir o que precisa seraberto, atravessar as dificuldades da vida sem ser derrotado ouseriamente machucado. A medida justa tem, portanto, duas faces:por um lado precisamos refrear os excessos e, por outro, abrirpossibilidades. Nesse sentido, podemos nos comparar a um carroque precisa ter breque, mas precisa tambm ter acelerador. Sepraticarmos essa atitude, poderemos atravessar melhor qualquercrise que se apresente.

    II - Ser capaz de se por de acordo

    O acordo entre pessoas a base do sucesso para qualqueriniciativa. Estar de acordo o segredo da empresa bem sucedida,do casamento estvel, do empreendimento artstico de sucesso ede muitas outras coisas. Estar de acordo far superar todas asdificuldades que um casal obrigatoriamente encontrar na vida ouque uma empresa, ou de qualquer outro tipo de sociedade ter de

    enfrentar. Por isso, se pudermos desenvolver essa atitude em nsmesmos, se pudermos ser aquele que sempre procura estar deacordo, seremos estimados e valorizados de forma extraordinria.Colocar-se de acordo com as pessoas e com a natureza ficar emharmonia com o Todo.

    III - A busca do progresso

    Nunca desencoraje quem faz progressos contnuos, noimportando quo lentamente o faa. A busca constante doprogresso, do aperfeioamento, de uma melhor qualidade o

    segredo para estarmos mais vivos a cada novo dia. Quando notemos essa atitude como fora motora, estamos estagnados semperceb-lo. Por sermos humanos, somos dotados de umacapacidade de desenvolvimento ilimitada, em mltiplas direes.Se ignorarmos esse fato, limitando-nos a uma repetio mecnicade velhos atos montonos, se nos deixarmos acomodar namesmice, perderemos o brilho do olhar, pois estaremos perdendoo sabor de estar vivo. Andaremos e nos moveremos, mas noestaremos vivos de fato.

    IV - As trs faces da vida

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    As mentes pequenas so subjugadas e vencidas pelos infortnios,mas as grandes mentes erguem-se acima deles. O fluir da vida nosoferece, basicamente, trs cenrios: infortnios, momentos de boa-sorte e fases neutras. Cada um de ns passa, necessariamente, porcoisas desagradveis, agradveis ou neutras. Se compreendermos

    esse fato com clareza, ou seja, que a Grande Dama chamada Vidatem trs faces, os momentos difceis as chamadas crises tero um impacto muito menos doloroso sobre ns. fundamental queisso fique bem claro em nossa inteligncia, pois a inteligncia aprincipal arma do ser humano. Armados dessa compreenso, ouseja, de que os cenrios da vida se alternam para TODOS os sereshumanos, poderemos nos elevar acima dos acontecimentos econtinuarmos nosso caminho, seja ele qual for.

    I - A atitude do essencial

    De tempo em tempo, muito til, para nosso bem-estar, nosexaminarmos com cuidado, para podermos discernir o que realmente essencial em ns do que nos veio por intermdio doprocesso de educao, ou seja, pelos condicionamentos a quefomos submetidos. Desse ponto de vista, podemos dizer que temosdois lados: um que nos inerente, e, portanto, genuno, e outroque nos foi implantado de fora. O processo de nos implantaremalgo normal e universal. A grande vantagem, porm, de nostornarmos adultos que adquirimos a capacidade de olhar parans mesmos a fim de perceber o que nos foi imposto por esse

    processo e o que genuinamente nosso. Se exercitarmos esseolhar, pouco a pouco iremos distinguindo melhor o que de fatodesejamos do que nos foi ensinado que deveramos desejar; o quede fato pensamos em contraposio ao que todos pensam ao nossoredor; comeamos a distinguir o que de fato amamos do que nos foiensinado a amar; o que de fato somos daquilo que dizem quesomos. Se praticarmos a atitude de olhar para ns mesmos, iremos,pouco a pouco, abandonando tudo o que no nos pertence. E issonos tornar imensamente livres!

    II - A atitude que pode nos levar abundncia

    Se formos capazes de trabalhar com intensidade e, ao mesmotempo, refinar nossa inteligncia, cedo ou tarde a abundncia e ariqueza viro at ns. Em outras palavras, precisamos cultivar, aomesmo tempo, a nossa fora e a nossa luz. Desenvolver ainteligncia implica aprender a distinguir o verdadeiro do falso, onecessrio do suprfluo, o certo do errado, o justo do injusto.Desenvolver a fora significa no permitir que nossa energia deprogresso degenere em avidez destemida; que nosso naturalanseio por coisas boas no decaia em prazeres descontrolados; quenosso empenho em avanar no destrua nosso carter. Sebuscarmos essa atitude e a abundncia vier nos beneficiar,

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    poderemos dar o prximo passo que manter a riqueza adquirida.Nessa etapa, decisivo saber distinguir o que real do que apenas aparncia.

    III - A atitude no conflituosa

    Podemos agir cotidianamente a partir de uma atitude belicosa,conflituosa, sem ao menos perceb-lo. Isso muito comum entre aspessoas e mais fcil notar essa atitude nos outros do que em nsmesmos. Vale, pois, a pena nos examinar para detectar esse tipode disposio, escondida subterraneamente em ns mesmos. Ofato que uma atitude mais harmnica nos torna maisdescontrados, mais leves, mais agradveis e o mundo ao nossoredor reage a isso de forma muito positiva. Estar em conflito estar rgido. Estar em harmonia estar relaxado. A disposioconflituosa carrancuda enquanto a harmnica sorridente.Podemos optar pela melhor disposio, mas, se no percebermosnossas atitudes subjacentes, como poderemos optar?

    IV - A atitude de lidar com os obstculos

    Sempre existiro obstculos em nosso caminho, por isso, decisivoaprender a lidar com eles. Para isso, o primeiro passo consiste emsermos capazes de prev-los, se no todos, pelo menos algunsdeles. O fato de prevermos aumenta nossa fora e diminui oimpacto desagradvel que uma oposio sempre nos causa. O

    segundo passo consiste em no batermos de frente contra asbarreiras. preciso respeit-las e contorn-las. O terceiro passoconsiste em sabermos quando agir contra aquilo que est opondo-se e quando devemos prudentemente nos retirar da situao. Oltimo passo consiste em ficarmos preparados para jamais desistirtotalmente de nosso intento, apoiados na convico de que aperseverana faz milagres. Se tivermos a fora e a clarezanecessrias, enfrentaremos com sabedoria os obstculos que avida nos impe.

    I - A atitude de manter-se aberto

    Estar fechado significa estar cheio de conceitos e rtulos de todotipo, o que implica fazer julgamentos, sem parar. Esse fechamentotem como conseqncia direta uma contrao afetiva, ou seja, gerabarreiras emocionais que nos separam de tudo e de todos,tornando-nos verdadeiras ilhas humanas. Para que isso noacontea, podemos nos inspirar na montanha que, por ser slida econfiante, est aberta de todos os lados.

    II - A atitude de nutrio

    Todo ser humano tem necessidade de nutrir-se. Mas nonecessitamos apenas do alimento fsico: precisamos tambm

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    alimentar nosso intelecto e nossa afetividade. Sabendo disso,devemos procurar nos alimentar bem em todos os sentidos. Paraisso, precisamos aprender a ser cada vez mais inteligentes e a nosempenhar em desenvolver um corao cada vez mais afetivo. Paracompletar, vamos estimular os outros a fazerem o mesmo.

    III - A atitude de clareza

    delicioso encontrar algum que tenha clareza de esprito e decorao. Tudo que emana dessa pessoa faz bem para a nossacabea e o nosso corao. A receptividade dela nos acolhe e suacompreenso nos conforta. E o mais cativante que ela nos mostraque podemos tambm ser totalmente claros.

    IV - A atitude de saber manter-se distncia

    Muitas vezes nos queixamos de algum que nos fez algodesagradvel. Geralmente essas coisas acontecem porquepermitimos nos envolver com algumas pessoas de m qualidade oucom outras que so excelentes, mas confusas. Por isso, existe aarte de manter certo recuo, de manter certa distncia em relao aalgumas situaes. Isso exige muita firmeza de nossa parte. Essafirmeza, porm, no pode descambar em m vontade eintolerncia. Manter-se firme significa ter o controle interno dosnossos atos, enquanto, externamente, permanecemos tolerantes egenerosos. Mantenha-se firme em seu centro e o mundo sua

    volta vai girar harmonicamente