Algumas definições úteis: Contaminação introdução na água, solo ou atmosfera (ou em...
Transcript of Algumas definições úteis: Contaminação introdução na água, solo ou atmosfera (ou em...
Algumas definições úteis:
Contaminação
introdução na água, solo ou atmosfera (ou em alimentos) de substâncias contendo material radioativo, toxinas ou patógenos nocivos para a saúde humana.
Poluição
Alteração das características físicas, químicas, radioativas ou biológicas de qualquer parte do ambiente, criando danos reais ou potenciais à saúde, segurança ou bem estar do ser humano ou de qualquer espécie.
A água poluída apresenta características diferentes da água em condições normais. Por exemplo, a cor, o cheiro e a temperatura alterados podem ser indicativos de poluição.
A água contaminada contém substâncias tóxicas ou organismos estranhos àquele ambiente. (educar.sc.usp.br)
Walker et al. (2006):
Não faz distinção entre os termos poluente e contaminante, e usa somente o primeiro:
produtos químicos que excedem os níveis ambientais e podem causar algum dano.
Poluição natural x antrópica
http://www.mauricio.beltran.nom.br/blog/wp-content/uploads/2008/05/vulcao.jpg
http://www.metropolionline.com.br/wp-content/uploads/2008/04/poluicao-pequim.jpg
Poluente
Produto da atividade humana (ou natural) que entra ou torna-se concentrado no ambiente, tornando-se prejudicial para o ser humano ou outras espécies;
Nem todo poluente é produzido pelo homem
Ex. Metais, fósforo etc.
Nesse caso, o ser humano os concentra em local inadequado.
tempo
con
cen
traç
ão e
pro
f. d
o S
ecch
i
nutrientes (P, N)
Secchi
oxigênio no hipolímnio
metano, gás sulfídrico
oligotrófico eutrófico
Fitoplâncton
tempo
abu
nd
ânci
a/b
iom
assa
fitoplâncton
Ciprinodontídeos
macrófitas flutuantes
macrófitas submersas
Salmonídeos
eutrófico oligotrófico
Eutrofização
DIFERENTES CEPAS DE ESPÉCIES DE DIFERENTES CEPAS DE ESPÉCIES DE CIANOBACTÉRIAS:CIANOBACTÉRIAS:
Substâncias tóxicas Substâncias tóxicas diversas diversas
CIANOTOXINASCIANOTOXINAS
• NeurotoxinasNeurotoxinas
• HepatotoxinasHepatotoxinas
• CitotoxinasCitotoxinas
• Endotoxinas -LPSEndotoxinas -LPS
Cortesia: S. Azevedo (UFRJ)Cortesia: S. Azevedo (UFRJ)
Transformações das assembleias de macrófitas em resposta à eutrofização
Poluente natural:
Substância que se origina naturalmente, mas que se encontra em excesso.
Ex. gases de vulcão
Poluição sonora (nem todo poluente é químico):
Ruídos excessivos (acima de 90 decibéis) durante período prolongado.
Fontes
Dictionary of Environment (1991), Oxford Reference (1994), Glossário de Ecologia (1987), Walker et al. (2006)
ESTABELECIMENTO DO PADRÃO (Instrução técnica - NBR 10.151) – CETESB:
• O nível de ruído básico para áreas residenciais é 45 dB(A).
• Correções do critério básico para os diferentes períodos (Cp):
Período diurno: 0 dB(A)
Período noturno: -5 dB(A)
• Correções do critério básico para diferentes tipos de área (Cz):
- Áreas residenciais: + 10 dB(A)
- Áreas diversificadas (comércio, indústrias, residências): + 20 dB(A)
- Área predominantemente industrial: + 25 dB(A)
• O padrão de ruído é estabelecido através de:
- Nível de ruído permitido: 45 + Cp + Cz
Poluição luminosa (outro exemplo de poluição não química: resulta do uso inadequado e abusivo da energia
http://www.clocktower.demon.co.uk/stockgrove/light/earthlighths.jpg
Poluição luminosa: resulta do uso inadequado e abusivo da energia
www.geocities.com/sky_alnitak/astro/pl.html
Exemplo no Brasil:
Luzes em demasia nas praias comprometem o sucesso reprodutivo de tartarugas marinhas.
www.geocities.com/sky_alnitak/astro/pl.html
- A luz polarizada artificial serve como armadilha para sps sensitivas a essa fonte;
- Pode afetar relações predador-presa, sendo capaz de alterar a estrutura de comunidades.
Prova:
21 de agosto (quinta-feira)
Fontes difusas de poluição
Liberam poluentes em baixas concentrações a partir de vários pontos.
Em geral (nem sempre), os efeitos são observados após concentrarem-se na biota.
Exemplos:
i) biocidas contaminando um rio;
ii) fertilizantes derivados da agricultura;
Fontes pontuais:
Liberam poluentes em altas concentrações, a partir de fontes isoladas;
Os impactos são, geralmente, restritos às imediações, reduzindo-se na medida em que se afasta da fonte de lançamento.
Exemplos:
i) fumaça liberada por indústrias;
ii) esgoto doméstico sendo despejado em um rio.
Fontes pontuais e difusas
Fonte pontual
Recuperação
Vazamento de substâncias químicas após acidente com tanque em indústria da Alemanha
Assoreamento do córrego Caracu, P. Rico, PR.
Rotas de entrada dos poluentes em águas superficiais:
1. Emissários de esgoto:
- Vários tipos de poluentes orgânicos e inorgânicos; detergentes presentes;
- altamente variável, dependendo das fontes e da forma de tratamento que recebeu.
2. Emissários comerciais:
- Vários tipos de poluentes orgânicos e inorgânicos; ex.: metais em minas, matéria orgânica em fábricas de celulose etc.;
3. Emissários de usinas nucleares:
- Radionucleotídeos e água quente (em alguns casos);
4. Enxurrada:
- Vários tipos de poluentes orgânicos (em geral, biocidas);
- Difícil de medir e tratar.
5. Da atmosfera:
- Chuva, aplicação de biocidas ou contaminação acidental (escapes de outras atividades);
6. Escape de atividades petrolíferas:
- Contaminação com hidrocarbonetos;
- Difícil de medir e tratar.
De que forma utilizar a ciência (ecologia) para realizar
prognósticos de problemas ambientais ?
A importância do método científico para o monitoramento de problemas
ambientais
PERCEPÇÃO
préviasobservações
teorias
crençasobservadosproblemas
de trabalhohipóteses
existentesconceito
dedução
hipótesesformais
comparação
predição
confirmação falsificação
com observação
fasesintética
ou privada:
interaçãoinformale teste
faseanalítica,pública oupoperiana:
crítica outestes
formais
Diagrama esquemático do método hipotético-dedutivo, indicando a separação das fases
“privada” e “pública” da construção de teorias (Baseado em R. Peters, 1991)
Exemplo: observação do “efeito berçário”
berçário
Porque usar testes de hipóteses e várias análises/testes?
Porque muitas vezes as aparências podem enganar...um
exemplo real.
Ex. duas espécies de Typha aparentemente colonizam profundidades diferentes.
Ex. duas espécies de Typha aparentemente colonizam profundidades diferentes.
Hipótese: a profundidade determina a distribuição dessas espécies.Predição 1: uma das espécies colonizará regiões mais profundas que a outra.
Ex. duas espécies de Typha apresentam preferência por profundidades diferentes.
Hipótese: a profundidade determina a distribuição das espécies.
Predição 2: quando ambas crescem isoladamente, uma das espécies continuará colonizando locais mais profundos.
O biomonitoramento e os testes
ecotoxicológicos devem utilizar
o procedimento científico.
MODELO SIMPLIFICADO:
O local X está sendo alterado pelo poluente Z
Comparações com locais não poluídos
Predições biológicas (o que deve estar acontecendo nos locais
contaminados/poluídos?)
Testes estatísticos
Medidas e experimentos para avaliar os efeitos do poluente (predições biológicas)
Método Científico
Em todos esses casos, testa-se a hipótese de que “o local foi afetado”
MAS
Os resultados podem evidenciar que isso não aconteceu (rejeição da hipótese)!
Avanço quando se aplica o método científico à análise ambiental
Diferença entre SUPOSIÇÕES e a confirmação baseada em conceitos e
resultados
Exemplo:
Testes do efeito de várias concentrações de um poluente sobre um atributo biológico sempre comparando-se com um controle
ALGUNS CONCEITOS ÚTEIS DA ECOLOGIA
Definições:
Relação dos organismos entre si e com o ambiente (Odum, 1985)
Estudo científico das interações que determinam a distribuição e abundância dos organismos (Krebs, 2001)
Alguns processos ecológicos são complexos e dificilmente testáveis
através de experimentosKrebs (2001)
Observação e correlação:
Importantes ferramentas para detectar e avaliar impactos ambientais.
Uso de modelos:
Os modelos resumem as inter-relações;
Muitas vezes são construídos com dados históricos.
Relação fósforo - clorofila
Modelo que relaciona o coeficiente de partição água-octanol e o fator de
bioacumulação em peixes
Buratini SV & Brandelli A. 2006. Bioacumulação. In: Zagatto PA & Bertoletti E. (eds). Ecotoxicologia aquática: princípios e aplicações. São Carlos, RiMa.
Bush MB. 2008. Ecology of a changing planet. Prentice Hall.
Duarte CM & Kalff J. 1986. Littoral slope as a predictor of the maximum biomass of submerged macrophyte communities. Limnology and Oceanography 31: 1072-1080.
Krebs CJ. 2001. Ecology: The experimental analysis of distribuion and abundance. San Francisco, Benjamim Cummings.
Farji-Brener AG. 2006. La (significativa) importancia biológica de la no significancia estadística. Ecología Austral 16: 79-84.
Livros utilizados nessa aula:
http://www.metropolionline.com.br/wp-content/uploads/2008/04/ poluicao-pequim.jpg
http://www.mauricio.beltran.nom.br/blog/wp-content/uploads /2008/05/vulcao.jpg
http://www.clocktower.demon.co.uk/stockgrove/light/earthlighths.jpg
www.geocities.com/sky_alnitak/astro/pl.html
Endereços dos sítios utilizados nessa aula:
http://www.marietta.edu/~biol/biomes/images/mangroves/florida_eutrophication_7536.jpg
http://library.thinkquest.org/04oct/01590/pollution/culturaleutroph.jpg
http://sofia.usgs.gov/sfrsf/rooms/mercury/achilles_heel/bmagnify.gif
http://water.usgs.gov/nawqa/images/fig23.gif
http://educar.sc.usp.br/ciencias/recursos/resposta.html#rpp1