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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CAMPUS CURITIBA CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO CAIO NOGARA ANDREATTA TUI ALEXANDRE ONO BARANIUK WAGNER ANDRÉ GASPAROTTO ALFABETIZAÇÃO VISUAL CURITIBA 2007

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

CAMPUS CURITIBA

CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO

CAIO NOGARA ANDREATTA

TUI ALEXANDRE ONO BARANIUK

WAGNER ANDRÉ GASPAROTTO

ALFABETIZAÇÃO VISUAL

CURITIBA

2007

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CAIO NOGARA ANDREATTA

TUI ALEXANDRE ONO BARANIUK

WAGNER ANDRÉ GASPAROTTO

ALFABETIZAÇÃO VISUAL

Trabalho Acadêmico apresentado à disciplina

Oficina de Integração, como requisito parcial

Para obtenção de nota no Curso de Engenharia de

Computação da Universidade Tecnológica Federal

do Paraná.

Orientadores: Professor Arandi Ginane Bezerra Jr,

Professor Gustavo Alberto Gimenez Lugo e

Professor Luiz Ernesto Merkle.

CURITIBA

2007

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Resumo

Visto que muitas das informações sobre a dinâmica do mundo

contemporâneo são apresentadas graficamente, é trivial que a população saiba não

apenas lê-los, mas interpretá-los, apreendendo os possíveis significados da imagem

apresentada dificultando, por exemplo, a manipulação de massa.

Com o surgimento do programa Paraná Digital, iniciativa do governo do

Paraná, que está disponibilizando cerca de quarenta e quatro mil pontos de acesso

a rede e internet nas escolas do estado, abre-se a possibilidade de criar softwares

educativos que se difundam facilmente.

A proposta para alcançar tais objetivos é através da implementação de um

software que explore o ensino visual, focado nas diversas aplicações dos gráficos

mais comumente encontrados na mídia, desse modo, aproveitam-se as máquinas

que, apesar de disponibilizadas em espaços escolares, não estão sendo

devidamente aproveitadas.

O alvo do software é o aluno de oitava série em diante. É necessário o

embasamento matemático estudado na oitava série, porém o conteúdo das

aplicações contidas no software não é restringente, pois não se trata do ensino de

um conteúdo, mas sim de integração com a "realidade", familiarização com gráficos

e aprendizado através da prática.

Com uma interface simples, o programa desejado tem como uma das

prioridades integrar o aprendizado com a vivência real, criando gráficos sobre

situações corriqueiras, como o crescimento de uma árvore ou as eleições, por

exemplo . Optou-se por seguir uma linha construtivista, que dá prioridade ao aluno

ativo e a um conteúdo de interesse no seu contexto, ao invés de um aluno passivo

com conteúdo fixo. O software será open source, pois é importante a possibilidade

de efetuar alterações para adequação ao contexto de classe ou para adição de

novas aplicações. Foi desenvolvido na linguagem de programação JAVA.

Para avaliar a eficácia do programa foi elaborado um pré e um pós

questionário com nove questões cada, retiradas do ENEM , Cefet-RN e

Universidade Estadual de Montes Claros.

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Sumário

1. Introdução

1.1.Tema

1.1.1. Delimitação do tema

1.2.Problema e Premissas

1.3.Objetivos

1.3.1. Objetivo Geral

1.3.2. Objetivos Específicos

1.4.Justificativa

1.5.Metodologia

1.5.1. Metodologia da Pesquisa Bibliográfica e Documental

1.5.2. Metodologia da Pesquisa de Campo

1.5.3. Metodologia da Pesquisa de Laboratório

1.5.4. Metodologia de Avaliação

1.6.Embasamento Teórico

2. Revisão de Literatura

3. Material

4. Resultados

5. Considerações Finais

6. Referências

7. ANEXO A - Planejamento de conteúdo da oitava série do colégio estadual Dr. Xavier

da Silva.

8. ANEXO B - Conteúdo do 1° ano do 1° grau da Universidade Tecnológica Federal do

Paraná

9. ANEXO C - Questionário de avaliação de aprendizado.

10. ANEXO D - Especificações do Paraná Digital.

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1. Introdução

As pessoas vêm se tornando cada vez mais dependentes de sua capacidade

de entender imagens. Através da visão é que grande parte do aprendizado é

realizado, pois a percepção de imagens transforma-se num modo de comunicar

instantâneo e universal, por isso, essa capacidade tornou-se tão indispensável na

sociedade atual. Existem vezes que ao invés de palavras, são utilizados símbolos

para passar uma idéia ou sentimento, e o entendimento por parte do leitor depende

de sua habilidade de interpretar e extrair a informação contida neles.

Entender as inúmeras imagens que são visualizadas diariamente é uma

necessidade que se não for suprida, poderá trazer grandes deficiências sendo na

vida econômica e na habilidade de se comunicar com outras pessoas de modo

eficiente: as imagens vêm se tornando uma das principais formas de comunicação,

indispensáveis para a obtenção de informações e conhecimentos e construir bases

pedagógicas de sucesso.

1.1.Tema

Estudantes precisam ser capazes de separar o que é realmente relevante do

desnecessário ou superficial, e a educação visual torna estes alunos menos

vulneráveis à manipulação visual, em qualquer que seja a área envolvida. Um bom

ensino visual deve dar ao aluno um senso crítico para com relação às imagens e

assim torná-lo mais capaz de falar sobre e manipulá-las, sendo que um dos métodos

necessários para isso é a introdução de bons softwares de auxílio.

O tema proposto é “Alfabetização Visual”, que engloba a interpretação de

gráficos apresentados pela mídia. O programa tem como objetivo melhorar a

interpretação de gráficos, investindo na área de aplicações, interatividade e

comparações.

1.1.1. Delimitação do tema

O software tem como foco principal os gráficos apresentados pelos meios de

comunicação, por esse motivo foram elaborados aplicativos interativos com

assuntos semelhantes ao de um jornal, revista, etc. como, por exemplo, política,

economia, esportes, cotidiano, entre outros.

1.2.Problema e Premissas:

Muitas pessoas têm dificuldades na interpretação de gráficos, e muitas vezes

não percebem como eles estão presentes em seu cotidiano, seja em revistas,

jornais, televisão, entre outros. Como concluíram Liliane e Roseline [1], depois de

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estudo feito com oitavas séries, são necessárias mais seqüências didáticas que

auxiliem o professor a melhorar a interpretação por parte dos alunos de gráficos da

mídia impressa. Isso se deve porque muitas das escolas não cumprem o papel de

tratar a informação, deixando os alunos despreparados ao lidar com tal tipo de

exposição de informações. Como citado anteriormente, as pessoas vêm se tornando

cada vez mais dependentes de sua capacidade de entender imagens, e por isso

caracteriza-se um grande problema social se não houver tal competência,

principalmente nas gerações profundamente envolvidas nesse processo.

Como disse Magda Soares [2], saber ler e escrever não são condições

suficientes para responder adequadamente às necessidades contemporâneas, é

necessário ‘letrar-se’, fazer uso da leitura e da escrita no cotidiano e fazer uso delas

como função social.

Apesar da instalação de laboratórios de informática nas escolas públicas, não

existe um bom aproveitamento dessa tecnologia, faltam programas que auxiliem

tanto o professor educar quanto alunos a aprender, como verificado na Escola

Estadual Barão do Rio Branco.

Visto que o programa ‘Paraná Digital’, realizado pelo governo do Paraná, está

implantando laboratórios de informática nas escolas do estado ligados a internet,

torna-se possível construir um software educacional útil para alunos de tais escolas.

Visitando algumas escolas públicas do centro de Curitiba, notou-se que nem todos

os laboratórios estão implantados. Em contradição, na escola estadual Barão do Rio

Branco o laboratório está pronto, porém não há pessoas qualificadas e nem

softwares para que seja devidamente aproveitado. Propõe-se a construção de um

software que seja útil no ensino das escolas, através de uma parceria com

professores e com o projeto Paraná Digital.

O software foi nomeado IGraph, e tem por base abordar alguns dos gráficos

mais comuns encontrados nos diversos tipos de mídias, como gráficos de colunas,

pizza (setores) ou linhas, comparando valores e mostrando o crescimento

econômico do país, por exemplo. Cada tipo de gráfico tem suas vantagens e

desvantagens, e por meio de um software pretende-se auxiliar o usuário a entender

esse tipo de visualização de dados, e onde melhor utilizar cada um destes.

1.3.Objetivos:

1.3.1. Objetivo geral:

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Promover a Alfabetização Visual com o auxílio de um software didático

que seja disponibilizado na Internet sendo assim utilizado por escolas públicas do

estado.

1.3.2. Objetivo específico:

Auxiliar alunos que estejam cursando séries a partir da oitava série

(nona série no novo projeto de ensino) do ensino fundamental a aprimorar a

interpretação dos três formatos de gráficos (podendo ser expandido para outros

formatos) mais presentes nos diversos meios de comunicação: pizza (setores),

linhas e barras. Será elaborado um software didático gratuito e Open Source

contendo aplicações que permitam a interatividade entre usuário e variação de

valores num gráfico.

Disponibilizar o programa na web com a cooperação de Ana Cláudia

Bastian Machado estando disponível em um link no "Portal Dia-a-dia Educação" na

forma de Applet JAVA, facilitando seu acesso.

Através de uma turma piloto de oitava série de alguma escola

estadual localizada em Curitiba onde o laboratório já esteja

disponível (provavelmente no Colégio Estadual do Paraná), realizar testes a fim de

tornar o software o mais estimulante e interativo possível, para assim cumprir a

função de alfabetizar visualmente os alunos envolvidos.

Aumentar o contato e experiência do aluno na área de informática.

É importante salientar que o software não tem por objetivo substituir o

professor nem ensinar gráficos, mas sim de servir como ferramenta auxiliar para o

professor. O IGraph torna possível novos meios de apresentar o conteúdo ao aluno,

possibilitando diferentes comparações e visualizações de um mesmo gráfico [19],

utilizando informações do contexto atual, compatível com o aluno (usuário).

1.4. Justificativa:

A maioria dos softwares didáticos disponíveis não possui versão em português,

além de muitas vezes serem pagos, o que os torna quase que inacessíveis às

escolas mais carentes. Existem algumas pessoas que já tiveram iniciativas criando

sites de ensino com jogos e simulações de matemática [10], construtores de gráficos

[9], entre outros, mas ainda são poucos os Softwares Livres ou Open Source com

finalidade didática. Deste modo, é importante possibilitar que estudantes da rede

pública de ensino tenham acesso a softwares educativos sem que haja custo e que

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este possua conteúdo útil e atual, que permita a estes alunos receber uma melhor

educação, e de modo agradável.

A sociedade atual exige que as pessoas tenham compreensão do que vêem e

lêem, ou seja, que sejam "alfabetizadas visualmente", e um programa que estimule a

interpretação de significados por de trás de imagens, entre outras atividades [7],

quando bem feito e empregado, só trará benefícios.

A linha pedagógica utilizada no programa é a Construtivista, pois dá prioridade

à forma como o aluno aprende, enfatizando a construção do conhecimento a partir

das relações com a realidade.

É necessário que a pessoa perceba de que modo o computador pode ajudar na

sua vida (por exemplo, fazendo diferentes tipos de gráficos que interajam com o

usuário) e não apenas fique fascinada com o que ele é capaz de fazer. A idéia é de

que a pessoa utilize na vida real o que ela aprender com o software.

A necessidade de programas livres e adequados a uma situação específica é

grande, sendo que o programa deve atingir seu objetivo educacional proposto sem

exigir um conhecimento (especialização) prévio na área de informática por parte do

usuário, uma vez que a familiarização com a informática é um dos objetivos

contemplados.

Como o programa visa enfocar os gráficos mais presentes na mídia (jornais,

revistas, televisão, internet, rádio, etc.) os temas (meio ambiente, política, ciências,

economia, esportes, cotidiano) foram escolhidos por serem os de maior importância

dentro do contexto informativo e publicitário.

O programa será implementado na linguagem de programação Java por ser a

linguagem mais conhecida e familiar aos integrantes do grupo, além de possuir

todos os recursos que serão necessários.

1.5.Metodologia de Pesquisa:

1.5.1. Metodologia da Pesquisa Bibliográfica e Documental:

Qualquer material que tenha um objetivo didático deve ser correto, e isso só

poderá ser alcançado com um bom entendimento do tema a ser ensinado e a

técnica correta de ensino, o que pode ser melhorado com a ajuda de referências de

profissionais da área.Para encontrar a bibliografia necessária foram feitas consultas

às bibliotecas da universidade e foram usados sites de pesquisa e de instituições,

como de universidades e governamentais. Os livros citados nas referências estão

disponíveis nas bibliotecas da Universidade Federal do Paraná.

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1.5.2. Metodologia da Pesquisa de Campo

Através do contato com institutos educacionais, é possível conhecer e saber

quais as necessidades educacionais, tendo assim uma idéia do que seria

interessante para os alunos e professores. A escola que inicialmente ‘abriu portas’

para a implantação do nosso projeto foi a Escola Estadual Barão do Rio Branco,

porém o projeto, que foi encaminhado para a Secretaria de Educação do Paraná,

não teve resposta a tempo de poder ser implementado. Visitamos também outros

dois colégios públicos, o colégio estadual Dr. Xavier da Silva e o Instituo de Ensino

Erasmo Pilotto, os quais não possuíam o laboratório, referente ao projeto Paraná

Digital (ANEXO D), totalmente implantados.

Através de Ana Cláudia Bastian Machado, do Portal Dia-a-dia Educação, foi

possível estabelecer contato com o portal do Paraná Digital. Através dessa parceria

pudemos ir ao Cetepar e realizar um teste com um Applet demonstrativo em um

four-head,o qual foi importante para corrigir alguns erros do programa e poder

avaliar o desempenho do computador. Também através dessa parceria será

possível realizar o teste com uma turma do Colégio Estadual do Paraná, onde serão

aplicados os pré e pós testes, intermediado pela utilização do software. Através

dessas possibilidades podemos coletar os dados necessários para poder avaliar o

desempenho do software, corrigir erros e adequá-lo.

1.5.3. Metodologia da Pesquisa de Laboratório:

Muitos testes foram feitos para que o software fosse livre de bugs (até agora

descobertos), agradável de usar e possuísse uma didática correta. Com o auxílio de

livros técnicos, professores da área e colegas de curso foi possível o

desenvolvimento de testes na própria universidade, no Cetepar e na casa dos

desenvolvedores a fim de alcançar um bom software.

Foram realizados testes em um four-head, a fim de verificar o desempenho

dos computadores, para que o software não comprometa o desempenho da

máquina. O software também foi testado por colegas de curso a fim de sondar por

problemas não detectados pelos desenvolvedores e ter uma opinião diferente sobre

o contexto gráfico. Também foi realizado um teste com a distribuição do Debian

usada nos four-heads, o qual foi bem sucedido.

1.5.4. Metodologia de Avaliação:

Para verificar que efetivamente houve aprendizado com o uso do programa,

deverá ser estabelecida uma comparação entre um pré-teste e um pós-teste

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(intercalados com o uso do software) que foram elaborados com questões retiradas

de provas do ENEM, Cefet-RN e da Universidade Estadual de Montes Claros e

possuem um nível homogêneo.

Possivelmente a avaliação será realizada em uma turma de oitava série do

Colégio Estadual do Paraná, pois a parceria com Ana Cláudia possibilita tal acesso.

O questionário (ANEXO C) que será aplicado consiste em nove questões de múltipla

escolha, cada um, e através da porcentagem de acertos do pré e pós-teste será

possível avaliar se houve melhora na interpretação gráfica.

1.6. Embasamento Teórico:

Doutora em educação, licenciada em letras e professora emérita da UFRGS,

Magda Soares afirma, numa entrevista feita por Eliane Bardanachvili [2]:

Nos dias de hoje, em que as sociedades do mundo inteiro estão cada vez mais centradas na escrita, ser alfabetizado, isto é, saber ler e escrever tem se revelado condição insuficiente para responder adequadamente às demandas contemporâneas. É preciso ir além da simples aquisição do código escrito, é preciso fazer uso da leitura e da escrita no cotidiano, apropriar-se da função social dessas duas práticas; é preciso letrar-se. O conceito de letramento, embora ainda não registrado nos dicionários brasileiros, tem seu aflorar devido à insuficiência reconhecida do conceito de alfabetização. E ainda que não mencionado, já está presente na escola, traduzido em ações pedagógicas de reorganização do ensino e reformulação dos modos de ensinar, [...] .

A cada momento, multiplicam-se as demandas por práticas de leitura e de escrita, não só na chamada cultura do papel, mas também na nova cultura da tela, com os meios eletrônicos [...]. Se uma criança sabe ler, mas não é capaz de ler um livro, uma revista, um jornal, se sabe escrever palavras e frases, mas não é capaz de escrever uma carta, é alfabetizada, mas não é letrada [...]. [...] em sociedades grafocêntricas como a nossa, tanto crianças de camadas favorecidas quanto crianças das camadas populares convivem com a escrita e com práticas de leitura e escrita cotidianamente, ou seja, vivem em ambientes de letramento.

A diferença é que crianças das camadas favorecidas têm um convívio inegavelmente mais freqüente e mais intenso com material escrito e com práticas de leitura e de escrita [...]. É prioritário propiciar igualmente a todos o acesso ao letramento, um processo de toda a vida.

O seguinte trecho foi retirado de A experiência do Projeto Classificação de

Software Livre Educativo [4]:

Ao contrário do que se costuma imaginar, a informática na educação não pode restringir-se apenas ao ensino de como operar o computador, pois este pode ser também um elemento estimulante para crianças e adolescentes aprenderem conteúdos curriculares através de atividades interativas utilizando, por exemplo, o mouse, telas coloridas e efeitos sonoros.

As atividades digitais multimídia, na sua maioria, possuem grande apelo visual, acabam encantando pelo layout com cores vibrantes, som e movimento e fascinando até o professor que muitas vezes tem um conhecimento limitado de computação e se impressiona com a interface colorida, o áudio e os vídeos, principalmente nos produtos direcionados às crianças.

Entretanto, comumente têm-se utilizado programas convencionais, como editores de texto e de planilhas gráficas, para introduzir os alunos de ensino fundamental e médio à informática. Infelizmente, o uso de software educacional especificamente destinado ao ensino das disciplinas curriculares ainda é incipiente, devido a diversos fatores, entre eles, desconhecimento sobre o assunto.

Vale salientar que, os softwares educacionais são programas que visam atender necessidades vinculadas à aprendizagem, devendo possuir objetivos pedagógicos e sua

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utilização deve estar inserida em um contexto e em uma situação de ensino baseados em uma metodologia que oriente o processo através da interação, motivação e descoberta, facilitando a aprendizagem de um conteúdo.

O software utiliza a pedagogia construcionista e construtivista, sendo esta

última exposta a seguir em um breve resumo encontrado na Folha Online [14]:

Construtivismo/estruturalismo de Jean Piaget:TEORIA: O filósofo Jean Piaget (1896-1980) estudou os modos com que a criança entende o

mundo espontaneamente por assimilação -organizando os dados do exterior de uma maneira própria- e por acomodação, isto é, "deformando" essa organização para poder compreender a realidade. Para Piaget, a inteligência lógica tem um mecanismo auto-regulador evolutivo. Certas noções, como quantidade, proporção, sequência, causalidade, volume etc. surgem espontaneamente em momentos diferentes do desenvolvimento da criança em sua interação com o meio. As idéias de Piaget garantiram aos psicólogos que havia um mecanismo natural de aprendizagem e que a escola deveria acompanhar a curiosidade da criança, propondo atividades com temas que a interessassem naquele momento, sem se prender a um currículo rígido [!] [..] .

Agora se explicita a idéia principal do construcinismo [22]:

De forma geral, o Construcionismo estuda o desenvolvimento e o uso da tecnologia, em especial, do computador, na criação de ambientes educacionais. Foi criado por um matemático, Seymour Papert, e, embora seja de âmbito geral, muitos trabalhos de pesquisa construcionistas tiveram a Matemática como tema central. Trata-se de uma síntese da teoria de Piaget e das oportunidades oferecidas pela tecnologia para uma educação contextualizada, na qual os aprendizes trabalham na construção de produtos que lhes sejam significativos, e através da qual determinados conhecimentos e fatos podem ser aplicados e compreendidos.

Explicita-se agora a conclusão da pesquisa feita com alunos de oitava série,

realizada por Roseline Silva, aluna bolsista do Programa de Iniciação Científica do

curso de Pedagogia da UFPE e Liliane Lima, professora Orientadora, Mestra em

Psicologia da Educação Matemática do Departamento de Administração Escolar e

Planejamento Educacional da UFPE [1]:

Reconhece-se a necessidade do desenvolvimento de seqüências didáticas que auxiliem o professor a aprimorar a interpretação de gráficos da mídia impressa pelos alunos [!], o que a escola particular já realiza, embora de modo assistemático. Dessa forma, este estudo sugere que a inclusão do ensino do tratamento das informações na mídia impressa a partir do uso de gráficos, pode ser eficiente no aprimoramento desta habilidade. Sendo este aspecto ressaltado no que concerne a rede pública de ensino, uma vez que os alunos da escola pesquisada apresentaram nas interpretações iniciais aos gráficos estratégias de tratamento das quantidades pouco elaboradas e centradas em comentários e/ou descrições de dados quantitativos, sem, contudo, aprofundar as suas análises, requerendo para isto de intervenções específicas por parte da pesquisadora.

O processo didático implementado pelas escolas se revelou como elemento definidor para a construção e elaboração do conhecimento de gráficos por parte dos alunos.

O que foi citado acima ajuda a entender a importância de fornecer

ferramentas auxiliares aos professores para o ensino da interpretação gráfica aliada

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a um contexto atual, assim como a importância de ser uma ferramenta acessível às

escolas públicas.

Quando o objetivo é explicar algo, é muito importante o modo como o

conteúdo é apresentado, e o trecho a seguir serve como uma referência do que

facilita a interpretação da representação gráfica, retirada da tese de mestrado de

Michael Schiff [6], doutor em filosofia para ciência de computação, e traduzida para o

português:

• Simplicidade: os dados devem ser codificados de forma a minimizar a complexidade da representação;

• Consistência: dados semelhantes devem ser representados de forma semelhante; • Compatibilidade: a associação entre a representação e o conteúdo deve ser tão

próxima quanto possível; • Congruência: a representação deve ser congruente com o modelo prévio que o leitor

tem mentalmente definido; • Relevância: certos aspectos da representação só devem variar se essa variação tiver

significado; • Convenção: o formato da representação deve subordinar-se a certas convenções

sociais reconhecidas e praticadas pela comunidade;

Melhorando-se a leitura dos gráficos mais simples, o entendimento dos mais

complexos se torna mais fácil [19]. No seu livro Envisioning Information [20], Edward

Tufte cita como utilizar cores e imagens, mantendo um ambiente harmônico e

chamando a atenção para o que é importante. Também enfatiza o fundo que tende

ao cinza, com alguns focos de cores fortes nos pontos onde se deseja chamar a

atenção, e traz exemplos de diversos gráficos e imagens.

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2. REVISÃO DE LITERATURA:

Tendo em vista atingir os alunos de escolas públicas foi essencial que o

IGraph fosse um Open Source, gratuito e de livre distribuição em português, que

pudesse ser implantado nos laboratórios das escolas, carentes de programas

contextualizados. Como o programa é Open Source, sua implementação possibilita

a adição de novas aplicações e assuntos, assim como fácil substituição das figuras e

alteração de textos.

Para a criação de um software didático com objetivos visuais, a forma como

os conteúdos são mostrados aos alunos deve ser sempre levada em consideração.

Deste modo, foram lidas referências, tais como Edward Tufte [20], que deram uma

boa contribuição para eventuais dúvidas que surgiram no decorrer do

desenvolvimento do programa, tais como escolha de cores e onde utilizá-las: fundos

cinza mesclados com cores mais fortes para o fundo, e focos de cores fortes nos

pontos onde se deseja chamar mais atenção foram fatos levados em conta no

desenvolvimento do software, para a obtenção de um ambiente harmônico, sem

confundir o usuário, ou seja, propício ao ensino.

No início do desenvolvimento foram buscadas alternativas de

desenvolvimento com um enfoque maior na parte gráfica, como o Processing [21],

mas como a utilização deste trouxe algumas limitações na implementação (por exigir

muito processamento e por haver possíveis conflitos com os componentes Swing

usados em outras classes do programa), acabou-se optando por construir o

programa apenas com a API padrão do Java, linguagem familiar ao grupo.

Dado o objetivo do projeto, o IGraph é composto por aplicações interativas, e

sempre que possível, são colocadas mais que uma forma de representação gráfica

de um mesmo dado, visto que estes fatores influenciam na assimilação e

interpretação dos conteúdos pelo aluno[19], aprende-se mais quando há interação,

do contrário, o aprendizado é menos efetivo; Utilizar vários gráficos para demonstrar

uma mesma informação contribuem mais para o aprendizado. Os temas ou assuntos

tratados pelas aplicações foram feitos com base em notícias presentes em revistas,

como Veja, IstoÉ, INFO e sites, como o do green peace (www.GreenPeace.org),

com gráficos que representam taxas de emissão de CO2 por exemplo, etc.

Segundo as características do ambiente construcionista [22], na dimensão

pragmática o aprendiz deve ter a sensação de aprender algo que seja de uso

imediato, colocando-o assim em contato com novos conceitos. O contato com algo

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útil incentiva cada vez mais a busca pelo saber e entender. É importante integrar as

atividades com a cultura pessoal. Ainda nos conceitos do construcionismo, gera-se o

processo de descrição-execuçāo-reflexão-depuração.

Segue a seguir a descrição deste processo [22], fundamental para o processo

de aprendizagem desejado com o software IGraph:

O computador realiza a execução da seqüência de comandos, apresentando na tela, por exemplo, o resultado. Observando o resultado sendo gerado e sua forma final, o aprendiz faz uma reflexão, comparando-os com o que havia planejado. Neste ponto podem ocorrer duas situações, sendo que em uma delas o resultado fornecido é o esperado e a atividade está concluída. A outra situação ocorre quando o resultado fornecido pelo computador não corresponde ao esperado e o aprendiz necessita depurar o programa (debugging), ou seja, rever o processo de representação da solução do problema. [...]

Após depurar o programa, uma nova descrição é gerada e o ciclo descrição-execuçāo-reflexão-depuração se repete em um novo nível até que o aprendiz esteja satisfeito com o resultado obtido [...].

A pesquisa realizada por Holly A. Taylor, Carl E. Renshaw e Erwin J. Choi [19]

examina os impactos dos formatos de apresentação de gráficos na interpretação de

mapas de contorno normais. Os estudantes primeiramente praticaram lendo dois

gráficos de temperatura tanto em preto e branco quanto em cores. Separaram-se os

estudantes em quatro grupos de acordo com o tipo de gráfico que haviam recebido.

Sendo assim, os estudantes completaram testes usando apenas mapas com

contornos básicos. Os testes examinaram a compreensão de gráficos como

distribuição da temperatura na superfície do oceano, concentração de fosfato

oceanográfico, e ativação cerebral. Os resultados sugerem que os estudantes tendo

praticado com diferentes formatos do mesmo mapa melhoram uma posterior

compreensão de mapas com contornos básicos. Para aperfeiçoar o impacto de um

exercício de ensino requer um entendimento de quanto a complexidade do exercício

influencia na compreensão.

De acordo com a pesquisa se as habilidades necessárias para aprender com

um exercício cujo objetivo é o ensino excedem as habilidades dos alunos, estes

rapidamente ficam frustrados e o exercício fica sem efeito não atingindo seu

objetivo.

O experimento foi elaborado com o objetivo de determinar o quanto o formato

do reforço de contorno dos mapas influencia na eficácia de um exercício feito para

introduzir os alunos aos contornos de mapas. Este experimento é um esforço coma

finalidade de identificar metodologias que melhoram a eficácia do ensino da

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Instrução Assistida por Computador (Computer-Assisted Instruction – CAI: exercícios

interativos em computador).

O projeto CAI promove um entendimento de gráficos, pois tem a flexibilidade

de mostrar a mesma informação em diferentes formatos. Enquanto inúmeros

estudos deram o mérito ao CAI por prezar a memorização, apenas recentemente o

CAI esta sendo usado para facilitar processos cognitivos de níveis elevados, como

tomada de decisão e resolução de problema. A flexibilidade proporcionada pelo CAI

também promove outra habilidade cognitiva, a interpretação gráfica.

Geralmente os estudantes despendem pouco tempo com gráficos, dando-lhes

uma atenção passiva. Assim os estudantes freqüentemente não desenvolvem

suficientemente a habilidade de interpretar gráficos, particularmente gráficos mais

complexos.

Um relacionamento intuitivo entre elementos gráficos e a informação que eles

transmitem parece facilitar o entendimento. As cores são rapidamente percebidas e

utilizando-as intuitivamente para reforçar o contorno dos mapas utilizados no testes

diminuiu-se a necessidade de interpretação no entendimento do gráfico como um

todo.

De acordo com os resultados dos testes analisando-se o desempenho,

estudantes que receberam gráficos com duas cores reforçadas se saíram muito

bem, tanto na pratica quanto nos testes. Os estudantes que receberam mapas com

varias cores tiraram as melhores notas nos testes dentre todos os alunos.

Seguindo idéias semelhantes ao do projeto CAI e dos resultados dos

experimentos é que o IGraph foi desenvolvido. Com cores que atraiam o estudante e

facilitem a interpretação dos gráficos, facilitando também o aprendizado. Da mesma

forma como o projeto CAI, nas aplicações do IGraph as informações são

apresentadas com diferentes formatos, possibilitando o estudante captar a

informação pelo formato que lhe melhor convém, porém possibilitando o

aprendizado uma vez que pode haver a comparação de interpretações a partir do

diferentes formatos.

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3. Material:

A primeira versão do programa possui 6 aplicações que serão resumidas a

seguir:

Eleições: Após uma breve introdução com uma tabela de dados, pergunta-se

ao aluno como seria a representação daqueles dados em um gráfico. Após isso, é

feita uma simulação com 3 candidatos, onde o aluno pode votar e ver como a

representação é dada por gráficos de pizza e coluna. É importante notar que o aluno

tem a possibilidade de acompanhar a conseqüente mudança no gráfico conforme

vota nos candidatos.

Olimpíadas: Apresenta, através de um gráfico de linhas e outro de barras, o

desempenho do Brasil nas olimpíadas, através da contagem de medalhas.O aluno

pode alterar as competições com o auxílio de uma barra de rolamento que varia a

data. Também possui uma área de curiosidades sobre a participação do país nas

olimpíadas.

Economia: Gráficos de pizza e barra comparam o PIB dos países

selecionados pelo usuário. O aluno tem a possibilidade de sobrepor gráficos e fazer

comparações, elemento importante para o aprendizado.

Crescimento: Demonstra o relacionamento de dois eixos (idade e altura),

também com uma barra de rolamento para que se varie a idade da árvore (baseada

na vida e altura do Eucalipto) representada, e botões que indicam se a que está

sendo representada é uma que recebeu adubo durante seu crescimento ou não.

Juntamente com a árvore cria-se um gráfico de linha, fazendo assim a comparação

de algo real com uma notação matemática.

Transporte: Pensando novamente no cotidiano do aluno, esta aplicação

recebe do usuário a freqüência com que ele utiliza alguns meios de transporte numa

semana, e representa estes dados graficamente no formato de pizza e barras.

Também traz uma questão sobre qual a melhor representação dada para os dados,

e a vantagem de cada um.

Supermercado: Pede ao aluno que este insira produtos, definido como um

tipo de produto e com seu respectivo preço, de uma lista de compras possivelmente

real. A aplicação desenha um gráfico de pizza com estes dados, permitindo ao aluno

verificar em qual tipo de produto foram maiores os seus gastos.

O IGraph não possui imagens pesadas para facilitar sua distribuição pela

internet,que será feita através do porta do Paraná Digital, não exigindo assim um

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grande processamento da máquina, uma vez que os four-heads ficam

sobrecarregados quando têm de executar vídeos, por exemplo, o que foi verificado

durante um teste com um four-head semelhante ao usado nas escolas. Porém,

suporta vários applets com animações simples sem sobrecarga. Esse teste ocorreu

na Cetepar, e durante o mesmo, foi visto o ambiente e as especificações das

máquinas. Após este contato com as máquinas, foi feito um teste com a plataforma

Debian do Paraná Digital, conseguida da Celepar, e o programa executou sem

problemas.

Para fazer o pré e pós-teste e verificar se ouve melhora na capacidade de

interpretação gráfica dos alunos da turma piloto, foram selecionadas questões que

envolviam gráficos de provas do ENEM, Cefet-RN e da Universidade Estadual de

Montes Claros, por serem estas provas de conhecimentos gerais que visam avaliar

os alunos do Brasil na área de interpretação principalmente.

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4. Resultados

Na busca por uma turma teste, foram visitadas algumas escolas públicas no

centro de Curitiba tais como: Escola Barão do Rio Branco, Colégio Estadual Xavier

da Silva e Instituto de Educação Erasmo Pilotto. Destes colégios, apesar de todos

estarem dentro do projeto Paraná Digital, apenas o Barão do Rio Branco tinha um

laboratório pronto para uso. Infelizmente não houve resposta da secretaria da

educação, e foi necessária a procura de um novo colégio. A possível solução

encontrada foi o Colégio Estadual do Paraná. Como no início do projeto era

esperado conseguir contato com um professor de turma teste de ensino

fundamental, tanto para decidir o tema do software a ser desenvolvido quanto para

auxílio na elaboração do questionário, o desenvolvimento do programa demorou a

iniciar, e este fator, junto à necessidade de adaptação do projeto para alcançar uma

turma de ensino médio, causou um atraso que impediu a sua aplicação na possível

turma disponibilizada através da parceria com Ana Cláudia. Deste modo, o teste na

turma foi adiado, com data de aplicação prevista para antes da apresentação final

deste projeto.

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5. Considerações Finais

Apesar das dificuldades na obtenção de uma turma piloto, a implementação

do software pode ser considerada bem sucedida, não exigindo grande

processamento, com imagens que não ocupam muita memória, executável através

da Internet, com espaço oferecido pelo Paraná Digital. Tem um design atraente, com

foco na alfabetização visual, aplicações interativas e mais de um gráfico para os

mesmos dados em boa parte das aplicações. Foi executado com sucesso nos testes

feitos.

A implementação do programa, com aplicações e interações com usuário não

foram tão fáceis quanto o esperado, o que também para que o software tivesse

menor número de aplicações. Porém imagens, classes base, como as utilizadas

para desenhar os gráficos, atualizar a tela, etc., estão prontas, deste modo, futuras

ampliações e/ou atualizações poderão ser feitas sem grandes dificuldades.

Devido à boa estruturação da base do software, facilmente foi feita a

distribuição das tarefas, sendo que cada integrante ficou responsável por duas

aplicações. Uma dificuldade encontrada pelo grupo foi que, em muitos dos

momentos, o grupo não estava presente fisicamente para trabalhar e discutir melhor

os problemas a serem tratados, sendo a maioria dos 'encontros' via internet, o que

prejudica em muito a produtividade.

Mesmo não tendo conseguido realizar a avaliação até o atual momento, há a

possibilidade de conseguir uma turma no Colégio Estadual do Paraná, e pretende-se

que para a apresentação final os resultados já estejam em mãos. Em futuros

projetos estes problemas devem ser previstos com maior antecedência, para que

sejam feitas as devidas medidas e precauções, e não ocorram atrasos como no

caso. O questionário necessário para realizar tal avaliação está pronto, porém ainda

passará por revisão de um professor.

O software ainda não está hospedado no portal do Paraná Digital, pois não foi

possível terminar uma versão inicial a tempo de requisitar a hospedagem. Mas,

como há o contato com a Ana Cláudia do portal Dia-a-dia Educação, assim que uma

versão inicial for estabilizada será possível hospedá-lo.

Inicialmente o projeto visava o ensino através de um tutorial integrado com

aplicações. Constatou-se que o ensino de um conteúdo engloba inúmeras

fundamentações e não apenas a pesquisa sobre o conteúdo, revelando-se

extremamente complexo. Como a expectativa de que a escola Estadual Barão do

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Rio Branco aceitasse o projeto e pudesse disponibilizar um professor e/ou um

pedagogo auxiliador foi frustrada, optamos por focar o programa apenas na área de

aplicações, mas não sem antes tentar implementar o tutorial por independentemente

de um profissional da área. Novamente, a tentativa foi frustrada em face da

complexidade na metodologia de ensino. O tema não foi alterado, apenas o foco,

sendo este o de promover a interação do usuário com os tipos de gráficos

propostos.

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6. Referências:

[1] SILVA, Roseline Nascimento da e LIMA, Liliane Maria Teixeira de. Interpretação de gráficos por alunos da 8ª série de diferentes redes de ensino. Disponível em: http://paje.fe.usp.br/~etnomat/anais/CO21.html Acessado em 26/08/2007.

[2] BARDANACHVILI, Eliane. Entrevista com Magda Becker Soares - Letrar é mais que alfabetizar Jornal do Brasil – 26/11/2000. Disponível em: http://intervox.nce.ufrj.br/%7Eedpaes/magda.htm Acessado em 26/08/2007.

[3] SOARES, Magda. A reinvenção da alfabetização, 26/05/2003. Disponível em: http://www.meb.org.br/biblioteca/artigomagdasoares Acessado em 26/08/2007

[4] KOEFENDER, Júlia, NAKAHARA, Kimie Cadorini ,SAVI, Rafael, DANTAS , Wagner Sack. A experiência do Projeto Classificação de Software Livre Educativo (CLASSE). Julho 2006. Disponível em: http://www.cinted.ufrgs.br/renote/jul2006/artigosrenote/a25_21182.pdf. Acessado em: 26/08/2007

[5] KANNO, Mário. Marcos na História da Visualização de Dados Disponível em: http://www.infografe.com/. Acessado em: 03/09/2007.

[6] SCHIFF, Michael. Designing Graphic Presentations from First Principles(1998). Disponível em: http://bizviz.jorgecamoes.com/principios-de-design-para-a-boa-interpretacao-de-graficos/. Acessado em: 27/08/2007.

[7] BAMFORD, Anne; The Visual Literacy White Paper. Disponível em: http://www.adobe.com/uk/education/pdf/adobe_visual_literacy_paper.pdf Acessado em: 20/09/07

[8] DIGEST, Eric; Visual Literacy and Learning in Science Disponível em: http://www.ericdigests.org/2003-1/visual.htm Acessado em: 21/09/07

[9] U.S. Department of Education. Institute of Education Sciences, National Centerfor Education Statistics. Disponível em: http://nces.ed.gov/nceskids/graphing/classic/Acessado em: 21/09/07

[10] Modellus Interactive Modelling with Mathematics Disponível em: http://phoenix.sce.fct.unl.pt/modellus/ Acessado em: 20/09/07

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[11] Costa, Mário; Sistemas Tutores Inteligentes. Disponível em: http://www.nce.ufrj.br/ginape/publicacoes/trabalhos/MacarioMaterial/Sti.htmAcessado em: 25/09/07

[12] BARTON, Holly; Information Literacy Learning How to Learn. Disponível em: http://www.ri.net/RITTI_Fellows/Barton/infolit.html Acessado em: 20/09/07

[13] SÁ, Jaciara de, Seus Alunos Sabem Ler Gráficos e Tabelas? Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0185/aberto/mt_88591.shtml Acessado em: 26/09/07

[14] Conheça os principais métodos pedagógicos que existem no Brasil, Folha Online. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/guia_para_pais-metodos.shtml Acessado em 23/09/2007

[15] FONTES, Carlos, Métodos Pedagógicos. Disponível em : http://educar.no.sapo.pt/metodo1.htm Acessado em 23/09/2007

[16] ARAÚJO, Ives S., VEIT, Eliane A., MOREIRA, Marco A. Atividades de modelagem computacional no auxílio à interpretação de gráficos da CinemáticaDisponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-47442004000200013&script=sci_arttext Acessado em: 10/09/2007.

[17] SANTOS, Sandra da Silva, MAGINA, Dra. Sandra Maria Pinto Disponível em: http://www.proem.pucsp.br/projetos/tabletop/artigo_sandrinha.htmAcessado em: 10/09/2007.

[18] EGGER, Anne E., Visualizing Scientific Data An essential component of research. Disponível em: http://visionlearning.com/library/module_viewer. php?mid=109&l=&c3= Acessado em 29/10/07

[19]TAYLOR, HOlly A., RENSHAW, Calr E., CHOI Erwing J., Effect of Multiple Formats on Understanding Complex Visual Displays, Journal of Geoscience Education. Disponível em: http://findarticles.com/p/articles/mi_qa4089/is_200403/ai_n9366702 Acessado em 29/10/07

[20] TUFTE, Edward R., Envisioning Information, Cheshire: Graphics Press, c1990.

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[21] PROCESSING 1.0 (BETA).Disponível em: www.processing.org . Acesso em : 26/08/2007

[22] BICUDO, Maria Aparecida Viggiani e BORBA, Marcelo de Carvalho. Educação Matemática: persquisa em movimento. - 2 ed. revisada - São Paulo: Cortez, 2005.

[23] D'AUGUSTINE, Charles H.. Métodos modernos para o ensino da matemática; tradução de Maria Lúcia F. E. Peres. Rio de Janeiro, Ao Livro Técnico,1976

[24] BANCO CENTRAL DO BRASIL. Taxas de Câmbio. Disponível em: http://www5.bcb.gov.br/pec/taxas/port/PtaxRPesq.asp?idpai=TXCOTACAO Acesso em: 03/11/2007;

[25] Gráficos, Tabelas e Equações no nosso dia a dia. Disponível em: http://www.dmm.im.ufrj.br/projeto/precalculo1/sala/conteudo/capitulos/cap36.htmlAcessado em: 3/11/2007.

[26] EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO. Provas e Gabaritos; Disponível em:http://www.enem.inep.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=19&Itemid=47 Acesso em: 30/10/2007.

[27] PORTAL EDUCACIONAL. Eleições 2004. Disponível em:http://www.educacional.com.br/especiais/eleicoes2004/matematica/ Acesso em: 28/10/2007.

[28] CEFET-RN. Provas e Gabaritos – Nível Médio. Disponível em:http://www.cefetrn.br/exames/provas-e-gabaritos/provas/nivel-medio Acessado em: 27/10/2007.

[29] UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS. Disponível em: http://www.cotec.unimontes.br/download/22005/g2/m_escolha/geografia_ms_g2.pdfAcessado em: 27/10/2007.

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ANEXO A - Planejamento de conteúdo da oitava série do colégio estadual Dr. Xavier da

Silva.

COLÉGIO ESTADUAL DR. XAVIER DA SILVA

PLANEJAMENTO DE CURSO

NOME DO PROFESSOR: Dionéia Dobrowolski Kovalski / Nadya Nassif

SÉRIE: 8° GRAU 1° (Ensino fundamental) TURNO: Tarde N° DE AULAS: 4

ÁREA DO CONHECIMENTO : Ciências DISCIPLINA : Matemática ANO: 2007

1° BIMESTRE

CONTEÚDO:

Potenciação dos números reais Radiciação dos números reais

ENCAMINHAMENTO: Aulas expositivas, lista de exercício, trabalhos em rupos, pesquisas, atividades de laboratório.AVALIAÇÃO:

Tarefas em classe e extra classe Grupos de estudo Trabalho em grupo e individual Laboratório Avaliação escrita e recuperação paralela

2° BIMESTRECONTEÚDO:

Equação do 2°grau Teorema de Tales Semelhança de figuras planas

ENCAMINHAMENTO: Aulas expositivas,lista de exercícios, trabalhos em grupos, pesquisas, atividades de laboratório.AVALIAÇÃO:

Tarefas em classe e extraclasse Grupos de estudo Trabalho em grupo e individual Laboratório Avaliação escrita e recuperação paralela

3° BIMESTRECONTEÚDO:

Triângulo Retângulo (Pitágoras)

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Trigonometria no triângulo retânguloENCAMINHAMENTO: Aulas expositivas,lista de exercícios, trabalhos em grupos, pesquisas, atividades de laboratório.AVALIAÇÃO:

Tarefas em classe e extraclasse Grupos de estudo Trabalho em grupo e individual Laboratório Avaliação escrita e recuperação paralela

4° BIMESTRECONTEÚDO:

Estudo das funções Noções de estatística

ENCAMINHAMENTO: Aulas expositivas,lista de exercícios, trabalhos em grupos, pesquisas, atividades de laboratório.AVALIAÇÃO:

Tarefas em classe e extra classe Grupos de estudo Trabalho em grupo e individual Laboratório Avaliação escrita e recuperação paralela

Curitiba, 09 de fevereiro de 2007.Entregue a Equipe pedagógica : 09/02/2007

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ANEXO B - Conteúdo do 1° ano do 1° grau da Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Disciplina: MATEMÁTICALer, interpretar e utilizar representações matemáticas (tabelas, gráficos, expressões, etc).Exprimir-se com correção e clareza, tanto na língua materna, como na linguagem matemática, usando a terminologia correta.

1° BIMESTRECONJUNTOS: Natural inteiro, irracional e real.INTERVALOS: Na reta real, na forma da linguagem de desigualdades e colchetes; A união e intersecção de intervalos reais.SISTEMA CARTESIANOFUNÇÃO: Definição: Formas de apresentação:Domínio, contradomínio e imagem; Função inversa.

2° BIMESTREFUNÇÃO DO 1° GRAU Definição de função constante e de 1° grau; Gráficos das funções:constante e de 1° grau; Zero das funções; Sinal das funções.INEQUAÇÃO DO 1° GRAU: Definição; Tipos: simples, simultâneas, produto e quociente.FUNÇÃO DO 2° GRAU: Definição ; Vértice, zeros e gráficos ; Domínio e conjunto imagem; Sinal da função do 2° grau.

3° BIMESTREINEQUAÇÃO DO 2° GRAU: Definição, Tipos: simples, produto e quociente.DOMÍNIO DE FUNÇÃO: Domínio, contradomínio e conjunto imagem.FUNÇÃO DEFINIDA POR VÁRIAS SENTENÇAS: Definição ; Gráfico da função definida por várias sentençasFUNÇÃO EXPONENCIAL: Definição; Gráfico de uma função exponencial; Equações Exponenciais redutíveis a uma base comum.

4° BIMESTRELOGARÍTMO: Definição ; Propriedades; Mudança de base; Equações logarítmicasFUNÇÃO LOGARÍTMICA: Definição, Gráfico .SEQUÊNCIAS : DefiniçãoPROGRESSÕES ARITMÉTICAS: Definição; Termo Geral; Soma dos termos da P.A. .PROGRESSÕES GEOMÉTRICAS: Definição; Termo Geral; Soma dos termos de uma P.G. infinita.

FORMAS DE AVALIAÇÃO: Provas objetivas e discursivas.

Fonte: MANUAL DO ALUNO, 1ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO, CAMPUS CURITIBA

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ANEXO C - Questionário de avaliação de aprendizado.

Pré-Avaliação IGraph

O teste é composto de nove questões de múltipla escolha, cada uma com quatro alternativas das quais apenas UMA é a resposta correta referente ao enunciado da questão.QUESTÃO 01

Analise o gráfico.

Precipitação (mm), em Manaus, no período 1961—1990 Fonte: www.inpe.gov.br

A análise do gráfico permite inferir que:

A) a distribuição mensal das chuvas, mesmo na região equatorial, ocorre de forma irregular.B) o índice pluviométrico, em Manaus, permaneceu elevado durante todos os meses do ano.C) os meses de agosto e setembro são caracterizados pela ausência de chuvas.D) a maior parte das chuvas, em Manaus, ocorre nos períodos do inverno e da primavera

QUESTÃO 02

Resumo Energético do BrasilO Brasil possui no total 1.429 usinas, onde 1.076 estão em operação, gerando 76.136.364 kW de potência, 110 estão em construção e outras 243 prestes a serem construídas.(VEJA. São Paulo: Editora Abril, v. 1926, ano 38, n. 41, out., 2005, p. 118. )

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Assinale a alternativa que representa graficamente a quantidade de usinas em operação no Brasil, de acordo com a tabela e o texto acima.

A) B)

C) D)

QUESTÃO 03

O título adequado para a matéria jornalística em que o gráfico acima seja apresentado:

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A) Apicultura: Brasil ocupa a 33.a posição no ranking mundial de produção de mel —as abelhas estão desaparecendo no paísB) O milagre do mel: a apicultura se expande e coloca o país entre os seis primeiros no ranking mundial de produçãoC) Sabor bem brasileiro: Brasil inunda o mercado mundial com a produção de 15 mil toneladas de mel em 2005D) Sabor de mel: China é o gigante na produção de mel no mundo e o Brasil está em 15.o lugar no ranking.

QUESTÃO 04

As figuras acima apresentam dados referentes aos consumos de energia elétrica e de água relativos a cinco máquinas industriais de lavar roupa comercializadas no Brasil. A máquina ideal, quanto a rendimento econômico e ambiental, é aquela que gasta, simultaneamente, menos energia e água.Com base nessas informações, conclui-se que, no conjunto pesquisado,

A) quanto mais uma máquina de lavar roupa economiza água, mais ela consome energia elétrica.B) a máquina I é ideal, de acordo com a definição apresentada.C) a máquina que menos consome energia elétrica não é a que consome menos água.D) a máquina que mais consome energia elétrica não é a que consome mais água.

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QUESTÃO 05No gráfico abaixo, mostra-se como variou o valor do dólar, em relação ao real, entre o final de 2001 e o início de 2005.Por exemplo, em janeiro de 2002, um dólar valia cerca de R$ 2,40.

(Fonte: Banco Central do Brasil.)

Durante esse período, a época em que o real esteve mais desvalorizado em relação ao dólar foi no

(A) final de 2001.(B) final de 2002.(C) início de 2003.(D) final de 2004.

QUESTÃO 06

Em uma área observa-se o seguinte regime pluviométrico:Os anfíbios são seres que podem ocupar tanto ambientes aquáticos quanto terrestres. Entretanto, há espécies de anfíbios que passam todo o tempo na terra ou então na água. Apesar disso, a maioria das espécies terrestres depende de água para se reproduzir e o faz quando essa existe em abundância. Os meses do ano em

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que, nessa área, esses anfíbios terrestres poderiam se reproduzir mais eficientemente são de A) setembro a dezembro.B) novembro a fevereiro.C) janeiro a abril.D) maio a agosto.

QUESTÃO 07Moradores de três cidades, aqui chamadas de X, Y e Z, foram indagados quanto aos tipos de poluição que mais afligiam as suas áreas urbanas. Nos gráficos abaixo estão representadas as porcentagens de reclamações sobre cada tipo de poluição ambiental.

X Y Z

Considerando a queixa principal dos cidadãos de cada cidade, a primeira medida de combate à poluição em cada uma delas seria, respectivamente:

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QUESTÃO 08

Foram publicados recentemente trabalhos relatando o uso de fungos como controle biológico de mosquitos transmissores da malária. Observou-se o percentual de sobrevivência dos mosquitos Anopheles sp. Após exposição ou não a superfícies cobertas com fungos sabidamente pesticidas, ao longo de duas semanas. Os dados obtidos estão presentes no gráfico ao lado. No grupo exposto aos fungos, o período em que houve 50% de sobrevivência ocorreu entre os dias:A) 2 e 4.B) 4 e 6.C) 6 e 8.D) 8 e 10.

QUESTÃO 09

A produção agrícola brasileira evoluiu, na última década, de forma diferenciada. No caso da cultura de grãos, por exemplo, verifica-se nos últimos anos um crescimento significativo da produção da soja e do milho, como mostra o gráfico. Pelos dados do gráfico é possível verificar que,no período considerado,

A) a produção de alimentos básicos dos brasileiros (arroz e feijão) cresceu muito pouco.B) a produção de feijão foi a maior entre as diversas culturas de grãos.

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C) a cultura do milho teve taxa de crescimento superior à da soja.D) as culturas de soja e milho decresceram.

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Pós-Avaliação IGraph

O teste é composto de nove questões de múltipla escolha, cada uma com quatro alternativas das quais apenas UMA é a resposta correta referente ao enunciado da questão.QUESTÃO 01

O gráfico a seguir representa a previsão do lucro mensal de uma empresa que está lançando um novo produto. O lucro previsto para o final do 1º mês e para o final do 6º mês será, respectivamente:

Lucro (em mil reais)

A) – 200 mil reais e 200 mil reais B) – 100 mil reais e 300 mil reais C) – 100 mil reais e 200 mil reais D) 200 mil reais e 200 mil reais

QUESTÃO 02

Os gráficos abaixo, extraídos do sítio eletrônico do IBGE, apresentam a distribuição da população brasileira por sexo e faixa etária no ano de 1990 e projeções dessa população para 2010 e 2030.

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Se for confirmada a tendência apresentada nos gráficos relativos à pirâmide etária, em 2050,

A) a população brasileira com 80 anos de idade será composta por mais homens que mulheres.B) a maioria da população brasileira terá menos de 25 anos de idade.C) a população brasileira do sexo feminino será inferior a 2 milhões.D) a população brasileira com mais de 40 anos de idade será maior que em 2030.

QUESTÃO 03

O gráfico abaixo representa o número de horas diáriastrabalhadas por um professor:

Qual é a média diária de horas trabalhadas por esseprofessor?A) 8 horasB) 8 horas e 24 minutosC) 8 horas e 30 minutosD) 8 horas e 40 minutos

QUESTÃO 04

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Nos últimos anos, ocorreu redução gradativa da taxa de crescimento populacional em quase todos os continentes. A seguir, são apresentados os dados relativos aos países mais populosos em 2000 e também as projeções para 2050.

Com base nas informações acima, é correto afirmar que, no período de 2000 a 2050,

A) a taxa de crescimento populacional da China será negativa.B) a população do Brasil duplicará.D) a população do Paquistão crescera mais de 100%.E) a China será o país com a maior taxa de crescimento populacional do mundo.

QUESTÃO 05:

O gráfico ao lado foi extraído de matéria publicada no caderno Economia & Negócios do jornal O Estado de S. Paulo, em 11/6/2006.É um titulo adequado para a matéria jornalística em que esse gráfico foi apresentado:

A) Brasil: inflação acumulada em 12 meses menor que a dos EUAB) Inflação do terceiro mundo supera pela sétima vez a do primeiro mundoC) Inflação brasileira estável no período de 2001 a 2006D) Queda no índice de preços ao consumidor no período 2001-2005E) EUA: ataques terroristas causam hiperinflação.QUESTÃO 06

Considerando os conhecimentos sobre o espaço agrário brasileiro e os dados

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apresentados no gráfico, é correto afirmar que, no período indicado,

A) ocorreu um aumento da produtividade agrícola devido à significativa mecanização de algumas lavouras, como a da soja.B) verificou-se um incremento na produção de grãos proporcionalmente à incorporação de novas terras produtivas.C) registrou-se elevada produção de grãos em virtude do uso intensivo de mão-de-obra pelas empresas rurais.D) constataram-se ganhos tanto na produção quanto na produtividade agrícolas resultantes da efetiva reforma agrária executada.

QUESTÃO 07

Ao longo do século XX, as características da população brasileira mudaram muito. Os gráficos mostram as alterações na distribuição da população da cidade e do campo e na taxa de fecundidade (número de filhos por mulher) no período entre 1940 e 2000.

Comparando-se os dados dos gráficos, pode-se concluir que:

A) quando predominava a população rural, as mulheres tinham em média três vezes menos filhos do que hoje.B) a diminuição relativa da população rural coincide com o aumento do número de filhos por mulher.C) quanto mais aumenta o número de pessoas morando em cidades, maior passa a ser a taxa de fecundidade.D) com a intensificação do processo de urbanização, o número de filhos por mulher tende a ser menor.

QUESTÃO 08

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A distribuição da População Economicamente Ativa (PEA) no Brasil variou muito ao longo do século XX. O gráfico representa a distribuição por setores de atividades (em %) da PEA brasileira em diferentes décadas. As transformações socioeconômicas ocorridas ao longo do século XX, no Brasil, mudaram a distribuição dos postos de trabalho do setor:

A) agropecuário para o industrial, em virtude da queda acentuada na produção agrícola.B) comercial e de serviços para o industrial, como conseqüência do desemprego estrutural.C) agropecuário para o industrial e para o de comércio e serviços, por conta da urbanização e do avanço tecnológico.D) comercial e de serviços para o agropecuário, em virtude do crescimento da produção destinada à exportação.

QUESTÃO 09

O consumo diário de energia pelo ser humano vem crescendo e se diversificando ao longo da História, de acordo com as formas de organização da vida social. O esquema apresenta o consumo típico de energia de um habitante de diferentes lugares e em diferentes épocas.

Segundo esse esquema, do estágio primitivo ao tecnológico, o consumo de energia per capita no mundo cresceu mais de 100 vezes, variando muito as taxas de crescimento, ou seja, a razão entre o aumento do consumo e o intervalo de tempo em que esse aumento ocorreu. O período em que essa taxa de crescimento foi mais acentuada está associado à passagem

(A) de 500 mil anos para 100 mil anos(B) de 5000 mil anos antes de Cristo para 1400 anos depois de Cristo(C) de 1400 anos depois de Cristo para o final do século XIX(D) do final do século XIX para o século XX

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Fontes:

Enem 2007,2005 e 2004Disponível em: http://www.enem.inep.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=19&Itemid=47

Cefet-RNDisponível em:http://www.cefetrn.br/exames/provas-e-gabaritos/provas/nivel-medio

Universidade Estadual de Monte ClaroDisponível em:http://www.cotec.unimontes.br/download/22005/g2/m_escolha/geografia_ms_g2.pdf

GABARITO

PRÉ-TESTEQUESTÃO ALTERNATIVA

CORRETA01 A02 A03 D04 C05 B06 B07 D08 D09 A

PÓS-TESTEQUESTÃO ALTERNATIVA

01 C02 D03 B04 D05 A06 A07 D08 C09 D

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ANEXO D - Especificações do Paraná Digital.

Como serão os novos laboratórios de informática das escolas estaduais?

Serão usadas para compor o laboratório equipamentos em uma tecnologia que é utilizada há mais de cinco anos pela Universidade Federal do Paraná que é a tecnologia de Cliente-Servidor. Funciona da seguinte forma: você tem um computador do qual se exige mais, uma máquina mais completa chamada de servidor e outras máquinas que passam a ser escravas desse servidor. Então, as máquinas que estiverem conectadas a este servidor funcionam na velocidade dele, podem utilizar a mesma capacidade de memória e o disco desse servidor.

O Estado pretende reaproveitar então as máquinas que já estão nas escolas?

Estão sendo comprados novos computadores. O Estado tem um parque hoje de 16 mil maquinas dessas sete mil estão nas escolas para uso pedagógico, mas 99% são obsoletas. A principio usaríamos essas maquinas ligando nesse servidor comprando uma placa de vídeo e de rede para que esteja interligada a este servidor. Como vamos estar interligados por fibra, a manutenção será feita de forma remota. Isso não acontecer porque a manutenção será feita de forma remota. Nós calculamos o custo para desenvolver o software e aplicativos para administrar esta rede e chegamos a ordem de R$3 milhões de reais. Nós fizemos então convênio com a Universidade Federal do Paraná e todo o ferramental está sendo desenvolvido pela Universidade por R$770mil reais. Além de ser mais baixo, destes, 300 mil foram investidos em laboratórios de pesquisa e o restante foi revertido em bolsas auxilio para estudantes. O Estado equipou a universidade e possibilitou bolsas a estudantes, o que em termos sociais resultou em um ganho muito grande.

Durante a pesquisa foi desenvolvida uma nova tecnologia chamada de multi-terminal, que é bem simples: são quatro monitores, teclados e mouses ligados num único computador, ou seja, ligados a uma única CPU e funcionando como se fossem quatro computadores independentes. Esta CPU central vai estar ligada ao servidor e cada terminal vai trabalhar na velocidade do servidor. Na realidade é uma mistura do projeto inicial e desta forma reduzimos o custo de instalação dos equipamentos parte elétrica e lógica. Ao invés de ter 44 mil pontos de rede, vamos ter 11mil pontos. Outra vantagem é que a manutenção física não é de 44 mil máquinas, mas de 11 mil. Em termos custos, a avaliação mostrou que vale mais a pena ao Estado usar o multi-terminal do que adaptar as máquinas antigas. Para adaptá-las ao novo sistema, teríamos que fazer uma manutenção preventiva, instalar placa de rede e de vídeo. O grande problema disso, que o estado não consegue fazer contrato de manutenção, enquanto os equipamentos novos usados no multi-terminal como mouses, teclados e monitores tem garantia de três anos. Então se somar custo de adaptação mais o custo de manutenção e comparar com a compra de equipamentos novos, fica mais caro.

Quanto aos usuários e escolas, quais serão as vantagens dessas tecnologias desenvolvidas?

Fizemos ambiente gráfico personalizado, Cada aluno ou professor vai ter um login de usuário e senha. Cada vez que logar na escola usa uma área exclusiva dele dentro do disco do servidor, como se fosse um micro pessoal , o que ele grava nenhum outro usuário tem acesso. Hoje, o que ele grava, arrisca alguém na aula do horário seguinte apagar o que foi feito.

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Estamos dando a possibilidade para que cada aluno ou professor tenha um computador pessoal dentro da escola e possa armazenar suas informações com segurança. (...)

Como fica o armazenamento de informações neste multi-terminal?

Cada aluno terá 20 mega pra colocar dentro do disco. Os professores e funcionários terão 100 megas e cada laboratório vai ter um gravador de CD ou DVD para gravar seus dados. Terá também uma impressora a laser para cada 20 computadores. (…)

Treechos retirados de “O que é o Paraná Digita? Saiba Mais”, Disponível em : http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/portal/paranadigital/saiba_mais.php Acessado em 26/09/2007.

Características do Paraná DigitalO ambiente para o usuário do Projeto Paraná Digital apóia-se em duas premissas básicas: a adoção da filosofia de software livre e a utilização de interfaces gráficas. Isto explica as características do ambiente, que incorpora, simultaneamente, vantagens da abordagem de software livre - da qual se selecionou o sistema operacional Linux, às capacidades das interfaces gráficas - representadas aqui pelo ambiente GNOME. Este potencial é disponibilizado para a comunidade alvo por meio do ambiente de interface Paraná Digital, especialmente desenvolvido para ela pela equipe do Projeto. O sistema Paraná Digital foi construído a partir de uma distribuição Linux Debian, com vários aplicativos instalados. No entanto, alguns desses aplicativos foram modificados para que fosse possível deixar o sistema do modo desejado e mais apropriado de acordo com as necessidades das escolas do estado do Paraná. Um dos aplicativos que necessitou ser alterado para se adequar aos ideais do projeto Paraná Digital é o GNOME, que viabiliza o ambiente de trabalho. (...) O ambiente de trabalho do sistema Paraná Digital, por ser baseado no GNOME, é um ambiente de trabalho “amigável”, que possibilita ao usuário configurar facilmente o seu computador. (...) Enfim, por herdar várias características do GNOME, o ambiente de trabalho Paraná Digital é um poderoso ambiente gráfico que aproveita de uma forma abrangente os recursos da rede de computadores. O ambiente de trabalho Paraná Digital proporciona muitas vantagens para o usuário, tais como a facilidade de uso, a configuração em modo gráfico, uma interface com alto grau de interatividade com o usuário. Devido a isso, a manipulação de suas poderosas ferramentas é relativamente simples. (...)

Trecho retirado de “Projeto Paraná Digital – Manual do Usuário” página 15. Disponível em : http://www.c3sl.ufpr.br/prd-suporte/manuais/pdf/Usuario.pdf . Acessado em 26/09/2007.