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Edição de julho do jornal Aldeia de Caboclos

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EditorialPrezados leitores e irmãos de fé, é com muita

atenção, respeito, apoio, ação e crucial espírito patriótico que compartilhamos deste momento exemplar da história brasileira, ou seja, é com imensa satisfação que aplaudimos e prestamos valoroso auxílio à aguerrida e admirável atua-ção popular no último mês, principalmente dos jovens brasileiros.

Espetacular ver o povo sem bandeiras partidá-rias ou sindicais clamando por um Brasil mais justo, mais honesto, mais limpo, mais forte e mais igual.

Marcante acompanhar o povo agindo ordeira e bravamente pelo próprio povo, caminhando pelas ruas de todo país, em muitas capitais e até em pequenas cidades, lutando pelos seus direi-tos básicos e fundamentais, pelo efetivo comba-te à corrupção e por uma legislação mais rígida e eficaz contra os crimes que assolam, apavo-ram e aterrorizam nossa sociedade.

O Brasil não agüenta mais as injustiças so-ciais, a corrupção em todos os setores da so-ciedade, principalmente no meio político, pois neste último deveriam estar as pessoas que de forma honrada e atuante nos representam, mas ao contrário, estão muitos que são a cau-sa maior do período negro pelo qual passamos, pessoas merecedoras de repúdio de todo cida-dão de bem.

Todavia, os indignos, inertes e corruptos tive-ram uma mostra real e efetiva da força do povo quando este se une e atua enfaticamente pelos seus direitos, por uma sociedade de valores e princípios, por um Brasil melhor, mais justo, mais seguro e em constante progresso, entenda--se, com acesso à saúde, educação, transporte, segurança e lazer de qualidade a todos.

Que a caminhada e a busca por um país exem-plar, de forma sempre pacífica e ordeira, siga firme e atingindo seus objetivos, com cada um

de nós fazendo a sua parte verdadeiramente.

E que a luz dos Bons Espíritos e Orixás sigam nos guiando e protegendo!

Que Oxalá ilumine o caminho de todos nós!

Salve a Umbanda, que é amor e caridade, Sal-ve Zambi!

Alexandros Barros Xenoktistakis

EXPEDIENTE

Diretor: Engels B. Xenoktistakis

Direção de Arte: Daniel Coradini

Redator: Engels B. Xenoktistakis

Colaboradores: Adriano Camargo /

Ronaldo Linares e

Alexandros Xenoktistakis

Assessoria Jurídica: Alexandros Barros

Xenoktistakis – OAB/SP 182.106

contato: [email protected]

PREVISÃO BARALHO CIGANOCartas: CHAVE - ÂNCORA - ENVELOPE

AMOR - Período de reafirmar os rela-cionamentos, ótimo período para casa-mento e união. Nesse momento, procu-re falar mais dos seus sentimentos, seja mais amoroso e carinhoso com a pessoa amada, ou até mesmo com as pessoas próximas a você. Bases mais sólidas afe-tivas nesse período. Comunicação entre você e a pessoa amada fluirá muito me-lhor nesse período, desde que tenha sin-ceridade e transparência.

PROFISSIONAL E FINANCEIRO - Mo-mento de novos contatos na parte pro-fissional e financeira, abertura de novos caminhos. Agitação e comunicação no lado profissional será algo muito forte

nesse mês de julho, oportunidades de trabalho, ou até mesmo você que pensa em montar seu próprio negócio esse é o período ideal. Batalhe em seus novos projetos e sonhos antigos.

SAÚDE - Um cuidado em especial com a coluna e também com a parte respira-tória, pois será um período de alguma dificuldade nessa parte física. Mantenha o bom humor, pensamentos positivos e mais que isso, reserve seu momento de meditação e descanso nesse período.

Carolina Amorim Taróloga e Terapeuta holística

Fone: 11- 23694241 ou 984096944. Agende agora mesmo sua consulta.

http://esoterismoestreladooriente.blogspot.com.br

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Hoje eu quero falar sobre nossos compadres e co-madres: Exu, Pomba-gira e Exu Mirim. Tem gente que não pode nem ouvir falar deles, afinal, onde já se viu usar roupas escuras, beber marafo, fumar, só pode ser coisa do diabo...

Como é próprio dos seres humanos, julgam, tiram suas próprias conclusões e condenam implacavel-mente aquilo que sequer fazem ideia do que seja. E pior, muitos dos que condenam se prestam a ir aos terreiros fazer pedidos amorosos, ou até mesmo pra prejudicar algum desafeto.

Quem conhece o povo da esquerda como eu conhe-ço, sabe da seriedade e da retidão desses guardiões, que estão o tempo todo ao nosso lado e conhecem nossas fraquezas como ninguém.

E também sabe que eles fazem apenas o seu papel nessa grande engrenagem que é a criação; diferente de nós, que temos o livre-arbítrio - e o usamos mui-to mal, por sinal - eles, mesmo sendo qualificados como algo que não são, seguem em frente trabalhan-do, para alcançar o destino de todos nós, a evolução.

O que a maioria das pessoas ainda não entendeu, é que existe o encima e o embaixo, e nós estamos no meio; há ordem encima, como há ordem embaixo, e aqui não há. As nossas escolhas é que estabelecem o caos, o mundo é tal qual nós os enxergamos, tal qual nós o tornamos.

Os guardiões só existem porque, além da evolução, há a involução; porque nossas próprias escolhas fa-zem com que nós alcancemos planos melhores ou piores, “subindo ou descendo”.

Os que se encontram sob a guarda dos Exus estão lá para serem curados, esgotados no seu negativismo,

orientados, ajudados e encaminhados; o inferno não é lá, o inferno é aqui. Aqui é que as leis são ignoradas, que o dinheiro fala mais alto, que a hipocrisia corre solta e que os valores são distorcidos.

O Diabo, meus queridos irmãos, é a inveja, o egoís-mo, a falta de amor ao próximo. O Diabo é julgar com ignorância, é apontar os erros alheios e abraçar as próprias falhas. O Diabo é dobrar os joelhos na igreja, mas não dobrar a língua ao falar do que não conhece. O Diabo é a ganância desmedida, que tira o dinhei-ro dos hospitais, das escolas, das creches. O Diabo é se aproveitar da fragilidade do outro, lucrar com a desgraça alheia, com a miséria, com a ignorância. O Diabo é o comércio da fé, é tirar o dinheiro de quem pouco tem às custas de promessas de prosperidade, de riqueza ou do paraíso.

Nunca vi Exu matar, roubar ou destruir, mas seres humanos fazendo isso vejo todos os dias. Sair por aí com a bíblia embaixo do braço dizendo que tudo é cul-pa do Diabo é muito fácil; difícil é lutar com nossas próprias más inclinações, é enxergarmos um palmo além do nosso nariz, e admitir que a única espécie que pratica o mal por opção somos nós, a raça humana.

Nossos compadres e comadres não merecem os cré-ditos que muitas vezes a eles são atribuídos; muitos médiuns se escondem atrás deles pra por pra fora suas perversidades, e dizer o que pensam a respei-to das pessoas. Muito do que dizem em nome deles parte dos seres humanos, e não é o que eles pensam.

Exu é a força de realização, é o movimento; Pomba--gira é a alegria de viver, a leveza, a feminilidade; Exu Mirim é a traquinagem, a brincadeira, e a meu ver o maior mistério da Umbanda. E todos eles têm tanto a ensinar, se conseguíssemos ouvir seus sábios

conselhos e segui-los, quantas lágrimas de dor deixa-riam de cair...

Mas apesar dos pesares, eles continuam guardando, nossas casas, nossas ruas, nossos caminhos, mesmo que não possam nos guardar de nós mesmos.

Um Exu me disse certa vez, que o que tem no “in-ferno” não é fogo: é luz. E pra quem não sabe, muitos de nosso povo da esquerda já alcançaram o direito de ir para planos melhores, e por opção ficaram onde estão, porque acham que lá servem melhor a Deus...

Isso mesmo, Deus os colocou lá, pois como se diz, não há uma folha de árvore que caia sem que Ele permita; pois bem, se eles estão lá é porque Ele permite, e confia neles a ponto de entregar os filhos a seus cuidados.

Por isso, quando estiver incorporado com seus com-padres e comadres, preste muita atenção no que faz e no que diz, pois tudo isso um dia será cobrado. Dê a eles todo o respeito, seriedade e valor que eles merecem.

Tenho pena daqueles que se prestam a fazer qual-quer tipo de “teatro” usando o nome de qualquer um deles, pobres de espírito é o que são.

A todos eles, me faltam palavras para agradecer por toda a proteção, ensinamentos, e a pureza que só os es-colhidos têm... Laroyê Exu, Pomba-gira e Exu Mirim.

UmbandaLegal

Por Mãe Valéria Siqueira

Terreiro de UmbandaPai Oxóssi, Caboclo 7 Flechase Mestre Zé PilintraCríticas e sugestões:[email protected]

LAROYÊ

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OBRIGAÇÕES PARA NANÃ E OBALUAIÊ

Falando de Umbandapor Pai Ronaldo Linares

no SANTUÁRIO NACIONAL DA UMBANDA

No dia 15 de junho de 2013 os alunos do 28º Barco do Curso de Formação Sacerdotal da FEDERAÇÃO UM-BANDISTA DO GRANDE “ABC”, fizeram suas obriga-ções aos Orixás NANÃ e ABALUAIÊ no Vale dos Orixás do SANTUÁRIO NACIONAL DA UMBANDA.

Para NANÃ os médiuns prepararam uma armação de madeira para que pudessem colocar sob a esteira. Após arrumarem toda sua oferenda na toalha coloca-da sobre a esteira foram consagrados pelos sacerdotes Babá Dirce e Babalaô Diamantino e receberam suas guias, devidamente consagradas e cruzadas com um pouco do curiador de cada aluno alli presente. Após terem suas cabeças cobertas pelo Ogãs, ficaram em oração até que a Babá os chamasse para colocarem suas esteiras no lago.

Todos se posicionaram e aguardaram a saudação da Babá Dirce:

-” SALUBAÊ NANÂ BURUQUÊ!”.

Na terceira saudação os médiuns tiraram a vela de quarta da esteira e a coloram, delicadamente, no lago para que seguissem seu caminho. Esse é o momen-to mais emocionante e mágico da obrigação porque, pelo formato do lago, as esteiras acabam formando um desenho muito parecido com o ebiri (a ferramenta de Nanã).

Sendo a mais velha senhora das águas, é também a mais amorosa, ponderada e intransigente. É a soma maior de conhecimentos e experiências que um mor-tal possa conhecer, o que faz dela um Orixá muito especial. Por isso, acredita-se que a soma de tantos conhecimentos, adicionado ao cansaço físico, facilita a transição (ou transposição) da ponte que existe entre a vida e a morte. Se, numa visão mágica, imaginás-semos uma ponte transitória entre as duas vidas, de um lado do rio teríamos NANÃ e do outro ABALUAIÊ. NANÃ e ABALUAIÊ são os que estão no limiar da pas-sagem entre a vida terrena e a vida.

Desde a primeira obrigação os médiuns são

orientados a preparar eles próprios suas toalhas e ape-trechos com o máximo de amor e carinho, incluindo todo o preceito, pois, só desta forma ela terá seu devi-do valor.

Os filhos de NANÃ são bastante possessivos e gos-tam de cercar seus amigos, mas, dedicam-se sem re-servas a eles. São um pouco rabugentos, costumam guardar as mágoas e lembrar sempre delas.

Para a obrigação a Pai ABALUAIÊ os alunos reuni-ram-se em frente ao seu monumento. O momento

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mais importante foi a consagração dos alunos pelos sacerdotes, quando receberam suas guias (já cruzadas com um pouco do vinho e do mel me de cada aluno). Após a consagração os Ogãs cobrem a cabeça dos mé-diuns, que deve ficaram em oração até que o último recebesse sua guia. O passo seguinte, e também emo-cionante, foi quando, ao fazer a saudação: -”ATOTÔ”,

todos os médiuns jogaram suas pipocas sobre os ombros até que todo chão atrás de si ficasse coberto e totalmente branco. É o momento mais emocionante e alegre da obrigação. Essa é a única obrigação que não se recolhe um otá e, como é realizada no SANU não é

necessário levá-la ao cemitério, pois no dia seguinte são levadas ao Cruzeiro das Almas.

ABALUAIÊ é o senhor das pestes e das doenças, co-nhecido como “Rei, senhor da terra”, trata do interior do corpo, mas também da pele e suas moléstias. Seus filhos são discretos, dignos de confiança, estudiosos, tradicionalistas, caseiros, sensíveis e com tendência a auto-piedade.

Com as bênçãos dos Orixás as obrigações foram co-roadas e paz e iluminação. A dedicação indistinta de todos pode ser percebida na imagem das toalhas en-feitadas e entregues a quem deveria recebê-las.

Mãe Dirce e Pai Diamantino querem que todos sai-bam o quanto estão orgulhosos pela beleza e dedica-ção de todos na obrigação. Alunos, médiuns, Ogãs, auxiliares e todos os que, faça chuva ou faça sol, de-dicam-se de corpo e alma para que tudo seja feito da melhor forma possível.

E eu, só posso me orgulhar de fazer parte dessa fa-mília de fé.

Maria Aparecida Linares www.santuariodaumbanda.com.br

[email protected]/santuariodaumbanda.fugabc.7

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Artigo

MATURIDADE, RAZÃO E SABEDORIANa idade madura, o ser, ao tornar-se mais ra-

cional, começa

a ter uma “luz interior’ alimentada por sólidos prín-cipios que o guiam. Essa “luz interior”´é que, logo após o desencarne, irá distinguir um ser livre de outro preso aos instintos e impulsos.

A divindade que acompanha nosso fim, na carne, as-sim como nossa estrada, em espírito, no mundo astral, é Mãe Nanã. Nessa porta de passagem, ela atua sobre nosso carma, conduzindo esta transição com calma e serenidade. Mãe Nanã Buruquê é a flexibilidade e a decantação, é a calma absoluta, que se movimenta lenta e cadenciadamente. Essa calma absorvente de Mãe Nanã, exige silêncio; descarrega e magnetiza o campo vibratório, que se modificam, passando a agir com mais ponderação, equilíbrio e maturidade.

Mas maturidade não é sinônimo de idade e idade não é sinônimo sapiência nem maturidade. Maturidade é sabedoria, é o desenvolvimento e o compartilhamento de virtudes, é o uso da razão, com simplicidade, har-monia, equilíbrio e Amor e fé.

O ser mais racional, guiado por princípios virtuosos, tem uma luz que se reflete em sua aura, dando-lhe um aspecto luminoso, sóbrio e estável, pois resiste aos contratempos que por ventura surjam em sua vida. Essa luz se expande a partir de seu íntimo e fortalece a sua aura. O ser racional, em sua velhice, é o pai e a mãe preocupados com o bem estar de seus filhos e ne-tos, que sabe se mostrar agradável aos jovens por ser extrovertido sem se tornar frívolo.

O magnetismo do ser racional, positivo ou virtu-oso, fará com que ele seja atraído mais facilmente para as esferas positivas de luz, quando do desen-carne estará grandes débitos em sua vida terrena, a incomodá-lo em espírito.

Os seres maduros têm sua religiosidade fundamen-tadas em princípios e conseguem sublimar-se muito rapidamente após o desencarne, desliga-se do mate-rial e busca seus afins nas esferas de luz.

Já nos seres presos aos impulsos, sem maturidade, sua luz é exterior e varia conforme seu estado de espí-rito. O ser imaturo quando atinge a velhice, começa a sofrer muito, por não possuir energias humanas para alimentar seu corpo emocional e acaba tornando-se apático, desinteressado, implicante, etc. Sua luz vai se exaurindo com o advento da velhice, em um processo oposto aos dos seres maduros.

A luz de um ser é a sublimação de seu espírito huma-no, que irá se conduzir segundo os princípios divinos que regem toda a criação. É por isso que se diz que sábios são aqueles que evoluíram tanto, em todos os sentidos que compreenderam que Criador e Criação são inseparáveis; um sem o outro não seria possíveis. A partir daí, amam o todo e preservam a todos.

A Orixá Nanã buruquê rege uma dimensão forma-da por dois elementos, que são terra e água. Ela é de natureza cósmica, pois seu campo preferencial de atu-ação é no emocional dos seres, que quando recebem suas irradiações, aquietam-se, chegando até a ter suas evoluções paralisadas. E assim permanecem até que tenham passado por uma decantação completa de seus vícios e desequilíbrios mentais, preparando-os para uma nova vida, mais equilibrada.

De todos os Orixás, Nanã é quem tem um dos misté-rios mais fechados, pois seu lado negativo é habitado por entidades com um grande poder e como Orixá é fechado às pesquisas de sua força ativa. Ela desfaz os excessos e decanta ou enterra os vícios.

Ela é a maleabilidade ou a decantação, pois é um Orixá água-terra. É cósmica, dual e atua por atração

magnética sobre os seres cuja evolução está paralisa-da e o emocional desequilibrado. Ela paralisa o ser, decanta-o de todo negativismo, afixa-o no seu barro, deixando-o ponto para a atuação do Sr.Obaluaiê, que o colocará numa nova senda evolutiva.

Ela é a Divindade ou o mistério de Olorum que atua sobre todos os espíritos que vão reencarnar, pois de-canta todos os seus sentimentos, mágoas e conceitos e os adormece, para que o Sr. Obaluaiê reduza-os ao tamanho do feto no útero da mãe que os reconduzirá à luz da carne. Mãe Nanã envolve o espírito que irá reencarnar em uma irradiação que dilui todos os acú-mulos energéticos, assim como adormece sua memó-ria, preparando-o para uma nova vida carne na qual não se lembrará de nada do que já vivenciou. Por isso ela é associada a velhice, quando a esquecer-se de muitas coisas de sua vida carnal. Ela atua na memó-ria dos seres, adormece os conhecimentos do espírito, para que eles não interfiram com o destino traçado para a encarnação.

Nanã é um dos Orixás mais respeitado no ritual de Umbanda por se mostrar como uma vovó amorosa, sempre paciente com nossas imperfeições como espí-ritos encarnados tentando trilhar a senda de luz.

Os santuários naturais, pontos de força regidos por Nanã Buruquê (os lagos), tem seu próprio campo mag-nético absorvente poderosíssimo, que varia de sete a setenta e sete metros, a partir das margens. Ali reina a calma absoluta, característica que é própria de Nanã, que se movimenta lenta e cadenciadamente, porque traz em si uma energia e um magnetismo muito forte.

SALVE NANÃ BURUQUÊ!!!

Fonte: http://www.tendadeumbanda.com.br

ORIXÁ NANÃ

BURUQUÊ

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Sua forma biológica, de vida física, em relação a ou-tros elementos é a mais aproximada de nos, pois nas-ce, cresce e morre. Tem tempo de vida marcado pela sua característica de espécie e de acordo com condi-ções naturais.

Seu espírito não é uma identidade única. É imanên-cia, como espírito coletivo, como um cardume de pei-xes com milhares da sua espécie viajando nas águas e de repente viram em outra direção, animados por um espírito de coletividade.

Num jardim, esses espíritos coletivos respeitam suas famílias. As alfazemas de todas as espécies e variações serão sempre ligadas aos elementares responsáveis pe-las alfazemas. Os boldos idem, assim como as frutíferas e os seres ligados a elas, assim como o grande espírito que anima como um pulsar único as grandes florestas, como a amazônica, a mata atlântica e o cerrado.

Isso também não justifica o desmatamento, pois esse grande espírito coletivo sente, assim como nós, a falta de um órgão retirado sem que se cumpra a lei Divina que rege todas as coisas. Se lhe tirarem uma unha a sangue frio, será que não sentirá dor? Assim uma ár-vore cortada pelo simples prazer ou pela sede econô-mica, faz com que a grande floresta ressone em todo o planeta uma falha nesse pulsar de energia.

E assim numa floresta como num rio, numa pedrei-ra ou cachoeira, assim como no mar, que conforme nós, seres humanos vamos destruindo-os, eles vão

sentindo e deixando de ser esse elo de ligação Divina com planos da existência multidimensionais que ali-mentam nosso meio humano com energias de sutis à densas responsáveis pelas trocas transformadoras de vibrações densas humanas em vibrações sutis lumino-sas, e muitas dessas ligações são responsáveis pelo cli-ma do nosso planeta, alimentando os elementais res-ponsáveis pelas chuvas, ventos e mudanças climáticas necessárias para que esse planeta abençoado seja real-mente um manancial de fartura em todos os sentidos.

Um rio poluído adoece e mata milhares de seres, ou pior, negativa-os e negativa também os outros que em sua forma de ser, não compreendem os porquês de nós, seres humanos sermos tão ingratos com o Pai e a Mãe Natureza que dão tudo de graça e com amor a nós.

E nós, dia a dia vamos colhendo os frutos dessa se-meadura maldita de ingratidão com a Mãe Terra, na forma de catástrofes e acidentes que de naturais não tem nada, mas sim a resposta à flor da pele das toxinas que injetamos em nossa própria casa. O planeta Terra.

É lógico que quando falamos de rituais entendemos, pois nossa mente assim está preparada para entender, que precisaremos de formas e fórmulas litúrgicas, pa-lavras mágicas, rezas rebuscadas em palavras incom-preensíveis e dirigida à segunda pessoa do singular e do plural.

Podemos citar aqui diversas formas rituais, ligadas a contextos muito bacanas mas que nem sempre es-

tão disponíveis a todos. Aos que estudam as ciências herméticas em profundidade, esses nossos escritos podem parecer água com açúcar, mas aos simples de coração, verão um campo de possibilidades.

De que adianta um conjunto de conhecimentos guar-dado numa caixa?

Pra que serve eu saber dezenas de benzimentos e não dividi-los com ninguém?

Isso não me torna mais sábio, muito menos mais in-teligente, apenas um pouco mais egoísta.

Nosso trabalho não trata de desenhar símbolos, pentagramas, fazer bonecos de cera, nem vestir-se de capa preta e capuz na lua cheia e evocar poderes ocul-tos numa língua estranha.

Esses rituais existem, tem seu fundamento, sua base alicerçada em religiões e conceitos antigos, funcionais para quem os pratica, mas como disse, não abrangen-tes e indisponíveis para a grande maioria das pessoas.

Falar de ritual é lembrar de formas folclóricas de cultos secretos e antigos a deuses ultra poderosos desconheci-dos pelos pobres mortais e pessoas normais como nós.

Exagero? De jeito nenhum. É exatamente isso o que vem à mente. Acreditamos que fazer um ritual exige preparo, conhecimento de causa e efeito, iniciação, etc.

Mas se observarmos, somos seres ritualísticos.

Quem não tem seus próprios rituais ao acordar? Levan-

Ervas na Aldeiapor Adriano Camargo

A vida das plantas não segue o padrão humano.

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AROEIRASchinus terebinthifolia Raddi

Existem vários tipos de aroeira, e muitos mitos em relação ao seu uso. Um tipo de aroeira, chamado de “brava” desprende elementos capazes de desenvol-ver urticarias e afecções de pele pelo simples conta-to. Por uma questão de bom senso, essa qualidade de aroeira não tem uso ritualístico. Damos uso em banhos, defumações e bate-folhas para as chama-das aroeirinhas, aroeira-pimenteira, aroeira bran-ca ou mansa, nas variações Schinus terebinthifolia e Schinus molle.

São excelentes armas para bate folhas, sacudimen-tos (bate folha em pessoas), descarrego, limpeza de ferramentas em assentamentos da esquerda, e pre-paração para novos assentamentos.Por seu caráter ígneo, essa erva é associada à vibra-ção de Exu, no entanto encontramos os fatores de Ogum e Xangô com profunda intensidade nos tipos descritos acima.

A espécie muito tóxica chamada de aroeira brava é a Lihraea brasiliensis March., essa sim, bastante presente ao propósito de Exu.

Sinônimos populares: aroeira-mole, aroeirinha, aroeira vermelha, aroeira branca, aroeira pimen-teira, aroeira mansa, pimenta-rosa (fruto)

Indicações ritualísticas: Altíssimo poder de limpe-za, em banhos e defumações e principalmente em “bate-folhas” ou sacudimentos para purificação. Benzimentos podem também ser feitos com ramos de aroeira. Indicada para limpeza energética de as-sentamentos religiosos.

Ação (verbos): limpar, desintegrar, dissolver, con-sumir, abrasarCor energética: vermelho fogoOrixás principais: Ogum, Xangô

tar, espreguiçar, ir ao banheiro, escovar dentes, banho, etc. Sempre no mesmo ritmo e na mesma sequência.

Ritual é forma, é maneira de executar. Uso ritualís-tico das ervas nada mais é do que a forma natural, or-denada, para se usar os elementos e absorver o melhor em termos de resultado.

Poderíamos simplesmente chamar essa pratica natu-ral de “Magia”, mas entendo esse termo de outra forma.

Magia é transformação. Usamos magia quando que-remos mudar o estado de alguma coisa. Quando que-remos transformar uma situação, mudar energetica-mente o padrão vibratório irradiado pela aura de uma pessoa ou de uma casa.

Magia é transformação. Magia é poder. Magia é Po-der Transformador.

A magia ainda hoje é usada nas suas polaridades: po-sitiva e negativa.

A magia por si só, escrita e descrita aqui ou em outros

livros, por definição é neutra, assim como os elemen-tos, por mais grotescos que pareçam, são como faca em mão de morto: não oferecem perigo.

Ler um livro de rezas como simples leitura não im-plica na ativação desse mistério e no desencadear de ações relativas a essa magia tão conhecida, traçar uma estrela de cinco pontas no chão, ou na areia da praia não faz de ninguém um mago. É necessário “se colo-car” como ativador, rezar, invocar um poder, senti-lo, solicitar, pedir, convidar essa força para atuar de for-ma viva e ativa.

A direção que a magia toma respeita as determina-ções do seu ativador. Podemos afirmar então que a magia está no mago em primeira instancia e nos ele-mentos como fatores fixadores da magia.

Um mesmo elemento de magia positiva pode ser usado para as magias negativas de acordo com seu ativador.

A magia se baseia na intenção, no propósito do seu

ativador. O conceito de magia positiva e negativa está ai, no mago responsável pela ativação, resultado e posterior colheita desse resultado, que com certeza respeitando a regra universal de ação e reação, virá de encontro a si mesmo com seu poder.

Fazer magia pode parecer complicado nesses termos iniciáticos, mas é muito mais simples do que se imagi-na. Transformamos muito em nosso dia a dia. Porque será que os adeptos da bruxaria natural têm, na cozi-nha, seu grande altar, o ponto máximo, o ponto de forças da bruxa mãe? Porque é na cozinha que tudo se transforma, na cozinha que a maioria dos alimentos são transformados e preparados para ser fonte de energia.

Portanto, se você já preparou um simples chá que seja, já participou de um ato de magia. E se esse chá que você preparou seguiu um critério, como colher a erva, lavar, deixar escorrer, colocar a água para ferver, colocar a erva dentro d’água, coar, enfim seguiu e pra-ticou um ritual.

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O sucesso na vida poderia ser definido como a expan-são contínua da felicidade e a realização progressiva de objetivos compensadores. Por outro lado, o sucesso, que inclui a criação de riquezas, só é considerado pos-sível com a participação de outras pessoas. É preciso que se aborde o sucesso e a abundância espiritualmen-te, como o constante fluxo de todas as coisas boas na sua direção. Com o conhecimento e a prática da lei es-piritual, colocamo-nos em harmonia com a natureza e criamos sem ansiedade, com alegria e amor.

São muitos os aspectos do sucesso; os bens materiais são apenas um de seus componentes. Além disso, o su-cesso é a jornada não o destino. A abundância mate-rial, em todas as suas expressões, é uma das coisas que tornam a jornada mais prazerosa. Mas o sucesso inclui também saúde, energia, entusiasmo pela vida relacio-namentos compensadores, liberdade criativa, estabili-dade física, emocional, bem-estar e paz de espírito.

Mesmo que tenhamos a experiência de tudo isso, permaneceremos insatisfeitos se não cultivar¬mos a divindade que está dentro de nós. Na realidade, so-mos uma divindade disfarçada, somos embriões de deuses e deusas que, contidos em nosso ser, buscam a plena materialização. O verdadeiro sucesso é, por isso, a experiência do milagre. É a divindade se abrindo em nosso interior. É percebermos essa divindade em toda parte, em tudo o que experimentamos – no olhar de uma criança, na beleza de uma flor, no vôo de um pás-saro. Quando passamos a experimentar a vida e como a expressão milagrosa da divindade - não de vez em quando, mas o tempo todo saberemos o que significa verdadeiramente o sucesso.

Antes de definir as sete leis espirituais, o Dr. Deepak Chopra esclarece o conceito de lei:

“Lei é o processo pelo qual o não-manifesto se torna manifesto. Toda a criação, tudo que existe no mundo físico, é resultado do não-manifesto se transforman-do emmanifesto. Tudo o que contemplamos vem do desconhecido. O universo físico nada mais é que o Eu se desdobrando para experimentar-se como espírito, mente, matéria.As leis físicas do universo, na verdade, representam esse processo, essa consciência em mo-vimento.

Quando compreendemos essas leis e as aplicamos

em nossa vida, qualquer coisa que desejamos pode ser criada, porque essas mesmas leis que a natureza uti-liza para criar uma floresta, uma galáxia, uma estre-la, um corpo humano podem realizar nossos desejos mais profundos.”

Lei da Potencialidade Pura

Entre em contato reservando um momento do dia para ficar em silêncio, para apenas SER. Fique sozi-nho em meditação silenciosa pelo menos duas vezes por dia, trinta minutos pela manhã e à noite.

Reserve um período do dia para comungar com a na-tureza e observar em silêncio a inteligência que há em todas as coisas vivas.

Pratique o não-julgamento. Comece o dia dizendo: hoje, não julgarei nada - e lembre-se disso durante todo o dia.

Lei da Doação

Dê um presente em todo lugar que for, a todos que encontrar; esse presente pode ser um cumprimento, uma flor, uma oração. Ofereça sempre alguma coisa às pessoas com que entrar em contato. Estará, assim, desencadeando o processo de circulação de energia, de alegria, de riquezas, de abundância, na sua vida e na vida de outras pessoas.

Agradeça as dádivas que a vida oferece. E esteja aberto para receber.

Deseje em silêncio, felicidade e muita alegria toda vez que encontrar alguém.

Lei do Carma ou da Causa e Efeito

Observe as escolhas que vai fazer a todo momento. Toda vez que fizer uma escolha, pergunte: quais serão as conseqüências? Trará felicidade e satisfação a mim e aos outros?

Peça orientação ao seu coração. Se sentir con¬forto, siga adiante com a escolha. Se sentir des¬conforto, observe. O coração é intuitivo, e conhece a resposta certa.

Lei do Mínimo Esforço

Pratique a aceitação, dizendo: hoje aceitarei pessoas, situações, circunstâncias, fatos, como eles se manifes-tarem. Não se volte contra o universo, lutando contra

o momento presente.

Aceitando as coisas como elas são, assuma a respon-sabilidade pela sua situação.

Desista da necessidade de defender seus pontos de vista e de convencer ou persuadir os outros. Permane-ça aberto a todos os pontos de vista.

Lei da Intenção e do Desejo

Faça uma lista de todos os seus desejos.

Olhe para ela antes de entrar em silêncio e medita¬ção. Olhe antes de adormecer.

Olhe quando acordar.

Libere a lista de seus desejos no ventre da criação. Confie. Esteja consciente do momento presente.

Lei do Desapego

Comprometa-se, hoje, com o distanciamento, o de-sapego. Não force soluções de problemas.

Transforme as incertezas em um ingrediente essen-cial da própria experiência através da sabedoria da in-certeza, encontrará segurança.

Experimente a aventura da vida, com todo o misté-rio, diversão, magia.

Lei do Darma ou do Propósito de Vida

Você deve nutrir, com amor, a divindade que habita em você, no fundo de sua alma.

Preste atenção ao seu espírito, que anima seu corpo e sua mente.

Faça uma lista de seus talentos únicos.

Depois, outra lista das coisas que adora fazer.

Diga então:

“Quando eu expresso meus talentos, e os ponho a serviço da humanidade, perco a noção do tempo e crio abundância na minha vida e na vida de outras pesso-as”. “Pergunte diariamente a si mesmo: Como posso servir? Como posso ajudar?”

Fonte de Consulta:As 7 Leis Espirituais do Sucesso

Deepak Chopra

As 7 Leis Espirituais do Sucesso

ArtigoPor Prof.Rose de Souza

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Umbanda, Patrimônio Cultural eImaterial do Município de São Paulo

Artigo

A nossa Umbanda está prestes virar Patrimônio Cultural e Imaterial do Município de São Paulo Um projeto do nosso sempre vereador Quito Formiga, que está sendo apoiado pelo Vereador Police Neto, qual seja:

Projeto de Lei nº 254/2010 Aprovado em primeira discussão – Sessão Extraordinária 320, Legislatura 15, em 19/06/2012

Entenda o que é Patrimônio Imaterial e Cultural

Patrimônio cultural imaterial (ou patrimônio cultu-ral intangível) é uma concepção de patrimônio cultu-ral que abrange as expressões culturais e as tradições que um grupo de indivíduos preserva em respeito da sua ancestralidade, para as gerações futuras. São exemplos de patrimônio imaterial: os saberes, os modos de fazer, as formas de expressão, celebrações, as festas e danças populares, lendas, músicas, costu-mes e outras tradições.

A Constituição Federal de 1988, em seus artigos 215 e 216, ampliou a noção de patrimônio cultural ao reconhecer a existência de bens culturais de na-tureza material e imaterial e, também, ao estabelecer outras formas de preservação – como o Registro e o Inventário – além do Tombamento, instituído pelo Decreto-Lei nº. 25, de 30/11/1937, que é adequado, principalmente, à proteção de edificações, paisagens e conjuntos históricos urbanos. Os Bens Culturais de Natureza Imaterial dizem respeito àquelas práticas e

domínios da vida social que se manifestam em sabe-res, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas; e nos lugares (como mercados, feiras e santuários que abrigam práticas culturais coletivas).

Nesses artigos da Constituição, reconhece-se a in-clusão, no patrimônio a ser preservado pelo Estado em parceria com a sociedade, dos bens culturais que sejam referências dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira. O Patrimônio Cultural Ima-terial é transmitido de geração a geração, constante-mente recriado pelas comunidades e grupos em fun-ção de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história, gerando um sentimento de iden-tidade e continuidade, contribuindo para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade hu-mana. É apropriado por indivíduos e grupos sociais como importantes elementos de sua identidade.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) define como Patrimô-nio Cultural Imaterial “as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas – com os ins-trumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns casos os indivíduos, reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural.” Esta definição está de acordo com a Convenção da Unesco para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imate-

rial, ratificada pelo Brasil em março de 2006.

Para atender às determinações legais e criar instru-mentos adequados ao reconhecimento e à preserva-ção de Bens Culturais Imateriais, o IPHAN coorde-nou os estudos que resultaram na edição do Decreto nº. 3.551, de 04/08/2000 - que instituiu o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial e criou o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial (PNPI) - e consolidou o Inventário Nacional de Referências Culturais (INCR).

Em 2004, uma política de salvaguarda mais estru-turada e sistemática começou a ser implementada pelo IPHAN a partir da criação do Departamento do Patrimônio Imaterial (DPI). Os princípios, ações e resultados da política de salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial no Brasil podem ser consultados no documento Os Sambas, as Rodas, os Bumbas, os Meus e os Bois.

Em 2010, um novo instrumento - o Inventário Na-cional da Diversidade Linguística (INDL), instituído pelo Decreto nº. 7.387, de 09/12/2010 - passou a ser utilizado para reconhecimento e valorização das lín-guas portadoras de referência à identidade, à ação e à memória dos diferentes grupos formadores da so-ciedade brasileira.

Fonte: http://portal.iphan.gov.br/portal/montar-PaginaSecao.do?id=10852&retorno=paginaIphan

A nossa Umbanda está prestes virar Patrimônio Cultural e Imaterial do Município de São Paulo.Um projeto do nosso sempre vereador Quito Formiga, que está sendo apoiado pelo Vereador Police

Neto, qual seja: Projeto de Lei nº 254/2010 Aprovado em primeira discussão - Sessão Extraordinária 320, Legislatura 15, em 19/06/2012

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Amor aoPróximo

Os Alimentos arrecadados na tradicional e vibran-te 9ª Procissão, Homenagem e Louvação ao Orixá Xangô, beneficiaram, igualmente, a digna e exem-plar Associação Alfa & Omega, que por sua vez os destinou ao seu contínuo trabalho filantrópico em prol das famílias carentes da região de São Mateus (Jardim Colonial, Rodolfo Pirani, Vila Flávia, Jardim Sapopemba, Parque São Rafael, Fazenda da Juta, Di-vinéia, Tietê, Vila Madalena, Jardim Conquista, Prô Mora, Carrãozinho.)

NOSSA HISTÓRIA

Somos uma Associação Espírita Umbandista séria, fundada em 01-JAN-1996, pelo Sr. José Edson Ro-drigues (Edinho) e Sra. Rejane Martins de Oliveira Rodrigues (Babi), sendo esta última a dirigente espi-ritual desta casa, a mesma que lhes escreve.

Minha trajetória espiritual iniciou-se em 1990 aos

18 anos quando ingressei numa comunidade cha-mada União Espírita Irmã Gezebel e Cacique Tupã. Passei a freqüentar seus cultos espirituais e depois de algumas conversas com seus mentores descobri minha mediunidade, comecei então a frequentar o desenvolvimento espiritual da casa, onde aprendi muitas coisas importantes sobre como o médium deve se portar e agir em certas situações espirituais, sendo sempre um bom exemplo. Frequentei por dois anos o curso de plantas medicinais que deu base ao meu trabalho atual, agradeço a todos dessa casa que me acolheram e me ajudaram a compreender minha missão que só estava começando, destacando entre eles o Sr. Willian Ferreira da Costa (Dirigente Espiri-tual), Sra Edleuza Messias e a Sra Maria de Lourdes Domingos Costa (in memória).

Em 1996 deixei a União Espírita Irmã Gezebel para começar uma nova etapa espiritual, somente eu e

meu marido José Edson Rodrigues. Abrimos as por-tas de nossa casa para atendimentos espirituais que aconteciam as quintas-feiras das 19h às 22h30min. Foram muitas às dificuldades, mas superamos e se-guimos a nossa história espiritual juntos.

Com o passar dos anos e com o crescimento no nú-mero de atendimentos fez-se necessário um espaço maior para comportar nossos frequentadores, sur-gindo um novo sonho a conquistar: uma sede maior e mais confortável a todos que nos ajudavam e auxi-liavam em nossos trabalhos.

CONTATO: Claudia Freitas e/ou Daniela Nogueira

[email protected]ço: Rua Augusto Giorgio, 222 - São Mateus -

03965-050 São Paulo - SP - BrasilTelefone: 011 2018.0879

http://www.associacaoalfaeomega.org

ASSOCIAÇÃO ALFA & OMEGA ATUANDOEM PROL DO PRÓXIMO

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CAMPANHA SOLIDÁRIA - TEMPLO DE UMBANDA ALDEIA DE OXOSSI OGUM E IANSÃ

Amor aoPróximo

A Campanha Solidária é apenas mais um Ato Vo-luntário de todos nós que acreditamos no valor do Voluntariado como forma de ajuda aos menos favo-recidos. Criada em 2012, como forma de levar a espi-ritualidade, aqueles que de alguma forma não podem estar conosco dentro de nosso Terreiro, fidelizando o principio do respeito humano em sua condição social diante a Sociedade.

Buscamos levar alimentos, roupas, produtos de hi-giene pessoal, carinho e afeto as Instituições Caren-tes, Asilos, Orfanatos e Favelas.

Em 2013 a Campanha foi direcionada pela Espiritu-alidade aos Trabalhadores de Ruas, aos Carroceiros, Coletores de Material Reciclagem, que arduamente fazem um trabalho digno para a sociedade mais infe-lizmente, não são devidamente remunerados e reco-nhecidos e aos moradores de Favelas.

Diante de uma situação tão nefasta e cruel, encon-tram-se nas ruas de São Paulo, Seres Humanos, tra-balhadores braçais, que passam fome, sem direito a simplesmente nada. Precisamos mover a Sociedade para um olhar

com respeito e dar estes trabalhadores, dignidade de sustentar suas Famílias.

Este trabalho, não seria possível sem a ajuda e co-laboração de todos que acreditam nesta Campanha Solidária. Neste ano de 2013, queremos agradecer a todos; Assistência, Filhos, Amigos e Colaboradores, e louvar a imensa colaboração que nos foi dada pela doação de uma parte dos Alimentos recebidos na 9º Procissão e Louvação a Xangô, pelo nosso querido Pai Engels de Xangô, que

possibilitou a formação de mais de 80 cestas bá-sicas, juntando-se a esta Campanha. Cobertores, e

Roupas doadas, foram itens que possibilitaram aos Trabalhadores de Ruas, além dos alimentos, uma melhor condição de trabalho.

Esta Campanha Solidária, não pertence a este Tem-plo, é de todos nós, e a soma de voluntários e doado-res de todas as partes é um grande ideal. Exemplifi-car nossas ações de ajuda ao próximo fora de nossas Casas Espirituais faz da Sagrada Umbanda uma reli-gião sem discriminação.

Faça parte desta Campanha!!!

TEMPLO DE UMBANDA ALDEIA DE OXOSSI OGUM E IANSÃ

Que Oxalá abençoe a todos!!!

Mãe Silvia de Iansã

Rua Zanzibar 477- Casa Verde/SP F. 97133-6505

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Agenda

CONGRESSO NACIONAL DE UMBANDA

FEIJOADA BENEFICENTE T.U ALDEIA DE OXOSSI OGUM E IANSÃ

de agosto Local: Câmara dos Vereadores de São Paulo Horário: 12:00h

de setembro Local: Rua Zanzibar,477 casa verde

17

01

10

25

1° FESTIVAL DE CURIMBA BATUQUEIROS DA LUZde julho Local: E.E Dom Pedro I - Rua Américo Gomes da Costa, 59, Vila Americana, São Paulo28

NOITE DO FLASH BACK

: FEIJOADA NO CASA BLANCA (show com o Grupo Samba de Jorge)

9° PREMIO ATABAQUE DE OURO

de julho Local : Clube da Comunidade de São Lucas - Rua Professor Euricles Vilela, 74, São Paulo

de agosto Local: Casa Blanca Santo André - Av. Queiroz dos Santos, 1927, Casa Branca, Santo André

de agosto Local: Rio Sampa Rodovia presidente Dutra km 177 - Nova Iguaçu Rio de Janeiro

27

4° Festival de Curimba Aldeia de Caboclos - UM GRITO DE LIBERDADEde setembro Local: Casa de Show Expresso Brasil - Av. Aricanduva, 11.500, Zona Leste, São Paulo22

• CentroCasa de Velas Santa Rita Praça da Liberdade, °248 - Liberdade

• Zona sulLuar Distribuidora : Rua Bom Pastor ,n° 2190Casa Oxalá : Rua Salvador Simões , n° 1058

Loja do cigano : Avenida Engenheiro George Corbisier , n° 1009 – JabaquaraLoja Afro Brasileira : R Clemente Álvares 255 - Lapa • Zona norteSol do oriente : Avenida Imirim , n° 1791Yorimá: Avenida General Ataliba Leonel n° 3301

Flora Xangô : Av. Roland Garros, n° 850•Zona lesteAruanda Artigos religiosos : Rua dos trilhos n° 1564 – MoocaMaria bonita e Martin pescador : Avenida Francisco Fett, n° 471 -Pq São Lucas• Zona OesteDaniel Artigos religiosos : Avenida Mutinga n° 2238 – Pirituba• Santo André Santuário Nacional de Umbanda : Estrada do Pedroso n°700 ,Santo André

• Diadema

Zezinho Baiano : Av. Ns. das Vitórias, 204 - Diadema

• Mogi das Cruzes

Tiko artigos religiosos : Av Prefeito Carlos Ferreira Lopes 1421 - Vl Mogilar

• Guarulhos

Casa São Jorge Guerreiro : R. Padre Celestino, 94 - Centro

• Atibaia

Casa Iemanjá Iassobá Rua: José Bim, 460 - Centro

Locais de vendas dos CD’s e DVD’sEscola de Curimba Aldeia de Caboclos

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CONGRESSO NACIONAL DE UMBANDA

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Eventos

No último dia 22/06/2013 foi realizada a tradicio-nal Festa Junina da Tupã Oca do Caboclo Sete Pe-dreiras que esta localizada na Rua: Altair - 08 Cháca-ra Califórnia – Tatuapé

Presidente Espiritual: Alfredo Scheibel Junior - Filho de Xangô e Iemanjá – representado pelo Caboclo Sete Pedreiras.

Vice-Presidente Espiritual: Viviane dos Santos Schei-bel – Filha de Oxossi e Iemanjá – representado pela Cabocla Jupira Flecheira.

Site: www.setepedreiras.com.br

A TUPÃ ÓCA DO CABOCLO 7 PEDREIRAS FOI FUNDADA EM AGOSTO DE 1994

Uma casa que foi fundada a pedido de nosso Pai Ca-

boclo das 7 pedreiras, mas que só se ergueu com ordens expressas de “Pai Antonio de Angola” que na época da fundação deixou bem claro, que nada adiantaria se fa-zer se a casa não tivesse a base calçada e alicerçada nos trabalhos sociais pela comunidade a qual ela represen-taria.

E desde a sua constituição temos vários trabalhos re-alizados neste sentido:

- a campanha da alimentação e de roupas aos neces-sitados;

- nos meses de inverno: servimos sopas e alimenta-ção diferenciada aos moradores de rua.

- atendemos durante todo o ano a famílias previa-mente cadastradas, que passam por dificuldades, com

cestas básicas.

- no mês de dezembro (natal) temos cadastrados 140 crianças que são presenteadas com sacolinhas de natal contendo roupas, brinquedos, material escolar, mate-rial de higiene, guloseimas etc...

No começo deste ano estamos seguindo a mais uma ordem passada por Pai Antonio de Angola, que pediu a todos os filhos que fossem ajudar aos idosos não só com alimentação, mas com atenção e carinho, e que toda se-mana fosse uma equipe a um asilo para conversar com os idosos ver quais as necessidades de cada um.

Agradecemos atenção e destacamos que maiores in-formações e contatos podem ser obtidos em nosso site: www.setepedreiras.com.br

FESTA JUNINA DA TUPÃ OCA DO CABOCLO SETE PEDREIRAS

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Organizado por Tatinha Marcondes, Templo de Umbanda Ogum Iara, evento realizado no dia 16/06/2013, evento este voltado para que as crian-ças possam conhecer mais sobre religiões trazidas da África e enraizadas aqui no Brasil!

É fato, esse dia vai ficar marcado em prosa, ver-so, luz, som e muito axé no coração das 50 pessoas presentes no evento. Foi um dia mágico aonde Um-banda e Candomblé se deram a mão naquilo que fazem de melhor, amar ao seu Orixá.

Ocorreu no último dia 16 de junho o 1º Encontro Kids de Umbanda na cidade de Diadema-SP. Foi um dia aonde crianças e adultos se uniram para aprender mais sobre os Orixás através de brinca-deiras e arte.

O dia contou com uma apresentação de curimba re-alizada pelos Ogans da Escola Toques de Umbanda, do mestre Ivan, e os pequenos que acompanharam os pontos de Oxalá e Nanã. O momento mais sur-preende foi quando Augusto (6 anos), Rian (7 anos) e Gustavo (5 anos) comandaram os toques de Ketu com destreza e responsabilidade de gente grande!

Além disso, as crianças se encantaram com a per-formance de Pai Leonardo d’ Oxaguian represen-tando Oyá/ Iansã nas duas peças, a primeira que falava de Xangô e Ogum e a segunda sobre as Ya-bás Iemanjá e Oxum e o brincalhão Exu.

Foram 250 desenhos pintados por adultos e crian-ças, mais de 5 atividades diferentes, entre canto, dança, teatro, artesanato, brincadeira de roda, ofi-cina de histórias e atividades artísticas. Parceiros maravilhosos e muita brincadeira. No final do dia TNT virou renda e criança Orixá. Até os adultos entraram na brincadeira.

A organizadora do projeto Ya Tati d’ Iemanjá fala dessa experiência: “Foi um dia especial, sei que não conseguiria sem os filhos da minha casa que tanto fizeram e sem o apoio do Templo de Umban-da Pai João de Angola e Caboclo Sete Estrelas que se tornaram parte não apenas do projeto como da casa também. Não existem palavras para descrever o que vivemos!”

Agora é esperar a próxima oportunidade que será em 2014!

1º ENCONTRO KIDS DE UMBANDADIA DE FESTA NO ORUM

Eventos

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No último dia 23/06 o Templo de Umbanda São Sebastião Caboclo Sete Flechas da Jurema e a Es-cola de Curimba Umbanda e Ecologia realizaram mais um maravilhoso evento beneficente.

O Cardápio não poderia ser mais Brasileiro! Pre-paramos uma legítima Feijoada super saborosa que contou com a presença de 400 pessoas, tor-nando o evento um sucesso!

A refeição estava uma delícia, a organização im-pecável, a bebida gelada e a música muito animada.

Uma alegria alcançarmos grande êxito após mais um destacável trabalho em conjunto.

Agradecemos a irmandade e a todos os nossos amigos e convidados que nos brindaram com a sua presença e enriqueceram este dia de união com muito trabalho e felicidade em prol do Templo e de toda nossa Comunidade.

Agora é esperar a próxima oportunidade que será em 2014!

No próximo dia 22 de julho a ESCOLA DE CURIMBA CABOCLO GIRASSOL, núcleo do TEM-PLO DE UMBANDA CABOCLO PENA BRANCA, juntamente com seus médiuns, alunos, assistên-cias e simpatizantes da religião Umbanda, farão uma apresentação musical em Taubaté, para os católicos brasileiros e estrangeiros que irão, no dia 28 de julho, participar da Jornada Mundial da Ju-ventude que acontecerá no Rio de Janeiro.

Para nós umbandista a participação deste mo-mento em Taubaté é de grande valor em vários sen-tidos. Estaremos louvando ao som dos tambores a Jesus Cristo junto com nossos irmãos católicos.

O evento está mobilizando em nossa comunida-de a interação de outras casas com seus tambores e vozes, e os ensaios estão nos proporcionando momentos ótimos de união e irmandade. Além da escola de curimba outros grupos de tradição afro-brasileira estão participando, como o Ba-tuque do Vale (Grupo de Maracatu de Taubaté, sob a coordenação do Itajubá), o Grupo Cultural N’Golo (professor Lazarini) e outros templos re-ligiosos de Umbanda. Quem sabe numa próxima oportunidade teremos mais irmãos de outras re-ligiões dando as mãos e realizando uma Jornada Mundial Inter-Religiosa.

FEIJOADA BENEFICENTEUMBANDA E ECOLOGIA

ESCOLA DE CURIMBA CABOCLO GIRASSOL PARTICIPARÁ DA JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE

Eventos

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Eventos

HOMENAGEM À BENTO DO PORTÃO

TRIÂNGULO DA FRATERNIDADE COMEMORA 21 ANOS DE CARIDADE

Neste último domingo, dia 30/06, como há mui-tos anos, PAI VARELA - Presidente Superior Ór-gão de Umbanda do Estado de SP, Embaixador Parlamento Mundial da Paz no Brasil e também Presidente do Templo Espírita Mestre Tupinambá, reuniu milhares de pessoas no Cemitério de Santo Amaro para Homenagem ao GLORIOSO BENTO DO PORTÃO, onde se realizou UMA LINDA COR-RENTE DE ORAÇÃO ECUMÊNICA, contando com a presença de muitos líderes religiosos, médiuns, seguidores e amigos.

Antonio Bento do Portão nasceu no Estado da Bahia, no dia 29 de janeiro de 1875.

Bento do Portão viveu no bairro de Santo Amaro, São Paulo, como mendigo e curandeiro. Nas horas vagas cortava lenha, carregava água para os mo-radores da região que lhe pagavam com um prato de comida, um cigarro de palha ou até com uma simples bala.

Era uma pessoa simples, bondosa e muito admi-rada pelas crianças e adultos.

Adquiriu o nome de Bento do Portão porque quando tinha fome, sentava nos degraus dos por-tões das residências e os moradores sempre lhe ofereciam um prato de comida.

Saiba mais sobre essa Entidade hoje reverencia-da no mundo todo, sobre suas preces, graças al-cançadas, através da página no facebook: Templo Tupinambá ou pelo e-mail: [email protected].

O Triângulo da Fraternidade comemorou na data de 24 de junho 2013 seus 21 anos de fundação. Hoje com o nome de Grupo de Umbanda Triângulo da Fraternidade, localizado na cidade de Porto Ale-gre, rua tendo como seu zelador Norberto Peixoto, o qual manteve seu estatuto original, vem realizan-do seus trabalhos espirituais com a orientação do seu mentor Caboclo Pery.

O Templo de Umbanda Caboclo Pena Branca ten-do como dirigente Mãe Márcia, juntamente com a Escola de Curimba Caboclo Girassol, foram convi-

dados para participarem da festividade alusiva aos 21 anos da casa.

A pedido de Pai Norberto, foi administrado uma palestra sobre a Musicalidade na Umbanda, pelo professor e fundador da Escola de Curimba Cabo-clo Girassol – Roncali. E depois da palestra foram entoados vários pontos cantados juntamente com os curimbeiros da casa, momento este de grande alegria e muita vibração, onde todos que estavam presentes se emocionaram.

Após a apresentação, foi realizada a abertura da

gira, no qual os mensageiros de Oxossi vieram e abençoaram a todos que ali estavam, e cada um pode levar para suas casas um patuá contendo se-tes cristais representando as forças dos Orixás.

Agradeço ao Pai Norberto e a todos os irmãos do Grupo Triângulo da Fraternidade pelo carinho e recepção que nos deram, e também quero externar a todos que esteve presente, o meu carinho pela hospitalidade.

Nosso fraterno sarava.Mãe Márcia e Roncali

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Agenda de cursos: Magia Divina das Sete Pedras Sagradas Inicio: 10/08/2013 - 10:00hs - duração 5 meses Pomba Gira e Exu Mirim -Único encontro– 18/08-15:00hs Sacerdócio de umbanda - formando turmas para 2014 Desenvolvimento Mediúnico: formando turma - aos sábados 19:00 as 21:00 Agenda de atividades: Noite da pizza com bingo - 10/08/2013 - 18:30hs Terças: desenv.mediunico - Quartas: atend. Curas - Sextas: consulta espiritual Todos os atendimentos iniciam-se as 20:30hs Rua Itiberê da Cunha, 119 - Vl Primavera - SP - Fone(11)2302-4306 Alt. Do nº 7.500 da Av. Sapopemba - site: www.tucpenaroxa.com.br

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Venho disponibilizar aqui o primeiro relato escrito da Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, publi-cado no ano de 1924 no periódico carioca “A Noite” pelo jornalista e escritor Eliézer Leal de Souza. Um ano depois foi lançado o livro com o nome “No mun-do dos Espíritos, Inquérito da A Noite ” compilação de todos os artigos e crônicas escritos durante o ano de 1923 sobre sessões e manifestações espíritas na cidade do Rio de Janeiro.

A crônica sobre a TENSP é o relato do primeiro contato deste escritor e jornalista, fascinado pelo espiritismo, com a Umbanda do Cab. das Sete En-cruzilhadas, lembrando que anos depois, este viria a fazer parte do corpo mediúnico da casa além de ser designado a dirigir a Tenda Espírita Nossa Senhora da Conceição, uma das sete tendas fundadas pelo “chefe”, e escrever em 1933 o livro ” O Espiritismo, a magia e as sete linhas de Umbanda”, obra base para a vertente da Umbanda Branca e Demanda.

Boa leitura;

Pedro Kritski.

“Iniciamos, hoje, com o artigo em seguida estam-pado, a publicação dos resultados do nosso largo in-quérito sobre o espiritismo, feito pelo nosso compa-nheiro de redação Leal de Souza, dentro das normas de serena imparcialidade, prescritas pela A NOITE. “

(“A NOITE “, 7 de Janeiro de 1924)

O Centro Nossa Senhora da Piedade

A falange da rua Laura de Araujo.-Um louco em uma sessão espírita.

Atravessando em procura do arrebalde das Neves, a cidade de Niterói, perguntávamos , no bonde, a quanto passageiro ficava ao alcance de nossa voz:

- Conhece, por ventura, nas Neves, a farmácia do Sr. Zélio?

- Não.

- E o centro espírita Nossa Senhora da Piedade?

Quase ao termo da viagem, porém, ouvimos, for-mulada pelo Sr. Eurico Costa, a dupla resposta afir-mativa, e, em companhia desse gentil cavalheiro, cujo destino, nessa noite, era o nosso, fomos, primei-ro, à farmácia do presidente daquele centro, e, em seguida, com o farmacêutico, à sede da associação procurada.

Varando, por um corredor, filas compactas de gente, conseguimos aproximarmo-nos da mesa mediúnica, ocupando uma cadeira, à esquerda do presidente, ao lado de uma senhorita que vigiava os médiuns, pron-ta a socorrê-los, ou auxiliá-los, em caso de transe vio-lento.

Não conhecíamos uma só das pessoas presentes, e a nossa entrada não foi vista pelo diretor da reunião, Dr. José Meirelles, que, no momento, de olhos fecha-dos, fazia uma prece.

Apenas ocupamos o lugar designado pelo nosso condutor, ao findar a oração do dirigente, a senhori-ta Zaira Heintze, num grande pulo, e em transe, ten-tou levantar-se e sair, mas os seus movimentos eram desordenados e incoerentes. Auxiliou a senhorita de vigia, e a médium, atirando a cabeça para trás, sacu-dia, como um penacho, os cabelos cortados, e batia com as mãos sobre a mesa, e, a babar-se, continuou a

bater com as mãos. Nessa incômoda posição perma-neceu por mais de meia-hora, discutindo, por vezes, com o Sr. Meirelles. As suas frases, porém, não pas-savam de repetições pejorativas ou raivosas das do diretor.

- És um espírito infeliz!

- Qual infeliz, seu hipócrita.

Em meio desse combate, entrou em transe o Sr. Zé-lio de Moraes e, saudado como sendo o caboclo das Sete Encruzilhadas, chefe espiritual do famoso cen-tro, fez, em linguagem enérgica, uma vibrante exor-tação, suplicando e ordenando a intensificação da fé.

O médium, nesse transe, parecia dividido, em seu corpo, em duas partes, pela desconexão de seus mo-vimentos. Tinha ereto e firme o busto, alçada a ca-beça, o rosto torneado em desenho vigoroso, os bra-ços agitados em gestos apropriados às expressões de seus lábios, mas da cintura pra baixo, um temor con-vulsivo, abalando-o, fazia-lhe bater com os pés nas taboas do chão, produzindo um rumor apressado de caixa de guerra em célere ruflo.

Surpreendendo o Dr. Meirelles, o médium pediu parar apertar-nos a mão, e, sob olhar espantado da assistência, acercando-nos o Sr. Zélio, ouvimos:

- Pode dizer que apertou a mão de um espírito. A mi-nha esquerda, está uma irmã que entrou aqui como tuberculosa e à minha direita um irmão vindo do hos-pício. Curou-os, aos dois, Nossa Senhora da Piedade. Pode ouvi-los. Junto ao senhor, naquele canto, está o espírito de uma senhora, que diz ser sua mãe.

- Deve ser engano. Nossa mãe, graças a Deus, vive e goza saúde. Era a terceira vez que, numa sessão

Pra Semprena Memória

PRIMEIRO RELATO ESCRITO SOBRE A TENDA ESPÍRITA NOSSA SENHORA DA PIEDADE

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espírita, médiuns em transe acusavam a presença, a nosso lado, de uma senhora que afirmavam eles, dizia ser nossa mãe. O “Caboclo das Sete Encruzilhadas”, porém, bradou:

- Quem é então? Tem de falar! Há de incorporar e di-zer quem é. Despertou-se então o Sr. Zélio de Moraes e o Dr. Meirelles recomeçou o seu esquisito debate com a senhorita Zaira. Ao fim de minutos, cairam em transe simultâneo aquele médium e uma moça cla-ra, de bom corpo, vestida com elegância. Esta saltou com fúria e tombou de flanco, batendo rijamente a cabeça no solo, onde, por momentos, ficou estendida. Tornaram-se mais bruscos, então, os movimentos da senhorita Zaira.

Iniciando, com calma, a conversa com o Sr. Meirel-les, o médium Zélio, entrou, depois, a queixar-se de violências que lhe estavam fazendo dizia, caboclos e pretos invisíveis para nós, e, acendendo-se em cólera contra a nossa pessoa, chamando-nos “careca”, disse que, com os seus companheiros ali incorporados as duas médiuns, anda a seguir-nos, com o intuito de prejudicar o nosso serviço e a nossa vida, desde que fizemos, nesta reportagem, uma injustiça ao centro da rua Laura de Araujo.

O Dr. Meirelles, começando a compreender quem éramos, convidou a entidade presente a definir a in-justiça por nós praticada. A resposta foi que havía-mos dito que, naquele centro, o trabalho espírita é remunerado.

- Mas é ou não verdade?

- Não é!

Arriscamos, então uma frase em nossa defesa, con-testando-nos o médium:

- Ninguém é obrigado a dar. Dá quem quer.

- Foi o que noticiamos.

- Mas não devia ter noticiado! Objetou o médium.

- Por quê? O jornalista não cometeu uma injustiça.

Disse uma verdade.

- Mas essa verdade prejudicou o Centro fazendo com que muita gente o abandonasse.

A moça clara, de pé, debatia-se em fúria, segura, pe-los braços, por dois cavalheiros e a senhorita Zaira protestava:

- O Encruzilhada não é aquele que esteve ali. Sou eu!

O médium em transe, dirigindo-se ao diretor dos trabalhos, considerava:

- Você acha que o espiritismo não pode ser pago. Mas quem não tem emprego, como é que há de fazer espiritismo?

E, continuando, desenvolveu, em favor do centro da rua Laura de Araujo, argumentos semelhantes aos que ouvimos, no Centro José de Araújo, à rua Dr. Bulhões, formulado por um dos dirigentes daquela associação. Dirigiu-se,em seguida, às duas moças, chamando-as, respectivamente, João e Eduardo. Acalmou-se a senhorita Zaira, e a outra, a clara, esca-pando-se dos braços que a amparavam, caiu sentada na cadeira.

- Bem. Vou-me embora! Vamos, João!

Vamos, Eduardo! convidou o Sr. Zélio.

Ergueram-se as duas moças, mas o Dr. Meirelles de-clarou:

- É inútil! Não saireis daqui em estado de perseguir alguém. Escutai-me, e proferiu uma prece comove-dora.

- Sou Sofia, disse o Sr. Zélio. Se for para nosso bem, iremos. Se formos enganados, pagarás. Vamos, João. Vamos Eduardo.

Despertaram-se, então, os três médiuns. Pediu con-centração o diretor, e o Sr. Zélio, novamente em tran-se, curvado, numa linguagem deturpada, dizendo ser Pai Antônio, tomou as mãos de um enfermo, e, acom-panhado pelos presentes, começou a cantar:

“Dá licença, Pai Antônio,

Eu não venho visitar,

Eu estou bastante doente

Venho pra me curar”.

Findo esse ato, e depois de um transe quase mudo da senhorita Severina de Souza, havendo o guia, como se disse, mandado que se realizasse um trabalho espe-cial em benefício de um louco fugido do hospício e ali presente, declarou-se encerrada a sessão.

Retirando-se a assistência, foram afastados os ban-cos da sala e iniciados os preparativos para o trabalho especial. Só ficaram no recinto os médiuns, o louco, três homens que o acompanhavam e nós.

Uma senhorita, com um defumador fumegante, percorreu a sala, envolvendo cada pessoa em ondas de fumaça aromática, e a cantar, acompanhada pelos circunstantes, uma canção cujo estribilho era:

“Quem está de ronda é S. Jorge,

S. Jorge é que está de guarda!”

Entregou o defumador a um cavalheiro, que saiu a agitá-lo, caminhou em duas direções e, voltando fe-chou a porta.

O Sr. Zélio, assumindo a direção do trabalho, ocu-pou, ao lado de seu pai, perto da parede, a cabeceira da mesa, ficando um médium. Por detrás do enfermo, “fechando a concentração”, sentaram-se o Dr. Mei-relles e uma senhorita, e, formando a terceira fila, os três companheiros do doente, ladeavam a mesa as médiuns Severina de Souza e Maria Isabel Morse, en-frentando a senhorita Zaira e a elegante moça clara.

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A jovem que empunhara o defumador e nós que ocu-pamos lugares à esquerda da mesa.

Falando ao louco da mesa, disse o Sr. Zélio:

- Vamos fazer um trabalho para o senhor ficar bom. Pense em Deus. Como o senhor não pode fazer uma idéia de Deus, veja se consegue reproduzir na mente a imagem de Jesus.

Fez, com fervor, três orações; a Deus, a N.S. da Pie-dade, e ao Caboclo das Sete Encruzilhadas, e, con-vidando para começar, cantou, acompanhado pelos demais:

“Santo Antônio é ouro fino.

Arria a bandeira.

Vamos começar ! “

O canto, monótono, melancólico, desdobrando--se em toada embaladora parecia acariciar as almas. Não faltava majestade ao ambiente. O louco, de sú-bito, rompeu numa cantoria de sons inarticulados, e entraram em transe, actuadas, - disseram-nos, por protetores, as médiuns Isabel e Zaira. esta informou, então, ao Sr. Zélio que, no momento, duas entidades agiam sobre o doente.

- Deixa o aparelho e faz incorporar em um deles. Mando o outro para outra máquina. Conto contigo.

Instantaneamente, recobrou-se e caiu em novo

transe a senhorita Zaira. Sacundindo-se, a vociferar, quis deixar a cadeira, mas foi dominada pela senho-rita de vigia. Ao mesmo tempo, dando uma ruidosa gargalhada, a moça clara, num pulo, atirava-se de costas no slo, enquanto o louco, asserenando a face, emudecida.

Entraram em discussão a senhrita Zair, que dizia haver sido ” o padre Alfrêdo, vigário do Meyer”, e o Sr. Zélio. Sustentava aquela que perseguir alguém e encaminhá-lo, pelo sofrimento, para o progresso es-piritual; e sofria ardente contestação de parte do úl-timo.

De pronto abriu o presidente “novo ponto” cantan-do o côro “Santo Antônio é Santo maior”. Erguendo--se a pouco e pouco do chão, a moça clara ocupou a cadeira, e, olhos fechados, encarando Zaira, acusou:

- Mentiste! Nunca praticaste a caridade! Não te acompanho mais! Tu me arrastaste!

Falando aos protetores, pediu ao Sr. Zélio que le-vassem aqueles irmãos, “para o raio de luz” e o cânti-co entoado pelo coro reproduzia aos nossos ouvidos uma canção da macumba.

Sobre esse coro, cantando a meia voz, em tom arrastado, pairou, por alguns momentos, grave, em tom forte, vibran-do, um canto que saia dos lábios de Zaira, e começava:

“Oremos. Glória in excelsis Déo!”

Variou, ainda uma vez, o coro, a senhorita Zaira gri-tou que iria, mas voltaria; a moça clara, em gemidos lamentosos, implorou perdão, e, as duas, quase tom-bando, saíram de transe, enquanto todos bradavam:

- Viva Deus!

Mas, sem demora, encurvaram-se em novo transe as duas médiuns. Ambas são moças muito gentis, mas, de faces subitamente deformadas, com os maxilares avançando, ficaram quase horríveis. Caminhando dobradas em passos arrastados, com a cabeça abati-da na linha dos joelhos, percorreram a sala e fizeram passes no louco.

Zaira, que descalçara os pés, e, por estar em tran-se, não havia, em estado consciente, assistido na primeira sessão, ao caso mediúnico relativo à rua Laura de Araujo, agora, na segunda, conversando conosco, fazia referências aos três espíritos então reputados presentes.

Tornadas as duas médiuns ao estado de vigília, o Sr. Zélio perguntou ao louco se estava melhor.

- Estou bem, respondeu ele serenamente.

- Bem. Vamos encerrar, disse o presidente, e o coro rompeu:

“Santo Antônio é ouro fino,

Suspende a bandeira.

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