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AJES - FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E DE ADMINISTRAÇÃO DO VALE DO JURUENA GESTÃO, AUDITORIA E CONTROLADORIA APROVADA NOTA: 8,5 A IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA PARA AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS Autor: JUNIOR CESAR PEREIRA [email protected] Orientador: Me. WILSON ANTUNES DE AMORIM COMODORO/2013

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AJES - FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E DE ADMINISTRAÇÃO DO VALE DO JURUENA

GESTÃO, AUDITORIA E CONTROLADORIA

APROVADA

NOTA: 8,5

A IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA PARA AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

Autor: JUNIOR CESAR PEREIRA

[email protected]

Orientador: Me. WILSON ANTUNES DE AMORIM

COMODORO/2013

AJES - FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E DE ADMINISTRAÇÃO DO VALE DO JURUENA

GESTÃO, AUDITORIA E CONTROLADORIA

A IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA PARA AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

Autor: JUNIOR CESAR PEREIRA

[email protected]

Orientador: Me. WILSON ANTUNES DE AMORIM

“Trabalho apresentado como exigência parcial para a obtenção do título de Especialização em Gestão, Auditoria e Controladoria.

COMODORO/2013

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a DEUS, nosso senhor absoluto sem sua luz e compaixão

não teria como conquistar e lutar pelos meus objetivos.

À minha esposa Ivi Carvalho e a minha filha Maria Eduarda, razões de tudo que

faço, pela paciência e carinho, compreendendo minhas ausências e mudanças de

humor, e mesmo assim, sempre estiveram presentes em todos os momentos que

precisei.

À minha mãe e meu pai pelo carinho e amor incondicional, que não mediram

esforços para oferecer a melhor educação e conhecimento de vida, mostrando que a

devemos ser humildes em aprender e que o respeito ao próximo é o que dignifica o

caráter do homem.

A todos os familiares e amigos, em especial aos colegas de trabalhão que por

algumas vezes sacrificaram suas folgas e momentos com seus familiares para me

substituir nos dias de alua.

Agradeço também minha orientador, Professor Ms. Wilson Antunes de Amorim, pela

atenção dedicada na orientação deste trabalho.

A todos os professores da AJES, sempre muito profissionais e amigos, que com

muita dedicação profissionalismo transmitiram seus conhecimentos.

Dedico este trabalho a DEUS e minha família,

por terem me dado forças e carinho para

nunca desistir da busca dos meus objetivos.

“Quando o ritmo de mudança dentro da empresa for ultrapassado pelo ritmo da mudança fora dela, o fim está próximo”.

(Jack Welch)

RESUMO

Este estudo revê como objetivo demonstrar a importância do fluxo de caixa nas micro e pequenas empresas (MEP’s). A justificativa para a escolha do presente tema se deve a importância de instrumentos contábeis que auxiliem no desenvolvimento das micro e pequenas empresas. A metodologia utilizada nesse estudo foi a pesquisa bibliográfica. Com relação aos resultados do estudo foi possível mostrar que diversas pesquisas revelam que muitas das micro e pequenas empresas que abrem suas portas no Brasil não conseguem sobreviver por mais de três ou quatro anos, dentre os inúmeros fatores que colaboram para isso estão: a falta de planejamento, desconhecimento de estratégia de mercado, competitividade acirrada e muitas vezes até desleal, encargos tributários e sociais elevados. Levando a conclusão de que o fluxo de caixa permite ao gestor acompanhar o ritmo de suas vendas, de seus recebimentos e assim projetar investimentos, compras, contratações, expansões, enfim, é essencial para que o empresário possa diagnosticar a saúde de sua empresa e assim complementar com outros recursos administrativos que se fazem necessários em tomadas de decisões. Palavras-chave: Fluxo de Caixa; Planejamento; Controle.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 8

CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................... 11

1.1 DEFINIÇÃO DE MICROEMPRESA ................................................................. 11

1.2 CICLO DE VIDA DAS MPE’S NO CENÁRIO NACIONAL ............................... 12

1.3 PLANEJAMENTO – DEFINIÇÕES E IMPORTÂNCIA ..................................... 15

1.4 DEFINIÇÃO DE CAIXA .................................................................................... 18

CAPÍTULO II - METODOLOGIA DE PESQUISA ...................................................... 20

2.1 TIPO DE PESQUISA ....................................................................................... 20

2.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ........................................................ 21

2.3 MÉTODO DE ANÁLISE DOS DADOS............................................................. 22

CAPÍTULO III - ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DADOS ............................................. 24

3.1 APLICAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA NAS MICROS E PEQUENAS EMPRESAS (MPE’S) ............................................................................................ 24

3.2 MÉTODOS PARA ELABORAÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA .................................................................................................................... 26

3.3 PLANEJAMENTO DO FLUXO DE CAIXA ....................................................... 28

3.4 ANÁLISE DA GESTÃO DE CAIXA .................................................................. 30

CONCLUSÃO ............................................................................................................ 32

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 33

8

INTRODUÇÃO

Segundo o ranking das maiores economias mundial (PIB nominal), o Brasil

ocupa atualmente a posição da 6ª maior economia mundial, com projeção de ocupar

um posto acima em 2016, ultrapassando o Reino Unido (World Economic Outlook –

FMI, 2014).

Apesar de existir alguns incentivos para as micro e pequenas empresas,

ainda falta ao empreendedor que planeja abrir pela primeira vez seu próprio negócio

habilidade de mercado saber lhe dar com as dificuldades que a empresa possa

passar, investimentos mal feitos e momentos inoportunos, falta de controle da

movimentação de compra e venda e pessoal são ingredientes perfeitos para a

falência de uma empresa, então o administrador tem que ser uma pessoa habilitada

com as artimanhas que o mercado sempre está propondo, aproveitar momentos e

oportunidades ter sempre à mão relatórios que mostre as necessidades da empresa

e aponte suas falhas para que ele (administrado) possa agir de maneira responsável

evitando erros e perda de riquezas, já que para as micro e pequenas empresas

qualquer valor que deixar de ser contabilizado pode representar futuras

complicações que pode as vezes ser irreversível para a sustentação e solidificação

da empresa.

As micros e pequenas empresas apresentam papel muito importante para a

economia brasileira, cada empresa que por um motivo ou outro vier a fechar suas

portas, indiretamente estará afetando as projeções de crescimento de sua

economia, uma vez que pessoas serão demitidas e consequentemente parando de

contribuir com a previdência gerando e assim comprometendo o sistema

previdenciário nacional, o capítulo irá mostras o que diferencia as micros e

pequenas empresas, seu papel para economia nacional, metodologias, ferramentas

de auxilio para o administrador evitar erros em suas decisões, maximizando receita

e minimizando custos, projetando longevidade em suas ações comerciais. O objeto

de estudo é o Fluxo de Caixa que é evidenciado através da Demonstração de Fluxo

de Caixa (DFC), uma demonstração de grande importância na análise da empresa,

porque evidencia as modificações ocorridas nas disponibilidades da

entidade (Caixa e Bancos Conta Movimento, principalmente).

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Note que, apesar do nome, a DFC não evidencia apenas as mudanças na

conta Caixa, mas em todas as contas de disponibilidades. Um conceito importante é

o de equivalente­caixa, que corresponde às aplicações de liquidez imediata, conta

integrante do disponível da empresa, e que representa as aplicações que podem

ser resgatadas imediatamente, apresentando, portanto, baixo risco de alteração de

seu valor.

A DFC não é uma demonstração obrigatória pela Lei 6.404/76. Entretanto há

proposta no Congresso Nacional para introdução de modificações na Lei das S.A.,

transformando a DFC em peça obrigatória para as companhias.

Entretanto, até momento, esta demonstração permanece como facultativo

sabemos que a contabilidade calcula o resultado do exercício segundo o regime de

competência (resultado econômico). Assim, na demonstração do Resultado do

Exercício (DRE), as receitas e despesas apresentadas lá figuram porque seus fatos

geradores ocorreram, independentemente de ter havido pagamento ou

recebimento, isto é, saída ou entrada de numerário no Caixa (Caixa em sentido

amplo, significando Caixa ou Bancos Conta Movimento).

Nesse cenário este estudo tem como objetivo pesquisar os aspectos

relevantes no planejamento de fluxo de caixa nas micros e pequenas empresas

apresentando um método possível de ser implantado, uma vez que se trata de uma

ferramenta extremamente importante para o administrador se posicionar dentro de

um ambiente de constantes mudanças, exigindo conhecimento detalhado das

circunstancias que podem afetar nas tomadas de decisões da empresa, que muitas

das vezes por falta de informações leva o administrador se colocar de maneira

equivocada diante de certas situações comprometendo o futuro do empreendimento.

Justifica-se a escolha do presente tema baseando-se no fato de que toda

empresa busca ampliar seu mercado, seu leque de oferta, reduzir custos e

multiplicar seus rendimentos, para isso é necessário que esteja bem estruturada que

existam pessoas comprometidas e que seu produto ou serviço tenha uma boa

aceitação, para garantir essas qualidades deve também dispor de excelentes

ferramentas administrativas para que ofereça recursos necessários em uma boa

gestão. Os desafios a enfrentar para a conquista de um espaço no mercado exigem

do empresário bom conhecimento – conhecimento dos potenciais clientes, dos

produtos que eles desejam, de como os podem adquirir, dentro outros fatores

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(SEBRAE – 2004b), estas ferramentas permitem administrar melhor os

investimentos garantindo retorno e gerando riquezas, é importante salientar que uma

das principais causas de fracassos das micro e pequenas empresas estão

relacionadas a falhas gerenciais na condução de seus negócios.

O trabalho é divido em capítulos. Primeiramente é introduzido o tema em

que é exposto o problema de pesquisa, em seguida, expõem-se o objetivo geral e os

específicos, além da justificativa do estudo, metodologia de pesquisa, a organização

do trabalho, encerramento e as limitações da pesquisa. O estudo segue uma

fundamentação teórica, onde apresenta algumas definições de micro e pequenas

empresas e considerações sobre os seu ciclo de atividades. A abordagem a respeito

do planejamento em uma empresa será assunto apresentado como ferramenta

fundamental para que o administrador possa traçar objetivos e metas afim de

garantir rentabilidade e crescimento da empresa, utilizando de outras habilidades

administrativas peculiares ao empreendedorismo e a arte de administrar e gerenciar

negócios visando retorno dos investimentos e capitalização. O trabalho traz alguns

conceitos a respeito de caixa e as atividades que constitui seu fluxo.

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CAPÍTULO I

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O planejamento de fluxo de caixa sua importância como ferramenta como

finalidade principal o controle das atividades financeiras e operacionais da empresa

Neste capítulo, são abordadas as questões fundamentais do trabalho. Expõem-se

conceitos de planejamento e fluxo de caixa, bem como sua importância para as

empresas. Também são definidas. Dentre tais empresas, as que compõem o foco

desta pesquisa.

1.1 DEFINIÇÃO DE MICROEMPRESA

O tamanho da empresa não modifica a sua natureza ou os princípios da sua

administração, não altera os princípios básicos dos administradores, e ainda assim

não afeta de modo algum a administração do trabalho e do trabalhador. O tamanho

afeta de algum modo à sua estrutura administrativa, pois cada tamanho estabelece

um comportamento e uma atitude diferente dos órgãos administrativos (DRUKER,

2009).

Os critérios que classificam o tamanho de uma organização estabelecem um

importante fator de apoio às micro e pequenas empresas, aceitando que

estabelecimentos dentro dos limites instituídos possam adquirir os benefícios e

incentivos prestados nas legislações. (SEBRAE 2008)

Para Druker (2009), o parâmetro mais comum é o número de funcionários,

pois na medida em que a empresa cresce seu quadro de funcionários aumenta, e a

empresa passa por uma modificação de estrutura e de comportamento. Mas embora

seja um critério relevante, o número de funcionários não é determinante, podendo

existir empresas com número reduzido de funcionários e características de uma

grande empresa.

Visto as dificuldades de se estabelecer o tamanho da empresa, Druker

(2009), afirma que a estrutura administrativa, especialmente a estrutura da alta

administração, é o único critério de confiança para medir o tamanho de uma

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empresa. Afirma ainda que uma empresa é do tamanho da sua estrutura

administrativa.

A Lei Geral das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte foi instituída

em 14 de dezembro de 2006 (Lei Complementar Federal 123/2006). No intuito de

fortalecer as MPE’s e assim contribuir com a geração de emprego, redução da

informalidade e distribuição de renda, com ampla participação da sociedade civil e

empresariais e órgãos ligados ao Estado, a Lei Geral uniformizou o conceito de

Micro e Pequena Empresa ao enquadrá-las com base em sua receita bruta anual.

A Microempresa será a sociedade empresária, a sociedade simples, a

empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário, devidamente

registrados nos órgãos competentes, que aufira em cada ano calendário, a receita

bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00. Se a receita bruta anual for superior a R$

360.000,00 e igual ou inferior é R$ 3.600.000,00, a sociedade será enquadrada

como Empresa de Pequeno Porte. Estes valores referem-se a receitas obtidas no

mercado nacional.

A empresa de pequeno porte não perderá o seu enquadramento se obter

adicionais de receitas de exportação, até o limite de R$ 3.600.000,00. As faixas de

receita bruta variam nos estados que adotam sublimites, por contribuírem com

menos de 5% do PIB.

A Lei Geral também criou o Microempreendedor Individual, que é pessoa

que trabalha por conta própria e se legaliza como pequeno empresário optante pelo

Simples Nacional, com receita bruta anual de até R$ 60.000,00. O

Microempreendedor pode possuir um único empregado e não pode ser sócio ou

titular de outra empresa.

1.2 CICLO DE VIDA DAS MPE’S NO CENÁRIO NACIONAL

Ao abrir as portas de uma empresa o empresário está criando expectativa de

sucesso empresarial, lucratividade, expansão dos negócios, mas, para isso se é

necessário que o empresário tenha conhecimento e ferramentas adequadas para

seguir com esse objetivo, nada muito diferente do homem que quando tem um filho,

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imagina que esse será uma pessoa bem influente, bem sucedida, igualmente os pais

tem que ter o conhecimento de como educar seus filhos e possuir meios para

alcançar o que deseja ao filho. Pois bem, no meio comercial as empresas nascem a

partir da visão de seu criador (empresário) que certamente através de

planejamentos e estudos já definiu seu mercado, seu perfil de clientes e o tipo de

produto a oferecer e tem em mãos as principais ferramentas para atingir seu alvo,

que é a expansão e lucratividade.

No entanto muitos pais de empresas que surgem não apitos para tal

atividade não conhecem seu cliente, não oferece o produto em potencial e por fim

não possuem e não conhecem as ferramentas necessárias, essas são algumas das

razões que muitas das empresas que se abrem no Brasil praticamente mais da

metade delas não conseguem atingir sua maturidade e morrem, ou seja, fecham

suas portas encerram suas atividades pior ainda deixando aos seus idealizadores

uma herança muitas das vezes muito indesejável com dívidas, tanto para seus

colaboradores, fornecedores e o fisco.

É lamentável que parte desses fracassos poderiam ser evitados, bastando

para tal que o empresário ao ter a iniciativa de começar uma atividade comercial,

tenha o mínimo de conhecimento para saber como lhe dar com eventuais

dificuldades, concorrências, disputa de mercado e inovações, só assim essas

empresas terão longevidade e se distanciando cada vez mais o fechamento deste

ciclo (nascer, crescer, envelhecer e morrer), é importante que as MPE’s tenham o

maior tempo possível em plena atividade, pois, sua contribuição para a economia

nacional é fundamental para a alavancagem do produto interno, juntando riquezas,

gerando empregos especializados e mais importante proporcionando o acumulo de

conhecimento ao trabalhador que procura se destacar profissionalmente dentro da

organização em que trabalha.

De acordo com Adizes (1993), as empresas, assim como os organismos

vivos, apresentam padrões previsíveis de comportamento em seus estágios de

desenvolvimento e enfrentam problemas específicos ao avançarem por esses

estágios.

O grande objetivo de Adizes (1993) é estudar o que afeta a flexibilidade e o

autocontrole, e analisar como gerir esses fatores, para que a organização atinja e

permaneça na Plenitude. Dessa forma o autor afirma que o sucesso e o fracasso de

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qualquer organização dependem da sua capacidade de enfrentar os desafios

apresentados pelo crescimento, e de efetuar transições saudáveis de um estágio do

seu desenvolvimento para outro (ADIZES, 1993).

As etapas que compreendem o modelo de Adizes (1993), denominadas de

Estágios de Crescimento, abrangem: Namoro, Infância, Toca–Toca, Adolescência,

Plenitude.

1. Namoro: O primeiro estágio do Ciclo de Vida de acordo com o modelo de

Adize é a fase onde é firmado o compromisso do fundador para com a empresa.

Sobre sua importância, Adizes (1993), afirma que “firmar um compromisso intenso e

inabalável é a chave do sucesso, pois quando uma organização nascer, esse

compromisso – ou a sua ausência – é que a manterá viva ou que a matará”. Ele

finaliza dizendo, que quando a organização finalmente tiver testado o compromisso

e assumido um risco substancial (assinar um cheque no valor do primeiro aluguel do

escritório, por exemplo) ela está deixando para trás o estágio do Namoro e assim

entrando no seguinte.

2. Infância: Nesse estágio, o autor afirma que o enfoque principal deixa de

ser as ideias e as possibilidades, e passa a ser a produção de resultados, isto é, a

satisfação das necessidades. Acaba-se o período de pensar e agora o mais

importante é o “agir”. Adizes (1993), ainda afirma que uma organização deixa de ser

criança e passa para o próximo estágio seguinte do Ciclo de Vida organizacional,

quando a sua situação de caixa e suas atividades começam a se estabilizar.

3. Toca–Toca: Adizes (1993), afirma que a organização está no estágio

Toca-Toca ou organização Toca-Toca, quando a ideia já está funcionando, o

problema do fluxo de caixa negativo está resolvido e as vendas estão aumentando.

Não mais existe o ideal de sobreviver e sim de crescer, florescer. Para ele a

organização pode passar para o próximo estágio ou cair na “cilada do fundador”. E

ainda acrescenta que, “nas fases anteriores o fundador é basicamente a empresa e

a empresa o fundador. Mas agora a empresa já está razoavelmente bem

estabelecida e o fundador já não pode agir como se estivesse num show individual”.

4. Adolescência: Os conflitos existentes entre a velha guarda e a nova

guarda, o fundador e o gerente profissional, o fundador e a empresa e entre as

metas da empresa e as metas individuais devem ser bem resolvidos, caso contrário

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levará a empresa ao que o autor chama de divórcio. Em caso de sucesso a empresa

passa para o estágio seguinte do seu ciclo de vida.

5. Plenitude: De acordo com Adizes (1993, p.61), “o estagio de plenitude é o

ponto mais favorável na curva do ciclo de vida, quando a organização atinge um

equilíbrio de autocontrole e de flexibilidade”. E finaliza dizendo que “as organizações

plenas sabem o que estão fazendo, pra onde estão indo e como chegar lá”.

6. Estabilidade: Segundo Adizes (1993, p. 67), “esta fase é o primeiro dos

estágios do envelhecimento do Ciclo de Vida Organizacional”. O autor afirma que

apesar da empresa estar forte, ela está perdendo sua flexibilidade. Vai chegando o

fim do crescimento e começando o período do declínio, pode-se dizer que a

empresa passa a se acomodar. Em termos organizacionais, a empresa passa adotar

uma atitude do tipo “se não estiver quebrado, não precisa concertar”. E começa a

perder o espírito de criatividade, inovação e incentivo às mudanças que a levaram à

plenitude. A partir da plenitude, o movimento ao longo do ciclo de vida é um

processo de deterioração contínua.

1.3 PLANEJAMENTO – DEFINIÇÕES E IMPORTÂNCIA

Segundo Oliveira (1999, p. 34), o conceito de planejamento pode ser

definido como:

[...] o desenvolvimento de processos, técnicas e atitudes administrativas, as quais proporcionam uma situação viável de avaliar as implicações futuras de decisões presentes em função dos objetivos empresariais que facilitarão a tomada de decisão no futuro, de modo mais rápido, coerente, eficiente e eficaz. Dentro deste raciocínio, pode-se afirmar que o exercício sistemático do planejamento tende a reduzir a incerteza envolvida no processo decisório e, consequentemente, provocar o aumento da probabilidade de alcances dos objetivos e desafios estabelecidos para a empresa.

O planejamento é essencial para a eficácia de uma boa administração.

Planejar significa traçar objetivos, escolher qual caminho será seguido para o melhor

funcionamento de uma empresa. Não adianta querer abrir nosso próprio negócio se

nosso objetivo não está claro, pois não será possível fazer planos para alcançá-lo,

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ou se sabemos apenas por onde começar, mas nem imaginamos os próximos

passos da empresa.

Segundo Megginson (1986), o planejamento proporciona a base para a ação

efetiva, com a qual os gestores podem prever e preparar-se para mudanças que

possam afetar os objetivos organizacionais. Por permitir maior penetração e

abrangência às organizações, o planejamento pode provocar uma série de

modificações nas características e atividades empresariais, tanto em nível de

estrutura (alterações nas responsabilidades, nos níveis de autoridade,

descentralização, comunicação, procedimento, instruções), quanto em nível das

pessoas (capacitação, substituição, transferências de funções, avaliação, etc) ou em

nível de tecnologia (investimento em conhecimento, equipamentos, novos

processos, etc)

O planejamento pode e deve ser mudado, afinal, o mundo está em

constantes mudanças e nós temos obrigação de segui-lo, pois agindo de outra

maneira, estaremos colocando nossa vida profissional em jogo. A maneira de atingir

nossos objetivos vai se adequar a cada época, por isso é importante estar bem

informado e fazer nosso planejamento caminhar junto à atualidade.

No Brasil, milhares de pequenas empresas fecham por ano e têm como uma

das causas a falta de planejamento. Portanto, o conhecimento sobre Administração

é indispensável, uma vez que conhecendo melhor sobre tal área, podemos definir de

maneira mais apropriada quais os melhores recursos a serem usados, quais

métodos vão ajudar no alcance do objetivo, quais os profissionais que fazem o perfil

da empresa, quais tecnologias podem usar e muitos outros. Mais importante que

abrir uma empresa é saber administra-la, e se o planejamento não está caminhando

junto ao fim desejado é necessário que se faça uma análise profunda, traçando

novos planos para esta caminhada. Planos esses que sejam adequados à época e à

empresa, pois só conseguiremos uma carreira empresarial bem sucedida se

soubermos planejar o que temos, em busca do nosso objetivo.

A importância do planejamento nas empresas é fundamental para que seja

atingidos os objetivos idealizados pelos seus empreendedores, com finalidades

claras de alcançar os projetos, metas e planos presentes abrangendo e totalizando o

progresso no futuro. Como peça-chave o planejamento é necessário para que os

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índices de erros e desperdícios sejam reduzidos possibilitando lucratividade e

crescimento.

Planejamento para Lacombe e Heilborn (2003) é a determinação de um

caminho que leva a alcançar os resultados. É baseado em objetivos, fatos e

estimativas acerca de cada alternativa. Enfim é definir previamente o que fazer,

como fazer, quando fazer, onde fazer e por quem deve ser feito. Estes autores ainda

salientam que planejamento se refere às decisões tomadas no presente, que são

executadas no presente, os resultados é que são obtidos no futuro. Se não houver

planejamento no presente, não haverá os resultados esperados no futuro.

O planejamento pode ser em nível estratégico, onde normalmente, é de

responsabilidade dos níveis superiores da empresa, e diz respeito tanto à

formulação de objetivos quanto a seleção dos cursos de ação a serem seguidos

para sua consecução, considerando as condições externas e internas à empresa e

sua evolução esperada. Sua sobrevivência a longo prazo, crescimento e eficácia.

Segundo Lacombe e Heilborn (2003, p. 163):

o planejamento estratégico refere-se ao planejamento sistêmico das metas de longo prazo e dos meios disponíveis para alcançá-las, ou seja, aos elementos estruturais mais importantes da empresa e à sua área de atuação, e considera não só os aspectos internos da empresa, mas também, e principalmente, o ambiente externo no qual a empresa está inserida.

Já o planejamento tático é utilizado para traduzir os objetivos gerais e as

estratégias da alta diretoria em objetivos e atividades mais específicas. Tem como

principal desafio promover contato eficaz entre o nível estratégico e o nível

operacional.

Segundo Fischmann e Almeida (1991), planejamento tático é um

planejamento de curto prazo, que predomina a parte quantitativa e abrange decisões

administrativas e operacionalizações, visando à eficiência e eficácia da empresa.

E finalmente o planejamento operacional focaliza no trabalho junto aos

funcionários não administrativos, implementando os planos específicos definidos do

planejamento tático.

Para Oliveira (2002), planejamento operacional pode ser considerado como a

formalização, principalmente através de documentos escritos, das metodologias de

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desenvolvimento e implantação estabelecidas. Os planejamentos operacionais

correspondem a um conjunto de partes homogêneas do planejamento tático.

Considerando que toda atividade de uma empresa seja feita de forma

planejada, a chance desta empresa ficar mais tempo no mercado é muito grande,

pois estará atenta com as prováveis mudanças que podem ocorrer no decorrer de

determinado período. Os empresários terão como projetar novos produtos, enxergar

necessidades de contratações, expandir mercado enfim poderá projetar para

empresa uma meta em curto ou longo prazo, mas sempre procurando minimizar os

erros e maximizando a lucratividade.

1.4 DEFINIÇÃO DE CAIXA

Pode-se definir fluxo de caixa como a movimentação de valores no caixa da

empresa alterando o montante acumulado, a contabilidade diz que o fluxo de caixa é

positivo quando entra dinheiro e negativo quando sai. Quando um produto é vendido

ou um serviço é prestado recursos entram na empresa através da conta caixa

aumentando assim seu ativo, da mesma maneira quando cria obrigações, valores

são apontados em uma conta do passivo que irá confrontar com os valores em ativo,

a adoção da ferramenta fluxo de caixa possibilita que o administrador tenha uma

visão ampliada da situação financeira da empresa, o fluxo de caixa de uma

organização está associado seguintes atividades:

Operacional – Refere-se ao fluxo de caixa gerado pelas operações de uma

empresa, como por exemplo, receitas, custos, despesas administrativas, etc. O

fluxo de caixa operacional está diretamente ligado a demonstração de resultados

(DRE) e variação no capital de giro. Contudo, lucro e fluxo de caixa são conceitos

distintos.

Financiamento – Atividades de financiamento são as formas de obter

recursos e repagá-los, como por exemplo, um empréstimo, um aporte de capital,

pagamento de uma dívida, etc. O fluxo de caixa financeiro está diretamente ligado

à como a empresa financia suas necessidades por recursos e paga suas

obrigações com investidores e bancos. Há duas fontes de financiamento possíveis:

dívida e patrimônio líquido.

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Investimento – Atividade de investimento são formas de a empresa alocar

recursos em ativos que trarão benefícios futuros, como por exemplo, uma nova

máquina num complexo fabril, capital de giro, pesquisa e desenvolvimento, a

compra de outra empresa, etc. Os investimentos geram o aumento de um

benefício/lucro.

Outro tipo de fluxo de caixa muito recorrente em avaliação de empresas é

o Fluxo de Caixa Livre (free cash flow). Este fluxo de caixa é a soma do fluxo de

caixa operacional o fluxo de investimento. De uma maneira mais simples, podemos

dizer que é o resultado operacional mais os itens não-caixa, menos investimentos

em capital de giro, imobilizado e outros ativos. Outra leitura possível é o considerá-lo

como fluxo de caixa disponível para o pagamento das fontes de financiamento, isto

é, a dívida e os investidores.

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CAPÍTULO II

METODOLOGIA DE PESQUISA

2.1 TIPO DE PESQUISA

Este trabalho é uma pesquisa bibliográfica exploratória pelo suporte que esta

dá a todas as fases de qualquer tipo de estudo, uma vez que auxilia na construção

de hipóteses, na fundamentação da justificativa da escolha do tema e na elaboração

do relatório final. A pesquisa bibliográfica procura estudar e explicar um determinado

problema a partir de referências teóricas que abrange a leitura, análise e

interpretação de obras literárias, periódicos, legislação etc., capaz de fornecer

respostas adequadas ao tema proposto.

Assim, as pesquisas bibliográficas exploratórias buscam oferecer uma visão

preliminar sobre um determinado fenômeno e constituem-se na primeira fase de

uma investigação mais profunda. Para Gil (2002, p.42), a pesquisa é um “processo

formal e sistemático de desenvolvimento do método científico”.

Segundo Gil (2002, p. 44), as pesquisas ou estudos exploratórios têm como

principal objetivo.

Desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, com vistas na formação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores. (...) Este tipo de pesquisa é realizada especialmente quando o tema escolhido é pouco explorado e torna-se difícil sobre ele formular hipóteses precisas e operacionalizáveis.

Ademais, contribui na compreensão e esclarecimentos de um problema a

partir de referências publicadas em documentos, realizada independentemente ou

como parte de outra investigação, enquanto a pesquisa exploratória tem como

objetivo aprimorar ideias e proporcionar maior familiaridade com o problema, com

vistas a torná-lo mais explícito.

21

Esta metodologia de pesquisa envolve todo um acervo que deve ser

submetido a uma triagem para a identificação e avaliação dos documentos e textos

relacionados ao tema da pesquisa, quanto à efetiva utilidade para sua pesquisa e

outros parâmetros de qualidade, atualização, confiabilidade do documento, a partir

da qual se estabelece um plano de leitura.

De acordo com Cervo & Bervian (2002, p. 66), “a pesquisa bibliográfica é o

meio de formação por excelência, constituindo o procedimento básico para os

estudos monográficos, pelos quais se busca o domínio do estado da arte sobre

determinado tema”. É a partir do referencial teórico, capaz de fornecer respostas

adequadas ao tema proposto, que se faz acompanhar de anotações que servirão

para delinear a fundamentação teórica do estudo.

Enfim, a pesquisa contribui para a compreensão e esclarecimentos de um

problema a partir de referências publicadas em documentos, realizada de forma

independente ou como parte de outra investigação.

2.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Os procedimentos e métodos adotados na pesquisa focam-se no momento

em que o pesquisador usando de suas anotações bibliográficas expõe a sequência

de execução do seu trabalho com as respectivas técnicas e métodos em cada uma

das etapas.

Deseja-se através da pesquisa apresentar o caminho planejado pelo

pesquisador, quantificando e qualificando de forma prática todos os dados obtidos

que venha a ser exercida na sistematização dos resultados da pesquisa, em que o

pesquisador reúne a revisão bibliográfica e apresenta o material constituído para

alcançar respostas ao objeto de estudo proposto.

A importância da metodologia reside nas técnicas e métodos aplicados em

cada uma das etapas, práticas estas que proporcionam um avanço qualitativo

quando incorporadas a uma forma de trabalho ou de pensamento que levam o

indivíduo a adquirir hábitos e posturas mais críticas.

22

A questão central é que uma pesquisa não se resume no levantamento de

dados ou de fatos, pois é necessário correlacionar as teorias existentes aos

resultados da pesquisa. Assim, pode-se considerar a metodologia como uma forma

de exposição didática que apresenta o método escolhido como direção para o

encaminhamento da pesquisa.

O referencial teórico tem por objetivo apresentar a revisão da literatura

existente sobre o tema que está sendo abordado. A revisão de literatura é a

fundamentação teórica do estudo proposto. É a partir dela que a pesquisa é

contextualizada e ganha consistência.

A discussão dos resultados é baseada nas perspectivas e interpretações da

literatura citada e ponderações sobre os demais conhecimentos adquiridos ao longo

do estudo.

Segundo Demo (1994, p. 36), "o conhecimento teórico adequado acarreta

rigor conceitual, análise acurada, desempenho lógico, argumentação diversificada,

capacidade explicativa".

A pesquisa foi conduzida através da leitura e releitura dos textos relacionados

ao tema, sendo os tópicos mais interessantes anotados em fichamentos para

posterior revisão e avaliação.

Os procedimentos utilizados para a elaboração do presente trabalho se

pautaram em diversos conceitos e opiniões especializadas existentes acerca do

tema em discussão, optando-se pelos posicionamentos considerados mais

acertados, utilizando, para tanto, técnicas explicativas e o método bibliográfico.

2.3 MÉTODO DE ANÁLISE DOS DADOS

O método se caracteriza como um instrumento básico e fundamental que

ordena o pensamento do pesquisador em relação ao objeto, de forma sistemática,

que traça o modo de proceder do pesquisador na busca da consecução de seu

objetivo pré-estabelecido para a construção do conhecimento.

A adoção de métodos de pesquisa deve ser caracterizada de acordo com o

enfoque a ser conferido na própria pesquisa. A escolha de um método a ser utilizado

23

num estudo requer do pesquisador, uma atitude científica para melhor desenvolvê-lo

ao longo do processo, aprimorando a percepção e a sensibilidade de compreensão

para melhorar delimitar sua fundamentação.

A elaboração da presente monografia passou pelas seguintes fases: escolha

do tema, pesquisa bibliográfica, documentação, análise crítica, construção, redação.

A escolha do tema é o ponto de partida da pesquisa e da própria monografia, é o

pilar do processo.

24

CAPÍTULO III

ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DADOS

3.1 APLICAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA NAS MICROS E PEQUENAS EMPRESAS (MPE’S)

A administração das necessidades de caixa nas empresas, atualmente é

muito importante, visto que as alterações de mercado são cada vez mais rápidas,

considerando a globalização da economia como uma gigantesca onda influenciadora

capaz de direcionar o caminho das riquezas mundiais, é sabido que inúmeras

empresas têm fracassado e interrompido seus negócios por incapacidade de

administrar a entra e saída de recursos em seu caixa.

O fluxo de caixa é um documento detalhado que proporciona informações

atualizadas deixando de se importar com dados já obsoletos que capazes de definir

ou de se concluir uma analise financeira da empresa, é uma ferramenta que

apresenta informações claras apontando a real situação das finanças da empresa

de maneira full time. A economia mundial ditam as regras e as empresas de maneira

geral tem que se adaptar com a realidade é imprescindível que os administradores

estejam atentos e informados da situação financeira de sua empresa, pois a

qualquer momento um novo desafio pode surgir ou uma nova oportunidade de

negócio pode aparece como uma grande chance de alavancagem da organização

colocando em destaque seus produtos ou serviços.

A importância da aplicação do Fluxo de Caixa nas micros e pequenas

empresas e a sua finalidade informativa diante à Demonstração do Resultado do

Exercício, reforça a necessidade desta ferramenta para administração financeira da

empresa se apresentando em forma de relatórios detalhados os recursos

disponíveis e suas obrigações a curto e longo prazo, orientando assim

administradores financeiros a tomarem decisões de forma cautelosa evitando erros

que certamente poderia comprometer a sustentabilidade da empresa.

25

O fluxo de caixa é capaz de informar as origem e aplicações de todos os

recursos que a empresa dispõe, assim ao se referir em fluxo de caixa é necessário

que se entenda que se está se falando da movimentação financeira da empresa, a

elaboração do fluxo de caixa consiste um empenho desdobrado de seus gestores

para que se aproveite todas as informações que o fluxo de caixa pode oferecer,

mas, o administrador tem que ter noção que não basta tão somente um fluxo de

caixa implantado e bem planejado é necessário que se faça uso de outras

ferramentas administrativas complementares e pessoas capacitadas, receita que

não é exclusividade de empresas de grande porte.

As origens e os destinos do dinheiro de uma empresa são respondidos pelo

Fluxo de Caixa, que analisa as entradas e as saídas disponíveis na contabilidade da

organização de maneira cronológica favorecendo um melhor entendimento nas

interpretações das informações coletadas e consequentemente melhor

aproveitamento dos recursos disponibilizados por esta ferramenta.

Outra importante colaboração do fluxo de caixa é oferecer condições para que

as empresas consigam encontrar o equilíbrio financeiro, apontando as fontes de

entradas dos recursos e também setores onde estão ocorrendo maiores gastos, ao

administrador cabe observar essas informações a partir delas tomar alguma decisão,

o mercado pela sua dinâmica requer habilidade e agilidade das pessoas que estão

responsáveis para controlar o destino de uma organização, entender o significado

dos dados apresentados nas demonstrações de resultados pode evitar que

empresas sólidas venha a ruir e se comprometer financeiramente, então é notório o

tamanho da importância de uma empresa seja ela de qual porte for, te implantado o

fluxo de caixa como ferramenta administrativa para orientação nas tomadas de

decisões financeiras.

Os principais objetivos da demonstração do fluxo de caixa são avaliar alternativas de investimento; avaliar e controlar ao longo do tempo as decisões importantes que são tomadas na empresa, com reflexos monetários; avaliar as situações presente e futura do caixa na empresa, posicionando-a para que não chegue a situações de liquidez; e certificar que os excessos momentâneos de caixa estão sendo devidamente aplicados. (MATARAZZO, 1998, p. 370)

O fluxo de caixa da empresa é um dos eventos mais fundamentais no quais são baseadas as mensurações contábeis. Os gestores e os investidores em particular estão bastante interessados no fluxo de caixa gerado pelos ativos da empresa. Este fluxo de caixa não é somente o problema central de

26

sobrevivência da empresa, mas é essencial para que os objetivos da empresa sejam alcançados. (FIGUEIREDO; CAGGIANO, 1997, p. 75).

A economia brasileira é muito dependente das MPE’s pela sua abrangência,

geração de emprego e distribuição de renda, o governo entende o tamanho da

importância destas organizações que tenta através de alguns incentivos fiscais

garantir a sobrevivência das mesmas, é certo que mesmo com incentivos as MPE’s

ainda sucumbem com falta de preparo empresarial e de recurso financeiro limitados,

para isso, empresas contam com capital de giro reduzido deve mais do que nunca

encontrar soluções que garanta uma boa administração de suas finanças afim de

garantir sua sobrevivência.

3.2 MÉTODOS PARA ELABORAÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

O objetivo da Demonstração dos Fluxos de Caixa é ofertar informações sobre

entrada de valores de uma empresa durante determinado período. Paralelamente,

auxilia ao administrador compreender e diferenciar sobre os investimentos e

atividades financeiras da empresa.

Mais especificamente, a Demonstração do Fluxo de Caixa pode ajudar

investidores e credores a avaliar a capacidade da empresa de gerar fluxo futuro de

caixa positivo, saldar as obrigações e pagar dividendos. Por intermédio da

Demonstração do Fluxo de Caixa a empresa relata informações para o usuário

acerca da origem do caixa gerado e como esse caixa foi consumido.

Além de suas próprias operações, isto é, manufatura, compra e venda de

bens ou prestação de serviço a empresa pode gerar caixa pela venda de ativos,

emissão de ações, contratação de empréstimos e financiamentos, entre outros.

O uso das informações contidas na Demonstração do Fluxo de Caixa,

conjuntamente com as demais demonstrações contábeis, pode ser uma ferramenta

eficaz para a avaliação da liquidez, solvência e flexibilidade financeira da empresa.

Por outro lado é importante ressaltar que o fluxo de caixa também apresenta

suas limitações. Uma delas é a incapacidade de fornecer informações precisas

27

sobre o lucro e sobre os custos dos produtos da empresa. Isto porque as apurações

e demonstrações são realizadas pelo regime de caixa e não pelo regime de

competência. Porém, o fluxo de caixa é um instrumento de controle e análise

financeira que juntamente com as demais demonstrações contábeis torna-se

efetivamente um instrumento de apoio à tomada de decisões de caráter financeiro.

Existem dois métodos para elaborar a Demonstração do Fluxo de Caixa:

método direto e indireto. O método direto demonstra os recebimentos e pagamentos

derivados das atividades operacionais da empresa em vez do lucro líquido ajustado.

Mostra efetivamente as movimentações dos recursos financeiros ocorridos no

período. Com isso, demonstra os itens diretamente afetados pela movimentação de

caixa. Sendo basicamente o espelho da movimentação da conta Caixa/Bancos.

A demonstração pelo método direto facilita ao usuário avaliar a solvência da

empresa, pois evidencia toda a movimentação dos recursos financeiros, as origens

dos recursos de caixa e onde eles foram aplicados.

As vantagens deste método são: criar condições favoráveis para que a

classificação dos recebimentos e pagamentos siga critérios técnicos e não fiscais;

permitir que a cultura de administrador pelo caixa seja introduzida mais rapidamente

nas empresas; e as informações de caixa podem estar disponíveis diariamente.

Como desvantagens do método direto citam-se: o custo adicional para

classificar os recebimentos e pagamentos; e a falta de experiência dos profissionais

das áreas contábil e financeira em usar as partidas para classificar os recebimentos

e pagamentos.

Já o método indireto, também chamado de método de conciliação, é aquele

no qual os recursos provenientes das atividades operacionais são demonstrados a

partir do lucro líquido, ajustado pelos itens considerados nas contas de resultado

que não afetam o caixa da empresa.

Assim, demonstra indiretamente o fluxo financeiro através da comparação do

saldo das contas do Ativo, Passivo e Resultados. Sendo esse modelo semelhante à

DOAR, principalmente pela sua parte inicial, exigindo do usuário maior

conhecimento de contabilidade.

As vantagens apresentadas pelo método indireto são: apresentar baixo custo

pois basta utilizar dois balanços patrimoniais (o do início e do final do período), a

28

demonstração de resultados e algumas informações adicionais obtidas na

contabilidade; e conciliar o lucro contábil com o fluxo de caixa operacional líquido

mostrando como se compõe a diferença.

Como desvantagem deste método pode-se citar o tempo necessário para

gerar as informações pelo regime de competência para só depois convertê-las para

o regime de caixa (se isso for feito uma vez por ano, por exemplo, podemos ter

surpresas desagradáveis e tardiamente).

Também pode ser considerada uma desvantagem o fato do método indireto

somente eliminar parte das distorções, na existência de interferência da legislação

fiscal na contabilidade oficial.

3.3 PLANEJAMENTO DO FLUXO DE CAIXA

Para que o administrador possa analisar, compreender e decidir

adequadamente sobre a liquidez da empresa a estrutura de informação do Fluxo de

caixa deve ser clara, precisa e de maneira eficaz demonstrar a saúde financeira da

organização.com informações seguras.

Os Fluxos Operacionais representam todos os gastos relacionados com a

produção e comercialização dos bens e serviços da empresa. Deve conter como

entradas a cobrança das vendas dos produtos/serviços gerados e comercializados;

como saídas os elementos que estão ligados à geração, administração e

comercialização de tais produtos como: pagamentos a fornecedores, gastos com

serviços públicos, etc.

Os Fluxos de Investimentos envolvem a aquisição e venda de ativos que

serão utilizados na produção de bens e serviços, a concessão e o recebimento de

empréstimos, as movimentações relativas às aplicações financeiras e as

participações em outras empresas. São consideradas entradas de Atividades de

Investimentos: recebimento de empréstimos concedidos, recebimentos por resgate

de aplicações financeiras, recebimento por vendas de participações acionárias em

outras empresas, etc. Como saídas pode-se citar: desembolso por concessão de

29

empréstimos, pagamento para aquisição de título financeiros, pagamentos para

aquisição de participação acionária em outras empresas.

Os Fluxos de Financiamento equalizam o somatório dos demais fluxos: no

caso de sobras dos recursos, existe saída para aplicação; no caso de falta de caixa,

existe resgate de investimento ou mesmo captação de recursos. Um dos fatores

mais importantes para o sucesso na gestão de uma empresa é o adequado

planejamento. Portanto, a gestão financeira deve ser cuidadosamente planejada,

executada, acompanhada e avaliada. Isso só é possível quando se estabelece

metas (objetivos, previsões) que orientem a fim de evitar “surpresas inesperadas”.

Ao se projetar recebimentos e pagamentos com base em conhecimentos

anteriores e expectativas futuras quanto ao que se espera do mercado, é possível se

preparar para enfrentar dificuldades antes que elas ocorram. Assim, trabalhar com

valores previstos e compará-los com o realizado (acontecido na data), além de

mostrar futuras faltas ou sobras de caixa, permite tomar decisões antecipadas sobre

aumento de compras, liquidações, racionalizações de custos, hora certa para fazer

investimentos e até mesmo sobre a possibilidade de retirar mais pró-labore sem

“sangrar” a empresa.

O processo de planejamento do Fluxo de Caixa da empresa consiste em

implantar uma estrutura de informações útil, prática e econômica. A proposta é

dispor de um mecanismo seguro para estimar os futuros ingressos e desembolsos

de caixa da empresa. É importante o planejamento do fluxo de caixa, porque irá

indicar antecipadamente as necessidades de numerário para o atendimento dos

compromissos que a empresa costuma assumir, considerando os prazos para serem

saldados.

Com isso, o administrador financeiros estará apto a planejar com a devida

antecedência, os problemas de caixa que poderão surgir em consequência de

reduções cíclicas das receitas ou de aumento no volume dos pagamentos. Acresce-

se outro papel importante que desempenha o fluxo de caixa que é a possibilidade de

evitar a programação de desembolsos vultosos para período em que o ingresso

orçado sejam baixos por questões de mercado, por exemplo. O planejamento do

fluxo de caixa permite ao administrador financeiro verificar se poderá realizar

aplicações em curto prazo com base na liquidez, na rentabilidade e nos prazos de

resgate.

30

Evitar falta de recursos e consequente crise de liquidez nas empresas ou,

através do seu conhecimento, de forma antecipada, minimizar seus efeitos,

representa uma das principais funções do fluxo de caixa. Através de uma adequada

gestão de caixa pode-se reduzir substancialmente a necessidade de capital de giro,

proporcionando maiores lucros em função, principalmente, da redução das despesas

financeiras. Daí a importância da revisão e análise criteriosa do fluxo de caixa, pois

só assim a empresa poderá aferir os resultados. De nada adianta efetuar projeções

de fluxo de caixa se o mesmo não for utilizado como ferramenta básica no processo

decisório.

3.4 ANÁLISE DA GESTÃO DE CAIXA

A administração do caixa compreende uma tarefa de suma importância para

a empresa. A grande maioria dos fracassos empresariais tem fortalecido a convicção

de que a principal razão da chamada mortalidade precoce das pequenas

empresas é a falta da habilidade gerencial de seus administradores.

Estas empresas normalmente nascem através de uma ideia de negócios

proposta por empresários que conhecem profundamente a função técnica a ser

exercida, porém não se preocupam com a função administrativa financeira da

empresa. Esses empresários acreditam que, produzindo bens de alta qualidade e

demanda, estão dispensados de dedicar tempo à boa administração, relegando esta

tarefa a funcionários sem preparo, ao invés de contratarem alguém apto para fazê-lo

em seu lugar.

Empresa alguma poderá crescer ou mesmo sobreviver, sem um

gerenciamento adequado na área administrativa.

Ë essencial a essa função administrativa o conhecimento dos procedimentos

financeiros e contábeis disponíveis, bem como a sua melhor utilização para o

acompanhamento, controle, ajuste e projeção dos resultados da empresa. Através

do fluxo de caixa procura-se analisar o deslocamento dos recursos financeiros da

empresa. Partindo-se do disponível (caixa, bancos e aplicações no mercado

financeiro), pode-se verificar os caminhos percorridos por uma unidade monetária

31

na empresa e, principalmente, de operações que aumentam ou diminuem o nível de

caixa da empresa.

32

CONCLUSÃO

Em virtude da globalização dos mercados as empresas devem estar

preparadas caso queiram atender as exigências desse mercado. Como a

competitividade entre empresas é cada vez mais acirrada, a busca de informação é

de fundamental importância para a sobrevivência de qualquer negócio. Mas de nada

adianta buscar informações se elas não forem organizadas e analisadas. Através da

organização e análise das informações é que se pode chegar a um produto final, o

conhecimento. Conhecimento este que define que empresas param e que empresas

continuam no mercado.

Para pequenas empresas uma das principais dificuldades é o controle das

informações principalmente informações da área financeira da empresa. Sem as

informações os gestores tomam suas decisões de forma intuitiva, aumentando os

riscos na gestão do negócio.

Pensando nisso a presente pesquisa propôs uma organização da função

financeira da empresa, com o uso de instrumento para controle do fluxo de caixa, de

forma a contribuir para que o gestor tome decisões financeiras mais acertadas.

Estudos analisados nessa pesquisa concluíram que na maioria das vezes

gestores de pequenas empresas não compreendem o impacto de suas ações

financeiras. Assim alerta-se que a falta de aptidão em sistemas contábeis é um fator

básico de insucessos entre pequenas empresas. Proprietários de pequenas

empresas parecem não dar muita importância às informações financeiras, pelo

simples fato de estarem participando de todo o processo produtivo da empresa, o

que os levam a cometer erros graves.

Por fim concluiu-se que entre os instrumentos gerenciais de caráter mais

dinâmicos, o fluxo de caixa merece destaque, seja por sua estreita relação com a

situação de liquidez da empresa, como pela propriedade de projetor situações

futuras.

As dificuldades encontradas na gestão dos recursos financeiros de uma

empresa, tomando-se por base dados históricos, relatórios elaborados pelo regime

33

de competência, fizeram, com que surgisse o fluxo de caixa, bastante evidenciado e

indispensável para a boa gestão das empresas.

É importante ressaltar que os gestores devem estar atentos aos

mecanismos que utilizam no planejamento e acompanhamento do desempenho das

empresas. A visão holística organização e do ambiente em que atua deve ser o

parâmetro para a aferição e ajustes nos instrumentos utilizados.

34

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