Água, pudim e pimenta

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Crônicas Leves, Intermediárias e Pesadas

Transcript of Água, pudim e pimenta

Água, Pudim e Pimenta

Geziel Nunes Gomes

Above Publicações1ª edição

Agosto- 2010Vila Velha - ES

Água, Pudim e Pimenta

6 | Água, Pudim e Pimenta

Copyright © 2010 Above Publicações

Primeira edição, Agosto - 2010

Editor ResponsávelUziel de Jesus

CapaMelissa Roncete

RevisãoAlexandra Resende

DiagramaçãoAbove Publicações

www.aboveonline.com.br

Todos os direitos reservados pela autor.É proibida a reprodução parcial ou total

sem a permissão escrita da autor.

Impresso na Gráfica Viena

Geziel Nunes Gomes | 7

Sumário

Prefácio 05

Esforço e sacrifício 07

Viajar e viajar 09

Fugindo dos extremos 13

Deixe sua fé trabalhar 17

Príncipes poderosos ou servos abençoadores? 21

Os 3 homens da bíblia 23

Que realmente estamos pregando? 25

Três tipos de igrejas 29

Ponha as coisas velhas no lixo 33

Você é perseverante? 35

Compromisso com a verdade 39

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Ainda consideramos o valor de uma alma? 43

Amigos: uma espécie em extinção? 49

Por que devemos estudar a bíblia? 53

Joias verdadeiras & bijuterias 55

Posso crer no amanhã 59

A igreja dos distraídos 63

Pensando em Abraão 69

Geziel Nunes Gomes | 9

Vários séculos têm transcorrido desde que o sábio Salomão declarou não haver limites para fazer livros.

Milhares de novos volumes são editados a cada ano e novos projetos estão sempre em evidência.

Existem livros de todos os estilos, para todos os gostos e sobre todos os assuntos.

Existem livros sem motivo, outros com grande motivo e ainda outros com motivo ignorado.

Tenho tido o privilégio da parte de Deus de es-crever cerca de 44, alguns dos quais atingiram várias edições.

Não vale a pena escrever livros, se não há quem

Prefácio

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os leia.

Desde que lancei o meu blog (prgeziel.blogspot.com) tenho tido o privilégio de contar com a fideli-dade de alguns leitores; vários deles têm-me brindado com a gentileza de seus comentários, sempre dignos de menção e de atenção, naturalmente.

Dois anos após, decidi selecionar algumas crô-nicas, dentre as muitas encaminhadas ao blog, e transformá-las no volume que o leitor ora manu-seia.

Algumas crônicas são leves e singelas, como a própria água.

Outras são preciosas e deleitáveis, como um bom pudim.

Outras são fortes e provocantes, como a pimen-ta.

Daí o título desta obra: Água, pudim e pimen-ta.

Deixo com o leitor a tarefa de identificar o sabor de cada crônica. E espero que todas, finalmente, ve-nham a lhe causar satisfação. Água, pudim e pimenta têm o seu lugar na mesa. Cada um por sua vez. Cada um na hora certa.

De igual maneira, estes escritos.

Obrigado por haver adquirido este exemplar.

Geziel Nunes Gomes | 11

Mil vezes obrigado por sua decisão de os ler completamente.

Indaiatuba, SP, abril de 2010.

Geziel N Gomes

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Tenho encontrado muitas pessoas, mui-tas mesmo, que estão fazendo alguma coisinha para Jesus e chamam isto de

sacrifício.

Penso que deveríamos ser mais honestos, mais verdadeiros, mais transparentes e mais humildes.

Ir à Casa de Deus 3 ou 4 vezes por semana não pode ser chamado de sacrifício.

Sacrifício não é visitar 3 ou 4 doentes no hos-pital.

Sacrifício não pode ser dobrar uma vez ou outra o valor da oferta, regularmente baixo.

Será sacrifício pregar por 50 minutos, cantar 2 ou três hinos, ficar em pé para ouvir a leitura da

Esforço e Sacrifício

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Bíblia?

Muitos estão confundindo esforço com sacri-fício.

Dirigir um carro não é um sacrifício. Para muitos, sacrifício é comprar o carro.

Sacrifício não é dedilhar as cordas de um ins-trumento. Isto é apenas esforço. Sacrifício deve ser passar muitos anos aprendendo a tocar.

Sacrifício não é ler 2 capítulos da Bíblia. Sa-crifício foi produzir esses capítulos, em condições rudes e absolutamente desconfortáveis, ao contrário de hoje, a Era da Informática.

Não chamemos de sacrifício aquilo que é mero esforço de nossa parte.

Sacrifício não é aceitar a Jesus. Sacrifício foi a entrega total do Filho de Deus por nós.

Sacrifício não é viajar de jato puro de uma ca-pital para outra. Sacrifício foi Paulo fazer 3 viagens missionárias quando não havia aviões, nem locomo-tivas, nem automóveis, nem motocicletas.

Sacrifício não é receber uma crítica pelos jor-nais, devido a um deslize qualquer.

Sacrifício é ser amarrado ao trono de uma cadeia, por causa do poder de expelir demônios.

Deixemos de lado a insignificância de nosso esforço - e consideremos a magnitude de SEU sacri-fício.

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Nunca esqueçamos que “Cristo, nossa Páscoa, foi SACRIFICADO por nós”. 1 Coríntios 5.7.

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Geziel Nunes Gomes | 17

Estou escrevendo esta página a bordo de um A330 da TAM, a caminho de Nova Iorque. Quantas vezes já fiz este percurso? Claro

que perdi a conta há bastante tempo.

Tenho viajado praticamente por toda a minha vida. A primeira viagem de que tenho memória foi aos meus cinco anos, um presente de meu saudoso pai.

Fomos de Pedreiras, no Maranhão, a Belém, no Pará. Surpreendentemente posso recordar alguns detalhes daquela viagem. Deles falarei noutra oca-sião.

Agora, o assunto é apenas viajar.

Não posso jamais me esquecer de uma palavra

Viajar e Viajar

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profética que recebi, dois dias após a noite inesquecí-vel do meu batismo com o Espírito Santo. O Senhor me avisava de que eu viajaria muito e muito.

Tenho tido o privilégio da parte de Deus de haver estado em todos os Continentes, sempre para ministrar a mensagem de salvação e esperança que há no Evangelho.

A princípio, viajar é melhor do que mais tarde, quando se começa a experimentar algum tipo de cansaço.

Continuo a viajar hoje com a mesma paixão de sempre, pois sei que a semeadura da Palavra sempre resulta bem: nunca voltará vazia, Isaías 55.10,11.

Algumas viagens foram tão marcantes, que terão de sempre ser lembradas, para a glória do Rei.

Por exemplo: Quando estive em Accra, Ghana, o Presidente da República, General Achampon aceitou a Cristo como Salvador. Ainda conservo dois livros de sua autoria que por ele me foram dedicados persona-lizadamente. Um dos meus companheiros de viagem foi o saudoso Pastor Túlio Barros Ferreira.

A primeira vez que estive na Rússia tive a oportunidade de, no hotel, completar o texto de um livro que é um dos meus favoritos: Nascidos para Crescer.

Na Guatemala estive uma vez em companhia

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do Pastor Elizeu Menezes. Segundo suas próprias palavras, vimos “um rio de milagres”.

Não dá para omitir as três viagens que fiz a Is-rael. A primeira, em companhia de três amigos, dos quais vive ainda o Pr. José Pimentel de Carvalho. Nas outras duas minha amada esposa esteve comigo.

Uma recordação que ainda hoje me toca o co-ração: a viagem à Ilha de Madagascar. Ali conheci o local do martírio de Rasalana, uma jovem que ofereceu sua vida em sacrifício, mas não negou a fé no bendito Salvador.

Recordo, com saudade e alegria viagens feitas ao Japão, Austrália, Suécia, Canadá etc

Bom, paro por aqui. Quem sabe voltarei a escre-ver sobre o tema.

Viajar é muito bom – especialmente quando se viaja para Deus.

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Não sou de hoje. Já vivi algumas décadas. Tenho visto muitas coisas irem e virem, bem como irem e não mais voltarem.

Sou do tempo em que pregadores viajavam de ônibus pelas estradas cheias de lama, especialmente no nosso sofrido Nordeste. Até empurrá-los, para saírem do atoleiro, já fiz.

Sou do tempo em que o dinheiro da passagem dos pregadores lhes era entregue contadinho, justinho, “tim-tim por tim-tim”. Nada mais.

Ofertas de amor? Que é isso, gente? Vamos deixar as heresias de lado. Tudo se faz por fé.

Vivi isso por mais de 30 anos.

Fugindo dos Extremos

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Até que surgiu algo novo. A consideração para com os pregadores, que vivem pela fé, mas que têm, também, estômago, família e compromissos diu-turnos.

Hoje estamos vivenciando os extremos jamais sonhados antes.

Por um lado existem os pregadores que estipu-lam dois mil dólares por uma noite de pregação ou por, uma hora, melhor dizendo e, no outro extremo, há os pastores “amigos” que lhes dão 50 reais para um cafezinho. Um bom dinheiro para um café com biscoito, uma insignificância para comprar uma boa camisa.

Precisamos encontrar um denominador comum para essa confusão que se estabeleceu.

Existem pregadores que enriqueceram em dez anos, em seus périplos nacionais e internacionais.

Recentemente um deles confessou a um amigo meu: “estou rico, famoso e cansado”.

Existem pastores que ajustam qualquer quantia e pagam qualquer preço milionário para terem o “pri-vilégio” de ter uma estrela em seus púlpitos, mesmo que para entregar a mesma palavra pela milésima vez. Literalmente.

Existem líderes que dizem: “Pode deixar! Eu sei abençoar os homens de Deus” - e estes são despedidos

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com preciosos tapas de fraternidade e orações pode-rosas. Ajuda financeira, que também vale nada.

Está faltando equilíbrio.

Entregar fortunas recolhidas do dízimo suado dos membros da Igreja, para enriquecer as múltiplas contas bancárias dos pregadores-empresários, talvez não tenha muito apoio lá em cima.

A manipulação e a malversação do dinheiro sa-grado de ofertas e dízimos certamente se constituem em novo item para o Tribunal de Cristo.

Certa igreja, que conheço muito bem, “contra-tou” um desses famosos para três dias de Congresso numa igreja na terra de Tio Sam.

Continua...

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