AGENDA Comissão Nacional acerta primeiros detalhes para ......2006/12/16  · nado em origami por...

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ANO 9 – Nº 2184 / 2091 – SÃO PAULO, 16 A 22 DE DEZEMBRO DE 2006 – R$ 2,00 AGENDA Comissão Nacional acerta primeiros detalhes para 2008 Um mês depois do presidente Luiz Inácio Lula da Silva instituir no Diário Oficial o decreto nº 5.966 para a criação da Comissão Nacional Organizadora das Co- memorações do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, representantes do MRE (Ministério das Rela- ções Exteriores) estiveram reunidos com lideranças da comunidade nikkei para tratar de assuntos relativos a 2008. Conduzido pelos ministros Francisco Mauro e Regina Dunlop, o encontro serviu para “quebrar o gelo” e discutir as primeiras ações em conjunto entre ambos os lados. Ao final, tanto a representação do Governo Federal quanto do Centenário da Imigração mostraram otimismo para o trabalho em conjunto. Mesmo sem uma oficialização da Comissão, o que deve acontecer no começo de 2007, em Brasília, após o presidente confirmar todo o ministério para seu mandato. —————–——————–——————–— | pág 3 Um “novo” caso de golpe tem assustado alguns comerciantes de São Paulo. A conversa é convincente. Ele conta várias passagens da imigração japonesa, lamenta sua trágica história pessoal (já foi dono de multinacional) e teve uma filha seqüestrada (e estuprada) pelos próprios funcionários da empresa. É com essa conversa que “Yamamoto” – como se apre- senta o falsário – conseguiu lesar pelo menos dois lojistas em São Paulo. —————–—————–———–——––—————–————–——— | pág 4 ‘Yamamoto’ usa nome da comunidade para aplicar golpes em comerciantes paulistanos O presidente mundial da NGK, Norio Kato, e o pre- feito Junji Abe, oficializaram no último dia 8, a doação da área onde funcionou a primei- ra unidade fabril da empresa, na rua Flaviano de Melo, para a Prefeitura de Mogi das Cru- zes. A doação do terreno de aproximadamente 32 mil m2 realizada pela empresa foi co- memorada pelas autoridades. —————–—— | pág 5 NGK doa área da fábrica da Flaviano para Mogi A equipe técnica da Prefeitu- ra de São Bernardo do Cam- po retornou do Japão com uma boa notícia para a popu- lação da cidade: o financia- mento para execução do pro- jeto de recuperação da Billings está garantido pelo JBIC. O sinal verde foi dado ao coordenador do projeto, o secretário Hiroyuki Mina- mi. —————–—— | pág 5 JBIC garante financiamento para Represa Billings Nikkeis falam sobre emoção do Prêmio Brasil Olímpico O Prêmio Brasil Olímpico con- tou este ano com um número recorde de atletas nikkeis. No total, foram seis premiados com o Oscar do esporte: Ma- riana Arimori (badminton), Ronaldo Ono (beisebol), Poliana Okimoto (maratona aquática), Márcia Miyahira Mizushima (softbol), Cazuo Matsumoto (tênis de mesa) e Mariana Ohata (triatlo). —————–—— | pág 11 Escola Japonesa de Santos volta para a comunidade Clima de festa em Santos após luta de 60 anos. No último sábado (09), o presidente da Associação Japonesa, Hiroshi Endo, recebeu as chaves do imóvel tomado da comunidade japonesa na época da guerra, em cerimônia no próprio local. Com a presença da comunidade santista, representantes de entidades nikkeis, autoridades políticas e militares, o evento formalizou a cessão de uso do imóvel. —————–————–———–—–––—––—— | pág 4 MARCUS IIZUKA Memorial do Imigrante cederá parte de seus arquivos para comissão de Registros EUGÊNIO VIEIRA Uma boa notícia para o Cen- tenário foi dada pelo Gover- no de São Paulo. Trata-se da assinatura de um contrato en- tre a Associação mantenedo- ra das festividades em São Paulo com o Memorial do Imigrante. Em comum, ambas as entidades irão trabalhar para concluírem o trabalho até então desenvolvido pela comissão de Registros, que visa catalogar todos os pio- neiros da imigração. —————–————–———————–——————––—–––—––—— | pág 3 Sebrae elege nova diretoria para biênio 2007/2008 O atual presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, foi recondu- zido ao cargo para o biênio 2007/2008. O destaque da atual gestão de Okamotto à frente da Instituição foi o empenho pela aprovação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empre- sas, que deve estimular a maior formalização dos pequenos negócios no Brasil, com a redução da burocracia e, principal- mente, da carga tributária. —————–————–———–——––——— | pág 8 MÁRCIA GOUTHIER/ASN DIVULGAÇÃO O PRESÉPIO “NATAL DA ESPERANÇA”, confeccio- nado em origami por Eiko Abe é uma dos destaques da expo- sição que reúne 21 presépios diferentes no Shopping D. A mostra, que permanece aber- ta ao público até o próximo dia 26. O Shopping D fica na Av. Cruzeiro do Sul, 1.100. Infor- mações pelo tel.: 11/3311-9333 ou www.shoppingd.com.br A NOITE DO BRANCO DO BAILE ALLEGRO acontece sábado (16), das 19h às 24h, no Restaurante Nan- demoyá. Na última festa do ano, os participantes se vestem de branco para celebrar o fim do ano e brindar o próximo. A animação fica por conta do te- cladista e vocalista Issamu e Sadao. Haverá ainda uma atra- ção especial com a apresen- tação de dança, dos profes- sores William Miyashiro e Giully Fujii Kimura, e a reali- zação de uma dança circular com música natalina. Os con- vites custam R$ 15,00 (ante- cipado) e R$ 17,00 (portaria). O endereço é Rua Américo de Campos, 9, Liberdade. Inf.: 11/ 3209-2609 ou 9904-2237. A ASSOCIAÇÃO CUL- TURAL E ASSISTENCI- AL NIPO-BRASILEIRA DO JABAQUARA realiza a formatura das turmas Sumirê Jardim II e 1° ano (Pré), além da Festa de Apre- sentação de Final de Ano hoje (16), das 13 às 17 h. O dia será marcado por apresenta- ções baseadas no trabalho desenvolvido por crianças e professoras durante o ano le- tivo de 2006. A associação fica na Rua das Nhandirobas, 388, no Jabaquara. O NIKKEY CULTURAL GRUPO DE AMIGOS SP realiza amanhã (17), a partir das 8h, na Lega Itálica (Pra- ça Almeida Júnior, 86, Liber- dade), o 8º Koohaku Utagas- sen Dance em prol da Kibô- no-Iê. O evento deve reunir cerca de 180 cantores. Cada candidato contribui com 1 kg de alimento não perecível. A entrada custa R$ 10,00 a mis- soshiru e almoço. A partir das 18h30 está programado o tra- dicional baile com música ao vivo. Informações pelo tel.: 11/3751-9910. O CIATE (Centro de Infor- mação e Apoio ao Trabalha- dor no Exterior) informa a re- alização de seus próximos cur- sos preparatórios para quem pretende trabalhar no Japão. No dia 19 (terça), o tema é Utilização do Hello Work e Órgãos Assistenciais do Japão, no dia 21 (quinta), Seguro Na- cional de Saúde do Japão. Os cursos são gratuitos e aconte- cem sempre das 14 às 16h30. O Ciate fica na Rua São Joa- quim, 381, 1º andar, sala 11 (prédio do Bunkyo). Informa- ções pelo tel.: 11/3207-9014. JORNAL NIKKEI

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  • A N O 9 – N º 2 1 84 / 2 0 91 – S Ã O PA U LO, 16 A 22 DE DEZEMBRO D E 2 0 0 6 – R $ 2 , 0 0

    AGENDA

    Comissão Nacional acertaprimeiros detalhes para 2008

    Um mês depois do presidente Luiz Inácio Lula da Silvainstituir no Diário Oficial o decreto nº 5.966 para acriação da Comissão Nacional Organizadora das Co-memorações do Centenário da Imigração Japonesa noBrasil, representantes do MRE (Ministério das Rela-ções Exteriores) estiveram reunidos com liderançasda comunidade nikkei para tratar de assuntos relativosa 2008. Conduzido pelos ministros Francisco Mauro eRegina Dunlop, o encontro serviu para “quebrar o gelo”e discutir as primeiras ações em conjunto entre ambosos lados. Ao final, tanto a representação do GovernoFederal quanto do Centenário da Imigração mostraramotimismo para o trabalho em conjunto. Mesmo semuma oficialização da Comissão, o que deve acontecerno começo de 2007, em Brasília, após o presidenteconfirmar todo o ministério para seu mandato.—————–——————–——————–— | pág 3

    Um “novo” caso de golpe tem assustado alguns comerciantes de São Paulo. A conversa éconvincente. Ele conta várias passagens da imigração japonesa, lamenta sua trágica históriapessoal (já foi dono de multinacional) e teve uma filha seqüestrada (e estuprada) pelospróprios funcionários da empresa. É com essa conversa que “Yamamoto” – como se apre-senta o falsário – conseguiu lesar pelo menos dois lojistas em São Paulo.

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    ‘Yamamoto’ usa nome da comunidade paraaplicar golpes em comerciantes paulistanos

    O presidente mundial daNGK, Norio Kato, e o pre-feito Junji Abe, oficializaramno último dia 8, a doação daárea onde funcionou a primei-ra unidade fabril da empresa,na rua Flaviano de Melo, paraa Prefeitura de Mogi das Cru-zes. A doação do terreno deaproximadamente 32 mil m2realizada pela empresa foi co-memorada pelas autoridades.

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    NGK doa área dafábrica da Flavianopara Mogi

    A equipe técnica da Prefeitu-ra de São Bernardo do Cam-po retornou do Japão comuma boa notícia para a popu-lação da cidade: o financia-mento para execução do pro-jeto de recuperação daBillings está garantido peloJBIC. O sinal verde foi dadoao coordenador do projeto,o secretário Hiroyuki Mina-mi.

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    JBIC garantefinanciamento paraRepresa Billings

    Nikkeis falam sobreemoção do PrêmioBrasil OlímpicoO Prêmio Brasil Olímpico con-tou este ano com um númerorecorde de atletas nikkeis. Nototal, foram seis premiadoscom o Oscar do esporte: Ma-riana Arimori (badminton),Ronaldo Ono (beisebol),Poliana Okimoto (maratonaaquática), Márcia MiyahiraMizushima (softbol), CazuoMatsumoto (tênis de mesa) eMariana Ohata (triatlo).

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    Escola Japonesa de Santosvolta para a comunidade

    Clima de festa em Santos após luta de 60 anos. No últimosábado (09), o presidente da Associação Japonesa, HiroshiEndo, recebeu as chaves do imóvel tomado da comunidadejaponesa na época da guerra, em cerimônia no próprio local.Com a presença da comunidade santista, representantes deentidades nikkeis, autoridades políticas e militares, o eventoformalizou a cessão de uso do imóvel.

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    MARCUS IIZUKA

    Memorial do Imigrante cederá parte de seusarquivos para comissão de Registros

    EUGÊNIO VIEIRA

    Uma boa notícia para o Cen-tenário foi dada pelo Gover-no de São Paulo. Trata-se daassinatura de um contrato en-tre a Associação mantenedo-ra das festividades em SãoPaulo com o Memorial doImigrante. Em comum, ambasas entidades irão trabalharpara concluírem o trabalhoaté então desenvolvido pelacomissão de Registros, quevisa catalogar todos os pio-neiros da imigração.—————–————–———————–——————––—–––—––—— | pág 3

    Sebrae elege nova diretoriapara biênio 2007/2008

    O atual presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, foi recondu-zido ao cargo para o biênio 2007/2008. O destaque da atualgestão de Okamotto à frente da Instituição foi o empenhopela aprovação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empre-sas, que deve estimular a maior formalização dos pequenosnegócios no Brasil, com a redução da burocracia e, principal-mente, da carga tributária.

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    MÁRCIA GOUTHIER/ASN

    DIVULGAÇÃO

    O PRESÉPIO “NATAL DAESPERANÇA”, confeccio-nado em origami por Eiko Abeé uma dos destaques da expo-sição que reúne 21 presépiosdiferentes no Shopping D. Amostra, que permanece aber-ta ao público até o próximo dia26. O Shopping D fica na Av.Cruzeiro do Sul, 1.100. Infor-mações pelo tel.: 11/3311-9333ou www.shoppingd.com.br

    A NOITE DO BRANCODO BAILE ALLEGROacontece sábado (16), das 19hàs 24h, no Restaurante Nan-demoyá. Na última festa doano, os participantes se vestemde branco para celebrar o fimdo ano e brindar o próximo. Aanimação fica por conta do te-cladista e vocalista Issamu eSadao. Haverá ainda uma atra-ção especial com a apresen-tação de dança, dos profes-sores William Miyashiro eGiully Fujii Kimura, e a reali-zação de uma dança circularcom música natalina. Os con-vites custam R$ 15,00 (ante-cipado) e R$ 17,00 (portaria).O endereço é Rua Américo deCampos, 9, Liberdade. Inf.: 11/3209-2609 ou 9904-2237.

    A ASSOCIAÇÃO CUL-TURAL E ASSISTENCI-AL NIPO-BRASILEIRADO JABAQUARA realizaa formatura das turmasSumirê Jardim II e 1° ano(Pré), além da Festa de Apre-sentação de Final de Ano hoje(16), das 13 às 17 h. O diaserá marcado por apresenta-ções baseadas no trabalhodesenvolvido por crianças eprofessoras durante o ano le-tivo de 2006. A associaçãofica na Rua das Nhandirobas,388, no Jabaquara.

    O NIKKEY CULTURALGRUPO DE AMIGOS SPrealiza amanhã (17), a partirdas 8h, na Lega Itálica (Pra-ça Almeida Júnior, 86, Liber-dade), o 8º Koohaku Utagas-sen Dance em prol da Kibô-no-Iê. O evento deve reunircerca de 180 cantores. Cadacandidato contribui com 1 kgde alimento não perecível. Aentrada custa R$ 10,00 a mis-soshiru e almoço. A partir das18h30 está programado o tra-dicional baile com música aovivo. Informações pelo tel.:11/3751-9910.

    O CIATE (Centro de Infor-mação e Apoio ao Trabalha-dor no Exterior) informa a re-alização de seus próximos cur-sos preparatórios para quempretende trabalhar no Japão.No dia 19 (terça), o tema éUtilização do Hello Work eÓrgãos Assistenciais do Japão,no dia 21 (quinta), Seguro Na-cional de Saúde do Japão. Oscursos são gratuitos e aconte-cem sempre das 14 às 16h30.O Ciate fica na Rua São Joa-quim, 381, 1º andar, sala 11(prédio do Bunkyo). Informa-ções pelo tel.: 11/3207-9014.

    JORNAL NIKKEI

  • 2 JORNAL NIKKEI São Paulo, 16 de dezembro de 2006

    EDITORA JORNALÍSTICAUNIÃO NIKKEI LTDA.

    CNPJ 02.403.960/0001-28

    Rua da Glória, 332 - LiberdadeCEP 01510-000 - São Paulo - SP

    Tel. (11) 3208-3977

    Fax (11) 32085521

    E-mail:[email protected]

    Diretor-Presidente: Raul TakakiDiretor Responsável: Daniel Takaki

    Jornalista Responsável: Takao Miyagui (Mtb. 15.167)

    Redator Chefe: Aldo ShigutiRedação: Rodrigo Meikaru, Luciana Kulba,

    Cibele Hasegawa, Aline Inokuchi e Gilson YoshiokaFotógrafo: Marcus Kiyohide Iizuka

    Publicidade:Tel. (11) 3208-3977 – Fax (11) 3341-6476

    Periodicidade: semanalAssinatura semestral: R$ 60,00

    [email protected] ou [email protected]

    MARCUS IIZUKA

    • Uma comissão do Vaticanoesteve no dia 13/12 em visitaa cidade de São Paulo para avisita do Papa D. Bento XVIno ano que vem no mês demaio, dias 9,10 e 11. Visita-ram o estádio do Pacaembue o Campo de Marte.

    • Dia 17, festa de Natal di-ferente, o nosso 4º Natal So-lidário, ABDIM-Harmonia,Ginásio Poliesportivo do Co-légio Harmonia, São Bernar-

    Ooops!do do Campo.Horário: das 9:00 hs às 15horas.

    • “Os Anos que MudaramTudo”, do fotógrafo RickyFerreira, começou dia 13 lo-cal, Oi Futuro – Rua Dois deDezembro, 63 – Flamengo –Nível 8. Mais informações(21) 3131-3060. Entradafranca / Classificação etária:livre.

    Dia 9, no Nikkey Palace Hotel, coordenado por MarinoKurita, aconteceu o bonekai de uma turma formada pela PucEconomia que se encontra há 29 anos.

    Amigos de PUC

    Jovens também participaram

    E os convidados se divertem

    O deputado federal eleito Walter Ihoshi percorre o Estadopara agradecer seus eleitores. Já visitou cerca de 60 municí-pios na região de Marília, Vale do Ribeira e Grande SP.

    Walter Ihoshi agradece a população

    Dia 9, aconteceu o 38º Toyo Matsuri na “nova Praça da Liberdade”, no Bairro Oriental. Organizadapela Acal, o evento contou com várias atrações como danças, canções, ioiô e comidas típicas.

    Demonstração de dança japonesa na Praça da Liberdade animou os visitantes Hirofumi Ikesaki, presidente da Acal

    No Masp a exposiçãoDesign do Japão Hoje 100,

    promovida pela FundaçãoJapão. A abertura dia 11,

    contou com a presença deartistas, designers e convi-

    dados.

    Banco Coro-hako, de Katsushi Nagumo, ano 1994

    TV Sony, de Sou Shimada, ano 1960

    Jô Takahashi e Kazumasa Nishida

    José Teixeira Coelho e Cecília Suzuki

    Dia 9, na cidade de Santos, autoridades japonesas e brasileiras estiveram presen-tes para a assinatura do contrato de cessão e a entrega das chaves do imóvel daAssociação Japonesa de Santos para a comunidade nikkei de Santos.

    Prefeito João Paulo Tavares Papa, YukinariShimon e emb. Jadiel Ferreira Oliveira

    Zulmira Tanji, Julieta Aguena, OlgaSekitani, Celina Doi, Tamiko Endo

    Cena do navio cargueiro saindo do cais doporto de Santos

    Luis Inácio Lucena Adams e AlexandraReschke

    Satiko Miyahara, Taiko Nishioka, TazukoNakae, Nobuko Hashimoto e Tikako Tabuti

    Hime Oliveira e Kikoku Nishibayashi

    Dia 12, na cidade deLondrina, o artistaplástico Yutaka Toyotaabriu a exposiçãoCósmica conjunta-mente com a aberturado Instituto Atsushi eKimiko Yoshii. O localdo evento foi no showroom da empresaA.Yoshii Engenharia.

    Atsushi Yoshii e Kimiko Yoshii Yutaka Toyota

  • São Paulo, 16 de dezembro de 2006 JORNAL NIKKEI 3

    Na luta contra o tempopara programar os 100 anos,a Associação para Comemo-ração do Centenário da Imi-gração Japonesa no Brasilacaba de fechar mais umaparceria com o governo esta-dual. Desta vez, através doMemorial e Museu do Imi-grante, que cederá parte deseus arquivos relacionadosaos imigrantes japoneses paraa realização da segunda fasedos trabalhos da comissão deRegistros (Ashiato).

    Em cerimônia oficial reali-zada na última segunda-feira(11) na Secretaria Estadual deCultura, estiveram na ocasiãoas principais lideranças nikkeisreferentes ao Centenário, alémde representantes do Museu edo próprio secretário, JoãoBatista de Andrade. Em pau-ta, a assinatura do documentoque viabilizará o trabalho emconjunto, proporcionando ummaior detalhamento sobre ahistória da própria imigraçãojaponesa no Brasil.

    Animado com a parceria,Andrade confirmou que estaserá mais uma das “pequenascontribuições” que o governopaulista dará para as festivida-des, lembrando toda a impor-tância dos imigrantes japone-ses para o desenvolvimento doEstado, como também, para oBrasil. “É um prazer receberlideranças da comunidade paraassinar uma parceria comoesta. Quando a proposta foiapresentada, vimos que maisdo que uma necessidade, tra-ta-se de um trabalho que per-mitirá conhecer um pouco maissobre os imigrantes japonesesque vieram ao Brasil. No quedepender de nós, estaremossempre abertos para ajudar as

    CENTENÁRIO 2

    Associação fecha parceria comSecretaria da Cultura de SP

    festividades dos 100 anos deimigração”, afirmou o secre-tário, lembrando de sua própriahistória como migrante. “Vimde uma cidade de Minas Ge-rais para São Paulo sem co-nhecer absolutamente nada.Depois, ingressei na USP[Universidade de São Paulo]e aí sim constituí uma carrei-ra. Portanto, sei bem as difi-culdades encontradas poraqueles que chegam a umaterra desconhecida.”

    Já o presidente da Associ-ação, Kokei Uehara, tambémrelembrou em seu discursotoda a trajetória dos japonesesem terras brasileiras, especi-almente das dificuldades porcausa da língua, costume e ali-mentação. Segundo ele, “tra-ta-se de mais uma vitória doCentenário, cuja grande luta époder homenagear de forma

    honrosa toda a batalha dosvelhos imigrantes”.

    “Nesta ocasião, gostaria desalientar que a assinatura docontrato vem coroar todos osvoluntários que ajudaram nacatalogação das fichas dos pri-meiros japoneses que desem-barcaram no porto de Santos.No total, foram 126 pessoasque se dedicaram nessa ativi-dade. Agora, vamos fazer detudo para continuar com o belotrabalho desenvolvido”, acres-centou o dirigente.

    Também presente à ceri-mônia, a coordenadora da co-missão, Leda Shimabukuro,também se emocionou com aassinatura do documento. Se-gundo ela, a primeira fase dostrabalhos terminou em agosto.Com o fechamento da parce-ria, dá-se início agora a segun-da fase, que consistirá em cru-

    zar alguns dados do Memoriale agregar mais informações àsfichas catalográficas. A médioprazo, a intenção é digitalizare colocar à disposição dos in-teressados em pesquisar no-mes dos imigrantes.

    Além do trabalho em con-junto com a comissão de Re-gistros, o Memorial do Imi-grante também planeja gran-des ações para o Centenárioda Imigração. Dentre elas, es-tão a de promover uma gran-de exposição – ainda sem umadefinição concreta – sobre odesenvolvimento dos japone-ses ao longo dos 100 anos. Sedepender da vontade demons-trada pelo secretário Andrade,“vai ser uma bela homenagem,que emocionará não só os ja-poneses como toda a popula-ção brasileira”.

    (Rodrigo Meikaru)

    Kokei Uehara mostrou animação durante assinatura de contrato com secretário João Batista de Andrade

    EUGÊNIO VIEIRA

    Pela quantidade de ocor-rências que chegam ao meuconhecimento, envolvendoconsumidores, que adquiremprodutos com defeito, mere-ce destaque a matéria.

    São inúmeros os casos deconsumidores que adquiremcarros, máquinas de lavarroupa, fogões, televisores eoutros produtos, que, ao ad-quiri-los, se vêem às voltascom um problema: não con-seguem utilizar o produto ad-quirido por este apresentardefeito que compromete asua devida utilização.

    O descaso das lojas quevendem tais produtos é enor-me. Mandam os consumido-res ligarem para o fabrican-te, para assistência técnica, e,não raros casos, sabemos queo processo é em calvário.Liga-se para a assistênciatécnica, agenda-se uma visi-ta, espera-se o técnico e nemsempre o defeito é constata-do ou sanado.

    Enfim, compra-se um beme não se pode utilizá-lo.

    O consumidor tem direi-tos e deve exercê-los.

    O Código de Defesa doConsumidor, neste particular,em seu art. 18 prescreve:

    “Art. 18. Os fornecedoresde produtos de consumo du-ráveis ou não duráveis res-pondem solidariamente pelosvícios de qualidade ou quan-tidade que os tornem impró-prios ou inadequados ao con-sumo a que se destinam oulhes diminuam o valor, assimcomo por aqueles decorren-tes da disparidade, com asindicações constantes do re-cipiente, da embalagem,rotulagem ou mensagem pu-blicitária, respeitadas as va-riações decorrentes de suanatureza, podendo o consu-midor exigir a substituiçãodas partes viciadas.

    § 1º Não sendo o vício sa-nado no prazo máximo de 30(trinta) dias, pode o consumi-dor exigir, alternativamente eà sua escolha:

    I – a substituição do pro-duto por outro da mesma es-pécie, em perfeitas condiçõesde uso;

    II – a restituição imediatada quantia paga, monetaria-

    mente atualizada, sem preju-ízo de eventuais perdas e da-nos;

    III – o abatimento propor-cional do preço.

    § 2º Poderão as partesconvencionar a redução ouampliação do prazo previstono parágrafo anterior, nãopodendo ser inferior a 7(sete) nem superior a 180(cento e oitenta) dias. Noscontratos de adesão, a cláu-sula de prazo deverá serconvencionada em separado,por meio de manifestaçãoexpressa do consumidor.

    § 3º O consumidor pode-rá fazer uso imediato das al-ternativas do § 1º deste arti-go sempre que, em razão daextensão do vício, a substitui-ção das partes viciadas pu-der comprometer a qualida-de ou características do pro-duto, diminuir-lhe o valor ouse tratar de produto essenci-al.

    § 4º Tendo o consumidoroptado pela alternativa doinciso I do § 1º deste artigo, enão sendo possível a substi-tuição do bem, poderá haversubstituição por outro de es-pécie, marca ou modelo di-versos, mediante comple-mentação ou restituição deeventual diferença de preço,sem prejuízo do disposto nosincisos II e III do § 1º desteartigo.

    § 5º No caso de forneci-mento de produtos in natura,será responsável perante oconsumidor o fornecedor ime-diato, exceto quando identifi-cado claramente seu produ-tor.

    § 6º São impróprios ao usoe consumo:

    I – os produtos cujos pra-zos de validade estejam ven-cidos;

    II – os produtos deterio-rados, alterados, adulterados,avariados, falsificados, cor-rompidos, fraudados, nocivosà vida ou à saúde, perigososou, ainda, aqueles em desa-cordo com as normas regu-lamentares de fabricação, dis-tribuição ou apresentação;

    III – os produtos que, porqualquer motivo, se reveleminadequados ao fim a que sedestinam.”

    Felicia Ayako HaradaAdvogada em São Paulo

    Integrante do Harada Advogados [email protected]

    Da responsabilidade por vício dequalidade do produto – Parte I

    CENTENÁRIO 1

    Reunião com MRE discutedetalhes de Comissão Nacional

    Após o presidente LuizInácio Lula da Silvaassinar o decreto queconstitui a Comissão NacionalOrganizadora das Comemora-ções do Centenário da Imigra-ção Japonesa no Brasil no dia16 de novembro, o MRE (Mi-nistério das Relações Exterio-res) – designado para cuidardos assuntos referentes aos 100anos – convocou uma primeirareunião com as principais lide-ranças das entidades nikkeis.Realizada na última quinta-fei-ra (14), em São Paulo, entra-ram na pauta de discussão asações que já estão em anda-mento para 2008, além de umposicionamento, ainda que nãoconcreto, do governo para coma festividade.

    Conduzido pelos ministrosFrancisco Mauro e ReginaMaria Cordeiro Dunlop, ambosligados ao Departamento deÁsia e Oceania do MRE, oencontro durou cerca de trêshoras e meia. No posiciona-mento feito perante as lideran-ças nipo-brasileiras, ambosdestacaram que já está emandamento a criação de umcomitê executivo, que se en-carregará de aproximar os in-teresses da sociedade civil dasquestões relativas aos gover-nos japonês e brasileiro; umcomitê honorário, formado pordestaques políticos e de outrasáreas, além de grupos de tra-balho para atuarem em assun-tos específicos (Saúde, Educa-ção, Agricultura etc.). Contu-do, todo o planejamento aindapode sofrer mudanças, pois sócom a definição do novo mi-nistério de Lula é que decisõesconcretas serão tomadas.

    Pelo lado da comunidade, aslideranças sintetizaram pratica-mente todas as atividades fei-tas desde 2004 para a concre-tização do Centenário daqui a

    dois anos. Entre as reivindica-ções feitas aos ministros, a vin-da da Família Imperial foi, delonge, a que mais ganhou forçaentre os representantes, princi-palmente os da região Noroes-te e Minas Gerais.

    Outro tema que também fezparte da conversa foi a ques-tão do subsídio financeiro, emespecial se há a possibilidadede o governo ajudar nos custei-os não só de festejos, comotambém nas construções. Tallevantamento foi feito pelo pre-sidente da Beneficência Nipo-Brasileira de São Paulo(Enkyo), Seiti Sacay. Segundoele, “as festividades, por si só,não deixam nenhum tipo demarco. Somente um registrohistórico”. Como resposta, aministra Dunlop argumentouque “não dá para garantir quehaverá um fundo para o Cen-tenário. Entendemos que asfestividades somente não dei-xam um legado concreto, masa idéia é estudar algo nessesentido. Quando os chefes degoverno [Lula e o então primei-ro-ministro do Japão à época,Junichiro Koizumi] instituíram

    que 2008 seria o Ano de Inter-câmbio Brasil-Japão, com cer-teza era para tratar sobre Cen-tenário e também o fomento derelações bilaterais”.

    Quebrado “o gelo” do pri-meiro encontro, agora o gover-no analisa uma data para o lan-çamento oficial da Comissão,atualmente presidida pelo mi-nistro das Relações Exteriores,Celso Amorim. A solenidade,que deve ocorrer no princípiode 2007, será no Palácio doPlanalto em Brasília.

    Balanço – Ao final do encon-tro, ambos os lados mostraramotimismo em relação às come-morações. Para a ministraRegina Dunlop, “tudo correuconforme o esperado, o quemostra que a comunidade nipo-brasileira possui uma união eforça incrível”.

    “Foi extremamente positi-vo. Fiquei muito contente comas medidas apresentadas. Aidéia de criar ações extrema-mente criativas e com duraçãomaior no relacionamento bila-teral Brasil-Japão é extrema-mente confortante. Vamos ter

    encontros freqüentes, em es-pecial quando criarmos efeti-vamente a Comissão Nacional,e tenho certeza de que, juntos,conseguiremos reforçar aindamais o”, afirmou a ministra.

    Já o presidente da Associ-ação para Comemoração doCentenário da Imigração Japo-nesa no Brasil, Kokei Uehara,também deu como positiva areunião com representantes doMRE. Para ele, a criação daComissão nada mais é do que“uma ponte de aproximaçãoentre Brasil e Japão”. A únicacautela que se deve ter, segun-do ele, é de saber separar ostrabalhos da sociedade civil edo governo. “O governo bra-sileiro mostrou essa força detrabalhar junto e com certezaé mais uma força para chegar-mos em 2008 com força total.Contudo, vamos lembrar quetemos duas frentes de traba-lho: uma tocada pela socieda-de civil e outra pelo GovernoFederal. Temos de separarmuito bem isso para que nãocause desentendimentos”, dis-se o dirigente.

    (Rodrigo Meikaru)

    JORNAL NIKKEI

    Reunião com ministros do MRE contou com principais lideranças nikkeis para discutir Centenário

  • 4 JORNAL NIKKEI São Paulo, 16 de dezembro de 2006

    *SHIGUEYUKI YOSHIKUNI

    Perguntado como se sen-tia ao completar 60 anos, Cae-tano Veloso simplesmenterespondeu que não tinha co-ragem sequer de olhar ao es-pelho. E que a velhice erauma idade cruel. Para aco-bertar um pouco essa cruel-dade, usamos de diversoseufemismos como terceiraidade, pessoas menos jovensdo que outras, melhor idade...Alguns se sentem bem comtais subterfúgios e hipocrisi-as. Outros dizem que a velhi-ce só proporciona vantagensna fila dos bancos e passa-gem grátis nos coletivos.

    Tenho um poodle de 16anos. E observando-o nessesúltimos anos só tenho queconcordar com Veloso. A ve-lhice é ingrata, difícil e dolo-rosa. O meu cão é o retratodo que vamos ser amanhã.Ele está cego. Tem catarata.Já o levei ao especialista, masele é de opinião que uma ope-ração não vai resolver porcausa da idade. Só causarásofrimento ao animal. Aindanão produzem lente para ca-chorro, como para os huma-nos, quando catarata é ope-ração corriqueira.

    Só descobri que o cão nãoenxergava bem quando ele foiatropelado. E começou a an-

    dar guiado mais pelo faro. Esó consegue identificar a gen-te bem de perto. E tambémapresenta problema de audi-ção. É preciso falar bem altoou bater em alguma coisapara chamar-lhe atenção.

    Esse cão sempre estevee está ligado a gente com umlaço forte de amizade. Trato-o com tanto carinho que elenão quer se afastar nem umpor instante. Nesses anos to-dos nunca ficou sozinho ouaos cuidados de terceiros. Sócom a família. Talvez esseforte sentimento devotado aocão em especial seja parapagar o abandono de outrosque deixamos desamparadospelas ruas.

    Para aplacar o remorsoSei que pagamos ou pagare-mos de algum modo esse atotão desumano. Ato causadopelo nosso egoísmo. Pela bus-ca da comodidade. Primeirodeveríamos pensar nos traba-lhos que um cão causa, atémais que uma criança, antesde tê-lo.

    Não sou muito de rezar,mas sempre oro para que eleparta primeiro. Caso contrá-rio ele ficará desamparado etalvez seja descartado na pri-meira esquina.

    *Shigueyuki Yoshikuni é jornalistae reside em Lins

    OPINIÃO

    Meu velho cão

    De tempos em tempos,estelionatários e golpistasusam o nome de entidadesnikkeis – justamente por pas-sarem um ar de credibilidade– para subtraírem quantias emdinheiro de comerciantes. Poisé justamente um “novo” casodesse tipo que está preocupan-do algumas pessoas. Até o mêspassado, dois comerciantes,um localizado no bairro da Luze outro no Brás, procuraram aSociedade Brasileira de Cultu-ra Japonesa e de AssistênciaSocial (Bunkyo) queixando-sede que foram abordados porum nikkei que, utilizando onome da entidade e de festas“de amizade entre Brasil e Ja-pão”, extorquiu quantias quevariavam de 100 a 200 reais.

    Em ambos os casos, a abor-dagem utilizada fora a mesma.Com um português correto, ofalsário apresenta-se comoYamamoto e possui conheci-mento da cultura japonesa edos próprios fatos da comuni-dade. Em troca da contribui-ção, promete banners com onome da empresa colaborado-ra e mais cinco convites paraparticipar da festividades dire-cionadas aos nikkeis.

    Segundo um dos comerci-antes lesados na capital pau-lista, ele se apresenta somen-te como Yamamoto, tem cer-ca de 50 anos a 55 anos de ida-de, entre 1,60m a 1,65m de al-tura, cabelos curtos e grisalhos,fumante, pesa 75 a 80 quilos eusa roupa esportiva.

    “Ele veio na loja apenasuma vez e falou sobre umevento da comunidade japone-sa. Como era um valor não

    de uma sede de igreja, além decreche, centro social e umaescola. Na ocasião, conseguiuarrecadar pouco mais de R$ 1mil.

    Ao levar a foto do supostoestelionatário do litoral paulistapara os dois comerciantes, areportagem do Jornal Nikkeidescobriu que, em pelo menosum dos estabelecimentos, forao próprio que se apresentou aolojista para “oferecer” a inser-ção de banners. “Com certezaé ele”, confirmou uma das fun-cionárias do comércio localiza-do na região da Luz e que con-versou com o próprio duranteuma hora na semana do dia 15de novembro. “Não tenho dú-vidas de que é ele. Inclusive,foi tão convincente que em doisencontros já fechamos. Nuncaparticipei de eventos desse tipo,mas dessa vez fiquei animado.Agora, só decepção”, comple-ta o proprietário da loja.

    Se por um lado um dos pre-judicados reconhece o falsário,por outro o comerciante chi-nês “não dá 100% de garantiaque seja ele”. “Não me pare-ce a pessoa que veio até aqui.Se alguém reconheceu, entãopode ser que uma outra pes-soa possa estar utilizando omesmo nome desse tal de Ya-mamoto ou ele pode agir comum comparsa”, diz, mostran-do um dos recibos dados quan-do decidiu contribuir com a

    ESTELIONATO

    Golpista usa nome de entidade nikkei para lesar comerciantes.Suspeito pode ser o mesmo que atuou no litoral paulista

    muito alto [R$ 100,00], resolvicontribuir, até porque eu souum dos que freqüentam o Bun-kyo, mesmo não tendo nenhumtipo de ascendência japonesa”,afirmou o comerciante de ori-gem chinesa. Além dele, ou-tros três lojistas da mesma re-gião – amigos do próprio lojis-ta lesado – também contribuí-ram com a mesma quantia. “Sódepois de uma semana é quedesconfiamos. Ligamos para oBunkyo e não obtivemos ne-nhuma resposta sobre eventosque iriam ocorrer entre os dias18 e 19 de novembro. Antesdisso, o tal do Yamamoto ain-da passou em frente à loja pro-metendo entregar os convites.É muita ‘cara-de-pau’”, acres-centa.

    Golpe no litoral paulista –

    Para quem acompanha de per-to os casos de golpes queacontecem periodicamentedentro da comunidade, a des-crição dada pelos lesados batecom um estelionatário que agiuhá aproximadamente quatromeses na Baixada Santista,mais precisamente em SãoVicente. Apresentando-se tam-bém como Yamamoto, o sujei-to abordava as pessoas utilizan-do do mesmo artifício: conhe-cimento de comunidade. Alémdisso, apresentava-se comopastor evangélico e, na época,ainda prometera a construção

    “festa japonesa”. “A partir deagora, não sei se irei mais aju-dar nenhum tipo de evento,principalmente a de japoneses.Com certeza ficarei com um‘pé atrás’ quando me procu-rarem”, conclui.

    Diferentemente do golpeaplicado em São Vicente, osdois comerciantes paulistanospreferiram não registrar umBoletim de Ocorrência, o quedificulta a localização doestelionatário. Segundo os pró-prios, “não vale a pena regis-trar queixa”.

    Por parte do Bunkyo, “só háo que lamentar esses aconteci-mentos. A entidade informa quenão dispõe de agentes encar-regados de coletar esses tiposde colaboração. As solicitaçõesde verbas para empresas e pes-soas físicas são feitas oficial-mente, através de papeltimbrado e devidamente assina-das pelo presidente da entida-de e da Comissão responsávelpela organização do evento.Em caso de dúvida, o melhor ételefonar para o tel 11/ 3208-1755”.

    FOTOS: ARQUIVO JN

    Rosário Kazuaki Yamamoto foi reconhecido por comerciante paulista

    Falsário utiliza nome de entidades como o do Bunkyo

    nosso, é nosso!”,comemora o presi-dente da Associa-

    ção Japonesa de Santos, Hi-roshi Endo, ao receber as cha-ves do imóvel onde funciona-va a escola para crianças dacomunidade japonesa, no últi-mo sábado (9). Emocionado, opresidente ergueu as chavescomo se fosse um troféu, se-lando a vitória de uma luta ini-ciada desde o confisco, há 60anos. Com a presença da co-munidade santista, represen-tantes de entidades nikkeis, au-toridades políticas e militares,o evento aconteceu no própriocasarão da Rua Paraná, 129,tomado como retaliação devi-do a participação do Japão naSegunda Guerra Mundial.Além da entrega simbólica daschaves pela secretária de Pa-trimônio da União, AlexandraReschke, foi assinado docu-mento para a cessão de uso doimóvel pelo procurador-geralda Fazenda Nacional, LuísInácio Lucena, e por Endo.

    As cores das bandeiras,os hinos dos dois países e odiscurso das autoridadesemocionaram muitos dos pre-sentes, que tiveram o primei-ro contato com o imóvel após60 anos. Alguns deles, comoIzaltina Uehara, freqüenta-ram o colégio durante a in-

    Comunidade volta a ocupar escola após 60 anos

    DEVOLUÇÃO DE IMÓVEL

    “É

    fância. “Estudei aqui por pou-co tempo porque, de um diapara outro, crianças menoresde 10 anos foram proibidasde freqüentar escolas estran-geiras”, explica.

    O prefeito de Santos, JoãoPaulo Tavares Papa, destacoua perseverança da comunida-de japonesa para a recupera-ção do imóvel. “Uma escolanunca deveria ser fechada, é

    um instrumento de desenvol-vimento social que não contri-bui para a guerra. Espero queesse episódio da história sirvade exemplo para uma socieda-de mais justa e igualitária.”

    O trabalho dos imigrantespara a construção do casarãoe as dificuldades enfrentadasno período foram relembradaspor Hiroshi Endo. “A época daguerra foi muito difícil para

    toda a comunidade. Em 24horas, japoneses, italianos ealemães foram obrigados a lar-gar tudo e ficaram só com asroupas do corpo”, afirma.

    Já o cônsul-geral do Ja-pão, Masuo Nishibayashi,destacou a importância do diapara a comunidade de “1,4milhões de nikkeis, a maiordo mundo”. “Em nome dogoverno japonês agradeço

    Hiroshi Endo recebeu, emocionado, as chaves do imóvel da secretária da União, Alexandra Reschke

    MARCUS IIZUKA

    esse maravilhoso presente deNatal da cidade onde desem-barcaram os primeiros imi-grantes de vários países. Adevolução servirá para oestreitamento das relaçõesentre Japão e Brasil.”

    A partir do início dos anos90, o empenho de deputados evereadores trouxe mais forçaao processo. Um dos nomesque participou da mobilizaçãopara a devolução, a entãoprefeita e hoje deputada fede-ral Telma de Souza relembrouo esforço do deputado KoyuIha, além de considerar a re-tomada do imóvel o resgate deuma dívida política.

    “Pela primeira vez tenho ahonra de participar de umasolenidade com o hino de ou-tro país. As guerras vêm e vão,é preciso haver compreensãopolítica para reparar erros einjustiças. A cultura não podese extinguir, é preciso apostarna educação como fez o Ja-pão. Esse é um momento derespeito e harmonia”, afirmoua deputada.

    Também participaram dacerimônia o embaixador doMinistério das Relações Exte-riores, Jadiel Ferreira Oliveira,os deputados estaduais MariaLúcia Prandi e Fausto Figuei-ra.

    Apesar da cessão de uso

    por tempo ilimitado, a Associ-ação Japonesa pretende aindaobter a posse definitiva da an-tiga escola. “Esse não é o ca-pítulo final, esperamos a devo-lução definitiva para o cente-nário da imigração. A ocupa-ção será uma oportunidadepara a reativação da culturajaponesa”, afirma o membro aComissão de Devolução doImóvel da Associação Japone-sa, Sadao Nakai.

    A Associação procura par-cerias para a realização de umareforma completa do imóvel epara a realização de diversasatividades culturais, como au-las de língua japonesa, artesmarciais, ikebana, entre outros.Nos últimos 25 anos, o casarãofoi ocupado pelo Grêmio deSubtenentes e Sargentos daBaixada Santista, além de serusado pelo Exército Brasileirocomo repartição responsávelpelo alistamento militar.

    A cerimônia foi encerradacom a apresentação de dançaSakura Zensen Nippon-ichi(flor de cerejeira número umdo Japão) por meninas vestin-do kimono. Nada mais repre-sentativo que tais elementospara encerrar a cerimônia deretomada da escola: criançase a citação à flor-símbolo dafelicidade no Japão.

    (Gílson Yoshioka)

  • São Paulo, 16 de dezembro de 2006 JORNAL NIKKEI 5

    O presidente honorário daAliança Cultural Brasil-Japãodo Paraná, Takumi Shimada,recebeu a condecoração “Or-dem do sol nascente raios deouro e prata”, outorgada pelogoverno do Japão às persona-lidades que dão grande contri-buição à sociedade. O título foientregue pelo cônsul geral doJapão no Paraná, SantaCatarina e Rio Grande do Sul,Hirotsugu Hagiuda, em ceri-mônia realizada no dia 7 dedezembro, na residencial ofi-cial do cônsul. Estiveram pre-sentes autoridades do interiordo Paraná e familiares do ho-menageado.

    Shimada recebeu este títu-lo em reconhecimento ao tra-balho que tem desenvolvido aolongo de sua vida. “Além deter contribuído para o desen-volvimento da agricultura, Shi-mada tem sido um grandeorientador para a comunidadenipo-brasileira procurandosempre a união e integraçãodos nikkeis”, observou o côn-sul Hagiuda. Para o deputadoestadual, Luís Nishimori, “Shi-mada é uma grande personali-dade do Paraná e o fato deestar recebendo esta condeco-ração é motivo de muito orgu-lho para nós”.

    Este ano Shimada foi o úni-co japonês que mora no Para-

    ná a receber esta condecora-ção. “Agradeço muito esta ho-menagem em nome de todosque estiveram ao nosso ladoporque sozinho não poderia fa-zer nada”, disse Shimada aoagradecer a família e amigos(muitos que já faleceram comoNumata e Fukushima) e tantosoutros amigos que estiveramsempre colaborando nas ativi-dades desenvolvidas.

    Currículo – Takumi Shimadanasceu em 24 de outubro de1933, em Hokkaido, no Japão.Veio para o Brasil ainda peque-no acompanhando a família.Desde 1942 atua no setor agrá-rio no município de Três Bar-ras. Em 1969 foi eleito verea-dor do município de São Se-bastião da Amoreira, no Norte

    do Paraná, cidade onde vivefamília até hoje.

    Desde 1980 Shimada temparticipado ativamente de di-versas entidades. Em 1996 foieleito presidente da AliançaCultural Brasil- Japão e em1997 foi o presidente da Co-missão Organizadora da Re-cepção da Visita do Impera-dor e da Imperatriz do Japão aCuritiba. Apesar dos 73 anoscontinua participando de enti-dades e atualmente é presiden-te do Conselho Consultivo daAssociação Paranaense deAmparo às Pessoas Idosas –“Wajunkai” e presidente hono-rário da Aliança Brasil- Japão.

    Imperador – Também no dia7 foi realizada na residênciaoficial do cônsul, em Curitiba,

    uma festa para comemorar oaniversário do imperador. Naocasião estiveram presentevárias autoridades de Curitibae do interior do Paraná repre-sentando governos e entidadesnipo-brasileiras.

    Em seu discurso, o cônsulHirotsugu Hagiuda disse que oano de 2006 foi significativo emfunção do nascimento do prín-cipe herdeiro do Japão, Hisahito,que ocorreu em 06 de setem-bro. Em relação ao relaciona-mento Brasil-Japão, informousobre as visitas recíprocas en-tre representantes dos dois go-vernos e da cooperação eco-nômica entre empresas envol-vendo o comércio do etanol e ouso da tecnologia da tv digital.

    Sobre o relacionamento Ja-pão-Paraná, ele informou queocorreram visitas de comitivasjaponesas ao Estado e outrosintercâmbios. Comentou tam-bém sobre o fato do Paraná tereleito quatro nikkeis para as-sumir vagas na Câmara Fede-ral e na Assembléia Legislati-va do Paraná. Hagiuda encer-rou seu discurso comentandoque 2007 será um ano muitoimportante para preparação dacomemoração do centenárioda imigração japonesa ao Bra-sil que vai acontecer em 2008e pediu o apoio de todos paraeste evento.

    CIDADES/CURITIBA 1

    Takumi Shimada recebe homenagem do Japão

    Shimada recebeu das mãos do cônsul Hagiuda a condecoração

    DIVULGAÇÃO

    CIDADES/SÃO BERNARDO DO CAMPO

    JBIC garante financiamento paraprojeto de recuperação da Billings

    CIDADES/MOGI DAS CRUZES

    NGK doa área da fábrica daFlaviano para a Prefeitura

    O presidente mundial daNGK Spark Plug Co. Ltd., No-rio Kato, e o prefeito Junji Abe,oficializaram no último dia 8, adoação da área onde funcionoua primeira unidade fabril da em-presa, na rua Flaviano de Melo,para a Prefeitura Municipal deMogi das Cruzes. O terreno temaproximadamente 32 mil m².A cerimônia, que foi acompa-nhada por diretores da empre-sa, vereadores e secretários mu-nicipais, entre outras autorida-des, foi marcada pela emoção edemonstração de respeito, con-fiança e credibilidade entre osdirigentes da NGK, Prefeiturae Câmara Municipal.

    “Nestes 48 anos de histó-ria que acumulamos na fábri-ca da Flaviano de Melo, mui-tas coisas boas aconteceramgraças ao apoio da comunida-de mogiana. Conseguimos ven-cer, crescer e a nossa fábricafoi ficando pequena. Conquis-tamos a unidade de Cocuerapara onde, gradativamente,fomos transferindo nossa pro-dução. Fico feliz de poder, ago-ra, com a doação da área, re-tribuir um pouco de tudo o queconseguimos aqui”, assinalouo presidente da empresa.

    Norio Kato destacou tam-bém a importância das opera-ções no Brasil para o cresci-mento e fortalecimento do gru-po em todo mundo. Segundoele, a NGK possui, hoje, 25fábricas espalhadas por vári-

    os países, mas a de Mogi éespecial. “Somente a nossamatriz e a unidade de Cocueraconseguem fazer todo proces-so produtivo, desde a matéria-prima até o produto final. Aexpansão da fábrica em Mogiterá papel fundamental para ofuturo do nosso grupo”.

    O presidente da NGK noBrasil, Takao Hamada, afirmouque em janeiro próximo toda aprodução da Flaviano de Meloserá transferida para Cocuera.“Com a proximidade do encer-ramento das atividades naFlaviano de Melo, pensamosmuito numa maneira dessas ins-talações serem utilizadas parabeneficiar o povo. Estou agra-decido pela compreensão e ge-nerosidade do prefeito que irádesenvolver, no local, projetosem prol da população”.

    Lembo – Em visita a Mogi dasCruzes no último dia 9, ondeparticipou de um almoço deconfraternização em Cezar deSouza, o governador CláudioLembo deu boas notícias aoprefeito Junji Abe, que compa-receu ao encontro. Lembo re-afirmou o compromisso doGoverno do Estado de repas-sar verbas para duas importan-tes obras na cidade - a cons-trução de quatro rotatórias narodovia Mogi-Bertioga (SP-98) e do trevo da Mogi-Dutra(SP-88), na altura do JardimAracy.

    PMMC

    O presidente da Câmara, Rubens Benedito Fernandes, Norio Katoe Junji Abe festejaram a doação da área nobre na rua Flaviano deMelo para o município

    Com o objetivo de esclare-cer os futuros dekasseguis so-bre a realidade social, políticae econômica que irão se de-parar quando chegarem na ter-ra do sol nascente, será reali-zada no 18 de dezembro (se-gunda-feira), às 19h, no HaraPalace Hotel, em Curitiba(PR), a palestra “Planejamen-to Pessoal Dekassegui”.

    O evento, cuja proposta éamenizar os problemas deadaptação em uma sociedadecompletamente distinta, é pro-movido pelo Sebrae-PR (Ser-

    viço de Apoio a Pequena Em-presa no Paraná) em parceriacom a Associação Brasileirade Dekasseguis (ABD).

    Tendo como foco os dekas-seguis em fase de preparaçãopara mudança ao Japão, a pa-lestra é gratuita e ministradapor um ex-dekassegui, Edmil-son Koji Tanaka, consultor doSebrae. Serão abordados osseguintes temas: Japão: suageografia, clima, cultura eoportunidades de trabalho noJapão; Como planejar sua via-gem ao Japão; Como organi-

    CIDADES/CURITIBA 2

    Planejamento Pessoal Dekassegui é tema de palestra gratuitadia 18 de dezembro

    zar a situação dos familiaresque ficam no Brasil; Como pla-nejar as economias e o tempode permanência no Japão;Como observar e aprender noJapão para trazer novas idéiasde negócios ao retornar parao Brasil; Como planejar a via-gem de retorno e investir demaneira correta.

    A palestra de Planejamen-to Pessoal dekassegui faz par-te do Programa DekasseguiEmpreendedor, uma parceriaSebrae/BID, voltado para acapacitação empreendedora

    do dekassegui através de apoioeducacional, técnico egerencial na implantação denegócios no Brasil.

    PALESTRA GRATUITA SOBREPLANEJAMENTO PESSOALDEKASSEGUIQUANDO: 18 DE DEZEMBRO(SEGUNDA-FEIRA), ÀS 19HONDE: HARA PALACE HOTEL(AV. IGUAÇU, 931, BAIRRO REBOUÇAS,CURITIBA (PR)INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES:41/3233–8449OU [email protected]

    Depois de um mês no Ja-pão, a equipe técnicada Prefeitura de SãoBernardo do Campo retornoucom uma boa notícia para apopulação da cidade: o finan-ciamento para execução doprojeto de recuperação daBillings está garantido peloJBIC (Banco de CooperaçãoInternacional do Japão). O si-nal verde foi dado ao coorde-nador do projeto, o secretáriode Planejamento e Tecnologiada Informação, Hiroyuki Mi-nami, no último dia de agenda(29/11), em visita à instituiçãofinanceira sediada em Tóquio.

    A equipe foi recebida peladireção do banco japonês, quedeu garantias de que o proje-to é viável e existem plenascondições de São Bernardocontrair o financiamento paraexecutá-lo. Segundo o secre-tário, agora depende apenasdo governo brasileiro aprovar.A Prefeitura de São Bernar-do em conjunto com a Sabesptrabalha na elaboração de car-ta consulta a ser protocoladajunto a Cofiex (Comissão deFinanciamentos Externos), ór-gão vinculado ao Ministério doPlanejamento que cuida de fi-nanciamentos internacionais.A intenção da AdministraçãoMunicipal é protocolar o do-cumento no início de 2007para que a aprovação ocorra

    seus e centros de educaçãoambiental, que realizam um tra-balho muito forte com crianças.“De nada vai adiantar investirem obras e infra-estrutura pararecuperar a Billings se todos nósnão adquirirmos a consciênciaambiental que vai inibir a de-gradação da Represa. E sãosimples atitudes que o poderpúblico precisa ajudar a formarna população. É o caminho queo Japão traçou e conseguiuconcluir em cerca de 40 anos.Isso é possível para nós. E casonão consigamos, estaremosadiando um destino trágico. Acada ano que se passa, maiscaro fica recuperar a Billings.Não à toa, um litro de água, hojeem dia, está quase o mesmopreço de um litro de gasolina”,destacou Minami.

    O projeto – Intitulado Estudodo Plano Integrado de Melho-ria Ambiental na Área de Ma-nanciais da Represa Billings, oprojeto foi dividido em três eta-pas: levantamento de dados,elaboração de Plano Diretor derecuperação da represa e es-tudo de viabilidade econômicae financeira. O relatório finalfoi assinado em outubro e aequipe técnica japonesa devefazer a entrega oficial do pro-jeto para a AdministraçãoMunicipal em fevereiro de2007.

    ainda no primeiro trimestre.

    Lição – A grande lição obtidapela equipe de São Bernardoao Japão está focada na edu-cação ambiental. O estágio foirealizado a convite da Agên-cia de Cooperação Internaci-onal do Japão (JICA), que de-senvolveu o projeto de recu-peração da Billings por meiode cooperação técnica com aPrefeitura.

    As visitas realizadas duran-te o período tiveram comofoco conhecer todo o sistemajaponês no que diz respeito aostratamentos de água, esgoto elixo. “Os japoneses mostraramprofundo conhecimento do pro-jeto, inclusive, estão muito bem

    informados através dos jornaisbrasileiros. Após uma bateriade perguntas, as quais respon-demos à altura, eles nos deramcomo certo o financiamento.Agora só dependemos do go-verno federal”, explicou Mina-mi, lembrando que a Secreta-ria da qual é responsável (Pla-nejamento e Tecnologia da In-formação de São Bernardo doCampo) está finalizando umacarta-consulta, a ser enviadaao Ministério Brasileiro até iní-cio do próximo ano, para queo financiamento seja aprova-do e, assim, as obras prioritá-rias sejam iniciadas em SãoBernardo do Campo.

    A equipe aproveitou a via-gem para visitar inúmeros mu-

    CIDADES/LINS

    Ministro Massami Uyeda inauguraJuizado Especial em Lins

    Primeiro nikkei a alcançaro cargo de ministro no TribunalSuperior de Justiça, MassamiUyeda esteve em Lins (SP) noúltimo dia 11, quando inaugurouo Juizado Especial. Na comiti-va estavam ainda a presidenteRegional Federal, desembarga-dora Diva Malerbi, o deputadofederal Arnaldo Faria de Sá,desembargadores, juizes e pro-motores do alto escalão judici-ário.

    O ministro nasceu em Linsna rua Rosalino Silva, 62 emudou-se para a capital em1961 para estudar. Seu pai pos-suía indústria de carrocerias deônibus. Com a perda em incên-dio da unidade de Lins foi paraGuaiçara. Possui casal de fi-lhos. Todos formados em Di-reito, inclusive a mulher, Emico,e seu genro.

    O ministro é mestre e dou-tor em Direito pela USP e éautor de inúmeras obras deDireito. É a primeira vez queesteve em Lins em caráter ofi-cial depois da mudança. Quan-

    do promotor público em Mi-randópolis costumava passarrapidamente por esta cidade.Antes do regresso pretendiavisitar o padre NorbertoKondó, construtor das Igrejas,como é conhecido.

    O Juizado de Lins é a 19ªdo Estado e atenderá 55 cida-des. Facilitará de muito quemtenha alguma pendência como governo ou órgãos federais,como previdência social, fun-do de garantia, etc.

    Imigração – A Câmara Mu-nicipal de Lins, em sessão so-lene no dia 8, numa propositurado vereador Durval Marçola,homenageou os 90 anos daImigração Japonesa no muni-cípio, na pessoa de TozaemonMatsuda, 97 anos. Represen-tando a comunidade nikkei,recebeu das mãos do prefeitoWaldemar Sândoli Casadei edo presidente da Câmara,Durval Marçola, placa alusivaà data comemorativa.

    (Shigueyuki Yoshikuni)

    DIVULGAÇÃO

    Massami Uyeda foi recepcionado no Bunkyo de Lins

    Minami (dir), com a equipe de São Bernardo no metrô de Tóquio

    DIVULGAÇÃO

  • 6 JORNAL NIKKEI São Paulo, 16 de dezembro de 2006

    “No Haiti insurgen-te, as ruas tinham bar-ricadas, os rios estavamsecos e as plantaçõesde cana, que tornavama região famosa no pe-ríodo colonial, haviamsido queimadas na re-volução de escravosque tornou o país inde-pendente da França.Os blindados manobra-vam com dificuldadepelas ruas estreitas,desviando-se de mon-tanhas de lixo que che-gavam a atingir a altu-ra de um homem. Nãohavia coleta na cidadee o problema sanitáriopassou a ser usadocomo instrumento ldeguerrilha pelos rebeldese por gangues que ope-ravam na região”.

    O trecho, extraído de Haiti,do jornalista Luís Kawaguti,revela o cenário de caos que aregião enfrentava quando astropas brasileiras foram envi-adas ao país em missão depaz.

    Uma insurreição armadairrompeu no Haiti no início de2004, resultando na renúncia eno exílio do então presidenteJean-Bertrand Aristide. Paraevitar uma guerra civil, em 1ºde junho de 2004, soldados bra-sileiros chegaram à cidade dePorto Príncipe, capital do país,para formar a força principalda recém-nascida Missão dasNações Unidas para a Estabi-lização do Haiti, a Minustah.

    O livro da Editora Globosurgiu a partir das viagens queo jornalista fez para presenci-ar o cotidiano das tropas bra-sileiras, que viraram reporta-gens publicadas nos jornaisDiário de S. Paulo e O Globo.A publicação aprofunda o con-teúdo das matérias e aindamostra o quanto o Brasil influinas vidas dos oito milhões dehaitianos seja por canais diplo-máticos, militares ou culturais.

    Traz depoimentos inéditosde rebeldes e de militares bra-sileiros sobre supostos casos

    de espancamento duranteinterrogatórios e abusos de vi-olência contra haitianos. Nar-ra também os combates e es-tratégias militares que fizeramda ocupação brasileira na ca-pital haitiana um exemplo deoperação de paz bem-sucedi-da realizada pelas NaçõesUnidas.

    Luís Kawaguti relata a su-cessão de acontecimentos que,em pouco mais de dois anos,levaram uma nação do caossocial e político ao processo deredemocratização, iniciadocom a eleição de um novo pre-sidente. Para compreender acomplexidade da situação doHaiti e, conseqüentemente, damissão da ONU, o autor fazum passeio pela história dopaís. Aborda desde a sua des-

    coberta na primeira viagem donavegador Cristóvão Colomboà América, em 1492, passan-do pela revolução de 1804, quelibertou o Haiti da França, epelos 28 anos extremamenteviolentos da ditadura deDuvalier.

    O jornalista não se atémaos fatos históricos e políticos.Faz um panorama do sistemaeducacional, sanitário e detransporte do país. Além derevelar aspectos da culturahaitiana: “a responsabilidadesobre a família no Haiti é sem-pre da mulher”. Mostra de quemaneira a religião católica, pro-fessada pela maioria da popu-lação, convive harmonicamen-te com os rituais de vodu.

    O livro configura-se comouma rica fonte de informações,pois o autor conheceu de per-to tanto as dificuldades quantoo trabalho dos militares brasi-leiros. Narra, detalhadamente,operações importantes das tro-pas da Onu, como as realiza-das em Bel Air, a maior favelade Porto Príncipe. Revela osdiversos problemas enfrenta-dos, desde o desarmamento dapopulação até dificuldadeslogísticas, como o alojamentodas tropas brasileiras.

    A publicação reúne históri-as de soldados, oficiais, diplo-matas, intérpretes, funcionári-os da ONU, líderes comunitá-rios, políticos e haitianos co-muns. A conversa com Sam-ba Boukman, um dos líderesmais influentes na favela deBel Air, revela a importânciada presença brasileira e do tra-balho realizado em solohaitiano. “O Brasil e o Haiti sãopaíses que vivem juntos. Todohaitiano ama o Brasil, são lou-cos pelo Ronaldo; todas asnações (que servem na Minus-tah) deveriam pensar como oBrasil”, afirma Boukman.

    FICHA TÉCNICATÍTULO: HAITI (EDITOTA GLOBO, 216PÁGINAS, R$ 42,00)AUTOR: LUÍS KAWAGUTIGÊNERO: REPORTAGEM

    LITERATURA 1

    Jornalista nikkei revela ocomplexo cenário haitiano

    Livro revela caos vivido no Haiti

    REPRODUÇÃO

    MÚSICA

    Avizinhança tranqüila dobairro da Saúde, emSão Paulo, e a casacom quintal, horta e cachor-ros propiciam um estilo de vidaparecido com o dos interiora-nos. O silêncio das ruas, ocanto dos passarinhos e a pro-ximidade com as pessoas -desde crianças até o dono davendinha da esquina - faz par-te da rotina do nikkei RodrigoDias Kitahara, o Xamã, per-cussionista do grupo RossaNova. É nesse ambienteinspirador onde acontecemtambém os ensaios do grupo,que se apresenta no espaço“A Hebraica” (Rua Hungria,1000, São Paulo) hoje, às 21h. No repertório do show, aterra, as pessoas humildes eas coisas simples, mas funda-mentais, são alguns dos temasque fazem parte do recém-gra-vado CD Rossa Nova. A fes-ta de lançamento do primeirotrabalho do grupo deve acon-tecer no início de 2007, antesdas apresentações no SescPompéia (30/01) e no CentroCultural Vergueiro (09/02).

    Geralmente associado a umgênero tradicional, a músicacaipira ganha uma roupagemmoderna com o Rossa Nova,formado pelo vocalista Juka(Juliano Marcucci de Carva-lho) e Bzão (Rubens de Bar-ros Nicolau), além de Xamã.A banda faz uma mistura quepassa pelo rock, flamenco,moda de viola e música tribal– a fusão de tais ritmos é defi-nida pelos músicos como “rockrural, o som da terra”. “Nãotemos preconceito musical,colocamos sentimento na horade tocar e isso reflete nas nos-sas composições”, contaXamã.

    O projeto da banda é recen-te. Há dois anos, o nikkei foiconvidado por Juka e Bzãopara formar o grupo, quandoestava prestes a ir ao Mara-nhão para estudar outros rit-mos. Cansado do stress deSão Paulo e das exigências domercado publicitário, Xamã -formado e atuando na áreacom uma agência própria naépoca - planejava uma verda-deira aventura: viajar de mo-chila pelo litoral nordestino pa-rando de cidade em cidade até

    Rossa Nova se apresenta hoje eprepara festa de lançamento de CD

    tempos prediletos do sanseiXamã. Além disso, a formaçãorockeira – tocava contrabaixonuma banda cover de RaulSeixas, e ouvia os discos doLed Zeppelin e Pink Floyd des-de criança – o gosto por ManuChao, Jackson do Pandeiro eoutros músicos brasileiros sãoresponsáveis pela formaçãomusical do nikkei. Para o fu-turo, ele pretende ainda estu-dar taikô para incrementar osom do grupo.

    Foi batizado de Xamã pelamãe do vocalista Juka devidoao gosto pela natureza e o teordas conversas mantidas entreambos. O auto-conhecimentosempre foi uma das buscas dopercussionista, que acreditacontribuir também para as des-cobertas de outras pessoas pormeio das canções do grupo.“Algumas mensagens são maisdiretas, como a da música ‘Fei-to Bicho’, que fala de umamaneira mais natural de enca-rar a morte. Mas todas elastêm uma carga de emoção queé repassada para as pessoas”,complementa.

    Para Xamã, os interessadosnesse caminho precisam sersinceros, deixando de ladomodismos e abordagens super-ficiais de “livros de auto-ajudae pseudo-esotéricos”. “O auto-conhecimento requer esforçoda pessoa, não é por meio defórmulas que a pessoa vai seencontrar. Muitas vezes, éuma situação difícil porque elanão sabe com o que vai se de-parar. Mas chega uma horaque é preciso sentir as respos-tas, deixar de racionalizar paraencontrar o próprio caminho.Eu nunca pensei que ia viverde música, as coisas foramacontecendo”, conclui.

    (Gílson Yoshioka)

    chegar a São Luís, a capital doreggae, uma de suas diversasinfluências musicais. “Acabeiaceitando o convite e desistin-do da viagem, mas, hoje, vivocomo se estivesse a caminhodo Maranhão. Sempre tenhocontato com outros músicos,ritmos e instrumentos, como aalfaia [usada no maracatu]”,afirma.

    Atualmente o músico tra-balha exclusivamente com ogrupo – “entrevistas em TV,rádios, seleção de músicospara a banda de apoio nosshows e da equipe de apoioexigem dedicação integral”.“É uma verdadeira empre-sa”, acrescenta. O grupo jáparticipou dos programas deRonnie Von, Clodovil

    Hernandez (A Casa é Sua),Célia e Celma, entre outros,além de contar com músicasna programação de mais de400 rádios no Brasil.

    Com a antiga profissão,Xamã vê algumas semelhan-ças, mas ressalta que são ati-vidades distintas. “A publicida-de mexe com a criação de tex-tos e imagens, mas com o ob-jetivo de vender o produto. Amúsica deve ser produzida sempreocupação nenhuma. É pre-ciso acreditar, ter fé no que sefaz – o retorno financeiro éconseqüência”, explica.

    Influências – Pescar, conver-sar com as pessoas e ter con-tato com paisagens naturaissempre esteve entre os passa-

    Percussionista nikkei promove mistura de ritmos e estuda utilização de taikô para próximo trabalho

    JORNAL NIKKEI

    A editora Estação Liberda-de lança a biografia de Miya-moto Musashi, uma das figu-ras mais lendárias do Japão.Intitulado como “O Samurai –A vida de Miyamoto Musashi”(328 páginas, R$48,00), o livrotraz a saga de um guerreiroque, mesmo no auge de seuspoderes, evitou cargos e famí-lia, conforto e segurança, tor-nado-se por isso um ideal devida, inspirando histórias, pe-ças teatrais, romances, filmes.

    Esta não é a primeira vezque o mercado abre as portasà vida do espadachim. A obraretoma o romance “Musashi”de Eiji Yoshikawa, o que com-prova a permanecia de umafonte viva de fascinação, tan-to para os japoneses comopara os ocidentais. E destavez, quem resgata essa narra-tiva é o escritor norte-ameri-cano especialista em língua ecultura japonesa William ScottWilson.

    A obra conta sobre a desen-voltura de uma série de ilustrescombates, sem perder uma, atémesmo quando o personagempassou a lutar sem aniquilar seusadversários. Ao adotar essatécnica, ele simplesmente neu-tralizava os ataques do oponen-te até que suas habilidades fos-sem reconhecidas.

    O lutador ia ainda contra asconvenções, preferindo umaespada de madeira. Em seusanos de maturidade, nuncausou uma arma autêntica. Aocontrário disso, utilizava recur-sos psicológicos, frutos deexaustivos estudos antes desuas batalhas. Musashi orien-tava seus estudos tão ardua-mente conquistados sobre asartes combatentes para metasespirituais de cunho zen-budis-ta.

    Além de toda a destrezanas lutas, o autor revela tam-bém o destaque como um dosmais respeitados na pintura a

    nanquim, na prática de caligra-fia tradicional, nos estudos depoesia chinesa e na filosofiabudista. O livro dá acesso tam-bém a mapas que retratam oarquipélago no período Edo(1603-1828), desenhos do pró-prio samurai, fotos do monu-mento funerário erguido emsua homenagem, da cavernaonde ele esteve escondido etambém imagem da esculturade madeira de autoria do pró-prio samurai.

    Um outro ponto interessan-te durante a leitura é a curiosi-dade que Scott Wilson mostra.No japonês moderno existemfiguras de linguagem que sereferem ao caráter “musashi-ano”. Isso quer dizer que pro-vavelmente o seu nome sejatão ou mais conhecido do quepersonalidades da história ecultura nipônica.

    Todo este trabalho é resul-tado de uma extensa pesquisado autor norte-americano, quese apaixonou pelas tradiçõesorientais ao visitar o país. For-mou-se em língua e literaturajaponesa e dedicou-se ao es-tudo da filosofia do períodoEdo na Universidade de Aichi,em Nagoya, no Japão. Tradu-ziu para o inglês importantesobras como o romance Taiko,de Eiji Yoshigawa.

    LITERATURA 2

    Estação Liberdade lança saga de MiyamotoMusashi. Desta vez, escrita por americano

    Livro retrata história de guerreiro

    REPRODUÇÃO

    Música caipira ganha novo fôlego com o Rossa Nova

    MARCELO ROSSI

  • São Paulo, 16 de dezembro de 2006 JORNAL NIKKEI 7

    Encontram-se abertas asinscrições para o curso de fé-rias de “Cultura Japonesa paraCrianças” do Atelier de Pintu-ra Antiga Japonesa. Estão sen-do oferecidos cursos em queas crianças terão uma progra-mação variada enfocando vá-rios aspectos da cultura japo-nesa como a pintura (sumie),a caligrafia (shodô), origami,jogos e literatura, com leiturade lendas japonesas.

    O curso é dirigido para cri-anças de 7 a 12 anos. Os inte-ressados podem optar entredois horários e turnos: manhãe tarde, em pequenos gruposde no máximo 7 alunos por tur-ma. Não há pré-requisitos. Acarga horária poderá serformatada de acordo com ointeresse de cada aluno.

    O curso será ministradopela artista plástica e designergráfica Susan Hirata que ilus-trou, entre outras obras, “OMenino Rio”, de Carlos Nejar

    (membro da Academia Brasi-leira de Letras). É verbete no“Dicionário Crítico da Litera-tura Infantil e Juvenil Brasilei-ra – Séculos 19 e 20” ((Edusp– Editora da Universidade deSão Paulo,1995), de NellyNovaes Coelho.

    O valor do curso é de R$175,00 (para 12 horas-aula) ea inscrição é de R$ 100,00 (po-dendo ser paga em 2X R$55,00). Neste valor está inclu-so todo o material necessáriopara uso local. (pincéis japo-neses, tinta (sumi), pedra paramoer a tinta (suzuri) e papel).

    As vagas são preenchidaspor ordem de inscrição e devemser feitas pelo tel.: 11/7682-9769ou e-mail [email protected] agendando-se um horário di-retamente no local.

    A escola possui uma Bibli-oteca Circulante, Hemeroteca,CD-Teca e DVD-teca e todosos alunos tem acesso gratuitoao acervo.

    ARTES

    Atelier abre inscrições paracurso de férias

    Com uma câmera fotográfica na mão, TonyMiyasaka, imigrantejaponês que chegou ao Brasilcom a família em 1934, retra-tou o desenvolvimento de Ri-beirão Preto e conquistoufama na cidade do interior pau-lista. As primeiras experiênci-as com a fotografia ocorreramna década de 50 e não demo-rou muito para Miyasaka co-lecionar, em seu álbum, ima-gens de construções, comér-cio, bailes, formaturas, casa-mentos e retratos. Segundo aesposa, Tereza Keiko Miyasa-ka, foi ele quem introduziu afotorreportagem em Ribeirão.

    Após trabalhar como boyem uma farmácia e venderpeixe na rua, Miyasaka passoua colocar em prática o quehavia aprendido com os ir-mãos. Em 1950, a família abriuum estúdio fotográfico e, comos irmãos, Miyasaka passou aretocar as imagens que eramreveladas à noite.

    Nascido em 1932, na pro-víncia de Aichi, o fotógrafofaleceu há dois anos. Parte deseu trabalho está guardado,em negativos, na casa de Te-reza e algumas dessas ima-gens ilustram o livro “RibeirãoPreto pelo Olhar de TonyMiyasaka”, lançado no últimomês de novembro.

    A obra, que tem a coorde-nação de Tereza e de uma dasfilhas do casal, Elza, reúne fo-tos tiradas na cidade na déca-da de 50 e 60. “É uma formade mostrar o passado paramuitas pessoas que não conhe-ceram Ribeirão nessa época”,explica a viúva, que acrescen-

    LIVRO

    Retratos de Tony Miyasaka mostram a ‘antiga’Ribeirão Preto das décadas de 50 e 60

    saram em 1959. Dos cinco fi-lhos que tiveram, um resolveuseguir os passos do pai e hojetrabalha no estúdio, fotografae ministra cursos. “Os amigosbrincavam que se não lhe ar-rumassem uma esposa, o Tonynão casaria”, relembra.

    A saúde de Miyasaka co-meçou a se complicar por vol-ta do ano de 2000, quando ope-rou a verticulite. “Ele emagre-ceu bastante e dizia que preci-sava comer muito doce paraengordar, foi assim que acabouprovocando a diabetes”, con-ta Tereza.

    O fotógrafo abandonou aprofissão nos anos 70. Em umartigo publicado no jornal ACidade, em novembro de 2003,Miyasaka declara o encantoque tinha pela fotografia. “Re-

    ta que foi Elza quem sempreplanejou a publicação do livro.“Ela sempre cobrava meumarido e perguntava ‘por queo pai não escreve um livro?’”.

    Lembranças - Tereza e Mi-yasaka se conheceram atravésde um miai – quando o encon-tro é mediado por algum pa-rente ou conhecido – e se ca-

    Além da evolução da cidade, as lentes do imigrante registraram o casamento com mulher Tereza

    Tony Miyasaka dedicou parte de sua vida à fotografia

    REPRODUÇÃO

    gistrar as cenas do cotidiano,como a de uma reunião famili-ar no domingo, o crescimentodos filhos, os nossos passeiosaos parques, as nossas viagensa pousadas, às praias, ao nor-te, ao sul, a Europa ou a Disney,tudo tem grande importância,pois todas as cenas são pas-sageiras. Elas não se repetem,elas se vão. O que fica são asfotografias”.

    O livro, com 102 páginas eque está à venda em RibeirãoPreto por R$ 60,00, pode mar-car o primeiro volume de umacoleção com as imagens cap-tadas pro Miyasaka. “Temmaterial para muitos outros li-vros. As pessoas já me per-guntam se irei publicar outrono próximo ano”, adianta Te-reza.

    (Luciana Kulba)

    Dança vibrante e envolven-te, ao som de músicas anima-das e empolgantes, caracteri-zam o principal e mais tradici-onal evento de verão da cida-de de Hokkaido, no Japão: oYosakoi Soran.

    O festival que reúne cercade 300 equipes de dança commais de 44 mil dançarinos, é ajunção de outros dois grandeseventos japoneses, conhecidoscomo Yosakoi Matsuri (origi-nário da província de Kochi) eo Soran Bushi (festa da cida-de de Hokkaido).

    Em 1992, um grupo de uni-versitários de Hokkaido teve,pela primeira vez, contato como grande festival de Kochi, fes-ta folclórica que dura quatrodias de agosto. Interessados,decidiram levar para Hokkai-do as características das dan-ças do Yosakoi Matsuri e mis-turar com sua famosa dançanatal: Soran Bushi, a qual ho-menageia e simboliza os pes-cadores do norte do Japão,com os movimentos da arte depescar e com uma música,cujas letras exaltam a luta con-tra o mar e a luta pela sobrevi-vência, de uma forma heróica.

    A principal expressão pre-sente no refrão das músicas é:“Amarre o hachimaki (lençoque é amarrado na testa quenão serve apenas para reter osuor quando a pessoa fará umgrande esforço, mas tambémsimboliza o próprio esforço fí-sico e mental) e vá”.

    Surge então, com as duastradições fundidas, uma dan-ça vibrante e envolvente queexige força e velocidade. Ape-sar de possuir característicastradicionais do Yosakoi e do

    CULTURA

    Yosakoi Soran: tradição e modernidade queencantam o público tanto no Japão quanto no Brasil

    Soran Bushi, as coreografiase músicas ganharam novosarranjos que misturam instru-mentos típicos japoneses,como o Naruko (chocalho),com guitarra, bateria, teclado,entre outros. A música é agi-tada e inclui ritmos contempo-râneos como pop, rock, sam-ba, hip-hop...

    O primeiro Yosakoi Soran,no Japão, foi apresentado em1992 e a partir daí conquistouadeptos de todo o país. Atual-mente o festival é realizadotodos os anos como uma es-pécie de concurso.

    Cada grupo monta sua pró-pria coreografia e a maioriautiliza os happis (trajes japone-ses) como vestimenta para aapresentação. O principal ins-trumento musical utilizado é oNaruko.

    No Brasil, Yosakoi Soranganha força a cada ano -Vendo que o evento possui umgrande alcance e encantadocom a beleza das apresenta-ções, o fundador da rede decabeleireiros Soho, HideakiIijima, decidi estudar a possi-bilidade de introduzir o eventoaqui no Brasil.

    Então em 2003, acontece aprimeira edição do YosakoiSoran Brasil, no Grande Audi-tório da Sociedade Brasileirade Cultura Japonesa, em SãoPaulo, com a participação de12 grupos de dança. Nesteano, o festival não teve cará-ter competitivo.

    Desde 2003, já foram qua-tro apresentações anuais, e asegunda edição chegou a reu-nir no Ginásio do Ibirapuera,cerca de 20 grupos, dentre es-

    colas, associações e entidadesligadas à cultura da colônia ja-ponesa, vindas de várias partesdo Brasil: Balé Yuba, Taiko Ki-Ren, Sohaku-Oshiman, YosakoiSoran Nipo Campinas,Himawari, Bastos Fujinkai,Biritiba Mirim Nihongo Gakkou,Gurpo Sansey, entre outros.

    O evento tenta ao máximose parecer com o YosakoiSoran do Japão, por isso o cri-tério de avaliação é bem rígi-do. Os juízes analisam a técni-

    ca, a harmonia, a criatividadee o conjunto em si.

    No regulamento podem serencontradas dezenas de regras,dentre elas estão: a apresenta-ção não poderá exceder 5 mi-nutos, não é permitido repetircoreografias do ano anterior, éobrigatório o uso do Naruko nascoreografias, o refrão SoranBushi é obrigatório durante aapresentação e não é permiti-do o uso de cenários.

    Em 2004, o Balé Yuba to-

    mou conta do Ginásio do Ibi-rapuera, levando o prêmio decampeão e nos últimos doisanos, a medalha de ouro foipara o Grupo Sansey que agi-tou os presentes na ViaFunchal.

    O evento aqui no Brasil érealizado no mês de julho esempre é solicitado 1 quilo dealimento de entrada para aju-dar entidades como Kibo-no-Iê, Kodomo-No-Sono, Ikoi-No-Sono, Igreja Batista da Li-

    berdade e LARES (Legião deAssistência para Reabilitaçãode Excepcionais).

    Os quatro anos de YosakoiSoran no Brasil reuniram inú-meras pessoas que apreciamessa arte japonesa. Este anoas apresentações prometem etendem a ficar cada vez me-lhores. Enquanto julho nãochega, os grupos se preparampara mais um ano de suor,muito treino e também de vi-bração.

    Tradição e modernidade andam juntas durante apresentação de Yosakoi Soran nas ruas de Hokkaido, no Japão

    DIVULGAÇÃO

  • 8 JORNAL NIKKEI São Paulo, 16 de dezembro de 2006

    AGROPECUÁRIA

    Crescimento da produção decana preocupa especialista

    Uma estimativa do Institu-to de Economia Agrícola (IEA)aponta que o valor da produ-ção agropecuária do Estado deSão Paulo poderá apresentar,este ano, um crescimento de7,6% em relação a 2005 e to-talizar R$ 33 bilhões. Principalproduto paulista, a cana-de-açú-car supera este índice e registrao aumento de mais de 31%.

    O que pode ser considera-do motivo de comemoraçãopara muitos, começa a preo-cupar especialistas da área.Engenheiro agrônomo e pes-quisador científico do IEA,Alfredo Tsunechiro explicaque o consumo de etanol – bi-ocombustível obtido através dafermentação de açúcares ecereais – tem refletido no au-mento da produção da cana.

    De acordo com o especia-lista, o produto tem substituídooutras atividades em diversasregiões do Estado. “Das 40 re-giões de São Paulo, em 26 aprodução de cana é predomi-nante. Há dois anos, eram 14regiões”, afirma Tsunechiroque acrescenta que a cana-de-açúcar chega a representar70% do valor total de produ-ção agropecuária em algumasregiões.

    O engenheiro alerta que aexpansão da agroenergia podetrazer impactos sociais e am-bientais negativos. “O oeste doEstado apresenta o maior cres-cimento no número de usinas.Além da concentração de ren-da em poucas mãos, a produ-ção de cana ocorre em terraplana, o que facilita a mecani-zação e reduz a necessidadede mão-de-obra. A queima dacana é também um problemapara o meio ambiente”.

    Grãos em baixa - O estudodo IEA aponta que se a canafosse excluída da listagem, ovalor da produção agropecuá-ria paulista seria de R$ 18 bi-lhões. Na contramão da maréde bons resultados dos cana-viais, produtores de grãos e fi-bras tiveram uma perda de14,3% e 11,8%, respectiva-mente, em relação ao ano pas-sado.

    A produção de cana-de-açúcar também tem apresen-tado um crescimento acelera-do, como define Tsunechiro,nos estados do Paraná, MatoGrosso e Minas Gerais. “è umatendência e o crescimento temse acentuado sucessivamen-te”, finaliza.

    ÚNICA

    Produção da cana tem substituído outras atividades em diversas regiões

    OConselho DeliberativoNacional (CDN) doSebrae elegeu, naquarta-feira (13), a diretoriaexecutiva da Instituição parao biênio 2007/2008 e o novopresidente do próprio CDN. Oatual presidente do Sebrae,Paulo Okamotto, foi recondu-zido ao cargo por mais doisanos, assim como o diretor-téc-nico Luiz Carlos Barboza, quecontinuará na diretoria.

    Para a diretoria de Admi-nistração e Finanças do SebraeNacional, foi eleito o atual ge-rente da Unidade de Acesso aServiços Financeiros, CarlosAlberto dos Santos, que assu-me o cargo, no próximo ano,no lugar de César Rech.

    O atual presidente do CDN,Armando Monteiro Neto, quejá está há quatro anos à frentedo cargo, deixará a presidên-cia do Conselho nas mãos deAdelmir Santana, presidenteda Fecomércio do Distrito Fe-deral.

    De acordo com PauloOkamotto, o desafio que vempela frente é dar continuidadea vários projetos e ações quetiveram início na atual gestão.O principal deles, destacou, éa implementação da Revoluçãono Atendimento do SistemaSebrae. “Precisamos levarconhecimento de forma maisrápida. Por isso, a revoluçãono atendimento é importante”.

    Lei Geral – Okamotto desta-cou também a importância doatual cenário do País e do con-junto de políticas aprovadas quebeneficiam as micro e peque-nas empresas, com destaquepara a Lei Geral do segmento,sancionada nesta quinta-feira

    ELEIÇÃO

    Paulo Okamotto é reconduzido àpresidência do Sebrae

    também, a reestruturação daUnidade de Gestão Orçamen-tária, com nova sistemática deorçamento para o SistemaSebrae.

    Em 1990, junto com intelec-tuais, políticos e personalidadesda sociedade civil, PauloOkamotto participou da cria-ção do Instituto Cidadania, or-ganização não-governamentaldedicada ao estudo, debate edivulgação de políticas públicasalternativas. Foi responsávelpela gestão administrativa daentidade desde a sua fundação,em 1990, até 2001, quando as-sumiu a presidência do Insti-tuto.

    Antes do trabalho à frentedo Instituto Cidadania, Oka-motto implantou a imprensa doPartido do Trabalhadores (PT)em São Paulo, com a criaçãoda Revista Teoria e Debate,Jornal Linha Direta. Ele tam-bém criou o Jornal PT Notíci-as, que depois passou para oDiretório Nacional. Nesse pe-ríodo, reestruturou a forma deorganização do partido emmacrorregiões, o que possibi-litou ao PT de São Paulo pas-sar de um para 13 prefeitosmunicipais.

    Foi também diretor do Sindi-cato dos Metalúrgicos do ABC,de 1981 a 1990, e um dos for-muladores da organização donovo sindicalismo, organizandoos trabalhadores pela base, pormeio da Cipas e delegados sin-dicais. Participou ativamente daconstituição da Central Únicados Trabalhadores (CUT). Pau-lo Tarciso Okamotto é naturalde Mauá (SP), técnico industri-al, casado e tem três filhos.(Fonte: Agência Sebrae deNotícias)

    PROJETO VERÃO

    Prefeitura alerta população contra dengue

    (14) pelo presidente LuizInácio Lula da Silva.

    “Há um conjunto de leis quefoi aprovado, como a Lei Ge-ral, que favorece o desenvol-vimento do País. Nossa tarefaagora, do Sebrae, é fazer comque essas informações che-guem aos empresários de pe-quenos negócios, para que elespossam usufruir dos benefíci-os”, ressaltou.

    Antes de ser eleito presi-dente do Sebrae para o biênio

    2005/2006, Okamotto foi dire-tor de Administração e Finan-ças da Instituição, durante obiênio 2003/2004. Já nesseperíodo, foi responsável pelareestruturação da Unidade dePolíticas Públicas, com foco nodesenvolvimento de estudosrelativos à Lei Geral, comprasgovernamentais e gestão mu-nicipal voltada para o desen-volvimento sustentável, base-ado nos negócios de pequenoporte. Okamotto conduziu,

    Okamotto: “Desafio é dar continuidade aos projetos e ações”

    EUGENIO NOVAES/ASN

    A cidade se encontra em esta-do de alerta com relação ao mos-quito Aedes Aegypti e à doençada dengue. Dados colhidos de ja-neiro a agosto de 2006 registram450 casos contraídos em nossa ci-dade (autóctones), sendo que umfoi de Dengue Hemorrágica. Paraenfrentar esta ameaça, a prefeiturauniu-se ao governo do Estado parapromover a Campanha Estadual deCombate à Dengue. A campanhacustará R$ 5 milhões em ações emtodo o Estado, e contará com 25mil profissionais.

    “A Prefeitura entra nessa cam-panha com todas as suas energi-as”, afirma o prefeito de São Pau-lo, Gilberto Kassab. A Prefeitura vairepassar R$ 1,2 milhão ao governodo Estado para a divulgação dacampanha na cidade. Para ajudar aeliminar a proliferação do mosqui-to na Capital, a principal arma em-pregada vem sendo a operaçãoCata-Bagulho, parte integrante doPlano Verão 2006. O órgão respon-sável pelo combate à dengue emSão Paulo é a Coordenação de Vi-gilância em Saúde (COVISA). Umadas estratégias adotadas para en-frentar a falta de esclarecimento éo contato direto com o morador.

    O maior problema do Programade Combate à Dengue, entretanto,ainda é a dificuldade de acesso acasas e terrenos fechados ou aban-donados, pois muitos moradores serecusam a atender os agentes desaúde. Os locais sem acesso cor-respondem a 40% do total de imó-veis do município. Mas para que oprograma seja eficiente, é necessá-rio visitar 100% dos domicílios. Osucesso da campanha, portanto, de-pende do apoio da população.

    Outro fator que contribui paraa preocupação são as ondas de

    calor antecipando o verão, o queaumenta a possibilidade de trans-missão da dengue. A situação seestende não somente à Capital,mas também aos 39 municípios daRegião Metropolitana da GrandeSão Paulo e da Baixada Santista.

    Aumento - No ano de 2004 foramconstatados 10 casos de denguecontraídos no município (autócto-nes) e 88 trazidos de outras locali-dades (importados). Em 2005, fo-ram contaminadas pelo mosquito35 pessoas dentro do município,somando 186 casos, a maioria daBahia e Ceará. No Estado foram 5mil casos. Naquele ano, pela pri-meira vez Governo Estadual e Mu-nicipal se uniram para realizar a Se-mana Metropolitana de Combateà Dengue, que atingiu 39 municí-pios da Grande São Paulo e Capi-tal. Em 2006, os casos aumentaramnuma proporção preocupante.

    Foram 450 casos autóctones(contraídos na Capital) e cerca de46 mil no Estado de São Paulo.Isso aconteceu em razão do inver-

    no atípico, e das chuvas freqüen-tes que causaram alagamentos portoda a cidade, além da desmobili-zação da população na preven-ção ao Aedes aegypti. Em funçãodo incrível aumento de casos au-tóctones neste ano, a coordena-ção do Programa de Combate àDengue incrementou as operaçõesde bloqueio de transmissão atra-vés de ações como nebulização,tratamento de caixas-d’água, de-pósitos (barris, tonéis) e pontosestratégicos (cerca de 2.400 locaiscadastrados) na busca decriadouros do mosquito.

    O Programa inclui ainda açõeseducativas em escolas, apoiadaspela Secretaria Municipal da Edu-cação e pelo Sindicato dos Esta-belecimentos de Ensino do Esta-do de São Paulo - SIEEESP, redede ensino público e privado, res-pectivamente. Os professores es-tão orientando os alunos sobre adoença por meio de instrumentoscomo o Guia do Professor e dis-tribuição de material informativodesenvolvido pela COVISA.

  • São Paulo, 16 de dezembro de 2006 JORNAL NIKKEI 9

    R E S T A U R A N T E S

    DIVULGAÇÃO

    Com a proximidade das festas de fim deano, muitos restaurantes de São Paulo já sepreparam para o cardápio especial desta épo-ca. Entre os destaques, o Kinu, comandadopelo chef Adriano Kanashiro e localizado noHotel Grand Hyatt, e o Nakasa Sushi, na Ruada Consolação.

    Na noite de Natal do Kinu, o chef apre-senta uma degustação especial com diversasopções da culinária japonesa. Entre os seispratos servidos, estão o Sashimi de salmãoselado com molho de laranja e caju, o Sushide atum com foie gras grelhado e o Merogrelhado com vôngoles e cogumelos (R$140,00 por pessoa). Os pratos podem ser har-monizados com saquês (R$ 35,00 adicionais).

    O restaurante Kinu também trabalharácom o seu cardápio à la carte e entre as su-gestões estão os Camarões com purê dekabotcha (abóbora japonesa) e bok choi(acelga chinesa), o Risotto de arroz tailandêsaromatizado com jasmim levemente apimen-tado com lulas e vôngoles e a Costeleta decordeiro com tempurá de pupunha e purê deinhame com molho agridoce, além de grandevariedade de yakitoris, sushis, sashimis etemakis.

    Para o jantar do dia 31 de dezembro,Adriano Kanashiro elaborou um menu-degus-tação em seis tempos. Os pratos são: Sashi-mi de lula com polvo e salada de algas, Car-paccio de atum e lagosta com molho de limãosiciliano, Sashimi de Kobe Beef com molhoponzu, Tempurá de camarão com coco emolho de shochu, Sushi de salmão com ovas

    Kinu e Nakasa Sushi apresentam pratos especiais

    de mujol, Sushi de atum com foie gras e sushide enguia com molho de caju (R$ 280 porpessoa).

    Nakasa - Já no restaurante que tem no kaiteno experiente Mitsuo Tanji, o Nakasa Sushi, ocliente é quem escolhe o que terá em seu car-dápio especial. Algumas das sugestões são:Carpaccio de salmão ou atum ou Haro roll(R$18,00), Hot Special (R$20,70), Carpacciode polvo com pó de Nira (R$27,00), para aentrada; e Tsutsumi no fogo (dupla),Acelgamaki de salmão (empanado e com tare,seis unidades – 18,00), Eel Special (pepino eenguia c/abacate em cima - R$25,20), comosushi especial.

    Como makizushis (enrolados em algas comoito peças): tendo os crus Shake (salmão -R$13,50), Tekka (atum - R$14,40); e os cozi-

    dos Takô (polvo - R$15,30) e Harujuku roll(camarão, cebolinha e maionese - R$17,10).

    E os clientes que jantarem em um dos res-taurantes do Grand Hyatt São Paulo – Kinu,Eau ou Grand Caffé –, podem optar por feste-jar o Ano Novo no Upstairs, o bar e lounge dohotel que terá banda ao vivo, pista de dança eDJ. Um jantar no Kinu mais a festa no Upstairscom sistema open bar sairá por R$ 480,00 porpessoa (sem mesa) ou R$ 720,00 cada (commesa).

    O Kinu, que fecha no dia 26 e reabre nojantar do dia 31 de dezembro, fica na Av. dasNações Unidas, 13.301, e reservas podem serfeitas no telefone 11/6838-3207. O NakasaSushi (que fecha entre 23 de dezembro e voltano jantar de 2 de janeiro) faz reserva de mesapelo fone 11/3064-0970 e o endereço é Ruada Consolação, 3.147, Jardins.

    F I M D E A N O

    Combinado sushi sashimi

    Ostras frescas com ovas de salmão e molho delimão siciliano

    Robalo grelhado com crosta de wasabi elegumes

    Ambiente interno do restaurante Kinu

    DIVULGAÇÃO

    O restaurante Baby BeefRubaiyat encerra este ano comduas novidades. Referênciaentre as casas de carne emSão Paulo, o endereço da Ala-meda Santos, no Paraíso, tevesuas portas reabertas no dia 20de novembro, após um incên-dio que o fechou para refor-mas há alguns meses. Outranotícia é que seus freqüenta-dores já podem experimentaro Tropical Kobe Beef, carnemacia e de textura marmori-zada, versão da japonesa KobeBeef que entra no cardápio.

    Produto que vem do cruza-mento entre as raças Wagyu(japonesa) e Brangus, sua car-ne possui gorduras que, duran-te o preparo, se derretem so-bre as fibras musculares, dan-do suculência e ótima sensa-ção ao paladar. Numa reuniãocom a imprensa na semanapassada, o proprietário da casa,Berlarmino Iglesias, convidouos jornalistas para um almoço-degustação. Os cortes apre-sentados e que se incluem nomenu são: baby beef, bife dechorizo, picanha, filet mignone costela especial.

    “É uma carne com pala-dar, diferenciada. É mais ma-cia por causa da gordurainsaturada e mais suculenta”,

    Baby Beef Rubaiyat traz no novo cardápio oTropical Kobe Beef

    afirma Belarmino. São 12 osníveis de marmoreio da car-ne, e a produzida na FazendaRubaiyat, em Dourados (MS),atinge os níveis 4 a 5,“satisfatório”, segundo o su-perintendente da AssociaçãoBrasileira dos Criadores deBovinos da Raça Wagyu, Ro-

    gério Satoru Uenishi.“Fomos os primeiros a co-

    meçar o cruzamento, na parce-ria com a Yakult, que se con-cretiza agora. É um processoque levou quatro anos, desde ainseminação artificial, e agoraoficializamos”, disse Iglesias,que pesquisa o grau de gordura

    ideal para o paladar brasileiro ea idade do animal. Elogiando amaciez do produto, até brincou:“Há carnes e carnes, e esta éuma que não tem fiapos.”

    Outros cortes exclusivos quea unidade da Al. Santos apre-senta são a Picanha Summus,a Bisteca Premium, o Master

    Da esq. p/ dir.: Belarmino Iglesias, Rogério Uenishi e Sadao Iizaki, que mostram a carne ‘marmorizada’

    JORNAL NIKKEI

    Beef e o Baby Beef, além decarnes importadas da Argenti-na. O frango (raça LabelRouge) é ecológico e tem sa-bor semelhante ao frango cai-pira brasileiro. A tradicionalFeijoada com Baby Pork eBaby Javali, de carnes saboro-sas e com pouca gordura, con-tinua sendo servida na casa àsquartas e sábados, no almoço(R$ 62); o Gran Buffet de Pes-cados de España, às sextas (R$91), e o Gran Buffet Mediter-râneo nos demais dias (R$ 79).

    Reforma - O arquiteto Fer-nando Iglesias é quem assinao projeto arquitetônico moder-no e arrojado da casa, deixan-do o ambiente mais agradável.Claro, durante o dia, e acon-chegante, de noite. A fachadaganhou grandes janelas de vi-dro e o salão, muita luz naturalgraças a grandes aberturas noteto. O bar e a adega foramampliados. A cozinha de doisandares, de vidro transparen-te, fica no meio do salão prin-cipal e está exposta ao públi-co, que pode acompanhar amovimentação dos chefs.

    Do antigo ambiente, per-maneceram apenas o pisoavermelhado de cerâmica, aestrutura de madeira entrela-

    çada afixada no teto, as me-sas em madeira nativa e ca-deiras com assento de couro.Outra novidade é a “ButiqueRubaiyat”. Posicionada logoapós a porta de entrada, a loji-nha vende carnes da FazendaRubaiyat. O cliente poderáencontrar cortes como o filémignon (R$ 16/kg), o masterbeef (R$ 20,30), a paleta decordeiro (R$ 17/ kg), o pernil(R$ 15/kg), a costela de javali(R$ 29/kg), e o frango ecoló-gico (R$ 8,50/600g).

    O Tropical Kobe Beef estádisponível na unidade Paraísodo restaurante, e no próximoano será levado para outrasunidades (Baby Beef Rubaiyatda Av. Brigadeiro Faria Limae A Figueira Rubaiyat, da R.Haddock Lobo). “Dentro detrês anos teremos a carne àvenda na nossa Butique”, lem-bra ele.

    (Cíntia Yamashiro)

    BABY BEEF RUBAIYATAL. SANTOS, 86, PARAÍSO, SÃO PAULOTEL.: 11/3289-6366DE SEGUNDA A SEXTA DAS 12H ÀS 15H(ALMOÇO), E DAS 19H ÀS 0H (JANTAR)SÁBADO E DOMINGO, DAS 12H ÀS 0HESTACIONAMENTO COM MANOBRISTAGRÁTIS

    CARTÃO DE CRÉDITO VISA

  • 10 JORNAL NIKKEI São Paulo, 16 de dezembro de 2006

    Foi realizado no dia 7 deste mês, na unidadeSumaré (SP), o lança-mento da fabricação do veículoFit Flex Fuel. Após o NewCivic Flex, o monovolume damontadora japonesa chega àslojas com mais um opcional,com motor 1.4L iDSI.

    As versões disponíveis sãoo Fit LX MT e LXL MT (quecontinuam com modelos so-mente a gasolina), disponíveisem nove cores. De acordocom os diretores, o Fit Flexestará custando cerca de 3,5a 4% a mais que o modelo agasolina. Já há, inclusive, filade espera para alguns mode-los. Como do New Civic, quese adquirido hoje pode ter pro-

    messa de entrega a alguns do-nos somente no mês de abril.

    De início, cerca de 30% daprodução nacional do HondaFit deverá ser destinada àmotorização bicombustível, jáque a montadora observa acrescente procura pelo opcio-nal no mercado brasileiro.

    Durante a inauguração danova linha, o presidente TetsuoIwamura destacou algumasconquistas da empresa a se-rem comemorados neste fimde ano, como o alcance daprodução de 300 mil unidades,o sucesso da marca no 24ºSalão do Automóvel e a satis-fação dos clientes menciona-da em revistas especializadas,e lembrou das metas com a

    expansão da planta da unida-de Sumaré. “Para o ano de2007, a Honda terá muitos de-safios para vencer e o princi-pal deles é concretizar as am-pliações da fábrica para que,assim, possamos produzir umaquantidade de 100 mil unida-des ao ano”, disse ele em dis-curso. Ampliações que tive-ram o investimento de US$ 100milhões – como o JornalNikkei noticiou na última edi-ção – e cujas obras estão sobresponsabilidade da A.YoshiiEngenharia. De 50 mil m², aárea construída está sendoaumentada para 85 mil m², eacarretará no aumento de pro-dução de até 420 carros pordia.

    VEÍCULOS

    Honda coloca no mercadoopção bicombustível para Fit

    Presidente da Honda do Brasil, Tetsuo Iwamura (à esq.) apresentou produção do Fit Flex em Sumaré

    NIKKEY SHIMBUN

    Completando 35 anos deexistência aqui no Brasil, aHonda lança uma nova moto-cicleta destinada a novos con-sumidores que a empresa pre-tende alcançar: jovens princi-piantes e pessoas da classe Ce D.

    Com um evento na sexta-feira passada (8) no Transa-mér