Advogado MONIZ Joseph F. deMello - portuguesetimes.com§ão 2389 - 05 de... · O imigrante da ilha...

36
Ano XLVI • Nº 2389 • quarta-feira, 05 de abril de 2017 • 50¢ • www.portuguesetimes.com Taunton 508-828-2992 Advogada Gayle A. deMello Madeira • Assuntos domésticos • Acidentes de automóvel • Acidentes de trabalho • Defesa criminal • Testamentos e Escrituras — Consulta inicial grátis — Providence 401-861-2444 Axis Advisors Daniel da Ponte President & Chief Compliance Officer 401-441-5111 Wealth Management Financial Planning Insurance Planning GOLD STAR REALTY Guiomar Silveira 508-998-1888 PORTUGUESE TIMES PORTUGUESE TIMES MONIZ Insurance Combinação de seguros de casa e carro c/grandes descontos 995-8789 SEGUROS (401) 438-0111 Joseph Paiva 508-995-6291 (ext. 22) José S. Castelo presidente Joseph Castelo REAL ESTATE INSURANCE • MORTGAGES 1-800-762-9995 sata.pt Advogado Joseph F. deMello Taunton 508-824-9112 N.Bedford 508-991-3311 F. River 508-676-1700 www.advogado1.com JOÃO PACHECO REALTOR ASSOCIATE ® Cell: 401-480-2191 Email: [email protected] Falo a sua língua CARDOSO TRAVEL 120 Ives St., Providence, RI 02906 401-421-0111 STO. CRISTO AÇORES 16 a 23 de Maio FÁTIMA E STO. CRISTO 09 a 23 de Maio ESPÍRITO SANTO (AÇORES) E MADEIRA 07 a 15 de Julho www.cardosotravel.com Carlos Rafael declarou-se culpado e será sentenciado a 27 de junho • 03 Presidente da Câmara Municipal da Horta em New Bedford Com a finalidade de promover as festividades da Semana do Mar 2017, considerado o maior fes- tival náutico do país e que se realiza de 06 a 13 de agosto na Horta, está em New Bedford, José Leo- nardo Silva, presidente daquela autarquia faia- lense. Na próxima edição publicaremos um aponta- mento de reportagem sobre a visita do autarca. Convívio de naturais da Praia da Vitória O presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, Roberto Monteiro, na foto com a esposa, Marlene Monteiro, e Hélio Melo, fundador e coordenador da confraternização de naturais daquela cidade da ilha Terceira na Nova Inglaterra, foi o convidado de honra ao 18.º convívio praiense realizado no passado sábado em Fall River e que reuniu cerca de 400 convivas. • 11 Vanessa Gouveia é a nova rainha dos Amigos da Terceira • 10 Romarias quaresmais Prosseguem este fim de semana as romarias quaresmais, sábado, 08 de abril, em New Bedford e Domingo de Ramos, 09 de abril em Pawucket e Bristol Dia de Portugal/RI Pequeno-almoço este domingo no Brightridge Club em East Providence • 07 • 08

Transcript of Advogado MONIZ Joseph F. deMello - portuguesetimes.com§ão 2389 - 05 de... · O imigrante da ilha...

Ano XLVI • Nº 2389 • quarta-feira, 05 de abril de 2017 • 50¢ • www.portuguesetimes.com

Taunton508-828-2992

Advogada

Gayle A. deMelloMadeira

• Assuntos domésticos• Acidentes de automóvel• Acidentes de trabalho

• Defesa criminal• Testamentos e Escrituras

— Consulta inicial grátis —

Providence401-861-2444

Axis Advisors

Daniel da PontePresident & Chief Compliance Officer

401-441-5111

WealthManagement

FinancialPlanningInsurancePlanning

GOLD STAR REALTY

Guiomar Silveira

508-998-1888

PORTUGUESETIMESPORTUGUESETIMES

MONIZInsuranceCombinação deseguros de casa

e carro c/grandesdescontos995-8789

SEGUROS(401) 438-0111 Joseph Paiva

508-995-6291 (ext. 22)José S. Castelo

presidenteJosephCastelo

REAL ESTATEINSURANCE • MORTGAGES

1-800-762-9995sata.pt

Advogado

Joseph F. deMello

Taunton 508-824-9112N.Bedford 508-991-3311F. River 508-676-1700

www.advogado1.com

JOÃO PACHECOREALTOR ASSOCIATE®

Cell: 401-480-2191Email:

[email protected] a sualíngua

CARDOSO TRAVEL120 Ives St., Providence, RI 02906

401-421-0111STO. CRISTO AÇORES

16 a 23 de MaioFÁTIMA E STO. CRISTO

09 a 23 de MaioESPÍRITO SANTO

(AÇORES) E MADEIRA07 a 15 de Julho

www.cardosotravel.com

Carlos Rafaeldeclarou-seculpadoe serásentenciadoa 27 de junho

• 03

Presidenteda CâmaraMunicipalda Horta emNew Bedford

Com a finalidade depromover as festividadesda Semana do Mar 2017,considerado o maior fes-tival náutico do país e quese realiza de 06 a 13 deagosto na Horta, está emNew Bedford, José Leo-nardo Silva, presidentedaquela autarquia faia-lense. Na próxima ediçãopublicaremos um aponta-mento de reportagemsobre a visita do autarca.

Convívio de naturais da Praia da Vitória

O presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, Roberto Monteiro, na foto com a esposa, MarleneMonteiro, e Hélio Melo, fundador e coordenador da confraternização de naturais daquela cidade da ilhaTerceira na Nova Inglaterra, foi o convidado de honra ao 18.º convívio praiense realizado no passadosábado em Fall River e que reuniu cerca de 400 convivas. • 11

VanessaGouveia é anova rainhados Amigosda Terceira

• 10

RomariasquaresmaisProsseguem este fim de semanaas romarias quaresmais, sábado,08 de abril, em New Bedforde Domingo de Ramos, 09 de abrilem Pawucket e Bristol

Dia de Portugal/RI

Pequeno-almoçoeste domingono BrightridgeClub em EastProvidence

• 07• 08

02 Publicidade PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 05 de abril de 2017

2/$3

Carne de guisar c/osso Dobrada

Carne deporco s/osso

QueijoIlhaAzul

Codorniz

Farinha5 Roses

ÓleoMazola

AtumSeamar

Bacalhaus/espinha

BatataLaranjada

Kiki

VinhoYellow Tail

VinhoPavão

Bud Light ouBudweiserVinho

Montaria

$399

2/$3

$579

$599

$349

$2299

lb lb lb

saco

cx 30

$899

$179

cx

1.5 l

$299$1399

$799

lb

3/$10 2/$10

$199

cadalb

galão

10 lb

$799

Quarta-feira, 05 de abril de 2017 PORTUGUESE TIMES Comunidades 03

Novos emails do Portuguese [email protected]

[email protected]@portuguesetimes.com

Cabral BayliesSquare-Lamoureux

Funeral Home & Cremation Service

Oliver M. CabralDirector

Tel. 508-996-2200512 North Front Street

New Bedford, MA 02746

CIDADE’SSERVICESTATION

Reparações mecânicas emtodas as marcas de carros• Serviço permanente dealinhamento de direcções• Estação de serviço

508-979-580557 Rodney French Blvd.

New Bedford, MA

ESTIMATIVASDE SEGURO

OFICINA COMPLETA DEREPARAÇÕES ONDE ENCONTRA

TUDO PARA O SEU CARRO!

CORREIA’S

AUTO BODY

& GARAGEServiçode reboquede 24 horas

• Afinações• Restaurações• Travões• Transmissões

• Bate-chapas• Silenciadores• Amortecedores• Motores

854 Acushnet Ave., N. Bedford 508-992-4872

Manuel Rogers& Sons Funeral Home

Kenneth R. MachadoPlanos funerários pré-combinados

1521 North Main St., Fall River, MA

Tel. (508) 672-3101

SÓ NA FLÓRIDATemos casas para todos os

gostos e preços! Venha passaro INVERNO no paraíso!!!

Podemos apanhá-los no aeroportoPrometemos honestidadeMaria & Adelino Almeida

856-364-8652856-718-6065

EXIT KING REALTY1804 Tamiami Trail, Venice, FL 34293

email: [email protected]

Carlos Rafael declarou-se culpadoe será sentenciado a 27 de junho

O português Carlos Rafael, um dos maiores armadoresde pesca comercial dos EUA, compareceu dia 27 de marçono Tribunal Distrital Federal de Boston e declarou-seculpado de operar um esquema de longa duração atravésdo qual submetia registos falsificados ao governo federalpara fugir às quotas de pesca federais e em seguidacontrabandeava parte do dinheiro da venda do peixe paraPortugal através do aeroporto de Boston. Foi preso eacusado em fevereiro de 2016.

Rafael começou por se declarar inocente quando foi deti-do, mas agora declarou-se culpado durante uma audiênciaem tribunal federal em Boston. Rafael é o proprietário deuma das maiores empresas de pesca comercial do país,uma operação que inclui uma frota de 32 navios, 44 li-cenças de pesca comercial e o negócio da venda do peixee mariscos, a Carlos Seafood Inc., de New Bedford.

A investigação, que envolveu o fisco dos EUA, os ser-viços de investigação da Guarda Costeira e a OrganizaçãoNacional dos Oceanos e Atmosfera (NOAA), começoudepois de Rafael colocar o negócio à venda. Em janeirode 2016, Rafael e a sua contabilista explicaram o passo-a-passo da operação, a que se referiam como “a dança”,durante uma reunião com os potenciais compradores, quese apresentavam como figuras supostamente ligadas aocrime organizado, mas que eram na realidade agentesfederais. De 2012 a janeiro de 2016, Rafael rotineiramentementiu para a NOAA) sobre a quantidade e espécies depeixes capturados pelos seus barcos, a fim de fugir àsquotas federais destinadas a garantir a sustentabilidadede certas espécies de peixes ameaçadas de extinção e porisso protegidas. Durante esse período, Rafael relatoufalsamente à NOAA aproximadamente 782.812 libras depeixes, dizendo que era haddock ou alguma outra espécieabundante e não sujeito a quotas, quando na verdade erabacalhau, solha ou outras espécies sujeitas a quotas restri-tas. Ainda segundo a acusação, o empresário usava nassuas embarcações compartimentos falsos para transportaro peixe e rótulos falsos para evitar as quotas. Depois deenviar registos falsos para os reguladores federais, Rafaelvendia grande parte do peixe para um negócio atacadistana cidade de New York. Durante as suas reuniões com osfalsos compradores, Rafael admitiu ter recebido de NewYork, nas vendas mais recentes, $668.000 e que contra-bandeou parte desse dinheiro para Portugal através doaeroporto de Boston. O julgamento de António Freitas, oalegado cúmplice de Carlos Rafael, que é funcionário noDepartamento do Xerife do Condado de Bristol, está agen-dado para 15 de maio

As acusações de conspiração e evasão fiscal prevêemuma sentença de não mais de cinco anos de prisão, trêsanos de liberdade condicional e multa de $250.000.

Rafael é também alvo de 23 acusações de capturar evender espécies protegidas de peixe nos EUA e de falsifi-cação das quotas de pesca. Se o seu caso para julgamentoe fosse, por exemplo, condenado pelo crime de categorizaro peixe de forma errada, podia perder todo o seu negócio.Depois da confissão, a acusação pediu uma pena de prisãoefetiva de 46 meses, mas a decisão final cabe ao juiz docaso, Andrew G. Young, e será conhecida a 27 de junho.

“Esta é a verdade. Hoje, confessei a culpa das acusa-ções que enfrento. Não estou orgulhoso das coisas quefiz e que me trouxeram até aqui, mas admiti-las foi acoisa certa a fazer e estou preparado para enfrentaras consequências das minhas ações”, lê-se num comu-nicado divulgado pelo advogado de Carlos Rafael.

No comunicado, Rafael lembra que começou estenegócio quando tinha apenas 16 anos e diz que “tem sidouma honra trabalhar com as pessoas do porto de NewBedford. Olhando para trás, tenho mais orgulho nascentenas de postos de trabalho e negócios que criei e

as oportunidades que criaram para as famílias. Hoje,tenho um único objetivo: proteger os nossos funcio-nários e todas as pessoas e negócios que dependem dasconsequências das minhas ações”, explicou.

Rafael termina o comunicado afirmando que vai “fazertudo o que seja possível para que New Bedford continueo principal porto de pesca da América.”

O imigrante da ilha do Corvo, de 64 anos, vai aguardara leitura da sentença em liberdade, depois de ter pago noano passado uma caução de um milhão de dólares.

“Quando era puto e andava a correr descalço pelas ruasdo Corvo fartava-me de bater com o dedo grande do pénas pedras”, recordou Carlos Rafael a um jornal de Lisboae para ele o processo que agora o opõe à Justiça Federaldos EUA tem a mesma intensidade dessas “topadas”, onome dado pelas crianças a esses pontapés em falso. Ador, aguda nos primeiros minutos, já passou: “Vou levaruns murros na carteira, isso eu sei. Mas estou confianteque isto nem vá em frente”.

Nos anos 90, Rafael foi julgado juntamente com outrosempresários do ramo, sob suspeita de controlarem o preçodo peixe em Mass. “Acusaram-nos de price fixing. Masnunca se provou nada. Não controlávamos preços nenhunsporque nos f... uns aos outros pelas costas”, disse Rafaelao jornal de Lisboa. “Fizeram-me uma cilada”, reconheceuna altura e foi mais ou menos o que se repetiu o anopassado. Carlos Rafael lembra-se de uma frase que disseaos supostos compradores do seu negócio: “Ainda lhesdisse: ‘Só me faltava que vocês fossem agentes do IRS”.E eram mesmo…

Carlos Rafael

Adelino Sousa chefia os detetivesda Polícia de New Bedford

A divisão de detetives doDepartamento de Polícia deNew Bedford tem novochefe, o capitão AdelinoSousa, que era anterior-mente tenente e foi pro-movido para assumir achefia da divisão, que esta-va sob comando de outrolusodescendente, o capitãoSteven Vicente, que sereformou o mês passado.

O capitão Sousa é mem-bro da Polícia de New Bed-ford há 23 anos e tornou-se parte da Divisão de Nar-cóticos em 2000, foi desi-gnado para a Task Force daAdministração de Drogas

em 2001 e também estevena Unidade de Gangues de2006 a 2009. Foi promo-vido a tenente em 2012 etem um mestrado em Jus-tiça Criminal pelo WesternNew England College.

Em comunicado, Sousadiz que está “honrado emter sido escolhido pararepresentar o departamentocomo comandante da Uni-dade de Detetives” e acres-centou que está “empenha-do em continuar a servir acomunidade e sempre faráo que é do melhor interessedos cidadãos”.

O chefe da Polícia, otambém lusodescendenteJoseph Cordeiro, disse quetem a “maior confiança”nas capacidades do capitãoSousa e espera que ele“continue a profissiona-lizar a Divisão de Dete-tives”.

New Bedford recebe prémiodo Orçamento Nacional

A cidade de New Bedford recebeu o DistinguishedBudget Presentation Award 2015 pelo seu orçamentomunicipal. O galardão é atribuído pela GovernmentFinance Officers Association (GFOA) e somente 18municípios de Massachusetts e 1.565 em todo o país rece-beram o prémio em 2015.

O prémio distingue os esforços das cidades para me-lhorar a transparência das finanças municipais.

“Este prémio é o reconhecimento do esforço dos últimosanos para gerenciar melhor as finanças da cidade e aumen-tar a transparência”, disse o mayor Jon Mitchell. “Aplaudoa equipa financeira da cidade, liderada pelo diretor finan-ceiro Ari Sky, pelo seu compromisso com a melhoria doprocesso orçamental”.

“Para ganhar o Distinguished Budget PresentationAward, a cidade de New Bedford teve de se adaptar aoscritérios exigentes do programa. Esse registo reflete o pro-fissionalismo e o compromisso de inúmeras pessoas, bemcomo muitas horas de trabalho árduo “, disse John Fish-bein, gerente de programa da GFOA.

Deputado Cabral aprova $200milhões para estradas e pontes

O deputado António F.D. Cabral, democrata de NewBedford, foi um dos membros da Câmara dos Repre-sentates de Massachusetts que aprovou e fez avançar oprojeto de lei anual Capítulo 90 de 2017, que autoriza até200 milhões de dólares para a manutenção de estradas epontes administradas por municípios em toda a Comu-nidade. Por lei, New Bedford receberá $2.111.149, a sextamaior alocação de todos os municípios. Este dinheiro épara além dos $1.899.547 em sobra de alocaçõesanteriores.

A Câmara dos Representantes Deputados aprovou oprojeto de lei Capítulo 90 após consideração do Comitéde Vinculação, Investimentos e Ativos do Estado, que épresidido por Cabral, e o projeto transitgou para o Senado.

“Embora este inverno tenha sido bastante suave, comosempre, há reparações vitais que as cidades e vilas devemfazer para as estradas locais e este dinheiro vai ajudá-lasa fazer isso”, explicou António Cabral.

04 Comunidades PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 05 de abril de 2017

PORTUGUESE TIMES (USPS 868 100) is published weekly by thePortuguese Times Inc., 1501 Acushnet Avenue, New Bedford, Massa-chusetts 02746-0288, New Bedford, MA. 02746.Frequency: Weekly.Subscription Prices (yearly): New England, New Jersey, Pennsylvania andNew York, $25:00; rest of the country: $30:00 (Regular Mail). US Air Mail:155:00. Canada: $75:00 (Regular Mail) $165.00 (Air Mail). Payable in USfunds. Overseas: $80:00 (Regular Mail), $310:00 (Air Mail). Periodicalpostage paid at New Bedford, MA and at additional Mailing Offices.POSTMASTER: Send address changes to Portuguese Times, PO Box61288, New Bedford, MA 02746-0288.

PORTUGUESETIMES

USPS 8681001501 Acushnet Avenue

P.O. Box 61288New Bedford, Mass. 02746-0288

Telephone: (508) 997-3118/9Fax: (508) 990-1231

e-mail: [email protected]@portuguesetimes.com

www.portuguesetimes.com

• Administrador: Eduardo Sousa Lima • Diretor: Francisco Resendes• Redação: Francisco Resendes, Eurico Mendes e Vasco Pedro • Repórter at Large: Augusto Pessoa• Contabilidade: Linda Lima • Publicidade: Linda Lima e Augusto Pessoa• Desporto: Afonso Costa • Secretária: Maria Novo• Colaboradores: Onésimo Almeida, Manuel Leal, Vamberto Freitas, Diniz Borges, Manuel Calado, CaetanoValadão Serpa, João Luís de Medeiros, Délia DeMello, Lélia Nunes, Eduardo B. Pinto, Gonçalo Rego, JuditeTeodoro, António Silva Cordeiro, Osvaldo Cabral, António Silva, Edmundo Macedo, João Gago Câmara, RogérioOliveira, José António Afonso, Hélio Bernardo Lopes, Mário Moura, Joel Neto, Luciano Cardoso, João Bendito.As opiniões expressas em artigos assinados são da responsabilidade dos seus autores e não refletem, necessariamente,a opinião do jornal, seu diretor e/ou proprietários. Não nos responsabilizamos pela devolução de originais enviadose não solicitados.

Endereço antigoNome

Morada

Localidade

Estado Zip Code Tel.

Nome

Morada

Localidade

Estado Zip Code Tel.

Endereço novo

Enviar para: Portuguese TimesP.O. Box 61288 - New Bedford, MA 02746

Serviço da LUSA

Tem um novo endereço?Comunique-nos para que o envio do seu jornal nãoseja interrompido, indicando o endereço novo e o

antigo.

RECEBA O PORTUGUESETIMES EM SUA CASATODAS AS SEMANAS

FAZENDO UMAASSINATURA ANUAL.

PREENCHA O CUPÃO AOLADO HOJE MESMO E

PASSA A RECEBER O

Quero ser assinante do Portuguese Times, pelo que agradeço me enviem o jornal.

Nome

Endereço Apt Nº

Localidade

Estado Zip Code Tel.

�Junto envio cheque ou “money order”.* �Agradeço que me enviem a conta.

�Favor debitar ao meu cartão de crédito:

Recortar e enviar para : Portuguese Times

P.O. Box 61288New Bedford, MA 02746

* Preço de assinatura anual: $25.00 para os residentes da Nova Inglaterra, NY e NJ • $30.00 para o resto do país.

Exp. Date——/——/——

CUPÃO DE ASSINATURA

CAVALHEIRO portuguêsdeseja conhecer senhora livre,elegante, 45-55 anos, p/relação sincera, honesta e debom coração. Não deve serviciada em álcool ou drogas.As interessadas devem ligarpara Santos: 401-475-0208(Cumberland, RI).

Perry Funeral Home, Inc.Serviço de conselhos em pré-arranjos

sem mais obrigações!Contacte-nos para uma marcação

111 Dartmouth Street, New Bedford, MATel. (508) 993-2921

William J. Perry Thomas H. PerryDirectores e embalsamadores registados

No âmbito do “VIVA Portugal”em New Bedford

Mini-Maratona de Leiturade “Os Lusíadas”

Inserido no festival “VIVA Portugal”, que conheceeste ano a sua segunda edição, com realização a 06 demaio, entre a 1:00 e as 7:00 da tarde, junto ao ZeiterionPerforming Arts Center, realiza-se, a partir das 2:00da tarde, uma mini-maratona de leitura de “OsLusíadas”, de Luís Vaz de Camões.

Tendo por palco o DeMello Internacional Center(128 Union Street), cada participante terá assimoportunidade de ler algumas estrofes do texto deCamões, em português, numa celebração conjunta dalíngua e história portuguesa.

O evento tem o patrocínio de Ferreira-Mendes Por-tuguese American Archives, WJFD, Consulado dePortugal em New Bedford, Instituto Camões/CEPE-EUA e Luso American Foundation (FLAD).

Os interessados em participarem nesta leitura devemaceder à página de Viva Portugal na internet em https://zeiterion.org/viva-portugal-2017 e clicar no respetivo“link” ou então ligando para Sónia Pacheco pelotelefone 508-999-8695.

Lusodescendente lança livrosobre literatura infantil

Susan Drayton, filha deimigrantes oriundos da ilhade São Miguel, lançouontem, terça-feira, um livrosobre literatura infantil,inspirado na sua atividadedo ensino especial.

Susan Drayton, quereside em Massachusetts,mãe de dois filhos e avó detrês netos, é filha de DinisCardoso e Bernardete Car-doso, que imigraram deSão Miguel para NewBedford já há alguns anose gozam hoje a sua reformana Flórida.

Trabalha na área do ensi-no especial e, durante osseus tempos livres, traba-lhou neste livro por doisanos e meio. O livro con-tém ilustrações feitas alápis de cores muito vivase a mensagem é instrutiva.“As crianças nascem comhabilidades e talentos queainda estão por descobrir…durante a infância vão li-bertando as suas preocu-

pações, como fez Seth, odragão. A fada Amaryllisajudou-o a crescer, sendoautêntico e digno de ser oque lhe estava destinado navida”, conta a autora na suaobra. “Com o mistério daterra-mãe e das fadasmágicas, Seth aprende oque deve fazer para se livrardas preocupações. Saberáele fazer a escolha certa?”,lê-se na nota introdutória.O livro pode ser adquiridoatravés da editora MascotBooks.

Susan DraytonPode pagarparquímetropelo telemóvelem New Bedford

New Bedford lançousábado passado um novosistema de pagamento dosparquímetros para os mo-toristas que estacionam nocentro da cidade. Trata-sedo MobileNOW, que per-mite o pagamento do par-químetro pelo telemóvel.

É semelhante a outrossistemas como o usado emBoston, mas os parquí-metros não serão removi-dos, e continuarão a rece-ber moedas. Aliás, os pre-ços de estacionamento per-manecerão os mesmos.

Southcoast Health oferecefisioterapia grátis às mulheres

Southcoast Health realizará um workshop grátis em 29de abril, das 10h às 12h no Centro de Saúde da Mulher,localizado na 300B Faunce Corner Road, em North Dart-mouth, para ensinar às mulheres sobre o fortalecimentodos músculos da zona pélvica e dos abdominais inferiores

“A Conexão de Kegel: Uma oficina para aprender comofortalecer os músculos do assoalho pélvico” é patrocinadapela Southcoast Rehabilitation Services e será lideradapor Janet Gillis, especialista certificada em fisioterapiada saúde feminina e Justina DaRosa, especializada emfisioterapia de saúde pélvica.

O seminário incluirá uma revisão da anatomia e do papeldos músculos na manutenção de uma bexiga saudável.Os instrutores também ensinam hábitos saudáveis dabexiga e técnicas de exercício, que incluirá um regimerecomendado para o fortalecimento dos músculos doassoalho pélvico e os abdominais inferiores. Músculosdo assoalho pélvico fracos podem resultar em problemasde incontinência urinária e outros.

Uma vez que as classes são limitadas, convém efetuar ainscrição prévia e pode ser feita telefonando para 508-973-9446.

Pai e filho rapam a cabeçaa fim de angariar donativospara One Mission

No dia 4 de junho, Waltere Alexander Pires, pai efilho de New Bedford, vãorapar a cabeça no GilletteStadium, em Boston, a fimde angariar donativos paraf inanciar programas daorganização One Mission,que ajuda crianças quelutam contra o cancro.

Walter e Alexander Piresapoiam One Mission emmemória do pai e avô deles,que faleceu de leucemia em2015. Os programas OneMission tornam a vida nohospital menos solitária epreocupante, trazem ale-gria num tempo de medo eincerteza e dão às criançase aos pais o apoio de queprecisam para superar osdesaf ios emocionais efinanceiros do tratamento.

Desde 2009, One Mis-sion já arrecadou mais de7 milhões de dólares e deuapoio a mais de 7.000

crianças lutando contra ocancro. A inscrição para oBuzz Off 2017 no GilletteStadium, a 4 de junho, estáaberta. Para mais infor-mações sobre a famíliaPires ou sobre One Missione o seu Buzz Off anual,entre em contato comWww.buzzforkids.org

Assaltante apanhado em flagranteMesmo não estando de

serviço, Bryan Oliveira,detetive da polícia de NewBedford, capturou dia 31 demarço de manhã um ho-mem com largo registo cri-minal que acabava de assal-tar uma casa na ChurchStreet, perto da Nash Road.

O suspeito foi identifi-cado como Robert F. Sim-mons, 48 anos, morador em161 Brook St. Apt. 1, NewBedford. O detetive Oli-veira, que estava de folga,dirigia-se para norte às 9:54da manhã e viu Simmonssaindo da porta da frente deuma casa na Church St.cujo alarme contra ladrõesestava a soar.

Simmons parecia seguraralgo na frente do seu blusãoe o detetive Oliveira alertoua esquadra. Quando os car-ros da polícia se aproxi-maram, Simmons começoua correr na Collette Street,mas foi capturado e tinhaem seu poder diversasjóias, além de uma navalha.

O detetive Oliveiradirigiu-se à casa roubada edescobriu que uma janelada cave tinha sido forçada.

Eversource quer aumentar tarifasda eletricidade

A companhia Eversource pretende aumentar aeletricidade em Massachusetts e o aumento afetará1.400.000 consumidores. A procuradora estadual MauraHealy falou perante o Department of Public Utilities e foicontra o pretendido aumento, que é da ordem dos 96milhões de dólares. A companhia alega que desde nãotem aumentos desde 2005. Se for aprovado, o aumentovigiorará a partir de 1 de janeiro de 2018. Os consumidoresda região Este de Massachusetts terão um aumento de7% na conta mensal, enquanto os da região Oeste pagarãomais 10%.

Quarta-feira, 05 de abril de 2017 PORTUGUESE TIMES Comunidades 05

LASTCALL

LASTCALL

AZORES ADVENTURESIniciativa de José M. Serôdio para promoção dos Açores

José Manuel Seródio, um dos mais conhecedores eexperientes empresários no ramo das viagens e turismo eque foi durante largos anos proprietário da América Travel,em East Providence, RI, juntamente com John Botelho, acabade lançar no mercado local uma nova iniciativa empresarial.Trata-se da Azores Adventures, que se destina, tal comosugere o título, a promover o destino Açores não apenas juntoda comunidade portuguesa e lusodescendente como tambéma outros grupos étnicos, nomeadamente o norte-americano,através de diversos programas.

“Pensei em aplicar este título Vamos à Festa, que éapelativo, e que se refere às festas do Senhor Santo Cristodos Milagres, em Ponta Delgada, São Miguel, num programade uma semana, que inclui voo e hotel (ver anúncio abaixo),através da Azores Adventures e com o indispensável apoioda Azores Airlines. Para além disso, já na reta final da minhavida de empresário tinha essa necessidade de promover aomáximo possível o destino Açores”, começa por referir JoséManuel Serôdio, visivelmente emocionado quando instadoa comentar o encerramento da America Travel, uma dasagências pioneiras na busca de novos destinos para todo otipo de mercado. “Foi um capítulo que se fechou, por motivosde doença do meu sócio, mas agora sinto que tenho muitopara dar a esta atividade, daí o surgimento da Azores Adven-tures e tenho ideias para promover ainda mais a nossa terrajunto da comunidade e de outros grupos étnicos e todos osescalões etários. Os Açores têm muito para oferecer a quemqueira ali passar umas férias agradáveis, quer se trate defestas, festivais, eventos sociais, etc., ou até mesmo promoveroutras formas de lazer e desporto, designadamente o golfe.Posso adiantar que tenho programas que entrarão brevementeem vigor para golfistas que queiram ir aos Açores havendojá alguns clientes não apenas na comunidade portuguesa elusodescendente como também alguns americanos quegostam desta modalidade e que se sentem atraídos pelos

Açores”, salienta José Manuel Serôdio, que conta comparcerias nesta aventura aos Açores.

“Tenho alguns parceiros provenientes dos mais diversosramos de atividade para benefício do cliente e deste destino,como é óbvio, e esta parceria não foi difícil, uma vez que nopassado já tinha feito essa experiência, que, diga-se, foivantajosa para todos”, diz-nos JM Serôdio, que, com a vastaexperiência e conhecimentos adquiridos ao longo de quasemeio século com a America Travel, tem a fórmula certa parao sucesso, até porque, segundo testemunhos de vários clientese organizações, regozijando-se com o serviço altamente

profissional, atencioso, cortês e de qualidade, estão lançadosos dados para que a Azores Adventures venha a tornar-senuma iniciativa de grande sucesso, estando ainda em vistauma parceria com uma nova agência de viagens da área eque a seu tempo iremos divulgar.

Para José Manuel Serôdio, os Açores estão na modaprevendo-se um aumento no sector do turismo.

“Os Açores constituem hoje um destino cada vez maisprocurado e a verdade é que algumas publicações, como aNational Geographic e outras revistas do género na área doturismo e viagens, para não falarmos ainda de programastelevisivos colocam os Açores num dos mais belos destinosdo mundo, pelo que as perspetivas são realmenteanimadoras”.

Voltando ao programa “Vamos à Festas”, que tem vindo aser publicado nas páginas do PT há várias semanas, Serôdioafirma: “A ideia é levar as pessoas, para além de participaremnas festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres, a váriostemplos religiosos que temos na ilha, promover este turismoreligioso e, como referi antes, temos reservado para o mêsde outubro um programa destino aos praticantes damodalidade do golfe, que estou certo vai ter sucesso”,sublinha Serôdio, que aposta numa campanha de porta a portajunto de antigos clientes e potencialmente novos clientes paradivulgar e promover os seus programas.

A finalizar a breve conversa, Serôdio aposta em muitotrabalho, ele que será sempre um grande apaixonado por esteramo de atividade: “Estamos no caminho certo, estousatisfeito nesta fase inicial por alguns projetos já concre-tizados mas estou plenamente consciente de que há aindamuito trabalho de casa a fazer e aqueles que sempre meconheceram nesta longa vida de empresário no ramo dasviagens, sabem perfeitamente que sou exigente comigopróprio para poder proporcionar o melhor produto e serviçoao cliente”.

José Manuel Serôdio, quase meio séculodedicado ao ramo das viagens.

06 Comunidades PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 05 de abril de 2017

Advogado

Joseph F. deMello•�Acidentes de trabalho*•�Acidentes de automóvel*•�Protecção de bens-“Nursing Home”•�Testamentos•�Divórcio

71 Main St., Taunton508-824-9112

1592 Acushnet Ave., New Bedford**508-991-3311

171 Pleasant St., Fall River508-676-1700

* *Aberto aos sábados

* Consulta inicial grátis

O advogado que luta pelos seus direitos

BOULEVARDFUNERAL HOME

(508) 994-6272

Servindo a comunidade portuguesahá mais de 60 anosMichael J. da Silva

— Serviços de cremação —223 Ashley Blvd., New Bedford, MA

RAYNHAMFLEA

Todos os domingos7 AM-5 PM

Mais de 700 agentes

Venha cedo 7:30AM-9:30AM2 por 1

O maior flea marketde um só

piso da Nova Inglaterrainterior e exterior

Uma grande selecçãode mercadoria

Estradas 24 & 44 OesteSaída 13B

1 (508) 823-8923

Processados o dono e rendeiros da fazendade Westport onde foram encontradosanimais abandonados

O dono de uma fazendade Wesport e os seus 26inquilinos foram indiciadosno maior caso de crueldadeanimal investigado até hojena Nova Inglaterra. As acu-sações decorrem de umainvestigação que começouem julho passado depois deter sido recebido no 911 umtelefonema da fazenda de70 hectares localizada naAmerican Legion High-way.

Os investigadores disse-ram que dois rottweilersesfomeados que se encon-travam num dos lotes inva-diram outro lote, onde ata-caram e comeram váriascabras. Durante a investi-gação, os agentes encon-traram centenas de animaisvivendo na sujeira e des-nutridos.

“Centenas de animaiseram mantidos nessa fa-zenda em condições deplo-ráveis e perigosas, semcomida, água ou abrigo,muitos deles sofrendo degraves doenças que exi-giam que fossem abatidos”,disse AG Healey. “Comoresultado da nossa investi-gação, o proprietário destafazenda e os seus inquilinosserão responsabilizadospelo tratamento desumanodesses animais.”

O dono da fazenda, Ri-chard Medeiros, alugavalotes para vários inquilinoscolocarem os seus animais.Cerca de 1.400 animais

viviam na fazenda, incluin-do cães, gatos, vacas, ca-valos, porcos, cabras, ove-lhas, galinhas e coelhos,mas os donos não cuida-vam deles. Alguns dessesanimais viviam há tantotempo no esterco que oscascos apodreceram.Outros sofriam de doençasoculares, intestinais ecutâneas, bem como deuma série de doenças con-tagiosas. É uma situaçãoincomparável a qualquerque eu vi nos meus 37 anoscomo oficial de aplicaçãoda lei animal”, disse o te-nente Alan Borgal, da Ani-mal Rescue League deBoston.

Além do dono da pro-priedade, Richard Medei-ros, 83 anos, de Westport,foram incluídos na acusa-ção os seguintes invidiví-duos: Eduardo Caetano, 51anos, Fall River; Messias P.Farias, 74, Fall River; LuísMachado, 56, New Bed-ford; Eddy DeAguiar, 37,Fall River; João Aguiar, 73,Fall River; Octávio Bote-lho, 51, Fall River; LuísPacheco, 57, Fall River;Emmanuel DeSousa, 47,Fall River; Diana Maga-lhães, 46, Fall River, Bruno

Magalhães, 32, Fall River;José Botelho, 64, FallRiver; Joseph Rego, 40,Fall River Jeffrey Bri-lhante, 36, Fall River; JoséAguiar, 66, Fall River;António Dias, 64, FallRiver; Eduardo Vultão, 51,Dighton; John Melo, 45,Fall River; Arthur Arruda,53, New Bedford; RhondaGadomski, 50, Fall River;Kenneth Bellevance Jr., 44,Westport;

Scottie Medeiros, 31,Fall River; Timothy Cabral,32, Fall River; José Reis,58, Fall River; AntónioMedeiros, 42, Tiverton;Donald Rapoza, 61, NewBedford e Emanuel Gaspar,55 anos, de Fall River.

Segundo o gabinete AG,os implicados serão opor-tunamente indiciados emtribunal superior do conda-do de Bristol. Entretanto,muitos dos animais encon-trados na fazenda aindaestão em adoção.

PREPARE-SE PARA O VE-RÃO. Controle o seu peso deforma segura, natural e sempassar fome. Análise nutri-cional e acompanhamentográtis.Falar com Manuel Coelhopelo tel. 774-381-8514

Para o WSJ, o vinho portuguêsestá “ready to come out of hiding”

O vinho português está a ter no WallStreet Journal um meio de entrar no im-portante mercado dos EUA, embora conti-nue um país praticamente desconhecido nomundo do vinho. Para muitos americanos,Portugal fica junto ao Brasil por falarportuguês, e os que sabem que não é naAmérica do Sul e se trata de um país euro-peu, muitas vezes confundem-no comosendo parte da viznha Espanha. Mas LettieTeague, jornalista do WSJ, chamou a si acruzada de esclarecer os americanos sobreos enigmas do vinho português, tanto mais,lembra, que Portugal é a pátria do Porto, ovinho fortificado mais famoso do mundo,mas não é só vinho do Porto e o Dourotem também excelentes vinhos de mesa.

Para Lettie Teague, países com menospedigree vínico, como a África do Sul e oChile, vendem melhor do que Portugal nosEUA, mas isso está a mudar. Num artigointitulado “Portuguese Wine: Ready toCome Out of Hiding”, publicado dia 25 demarço, a jornalista diz que Portugal temmelhorado o reconhecimento e as vendasnos EUA:

“O vale do Douro, em Portugal, é a casade um dos vinhos mais famosos do mundo:o Porto. E enquanto este grande vinho forti-ficado colocou a região no mapa, os seusviticultores estão também transformar osseus vinhos tintos e brancos e a vencer aaparente indiferença. Essa é pelo a minhaimpressão ao voltar a New York depois deter passado algum tempo no Douro o mêspassado. Provei alguns vinhos muitos bonsdurante a viagem e na minha ido ao bairroportuguês do Ironbound, em Newark, NJ,em todas as lojas de vinhos que visiteiencontrei pilhas de garrafas dos vinhosque eu tinha provado e a bom preço”.

Mas os vinhos portugueses continuampouco conhecidos dos americanos e paraLettie Teague há várias razões:

“O perfil baixo da comida do país tam-bém não ajuda, poucos americanos nãoconhecem qualquer prato português alémdo bacalhau salgado, já os italianos têm apizza e os espanhóis têm tapas”, disse Ma-nuel Lobo de Vasconcellos, enólogo daQuinta do Castro.

Outra razão pode ser que os tintos e osbrancos do Douro são relativamente novos.De facto, há apenas um par de décadasatrás, um número considerável de produto-res do Douro já produziam vinhos de mesa

secos a par dos seus Portos, mas estesvinhos só tiveram designação oficial em1982, ao contrário do Porto, cuja classi-ficação oficial remonta a 1756.

O primeiro vinho do Douro seco a tor-nar-se conhecido foi o Casa Velha de Fer-nando Nicolau de Almeida, da Casa Ferrei-rinha, em 1952. Seu filho, João Nicolaude Almeida, da Ramos Pinto, seguiu osseus passos criando o Duas Quintas em1990. Hoje, uma garrafa Barca Velha dacolheita 2008 vende-se a $400, vinte vezesmais do que o seu preço inicial”.

Lettie Teague visitou a Quinta do Castro:“A propriedade, que tem uma das confi-

gurações mais espetaculares no Douro,lançou o seu primeiro tinto em 1994, frutodo trabalho de João Nicolau de Almeida.Duas décadas mais tarde, o produtor Lobode Vascopncelos produz vinhos tintos ebrancos.

Seus brancos de 2015 foram feitos apartir de uma mistura de várias castas. ODouro tem uma grande mistura de castas,a maioria de vinhas tão velhas que não sesabe que casta era originalmente. O VinhasVelhas 2011 foi uma mistura de 41 castasantigas.

Rupert Symington, que dirige as pro-priedades da família Symington (Warre,Cockburn, Graham e Dow), tem uma liga-ção pessoal a Bordéus. Associou-se aBruno Prats, o antigo dono do Chateau Cosd’ Estournel, em Bordéus, para produzirChryseia, um tinto elegante e caro, cadagarrafa custa $85. “É provavelmente onosso maior sucesso nos EUA por causada ligação a Bordéus”, disse Symington.

Lettie Teague conversou também comJorge Rosas, que tem a mesma opinião:

“Jorge Rosas, gerente geral da famosaquinta Ramos Pinto, falou das dificuldadesem vender vinhos do Douro nos EstadosUnidos. “Lembro-me de que estava com odono de uma loja de vinhos de Chicago eele disse-me que não estava interessadonuma região obscura. Foi um choque. Eunão fazia ideia de que Douro fosse umaregião obscura”. Numa viagem maisrecente aos Estados Unidos, Rosas en-controu vinhos portugueses e espanhóisagrupados numa loja e considerou umaevolução positiva e que faz sentido geo-graficamente. “Agora, o meu sonho édaqui a dez anos termos uma prateleira sóportuguesa”, disse Rosas.

Homem morto a tiro no carroSina Zangiband, 24 anos, residente em

Salem e que fazia entrega de refeições dorestaurante Famous Roast Beef, foi en-contrado morto a tiro dentro do seu carroàs 6h00 da manhã do dia 27 de março naBowler Street em Lynn, Massachusetts.

No dia seguinte à noite, a polícia estadualparou um Audi em Peabody, que combi-nava com a descrição de um carro visto nolocal do tiroteio. O condutor foi detido eidentificado como Brian Brito, 21 anos,

de Manchester, NH.O indivíduo estava armado com uma

pistola e a polícia apurou que horas antestinha assaltado uma pequena mercearia emNorth Andover, violou a empregada e disseà mulher que tinha acabado de materalguém. Brito foi prenunciado sexta-feirapor assalto, violação e homicídio, e ficoudetido sem fiança. A polícia pensa que osuspeito e a vítima terão tido um problemade trânsito.

Condenado por assalto a residênciasBradley Gomes, 26 anos, de New Bedford,

que assaltou várias casas em Fall River eTaunton, foi sentenciado a uma pena de trêsa quatro anos em prisão estadual a semanapassada, no Tribunal Superior de Fall River.

Gomes declarou-se culpado de dois assal-tos. Em 9 de julho de 2015, assaltou a casade um casal de idosos na Eddy Street, emFall River e roubou um televisor e jóias, queforam mais tarde recuperadas pela polícianuma loja de penhores.

Em 4 de janeiro de 2016, o suspeito assal-tou uma casa na Hart Street, em Taunton,roubou um computador, um televisor e jóiase foi detido com os artigos roubados no carro.

O caso foi processado pela promotoraassistente Carolyn Morrissette e a sentençafoi lida pelo juiz Raffi Yessayan. Além dapena de três a quatro anos de prisão, o juizYessayan também colocou o réu em liberdadecondicional por dois anos após a sua liber-tação da cadeia.

Quarta-feira, 05 de abril de 2017 PORTUGUESE TIMES Comunidades 07

CCCCCOMUNIDADESOMUNIDADESOMUNIDADESOMUNIDADESOMUNIDADES

Augusto PessoaAugusto PessoaAugusto PessoaAugusto PessoaAugusto PessoaRepórter

T. 401.728.4991 • C. 401.837.7170

GAYLE A. deMELLO MADEIRAAdvogada

• Assuntos domésticos• Acidentes de automóvel*• Acidentes de trabalho*• Defesa criminal• Testamentos e Escrituras

*Consulta inicial grátis

Taunton508-828-2992

Providence401-861-2444

REBELLO

Agência funerária compropriedade e gerência

da FAMÍLIA REBELLODesde 1924

DISTINGUIDA NACIONALCOM O PRÉMIO DE EXCELÊNCIA

Falamos Português

FUNERAL HOME901 Broadway, E. Providence, RI 02914(401) 434-7744 — (508) 336-7979

516 Belleville Ave. - NB

CODY& TOBINSUCATA DE FERRO

E METAISCanos de aço usados

— Compra e Venda —

999-6711

FURNITURE

Seg.-Qua.: 10-7; Qui-Sexta 10-8; Sáb. 9-5:30ABERTO DOMINGOS DO MEIO-DIA ÀS 5:00 PM

149 County St., New Bedford

508-994-1550

A comunidade ainda podeapoiar o movimentode solidariedade paracom Ashley Saraiva

Ashley Saraiva com a mãe, Rosa Saraiva.

Embora a adesão à campanha de solidariedade emprol de Ashley Saraiva esteja a ser uma demonstraçãode total apoio por parte da comunidade, os salões doClube Juventude Lusitana em Cumberland ainda nãoestão esgotados.

Segundo os organizadores, os interessados em apoiaresta meritória iniciativa ainda o poderão fazer. Aindahá lugares para esta campanha de solidariedade.

A vida é uma incerteza. Nascemos com umaincógnita.

O que será o nosso futuro? Por vezes risonho, masensombrado pelo inesperado. Um inesperado comoatingiu a jovem Ashley Saraiva. Na flor da idade, 29anos, com planos de formar família, viu-seimpossibilitada de prosseguir os seus projetos. Umfuturo promissor que foi interrompido. Mas há que teresperança.

Foi atingida pelo flagelo que dá pelo nome de cancro.Mas os jovens com sangue português vêm de raiz delutadores. E Ashley Saraiva é disto um exemplo. Aesperança é a última coisa a perder.

A jovem está a lutar ajudada pelas novas tecnologias.Tem a família e uma comunidade a dar-lhes a força delutar contra a doença. Uma força que também vem daigreja de Nossa Senhora de Fátima, onde se batizou econjuntamente com os pais, foi paroquiana.

Uma comunidade que vai esgotar a lotação do salãodo Clube Juventude Lusitana no dia 30 de abril de 2017,com jantar de angariação de fundos em apoio àsavultadas despesas médicas. O mesmo salão em queAshley Saraiva dançou integrada no Danças e Cantares,em festas de angariação de fundos para outrascampanhas de solidariedade. Gente que por certo elanem sequer conhecia. Agora é a vez de retribuir.

E como tal, vamos esgotar os dois salões do ClubeJuventude Lusitana. Os cheques de donativos e para aaquisição de bilhetes para o jantar deverão ser feitosem nome do Clube Juventude Lusitana.

Para bilhetes deverão contatar o Clube JuventudeLusitana (401-726-9374) ou Alberto Saraiva([email protected]) ou ainda Isabel Claro([email protected]).

Dia de Portugal/RI 2017

Pequeno-almoço abre programadas celebrações vasto e variado

Lusitano RoyalGardens Restaurant822 King Phillips St., Fall River, MA

Tel. 508-672-9104

TODAS AS SEXTAS-FEIRAS

FADO

40 ANOS AO SERVIÇO DA COMUNIDADE

ESPECIAL DA PÁSCOABuffet

Cozido à portuguesa • Cabrito assadoMeio-dia às 5:00

Temos ainda: Lagosta recheadaBife à Lusitana • Caldeirada • Abrótea

Especial para 2 pessoas$19.95 c/ 1/2 garrafa de vinho$28.95 c/ 1 garrafa de vinho

Diariamente os melhorespratos da cozinhaportuguesa• Bacalhau à Minhoto• Bife à Lusitano• Cozido à Portuguesa• Camarão• Chicharros Fritos• Camarão c/galinha

O pequeno-almoço inte-grado no vasto e variadoprograma das celebraçõesdo Dia de Portugal/RI 2017tem lugar domingo, 9 deabril no Holy GhostBrotherhood of Charity,popularmente conhecidocomo Brightridge Club ouainda clube dos faialenses,situado no 59 BrightridgeAvenue em East Provi-dence, fora da WarrenAvenue.

Este pequeno almoço jáentrou no programacomunitário pela mão de AlNunes, que com grandeêxito tem levado a efeitoeste evento anualmente.

O pequeno-almoço, queserá servido entre as 8:30 aomeio dia, acontece emDomingo de Ramos, peloque os católicos praticantes,após as missas da manhã,podem deliciar-se com algoreconfortante para o restodo dia.

A ementa consta de ovosmexidos, feijão, salsichas,chouriço, bacon, fiambre,batatas fritas, “PortugueseSweet Bread French Toast”,que passa a ser “PortugueseToast”, pastelaria diversa,café, sumos e leite.

O adultos pagarão 12dólares e as crianças dos 6aos 12 anos $6.

Para aquisção de bilhetes,contactar Al Nunes, (401)723-2307 ou Marie Fraley(401) 744-4789.

Entretanto prosseguem asreuniões preparativas paraas celebrações com grandeadesão das organizaçõeslusas de Rhode Island,chave base do sucesso dascelebrações.

Tal como já aqui foiinformado em primeiramão, o festival WarterFireregressa ao programa, únicode celebrações no mundoportuguês, mas desta vez nasua totalidade.

Haverá folclore e odesfile das tochas iluminaráo trajeto entre o local darealização do festival, aoque se segue um segundo

festival já em pleno arraiale após ter sido acesa achama da portugalidade.

Dado o lugar de exce-lência onde se desenrolamas celebrações, estas jáatingiram um patamar deimportância, quer junto dacomunidade lusa nosEstados Unidos, assimcomo junto das entidadesoficiais que nos visitam.

Tudo isto é o fruto de anosde grandes sucessos, comcertas limitações inicial-mente, mas agora com todaa sua potencialidade, graçasà modernidade das estru-

turas disponíveis.E uma vez temos de

referir o Waterfire, assimcomo o local da parada earraiais. Estamos peranteum lugar em que a foto deum rancho, de uma bandade música, de um trajeregional envergado por umacara bonita, tendo por fundoa State House, as modernase sof isticadas torres deapartamentos, no valor demilhões de dólares, ou osedifícios históricos nocentro da cidade realçam ovalor e a nossa presença nosEUA.

Mas tudo isto vem noseguimento de um historialde 40 anos em que cadafoto, dos inícios, tem omesmo valor das atuais.Diremos até mais, porquenos princípios tentava-seum lugar ao sol no mundopolítico, uma visibilidadede um grupo étnico que sequeria impor.

Gradualmente isso foi-seconseguindo e hoje já setrata de um grupo étnicointegrado, com aceitação, eo mais importante, comodizia Paul Tavares “emnúmero suf iciente paracontribuir para a eleição dequalquer candidato polí-tico”.

Mas infelizmente estefactor continua por seaproveitar.

As fotos são referentesao pequeno-almoço de

2016 inserido nascelebrações do Dia dePortugal, de Camões edas Comunidades em

Rhode Island.

08 Comunidades PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 05 de abril de 2017

Prossegue a peregrinação da saudade

Comunidade de Taunton recebeu romaria no passado sábado• FOTOS E TEXTO DE AUGUSTO PESSOA

Mantendo uma velha tradição, acomunidade portuguesa de Tauntonrealizou no passado domingo a sua romariaanual.

João Medeiros, natural do Livramento,com 22 anos de romarias iniciadas aos 9anos na terra natal, foi mestre no Rosárioda Lagoa.

Com 14 anos de mestre, desde 2001 quedesempenha aquelas funções nas romariasde Taunton, junto da igreja de SantoAntónio, numa cidade de reconhecidacomunidade portuguesa.

A romaria quaresmal em Taunton tevelugar a 1 de abril (sábado), com con-centração no salão paroquial da igreja deSanto António pelas 6:00 da manhã. Após

a concentração, o mestre acompanha obeijar da cruz ao mesmo tempo que foramcontados os irmãos que tomarão parte naromaria. Após os irmãos serem recebidosna igreja de Santo António, teve início aromaria, pelas 7:00 da manhã.

A primeira paragem, mantendo a tradiçãofoi no cemitério, onde se rezou pela almados ali sepultados. As igrejas da SagradaFamília (East Taunton), igreja daAnunciação, igreja de Santo André, foramas visitadas ainda pela manhã.

No prosseguimento da romagem deoração, a igreja de São Judas, igreja deNossa Senhora do Rosário, greja de SantaMaria. E já na parte final, pelas 7:00 danoite os romeiros chegaram à igreja deSanto António em Taunton.

Romarias prosseguem este fim de semanaAs romarias quaresmais em New

Bedford, cidade piscatória de grandepercentagem portuguesa, têm este anolugar já este sábado, 8 de abril.

Esta manifestação da religiosidade dasnossas gentes teve início em 1996 junto daigreja do Monte Carmo pela mão de TobiasBaptista quando ali prestou serviço o padreHenrique Arruda.

A romaria de New Bedford saiaanualmente, alternando entre as igrejas doMonte Carmo (mestre Tobias Baptista) eImaculada Conceição (mestre AntónioPacheco). Com o encerramento da igrejade São João, as romarias passaram aalternar entre o Monte Carmo e a igreja daImaculada Conceição.

Este ano é precisamente este pilar dareligiosidade das gentes do sul da cidadede New Bedford que acolhe as oraçõesiniciais da romaria, pelas 6:15 com missa

a celebrar pelas 7:00 da manhã.O mestre Tobias Batista trouxe consigo

na bagagem das recordações, para terrasde outros usos e costumes, mas onde se dáespaço para as iniciativas étnicas.

Após o terço pelas 6:15 e missa pelas7:00 a romaria deixa a igreja do Carmo,pelas 8:00. Ao bater das 8:10 a romaria faráuma paragem na igreja de Santiago.

Pelas 8:45 surge a igreja de NossaSenhora da Assunção. E prosseguindo aromagem, surge pelas 9:10 a capela deNossa Senhora da Conceição. Pelas 9:45os romeiros fazem uma paragem na igrejade Saint Lawrence. Ao bater das 10:30 aromaria deverá ter pela frente a igreja deNossa Senhora do Purgatório. E a romariana sua jornada de oração deixa o sul de NewBedford e entra no norte, com a primeiraparagem na igreja de Santo António pelas11:40.

Pelas 12:15 percorrendo o norte dacidade de New Bedford, o grupo faz umaparagem na igreja da Imaculada Conceiçãoonde os romeiros terão direito a almoço.

E mantendo a jornada de oração pelas1:50 o grupo está na igreja de São José.

Por sua vez, a igreja de Santa Maria serávisitada pelas 2:35 e a igreja de Santo

Killans pelas 3:35. Um pouco mais afastadafica a igreja do Holy Name pelas 5:00.

E já no decorrer das últimas paragens dodia, temos pelas 5:45 a igreja de SãoFrancisco de Assis. O regresso à igreja doMonte Carmo está prevista para as 6:30com missa a ser celebrada pelas 7:00 datarde.

Romarias de Pawtucket e Bristol em peregrinação este domingoFundada no ano de 1996 por iniciativa

de José Pimentel, natural da Ribeira Grandee radicado em North Providence, a romariade Pawtucket está ligada à igreja de SantoAntónio.

Com uma adesão crescente dos 75romeiros iniciais, já ultrapassam os 100 nasromarias mais recentes e tudo leva a crerque este número cresça ainda mais.

Era na altura John Baker, padre da igrejade Santo António que embora nascidos nosEUA acolheu a romaria, após se tercertificado do significado daquela tradição.

A ideia de José Pimentel, surge peloconhecimento das romarias em São Miguele ao saber, através de familiares, do seuinicio no Canadá.

Aderiram à ideia de José Pimentel,

Fernando Faria (já falecido) natural doPilar, Bretanha e que seria o primeiromestre. Rogério Oliveira, contra mestre,Albano Carvalho que procedia às orações,natural da Varzea, Ginetes,

António Leitão, procurador das almas,António Andrade e Clemente Anastácio.

Após o falecimento de Fernando Faria,passa a mestre Albano Carvalho que se

tinha iniciado aos 7 anos na Varzea,Ginetes, e António Leitão, a contra mestre.José Pimentel, António Andrade eClemente Anastácio, mantêm acoordenação da romaria.

Por sua vez, Fábio Carvalho e NiveryCarvalho e ainda Jorge Pacheco, são osajudantes do mestre nas orações.

A romaria de Taunton é uma das que se integram no calendário quaresmal dacomunidade, com uma caminhada de oração entre as igrejas locais

Romaria de New Bedford sai este sábado, com partida e regresso na igreja doMonte Carmo, no sul da cidade.

Quarta-feira, 05 de abril de 2017 PORTUGUESE TIMES Comunidades 09

A concentração dos romeiros no salãopadre Fernando Freitas será pelas 5:00 damanhã. Pelas 5:30 os romeiros partem paraa igreja de Santo António, onde são espe-rados pelo padre José Rocha, que procedeà bênção dos caminhantes. A saída da igrejade Santo António, para a romaria tem iníciopelas 6:00 da manhã. Ao bater das 6:30 osromeiros visitam a igreja de Santo Eduardo,no decorrer da sua caminhada de oração.A igreja de São João Batista será a terceiraa visitar, o que deverá acontecer pelas 7:00da manhã.

Segue-se a igreja de Santa Maria, pelas7:30. Como curiosidade, foi nesta igrejaque se celebrou missa em português, antesda construção da igreja de Santo António.

Daqui os romeiros, descem a rua, atra-vessam a ponte sobre o Blackstone River edão entrada no parque de estacionamentodo clube Social Português onde será ofe-recido um pequeno almoço. Após esta para-gem a romaria parte na direção do cemi-tério de Santa Maria onde deverá chegarpelas 10:00. Após as cerimónias no cemi-tério inicia-se a caminhada de regresso àigreja de Santo António, onde será cele-brada missa pelas 12:00 horas. Findas ascerimónias os romeiros dirigem ao salãoparoquial para a refeição e convivio.

Entretanto, com mais de 20 anos deexistência, a romaria de Bristol é mais umaenquadrada no contexto das celebraçõesquaresmais. Com a característica de ter asua realização na mais típica vila de RhodeIsland, empresta todo o seu tipicismo aoreviver de uma tradição num quadro de ruasestreitas semelhantes a uma freguesiaaçoriana.

O responsável pela romaria é Luís Silva.O mestre é Álvaro Rego da Conceição,Ribeira Grande, que tomou parte nasromarias em São Miguel.

Fazem ainda parte do grupo responsávelManuel Tavares, Fernando Brum e ManuelHilário. Na qualidade de mestres da ro-maria, por lá passaram José Ferreira eAntónio Medeiros, já falecidos. A con-centração terá lugar pelas 6:00 da manhãno salão paroquial da igreja de Santa Isabel,após o que se seguem as cerimónias queantecedem a romaria, que terá início pelas7:00 da manhã. Depois de os romeirosterem deixado a igreja de Santa Isabelfazem a primeira paragem na igreja deSanta Maria (8:00) ao que se segue a igrejado Monte Carmo (9:15), Columbus Fathers(10:30) Santa Maria (11:00) regresso àigreja de Santa Isabel (12:00).

Romeiros de Fall River saiemà rua em Sexta-Feira Santa14 de abril

A comunidade portuguesa de Fall Rivertem sido palco de grandes iniciativas de

Os drs. Steven Santos e LeonelLemos têm o prazer de informar

que continuam a servir acomunidade portuguesa nestes

dois locais:

Complexo exame à vista (inclui teste ao glaucoma e cataratas)Lentes de Contacto (o que mais de moderno há no mercado)Armações para óculos (mais de 700 estilos diferentes)Lentes modernas e anti-reflexo (para uma vista perfeita)Óculos de segurança para o trabalho

CUMBERLAND FAMILY EYE CARE248 Broad St., Cumberland, RI — (401) 726-2929

EAST PROVIDENCEFAMILY EYE CARE

250 Wampanoag Trail, East Bay Medical CenterEast Providence, RI — (401) 435-5555

ATENÇÃO!Informa-se todos os empregados do RI Hospitalque o dr. Lemos e o dr. Santos oferecem o novo

plano “Davis Vision Eye Care”

Romarias quaresmais em Massachusetts e Rhode Island(Continuação da página anterior)

caráter sócio-cultural. Não é por acaso queé apelidada de “capital dos portugueses nosEUA”.

Desde as Grandes Festas do Divino Es-pírito Santo da Nova Inglaterra a movi-mentar mais de 200 mil pessoas, passandopelas festas do Senhor Santo Cristo, SãoMiguel, Espírito Santo, festejando os seuspadroeiros, com grandes manifestações defé, temos a juntar a este calendário a maiorromaria da Nova Inglaterra com cerca de300 romeiros.

“Esta iniciativa partiu de José Simões(natural da Ajuda, Bretanha e AntónioMedeiros (Santa Bárbara, Ponta Delgada)já falecidos, quando em 1984 organizaramo primeiro rancho de romeiros. Após ofalecimento dos dois fundadores, assumemo cargo de mestre, António Faria (SantoAntónio Além Capelas) e Eduardo Ferreira(Ajuda, Bretanha”, sublinhou o coorde-nador da romaria João Jacob, natural dosRemédios, Bretanha.

A concentração dos romeiros será pelas6:15 da manhã no salão paroquial após oque se dirigem à igreja do Espírito Santopara as cerimónias que antecedem a saídada longa caminhada, que terá inicio às 7:00da manhã.

Entre o arrastar das Avé Marias a romariaestará na igreja de Santo António pelas7:45. A igreja do Santo Nome já um poucomais afastada recebe os romeiros pelas 9:00da manhã de Sexta-Feira Santa.

Com mais uma hora de caminhada ogrupo de oração chega à igreja de SãoMiguel, um marco de relevo da comu-nidade lusa em Fall River) onde lhe seráservido um almoço rápido.

Após esta paragem os romeiros dirigem-se à igreja de São José, onde deverão chegarpelas 11:00 da manhã.

Com mais um hora e quinze minutos decaminho, os romeiros entram na zonahistórica da Columbia Street e entram naigreja do Santo Cristo o terceiro marcohistórico da presença católica em Fall River.

Subindo a Columbia St os romeiros visi-tam a Catedral de Santa Maria pela 1:30da tarde. Percorrendo a Main St a romariamantém a sua caminhada entre presençasportuguesas até que chega à igreja deSant’Anne pelas 2:15 da tarde.

Mais uma hora entre orações e pedidosencomendados de Avé Marias e ao baterdas 3:15 a romaria visita a igreja do BomPastor.

E já na direção do ponto de partida surgea igreja da Santíssima Trindade pelas 5:30da tarde.

E já na parte final da romaria o regressoà igreja do Espírito Santo

acontece pelas 6:15 da tarde, após quese segue o período de orações.

Os romeiros tomam parte no Enterro doSenhor pelas 8:00 em volta das ruascircunvizinhas da igreja.

Romeiros de Fall River (foto de 2016) na igreja do Espírito, onde tem início aperegrinação quaresmal.

José Pimentel, romeiros de Pawtucket, deu início à romaria nesta cidade deRhode Island, na foto com o padre José Rocha, pároco da igreja de SantoAntónio, e ainda Albano Carvalho.

A centenária igreja de Santa Isabel, em Bristol, tem nos seus paroquianos umativo grupo de romeiros que anualmente percorrem as ruas e igrejas daquelatípica vila de Rhode Island, numa jornada de oração e penitência.

10 Comunidades PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 05 de abril de 2017

CENTRO COMUNITÁRIOAMIGOS DA TERCEIRA55 Memorial Drive, Pawtucket, RI — Tel. 401-722-2110

Cozinha aberta todas assextas-feiras

Dois salões para todas asactividades sociais

António Amaral com a jovem Vanessa Gouveia, quedesempenhou excelente papel, com Telma Lemosna dança de espada “O Poder do Divino”.

Vanessa Gouveia foi eleita rainha dos Amigos da Terceira• TEXTO: AUGUSTO PESSOA • FOTOS CEDIDAS PELA ORGANIZAÇÃO

Vanessa Gouveia, jovemque recentemente sedestacou em excelentedesempenho na dança deespada “O Poder do Di-vino”, que representou osAmigos da Terceira no

carnaval na ilha Terceira,com reportagem na RTPAçores, subiu ao palco paraser coroada rainha daquelaorganização.

Délio Leal, presidente doCentro Comunitário Ami-gos da Terceira, que tam-bém fez parte do elencoartístico da dança de espa-da, virou mais uma páginano historial da organizaçãocom uma aposta na com-ponente jovem, como formade continuidade.

A corte para o ano de2017-2018 está assimconstituída:

Rainha: VanessaGouveia; Chefe deProtocol, Danny J. Walsh;Damas, Maia Millard eCláudia Negalha. Pagens:Joey Monteiro, LandonCamara, Alondra Sodarith,

Rylie Brule.Vanessa Gouveia e sua

corte terão sobre si asatenções da comunidade, nojá tradicional cortejo daraínha, assim como nocortejo etnográfico do bodo

de leite, que percorre asruas de Pawtucket, fina-lizando com todas as honrasna sede dos Amigos daTerceira.

Estas celebrações acon-tecem no mês de setembro,encerrando as festividadesde verão da comunidade.

Após o cortejo, VanessaGouveia será aclamadarainha perante as largascentenas de pessoas quehabitualmente ladeiam asruas para presenciar odesf ile e depois todo ocerimonial em frente aopalco montado para oefeito.

A encerrar será dis-tribuído leite e massasovada a todos os presentes.

Saudamos a nova rainha dos Amigos da TerceiraVanessa Gouveia!

— Délio Leal, presidente dos Amigos da Terceira

Vanessa Gouveia, nova rainha dos Amigos da Terceira, com os pais e com Délio Leal,presidente desta popular coletividade de Pawtucket, RI.

Vanessa Gouveia, nova rainha dos Amigos da Terceira, com os pais e com o presidenteDélio Leal e a sua corte.

Kayla Melo, rainha cessante dos Amigos da Terceira, com a respetiva corte que aacompanhou durante o seu “reinado” de 2016 e com o presidente desta coletividadede Pawtucket, Délio Leal.

Kayla Melo, rainha cessante dos Amigos da Terceira, durante a sua despedida, comos pais e jovens que a acompanharam durante o ano, em cerimónia integrada naConfraternização Terceirense.

Kayla Melo, rainha cessante dos Amigos da Terceira, comDélio Leal, junto à foto que passa a figurar na sede daorganização.

Quarta-feira, 05 de abril de 2017 PORTUGUESE TIMES Comunidades 11

BANDA NOSSA SENHORA DA LUZ664 Quarry Street, Fall River — Tel. 508-672-1900

Saudamos os naturais do concelho da Praia da Vitória pelo sucesso do convívio!Agradecemos a preferência dada às nossas instalações!

18.º Convívio do Concelho da Praia da Vitóriatraduzido num êxito repartido por cerca de 400 pessoas

• FOTOS E TEXTO DE AUGUSTO PESSOA

Roberto Monteiro, pre-sidente da Câmara Mu-nicipal da Praia da Vitória,presidiu ao 18.º conviviodos naturais daquele con-celho, que teve por palco osalão da banda de NossaSenhora da Luz em FallRiver.

Cerca de quatro centenasde praienses reuniram-separa aquele convívio anualque entrou no calendáriocomunitário dos encontrosregionais, alternando a suarealização entre o norte e osul tomando Boston, comoponto de referência.

É mais um encontro quetemos acompanhado desdea primeira edição, comoforma de imortalização demais esta manifestaçãosócio-cultural, que, casocontrário, seria mais umajantarada para esquecer nodia seguinte. Mas HélioMelo, fundador do encontroe coordenador ao longo des-tes dezoito anos de existên-cia, não se esquece, com umano de antecedência, de nosalertar para a data da rea-lização, pois que é esta areportagem que fará partedo historial daquele conví-vio no âmbito dos encontrosregionais, que já somamquarenta anos de existência,com os mangualdenses aserem pioneiros nestasmanifestações sócios-culturais.

Os praienses uma vezmais primaram por criar umambiente de hospitalidadenão só para a comitiva vindada Praia da Vitória, comotambém para todos aquelesque anualmente, através dasua presença, contribuempara o êxito do encontro.

Desta vez foi o norte,local de nascimento do

convívio, onde continua amerecer grande adesão, queveio ao sul, trazer umamensagem de estreitamentode relações entre os praien-ses espalhados por estasparagens.

A comitiva praiense,chef iada por RobertoMonteiro, presidente daCâmara Municipal da Praiada Vitória, era constituídapor Tibério Dinis, vereadormunicipal e candidato àpresidência da câmara eAna Eduarda Rosa, coor-denadora das Festas Praia2017.

Para abrilhantar o en-contro e diretamente da ilhaTerceira, veio uma comédiade carnaval, componente deboa disposição, que foi do

inteiro agrado dos presentesa avaliar pelas gargalhadassurgidas de quantos en-chiam o salão do convíviopraiense. Uma vez maisHélio Melo teve o cuidadode primar por uma salacuidadosamente decoradaem forma de boas vindas aquantos com a sua presençaderam o seu apoio a maiseste encontro regional.

A comissão do 18.º Con-vívio do Concelho da Praia

da Vitória estava constituídapor Luís Bettencourt, HélioM. Melo, Daniel Melo,Hélio Sousa, Tony Rodri-gues, João Correia e TonyTeixeira.

Esta comissão teve aresponsabilidade de darseguimento aos êxitosiniciados por Hélio Melo eque teimam em se manteranualmente.

São estas iniciativas quemovimentam anualmenteos naturais das mais diver-sas regiões de PortugalContinental e Açores, comoforma de um estreitamentode laços à origem.

Estas iniciativas não sãoalheias às entidades políti-cas nas origens, que aqui sedeslocam, como forma de

of icialização do únicoencontro daquela região emterras americanas.

E foi tudo isto e muitomais e este muito mais tema ver com o encontro amigoe familiar que estes con-vívios proporcionam. Vêmde toda a Nova Inglaterra emesmo do Canadá, para umencontro mútuo de colegasde escola, dos ranchosfolclóricos, das danças decarnaval. É isto a mística

que se consegue arrancar aestes convívios que anual-mente movimentam cente-nas de pessoas.

E este, especificamente,tem um timoneiro que sechama Hélio Melo. “O ho-me é chato. Chama dezenasde vezes. Não aceita, “não”por resposta”. Foi em tomde brincadeira, o que seouviu durante a noite. Masdeixando a brincadeira,uma coisa é certa, se nãofosse a força e persistênciade Hélio Melo, o convíviopraiense nunca conseguia oêxito que tem alcançado eo futuro que tem pela frente.Ainda o convívio não tinhaterminado já estava adelinear o que será opróximo. O homem nuncaparou toda a noite. Tudotinha que sair perfeito.Desde a decoração, oserviço de aperitivos ejantar. A entrega das ho-menagens. A entrada darábula carnavalesca. HélioMelo, pensou, idealizou,concluiu. Está de parabéns.

Roberto Monteiro, presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, com a esposa,Marlene Monteiro e ainda Hélio Melo, coordenador do convívio praiense, com a esposa,Teresa Melo.

Roberto Monteiro, presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, com elementosda comissão organizadora: Hélio Melo, Tony Rodrigues, Daniel Melo, António Teixeirae Hélio Sousa Vieira.

João Costa e Henrique Arruda, proprietário da WJFD.

Joseph Canha e Roberto Monteiro, presidente da CâmaraMunicipal da Praia da Vitória durante o convívio praienserealizado no passado sábado em Fall River.

Ana Rosa, coordenadora das festas Praia 2017, com omarido no convívio praiense em Fall River.

José Toledo, Leo Silva, João Gravito, Frank Toste e Joe Saraiva durante o convíviopraiense no passado sábado em Fall River.

12 Comunidades PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 05 de abril de 2017

990 Pleasant Street, Fall River, MATel. 508-673-0026

Temos os melhores pratos, a melhorcozinha regional, os melhores vinhoso melhhor ambiente, a amabilidadee serviço cortês do nosso pessoal

Saudamos os naturais do concelhoda Praia da Vitória

pelo sucesso de mais um convíviorealizado em Fall River!

Saudações extensivas à comitiva vindada terra de origem presidida porRoberto Monteiro, presidente da

Câmara Municipal da Praia da Vitória!

Roberto Medeiros despede-se nos EUA:

“Acabava sempre os meus discursos dizendo:Estou aqui para fazer da nossa terra um lugarmelhor para viver, para sonhar”

• FOTOS E TEXTO DE AUGUSTO PESSOA

Roberto Monteiro, presidente da Câmara Municipal daPraia da Vitória, é uma figura que se integrou no seio dosnaturais aqui radicados, nas suas sucessivas visitas ondepresidiu aos encontros praienses nos EUA.

Veio agora para se despedir. Deixa a presidência dacâmara por limite de mandatos. Viu e sentiu as demons-trações de apreço e simpatia. Mais uma vez se concluiuque as comunidades têm uma forte dedicação pelosdirigentes nas origens. Desde que mantenham as melhoresrelações com a diáspora e façam da terra natal um lugardigno para os ali residentes. E tal como sublinha RobertoMonteiro: “Eu estou aqui para fazer da nossa terra umlugar melhor para viver para sonhar”. E pelos vistos,concluiu a sua presidência repleta dos maiores êxitos.

“Este meu último mandato como presidente da câmarada Praia da Vitória serve para passar o testemunho àsgerações mais novas. Tenta-se passar uma mensagem paraevitar que cometam os mesmos erros que nós cometemos”.

Roberto Monteiro fazia-se acompanhar por uma nu-merosa comitiva, onde além dos familiares, tinha overeador Tibério Dinis e a coordenadora das Festas daPraia, Ana Eduarda Rosa.

Mas o carnaval que recentemente desfilou pelos palcosda ilha Terceira, onde assume a posição da maiormanifestação teatral no mundo, teve uma amostra destapotencialidade, na presença de três dos maiores executantesdaquela tradição.

Mas convém sublinhar que esta tradição já assumiuposição de relevo pela diáspora, que vive o carnaval,anualmente, e cada vez com maior qualidade. Uma vezmais, Portuguese Times foi o único orgão de comunicaçãosocial a dar relevo a esta tradição, pelo impacto querepresenta no seio comunitário.

“Vamos hoje ter aqui um momento extraordinário de boadisposição, levado a efeito pelos três principais cómicos

do carnaval terceirense. Cada um deles tem o seu bailinho,tem a sua equipa própria. Desafiá-los aos três para umarábula conjunta vai ser um momento alto do carnaval ter-ceirense. São autores, são compositores, são executantes,o que faz do carnaval da Terceira o maior espetáculo deteatro que existe”.

Esta presença, além da confraternização, motivou a vindade gente ligada ao carnaval, da diáspora, diremos mesmocom grandes responsabilidades na sua preservação eprojeção, que não deixaram fugir a oportunidade de poderlidar com grandes nomes do carnaval terceirense: MarcoRocha, “A velha das Lajes”, Carlos Dias, “O Homem deHollywood” e João Mendonça, “A Velha de Agualva”.

Lá vimos as gentes do carnaval, por estas oaragens. Asfamílias Martins, de José Messias Sousa, de Steve e LizAlves, de olhares atentos, colhendo ensinamentos paraaplicar no próximo ano.

Mas os êxitos dos encontros fazem sempre salientaralguém que pela sua dedicação e atividade sobressaem notodo geral.

“Não posso deixar de agradecer estes doze maravilhosanos às famílias de Hélio Melo, Hélio Sousa e AntónioTeixeira, aos patrocinadores e de uma forma particular atodos vocês”, sublinhou Roberto Monteiro.

Tem vindo a ser uma prática habitual as homenagensprestadas no decorrer dos convívios premiando desta formao trabalho de ativos elementos, que Roberto Monteirovaloriza face a antigos procedimentos semelhantes, masvisando só gente importante.

“Saúdo todas as famílias dos homenageados. As home-nagens anteriormente eram só prestadas a gente impor-tante. Não tanto pelo que tinham feito, mas porque erampessoas de nome. Nós mudámos esse paradigma. Come-çamos por homenagear professores primários. Home-nageamos as enfermeiras, que gratuitamente iam de casaem casa. E também homenageamos pessoas da nossadiáspora que trabalham sem nada em troca para realizareste evento. Esta minha última intervenção aqui na qua-lidade de presidente da câmara e também como presidenteda Associação de Municípios dos Açores, posição assu-mida ao longo destes quatro anos, foi para mim uma honra

(Continua na página seguinte)

Roberto Monteiro, presidente da Câmara Municipal daPraia da Vitória.

Roberto Monteiro com um casal amigo durante o convíviopraiense no passado sábado em Fall River.

Quarta-feira, 05 de abril de 2017 PORTUGUESE TIMES Comunidades 13

599 Cambridge Street, Cambridge, MATel. 617-494-0501

Aberta de Seg.-Qua.: 9 AM-6 PM - Qui.: 9 AM-7 PM - Sexta-Sáb.: 9 AM-6 PMwww.pachecojewelers.com

Pacheco JewelersJoalharia fina • Diamantes • Relógios• Ofertas • Reparações • Gravações

Saudamos os naturais daPraia da Vitória pelo sucesso

do 18.º convívio realizadoem Fall River!

Saudações extensivas a todaa comitiva praiense vinda da

Terceira e liderada porRoberto Monteiro, presidente

da câmara municipal!

e um privilégio, trabalhar não só em prolda Praia, como dos 19 concelhos dosAçores”. O homem sonha e a obra aparece.

“Estes 12 anos foram doze anos deemoções muito fortes. Primeiro por queconcretizei um sonho desde os meus 17anos. Tenho colegas meus de turma, a quemeu dizia, eu vou ser presidente da câmarada Praia”. Se bem o pensou, melhor o fez.

“Sempre trabalhei com muito amor emuita paixão. Prejudiquei-me a mimpróprio financeiramente quando assumi apresidência da câmara. E passados 12 anoscontinuo a levantar-me todos os dias como mesmo entusiasmo do primeiro dia...”,afirmou o presidente da Câmara Municipalda Praia da Vitória.

“Levamos bem longe o nome da Praia,porque sempre tivemos visão e um projetode coração. Quando começamos a câmaranão tinha projetos para idosos. Não tinhaprojetos para as crianças. Tudo o que sefazia era na Praia, deixando ao abandonotodas as freguesias. Nós começamos aconstruir um modelo completamente novo.Em 2016 ganhamos a distinção da melhorcâmara do país, por causa dos projetoschaves.

Temos projetos para as crianças pobres.Projetos para filhos de pais alcoólicos.Projetos para jovens que abandonam aescolas. Levar idosos a conhecer os Açores,gente que nunca tinha saido da ilhaTerceira, sonho que conseguimos realizar.Dois centros de dia para idosos onde sejuntam duas e três vezes por semana.Projetos de saúde direcionados às criançassem nenhum custo para os pais que incluiexames à vista, à obesidade, à audição.Apoiamos as crianças com deficiências, nosentido de sossegar os pais, num dia quefaltem, o que é que vai acontecer. Criamosum apoio à deficiência no coração dacidade, de forma a que toda a comunidadepossa ver e ajudar.

Fizemos das nossas freguesias umasnovas freguesias. Escolas novas. Passeiosà beira mar. Somos a única câmara nos

Roberto Monteiro ao Portuguese Times:

“Em 2016 ganhamos a distinção da melhor câmarado país, por causa dos projetos chave”(Continuação da página anterior)

Açores que não perdeu população”, disseo autarca praiense.

“Criei um dicionário deexperiências de vida”

“Nestes doze anos criei um dicionário deexperiências de vida. Juntei neste dicio-nário palavras que me vão acompanharpara sempre. As palavras são: amizade,mesmo por aqueles que estão longe.Coragem, depois das catástrofes naturais.A redução dos efetivos militares ameri-canos na Base das Lajes. Pessoas nodesemprego. É preciso coragem para ir emfrente. Determinação. Visão. Mas há outraspalavras proibidas no meu dicionário.Inveja. Traição. Egoísmo. Desrespeito.Todos nós, no nosso dia a dia, mesmo queestejamos a fazer o melhor, somos atin-gidos com mentiras. Nos primeiros anosvia-me sujeito a críticas de pessoas quenunca fizeram nada a encherem páginasdos jornais com mentiras e aldrabices. Mascom o tempo vamos aprendendo a lidarcom tudo isso e vamos percebendo queessas pessoas só fazem mal a elas próprias.Mas acontece que há quem acabe porescrever contra os primeiros, mesmo sema gente dizer nada”, salientou RobertoMonteiro.

“É muito mais fácil quem estáfora e visita as origensaperceber-se dosmelhoramentos, do que quemestá lá e no dia a dia nem seapercebe do que de bompodem disfrutar”

“Os convívios que tive com todos vósdurante doze anos vão ficar para sempremarcados na minha memória e no meucoração. Diziam-me alguns de vós: vaisfazer falta à Praia. O que é que vai ser

depois de sair da câmara. Depois de mimvêm outros que vão seguir. Vão fazer damesma maneira o melhor que sabem.Quando cheguei, já lá vão doze anos, aspessoas não acreditavam em mim. Diziameles: “O que é que este pequeno vai fazerpara a câmara”. Foram doze anos em querecebi de todos vós confiança, estímulo,por tudo o que me dizem quando lá vão. Émuito mais fácil quem está fora e visita asorigens e se apercebe dos melhoramentos,do que quem está lá e no dia a dia nem seapercebe do que de bom podem disfrutar.As palavras que ouvi de todos vós forampalavras de estímulo e posso concluir quetodo o meu trabalho valeu a pena. Cada mi-nuto, cada dia a fazer da nossa terra umlugar melhor para viver e para sonhar.

Acabava sempre os meus dircursosdizendo “Eu estou aqui pata fazer da nossaterra um lugar melhor para viver parasonhar” e foi isto que tentém fazer ao longodestes 12 anos. Umas coisas correram bem.Outras não tão bem. No respeitante aofuturo, seja o que Deus quizer. Passe a fazero que fizer a partir daqui, nunca deixareide trabalhar pela nossa terra. Pela nossagente. E para fazer da nossa terra o melhorpara viver e para sonhar”, disse ainda Ro-berto Monteiro, para ter palavras de agra-decimento. “Obrigado pela forma comosempre me receberam. Pelas palavras quesempre me dirigiram. Obrigado pela forçaque me deram para enfrentar dia após dia,os obstáculos e as dificuldades que a vidafoi colocando no meu caminho”.

Na foto acima, Roberto Monteiro com elementos da comissão organizadora do convíviopraiense. Na foto abaixo, o presidente da câmara da Praia da Vitória com uma dasmuitas mesas que encheram a sala do convívio.

14 Comunidades PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 05 de abril de 2017

“Vamos ter entre nós a Filarmónica de SantoAntónio de Cambridge, sob a presidência de JoãoCorreia e o bailinho de carnaval “O Imigrante”sob a responsabilidade de José Messias Sousa”

— Ana Rosa, coordenadora das Festas Praia 017

• Fotos e texto de Augusto Pessoa

Programa Festas da Praia 2017(Resumido)

Sexta-feira, 04 de Agosto6:00 Abertura da XVIII Feira de Gastronomiado Atlâmtico6:30 Tourada de Praça

Sábado, 05 de Agosto9:00 Abertura oficial das festas- Discurso do Presidente da Câmara Municipal da Praia

da Vitória, Roberto Monteiro- 9:40 Desfile da Filarmónica de Santo António,

Cambrigde, Ma-11:00 Cortejo de Abertura “O Teatro Acontece”

Domingo, 06 de agostoMeio dia - Missa solene seguida de coroação1:30 - Distribuição do Bodo do Espirito Santo.

Segunda-feira, 07 de agosto6:30 Tourada de Praça

Terça-feira, 08 de agosto6:00 Tourada à Corda no JuncalQuarta-feira, 9 de agosto6:00 Tourada à Corda no JuncalQuinta-feira, 10 de agosto6:00 - Tourada à Corda nas Quatro Ribeiras9:30 Desfile de Filarmónicas onde toma parte a

Filarmónica de Santo António de Cambridge.11:00 - Concerto de bandas filarmónicasSexta-feira, dia 11 de agosto6:00 - Tourada à Corda Caminho do Cemitério10:00 - Palco tradiçõesAtuação do bailinho “O imigrante” da Filarmónica

de Santo António de CambridgeSábado, 12 de agosto7:30 receção ao Imigrante

Domingo, 13 de agosto11:00 Procissão dos Maritimos seguidade Missa Campal

RIVIERA RESTAURANT580 N. Broadway, East Providence, RI — Tel. (401) 431-9231

Capacidade para banquetes até 500 pessoasO casal José e Lúcia Mendes com as filhas Diane e Sandy

proprietários do Riviera Restaurant.

•�Eventos especiais•�Festas privadas•�Baptizados•�Casamentos•�Graduações•�Comunhões...• Celebrações diversas

Saudamos os naturais da Praia da Vitóriapelo sucesso do 18.º convívio realizado

em Fall River!

Saudações extensivas a toda a comitivapraiense vinda da Terceira e liderada

por Roberto Monteiro, presidenteda câmara municipal!

Ana Eduarda Rosa era umasimpatia terceirense inte-grada na comitiva do presi-dente Roberto Monteiro ao18.º Convívio do Concelhoda Praia da Vitória.

Assumia a responsabi-lidade da coordenação dasFestas Praia 2017, sob o tema“O Teatro Acontece”. Asfestas prolongam-se entre osdias 04 e 13 de Agosto, noque se antevê de mais umêxito festivo, junto daqueleparque de diversões, como éconhecida a ilha Terceira.

“Vamos manter o mesmoesquema que se bem manten-do ao longo dos anos. O tema“O Teatro Acontece” tem aver com a grande história quea Praia da Vitória, tem emrelação ao teatro. Não pode-mos esquecer o Teatro Prai-ense, onde desfilaram gran-des peças e de grande quali-dade. E claro não podemosesquecer os grandes artistaspopulares que vêm do carna-val. É também uma maneirade os homenagear. É isto oque a festa procura este ano”,

disse Ana Rosa.Mas as Festas da Praia’17

uma vez mais este anoestreitam a ligação à diásporaatravés da presença digni-ficante de dos pilares sócio-culturais, entre os muitos quetemos no seio da ativacomunidade aqui radicada.

“Vamos ter entre nós aFilarmónica de Santo Antó-nio de Cambridge, sob apresidência de João Correiae o bailinho de carnaval “OImigrante”, sob a responsa-bilidade de José Messias

Sousa. Convém acrescentarque estamos sempre abertos,a quem tiver interesse emdesfilar pelos palcos da Praiaem festa.

Mas também gostamos dereceber todos aqueles poraqui radicados e que vão parareviver a família, assim comoos costumes e tradições quelhe serviram de berço. Poreste motivo, temos um pro-grama muito dedicado aquem nos visita”.

No respeitante ao aloja-mento de quantos se esperamAna Rosa tem lugar para todaa gente “Toda a ilha estávirada para a Praia. De qual-quer lado ao local das festas,são minutos, pelo que o alo-jamento não vai ser impe-ditivo a quantos ali se quei-ram deslocar. Pelos contactosque tenho dito, posso de-preender que vamos tergrande adesão dos aquiradicados. Há interesse noregresso, mesmo que sejatemporário. Os que ali sedeslocam periódicamentetêm acompanhado a evolução

da Praia. Os que passam anose anos sem uma visita, vãoencontrar grandes transfor-mações, acompanhando asexigências dos temposatuais”.

Mas a festa, para ser festa,precisa dos aqui radicados.

“Voltem. Estamos de bra-ços abertos para vos receber.Venham. Acompanhem asfestas. Vivam as festas. Vãodar o tempo por bem empre-gue. Divirtam-se”, concluiuAna Eduarda Rosa.

Segundo programa, quenos foi facilitado a Praia daVitória, vai somar mais umavitória em termos festivos.De 04 a 13 de Agosto. APraia esquece as amargurasda vida e transforma-se nomaior parque de diversõesdos Açores. Há de tudo umpouco e para todos os gostos.Desde a gastronomia, aoscortejos, às touradas de praçae à corda, ao pézinho, aodesfile das bandas, aos con-certos, aos bailes de carnaval,vai constituir um programavasto e diversificado”.

Ana Rosa, coordenadora dasFestas Praia 2017.

Quarta-feira, 05 de abril de 2017 PORTUGUESE TIMES Comunidades 15

Saudamos os naturais da Praia da Vitória pelo sucesso

de mais um convívio! Saudações extensivas à comitiva

vinda da terra de origem presidida por Roberto Monteiro

presidente daquela autarquia terceirense!

“Temos aqui um exemplo vivo de que a Praia da Vitóriaé bem maior do que a sua realidade geográfica”

— Tibério Dinis, vereador da Câmara Municipal da Praia de Vitória

• FOTOS E TEXTO DE AUGUSTO PESSOA

Tibério Dinis é vereadorda Câmara Municipal daPraia da Vitória. Esteve nosEUA integrado na comitivade Roberto Monteiro. Já éuma figura conhecida dospraienses aqui radicados.Candidato à presidência dacâmara municipal peloPartido Socialista. Pode vira substituir Roberto Mon-

teiro, que cessa funções porlimite de mandatos.

Veio para estar presenteno 18.º convívio praiense,que desta vez se realizou emFall River. Mas como comofoi fundado lá para o norte,em 2018 regressa a Lowell.

“Uma vez mais a Praia daVitória, apresenta-se juntoda comunidade, para emprimeiro lugar deixar umresumo do que se tem feitopela Praia da Vitória, trazerum abraço de amizade econvidar a visitar as ori-gens”, refere Tibério Dinis.

Mas as amizades já nãosão novas. Mas são paraficar. São entusiastas.

“Estamos a ver umentusiasmo crescente emtorno destes convívios.Deslocam-se de muitolonge para marcarempresença neste encontro,possivelmente o único, queos une de ano a ano.

Temos aqui um exemplovivo de que a Praia daVitória é bem maior do quea sua realidade geográfica.A Praia é tão grande, quantoos praienses a quiseremfazer.

Estamos perante cerca de400 pessoas. Todos elesquerem saber como é aPraia de hoje.

Os projetos que estãoagendados. O que con-cretamente se tem feito”.

Mas este ano há eleiçõesautarquicas e para o anovamos ter novo presidente.

“Este ano há eleiçõesautárquicas. O atual pre-sidente Roberto Monteironão se pode recandidatar

por limite de mandatos.Sendo assim, nas eleições a1 de outubro apresento-mecomo candidato peloPartido Socialista, com aintenção de manter o rumocerto. Olhando para o bemestar das pessoas.

Uma cidade e suasfreguesias com tratamentoidêntico”, salienta ainda overeador praiense.

“As vitóriaseleitorais nunca sãoquase certas. Asvitórias dão é muitotrabalho”

“Vamos tentar estancar oflagelo económico origi-nado pela redução dosefetivos na Base das Lajes.Já lá vão quatro anos, masainda se sente o impacto

negativo dali originado.Continuar com a requa-lificação da área da baía. Oprolongamento da mar-ginal. Estamos em negocia-ções com o governo para

que o porto americano sejacedido à câmara municipal.Vamos fazer um reorde-namento àquela área desti-nado ao tráfego dos cruzei-ros”, concluiu T. Dinis.

Vasco Ferreira e esposa.

Tibério Dinis, vereador da câmara da Praia da Vitória ecandidato às eleições autárquicas de outubro peloPartido Socialista a esta autarquia terceirense, na fotocom Hélio Melo, coordenador do convívio.

João Goulart e esposa são presença assídua nos convívios praienses dos EUA.

Filomena e companheiro.

José Messias Sousa, da dança de carnaval de SantoAntónio de Cambridge, que vai às festas da Praia.

José Correia e esposa.

16 Comunidades PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 05 de abril de 2017

“Há aqui uma mistura de sentimentos, satisfeito por maiseste êxito mas ao mesmo tempo menos satisfeito por verchegar ao fim o mandato do presidente Roberto Monteiro”

— Hélio Melo, fundador e coordenador do convívio dos naturais da Praia da Vitória

• FOTOS E TEXTO DE AUGUSTO PESSOA

Entrámos no salão dabanda de Nossa Senhora daLuz. O salão estavacuidadosamente decorado.Estava tudo preparado parao 18.º Convívio do Con-celho da Praia da Vitória.

“Gostas?”, dizia-nosHélio Melo. Na verdadeestavamos perante umtrabalho de artista.

PT — Mais um ano.Mais um convívio. Satis-feito?

Hélio Melo - “Há aquiuma mistura de senti-mentos. Satisfeito por maiseste êxito mas ao mesmotempo menos satisfeito porver chegar ao fim o man-dato do presidente RobertoMonteiro. Foram 12 anos deligação contínua. Foi sem-pre uma porta aberta aosmeus pedidos. Foi umapedra importantíssima noêxito dos nossos encontrosregionais. Por tudo isto édifícil ver chegar ao fim oseu mandato. Resta-nosagradecer publicamentetodo o seu apoio que foiinstrumental nestes en-contros praienses. Tiveoportunidade de poderagradecer perante as 400pessoas reunidas no salão.

Mas agora faço umagradecimento público edado que o PortugueseTimes coloca a sua ediçãona internet, esta minhamensagem vai ser lida nomundo, inclusivé na Praiada Vitória... Os naturais doconcelho da Praia da Vitóriatêm este convívio como oseu encontro anual. É oúnico que reúne os naturaisdo concelho da Praia daVitória, pelo que se chega auma certa altura que temosproblemas para albergartoda a gente. Todos querem

estar presentes. Somos osúnicos a trazer aos EUAanualmente a comitivapraiense. Somos os únicosa facilitar condições para adivulgação das Festas Praianeste caso de 2017. Se bemque o Portuguese Timestenha vindo a dar cobertura,desde a primeira edição, ospraienses gostam de terconctato pessoal, com quemno visita”.

PT — A decoração dasala é sempre uma preo-cupação. Porquê estaaposta?

Hélio Melo - “A quali-dade e o requinte não ficammal em lado nenhum.Podiamos colocar cadeirasem volta de uma mesa emandar servir a sopa. Maspreferimos apresentar salascom decoração à altura dequem nos visita. Este anonão foi exceção. Alguémnos dizia que nem em al-guns casamentos se vê tantorequinte e beleza”.

PT — É difícil orga-nizar este convívio anual-mente?

Hélio Melo - “Se o 18.ºConvívio Praiense teve asua realização no passadosábado no salão da banda deNossa Senhora da Luz emFall River o 19.º ConvívioPraiense terá a sua reali-zação a 17 de março de2018 no salão da Sociedadedo Espírito Santo emLowell. Como se depre-ende, não é difícil organizar,desde que se dê início aospreparativios, ainda antesdo anterior terminar. Temosimensos contactos que têmde ser feitos o mais cedopossível. Os convites têm deser postos na rua com o seudevido tempo, princi-

palmente para as entidadesvisitantes da Praia daVitória, dado a sua agendade trabalhos”.

PT - A Câmara Muni-cipal da Praia da Vitóriacondecorou pessoas que setêm distinguido pelosmais diversos motivos,mas sempre tendo emconta o apoio ao conví-vio...

Hélio Melo - “Tal comodizia Roberto Monteiro, aspessoas devem ser home-nageadas pelo que fazem enão pelo que são. Em 2016sugeri pessoas que deve-riam ser condecoradas:Salvador Couto, JoséCerqueira, Mark Cafua,Daniel Melo, ManuelCarreiro. O presidenteRoberto Monteiro incluiu-me nos homenageados.Recebi a medalha mais altaque o município da Praia daVitória atribuiu a ações,como a que tenho vindo adesenvolver ao longo dosanos. Mas se toda a gentegosta de ser lembrado edistinguido, o trabalho quedesenvolvi nunca foi com aintenção de receber nadaem troca. A melhor recom-pensa que posso ter é ver asala cheia, tal como seregistou uma vez mais esteano e se houvesse maislugares mais gente estariapresente. Mas quero agra-decer profundamente adecisão de que fui alvo, nacerteza que continuarei atrabalhar com o mesmoentusiasmo e dedicação napreservação e projeção donosso concelho da Praia daVitória. Conseguir reunir osnaturais do Concelho daPraia da Vitória, num con-vívio anual é uma vitória,para mim, para a organi-

zação, este ano presididapor Luis Bettecourt, quefizeram, dentro da medidados possíveis um excelentetrabalho. Este ano ashomenagens recairam emLuís Bettencourt, Leo Silva,Tony Rodrigues, JoséToledo, José Mendes, FrankToste, Paul Rodrigues, JoãoGravito, Paulina Arruda,Joe Saraiva.

PT - Aposta na continui-dade destes convívios?

Hélio Melo - “O interesseque os praienses anual-mente demonstram peranteo nosso convivio é razãomais do que suficiente para

continuar. A grande apostaé arranjar local para poderreceber todos quantosquerem estar presentes.Mas também não podemosesquecer que quanto maioré a nau, maior é a tormenta.Sendo assim, preferimosmanter a lotação que se vemregistando, como forma demanter a qualidade. Tenhode realçar o meu f ilho,Daniel Melo, uma segundageração e que tem sidoinstrumental no sucessodestes convívios, a que jápresidiu. Tal como o PT járeferiu, além de ter sidocondecorado pelo municí-pio praiense, durante a

presidência do PortugueseAmerican Club de Law-rence, representou a co-munidade portuguesa destaárea dos EUA, numa confe-rência sobre o associati-vismo em Portugal, porescolha do cônsul dePortugal em Boston, JoséVelez Caroço. Esteve nadespedida do presidenteCavaco Silva em Newark.Como se depreende, temosem Daniel Melo um prai-ense, a presença de umgrande lusodescendente. Esendo assim, temos quemdê continuidade a este tra-balho nobre de unir os natu-rais do concelho”.

Hélio Melo, coordenador do convívio praiense, com o filho, Daniel Melo e o vereadorda Câmara Municipal da Praia da Vitória, Osório Silva.

Foi muito animado e divertido o encontro de naturais do concelho da Praia da Vitória,não faltando quem quisesse tirar uma foto com Roberto Monteiro, na sua última vindana qualidade de presidente daquela autarquia terceirense.

O casal João e Fernanda Lima, gente do Carnaval.

Quarta-feira, 05 de abril de 2017 PORTUGUESE TIMES Comunidades 17

COUTO MANAGEMENT GROUPStoneham, MA Saudamos os naturais da Praia

da Vitória pelo sucesso de maisum convívio!

Três destacadas figuras do carnaval terceirense no convívio praiense

João Correia com Carlos Dias (o homem de Hollywood), João Mendonça (a velha deAgualva) e Marco Rocha (a velha das Lajes).

Délio Leal e esposa com João Mendonça e Marco Rocha.

Carlos Dias com o casal Araújo no convívio dos naturais do concelho da Praia daVitória realizado no passado sábado na Banda de Nossa Senhora da Luz em Fall River.

“As Marias” da dança de carnaval do Phillip Street Hall de East Providence, com astrês figuras do carnaval terceirense que abrilhantaram o convívio praiense.

Marco Rocha, João Mendonça e Carlos Dias ladeiam dois elementos do carnaval local,entre os quais João Lima, da dança dos homens do Phillip Street Hall de EastProvidence.

Délio Valadão, filho de José Valadão, recentemente falecido e pioneiro do Carnavalnestas paragens, com Carlos Dias, João Mendonça e Marco Rocha.

Leo Silva, filho do veterano Fernando Silva (“O Sapateiro”) com o trio de comediantesde Carnaval que vieram da Terceira para o convívio praiense.

António Jesus, que puxou a dança de Carnaval do Phillip Street Hall ao Carnaval nailha Terceira, com Carlos Dias, João Mendonça e Marco Rocha.

Hélio Melo, coordenador do 18.º convívio praiense, ladeado pelas três figuras doCarnaval que abrilhantaram a noite terceirense em Fall River.

António Gouveia foi mais um dos terceirenses que não resistiu a ser fotografado comas três figuras do Carnaval da terra de origem.

18 Comunidades PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 05 de abril de 2017

NEXT GENERATIONOF EXCELLENCE FOR INTEGRATED FACILITY SERVICES AND SOLUTIONS

116 Huntington Avenue, 12th Floor — Boston, MA 02116Tel. 617-977-5497 — Fax 617-279-8104 — Cell 617-794-0551Emergency 855.UG2.2012 • [email protected] • www.ug-2.com

Convívio de naturais da Praia da Vitória em Fall River

Hélio Sousa, Hélio Melo e Tony Rodrigues, da comissão organizadora do convíviopraiense, com Tibério Dinis, vereador da Câmara Municipal da Praia da Vitória,

Hélio Sousa, coordenadordo convívio praiense, exi-bindo o livro que lhe foioferecido pelo presidenteda câmara da Praia daVitória.

Hélio Melo agradece ao presidente da câmara praiense,Roberto Monteiro, o apoio que este autarca tem dado aolongo de 12 anos ao convívio praiense.

Délio Leal, presidente dos Amigos da Terceira, dePawtucket, com a esposa.

Délio Valadão e esposa

Alcindo Reis e esposa Lídia Reis, proprietários dorestaurante Caldeiras, em Fall River, e grandes apoiantesdo convívio praiense.

Roberto Monteiro, presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, com a esposaMarlene Monteiro, e Hélio Melo, coordenador do convívio praiense nos EUA. Roberto Monteiro, presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, com a esposa

e Hélio Melo, coordenador do convívio praiense nos EUA.

Osório Silva e Tibério Dinis, vereadores da CâmaraMunicipal da Praia da Vitória.

Joe Saraiva, um dos condecorados no convívio praiensedo passado sábado, com a esposa.

Goreti Carreiro, da Azores Airlines, com Hélio Melo,coordenador do convívio praiense, vendo-se ainda nafoto Roberto Monteiro, presidente da CM Praia da Vitória.

Quarta-feira, 05 de abril de 2017 PORTUGUESE TIMES Comunidades 19

Lunch

Dinner

Catering

Take - Out

Homenageados pela Câmara Municipal da Praia da Vitória

Roberto Monteiro, presidente da câmara da Praia daVitória, com António Rodrigues.

Roberto Monteiro com José Toledo, que foi um dospresidentes do convívio praiense.

Teresa Melo com Leo Silva, dois dos homenageados pelaCâmara Municipal da Praia da Vitória.

Roberto Monteiro com Frank Toste, de Peabody.

Roberto Monteiro com Joe Saraiva, que teve honras dehomenagem por parte da Câmara Municipal da Praia daVitória, ilha Terceira.

Roberto Monteiro colocando a medalha da CâmaraMunicipal da Praia da Vitória a Paulina Arruda.

Roberto e Marlene Monteiro com Hélio e Teresa Melo.

Marlene Monteiro com Teresa Melo

Hélio Melo recebe mais uma distinção da Câmara Muni-cipal da Praia da Vitória apresentada pelo seu presidenteRoberto Monteiro e na presença de Tony Rodrigues.

Roberto Monteiro, presidente da Câmara Municipal daPraia da Vitória, com João Gravito, antigo presidente dacomissão organizadora do convívio praiense.

20 Comunidades PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 05 de abril de 2017

18.º Convívio de Naturais do Concelho da Praiada Vitória, um êxito a juntar aos anteriores

Ana Rosa, Osório Silva,Tibério Dinis, MarleneMonteiro e Roberto Mon-teiro com as medalhas quereceberam no convíviopraiense realizado na noitedo passado sábado no sa-lão da Banda de Nossa Se-nhora da Luz em Fall River.

Hélio Melo, coordenador do convívio praiense, com a esposa, Teresa Melo, uma dashomenageadas pela Câmara Municipal da Praia da Vitória, e ainda Henrique Arruda eesposa Paulina Arruda, que também fez parte do grupo dos homenageados por aquelemunicípio terceirense, baseado no apoio que têm dado àquela iniciativa.

Hélio Melo com Joe Saraiva e esposa.

Hélio Melo e esposa.

Paulina Arruda e Goreti Carreiro.

Délio Valadão, filho de José Valadão, pioneiro do Carnavalpela Nova Inglaterra, que tem dado continuidade àiniciativa do seu pai, e já contando com apoio das filhase dentro em breve algum neto, na foto com a esposa,que também já saiu em danças de Carnaval.

Quarta-feira, 05 de abril de 2017 PORTUGUESE TIMES Comunidades 21

Convívio praiense, um êxito que teima em repetir-se

22 Portugal PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 05 de abril de 2017

Nova zona industrial de Mira recebeinvestimento belga de 10 milhões de euros

A zona industrial de Montalvo, em Mira, que será inaugu-rada a 08 de abril, vai acolher um investimento de dez milhõesde euros de um grupo empresarial belga, que criará 50 postosde trabalho diretos.

“Este é um investimento estratégico para esta nova áreaindustrial, funcionando como uma âncora para a captação efixação de novas empresas no local”, refere o presidente domunicípio, Raul Almeida, que adianta estar “em negociaçõespara a concretização de novos investimentos no concelho”,no distrito de Coimbra.

Denominada Polo de Desenvolvimento Tecnológico doMontalvo, a nova zona industrial de Mira conta com umaárea de expansão de 40 hectares e será inaugurada numacerimónia que contará com a presença do secretário de Esta-do do Desenvolvimento e Coesão, Nelson Souza. A inau-guração será seguida pelo lançamento da primeira pedrado investimento da Gracious Circle Energy, empresa decapitais belgas.

A nova unidade, que deverá estar a funcionar no verãodeste ano, é uma fábrica produção de carvão vegetal “piro-lítico”, uma tecnologia apresentada pela empresa comosendo “totalmente amiga do ambiente, assente num novoparadigma de produção deste produto, voltado para asustentabilidade, respeito pelo meio ambiente e eficiênciana utilização dos recursos naturais”.

Câmara da Trofa anuncia redução dopreço da água a partir de maio

A Câmara da Trofa anunciou que a tarifa da água vai baixar15% a partir de 01 de maio para três escalões deconsumidores domésticos, bem como para instituições desolidariedade social. Em comunicado a autarquia da Trofa,distrito do Porto, refere que a redução vai ter efeitos a partirde 01 de maio e inclui períodos de faturação referentes adias do mês de abril, mantendo-se até ao final do ano.

Além da redução de 15% para consumidores domésticosdo 1.º, 2.º e 3.º escalões, também as Instituições de Soli-dariedade Social e Instituições de Utilidade Públicabeneficiam desta medida.

Chegada dos franciscanos a Portugalhá 800 anos assinalada em junho emCoimbra

Os 800 anos da chegada dos franciscanos a Portugal vãoser assinaladas em Coimbra a 16 e 17 de junho, inclusivepara “relançar o carisma franciscano”, anunciou a comissãoorganizadora.

“O carisma franciscano é muito atual hoje” e “é precisorelançar este carisma”, para “despertar a esperança dospobres e dos simples”, disse na sessão de apresentação doprograma comemorativo, Severino Centomo, da Ordem dosFrades Menores Conventuais e um dos membros da co-missão organizadora das comemorações da efeméride emCoimbra. É preciso “despertar o interesse pelo carisma fran-ciscano, a começar por nós próprios”, sustentou o frade,que falava em Coimbra, na mesma sessão, no claustro doantigo Colégio do Carmo/Ordem Terceira Franciscana, naRua da Sofia (classificada Património da Humanidade em20013 pela UNESCO – Organização das Nações Unidaspara a Educação, Ciência e Cultura).

As comemorações, de cariz “cultural, académico ereligioso, mas também recreativo”, centram-se essencial-mente nas jornadas, que, subordinadas ao tema “Oito sécu-los de presença franciscana/Memória e vivência”, decorrerãonos dias 16 e 17 de junho no Convento São Francisco (recen-temente recuperado e transformado em centro de conven-ções e espaço cultural).

Mulher baleada em Famalicãopelo companheiro “por acidente”

Uma mulher de 30 anos foi baleada sexta-feira pelo seucompanheiro em Ruivães, Famalicão, alegadamente “poracidente”, informou fonte da GNR. Segundo a fonte, o autordos disparos, de 61 anos, foi detido. A fonte acrescentouque a mulher foi atingida no peito e numa axila.

Na origem do incidente terá estado uma rixa por motivospassionais, que envolveu também o ex-marido da mulherbaleada. A intenção do agressor seria disparar sobre ohomem, de 30 anos, mas a mulher ter-se-á intrometido entreos dois, acabando por ser atingida. O ex-marido da mulherbaleada sofreu ferimentos ligeiros.

Marca portuguesa de telemóveisinveste 1,6ME em Coruche paracomeçar produção este ano

A Iki Mobile, marca portuguesa de telemóveis, anunciouum investimento de 1,6 milhões de euros em Coruche nainstalação da sua primeira fábrica em Portugal, que pretendeter pronta no Verão.

Numa conferência de imprensa à sombra de sobreiros,sinalizando a incorporação da cortiça como fator distintivoda marca, o presidente executivo da Iki Mobile, Tito Cardoso,afirmou que a fábrica vai arrancar, “em fase transitória”, nasantigas instalações da Tegael (unidade das áreas da energiae telecomunicações que encerrou em 2012), enquantodecorre o processo que permitirá a construção de raiz numterreno situado no Parque Empresarial do Sorraia. TitoCardoso afirmou que o investimento anunciado a semanapassada – com expectativa de lançar o primeiro telemóvelno mercado em setembro - se fará com capitais próprios,sendo previsível a criação de “entre 44 a 50” postos detrabalho no primeiro ano.

Agressões a trabalhadores da RTP repetem-sedemasiadas vezes, denuncia CT

A Comissão de Trabalhadores da RTP denunciou sexta-feira “que se repetem as agressões a trabalhadores” daempresa pública de televisão, após dois jornalistas teremsido agredidos na quinta-feira durante uma reportagemjunto a uma escola, em Lisboa.

Um repórter de imagem foi agredido no exterior daEscola Básica dos Lóios, na freguesia de Marvila, no de-correr de uma reportagem relacionada com “a eventualviolação de um menor por outro menor”, alunos daqueleestabelecimento de ensino, supostamente atacado porfamiliares de uma criança envolvida na alegada violação.

“Hoje [quinta-feira] não foi infelizmente um dia anor-mal: quer verbalmente, quer fisicamente repetem-se de-masiadas vezes as agressões a trabalhadores da RTP. Ojornalista repórter Ricardo Mota foi violentamente agre-dido, tendo recebido assistência hospitalar”, refere um co-municado da CT, enviado às redações na noite de quinta-feira. A equipa de reportagem era composta pelosjornalistas Lavínia Leal e Ricardo Mota.

“A CT vai exigir junto do Conselho de Administração(CA) que a RTP se constitua assistente no processo-crime,que decerto se seguirá e que proceda depois ao respetivoprocesso cível. Esperamos que sejam apuradas respon-

sabilidades até às últimas consequências. Até ao fim. Se oCA não o fizer, fá-lo-emos nós, os trabalhadores”, indicao comunicado.

Os representantes dos trabalhadores da RTP afirmamque, “seja por questões políticas ou pela demagogia comque os assuntos da RTP são tratados, hoje, sair à rua numcarro com a marca RTP é um risco” que conhecem, mas,dizem, “não têm” de aceitar.

Um repórter de imagem da RTP foi agredido sexta-feirano exterior de uma escola em Marvila, em Lisboa,alegadamente por familiares de uma criança envolvidanum suposto caso de violação entre alunos, disse à Lusafonte policial.

Segundo o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP(Cometlis), a equipa da RTP, composta por uma jornalistae um repórter de imagem, tinha-se deslocado para juntoda Escola Básica dos Lóios, na freguesia de Marvila, pararealizar uma reportagem na sequência de suspeitas rela-cionadas com “a eventual violação de um menor por outromenor”, alunos daquele estabelecimento de ensino.

Pouco tempo depois de chegar ao local, a equipa da RTPterá sido agredida por familiares do aluno suspeito daviolação.

Lone Star vai injetar 1.000 ME paracontrolar 75% do capital do Novo Banco

Projeto de luta contra o cancro dopulmão chegou a quase seis mil alunos

A Associação Portuguesa de Luta contra o Cancro doPulmão (Pulmonale) promoveu desde 2012 ações desensibilização em 86 escolas básicas e secundárias do Portoe Lisboa, abrangendo 5.666 alunos, segundo um balançofeito pelos dirigentes.

Esse “esforço de sensibilização abrangeu ainda trêsfaculdades e mais 135 alunos” disse António Araújo, opresidente da direção Pulmonale, uma associação sediadano Porto.

“Trata-se de um projeto em dois formatos, que abrangesessões de esclarecimento sobre a problemática do cancrodo pulmão e de sensibilização, num âmbito mais alargadono tempo, e que esperamos possa chegar aos familiaresdos alunos e professores”, explicou.

Morreu o escritor Fernando CamposO escritor Fernando Campos, autor de romances

históricos, entre os quais “A Casa do Pó”, morreu nosábado, em Lisboa, aos 92 anos.

Licenciado em Filologia Clássica, docente durante váriosanos, Fernando Campos estreou-se tarde no romance, aos62 anos, precisamente com “A Casa do Pó”, em 1986,que continua a ser uma das obras mais conhecidas do autor,com mais de uma dezena de edições.

Depois deste romance, que lhe tomou mais de uma dé-cada de pesquisa e escrita, Fernando Campos publicoumais de uma dezena de obras, entre as quais “O homemda máquina de escrever”, “O pesadelo de dEUS”, “Psci-ché”, “A esmeralda partida”, “A sala das perguntas”, sobreDamião de Góis, e “O cavaleiro da águia”.

Em 2011 publicou “A rocha branca”, biografia roman-ceada da poetisa Safo, e, um ano depois, “Ravengar”, oúltimo romance, pela Alfaguara, a editora pela qualrepublicou várias obras, de forma cronológica.

“Para cada um dos seus romances históricos, FernandoCampos faz uma cuidada e meticulosa pesquisa para poderrecriar ao pormenor tudo o que se passou na época ouacontecimentos que retrata. Só recorre à imaginaçãoquando há dados que não são conhecidos”.

A norte-americana Lone Star vai realizar injeções decapital no Novo Banco no montante total de 1.000 milhõesde euros, dos quais 750 milhões de euros logo no fecho aoperação e 250 milhões de euros até 2020.

“Por via da injeção de capital a realizar, a Lone Starpassará a deter 75% do capital social do Novo Banco e oFundo de Resolução manterá 25% do capital”, lê-se nocomunicado do Banco de Portugal.

Numa curta declaração aos jornalistas, o governador doBanco de Portugal tinha confirmado a venda do NovoBanco à Lone Star, formalizada com a assinatura dosdocumentos contratuais por parte do Fundo de Resolução.

“A assinatura do contrato permite que seja cumprido oprazo de venda fixado nos compromissos assumidos peloEstado junto da Comissão Europeia. Após a conclusão daoperação, cessará a aplicação do regime das instituiçõesde transição ao Novo Banco”, informou o regulador.

PR sustenta que portugueses podemficar descansados com solução

O Presidente da República disse que os contribuintespodem ficar descansados com a solução encontrada peloGoverno para o Novo Banco, uma vez que a garantia serádo fundo de resolução e não do Estado.

“Podem ficar descansados de que a solução encontrada,que é na linha do Governo anterior, é de não haver garantiado Estado, não haver responsabilidade do Estado, mas dofundo de resolução”, sustentou o chefe de Estado, Marcelo

Rebelo de Sousa.No final da inauguração da unidade residencial Aristides

de Sousa Mendes, do Centro Social professora Elisa Bran-co, em Cabanas de Viriato, concelho de Carregal do Sal,Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que o Estado não entracom garantia na venda do Novo Banco. “São os bancosque, realmente, a 30 anos, caso seja possível, irão pagandoaquilo que for a diferença, esperemos que seja o mínimopossível”, acrescentou.

O Presidente da República destacou que a solução se-guida por este Governo foi “igual à seguida pelo Governoanterior”. “Como se lembrarão, o Governo anterior recusousempre a hipótese de ser o Estado a capitalizar ou a garantirno caso de perdas. O que se passa e passa até pela presençado fundo de resolução pelo capital do banco, é que o Estadonão intervém, o Estado não deu garantia”, referiu.

De acordo com Marcelo Rebelo de Sousa, a gestão dos“ativos problemáticos, que são eventualmente perdas”, vaiser acompanhada pelos bancos, “com a ideia de limitar aomáximo a projeção nos contribuintes”.

“Esta é uma solução que acredita que é possível, numprazo de tempo, vender esses ativos, reduzir o risco deperdas que serão suportados durante 30 anos pelos bancose reduzir ou limitar a projeção imediata de eventuaisprejuízos nos cidadãos. O Estado não entra com garantia,são os bancos que realmente a 30 anos, caso seja possível,irão pagando aquilo que for a diferença, esperemos queseja o mínimo possível”, explicou.

Questionado sobre os 13 mil milhões de euros que Portu-gal já gastou para salvar bancos, o Presidente da Repúblicaconsiderou que ficaria ainda mais caro se demorasse maistempo a ser resolvido. “Quando o Estado meteu o dinheiroque meteu para o sistema financeiro, meteu-o para evitarperdas que não seriam 13 mil milhões, seriam várias vezessuperior, porque uma liquidação de bancos, uma crisegrave de bancos, teria uma consequência de 13 mil milhõesmultiplicados por muito”, concluiu.

Coro açoriano participa em representação dePortugal em Festival Internacional de CorosVox Cordis canta Tomás de Borba e Francisco Lacerda em Assis

O coro da Vox Cordis - Associação Musical vai efectuarentre 13 e 23 de Abril uma digressão a Cascais e Assis,Itália, durante a qual realizará diversos concertos,destacando-se, no dia 14, no Centro Cultural de Cascaise os 3 que integram o International Choir Festival,“Voices for Peace”, em Assis e cujo tema do mesmo é:“Singing together brings nations together”.

Integrarão a comitiva coral mais de 40 elementos, queinterpretarão Francisco Lacerda e Tomás de Borba, doisgrandes compositores açorianos, e que foram osescolhidos para levar o nome dos Açores até àquelasparagens, não se conhecendo qualquer registo, até aomomento, de quaisquer interpretações das obras (sacrase profanas) a serem executadas. Algumas das referidaspeças ainda se encontram manuscritas pelos próprioscompositores e pertencem ao espólio da RegiãoAutónoma dos Açores.

Nos outros dois concertos em Assis, será interpretada,entre outras, a “Messa a quattro voci da cappella” deClaudio Monteverdi, associando-se assim àscomemorações dos 450 anos do seu nascimento.

Os concertos em Assis terão lugar na Basilica de SantaMaria degli Angeli, na Basilica Inferiore di SanFrancesco e na Chiesa di San Pietro.

O coro da Vox Cordis, oriundo da ilha de São Miguel,será o único representante de Portugal no referido evento.

O “Voices for Peace”, é organizado pela Interkultur(www.interkultur.com) - uma organização que promove

diversos tipos de festivais e competições corais (nãoprofissionais), por todo o mundo.

Destina-se a juntar organizações corais, sem finslucrativos e comerciais e que perseguem os mesmosinteresses em rede e seguem metas de apoio à cultura aonível internacional. A Interkultur conta no seu historialrecente a organização de 173 eventos corais, queenvolveram a participação de 8.581 coros e de 375.290coristas, representando 103 países de todo o mundo.

A Vox Cordis conta com o apoio do Governo Regionaldos Açores através das Direcções Regionais da Culturae do Turismo, da Câmara Municipal de Ponta Delgada,da ANA – Aeroportos, da Câmara Municipal de Cascais,do Padre José Paulo Machado e da parceria da SATA.

Moradores revoltados com obrasem Santana, no Nordeste

Os moradores da freguesia de Santana (Feteira Grande eFeteira Pequena), no concelho de Nordeste, estão revoltadoscom a intervenção que está ser realizada na Rua da Igrejadaquela localidade, “arruamento que é pertença da CâmaraMunicipal de Nordeste”, segundo avançou o vereador do PSDdo município nordestense, Eduardo Cabral, em comunicado.

Segundo foi avançado na mesma nota, as obras em causa,da responsabilidade daSecretaria Regional dosTransportes e ObrasPúblicas, estão a “es-trangular a entrada/saídana referida rua e a pôr emcausa a segurança doscondutores, passageiros epeões que ali circulam”.

Quarta-feira da passasemana foi entregue umabaixo-assinado naautarquia, com mais de100 assinaturas, a solicitarao presidente do mu-nicípio que “intercedajunto da referida secre-taria regional, no sentidode ser reposta a estruturaalargada existente antesdas obras”.

Na nota de impensa enviada às redações lê-se que osmoradores, “durante muitos anos, cederam terrenos paraalargar os caminhos e as canadas da freguesia e agora, numgesto incompreensível, estão a fazer exatamente o contrário,ou seja, a estreitar as ruas dificultando o acesso a autocarrose a outras viaturas pesadas”. Por outro lado, os moradoresda freguesia “não compreendem” como as obras foramautorizadas, “numa parte do arruamento que pertence àautarquia, cujo dinheiro ali despendido poderia servir paraoutras necessidades da freguesia, nomeadamente um abrigode passageiros no lado oposto ao existente, ou um passeioao longo da estrada regional entre as duas localidades, ou abeneficiação do pequeno jardim à entrada do ramal no seulado poente”, lê-se na nota.

Novo Banco dos Açorescom resultado líquidode 1,7 ME em 2016

O Novo Banco dos Açores anunciou que encerrou oexercício de 2016 com um resultado líquido positivo decerca de 1,7 milhões de euros, apesar do “contexto extre-mamente difícil”, tendo captado mais de 2.200 novosclientes. “Como é sabido, foi no decurso do mandato destaadministração que foi aprovada a resolução que extinguiuo BES e permitiu a criação do Novo Banco, que é o acio-nista de referência do Novo Banco dos Açores, com 57,5%do capital”, refere em comunicado o Novo Banco dos Aço-res, anteriormente Banco Espírito Santo dos Açores.

O Novo Banco dos Açores assume que a liquidação doBES trouxe “muitas dificuldades”, que foi possível ultra-passar “com muita resiliência e qualidade”, de tal formaque “os indicadores em 2016 encontram-se todos comdesempenhos muito positivos”.

Quanto ao exercício de 2016 o banco destaca que osdepósitos à ordem tiveram um crescimento relativamentea 2015 de 14,6%, passando de 63,2 para 72,4 milhões deeuros, enquanto os depósitos a prazo passaram de 275,4para 278,5 milhões de euros, a que corresponde um cres-cimento de mais 1,1%.

Cinco arguidos acusadosde crime e tráfico de droga

O Ministério Público acusou cinco arguidos dos crimesde associação criminosa e tráfico de estupefacientesagravado. De acordo com a Procuradoria da Comarca dosAçores, foi deduzida acusação a 01 de março contra cincoarguidos, residentes na Ribeira Grande, São Miguel,“imputando-lhes a prática, em concurso, de um crime deassociação criminosa e de um crime de tráfico de estu-pefacientes agravado”.

O Ministério Público esclarece que o tráfico de droga“desenvolveu-se entre os anos de 2011 e 2016” e, nodecorrer da investigação, a 31 de agosto de 2016, “foramapreendidas, na posse dos arguidos, heroína, cocaína ehaxixe que, no seu conjunto, correspondiam a mais de3.500 doses unitárias, drogas que lhes renderiam a quantiaaproximada de 96 mil euros”.

“Nessa mesma altura, foi-lhes apreendida quantia emdinheiro superior a 40 mil euros, indiciariamente prove-niente daquele tráfico”, adianta a Procuradoria da Comarcados Açores, acrescentando que dois dos arguidos estãodetidos preventivamente.

Estudo reduz para metade o valor daampliação da pista do Aeroporto da Horta

Um estudo apresentado sexta-feira por um grupo detrabalho criado pela Câmara Municipal da Horta, reduzde 73 para 35 milhões de euros o custo aproximado daobra de ampliação da pista do Aeroporto da Horta, nosAçores.

O documento, elaborado pelos técnicos que integram ogrupo de trabalho (presidido pelo ex-diretor do Aeroporto),propõe a ampliação da pista dos atuais 1.600 para 2.050metros de comprimento, em terrenos conquistados ao mar,e por um valor substancialmente inferior ao inicialmenteprevisto.

“Esta obra não é um capricho dos faialenses! É umaobra fundamental para o nosso futuro”, insistiu opresidente do município, José Leonardo Silva.

O autarca lembra que esta obra, há muito reivindicadapelas forças vivas locais, permitiria que os aviões da AzoresAir Lines, que fazem as ligações entre Lisboa e a Horta,pudessem operar sem restrições, além de permitir queaquela infraestrutura pudesse receber voos internacionaisda Europa.

“Esta solução permite-nos perspetivar o futuro”,salientou José Leonardo, lembrando que, além da am-pliação da pista, a obra permitiria também potenciar a

construção de uma nova aerogare e de uma nova placa deestacionamento para aviões. O problema que se colocaagora é saber quem é que vai pagar o custo das obras, umavez que o Aeroporto da Horta é propriedade da empresa“Vinci”, sobre a qual nem a Câmara da Horta, nem oGoverno dos Açores têm qualquer influência.

“Este é um documento de pressão! Vamos agora apre-sentá-lo ao Governo Regional, ao Governo da Repúblicae à ANA [Vinci], e esperamos que nos deem uma respostarápida e concreta”, insistiu o autarca, segundo o qual, esteinvestimento pode ser candidatado a fundos comunitários.

A solução técnica avançada pelo grupo de trabalho con-siste em ampliar a pista do Aeroporto da Horta nos doissentidos (105 metros para o lado da cidade e 350 metrospara o lado do Morro de Castelo Branco), em terrenosconquistados ao mar. A ampliação da pista é uma reivin-dicação não apenas da Câmara Municipal da Horta, mastambém da população local, que chegou a manifestar-seem setembro do ano passado, fora do Parlamento dosAçores, exigindo a concretização da obra.

Sindicato critica novos aviõesda SATA e fala de degradaçãodas condições laborais

O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil(SNPVAC) criticou a opção da SATA pelos novos aviões A321-neo e denunciou a “degradação das condições laborais”na companhia aérea açoriana.

Numa carta enviada ao presidente do Governo dos Açores,Vasco Cordeiro, o SNPVAC refere que os aparelhos enco-mendados pelo Grupo SATA para as viagens de longo curso,“não correspondem às necessidades comerciais dos passagei-ros tipo da Azores Air Lines/Sata Internacional, ou seja, a diás-pora açoriana e os emigrantes”.

“Este nosso alerta é feito porque o A321-neo LR ainda nãofoi construído e apenas existem projeções de que este aviãopoderá cumprir com os objetivos técnicos a que se propõe, osquais são apenas garantidos pela Airbus”, adverte a direçãodo SNPVAC, no mesmo documento.

Os sindicalistas lembram ao presidente do Governo dosAçores (que detém a maioria do capital social da companhiaárea) que esta escolha pelos novos aviões “ainda pode serrevertida, ou, pelo menos, melhorada”.

“Esta política frágil de sucessivas mudanças estratégicas,na aquisição de aviões que depois se mostram serinadequados, da redução da frota de aviões e de rotas, apenaslevam a uma retração financeira que tem prejudicado o GrupoSATA, a Região Autónoma e o povo açoriano”, adianta oSNPVAC. O sindicato entende que a opção pelo A330 teriasido mais acertada, recordando que este modelo é atualmenteconsiderado na aviação mundial, como “um dos melhores,senão mesmo o melhor, para viagens de longo curso”. A cartadirigida ao chefe do executivo açoriano crítica também a atualadministração do Grupo SATA, liderada por Paulo Menezes,por ter rejeitado a vinda de um segundo A330 para a região,mas sobretudo, pela alegada “degradação das condiçõeslaborais” na empresa.

Confrontado com as críticas do SNPVAC, o presidente doConselho de Administração da SATA, Paulo Menezes,escusou-se a comentar o teor da carta enviada ao presidentedo Governo. O administrador da companhia aérea insiste,porém, que as críticas já anteriormente feitas à escolha dosnovos aviões A 321-neo, para a operação de longo curso daAzores Air Lines, não fazem qualquer sentido.

“Foram avaliados vários modelos de equipamentos e aoperação que pretendemos fazer, e chegou-se à conclusãoque este tipo de equipamentos, o A321-neo, era o mais ade-quado, até porque os nossos concorrentes também adotarameste tipo de avião”, recordou Paulo Menezes.

O presidente do Grupo SATA entende também que aoperação da companhia será “substancialmente melhorada”com estas novas aeronaves, permitindo “mais voos, maisfrequências e mais conforto” e ainda um custo de combustível“substancialmente reduzido”. Paulo Menezes disse ainda queaguarda, há quase um ano, que o SNPVAC apresente osestudos técnicos que diz ter, que alegadamente comprovamque os aviões A321-neo, não servem a operação da SATA.

Sobre a existência de instabilidade laboral no seio dacompanhia aérea, Paulo Menezes não se pronuncia, garantin-do apenas que, com o equilíbrio financeiro que a empresaprocura, será possível, no futuro, garantir “melhores condiçõesaos trabalhadores”.

Quarta-feira, 05 de abril de 2017 PORTUGUESE TIMES Açores/Madeira 23

EEEEEXPRESSAMENDESXPRESSAMENDESXPRESSAMENDESXPRESSAMENDESXPRESSAMENDES

Eurico Mendes

Devin Nunes, as vaquinhas e a embrulhada de Trump com a Rússia

O congressista Devin Nunes.

Devin Gerald Nunes é o homem de quem se falanos EUA e é cá dos nossos. Futebolisticamente,claro. No seu gabinete no Capitólio, em Washing-ton, tem emoldurada uma camisola autografada deLuís Figo. Mas além de sportinguista, é tambémcongressista dos EUA e presidente do Comité Per-manente do Serviço de Informações da Câmara dosRepresentantes (HPSCI) e nenhuma destas coisasé fácil hoje em dia.

Neto de açorianos de São Jorge, Nunes é o maisvelho dos dois filhos do casal Anthony e Diane Nu-nes, e nasceu a 1 de outubro de 1973 (43 anos) naherdade da família em Tulare, Vale de San Joaquim,Califórnia, onde, segundo se diz, vivem mais açoria-nos do que nos Açores.

Formou-se aos 25 anos, em 1995, na CaliforniaPolytecnic State University de San Luis Obispo,com um mestrado em gestão agrícola e um bacha-relato em agricultura. Casou com Elizabeth Tamariz(têm três filhas) e em 1996 candidatou-se pelaprimeira vez ao Congresso pelo 20º distrito con-gressional da Califórnia. Perdeu nas primáriasrepublicanas. Dedicou-se então às vacas da famíliae em 2001 o presidente George W. Bush arranjou-lhe emprego bem sonante no Departamento deAgricultura: diretor do desenvolvimento rural daCalifórnia. Ainda em 2001, logo após os atentadosde 11 de Setembro, anunciou que deixava as vaqui-nhas, pelo menos temporariamente, e concorria denovo ao Congresso. Ainda assim, “tudo o que euqueria era ser produtor de leite”, disse Nunes naaltura a um grupo de estudantes do ensino médio,segundo um artigo publicado no Fresno Bee.

Foi eleito em 2002, já lá vão 14 anos, e tem sidosempre reeleito folgadamente. Nas eleições de 2016,

por exemplo, teve o apoio de dois terços dos elei-tores. Mas sempre que as coisas se complicam con-tinua a dizer que tudo o que quer é trabalhar comas vacas na herdade da família, a sua ocupaçãoantes de se dedicar à política.

No primeiro mandato, Nunes foi nomeado parao Comité da Agricultura, mas no mandato seguintejá o escalaram para o influente Committee on Waysand Means, com uma palavra a dizer nas taxas,tarifas e outras receitas fiscais. Tornou-se um dosmais influentes congressistas republicanos e, em2010, a revista Time considerou Devin Nunes umadas 40 estrelas da política americana com menosde 40 anos.

Regra geral, a escolha para posições de liderançano Congresso é baseada na antiguidade, mas JohnBoehmer, que era então o presidente da Câmara,gostou do novato Nunes, que angariava mais di-nheiro para o Partido Republicano do que muitoscongressistas veteranos e nomeou-o para HPSCI em2011. Ainda por decisão de Boehmer, em 2015 oleiteiro da Califórnia tornou-se o mais jovem presi-dente de sempre do organismo encarregado dasupervisão das 17 agências de espionagem civis emilitares dos EUA.

Nessa altura já Donald Trump anunciara a candi-datura a candidato presidencial do Partido Republi-cano, mas poucos republicanos acreditavam queganhasse a nomeação e ainda menos que viesse aser eleito. Nunes só começou a apoiar Trumpquando o candidato visitou Tulare em 30 de agostode 2016 e o congressista organizou um almoço emque o preço dos bilhetes oscilava entre os 2.700 eos 25 mil dólares, e que rendeu mais de um milhãode dólares para os cofres da campanha do magnata.Desde esse dia, Trump não largou mais Nunes e,depois de eleito, chamou-o para a sua equipa detransição presidencial. Convidou-o para fazer partedo seu governo, Nunes recusou para continuar naCâmara dos Representantes, mas “tem uma linhadireta para Trump”, conforme revela o portal dainternet Político, que colocou este neto de açorianosna lista dos 30 mais poderosos de Washington.

Habitualmente, o Comité de Inteligência ocupa-sede questões como Edward Snowden, o ex-funcionárioda CIA e da National Security Agency que denunciouos programas de espionagem que permitiam ao go-verno americano colocar uma cidade inteira comoTóquio sob escuta telefónica e depois pediu asilo àRússia em 2013. Ou os e-mails que Hillary Clintonteria mandado enquanto foi secretária de Estado eque serviram para, durante a campanha eleitoral,Trump desviar as atenções das suas bancarrotas, dassuas fraudes no não pagamento de taxas e dos seuscontos do vigário como a Trump University, que fun-cionou entre 2005 e 2011, e pela qual pagou agora 21milhões de dólares de indemnizações a quatro milantigos estudantes.

Nesta altura, o HPSCI está conduzindo uma dasinvestigações mais complexas e polémicas na me-mória recente do Congresso: é sobre a intromissãoda Rússia na campanha presidencial de 2016 e a turvarede de possíveis contatos da campanha do presi-dente Trump com agentes do governo russo quesupostamente interferiram nas eleições americanas.

Há muito tempo que o FBI, a CIA e outras agênciassecretas americanas não tinham qualquer dúvidassobre a interferência russa na campanha eleitoral nosentido de favorecer Trump e prejudicar HillaryClinton, designadamente através da revelação de e-mails incómodos para Hillary e para o Partido De-mocrático, que os russos piratearam e forneceram àWikileaks para que fossem divulgados. Essas revela-ções foram feitas em outubro de 2016, a um mês daseleições, e não deixaram dúvidas a ninguém daintervenção russa no processo presidencial norte-americano. A abertura de uma investigação deve-seao facto de haver fortes indícios de que a interferênciade Moscovo teve a colaboração de membros da cam-panha de Trump. Se vier a comprovar-se, esse even-tual conluio colocará os seus autores como respon-sáveis por um crime federal por cooperarem com umapotência estrangeira.

A investigação poderá durar muitos meses ou atéanos, dado tratar-se de uma operação de contra-espionagem, particularmente delicada e morosa. Maspela campanha de Trump passaram vários persona-gens com ligações à Rússia e aos seus dirigentes. Omais destacado foi Michael Flynn, general na reservaque era um velho amigo dos russos e que foi escolhidopor Trump para chefiar o Conselho de Segurança Na-cional. Mas esteve no cargo apenas 24 dias e demitiu-se por ter ocultado os contatos com o embaixadorrusso em Washington logo após o presidente Obamater decretado sanções a Moscovo, justamente porcausa da interferência na campanha eleitoral.

Outro personagem com ligações a Moscovo é PaulManafort, que foi director de campanha de Trumpdurante dois meses e teria recebido mais de 12 mi-lhões de dólares como conselheiro do presidenteucraniano Yanukovich, derrubado em 2014 e que eraum protegido da Rússia. Carter Page era conselheirode política externa de Trump e foi obrigado a demitir-se quando se soube de um discurso que tinha feitoem Moscovo muito crítico sobre o papel dos EUA.

Já são três casos de demissões por causa de ligaçõesao Kremlin. Mas se alargarmos a busca ao domíniodos negócios, a lista aumenta substancialmente. RexTillerson, o atual secretário de Estado, era presidenteda Exxon-Mobil antes de assumir o actual cargo enessa qualidade tinha negócios com as petrolíferasrussas e foi condecorado com a Ordem da Amizadepor Vladimir Putin. O próprio presidente Trumporganizou em Moscovo o concurso de Miss Universo2013, com o qual ganhou muito dinheiro, e gabou-sevárias vezes de ter vendido muitas mansões a oli-garcas russos. Os serviços de espionagem inglesesdizem que a Rússia compilou informações

comprometedoras de Donald Trump para o chan-tagear em caso de necessidade e desse dossierconstarão orgias com prostitutas em Moscovo e SãoPetersburgo em 2013, durante visitas de Trump.Uma das noitadas teria sido gravada pelo Kremlin.

Por esta pequena amostra verifica-se que o novelodas ligações da “entourage” de Trump ao Kremliné extenso e complexo. Ironicamente, só a CasaBranca parece não ter percebido a gravidade daquestão. A contagem de votos esteve a salvo dequalquer interferência manipuladora, mas não acampanha e a influência dos eleitores. E quem odisse muito claramente foram o diretor da NSA,Mike Rogers, e o diretor do FBI, James Comey, quese mostrou convicto de que os russos tentarão fazero mesmo nas presidenciais de 2020 e até naslegislativas intercalares de 2018.

Há dias, foi divulgado que Michael Flynn estarádisposto a falar sobre os seus encontros com oembaixador russo, desde que lhe seja garantida imu-nidade, o que sugere que o general teme problemasjudiciais pela breve passagem pelo cargo deconselheiro de Segurança Nacional.

A gravidade da investigação em curso sobre oscontatos dos russos com pessoas da administraçãoTrump incomoda os republicanos, nomeadamenteo senador John McCain e o próprio Devin Nunes,que disse ser uma nuvem negra que vai pairar sobrea Casa Branca e a administração Trump por tempoindeterminado. E poderá tornar-se tão espessa queacabará por tapar o sol...

O melhor que a Casa Branca arranjou para desviaras atenções da investigação sobre a influência daRússia nas eleições foi pedir ao Congresso queexaminasse se o governo Obama ordenara escutastelefónicas da Trump Tower em New York, edifícioque serviu como sede da campanha de Trump. Opresidente não forneceu nenhuma evidência e oFBI desmentiria as escutas, pedindo ao Departa-mento de Justiça para esclarecer que a afirmaçãode Trump era falsa e devia ser corrigida, mas oattorney general Jeff Sessions (nomeado por Trump)nada fez, acrescentou o relatório do FBI.

As coisas começaram a sair dos trilhos para DevinNunes quando, sem conhecimento dos outrosmembros do comité a que preside, se dirigiu à CasaBranca e anunciou bombásticamente que uma fonteanónima lhe dera informações que pareciam validaras alegadas escutas telefónicas de Trump. Anunciouter recebido informações mostrando que funcio-nários da Trump Tower foram apanhados inadverti-damente em operações de vigilância contra espiõesestrangeiros suspeitos e não era verdade. Mais tarde,reconheceu que não tinha provas e pediu desculpas.Mas não ter informado os outros membros docomité do seu encontro com Trump pode constituircrime e muitos democratas e alguns republicanosestão pedindo a sua renúncia.

Nunes colocou-se no centro da embrulhadaTrump-russos e é uma coisa pouco nobre para pôrem risco a sua carreira política. Embora nestemomento não haja provas de que Trump tenhaagido ilegalmente, o presidente não está livre deum processo de impeachment. Entretanto, o paístem o direito de esperar um comportamento muitomais circunspecto do presidente do HPSCI.

Nunes não se apercebeu que o segredo no negócioda espionagem é precisamente o segredo. Elepróprio reuniu-se a 18 de janeiro no Hotel Trump,em Washington, com o ministro das RelaçõesExteriores da Turquia Mevlüt Cavusoglu e MichaelFlynn, o futuro diretor de Segurança Nacional, enão o deveria ter feito enquanto membro do HPSCI.

Não há dúvida que Nunes faz parte do esquemado Partido Republicano e tem influência na actualliderança conservadora na Câmara dos Represen-tantes. Mas aos olhos de especialistas em segurançanacional, democratas e até mesmo alguns republi-canos, comprometeu a imparcialidade da investiga-ção da comissão do Congresso sobre a interferênciada Rússia nas eleições de 2016 e devia demitir-se.

Nunes está demasiado comprometido com umTrump xenófobo e racista, o que não é das melhorescoisas para qualquer político, sobretudo quandorepresenta um distrito com uma população de 739mil habitantes dos quais 435 mil são latinos.Sempre que as coisas se complicam no Capitólio,Nunes diz que tem saudades das suas vaquinhas,pois é possível que volte para elas. Talvez mais cedodo que pensa.

24 Portuguese Beat PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 05 de abril de 2017

Quarta-feira, 05 de abril de 2016 PORTUGUESE TIMES Crónica 25

CRÓNICA

DO ATLÂNTICO

Osvaldo Cabral

Em louvor dos‘sex’agenários

Agora que os governos e as empresas já mandampara casa pessoas com mais de 50 anos de idade,neste cerimonioso ciclo chamado de “reformas ante-cipadas”, deixem-me alertar que é a partir da “idadeamadurecida” que os níveis de felicidade aumentamsubstancialmente.

Não sou eu que o digo, são os investigadores dasUniversidades de Chicago (EUA), Warwick e Cam-bridge (Reino Unido), que asseguram que o enve-lhecimento dá alegria. Os psicólogos explicam quenão é propriamente a idade, mas o que vem com aidade faz oscilar os níveis de felicidade.

De acordo com os estudos, as pessoas são geral-mente mais felizes até aos 18-20 anos, porque osjovens relacionam-se muito uns com os outros esem preocupações com as necessidades básicasporque ainda vivem com os pais; são mais infelizes,depois, porque surge a angústia do primeiro em-prego (sobretudo nos dias de hoje) e a pressão socialpara ter carro, casa, carreira (e provavelmente cartãode militante, ou de subserviência ao chefe) baixandoos níveis de felicidade; mas depois retomam a alegriacom a idade mais amadurecida, a partir dos 50,numa correlação em forma de “U”.

Os níveis de felicidade aumentam a partir daquelaidade porque há mais tempo livre para a família epara o convívio com os amigos, suaviza-se a posturaface a muitos aspectos da vida e a sabedoria leva àracionalização, segundo os mesmos estudos.

A famosa revista “The Economist”, na sua últimaedição de 2010, já anunciava que a “alegria do enve-lhecimento” ou a verdadeira vida começa aos 46anos.

E concluía que os mais velhos armam menos sari-lhos - é só ver as redes sociais :) -, são mais rápidosa encontrar soluções, estão mais sensíveis a ajudaros outros, têm mais tempo para reflectir e decidir (éver os governos de rapazes), prezem mais os senti-mentos e, por tudo isso, são mais felizes, o que temefeitos comprovados na saúde e na produtividade.

Como lembrou, muito bem, a Inês Pedrosa,citando o mesmo “The Economist”, é urgente rever-mos a ideia de que o envelhecimento é um fardopara os países.

A escritora vai mais longe: “Os mais velhos sãomesmo, como a cultura tribal defendia, os maissábios. São também, descobrimo-lo agora, os maisactivamente habilitados para a felicidade. Sempregostei do brilho das rugas. O ouro do tempo sobreo azul dos dias é afinal uma evidência estatística”.

O meu amigo Fernando Madrinha também costu-mava alertar para uma certa ditadura da “exaltaçãoda juventude” como valor supremo da chamadacultura mediática, onde os apresentadores televisivosacima dos 50 não têm lugar, ao contrário dos EUA,onde os experimentados repórteres e ‘pivots’possuem cabelos grisalhos, de que foi exemplo omítico Larry King, que se despediu apenas aos 77anos...

O “rejuvenescimento de quadros” tornou-se numapanaceia neste Portugal envelhecido, sintoma de umrequintado truque para chamar a ociosidade à escalado aforismo laboral e político.

“Pois alevá”, como dizia o saudoso Victor Cruzavô (outro sábio), que certamente terá conhecido afrase kafkiana, segundo a qual “quem possui afaculdade de ver a beleza, não envelhece”!

CRÓNICA DE

DINIZ BORGES

Diniz Borges

O momento é de ação política:Um movimento absolutamente

necessário para as nossas comunidades

Trabalhemos para que o serviço público seja umacarreira repleta de regozijo e perspicácia.

John F. Kennedy, 35º Presidente dos EUA

Se a politica não é uma ciência exata, mas uma arte,como disse, repetidamente, o estadista e diplomataalemão Otto Von Bismarck, então a nossa comunidadede origem portuguesa no estado da Califórnia tem avirtude de possuir alguma “arte politica”, já que desdeos primórdios da nossa emigração que temos estadopresentes no mundo político deste colossal estadoamericano. Apesar da nossa desvigorosa organizaçãopolitica, e de sós, numericamente falando, não termosa potencialidade de eleger luso-descendentes para cargospolíticos, temos tido, através dos anos, uma frequênciamuito respeitável no mundo político deste estadoplantado à beira do Pacífico. Porém, o século XXI, quecorre a passos largos, requer outros paradigmas e daí aimportância da comunidade se organizar em termospolíticos. A recém-criada Califórnia Portuguese-American Coalition (CPAC), que tem o patrocínio eapoio basilar da Fundação Luso-Americana para oDesenvolvimento (FLAD) é, indubitavelmente, asolução que precisamos. Constituir um projeto políticona nossa comunidade; fazer sentir-se a importância doserviço publico às novas gerações; criar condições paraque mais luso-descendentes, independentemente dassuas tendências politicas, tenham voz no processo e gerarmecanismos para termos oportunidades de construirmosmais pontes com outras etnicidades, são processosfundamentais para a nossa sobrevivência em terrascalifornianas. É que tal como escreveu algures o escritoritaliano Cesare Pavese: a política é a arte do possível.Toda a vida é politica.

Longe estão os anos, em que tal como escreveu AlGraves no seu livro California’s Portuguese Politicians—a Century of Legislative Service, também este com opatrocinio da FLAD e publicado pela PortugueseHeritage Publications of California (PHPC), o jornalUnião Portuguesa anunciava, entusiasticamente, a 15 deNovembro de 1900, a eleição de John G. Mattos paraa Assembleia Legislativa. Desde então, e ultrapassados117 anos, temos tido uma amalgama de legisladoresluso-descendentes. Mas a nossa presença não passameramente pelos hemiciclos em Sacramento. São váriasas câmaras municipais, os distritos escolares, os “Boardof Supervisors” dos condados deste estado e outrascomissões locais e regionais com elementos luso-descendentes. Segundo dos recolhidos pela CPAC, numesforço começado há menos de um ano, estão devi-damente identificados 77 luso-eleitos, servindo aCalifórnia nos mais variados cargos políticos desteestado. Mais, como é sabido o Vale de San Joaquim,mais concretamente o Centro do Vale, é a única zonanos Estados Unidos onde os três congressistas são luso-descendentes: Jim Costa, Devin Nunes e David Valadão.Os primeiros dois, netos de emigrantes açorianos, e oterceiro filho de emigrantes dos Açores.

Se há que regozijarmo-nos que com uma população eluso-descendentes que ronda 400 mil pessoas, numestado com praticamente 40 milhões de habitantes,temos uma presença impressionante, particularmentea nível federal, não é menos importante recordarmosque o que foi feito, aconteceu, na vastíssima maioriasem qualquer apoio ou organização da nossa comu-nidade, o que facilmente nos leva à conclusão que, comum plano estratégico, com as sinergias do nosso movi-

mento associativo, e a nossa capacidade de criarmosligações à multitude de grupos étnicos que compõe omulticulturalismo californiano, as nossas potenciali-dades apenas começaram a despontar. O século XXIserá o século da presença de homens e mulheres deorigem portuguesa no mundo politico californiano. Arecente eleição de Cecília Aguiar-Curry para o Assem-bleia, onde há anos não tínhamos uma presença lusa, éapenas o começo de um movimento comunitário unifi-cador, independente da cor politica, para que com cadaeleição haja um crescimento no número de luso eleitosa todos os níveis, porque tal como disse algures o antigodirigente da Câmara dos Representantes, Tip O’Neil:toda a politica é local.

As comunidades de origem portuguesa no estado daCalifórnia, espalhadas desde Arcata a San Diego, pos-suem imensas potencialidades no mundo político. Sealicerçarmos o nosso legado cultural, a nossa históriade povo navegante aliada à nossa aptidão pelo agrupa-mento de culturas, a nossa abertura ao mundo, o nossoespírito de solidariedade e o nosso sentido de justiçasocial teremos os ingredientes certos para formamos,com as outras etnias, as coligações necessárias para colo-carmos em cada comunidade, um/a candidato/a luso-descendente aos distritos escolares, aos distritos de saúdee obras públicas, às câmaras municipais, às câmaras doscondados, à assembleia estadual, ao senado e daí passar-se para cargos executivos estaduais ou cargos legislativosnacionais. As possibilidades existem. Uma maior pre-sença política, de luso-descendentes, no mundo ame-ricano é perfeitamente plausível e exequível. Falta oplaneamento estratégico que a CPAC, com o apoio daFLAD, e da nossa comunidade, pode e dever efetuar. Éque tal como afirmava constantemente William James:devemos agir como que o que construímos fará adiferença, porque na realidade faz.

Há cerca de um ano, mais concretamente em marçode 2016, no consulado geral de Portugal em São Fran-cisco, foi lançado o projeto CPAC. Um ano mais tarde,está a ser planeada, para 5 e 6 de junho do ano emcurso, a primeira cimeira da CPAC. Um evento nacapital californiana que envolverá os luso-eleitos e a nossacomunidade, particularmente quem esteja interessadoem candidatar-se a um cargo politico. Em Sacramento,junto do capitólio, onde precisamos ter uma maiorcomparência e mais influência, reunir-se-ão membrosda nossa comunidade, das várias gerações, interessadosem impulsionarem um novo ímpeto na presença de luso-eleitos. É um projeto ambicioso! Há quem diga que émesmo utópico! Diria que é uma utopia necessária. Maisdo que uma quimera, uma nova era na história da nossapresença no serviço público californiano equivale-se aoque Confúcio é citado como tendo dito: acender umacandeia é muito melhor que que passar a vida a blasfemara escuridão.

Parafraseando John F. Kennedy, chegou o momentopara os luso-descendentes não perguntarem o que é quea comunidade pode fazer por eles, mas sim o que é queeles podem fazer pela comunidade. Enveredar peloserviço publico, forjar coligações com outras etnias eoutras culturas, colocar a nossa presença na praça públicacaliforniana será, certamente, a forma mais eficaz paraperpetuar o nosso legado cultural neste estado que tam-bém ajudamos, diariamente, a construir. Tal como LeoTolstoy acredito que a vocação de cada ser humano éservir os outros. A melhor analogia que temos, foi-nosdada pelo antigo vice-presidente americano Joe Bibennuma alocução feita na Universidade de Syracuse,durante a qual relembrou-nos que na realidade temosduas opções: ou cruzamos os braços e nada fazemos, oupegamos na história com as nossas próprias mãos e comonenhuma outra geração, trabalhamos e moldamos, insis-tentemente, até que se crie um mundo melhor.

NAS DUAS MARGENS

Vamberto Freitas

• DANIEL BASTOS

Ser um estranho em casa própria

A chegada a Lisboa, a vista do cais foi umdesapontamento. Tudo aquilo me pareceu feio,

desarrumado, mal-amanhado.Eugénio Lisboa, Acta Est Fabula II

Não estou certo se a palavra “pátria” aparece nestevolume das memórias de Eugénio Lisboa, Acta EstFabula/Memórias-II-Lisboa (1947-1955), mas sei queas palavras “pelintra” e “pelintrice” abundam nesta suamagnífica prosa autobiográfica em praticamente tudoque diz respeito à vida quotidiana e intelectual do nossopaís na época que vem demarcada no próprio título dolivro. Antes de mais, será preciso explicar ou relembrara alguns seus leitores que sendo este o segundo volumedas suas memórias, foi o último a ser escrito, tal comonos explica o próprio autor numa nota inicial, por razõesde idade e querendo ele “assegurar” os períodos maismarcantes da sua vida, desde o nascimento em Moçam-bique até aos diferentes períodos da sua vivência naterra natal, que terminaria como resultado do 25 deAbril de 1974, e de seguida a sua vinda definitiva paraPortugal. Não vou repetir aqui o que já escrevi sobreesses seus outros momentos e incidentes numa longaviagem repartida por dois continentes e diversos países.Relembrarei só que estamos perante uma das maisoriginais e longas caminhadas de um português, desdea sua carreira em petrolíferas em Moçambique até aAdido Cultural na nossa Embaixada em Londres,Presidente da Comissão Nacional da Unesco, aProfessor Catedrático Convidado da Universidade deAveiro, por entre outras paragens internacionais eactividades intelectuais. Eugénio Lisboa fez das ideiase da arte literária a sua verdadeira e mais significante“pátria”, ou ainda um exemplo de como um filhorelutante de um império caído teve de se movimentarpara a salvação da própria família e insistência naconcretização de uma realização literária. A diásporalusitana contou sempre com alguns dos seus filhos efilhas mais distintas um pouco por toda a parte, masEugénio Lisboa foi dos poucos que acabaria, apesar dasua visão crítica da terra-mãe, por regressar e levar abom porto a maior parte da sua obra literária, feita domais sério e esclarecedor ensaísmo sobre muitos outrosescritores, assim como a sua própria poesia em quesobressai A Matéria Intensa. O presente volume destasmemórias é marcante de vários modos, pois relata-noso seu primeiro embate com o que ainda era a capitaldo império, e depois a sua experiência “militar”, desdeMafra a Portalegre como relutante cadete e aspirante aoficial no nosso exército, aqui tratado como umaagremiação kafkiana, na altura sem guerra e pro-vavelmente pensando-se sem inimigos à vista, até aoinício, que viria poucos anos depois, da nossa últimaaventura sangrenta e decisiva em África.

Nunca tinha lido uma visão tão negra e deprimente

da nossa terra, mas a sua prosa é de tal modo viva e ge-nialmente estruturada que se torna arte pura – memóriae imaginação que mais caracterizam um grande romancede época e de ideias, que acaba por nos lançar o “clarão”histórico de que nos falava Walter Benjamin, ou muitodo que nos explica os dias que hoje vivemos, ou sofremos.

Era a primeira vez que o jovem africano de pais portu-gueses vinha a Lisboa, a cidade que nos diz ter imaginadodos livros, tal como já tinha imaginado Paris nas obras deoutros escritores. Leitor omnívoro desde a infância, omundo fora do Índico constituía um imaginário de puragrandeza e sofisticação em tudo que as artes retratavamou transfiguravam. Nesse ano de 1947 encontra umacidade que ele diz decrépita, claustrofóbica, de ruelas ebairros sujos, e acima de tudo triste. A II Guerra Mundialtinha acabado há dois anos, mas a sociedade salazaristapedia que não se falasse no “coitadinho” do Hitler, poisjá tinha morrido. Quando ingressa no Instituto SuperiorTécnico haveria de viver uma das suas mais desesperantesexperiências académicas – desde colegas de uma igno-rância que ele nunca tinha presenciado nos seus estudossecundários laurentinos a professores de uma mediocri-dade quase indizível, ou então de uma arrogância e vin-ganças mesquinhas que pouco ou nada tinham a ver coma formação dos mais altos quadros técnicos do Estado oude qualquer grande empresa cá ou nas colónias. De qual-quer modo, Eugénio Lisboa continua a ler os mais diversosescritores estrangeiros, privilegiando sempre os clássicosou os modernos franceses (Montherlant e Stendhal semprena primeira linha), mas raramente encontra um colegaque o acompanhe no seu irreprimível fervor intelectual.Passa quase todo o seu tempo a ir ao teatro, ou a compraros livros da sua preferência que ia encontrando numa ounoutra livraria lisboeta, ou por onde passava e ficava poruns dias ali por perto. Quando chega ao quinto ano docurso é obrigado a continuar o seu treino militar em Ma-fra, e o que diz dessa experiência seria mais do que sufi-ciente para qualquer polícia política de uma ditadura oencarcerar numa cela, desde a estupidez dos seus oficiaisaté aos treinos sem tino na artilharia daquele campo aondeD. João V tinha escravizado e gastado a fortuna maior dePortugal num “palácio”, que só séculos depois José Sara-mago (que Eugénio Lisboa me desculpe aqui a referência)descreveria no Memorial do Convento. O autor passa osseus dias com África na alma e na memória, a saudadevivida, que só as esporádicas visitas da família ou um ououtro reencontro com algum conterrâneo ou conhecidovai atenuando. Após uma relação mais ou menos amiga eíntima e a consequente a gravidez de uma companheira,que lhe daria o seu primeiro filho, regressa a LourençoMarques destroçado por algum tempo, e antes de terminara sua licenciatura.

Não queria aqui apenas resumir a parte fulcral desdevolume de Acta Est Fabula, mas sim fazer perceber as razõesprincipais que trazem o seu autor a Portugal, até entãoum país imaginário. Que me desculpem os meus conter-râneos continentais, mas tenho de dizer que um ilhéuaçoriano lê estas páginas com uma empatia que só a portu-galidade à distância permite. Do mesmo modo, este em-bate com o território historicamente “pátrio” provoca-nos uma sensação de “estrangeirados”, não como os quesaem para o estrangeiro e depois regressam, mas sim entre

os que lá nunca tinham estado. Só muito devagar, e sócom a mesma língua acontece a aproximação ao paísno seu todo e na sua diversidade, mesmo no contextoda pequenez territorial. Mais do que qualquer outrofactor de suposta “identidade”, será talvez a literaturanuma língua comum que nos permite ou oferece uma“comunidade imaginária”, um sentido de pertença.

O momento maior e, para mim, mais brilhante destanarrativa de Eugénio Lisboa é quando conhece e encon-tra em Portalegre pela primeira vez o escritor que ele játinha lido minuciosamente, e cuja obra, até hoje, o leva-ria a escrever algumas das suas mais memoráveis e fun-damentais páginas ensaísticas, – José Régio. Quer emtertúlias de café quer em visitas a sua casa, a presença eo diálogo constantes com o autor de O Jogo da CabraCega e Poemas de Deus e do Diabo permitiram-lhe aturaro resto dos dias em tarefas do que ele chama uma “tropafandanga” encarregada de defender o país de uma hipo-tética e nunca vinda invasão castelhana. Absorvi estaspáginas pelo seu humor, sarcasmo e ironia sem par nestaincomparável escrita autobiográfica. Retive destes seusmomentos na presença de Régio algo muito parecidocom o que eu próprio senti na presença de EugénioLisboa pela primeira vez, quando a escritora TeresaMartins Marques aqui há uns anos, na Costa daCaparica, me apresentou ao próprio autor de Acta EstFabula, que já era um mestre meu sem ele saber, que eujá o tinha na conta dos que me haviam servido deexemplo em tudo que à literatura e à leitura diz respeito,um “significant other”, que me deixou quase sem pala-vras e receio de me espalhar com qualquer observaçãomenos própria ou minimamente inteligente. O queEugénio Lisboa diz desses dias com José Régio, e depoisde uma vida a estudar e a comentar a sua obra, é maisdo que literatura no seu pleno poder, é muito mais doque confessionalismo literário e existencial. Deveriaservir de exemplo às gerações presentes que se esquecemou nunca sequer ouviram dizer que ao seu lado estiverame estão alguns dos melhores escritores do mundo, quenão há a mínima contradição em admirá-los comoparecem admirar outras referências literárias e culturaisnas mais longínquas e até desconhecidas geografias.Ficariam pelo menos a saber que a chamada globalizaçãoé mais um conceito abstracto do que uma realidade,que não há como fugir a uma história, a uma língua, esobretudo a uma Tradição que nada tem de superior ouinferior a qualquer outra, mas é a nossa.

Os cinco volumes de Acta Est Fabula ficarão, assim,como uma obra literária referencial. Vai além da meramanipulação da nossa língua. Distingue-se pelo uso dapalavra exacta, da frase escorreita, da citação acertada epertinente, da mais profunda ideia tornada clara paraqualquer leitor atento. É uma fonte de sabedoria sobrecomo ter-se sido um português à distância e em casa,será talvez um imaginário da nossa mais vincada maneirade ser e estar no mundo. Muitos de nós saímos parauma diáspora. Outros regressaram com esses mundospara sempre presentes, e viveram Portugal simultanea-mente como “pátria” ou “exílio” renovado. É o preçoque pagamos pela história que fizemos, e teremos, cadavez mais, de aguentar.

Eugénio Lisboa, Acta Est Fabula/Memórias-II-Lisboa (1947-1955),Guimarães, Opera Omnia, 2016.

A estação pública de televisão e as comunidades portuguesasNo início do mês de março assinalaram-se os 60 anos da estação pública

de televisão, cuja existência e percurso constitui um elo fundamental namemória de várias gerações de portugueses.

Remontando as emissões regulares da RTP – Rádio Televisão Portuguesaa 7 de março de 1957, data simbólica do seu nascimento, a estação públicade televisão, que atualmente além da televisão espraia-se ainda pela rádio eonline, é detentora de uma história e património singular, fruto do seuimpacto na vida coletiva dos portugueses, qual janela aberta para o mundopor onde passaram, e continuam a passar, vários acontecimentos e notíciasimportantes, algumas das séries e programas de referência.

Na sua missão de serviço público pago pelos contribuintes, e assumindo-se como um instrumento estruturante para o desenvolvimento social, culturale económico do país, a relação da estação pública de televisão com as comu-nidades emigrantes e a lusofonia, estende-se preferencialmente através doscanais RTP Internacional e RTP África, além da RDP Internacional, umarádio de eleição para as comunidades portuguesas e os lusofalantes.

Mesmo ao nível do canal generalista, ou seja, da RTP 1, temos assistidonos últimos anos a uma maior abertura e atenção ao fenómeno da emigração,como é o caso por exemplo, da transmissão desde 2010 da série “Portuguesesno Mundo”, que segue compatriotas residentes no estrangeiro, e a sua ligaçãoe quotidiano nos diferentes países de acolhimento.

Transmitida inicialmente aos sábados em horário nobre, as restantestemporadas foram sujeitas a mudanças do horário e exibição para domingoe quinta-feira, o que é exemplificativo da necessidade de ser atribuído decisi-vamente às comunidades portuguesas, o seu espaço e devida importância noseio da programação do canal generalista.

A difusão de programação variada e de qualidade sobre as comunidadesportuguesas no Mundo, é não só um dever da missão de serviço público quea RTP 1 deve prosseguir, e ajustar à grelha de horário nobre, mas tambémum requisito necessário para se estabelecer uma ligação efetiva entre Portugale os cidadãos residentes no estrangeiro.

26 Crónica PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 05 de abril de 2017

Quarta-feira, 05 de abril de 2017 PORTUGUESE TIMES Crónica 27

MEMORANDUM

João-Luís de Medeiros

Pensamentos, Palavras & Dúvidas

Atrevo-me a relembrar o poder das múltiplas vanta-gens da reconciliação humana com o remoçado ofíciode viver. A maturidade cívica não se conquista por de-creto. Nos últimos trinta e seis anos, continuo navegadorsolitário no oceano da diaspora açórica: faço parte daesquecida “geração do sorriso triste” que não larga a canado leme firme na rota da “comunhão ideal do eterno Bem”.

Reconheço-me voluntariamente enamorado do esgarbenigno das ideias. Neste momento, nem cuido de saberque idade tinha quando me tornei embarcadiço na velhanau do pensamento. Todavia… jamais esquecerei onome e o exemplo do capitão da nau: Antero deQuental.

Nesta quadra do ano, vamos prosseguir na marcha daEsperança pelas atalhadas do ‘chão-nosso’ de cada dia:sim, vamos poetizar o quotidiano sem falsificar o passa-do. Portanto, vamos prevenir (com democrático civis-mo) o fedorento contágio das “trump’alhadas” doquotidiano internacional.

Entrementes, seria bom reconhecer o facto de que osseres humanos nem sempre se apercebem de que andama “mangar” uns com os outros: inventando pecados; se-meando fomes… e, não raro, entretidos a investir naconta-corrente do “projectado sofrimento” alheio…

Não constitui novidade referir que o regime políticoem vigor no arquipélago açoreano (autonomia vigilante)tem conquistado a discutível empatia das mordomiasfinanceiras euro-atlânticas – gente ‘esperta’ que aderiu

ao pragmatismo empresarial que dispensa minúcias dependor ético.

Quem aceitar o convite para analizar (sem hostilizar)as superficialidades sócio-empresariais do novo-riquismoinsular, não levará muito tempo a concluir que a indústriaturística está a investir em várias mordomias financeiras,inclusivé as aliciantes boleias ‘offshores’ da moda. Afinal,somos ‘anjos caídos ou bárbaros redimidos’…?

É pena que alguns líderes da diáspora açoreana não sin-tam “saudades do futuro”. Embora à distância, mas nuncadistanciado da democracia açoreana, aproximo váriasprioridades cívico-políticas aos patrícios que querem bemaos Açores. Será que temos ideias? Pois bem, então vamostemperá-las com o sal dos ideais!

No modesto entendimento do signatário, o centralismolisboeta deixou de ser o temível adversário do regime polí-tico em curso, nos Açores. Dito isto, qual é, afinal, o vírus?Diria que o mais nefasto impecilho da Autonomia, residena atonia cívica da maioria dos ilhéus, bem como nonepotismo sócio-cultural… herdado da cultivada “dorde ser quase… dor sem fim…”

Sem complexos passadistas, atrevo-me na apresentaçãodo convite para uma breve visita ao passado recente:antigamente, a chamada “pobreza-filha-de-deus” gozavado livre acesso às casinholas situadas na orla marítimamicaelense. Os chamados ciclones dezembristas (nossaSenhora da Conceição) eram episódios familiares àpobreza micaelense que vivia “paredes-meias” com apenedia costeira; por vezes, o rociar do mar bravo invadiasem cerimónia o casario desamparado, atingindo as pane-las das couves destinadas à ceia das famílias camponesas…Digo isto para comparar ideias com a indigência moderna,considerada especialista na arte de (com)provar a justezada sua candidatura aos esmolentos subsídios financeiros.

Como quem diz: “até morrer, aprender”, mas… no caso

supracitado, a educação não deveria ficar circunscritaao treino pedinchão…

Ora, sem culpa formada (e sem me apropriar dadoutrina de Jean-Paul Sartre), sinto-me “condenado aser homem e a ser livre”! Mais tarde, começámos a per-ceber (criticamente, é claro) que o ser humano é umanimal que evoluiu, extraordinariamente, em relaçãoaos outros da sua espécie. Ou seja, a expressão ideológica“homem lobo do homem” serve de fonte inspiradora àhumanidade moderna: não temer tanto a bomba ató-mica, mas temer, sobretudo, aquele que a faz detonar…

Falemos da coragem de viver até morrer: Educar,Democratizar, Desenvolver, não são slogans – são desa-fios! Em vésperas da Ressurreição, não vamos inventariaras debilidades susceptíveis de explicar os falhançoshistóricos dos gestores da Autonomia política. Não édifícil descortinar o facto de que muitos açoreanos dadiáspora preferem “sapatear” a vida como prisioneirosda sociedade do espectáculo. É pena!

Como sói dizer-se, para evitar erros de palmatória seriapreciso ter a coragem de aderir à missão de “aprender aaprender”. Continuamos a aguardar sinais claros dumapolítica de educação permanente para o eleitoradoaçoreano. Até mais ver, os habituais gestores dos “inter-valos” entre eleições continuam a facilitar o acesso indis-criminado ao consumismo. Alguns maestros do novotestamento turístico usam a batuta para dirigir a ilusãode que viver numa ilha é um “foliar permanente”, cujohedonismo proclama: “quem muito trabalha, não temtempo para ganhar dinheiro”.

Bem-vindos sejam “Pensamentos, Palavras &Dúvidas”…

Rancho Mirage, California(*) Texto escrito de harmonia com a antiga grafia

REGRESSO A CASAUm diário açoriano de

Joel Neto

Ah, cara perfeita da sua tia!

Danvers, Massachusetts, 15 de MarçoMudo dos 26º C da Califórnia para os -8º C do

Massachusetts, seis horas de voo sem sair do mesmopaís ou sobrevoar o mar, e percebo um pouco porque éque tantos, ao longo destes 200 anos, empreenderamna viagem em direcção a Oeste – porque é que a iden-tidade da América está no movimento, e em particularna direcção contrária à que trago.

O verdadeiro sedentário, dizia Chatwin, é aquele queàs vezes entendemos como nómada: ele está à procurade casa. E não é tão fácil assim – recordo-me ainda dentrodo avião, à espera de que as mangas do aeroporto deBoston descongelem para desembarcarmos – conceberuma casa num lugar que nos retém ao fundo de umvale, nos resseca os legumes na horta, nos abre gretasnos lábios e nós dos dedos.

Mas trago comigo as palavras daquela velhinha tercei-rense que, em San Jose, me veio falar do livro que partilhao nome com esta coluna. “Já o li duas vezes e estou aacabar de ler a terceira.” E pôs a mão sobre o peito:“Apaixonei-me por ele como se fosse um namorado.”

Já conheço um pouco das comunidades luso-ameri-canas, sejam elas quais forem: não há outro carinhoassim. E, logo num dos primeiros restaurantes a quevou na Costa Leste, o proprietário oferece-me uma frasede efeito de bons augúrios: “Ah, a Terceira... O últimolugar antes de chegar ao Céu.”

Sedentários, todos eles. Viajando à procura de casa econscientes de que não chegarão lá. Toda a tristeza aquié irremediável, toda a alegria à condição.

O regresso será sempre um dos grandes temas da lite-ratura, e nem é preciso ir à odisseia de Ulisses parapercebê-lo.

New Bedford, Massachusetts, 15 de MarçoSento-me na sala dos Farias, a TV acesa a um canto e o

pequeno Patrick numa modorra ao colo da Patrícia, aassistir pelo telemóvel a um vídeo de desenhos animados.Tem três meses e nada mais o atrairá naquela pequenacaixa, suponho, do que as luzes, as cores e os ruídos quedela saem. Mas a verdade é que dali a pouco está a esticarum dedo na direcção do aparelho, como a mãe acabarade fazer.

E eu pergunto-me: como vamos nós escrever para estageração? Ou, mais em abstracto: o que será a literaturaquando este bebé for um homem?

Continuará a existir, evidentemente. Mas de que lingua-gem se servirá? Será feita do quê, de imagens e cores?Usar-se-á de luzes? Verter-se-á em impulsos neurológicos?E em que medida isso submeterá o seu conteúdo, a relaçãoentre este e a forma, a ideia de sublime?

Começa a tornar-se-me difícil imaginar o futuro. Talvezseja esse o momento em que deixamos de ser novos: aqueleem que já não somos mais capazes de imaginar o futuro –não o distante, efabulado e distópico, mas o de depois deamanhã.

Já não consigo antecipá-lo, e tão-pouco sei se esta dis-puta académica entre a crítica literária e os estudos cultu-rais, tão encarniçada na América como em nenhum outrolugar, é sinal de que estamos à procura de uma soluçãopara as perguntas essenciais ou, pelo contrário, a fugirdelas.

Para já, tento concentrar-me no televisor, onde passauma sucessão de anúncios indistintos. Concentro-me nasmarcas: TurboTax, ZipRecruiter, RocketLoans. Seja qualfor a área de actividade, agora é raro faltar lá um qualifi-cativo – é tudo fast, easy, big (mesmo jumbo). Até umaQuickBooks há.

Talvez esteja aí a nossa dificuldade, a daqueles que setornaram incapazes de imaginar o futuro. Falamos umalinguagem lenta, vivemos numa bolha de lentidão. Ascoisas começam a ser difíceis para nós. Minúsculas, talvez– porque lhes vemos as formas, mas não as funções.

Chega a ocorrer-me que a existência de uma Quick-Books seja a resposta à maior parte das perguntas: livros

rápidos. Mas depois percebo que estes livros são outros:um software de contabilidade – um costumer relationshipmanager, se a linguagem dos tempos em que tive emcasa uma profissional da área não se desactualizou tam-bém.

Nada disto devia surpreender-me, na verdade. Aindahá dias, atravessando o Valley com o L., lhe pedi parafazermos uma paragem em Stanford. Gosto de colec-cionar hoddies de universidades, e as cores de Stanfordsão mais bonitas do que as de qualquer campus daUniversidade da Califórnia.

A certa altura, saí do vestiário, exultante:– Caramba, sou um S!E ele, com certa compaixão:– Está-te boa. Mas olha que os tamanhos, aqui, são

feitos para te deixar feliz. O S está cada vez maior paraque cada vez mais gente se sinta bem ao experimentar acamisola e a compre.

E, acto contínuo, embarcou numa conversa sobrediferentes alterações de paradigma nos domínios domarketing, e que por acaso eu estava a achar bastanteinteressante até deixar de perceber fosse o que fosse.Fiquei na parte em que ele dizia:

– As redes sociais mudaram tudo. Esquece a televisão,esquece o resto.

E hoje, ao ver o pequeno Patrick, de três meses apenas,apontando o dedo ao telemóvel numa completa indife-rença pelo ecrã quinze vezes maior ao canto, lembrei-me dessa conversa. Mas continuei sem conseguir explicá-la, a ela ou ao depois de amanhã.

Terra Chã, 20 de MarçoRegresso a casa e fundo-me em abraços com a Cata-

rina, com o Melville e a Jasmim. A salamandra ardebrandamente e as plantas no jardim cresceram umpouco. Nesta pequena bolha de lentidão se sustenta hojea minha felicidade. Deixai andar o comboio do mundo,que se eu não apanhar este apanho o próximo.

http://www.facebook.com/neto.joelhttp://www.joelneto.com/

* alguns destes textos são originalmente publicados no “Diário de Notícias”

28 Crónica PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 05 de abril de 2017

LUCIANO CARDOSO

Vigarices

Para ter piada imediata e surtir efeito absoluto aquandocara a cara, a peta tem que parecer verdade.

Nem parecia a mesma carinha mansa do meu vizinhoaqui do lado esquerdo, anteontem de manhã, quando ovi esvaziar os haveres da casa para um camião de aluguer.“Porquê?” Perguntei-lhe logo, apesar de o conhecerhomem de pouca conversa só ocasionalmente animadaquando abordávamos o comum à nossa origem de ilhéus– eu dos Açores e ele das Samoa. De incomum, tínhamosmais. Como, por exemplo, a reles realidade dasimplacáveis contas ao fim do mês, morando eu em casapaga e ele tendo de pagar renda. “Porquê?”, retorquiu-me, trombudo, “Porque o dono deu-nos a saber quepretende aumentá-la de duas para três mil dólares, assim,duma pancada só.” Só não desmaiei. E cuspi: “É mentira!Não pode ser.” Não queria crer.

“Creia, vizinho. Não estamos a fugir de si. Mas, queremédio temos senão fugir a esta trapaça. Eles tem afaca e o queijo na mão. Fazem como querem e entendeme ninguém lhes diz puto.” Assanhada, ao contrário domarido, a minha vizinha não tinha papas na língua. “Serámesmo possível não haver quem ponha mão firme nestapouca-vergonha? As rendas continuam a trepar à nossavolta de forma desmedida sem apelo nem agravo. Para

quem não possui teto seu e tem de alugá-lo para abrigar afamília, presentemente por quase toda esta Área da Baíade San Francisco, a coisa está mais do que feia.”

Lindo tempo aquele em que me mudei cá para a minhaasseada “Pacific Avenue”, nesta então bem maisaportuguesada cidade de San Leandro. A etnicidade danossa vizinhança nada tinha a ver com o que vejo hoje. Àminha direita, morava uma velhota do Pico que emigraraaos seis, casara aos dezassete e enviuvara aos vinte e oitocom duas filhas gémeas que já não diziam patavina emportuguês. Gostava de falar com ela, feliz na casa dosoitenta e sempre inquieta para desenferrujar o que aindalhe restava do idioma materno. O mesmo se passava comos vizinhos em frente, gente boa de paladar luso-encantador. Cheirava que consolava em dia de linguiçafrita e torresmos de vinho d’alhos. Churrascar à nossamoda era com eles, sempre generosos na partilha amigados seus apreciados sabores. Sabia bem viver assim. Até ocasal à minha esquerda, descendentes de madeirensessediados no Hawaii, eram uma delícia na convivência econfiança que nos inspiravam.

Só um vizinho lusíada fazia com que, com alguma razão,desconfiássemos um pouco mais dele - o Mr. Morris.Ligávam-nos os quintais detrás dos nossos prédios e aítrocávamos umas palavrinhas de quando em vez, eminglês. Derivou o seu apelido familiar de Moreira e nasceranum navio em viagem transatlântica, de Lisboa para NewYork. Dizia-me que, de legado luso, apenas guardavaaquele seu costume “porigui” dum madrugadorcalicezinho de aguardente em jejum. Deixara-lhe o paiessa curiosa herança ainda em pequenino. Numainvernosa noite de grande temporal, o vento fortederrubou a vedação a separar-nos as propriedades. Nodia de reconstruí-la, como tinha que ir trabalhar, confieinele para fiscalizar as coisas às direitas. Enganei-me

redondamente. Quando cheguei a casa, tinha a madeiradefeituosa e mais esburacada toda virada para o meulado. Não queria crer. “É mentira!” Foi como reagi àminha mulher quando ela me informou antes de euconfirmar com os meus próprios olhos.

Saio agora à minha porta, trinta e tal anos depois, epasma-me a étnica viragem ao meu redor. De sanguelusitano, resta o meu e o da minha dama já nascida cá,para além duma viúva faialense lá mais abaixo. Setentae tal por cento dos demais residentes na nossa “pacíficaavenida” são asiáticos, incluindo até o esganado rendeironipónico aqui ao lado esquerdo que acaba de aumentara renda em mil patacas num fôlego só. Ao meu ladodireito, reside hoje uma família vietnamita cujo inglêsé quase nulo mas deu-me para perceber estarem furiososcom o PG&E (Pacific Gas&Electric) por lhes terdobrado num só mês a pesada “conta do gás e doelétrico”. Não quis acreditar. Ia dizer “é mentira!” maseles mostraram-me a fatura e eu calei-me, com o mioloa remoer-me… “… será que nos devemos mesmo calar?”Contas há para aí trapaceiras demais em prejuízo dequem menos pode. E ninguém abre boca contra estasvigarices gananciosas?

Talvez tenha razão o vizinho, duas moradias abaixoda nossa, latino familiar de alguns ilegais, quando dizque as pessoas andam agora muito entretidas, oudistraídas, a protestarem contra tudo o que Trump dize faz lá, ao longe, no circo político da Casa Branca, eesquivam-se de se manifestarem cá, mais perto, contratoda esta corja de vis vampiros locais, os tais queverdadeiramente lhes sugam o sangue a sério e tornama vida bem mais negra.

São abusos tão absurdos que quase parecem peta.Antes fossem.

CIRCUNSTÂNCIAS

Eduardo Bettencourt Pinto

Frank e Dan: A alegre e descomprometida viagem pela vida

Fui ao aeroporto buscar o Frank. Chegou com osorriso de um pescador feliz, a pele escurecida pelo solda Austrália, sandálias de borracha, o longo cabelogrisalho apanhado numa trança e a camisa aberta comose tivesse aterrado na praia. Nos olhos, porém, dançavamainda as sombras de uma palmeira.

– Não vens preparado para o Inverno – disse-lheenquanto nos dirigíamos para o carro.

Frank é um optimista. Respondeu-me como tal:– Eu sei. Não te preocupes: tenho algumas camisas. É

apenas uma questão de vesti-las umas em cima dasoutras.

Estava vento. Um céu de nuvens cinzentas, baixas,capitulavam, exangues, sob a irremediável pressão deum horizonte de chumbo. Ao lado dele, casaco grosso,luvas e cachecol, eu parecia estar a acompanhar um frugale austero ser de outro planeta.

Frank não é um contestatário. Tão-pouco desses su-jeitos que julgam iludir o crepúsculo da vida actuandocom a insensatez de adolescentes rebeldes, supondoretardarem assim o relógio biológico. Ele não vive à mar-gem da sociedade. Trabalha, paga impostos. Socializa.Tem amigos. Pode, em princípio, ser tido como umromântico mas não é. Ser-lhe-ia impensável, por exem-plo, observar o brilho das estrelas nas longas noites dassuas vigílias, deitado placidamente na rede da sua pre-guiça, estrategicamente presa a duas palmeiras perto domar. Nem o rumor marinho lhe suscita poemas plató-nicos. O seu modo de vida é o reflexo de uma filosofiaprópria, vincada pela intensa necessidade de ser livre.Vive sem protagonismos e exibições de carácter estapa-fúrdico. Tanto se lhe dá dormir numa cama confortávelde um hotel de luxo, como num banco de aeroporto.Adormece com alma de viajante, tranquilo e feliz, indife-rente aos olhares furtivos e julgadores dos inconsoláveiscínicos deste mundo. Defende que os preconceitos sãoessa coisa funesta que tanto oprimem quanto limitam olivre curso da espontaneidade. Frank é um pássaro sem

asas. Voa no chão, entre o fulgor do sol e da lua.Vai para a Austrália todos os Invernos. Cultiva legumes

e vende-os nas feiras de sábado, tagarelando com os clien-tes, assobiando, o boné com a pala virada para a nuca,feliz da vida. Regressa a casa como os pragmáticos gansoscanadianos, vindos das migrações anuais pelas terrasquentes dos Estados Unidos para se refugiaram do frio.Como eles, Frank é um errante organizado. Mas não é oúnico que conheço.

Há anos atrás, em Puerto Vallarta, conheci um ameri-cano que partilha, de uma certa maneira, o mesmo estilode vida do Frank.

Estávamos alojados no mesmo hostel, um lugar modestoperto do centro. Apareceu à mesa do pequeno-almoçomuito solto nos seus largos calções vermelhos, caídos sobreos joelhos, T-shirt sem mangas, o cabelo loiro, comprido,a escorrer-lhe pelas costas numa linha fina e cintilante.Cordial, prestável e muito educado, o Daniel salientava-se dos restantes hóspedes pela sua afabilidade e gosto emconversar.

Almoçámos uma ocasião, e por acaso, num restauranteperto da catedral. Observava as pombas ociosas atravésdos vidros quando uma voz me acordou da minha letargia.Era o Daniel.

– Posso sentar-me?O restaurante fervilhava com turistas e clientes locais

num assalto contínuo às mesas. A televisão, uma caixaruidosa, atirava-nos aos ouvidos o tédio e a rouquidão devozes ininteligíveis. Hora de bulício e telenovelas. Olharesmexicanos, virados para o tecto, absorviam-nas comindecifrável interesse. Em qualquer lugar do mundo, anoite de vidas apagadas parece ganhar claridade e objectivona ilusão de outras vidas, mesmo que fictícias e irreais.

Alheio a tudo isso, Dan recebeu com renitência o cardá-pio que a jovem empregada lhe estendeu. Limpou-o comrepulsa ao guardanapo.

– Se não fosse pela inconveniência, passava a andar deluvas de borracha. O mundo é uma coisa suja. Detesto asensação do suor dos outros nas coisas.

Achei a observação estranha. A ementa, impressa a letrade computador e protegida do contínuo manuseamentopúblico por uma capa transparente de plástico, não sus-citava reservas quanto à sua limpeza. Daniel, no entanto,parecia ter olhos microscópicos. Sondava os outros com

a insistência febril de um nefelibata em devaneio de-lirante, à cata de micróbios e de outras bactérias nefastasque o pudessem eventualmente molestar. Recusavaapertos de mão, efusivos ou de circunstância, guardandosempre alguma distância entre ele e os outros.

Daniel vivia na Califórnia numa velha carrinha. An-dava de lugar em lugar como o vento, sustentando-sede biscates. Pela tarde estacionava-a na praia para des-frutar do mar e do horizonte aberto do céu.

Volvidos alguns anos sobre esse encontro, constatoque Daniel continua o mesmo. Leio com frequência osseus comentários nas redes sociais, quase sempre acom-panhados de fotografias. A sua irreverência mantém-seintacta como naquela tarde sem nuvens de PuertoVallarta, o seu olhar de pombo a voar sobre a parca listado almoço, testa franzida, a luz da rua a bater-lhe delado e a deixar no chão uma sombra cálida e insondável.

Tanto o Frank como o Daniel não têm vidas extraor-dinárias. Nem as suas opções se coadunam com osvalores e a ética da maioria de nós. Convenhamos queo ser humano não é uma rocha no meio do mar.Precisamos uns dos outros para nos sentirmos vivos,menos sós, para dar e receber afecto, crescer intelectual-mente. No entanto, essa espécie de irreverência queambos praticam tem o seu lado poético. Alimenta-sede um minimalismo existencial sem redes nem preocu-pações atávicas, como uma planta selvagem que surge,solitária, na imensa paisagem dos dias e que se mantémintacta e firme até ao fim.

Nem todos querem seguir o modelo de existência quelhes foi dado à nascença. Nem todos vivem presos àparede ancestral, fechados, quantas vezes, na melancoliadaquilo que é confortável e previsível. O desejo deaventura sobrepõe-se a tudo. Arrasta-os para a estrada,convida-os para o caminho sinuoso do mistério numaentrega absoluta, total, insuprimível.

Seguir pela cauda do vento desprovido de bússola, eao sabor do imprevisto, poderá ser visto como umaforma egoísta de não assumir quaisquer responsabili-dades afectivas.

Mas quem pode descodificar a insaciável necessidadedo ser humano em tentar, na medida da sua visão davida, reinventar a efemeridade? Talvez seja isso o que oFrank e o Daniel nos queiram demonstrar.

Quarta-feira, 05 de abril de 2017 PORTUGUESE TIMES Escreva Connosco 29

Os ventos do tempo ameaçamCom a escuridão que apodera as nossas águasDesconheço este rumoOs dias encurtam-se e as noites perduramDe súbito um murmuro ouço no lamber da água na quillha a bombordo:“Meu Capitão, Coragem !”

Luto a guiar-nos ao decorrer da sombra desta noite que nos rodeiaEsta noite que engole as estrelas, engole o ânimo da tripulaçãoEste vazio, esta noite que aproxima, se não for mesmo, premeditada maldiçãoOs dias encurtam-se, e as noites perduramO murmúrio me acompanha entrelaçado na preocupante quietude temporária:“Meu Capitão, Coragem !”

Esta sombra que é noite, rodeia os marinheiros,Os que tremem com o medo abandonam a lutaReceio a nossa passagem, até os ventos amigos fogemOs dias encurtam-se e as noites perduramE esse murmúrio que vem das velas despregadas, chora refrões contínuos:“Meu Capitão, Coragem !”

De madrugada miro o horizonte esperando encontrar a gaivota solitáriaEsperando a própria esperança me pareceCom um nevoeiro salino que me arrepia, ou será o resíduo glacial da noiteOs dias encurtam-se, e as longas noites perduramO murmúrio bem profundo estremece a minha alma adormecida:“Coragem Capitão!”

“Posidão porque nos desamparas, continuo fiel ao meu dever — leal ao meuencargo”Guio a viagem só! A tripulação desertou!A adriça reabre-me os calos e o sangue desperdiça-se como os ventos,Acalmando as mãos aperto o escorregadio e congelado corrimão da proa comtrepidação:“Porque nos abandonas”, grito ao zenite do vão sem pontos de luz para me guiar“Coragem Capitão,” murmuro a mim próprio

Ao lemedo seu dever

VÍTOR SARAIVA

NEWARK, NEW JERSEY

A sombra é indiferente ao todo que me afligeO navio permanece como um fantasma aos limites do universoDia e noite já não se distinguemO sonho ou pesadelo é um espelho e as águas que são anosSem rumo, ora destino, são traiçoeiras flechas do tempo que agora trazem omurmúrio:“Coragem Capitão !”

Mas na mais escura, e sombria das restante noites, o vislumbre apareceContrário à lógica, dentro de mim, o brilho surgeSinto o murmúrio sumir-se pela nascente luminescênciaMeu corpo ascende desse insípido torpor cercado pelo vazio da penumbra,E a coragem grita à indiferente névoa do além:“Este Capitão é resoluto — venha o que vier — perdura fiel á sua obrigação,autêntico a si mesmo, ao leme do seu dever!”

Este poema, “Ao Leme do Seu Dever”, escrevi-o após vários tumultuososacontecimentos da minha vida: o reconhecimento do meu divórcio iminente, ainesperada traição do amor da minha vida, mulher que adorava; da calúnia quetenho sido alvo após a minha denúncia ao FBI sobre o sério narcotráfico elaboradopor portugueses na cidade de Newark, New Jersey; a perda da minha casa vitorianaque tanto me esforcei ao longo de 30 anos em restaurar com o meu labor e amor; oagravamento crónico da doença de meu pai [que faleceu em 2016]; e da perda datripulação da nossa “embarcação” familiar — a emancipação de meus filhos lançadosaos ventos da vida, que deixaram um lar em silêncio, um lar que tanta vida efelicidade testemunhou.

Nada perdura, somos simples espetros com momentos efémeros no palco destedrama que chamamos a vida. Ensina Marco Aurélio nas suas Meditações...

”deves reconhecer que és do universo, nascestes da própria natureza, e devessaber que o teu tempo por necessidade está limitado..

Meditações, livro IIMas a alma humana, o espírito, esse magnífico ânimo dentro de nós que migra do

coração para a reflexão e vice versa; essa imortal energia que atravessa a humanidadede todos os tempos; essa rebelde à morte da vida singular que se manifesta naesperança e na coragem de cada um de nós — é a fonte da própria vida, é a raiz quenão pode ser salgada e paradoxalmente vence enquanto o indivíduo se desperdiçacontra as rochas da sua irremediável luta contra o destino.

O poeta Inglês Alfred Tennyson expressou melhor o sentimento que tentodescrever...“... já não somos essa força queem dias passados moveram terra e céu;o que somos, somos;quando em temperamento igual a corações heróicos,enfraquecidos pelo tempo e destino,mas com forte arbítrio,a resistir, a procurar, a encontrar e nunca se render.”

[extracto do poema Ulysses, tradução do Inglês, minha]

Ainda sobre o Dia Internacional da Mulher Elixir do AmorPerguntei ao sol se viuA lua se conheceuAo infinito se encontroO meu amor que é só meuO teu amor está bemRespondeu a brisa a sorrirLá longe onde o sol nasceE as estrelas vão dormir.

Peguei um laço de fitaNuma rosa azul prendiMandei-a no arco írisEm suas pétalas vão meus beijosNo seu perfume a saudadeTanta que eu tenho de ti

Desceu num balão de espumaUma gaivota branquinhaDe olhos verdes da cor do marDisse nunca estás sozinhaEstou sempre a acompanhar-teO meu coração parouConheci esse falarBrutou uma furtiva lágrima

No meu rosto a deslisarUma triste melodiaTrazia o vento no ar.A minha musa esquecidaLonge de mim quis ficarAusente neste poemaFicou para não chorarUma chuva miudinhaCaia para refrescarO branco do meu cabeloTão cansado de esperar.

Uma pérola reluzenteTrazia a cor do luarEm letras de luz diziaMeu Amor eternamenteComigo virás tambémPassou um anjo e disse Amen.

Elixir de Amor, porémNasceu nova melodiaQuando o anjo disse Amen.

Albertina Pacheco — New Bedford, MA

Teve lugar no passado 08 de março mais um“Aniversário do Dia Internacional da Mulher”. Tambémneste dia se deve celebrar o dia das nossas avós, dasnossas mães e das mães dos nossos filhos; assim comotodas as mulheres do mundo inteiro.

Não há dúvida que a maioria delas, através dosséculos, têm sido esquecidas e menosprezadas, mesmotendo desempenhado uma missão muito importante,tanto como mães, como esposas e, ainda em váriastarefas e profissões, bem como ocupando muitos cargospolíticos, dando assim um enorme contributo positivoem prol da sociedade.

Mesmo com todos estes dotes cívicos e de cidadania,a maior parte das vezes, muitas delas, são aindaconsideradas inferiores ao homem (...) com menosdireitos e mais deveres! Também, não obstante a suagraça e beleza feminina; continua a ser discriminadapor parte da nossa sociedade, designadamente peloshomens mais conservadores; embora a sua condição demulher, nos últimos anos, tenha sido mais respeitada evalorizada nos países democráticos - o que ainda não éo suficiente!...

Neste contexto, a igualdade de direitos em relação aohomem, principalmente nos “países de terceiromundo”, continua a ser um sonho onde elas sãomaltratadas, esquecidas e exploradas sexualmente, portraficantes sem escrúpulos e sem moral, que cometemo hediondo crime de “genocídio”, traficando-a,nomeadamente, para países ricos, movidos pelaganância de alcançar sem esforço, muitos milhões dedólares ou euros.

Deste modo, a grande maioria desses criminosos,passeiam-se por aí impunes, gozando uma vidamilionária, cheia de regalias, à custa destas infelizes. Eaqueles que são condenados cumprem apenas unsmeses de prisão, voltando mais tarde a incorrer nosmesmos crimes. Já por varias vezes a ONU denunciouesta grave situação, de escala mundial, destes horrendoscrimes de tráfico de menores e de mulheres. Mas estadenúncia não tem sido suficiente para despertar osprincipais líderes políticos responsáveis pelagovernação e paz do nosso planeta; talvez por falta de

eficácia e empenho, pois, ainda não conseguiramtotalmente, ou em parte, resolver este grave problemanem tiveram a coragem política de implementar novasleis a fim de punirem com mão pesada, esta classe debandidos...

Por outro lado, por que razão se comemora o dia oitode março...? Porque foi nesta data, no ano de 1857, queas operárias de uma fábrica têxtil, na cidade de NovaIorque, EUA, entraram em greve, ocupando a mesma,pacífica e ordeiramente, para reivindicarem a reduçãode 16 para 10 horas, de trabalho diário. Comoconsequência disso as operárias foram fechadas namesma, onde foi ateado fogo, que causou a morte de130 operárias, ficando calcinadas.

Elas também auferiam cerca de um terço do saláriodos homens. Mesmo depois de ocorrido mais de meioséculo sobre este terrível acontecimento, em 1910, naDinamarca, teve lugar uma Conferência Internacionalde Mulheres, onde ficou acordado que o dia oito demarço de cada ano fosse prestada uma honrosahomenagem àquelas mulheres e não só, que perderama vida calcinadas pelo fogo, naquela fábrica de mámemória... ficando assim reconhecido mundialmente,como o Dia Internacional da Mulher.

Deste modo, fez-se inteira justiça, embora bastantetarde... Por conseguinte, o assinalar desta data servetambém para relembrar a sociedade que as mulheresmerecem mais respeito e consideração, pelo seu valiosopapel e contributo dado por elas, em prol dessa mesmasociedade ao longo dos séculos. Porém, elas devem tero mesmo tratamento e consideração que os homens enão serem discriminadas e menosprezadas, como aindaacontece algumas vezes, infelizmente.

Atualmente, algumas delas ainda são vítimas deviolencia doméstica, e, que não só as afetapsicologicamente, como são vítimas de homicídio, nãosó em Portugal, mas em todo o mundo, originado pelosmaridos, companheiros, namorados, etc., o que não sepode tolerar em pleno século XXI?!...

Manuel EstevesEast Providence, RI

30 Gazetilha PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 05 de abril de 2017

QUINTA-FEIRA, 06 ABRIL18:00 -TELEJORNAL 18:30 - TELENOVELA 19:30 - ESPAÇO MUSICAL 20:00 - DUELO DE IDEIAS20:30 - AMOR À VIDA21:30 - BOA NOVA VIDA 22:00 - AGENDA 22:10 - TELEJORNAL (R)

SEXTA-FEIRA, 07 ABRIL18:00 - TELEJORNAL 18:30 - TELENOVELA19:30 - VARIEDADES 20:30 - AMOR À VIDA21:30 - BOA NOVA VIDA 22:00 - AGENDA 22:10 - TELEJORNAL

SÁBADO, 08 ABRIL19:00 - FIM DE SEMANA 20:00 - TELEDISCO 21:00 - CONCERTO 22:00 - VARIEDADES

DOMINGO, 09 ABRIL14:00 - AMOR À VIDA OS EPISÓDIOS DA SEMANA 19:00 - MISSA DOMINICAL 20:00 - TELEDESPORTO 20:45 - VARIEDADES

SEGUNDA, 10 ABRIL18:00 - TELEJORNAL 18:30 - TELENOVELA 20:00 - NOTÍCIAS SMTV 20:30 - AMOR À VIDA 21:30 - BOA NOVA VIDA 22:00 - TELEJORNAL (R)

TERÇA-FEIRA, 11 ABRIL 18:00 - TELEJORNAL18:30 - TELENOVELA 19:30 - TELEDISCO 20:30 - AMOR À VIDA21:30 - BOA NOVA VIDA 22:00 - AGENDA 22:05 - TELEJORNAL

QUARTA-FEIRA, 12 ABRIL18:00 - TELEJORNAL 18:30 - TELENOVELA19:30 - VOCÊ E A LEI/ DAQUI E DA GENTE 20:00 - NÓS (magazine)20:30 - AMOR À VIDA21:30 - BOA NOVA VIDA 22:00 - AGENDA 22:10- TELEJORNAL (R).

Toda a programação é repetida depois da meia-noite e na manhã

do dia seguinte.

Programação do Portuguese

Channel

Bates-me por disparates,Erros que não cometi,Mas, quanto mais tu me batesMais gosto ainda de ti!...

É um dito tão antigo,Que é, na realidade,Um gesto que não consigo,Mas, usa-o a sociedade!

Não Acredito em bater,Quer um ou outro pecar.Está no homem ou mulherQuerer ou não perdoar!

Nenhum deles é cornudo,Nem sabia da conduta.É quem pecou e fez tudo,Putanheiro, ou prostituta!...

Muitas vezes se delira,Culpando sem provas ter,Que, bem pode ser mentira,Pensando que pode ser!...

O ciúme, este rancor,Que nos deixa a vida triste,Transformando tanto amorEm um mal que não existe!...

O ciúme, não tem pausa,Ferve sem saber por quê,É um fervor, uma causaQue se sente e não se vê!...

Na mulher, a ansiedade,É como fosse um braseiro.Pode bem não ser verdadeMas também ser verdadeiro!...

Quase sempre o homem ousa,Sem que algo aconteçaVer na mulher tanta coisa,Mas, só na sua cabeça.

Mas não é só no amorQue este ciúme existe,No trabalho, no valor,Há sempre um ciúme triste!

Quantas vezes por um postoQue não se pode alcançarE se tinha muito gostoFica o ciúme a saltar!

E, com o ciúme se fazemCoisas que nunca julgamos,Que depois do tempo trazem,Dissabores que não contamos!...

O Amor, quando ofendido,Pondo outro em seu lugar,Deixa o outro tão sentido,Difícil de perdoar!

Se bem que após um raivoso, Discutir duma razão,Torna o Amor tão saboroso,Firme, com mais duração!...

No Amor, quando um peca,Fica o outro desairido.É como a árvore que seca,Deixa o tronco ressequido!...

A Mulher, fica raivosa,Nunca pensa coisa boa.Do marido é rancorosa,E a mulher qu’ a atraiçoa!...

O homem, com brio machão,Procede de outra maneira,Jamais lhe dá o perdão,Por vezes, faz asneira!...

Alguns chegam à loucura,Entram num caminho errado,A vingança, só apura,Toda a vida ser fechado!

Dar fim à tua querida,Outra cruz p’ra ti levantas,Morre Ela uma vez na vidaE tu irás morrer tantas!...

Tu cá fica a penar,Aos baldões encarceradoQuando devias de estar,Bem livre e bem tratado!...

A mulher, atraiçoada,Não tenha mais dissabor,Vai voltar a ser amada,Procurando um novo Amor!...

P’ ró homem, é cativanteE fica de vista cheiaTornando muito importanteQuando ela é terra alheia!

É como uma conquista,Uma batalha errada,Andar a encher a vista,Em terra já bem lavrada!...

Quando há por todo o ladoMoças, que, de trigo puro,Sem ter joio misturado,Vos dará grande futuro!...

O que não quer dizer nada,Não penso em criticar,Quem gostar terra lavradaOu quem a quiser lavrar!...

P.S.O Ciúme...

O ciúme nos delira,Com muita facilidade,Por vezes, sendo mentira,Outras ser uma verdade!...

Quer duma ou outra maneira,Só Deus pode e que condena,Vingança, é uma asneiraQu’ o vingador é que pena!...

Que tomem bem atenção,Ninguém de ninguém é dono!A melhor resolução,Que conheço, o abandono,

Porque eu nunca vi ninguémQue largasse um bom parceiro,E se desse muito bem,Tal e qual era o primeiro!...

Mas, eu louvo e acredito,Quando o parceiro não presta,Não haja mais conflito,A separação lhes resta!...

Quem está dentro do teor,Talvez lhes diga melhor!

Amor ciumento!GAZETILHA

ZÉ DA CHICA Há 40 anos

Na edição nº 267 do Portuguese Times, de 8 de abril de 1976, os destaques da primeira página eram o aten-tado bombista na freguesia da Comieira, em Santa Ma-ria de Penaguião, em que perderam a vida o ex-padre Maximino Barbosa de Sousa, candidato a deputado da UDP, e Maria de Lourdes Correia, aluna da esco-la onde Maximino dava aulas. Alguém colocou uma bomba no carro do ex-padre. Portugal vivia dias agit-ados. Na cidade alentejana de Portalegre, 15 pessoas ficaram feridas em distúrbios durante uma reunião de agricultores que contestavam a Reforma Agrária. Em Câmara de Lobos, ilha da Madeira, incidentes durante um comício do CDS provocaram dois feridos.

ENTREVISTA com Dinah Alhandra, jornalista do

semanário Tempo, de Lisboa, sobre a situação política em Portugal: “Houve alturas em Portugal em que se vivia nitidamente sob uma ditadura comunista.”

O GOVERNO angolano (MPLA) anunciou a captu-ra 13 mercenários, entre os quais dois norte-america-nos que combatiam pelo FNLA.

ANUNCIADA a visita aos EUA do veleiro Sagres, navio escola da Armada portuguesa, a fim de participar Op Sail 76 e visitar os portos de Newport, Providence, New Bedford e Boston.

ACOMETIDO de ataque cardíaco, faleceu na Figue-ira da Foz o bispo de Coimbra, D. João Saraiva, 52 anos.

JAIME Diogo, 22 anos, natural de S. Miguel e resi-dente em Fall River, foi promovido à categoria de San-Dan (cinturão negro de 3ª classe) na academia de Bill Aguiar, sob auspícios da Federação Mundial de Karate.

EM PHILADELPHIA, Pa., os portugueses consti-tuiram dois grupos para convívios gastronómicos: os Morcegos e os Famintos. Ainda em Philadelphia, a Ir-mandade de Nossa Senhora de Fátima está a organizar uma excursão a Portugal por 270 dólares.

A PARÓQUIA de Nossa Senhora de Fátima em Hartford, Ct.,tem um novo sacerdote, o padre Albano Joaquim da Silva, natural de Palheiros, Vila Real e que prestou serviço em Moçambique (Quelimane) de 1967 a 1974.

O CONSULADO de Portugal em New Bedford pas-sou a ser dirigido por um diplomata de carreira, Fran-cisco Manuel Guimarães Henriques. O consulado era chefiado há quase 40 anos (desde 1 de julho de 1946) por um cônsul hoinorário, Vasco Antunes Vilela.

EM DIGRESSÃO pelos núcleos portugueses os artistas teatrais Vitor Mendes, Octávio de Matos e Leónia Mendes, e um grupo de bailarinas.

A UNIÃO Portuguesa do Estado da Califórnia assi-nalou o bicentenário dos EUA em San Leandro com uma sessão de que foi orador principal o ex-vice gov-ernador do estado da Califórnia, Robert Finch.

Atentados em Portugal

Nesta secção responde-se a perguntas e esclarecem-se dúvidas sobre Segurança Social e outros serviçosdependentes, como Medicare, Seguro Suplementar,Reforma, Aposentação por Invalidez, Seguro Médico eHospitalar. Se tiver alguma dúvida ou precisar de algumesclarecimento, enviar as suas perguntas para:Portuguese Times — Segurança Social — P.O. Box61288, New Bedford, MA. As respostas são dadas porDélia M. DeMello, funcionária da Administração deSegurança Social, delegação de New Bedford.

Délia DeMello

SEGURANÇA SOCIAL

Se tiver algumas perguntas ou sugestões escreva para:[email protected]

ou ainda para:Portuguese Times — Haja Saúde — P.O. Box 61288

New Bedford, MA

HAJASAÚDE

José A. Afonso, MDLecturer da Harvard Medical School

Quarta-feira, 05 de abril de 2017 PORTUGUESE TIMES Informação Útil 31

✞NECROLOGIAMARÇO/ABRIL 2017✞

Distúrbios alimentaresPeriodicamente a imprensa escrita ou eletrónica refere-

se a alguns destes distúrbios por motivos diversos, masprincipalmente é a indústria farmacêutica que publicitamedicamentos para comportamentos alimentares menossaudáveis e para perda de peso, muitas vezes com vãspromessas de resultados milagrosos. É a “banha dacobra” outra vez.

Vejamos um princípio básico: obesidade não é sinó-nimo de distúrbio alimentar, se bem que alguns destespossam contribuir para um excesso de peso. A obesidadeé um fenómeno complexo com raízes múltiplas que vãodo estilo de vida, à genética, a problemas de saúdeassociados, e até a medicamentos que o paciente possaestar a tomar para outras doenças. Os distúrbios ali-mentares são por outro lado caracterizados por padrõesde alimentação desordenados, acompanhados poraflição, depreciação da auto-estima, preocupações edistorções associadas a refeições, peso corporal e for-mato do corpo. Os distúrbios alimentares são muitasvezes crónicos, potencialmente graves e muitíssimomais comuns no sexo feminino.

Estes distúrbios normalmente aparecem durante aadolescência. A Anorexia Nervosa é felizmente umacondição rara, afetando 0,3% das mulheres, em quemetade recupera completamente, mas os outros 50%têm um curso arrastado ou de recuperação parcial. Estessão dados semelhantes aos da Bulimia Nervosa, mas oTranstorno de Compulsão Alimentar é bastante maiscomum, possivelmente afetando até 13 por cento dosexo feminino. Destes três distúrbios, a Anorexia Ner-vosa é potencialmente o mais grave. As doentes têm umimenso medo de engordar ou ganhar peso, mas devidoa uma apreciação quase delirante do seu formato docorpo recusam-se a manter um meso mínimo normal,ou seja, apesar de já estarem desnutridas continuam aachar que são gordas. Para manter um aspeto imagináriorecusam-se a comer (apesar de terem fome) e fazem

O advogado Gonçalo Rego apresenta esta coluna como um serviçopúblico para responder a perguntas legais e fornecer informações deinteresse geral. A resolução própria de questões depende de muitosfactores, incluindo variantes factuais e estaduais. Por esta razão, aintenção desta coluna não é prestar aconselhamento legal sobreassuntos específicos, mas sim proporcionar uma visão geral sobrequestões legais e jurídicas de interesse público. Se tiver algumapergunta sobre questões legais e jurídicas que gostaria de veresclarecida nesta coluna, escreva para Portuguese Times — O Leitore Lei — P.O. Box 61288, New Bedford, MA 02740-0288, ou telefone para(508) 678-3400 e fale, em português, com o advogado Gonçalo Rego.

OLEITOR

E ALEI

ADVOGADO GONÇALO REGO

exercício constantemente. Tudo isto resulta em compli-cações severas que vão desde a amenorreia (falta deperíodo menstrual) à morte por malnutrição em casosextremos.

A Bulimia Nervosa pode também causar problemasmaiores. Este distúrbio é caracterizado por períodos decompulsão alimentar em que o paciente ingere descon-troladamente quantidades de comida excessivas numperíodo de tempo curto, seguido por uma forte sensaçãode culpa. Resultado, o indivíduo compensa com vómitoforçado, uso de laxantes, diuréticos, ou períodos deexercício exagerado. Apesar dos bulímicos geralmentemanterem um peso adequado, estes podem sofrer dediversos problemas que vão desde a perda de dentesdevido à ação dos ácidos do estômago (de vomitaremfrequentemente) às arritmias cardíacas devido a anomaliasdo sódio e potássio.

O Transtorno de Compulsão Alimentar difere da Bulí-mia Nervosa em que não há comportamento compensador(vómito, uso de diuréticos ou exercício exagerado), mastem em comum a perda de controlo das quantidades, opaciente come até se sentir enfartado, come muito rapi-damente, come muito sem ter fome, prefere comer sozinhopara não ser criticado, e sente-se culpado depois de umagrande refeição. Este problema normalmente gera pesoexcessivo e até obesidade.

O tratamento varia conforme o diagnóstico e grau desevereidade. Em casos graves de Anorexia Nervosa adoente tem que ser hospitalizada para renutrição e restaurode um peso saudável. Os casos mais ligeiros de Bulímiae de Compulsão Alimentar tratam-se com acompanha-mento psiquiátrico, de nutricionista e com algunsmedicamentos. O método que recomendo é a PsicoterapiaCognitiva e de Comportamento pois é o que tem dadomelhores provas, corrigindo não só pensamentos auto-máticos como comportamentos menos saudáveis. Porexemplo, consegue-se atraves destes métodos que osbulímicos reduzam o seu comportamento de vomitarem,ou uso de laxantes e diuréticos em 80-90%.

Finalmente, apesar da publicidade constante natelevisão a favor do uso de medicamentos, use o seu bomsenso. Se é obeso recorra ao seu médico e nutricionistapara aconselhamento apropriado, tente mudar o seuestilo de vida, e mantenha uma atitude confiante na suacapacidade de melhorar o seu futuro. O maior inimigo doobeso é perder a fé em que as coisas podem mudar paramelhor. Se por outro lado sofre de um distúrbio alimentarpense em adicionar aos seus recursos o acompanhamentopsicológico pois este pode ser a chave do seu sucesso.

Haja saúde!

Ferimento no local de trabalhoP. — O meu pai perdeu três dedos quando estava

trabalhando com uma serra elétrica de bancada(tablesaw). Este equipamento foi comprado pelo meumarido. Não tenho certeza de como o acidente aconteceu.No entanto, o meu pai disse-me que ouviu dizer que háuma série de serras de bancada que foram consideradosdefeituosos. A minha pergunta é se o meu pai deveprocurar aconselhamento jurídico para ver se esta“tablesaw” estava com defeito?

R. — Porque há muitos tipos diferentes é importanteconctatar um advogado que tem informações sobre aretirada de mercado desse equipamento em particular.Não importa se a serra elétrica de bancada foi adquiridapela pessoa ou se foi um acidente de trabalho.

P. — Sou empregado de um restaurante e a maioria dosmeus salários vem das gorjetas. Ganho bem, mas adeclaração dos meus salários que recebi recentementenão é reflectivo disse. Fiquei preocupado quando vi omontante baixo que vou receber em reforma. Será queestou a preencher os formulários de rendimentos errados?

R. — Qualquer pessoa com emprego em que recebe amaioria da sua remuneração em forma de gorjeta, porexemplo; garçon/garçonete, esteticista, motorista de táxi,etc., deve apresentar esses rendimentos na declaraçãoanual. Ao fazer isso garante proteção para si e a suafamília contra a perda de rendimentos quando reformar-se, no caso de ficar incapacitado e ainda no seufalecimento.

P. — Sei que no meu talão de salários o FICA representadescontos do Seguro Social, mas não sei o que essasinicias significam. Pode-me informar-me?

R. — As iniciais F.I.C.A significam o título do acto deSeguro Social-Federal Insurance Contributions Act.

P. — O meu filho tem 20 anos de idade e está a receberbenefícios por incapacidade do programa do SeguroSuplementar (SSI). Ele esta envolvido num programaque lhe ajuda a manter um emprego. Ele começou atrabalhar há um mês e está a gostar muito. Compreen-

demos que ele tem que comunicar os seus salários àadministração para assegurar que recebe o pagamentocorrecto. Haverá maneira mais rápida e conveniente paracomunicar a informação ao Seguro Social sem ter que irao escritório ou mandar por correio?

R. — Sim. Há dois métodos novos para um recipiendáriodo Seguro Suplementar (SSI) que esteja empregado ecomunicar os seus salários mensais à administração:

— SSI Telephone Wage Reporting — O indivíduo ligapara um número especial, designado especificamentepara receber esta informação. O indivíduo tem que fornecerapenas o seu nome, número de Seguro Social e totalganho (em bruto) em salários do mês anterior. O indivíduotem que fazer a chamada antes do dia seis do mês a seguirpara assim assegurar o pagamento correcto dos chequesdo SSI. O número a utilizar é (866) 772-0953. A outraforma para comunicar os salários é através do telemóvel— SSI Mobile Wage Reporting Application. Este métodoé uma alternativa de ligar o número especial com ossalários, mas por meio do telemóvel usando tecnologia de“smartphone”. Em vez de falar, o indivíduo tem aceso àmesma informação. Se tiver um telemóvel tipo“smartphone” pode obter a aplicação grátis, escolhendoo “SSI Mobile Wage Reporting Application”.

P. — Completo em breve 65 anos de idade. Quandodeverei submeter o meu requerimento para o seguro doMedicare?

R. — Geralmente avisamos que a pessoa deve submetero seu requerimento três meses antes de atingir os 65 anosde idade. A sua cobertura começa aos 65. No caso de jáestar a receber benefícios do Seguro Social, quando tiverelegibilidade ao Medicare, automaticamente inscrevemo-lo na parte A e B e enviamos o cartão. Para maisinformação sobre o Medicare visite www.medicare.gov

Franco Silva, 93 anos, falecido dia 27 de março, emFall River. Natural da ilha de São Miguel, era viúvo deAlmerinda Cordeiro Silva. Deixa uma filha, LucyFreitas e um filho, Manuel Silva; seis netos, cinbobisnetos, duas irmãs, um irmão, vários sobrinhos esobrinhas.

Fernando Costa Lopes, 80 anos, falecido dia 28 demarço, em Fall River. Natural dos Fenais da Luz, S.Miguel, deixa viúva Marilyn Lopes, os filhos LouieLopes, Lisa Couto, vários irmãos e irmãs, sobrinhos esobrinhas.

António V. Gonçalves, 55 anos, falecido dia 28 demarço, em Milford. Natural de Montalegre, Trás-os-Montes, era filho de Domingos Gonçalves (já falecido)e de Ana Valença, de Milford. Para além de sua mãe,deixa a companheira Cristina Gonçalves, os filhosAntónio Carneiro Gonçalves e Bruno CarneiroGonçalves; uma irmã, Arminda Moura; cinco irmãos:Fernando Gonçalves, Luís Gonçalves, José AntónioGonçalves, Bernardino Gonçalves e DomingosGonçalves, para além de vários sobrinhos e sobrinhas.

Grace Resendes, 60 anos, falecida dia 30 de março,em Fall River. Natural das Feteiras do Sul, São Miguel,era viúva de José Resendes. Sobrevivem-lhe os filhosJoe Resendes, Nuno Resendes, Mário Resendes eRonica Resendes; um irmão, Manuel Resendes; 3 netos,vários sobrinhos e sobrinhas.

Michael J. Paiva, 43 anos, falecido dia 31 de março,em Bristol. Natural de Fall River, era filho de Alda M.Cabral Paiva e de Luís F. Paiva, este já falecido.Sobrevive-lhe ainda um irmão, Nelson Paiva, uma irmã,Sandra Lotero, vários tios, tias, sobrinhos e sobrinhase outros familiares.

João M. Rego, 60 anos, falecido dia 31 de março,em Fall River. Natural da Ajuda da Bretanha, SãoMiguel, deixa viúva Margarida Carvalho Rego, umafilha, Alexandra Rego, os irmãos António, Manuel,Valdemar e Maria Rego, vários sobrinhos e sobrinhas.

David J. Costa, 46 anos, falecido sábado, 01 de abril,em Cumberland. Natural de Pawtucket, era filho deAlbano Costa, já falecido e de Lucinda Lopes Costa,de Cumberland. Sobrevive-lhe, para além da mãe, umirmão, António Costa, uma irmã, Maryann Ragosta,vários sobrinhos e sobrinhas. Era irmão de AméliaGelson, já falecida.

COZINHA PORTUGUESA“Roteiro Gastronómico de Portugal”

32 Telenovela/Horóscopos/Culinária PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 05 de abril de 2017

Capítulo 056 - 03 de abrilMagnólia e Severo insistem que

Maria Ísis deve dar uma chance para João Lucas. Téo manda Érika investigar a história de Ismael. Elivaldo visita Juliane para saber de Júnior e a convida para um passeio. José Alfredo afirma para João Lucas que lhe dará um emprego na Império para que ele tenha seu salário e continue morando na casa da família. Maria Clara conversa com José Alfredo sobre Enrico não querer que Cláudio faça sua festa de casamento, mas José Alfredo não muda de ideia em relação ao andamento da festa. Maria Clara conversa com Enrico e ele fica nervoso.

Maria Marta fala para João Lucas procurar Maria Ísis. Érika tenta fazer Ismael falar sobre o anel, mas ele não fala nada. Érika escuta Ismael e Lorraine conversando com Juliane e grava tudo. João Lucas vai até a casa de Maria Ísis e ela fala que ele caiu na armadilha que Maria Marta armou. João Lucas beija Maria Ísis antes de ir embora. Vicente tem folga no trabalho e combina ir ao cinema com Cristina.

Fernando vê Cristina sozinha na rua e a aborda.

Capítulo 057 - 04 de abrilFernando aborda Cristina na

rua e pergunta sobre a vida dela. Tuane chega com Victor e Jurema e Fernando vai embora. Vicente sai com Cristina.

Érika entrega a gravação de Ismael e Lorraine para Téo. Maurílio convida Maria Marta para um jantar via chat.

Téo vai até a casa de José Alfredo e exige uma entrevista para seu blog para não denegrir a imagem do comendador. José Alfredo ameaça Téo e ele vai embora.

Na Clínica um dos internos pede que Salvador fale com Orville para ajudar na fuga deles. Orville chega em casa e encontra tudo destruído por Carmen. Orville volta até a casa de Xana para falar com Juliane e se desculpar novamente por tudo que causou. José Alfredo decide procurar Ismael para lhe oferecer um emprego e acabar com a fofoca de Téo.

José Alfredo encontra Cristina na rua e a chama.

Cristina convida José Alfredo para um café em sua casa. José Alfredo entra na casa de Cristina, mas é atormentado pelas lembranças e vai embora rapidamente.

Cora pensa que José Alfredo logo voltará na casa de Cristina.

Capítulo 058 - 05 de abrilAmanda machuca o pé em um

buraco durante um passeio e é socorrida por Leonardo. Amanda se interessa por Leonardo e lhe entrega um cartão. Orville chega em casa e encontra tudo arrumado.

Carmen se desculpa pelo descontrole e os dois vão para a cama.

Cora insiste em falar com Cristina sobre a visita de José Alfredo, mas não consegue nada. José Alfredo oferece emprego para Ismael e ele aceita.

João Lucas vai de madrugada na

Salada de Queijo à Francesa• 2 alfaces francesas• 1 ou 2 molhos de espargos finos

(cerca de 30)• 125 grs. de nozes• 500 grs. de queijo tipo flamen-

go• maçãs reinetas• sal q.b.• pimenta moída na altura q.b.• azeite q.b.• vinagre de estragão q.b.Confecção:Raspe, apare e lave os espargos antes

de os cozer.Ripe a alface, descasque as maçãs e

corte estas em pequenos cubos.Corte o queijo em pedaços compridos

e estreitos.Misture os elementos mencionados e

tempere somente antes de servir.Se gostar, pode temperar esta salada

com natas, sal, pimenta e vinagre de es-tragão.

Feijoada de Coelho• 1 coelho com 1,200 kg aprox.• 400 g de feijão catarino• 1 cebola grande picada• 3 dentes de alho picados• 1 colher de sopa de banha• 1 dl de azeite• 1,5 dl de vinho branco• 100 g de chouriço de carne• 100 g de bacon• piripiri q.b.• sal q.b.• pimenta branca moída na altura

q.b.• 400 g de couve lombarda• 2 colheres de sopa de polpa de

tomate• hortelã q.b.Confecção:Coza o feijão depois deste demolha-

do.Faça o refogado com a cebola, alhos,

banha, azeite e a folha de louro.Assim que a cebola estiver translúci-

da junte o coelho, o chouriço, o bacon e tempere de sal, pimenta e piripiri.

Mexa durante 3 minutos, refresque com o vinho branco e a polpa de tomate, adicione um pouco de água ou caldo de carne e deixe estufar em lume brando.

Quando o coelho estiver quase cozi-do, retire o chouriço e o bacon e junte

a couve lombarda cortada em pedaços grossos.

Assim que estiver cozida junte o feijão e a água da cozedura, rectifique os tem-peros e deixe apurar um pouco.

Aromatize se gostar com folhas de hortelã.

Corte o chouriço às rodelas e o bacon em pedaços.

Acompanhe a feijoada com arroz branco.

Pudim de Caramelo• 115 g / 1 chávena de nozes tor-

radas• 175 g / 3/4 de chávena de man-

teiga• 175 g / 1 chávena de açúcar am-

arelo• 4 colheres de sopa de natas• 2 colheres de sopa de sumo de

limão• 2 ovos batidos• 115 g / 1 chávena de farinha

com fermentoConfecção:Unte uma forma de pudim com ca-

pacidade para 9 dl e deite dentro meta-de das nozes.

Numa caçarola pequena, aqueça 50 g / 4 colheres de sopa da manteiga com 50 g / 4 colheres de sopa de açúcar, as natas e 1 colher do sumo de limão.

Mexa até estar homogéneo.Deite metade da porção na forma e

rode-a para cobrir os lados.Bata a restante manteiga com o açúcar

até estar fofo.Depois, junte os ovos a pouco e pou-

co, batendo.Adicione a farinha e as restantes nozes

e sumo de limão e deite na forma.Cubra a forma com papel vegetal, com

uma dobra no meio, e depois prenda-o com guita.

Leve a cozer em banho-maria cerca de 1 1/2 hora, até o pudim estar firme no centro.

Imediatamente antes de servir, aqueça o restante molho.

Desenforme o pudim para o prato de serviço aquecido e regue com o molho quente.

*Macio, reconfortante e, mesmo cheio de calorias, mantém-se como um dos pudins apreciados.

CARNEIRO - 21 MAR - 20 ABR

BALANÇA - 23 SET - 22 OUT

TOURO - 21 ABR - 20 MAI

ESCORPIÃO - 23 OUT - 21 NOV

GÉMEOS - 21 MAI - 20 JUN

SAGITÁRIO - 22 NOV - 21 DEZ

CARANGUEJO - 21 JUN - 22 JUL

CAPRICÓRNIO - 22 DEZ - 19 JAN

LEÃO - 23 MAR - 22 AGO

AQUÁRIO - 20 JAN - 18 FEV

VIRGEM - 23 AGO - 22 SET

PEIXES - 19 FEV - 20 MAR

Amor: Irá manifestar-se em si uma forte sensualidade.Saúde: Com disciplina e con-

trolo melhorará. Dinheiro: Poderá ter tendência para gastar mais do que habitualmente.Números da Sorte: 1, 3, 24, 29, 33, 36

Amor: Caso esteja livre e des-comprometido poderá surgir brevemente a pessoa que ide-

alizou. Saúde: Tenderá a sofrer de fadiga. Dinheiro: Poderá voltar a surgir uma proposta que estava suspensa.Números da Sorte: 7, 11, 18, 25, 47, 48

Amor: Não tenha atitudes infantis relacionadas com ciúmes doentios. Aprenda a

trazer para a luz o melhor do seu ser!Saúde: Cuidado com a automedicação. Dinheiro: Época favorável ao investimen-to em novos negócios.Números da Sorte: 7, 18, 19, 26, 38, 44

Amor: Período bom para estar com o seu amor. Descubra a imensa força e coragem que

traz dentro de si!Saúde: Manter-se-á numa situação es-tável.Dinheiro: A sua carreira está em alta.Números da Sorte: 7, 13, 17, 29, 34, 36

Amor: Poderá surgir um mal entendido, mas com calma tudo se resolve.

Saúde: Este será um período de paz, aproveite para descansar. Dinheiro: Momento pouco favorável para grandes investimentos.Números da Sorte: 4, 6, 7, 18, 19, 33

Amor: Esteja atento a tudo o que o rodeia.Saúde: Não terá que se

preocupar, está em plena forma.Dinheiro: Algumas dificuldades avizin-ham-se.Números da Sorte: 1, 8, 42, 46, 47, 49

Amor: Os ciúmes não nos levam a lado nenhum, tenha confiança na pessoa que tem a seu lado.

Saúde: Cuidado com a diabetes, não coma muitos doces.Dinheiro: Momento propício para um investimento mais sério. Números da Sorte: 7, 11, 19, 24, 25, 33

Amor: Entre em contacto com os seus familiares e amigos que estão distantes.

Saúde: Dê mais atenção aos seus ouvi-dos. Dinheiro: Não espere grandes alter-ações neste campo da sua vida.Números da Sorte: 9, 11, 25, 27, 39, 47

Amor: Deixe o ciúme de lado e aproveite bem os momen-tos escaldantes. Que o futuro

lhe seja risonho!Saúde: Cuidado com os excessos ali-mentares.Dinheiro: Período menos favorável para empréstimos.Números da Sorte: 4, 9, 11, 22, 34, 39

Amor: Procure estar mais tempo com os seus amigos e familiares. Tenha a ousadia de

sonhar!Saúde: Faça com maior regularidade análises ao sangue.Dinheiro: Os gastos desenfreados po-dem prejudicá-lo significativamente.Números da Sorte: 5, 25, 36, 44, 47, 49

Amor: Andará muito senti-mental e estará rodeada de ternura.

Saúde: Espera-o um período isento de preocupações.Dinheiro: Fique atento e evite qualquer tipo de gasto supérfluo.Números da Sorte: 10, 20, 36, 39, 44, 47

Amor: Através do diálogo poderá clarificar algumas dúvidas com a sua cara-meta-

de. A felicidade espera por si!Saúde: Cuidado com os vírus gripais.Dinheiro: Reina a estabilidade neste campo.Números da Sorte: 1, 2, 8, 16, 22, 39

casa de Maria Ísis, mas ela não libera a entrada dele e ele vai embora. Xana muda o visual de Ismael para o novo emprego e Lorraine fica enciumada. João Lucas avisa Maria Marta que irá trabalhar com José Alfredo. Maria Marta e José Pedro ficam preocupados com a novidade de João Lucas na empresa.

Daniele discute com José Pedro por ele estar tomando café e conversando com Amanda. Orville procura Juliane para saber de Júnior. Téo e Érika lamentam a nota que José Alfredo lançou na mídia sobre o emprego que deu para Ismael. Enrico encontra Leonardo na rua e tira satisfações. Enrico se irrita e liga para Beatriz exigindo suas roupas.

Cláudio se encontra com Merival para falar sobre o processo que irá abrir contra Téo.

Capítulo 059 - 06 de abril

Cláudio assume para Merival que é gay. Enrico volta ao trabalho no restaurante e conversa com Vicente sobre o novo menu da primavera. Lorraine passa o dia pensando em Ismael. Magnólia e Severo procuram Cora para pedir dinheiro, mas saem de lá sem nada.

José Alfredo chega de surpresa na casa de Maria Ísis e ela pensa que é Lucas. José Alfredo fica cismado com o comentário da moça, mas ela consegue que ele acredite que ela se referia ao irmão.

Kelly aconselha Maria Ísis dar uma chance para João Lucas para garantir seu futuro.

Maria Marta permite que Amanda escolha uma joia da coleção nova como presente. Leonardo avisa Cláudio que Enrico o encontrou na praia e que foi grosseiro. Cláudio marca um encontro com Leonardo.

Jonas e Orville conversam sobre os quadros de Salvador. Salvador pede que Jonas lhe traga alguns equipamentos para fazer esculturas. Cristina junta dinheiro no camelódromo e vai até a Império falar com Maria Marta.

Capítulo 060 - 07 de abrilCristina devolve uma parte do

dinheiro para Maria Marta e vai embora. Na saída encontra com José Pedro e João Lucas.

José Alfredo manda seu motorista levar Cristina pra casa e ela aceita. Lorraine esperar Ismael chegar do trabalho e os dois se beijam na rua.

Elivaldo conta para Cora que Cristina foi levar dinheiro para Maria Marta e ela se irrita.

Téo vai até a casa de Leonardo para saber sobre Cláudio e fica assustado ao saber que o mesmo está prestes a chegar.

Téo se esconde no armário. Maria Marta pede para ir embora com José Alfredo para terem uma conversa sobre assuntos de família, mas ele não aceita lhe dar carona.

Maria Ísis marca um encontro com João Lucas e ele fica feliz. Jurema pede que Jairo guarde os móveis da casa e vá para o Rio de Janeiro morar com ela e Tuane.

Maria Marta pede que José Alfredo pense em uma forma de ajudar Cristina para que ela não queira parte da herança dele.

Robertão espera por Téo na portaria do prédio. Érika se irrita ao ver Robertão com Téo e vai embora. Robertão corre atrás de Érika. Érika beija Robertão e o convida para ir ao motel.

João Lucas se declara para Maria Ísis.

Quarta-feira, 05 de abril de 2017 PORTUGUESE TIMES Desporto 33

I LIGA – 27ª JORNADA

RESULTADOSDesportivo de Chaves – Paços Ferreira 1-0 (1-0 ao intervalo)Nacional – Vitória de Guimarães .................................... 1-2 (0-1)Tondela – Estoril-Praia ........................................................ 0-2 (0-1)Boavista – Rio Ave ................................................................ 0-1 (0-0)Benfica – FC Porto ................................................................ 1-1 (1-0)Vitória de Setúbal – Moreirense ...................................... 2-0 (2-0)Belenenses – Feirense ......................................................... 1-2 (1-0)Arouca – Sporting ................................................................. 1-2 (1-2)Sporting de Braga – Marítimo ......................................... 3-3 (3-2)

PROGRAMA DA 25ª JORNADASexta-feira, 07 abril

Feirense - Sporting de Braga, 20:30 (SportTV1)Sábado, 08 abril

Paços de Ferreira – Arouca, 16:00 (SportTV1)FC Porto – Belenenses, 18:15 (SportTV1)

Sporting – Boavista, 20:30 (SportTV1)Domingo, 09 abril

Rio Ave - Vitória de Setúbal, 16:00 (SportTV5)Estoril-Praia – Nacional, 16:00 (SportTV1)

Vitória de Guimarães – Tondela, 18:00 (SportTV1)Moreirense – Benfica, 20:15 (SportTV1/RTPi)

Segunda-feira, 10 abrilMarítimo - Desportivo de Chaves, 20:00 (SportTV1)

CLASSIFICAÇÃO J V E D Gm-Gs P01 BENFICA 27 20 05 02 57-14 6502 FC PORTO 27 19 07 01 59-13 6403 SPORTING 27 17 06 04 51-27 5704 SPORTING BRAGA 27 13 08 06 41-25 4705 VITÓRIA GUIMARÃES 27 13 08 06 40-30 4706 MARÍTIMO 27 11 08 08 26-24 4107 RIO AVE 27 11 05 11 31-34 3808 DESPORTIVO CHAVES 27 08 12 07 28-27 3609 FEIRENSE 27 10 05 12 25-40 3510 BOAVISTA 27 08 10 09 27-26 3411 VITÓRIA SETUBAL 27 09 07 11 27-27 3412 BELENENSES 27 08 08 11 21-30 3213 PAÇOS FERREIRA 27 06 09 12 25-37 2714 AROUCA 27 08 03 16 25-44 2715 ESTORIL-PRAIA 27 06 07 14 22-34 2516 MOREIRENSE 27 05 06 16 24-42 2117 NACIONAL 27 03 08 16 18-45 1718 TONDELA 27 03 08 16 18-46 17

II LIGA – 34ª JORNADA

RESULTADOSDesportivo das Aves - Santa Clara ............................................ 1-0Sporting de Braga B -Freamunde .............................................. 4-2Gil Vicente - Académica ................................................................ 1-0Cova da Piedade - Sporting da Covilhã .................................. 1-0Académico de Viseu - Leixões .................................................... 2-2Sporting B - Olhanense ................................................................. 5-1Varzim - Penafiel .............................................................................. 1-1Vizela - Portimonense .................................................................... 2-1Benfica B - União da Madeira ..................................................... 0-4Famalicão - Vitória de Guimarães B ......................................... 0-0

PROGRAMA DA 35ª JORNADAQuinta-feira, 06 abril

Académica - Desportivo das Aves, 20:15 (SportTV1)Sábado, 08 abril

Sporting da Covilhã - Benfica B, 11:15 (SportTV1)Domingo, 09 abril

Portimonense - Gil Vicente, 11:15 (SportTV1)FC Porto B - Cova da Piedade, 15:00 (Porto Canal)

Penafiel - Sporting de Braga B, 16:00Leixões - Freamunde, 16:00

Fafe - Famalicão, 16:00Olhanense - Académico de Viseu, 16:00

Santa Clara - Sporting B, 16:00União da Madeira - Varzim, 16:00

Segunda-feira, 10 abrilVitória de Guimarães B - Vizela, 16:00

CLASSIFICAÇÃO J V E D Gm-Gs P01 PORTIMONENSE 34 21 07 06 56-26 7002 DESPORTIVO AVES 34 18 10 06 48-31 6403 VARZIM 34 15 10 09 42-36 5504 UNIÃO MADEIRA 35 14 11 10 41-36 5305 SANTA CLARA 34 14 09 11 35-36 5106 ACADÉMICA 34 14 09 11 34-27 5107 BENFICA “B” 34 14 08 12 45-46 5008 SPORTING BRAGA “B” 34 12 13 09 50-40 4909 V. GUIMARÃES “B” 34 14 06 14 46-40 4810 GIL VICENTE 34 11 15 08 36-32 4811 PENAFIEL 34 13 08 13 46-47 4712 SPORTING “B” 34 13 07 14 51-51 4613 FC PORTO “B” 34 11 11 12 36-39 4414 SPORTING COVILHÃ 34 09 16 09 35-35 4315 ACADÉMICO VISEU 34 10 12 12 37-42 4216 COVA PIEDADE 34 11 09 14 33-43 4217 VIZELA 35 08 17 10 32-39 4118 FAMALICÃO 34 10 10 14 37-43 4019 LEIXÕES 34 07 14 13 34-36 3520 FAFE 34 08 11 15 43-52 3521 FREAMUNDE 34 08 11 15 32-41 3522 OLHANENSE 34 05 06 23 35-66 21

Vitória de Guimarães finalista da Taça de Portugal

Sporting já tem academia em Luanda e quer alargar conceito

Campeonato de Portugal Subida — 8ª - Jornada

Zona NorteMerelinen - UD Oliveirense ...1-0AD Oliveirense - Marítimo B .1-3Gafanha – Salgueiros ...............0-1L.Vildemoínhos – Amarante ..3-0

Classificação01 MARÍTIMO B ..........................1602 MERELINENSE .......................1503 UD OLIVEIRENSE ..................1404 SALGUEIROS ..........................1105 GAFANHA ...............................1006 LUSIT.VILDEMOINHOS ......1007 AMARANTE ............................0708 AD OLIVEIRENSE ..................05

9.ª Jornada

(09 abr)UD Oliveirense - Marítimo B

Salgueiros - MerelinenseAmarante - AD OliveirenseL. Vildemoínhos - Gafanha

Zona SulPraiense – Sacavenense ......... 1-0Louletano – Farense ................ 2-2Operário – Fátima .................... 0-4União Torreense – Real .......... 0-2

Classificação01 FÁTIMA ....................................1602 PRAIENSE ................................1403 REAL ..........................................1404 TORREENSE ............................1105 FARENSE..................................1006 SACAVENENSE ......................0907 LOULETANO ..........................0608 OPERARIO ..............................06

9.ª Jornada

(09 abr)Real - Praiense

Sacavenense - LouletanoFarense - Operário

Fátima - União Torreense

Manutenção — 8ª - Jornada

Serie ACamacha – Caniçal ....................5-0Vilaverdense - P.Rubras ..........3-1U.Torcatense – Montalegre ...1-2Torre Moncorvo – Bragança .0-8

Classificação01 VILAVERDENSE .....................3102 BRAGANÇA ............................2203 MONTALEGRE .......................2104 UNIÃO TORCATENSE .........1605 CAMACHA ..............................1506 CANIÇAL..................................1407 PEDRAS RUBRAS ..................1408 MONCORVO..........................01

9.ª Jornada

(09 abr)Bragança - Camacha

Caniçal - VilaverdensePedras Rubras - U. TorcatenseMontalegre - Torre Moncorvo

Serie BLimianos – Mirandela ............. 0-2Gandra – Trofense ................... 1-0Felgueiras - Ponte Barca ....... 1-0JP Salgadas – São Martinho . 1-4

Classificação01 FELGUEIRAS ...........................2602 S.MARTINHO .........................2303 GANDRA..................................2204 MIRANDELA ...........................1705 TROFENSE ...............................1706 JUV. PEDRAS SALGADAS ..1207 LIMIANOS ...............................1108 PONTE DA BARCA ...............04

9.ª Jornada

(09 abr)São Martinho - Limianos

Mirandela - GandraTrofense - Felgueiras

Ponte de Barca - JP Salgadas

Serie CCinfães – Nogueirense ............1-0Sanjoanense – Tourizense .....2-1Pampilhosa – Coimbrões .......1-0Académica SF – Sousense .....2-3

Classificação01 SANJOANENSE .....................2702 CINFÃES...................................2403 NOGUEIRENSE ......................2204 PAMPILHOSA ........................1505 SOUSENSE ..............................1406 COIMBRÕES ...........................1407 TOURIZENSE ..........................1208 ACADÉMICA SF.....................07

9.ª Jornada (09 abr)

Sousense - CinfãesNogueirense - Sanjoanense

Tourizense - PampilhosaCoimbrões - Académica SF

Serie DEstarreja – Anadia .....................1-3Moimenta Beira – Águeda .....0-1Gondomar – Mortágua ...........2-0Gouveia – Cesarense ................2-4

Classificação01 ANADIA ...................................2602 CESARENSE ............................2203 AGUEDA ..................................2104 GONDOMAR .........................2005 MORTAGUA ...........................1706 ESTARREJA .............................1307 GOUVEIA .................................0908 MOIMENTA BEIRA ...............07

9.ª Jornada (09 abr)

Cesarense - EstarrejaAnadia - Moimenta da Beira

Águeda - GondomarMortágua – Gouveia

Serie ELusitânia – Sertanense.............1-2União de Leiria – Alcobaça ....2-1BC Branco – Gafetense ............2-1Angrense – Ideal ........................5-0

Classificação01 UNIÃO DE LEIRIA .................2902 BEN.C.BRANCO .....................2103 SERTANENSE .........................2104 IDEAL ........................................1905 LUSITANIA ..............................1606 ANGRENSE .............................1207 GAFETENSE ............................1008 ALCOBAÇA .............................05

9.ª Jornada (09 abr)

Ideal - LusitaniaSertanense - União de LeiriaAlcobaça - Benfica C Branco

Gafetense - Angrense

Serie FVilafranquense – Caldas .........2-0Naval 1.º de Maio – Oleiros ..0-2V. Sernache – Carapinheir. .....1-1Mafra – Alcanenense ...............2-0

Classificação01 MAFRA .....................................2902 CALDAS ...................................2003 VILAFRANQUENSE ..............1804 ALCANENENSE .....................1705 CARAPINHEIRENSE .............1706 OLEIROS ..................................1707 V. SERNACHE.........................1008 NAVAL 1.º MAIO ..................04

9.ª Jornada (09 abr)

Alcanenense - VilafranquenseCaldas - Naval 1.º de MaioOleiros - Vitória SernacheCarapinheirense - Mafra

Serie GOriental – Aljustrelense ...........3-1Armacenenses – Loures ..........0-3Fabril Barreiro - Casa Pia ........2-4Sintrense - Viana Alentejo .....3-1

Classificação01 CASA PIA .................................2602 LOURES ....................................2303 SINTRENSE .............................2304 ORIENTAL ...............................2105 ALJUSTRELENSE ...................1606 ARMACENENSES..................1307 FABRIL ......................................0908 VIANA .......................................05

9.ª Jornada

(09 abr)Viana Alentejo - Oriental

Aljustrelense - ArmacensesLoures - Fabril Barreiro

Casa Pia - Sintrense

Serie HLusitano VRSA – Barreirense .2-0Moura – Pinhalnovense ..........1-0Atlético - 1.º de Dezembro ...2-3Almancilense – Malveira .........2-1

Classificação01 LUSITANO VRSA ..................2302 MOURA....................................2103 1º DEZEMBRO .......................1704 PINHALNOVENSE ................1605 ALMANSILENSE ....................1506 MALVEIRA ...............................1307 BARREIRENSE ........................1008 ATLÉTICO ................................08

9.ª Jornada (09 abr)

Malveira - Lusitano de VRSABarreirense - Moura

Pinhalnovense - Atlético1.º de Dezembro - Almancilense

O Vitória de Guimarães apurou-se para a final da Taça de Portugal em futebol, apesar de ter perdido em casa do Desportivo de Chaves por 3-1, em jogo da segunda mão das meias-finais.

Os flavienses ainda chegaram a anular a desvantagem de 2-0 trazida da primeira mão e chegaram aos 3-0, com golos de Perdigão (01 minuto), Bressan (33) e Nuno An-dré Coelho (63), mas os vimaranenses estiveram pouco tempo em desvantagem na eliminatória, com Marega a reduzir para 3-1 dois minutos depois (65), colocando a sua equipa em vantagem devido aos golos marcados fora.

Na final, o Vitória, que viu ainda o seu guarda-redes Douglas defender uma grande penalidade nos instan-tes finais da partida, vai defrontar o vencedor da elimi-natória entre Benfica e Estoril-Praia, cuja segunda mão se disputa hoje no estádio da Luz, e na qual os ‘encar-nados’ estão em vantagem, depois de terem vencido na primeira mão por 2-1.

O presidente do Sporting foi recebido em euforia por dezenas de adeptos Luanda, onde inaugurou a primeira academia de futebol do clube em Angola, tendo prometi-do alargar o conceito a todos os países africanos de lín-gua portuguesa.

A mais recente academia de futebol do Sporting fun-ciona em Viana, arredores da capital angolana, receben-do diariamente até 500 crianças, fruto do protocolo de colaboração assinado com a escola Norberto de Castro.

O presidente daquela escola sublinhou que a parceria com o Sporting, que a partir de agora dá nome à aca-demia, que recebe em permanência jovens futebolistas de várias províncias do país, “não envolveu o pagamen-to de qualquer tostão” ao clube presidido por Bruno de Carvalho, cabendo ao parceiro local angariar os apoios necessários ao seu funcionamento.

“É preciso que as pessoas entendam muito bem isso. Nem um tostão foi dado”, enfatizou Norberto de Castro, que falava ladeado por Bruno de Carvalho e pelo gover-nador da província de Luanda, general Higino Carneiro, que também participou no evento da assinatura do acor-do.

“Eles vão beneficiar do nosso ‘know-how’, da nossa formação de treinadores e da nossa formação de atletas. E nós, como é lógico, teremos não só o prazer de cumprir uma missão, não só o prazer de ajudar a desenvolver o futebol angolano, mas também o acesso primordial aos talentos que se vão gerando aqui”, destacou, por seu tur-no, Bruno de Carvalho.

O presidente do Sporting foi a estrela maior do evento, com dezenas de adeptos angolanos do clube de Lisboa a rodearem Bruno de Carvalho para as já habituais fo-tografias, debaixo do escaldante sol de Luanda.

“Angola é um país estratégico, dentro daquilo que é a nossa estratégia de expansão”, sublinhou depois o presi-dente ‘leonino’, destacando a “missão” do Sporting nes-ta academia, tendo em conta que “muitas das crianças não têm posses para poderem jogar futebol”.

Bruno Carvalho garantiu que a Academia Sporting Norberto de Castro, que se junta aos acordos de colab-oração com o 1.º de agosto e o Recreativo da Caála, ambos do primeiro escalão do futebol angolano, vai em breve produzir talentos, face ao “potencial” do futebol angolano.

O protocolo que formaliza a academia, válido inicial-mente por cinco anos, foi assinado com a direção da Es-cola Norberto de Castro, que já formou vários atletas do Girabola angolano e que já está a ser acompanhada há alguns meses por técnicos do Sporting.

Um conceito de academia que há cerca de um ano arrancou na Guiné Equatorial, passou ainda por Cabo Verde e agora por Angola, mas que o dirigente quer ver alargado a curto prazo à Guiné-Bissau, São Tomé e Prín-cipe e Moçambique.

O presidente do Sporting fez-se acompanhar do in-ternacional angolano Gelson Dala, a maior promessa atual do futebol do país, contratado no final de 2016 ao campeão 1.º de agosto e que joga atualmente na equipa B do clube de Lisboa.

34 Desporto PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 05 de abril de 2017

“Palpites da Semana” tem o patrocínio de

PALPITES - 14ª EdiçãoI LIGA

Moreirensex

Benfica

FC Portox

Belenenses

1-2 2-1

0-2 2-0

0-1 1-1

0-2 2-0

0-2 3-1

0-2 3-0

0-2 2-1

125

115

110

103

108

101

96

101

94

92

Classi-fica-ção

DinaPires

Ag, Seguros0-2 2-0

91 1-2

3-1

2-1

2-0

2-0

3-0

2-2

SportingX

Boavista

Feirensex

Sp. Braga

1-1

1-0

1-1

1-1

1-2

2-21-0

2-0 1-2

FernandoBenevides

Industrial

0-2 2-0 1-0 1-1

0-1 2-0 2-0 0-1

0-3 2-0 2-0 0-1

0-2 1-0 1-0 0-1

1-01-193 1-11-0

84

CarlosFélix

Produtorde rádio

JoãoBarbosaEmpregadoComercial

ElísioCastro

Moses Brown

José MariaRego

Empresário

ErmelindaZito

Professora

CarlosGoulartReformado

BibianaA. NovoBancária

ManuelLopes

Reformado

José F.Amaral

Reformado

www.azoresairlines.pt

PORTUGALIAMARKETPLACE

489 Bedford StreetFall River, MA

TEL. 508-679-9307

JoãoSantos

Reformado

Fly Azores Airlinesto the Azores and Lisbon

GonçaloRego

Advogado

Palpites da semanaGonçalo Rego com dez pontosde vantagem

Gonçalo Rego foi o concorrente com melhor pon-tuação na última jornada: sete pontos, aumentandoa vantagem sobre o segundo classificado, FernandoBenevides, para 10 pontos.

Rego tem assim direito ao prémio semanal: umagalinha grelhada, oferta da Portugalia Marketplace,em Fall River.

Na terceira posição, com menos 15 pontos que olíder, surge João Barbosa, que ultrapassou CarlosFélix, que é agora quarto com 108 pontos.

Concurso TotochutoJoseph a dois pontos de Mena Braga

Concluído o concurso 36 de Totochuto, Joseph Bragaencurtou a distância para a líder, a esposa Mena Braga,para dois pontos, pelo que se prevê “guerra renhida”entre marido e mulher.

Manuel Cruz e Amaro Alves foram os concorrentescom melhor pontuação, 13 pontos cada. Para atribuiçãodo prémio semanal efetuou-se um sorteio, que premiouAmaro Alves, que tem assim direito a uma refeiçãogratuita (bebidas não incluídas) no restaurante InnerBay, em 1339 Cove Road, ao sul de New Bedford.

Afonso Costa

OPINIÃO

INNER BAY

(508) 984-04891339 Cove Road, New Bedfordwww.sata.pt

Ambiente requintadoOs melhores pratos da

cozinha portuguesa

1. Nacional - MoreirenseResultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

2. Tondela - Rio AveResultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

3. Arouca - FeirenseResultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

4. Belenenses - EstorilResultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

5. Benfica - MarítimoResultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

6. Boavista - Paços FerreiraResultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

7. Sp. Braga - FC PortoResultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

8. Desp. Chaves - V. GuimarãesResultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

9. V. Setúbal - SportingResultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

10. Leixões - AcadémicaResultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

11. Cova da Piedade - FafeResultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

12. Vizela - OlhanenseResultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

13. Ac. Viseu - PenafielResultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

14. Desp. Aves - Sp. CovilhãResultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

15. Freamunde - Santa ClaraResultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

16. Valencia - SevilhaResultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

17. Barcelona - Real SociedadResultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

18. Manchester United - ChelseaResultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

CONCURSO TOTOCHUTO - Nº 38I LIGA (29.ª jorn. — II Liga (36.ª jorn.) — Espanha e Inglaterra

Preencha com os seus palpites e envie para:Portuguese Times - TotochutoP.O. Box 61288New Bedford, MA 02746-0288

Prazo deentrega:

14 ABR. 11AM

Nome

Endereço

Localidade

Estado Zip Code Tel

Nãoescreva

aqui

Favorcortar pelotracejado

✁✁

CLASSIFICAÇÃO

Mena Braga ................ 276Joseph Braga .............. 274Manuel Cruz .............. 250John Terra .................. 248José Leandres ............. 243Alex Quirino .............. 241António Miranda ....... 240António Oliveira ........ 240Daniel C. Peixoto ....... 238José C. Ferreira .......... 238Paulo de Jesus ............ 238Norberto Braga .......... 234Dennis Lima ............... 232Pedro Almeida ........... 232

Dália Moço ................. 232Amaro Alves .............. 231João Baptista .............. 230Serafim Leandro ........ 229Hilário Fragata .......... 228Maria Moniz .............. 228John Couto.................. 228Antonino Caldeira ..... 226Odilardo Ferreira ...... 224António F. Justa ......... 221Carlos Serôdeo ........... 217Belmiro Pereira .......... 217Paul Ferreira .............. 217John Costa .................. 217

António B. Cabral ...... 215Alfredo Moniz ............ 215Luís Lourenço ............ 214Felisberto Pereira ...... 209Agostinho Costa ......... 206Emanuel Simões ........ 205Rui Maciel .................. 205Ana Ferreira .............. 199Maria L. Quirino........ 199Eduardo Branco ......... 195Guilherme Moço ........ 192Carlos M. Melo........... 190Walter Araújo ............ 182

Lídia Lourenço........... 181Francisco Laureano ... 173Jason Moniz ............... 169José Vasco ................... 164Edwin Leal ................. 163Fernando Romano ..... 159Jessica Davigton ......... 158Humberto Soares ....... 152Mariana Romano ....... 104Élio Raposo ................ 101José M. Rocha .............. 55José Rosa ...................... 42

Rir ou chorara escolha é sua

Terminou com um empate a um a uma bola o tãoesperado Benfica-FC Porto. Para muitos foi umresultado positivo para os donos da casa, enquantooutros dizem que foi mau, por isso mesmo, por jogarem casa.

Alinho nos primeiros pela simples razão que ulti-mamente o Benfica não tem jogado pevide e o Portotem jogado “c’mó corisco”. Acertou passo, o Benfica,jogou muito bem, sim senhor, e não ganhou porque o“estupor cacilheiro” fez outra vez uma exibição dooutro mundo, tal como já havia acontecido o anopassado, no mesmo campo.

Para trás ficou então uma bela partida de futebol noqual intervieram duas figuras mundiais, uma em cadabaliza. Quem não vê isto é o teimoso e mais do que

cego treinador do “Spanish All StarTeam”, o tal que Jesus chamou delopétega e este respondeu que lhedava um murraço no cachalote.

Fóra das quatro linhas as coisasnão deram para palmas nem pararir. Porque ainda há gente que vaiao futebol para insultar, blasfemar,agredir e espezinhar o vizinhonuma completa falta de respeitopelo próximo. Milhares de políciasem actividade constante, assim

como a fazer lembrar um um qualquer motim na antigaÁfrica do meu coração ou nos arredores do eloquentedr. Martin Luther King.

Continuo na minha de que os principais culpadossão os dirigentes dos maiores clubes que teimam emsair à rua com um palavreado barato e tremendamenteofensivo, recrutando logo aí uma carrada de paixões eódios mal incontidos numa sociedade quiçá muitofrustada por ver os outros andar para a frente enquantoficam eternamente abraçados a mais de uma dezenade descansadinhos feriados e milhares de festaspopulares que disfarçam o verdadeiro estado dascoisas.

Claro que para aqui nem trago aquela cena doCanelas, com um jogador a agredir um árbitro àjoelhada, fazendo lembrar os tempos do analfabetismoe desgraça salazarista em que o Mané Barrote entravacampo dentro, punhos cerrados e dentes podres dotabaco e do álcool, perante o riso e gargalhada de umaplateia também ela amordaçada ao condicionalismointelectual de então.

Do que se precisa agora é de outra mentalidadevinculativa, de gente que tenha poder e personalidadepara punir em tempo útil todos os intervenientes nafesta nacional da pancadaria avulso, seguindo oexemplo de outras terras e de outras gentes.

Enquanto isto vou registando com tremendo gozopessoal a ida do vaidoso e arrogante Augusto Ináciopara o Egipto, não sem antes ter dado uma lição detáctica ao Rui Vitória, mas, lá está, eu tinha avisadoque era sol de pouca dura.

Vou ainda contando os dias de um tal Jorge Simão àfrente dos destinos de uma equipa chamada Sportingde Braga, por achar, sem margem para erro, que setrata do maior “bluff ” do futebol português desde oascendente e queda de Joaquim Meirim, ou ainda, anível internacional, a festa que os adeptos do Arsenalfazem em volta do estádio dos Emirados na espreitado despedimento de um tal ArseneWengler, francêsmais antipático e mais sizudo do que um bode, masque nem por isso deixa de ganhar 8 milhões de euros,o que, na opinião deste vosso servo, é um grandedesperdício de maçaroca.

Quarta-feira, 05 de abril de 2017 PORTUGUESE TIMES Publicidade 35

Rosa PachecoJoão Tavares

Tel. 508-207-8382 ext. 38 & 39

Promovido pelo Lions Clube da Maia, S. Miguel

Chá das Cinco Pedagógico e SolidárioEsta iniciativa, realizada no passado mês

de março, que tinha como objetivo pro-mover o convívio entre membros de váriosClubes Lions da ilha de São Miguel eaumentar o conhecimento sobre a biodi-versidade dos Açores, contou com duaspartes. A primeira parte da iniciativa, con-sistiu na plantação de 100 espécies endé-micas e nativas dos Açores no Trilho doDegredo, junto da ETAR da Maia, sendo onúmero de exemplares simbólico da come-moração do centenário do Lions Inter-nacional.

O técnico Filipe Figueiredo, membro daSociedade Portuguesa para o Estudo dasAves (SPEA) e responsável pelos viveirosdesta entidade que cederam as plantascosteiras para a plantação, fez uma intro-dução à atividade, descrevendo as carac-terísticas morfológicas e funções noecossistema das espécies utilizadas.

Na segunda parte da ação e ampliando asua dimensão pedagógica, a técnica Azu-cena de la Cruz, nas instalações da Fábrica

de Chá Gorreana, dinamizou uma sessãoinformativa sobre a atividade da SPEA nosAçores nos últimos 14 anos.

Dotada, também, de um caráctersolidário, os fundos angariados com estaatividade serão revertidos a favor dascausas sociais desenvolvidas, localmente,pelo Lions Clube da Maia (Açores).

O Lions Clube da Maia (São Miguel),completa este mês de abril 20 anos deserviço à comunidade, desenvolvendo a suaação, fundamentalmente, nas áreas dejuventude, visão, alívio da fome e proteçãodo meio ambiente.

De entre as atividades mais recentes erelevantes destacam-se, a coleta de roupapara benefício de uma associação doconcelho da Ribeira Grande, distribuiçãode presentes a crianças do Centro deAtividades de Tempos Livres da RibeiraFunda, plantação de espécies endémicas enativas dos Açores e doação de óculos acrianças de famílias carenciadas.

36 Publicidade PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 05 de abril de 2017

MATEUS REALTY582 Warren Ave., East Providence, RI • Tel. (401) 434-8399ATENÇÃO COMPRADORES! AGORA É UMA BOA ALTURA PARA COMPRAR CASA!!

• Várias casas à venda • Preços baixos • Juros continuam baixos

Contacte-nos e verá porque razão aMATEUS REALTY tem uma excelente reputação

“O NOSSO SUCESSO DEVE-SE AO APOIO DA NOSSA COMUNIDADE. OBRIGADO POR MAIS UM ANO DE SUCESSO”Precisamos de casas para vender na área de East Providence e arredores!

AO SERVIÇO DA COMUNIDADE DESDE 1975

MATEUS REALTY

Familiar/ ComércioRUMFORD$199.900

RanchWEST WARWICK

$199.900

ColonialNORTH FALL RIVER

$329.900

CapeCRANSTON

$239.900

Comercial/2familiasNORTH FALL RIVER

$279.900

3 famíliasPAWTUCKET

$179.900

3 familíasEAST PROVIDENCE

$319.900

CottageCRANSTON

$169.900

ColonialCENTRAL FALLS

$174.900

3 famíliasEAST SIDE$299.900

ColonialRUMFORD$229.900

RanchEAST PROVIDENCE

$219.900

RanchEAST GREENWICH

$129.900

CottageEAST PROVIDENCE

$179.900

ComercialEAST PROVIDENCE

$189.900

CottageCRANSTON

$179.900

RanchRUMFORD$209.900

Raised RanchWARREN$289.900

ColonialRUMFORD$279.900

BungalowPAWTUCKET

$199.900