act1histA10

4
Ficha de Trabalho 1 –História Centro de Apoio de Ensino à Distância MÓDULO 1 O Modelo Ateniense 10º Ano Data - 18 / 10 / 2005 A professora – MªAntonieta Rios Madureira A Democracia Antiga: os direitos dos cidadãos e o exercício dos poderes 1. O termo democracia, como sabe, teve a certidão de nascimento na Grécia, como o regime a que se aplica. Falar de democracia grega é falar de democracia ateniense – expressões que praticamente se equivalem. Leia, atentamente, os documentos A, B e C. Doc.A A Democracia Ateniense vista por Péricles, em 413 a. C O nosso sistema político não tem nada a invejar às leis dos nossos vizinhos, pois temos mais de exemplo para os outros do que de seus imitadores. O seu nome é democracia, plelo facto de a direcção do Estado não se limitar a poucos, mas se estender à maioria; em relação às questões particulares, há igualdade perante a lei. No que diz respeito à vida pública, todos são considerado em razão dos seus méritos e a classe a que se pertence importa menos do que o valor pessoal de cada um. Ninguém é prejudicado pela pobreza ou pela obscuridade da sua condição social se pode prestar serviço à cidade. Sendo livres no que respeita à vida pública, somo-lo igualmente nas relações quotidianas. Cada qual pode dedicar-se aos seus prazeres sem se expor às censuras que não são um castigo mas importunam. Na nossa vida pública damos ouvidos aos magistrado e às leis, e destas, principalmente às que garantem a defesa dos oprimidos e às que, mesmo sem estarem escritas, acarretam para quem as transgride um desprezo universal. (…) Entre nós não é vergonha pobreza. É-o muito mais não procurar evitá-la. Os imples artífices podem entender das questões políticas. Só consideramos inúteis quem nelas não participar por ser preguiçoso.Em resumo, afirmo que a cidade interira é a escola da Grécia, e creio que qualquer ateniense pode conseguir uma personalidade completa nos ENSINO RECORRENTE DE NÍVEL SECUNDÁRIO DE EDUCAÇÃO POR MÓDULOS CAPITALIZÁVEIS

description

Atividades história 10º ano

Transcript of act1histA10

  • Ficha de Trabalho 1 Histria Centro de Apoio de Ensino Distncia

    MDULO 1

    O Modelo Ateniense

    10 Ano Data - 18 / 10 / 2005 A professora MAntonieta Rios Madureira A Democracia Antiga: os direitos dos cidados e o exerccio dos poderes

    1. O termo democracia, como sabe, teve a certido de nascimento na Grcia, como o regime a que se aplica. Falar de democracia grega falar de democracia ateniense expresses que praticamente se equivalem. Leia, atentamente, os documentos A, B e C. Doc.A

    A Democracia Ateniense vista por Pricles, em 413 a. C O nosso sistema poltico no tem nada a invejar s leis dos nossos vizinhos, pois temos

    mais de exemplo para os outros do que de seus imitadores. O seu nome democracia, plelo facto de a direco do Estado no se limitar a poucos, mas se estender maioria; em relao s questes particulares, h igualdade perante a lei. No que diz respeito vida pblica, todos so considerado em razo dos seus mritos e a classe a que se pertence importa menos do que o valor pessoal de cada um. Ningum prejudicado pela pobreza ou pela obscuridade da sua condio social se pode prestar servio cidade.

    Sendo livres no que respeita vida pblica, somo-lo igualmente nas relaes quotidianas. Cada qual pode dedicar-se aos seus prazeres sem se expor s censuras que no so um castigo mas importunam. Na nossa vida pblica damos ouvidos aos magistrado e s leis, e destas, principalmente s que garantem a defesa dos oprimidos e s que, mesmo sem estarem escritas, acarretam para quem as transgride um desprezo universal. ()

    Entre ns no vergonha pobreza. -o muito m ar evit-la. Os imples artfices podem entender das questes polticas. S c teis quem nelas no participar por ser preguioso.Em resumo, afirmo q terira a escola da Grcia, e creio que qualquer ateniense pode conseg alidade completa nos

    ENSINO RECORRENTE

    DE NVEL SECUNDRIO DE EDUCAO POR

    MDULOS CAPITALIZVEIS ais no procuronsideramos inue a cidade in

    uir uma person

  • 2

    mais distintos aspectos e dotada da maior flexibilidade. Pricles, estratego, sculo V a. c.

    Doc.B

    Os requisitos da cidadania Tomam parte na vida poltica aqueles que nasceram de pais tendo ambos estatuto de

    cidado. Os jovens so inscritos no nmero dos habitantes de um demo com 18 anos. No momento da inscrio, os demotas, aps juramento, decidem por votao, primeiro se tm a idade exigida pela lei (); segundo se so de condio livre e de nascimento legtimo.

    Depois dos efebos terem passado por este exame aos 18 anos, os pais escolhem, entre os membros da tribo com mais de 40 anos, os trs cidados que eles julguem mais capazes de cuidarem deles Os efebos so passados em revista, recebem armas da cidade e partem em guarnio. Durante os seus dois anos de servio militar esto isentos de qualquer encargo e no podem testemunhar em justia. Ao fim desses dois anos, tornam-se cidados.

    Aristteles, filsofo, 384-322 a.C., A Constituio dos Atenienses

    Doc.C

    Os processos de escolha O que mais contribuiu para a boa organizao da polis foi o facto de eles, das duas

    igualdades que se julga existirem das quais uma distribui o mesmo a todos e a outra a cada um o que convm - , no desconheceram a mais til: a que avalia do mesmo modo os bons e os maus rejeitavam-na como no justa, mas acolhiam a que honrava e castigava cada um segundo o seu mrito. De acordo com este princpio, administrava a polis, no tirando s magistraturas sorte de entre todo o povo, mas designando para cada cargo, por eleio, os cidados mais honestos e mais competentes. () Alm disso, consideravam esse processo mais democrtico do que aquele que tem por base a sorte: na tiragem sorte o acaso comanda e muitas das vezes as magistraturas recaem nos defensores da oligarquia; na designao dos mais convenientes por eleio, o povo ser soberano na escolha dos mais afeioados constituio estabelecida.

    Iscrates, 436-338 a.C., Aeropagtico

    1.1. Indique os princpios, segundo Pricles; em que assentava a Democracia Antiga.

    (Documento A) 1.2. Comente a afirmao de Pricles (...) a cidade inteira a escola da Grcia (...)

    (Documento A) 1.3. Explicite as condies necessrias para se possuir o estatuto de cidado

    ateniense.(Documento B)

  • 3

    1.4. Mostre as razes que presidiam aos dois processos de escolha dos cidados para exercerem cargos pblicos o sorteio e a eleio.(Documento C)

    1.5. Com base nos seus conhecimentos, caracterize a condio dos excludos da democracia ateniense.

    2. Na Grcia, cultura significava, antes de mais, formao do homem como homem,

    desenvolvimento das suas faculdades fsicas, intelectuais e morais. Analise os documentos D e E.

    Doc.D

    A Educao dos Jovens Logo que a criana comea a compreender o que lhe dizem, a ama, a me, o pedagogo e

    at o prprio pai se esforam por que ela se torne o mais prfeita possvel. A cada aco ou palavra lhe ensinam ou apontam o que justo e o que no , que isto belo e quilo vergonhoso, que uma coisa piedosa, e outra mpia, e faz isto , no faas aquilo.

    () Depois mandam-na escola. () Os mestres (), depois de elas aprenderem as letras e serem capazes de compreender o que se escreve, pem-nas a ler nas bancadas as obras dos grandes poetas, e obrigam-nos a decorar esses poemas nos quais se encontram muitas exortaes e tambm muitas digresses, elogios encmios da valentia dos antigos, a fim de que a criao se encha de emulao, os imite e se esforce por ser igual a eles.

    Os mestres de ctara, por sua vez, fazem outro tanto, cuidando do bom senso e de evitar que os jovens procedam mal. Alm disso, depois de saberem tocar, aprendem as obras dos grandes poetas lricos, que executam na ctara. Assim obrigam os ritmos e harmonias a penetrar na alma das crianas, de molde a civiliz-las e, tornando-as mais sensveis ao ritmo e harmonia, adestram-nas na palavra e na aco.()

    Alm disso, ainda se mandam as crianas ao pedotriba, a fim de possurem melhores condies fsicas, para poderem servir a um esprito so, e no serem foradas cobardia, por fraqueza corprea, quer na guerra, quer noutras actividades. Assim, fazem os que tm mais posses. ()

    Depois de estarem livres da escola, o Estado, por sua vez, obriga-as a aprender as leis e a viver de acordo com elas.

    Plato, filsofo, Protgoras

    Doc. E

    A Importncia da Oratria Os discursos belos e artsticos () so obra de uma alma que pensa bem; os sbios e os que parecem ignorantes diferem uns dos outros principalmente nisso. () Os que foram criados desde incio como homens livres no se conhecem pela coragem, riqueza ou qualidades dessa espcie, mas distinguem-se sobretudo pela maneira de falar. este o sinal mais seguro da

  • 4

    educao de cada um de ns e aqueles que sabem usar bem da palavra no s so poderosos no seu pas como honrados nos outros. Iscrates, filsofo e orador, Panegrico

    2.1. Trace o currculo escolar dos jovens atenienses, nos sculos V eIV a.C. 2.2.Mostre o valor educativo da msica. (Documento D) 2.3.Explique a afirmao de Iscrates(...) aqueles que sabem usar bem da palavra (...)so

    poderosos no seu pas(...)(Documento D) 2.4.Refira o fim ltimo da educao dispensada aos jovens em Atenas.(documento D) 2.5.Avalie a importncia e os perigos da oratria numa democracia directa. (Documento E)

    3. A democracia ateniense no se esgotou na participao dos cidados no governo da cidade,

    ou seja, na sua vertente poltica. Comportou igualmente uma dimenso cultural que fez de Atenas, como afirmou Pricles, a escola da Grcia. Amantes do cio e do convvio social, os Gregos organizaram nas suas polis numerosas festividades que se distribuam por todo o calendrio anual. Analise os documentos F e G. Doc.F

    As Panateneias Todas as cidades tinham os seus prprios festivais principais. Em Atenas, o mais

    importante era o das Panateneias, realizado em honra da deusa Atena. Essa festa evoluiu do que foi inicialmente um rito puramente religioso para um festejo espectacular, realizado de quatro em quatro anos, no Vero, e considerado, cada vez mais, como rival dos Jogos Olmpicos. Eva Howarth, Breve Histria da Arte Grcia Clssica

    Doc. G.

    Vencer os Jogos, glria suprema para os Helenos Conta-se que um certo Digoras (trata-se de Digoras de Rodes, ex-atleta, vencedor

    nas Olimpadas), tendo visto coroar no mesmo dia os seus dois filhos, foi levado por eles em triunfo perante assistncia. O povo, sentindo que tal felicidade era demais para um mortal, gritava-lhe: Morre Digoras, porque no podes converter-te em Deus. Ccero (Sculo I a. C.), episdio narrado nas Tusculanas

    3.1. Descreva as festividades a que alude o documento F. 3.2. Mostre a importncia dos Jogos Olmpicos para os Helenos. 3.3. Explique de que forma as manifestaes civico-religiosas foram um factor de unio entre os Gregos.

    Ficha de Trabalho 1 HistriaCentro de Apoio de Ensino DistnciaMDULO 1O Modelo Ateniense10 Ano