Acidentes e Complicações em Cirurgia BMF
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Prof. Guilherme Terra
Disciplina de CBMF
Acidentes e complicações
A melhor maneira de lidar é a prevenção.
Planejamento é fundamental para evitar a ocorrênciade complicações.
Realize as cirurgias para as quais você está preparado.Reconheça seus limites.
Terra, G.
Prevenção de acidentes e complicações
Realizar o histórico médico adequadamente.
Estar sempre em posse do exame Imaginológicoadequado.
Realizar os princípios cirúrgicos básicosadequadamente.
Explicar corretamente ao paciente as recomendaçõespós-operatórias.
Terra, G.
Complicações trans-operatórias
Lesões de tecido mole:
Laceração do retalho (Suturar).
Perfuração tecidual pela broca (não sutura).
Abrasão (não sutura).
Terra, G.
Complicações trans-operatóriasLesões das estruturas ósseas:
Fratura de tábua óssea (remover caso o fragmento nãoestiver aderido ao periósteo).
Fratura de Túber.
Fratura de mandíbula (Raro – Tem que ser TIGRÃO)
Comunicação Buco-sinusal.
Terra, G.
Comunicação Buco-sinusal
Pode evoluir para uma sinusite crônica e fístula Buco-Sinusal crônica.
Em comunicações pequenas suturar bem erecomendar ao paciente que evite realizar pressãonegativa.
Em comunicações maiores utilizar retalho de palatinorodado, ou ocluir a comunicação com a corpo adiposoda face.
Terra, G.
Comunicação Buco-sinusal
Em qualquer um dos casos prescrever associação deantibióticos.
Amoxicilina + Clavulanato de potássio + Metronidazol.
Prescrever também algum descongestionante nasal.
Terra, G.
Complicações trans-operatórias
Lesões de dentes adjacentes:
Fratura de restauração de dentes adjacentes.
Fratura de dentes adjacentes.
Luxação do dente ao lado (imobilização).
Extração do elemento errado (MUITO TIGRÃO).
Terra, G.
Complicações trans-operatóriasLesões do dente em questão:
Fratura radicular (janela lateral – Via alveolar ou não).
Deslocamento de fragmentos radiculares para seiomaxilar (remover) ou para fossa infra-temporal e/ouespaço sub-mandibular (proservar).
Terra, G.
Complicações trans-operatóriasLesões do dente em questão:
Acidente mais comum e freqüente em exodontias.
Inadequada aplicação dos fórceps;
Utilização do fórceps errado;
Cáries extensas;
Curvaturas radiculares;
Excesso de força;
Terra, G.
Complicações trans-operatóriasLesões de nervos adjacentes:
Caso ocorra perda de sensibilidade aguardar paravoltar. Normalmente entre dois meses a dois anos.
Caso tenha ocorrido a secção parcial ou completa donervo (Neurotmese), encaminhar ao cirurgião BMFpara a realização da ligadura do nervo.
Terra, G.
Hemorragia trans-operatórias
Hemorragia arterial (Pinçar a artéria e aguardar cercade dez minutos ou cera de abelha para osso).
Hemorragia venosa (tipo lençol).
Terra, G.
Hemorragia venosaTamponamento com gaze por 5 minutos.
Esponja de fibrina absorvível (GelFoam®), ou celuloseoxidada regenerada (Surgicel®) ou cera de abelha paraosso.
Sutura oclusiva em massa.
Fármacos Anti-fibrinolíticos.
Terra, G.
Terra, G.
Fármacos Anti-fibrinolíticos
Ácido tranexâmico 250 Mg (TRANSAMIN®).
Em caso de emergência ministrar 1 ampola de 5 ml,mantendo por via oral 2 comprimidos a cada 8 horas,por dois dias.
A injeção por via endovenosa deverá ser o mais lentapossível, cerca de 1 ml por minuto.
Terra, G.
Complicações pós-operatórias
Hemorragia pós-operatória:
Normalmente venosa.
Anestesiar e curetar, removendo todo o coágulo antigo.
Proceder com os mesmos procedimentos dahemorragia trans-operatória.
Terra, G.
Complicações pós-operatórias
Equimose:
Sangramento entre as fascias musculares.
Comum em idosos.
Difícil de evitar, mas não há perigo.
Tendo certeza de não ser um processo infeccioso, procederterapia com calor. Após, no mínimo, 48 horas.
Terra, G.
Complicações pós-operatórias
Processos infecciosos:
Alveolite seca;
Alveolite úmida;
Deiscência da ferida cirúrgica;
Abscesso odontogênico;
Abscesso cerebral;
Angina de Ludwig;
Terra, G.
Alveolite seca Perda do coágulo, alvéolo vazio com exposição óssea.
Dor intensa a partir do terceiro ou quarto dia do P.O.
Odor e gosto desagradável.
Tratamento:
Anestesia à distância, irrigação com água fenoladaaquecida e curativo com Alveolsan® ou Alveolex®(Eugenol e Benzocaína).
Não curetar.
Terra, G.
Terra, G.
Alveolite úmida
Presença do coágulo em desaranjo, alvéolo com corposestranhos.
Dor moderada a intensa além de odor e gostodesagradável.
Tratamento:
Anestesia à distância, curetagem, preenchimento doalvéolo com sangue e sutura.
Terra, G.
Deiscência da ferida cirúrgica
Dor intensa a partir do terceiro ou quarto dia do P.O.
Odor e gosto desagradável.
Tratamento:
Anestesia à distância, curetagem e raspagem do ossonecrótico, abundante lavagem com oro fisiológico esutura.
Terra, G.
Abscesso odontogênico
Muito raro hoje em dia.
Drenagem via alvéolo se possível.
Drenagem intra ou extra-oral.
Antibioticoterapia por 7 dias.
Terra, G.
Abscesso cerebral
Complicação mais comum por via ascendente.
Encaminhar ao serviço médico com extrema urgência.
Se demorado a tratar, grande chance de evoluir aoóbito.
Terra, G.
Angina de Ludwig
Complicação mais comum por via descendente.
Acometimento dos espaços submandibulares esublinguais bilateralmente.
Encaminhar ao serviço médico com extrema urgência.
Se demorado a tratar, grande chance de evoluir aoóbito.
Terra, G.
Mediastinite descendente necrosante
Quando não tratado e o paciente não vai a óbito, a
angina de Ludwig pode evoluir para uma Mediastinite
descendente necrosante.
A taxa de mortalidade da Mediastinite é de 40%.
Terra, G.