Acessasp Pesquisa sobre Internet

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Atores em Rede Atores em Rede Um Estudo Qualitativo sobre o Perfil de Usuários Um Estudo Qualitativo sobre o Perfil de Usuários do Programa AcessaSP do Programa AcessaSP Novembro 2008 Novembro 2008

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Atores em RedeAtores em RedeUm Estudo Qualitativo sobre o Perfil de Usuários Um Estudo Qualitativo sobre o Perfil de Usuários

do Programa AcessaSPdo Programa AcessaSPNovembro 2008Novembro 2008

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Cenário

Estudo sobre Perfil do Cidadão Frequentador dos Postos do AcessaSP nas Redes Sociais

Faixa Etária x Região

AGENTES

Secretaria de Gestão Pública, Prodesp/Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo - Diretoria de Serviços ao Cidadão, LIDEC/Laboratório de Inclusão Digital e Educação Comunitária do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Novas Tecnologias em Educação da Escola do Futuro na Universidade de São Paulo.

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Objetivos

• Aprofundar o entendimento de quem são os cidadãos pesquisados através de seus comportamentos.

• Identificar o comportamento dos cidadãos nas redes sociais que freqüentam.

• Verificar apropriações da tecnologia social por esses cidadãos.

• Verificar comportamento e preferências de jovem produtor de conteúdo na Internet;

• Confirmar dados fornecidos pela Ponline 2007 em relação às atividades realizadas na Internet e apontar tendências.

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• 04 grupos de discussão (GD) • 02 na capital e 02 no interior, no mês de outubro de 2008

• Usuário das faixas etárias:• 15 e 19 anos• 30 a 39 anosUsuários por região - grupos na capital (Posto Metrô-Sé e o Parque da Juventude) e no interior (Bragança Paulista)

• Qualitativa• Grupo de discussão (GD)

Metodologia

METODOLOGIA

SELEÇÃO

POPULAÇÃO DA

PESQUISA

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Seleção dos entrevistados e hipóteses

Pessoas dentro da faixa etária e das regiões geográficas e postos definidos

Pessoas com hábito há mais de 6 meses de participar de sites de relacionamento na web

Abordagem-convite aleatória direta para a participação no grupo de discussão, com complementação de convite realizado por telefone

Há diferença de comportamentos de usuários nas redes sociais de acordo com a faixa etária em que o usuário se encontra;

Há diferença de comportamentos de usuários nas redes sociais de acordo

com a região ou posto que freqüenta.

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TRABALHO E ESTUDO

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Trabalho e estudo

Jovens (Interior e Capital):

• Estudantes do ensino médio. • Na capital, já inseridos no mercado de trabalho; no interior buscam qualificação

(tempo livre na Internet).• O estudo em geral entre os jovens não é rechaçado. • Preferência por temas ligados à História e Geografia (desterritorialização).

“O que me incomoda na escola é a imposição” - M, 16 anos, capital

Adultos (Interior e Capital):

• Há empregados e desempregados, sem prevalências.• Apresentam escolaridade variável, maior grau - graduação, alguns cursando faculdade

e outros com escolaridade apenas no ensino médio.• Maior preocupação com renda e sustentação.

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LAZER

Interesse e a adesão dos usuários jovens do Acessa SP na capital ao mundo das artes, em especial a música.

Os jovens do interior têm cotidiano mais pragmático, focado em fazer cursos, preocupando-se com o trabalho futuro.

O gosto pelas artes é uma ocorrência semelhante ao grupo de adultos do interior, que aliam a prática cultural com geração de renda.

A Internet é encarada como local no qual simultaneamente ocorrem: aprendizagem, conversações, contatos, jogos, diversões, enfim multiplicidade de ações .

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RELAÇÃO COM A CIDADE

O grupo de usuários do Acessa SP, tanto na capital quanto no interior e independente de idade, demonstra apego com suas comunidades. Os objetivos de crescimento futuro não estão, ainda ou necessariamente, conectados com transferência de cidade, na maioria dos casos.

Na capital há trânsito da maioria de adultos , talvez devido ao posto selecionado: Metrô Sé.

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A maioria dos usuários jovens mora com os pais, ou com algum familiar mais velho. Esta condição não lhes traz incômodo ou maior conflito, exceto pelo relativo controle exercido sobre o tempo gasto na Internet. Seu agrado com a instituição “família” fica comprovado nos planos futuros, onde a aspiração de casar-se e ter filhos aparece fortemente.Há uma divisão igualitária entre usuários adultos casados e solteiros, e a maioria no primeiro caso tem filhos (média de duas crianças). Os solteiros moram com os pais no interior e sozinhos na capital.

RELAÇÃO COM A FAMÍLIA

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O tempo livre não conectado à internet é preponderantemente usado para atividades culturais, como tocar instrumentos (piano, bateria, violão e teclado), cantar, dançar e interpretar. Interessante demarcar que são envolvimentos diretos numa experiência protagonista, não como assistentes passivos de uma arte pronta.

A televisão não é opção cultural para os jovens, e, apesar de muito criticada, ainda obtém a preferência dos adultos. É freqüente a busca por informações nos jornais e revistas e, embora aconteça leitura pela Internet, há clara preferência pela versão impressa entre os adultos.

CULTURA

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Em todos os grupos a religiosidade aparece de maneira constante, demonstrando ser uma ambiência que se fortalece, seja como norteador de conduta num mundo sem referências consolidadas, ou como uma solução de minimização de stress causado pela velocidade e pressão dos acontecimentos na vida diária.

RELIGIÃO

Não há prática esportiva significativa nos grupos, embora alguns usuários reportem certas atividades – jogo de futebol (inclusive por jovem menina), remo ou atividades de educação física exercida nas escolas.

ESPORTE

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INTERNET É AMBIENTE DE SOCIALIZAÇÃOLan House vira ponto de encontro

• O hábito de freqüentar bares ou danceterias praticamente

inexiste nos grupos, independente de faixa etária ou localização.

• Para questões de sociabilidade, a Internet acaba sendo uma

saída bastante referida. Há marcante uso de lan houses como

ponto de conexão, justificado principalmente pelos fatores

proximidade e tempo.

• Privacidade: a postura dentro de certos postos do AcessaSP

impele à quietude e à falta de interação presencial.

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LAN HOUSE TEM MAIS RESSONÂNCIACapilaridade dos postos seria fundamental

A capilaridade do programa nos bairros paulistanos, permite rapidez e comodidade, o que não se vê nas cidades do interior com ponto único do Programa AcessaSP.

“eu gasto mais para vir no posto, no transporte, do que numa lan house” - M , 18 anos, interior

“tem que ter mais postos na periferia” - M, 19 anos, interior

“tem mais lan-house que boteco do Socorro à Represa de Guarapiranga” - M, 38 anos, capital

O acesso nas lan houses é mal-vista pelos adultos do interior, independente de terem filhos ou não.

“que critérios tem para abrir uma lan-house?” - M, 31 anos, interior

“devia ter mais controle com as crianças” - F, 34 anos, interior

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UMA JANELA PARA O MUNDO

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Internet traz nova POSSIBILIDADE de existir

A internet, para os usuários do Acessa SP, é um espaço de vivências e de relacionamentos, como um portal direto para múltiplas experiências, cujas responsabilidades são individuais, ainda que o meio seja entendido como facilitador.

“internet é básico, é informação, não tenho tempo de pegar jornal” - F, 18 anos, interior

“é uma janela para o mundo, vai para vários lugares sem sair do lugar” - M, 19 anos, capital

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Internet traz nova expectativa de existir

Os adultos tendem a uma postura mais cautelosa, havendo menções a uma série de possibilidades de disfunção do meio, como pedofilia, traição, falseamentos. De todo modo, o problema apontado é a predisposição pessoal para algumas anomalias, e não uma posição fatalista ou generalizada. Não escondem uma euforia no acesso a um novo mundo de possibilidades.

“é comunicação, eu fico por dentro do mundo” - M, 38 anos, capital

“facilidade de contatos, aumento de conhecimentos mundiais” - M, 35 anos, capital

“(a internet) tira da rotina, dá acesso a assuntos, dá pra viajar em culturas diferentes, sair do cotidiano” - F, 34 anos, capital

“sair da mesmice, da rotina, ser diferenciado dos outros, estar por dentro e ter assunto” - M, 31 anos, interior

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A TRILOGIA IMBATÍVEL

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O discurso é amplo, mas a prática é focada

As associações de palavras ao termo “Internet” mais recorrentes na técnica aplicada, independente de grupo, foram “informação”, “Orkut”, “MSN” e “e-mail”.

Apesar das referências ampliadas, relativas ao estar num mundo globalizado e com informação abundante, na aplicação cotidiana as redes sociais são o alvo.

Daí se constata que o ambiente digital vem como viabilizador (para os mais tímidos) ou potencializador de contatos.

“a gente conversa com mais pessoas que não se conhece” - F, 18 anos, interior

“a gente não tem vergonha na internet” - F, 16 anos, interior

“pela internet é mais fácil para pessoas mais tímidas. Fico mais descontraída, falo o que tenho desejo, não tenho acanhamento” - F, 30 anos, interior

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O discurso é amplo, mas a prática é focada

Há uma relativa divisão de opiniões quanto à intensidade dos laços estabelecidos, embora a maioria tenha mais amigos reais do que virtuais:

“é importante olhar nos olhos” - M, 19 anos, interior

“amizade é difícil de fazer, tem que ser ao vivo, mas pode iniciar pelo Orkut”- M, 19 anos, capital

“amigos é difícil, eu encontro colegas” - M, 34 anos, capital

“posso ser contraditório e até poético, mas escrevendo se expressa o fundo da alma, bem mais que a expressão” - M, 16 anos, capital

“sempre fui muito solitário. Eu tenho mais amigos no Orkut, mas a maioria nunca vi” - M, 17 anos, capital

“conheço pessoas novas, com afinidades, mas prefiro desabafar pessoalmente” - M, 19 anos, capital

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EU NASCI PARA O MUNDOAcesso emociona, mas precisa mais orientação

“no Acessa SP tem muita gente que vai sem conhecer computador” - M, 19 anos, interior

Os usuários adultos apresentam certa insegurança e um temor frente à máquina, o que tem limitado seu manuseio, ainda que o impacto positivo já se mostre grande.

“há dois anos, eu achava que isto não era pra mim. Quando abri meu email, eu fiquei emocionado” - M, 38 anos, capital

“a partir do meu email, parece que eu nasci para o mundo”- F, 34 anos, capital

“eu não tenho segurança se as informações são corretas. Tinha que ter mais orientação”- F, 39 anos, capital

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PARECE CADEIAComputadores cadeados nas escolas indignam

No esforço de aumento de pontos de acesso à Internet, independente do âmbito

governamental fomentador, os jovens usuários do Acessa SP no interior apontam as

escolas como uma grande saída. Elas têm estrutura física, capacidade instalada e são

espaços públicos por excelência.

No entanto, professores não são capacitados e tudo é subaproveitado, boicotando a

inclusão digital que poderia ser potencializada.

“chegou uma senhora no Acessa SP e era professora. Ela não sabia nem mexer no mouse. Não tinha assistência lá. Tem que ter maior uso da internet nas

escolas, parece cadeia. É tudo cadeado”- F, 17 anos, interior

“a pessoa sem saber computador fica prejudicada. Tem que fazer projeto para famílias utilizarem as escolas no final de semana. Lá (nas escolas) os

computadores não são nem ligados” - M, 19 anos, interior

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UMA PORTA, MIL JANELAS

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Orkut reconfigura o sentido de comunidade

A ausência de contigüidade física não é motivo, numa sociedade acostumada com a

mediação tecnológica, para abdicar da possibilidade (ou esperança) de encontrar

relacionamentos profundos e produtivos pela internet. O parâmetro não é a

vizinhança, é a afinidade, e o instrumento é sempre o Orkut.

“Orkut é bom pra passar o tempo, desabafar um pouco. O computador deixa

mais próximo de alguém” - M, 17 anos, capital

“pelo Orkut é tudo diferente, é melhor” - F, 16 anos, interior

“no Orkut, o impulso é maior, diferente da vida pessoal”- F, 17 anos, interior

“até quando a pessoa tem perfil fake está na verdade falando algo de dentro de si” - M, 16 anos, capital

“entro no Orkut pra achar amigos que não vejo há muito tempo” - M, 16 anos, capital

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Apesar da unanimidade de ingresso na rede social e da intensidade de uso, os grupos de usuários do Acessa SP apresentam uma visão crítica da veracidade do que é dito, que também acontece na realidade física.

“ao vivo é mais difícil esconder a verdade que no Orkut, às vezes é difícil saber se a pessoa está brincando”- M, 19 anos, capital

“existem contatos muito bacanas. Existem contatos sérios. Mas na internet é uma coisa, cara-a-cara é outra”- M, 35 anos, capital

“a pessoa se idealiza no que, na realidade, não pode ser. Lá não tem limites da sociedade”- F, 39 anos, capital

“é mais fácil mentir na internet”- M, 34 anos, capital

Orkut

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Orkut

Como o Orkut é o espaço predominante, quase absoluto, outras redes sociais ou canais como blogs e listas de discussão não são praticamente freqüentados. Foram citados em pequena escala o MySpace, o Facebook.

Se é para ocorrer algum tipo de expressão de opiniões ou vontades, as comunidades do Orkut são as preferidas, não acontecendo via blogs, nem próprios e tampouco com comentários em blogs de terceiros.

“o Orkut é como se fosse um diário” – F, 19 anos, interior

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Quem não tem Orkut é mal-visto no interior, mas nem tanto na capital entre usuários jovens. Neste último grupo, não ter e-mail pode ser considerado inusitado.

“conta menos”- F, 17 anos, interior

“é um excluído”- M, 19 anos, interior

“é uma ovelha negra, é estranho”- F, 19 anos, interior

É uma ovelha negra

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MULTIPLICIDADENo Orkut

Os usuários jovens e adultos do AcessaSP são bastante reticentes quanto à veracidade das informações divulgadas nos perfis do Orkut, tanto textos e características descritivas quanto fotografias. Todos relatam saber de casos de mau uso de conteúdos, causando evidente retração, embora sempre dependa de cada um.

“é uma questão de fantasia, de sonhar com o príncipe encantado, voltando a ser criança, usando termos infantis. A gente acaba sendo mais legal na

internet. Não é ser outra pessoa, não é ser duas caras”- F, 18 anos, interior

“não são pessoas verdadeiras que acessam, há muita pedofilia”- F, 34 anos, interior

“as pessoas não se aceitam e inventam história, elas fantasiam muito”- M, 41 anos, interior

“tem pessoas que sabem até a marca do shampoo da menina, e não sabiam o que falar frente a frente”- M, 19 anos, interior

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No OrkutAparências não importam, até o encontro físico...

O cenário da rede tanto se presta a alguma fantasia e muita diversão quanto atrai preconceitos.

“quem tem personalidade fala a verdade. Mas há discriminação contra negro, gay, pobre no Brasil. A internet ajuda a se esconder”- M, 38 anos, capital

“já desfiz amizade por eu ter deficiência física”- M, 35 anos, interior

“eu teclava com uma mulher e um dia ela pediu para eu mandar minha foto.

Quando mandei ela perguntou: mas você é esse mesmo? Eu não falo com negros.” – M, 42, capital

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POR ENQUANTO, É ISTO...Perfis mudam na modernidade líquida

Os usuários jovens do Acessa SP revelam uma alteração constante em quase todos os itens de seus perfis: descrição própria, inscrição e cancelamento de comunidades, número de amigos, conteúdo de álbuns. Parece haver uma depuração de uso a partir da experiência – a quantidade cede espaço para a qualidade.

Há inicialmente uma tendência de falar de si concretamente, que se transforma depois em conteúdos metafóricos. É comum a incorporação temporária de linguagens de publicidades famosas e de gírias de novelas. Nem sempre os mais populares no Orkut são populares fora da rede, mostrando o potencial de ter experiências novas na vida virtual.

“coloco uma música, troco conforme o humor ou também faço o contrário para esconder” - M, 16 anos, interior

“meu perfil tem desenhos, textos, letra de música, poesia. Em geral, as pessoas omitem defeitos” - M, 19 anos, capital

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POR ENQUANTO, É ISTO...Perfis mudam na modernidade líquida

“há troca de comunidades e fotos para agradar uma pessoa, mas o castelo de areia caiu uma hora ou outra. Quem faz isto precisa de tratamento. Eu coloco uma frase legal, ou uma situação que passo na vida” - M, 19 anos, interior

“as pessoas vão se expor mais, mas entram no Orkut já sabendo disto, tudo depende das escolhas” - M, 19 anos, capital

“coloco uma música que revele meu sentimento”- F, 17 anos, interior

“Às vezes, a gente finge coisas para conquistar alguém, mas não é que queira ser diferente”- F, 17 anos, interior

Questionada se trocaria ficar no Orkut por um programa ao vivo, uma balada com amigos, uma jovem do interior respondeu o seguinte:

“eu só posso mexer no orkut no final de semana (por causa da internet discada) e ainda me convidam pra sair !!!”

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SOU VERDADEIROAdultos são mais convencionais no Orkut

Os usuários adultos não se disponibilizam muito a incluir novidades em seus perfis. Adultos do interior são mais críticos com o comportamento adolescente.

“adolescentes se expõem muito, eles vão pela aparência”- M, 31 anos, interior

“eles gostam de quantidade de pessoas, vão pela popularidade”- F, 35 anos, interior

“jovens não falam seus defeitos”- F, 34 anos, interior

“adolescente é muito competitivo”- M, 41 anos, interior

Mesmo os adolescentes são severos consigo próprios:

“o jovem é muito narcisista, quer ser o centro das atenções. Ele tem consciência de seus defeitos e os esconde. Normalmente o perfil descreve como gostaria de ser visto”- M, 16 anos, capital

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POR ENQUANTO, É ISTO...Perfis mudam na modernidade líquida

•Jovens e adultos

•Preenchimento integral do perfil

•Fotos reais próprias, de amigos e familiares

•Jovens acrescentam muitos “amigos”

•Ingresso em várias comunidades

•Adultos tendem a permanecer neste estilo.

•Familiarização com a ferramenta

•Inscrições e cancelamentos de Comunidades

•Conteúdo do álbum é apagado

•Número de amigos é inconstante

•Perfis “fakes”para diversão

•Popular na rede x popular fora da rede

•Migração para conteúdos metafóricos e indiretos

•Uso de linguagem da publicidade e gírias

•Fotos de terceiros/paisagens/animais

•Busca de contatos verdadeiros

•Troca de quantidade de amigos por qualidade

1ª Onda1ª OndaENTRADA NO AMBIENTE ENTRADA NO AMBIENTE

DE REDES SOCIAISDE REDES SOCIAIS

2ª onda2ª ondaALTERAÇÔES CONSTANTESALTERAÇÔES CONSTANTES

3ª onda3ª ondaDEPURAÇÃODEPURAÇÃO

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SOU, NÃO SOU

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Jovens e Adultos: Valores

ADEQUAÇÃO

Jovens: “Faço amizades com muita facilidade” e “Gosto de falar da minha vida com as pessoas”, uma combinação de evidente potencial para a utilização da mediação tecnológica para expandir e consolidar relacionamento.

Adultos: também sem diferença de localização, são prevalentes as frases: “Pra mim, a internet é um canal útil pra resolver tarefas” e “Minha vida é um livro aberto. Não tenho nada a esconder”.

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INADEQUAÇÃO

Jovens: “Minha vida é um livro aberto. Não tenho nada a esconder” e “Tenho mais amigos virtuais que na vida real”. Importância à privacidade e interação mais ativa na vida real.

Adultos: “Tenho vergonha de falar sobre mim” e “Tenho mais amigos virtuais que na vida real”. Atribuem valor à atitude de se colocar como estar sendo sinceros e interação mais ativa na vida real.

Jovens e Adultos: Valores

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SEM COMENTÁRIOSA internet acabou: caos completo

“o mundo pára, o mundo vai acabar”- M, 16 anos, capital

“sem comentários”- M, 18 anos, capital

“depredação das ruas, pessoas enlouquecem”- M, 19 anos, capital

“prejuízo total”- M, 34 anos, capital

“o mundo seria um caos, somos muito dependentes”- M, 19 anos, capital

“não tenho pra onde correr, sem saída”- M, 19 anos, capital

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SEM COMENTÁRIOSA internet acabou: vou inventar outras ocupações

“haveria maior venda de jornais e maior audiência na TV” - M, 34 anos, interior

“o jeito é jogar futebol”- M, 18 anos, interior

“as pessoas começam a se comunicar diretamente”- M, 41 anos, interior

“eu sairia pra rua pra me comunicar”- F, 35 anos, interior

“ligar para a galera e agitar uma balada”- F, 19 anos, interior

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POSTOS DE INCLUSÃO E CIDADANIAAcessaSP agrada...

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POSTOS DE INCLUSÃO E CIDADANIA

“a internet é muito lenta. Tem que ter uma pessoa pra ajudar. E aqui não dá pra usar na hora do almoço” - F, 17 anos, interior

“o problema lá é a rede, quanto mais pessoas usam fica mais lento”- M, 19 anos, interior

“o supervisor tem dó dos funcionários. E funcionário que quer trabalhar, não fica, tem uma panelinha. Alguns monitores se acham dono do pedaço”- M, 34 anos, capital

“quando vai morador de rua no posto, o monitor tem preconceito. É um projeto de inclusão social, mas tem discriminação. Quando tem muita gente, eles desligam o servidor” - M, 35 anos, capital

“o Acessa é muito bom para inclusão digital, mas não vejo como interessante o controle da mídia pelos governos”- M, 16 anos, capital

“tem mesas muito perto das costas do computador. O horário deveria ser maior”- F, 19 anos, interior

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POSTOS DE INCLUSÃO E CIDADANIA

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QUEM É QUEMRedes Sociais têm diferente significado

- buscam relacionamento

- postura irreverente e experiencial

- uso indiscriminado/absoluto

- abertos a influências

- perfis voláteis

- buscam informação, trabalho e relacionamento

- postura cautelosa

- uso pragmático

- críticos a influências

- perfis lineares

JOVENSJOVENS ADULTOSADULTOS

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Conclusões e recomendações

• O Acessa São Paulo atinge seus objetivos de inclusão digital. É por intermédio dele que o cidadão também se insere no espaço social e desempenha um papel de protagonista de sua história. Ele efetivamente participa, interage, relaciona-se e percebe-se como membro de um grupo.

• Junto aos usuários jovens e adultos do Programa Acessa SP houve plena ressonância na aplicação da técnica qualitativa da pesquisa, por serem pessoas de boa capacidade comunicativa, visão crítica e postura propositiva. Naturalmente que um número maior de grupos reunidos poderia permitir o adensamento das revelações e análises.

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Conclusões e Recomendações

• A Internet, para os usuários do Acessa SP, é uma janela para o mundo: um espaço de vivências e de relacionamentos, um portal direto para múltiplas experiências.

• O Orkut é onipresente na navegação diária da absoluta maioria dos pesquisados, comprovando indicativos da Ponline 2007 e mesmo pesquisas mundiais de preferência e tempo de permanência em redes sociais.

• O perfil da rede social cada vez mais é o novo RG das pessoas, contendo dados pessoais, fotografia, dados profissionais, preferências musicais, álbum de fotografias e novos aplicativos indicadores de um estilo de vida, paulatinamente substituindo outras interfaces.

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Despedida

Pesquisa Disponível em: http://conexoes.futuro.usp.br/

Muito obrigado!

Drica Guzzi

Hernani Dimantas

www.futuro.usp.br