Abril 2012

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N 221 -Abril 2012 O 3” Congresso da Contraf elege nova direªo nacional por unanimidade s 316 delegados do 3” Congresso da Contraf-CUT elegeram por unanimidade no 1” de abril a nova dire- ªo da entidade para o triŒnio 2012-2015. Reeleito presidente, o bancÆrio do Itaœ Carlos Cordeiro comemorou a forte unidade alcanada no congresso e enumerou os desafi- os da prxima gestªo. O 3” Congresso mostrou uma unidade muito grande tanto entre os sindicatos quan- to entre as foras polti- cas e, desta forma, a nova direªo eleita Ø o resultado desse proces- so, afirma Cordeiro, que tambØm Ø presiden- te da UNI AmØricas Fi- nanas. A chapa eleita tem uma capacidade enorme de produ ªo pol tica. Avanamos muito na gestªo anteri- or e podemos fazer ain- da mais com a nova di- reªo, projeta desta- cando ainda a importn- cia de cumprir a cota de 30% de mulheres na nova diretoria. Cordeiro vŒ dois eixos principais para a tarefa da Contraf-CUT no pr- ximo perodo. Por um lado, estÆ a ampliaªo do diÆlogo com outros atores da sociedade. Precisamos dialogar com a sociedade, especialmente sobre o sistema financeiro, que Ø nossa Ærea de atuaªo. Por isso, Ø fundamental a realizaªo de uma confe- rŒncia nacional sobre o tema, para que a sociedade conhea o sistema financeiro e pense em como fazer a fiscalizaªo e o controle dele. O outro eixo Ø a promoªo do emprego decente no ramo financeiro, com a luta por melhores condiıes de trabalho, segurana, remuneraªo digna e proteªo ao emprego. Entre os principais pontos, citamos a luta contra o assØdio moral e as metas abusivas, pela ratificaªo da Convenªo 158 da Or- ganizaªo Internacional do Trabalho (OIT) que cobe as de- missıes imotivadas, mais segurana, remuneraªo maior e previdŒncia complementar. O presidente do Sindicato dos BancÆrios de Divinpolis e Regiªo, Marcelo (Peninha), foto, esteve presente no congres- so e afirma: o Brasil estÆ crescendo e precisa distribuir renda e melhorar as condiıes dos trabalhadores e esse Ø nosso papel enquanto dirigentes sindicais, uma vez que hoje somos a quinta economia mundial e a dØcima em distribuiªo de ren- da. Novas secretarias e campanha por saœde Antes da eleiªo, a plenÆria final do 3” Congresso da Contraf- CUT aprovou por unanimidade algumas alteraıes estatutÆrias, atualizando o texto para a realidade atual da confederaªo. Entre as principais mudanas, estªo a criaªo das secretarias da Mulher e de Relaıes de Trabalho, que jÆ existem na estru- tura da CUT. O congresso aprovou tambØm a realizaªo de uma campanha nacional sobre saœde. Vamos colocar o ano de 2012 como o ano da saœde dos bancÆrios. Vamos tratar da saœde dos bancÆ- rios de forma ampla, incluindo a saœde suplementar, o Sistema nico de Saœde e outros pontos. Segundo os dados do INSS, a nossa categoria tem cada vez mais afastados. Esta serÆ a primeira de um novo modelo de campanha temÆtica que passarÆ a ser realizada pelos bancÆrios. Vamos de- finir um novo tema a cada ano, que serÆ trabalhado por todos os sindicatos nacional- mente, num modelo seme- lhante ao da Campanha da Fraternidade da CNBB. TambØm foi aprovada por unanimidade a convocaªo de uma conferŒncia nacional sobre o sistema financeiro, a fim de que a sociedade pos- sa debater o papel dos ban- cos, a poltica de crØdito e a universalizaªo dos servios bancÆrios. Precisamos fazer um grande debate em todo o pas sobre o sistema finan- ceiro que temos e o que que- remos, pois banco Ø conces- sªo pœblicas e nªo pode vi- sar o lucro fÆcil e exorbitante, mas atender aos interesses da sociedade. Conhea a nova diretoria executiva da Contraf-CUT: PresidŒncia - Carlos Cordeiro (Sªo Paulo) Vice-presidŒncia - Carlos Souza (Rio de Janeiro) SecretÆria-Geral - Ivone Silva (Sªo Paulo) Secretaria de Finanas - Roberto Von Der Osten (ParanÆ) Secretaria de Imprensa - Ademir Wiederkehr (Rio Grande do Sul) Secretaria de Formaªo - William Mendes (Sªo Paulo) Secretaria de Polticas Sociais - Andrea Freitas Vasconcelos (Roraima) Secretaria de Poltica Sindical - Carlindo Abelha (Minas Gerais) Secretaria de Organizaªo - Miguel Pereira (Rio de Janeiro) Secretaria de Estudos Scio-econmicos - Antonio Piroti (Rio Grande do Sul) Secretaria de Saœde - Walcir Previtale (Sªo Paulo) Secretaria de Relaıes Internacionais - Mario Raia (Sªo Paulo) Secretaria de Assuntos Jurdicos - Alan Patrcio (Pernambuco) Secretaria da Mulher - Deise Recoaro (Sªo Paulo) Secretaria de Relaıes do Trabalho - Adilson Barros (Rio de Janeiro) Diretores executivos Plinio Pavªo (Sªo Paulo) Simoni Nascimento (Santa Catarina) Mauri Sergio Souza (Campinas) Marcos Saraiva (CearÆ) Fabiana Uehara (Braslia) Manoel Elidio Rosa (Sªo Paulo) Rosalina Amorim (ParÆ) Barbara Peixoto de Oliveira (Brasilia) Participaram do Congresso Marcelo Peninha - Presidente do Sindicato dos BancÆrios de Divinpolis, LaØrcio - diretor do Sindicato Ipatinga e Robson -Presidente do Sindicato Juiz de Fora

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abril, 2012

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N° 221 -Abril 2012

O3º Congresso da Contraf elege nova direção nacional por unanimidade

s 316 delegados do 3º Congresso da Contraf-CUTelegeram por unanimidade no 1º de abril a nova dire-ção da entidade para o triênio 2012-2015. Reeleito

presidente, o bancário do Itaú Carlos Cordeiro comemorou aforte unidade alcançada no congresso e enumerou os desafi-os da próxima gestão.�O 3º Congresso mostrou uma unidade muito grande tanto

entre os sindicatos quan-to entre as forças políti-cas e, desta forma, anova direção eleita é oresultado desse proces-so�, afirma Cordeiro,que também é presiden-te da UNI Américas Fi-nanças. �A chapa eleitatem uma capacidadeenorme de produçãopolítica. Avançamosmuito na gestão anteri-or e podemos fazer ain-da mais com a nova di-reção�, projeta desta-cando ainda a importân-cia de cumprir a cota de30% de mulheres nanova diretoria.

Cordeiro vê dois eixosprincipais para a tarefada Contraf-CUT no pró-ximo período. Por umlado, está a ampliaçãodo diálogo com outrosatores da sociedade. Precisamos dialogar com a sociedade,especialmente sobre o sistema financeiro, que é nossa área deatuação. Por isso, é fundamental a realização de uma confe-rência nacional sobre o tema, para que a sociedade conheça osistema financeiro e pense em como fazer a fiscalização e ocontrole dele.

O outro eixo é a promoção do emprego decente no ramofinanceiro, com a luta por melhores condições de trabalho,segurança, remuneração digna e proteção ao emprego. Entreos principais pontos, citamos a luta contra o assédio moral eas metas abusivas, pela ratificação da Convenção 158 da Or-ganização Internacional do Trabalho (OIT) que coíbe as de-missões imotivadas, mais segurança, remuneração maior eprevidência complementar.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Divinópolis eRegião, Marcelo (Peninha), foto, esteve presente no congres-so e afirma: �o Brasil está crescendo e precisa distribuir rendae melhorar as condições dos trabalhadores e esse é nossopapel enquanto dirigentes sindicais, uma vez que hoje somosa quinta economia mundial e a décima em distribuição de ren-da�.

Novas secretarias e campanha por saúdeAntes da eleição, a plenária final do 3º Congresso da Contraf-

CUT aprovou por unanimidade algumas alterações estatutárias,atualizando o texto para a realidade atual da confederação.Entre as principais mudanças, estão a criação das secretariasda Mulher e de Relações de Trabalho, que já existem na estru-tura da CUT.

O congresso aprovou também a realização de uma campanhanacional sobre saúde. Vamos colocar o ano de 2012 como oano da saúde dos bancários. Vamos tratar da saúde dos bancá-rios de forma ampla, incluindo a saúde suplementar, o SistemaÚnico de Saúde e outros pontos. Segundo os dados do INSS, anossa categoria tem cada vez mais afastados.

Esta será a primeira de um novo modelo de campanha temáticaque passará a ser realizadapelos bancários. Vamos de-finir um novo tema a cadaano, que será trabalhado portodos os sindicatos nacional-mente, num modelo seme-lhante ao da Campanha daFraternidade da CNBB.

Também foi aprovada porunanimidade a convocaçãode uma conferência nacionalsobre o sistema financeiro, afim de que a sociedade pos-sa debater o papel dos ban-cos, a política de crédito e auniversalização dos serviçosbancários. Precisamos fazerum grande debate em todo opaís sobre o sistema finan-ceiro que temos e o que que-remos, pois banco é conces-são públicas e não pode vi-sar o lucro fácil e exorbitante,mas atender aos interesses dasociedade.Conheça a nova diretoriaexecutiva da Contraf-CUT:

Presidência - Carlos Cordeiro (São Paulo)Vice-presidência - Carlos Souza (Rio de Janeiro)Secretária-Geral - Ivone Silva (São Paulo)Secretaria de Finanças - Roberto Von Der Osten (Paraná)Secretaria de Imprensa - Ademir Wiederkehr (Rio Grande doSul)Secretaria de Formação - William Mendes (São Paulo)Secretaria de Políticas Sociais - Andrea Freitas Vasconcelos(Roraima)Secretaria de Política Sindical - Carlindo Abelha (Minas Gerais)Secretaria de Organização - Miguel Pereira (Rio de Janeiro)Secretaria de Estudos Sócio-econômicos - Antonio Piroti (RioGrande do Sul)Secretaria de Saúde - Walcir Previtale (São Paulo)Secretaria de Relações Internacionais - Mario Raia (São Paulo)Secretaria de Assuntos Jurídicos - Alan Patrício (Pernambuco)Secretaria da Mulher - Deise Recoaro (São Paulo)Secretaria de Relações do Trabalho - Adilson Barros (Rio deJaneiro)

Diretores executivosPlinio Pavão (São Paulo)Simoni Nascimento (Santa Catarina)Mauri Sergio Souza (Campinas)Marcos Saraiva (Ceará)Fabiana Uehara (Brasília)Manoel Elidio Rosa (São Paulo)Rosalina Amorim (Pará)Barbara Peixoto de Oliveira (Brasilia)

Participaram do Congresso Marcelo Peninha - Presidente do Sindicato dosBancários de Divinópolis, Laércio - diretor do Sindicato Ipatinga

e Robson -Presidente do Sindicato Juiz de Fora

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Itaú

ancários criticaram indivi-dualização das metas nascarteiras de clientes

A Contraf-CUT, federações e sindicatos,assessorados pela Comissão de Empresados Funcionários do Banco do Brasil, sereuniram nesta terça-feira (13) com osrepresentantes da instituição, em Brasília,para debater o novo programa de metas - oSinergia BB.Após a apresentação feita pelo banco sobreas linhas gerais do programa, foi expostapela representação dos funcionários umasérie de problemas e incertezas que o novoprograma vem causando na rede de varejono que diz respeito à forma como asdependências serão avaliadas em seusresultados, ao final do semestre.Os sindicatos ouviram os trabalhadores euma das críticas apontadas é com relação àindividualização das metas nas carteiras declientes. Muitos gestores afirmam que antes,no antigo acordo de trabalho, tinhamcondições de gerir e acompanhar a evoluçãodos resultados na dependência como umtodo e, agora, não é mais possível essa

Contraf aponta problemas no programa do BB e cobra mudanças  

Contraf-CUT, federações e sindica-tos reuniram-se nesta segunda-fei-ra (26) com representantes do Itaú,

em São Paulo, para discutir o Plano de Saú-de. O novo diretor de Relações do Trabalhodo banco, Marcelo Orticelli, e integrantesdas áreas de Relações do Trabalho e do Pla-no de Saúde representaram a instituição fi-nanceira na negociação.

Os representantes do banco fizeram umaapresentação sobre a estrutura atual do Pla-no de Saúde, médico e odontológico e co-municaram o reajuste no plano. Cerca de12% dos funcionários da ativa, que fizeramup-grade ou que têm agregados no plano,

Contraf-CUT negocia com Itaú e critica reajuste no Plano de Saúdetiveram um reajuste de 14,91% na média. Jáos funcionários aposentados a partir de 1ºde janeiro deste ano tiveram um aumento deaté 39% de reajuste.�É muito ruim a postura do Itaú que, mais

uma vez, comunicou um reajuste ao invésde negociá-lo previamente, prejudicandoassim muitos dos seus funcionários da ati-va e aposentados�, avalia WanderleyCrivellari, integrante da coordenação daComissão de Organização dos Empregados(COE) do Itaú Unibanco.

Os dirigentes sindicais, acompanhados detécnicos do Dieese, discutiram os númerosapresentados pelo Itaú. A Contraf-CUT

protocolou um documento solicitando umasérie de informações sobre o Plano de Saú-de, como quantidade de ativos, aposenta-dos, assistidos, agregados, por faixa etária;sinistralidade por faixa etária; valor total dasco-participações; dentre outros itens.

Próximos passosA negociação sobre o Plano de Saúde deve

continuar em data a ser agendada para aprimeira quinzena de abril.

Outros pontos, como a PCR (ParticipaçãoComplementar nos Resultados), auxílio-educação e as questões relativas ao empre-go no banco, devem ser tratados em reuni-ões específicas que serão agendadas tam-bém no mês de abril.

ma antiga reivindicação do movi-mento nacional dos empregados,a adoção de login único para aces-so aos sistemas corporativos, co-

meça a sair do papel. É que na próxima se-gunda-feira, dia 26 de março, há a previsãode que esse dispositivo esteja finalmentedisponível no âmbito do Sistema de PontoEletrônico (Sipon), conforme anúncio feitopela Caixa Econômica Federal na quarta-fei-ra (21), em Brasília, durante rodada da mesa

de negociação permanente com a Contraf-CUT, federações e sindicatos, assessoradospela Comissão Executiva dos Empregados(CEE/Caixa). 

A empresa informou, na ocasião, que oprocesso relativo ao login único está pron-to, depois de ter passado por testes realiza-dos por equipe técnica. O banco tambémassumiu o compromisso de corrigir qualquerirregularidade que for identificada noreloginho do Sipon, ao mesmo tempo que

se negou a atender a reivindicação dos em-pregados de extinguir o registro de horasnegativas, além do bloqueio de acesso mo-tivado pela falta de homologação do gestorou decorrente de hora extra não acordada. 

Na reunião com os representantes do ban-co, a Contraf-CUT denunciou casos de ati-vidades em algumas áreas que não sãoregistradas no sistema. Essas situações têmlevado a que empregados extrapolem comfreqüência a jornada de trabalho, sem o re-

BB

administração geral da agência.O coordenador da Comissão de Empresa,Eduardo Araújo, disse que o movimentosindical não aceita a individualização dasmetas e também não admite que existamrankings.Jornada de 6 horasAlém do debate sobre o programa de metasSinergia BB, a Contraf-CUT cobrou que obanco negocie a jornada de 6 horas para oscomissionados sem redução de salário.SaúdeOs representantes dos bancários afirmaramque a Contraf-CUT espera uma resposta dobanco com relação à posição de seusrepresentantes indicados no ConselhoDeliberativo da Cassi para votarem aadequação da caixa de assistência emrelação à resolução 254, da Agência Nacionalda Saúde. O conselho se reunirá na próximasemana em sua reunião mensal e a Contraf-CUT protocolou junto ao banco pedidopara a regularização.Também foram discutidas questõesregionais, como a retirada de portasgiratórias em função do projeto Nova

Ambiência e a questão do assédio moral. Obanco respondeu que está respeitando alegislação local em relação às portas desegurança. Dia Nacional de LutaA Comissão de Empresa definiu a data de 28de março como novo Dia Nacional de Lutapela Jornada de 6 horas para todos, semredução de salários. Além disso, o dia deluta cobrará propostas efetivas do bancopara as questões que estão na mesa denegociação permanente, como melhorias doplano de carreira e soluções para ostrabalhadores oriundos de bancosincorporados.�A participação dos funcionários namobilização do dia 7 de março foi muito boae é importante que todos os sindicatospreparem atividades que envolvam osbancários na luta por melhorias no banco�,ressalta Araújo.Nova reuniãoFoi definido que na próxima negociaçãoentre a Contraf-CUT e o BB a questão doBanco Postal entrará na pauta. Fonte: Contraf-CUT

CEFCaixa anuncia login único e Contraf-CUT cobra fim da hora extra

sem registro

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B

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gistro correto, até em finais de semana. ACaixa ficou de apurar essas denúncias. 

Ficou agendada ainda para o dia 3 de abrila reunião do GT Sipon, com participaçãoparitária de representantes dos trabalhado-res e da empresa. 

Outros pontosA questão de um novo formato para o Pro-

cesso Seletivo Interno (PSI) também esteveem debate. A Caixa apresentou uma propos-ta de formatação do PSI, com base em qua-tro modelagens: específico, simplificado,banco de oportunidades e banco de suces-são. E revelou, no entanto, que o processode recrutamento está voltado apenas aosempregados cadastrados e com os seusnomes publicados. 

A CEE/Caixa deixou claro, por outro lado,que os PSIs hoje existentes apresentam vá-rios problemas. Uma das situações mais re-correntes é a de gestores que discriminamempregados, sobretudo os mais antigos. Háainda uma política nociva de estímulo paraa disputa entre gerações, numa espécie deprocessos seletivos direcionados. A Caixaafirmou que não orienta essa política de dis-puta.

A representação nacional dos empregadosreivindicou ainda, em relação ao preenchi-mento dos cargos comissionados, o respei-to a uma seleção com critérios objetivos e ofim do prazo de cinco anos para a pontua-ção. A Contraf-CUT defende a adoção decritérios universais para o PSI, para possi-bilitar que todos os empregados possamdele participar. O banco ficou de analisar aviabilidade dessa reivindicação.

Funcef: contencioso jurídico A CEE/Caixa voltou a solicitar, em caráter

de urgência, uma solução para o problemarelacionado ao contencioso jurídico naFuncef. Foi lembrado, por exemplo, que aFundação responde hoje por mais de 17 milações judiciais, a maioria delas de cunhoeminentemente trabalhista, decorrendo, so-bretudo, de medidas unilaterais da patroci-nadora, sem consulta aos participantes ouaté aos órgãos de gestão da Funcef. 

Foi lembrado que o crescente número deações trabalhistas contra a Caixa, em pro-cessos que envolvem a Funcef, eleva asdespesas administrativas e requer oprovisionamento para possíveis perdas naJustiça, onerando resultados e provocandoimpacto direto na revisão dos benefícios. Arepresentação nacional dos empregadosreivindicou a busca de uma solução em cur-to prazo para esse contencioso jurídico, ten-do em vista que o cenário é preocupante eaponta para um provável período de aportede reservas, tendendo a ser prejudicial atodos os participantes, indistintamente. 

A Caixa esclareceu que o assunto vem sen-do alvo de estudo por parte de um grupotécnico, formado por representantes do ban-co e da Fundação. 

Saúde CaixaForam dados informes sobre a recente reu-

nião do GT Saúde do Trabalhador, na qualfoi apontada uma solução para a destinaçãodo superávit do Saúde Caixa, com o reco-nhecimento, por parte do banco, que des-pesas com auditoria dos serviços médicose INSS dos credenciados pessoas físicasnão podem ser debitadas na conta do planode saúde, por estarem fora do crivo

assistenciais e serem de responsabilidadeexclusiva da empresa. 

Para o exercício de 2012, a projeção estima-da é de que o superávit chegue a R$ 65 mi-lhões. A Contraf-CUT defende que essesrecursos, ou qualquer outra sobra, sejaminvestidos preferencialmente na melhoria dacobertura e da rede credenciada. A repre-sentação nacional dos empregados tambémficou de apresentar, em breve, uma propos-ta para melhorar efetivamente o Saúde Cai-xa, a ser elaborada por empresa especializa-da em plano de saúde. 

A CEE/Caixa propõe também rediscutir aquestão do Conselho de Usuários, compos-to de forma paritária. O objetivo, nesse caso,é viabilizar a principal atribuição do Conse-lho, que é acompanhar a qualidade do Saú-de Caixa e oferecer subsídios ao aperfeiçoa-mento da gestão e dos benefícios, o que atéagora não foi colocado em prática. 

Foi reivindicada ainda uma maior valoriza-ção dos comitês de acompanhamento darede credenciada. Há hoje 16 comitês, quenão vêm conseguindo trabalhar adequada-mente, por causa de dificuldades em acom-panhar esse processo de credenciamento,com impactos na melhoria dos resultados. 

Houve o debate sobre a necessidade daCaixa levar adiante o processo de adequa-ção do Saúde Caixa ao rol de procedimen-tos mínimos da lei 9.566. O prazo dado pelaAssociação Nacional de Saúde (ANS) expi-ra em agosto deste ano. A necessidade deser apresentada proposta de revisão do sis-tema de custeio também foi debatida. 

Como resultado da reunião do GT Saúdedo Trabalhador, a Caixa irá tornar obrigató-ria a emissão da Comunicação de Acidentede Trabalho (CAT) na suspeita da doençado trabalho, com o banco concordando ain-da com a não obrigatoriedade de especifi-car a CID-10, o chamado Código de Diag-nóstico, no atestado médico. Umaconstatação: o empregado tem o direito depreservar o sigilo sobre seu diagnóstico. 

CCV específica para a 7ª e 8ª horaA Caixa apresentou uma minuta aos repre-

sentantes dos empregados. A proposta pre-vê um termo aditivo às Comissões de Con-ciliação Voluntárias (CCV) já existentes. 

O compromisso assumido anteriormenteentre as partes previa a implantação da CCVpara os empregados em atividade que qui-sessem reivindicar direitos referentes à 7ª e8ª hora dos cargos de natureza técnica. Abase é o mês de setembro de 2011, para quenão haja prejuízos aos empregados. O pro-cesso deveria ter sido finalizado há mais de90 dias e está demorando por responsabili-dade da Caixa.

Modelo de atendimentoContinua ainda sob avaliação. Houve a

experiência registrada em alguns pilotos,como no caso de Curitiba, e ajustes aindaprecisam ser feitos, segundo a Caixa. 

O banco, no entanto, não soube respon-der aos questionamentos alusivos aodescomissionamento de empregados. Naocasião, a Contraf-CUT voltou a cobrar acontratação de pessoal, considerada fun-damental para por fim à sobrecarga de tra-balho nas unidades e à extrapolação da jor-nada sem registro correto. 

Descomissionamento de caixasBrasil afora, segundo denúncias apresen-

tadas na mesa de negociação permanente, aCaixa vem instalando uma espécie de �BigBrother� nas agências, baseado no contro-le de atendimento de caixas. Esse processojá vem causando descomissionamento, oque caracteriza uma situação de assédiomoral. Foi dado o exemplo da Superinten-dência Regional do ABC, em São Paulo, onde10 caixas foram descomissionados sem qual-quer justificativa plausível. 

Ainda em São Paulo, segundo as denúnci-as, todas as SRs colocam em prática a cam-panha �Arrancada Caixa�, estimulandoranqueamentos entre equipes, o que vemprejudicando o trabalho nas unidades. EmBelo Horizonte, há casos de equipes quesão classificadas por cores, o que contrariaa cláusula 35ª da Convenção Coletiva deTrabalho. 

O movimento nacional dos empregadosconsidera equivocada a cobrança por me-tas individualizadas. A Contraf-CUT possuiuma proposta para combater as metasabusivas e cobra negociação com as em-presas. Entre as ações previstas, está o fimdas metas individuais, o que acabaria auto-maticamente com os rankings de desempe-nho.

A Caixa, por outro lado, reconheceu nãoter propostas para resolver o problema, es-clarecendo que o ranqueamento não fazparte da orientação dada pela direção dobanco.

CompensadoresA CEE/Caixa voltou a reivindicar que to-

dos os empregados que trabalhavam na ex-tinta área de compensação de cheques pas-sem a ter o direito à incorporação do adicio-nal noturno. A proposta da empresa é deque o beneficio seja usufruído apenas poraqueles com no mínimo 10 anos no exercí-cio da função. 

A Caixa anunciou que, para ela, esse as-sunto está encerrado. Disse, por outro lado,que está facilitando o remanejamento des-ses empregados para funções semelhantesem unidades de ponta. 

No tocante a essa questão, as entidadesrepresentativas denunciaram que, em SãoPaulo, há um grupo de empregados que ain-da exercem a atividade de compensadores,apesar de não receberem pela função. Noestado, são 28 empregados nessa situação,dos quais 10 ainda trabalham no turno no-turno (até as duas e meia da madrugada),pois ficaram impedidos de incorporar a fun-ção ou de receber o adicional, tendo em vis-ta que não completaram a exigência dos 10anos. O relacionamento desse grupo com achefia é difícil e, o que é pior, ninguém infor-ma nada sobre como ficará a situação de-les. 

Carreira de TIA Caixa informou que esse processo está

concluído. As áreas já estão fazendo odimensionamento, e há estudo para verifi-car como ocorrerá o provisionamento. De-pois de aprovada pelo Conselho Diretor, aquestão será apreciada pelo Ministério daFazenda. 

AposentadosA Caixa informou ainda que, no último dia

9 de março, depositou a devolução aos apo-sentados do valor pago indevidamente poreles em relação à cobrança de tarifas bancá-rias e aos juros do cheque especial.

Fonte: Contraf-CUT

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Aniversariantes de abril

02 de abril de 2012

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