Abril 2009

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ANO NO I | N.4 N.4 | ABRIL 2009 | Director Director ANDRÉ RUBIM RANGEL | AVULSO VULSO: : 1,40 1,40 ASSINATURA NORMAL: 14 | PARANHOS - PORTO O JV JÁ ESTÁ ONLINE, EM BLOGUE E NA REDE SOCIAL TWITTER. ASSOCIE-SE A NÓS: http://jornalveris.blogspot.com http://twitter.com/JornalVERIS JORNADAS PAULINAS DE PARANHOS O que interes- O que interes- O que interes- O que interes- sa é amar já! sa é amar já! sa é amar já! sa é amar já! O 3.º encontro reflexivo sobre S. Paulo deu-se a 23/03, com D. António Marcelino e Gra- ça Franco, concluindo-se que podemos sair da senda pecami- nosa, por via da conversão a Deus, disponível diariamente... Pecado Pecado Pecado Pecado O Bispo Emérito de Aveiro recordou o projecto de Deus não é de condenação, mas de salvação: «Vim para que tenhais a vida e a tenhais em abundância», disse Jesus, que reconhece sermos pecadores, mas que nos quer dar a graça, porque "o pecado não é defini- tivo, mas de passagem". Alertou ain- da que o conceito de 'pecado' não existe sem a perspectiva da "conversão evangélica". Retribuição Retribuição Retribuição Retribuição A directora de Informação da RR sublinhou que a liberdade de cada um, mesmo pecadores, vem de Deus. "Entendemos isto pela essência da fé, já que só a razão não chega", frisou. Uma vez convertidos "o prémio é secundário, pois o que interessa é amar já, nesta terra, a Deus e aos irmãos". Conversão Conversão Conversão Conversão Para D. António a conversão "não é mudança de vida na ordem moral, mas é à pessoa de Jesus, apelo pes- soal para a vida". Entende que o caminho duma conversão é: "Palavra guardada, mastigada e que abre o coração, de forma séria e não mera- mente emocional". Graça Franco acrescentou que nesta caminhada, com a ajuda de todos, "a conversão leva-nos a ver e perceber como somos todos iguais em Cristo". O Cônsul Geral de França falou ao JV sobre os 200 anos das Inva- sões France- sas no Porto e a relação entre ambos os paí- ses. (ver p.7) Aníbal Cavaco Aníbal Cavaco Aníbal Cavaco Aníbal Cavaco Silva apela à Silva apela à Silva apela à Silva apela à causa causa causa causa nacional nacional nacional nacional solidária para solidária para solidária para solidária para combater a pobreza combater a pobreza combater a pobreza combater a pobreza Pg C R Ó N I C A 5 “Xenofobia”-Fernanda Freitas 6 SENTIR PARANHOS-N.Cardoso 6 VIA ConJUNTA-Pedro Sampaio 8 “Ano Sacerdotal”- J.Cordeiro 10 “IPCG”– Emílio Rui Vilar 10 “Actividade física”– L.Portela 10 “UPT” – José Tedim 11 SUGESTÕES - I.Pires de Lima 11 COOL INÁRIA - Hélio Loureiro 12 NUM ÁPICE COM… - Rui Rio PRÓXIMA SESSÃO: 20 ABR. S S S S Consulado ARR Enfoques JV :: A jovem entre os jovens, ima- gem do Criador. Obrigado, São! _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ pág. 4 :: A AI - Port. tem 2 grupos no Porto. Abrirá Nú- cleo, em breve. Sede: Paranhos! _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ pág. 5 :: D. Manuel Cle- mente e os Direi- tos Humanos, na OF - Secção do Porto(Paranhos). _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ pág. 5 :: Nuno de Santa Maria, português desaproveitado e talvez distorcido. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ pág. 8 :: Suges- tões e reflexões para viver melhor a caminhada entre a Semana Santa e o Pentecostes. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ pág. 9 F E L I Z P Á S C O A 2 0 0 9 ! O 5.º Roteiro de Inclu- são do Presidente da República teve passa- gem pelo Porto, à AMI, na tarde de 9/03. O Chefe de Estado, bastante preocupado com situação do país, disse que estas visitas que faz servem para mos- trar os bons exemplos que existem, por isso “é preciso ir ao terreno”, frisou. Entende que a urgência da solidarie- dade social se deve expandir em “causa nacional”. Con- gratulou-se com a obra da AMI, “que não é de hoje”.

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Abril 2009

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AANONO II | N.4 N.4 | ABRIL 2009 | Director Director ANDRÉ RUBIM RANGEL | AAVULSOVULSO: : €€1,401,40 ASSINATURA NORMAL: € 14 | PARANHOS - PORTO

O JV JÁ ESTÁ ONLINE, EM BLOGUE E NA REDE SOCIAL TWITTER. ASSOCIE-SE A NÓS:

http://jornalveris.blogspot.com

http://twitter.com/JornalVERIS

JORNADAS PAULINAS DE PARANHOS

O que interes-O que interes-O que interes-O que interes-sa é amar já!sa é amar já!sa é amar já!sa é amar já!

O 3.º encontro reflexivo

sobre S. Paulo deu-se a 23/03, com D. António Marcelino e Gra-ça Franco, concluindo-se que podemos sair da senda pecami-nosa, por via da conversão a Deus, disponível diariamente...

PecadoPecadoPecadoPecado O Bispo Emérito

de Aveiro recordou o projecto de Deus não é de condenação, mas de salvação: «Vim para que tenhais a vida e a tenhais em abundância», disse Jesus, que reconhece sermos pecadores, mas que nos quer dar a graça, porque "o pecado não é defini-tivo, mas de passagem". Alertou ain-da que o conceito de 'pecado' não existe sem a perspectiva da "conversão evangélica".

RetribuiçãoRetribuiçãoRetribuiçãoRetribuição A directora de Informação da RR

sublinhou que a liberdade de cada um, mesmo pecadores, vem de Deus. "Entendemos isto pela essência da fé, já que só a razão não chega", frisou. Uma vez convertidos "o prémio é secundário, pois o que interessa é amar já, nesta terra, a Deus e aos irmãos".

ConversãoConversãoConversãoConversão Para D. António a conversão "não

é mudança de vida na ordem moral, mas é à pessoa de Jesus, apelo pes-soal para a vida". Entende que o caminho duma conversão é: "Palavra guardada, mastigada e que abre o coração, de forma séria e não mera-mente emocional". Graça Franco acrescentou que nesta caminhada, com a ajuda de todos, "a conversão leva-nos a ver e perceber como somos todos iguais em Cristo". ◘

O Cônsul Geral de França

falou ao JV sobre os 200

anos das Inva-sões France-

sas no Porto e a relação entre ambos os paí-ses. (ver p.7)

Aníbal Cavaco Aníbal Cavaco Aníbal Cavaco Aníbal Cavaco Silva apela à Silva apela à Silva apela à Silva apela à causa causa causa causa

nacionalnacionalnacionalnacional solidária para solidária para solidária para solidária para combater a pobrezacombater a pobrezacombater a pobrezacombater a pobreza

Pg C R Ó N I C A 5 “Xenofobia”-Fernanda Freitas

6 SENTIR PARANHOS-N.Cardoso

6 VIA ConJUNTA-Pedro Sampaio

8 “Ano Sacerdotal”- J.Cordeiro

10 “IPCG”– Emílio Rui Vilar

10 “Actividade física”– L.Portela

10 “UPT” – José Tedim

11 SUGESTÕES - I.Pires de Lima

11 COOL INÁRIA - Hélio Loureiro

12 NUM ÁPICE COM… - Rui Rio

PRÓXIMA SESSÃO: 20 ABR.

S S S S

Consulado

ARR

Enfoques JV

:: A jovem entre os jovens, ima-gem do Criador. Obrigado, São!

_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ pág. 4

:: A AI - Port. tem 2 grupos no Porto. Abrirá Nú-cleo, em breve. Sede: Paranhos!

_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ pág. 5

:: D. Manuel Cle-mente e os Direi-tos Humanos, na OF - Secção do Porto(Paranhos).

_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ pág. 5

:: Nuno de Santa Maria, português desaproveitado e talvez distorcido.

_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ pág. 8

:: Suges-tões e reflexões para viver melhor a

caminhada entre a Semana Santa e o Pentecostes. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

pág. 9

FELIZ PÁSCOA 2009!

O 5.º Roteiro de Inclu-são do Presidente da República teve passa-gem pelo Porto, à AMI, na tarde de 9/03.

O Chefe de Estado, bastante preocupado com situação do país, disse que estas visitas que faz servem para mos-trar os bons exemplos que existem, por isso “é preciso ir ao terreno”, frisou. Entende que a urgência da solidarie-dade social se deve expandir em “causa nacional”. Con-gratulou-se com a obra da AMI, “que não é de hoje”. ◘

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Abril 2009

local PROJECTO DE PUBLICIDADE:

O JV, juntamente com outros órgãos regio-nais, aderiu a este estudo que a Associação de

Imprensa de Inspiração Cristã está a realizar em parceria com a Univ. Católica Portuguesa. Daí

que com este número alguns assinantes irão receber um Inquérito que agradecemos que res-pondam e entreguem no JV até ao fim do mês. ◘

FICHA TÉCNICA Fundadores: ARR e MM; Data Fundação: 24/01/2009; Director: André Rubim Rangel (CP 8286); Administrador: Manuel Martins; Editor: Paróquia de S. Veríssimo de Paranhos (Porto); Propriedade: Comissão da Fábrica da Igreja; Redactores: Álvaro Santos e MiZé Matos; Conselho Consultivo: Agustina Bessa-Luís, Artur Santos Silva, Daniel Serrão, Germano Silva, José Azeredo Lopes, José Marques dos Santos e Ricardo Jorge Pinto; Colunistas: Benedita Rangel Valente, Daniel Serrão, Emílio Rui Vilar, Fernanda Freitas, Guilherme Sousa, Hélio Loureiro, Isabel Pires de Lima, José da Silva Peneda, Manuel Martins, Maria Botelho, Maria do Carmo Almeida, Maria Helena Costa, Maria Rosa Silva, Miguel Seabra + Executivos da JFP e Vasco Graça Moura; Colaboradores Permanentes: Catarina Magalhães, José Pinheiro e Maria Marinho; Correspon-dente: José Cordeiro (Vaticano); Colaboradores nesta edição: Aldezira Carvalho, Amnistia Internacional Porto, André Sardet, António Carlos Lopes, Dom Duarte Pio, Joaquim Pereira, José António Barros, José Tedim, Luís Portela, Manuel Fernando Soares, Margarida Ramos, Maria Cândida, Maria José, Maria Ludovina Cunha, Nuno Cardoso, Pedro Sampaio, Philippe Barbry, Ricardo Parada, Rui Jorge e Rui Rio; Tesoureira: Sara Sousa; Marketing: Filipe Couto e José Mário Lopes; Cooperadores: Alcina Ferreira, António Oliva, José de Azevedo, José Pinheiro, Liliana Coelho, Manuel Madurei-ra, Manuel Oliveira, Maria José Pinto e Mariete Valente; Revisor/Tradutor: Guilherme Sousa; Informático: Arlindo Pereira; Designer: Álvaro Santos; Fotógrafos: Agência Lusa, ARR e Liliana Coelho; Reprografia: Emília Sousa; Expedidoras: Manuela Coelho e Tereza Oliva; Benfeitores: Agrupam. CNE 1104 Paranhos, Antero Melo, António Lopes, António Mesquita, Eduardo Tavares, Ermelinda Chibante, Esmeralda Costa, Fátima Dias, Fernando Sequeira, Fernando Sousa, Francisco Ribeiro, Horácio Teixeira, Jaime Lopes, Joaquim Cardoso, José Mário Lopes, José Miguel Lopes, José Pinhei-ro, José Paulo Pinheiro, Licínia Soares, Manuel Gonçalves, Manuel Oliveira, Miquelina Nogueira, Nélson Picão, Tereza Oliva e Victor Seabra; Impressão: CLARET - Companhia Gráfica do Norte (Avintes).

CARACTERÍSTICAS Título: “Jornal VERIS”; Sede: = Editor; Periodicidade: Mensal; Tiragem: 500 ex.; N. Pág.: 12; Formato: Tablóide; Preço Avulso: €1,40; Assinatura Normal Anual: €14,00; Assinatura Benfeitor: ≥ €25,00; Preço de Publicitário: €134,00 / ano (com assinatura incluída) - tamanho normal de 5 x 4cm (tamanhos superiores = preço proporcional ao de base); NIPC: 502022043; Registo ERC: n.º 125599; Depósito Legal: 287693/09; Sócio AIC: n.º 268; Postos de Venda: Sede, Junta de Freguesia de Paranhos, Fundação Voz Portucalense, Centro Apostólico de Liturgia, Livraria Paulinas e algumas Papelarias de Paranhos; NIB (MG): 0036 0127 99100027318 75.

CONTACTOS Horários do Gabinete de Direcção/ Redacção do JV : Domingos, 9h15 - 12h30 | Quartas-feiras, 18h00 - 19h30 | Sextas-feiras, 18h30 - 19h30; Endereço: A/C do Director, Largo da Igreja de Paranhos (Paróquia), 4200-325 PORTO; Endereço Electrónico: [email protected]; Blogue: http://jornalveris.blogspot.com; Rede Social: http://twitter.com/JornalVERIS; Fax: 220 113 159; Tel.: 225 020 729. ◘

NÓS POR AÍ… André Rubim Rangel

Jornalista e Professor

Antes de mais, uma

palavra sobre a ligeira mudança das secções neste número. Por estarmos em mês especial que se revive e convive do Mistério Pascal de Cristo, acrescentou-se uma página de ‘Religião’, com supressão, seguramen-te pontual, da secção ‘Reportagem’. Portanto, em Maio, voltaremos a dar voz aos Bairros paranhenses.

Quero também refor-

çar a importância de termos novos Colunistas fixos neste nosso projecto - figuras do Porto igualmente notáveis àquelas que se associaram desde a primeira hora -, que muito prestigiam e ele-vam o JV : Emílio Rui Vilar, Hélio Loureiro e Vasco Graça Moura. A estes e a todos os outros a minha enorme estima, considera-ção e gratidão. Certamente

que é de consenso geral que percepcionámos o quanto estas relações contribuem para a identidade e corolá-rio de qualquer órgão e meio de Comunicação Social e, sobretudo, deste Jornal, já que tal revestimento e enriquecimento de expe-riências e partilhas ajuda- -nos a cumprir a nossa visão estatutária de não ficarmos na perspectiva redutora de ser uma “coisa pequena”, ou de se lhe chamar “jornal paroquial”, como por vezes oiço. Não gosto e ponto final. A razão é simples: para além do que já foi aqui explanado, o JV é muito mais do que isso e quase nem se dá por isso. Penso que a consistência e persis-tência destas primeiras 4 publicações já são suficien-tes para assumir esta dinâ-mica mais alargada em ter-mos geográficos, temáticos e de interacção conjunta.

Santa Páscoa! ◘

EsperançaEsperançaEsperançaEsperança

Quaresma é tempo propício

para a reflexão sobre os grandes objectivos humanos que existem em cada pessoa, nomeadamente sobre a fé e a sua vivência. Em tempos de crise de civilização, (financeira, mas sobretudo de razões e valores profun-dos) urge falar de ESPERANÇA.

E foi sobre ela que nos veio

falar o Rev. Padre Manuel Nóbrega, C.M., nos encontros quaresmais da Paróquia de Paranhos nos dias 16, 17, 18 e 19 de Março. Falou-nos sobre "Jesus Cristo Esperança única", o "Sofrimento, crise de esperança", e "Creio na Vida eterna" ou "Horizontes de Esperança". O medo é um obstá-culo a vencer para que a esperança seja efectiva.

AUGÚRIOS Manuel Martins Vicentino e Pároco de Paranhos

A esperança é a ban-

deira do cristão contra o pessimismo e a indiferença. Com ela, o cristão é opti-mista e aberto à mais bela utopia que na fé é uma rea-lidade existencial. O mal e a morte não têm a última pala-vra, porque o nosso Deus muito nos ama. Para nos pro-var que assim é, não hesitou em dar a vida por nós.

Em tempo pascal,

quando pelas nossas ruas e casas ecoa a bela notícia da Ressurreição de Jesus, desejo a todos uma Santa Páscoa e muita alegria em Cristo Senhor. ◘

ARR

Quero felicitá-lo pela ousadia da

iniciativa e pela qualidade que pude per-ceber no n.º 1. O Porto precisa de inicia-tiva cívica, de intervenção activa dos cidadãos. O Jornal VERIS deixa-me, por isso, muito feliz. Conte com toda a ajuda que eu possa dar. ◘ Manuel Pizarro (Secret.Estado da Saúde)

Desejo-vos um grande sucesso e

felicito-vos pela iniciativa que me parece muito interessante.

Saudações cordiais! ◘ Nassalete Miranda (Jornalista)

BLOGUE DO JV Vamos participar?

Na nova ferramenta do JV estão os artigos dos nossos Colunistas, para que os leitores interessados possam comentar. Para aliciar e estimular todos os que possam navegar em http://jornalveris.blogspot. com o JV vai oferecer prémios de 2 em 2 meses para quem contribuir com mais comentá-rios e achegas neste Blogue! Vá lá, seja nosso seguidor! ◘

CONS. CONSULTIVO JV Análise de Ricardo Jorge Pinto (Expresso)

O aspecto mais positivo é cla-ramente a diversidade infor-mativa do jornal: muitas peças de diferentes quadrantes e com variadas tipologias enri-quecem a publicação. O facto de muitos dos colunistas serem pessoas com visibilidade públi-ca também torna o jornal mais apetecível (embora eu ache que deve continuar a equilibrar estes nomes nobres com novos talentos, como já tenta fazer nas primeiras edições). (…) O jornal é um bom produto e, mais importante ainda, tem muito potencial de crescimen-to. A aposta em mais peças informativas e analíticas (para além das colunas opinativas) darão mais solidez à compo-nente jornalística. A linha edi-torial é completamente respei-tada, o que se salienta como aspecto muito positivo, e não se percebe nenhuma tendência facciosa política ou económica (a não ser a religiosa, o que está legitimamente implícito). Parabéns pelo projecto. ◘

ERRATA JV Seminário EspaçoT

Reconhecemos o nosso erro e pedimos desculpa pelo mesmo. No número anterior anunciá-mos o IV Seminário do Espaço T em Março, enquanto que se realizará a 27 e 28 de ABRIL. ◘

INSTANTES I.

O Jornal VERIS salvaguarda a identificação correcta dos artigos publicados, que são, por sua vez, da autêntica responsabilidade dos respectivos autores. O JV tem o direito de seleccionar os textos recebidos decidindo o que publicar, mediante os critérios editoriais e estatutários. Deste modo, tem também autonomia de, porventura, cortar partes de texto, caso ultrapasse o tamanho previsto. Quanto aos Pagamentos, quando feitos por cheque devem vir à ordem de: Jornal VERIS; e se transferidos via bancária devem acompanhar-se do talão comprovativo com o nome do Assinante. ◘

sas. Quanto a mim, acredito nas sagradas escrituras do fun-do do coração e acredito numa outra vida além da morte. ◘

Ant.º Carlos Lopes (Paranhos)

Gostei imenso do concer-

to do André Sardet, tanto as músicas, como as representa-ções: espectaculares! Ainda bem que temos um jornal com este tipo de iniciativas. ◘

Liliana Coelho (Paranhos)

Sem palavras! (Sobre a

CONFAP do Sr. Albino). Para que conste e porque muita gente não sabe, a CONFAP (Confederação Nac. das Assoc. de Pais) recebeu do Ministério

da Educação (M.E.) duas tran-ches de €38.717,50 cada uma, no 2.º semestre de 2006, con-forme publicação no D.R. n. 109 de 6/6/2007 (pág. 15720). Recebeu ainda mais €39.298,25 no 1.º semestre de 2007, con-forme publicação no D.R. n. 201, de 18/10/2007(pág. 30115). Trata-se da única orga-nização que recebe verbas directamente do Gabinete da Ministra. Com um salário des-tes, o que se pode esperar do senhor Albino Almeida? Mais de €150.000 por ano é muito dinheiro; ele é apenas e só um assalariado do M.E. (por sinal, muito bem pago com os nossos impostos - vergonhoso!). ◘

Anónimo (Mail identificado) ND - Obrigado pelas men-

sagens e apoio manifestado.

PÚLPITO DO LEITORADO

No jornal do mês de Mar-

ço, do qual sou assinante e o qual gosto muito de ler, vem um artigo que tem o titulo, “A vida para além da morte”, do senhor Guilherme Sousa que a dada altura se interroga “diz ele” se a fé na vida futura, não será uma história para nos aju-dar a suportar a vida terrena. Pois eu não tenho dúvidas na vida para além da morte, pois quando perguntaram a Jesus se Ele era rei, Ele respondeu: “Sou Rei, mas o Meu Reino, não é deste mundo”; e uma outra passagem das escrituras Jesus diz: “Que adianta ao homem ganhar o mundo, se perde a alma?”. Eu pergunto, se isto não quer dizer nada ou será que as escrituras são fal-

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local

Retiro Retiro Retiro Retiro ParoquialParoquialParoquialParoquial Nos dias 6, à noite, e 7

deste mês de Março, vivemos mais um retiro paroquial. Foi uma nova oportunidade para nos conhecermos um pouco melhor e a partir da necessida-de de uma mudança de vida, partirmos para um maior e melhor conhecimento de Deus.

Durante estes dois dias foram aprofundados vários temas, contudo, um dos mo-mentos mais significativos do encontro foi a entrevista feita a S. Paulo, em que este nosso Amigo nos aconselhou a debru-çarmo-nos mais nas suas cartas para ficarmos mais esclarecidos sobre quem é Jesus Cristo – Jesus Cristo crucificado.

1.º tema: “O encontro” = deixarmo-nos seduzir por Cristo e transformarmo-nos em novas criaturas;

2.º tema: “Somos uma nova Criação” = aqui reflecti-mos em que é que a vida mu-dou, ou pode mudar, e quais as áreas de maior fragilidade. É a partir desta observância atenta e continuada que vamos cami-nhando para a santidade, dis-postos a cada dia mais nos identificarmos com Jesus;

3.º tema: “Abraçar a Cruz” = reflectindo sobre a frase de S. Paulo: “Na fraqueza da Cruz é que está a grandeza de Deus”, e caminhando na contemplação da Cruz, recor-damos o que Jesus nos ensina sobre a superioridade da reale-za, na humildade do serviço, isto é, o mais importante é aquele que serve o seu irmão na simplicidade e humildade - O maior é o servo.

4.º tema: “Viver no Espí-rito” = somos habitados pelo Espírito de Deus, por isso somos Templos do Espírito Santo, que não nos deixa ficar instalados em nós próprios, mas nos impe-le para fora, para os outros, para a comunidade – Viver no Espírito: viver na Vertical em união com Deus, de mãos dadas com o semelhante.

A conclusão do retiro qua-resmal de 2009 fez-se em comunhão com a paróquia, na Eucaristia das 11h30, em que louvamos e demos graças ao Senhor por todas as bênçãos concedidas.

Partimos, então, para a vida mais fortalecidos na Graça para sermos em Cristo: ALE-GRES na Esperança, PACIEN-TES na Tribulação, PERSEVE-RANTES na Oração. Glória e louvor a Deus por tão grande dádiva. ◘

Maria José (RCC)

A GRUP A N D O

Gr. CasaisGr. CasaisGr. CasaisGr. Casais

A ideia do grupo foi do senhor

Padre Magalhães e a primeira reunião realizou-se em 23/10/1990, com cer-ca de 20 casais.

No nosso grupo existe uma união e entreajuda, que nos dá uma grande cumplicidade. Ao longo dos anos as nossas reuniões têm debatido os mais diversos temas.

«Um ano a caminhar com São Paulo» foi o livro aconselhado pelo senhor Padre Martins para aprofun-darmos os nossos conhecimentos sobre o grande Apóstolo.

A maneira simples e aberta como o nosso Abade aborda os temas, faz com que as reuniões sejam cada vez mais interessantes. Nessa perspecti-va nasceu um novo Grupo de Casais jovens. Sei que ainda são poucos, mas com muito entusiasmo e ideias novas para ajudar a crescer a nossa Paróquia. ◘ Maria Ludovina Cunha

ANIV

ERSÁ

RIO

S

N O V O S A S S I N A N T E S

MAIA: Amaro Carvalho, Maria Alice Cabral, Rogério Couto;

PORTO: Ana Gomes, Ana Maria Alves, António Oliveira, Deolinda Sou-sa, Elisa Monteiro, Ermelinda Chibante, Esmeralda Costa, Idalina Pestana, Joaquim Matias, José Paulo Pinheiro, Leonor Moura, Lurdes Soeiro, M.ª Antónia Costa, M.ª Cândida

EXÉQUIAS - Mar.2009 Na Paróquia de Paranhos… - Dia 1, no Hospital de S. João, faleceu ANTÓNIO CONCEIÇÃO BRAZ, de 74 anos, casado com Maria Rosa do Carmo Gonçalves Ramos. (Funeral dia 2; Cemi-tério de Paranhos). - Dia 2, na sua residência, faleceu AUGUSTO GERMANO RODRIGUES, de 83 anos, viúvo de Marinete da Conceição Pinto Machado. (Funeral dia 3, Cemité-rio de Paranhos). - Dia 5, na sua residência, faleceu ANTÓNIO AUGUSTO ALVES, de 88 anos, viúvo de Maria Felismina de Jesus. (Funeral dia 6, Cemitério de Cinfães). - Dia 8, na sua residência, faleceu JOSÉ ANTÓNIO MARTINS GUIMARÃES, de 57 anos, viúvo de Maria Célia Lopes Madu-reira. (Funeral dia 11, Cemitério de Prado do Repouso). - Dia 11, na sua residência, faleceu PIEDADE SOARES DOS SANTOS, de 94 anos, solteira. (Funeral dia 12, Cemité-rio de Paranhos). - Dia 11, no Hospital de Santo António, faleceu ANTÓNIO JOSÉ DA COSTA RIBEIRO, de 87 anos, casado com Olga Guedes Cardoso Ribeiro. (Funeral dia 12, Cemitério de Paranhos). - Dia 13, no IPO, faleceu LUÍS FILIPE DA SILVA CARDINAL, de 40 anos de idade, solteiro. (Funeral dia 14, Cemitério de Paranhos). - Dia 18, no IPO, faleceu MARIA DA CONCEIÇÃO NOGUEIRA DA SILVA MEN-DES, de 73 anos, casada com Alberto Guedes Mendes. (Funeral dia 19, Cemi-tério de Paranhos. Partic. dos Jufristas). - Dia 21, na sua residência, faleceu FRANCISCO FERNANDES DE SOUSA, de 82 anos, divorciado de Almerinda Alves. (Funeral dia 23 de Março, Cemitério de Paranhos). - Dia 24, na sua residência, faleceu DEOLINDA MIMOSA PINTO DOS SANTOS SOARES, de 86 anos, viúva de António Moreira Soares. (Funeral dia 25, Cemi-tério de Paranhos). - Dia 24, no Hospital de S. João, faleceu MANUEL VIEIRA TAVARES DA SILVA, de 70 anos, casado com Maria Isabel Soares Gonçalves da Silva. (Funeral dia 26, Cemitério de Paranhos). - Dia 28, no Hospital de Viana do Caste-lo, faleceu CONCEIÇÃO AUGUSTA DAS NEVES ROCHA, de 80 anos, viúva de Fernando de Bastos Calvino. (Funeral dia 30, Cemitério de Paranhos). ◘

CORTE CELESTIAL

Rodrigues, M.ª das Dores Ribei-ro, M.ª de Fátima Loureiro, M.ª da Glória Pereira, M.ª Madale-na Couto, Vicentina Sarmento;

VALONGO: M.ª Fernanda Carvalho;

V.N. DE GAIA: Lídia Piedade. Muito Obrigado a todos os Assinantes. Bem hajam! ◘

Em 12/03/2009 Paranhos viveu algo inédito e realmente raro: umas bodas de diaman-te matrimoniais (60 anos). PARABÉNS ao casal José Fer-reira e Maria José Ferreira! ◘

G S

ARR

Iniciativa de Março, promovida pelo JV, inserido no programa que o mes-mo leva a cabo, “+ 1 mês, + 1 evento!”, de modo a: lançar-se, dar-se a conhecer e projectar-se.

No Sábado dia 14 de

Março, pelas 18h, teve lugar na Igreja Paroquial um Concerto de Beneficência. Actuaram 3 jovens artistas cuja qualidade é sobeja-mente reconhecida pela crítica, a saber: Mónica Pais, soprano; Francisco Reis, tenor; Paulo Freitas, organista. Os que tiveram o privilégio de os ouvir deli-ciaram-se com a excelente interpretação das maravi-lhosas peças musicais (15 peças de música sacra, como por exemplo: Panis Angelicus de C. Frank e Ave Maria de Shubert, entre outras bem conhecidas). O concerto encerrou um pou-co antes das 19h, altura em que, normalmente, é cele-brada a missa vespertina.

Eventos culturais desta qualidade, são raros de acontecer na nossa Paró-

ARR

M.E.ComunhãoM.E.ComunhãoM.E.ComunhãoM.E.Comunhão

Há 20 anos e a convite do Páro-

co, P. José Alberto Vieira Magalhães, um grupo de 6 pessoas ligadas à Paróquia (catequese, CPM, leitores, etc) fizeram a respectiva formação e foram empossados pelo Rev.mo Bispo do Porto, D. Júlio Tavares Rebimbas. Assim, se iniciou um grupo na nossa Paróquia, para, em colaboração com o seu Pároco, darem o seu contribu-to, não só, ajudando na distribuição da Sagrada Comunhão nas Eucaris-tias, mas também, levando a mesma aos doentes da Paróquia, impossibili-tados de se deslocarem à Igreja. O senhor Padre Magalhães reunia, assi-duamente, com este grupo, a fim de nos esclarecer sobre casos práticos e situações pontuais que fossem sur-gindo, mas também dando uma for-mação catequética muito profunda e foi criando em nós o hábito da leitu-ra da Liturgia das Horas. Vivemos momentos de oração muito fortes. Com o passar do tempo o senhor Padre foi fazendo outros convites e o grupo foi crescendo. É, neste momento, um grupo de 14 elemen-tos, existindo entre todos um forte laço de união, lealdade, coesão, ido-neidade. São pessoas activas na nos-sa Paróquia ao serviço do Senhor e que se mantêm à disposição do novo Pároco, P. Manuel Martins. ◘

Aldezira Carvalho

JV eeee Música Clássica Música Clássica Música Clássica Música Clássica

quia, e certamente, seria muito bom que viessem a ocorrer outros eventos de tão grande ou ainda maior qualidade. Porque “nem só de pão vive o Homem, …”.◘

Joaquim Pereira

ARR

IGREJA NOVA Devolução dos Mealheiros...

Os vários Mealheiros entregues em 2008, no Dia de Cristo Rei, para colecta de oferendas em favor da construção da nova igreja de Paranhos, deverá ser agora entregue na Páscoa, sobretudo e se possível, na Eucaristia da Ceia do Senhor, na Quinta-feira Santa, onde integrarão a procissão da Apre-sentação dos Dons. ◘

VISITA PASCAL/COMPASSO

Forte Campanha JV

Na manhã do Domingo de Pás-coa, 12/04, juntamente com as Cruzes do Compasso serão distribuídos/vendidos alguns exemplares deste número, para angariação de receitas (a tiragem que temos começa a não chegar, temos de aumen-tar) e de assinaturas! Solicita- -se a colaboração de todos! ◘

INSTANTES II.

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M.ª CONCEIÇÃO NOGUEIRA DA SILVA MENDES Dai-lhe, Senhor, o eterno descanso. Paz à sua alma! A Missa do 1.º mês da sua morte é dia 18/04, às 19h, na Igreja de Paranhos.

Não às Não às Não às Não às drogas!drogas!drogas!drogas!

Após ler uma reporta-

gem de uma conceituada revista sobre o consumo de droga nos jovens, fiquei bastante alarmado porque há jovens que começam a consumir em tenra idade (há casos a partir dos 9 anos de idade!). São jovens que chegam a gastar uma média de 500 euros por mês. Este consumo leva a doenças, lesões cerebrais, degrada-ção física e muitas vezes a que desistam dos estudos.

Levando agora este

tema para a nossa freguesia é preocupante, sendo Para-nhos um local onde há bas-tantes escolas, logo há mui-tos jovens. É preciso que estes jovens não se deixem levar por excitações momentâneas ou mentali-dade facilmente influenciá-vel, também não é preciso consumir droga para se afir-mar perante uma pessoa ou um grupo nem permitir que a droga seja uma escapató-ria para os problemas, por-que não os vai resolver vai sim é complicar ainda mais.

A droga não leva a

nada ou talvez até possa levar, mas é a desgraça a todos os níveis. Qual é a vantagem em consumir dro-gas? simplesmente não há! Paranhos (e não só claro) precisa e quer jovens inteli-gentes que saibam ver o caminho certo, o futuro depende dos jovens. ◘

Ricardo Parada

AGRUP. CNE 1104 Promessas escutis-tas em Paranhos Na tarde de 14/03, na Igreja paroquial, realizaram-se estas Promessas: Lobitos = Carolina Santos, Catarina, Eduardo, Tomás Campinho, Vera e Xavier Meneres; Exploradores = André Camilo, Gonçalo Por-tela, Hugo, Paulo André, Rita Pereira e Rúben Souza; Pionei-ros = Inês Rocha e Joana Sou-za; Caminheiros = Mafalda, Rita Campos e Rui Sousa; Diri-gente = Catarina Taborda. Na véspera, na Vigília escutista, fizeram a despedida do Clã, por completarem 22 anos de idade: Carlos Simões e Teresa Mancilha. ◘

INSTANTES III.

(PRO)VOCARE

D.R.

Perseguir, Perseguir, Perseguir, Perseguir, Seguir, Seguir, Seguir, Seguir,

ProsseguirProsseguirProsseguirProsseguir

Com estes três verbos podería-

mos resumir o itinerário pro-vocacional de S. Paulo... Saulo era um jovem acti-vo, judeu convicto que em nome da sua verdade (e, quem sabe se também do seu “ego”) perseguia os cristãos como um autêntico “franco-atirador”.

Mas, um dia, na f a m o s a e s t r a d a de Da-m a s c o , ouve uma pergunta que, qual provação demolido-ra, o faz cair abai-xo da sua auto-su-ficiência:

«porque Me persegues?»

Como quem diz: que andas a

fazer da tua vida? Já pensaste bem na vida? Afinal, porquê? E para quê?... E Paulo, naquele momento, perde as suas seguranças, as suas certezas, a sua intolerância, a sua arrogância e, logo mais humilde, responde: «quem és tu?» Que queres de mim?

Eis que surge o tempo da ceguei-

ra, da confusão interior que o encontro com alguém mais experiente, (no caso de Paulo foi Ananias) ajudou a clarifi-car. E de um perseguidor, Deus fez um seguidor.

Diria mesmo que, mais vale per-

seguir e ser contra, ter uma razão e opor-se, do que ser indiferente ou mero seguidor sem decisão porque é mais cómodo, para não “fazer ondas”. Isso é o pior que nos pode acontecer. Querer viver sem fazer onda!

No caso de Paulo de Tarso, quan-do se fez luz e viu Cristo vivo nos seus discípulos, tudo mudou: há que prosse-guir a Sua obra. Agora «para mim viver é Cristo!»

É compreensível que muitos

jovens ataquem a Igreja onde não vêem vida, e não encontrem nela o acolhimento e a libertação procurados. Saibamos, nós também, perguntar a cada um: quem persegues? Diz-me com quem andas? De que é que andas atrás na tua vida, nas tuas lutas, nos teus estudos e divertimentos, nas tuas ami-zades?... E é possível que num dia des-tes, quando menos esperares, te caia o véu que te impede de ver e se faça luz.◘ P. M. Fernando Soares

D.R.

A Quaresma é um

momento de reflexão, transformação para uns e de privação de comer carne ou abstinência para outros.

A onda de crise em que vive o país pode ser enten-dida e percepcionada como um desafio aos mais jovens que podem desenvolver um espírito empreendedor que pode ser benéfico para o futuro.

O Empreendedorismo é uma forma de criar o seu próprio emprego, projecto, colmatar a percentagem de desemprego que existe nos nossos dias. Mas, o jovem pode desenvolver qualida-

des/ características e com-petências para empreender de uma forma simples, como sejam: quanto custa umas calças de ganga de marca? E, umas de “marca branca”?, o mesmo quando vai ao supermercado com a mãe ajudar a comprar pro-dutos de qualidade e que sendo de marca é o dobro do preço, o mesmo não acontece se for de marca branca.

O importante será o jovem fazer este exercício com a sua mesada, ao pôr de parte a quantia poupa-da, poderá utilizá-la numa viagem, em livros, ou parti-lhar comprando alimentos para aqueles que mais necessitam.

Esta atitude vai ajudar os pais a não se sentirem culpados, por não consegui-rem satisfazer todos os desejos dos seus filhos, para que estes não se sin-tam desiguais, educar é também partilhar responsa-bilidades, dar consciência.

Uma feliz Páscoa! ◘

Jejuar na criseJejuar na criseJejuar na criseJejuar na crise

A jovem entre os jovens...A jovem entre os jovens...A jovem entre os jovens...A jovem entre os jovens...

A São Mendes – a grande dinamizadora de grupos de jovens jufristas e não jufristas, de Paranhos e de outros grupos eclesiais - deixou esta terra a 18/03 para a grande peregrinação à Terra Prometida. Ela transportava uma jovialida-de única, quer pelo sorriso penetrante (de que a foto é fiel e absoluto retrato, não dum momen-to, mas de sempre), quer pela gargalhada contagiante que continua a ecoar nos nossos corações. Como mulher ínte-gra e bastante integrada na vida paroquial, o JV também lhe presta tributo na morte, já que o fizera mesmo em vida, dedicando-lhe o Concerto quaresmal de 14/03. É a 1.ª assinante do JV que, nestas entrelinhas, acompanhar-nos-á agora nas linhas eternas do Céu. Com os seus 73 anos ela é e sempre será a nossa jovem, que tantos e tantos ajudou, escutou, amou, apoiou, serenou, alegrou…

ARR

MUNDO INQUIETANTE Maria Botelho

Psicóloga

04

Abril 2009

juventude Sara Moreira é estudante

universitária no IPP (Paranhos), foi do FCP e é

uma atleta promissora. Sagrou-se recentemente Vice-

Campeã Europeia de 3000 metros e Bicampeã Nacional de Corta-Mato Curto. ◘

VEM JOVEM

“Que a São continue a ser a nossa “Que a São continue a ser a nossa “Que a São continue a ser a nossa

estrela polar junto do PAI.estrela polar junto do PAI.estrela polar junto do PAI.””” Rui Jorge

G S

“(…) Sentimos que um pouco de nós morre quando perdemos alguém querido. É a nossa «irmã morte». Para além da vicissitude deste vale de lágrimas é de um encontro face a face com Aquele que nos criou e nos acompanhou toda a vida. Desta forma, nós vamos pressentindo-O e con-templando-O. Eis agora, São, que estás na presença d’A-quele que te criou até ao fim. Foste, para nós, imagem deste Deus Criador.”

(P. José Magalhães, na homilia do funeral da São)

Page 5: Abril 2009

CIVILIDADES Fernanda Freitas

Jornalista da RTP Apresentadora de “Sociedade Civil”

XenofobiaXenofobiaXenofobiaXenofobia

Num semáforo: entregam-lhe

um jornal, tentam lavar-lhe os vidros ou - como já me aconteceu - um jovem faz uma demonstração de malabarismo – impressionante, a merecer mais palmas do que moedas. Mas, em geral, aproxima-se do seu carro uma jovem com uma criança ao colo pedinchando alguma coisa. Con-fesso que neste caso, a minha pri-meira preocupação vai para a coluna vertebral daquelas crianças - não só as que andam (às vezes horas) ao colo mas também as que as transpor-tam, já que muitas vezes só diferem em meia dúzia de anos da que vão carregando de sinal em sinal…

Qual é o seu primeiro instinto? Receio de um assalto, devido ao saturante número de e-mails que recebe dando conta de “ataques des-tes gangs de emigrantes, nos semáfo-

ros ?” – exemplo claro destes tempos em que a xenofobia prolifera em mensagens sem fonte fidedigna atra-vés da Internet… Indignação, perante esta clara violação dos direitos das crianças, que deviam estar na escola, a aprender e a brincar - em vez de serem usadas repetidamente como instrumento de mendicidade?

Talvez sinta algo mais forte: vergonha, desprezo? Analise por uns minutos qual é o seu real posiciona-mento em relação a estas pessoas que estão ali, vulnerá-veis, do outro lado do vidro. A tomada de consciência perante a nossa vida – e a dos ou-tros - acon-tece muitas vezes assim: no curto es-paço de tempo entre o vermelho e o verde. ◘

R E A C R E D I T A R … Amnistia Internacional Portugal (AI)Amnistia Internacional Portugal (AI)Amnistia Internacional Portugal (AI)Amnistia Internacional Portugal (AI)Amnistia Internacional Portugal (AI)Amnistia Internacional Portugal (AI)Amnistia Internacional Portugal (AI)Amnistia Internacional Portugal (AI)Amnistia Internacional Portugal (AI)Amnistia Internacional Portugal (AI)Amnistia Internacional Portugal (AI)Amnistia Internacional Portugal (AI)

Na noite de 20 de Março, D. Manuel Cle-mente esteve na Secção Regional do Porto da Ordem dos Farmacêuti-cos, em Paranhos (Rua António Cândido, n.154), para falar sobre os “60 anos da Declaração Uni-versal do Direitos Huma-nos” (DUDH), acompa-nhado pelo Presidente da Secção e pelo Prof. Fran-cisco Carvalho Guerra.

Recordando o que dissera o

Papa Ratzinger aos jornalistas na viagem para Washington (ONU, 2008 – precisamente para comemoração desta efe-méride), adiantou que na DUDH “confluem várias tradi-ções culturais. Estes valores são fundamentais” porque ins-

ético”, o que promovê-los implica uma consciência e soli-dez comum, “com consistência global, para que não caiam no relativismo”. Referiu ainda a liberdade religiosa, que gerou polémica no modo como foi entendida neste mundo euro-peu e ocidental (séc.s XIX-XX). Até esse tempo considerava-se que era evitável a liberdade, sendo mais exaltada a seguran-ça, visto que “havia um con-fronto de escolha se a verdade era objectivada, em Deus e para além de Deus, sem ser imposta”, declarou D. Manuel. Tal também se devia ao facto dos DH se colocarem como uma “reivindicação individual aos poderes absolutos que regiam em sistemas de sobe-

rania”, frisou o Prelado. Por outro lado, os DH entendiam-se com cida-dania, pela participação política”. ◘

Grupo local 6 da AIGrupo local 6 da AIGrupo local 6 da AIGrupo local 6 da AI Este Grupo começou no

Porto em meados dos anos 80 e teve como seu coordenador, muitos anos, o Joaquim, que faz ainda parte do grupo actual. O grupo era bastante dinâmico na época e reunia pessoas de várias áreas, desde a Medicina à Arqueologia.

Actualmente, o grupo tem 6 elementos activos (há outros que apenas aparecem nos eventos) e precisamos sempre de voluntários para dinamizar as várias actividades. Virgínia Silva é a coordenadora desde Janeiro de 2006.

Qualquer pessoa pode fazer parte dos grupos da Amnistia Internacional, desde que não pronuncie o seu credo religioso ou direcção política em nome

“ (…) a xenofobia

prolifera em men-

sagens sem fonte

fidedigna através

da internet” ‘PROGRAMA ESCOLHAS’ Poucas instituições do Porto aderentes

Com um lustro de existência, este Projecto assenta na subsi-diariedade e no trabalho em parceria, com vista à inclusão social de crianças e jovens, con-vergindo numa rede nacional com mais de 780 instituições variadas (não só IPSS). De referir no concelho do Porto: “Saber Viver”, promovida pela Junta de Freguesia de Paranhos; “Acredi-tar”, pelo Agrupamento Vertical Manoel de Oliveira; “Lagarteiro e o Mundo”, pela Junta de Fre-guesia de Campanhã; “PPR – Poder Para Reagir”, pelo Centro Social da Paróquia de N.ª Sr.ª da Ajuda; “Terço em Movimento”, pelo Instituto Profissional do Terço; “Pular a Cerca II”, pelo Agrupamento Vertical de Escolas do Cerco; “Crescer & Saber”, pelo Espaço T; “Metas – Mediar Escolhas, Trabalhar Autono-mias”, pela ADILO; e “Arte na Rua – Pintar o Futuro”, pela Escola EB 2.3 Ramalho Ortigão.◘

INSTANTES IV.

D.R.

GE AI Esc.

05

Abril 2009

filantropia Depois do RFP se mostrar soli-dário com as

vítimas das Invasões Francesas, eis que representará “Hossana, Jesus Cristo”. Dia 26/04, 16h, na Igreja Sr.ª da Conceição (Porto).◘

D.R.

critos e intrínsecos ao ser humano. “Hoje atribuímos noções mais vastas aos Direitos Humanos (DH) do que nas pri-meiras redacções”, acrescen-tou D. Manuel, notando que as divisas da Revolução Francesa, no que toca à fraternidade e à igualdade, começaram a ganhar outro revestimento depois da DUDH: “se por um lado está menos consolidada o entendimento dos DH, por outro lado vão-se alargando a

outras dimensões e áreas”. Para o Bispo do Porto os DH estão cada vez mais presen-

tes como “linguagem comum e extracto

A AI é um movimento de activistas que centra a sua actividade, de for-ma voluntária, na exal-tação e respeito pelos Direitos Humanos (DH), denunciando quando tais são violados. Em 2009 o projecto global direcciona-se para a Campanha da Dignidade,

que dedicar-se-á às questões da pobreza e dos DH. No Porto, a AI tem

dois grupos (local 6 e GE Filipa de Vilhena) e, ainda este mês, vai for-mar-se um Núcleo (no 1.º ano tem esta desig-nação, passando depois a ‘Grupo’), sedeado em Paranhos, mas alargado a outras Freguesias contíguas. Será coorde-nado pelo director do JV, André Rubim Rangel.

da AI ou tenha ideais não com-patíveis com os valores preco-nizados pela organização (tais como xenofobia, apoio à pena de morte, etc...). Logo, as pessoas podem ter ou não for-mação académica, desde que sejam sensíveis aos DH e quei-ram contribuir para que estes sejam respeitados.

Neste momento os membros do grupo têm idades que variam entre os 20 e 50 anos, com 3 elementos do sexo feminino e 3 do sexo masculino e de áreas prof i ss iona i s d i fe rentes (comercial, estudantes de direi-to, ensino, teatro, arqueologia).

As actividades desenvolvi-das são variadas, desde exposi-ções, manifestações de rua, ciclos de cinema, poesia, escri-ta de cartas, debates organiza-dos, conferências, formações em escolas... cada membro do grupo tem autonomia e liber-dade para apresentar activida-des, propor ideias e desenvolve-las. O cargo de "Coordenador" apenas existe para uma melhor organização do grupo, não por uma questão de hierarquia. Há também um tesoureiro e um

secretário, segundo consta nos Estatutos da AI.

Em declarações ao JV, Vir-gínia Silva alegou que “todas as actividades são levadas a cabo consoante a disponibilida-de e compromisso de cada um: somos voluntários. No entanto e exactamente por isso, espe-ramos que as pessoas tenham ‘vontade’ de estar envolvidas nas actividades. Reunimos mensalmente. Por vezes quin-zenalmente, caso seja necessá-rio. Não temos uma sede pró-pria por motivos monetários. Como muitos grupos, reunimos em casa dos membros ou no café”.

GE F. Vilhena da AIGE F. Vilhena da AIGE F. Vilhena da AIGE F. Vilhena da AI Este é um grupo particular,

de carácter mais educativo/escolar (como existe noutros pontos do país), na Escola Secundária Filipa de Vilhena (Paranhos, Porto). Este Grupo Escolar (GE) da AI é coordena-do pelos professores Carla Fer-reira e António Queiroz e o seu projecto insere-se no Projecto Educativo da Escola. A coorde-nadora explicou-nos que “todos os anos fazemos o nosso plano de actividades, proposto ao Conselho Pedagógico, em articulação com o Plano Anual de Actividades da Escola. Os nossos objectivos inscrevem-se no trabalho de uma Pedagogia de boas práticas dos Direitos Humanos. Temos dois blocos de 45 minutos por semana para reunir”.

O grupo mais próximo de alunos com quem trabalham tem cerca de 48 elementos. Contudo, nas actividades que realizam (Colóquios , Exposi-ções, Maratonas de Cartas, Comemorações de dias interna-cionais alusivos aos Direitos Humanos, petições, canções, powerpoints realizados pelos alunos, quadros vivos, danças, entre muitos outros) envolve-se toda a comunidade educati-va. Acrescentou ainda que “temos tido muita receptivida-de por parte dos vários grupos disciplinares, que dinamizam connosco as actividades pro-postas. Ao mesmo tempo que se trabalham as temáticas dos DH, conseguimos que os alunos desenvolvam competências não só ao nível do saber - ser / saber -estar, mas também nou-tros domínios como por exem-plo nas áreas das TIC, na aqui-sição de conhecimentos no âmbito da poesia, escrita, lite-ratura, arte, história, etc... ◘

Grupo Escolar AI da Esc. Sec. Filipa de Vilhena - Porto

Page 6: Abril 2009

06

Abril 2009

Belmiro de Azevedo vai receber o grau de Doutor Honoris Causa pela Univ. Porto, como reconheci-mento do exemplar per-curso profissional deste

licenciado na FEUP (1963). Cerimónia em Maio! ◘

RUI RIO E CLERO DO PORTO Reunião em nome da Solidariedade...

Os Párocos, Reitores e demais presbíteros da Cidade portuen-se foram convidados pelo edil camarário, Rui Rio, e por Car-los Mota Cardoso (foi o seu rosto no programa “Porto Feliz”) a reflectir em “formas concertadas de atender à população sem-abrigo e outros cuidados e carências de carác-ter social”, conforme constava na carta circulatória. A reunião aconteceu a 11/03, na Casa do Roseiral, e teve boa adesão. ◘

AUTOCARROS STCP Horários reduzidos: tempo de férias...

A observar, pelo menos, nas artérias próximas às Escolas Básicas e Secundárias de Para-nhos, verifica-se que há menos autocarros quando há interrup-ção de aulas. Há pessoas que se mostram indignadas - não é para menos -, pois quem traba-lha e se serve dos transportes públicos fica prejudicada na ida e regresso do emprego! ◘

CASA DA CULTURA Expo. “A Arte do Espontâneo”...

Esta exposição de arte naïf, da autoria de Teodoro Buest, inaugura a 11/04, às 15h, e estará patente até 24/04. Con-ta com a participação especial do poeta Jorge Vieira. ◘

INSTANTES V.

porto paranhos

SENTIR PARANHOS

Nuno Cardoso Ex-Presid. da C.M. Porto ed de Águas do Douro e Paiva

O Jornal VERIS, novo titulo

da “nossa” Cidade, que desde já feli-cito e desejo muito sucesso, convi-dou-me a fazer um pequeno artigo. Agradeço o convite, é sempre grande o prazer de poder falar do Porto.

Vou apenas pontuar os aspec-

tos mais relevantes de Paranhos, fre-guesia que acolhe a Paróquia de S. Veríssimo.

Território de expansão da cida-

de antiga, vê surgirem durante a segunda metade do século XX equipa-mentos de elevado valor, hospitais e universidades.

Hoje em dia, Paranhos é das

zonas da cidade com mais actividade e dinamismo. Congregando um dos principais pólos nacionais de saúde, aonde domina o cinquentenário Hos-pital de S. João, com o pólo de ensi-no superior e investigação científica mais relevante do país.

O Pólo 3 da U.P., o Politécnico

e as outras escolas superiores aqui localizadas enriquecem muito Para-nhos, fazendo com que se afirme como líder em número de estudantes universitários.

Muito haveria que falar sobre

as instituições e as pessoas de Para-nhos, mas pelo pouco que foi subli-nhado fica a ideia clara que Paranhos é sem dúvida uma das mais importan-tes freguesias do país e do Porto. ◘

Os novos tempos da PolíticaOs novos tempos da PolíticaOs novos tempos da PolíticaOs novos tempos da Política

A eleição do Presidente Barack Obama veio acentuar a

mudança do paradigma na forma de fazer política e de os políti-cos se apresentarem ao Povo.

1.º) Falou claro. Explicou aos Americanos, numa linguagem simples e objectiva, sem lugares-comuns ou os chamados sound-bites, o seu projecto para governar os E.U.A.;

2.º) Utilizou como nenhum candidato, as novas tecnologias da informa-ção: sites, twitter, blogues, e-mail. Informou os eleitores, por exemplo, por sms, do nome do candidato a Vice-Presidente;

3.º) Desmistificou a “regra” que em rigor “obrigava” a que um candidato ganhador tivesse largos anos de experiência no Congresso, fosse apoiado por fortíssimos lobby’s, tivesse fortuna pessoal, ou tivesse discursos diferentes conforme as características sociais e culturais de cada Estado;

4.º) “Passeou” normalmente, em campanha, no meio das pessoas, dimi-

VIA conJUNTA Pedro Sampaio

Executivo Junta de Freguesia (Pelouro da Cultura e Patrim.)

nuindo a distância psicológica e tornando-se assim igual ao cidadão comum.

5.º) Claro que o colapso económico dos E.U.A. e do mundo, ajudou a que a mensa-gem se centrasse nas questões sociais e financeiras, o que, dada a evidente falência do sistema, foi um discurso de optimismo, auto-confiança, trabalho árduo e esperança que cativou os eleitores.

Muito bem. E em Portu-gal? Aqui, as coisas ainda não se alteraram.

Junta de Freguesia de Paranhos

Presidente: Miguel Seabra

Rua Álvaro de

Castelões, 811/831;

4200-047 Porto

Tel. 225020046 Fax 225503714

Na crónica anterior

tínhamos prometido falar da antiguidade da nossa Paróquia. Assim, e como o prometido é devido, vamos hoje tentar fazê-lo.

Alguns autores apon-

tam a existência de Para-nhos para datas anteriores à fundação da nacionalida-de pelo nosso primeiro Rei, D. Afonso Henriques.

Consta que José

Anastácio de Figueiredo e Frei Lucas de Santa Catari-na, cronistas da Ordem de Malta, teriam sabido que os Fenícios acamparam numa zona ou lugar situado numa área compreendida entre o

Tronco, Aguêto, Monte das Cabras, Carriçal, etc., onde existia muito gado caprino e lanígero. Existiam, tam-bém, uns casotos ou casi-nhotos acerca dos quais os Fenícios teriam dito que os referidos casinhotos eram mais próprios para anhos e não para pessoas como eles.

Assim, a freguesia

ficaria a ser conhecida por PARANHOS. No entanto o nome de Paranhos, segundo alguns autores, pode deri-var da antiga palavra Para-mio ou Paramo que designa-va: Honra, Couto, Amparo ou Isento.

Consultado o Dicioná-

rio Enciclopédico Luso-brasilei-ro, Lello Universal, Edição de 1981, pode ler-se: Paranho = Terra Privile-giada.

O território tinha a

regalia de ter Honra, por nele ter sido criado e ama-mentado por uma mulher casada, algum filho de rico-homem ou fidalgo honrado.

CURIOSIDADES DE PARANHOS

Os nossos governantes confundem ainda optimismo com eleitoralismo, esperança com demagog ia, auto-confiança com arrogância e comunicação com controlo informativo. Mas os tempos claramente estão a mudar. A geração de hoje não é a do 25 de Abril de 74. Tem outro nível de exigência, tem maior acesso à informação, tem mais forma-ção e acima de tudo está can-sada de linguagem redonda e bacoca, de chavões e de pro-moções de imagem.

Os partidos têm de perce-ber rapidamente que estão a mudar (vamos admitir que sim…) a uma velocidade muito mais lenta que a sociedade e que o confronto dos conceitos e paradigmas será inevitável. Sou claramente a favor dos Partidos e da sua importância em Democracia. Mas está na hora de tirar o som dos mega-fones dos comícios e ouvir ver-dadeiramente as pessoas. ◘

D.R.

D.R.

Faculda-de de Engenha-ria da Univ. do Porto e área envolven-te, situa-da no Pólo Uni-versitário de Para-nhos.

PUB

D.R.

No Portugaliae Monu-

menta Histórica, em docu-mento do ano de 1048, apa-rece escrito PARAMIO e PARAMIOS.

No Censual do Cabido

do Porto, no qual foram reunidos pergaminhos anti-gos referentes aos séculos XI a XIV e que é o Códice mais antigo (Séc. XII), sobre a matéria, indica, no que respeita a censos: Ecclesia S. Verissimi de Paramos e, na pág. 567, Peranhos. ◘

José Pinheiro

Lusa

Page 7: Abril 2009

07

Abril 2009

especial “A separação do “A separação do religioso com a religioso com a esfera pública é esfera pública é

mais marcada em França do mais marcada em França do que em Portugal.”que em Portugal.”

JV – O Porto comemora agora os duzentos anos da invasão das tropas francesas e res-pectiva tragédia na Ponte das Barcas. Como diplomata francês que breve leitura faz deste acontecimento? PB – Este episódio do nosso passado europeu, constituído por muitos confrontos ao longo dos séculos, pertence à Histó-ria. Doravante, e felizmente, o presente é a construção da União Europeia, uma obra de paz, de solidariedade e de relativa prosperidade. JV – Como entende o facto desta Cidade e suas Altas Entidades Civis, Religiosas e Culturais se associarem con-juntamente na comemoração desta data? PB – É uma ilustração da unani-midade com a qual as autori-dades civis, religiosas, milita-res e culturais consideram a memória como um factor importante da coesão nacio-nal. JV – Desde há dois séculos para cá e mais actualmente, de que forma estão as rela-ções entre as nações portu-guesa e francesa nos diversos campos, que não somente o político? PB – Portugal e França têm em comum a cultu-ra latina. Muitos portu-gueses conhecem a França e a sua língua, os franceses cada

Nasceu no dia 1 de Mar-ço de 1951 no norte de França, perto de Lille. Diplomado do Instituto de Estudos Políticos de Paris (ciências políti-cas), em 1973. Diplo-mata no Ministério dos Negócios Estrangeiros desde 1977. Esteve a exercer na Nigéria, Ilhas Maurícias, Costa Rica, Nova Iorque, Londres, Índia, Grécia, Madagáscar e Marro-cos. Está agora no Consulado Geral do Porto, desde 2006. ◘

>> p e r f i l <<

vez mais visitam Portugal, as empresas francesas estão mui-to presentes em Portugal, os intercâmbios culturais, escola-res e universitários são nume-rosos e mais de um milhão de portugueses ou de cidadãos de origem portuguesa vivem em França. JV – Dentro da missão con-creta do Monsieur Philippe Barbry, qual tem sido o papel fundamental enquanto Cônsul Geral de França em Portugal? PB – O papel do Cônsul no Por-to, representante do Embaixa-dor no Norte de Portugal, é afirmar a presença francesa em todos os campos, estabele-cer relações entre actores e

intervenientes dos dois paí-ses nos

domínios políticos, económi-cos, educativos e culturais. JV – No horizonte da evolu-ção e expansão de inúmeras cidades europeias, que análi-se faz das po-tencialidades e fragilidades presentes no Porto do séc. XXI? PB – O Porto tem vários trunfos para vencer os desafios que se apresentam às cidades euro-peias no século XXI, nomeada-mente no domínio do turismo com uma situação geográfica privilegiado ao mesmo tempo fluvial e marítima, uma grande História com um património arquitectónico do passado mas também contemporâneo inve-jável, uma vida cultural notá-vel com essas âncoras que são o Museu de Serralves e a Casa da Música, o sentido da hospi-talidade dos seus habitantes. JV – Em que consistem as Alliances Françaises no mun-do e, particularmente, no Porto? PB – Criada em 1883 por um grupo de personalidades, entre as quais se contavam Louis Pasteur e Jules Verne, a Alliance Française é uma insti-tuição sem fins lucrativos cujos

objectivos são a difusão da língua e da cultura fran-

cesa no mundo, a cooperação e os inter-c âm b i o s culturais

PHILIPPE BARBRY

NA 1.ª PESSOA COM… Philippe BarbryPhilippe Barbry

ANA COUTO GABINETE DE CONTABILIDADE

AV. COMENDADOR FERREIRA DE MATOS,

N.º 401, SALA 310 – 4450-000 MATOSINHOS

TELEFONE / FAX: 22 937 81 82

Correio electrónico: [email protected]

(A) GEN

TE

SO

LIDÁRIA

(O)

no intuito de defender e pro-mover a diversidade cultural. Para tal promove o ensino do francês como língua estrangei-ra, concede diplomas de conhecimentos linguísticos e organiza e apoia manifestações de carácter cultural. A rede da Alliance Française no mundo compreende mais de 1000 estabelecimentos instala-dos em 130 países onde estu-dam mais de 400.000 pessoas. Portugal conta com 12 Allian-ces Françaises instaladas de norte a sul do país. A Alliance Française do Porto é presidida pelo Prof. Eng. Luis Valente de Oliveira e reúne nos seus órgãos directivos eminentes personalidades da cidade. Par-tilha as suas instalações com o Goethe Institut, fruto da von-tade expressa pelos Ministérios Alemão e Francês dos Negócios Estrangeiros de implementar uma cooperação institucional estreita no âmbito da constru-ção europeia. A Alliance Française do Porto propõe cursos de língua france-sa para jovens e adultos, para principiantes e para alunos com conhecimentos da língua, para profissionais em todos os ramos. Organiza ao longo do ano eventos culturais, como a Festa do Cinema Francês, e colabora com as principais instituições culturais da Cidade entre as quais a Fundação de Serralves, a Casa da Música, o Teatro Nacional de São João ou a C. M. do Porto. JV – Qual a orientação/rumo da política que prevê e deseja no presente e que desenhará o futuro próximo, com a fornada de três actos eleitorais? PB – O nosso dever de reserva proíbe-nos tecer considerações sobre os assuntos de política interior. JV – Por que estamos em tempo particularmente reli-gioso, como analisa esta vivência “cá e lá”, por aquilo que vê e sente, e à luz dos fenómenos de laicidade e de laicismo na História gaulesa? PB – A França é o país do racio-nalismo, o país de Descartes e de Voltaire. A separação do religioso com a esfera pública é mais marcada em França do que em Portugal. ◘

ARR

ARR

D.R.

Av. Fernão Magalhães, 600; 4350-150 Porto

Tel . : 225 106 215

“O Porto tem

vários trunfos

para vencer os

desafios que

se apresentam

às cidades

europeias, no

século XXI,

nomeadamen-

te no turismo”

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Bicentenário Bicentenário Bicentenário Bicentenário dasdasdasdas Invasões Francesas Invasões Francesas Invasões Francesas Invasões Francesas e do e do e do e do Diário do PortoDiário do PortoDiário do PortoDiário do Porto A propósito desta A propósito desta A propósito desta A propósito desta

efeméride que o efeméride que o efeméride que o efeméride que o Porto vive, se jus-Porto vive, se jus-Porto vive, se jus-Porto vive, se jus-tifica esta entre-tifica esta entre-tifica esta entre-tifica esta entre-vista. O Cônsul vista. O Cônsul vista. O Cônsul vista. O Cônsul francês falafrancês falafrancês falafrancês fala----nos nos nos nos do Porto, do seu do Porto, do seu do Porto, do seu do Porto, do seu papel diplomático papel diplomático papel diplomático papel diplomático e das e das e das e das Alliances Alliances Alliances Alliances FrançaisesFrançaisesFrançaisesFrançaises....

A propósito da tomada de assalto das forças gaulesas ao Norte português, preci-samente em Março de 1809, originando a fatídica tragédia de milhares de mortos na Ponte das Barcas, que unia o Porto a V.N. de Gaia, importa recordar uma relíquia histórica originada nessa altura, marcante para o Jornalismo nacional. Nesta expan-são napoleónica por toda a Europa, surgiu uma imprensa tanto anti-napoleónica (e, por vezes, clandestina) bem como pro-napoleónica. Assim, as tropas francesas - orientadas pelo Marechal Soult - financia-ram o nascer de novos periódicos, como aconteceu com o DIÁRIO DO PORTO. Embora tivesse essa designação não era diário e foi apenas publicado entre Abril e Maio de 1809. Era profundamente noticioso e não continha artigos de fundo, no sentido lato da expressão. Os seus conteúdos dividiam-se entre notícias variadas, que predomina-vam, logo a seguir com notícias militares e ainda, mas com menos espaço e destaque, com decretos assinados por Soult e demais avisos.

DECLARAÇÕES EXCLUSIVAS AO JV : “Foi um privilégio enorme para o Coliseu ser ele o palco de abertu-ra das comemorações. Perdoem-me a imodéstia mas este - Por-tugal - foi um espectáculo dife-

rente dos outros. Criamos uma peça para o momento, com mensagens do maior poeta português, Fernando Pessoa - e não estou a pôr de lado Luís de Camões, é outro estilo - e o efeito foi o que se viu: 700 coralistas entusiasmados e duas orquestras, num grito de esperança e de mudança.” ◘

José António Barros (Presid.AACP e Presid.AEP) “É sempre útil lembrarmos a nossa História. Foi pertinente pelo senhor Bispo celebrar esta Missa em memória dos 200 mil que morreram em Portu-

gal. Isto mostra a loucura duma guerra puramente ideológica. Foi a modificação da Europa pela força. Temos de aprender com a História e não violentar a vontade dum Povo. A lição é estar preparado!” ◘

Dom Duarte Pio (Duque de Bragança)

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Bento XVI alertou, em África, à consciência das crises éticas deste

tempo, para lá e além da questão do preservativo,

que tem proliferado muito (e com distorção e confusão)! No dia 2/04 recordou S.S.

o Papa João Paulo II. ◘

SEMANA SANTA E PÁSCOA Ritos na Catedral... Ainda em Quaresma, a Sé terá a sua última celebração neste tempo na Quinta-feira Santa, dia 9 de Abril, com a Missa Crismal (10h). O Tríduo Pascal começa às 17h30, com a Missa da Ceia do Senhor. Depois na Sexta-feira Santa, haverá Ofí-cio de Leituras e Laudes (10h) e celebração da Paixão do Senhor (15h). No Sábado, Lau-des de novo às 10h, e Vigília Pas-cal às 22h. Já no Domingo de Pás-coa, dia 11, a Missa Estacional realiza-se às 11h, animada pelo Coro da Sé. ◘

DISCURSO DE OBAMA A Religião e o Secularismo... “Dada a crescente diversidade das populações dos EUA, os riscos de sectarismo estão maiores do que nunca. O que quer que nós já tenhamos sido, nós não somos mais uma nação cristã. Pelo menos não somen-te. Somos também uma nação judaica, uma nação muçulma-na, uma nação budista, uma nação hindu e uma nação de descrentes. (…) E mesmo se nós tivéssemos apenas cristãos entre nós, se expulsássemos todos os não-cristãos dos EUA, o cristianismo de quem nós ensinaríamos nas escolas? Seria o de James Dobson ou o de Al Sharpton? Que passagens das Escrituras deveriam instruir as nossas políticas públicas? Deve-ríamos escolher o Levítico, que sugere que a escravidão é acei-tável? E que comer frutos do mar é uma abominação? Ou poderíamos escolher o Deute-ronómio, que sugere apedrejar o seu filho, se ele se desviar da fé? Ou deveríamos apenas ficar com o Sermão da Montanha? Uma passagem que é tão radi-cal que é de se duvidar que o nosso próprio Departamento de Defesa sobreviveria à sua apli-cação. (…) Então, antes de nos empolgarmos, vamos ler as nossas Bíblias agora. As pes-soas não têm lido a Bíblia.” ◘

FUNDAÇÃO AIS Reverta os seus Benefícios fiscais... A Fundação ‘Ajuda à Igreja que Sofre’ é uma IPSS de Utilidade Pública com forte acção no mundo. Os donativos que fizer são dedutíveis para o IRS e IRC. Pode atribuir à Fundação AIS 0,5% dos seus impostos, preen-chendo o Quadro 9 do Anexo H, colocando a Denominação, o NIPC (505 152 304) e a � no item próprio das IPSS. ◘

INSTANTES VI. Nun’Álvares Nun’Álvares Nun’Álvares Nun’Álvares PereiraPereiraPereiraPereira

A figura do beato Nuno de

Santa Maria é de tal maneira impressionante na nossa His-tória que já de há muito – meados do séc. XX – se espe-rava a decisão desta canoni-zação, pela Santa Sé, que vai ocorrer no próximo dia 26.

O JV, em conversa com D. Car-

los Azevedo (Presidente da Fundação SPES - Porto, Bispo Auxiliar de Lisboa e Presidente da Comissão Episcopal da Pas-toral Social), colocou a questão de haver uma coincidência deste final, envolto num processo burocrático longo, com a crise que vivemos, ao que o Prelado respondeu: “é provo-cante, porque, de facto, aquilo que Nun’Álvares Pereira vive é também um momento crítico civilizacional. Mesmo não sendo crise mundial, tratava-se da História nacional”.

Depois de ser o chefe militar

em campo contra o cerco que Lisboa estava a sofrer, de ser nomeado para comandar as tropas no Alentejo e, finalmente, de ser o Condestável, estamos perante aquele que real-mente seria o Chefe Maior do Exérci-to - digamos assim -, em termos actuais! Aliás, numa das crónicas semanais que D. Carlos escreve no Cor-reio da Manhã, o Prelado adianta: “Como tantos lusos, continua a ser um português desaproveitado e tal-vez distorcido. Poucos se dão conta como São Nuno representa a nova sociedade precursora da Renascença. As suas opções revelam uma luta de princípios entre a velha e a nova sociedade, em tempo de transição”.

Mas todo este ascendente de

Nuno Álvares Pereira no próprio cur-rículo da sua vida, demonstrou o seu carácter destemido e corajoso, alguém muito próximo de Deus e pro-

Há uma perspectiva familiar inserida nas vinculações com outras pessoas, com base no trabalho, no emprego, na esco-la. Alegou que se tem de ter em conta essas pessoas “nas suas condições, se protege ou não o agregado familiar”, se apoia ou não tudo o resto, já que “a família é um valor social diferente”. Para o Bispo do Porto, se a família não for assim entendida “a Sociedade ficará sempre em crise, porque não se acolhem as crianças, não se acompanham os ido-sos”, já que é na família que isto acontece, não se podendo cair no risco de institucionali-zar tudo e todos. E rematou: “não há Nova Evangelização que não passe pela família”, já que ela é geradora de fé. ◘

Com grande surpresa,

antes da sua partida para África, o Papa Bento XVI anunciou a convocação de um ano sacerdotal (19 de Junho 2009 – 19 de Junho 2010), a propósito do 150º aniversário da morte do Santo Cura de Ars, anun-ciando, ao mesmo tempo, que o proclamará padroeiro de todos os sacerdotes do mundo.

O tema escolhido

para o Ano Sacerdotal é: «fidelidade de Cristo, fide-lidade do sacerdote». Este ano iniciará com uma cele-bração de Vésperas, no dia 19 de Junho, solenidade do Sagrado Coração de Jesus e dia de santificação sacerdo-tal, na presença da relíquia do Cura de Ars e encerrará com um encontro mundial de sacerdotes na Praça de S. Pedro.

O objectivo deste

ano é, segundo expressou o próprio Papa aos membros da Congregação para o Cle-ro, «ajudar a perceber cada vez mais a importância do papel e da missão do sacer-

Ano SacerdotalAno SacerdotalAno SacerdotalAno Sacerdotal

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dote na Igreja e na socieda-de contemporânea».

Outro objectivo im-

portante é a «necessidade de potenciar a formação permanente dos sacerdotes ligando-a à dos seminaris-tas». Esperemos que seja uma ocasião favorável para evidenciar a dinâmica do mistério e do ministério ordenado dos sacerdotes, isto é, dos Bispos e dos Presbíteros, a fim de que se

manifeste a fidelidade ao mistério – Cristo/Igreja –, na fidelidade ministerial dos sacerdotes. ◘

CARTA DE S.PAULO AOS PARANHENSES

MeditaiMeditaiMeditaiMeditai----asasasas “Continuando à con-

versa com os meus queridos irmãos da Comunidade de Paranhos que procuram viver «de Cristo, em Cristo e para Cristo», eu vos ani-mo e recordo que não pas-seis o tempo a lamentar-vos pelos momentos menos bons que viveis. (Também vivi tempos difíceis). Se puserdes o essencial nas vossas vidas o que é aci-dental cai, desaparece.

Aprendi que sem Cris-to eu não podia viver e isso vo-lo quero transmi-tir. Levai–O aos Jovens, às Famílias, aos Marginaliza-dos e a todos aqueles que vos parecerem mais afas-tados, para que unidos num mesmo ideal possa-mos dizer:

- «Já não sou eu que vivo é Cristo que vive em mim».

Se as minhas Cartas vos parecerem úteis, meditai-as!” ◘

Margarida Ramos

religião

Não há Nova Não há Nova Não há Nova Não há Nova Evangelização Evangelização Evangelização Evangelização que não passe que não passe que não passe que não passe pela família...pela família...pela família...pela família...

“O apostolado familiar é hoje fundamental”, afirmou preponderante D. Manuel Cle-mente na tarde de Jornadas organizadas pelas Equipas de Nossa Senhora (ENS) – Secção Regional, ocorridas a 21/03, no Porto. O Prelado diocesano disse ser urgente passar duma “consideração individualista, para uma consideração familiar da Sociedade”. A partir de indivíduos é “uma abstracção”; a partir da realidade “cada um de nós tem um eixo de rela-ções onde cada um se realiza”.

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VATICANO ONLINE José Cordeiro

Presbítero, Reitor do Pontifício Colégio Portu- guês em Roma e Professor Universitário

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fundamente marcado com o sentido do Absoluto, por isso tinha determinação nas suas lutas e combates pelo bem da nação, que o afir-mava totalmente sem outras cobiças.

Ele era um homem do bem comum,

com enorme consenso militar e tam-bém político. Por ele nunca desejar a

cobiça, podemos referir que ele já tinha atitudes de santo, do destino do país e da identidade da nação. Para D. Carlos, as suas atitudes são “fortes e estimulantes e, em tempo de crise no seu tempo, soube cor-responder com firmeza à hora que viria”. De referir ainda que a Conferên-cia Episcopal Portuguesa dedicou uma Nota Pastoral a São Nuno de Santa Maria, por ocasião da sua canonização, intitulada EXEMPLO HERÓICO EM TEMPO DE CRISE. Vale a pena ler! ◘ ARR Imagens de Nuno de Santa Maria e de D.

António Ferreira Gomes.(Fundação SPES)

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> Estar atento aos sinais e propostas de liberdade que a Palavra me apresenta e que me conduzem do deserto para a vida nova da Páscoa.

> Viver e celebrar a Páscoa de Jesus, como superação do deserto, isto é, com grande alegria, muita felicidade e vontade interior de continuar a descobrir, durante o tempo pascal e por meio da Palavra, a vida nova de Jesus vivo e res-suscitado.

:: Imaginário Tivemos o deserto na Qua-

resma, mostrando que deve-mos centrar-nos apenas no essencial, de tal modo que na Páscoa tenhamos um espaço cheio de vida nova.

:: Concretização litúrgica

> Prepara-se na igreja um espaço onde se coloca um dís-tico com o tema da caminha-da. Em cada domingo acres-centa-se um símbolo, confor-me as propostas seguintes, a seguir à proclamação do Evan-gelho. Enquanto é colocado o símbolo lê-se um texto explica-tivo;

> Existe também para cada domingo uma admonição e sugere-se, no tempo pascal, o acto penitencial segundo o rito da aspersão da água, sugerido pelo Missal Romano para este

Propostas Catequéticas Propostas Catequéticas Propostas Catequéticas Propostas Catequéticas para o Tempo Pascal para o Tempo Pascal para o Tempo Pascal para o Tempo Pascal

Esta proposta (aqui deixamos somente

uma pequena parte) nasceu dos desafios lan-çados pelo Plano Pastoral Diocesano de Aveiro e da Palavra da Igreja, nomeadamente da DSI. As actividades apresentadas servem quer para os catequizandos, quer para todos os outros membros da comunidade paroquial...

1. Via Lucis

“Em cada paróquia deve ser designa-do um dia por semana para a celebração da Via Lucis aberta à comunidade. Essa celebração poderá ser animada por diver-sos grupos ao longo do Tempo Pascal (por exemplo, uma semana por grupos de crianças, outra por grupos de adolescen-tes, outra por grupos de adultos, ou uma semana animada por dois grupos de cate-quese, ou por todos os grupos de cate-quese da infância, ou por todos os grupos da adolescência, entre outras hipóteses que ficam ao critério de cada paróquia).”

2. Dons do Espírito Santo

Em cada semana do Tempo Pascal, os catequistas deverão explicar aos cate-quizandos um dom do Espírito Santo, pela seguinte ordem: Sabedoria, Entendimen-to, Conselho, Fortaleza, Ciência, Piedade e Temor de Deus. Se possível, na sala de catequese, ao longo do Tempo Pascal, o catequista deverá orientar a construção de um painel representativo dos dons do Espírito Santo, que poderão ser em forma de línguas de fogo.

3. Pentecostes

Na Vigília ou Domingo de Pentecos-tes, propõe-se que seja solenizada a Eucaristia com a participação das crian-ças e dos adolescentes da catequese. Se possível, nesta celebração deve fazer-se referência à caminhada feita pelos cate-quizandos, ao longo do Tempo Pascal.

No final da celebração deverá ser entregue a cada participante uma língua de fogo com um dom do Espírito Santo descrito. Essas línguas de fogo a entregar aos participantes da celebração do dia de Pentecostes deverão ser elaboradas pelos grupos de catequese ao longo do Tempo Pascal. ◘

tempo. Sugere-se ainda a utilização do círio pascal na procissão de entrada e a sua colocação junto do ambão.

:: DIA DE PÁSCOA, 12/04 > Tema = Ressuscitar! > Símbolo = Flores na Cruz. > Texto explicativo = A cruz

enfeitada com flores simboliza a árvore da vida. Deste modo, para nós cristãos, a cruz torna-se fonte de vitória e de vida nova para todos os que crêem, pois é nela que Jesus entrega a sua vida por todos.

:: II DOM. T.PASCAL, 19/04 > Tema = Acreditar! > Símbolo = Flores no deserto. > Texto explicativo = As

flores simbolizam a Primavera, a esperança, o perfume de Cristo e o acreditar que está sem­pre connosco e nos ajuda a viver uma vida confian­te e cheia de esperança.

:: III DOM. T.PASCAL, 26/04 > Tema = Testemunhar! > Símbolo = Peixe. > Texto explicativo = O tes-

temunho que Cristo nos deixou é a sua Palavra. As iniciais da frase “Jesus Cristo Fi-lho de Deus Sal-vador” for-mam a pala-vra ‘peixe’, que se tor-nou o sím-

A CruzA CruzA CruzA Cruz Através do sofrimento Que Cristo sofreu na Cruz Hoje tem direito ao Céu Quem está de bem com Jesus. Foi preciso que morresse E ressuscitasse também Para irmos para junto d’Ele E de Sua Santa Mãe. Pois só com a Sua morte E ressurreição também Todos nós depois da morte Temos direito ao além. Bendita seja ó cruz Do Divino Salvador Pois nela tanto sofreu E tudo por nosso amor. Na cruz bendita pregado Foi Ele que nos amou Pelo sangue derramado Cristo a todos nos salvou. Se Cristo não tivesse morrido E ressuscitado também Ninguém ia para o Céu Mesmo praticando o bem. Por isso não desesperes Quando tens alguma dor Muito mais sofreu Jesus E tudo por nosso amor. ◘

Ant.º Carlos Lopes

POETISANDO Sugestões e Reflexões: QUARESMA - PÁSCOA 2009

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Abril 2009

religião D. António Ferreira Gomes, o mais mediáti-

co e histórico Bispo do Porto, faleceu precisamente há 20 anos (13/04)! ◘

D.R.

Dioc. Aveiro

Este painel, embora se destinasse às semanas da Quaresma (uma ‘fatia’ por sema-na), pode servir de desafio à caminhada pascal, desde o dia de Páscoa até ao Pentecostes.

Para além das propostas

no quadro que se apresenta em cima, que nos guia desde a Semana Santa até ao II Dom. Pascal a fim de se viver melhor estes Tempos, ficam aqui ou-tras sugestões do Arciprestado de Braga (Zona Oeste-Veiga).

:: Tema Quaresma: A Palavra

exige e dá fé. Páscoa: A Palavra evangeliza e man-da evangelizar.

:: Objectivos > Saber que a Palavra

orienta a vida para a ressurrei-ção e a partir da ressurreição.

> Viver a Quaresma como um tempo de purificação e preparação para o mistério Pascal.

bolo do testemunho cristão. Através dele queremos tam-bém testemunhar a nossa fé em Cristo.

:: IV DOM. T.PASCAL, 03/05

(‘Bom Pastor’) > Tema = Conhecer! > Símbolo = Cajado. > Texto explicativo = O Pas-

tor conduz o rebanho suporta-do pelo seu cajado. Tu Senhor és o nosso Pastor e, porque nos amas, conheces-nos a todos pelo nome e nos conduzes para uma vida melhor.

:: V DOM. T.PASCAL, 10/05 > Tema = União! > Símbolo = Videira. > Texto explicativo = A vi-

deira e os ramos significam a relação que Jesus Cristo quer manter connosco. Nós somos os ramos, Ele é videira e desta união resultarão bons frutos.

:: VI DOM. T.PASCAL, 17/05 > Tema = Amar!

> Símbolo = Arco-Íris. > Texto explicativo = Aos nossos olhos, o arco-íris aparece como uma ponte que une o céu e a terra. É uma escada de cores de cores que nos

aponta o caminho do amor, pois só amando nos é permiti-do alcançar o Reino eterno.

:: DOM. ASCENSÃO, 24/05 > Tema = Evangelizar! > Símbolo = Sandálias e Cabaça. > Texto explicativo = Ele-

mentos indispensáveis ao cami-nhante evangelizador. O pere-grino é aquele que tem sempre as suas sandálias à mão e no coração o desejo de partir. A evangelização não pode ficar-se apenas por teorias. Deve reflectir-se em acções concre­tas, começando na caminha-da; no ir ao encontro do outro.

:: DOM. PENTECOSTES, 31/05 > Tema = Fortalecer! > Símbolo = Sete Velas. > Texto explicativo = O nos-

so Deus é um fogo devorador (Heb 12,29). Ele aquece, ilumina e alastra-se. A luz que se recebe

transmite-se para continuar a iluminar a

vida de cada um. ◘ D

ioc. Braga

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Activida-Activida-Activida-Activida-de físicade físicade físicade física

As actuais condições

de vida e a própria evolução tecnológica e social têm conduzido a sociedade para hábitos sedentários, nomea-damente as camadas mais jovens. Portugal é um dos países da União Europeia que tem os piores índices de actividade física e o sedentarismo da população atinge níveis preocupantes. É crucial contrariar esta tendência da sociedade moderna.

A importância da

actividade física para evi-tar o aparecimento e o agravamento de várias doenças está cientifica-mente reconhecida. A prá-tica de exercício físico regular é fundamental no controlo de múltiplos fac-tores de risco associados às doenças cardiovasculares, caso da hi-pertensão arte-rial, obesidade, diabetes e

VIVER SALUTAR Luís Portela

Médico, Presidente: BIAL e Health Cluster Portugal, Administrador de várias empresas

COM NEXO E CONEXÃO José Tedim

Professor e Reitor da Universidade Portucalense

hipercolesterolemia. É tam-bém relevante no retardar de algumas doenças de foro neurológico e cognitivo e tem um papel importante a nível psicológico.

A adopção de um

estilo de vida saudável e a opção pela prática desporti-va está nas mãos de cada um. Desde a natação ao ciclismo, passando pela ginástica ou, simplesmente, pela marcha regular, são várias as hipóteses de desenvolver uma actividade desportiva. É importante todos nós percebermos a importância que a activida-de física pode ter na melho-ria da qualidade de vida e que um corpo activo é con-dição essencial para uma mente enérgica e serena. ◘

Universidade Universidade Universidade Universidade PortucalensePortucalensePortucalensePortucalense

Desde a sua fundação, em 1986,

que a Universidade Portucalense tem pautado a sua estratégia como uma Insti-tuição Privada de Ensino Superior de âmbito regional. Ocupando inicialmente as instalações da Santa Casa da Misericór-dia, no antigo Colégio de Nossa Senhora da Esperança em S. Lázaro, no Porto, desde muito cedo se preocupou em dotar-se de instalações próprias, o que viria a acontecer com a construção de raiz dum novo edifício em terreno anexo ao Pólo Universitário da Asprela, na freguesia de Paranhos.

Em 1996, todos os cursos ministra-dos nesta Instituição estavam definitiva-mente instalados num novo edifício dota-do de todas as condições para se desen-volver um projecto ousadamente de qua-lidade, procurando cumprir integralmen-te os pressupostos dum ensino de van-guarda, orientado na formação integral dos seus alunos.

Desde a primeira hora que a UPT procurou aderir e estar em sintonia com o espírito de Bolonha, alavancando-se para a renovação da Instituição em direc-ção ao sucesso do seu projecto científico e pedagógico. Hoje, com todos os cursos integrados na Reforma de Bolonha, a UPT, apesar da sua vocação regional, conta com várias parcerias com Universi-dades estrangeiras, ora inseridas no pro-grama Erasmus, ora em protocolos cientí-ficos para a realização conjunta de Con-gressos, Conferências, Seminários, Work-shops, etc., sempre pensados na valoriza-ção científica e humana dos nossos alunos para um mercado cada vez mais exigente.

Para além das Licenciaturas que fizeram tradição nesta Instituição, a UPT tem desenvolvido um conjunto significati-vo de outras propostas formativas quer ao nível de Mestrados e Doutoramentos, quer na organização de pós-graduações e especializações, sempre inseridas em estudos de mercado, procurando respon-der às necessidades reais do meio onde estamos inseridos.

Somos um projecto assente na base da Responsabilidade e Confiança que pode orgulhar o Ensino Superior Portu-guês, bem como a freguesia portuense onde estamos instalados há quase 15 anos – Paranhos e com quem temos mantido, e pretendemos reforçar em acções futuras, uma relação muito estreita, concretizada através de diver- sas inter-venções em áreas científi-co-peda-gógicas, cultu-rais e de vo-lunta-riado. ◘

Instituto Instituto Instituto Instituto PortuguêsPortuguêsPortuguêsPortuguês dededede Corporate Corporate Corporate Corporate GovernanceGovernanceGovernanceGovernance

Por iniciativa do Insti-

tuto Português de Corpora-te Governance (IPCG) está em discussão pública um projecto de “Código de Bom Governo das Sociedades”

Durante os últimos anos, em resultado ou não da crise financeira e econó-mica que estamos a experi-mentar, muitos casos de “mau governo” de empresas têm estado na ribalta dos meios de comunicação e têm a justo título chocado (quando não lesado severa-mente) o cidadão comum.

Para além das situa-ções do foro criminal, de que polícias e tribunais se devem ocupar, há aquelas que, não sendo ilegais, são moralmente condenáveis e/ou que revelam egoísmo e ganância desmedidos.

É também evidente que o quadro legal, apesar de progressos recentes, continua imperfeito e com malha aberta, permitindo expedientes e curto-circuitos. Como terá havido falhas e descuidos na regu-lação e na supervisão e que as agências de “rating” e os auditores foram superficiais e passaram muitas vezes ao

lado dos problemas. O actual Código das

Sociedades Comerciais con-tém já normas que são essencialmente de natureza ética e deontológica, como é o caso do artigo 64º sobre os deveres fundamentais dos gerentes ou administra-dores das sociedades: os deveres de cuidado e de leal-dade, incluindo a ponderação dos interesses dos chamados sujeitos relevantes (“stake-holders”) para a sustentabili-dade da sociedade, como são os seus trabalhadores, clien-tes e credores.

Na generalidade dos países europeus, para além das normas legais e dos regulamentos emitidos pelas autoridades, há um forte movimento da socie-dade civil no sentido da auto-regulação, ou seja, na elaboração e adopção voluntária de normas de conduta mais exigentes. Normas de conduta que inculcam comportamentos íntegros e transparentes e visam fazer da empresa uma entidade responsável perante a comunidade em que se insere e contribuinte para o bem comum, o que os anglo-saxónicos chamam o “corporate citizenship”.

É neste movimento que o IPCG, depois de ter publi-cado em 2006, um livro branco sobre o governo das sociedades no nosso País, em que se fazia a avaliação da situação no universo empresarial português, lan-ça agora um projecto de “Código de Bom Governo das Sociedades”.

Este código é dirigido

essencialmente às socie-dades cotadas em Bolsa e às entidades de interesse público, mas pode ser também um referencial para empresas de menor dimensão e mesmo, com as necessárias adapta-ções, para outras entida-des como as organizações sem fins lucrativos. ◘

JUSTAPOSIÇÃO Emílio Rui Vilar

Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian

António Oliveira na USCAntónio Oliveira na USCAntónio Oliveira na USCAntónio Oliveira na USC

Decorreu em 27/03 a 2.ª Sessão do I Ciclo de Conferên-cias PORTO SÉNIOR. Foi orador António Oliveira. O professor universitário e ex-jornalista da RTP abordou as temáticas da Linguagem e da Comunicação, fazendo alusão à industria de conteúdos e ao género de pro-dutos que os meios de C.S. produzem. Num debate mode-rado pela editora da Rádio SIM, Teresa Almeida, procurou-se perceber a razão da comunica-ção de massas e quais os prin-cipais objectivos dos Media. ◘

Lusa

D.R.

“a adopção de

um estilo de

vida saudável

está nas mãos

de cada um”

“há um forte

movimento da

sociedade civil

no sentido da

auto-regulação” Alunos estrangeiros no IPPAlunos estrangeiros no IPPAlunos estrangeiros no IPPAlunos estrangeiros no IPP

O Instituto Politécnico do

Porto (IPP) acolheu a 19/03 cerca de 100 estudantes inter-nacionais recém-chegados ao país, numa sessão de boas-vindas destinada à apresenta-ção da Instituição e das res-pectivas cidades onde está. Estarão cá durante o 2.º Se-mestre de 2009. A Rede Inter-nacional IPP é constituída por 241 acordos bilaterais com ins-tituições de ensino superior estrangeiras, em 28 países de toda a Europa e, também, no Brasil. ◘

UPT

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sociedade A UP está a celebrar o seu 98.º ani-versário. Felicitamos a Instituição, na pessoa do seu Reitor e Con-selheiro do JV, Prof. Marques dos Santos. ◘

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José Júlio Sousa Pinto foi um conceituado pintor português. Nasceu em Angra (1856), mas veio para o Porto com 14 anos, onde viveu e estudou. Uma das suas obras é “O Pescador” (na foto). Faz, em 14/04, 70 anos que faleceu, na Bretanha. ◘

cultura

ENTRETENIMENTOS

Soluções n. ant.:

“Na homilia da Missa Crismal de 2008, D. Manuel Clemente apresenta as linhas de rumo de um programa pastoral que corresponsabiliza, activa e criativamente, todos os membros da Igreja na inadiável tarefa da Nova Evangelização. É uma declaração histórica: pela convocação oficial que faz à Igreja do Porto para que entre agora em dinamismo de Missão e pela largueza profética, ardor e ousadia daquilo que se propõe. À luz dessa homilia se podem, ou melhor, se devem ler todas as outras, bem como os escritos e ensina-mentos pastorais de vária ordem que D. Manuel tem vindo a semear em circunstâncias e contex-tos diversos. (…)” (P. Américo Aguiar). ◘

Ed.: PEDRA ANGULAR

A.: D. Manuel Clemente

Ano: 2009 | N. Pág.: 414

Num momento em que se ultimam os preparati-vos para a canonização do Santo Condestável, a reedição da estreia literária (1931) de D. Antó-nio Ferreira Gomes, dramatizando a vida de Nun’Álvares Pereira, o chefe militar que desem-penhou um papel fundamental na luta contra Castela. Tornado carmelita em 1423, após a morte de sua mulher, Beato Nuno de Santa Maria, como também ficou conhecido, recebeu mesmo aí a visita de D. João I, o amigo próximo que o nomeou Condestável em agradecimento ao auxílio precioso prestado nesse combate. Esta obra coordenada pela Fundação SPES, apre-senta introdução de G. d’Oliveira Martins. ◘

Ed.: ALETHEIA

A.: D. Ant. Ferreira Gomes

Ano: 2009 | N. Pág.: 174

Começamos por uma casa, pelo sentimento uma força em exercício, um poder que vem de há mui-to tempo, quando essa casa era igual mas era uma herdade, um latifúndio, quando nada faltava – a família, as empregadas na cozinha, o feitor, os campos, a vila ao fundo, e a voz do avô a coman-dar o mundo. (…) A herdade foi tirada ao autista, e a doença (de quem?) é um arquipélago branco nas radiografias dos outros, um arquipélago nor-mal, inocente. Estão todos mortos ou estão todos a sonhar e trocaram de sonhos, como se pudésse-mos trocar de sonhos. De qualquer forma, sabe-mos que daqui a nada será manhã – mas aquilo que se disse ainda se ouve lá dentro. ◘

Ed.: DOM QUIXOTE

A.: Ant. Lobo Antunes

Ano: 2008 | N. Pág.: 263

D.R.

1. Sopa de Letras:

2. Caça a Palavra: Sacarose. 3. Diferenças:

4. Ordene as Palavras: a) Cubos; b) Saquetas; c) Janela; d) Açúcar. 5. Soma Perfeita: M.ª do Carmo Almeida

AÇORDA COM LÍNGUAS DE BACALHAU PANADAS

Prato de eleição para os dias magros da Quaresma, segundo a tradição portuguesa, o baca-lhau é sem dúvida também prato de festa. Estas línguas de baca-lhau são pois um petisco digno de um banquete de festa. - 300 gr de pão de padronelo ou alentejana

- 4 dentes de alho - 1 colher de sopa bem cheia de coentro picados

- 50 gr de bacalhau demolhado - 1 dl de azeite - 500 gr de línguas de bacalhau - 150 gr de farinha - 2 ovos - 150 gr de pão ralado - 4 dl de azeite virgem.

BOLO DE AMÊNDOAS E OVOS-MOLES

Como fazer?Como fazer?Como fazer?Como fazer?

Corte o pão em fatias grossas e demolhe em água, no momento de usar escorra muito bem retirando

a água espremendo muito bem. Leve ao lume um tacho com o

azeite quando quente adicione os dentes de alho e deixe alourar , junte o bacalhau em pequenos

pedaços e verta um pouco de água quente junte o pão escorrido,

mexa bem e acrescente com água quente se necessário, deixe cozi-nhar em lume brando mexendo para que não pegue ao fundo.

Tempere de sal , pimenta, coen-tros e salsa, no momento de servir coloque as duas gemas e envolva tudo muito bem. Depois de bem

demolhadas as línguas de bacalhau temperas de limão e um fio de

azeite, passe-as por farinha , ovo e pão ralado e frite-as em azeite quente, escorra-as bem e coloque

em papel absorvente. ◘

ARR

SUGESTÕES DE... Isabel Pires de Lima

Professora Univ., ex-Ministra da Cultura

1.- “Tambores na noite”, uma peça

da juventude de Bertold Brecht, então ainda não enfileirado na ortodoxia marxista, encenada pelo novo director do Teatro Nacional de S. João, Nuno Carinhas, para ver entre 20 de Março e 26 de Abril. Tra-ta-se de uma comédia que conta a história de um herói falhado que vindo da guer-ra, entusiasma-se pelos ideais socialistas, mas aca-ba por sacrificá-los, de novo sem heroísmo, em nome do amor. Promete.

2.- Não é fácil ver dança con-temporânea

no Porto. Aproveite a opor-tunidade que, em Matosi-nhos, a programação do recém-inaugurado Cine-Teatro Constantino Nery lhe oferece, trazendo a 10 e 11

de Abril a produção “Gulai Cabbar” da Companhia de Olga Roriz, inspirada numa catástrofe natural ocorrida na Turquia e numa série de acidentes trágicos que desencadeia. E passe a pôr o belo Cine-Teatro Constan-tino Nery na sua rota cultu-ral. A sua programação merece.

3.- Para come-morar o 25 de Abril, vá à Casa da Música que apresenta a 26,

sob a rubrica Música e Revolução, o concerto “The inside songs of Curtis May-field”, sob a direcção do contrabaixista William Par-ker. Curtis Mayfield foi o criador de célebres hinos de luta pelos direitos civis e pelo “Orgulho Negro” nos EUA, nos anos 60. A sua música foi pioneira de géneros novos como o funk, agora submetida aos arran-jos originais de Parker. ◘

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C O O L INÁRIA Hélio Loureiro

Chef de Cozinha e Director do Porto Palácio Hotel, Chef da Selecção Nac. Futebol e Presid. de Confrarias

É um bolo tradicional das terras dourienses, aquele bolo para o chá da tarde de Domingo de Páscoa enquanto se espera pelo Compasso e em que o aroma das ruas cobertas de flores, alecrim e rosmaninho no anunciam que a Primavera está aí…

- 5 gemas - 5 claras em castelo - 200 gr de açúcar - 250 gr de amêndoas moída - 15 gr de farinha - 10 gr de fermento em pó - 100 g de amêndoas palitada torrada.

Como fazer?Como fazer?Como fazer?Como fazer? Junte o açúcar com as gemas, adicione as amêndoas moídas,

a farinha e o fermento e envolva com as claras batidas

em castelo. Unte um tabuleiro com papel vegetal untado e

com manteiga, e verta o pre-parado do bolo. Leve ao forno a 180ºc durante 20 minutos.

Ovos moles - 500 gr de açúcar - 15 gemas - 2,5 dl de água.

Leve a ferver o açúcar com a água durante 10 minutos.

Retire do lume e deixe arrefe-cer um pouco, verta sobre as

gemas e mexa bem com as varas e leve de novo ao lume a engrossar até obter ponto de estrada. Corte 3 rectângulos

iguais de bolo , recheie e cubra com os ovos moles e

polvilhe com amêndoas palita-da torrada. ◘

B O MB O MB O MB O M A P E T I T E !A P E T I T E !A P E T I T E !A P E T I T E !

Feliz Páscoa!

Sardet (en)cantou!Sardet (en)cantou!Sardet (en)cantou!Sardet (en)cantou!

André Sardet apresentou “Mundo em Cartão” no Coliseu do Porto, a 14/03, tendo o JV ofere-cido bilhetes, fruto da campanha lançada. O músico, no fim, falou com o JV e deixou dedicatória...

JV - O que te vai na alma, depois deste concerto em que elogias, nova-mente, o Porto?

AS - A reacção tem a ver com a for-ma como fui recebido. O público deu-me grande energia no início e eu retribuí a essa energia. A sala estava cheia!

JV - É só por causa dessa energia que gostas de vir cá ou há algo mais?

AS - Tenho agora dois concertos de grande memória: em 2/02/2007 e hoje. Sinto muito este calor e participação das pessoas portuenses.

JV - Cerca dum terço do público era constituído por crianças. Isto faz-te sentir de novo criança?

AS - Sempre disse que este álbum é transversal e não só infantil. Acho que há músicas que dizem mais aos pais do que aos filhos. O público torna-se assim muito familiar.

JV - Qual é a tua grande preocupa-ção neste projecto? Parece haver aqui uma tónica pedagógica de desfazer preconceitos…

AS - As músicas foram feitas no meio de muitas experiências lá em casa e, tal como todos os pais e filhos, a minha filha falou-me duma menina lá da escola que não tinha a pele branca. Eu tive de lhe falar sobre o assunto e outros presentes neste álbum. Não há a tentativa de pas-sar mensagens, mas a partilha de histó-rias pessoais e verdadeiras.

JV - Foi ela a primeira grande ouvinte? Foi com ela a tua estreia?

AS - Foi ela quem seleccionou as músicas, quem me dizia ‘gosto’ ou ‘não gosto’ e eu fazia ou não fazia.

JV - É e/ou foi muito exigente? AS - É tão exigente como o pai, daí

que ficaram muitas músicas de fora. ◘

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Page 12: Abril 2009

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Abril 2009 AAVULSOVULSO: : €€1,40 1,40 ASSINATURA: € 14 | PARANHOS - PORTO

AANONO II | N.4N.4

DATA AGENDA | ACTIVIDADES

9 Abr. In. Tríduo Pascal: Eucaristia - Ceia do Senhor, Cripta: 19h15

10 Abr. Laudes, Igreja: 10h | Paixão do Senhor, Cripta: 19h15

11 Abr. Sáb. St.: Laudes, Igreja: 10h | Vigília Pascal, Cripta: 22h

12 Abr. Dia PÁSCOA: Eucaristias, Igreja: 8h30; 12h30 e 19h

12 Abr. Compasso /Vis.Pascal, Área paroquial: 9h30 - 12h30

14 Abr. 3.ª Reunião de Casais Jovens, Centro Pastoral: 21h30

16 Abr. Reunião de Catequistas, Centro Pastoral: 21h30

18 Abr. Conferência JV com Dom Duarte Pio, na UCP: 15h

20 Abr. 4.ª Sessão -Jornadas Paulinas JV, Centro Pastoral: 21h10

23 Abr. Adoração Eucarística ‘Rogai’ pelas Vocações: 21h - 22h

1-2 Maio Peregrinação a Santiago de Compostela e Covadonga

V E R I T A S C O G I T U M

ARR

destaques

Recordar a vivência em Para-

nhos, na década dos anos 30, é uma lembrança tão diferente do presente que quase não parece verdadeira.

A Freguesia e Paróquia abran-

giam o mesmo território, o que hoje não acontece posto que a freguesia mantém-se, mas a paróquia diminuiu. Não no número de habitantes mas na extensão de território, visto que várias partes passaram a pertencer a novas paróquias como: Areosa, Senhora da Conceição, Carvalhido e Ameal.

De Paranhos fazia parte uma

zona mais urbana, a sul da igreja e

M E M O R I A L

uma mais rústica a norte da mesma.

A parte sul mais

povoada, pois vinha crescen-do a partir do centro da cida-de e servida já de transporte público, o eléctrico.

A parte rural, muito

característica por núcleos: Lamas, Aval de Cima e Aval de Baixo, Asprela, Azenha, Regado, Ameal, onde se encontravam as casas da lavoura a quem pertenciam os terrenos abrangidos até à circunvalação e cultivadas pelos mesmos proprietários.

Amélia V

ieira

ARR

Estas casas bastantes

grandes, para além de habi-tações, possuíam também instalações necessárias para os animais: bois, vacas, cavalos, aves para trabalho

de recolha e amanho e guarda dos produtos da ter-ra. Possuíam ainda espaço

ARR

Mário Soares esteve no Porto a 1/04, num debate

com D. Manuel (que foi elogiado pelo ex-Chefe de

Estado), e reconhe-ceu ser homem

de esperança. ◘

NUM ÁPICE POR… Rui RioRui Rio Presidente da Câmara do Porto

>> I) Porto, porta(l) e pórtico de quê?

RR – Cidade ancestral, que se afirma todos os dias pela sua capacidade empreendedora e imagem de marca de uma região. >> II) Para si, qual o paranho de

Paranhos? RR - O Pólo Universitário, fonte de prestígio nacional e interna-cional. >> III) Oportunidades e ameaças

da Paróquia paranhen-se...

RR – Oportunidades de cresci-mento e importância de uma paróquia que se quer jovem e dinâmica.

>> IV) Que S. Veríssimo (Padroe i ro ) e como sê-lo no nos-so tempo?

RR – Frontal, determinado, com medidas concretas e que tragam mais bem-estar às populações.

>> V) Breve mensa-gem aos nos-sos leitores...

RR – O actual Exe-cutivo olha a cidade como um

todo, apostando na coesão social

e reabilita- ção da

cida-de,

nas áreas do edificado, animação e reabilitação dos seus edifícios emble-máticos. Estas prioridades são igualmente acompa-nhadas de importantes intervenções nos mais va-riados sectores, como a Educação, Ambiente e arranjo e manutenção da Via Pública. No caso con-creto de Paranhos, a fre-guesia vai ser agora bene-ficiada com um “novo” Parque Urbano – a Quinta do Covelo – que se pretende seja um local para toda a família, mas, sobretudo, para os mais novos. Espera-mos que esta nova área ver-de, com abertura marcada para breve, seja do agrado de todos. ◘

ARR

para albergar o pessoal que vinha de aldeias próximas ou mesmo longínquas. Este, além de alojamento, tinha alimentação e lavagem de roupa. Vindo para trabalhos de lavoura, passando algum

tempo e chegados à hora de constituir família, procura-ram também emprego ou na construção civil ou nos ser-viços públicos. ◘

Maria Cândida