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EMERGENCIAL ABRIGO TEMPORÁRIO CENTRO UNIVERSITÁRIO BARÃO DE MAUÁ Ribeirão Preto . 2012 Bianca Souza Castro

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Decidiu-se por elaborar um abrigo que além de respeitar todos os conceitos discutidos previamente neste trabalho (organização espacial, materialidade, segurança, conforto ambiental, aceitabilidade cultural, privacidade, velocidade de execução, facilidade de transporte e montagem), possuía um diferencial em relação às habitações, possibilitando os usuários que tiveram suas residências destruídas uma nova chance de recomeçar, em um espaço simples e limitado, mais que contem o essencial para sua sobrevivência.

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EMERGENCIAL ABRIGOTEMPORÁRIO

CENTRO UNIVERSITÁRIO BARÃO DE MAUÁ

Ribeirão Preto . 2012 Bianca Souza Castro

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CENTRO UNIVERSITÁRIO BARÃO DE MAUÁ BIANCA SOUZA CASTRO

COD. 119587-2

ABRIGO TEMPORARIO EMERGENCIAL

Trabalho Final de Graduação, apresentado ao Centro Universitário Barão de Mauá, para os cumprimentos das exigências para obtenção do título de bacharel em Arquitetura e Urbanismo, sob orientação da Prof.ª Elza LuliMiyasaka.

Ribeirão Preto

2012

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TERMOS DE APROVAÇÃO Centro Universitário Barão de Mauá

ABRIGO EMERGÊNCIAL TEMPORÁRIO Proposta para Projeto de Arquitetura

Trabalho de Conclusão de Curso para Obtenção do Grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo

_______________________________ Banca Examinadora

Aluna: Bianca Souza

Cód.: 119587-2 _________________________________________________

_________________________________________________

_______________________________

Orientadora: Prof.ª Elza LuliMiyasaka _________________________________________________

__________

Nota

Ribeirão Preto

2012

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“O homem é a parte da natureza e a sua guerra contra a natureza é inevitavelmente uma guerra contra si mesmo... Temos pela frente um desafio como nunca a humanidade teve, de provar nossa maturidade e nosso domínio, não da natureza, mas de nós mesmos” (Rachel Carson – Primavera Silenciosa).

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AGRADECIMENTOS

A minha orientadora ElzaLuliMiyasaka, por sua paciência e entusiasmo, que

possibilitou o desenvolvimento desse trabalho.

A todo corpo docente do Centro Universitário Barão de Mauá que durando

todos esses anos, buscaram passar todo seu conhecimento e suas experiências

para nos tornar ótimos profissionais.

A todos os colegas de sala, principalmente aos meus amigos, Marina

Castanheira, Matheus Costa e Raisa Michelle, que sempre me apoiaram e

deram força nos momentos de dificuldades.

Á minha tia Rosangela, por seu apoio, carinho e compreensão.

E finalmente aos meus pais, José e Maria, pelo suporte e encorajamento, sem

os quais não teria conseguido seguir adiante com meus estudos.

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RESUMO

Decidiu-se por elaborar um abrigo que além de respeitar todos os conceitos discutidos previamente neste trabalho (organização espacial, materialidade, segurança, conforto ambiental, aceitabilidade cultural, privacidade, velocidade de execução, facilidade de transporte e montagem), possuía um diferencial em relação às habitações, possibilitando os usuários que tiveram suas residências destruídas uma nova chance de recomeçar, em um espaço simples e limitado, mais que contem o essencial para sua sobrevivência.

Com esse novo caráter, a habitação emergencial poderá assumir outro parâmetro em relação às vitimas.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................... 09

JUSTIFICATIVA......................................................................................................................................... 11

OBJETIVO ................................................................................................................................................ 12

CAPÍTULO – 1 .......................................................................................................................................... 13

1. As situações emergenciais no Brasil .......................................................................................... 13

1.1 Definições de Desastres ............................................................................................................ 14

1.1.1 Enchentes ............................................................................................................................... 15

1.1.2 Terremotos ............................................................................................................................. 18

1.1.3 Tsunamis ................................................................................................................................ 22

1.2 Causas e Tendências ................................................................................................................. 26

1.3 Estratégia e Prevenção .............................................................................................................. 31

1.4 Vivências nos Abrigos Temporários .......................................................................................... 34

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CAPÍTULO – 2 .......................................................................................................................................... 35

2. Abrigos Emergenciais ................................................................................................................. 36

2.2 Tipologias de Abrigos ..................................................................................................................36

2.1.1 Abrigos com construções in loco: .............................................................................................. 37

2.1.2 Abrigos com fornecimento de Kits: ........................................................................................... 39

2.1.2.1 Module ................................................................................................................................ 39

2.1.2.2 Flat – Pack ........................................................................................................................... 42

2.1.2.3 Tensile ................................................................................................................................. 44

2.1.2.4 Pneumatic ........................................................................................................................... 46

CAPÍTULO – 3 .......................................................................................................................................... 48

3. Análises Projetuais ..................................................................................................................... 49

3.1 Shigeru Ban - Paper Loghouse ............................................................................................. 49

3.2 Escritórios 4of7 - Clínica Pediátrica ...................................................................................... 55

3.3 Ateliers Bow-Wow - Laboratório BMW Guggenheim .......................................................... 63

CAPÍTULO – 4 .......................................................................................... Erro! Indicador não definido.67

4. Proposta de Projeto .................................................................................................................... 68

4.1 Implantação ......................................................................................................................... 68

4.2 O abrigo ................................................................................................................................ 72

4.3 Programa de necessidades .................................................................................................. 73

4.4 Materiais .............................................................................................................................. 73

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CAPÍTULO – 5 .......................................................................................................................................... 79

5. O equipamento / Projeto ............................................................................................................ 80

5.1 Estudos Preliminares / Croquis ............................................................................................ 80

Referencia Bibliográfica .......................................................................................................................... 86

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INTRODUÇÃO Nos últimos anos, temos acompanhado em noticiários de jornais, catástrofes de pequenas e grandes escalas ocasionando várias vítimas. Essas ocorrências têm se tornado cada dia mais frequentes tanto no Brasil como em grande parte do mundo. Os condicionantes climáticos, geográficos foram responsáveis pelo terremoto no Haiti em 2010 e o tsunami no Japão em 2011, ou até mesmo as enchentes, enxurradas e deslizamentos ocorridos em diversas partes do Brasil. Estes acidentes e catástrofes são os determinantes e os causadores de vítimas em que milhares de pessoas no mundo inteiro acabam perdendo suas casas, pertences e negócios. Pensando nessa temática, este trabalho pretende aprofundar sobre a problemática das situações de emergência e discutir algumas ocorrências de fenômenos naturais que acarretam acidentes para o ser humano, avaliando assim suas causas e tendências e, posteriormente elaborar uma alternativa de abrigo que responda às necessidades dasvítimas.

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Para que isso seja possível analisamos alguns abrigos emergenciais, seu funcionamento, materialidade, qualidades e competências, levando em conta as necessidades de habitação. Após analisar alguns modelos existentes de abrigos emergenciais e materiais empregados, pretende-seelaborar um modelo que supra as necessidades de habitações emergenciais, levando em conta as diferentes cidades, estados e regiões atendidas. Essa temática emergente em nosso país que vive vários episódios de acidentes naturais nos últimos anos se torna de maior importância como a ocorrência de eventos tais como os deslizamentos na região Serrana do Rio de Janeiro, Santa Catarina em 2011, e alagamento no Espirito Santo em 2012 que foram responsáveis por inúmeras vitimas.

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JUSTIFICATIVA

A justificativa para o desenvolvimento deste projeto ocorreu pela sensibilização em relação às várias vítimas de catástrofes, quando verificamos o sofrimento das pessoas ao passar por situações de perdas materiais e familiares. Quando isso ocorre háuma grande necessidade de um refugiahabitável que ofereça o mínimo de conforto necessário ao ser humano.

A perda repentina de seus lares gera a necessidade imediata de um abrigo, onde nos dias de hoje, são utilizados ginásios de esportes, escolas, creches e etc. Essas são soluções emergenciais que muitas vezes não prezam as necessidades básicas para a sobrevivência dessas vítimas, tais como privacidade, higiene e conforto.

Portanto propõe-se um abrigo temporário, onde cada morador terá seu próprio espaço, com o conforto básico necessário.

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OBJETIVO

Foi pensando nas várias vítimas, que se desenvolveu a ideia de criar um abrigo que corresponde às necessidades básicas, na tentativa de amenizar assim o trauma sofrido. Com base nas pesquisas realizadas propõe-se um abrigo temporário, industrializado, voltado às pessoas que deixaram seus lares por catástrofes naturais.Portanto essa habitação emergencial vem substituir provisoriamente suas residências trazendo o conforto e a privacidade para esses moradores.

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1. As situações emergenciais no Brasil

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1.1 Definições de Desastres

Nesta etapa do trabalho, trataremos dos assuntos referentes aos acidentes, com o intuito de compreender melhor a problemática do tema. No Glossário da Defesa Civil Nacional (Brasil, 2007), desastre é tratado como:

“[...] resultado de eventos adversos, naturais ou provocados pelo homem, sobre um ecossistema (vulnerável), causando danos humanos, materiais/ou ambientais e consequentes prejuízos econômicos e sociais. A intensidade de um desastre depende da iteração entre a magnitude do evento adverso e o grau de vulnerabilidade do sistema receptor afetado” (CASTRO, 1998, apud TOMINAGA, 2009, p.14).

Podemos entender então que Desastres Naturais podem ocorrer a todo o momento e em qualquer local, pois são eventos espontâneos da natureza independentemente da ação humana, como chuvas intensas que provocam inundação, erosão e escorregamentos ou, ventos fortes formando vendaval, tornado e furacão.

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São fenômenos relacionados com a geodinâmica terrestre externa, como as tempestades, tornados, enchentes e secas, etc.; ou relacionados com a geodinâmica terrestre interna, como terremotos, tsunamis, erupções vulcânicas, etc.(Skeet, 1977 e Castro, 2003, apud ANDERS, 2007, p.17).

1.1.1 Enchentes

Esses eventos podem ser promovidos por fatores naturais ou por consequência das atividades humanas.

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Figura 01. Diagramação de enchentes. Fonte: Defesa Civil (2012).

Esse processo é desencadeado quando um leito natural (lago, rio, córrego) recebe um volume de água superior ao que pode suportar, resultando em transbordamentos.

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Em janeiro de 2011, um dos estados atingidos por grandes chuvas foi Santa Catarina, localizada no sul do Brasil. Com 16 cidades em situação de emergência, em todo o estado a chuvas já atingiram 669 mil pessoas, deixando 35.105 desalojados em casas de amigos e parentes e outros 12.960 dependentes de abrigos públicos.

A cidade do Rio do Sul foi a primeira a decretar estado de calamidade pública.

Figura 02. Município de Rio do Sul é um dos mais castigados pelas chuvas que atingem Santa Catarina. Fonte: Fotografia Folha Uol (2012).

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1.1.2 Terremotos

Também chamados de abalos sísmicos, são tremores passageiros que ocorrem na superfície terrestre. Sãoclassificados de acordo com sua intensidade através da escala Richter1, movimentaçõesmenores que 02 a 03 graus de magnitude, quase não são perceptíveis a população, de 04 a 06 graus de magnitude na escala Richter, causam danos a objetos frágeis como janelas, portas, lustres, objetos pequenos, podendo gerar rachaduras ou abalar a estrutura de prédios. Já os de 07 ou maiores que 08 graus de magnitude na escala Richter, provocam a destruição de construções, com mortes, podendo chegar até a destruição de um país.

1Escala Richter – A escala Richter foi criada em 1935 pelo Charles F. Richter, integrante do Instituto de Tecnologia da Califórnia. Richter, para a realização de sua escala, analisou as ondas sísmicas e coletou números de vários terremotos anteriormente registrados. Essa escala foi desenvolvida para medir a magnitude dos terremotos, que consiste no ato de quantificar a energia liberada no foco do terremoto. (Fonte: Brasil Escola, 2012).

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Figura 03. Destruição causada por abalos sísmicos de intensidade entre 07 e maiores que 08 graus de magnitude na escala Richter Fonte: Noticias. r7 (2012).

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Um dos terremos mais divulgados nos últimos anos foi do Haiti em 2010, que causou grandes danos a Port-au-Prince, Jacmel e outros locais da região. O terremoto atingiu a 7 graus de magnitude na escala Richter, deixando o pais mais pobre das Américas em situação caótica com 200 mil pessoas mortas, 300 mil feridos e um milhão de desabrigados.

Figura 04. Porto Príncipe uma das áreas mais atingidas. Fonte:Paoeecologia(2010)

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Figura 05. Palácio Presidencial Fonte:Paoeecologia (2010)

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1.1.3 Tsunamis Outro tipo de ocorrência natural são os Tsunamis, formados quando o fundo do mar sofre uma deformação súbita, normalmente causada por um terremoto submarino.Essa deformação gera uma movimentação que produz uma grande onda, podendo avançar até a costa sem perda de energia.A se aproximar começa a ganhar altura chegando até 20 metros de altura e atingindo uma velocidade de 800 km/h. Antes da chegada do tsunami, o mar recua como se fosse uma maré extremamente baixa, o recuo pode passar de 800 metros.

Figura 06. Deformação Súbita Fonte:Noticias r7 (2012).

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Figura 07. Recuo como se fosse uma Maré extremamente Baixa

Fonte:Noticias r7 (2012).

Figura 08. Impacto da onda com a superfície terrestre Fonte:Noticias r7 (2012).

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Umdos tsunamis mais comentada nos últimos anos foi o ocorrido na costa nordeste do Japão em 2011, com um terremoto com magnitude de 8,9 graus na escala de Richter, gerando assim a tsunami que arrastou carros e construções, deixando 60 pessoas mortas e varias vitimas.

Figura 09. Tsunami atingindo a costa leste do Japão Fonte:Especiais ig (2011).

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Figura 10. Destruição causada pelo terremoto seguido de tsunami na Costa Leste do Japão Fonte:Especiais ig (2011).

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Todos esses acidentes vêm ocorrendo, por causa da poluição, do desmatamento. Os seres humanos não consegue perceber que maltratando o planeta de certa forma a única pessoa a sofrer as consequências é ele mesmo.

“[...] Há desastres naturais, pois a Terra é um planeta vivo, que há movimentos de ventos, de águas de terras, movimentos internos, sutis, que nos parecem tão fortes e violentos”. Depois de tantos maus tratos vindos do homem, vamos colocar nossas energias de vida para o bem da própria vida, para que possamos salvar o que resta do nosso planeta e não terminar de destruir [...]” (SENSEIi,2012)

1.2 Causas e Tendências

A falta de planejamento, infraestrutura e habitações em zona de risco,bem como o adensamento populacional nas cidades em grandes centros metropolitanos agrava o número de atingidos pelos desastres.De acordo com os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), podemos afirma-se que.

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Em 1960, somente 45,1% dos brasileiros residiam em áreas urbanas, em 2010 as cidades já acolhiam 84,3% da população. (Fonte: IBGE, 2011).

Figura 11. Crescimento da Taxa de Urbanização Fonte:IBGE (2011).

Com todo esse adensamento populacional e urbanização irregular, deixam a sociedade vulnerável, tornando os desastres mais suscetíveis.

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Figura 12. Urbanização Irregular. Fonte: 4.Bp (2012).

Como podemos perceber com esses gráficos que registram o aumento no numero de ocorrências de desastres naturais no mundo, durante os anos de 1975 a 2010.

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Figura 13: Crescimento no numero de ocorrências de Desastres Naturais (1975 a 2010). Fonte: EM-DAT(2011).

Segundo EM-DAT (The International Disaster Database, 2011), do ano de 1975 a 2010 foram registrados pouco mais de 50 desastres naturais, apesar de não termos dados concretos que explicam as modificações das ocorrências naturais, verifica-se que até o ano de 1995 os

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acontecimentos ocorriam de forma linear e após essa data estes números vêm aumentando de forma exponencial, chegando a 400 registros no ano de 2010.

Estes desastres naturais atingem milhões de pessoas pelo mundo conforme mostra os dados do EM-DATA. Onde podemos observar um alto nível de afetados nos anos de 1987 e 2002 .

Figura 14: Crescimento no numero de pessoas afetadas (1975 a 2010). Fonte: EM-DAT(2011).

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1.3 Estratégia e Prevenção

Após analisar vários dados sobre os desastres ocorridos no Brasil, fica evidente o descaso por parte do governo em tomar devidas providencias como um eficiente sistema de alerta para que a população possa ser avisada antes que a catástrofe ocorra, podendo assim salvar seus familiares e até mesmo alguns bens, como moveis, roupas e objetos de recordação.

Se não bastasse a perda de suas moradias o governo não oferece um modelo de habitação temporário adequado para essas vítimas, tendo que improvisar abrigos comunitários, aonde as pessoas são aglomeradas em grandes espaços como ginásios de esporte, pátios de escolas, salões de igrejas, como podem ver nas Figuras 15 e 16.

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Figura 15: Alojamento de desabrigados em Teresópolis. Fonte: 3.Bp(2012).

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Figura 16: Alojamento de desabrigados no Rio de Janeiro. Fonte: 4.Bp(2012).

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A principal ajuda que o governo oferece aos desabrigados é a facilitação financeira para aluguel durante alguns meses, geralmente com valores que vão até quatrocentos reais, ou os financiamentos, como o programa Pró-Moradia, que pode chegar até trinta mil reais para pagar em até 30 anos. (Fonte: Defesa Civil, 2012).

Esses incentivos podem não ajudar muitas dessas famílias, pois elas perdem não apenas suas residências, mas grande parte dos seus bens ou até mesmo o “chefe de família” que trabalhava e sustentava sozinho a casa.

1.4 Vivências nos Abrigos Temporários

Os relatos apontam o descaso com essas famílias, que eram obrigadas a dividir os espaços por meio de lençóis ou lonas, possuindo apenas dois banheiros com um chuveiro apenas, sem falar nas redes de esgoto que viviam entupidas e no tanque de lavar roupa que só possuía duas torneiras, sem falar que o abrigo fica afastado do centro da cidade e das escolas das crianças2.

Além do sofrimento por perda de suas residências e entes queridos, essas pessoas ainda eram tratadas com descaso sem o mínimo de respeito.

2Entrevista realizada pelo NEPED/UFSCar, 2008.

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2. Abrigos Emercenciais

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2. Abrigos Emergenciais

Este item vem tratar sobre os vários tipos de abrigos emergências que foram desenvolvidos pelo o mundo, que compartilha os mesmo conceitos básicos como: garantir a segurança, a salubridade, o conforto térmico e além de tudo devem ser aceitos e compatíveis com a cultura dos pais ou regiões na qual será inserido. Além dos fatores a cima existe outros que são fundamentais para que um abrigo emergencial se torne eficaz, que seria sua velocidade de execução e sua viabilidade construtiva.

2.2 Tipologias de Abrigos

Para uma analise mais aprofundada nos modelos de habitação emergencial, foi adotada a divisão dos tipos de abrigos proposta pelo Professor Anderson Claro, do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

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2.2.1 Abrigos com construções in loco:

São Abrigos improvisados muitas vezes precários, construídos com os materiais disponíveis no local, possuem pouca ou nenhuma estrutura ou organização espacial. O professor claro fala que:

São os que podem ser construídos com materiais disponíveis no local, esse tem um custo mais baixo. (CLARO, 2009).

Estes acampamentos improvisados acabam oferecendo novos riscos aos desabrigados, pois muitas vezes não possui saneamento básico.

Esse tido de abrigo é muitas vezes utilizado em países pobres em situações onde os bairro e vilas são destruídas completamente.

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Figura 15: Tendas improvisadas no Haiti. Fonte: Uol.com (2012).

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2. 2. 2Abrigos com fornecimento de Kits:

Já os abrigos com fornecimentos de kits são aquele, que podem ser entregues a população, como unidades prontas ou até mesmo unidades mais leves e montáveis, sendo produzido em grande escala para atender todas as vitimas. O professor Claro fala que:

Devem sem duráveis, em unidades pequenas e leves, com aparência de temporário e aceitabilidade cultural.Sendo divididos em quatro categorias: Module, Flat – Pack, Tensile e Pneumatic.(CLARO, 2009).

2.2.2.1 Module

Podem ser definidos como unidades prontas, que não necessitam de montagem, apenas necessita de ser ligadas nas redes de esgoto, água e luz.

Os materiais mais utilizados para esse tipo de abrigos é a madeira e o aço, muitos desses projetos estão sendo realizados utilizando o contêiner. Porém, os modules possuem um custo mais elevado comparando com outros abrigos, pois eles são mais difíceis de transportar e possuem uma durabilidade maior.

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Figura 16: “The Clean Hub”. Fonte: Openarchitecturenetwork.org(2012).

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Figura 17: Montagem do protótico -“The Clean Hub”. Fonte: Openarchitecturenetwork.org (2012).

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2.2.2.2 Flat – Pack

A diferença entre este modelo de abrigo para os “modules”, está no modo que são entregues, pois são fornecidos totalmente desmontados, facilitando assim seu transporte, além de serem vantajosos para locais de difícil acesso.

Nesse modelo são utilizados materiais como: plásticos, madeira, alumínio ou até mesmo papel no caso dos Abrigos do Arquiteto Shigeru Ban que são entregues kits de cilindros, placas e emendas feitas de papelão e papel para serem montados em questão de horas.

Figura 18: Kits para ser montado –Shigeru Ban. Fonte: Shigerubanarchitects.com(2012).

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Figura 19: Casa de Papelão –Shigeru Ban. Fonte: Shigerubanarchitects.com(2012).

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2.2.2.3 Tensile

Este modelo de abrigo é similar ás tendas, pois são fáceis de montar e desmontar, os materiais utilizados na estrutura rígida são aço e alumínio e o poliéster ou lona para a membrana esticada.

Eles são mais indicados para situações onde se faz necessário uma maior flexibilidade dos espaços.

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Figura 20: Abrigo Origami.

Fonte:Arcoweb.com(2012).

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2.2.2.4 Pneumatic

São mais conhecidos como infláveis, ganhando estabilidade através da pressão exercida pelo ar em seu interior, tem como vantagem a leveza e facilidade no transporte, mais possuem uma falha podendo ser facilmente esvaziados por furos ou falha no abastecimento do ar, além de necessitar de constante manutenção.

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Figura 21: Abrigo Inflável. Fonte: Aerotube.com(2012).

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3. Análises Projetuais

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3. Análises Projetuais

Existem inúmeros projetos e modelos de abrigos emergenciais, na qual podemos analisar e tirar alguns conceitos como a salubridade, privacidade, conforto ambiental, aceitação cultural, segurança, custos e a praticidade e velocidade na execução. Além dos projetos emergências, outros destacam como referencia por apresentarem tecnologias e matérias relevantes com as necessidades.

3.1 Shigeru Ban - PaperLoghouse

Shigeru Ban, nascido em 1957 em Tóquio, Japão, é um arquiteto contemporâneo conhecido internacionalmente por seu revolucionário trabalho com papel, madeira, plástico e contêiner, rejeitando o rótulo de uma arquitetura ecológica. Pois para ele a arquitetura tem que ser limpa, combater o desperdício e acima de tudo reciclável.

Um dos projetos mais importante do arquiteto é a PaperLoghouse, um abrigo desenvolvido para vitimas de grandes catástrofes. Ban queria construir um abrigo onde possuísse uma estrutura barata e fosse fácil e rápido de montagem.

A primeira vez que esse tipo de abrigo foi utilizado foi no terremoto em Kobe, no Japão, em 1995.

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Figura 22: Acampamento dos desabrigados. Fonte:Efimeras.com(2012).

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Figura 23: Interior do Abrigo.

Fonte:Shigerubanarchitects.com (2012).

A fundação foi constituída de caixas de cerveja doados carregados com sacos de areia.

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Figura 24: Fundação. Fonte:Efimeras.com(2012).

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As paredes são feitas a partir de 106 milímetros de diâmetro, 4mmde espessura cada tubos de papel.

Figura 25: Montagem das paredes. Fonte:Efimeras.com(2012).

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Para o isolamento, uma fita impermeável esponja com suporte de adesivo é ensanduichada entre os tubos de papel das paredes.

O telhado também foi montado com a estrutura de papelão e utilizando o material tenting para o fechamento.

Figura 26: Montagem do telhado. Fonte:Efimeras.com(2012).

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O custo de materiais para uma unidade de 52 metros quadrados é abaixo, além de ser fácil de desmontar, e os materiais facilmente eliminados ou reciclados.

3.2 Escritórios 4of7 - Clínica Pediátrica

O escritório de arquitetura 4of7 desenvolveu um sistema construtivo modular para o concurso “Design for Children”, que visava escolher um projeto para uma clinica pediátrica em Ruanda, na África Oriental.

Este projeto não foi feito especificamente para este local, e sim para diferentes ambientes. Sua concepção foi baseada na configuração modular para ser capaz de se adaptar de acordo com as necessidades de mudanças, sem perder o padrão geométrico, tornando – se uma arquitetura de baixo custo.

Ficticiamente a ideia modular, seria uma solução capaz de adaptar-se para o crescimento infinitamente da clinica sem perder o padrão.

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Figura 27: Agrupamento dos módulos. Fonte:4ofseven (2012).

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A primeira proposta para a clinica envolve dez módulos agrupados em torno de dois pátios circulares, conforme o agrupamento for realizado seguira o padrão tornando-se vinte módulos agrupados em torno de cinco pátios circulares.

Figura 28:Proposta de agrupamento.

Fonte:4ofseven (2012).

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A disposição dos pátios esta associadas com a logística da clinica, primeiramente encontramos um maior pátio que seria utilizado para a entra e saída de pacientes, possuindo também pátios menores que possam ser utilizados pelas famílias como uma forma de integração social, tornando-se um espaço para recreação e educação, como uma instalação interna. Por tanto a organização da clinica influencia na relação de espaços internos e externo. Conforme podemos observar na Figura 29, a clinica só possui um único ponto de entra e saída, criando assim uma grande segurança para os usuários, além de suas aberturas interna todas voltadas par os pátios internos permitindo assim uma liberdade para os pacientes.

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Figura 29:Logística espacial da Clinica.

Fonte:4ofseven (2012).

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Toda estrutura utilizada para a montagem dos módulos da clinica, pode ser colocados em um único recipiente com o volume de 28.8m³, tornando algo facilmente de ser entregue tanto por terra como por ar, para os lugares mais isolados.

Figura 30:Exemplo de entrega.

Fonte:4ofseven (2012).

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Figura 31:Pacote com as peças devidamente separadas.

Fonte:4ofseven (2012).

A partir da entrega começa a etapa da construção, que necessita um pouco mais de habilidade para que todas as peças sejam encaixadas corretamente, após terminar de montar a estrutura básica começa a introdução dos componentes como piso, isolamento, janelas, portas, mobiliárias e equipamento.

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62 Figura 32:Montagem da estrutura. Fonte:4ofseven (2012).

Figura 33:Montagem dos componentes.

Fonte:4ofseven (2012).

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Além das preocupações espaciais em relação ao espaço e a segurança, podemos citar também a preocupação com o aquecimento, circulação de ar e a entra de luz natural, podemos dizer que esse projeto se torna sustentável, pois possui captação de água e de energia solar.

3.3 Ateliers Bow-Wow - Laboratório BMW Guggenheim

Este laboratório foi inaugurado pela primeira vez em Nova Yourk, Estados Unidos em 03 de agosto de 2011 e permanecerá até o dia 16 de outubro de 2011, com intuito de realizar palestras, oficinas de discussão sobre arquitetura e urbanismo. Ao todo esse laboratório passará por nove cidades, sendo que as duas próximas, Berlim na Alemanha e uma Asiática ainda a definir, receberão o mesmo projeto, já para as seis cidades restantes, o projeto deve sofrer mudanças.

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Figura 34: Laboratório BMW Guggenheim. Fonte:Piniweb.(2012).

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Ateliers Bow-Wow, um dos parceiros da BMW batizou seu projeto como “Viagens da caixa de ferramentas”, seguindo assim seu conceito do projeto viajar para todo o mundo. O laboratório consiste em dois espaços um inferior inspirado em uma galeria aberta com cerca de 200m², alojando assim oficinas com mesas para experiências praticas, já na parte superior se torna um local flexível que fica encarregado de agrupar todas as estruturas para os variáveis programas que possa ser realizado, sendo vedado com duas camadas de rede semitransparente, criando um brilhante efeito que permite os visitante ver as estruturas.

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Figura 35: Transformação do espaço.

Fonte: 4.Bp (2012).

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4. Proposta de Projeto

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4. Proposta de Projeto

Com os desastres naturais muitas pessoas passaram a ser desabrigados, após terem suas residências invadias ou até mesmo destruídas, causando assim uma problemática em relação a abrigar imediatamente e temporariamente uma grande quantidade de pessoa.

O planejamento emergencial não deverá apenas considerar condicionantes ambientais e espaciais, mais também a fragilidade psicológica dos usuários. Uma prioridade a ser considerada é o fato de o abrigo ser fácil de transportar e de montar.

4.1 Implantação

Os abrigos criados proporcionam varias possibilidades de implantação, podendo ser instalados em qualquer tido de terreno, em qualquer cidade, região ou até mesmo pais, pois foram pensados para ser utilizados em qualquer tipo de catástrofes que possa ocorrem pelo mundo. Os módulos são desmontáveis e fáceis de transportar, chegando rapidamente aos locais.

Como exemplo para este trabalho foi escolhida a região que envolve toda a zona de fundo de vale, localizada na Avenida Jeronimo Gonçalves, em Ribeirão Preto – SP.

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Nesta região o rio constantemente transborda gerando assim o alagamento de varias residências e comércios locais, este fator acabou gerando uma enorme obra de prevenção de caráter remediativo que já vem sendo realizada.

Figura 36: Região afetada pelas enchentes na Avenida Álvaro de Lima. Fonte: Google (2012).

Com este transtorno podemos utilizar o abrigo para servir como residência temporária dessas vitimas, enquanto o rio não volta em seu nível normal.

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Para implantas este abrigo foi escolhido um campo de futebol localizado entre a Avenida Primeiro de Maio e a Rua: Guatapará.

Figura 37: Local sugerido para instalação dos abrigos. Fonte: Google (2012).

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Por não ser um local distante da tragédia, podem sem deslocados por ônibus, caminhões ou até mesmo caminhando.

Figura 38: Distancia do local afetado com o acampamento. Fonte: Google (2012).

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4.1 O abrigo

O abrigo foi projetado pensando em módulos que se encaixem de modo que as unidades posam ser expandidas para criar diferentes modelos e tamanhos. A unidade padrão foi criada para abrigar uma única pessoa, a partir desse modelo podem ser agrupadas varias unidades expandindo assim seu espaço físico.

As dimensões foram pensadas através da escala humana, gerando assim a quantidade essencial de espaço.

Figura 39: Escala humana por Le Corbusier eLeonardo da Vinci. Fonte: Blogescalahumana (2012).

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4.3 Programa de Necessidade

Como a intenção desse projeto é dar todo o conforto que as vitimas possuía em suas residências, foi criado um programa de necessidade básico, pensando na privacidade e no coletivo.

No caso das áreas privadas seriam os abrigos individuais, a onde os usuários poderiam utiliza-lo para Repousar, estar, ler, tentando assim manter sua rotina. Já nas áreas coletivas, estariam localizados os módulos de cozinha, higiene e áreas de serviço, espalhados pelo acampamento que seria utilizado pelos desabrigados, além de ser cuidado e preservado limpo pelos mesmos.

4.4Materiais

Com o decorrer do trabalho foram pensados vários tipos de materiais, tanto para a estrutura física do projeto quanto para a estrutura de fechamentos.

O primeiro material pensado foi à hipótese de criar um abrigo emergencial através do uso de contêiner, sendo descartada pelo motivo de transporte e pelo custo de casa unidade. No caso do uso desse material, teria de ser usado um tipo de isolante térmico que fosse eficiente tanto para os dias de sol e as noites frias.

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Figura 40: Contêiner. Fonte: Danilogs (2012).

O segundo material foi o uso de telhas termoacústicas com poliuretano, pois possui um excelente desempenho termoacústico, que é obtido através do poliuretano, sendo o material que possui a melhor capacidade de isolamento, além de ser leve, fácil de transportar e possuir varias medidas padrões, facilitando no projeto do abrigo.

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Figura 41:Telhas Termoacústicas com Poliuretano. Fonte: Telhadão (2012).

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Além das telhas, cogitasse a ideia de utilizar um tipo de tecido encerado, constantemente utilizado em barracas de camping, pois possuem um ótimo desempenho em relação às chuvas.

Figura 42:Tecido encerado. Fonte: Lojadaslonas. (2012).

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Os materiais citados até agora foram pensados para serem utilizados para fechamentos, para a questão estrutural, esta sendo discutindo o uso de barras de aço galvanizado ou barras de alumínio, os dois materiais possuem um grande desempenho estrutural, pois são materiais rígidos.

Figura 43:Barras de aço galvanizado. Fonte: Ritiagroup (2012).

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Além de serem fáceis de agrupar para o transporte.

Figura 44: Barras de alumínio. Fonte: Nacionalelectricaferretera (2012).

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5. O equipamento / Projeto

O projeto consiste em unidades de moradia privadas, módulos de equipamentos coletivos como cozinha, banheiros, área de serviço e área de lazer.

5.1 Estudos preliminares / croquis

Os croquis demonstram algumas ideias de abrigo, e como ele será implantado, tentando criar uma disponibilidade que facilite o seu uso para os usuários.

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Figura 45:Croqui primeira ideia de abrigo. Fonte: Autor (2012).

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Figura 46:Croqui em escala da primeira ideia de abrigo.

Fonte: Autor (2012).

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Figura 47: Croqui em escala da primeira ideia de abrigo, Fachadas. Fonte: Autor (2012).

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Figura 48: Croqui forma de implantação dos abrigos e equipamentos.

Fonte: Autor (2012).

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Figura 49: Croqui forma de implantação dos abrigos e equipamentos.

Fonte: Autor (2012).

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Referencia Bibliográfica

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13. Especiais IG - Figura 10. Destruição causada pelo terremoto seguido de tsunami na Costa

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37. Google - Figura 36: Região afetada pelas enchentes na Avenida Álvaro de Lima. Disponível em: <https://maps.google.com.br/maps?hl=pt-BR&q=ribeirao+preto+-+rodoviaria&ie=UTF-8> Acessado em: 23/05/2012.

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39. Google - Figura 38: Distancia do local afetado com o acampamento. Disponível em: <https://maps.google.com.br/maps?hl=pt-BR&q=ribeirao+preto+-+rodoviaria&ie=UTF-8> Acessado em: 23/05/2012.

40. Blogescalahumana – Figura 39: Escala humana por Leonardo da Vinci e Le Corbusier.

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41. Danilogs- Figura 40: Contêiner. Disponível em: <http://danilogs.sites.uol.com.br/container1.jpg> Acessado em: 04/06/2012.

42. Telhadão- Figura 41: Telhas Termoacústicas com Poliuretano. Disponível em: <http://www.telhadao.com.br/imagem/produto/telha_sanduiche_g.jpg> Acessado em: 10/04/2012.

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43. Lojadaslonas - Figura 42: Tecido encerado. Disponivel

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44. Ritiagroup - Figura 43: Barras de aço galvanizado. Disponível em: <http://www.ritiagroup.com.pt/2-steel-pipe/7-1b.jpg> Acessado em: 13/06/2012.

45. Nacionalelectricaferretera - Figura 44: Barras de alumínio. Disponivel em:<http://nacionalelectricaferretera.com/images/01B00426.jpg> Acessado em: 13/06/2012.

46. Autor - Figura 45: Croqui primeira ideia de abrigo.

47. Autor- Figura 46: Croqui em escala da primeira ideia de abrigo.

48. Autor-Figura 47: Croqui em escala da primeira ideia de abrigo, Fachadas.

49. Autor- Figura 48: Croqui forma de implantação dos abrigos e equipamentos.

50. Autor- Figura 49: Croqui forma de implantação dos abrigos e equipamentos.

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5. O equipamento / Projeto

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