Abinforma - Março 2014

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INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE CALÇADOS MARÇO 2014 | Nº 272 | ANO XXIV Entre 18 e 21 de março, a Fenac, em Novo Hamburgo/RS, recebe mais uma edição da Fi- mec, feira que reunirá cerca de 1,2 mil marcas da indústria de base do setor calçadista para apresentar as últimas novidades em máquinas, produtos químicos, componentes e couros. Segundo a promotora, a antecipação da data possibilita que os lançamentos da feira possam ser utilizados já para a próxima estação. “Nossa avaliação é de otimismo e confiança no setor, o que certamente vai se refletir nesta 37ª Fi- mec. Contamos com um ambiente altamente profissional e adequado às necessidades dos expositores e visitantes. Todos os aspectos são favoráveis e cabe a todos nós transformar es- tas boas expectativas em realidade”, afirma o diretor-presidente da Fenac, Elivir Desiam. No dia 14 de fevereiro, o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Mauro Borges, foi empossado como titular do Mi- nistério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Ele substitui Fernando Pimentel, que esteve no cargo desde janeiro de 2011. Pi- mentel deixa o cargo para se candidatar ao gover- no de Minas Gerais no próximo pleito. Mauro Borges é professor titular do Departamen- to de Ciências Econômicas da Universidade Fe- deral de Minas Gerais, doutor em Economia pela Universidade de Londres, com pós-doutorado na Universidade de Illinois e na Universidade de Paris. A Abicalçados, através do Brazilian Footwear, é uma das entidades participantes do Projeto Car- naval 2014. Organizada pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), a iniciativa traz 314 importadores e formadores de opinião de 50 países para o Rio de Janeiro durante a festividade. Para a ação, a Abicalçados convidou quatro blo- gueiras, uma dos Estados Unidos, uma da Itália e duas da Colômbia. No roteiro, visitas a pontos turísticos e lojas conceitos em SP e no RJ, além da participação nos desfiles da Sapucaí. Projeto visa incrementar competitividade através da diminuição de custos e agilidade nas transações. Página 5 Lançamento do relatório Azimute 720 será realizado na sede da Abicalçados, no dia 17 de março. Página 3 O dia 11 de fevereiro marcou a primeira reunião do ano da Comissão de Estudo de Conforto do Calçado do CB-11, realizada no Instituto Brasilei- ro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTeC), em Novo Hamburgo/RS. No encontro, foram colocadas necessidades específicas para as normas NBR 16037 e 16034 (determinação do conforto em forros e solados); 14839 (índice de pronação); 14.837 (microclima); 14836 (dis- tribuição plantar); 14840 (níveis de percepção de calce); 14838 (índice de amortecimento); e 14834 (requisitos e ensaios). Para a próxima reunião, marcada para 11 de março, também no Instituto, ficou acertada a discussão sobre a revisão para a norma NBR 14836. Os interessados em participar das dis- cussões podem entrar em contato com Andriéli Soares, pelo 51 3553 1010 ou [email protected]. FIMEC MOVIMENTA SETOR NO RS MAURO BORGES SUBSTITUI PIMENTEL NO MDIC BLOGUEIRAS NO PROJETO CARNAVAL CONFORTO EM DISCUSSÃO FOCAL PESQUISAS LANÇA ESTUDO SOBRE O CONSUMO DE CALÇADOS FEMININOS SISTEMA DE OTIMIZAÇÃO LOGÍSTICA É APRESENTADO PARA EMPRESÁRIOS DO SETOR

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INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE CALÇADOSMARÇO 2014 | Nº 272 | ANO XXIV

Entre 18 e 21 de março, a Fenac, em Novo Hamburgo/RS, recebe mais uma edição da Fi-mec, feira que reunirá cerca de 1,2 mil marcas da indústria de base do setor calçadista para apresentar as últimas novidades em máquinas, produtos químicos, componentes e couros.

Segundo a promotora, a antecipação da data possibilita que os lançamentos da feira possam ser utilizados já para a próxima estação. “Nossa avaliação é de otimismo e confiança no setor, o que certamente vai se refletir nesta 37ª Fi-mec. Contamos com um ambiente altamente profissional e adequado às necessidades dos expositores e visitantes. Todos os aspectos são favoráveis e cabe a todos nós transformar es-tas boas expectativas em realidade”, afirma o diretor-presidente da Fenac, Elivir Desiam.

No dia 14 de fevereiro, o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Mauro Borges, foi empossado como titular do Mi-nistério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Ele substitui Fernando Pimentel, que esteve no cargo desde janeiro de 2011. Pi-mentel deixa o cargo para se candidatar ao gover-no de Minas Gerais no próximo pleito.

Mauro Borges é professor titular do Departamen-to de Ciências Econômicas da Universidade Fe-deral de Minas Gerais, doutor em Economia pela Universidade de Londres, com pós-doutorado na Universidade de Illinois e na Universidade de Paris.

A Abicalçados, através do Brazilian Footwear, é uma das entidades participantes do Projeto Car-naval 2014. Organizada pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), a iniciativa traz 314 importadores e formadores de opinião de 50 países para o Rio de Janeiro durante a festividade.

Para a ação, a Abicalçados convidou quatro blo-gueiras, uma dos Estados Unidos, uma da Itália e duas da Colômbia. No roteiro, visitas a pontos turísticos e lojas conceitos em SP e no RJ, além da participação nos desfiles da Sapucaí.

Projeto visa incrementar competitividade através da diminuição de custos e agilidade nas transações. Página 5

Lançamento do relatório Azimute 720 será realizado na sede da Abicalçados, no dia 17 de março. Página 3

O dia 11 de fevereiro marcou a primeira reunião do ano da Comissão de Estudo de Conforto do Calçado do CB-11, realizada no Instituto Brasilei-ro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTeC), em Novo Hamburgo/RS. No encontro, foram colocadas necessidades específicas para as normas NBR 16037 e 16034 (determinação do conforto em forros e solados); 14839 (índice de pronação); 14.837 (microclima); 14836 (dis-tribuição plantar); 14840 (níveis de percepção de calce); 14838 (índice de amortecimento); e 14834 (requisitos e ensaios).

Para a próxima reunião, marcada para 11 de março, também no Instituto, ficou acertada a discussão sobre a revisão para a norma NBR 14836. Os interessados em participar das dis-cussões podem entrar em contato com Andriéli Soares, pelo 51 3553 1010 ou [email protected].

FIMEC MOVIMENTA SETOR NO RS

MAURO BORGES SUBSTITUI PIMENTEL NO MDIC

BLOGUEIRAS NO PROJETO CARNAVAL

CONFORTO EM DISCUSSÃO

FOCAL PESQUISAS LANÇA ESTUDO SOBRE O CONSUMO DE CALÇADOS FEMININOS

SISTEMA DE OTIMIZAÇÃO LOGÍSTICA É APRESENTADO PARA EMPRESÁRIOS DO SETOR

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abinforma - março 20142

No mês de março de 2015 se encerra o período de aplicação do direito antidumping nas importações de calçados da Chi-na, hoje vigente a razão de US$ 13,85 por par. A Abicalçados, diante de seu compromisso de defesa da indústria nacional e do equilíbrio das condições de competitividade, já está articulando ações para um adequado posicionamento diante da questão. O motivo desta aparente antecipação reside na necessidade de coletar informações detalhadas das condições de mercado que possam claramente elucidar a necessidade de manter vigente o direito por outro período de cinco anos, caso seja esta a deci-são da indústria nacional. O processo de coleta de informações compreende a aplicação de questionários em empresas nacio-nais e em pesquisa desenvolvida por instituição independente, com o propósito de avaliar e demonstrar as condições vigentes no mercado, em relação ao tema e seus efeitos, no período do direito original aplicado. A medida pode ser mantida ou alterada, por mais cinco anos, desde que passe por processo de revisão da margem de dum-ping, pelo qual se verifique que a extinção do direito antidum-ping levaria muito provavelmente à continuação ou à retomada do dumping por parte dos exportadores estrangeiros e do dano

dele decorrente à indústria nacional. Para tanto, a parte in-teressada deve protocolar petição até quatro meses antes da data do término do período de vigência do direito. A partir daí, a revisão deve ser concluída no prazo de dez meses, contados da data de publicação da circular de abertura do processo de revisão, prazo que, em circunstâncias excepcionais, pode ser prorrogado por até dois meses. Durante o período de revisão o direito antidumping permanece em vigor e não sofre alteração. O Conselho Deliberativo da Entidade já tratou do assunto nas reuniões ocorridas nos dias 30 de janeiro e 18 de fevereiro, de-batendo as questões relacionadas e explorando as alternativas de ação que melhor contemplem os interesses das empresas calçadistas brasileiras. A primeira providência tomada nestas deliberações foi a de promover consulta a todas as empresas e sindicatos associa-dos, o que já está em curso, com o propósito de identificar a opinião de todos e a partir daí estruturar o plano de ação que contemple os interesses da maioria. A partir deste entendimento é que resultará a construção da estratégia a ser desenvolvida em relação à questão.

PRESIDENTE:Paulo Schefer

CONSELHEIROSCaetano Bianco Neto, Caio Borges Ferreira, José Carlos Brigagão Do Couto, Júnior César Silva, Lioveral Bacher, Marco Lourenço Müller, Milton Cardoso, Paulo Roberto Schefer, Paulo Vicente Bender,

Heitor KleinPresidente-executivo da

Abicalçados

A DEFESA CONTRA IMPORTAÇÕES PREDATÓRIAS

editorial

Renato Klein, Ricardo José Wirth, Rosnei Alfredo da Silva, Sérgio Gracia e Thiago Borges.

PRESIDENTE-EXECUTIVO:Heitor Klein

CONSULTORESAdimar Schievelbein, Edson Morais Garcez e Rogério Dreyer

ABINFORMA é o informativo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados

Nº 272 Março | 2014 Ano XXIV

EDIÇÃOAlice Rodrigues (Mtb. 12.832) e Diego Rosinha (Mtb. 13.096)

TEXTOSAlice RodriguesDiego RosinhaRoberta Ramos

FOTOSEquipe Abicalçados e divulgação

PRODUÇÃO GRÁFICAGabriel Dias

CONTATORua Júlio de Castilhos, 561Novo Hamburgo/RS - Cep: 93510-130Fone: 51 3594-7011 Fax: 51 3594-8011

E-mail: [email protected]@abicalcados.com.brwww.abicalcados.com.br @abicalcados fb.com/abicalcados

Desfiando o Novelo Tributário Em agosto de 2011, com receio de que a economia brasileira sofresse a segunda rodada da crise internacional, o governo brasileiro resolveu colocar em prática uma an-tiga reivindicação das empre-sas: substituir a cobrança de 20% da contribuição previ-denciária sobre a folha de pa-gamento por uma alíquota de 1% a 2% sobre o faturamento. Para os fabricantes de calça-dos, a desoneração não foi su-ficiente para que se voltasse ao desempenho habitual nas exportações, mas estancou as quedas.

Restrições impedem venda de 410 mil pares de calçados para o mercado argentino As restrições às importa-ções por parte do governo argentino causaram o can-celamento de pedidos de 410 mil pares de calçados brasileiros produzidos ao longo do segundo semestre do ano passado. De acordo com a Abicalçados, o cenário permanece inalterado nes-te início de ano. Os pedidos dos importadores argentinos eram referentes à coleção primavera-verão. Sem sina-lização pelas autoridades ar-gentinas se seriam liberados ou não, a coleção ficou desa-tualizada, e as encomendas foram canceladas.

Calçadistas buscam mercado em Las Vegas O mês de fevereiro foi marca-do por mais uma participação brasileira na FN Platform, feira calçadista ocorrida em Las Ve-gas. O Brasil foi representado por 17 marcas de calçados, que expuseram seus produtos da coleção outono-inverno para compradores de diversas par-tes do mundo. A participação verde-amarela foi organiza-da pelo Brazilian Footwear.Na bagagem, as marcas verde-amarelas trouxeram contatos de 30 países, com pedidos na ordem de US$ 600 mil e expectativa de aproximada-mente US$ 4 milhões em ne-gócios futuros decorrentes dos contatos realizados na feira.

Exportação de calçados Ceará sobe em volume, mas cai em faturamento O Ceará apresentou queda de 1,5% no faturamento das exportações de calçados em 2013. Foi o que apontou o estudo da Abicalçados. Ano passado, o setor calçadista do Estado arrecadou US$ 314,9 milhões (cerca de R$ 755 mi-lhões) com a venda de produtos no exterior, número inferior aos US$ 319,7 milhões (cerca de R$ 767,2 milhões) no ano de 2012.Segundo o presidente da Abi-calçados, Heitor Klein, os resul-tados negativos no Ceará e em outros estados do Nordeste são motivados pela deterioração da competitividade do calçado brasileiro.

Projeto de otimização logística é apresentado para empresáriosO Sistema de Operações Lo-gísticas Automatizadas foi oficialmente apresentado às empresas na tarde desta quarta-feira, dia 5, na sede da Abicalçados, em Novo Ham-burgo/RS. Com o objetivo de integrar os elos da cadeia calçadista, fornecedores, in-dustriais e varejo, o Sistema busca na padronização e na segurança das operações lo-gísticas maior agilidade para as negociações e, consequen-temente, maior competitivida-de. “Trata-se de uma solução moderna e ágil e que traz um ganho econômico significa-tivo para o setor calçadista brasileiro”, destacou Klein.

Mercado sul-africano pode impulsionar vendas brasileiras de sapato em 2014 A África do Sul pode se trans-formar em um mercado muito promissor para as exporta-ções brasileiras de calçados nos próximos anos, segundo avaliação do Brazilian Foo-twear, programa de apoio às exportações mantido pela Abicalçados. Só em 2013 o país africano registrou um consumo interno de mais de 250 milhões de pares, 4,8 pares per capita. Porém, no mesmo período, a produção de calçados no país africano foi de pouco mais de 50 mi-lhões de pares.

abi na mídia

Jornal Valor --- Página 3 da edição "25/02/2014 1a CAD A" ---- Impressa por ccassiano às 24/02/2014@20:39:00

Terça-feira, 25 de fevereiro de 2014 | Valor | A3

Enxerto

Jornal Valor Econômico - CAD A - BRASIL - 25/2/2014 (20:39) - Página 3- Cor: BLACKCYANMAGENTAYELLOW

B ra s i l

Fonte: Mdic *em 2013 **ante janeiro de 2013

Recuo dos vizinhosVendas a argentinos e venezuelanos recuam em janeiro – em US$ bi

Exportações* Importações*

0

11

22

Argentina Venezuela

19,7

16,4

4,9

1,20,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

Argentina Venezuela

3,15 3,7Saldo*

Exportações em janeiro**

1,2

0,28

12,8% 14,9%Queda

Restrições impedem vendade 410 mil pares de calçadospara o mercado argentinoDe São Paulo

As restrições às importações porparte do governo argentino causa-ram o cancelamento de pedidos de410 mil pares de calçados brasilei-ros produzidos ao longo do segun-do semestre do ano passado. Deacordo com a Abicalçados, entida-de que representa os fabricantesnacionais do setor e que realizou olevantamento, o cenário permane-ce inalterado neste início de ano.

Os pedidos dos importadoresargentinos eram referentes à cole-ção primavera-verão. Sem sinaliza-ção pelas autoridades argentinasse seriam liberados ou não, a cole-ção ficou desatualizada, e as enco-mendas foram canceladas.

Um total de US$ 6,2 milhões emcalçados não conseguiu obter aDeclaração Juramentada Anteci-pada de Importação (DJAI), o queimpede a entrada no mercado ar-gentino. Parte da produção foi des-tinada a outros mercados. “A outraparte ficou como prejuízo mesmo.O governo argentino não deu jus-tificativa para a não liberação”,afirma Heitor Klein, presidente daAbicalçados.

Os 410 mil pares representaram8,3% do total de calçados embarca-dos à Argentina no segundo se-mestre. Ao todo, o país exportou4,938 milhões de pares ao vizinhona segunda metade de 2013.

Atualmente, a associação esti-ma que 418,5 mil pares estejamaguardando DJAIs para entrar nomercado argentino: 165 mil de-les já foram produzidos, 47 milestão em produção e 206 mil es-tão com contratos assinados en-tre exportador e importador. “Es -se lote vale cerca de US$ 9 mi-lhões. A secretária de ComércioExterior da Argentina afirmou,no mês passado, que a situaçãoiria melhorar. Não melhorou enão há perspectiva de mudançano ritmo de liberação das licen-ças de importação”, diz Klein.

Segundo o presidente da Abi-calçados, a restrição a parte dos pe-didos de importação não se aplicaa calçados produzidos na Ásia.“Não é por questão de preço, poisesses 400 mil pares estão com con-trato assinado. O importador acei-tou nosso preço”, afirma. A Argen-tina é o segundo maior mercadopara o calçado brasileiro. (RP)

Relações externas Venda de manufaturados será a mais afetada em 2014

Exportação recua US$ 4 bi comcrises na Argentina e VenezuelaRodrigo PedrosoDe São Paulo

A piora nas economias argenti-na e venezuelana deprimiu a pers-pectiva para o saldo comercial bra-sileiro deste ano. A intensificaçãonos dois países, a partir de janeiro,da diminuição das reservas exter-nas, a dificuldade na obtenção dedólares e políticas de controle deimportações devem diminuir emcerca de US$ 4 bilhões as exporta-ções brasileiras para esses desti-nos, afetando principalmente odesempenho dos manufaturados.

Apesar de ainda não aparecernas estimativas do mercado, osuperávit esperado para este anoestá mais próximo agora dosUS$ 2,6 bilhões registrados em2013, de acordo com analistas,representantes da indústria e ex-portadores ouvidos pelo Va l o r .No boletim Focus, divulgado on-tem, a estimativa é que a balan-ça comercial tenha superávit deUS$ 7,9 bilhões, valor similar àprevisão feita em dezembro.

Nos dados gerais da balança,contudo, o início deste ano estápior do que observado em 2013. Odéficit comercial de janeiro até asemana passada foi de US$ 6,7 bi-lhões, valor US$ 2,1 bilhões maiordo que o observado no mesmo pe-ríodo do ano passado.

O golpe mais forte virá da Ar-gentina, que comprou US$ 18 bi-lhões em manufaturas brasileirasem 2013. Neste ano, entretanto, aretração do consumo doméstico ea forte desvalorização recente dopeso argentino devem tirar US$ 3bilhões das exportações do Brasil,

projeção feita tanto pela Associa-ção de Comércio Exterior do Brasil(AEB) quanto pela Federação dasIndústrias do Estado de São Paulo(Fiesp). O Bradesco está mais pessi-mista e estima em US$ 3,9 bilhões aretração dos embarques à Argenti-na neste ano. A atual projeção dobanco para a balança, de superávitde US$ 6,9 bilhões, não contabilizaa piora do vizinho.

José Augusto de Castro, presi-dente da AEB, vai esperar o próxi-mo mês para revisar a projeção debalança da entidade, que, sem a re-tração dos argentinos, é de saldopositivo de US$ 7,2 bilhões. O prin-cipal motivo para a redução é a ne-cessidade de o comércio exteriorargentino ter como meta superávitde US$ 10 bilhões em 2014, acimados US$ 8 bilhões registrados anopassado, necessários para aumen-tar a entrada de dólares na econo-mia. Só em janeiro, as reservas in-ternacionais da Argentina recua-ram 9,6%. Hoje, estão estimadasem US$ 27,7 bilhões.

Com a deterioração, as importa-ções terão que ser reduzidas emUS$ 5 bilhões, já que as divisas coma venda de grãos, principalmenteda soja, vão render menos nesteano em função de preços menoresno mercado internacional.

“A Argentina vai deixar de com-prar do Brasil, não vai esfriar tantoo comércio com os asiáticos. É difí-cil prever o comportamento dogoverno. Ano passado, ele colocoumais restrições no primeiro semes-tre e afrouxou o segundo”, diz Cas-tro. O presidente da AEB identificatrês problemas na economia ar-gentina que se aprofundaram nes-

te ano: obtenção de licença pelosimportadores, dificuldade de ob-ter dólares para pagar as comprasexternas e o aumento do custo dosimportados, por causa da recentedesvalorização do peso.

Com o mercado argentino res-pondendo por um quinto das ex-portações de manufaturados, aFiesp se diz preocupada. O setorautomobilístico, que se aprovei-tou do aumento da compra de au-tomóveis pela Argentina ano pas-sado — uma forma de os consumi-dores argentinos se protegerem dainflação —, deve absorver a maiorparte da retração esperada. “A si-tuação nos preocupa, porque todoo impacto vai ser sentido na balan-ça de manufaturados”, afirma Tho-mas Zanotto, diretor-adjunto decomércio exterior da Fiesp.

O encolhimento das vendas àVenezuela vai retirar maisUS$ 1 bilhão do saldo comercialdeste ano. Apesar de a corrente decomércio com os venezuelanosnão ter impacto substancial no re-sultado total, o saldo é bem favorá-vel ao Brasil. Ano passado, o supe-rávit de US$ 3,6 bilhões ocorreu emvirtude de US$ 4,9 bilhões em ex-portações, principalmente defrangos e bovinos e manufatura-dos diversos, como eletrônicos,eletrodomésticos e máquinas eequipamentos.

Problemas similares ao argenti-no, contudo, devem causar o re-cuo, como a dificuldade em prevero comportamento do governo ve-nezuelano, que controla os em-préstimos em dólares aos importa-dores ou compra diretamente pro-dutos brasileiros, principalmente

alimentos industrializados.As reservas internacionais vene-

zuelanas estão em US$ 20,7 bi-lhões e em queda, o que levou ocâmbio paralelo a disparar e o go-verno do presidente Nicolás Ma-duro a racionar ainda mais a ofertade dólares. Outro fator é a desvalo-rização cambial do país, que ele-vou a inflação a 56% ao ano e dimi-nuiu o poder de compra dos vene-zuelanos. Em janeiro, as exporta-ções brasileiras à Venezuela recua-ram 14,9% ante janeiro de 2013.

Rodrigo Branco, pesquisadorda Uerj, chama a atenção para oaumento do uso de cotas paraconsumo. “A Venezuela é impor-tante por causa do nosso superá-vit com eles. Em algum momentoeles vão ter que ajustar a econo-mia e isso vai nos afetar. Mas nãovai haver um colapso no comér-cio, porque eles precisam impor-tar para comer e isso vai ser a últi-ma coisa na qual o governo vaimexer ”, diz Branco.

Fernando Ribeiro, técnico deplanejamento e pesquisa do Ins-tituto de Pesquisa EconômicaAplicada (Ipea), vê um “acirra -m e n t o” nas contradições daseconomias argentina e venezue-lana e aponta para o efeito o re-sultado do comércio exteriorbrasileiro. “Em termos de expor-tações totais não é um prejuízogrande, mas haverá impacto nosaldo comercial de 2014. As pro-jeções feitas em dezembro nãocontavam com essa deteriora-ção. Hoje, US$ 2 bilhões vão fa-zer a diferença entre ter um su-perávit ou um déficit na balançacomercial”, afirma.

Prorrogação da Zona Franca até 2073 volta à pauta do CongressoCésar FelícioDe Brasília

A prorrogação da Zona Francade Manaus até 2073 ficou ape-nas uma semana fora da pautado Congresso. O exame da pro-posta de emenda constitucional(PEC) que trata do assunto en-trará novamente na agenda daCâmara dos Deputados em deci-são a ser formalizada hoje pelopresidente da Casa, HenriqueEduardo Alves (PMDB-RN), deacordo com o líder do governono Senado, Eduardo Braga(PMDB-AM). A PEC prorroga osbenefícios fiscais por 50 anos,

adiando o fim do regime espe-cial, que termina em 2023 .

O tema voltou a chamar aatenção, porque a União Euro-peia (UE) está questionando, naOrganização Mundial do Co-mércio (OMC), os incentivos da-dos pelo Brasil à Zona FrancaOntem, em visita à União Euro-peia em Bruxelas, a presidentedefendeu a existência do poloindustrial em Manaus.

“Não há acordo para votar otexto, mas a colocação do assun-to na pauta vai forçar a busca deum entendimento com a banca-da do Estado de São Paulo. De-monstra que o governo está de

fato interessado”, disse o senadoramazonense. A bancada paulistacondiciona o apoio à PEC a pror-rogação dos incentivos dados pe-la lei de informática, que se en-cerram em 2019 e são franquea-dos a todos os Estados.

“Investimentos na área de tec-nologia são de natureza diferen-te. No caso das indústrias da Zo-na Franca, os ciclos de investi-mentos estão se tornando cadavez mais longos e as margensoperacionais diminuíram”, afir-mou Braga.

A Zona Franca, criada em1967, já teve duas prorrogações.A primeira aconteceu durante a

Constituinte de 1988 e lhe ga-rantiu a sobrevida até 2013. Masem 2003, foi votada uma novaprorrogação ampliando o prazopor mais dez anos.

A emenda constitucional esta-va na pauta da Câmara, mas foiretirada de debate na semanapassada, pela resistência da ban-cada paulista. O mesmo impassejá havia acontecido no ano pas-sado, em outra tentativa do go-verno de realizar a votação. Oprojeto do governo foi apresen-tado em 2011 e desbancou ou-tras duas propostas de iniciativaparlamentar para prorrogar a vi-gência da Zona Franca.

As expectativas de Braga parauma votação rápida do assuntosão moderadas. “É uma propostamuito complexa para ser aprova-da, o que a torna difícil de ser vo-tada sem consenso”, disse. Umaemenda constitucional para seraprovada necessita de votaçãoem dois turnos em cada casa doCongresso. A PEC da Zona Francaestá apenas começando a sua tra-mitação em plenário.

A PEC está dentro de um pacotede outros projetos governistas em-perrados na Câmara, como o pro-jeto que cria o Marco Civil da Inter-net, em relação a qual há resistên-cia dentro do PMDB para votar e o

que obriga a aplicação no MinhaCasa, Minha Vida da multa de 10%do FGTS pagos em caso de demis-são sem justa causa.

A sucessão presidencial, contu-do, colabora para reagendar aemenda. O assunto tradicional-mente é o principal tema políticonas eleições do Amazonas, Estadoem que Braga deve tentar o gover-no estadual e Dilma obteve suamaior votação proporcional naeleição presidencial de 2010, com80,6% dos votos válidos. Em recen-te visita ao Estado, a presidenteprometeu publicamente que aprorrogação seria examinada peloCongresso ainda este ano.

Acordo Mercosul-UEestá próximo, afirmaDilma em BruxelasAlex RibeiroDe Bruxelas

O Mercosul e a União Europeia(UE) fizeram progressos ontemnas negociações de um acordo delivre comércio entre os dois blo-cos, durante visita da presidenteDilma Rousseff a Bruxelas, apesardo clima azedo criado por críticasbrasileiras a uma consulta feitapelos europeus na OrganizaçãoMundial do Comércio (OMC)contra incentivos à indústria.

“Estamos pela primeira vez pró-ximos de realizar esse fato”, disseDilma após encontro de cúpulaentre o Brasil e a UE. Nele, foi sacra-mentado o dia 21 de março como adata para técnicos dos dois blocosdecidirem se levam adiante a trocaformal de ofertas com vistas a umacordo de livre comércio.

“Num momento em que a Eu-ropa está avançando em tantosacordos comerciais, seria umapena não termos um com nossosamigos do Mercosul”, disse o pre-sidente da Comissão Europeia,José Manuel Durão Barroso, con-traparte de Dilma na reunião decúpula, juntamente com o presi-dente do Conselho Europeu,Herman Van Rompuy.

O caminho para a troca de ofer-tas foi destravado em reunião en-tre membros do Mercosul háduas semanas em Caracas, emque a Argentina finalmente acei-tou uma oferta com amplitude amínima para negociar com os eu-ropeus. Agora, os países do Mer-cosul definem os detalhes finaisnuma reunião em 7 de março.

O Mercosul e a EU decidirampromover um contato preliminarem 21 de março para fazer umasondagem mútua que evite a repe-tição do fiasco de 2004, em que asofertas dos dois lados ficaram bemaquém do esperado pelas partes.

Ao mesmo tempo, ambos os la-dos procuraram ontem marcar po-sição na disputa comercial que sedesenha na OMC sobre incentivosbrasileiros à Zona Franca de Ma-naus e um programa para a indús-tria automotiva, o Inovar-Auto.

Dilma procurou levantar umponto muito caro à opinião públi-ca europeia – a defesa do meio am-biente e, em especial, da FlorestaAmazônica – para tentar minar oapoio dentro do bloco aos questio-namentos contra a Zona Franca.

“Assinalei minha surpresa quea Europa, tão comprometida comquestões ambientais, conteste

uma produção limpa na Amazô-nia que gera emprego e renda e éfundamental para que a gentemantenha a floresta em pé.”

Durão Barroso se antecipou aogolpe e, em pronunciamento aolado de Dilma, disse que a UniãoEuropeia não tem “em princípio”nada contra a Zona Franca. Paraele, há questões técnicas dentro domecanismo de incentivo que me-recem ser mais bem examinados.

Dilma pontuou, em entrevista

a imprensa brasileira depois doencontro, que a disputa não atra-palha as negociações para o acor-do de livre comércio. “Não há re-lação entre uma coisa e outra.”

Dilma fez, em dois discursos emBruxelas, uma defesa da políticamacroeconômica de seu governo.“A disciplina fiscal é e continuarásendo um princípio basilar de nos-sa atuação”, afirmou. Em encontrocom empresários, ela deu uma res-posta indireta a relatório do Fede-

ral Reserve que aponta o Brasil co-mo a segunda economia mais vul-nerável à mudança de sua politicamonetária, atrás da Turquia.

“Flutuação não deve ser confun-dida com vulnerabilidade”, disseDilma, repetindo argumentaçãoempregada nos últimos dias pelopresidente do Banco Central, Ale-xandre Tombini. “É mudança depreços relativos. A recente desvalo-rização ocorreu na sequência deuma valorização de 50% a 58% da

moeda brasileira.”Como já era esperado, não foi fe-

chado ontem o acordo de “céusabertos”, discussão que se prolon-ga por dois anos, nem se chegou aentendimento para a construçãode um cabo de fibra óptica entreBrasil e Europa. “Sempre que nego-ciamos um acordo, tem que termuito claro as vantagens e desvan-tagens”, disse Dilma. “Não é algoque tiramos da cartola – e pode le-var mais de dois anos.”

YVES LOGGHE/AP

A presidente Dilma no encontro de cúpula com a União Europeia, em Bruxelas: no dia 21, técnicos dos dois blocos definem caminho para troca formal de ofertas

05/02/2014Isto É DinheiroGeral | Pág. 38

08/02/2014DCI Indústria | Pág. 7

16/02/2014O Povo opovo.com.br | Geral

07/02/2014Exclusivo Online exclusivo.com.br | Geral

24/02/2014Jornal NH Mercado | Pág. 11

25/02/2014Valor EconômicoBrasil | Pág. 3

DCI Sábado, domingo e segunda-feira, 8, 9 e 10 de fevereiro de 2014 | I N D Ú S T R I A A7

ENERGIA ELÉTRICA

Eletrobras e State Grid podemrepetir parceria na ÁfricaSegundo o presidenteda estatal, a dobradinhasino-brasileira tambémdeverá acontecernovamente na disputado segundo linhão dausina de Belo Monte

são pauloAE letrobrase achinesa State Gridestudam repetir sua parceria vi-toriosa em Moçambique. Segun-do o presidente da estatal, José daCosta Carvalho Neto, as empre-sas pretendem disputar a cons-trução de dois sistemas de trans-missão para escoamento daenergia da usina de MphandaNkuwa,no nortedo paísafricano.Na última sexta-feira (7), consór-cio formado pela State Grid e assubsidiáriasda EletrobrasFur nase Eletronor te venceram o leilãodo primeiro bipolo para trans-missão da energia de Belo Monte.

“Será uma linha em correntecontínua até a África do Sul e ou-tra em corrente alternada, que vaidistribuir energia ao longo dop a í s”, contou Carvalho Neto apóso leilão. Segunda maior hidrelé-trica deMoçambique, comcapa-cidade instalada de 1.500 me-gawatts (MW), Mphanda Nkuwafoi concedida à Camargo Corrêa,junto às africanas In s i t e c e Elec -tricidade de Moçambique.

O executivo estima o custo doprojeto de transmissão próximo aR$ 5 bilhões e acredita que asobras podem ter início no come-ço de 2015. Esta seria a segundainiciativa internacional da Eletro-

bras, que está construindo par-ques eólicos de 150 MW no Uru-guai, em consórcio com a Admi -nistración Nacional de Usinas yTransmisiones Eléctricas (UTE).

Segundo o presidente da esta-tal, a parceriasino-brasileira tam-bém poderá ser utiliza-da novamente na dis-puta do segundo linhãode Belo Monte. “O focoda Eletrobras é geraçãoe transmissão, princi-palmente em projetosestruturantes. Pode serque a gente perca, masvamos disputar o se-gundo circuito”, disse Carvalho,acrescentando que a reedição doconsórcio nãoestá preestabeleci-da, mas é uma possibilidade.

O leilão da última sexta-feirafoi considerado um sucesso, pelodeságio de 38% sobre a ReceitaAnual Permitida (RAP), o quecontribuirápara tarifasmaismó-dicas aos consumidores. O con-sórcio formado por State Grid(51%), Furnas (24,5%) e Eletro-norte (24,5%) ofereceu receita deR$ 434,6milhões, ante umteto deR$ 701 milhões. Derrotou assimsociedade formada por Ta e s a eA l u p a r, que ofereceu deságio de4,93%, e a espanhola Ab e n g o a ,com desconto de 11,49%.

“Hoje, os exper ts em correntecontinua são os chineses, entãoter um chinês vencedor é muitobompois dáacertezade quetere-mos tecnologia de ponta”, avalia adiretora executiva da consultoriaThymos Energia, Thaís Prandini.Inédita no Brasil, a tecnologia deultra-altatensão de800quilovolts(kV) em corrente contínua só foi

utilizada no mundo até hoje emtrês projetos,dois delesna China.Para a analista, a parceria com oschineses também foi fundamen-tal para garantir o grande deságio,pela vantagem em k n ow - h ow ,equipamentos e financiamento.

De acordo com o pre-sidente da Eletrobras, oBanco Nacional de De-senvolvimento Econô-mico e Social (BNDES)financiará até 55% doempreendimento, como restante sendo dividi-do entre o Fundo de In-vestimentodo Fundode

Garantia do Tempo de Serviço(FI-FGTS), lançamento de de-bêntures e cerca de10% de finan-ciamentochinês, daprópriaStateGrid. “O capital será aportado naproporção da participação dasempresas no consórcio”, disse.

A construção foi dividida emoito lotes, com empreiteiras tra-dicionais como vencedoras, e assubestações foram arrematadaspela alemã Si e m e n s, num contra-tode cercade R$2 bilhões.“To d o sos equipamentos que serão usa-dos que já são fabricados no Brasilserão comprados da indústriabrasileiraeaqueles queaindanãosão vãoter maisde 60%de grauden a c i o n a l i z a ç ã o”, disse Carvalho.

Com investimento estimadopela Agência Nacional de EnergiaElétrica (Aneel)em R$ 5bilhões, alinha de 2.092 quilômetros de ex-tensão de Anapu (PA) a Ibiraci(MG), passando por 78 municí-pios e quatro estados deve em-pregarmais de15mil pessoasemsuas obras. Apesar do grande de-safio delicenciamento ambiental

esperado, a Eletrobras pretendeentregar o empreendimento cer-ca de três meses antes do prazoprevisto em edital, de 46 meses.

O investimento da estatal em2014 deve totalizar R$ 13,8 bi-lhões, segundo comunicado aomercado divulgado na sexta-fei-ra, dosquais R$9,6 bilhõesem ca-pital próprio. O montante estápraticamente em linha com osR$ 13,4 bilhões previstos em 2013,dos quais cerca de R$ 11 bilhõesforam executados, conforme de-clarou Carvalho em dezembro.

“A conquista do linhão de BeloMonte amplia em um terço oportfólio da State Grid no Brasil,até então, de 5.785 km”, ressalta opresidente do Instituto AcendeBrasil, Claudio Sales. Presentesno Brasil desde 2010, os chinesesformaram seu portfólio a partirda aquisição de linhas da Pl e n aTra n s m i s s o ra e da espanholaAC S . Com sede no Rio de Janeiro,a companhia pretende investirR$ 10 bilhões no País até 2015.

O ano de 2014 será “i n t e n s o”em leilões, segundo a Aneel. Es-tão previstos mais quatro certa-mesde transmissão,sendo opró-ximo em9 de maio,com 13lotes eR$ 4,5 bilhões estimados em in-vestimento. O governo ainda es-tuda se a licitação do segundo bi-polode BeloMonte serárealizadano segundo semestre ou no co-meço de 2015. Na geração, sãoplanejados sete leilões este ano.

thais carrança

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ENERGIA ELÉTRICA

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José da Costa

IMPLEMENTOS RODOVIÁRIOS

Fabricantes de reboquedescartam recorde deprodução este ano

são pauloApesar do ano recorde registra-do em2013, a indústriade rebo-ques está pessimista para 2014,mesmo coma projeçãode cres-cimento de 5% para o mercadode caminhões (as duas ativida-des são intimamente ligadas).De acordo com a AssociaçãoNacional dos Fabricantes deImplementos Rodoviários (An-fir), a expectativa é de queda de5,4% da produção neste ano,puxada pelo segmento pesado.

“Temos uma postura bemconservadora para 2014. Acre-dito que vamos andar um pou-co para trás”, afirma o presiden-te da Anfir, Alcides Braga.

O executivo explicaque os re-boques e semirreboques (usa-dos em caminhõespesados) so-freram uma certa antecipaçãode compra em 2013, uma vezque o setor usufruiu de condi-ções especiais do financiamen-to do BNDES para a compra debensdecapital (Finame).Poris-so, neste ano, a queda no seg-mento pesado deverá ser de10,94% em relação a 2013.

Segundo Braga, os motivosque sustentam aprevisão pessi-mistada entidadegiram emtor-no, basicamente, do aumentodas taxas do Finame e eventoscomo Copa do Mundo e elei-ções. “Estamos preocupadoscom essas interrupções, quepodemdesviaro focodoapetitede compra dos empresários”,destaca Braga.

As novas condições do Fina-me, de acordo com a Anfir, de-vem impactar sensivelmente osnegócios nosetor. Durantetodo

o ano passado, as taxas de jurosforamconsideradas muitoatra-tivas (entre 3% e 4%) e o finan-ciamento cobria 100% do bemde capital. Em 2014, as alíquotassubiram para 6% e será exigidauma entrada de 10% para pe-quenos e médios e 20% paragrandes empresas.

“O raciocínio é de que seráum anodifícil parao segmento”,ressalta Braga. Já na linha leve,espera-se que a queda seja bemmenor, de 2,64% na mesma ba-se de comparação.

“A expectativa de aqueci-mento do comércio de bebidaseeletroeletrônicos podecontri-buir com as vendas de carroce-rias sobre chassis, que transpor-tam estes itens”, diz Braga.

Em 2013, os emplacamentosde reboques e semirreboquescresceram 33,56% em relação a2012. Já em leves, houve quedade 18,06% na mesma base decomparação. “Carroceria sobrechassi foi a grande decepção doa n o”,dizBraga, queexplica.“Pe -quenos e médios, maiores con-sumidores do segmento, têmpouco acesso ao BNDES”, diz.

juliana estigarríbia

k D I F I C U L DA D E S

«Temos uma posturabem conservadorapara 2014.Acreditamos quevamos andar umpouco para trás.»ALCIDES BRAGAPRESIDENTE, ANFIR

INDICADOR

Produção ficamenor em 11 de 14regiões, diz ibge

são pauloA produção industrial recuouem11dos 14locaisanalisadospelo Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística (IBGE)na passagem de novembropara dezembro de 2013. EmSão Paulo, houve queda de5,5% em dezembro, depois dequeda de 0,3% em novembro.Em relação a igual mês de2012, a queda foi de 6,4%.

No acumulado de 2013, 11dos 14 locaispesquisados peloIBGE registraram aumento daprodução industrial, o que re-sultou na taxa média nacionalde1,2% emrelaçãoa 2012.EmSão Paulo, a indústria teve altade0,7% em2013. Valeressaltarque a altada indústria paulistano acumulado do ano até no-vembro era de 1,4%, o dobroda taxa de fechamento.

No mês de dezembro, alémde SãoPaulo, foramdestaquesnegativos as regiões de MinasGerais (-8,6%), do Paraná(-7,3%), Ceará(-6,2%) eEspíri-to Santo (-3,6%), com recuosmais intensos do que a médianacional (-3,5%)do mês.O RioGrande do Sul (-3,2%), Rio deJaneiro (-3,0%), Bahia (-0,6%),Amazonas (-0,6%) e Santa Ca-tarina (-0,1%) completaram oconjunto de locais com taxasnegativas no último mês.

Por outro lado, Goiás (8,2%)ePernambuco (3,3%)registra-ram os avanços mais intensos.Já no acumulado de 2013, asregiões que avançaram naprodução em ritmo acima damédia nacional foram RioGrande do Sul (6,8%), Paraná(5,6%), Goiás (5,0%), Bahia(3,8%), Ceará (3,3%) e SantaCatarina (1,5%). Por outro la-do, as regiões do Espírito Santo(-6,7%), Pará (-4,9%) e MinasGerais (-1,3%) assinalaram osresultados negativosno índicedo acumulado no ano.

ag ê n c i a s

C A LÇ A D O S

Mercado sul-africano pode impulsionarvendas brasileiras de sapato em 2014Em 2013, o Brasil exportou 1 milhão depares de calçados para a África do Sul,expansão de 45,5% ante o ano anterior

são paulo // A África do Sul pode se transformar emum mercado muito promissor para as exportaçõesbrasileiras de calçados nos próximos anos, segundoavaliaçãodo BrazilianFootwear,programa deapoioàs exportações mantido pela Associação Brasileiradas Indústrias de Calçados (Abicalçados). Só em2013 o país africano registrou um consumo internode mais de 250 milhões de pares, 4,8 pares per capita.Porém, no mesmo período, a produção de calçadosno país africano foi de pouco mais de 50 milhões depares, conforme dados levantados pela consultoriaWhitehouse & Associados.

“Nos últimos dez anos,notamos um crescimentode quase 100% no consumo per capita, que era de 2,8pares em 2003”, afirma o coordenador da Unidadede Desenvolvimento da Abicalçados, Cristian Sch-lindwein. Segundo o executivo, o varejo de produtosde modada Áfricado Sul representa20% dototal dasvendas e o avanço desse setor foi de 7% no ano pas-sado. “A melhor taxa de crescimento do varejo entreos setores do mercado”, acrescenta.

Em 2013, o Brasil exportou 1 milhão de pares decalçados para a África do Sul, expansão de 45,5% em

relação ao ano anterior, de acordo com a Abicalça-dos. “Existe potencial ainda maior neste ano, espe-cialmentemotivadopor umcâmbiomaiscompeti-tivo para o calçado brasileiro”, reforça Schlindwein.

Outro mercado que vem chamando a atençãodos empresários brasileiros é a Colômbia. No anopassado, o país sul-americano respondeu por 3,6%do faturamento total obtido com as exportações decalçados,somando US$39,3 milhões.Hoje, omaiorparceirodoBrasilna AméricadoSulcontinuasendoaArgentina, queapenasem2013 foiresponsávelpor10,9% da receita, contabilizando US$ 118,8 milhões.

Em seguida aparecem Paraguai e Bolívia. Juntos,elesrepresentaram9,1% dasexportaçõesbrasileirasde calçados no último ano, em valor. De acordo comdadosdaAbicalçados,o primeirogerouumareceitade US$ 55,2 milhões, enquanto o segundo agregouUS$ 44,9 milhões. No mesmo período de análise, asexportações brasileiras de calçados, em volume,cresceram 8,5% no ano passado em comparaçãocom 2012,somando 122,9 milhõesde pares.O valormédio por par caiu 7,6% em 2013 ante 2012.

Atualmente, os Estados Unidos, a Argentina e aFrança sãoos três principais paísesimportadores decalçados brasileiros, em valor. No ano passado, elesresponderam por 34,6% do faturamento total doano registrado com as exportações, que atingiram acasa dos US$ 1,095 bilhão, alta de 0,2% ante 2012.

bruna kfouri

M OTO C I C L E TA S

Fabricação cresce 14,2%em janeiro de 2014são pauloA produção de motos em janeirodeste ano cresceu 14,2% na com-paração anual, para 145,3 milunidades, segundo informou nasexta-feira aAssociação Brasileirados Fabricantes de Motocicletas,Ciclomotores, Motonetas, Bici-cletas e Similares (Abraciclo).

“Asações comerciaisestimula-ram os negócios, porém, este es-forço tem como objetivo com-pensar um possível recuo dasvendas nos próximos mesesdiante da Copa do Mundo”, afir-mou em nota o presidente daAbraciclo, Marcos Fermanian.

“Com isso, esperamos atingiruma estabilidade em 2014”, diz.

Em relaçãoa dezembro,quan-do as montadoras concederamférias coletivas, a produção domês passado cresceu 78,5%.

Jáas vendasno atacadoatingi-ram 103,6 milunidades em janei-ro, oque correspondea umaque-da de 9,5% em relação ao mesmoperíodo de 2013. Na comparaçãocom dezembro, também houveredução dos volumes em 5,2%.

De acordo com Fermanian, osesforços dos fabricantes e con-cessionárias paraacelerar asven-das no início do ano se refletiram

na alta dos licenciamentos de ja-neiro em 5,7%, totalizando 133,6mil motocicletas emplacadas,ante 126,4 mil unidades do mes-mo mês de 2013.

E x p o rt a ç õ e sSegundo a Abraciclo, as exporta-ções também mereceram desta-que em janeiro. No mês passado,as vendas externas avançaram46,1% na comparação anual, to-talizando 8,3 mil unidades.

Já em relação ao mês de de-zembrodo anopassado, ocresci-mento registrado chegou a 6,3%,quandoas exportaçõesatingiram7,8 mil motocicletas. A Abracicloafirma, no entanto, que esta ele-vação está dentro das previsõesda entidade.

juliana estigarríbia

Notas

A LU M Í N I O

Produção tem queda de 9,2%são paulo // A produção de alumínio primário totalizou1,3 milhão de toneladas em 2013, segundo informou aAssociação Brasileira do Alumínio (Abal), o que represen-ta uma queda de 9,2% em relação ao volume de 2012.De acordo com a Abal, o declínio reflete os “enormes de-safios que os produtores de alumínio primário têm en-frentado nos últimos anos para administrarem suas ope-rações no Brasil”.

A LU M Í N I O

Alcoa finaliza expansão no Sulsão paulo // A Alcoa anunciou na sexta-feira que finalizouo processo de expansão da sua planta de Tubarão (SC). Acapacidade produtiva da unidade aumentará em 10 miltoneladas por ano, voltadas ao mercado da construçãocivil, indústrias moveleira, automobilística e metalomecâ-nico. Com a inauguração da nova prensa, a divisão deextrudados da Alcoa passará a uma capacidade de 82 miltoneladas em suas três unidades produtivas.

P L Á ST I CO S

Polinox espera avanço de 6%são paulo // Fabricante de catalisadores e ceras desmol-dantes, matérias-primas de compósitos, a brasileira Poli -n ox registrou alta de 5,5% no volume produzido em2013, com expansão de 14% no faturamento. A expectati-va para 2014, segundo a empresa, é elevar em 6% o volu-me produzido em Itupeva (SP). O objetivo, com o dólarfavorável, é ampliar as exportações na América do Sul.

ag ê n c i a s

RB Capital Securitizadora S.A.CNPJ nº 03.559.006/0001-91 - NIRE 35.300.322.924

Edital de Convocação - Assembleia Geral de Titulares dos CRIFicam convocados os Srs. Titulares dos Certifi cados de Recebíveis Imobiliários da 53ª Série da 1ª Emissão da RB Capital Securitizadora S.A. (“CRI” e “Emissora”, respectivamente), nos termos da Cláusula 11.2 do Termo de Securitização dos Certifi cados de Recebíveis Imobiliários da 53ª Série da 1ª Emissão da RB Capital Securitizadora S.A., a reunirem-se em Assembleia Geral de Titulares dos CRI, a se realizar no dia 27.02.2014, às 10:00, em 1ª convocação, e às 10:30, em 2ª convocação, na R. Amauri, 255, 5º andar, SP/SP, para deliberar sobre a possibilidade da Emissora exercer determinadas atividades de gestão das garantias dos CRI, mediante mandato a ser negociado junto à Devedora dos Créditos Imobiliários dos CRI. Titulares dos CRI que se fi zerem representar por procuração, deverão entregar o instrumento de mandato, com poderes específi cos para representação na Assembleia Geral de Titulares dos CRI, nas instalações do Agente Fiduciário, a Pentágono S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários, situada na Av. das Américas, nº 4.200, Bloco 04, Sl. 514, Rio de Janeiro/RJ, com, pelo menos, 24 horas de antecedência da referida assembleia. São Paulo, 06.02.2014. RB Capital Securitizadora S.A.

ABIMDE – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE MATERIAIS DE DEFESA E SEGURANÇAAv. Paulista, 460 – 17º andar – Conj. B – CEP: 01310-000 – Bela Vista – São Paulo/SP - Fone/Fax: (11) 3170-1860

Consultamos as possíveis empresas nacionais que fabriquem o produto ou similar: PÓLVORA BULLSEYE 84; PÓLVORA OBP- 466; PÓLVORA SMP 226; PÓLVORA PR-844; PÓLVORA WC-297; PÓLVORA WC-732; PÓLVORA PK-10; PÓLVORA PBC 347; e PÓLVORA SMP 224, a se manifestarem, com a devida comprovação, em até 5 (cinco) dias úteis, após a divulgação deste informe, nos termos de nossa Norma de Emissão de Declaração de Não Similaridade. No caso de até o fi m deste prazo não houver qualquer manifestação em contrário, serão expedidas as Declarações de Não Similaridade. São Paulo, 08 de fevereiro de 2014.

ABIMDE - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE MATERIAIS DE DEFESA E SEGURANÇAAv. Paulista, 460 - 17º andar - Conj. B - CEP: 01310-000 - Bela Vista - São Paulo/SP - Fone/Fax: (11) 3170-1860

Consultamos as possíveis empresas que comercializem os produtos e serviços: Balsa Salva Vidas, ANGEVINIER Solas, Modelos 1060, 1100, 1150 e 1250; Revisão Anual em Balsas Salva Vidas ANGEVINIER Solas, Modelos 1060, 1100, 1150 e 1250; Manutenção e Reparo em Barco de Resgate BRS ANGEVINIERE inspeção inicial conforme projeto: casco, fl utuador, balaustrada e motor, a se manifestarem, com a devida comprovação, em até 5 (cinco) dias úteis, após a divulgação deste informe, nos termos de nossa Norma de Emissão de Declaração de Exclusividade. No caso de até o fi m deste prazo não houver qualquer manifestação em contrário, serão expedidas as Declarações de Exclusividade. São Paulo, 08 de Fevereiro de 2014.

CONSELHO DELIBERATIVO

A ABICALÇADOS JÁ ESTÁ ARTICULANDO AÇÕES PARA UM ADEQUADO POSICIONAMENTO DIANTE DA QUESTÃO (DA PRORROGAÇÃO DO ANTIDUMPING).

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março 2014 - abinforma 3

especial

Entender o perfil do vare-jo de calçados é premissa fundamental para o suces-so da indústria calçadista. Com o objetivo de apresen-tar um estudo aprofundado do consumo, especialmente do segmento de produtos femininos, a Abicalçados é patrocinadora exclusiva do Azimute 720, estudo reali-zado pela Focal Pesquisas. O evento de apresentação será na sede da Associação no próximo dia 17 de março, às 10 horas.

Segundo o diretor da Focal Pesquisas, Gustavo Campos, o levantamento visa trazer o consumidor para o âmbito da discussão sobre o varejo de calçados. Em um universo de 2.429 questionários res-pondidos por mulheres com idade média de 34 anos nas seis principais capitais do Brasil (Belo Horizonte, Brasí-lia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo), o estudo trouxe dados relevantes e que podem orientar estratégias comerciais da indústria e do varejo calçadista.

DesafiosCom um perfil mais independente, as mulheres atuais já não mudam o estilo conforme dia ou ocasião. Segundo o relatório,

apenas 27,7% das entrevis-tadas mudam o estilo, núme-ro maior do que o registra-do no estudo publicado em 2011. Dois anos atrás 53,5% das entrevistadas disseram mudar de acordo com a oca-sião. “Existem duas explica-ções para a mudança: o fato da mulher de hoje, mais in-dependente, estar se encon-trando num estilo, e a ques-tão da queda no poder de consumo”, explica Campos. A fidelidade às marcas também está menor. Um total de 76% das entrevistadas respondeu não ter o estilo representado por uma marca de calçados. Na edição anterior a resposta negativa foi de 66% “Aí entra uma dificuldade maior para o trabalho das empresas, que precisam investir mais em estratégias para conquistar as consumidoras”, comenta.

Ainda segundo o relatório, 40,8% das entrevistadas

disseram ter influência sobre as compras das amigas, o que demonstra a importância do relacionamento e da exposição das marcas. “Talvez um dia esse grau de influência chegue a 100%”, afirma o consultor.

QuedaA pesquisa também apontou uma queda no consumo de calça-dos femininos, muito embalada pelo atual momento vivido no mercado interno brasileiro, com a inflação em alta e a maior oferta de bens concorrentes. Nesta edição, a média de con-sumo per capita das entrevistadas ficou em 2,7 pares para outono-inverno e 3 pares para primavera-verão. Em 2011 os números eram de 3,31 e 3,74, respectivamente. “De toda for-ma continua sendo um consumo relevante, de quase um par a cada dois meses, o que indica que o ciclo de moda está mais rápido e que a indústria precisa se adaptar à demanda”, res-salta Campos.

Conforto é fundamentalO Azimute 720 ressaltou, ainda, uma tendência já verificada na indústria calçadista. A presença do conforto é cada vez mais relevante. Segundo o estudo, o calce e conforto são con-siderados os itens mais importantes para 63,8% das entrevis-tadas, seguidos por design (53,5%), material (38,7%) e preço (38,4%). A marca também perde em importância neste quesi-to, aparecendo com 25,8% neste ranking.

Apesar do preço não ser o mais importante, as mulheres estão mais sensíveis no bolso e, por isso, pesquisando mais antes de comprar. Conforme a pesquisa, 67% delas comparam preços antes de efetivar o ato de compra.

Durante a apresentação na sede da Abicalçados o estudo será detalhado.

Para adquirir o dossiê completo entre em contato com a Focal Pesquisas através do telefone (51) 3023-5150 ou pelo e-mail [email protected].

ESTUDO DETALHA CONSUMO DE CALÇADOS FEMININOS NO BRASIL

Em um mercado composto por consumidores mu-tantes, sem fronteiras, com ofertas de produtos na-cionais e internacionais acessíveis à compra, tornar uma marca atrativa ao consumidor é um desafio.Até dois anos atrás não tínhamos o volume de ven-das on-line no segmento de calçados como nos dias atuais, mesmo representando uma participação pe-quena, em relação ao share total das vendas neste segmento. Pode-se verificar que é uma tendência de compra. Segundo o relatório (2013) webshoppers do e-bit, a categoria moda e acessórios está em pri-meiro lugar em volume de vendas on-line, ultrapas-sando a categoria de eletrodomésticos.

No incremento de vendas on-line do segmento cal-çadista, destaca-se o aprimoramento deste modelo de negócio, entre eles, a co-criação. Neste modelo o consumidor passa a ter um papel ativo na compra e pode co-criar o seu calçado em parceria com a empresa. Como exemplo, pode ser citado o case da marca Nike, com o id studio oferecendo o modelo de co-criação.

O consumidor on-line de calçados busca praticidade e diversidade em produtos, marcas e preço, quando escolhe a opção de compras no ambiente virtual, em sites confiáveis.

Para o ambiente real, a diversificação de modelos de negócio com o propósito de atrair o consumidor vem transformando também o conceito do varejo off-line do segmento calçadista. Através de suas lojas mo-nomarcas, multimarcas, lojas conceito, temporárias e pop up store, oferecem experiências de compras, com maior ou menor intensidade, dependendo do modelo de negócio e relevância de marca.

Com eventos em lojas para lançar coleções da es-tação, micro coleções, produtos cápsulas, comprar torna-se um momento de prazer e descontração para mulheres e homens, justificando o desloca-mento e disponibilidade de tempo para efetuar uma compra.

Tanto homens como mulheres desejam momentos de descontração, alinhados ao prazer da compra de um sapato, resultando em experiência de compra.Observam-se dois ambientes (virtual e real) para o mesmo consumidor. Estar presente e disponível ao consumidor é uma diretriz estratégica das marcas de calçados. Estas marcas devem ter um posicio-namento distinto e percebido pelos consumidores para que estes escolham seus produtos na hora da decisão de compra.

Enfim um consumidor mutante, experimentando novas formas de compra, sendo apenas leal as mar-cas, em um mercado com ofertas ilimitadas, desafia as empresas de calçados. Fica a reflexão: Por que o consumidor irá comprar o seu produto?

*Consultora da Marketing Viewer Inteligência Coletiva

CONSUMIDORES MUTANTES VERSUS OFERTAS ILIMITADAS!Vera Müller*

OLHAR DE ESPECIALISTA

Pesquisa Azimute 720 será apresentada na sede da Abicalçados no próximo dia 17 de março

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abinforma - março 20144

abinotícias

Com o objetivo de divulgar as ações para a feira de 2014, a Francal Feiras promoveu,

no dia 4 de fevereiro, no seu escritório regional de Novo Hamburgo/RS, uma ação de divulgação junto à imprensa local. Na oportunidade, o pre-sidente da promotora, Abdala Jamil Abdala, res-saltou que o ano atípico, por causa da Copa do Mundo no Brasil, não deverá ser empecilho para o sucesso da 46ª edição do evento, que será re-alizada entre os dias 15 e 18 de julho, no Anhem-bi, em São Paulo/SP. “Estamos aqui para pedir o apoio de vocês, jornalistas, para desmistificar o boato de que a Copa irá prejudicar a Francal”. Segundo Abdala, o calendário da feira já vinha sendo trabalhado há dois anos para que a mos-tra transcorresse dois dias após a final do evento esportivo, que acontecerá no Rio de Janeiro/RJ.

“Atrás do freguês do nosso freguês”Desta forma Abdala avaliou a ação da Francal que bloqueou 1,5 mil apartamentos na cidade de São Paulo durante os dias de realização da feira. Os preços também são subsidiados, de for-ma que alguns hotéis chegam a custar cerca de

R$ 170 a diária, preço abaixo do praticado no mercado. Conforme a promotora, são 11 hotéis de localização estratégica e que contarão com traslado gratuito de ida e volta para o pavilhão do Anhembi. Abdala acrescentou que a deman-da para a Copa não foi tão alta quanto os hotéis e companhias aéreas esperavam, o que possibi-

litou o acordo. Em São Paulo, o último jogo será realizado no dia 9 de julho, portanto seis dias antes do início da Francal.

“Então, estamos indo atrás do freguês do nosso freguês, que é o lojista. O nosso reforço aqui é de que não vai faltar hotel e os preços serão

atrativos. A Francal, mesmo tardia, por causo de um ano atípico, terá as principais marcas de calçados do Brasil.

Expectativas de negóciosPara o empresário, a expectativa de negócios, especialmente no mercado externo, é a me-lhor possível. “Com um dólar mais valorizado, existe uma tendência de crescimento nas ex-portações. Nesta feira devemos atrair um bom número de importadores que poderão, além de fazer negócios, aproveitar o momento da Copa. O presidente-executivo da Abicalçados, Heitor Klein, presente no encontro, fez coro à expectativa positiva.

Com mil expositores reunidos em uma área total de 80 mil metros quadrados, a Francal apresenta as coleções de primavera-verão, a mais rentável para o varejo brasileiro. Con-forme a promotora, a expectativa para a 46ª edição do evento é receber mais de 60 mil lojistas e profissionais do setor de todos os estados brasileiros e de mais de 70 países dos cinco continentes.

A novela dos entraves para a Argentina está longe do final. O último capítulo representou o revés mais trágico desde julho do ano pas-sado, quando o governo de Cristina Kirchner voltou a barrar os calçados brasileiros. Con-forme mais recente levantamento da Abical-çados, 410 mil pedidos foram cancelados por conta da demora na liberação das Declara-ções Juramentadas Antecipadas de Importa-ção (DJAIs). O prejuízo foi calculado em mais de US$ 6,2 milhões. Outros 418 mil pares, que representam US$ 9 milhões, seguem aguar-dando a liberação.

O presidente-executivo da entidade calça-dista, Heitor Klein, ressalta que a crise se agravou nos últimos meses. “Infelizmente, a nova equipe econômica do governo argenti-no continua trancando os nossos produtos. Existe um recrudescimento do protecionismo quanto às importações brasileiras, o que tem afetado nossos embarques de calçados de forma severa”, lamenta.

PrejuízosSomente no primeiro mês de 2014, as expor-tações brasileiras de calçados para a Argentina caíram 30% em dólares (de US$ 4,77 milhões para US$ 3,4 milhões), fazendo com que o país vizinho caísse do segundo posto para a quinta colocação entre os principais destinos. O resul-tado foi determinante para uma queda de quase 40% na balança comercial do setor no primeiro mês deste ano. “A Argentina é um mercado tra-dicional, que tem potencial para importar mais de 20 milhões de pares brasileiros. Ano passado a exportação foi de pouco mais de 8 milhões, o que deve cair ainda mais ao longo deste ano por conta do protecionismo do governo de Cris-tina Kirchner”, comenta o dirigente calçadista, lamentando que o fato acontece logo em um momento favorável para as exportações, com o dólar em patamares mais competitivos.

Movimentos insuficientesEmbora Klein reconheça o esforço do governo brasileiro na resolução do impasse, a opinião dos

calçadistas é de que um discurso mais duro por parte do Governo Federal é fundamental neste momento. “A Argentina, como parte do Merco-sul, não poderia criar empecilhos protecionistas dentro do bloco. O que mais causa irresignação é o fato de que enquanto o produto brasileiro perde espaço, o chinês avança na Argentina”, lamenta. Segundo ele, as expectativas, agora com a maxidesvalorização do peso argentino, são as piores possíveis. “Se já estava difícil man-ter aquele mercado, agora será praticamente impossível, já que o nosso produto ficará mais caro para o consumidor daquele país já tão cas-tigado pela inflação”, aponta.

De acordo com o executivo, o prejuízo acumu-lado desde 2013 já ultrapassa os US$ 45 mi-lhões, somando os pares trancados, os cance-lamentos e os pedidos que não foram repetidos por conta dos entraves. “Perdemos a venda de 700 mil pares para o Dia das Mães, em outu-bro de 2013, depois perdemos os embarques de outros 700 mil para os festejos do fim de

ano e agora estamos arcando com os prejuízos de outros milhares de pares cancelados e pen-dentes já negociados e que não estarão nas vi-trines argentinas para as vendas da tempora-da outono-inverno, muito fortes naquele País”, explica Klein, acrescentando ainda o problema representado pela imprevisibilidade das nego-ciações, o que inibe tanto exportadores como importadores locais.

Reunião de alertaVisando sensibilizar os deputados gaúchos, Klein esteve na Assembleia Legislativa do Rio Gran-de do Sul no último dia 26 de fevereiro. Lá, o executivo detalhou os prejuízos causados pelos entraves protecionistas e ouviu dos deputados promessas de auxílio para a solução do impasse.

Além do dirigente calçadista, o encontro con-tou com as presenças do presidente do Badesul, Marcelo Lopes, de Luiz Fernando Lorenzi, de-legado da Receita Federal de Novo Hamburgo e deputados estaduais ligados ao setor.

A aplicação do tolueno no setor calçadista e os impactos so-ciais e ambientais do mesmo foram temas de reunião na sede da Abicalçados, em Novo Hamburgo/RS. O evento, que aconte-ceu no último dia 24 de fevereiro, foi promovido pela Braskem com o apoio da Associação das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal).

A palestra de pouco mais de uma hora, ministrada pelo Mestre em Engenharia, Yuki Hamilton Onda Kabe, foi acompanhada por empresários do setor. O especialista apontou que o tolueno

poderia ser utilizado em condições de segurança. Segundo ele, existem alternativas ao produto químico, hoje restrita no calçado brasileiro. Por outro lado, são produtos mais caros e que diminuem a competitividade das empresas. “Não existem efeitos nocivos comprovados quando o trabalhador utiliza os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) de forma ade-quada. Portanto, é preciso realizar um estudo com avaliação efetiva de impactos ambientais e sociais, além de levar em consideração o desempenho econômico”, disse Kabe, que propôs a colaboração do empresariado presente para o le-

vantamento dos adesivos utilizados nos calçados com vistas à realização de um estudo de impacto do uso do tolueno. “Se for comprovado que o tolueno, mesmo com todos os cui-dados, é prejudicial, vamos procurar outra estratégia para a substituição”, concluiu.

Atualmente a utilização de tolueno é proibida no calçado brasileiro, pela toxidade do produto. Por outro lado, empresá-rios alegam que a utilização dos equipamentos de proteção individual poderia assegurar a saúde dos trabalhadores.

FRANCAL PROMOVE AÇÕES PARA ATRAÇÃO DE LOJISTAS

CANCELADOS PEDIDOS DE 410 MIL PARES PARA A ARGENTINA

TOLUENO EM PAUTA

Crise com o país vizinho se agrava e alerta setor calçadista nacional

Klein (direita) marcou presença no evento da promotora

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abinotícias

O Sistema de Operações Logís-ticas Automatizadas – SOLA –

foi oficialmente apresentado às em-presas no dia 5 de fevereiro, na sede da Abicalçados. Com o objetivo de integrar os elos da cadeia calçadista – fornecedores, industriais e varejo, o Sistema busca na padronização e na segurança das operações logís-ticas maior agilidade para as nego-ciações e, consequentemente, maior competitividade. “A nossa preocu-pação é com a competitividade das indústrias e, neste sentido, o SOLA irá auxiliar muito. Trata-se de uma solução moderna e ágil e que traz um ganho econômico significativo para o setor calçadista brasileiro”, destacou o presidente-executivo da Abicalçados, Heitor Klein.

Agora partindo para a operação nas empresas, o SOLA funciona com o padrão de códigos de barra GS1, que está presente em mais de 150 países através de mais de um mi-lhão de empresas. “São mais de sete milhões de operações diárias no mundo com este processo”, ressal-

tou Marcelo Sá, do Marketing e Re-lações Institucionais da GS1 Brasil.

A superintendente da Associação Brasileira de Empresas de Compo-nentes para Couromoda, Calçados e Artefatos (Assintecal), Ilse Guimarães, destacou a importância da integração para a competitividade da cadeia cal-çadista. “A questão da logística é cada vez mais relevante para a competitivi-dade do setor”, disse.

A apresentação do SOLA ficou a car-go do especialista em tecnologia da informação e coordenador técnico do projeto, Ivair Kautzmann. Segundo ele, com o SOLA a indústria calça-dista irá fazer o que o varejo já faz há muito tempo através do código de barras. “Isso significa ganho em agili-dade e economia para toda a cadeia”, apontou, acrescentando que a auto-mação e a padronização serão as res-ponsáveis pela maior competitividade das empresas. “Trouxemos a logística para o centro da questão. Existe um movimento de mercado, puxado pe-los consumidores, que indica para

uma tendência de pedidos cada vez menores e mais frequentes. Para se adaptar a esse novo momento, é preciso agilidade”, comentou. O espe-cialista ressaltou que o sistema segue um padrão mundial, o que facilitará ainda as vendas externas.

O criação do SOLA é uma iniciativa da Abicalçados em parceria com a

Agência Brasileira de Desenvolvi-mento Industrial (ABDI), Assintecal, Associação Comercial e Industrial de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha (ACI NH-CB-EV), Associação Brasileira dos Lojistas de Artefatos e Calçados (Ablac), Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçados e Artefatos (IB-TeC) e GS1 Brasil.

PROJETO DE OTIMIZAÇÃO LOGÍSTICA É APRESENTADO PARA EMPRESÁRIOS

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Mais informações

pelo e-mail

[email protected]

ou no site

www.abicalcados.com.br/sola

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O dólar num patamar mais com-petitivo para a exportação alia-

do à qualidade do calçado brasileiro deve determinar o sucesso da parti-cipação brasileira nas coirmãs: the-Micam, em Milão, e theMicam Shan-ghai, em Xangai. Promovidas pela Assocalzaturifici – associação italiana dos fabricantes de calçados, as fei-ras recebem os lançamentos para a temporada outono-inverno das em-presas nacionais apoiadas pelo Bra-zilian Footwear. Na Itália participam 53 marcas no evento que acontece entre 2 e 5 de março. Já na China, o Brasil estará representado por 13 marcas entre 24 a 26 de março.

O gestor de Projetos da Abicalça-dos, Cristiano Körbes, ressalta que as marcas nacionais têm na theMicam a oportunidade de atender in loco uma demanda crescente por produtos brasileiros. Segundo ele, mesmo com um dólar menos competitivo para os exportadores brasileiros e com a crise internacional que assolou a Europa no ano passado, a demanda por calçados

Made in Brazil permaneceu estável. Dados do Ministério do Desenvolvi-mento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) apontam que a União Euro-peia comprou mais de 17,6 milhões de pares ao longo de 2013, 14% dos cal-çados exportados naquele ano. “É um indicativo de que, com o dólar mais valorizado aliado ao forte trabalho de posicionamento e imagem das mar-cas brasileiras, os negócios podem ser superiores em 2014”, projeta.

Já na irmã oriental theMicam Shan-ghai, em sua terceira edição, Körbes adianta que o Brazilian Footwear segue investindo em um forte tra-balho de inserção das marcas no mercado asiático, que já aponta resultados satisfatórios. “Temos al-guns casos de empresas que já es-tão se inserindo no mercado chinês e conseguiram, através de parceiros locais, testar seus produtos junto aos consumidores locais. Sabemos do grande desafio e acreditamos que estamos seguindo no caminho correto, de manter o foco no for-

talecimento da nossa imagem e na tradição brasileira no setor calçadista mundial”, frisa. Um dia antes da feira, o Brazilian Footwear promove ainda um seminário para debater assuntos como estratégias de marketing, com-portamento do consumidor, e novas parcerias e canais no mercado.

Promoção com compradoresDando continuidade à ação inspira-da no futebol, o Brazilian Footwear vai sortear a bola oficial do torneio mundial, a Brazuca, entre compra-dores internacionais que visitarem os estandes das marcas apoiadas pelo programa nas duas feiras. Para participar basta visitar o estande coletivo do Brazilian Footwear e colocar o cartão de visitas em uma urna. O sorteio será realizado no úl-timo dia de cada feira.

Participam em uma área de quase mil metros quadrados na theMicam, em Milão, as marcas: Cristófoli, Ita-puã, Itsandal, Itsandal Kids, New

Face, Biondini, Para Raio, Superstar, Starzinho, Paradoxo, Mary Pepper, Tradeffort, Anatomic Gel, Boaonda, Carrano, Cecconelo, Democrata, Hu-berto S. Müller, Miucha, Kildare, Lilly´s Closet, Dumond, Capodarte, Madeira Brasil, Sapatoterapia, Tanara Brasil, Kolosh Brasil, Werner, Vizzano, Bei-ra Rio, Moleca, Molekinha, Modare, Zeket, Indiana, Sollu, Rider, Ipanema, Grendha, Ipanema GB, Tabita, Enrico Boaretto, Paolo Sesto, Capelli Rossi,

Usaflex, Stéphanie Classic, Rio Cou-ture, Andacco, Jorge Bischoff, Lou-cos e Santos, Guilhermina, Raphaella Booz e Sarah Chofakian.

No espaço coletivo do Brazilian Foo-twear na theMicam Shanghai esta-rão: Stéphanie Classic, Democrata, Molekinha, Cristófoli, Piccadilly, Pic-cadilly for Girls, Amazonas Sandals, Radamés, Kontatto, Pampili, Sapato-terapia, Bibi e Carrano.

PROGRAMA DE PROMOÇÃO ÀS EXPORTAÇÕES DE CALÇADOS, DESENVOLVIDO PELA ABICALÇADOS EM PARCERIA COM A APEX- BRASILbrazilian footwear

BRASILEIROS VÃO A MILÃO E XANGAI NAS EDIÇÕES DA theMICAM

ALEMANHA NO ROTEIRO DO BRASILEntre as edições da theMicam em Milão e Xangai, o Brazilian Footwear faz uma parada estratégica na GDS – International Event for Shoes & Accessories, em Düsseldorf, na Ale-manha. Entre os dias 12 e 14 de março, 15 ex-positores nacionais, alguns com mais de uma marca, participam da mostra com o apoio do programa de exportações desenvolvido pela Abicalçados com apoio da Apex-Brasil, apre-sentando suas coleções de outono-inverno.

Em sua última edição no formato tradicional da feira – para julho deste ano, a promotora já anunciou uma nova formatação -, a GDS encerra um ciclo com uma agenda recheada de atrações, como desfiles de moda, confe-rências e eventos diversos.

“A GDS é conhecida por ser uma platafor-ma de abertura de novos mercados. Tradi-cionalmente a feira proporciona contatos

interessantes para nossos expositores, que conseguem atender in loco as demandas de clientes e ainda desenvolvem um trabalho consistente com novos importadores de di-ferentes mercados”, destaca Maria Patrícia de Freitas, da Unidade de Promoção Comer-cial da Abicalçados. Na edição de março do ano passado, as marcas brasileiras que par-ticiparam do evento fizeram 440 contatos e tinham a expectativa de vender mais de

US$ 17,8 milhões nos 12 meses seguintes em decorrência da feira.

Sob a bandeira verde-amarela participam as marcas Anatomic Gel, Rider, Ipanema, Grendha, Dumond, Lilly´s Closet, Ortopé, Bibi, Beira Rio, Vizzano, Molekinha, Moleca, BR Sport, Pegada, Piccadilly, Sapatoterapia, Wirth, Ramarim, Superstar, Jorge Bischoff, Amazonas Sandals e Sollu.

FN PLATFORM DEVE GERAR US$ 4 MILHÕES EM NEGÓCIOS

ÁFRICA DO SUL: UM MERCADO EM EXPANSÃO

Os dias 17 a 20 de fevereiro mar-caram mais uma participação brasileira na FN Platform, feira calçadista ocorrida em Las Ve-gas, nos Estados Unidos. O Brasil foi representado por 17 marcas de calçados, que expuseram seus produtos da coleção outono-inverno para compradores de diversas partes do globo com o apoio do Brazilian Footwear.

Na bagagem, as marcas verde-amarelas trouxeram contatos de 30 países, com pedidos na ordem de US$ 600 mil e expec-tativa de aproximadamente US$ 4 milhões em negócios futuros decorrentes dos contatos reali-zados na feira. “Percebemos al-gumas marcas já se consolidan-do no mercado e esse é um fator fundamental para o sucesso nos

Estados Unidos, um mercado inundado por marcas interna-cionais fortes”, comentou Caro-line Lucas, analista da Unidade de Promoção de Imagem da Abi-calçados.

De acordo com Leslie Gallin, di-retora da feira, o sucesso brasi-leiro vai além do bom posiciona-mento de marca. “O Brasil está muito bem preparado para o mercado americano, pois adap-ta seus calçados ao público que deseja atender, sem perder a identidade”, falou a executi-va. Segundo ela, esse poder de adaptabilidade atrai os compra-dores locais, que reconhecem a qualidade e o bom custo-benefí-cio dos calçados brasileiros.

Participaram da feira as marcas

Ferracini, Democrata, Ipanema, Boaonda, Rider, Mel, Anatomic & Co, Bottero, Schutz, Pampili, Huberto S. Müller, Sapatoterapia, Amazonas Sandals, Stéphanie Classic, Carrano, Cristófoli e Sollu.

Para analisar um dos mercados com maior potencial de consumo entre os países emergentes, a Abicalçados realizou, no dia 11 de fevereiro, um workshop sobre a realidade calça-dista na África do Sul. Com indica-dores econômicos em crescimento, a nação é mercado-alvo do Brazilian Footwear, programa mantido pela Abicalçados e Apex-Brasil. As infor-mações foram analisadas pela con-sultora Liz Whitehouse, diretora da Whitehouse & Associates.

Com uma população de quase 53 mi-lhões de habitantes, a África do Sul se destaca no cenário internacional, especialmente por ter um incremento econômico do PIB estimado em 2,7% para este ano. “Apesar de apresentar dados de impacto, a nação ainda não é considerada totalmente industriali-zada e nem com um mercado de con-sumo forte. A indústria calçadista local é pouco eficiente para cobrir o amplo mercado, dominado por consumidores

jovens e com poder de compra em elevação”, destacou Liz.

A realidade do varejo local, bastante diversificado e com foco em grandes redes de departamentos, também foi analisada pela consultora. Com lojas para diferentes perfis de consumido-res, o cenário mostra que o calçado brasileiro tem espaço nobre em vi-trines voltadas para um público que aprecia design exclusivo e preço ra-zoável. “O produto é muito bem visto pelo consumidor sul-africano, sendo bastante associado à moda.”

EstudoO material apresentado pela Whi-tehouse & Associates pode ser adqui-rido pelas empresas calçadistas inte-ressadas no mercado sul-africano. Os associados da Abicalçados têm des-conto especial e podem ter acesso ao conteúdo na íntegra por R$ 749,00. Já as empresas não associadas à en-tidade investem R$ 1.490,00.

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Comprovando as expectativas em relação ao mercado co-

lombiano, a International Footwe-ar and Leather Show (IFLS), que aconteceu entre 4 e 7 de fevereiro, em Bogotá, rendeu bons contatos e negócios para as 13 empresas na-cionais que participaram do evento com apoio do Brazilian Footwear. Juntos, os brasileiros realizaram 88 negócios, cujas cifras chegaram a US$ 1,3 milhão, com importadores da Colômbia, Equador, Peru e Curaçao.

Durante os quatro dias da mostra, os estandes nacionais na Corfeiras re-ceberam 357 contatos de compra-dores da Colômbia, Equador, Peru, Porto Rico, Panamá, Honduras, Tri-nidad & Tobago, México, EUA, Re-pública Dominicana, Costa Rica, Ve-nezuela, Guatemala e Curaçao.

Segundo Cristiano Körbes, gestor de projetos da Abicalçados, o mer-cado colombiano, apesar de muito disputado, oferece espaço para em-presas dispostas a investir em ações de marca. “Nesta edição da IFLS podemos verificar a solidez dos re-sultados alcançados pelas empresas participantes, em grande parte de-vido à preparação e à presença de parceiros locais, como distribuidores ou representantes. Os compradores que nos visitaram ficaram satisfeitos pela relação custo-benefício e pelo trabalho de marketing realizado pe-las marcas brasileiras”, salientou.

Participaram da IFLS com o apoio do Brazilian Footwear: Amazonas

Sandals, Beira Rio, Bibi, Dakota, Ferracini, Grendene, Klin, Malu, Pampili, Pegada, Pimpolho, Sugar Shoes e Zeket.

Imagem e relacionamentoA participação brasileira na feira co-lombiana IFLS foi além dos negócios. Aproveitando a oportunidade de ex-por – e vender – em um dos mer-cados que mais crescem para o cal-çado brasileiro, as marcas nacionais ainda participaram de um encontro com a imprensa colombiana no dia 5. O evento aconteceu no Club Colom-bia e contou com a presença de jor-nalistas e blogueiras de moda locais. Chamada de “Encontro com a Moda do Brasil”, a ação teve como intuito apresentar o setor calçadista verde-amarelo para os formadores de opi-nião, especialmente às blogueiras de moda daquele País.

Em um clima informal, a imprensa colombiana foi recebida com pratos típicos, desfile e uma conversa ani-

mada sobre as tendências e os dife-renciais dos calçados brasileiros pre-sentes na IFLS. O apoio e o trabalho de comunicação de marca e imagem feito pelo Brazilian Footwear sur-preendeu a stylist e diretora criativa Diana Hochman, uma das convida-das. Para ela, foi essencial conhecer

a história que existe por trás dos cal-çados brasileiros, que já admirava. “Sempre que vejo brasileiros na Co-lômbia, ou em outros países, procuro olhar especificamente para os seus calçados, pois são sempre lindos.” Veja fotos do evento na contracapa desta publicação.

brazilian footwear

EXPORTAÇÕES INICIAM ANO EM QUEDA

Contrariando as expectativas iniciais de um reaquecimento nas exporta-ções, os calçadistas brasileiros amargaram um início de ano com queda

nos embarques. Conforme dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvi-mento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e elaborados pela Abicalçados, em janeiro foram embarcados 12,5 milhões de pares por um valor de US$ 92,95 milhões, quedas de 2,3% em pares e de 6,2% em faturamento com relação ao primeiro mês do ano passado, quando os números foram de 12,8 milhões e US$ 99,1 milhões, respectivamente.

O resultado aliado a um incremento nas importações de calçados fez com que a balança comercial do setor caísse 38,7% - em dólares - no comparativo com igual período de 2013. Em janeiro entraram no Brasil 4,4 milhões de pares pelos quais foram pagos US$ 64,2 milhões, um aumento de 23% em dólares e 34,2% em pares com relação ao ano passado (3,27 milhões e US$ 52,2 milhões).

Os principais destinos das exportações brasileiras no primeiro mês do ano foram os Estados Unidos (US$ 14,8 milhões, queda de 7% com relação a igual período de 2013), França (US$ 8,2 milhões, queda de 5%) e Rússia (US$ 8 mi-lhões, queda de 28%). Pela primeira vez em anos de exportações, a Argentina não figura no ranking dos principais destinos. Abalada por uma crise econô-mica intensa, a Argentina comprou somente cerca de 226 mil pares pelos quais foram pagos US$ 3,4 milhões, uma queda de quase 30% com relação a janeiro do ano passado.

E pode ficar pior...Se por um lado a queda nas exportações preocupa, o aumento vertiginoso das importações de calçados, especialmente da Ásia, aumenta a dor de ca-beça dos calçadistas. Segundo a Abicalçados, o aumento de 23% no valor pago pelas importações de janeiro foi puxado pelos esportivos. Aproveitando a oportunidade da Copa, que deveria ser um estímulo aos produtores nacio-nais, os importadores de calçados esportivos aumentaram 74,4% suas vendas com relação ao mesmo período do ano passado. No primeiro mês de 2014 as importações de calçados esportivos foi de US$ 32,3 milhões, quase o dobro do mesmo mês do ano passado (US$ 18,5 milhões).

PartesJá em partes de calçados as importações tiveram uma queda de 35,6% (de US$ 10,23 milhões para US$ 6,6 milhões). Os principais vendedores de com-ponentes no primeiro mês de 2014 foram a China, Paraguai e Vietnã.

PROGRAMA DE PROMOÇÃO ÀS EXPORTAÇÕES DE CALÇADOS, DESENVOLVIDO PELA ABICALÇADOS EM PARCERIA COM A APEX- BRASIL

Fonte: MDIC/Abicalçados

RELACIONAMENTO E IMAGEM NA IFLS

balança comercial

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associados

VAREJO CHINÊS NA MIRA DA BIBI

ENCONTRO COM A MODA VERDE-AMARELA

O gigante asiático está na mira da marca de calçados infantis, Bibi,

de Parobé/RS. Desde 2012, a empre-sa, com o apoio do Brazilian Footwear, programa de incentivo às exportações da Abicalçados e Apex-Brasil, trabalha com corners da marca nos principais pontos de venda de Hong Kong atra-vés de parceria com um das maiores redes de varejo local. São cinco perma-nentes e um temporário.

Conforme o gerente de exportações da Bibi, Magnus Oliveira, depois das instalações o crescimento das expor-tações para Hong Kong foi superior a 70%. “Para 2014 e nos próximos anos a nossa meta é manter um cresci-mento na faixa de 10%”, afirma.

O gerente ressalta que a estraté-gia tem gerado exportações dire-tas. Embora o grande objetivo da ação seja a promoção de imagem da marca, muitos negócios são fe-chados por conta da exposição. “Recentemente fechamos pedidos com compradores da Tailândia e Ín-dia que viram os produtos expostos nos nossos corners”, conta Oliveira, acrescentando que a ação acaba abrangendo todo o continente asi-ático. “Com relação à Ásia de modo geral crescemos 44% com a aber-tura de novos mercados como Co-reia do Sul, China, Tailândia e Índia e estamos apostando em um cres-cimento mínimo de 50% para este ano”, completa.

Exportações

As exportações brasileiras para Chi-na e Hong Kong vêm aumentando nos anos recentes. Mesmo com as dificuldades no mercado externo em 2013, os exportadores embarcaram 1,27 milhão de pares a um valor de US$ 17,36 milhões para Hong Kong, incrementos de 58,8% em volume e 5,6% em dólares no comparativo com 2012. A China também re-gistrou incremento. Ano passado os chineses compraram 262,8 mil pares de calçados brasileiros pelos quais pagaram US$ 2,88 milhões, crescimentos de 108,8% em volume e 36% em pares na relação com o ano anterior.

Durante a feira colombiana IFLS (matéria na página 6), a Abical;ados, através do Brazilian Footwear, orga-nizou um encontro com jornalistas e formadores de opinão da Colômbia. Na oportunidade, as marcas brasi-leiras expositoras também puderam mostrar seus produtos em um desfile exclusivo.

Chamado de “Encontro com a Moda do Brasil”, a ação teve como intuito apresentar o setor calçadista verde-amarelo e aconteceu no Club Co-lômbia, em Bogotá.

Confira algumas fotos

Diana Hochman, Angela Diez (De la Moda y otros demonio) e Gloria García

Daniel Maia (Amazonas Sandals), Gloria García, Pilar Castaño e Crisitiano Korbes (Abicalçados)

Carol Cifuentes (Buscando en el Armario) e Fernando Rincón (Todelar Radio)Apresentação do Cristiano Korbes Desfile Masculino

Desfile Feminino

Desfile Infantil

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